1972
N9 2
Abril
EDITORIAL - A ECIR conversa com vocês . . A palavra do Papa - A santidade é acessível a todos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Palavra aos Equipistas - Façamos a nossa Páscoa? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Orientação familiar - Entrevista com Frei Barruel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Carla de um casal responsável a seus companheiros de Equipe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Oração pelos nossos Padres . . . . . . . . . . . . . . . . Encontro Nacional de Casais Responsáveis . . Apostolado - As Equipes de Viúvas . . . . . . . O catecismo das crianças . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fraternidade é isso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ligação, êsse desconhecido . . . . . . . . . . . . . . . . . Notícias dos Setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Missa Leiga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Oração para a próxima Reunião . . . . . . . . . . .
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Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 - ZP 5 - Tel. : 80-4850 04530 - SAO PAULO, SP
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somente para distribuição interna --
EDITORIAL
A ECIR CONVERSA COM VOC~S
Caros amigos. Muitos de vocês tomaram parte no Encontro dos Responsáveis de Setor e de Coordenação ou no Encontro dos Responsáveis de Equipe. Levaram sem dúvida a impressão de que as nossas equipes deveriam desenvolver realmente, êste ano, um esfôrço suplementar, sério e consciente. É de se esperar que tenham conseguido transmitir a todos os equipistas a convicção de que nos encontramos num ponto marcante da vida do Movimento. Ponto marcante que vai se desdobrar por todo êste ano, durante o qual precisamos repensar o Movimento, fundamentar a nossa adesão, rever a autenticidade de nossa vivência de equipistas e preparar assim um nôvo ponto de partida, de onde as Equipes de Nossa Senhora possam deslanchar com nôvo vigor e cumprir com redobrada eficiência a sua missão. tste revigoramento do Movimento requer, evidentemente, o revigoramento de cada uma das equipes, de cada um de seus membros. Ora, a condição primeira para uma vivência cristã autêntica e portanto robusta, é a vivência do Evangelho. Para viver o Evangelho é preciso conhecê-lo, meditá-lo, e, assim, impregnar a nossa vida com as palavras e os ensinamentos de Cristo. Através dêle é Cristo que nos fala , como falou aos discípulos nos três anos de sua pregação através dos caminhos da Palestina. Como falou ao povo, comunicando-lhe a sua mensagem. Hoje em dia, o ritmo de nossas ocupações e responsabilidades nos rouba todos os minutos do dia, mal nos deixando tempo de respirar. Se não reagirmos, é evidente que não encontraremos tempo para um contato filial com o Senhor, o tempo indis-1-
pensável para dar à nossa alma o alimento capaz de lhe manter a vida, capaz de revigorá-la. É para ajudá-los a reagir que o Movimento veio propor aos casais que tomem sôbre si a obrigação da leitura diária da Palavra de Deus. Veio nos propor o grande meio de alimentar e vitalizar o nosso ser espiritual, preservando-o da anemia que, mais dia menos dia, atinge a alma que deixa de se refazer diàriamente.
• Caros amigos, entreguemo-nos de coração aberto a êste exercício saudável, revigorante, que nos põe em contato direto com Deus, através de sua Palavra. Mas, principalmente, façamos dos 10 minutos de leitura refletida desta Palavra, um tempo forte em nosso dia e não a última sobra dentre as nossas outras responsabilidades. É evidente que, para aquêles que já têm o hábito da meditação, o Evangelho poderá ser substituído por outros livros das Escrituras. Mas êstes mesmos sabem por experiência própria que sempre encontram novas fontes de reflexão quando reabrem o Livro. São de Santa Terezinha as seguintes palavras, que reforçam esta afirmação: "Para mim, não encontro mais nada nos livros; o Evangelho me basta". A primeira coisa a fazer é escolher o momento mais favorável do dia. Geralmente a primeira hora da manhã, antes que nos envolva o redemoinhar de nossos compromissos. Melhor ainda se nos mover a intenção de oferecer ao Senhor a primeira de nossas atividades. Em seguida, desligar; fazer silêncio dentro de nós mesmos. "Quando rezares - nos diz o próprio Cristo - entra em teu quarto, fecha a tua porta e reza a teu Pai que está presente no lugar oculto; e teu Pai, que vê a ação oculta, dar-te-á a recompensa" (Mat. 6, 5-6) . Depois, abramos o Evangelho. Lentamente, respeitosamente. Com o mesmo respeito de quem se aproximasse de Jesus para ouvi-lo falar. Escolhido o trecho, disponhamo-nos a ler com o espírito e o coração inteiramente disponíveis. "Só compreendemos o Evangelho, escreve o Pe. Chevignard (A Doutrina Espiritual do Evangelho), quando lhe abrimos totalmente o nosso coração". Seja a nossa atitude a de quem reconhece com humildade o quanto é pequeno diante do Pai que nos fala através de seu Filho. Com a alma simples e confiante de quem, mesmo não 2
tendo, no momento, nenhum impulso de fervor, quer entretanto oferecer a sua boa vontade. A boa vontade de quem não recusa de antemão o esfôrço necessário para ouvir a Palavra, de quem aceita nem sempre compreender tudo, mas reza para que o Senhor lhe abra os olhos e os ouvidos da alma. A boa vontade daquele publicano que, para ver passar Jesus na entrada de Jericó, sobe a uma árvore na beira da estrada. Ao ver o seu gesto, Cristo o interpela: "Zaqueu, desce depressa, porque hoje vou ficar na tua casa" (Luc. 19, 1-5) .
A ECIR
oOo - Por que, ao falarmos de oração, é preciso que logo pensemos "pedir alguma coisa a Deus"? Procuramos as boas graças de Deus, como no mundo se procuram "relações" importantes para alcançar o que desejamos, para que seja feita a nossa vontade. A amizade é gratuita. ll: profunda transformação . Cada um se revela a seu amigo e assim os dois amigos se unem reciprocamente . Só então nada mais podem recusar um ao outro. No Evangelho, Jesus se dá a conhecer. Entrega o segrêdo de sua alma. Rezar é, antes de tudo, responder-lhe pura e simplesmente. Falar com êle, pedir-lhe explicações, admirá-lo, agradecer-lhe . ll: também dar-se a conhecer, contando a própria vida, confrontando-à com a dêle. (Michel Quoist - "Cristo está vivo")
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A PALAVRA DO PAPA
A SANTIDADE 'É ACESSÍVEL A TODOS OS CRISTÃOS
O Concílio quis recordar que a vida cristã deve ser santa. A santidade parece, normalmente, um têrmo extremo e superlativo, manifestação excepcional e inacessível à maior parte das pessoas, de perfeição moral e religiosa, não um estado normal oferecido a todos e exigido de todos; porque habitualmente reservamos esta qualificação de santidade às figuras humanas que realizaram, na medida plena e sublime, o ideal de seguidor de Cristo - o herói, o mártir, o asceta, o homem-ás que se distingue da multidão e apresenta uma estrutura superior e singular da personalidade humana, que se tornou gigante não só por meio de um esfôrço cujo resultado foi positivo na imitação do Mestre Divino, mas também devido a uma preferencial abundância de dons carismáticos e a uma comunhão mística com a própria vida de Cristo, pelo que êle, o santo, bem pode dizer: " ... para mim, o viver é Cristo". O Concílio retifica esta concepção fenomênica e rara da santidade, fazendo remontar o conceito da mesma às origens históricas, isto é, quando todos os fiéis cristãos eram chamados "santos"; e às origens teológicas da santidade conferida ao homem pelo batismo e pelos outros Sacramentos, por meio dos quais é infundida em nós aquela misteriosa e operante presença sobrenatural de Deus santificante a que chamamos graça e que nos torna santos, filhos de Deus, participantes, em certa medida, da sua própria natureza, inefável e transcendente. Daqui concluímos imediatamente que a santidade é um dom; a santidade é comum e acessível a todos os cristãos; a santidade é o estado, podemos dizer, normal da vida humana, elevada a uma dignidade sobrenatural, misteriosa e magnífica. É a novidade oferecida por Cristo à humanidade, remida por :Ele na fé e na graça.
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Não é só um dom, mas também um dever. A santidade, pressupondo o dom divino da graça, que nos consagra santos, torna-se uma obrigação, torna-se o exercício mais incumbente da nossa liberdade. Os cristãos, diz o Concílio, udevem, com a ajuda de Deus, conservar e aperfeiçoar na sua vida a santidade q1,1.e receberam" (LG 40). A santidade não é passiva; não exime o homem de um esfôrço moral contínuo, mas nasce como uma vocação impelente da elevação do homem ao grau de filho de Deus: ((Sede perfeitos, ensina Jesus, como é perfeito vosso Pai celeste", e São Paulo acrescenta: ucomo é próprio dos santos". Nós cristãos, nós católicos, devemos corrigir a fácil tendência ao conformismo ideo.lógico e prático da cultura ambiental e a fraca sugestão de que, para ser moderno, é preciso comportar-se ucomo os outros", ou seja, livre não só de formas contingentes e historicamente perecíveis do costume prático, mas também de exigências irrenunciáveis da fé e da comunhão eclesial. Não devemos pensar que o Concílio, convidando-nos a relações mais diretas e fraternas com o mundo contemporâneo, tenha autorizado uma interpretação ambígua e cômoda do Evangelho, um cristianismo fácil, sem dogmas, sem autoridade e sem sacrifícios virtuosos. A voz de Cristo ressoa atrás de nós: use a vossa virtude não ultrapassar a dos escribas e fariseus (hoje dir-se-ia da gente ubem"), não entrareis no reino dos Céus" (Mat. 5, 20). Cristo não diminui a exigência da lei moral; pelo contrário, torna-a mais difícil e subtrai-a à pseudo-suficiência de uma simples observância legal e formal, tornando-a mais interior, mais pessoa.l e mais vinculante: voltemos a ler o Sermão da Montanha e veremos em que direção a norma da vida cristã se aperfeiçoa com exigências mais humanas, mais profundas e mais religiosas, que encontrarão, no supremo e duplo mandato do amor soberano a Deus e do amor indistinto ao próximo, a síntese-chave de tôdas as normas éticas cristãs. A escala moral de Cristo não desce, sobe; é a escala do umais", não do umenos". E não nos deve parecer intolerável, nem anacronístico, nem impossível o destino da perfeição que a vida cristã nos apresenta; uma perfeição que se deve continuadamente alcançar e que nunca é suficiente, nesta existência no tempo, mas sempre tensa, sempre viva, sempre disposta a corrigir-se e, portanto, sempre humilde e amparada pela oração e pela esperança, sempre correspondente ao estímulo e ao auxílio da graça. Sempre bemaventurada nesta dolorosa prova presente. (Audiência geral de U-7-1971)
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PALAVRA AOS EQUIPISTAS
FAÇAMOS A NOSSA PÁSCOA?
Não pense, irmão, que eu o estou convidando para fazer a sua comunhão anual, conforme aquêle antigo mandamento da Santa Mãe Igreja: comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição. E para todos nós, desde crianças, fazer a páscoa teve êsse significado. Pois você percebeu logo, irmão, que seria um absurdo tal convite dirigido precisamente a você, que participa sempre do banquete eucarístico, para quem não tem cabimento ir a um banquete e ficar olhando os outros comerem. É verdade. O sentido da Páscoa é muito outro, e por isso mesmo não pode ficar restringido aos tão estreitos limites de uma comunhão obrigatória. Você se lembra de Moisés? O grande líder libertador dos judeus, que conseguiu arrastar o seu povo inteiro para longe e para fora do Egito, para longe e para fora da escravidão, em busca da Terra Prometida, em busca da liberdade? Naquela noite fatídica, em que devia passar o anjo exterminador para realizar o último prodígio que abalaria o poder do Faraó, em que os judeus todos poderiam finalmente sair de debaixo das mãos dos opressores, naquela noite os judeus comeram ·a cordeiro com os pães ázimos, de pé, roupas de viagem e bordão de caminheiros na mão, para não perderem tempo. E depois, todos os anos, repetiam o mesmo rito, nas mesmas condições, para relembrarem o grande prodígio que Deus realizara por êles, e reviverem através dos séculos a ação de graças pela liberdade a tão duras penas conquistada. Mas era apenas um cordeiro figurativo aquêle, incapaz de realizar o que simbolizava; e aquela era também uma liberdade
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figurativa, incompleta e imperfeita. Deveria vir mais tarde o verdadeiro Cordeiro de Deus, Aquêle que tira o pecado do mundo, que não tirou apenas, mas tira a cada momento. Aquêle que realizou primeiro em si a grande passagem do Mar Vermelhe: através da cruz, do sangue, da morte, passou desta vida - limitada pelo tempo e pelo espaço, pelas imperfeições de nossa natureza criada - para a outra vida, na plenitude do amor, da glória, da ressurreição no seio do Pai. E que continua realizando em todos nós, na medida em que soubermos aderir à sua vida e assimilar à dêle a nossa, a mesma passagem, a mesma grande libertação. Esta a nossa páscoa, de cada momento de nossa vida, como tarefa cotidiana. Passagem também, não mais de um Mar Vermelho, mas de uma vida para outra; de uma vida acanhada, bem enquadrada nas molduras das conveniências, das tradições, dos costumes, das práticas religiosas, da rotina de cada dia, para uma outra vida, aberta à grande aventura da fé e de amor, sem acanhamentos, sem limitações. A grande abertura para o infinito, para a luz, para a liberdade. É a terra prometida de nossa conquista. Através da morte? Também, como Cristo. Porque não há outro caminho para chegar à Terra Prometida se não o deserto. O grande deserto da renúncia a si mesmo, do abandono dos próprios pontos de vista quando não estiverem plenamente de acôrdo com os pontos de vista de Cristo, no grande esfôrço da mudança de eixo em nossa vida: o Cristo e não nós, o amor e não mais o desamor. Então, irmão, vamos fazer a nossa Páscoa? Frei Estevão.
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ORIENTAÇÃO FAMILIAR
ENTREVISTA COM FREI BARRUEL
Com a finalidade de dar a conhecer aos equipistas os movimentos e organizações cujo trabalho é promover o desenvolvimento e aperfeiçoamento da família, a Carta Mensal publica esta entrevista com Frei Barruel de Lagenest, O.P., muito conhecido por suas qualidades de sacerdote, psicólogo e educador, destacando-se, entte suas atividades, a de superintendente do I.E.O.F. - Instituto de Estudos e Orientação Familiar.
C.M. -
Frei Barruel, pode o Sr. nos dar uma idéia das origens do I.E.O.F.?
O I.E.O.F. é uma nova entidade de âmbito estadual que foi criada em 1970 - mas suas atividades vêm se desenvolvendo há muito mais tempo, pois tiveram origem no IBRAF - Instituto Brasileiro da Família. Entidade de âmbito nacional, com sede em Belo Horizonte, fundada em abril de 1970. Frei Barruel -
C.M. -
E quais são as atividades do Instituto?
Frei Barruel -
-
Atualmente as atividades básicas são:
Incentivo e divulgação de estudos sôbre a família nas áreas da sociologia, psicologia, direito, etc. Cursos de formação e aperfeiçoamento nestas mesmas áreas e em diversos níveis. Orientação de casais ou, em têrmos mais técnicos, intervenção psicológica e espiritual junto a casais necessitados.
O I.E.O.F. é uma organismo universitário vinculado às Faculdades Associadas do Ipiranga que, por sua vez, são vincula-
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das à Arquidiocese. Como tal os diplomas do curso superior do Instituto têm valor de diploma universitário para todos os efeitos. C.M. -
Como começou o Instituto suas atividades?
Começou pelo mais fácil: a parte de orientação. Para isso o Movimento Familiar Cristão emprestou duas salas na sua Sede, onde fiquei esperando os eventuais clientes. Como já conhecia bastante gente, por ter trabalhado dez anos em São Paulo, e como as notícias espalham ràpidamente - começaram a aparecer casais com problemas de vida familiar - seja de ajustamento conjugal, seja de educação de filhos. tsse trabalho iniciou-se em janeiro de 1970 e no fim do ano o volume já era de 70 a 80 entrevistas de uma hora por mês. Hoje colabora com êste trabalho uma assistente social especialista em menores e comissionada pelo Juizado de Menores para o I.E.O.F. Frei Barruel -
C.M. -
Qual é o tipo de orientação dada? Parece-nos que é feita uma espécie de psicoterapia com o casal - é isso
certo? preciso salientar: não é feito qualquer tratamento psiquiátrico. Embora eu tenha feito um curso no Instituto de Psicanálise de Paris e trabalhado lá em dois hospitais psiquiátricos especializados para o tratamento de famílias, aqui não faço tratamentos, inclusive porque não tenho diploma brasileiro que me permita fazê-los. Digamos que o trabalho do I.E.O.F. neste setor, seria, quando necessário, preparar uma pessoa para o tratamento, convencê-la a fazê-lo e, às vêzes, acompanhar paralelamente o tratamento, sem nunca interferir nas orientações do médico. Aliás aprendi a distinguir a diferença que existe entre uma relação terapêutica e uma relação sacerdotal - o que não é fácil. Mas voltando ao nosso modo de operação: quando um casal chega a brigar mesmo, os dois são atendidos separadamente e é o orientador quem decide da oportunidade de serem recebidos juntos. Nosso trabalho é ajudar a pessoa a refletir, a pensar, a prever onde vão levar as atitudes que toma. Tôdas as decisões são tomadas pelas pessoas - nós só ajudamos a ver com maior objetividade os resultados dos seus atos. Quando há um problema que nos parece patológico, aconselhamos a visita a um especialista. O psiquiatra do Instituto poderá orientar se deve ser feito ou não um tratamento, e que tipo de tratamento deve ser feito, mas é a pessoa que vai decidir o que fazer. tste é o nosso sistema de trabalho - trabalho sério, bem feito, sem que Frei Barruel -
É
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seja um tratamento. dada gratuitamente.
C.M. -
Convém frisar que tôda essa assistência é
Então como o I.E.O.F. se sustenta?
As verbas que sustentam o Instituto vêm bàsicamente dos cursos, que devem dar uma certa margem para isso. Complementarmente esperamos receber doações de entidades diversas, já que somos uma sociedade registrada e legal. A contribuição espontânea de casais atendidos apresentou um resultado medíocre. Frei Barruel -
C.M. -
Qual o tipo de casais que buscam orientação no Instituto - que classe social é mais atendida?
Utilizando a classificação habitual da sociedade em classes A, B, C e D, poderemos dizer que 80 % dos clientes do Instituto são da classe B - de tôdas as faixas
Frei Barruel -
Frei Barruel com os repórteres da Carta Mensal
da classe B - alta, média e baixa. Da classe A ou C - raro e da classe D - pràticamente nunca. Com isto está enquadrado o nível cultural médio ou superior.
C.M. -
Chegou o momento de falarmos sôbre os cursos já em funcionamento e planejados. Quais são e como são? -10-
Atualmente temos dois cursos programados: - O curso superior de Orientação Familiar - na fase inicial o curso é especial para sacerdotes e ministros de culto, ou seja, rabinos, pastôres, pouco importando a religião. É condição mínima de entrada ter diploma de quarto ano de teologia ou equivalente. O curso é de oitenta aulas, dadas por professôres de nível universitário; como já dissemos anteriormente, devido ao nosso convênio com as Faculdades Associadas do Ipiranga, o diploma dêste curso tem valor de diploma universitário. O próximo curso inicia-se no dia 3 de abril, com pagamento de Cr$ 10,00 de matrícula e Cr$ 60,00 por mês. Frei Barruel -
C.M. -
tste é o primeiro curso dêste nível ou já foi formada alguma turma?
Já foi formada uma turma, que iniciou com 46 inscritos e terminou com 39 diplomados. E sei que terminaram muito satisfeitos com o curso.
Frei Barruel -
C.M. -
Existe algum curso programado de nível não universitário?
Sim - existe o curso de "Relações Humanas na Família" - um curso de cinqüenta aulas, funcionando duas vêzes por semana (têrças e quintas), das 14 às 16 horas. tste curso é aberto a quem quiser e o pagamento é de Cr$ 10,00 de matrícula e Cr$ 40,00 por mês. tstes cursos são repetidos todos os semestres: haverá uma turma iniciando no dia 4 de abril.
Frei Barruel -
C.M. -
Qual o nível de cultura para fazer êste curso?
Para êste curso de "Relações Humanas na Família" não temos exigências para a entrada. A coisa primordial é o bom senso, o equilíbrio psicológico. Sendo casado ou casada é necessário ter uma vida familiar estabilizada, sem problemas agudos. Havendo problemas agudos, é preciso primeiro superá-los, caso contrário, êles serão inevitàvelmente transferidos aos futuros clientes.
Frei Barruel -
li I
C.M. -
E quais outras atividades do Instituto seria interessante destacar?
Como dissemos, o I.E.O.F. tem como uma de suas finalidades incentivar e divulgar trabalhos sôbre a família: estudos, pesquisas, reflexões, etc. Neste sentido, temos
Frei Barruel -
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um projeto, já em fase de execução, de uma enciclopédia da família, a ser publicada pela Editôra Vozes, sob forma de fascículos, não numerados, mas seguindo uma seqüência lógica. Todos os trabalhos serão originais, feitos no Brasil, e de nível universitário. Os primeiros fascículos devem sair no fim dêste ano. C.M. -
Se os casais equipistas quisessem ajudar o Instituto, como poderiam fazê-lo?
Poderiam dar sua colaboração na orientação de famílias. Seria necessário que fizessem uma preparação - isto é - que fizessem o curso de "Relações Humanas na Família". Conforme a conveniência, poderão ser formadas turmas de manhã, de tarde ou de noite. ~stes casais assim preparados poderiam iniciar o trabalho de orientação junto a paróquias, nos bairros. Achamos muito interessante essa idéia de descentralização - o atendimento de uma ou duas vêzes por semana já dariam resultados muito válidos. É evidente que o casal orientador seria alertado para encaminhar ao próprio Instituto os casos mais difíceis - executando desta maneira uma espécie de triagem. Frei Barruel -
Queremos agradecer o tempo que o Sr. nos concedeu. Sabemos que existem muitos planos para o futuro, mas para não prolongarmos esta entrevista, deixaremos sua divulgação para uma próxima oportunidade. É magnífico o trabalho que vem sendo executado pelo Instituto de Estudos e Orientação Familiar e, por certo, êle representa uma ótima oportunidade de apostolado para muitos casais equipistas. C.M. -
Nota: Frei Barruel atende no I.E.O.F., diàriamente, menos às quartas-feiras, inclusive aos sábados, das 16 às 21 horas. Rua Frederico Abranches, 382, fone 221-0543.
Quanto ao curso "Relações Humanas na Família", a ser iniciado no dia 4 de abril, as inscrições podem ser feitas nesse mesmo local, onde será mi-
nistrado dito curso . Maiores informações 221-0543, das 14 às 21 horas.
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com
Maria
Nischikawa,
fone
CA RTA D E UM CASAL RESPO NSÁVEL .AOS SEUS COMPA N HEIROS DE EQUIPE
Queridos irmãos de Equipe Iniciamos um nôvo ano de atividades em nossa Equipe e pela primeira vez vamos assumir o cargo de responsáveis. Sentimos que nestes sete anos recebemos muito de todos vocês. Talvez, sem falsa modéstia, não tenhamos dado a vocês na mesma proporção tudo o que devíamos ou podíamos. Nossa Equipe tem grandes responsabilidades para com os outros casais de nosso movimento e já atravessa a fase da equipe vivida, talvez até um pouco sofrida. A Equipe é como o casamento. Antes de ingressarmos nela julgávamos que o amor com os anos arrefece ou se acomode, se torna um hábito ou apenas uma necessidade. Aprendemos, então, que ao contrário, a caminhada do amor é maravilhosa e que êle cresce no decorrer dos anos, ganhando em intensidade e profundidade. Para isto, entretanto, temos que lutar, temos que alimentar êste amor, lutar contra a monotonia, o fechamento , o egoísmo e o orgulho. Tudo isto nós vimos fazendo e em nosso último balanço constatamos com alegria o sentimento de profunda amizade e confiança que nos une. E neste mesmo balanço constatamos entretanto que ainda temos muito a fazer. O amor não pára nunca, êle é dinâmico e quanto mais cresce mais exige de nós. Vejam vocês como nos sentimos depois de refletirmos sôbre tudo isto. Responsabilidade é serviço e nós, com todo o coração, queremos estar a serviço de cada um de vocês. Servir é estar disponível, é doar-se, exige tempo e dedicação. O quanto nos sentimos limitados, pequenos diante da exigência do amor! É por isto que lhes estamos escrevendo. Conhecemos o papel que
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nos cabe, mas nos sentimos tão incapazes de corresponder como deveríamos ao que êle nos impõe. Não sabemos como iremos conciliar todos os trabalhos que temos pela frente. Apenas vamos depositar em Cristo e em Maria a nossa vida, o nosso esfôrço, a nossa pobreza e limitação. 1l:le saberá com sua Mãe ajudar e inspirar a todos nós. Contamos também com vocês. O nosso movimento nos propõe uma série de meios para que possamos crescer em nossa espiritualidade. Teremos logo um Mutirão que será o ponto alto do ano. Temos que pensar também no nosso compromisso que será nada mais do que a reafirmação de nossa vida de equipistas e de cristãos casados. Talvez muitas vêzes tenhamos que fazer sacrifícios, tenhamos que _abrir mão de outras coisas também importantes pela nossa equipe. Queridos irmãos, se da nossa Equipe tanto recebemos, vamos todos juntos a ela também nos dar, sem reservas, sem cansaço, sem restrições. Vamos abrir o nosso coração cada vez mais um ao outro e acolher e compreender as dificuldades e problemas que cada um encontra em seu caminho. Que a nossa Equipe não seja jamais motivo de enfado, mas o centro realmente de nossas vidas, onde vamos nos abastecer, buscar fôrças e amparo para viver um cristianismo autêntico. A nós equipistas cabe um papel de grande responsabilidade neste mundo onde cada vez mais cresce o ateísmo, o egoísmo e o materialismo. Nós temos a resposta a tudo isto, que é o Cristo, o Amor. O difícil é vivê-lo, é testemunhá-lo. Já caminhamos nesta luta um bom pedaço de nossas vidas e vimos que valeu a pena. Que Deus nos ajude a continuar cada vez com mais entusiasmo a caminhada. E se nós, que aqui estamos considerando tudo isto por algum momento, falharmos (e sem dúvida o faremos) contamos com a sincera correção fraterna de vocês. Será a prova de maior amizade o dia em que, nos esquecendo de tudo o que estamos dizendo agora, vocês venham a nos lembrar e nos reanimar. Com sincera e fraterna amizade,
Os seus irmãos em Cristo.
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ORAÇAO PELOS NOSSOS PADRES
No domingo 23 de abril, por recomendação expressa do Papa Paulo VI, a Igreja inteira estará "pedindo ao Pai para que envie operários à sua messe". Isto não quer dizer que nossas orações pelas vocações se devam limitar ao Dia Mundial de Oração pelas Vocações, pelo contrário, serv e para lembrar-nos que naquele domingo deveremos rezar mais que nos outros dias, agradecendo inclusive os padres que temos entre nós, pedindo pela firme za de sua vocação e para que, através do seu testemunho, novas vocações possam desabrochar.
"Antes de tudo, Senhor, eu te agradeço por êsses homens terem aceitado ser padres e missionários; se tivessem preferido também os chinelos, uma companheira, um lar, que seria de nós? E se isso tivesse acontecido em todo o mundo? Por isso, eu te agradeço, meu Deus, porque lhes deste a coragem do sacrifício; graças a êles é que somos alimentados com o pão da vida, é que podemos fundar lares bem sólidos, purificar de vez em quando a nossa alma, e morrer em paz um dia. Obrigado, Senhor, pelos defeitos de nossos padres... Os homens perfeitos suportam mal a fraqueza dos outros; os que estão sempre com saúde desprezam as naturezas fracas. Tu, Senhor, viste mais claro que nós. E agora, Senhor, eu te peço pelo Ministério dos nossos padres, que êles tenham sucessos, mas não triunfos; e se sofrerem revezes, não desanimem ! Teu sinal característico não é o sucesso nem o insucesso mas o amor... Conserva, pois, nossos padres em teu amor. Nossos padres são uns fenômenos; de fato , êles têm de ser mestres para as crianças, psicólogos consumados para a juventu-
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de, eminentes homens de c1encia e expenencia no confessionário, especialistas em questões conjugais e familiares, em seus contatos com as pessoas cultas devem estar a par do último romance da moda: devem também discutir, com os simpatizantes do comunismo, até os mínimos pormenores sôbre o conflito entre o capital e o trabalho. Ia-me esquecendo de que êles devem responder, na rua, a todos os cumprimentos, sem distinção de pessoas; que devem responder a todos sorrindo, mesmo que o coração esteja sacudido pela tempestade e o corpo moido pela fadiga. Ia-me esquecendo, também, de que devem ser, todos os domingos e dias de festa, oradores, cantores, instrutores e, às vêzes, até organistas. Senhor, faze que julguemos êstes "especialistas universais" com a indulgência exigida por seu programa incoerente e desumano. Senhor, quero pedir-te caridade para com os nossos padres: em pensamento, e sobretudo, em palavras. Concede-me, Senhor, a graça de perdoar os erros e os atos de impaciência de meu vigário; que eu compreenda, enfim, que tenho um só vigário a suportar enquanto êle tem às suas costas, os paroquianos todos! Faze, ainda, Senhor, que êle tenha a consolação de sentir que não é cercado apenas de indiferença ou hostilidade. E que eu continue a rezar pelos sacerdotes. Será melhor para mim e muito bom para êles. Amém. (Do livro "Pílulas de ... otimismo", de Pe. Desmarais O. P. e de D . Marcos Barbosa OSB) .
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O ENCONTRO
NACIONAL DE CASAIS
RESPONSAVEIS
Nos dias 11 e 12 de março, São Paulo foi sede do Encontro Nacional dos Casais Responsáveis de Equipe. Um dos Casais Responsáveis presentes fêz para a Carta Mensal um apanhado dêsse Encontro.
Durante êsses dois dias, 310 casais e 50 Conselheiros Espirituais, representando quase tôdas as equipes do Brasil, estiveram dialogando, trocando experiências, traçando as linhas da sua atuação para o presente ano. Como foi gostoso, como foi emocionante e como foi importante para nós verificarmos que os
Flagrante do Plenário
nossos irmãos de todo o território nacional não medem sacrifícios, não colocam obstáculos, não arrumam desculpas e comparecem em m assa, buscando as linhas do Movimento, para poder levá-las aos seus companheiros de equipe.
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O Encontro iniciou-se no sábado, pela manhã, com comovente Meditação do Neuradir, colocando logo de início o papel do Casal Responsável na perspectiva do amor fraterno. ~le deve ser aquêle que ouve, compreende, conhece e sobretudo serve aos seus irmãos. Depois de uma apresentação dos presentes por cidade de origem, no melhor estilo do Nicolau, ouvimos Miguel Orofino, de Florianópolis, falar-nos sôbre "A contribuição do Casal Responsável para o aperfeiçoamento da equipe". Lembrou-nos que a finalidade da equipe é ajudarmo-nos mutuamente a integrar na nossa vida as exigências do Evangelho, a aprender a ver o Cristo no outro. Quanto aos meios de aperfeiçoamento, só se tornam pesados quando perdemos de vista o seu objetivo: só têm sentido se aceitos como instrumentos oferecidos pelo Movimento para fazer-nos crescer para o Pai. Meio de crescimento de primeira
Ba.te-pa.po no pátio
grandeza, lembrou o conferencista, é o diálogo, melhor, o dever de sentar-se feito junto com os filhos; remédio de comprovada eficácia contra a rotina familiar e conjugal. Nem sempre é fácil de se conseguir, porque é sempre mais fácil sair pelo caminho da omissão e do silêncio. Após o almôço, tivemos encontros dos casais responsáveis das diversas cidades com seus respectivos regionais, e a seguir outra conferência, "O Casal Responsável face à comunidade", feita por Maria Tereza e Luís Sérgio Widgerowitz, da Guanabara. Desta palestra chegamos à conclusão que uma equipe que tenha: um objetivo comum, assumido e conscientizado; uma organização, com
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O Encontro iniciou-se no sábado, pela manhã, com comovente Meditação do Neuradir, colocando logo de início o papel do Casal Responsável na perspectiva do amor fraterno. tle deve ser aquêle que ouve, compreende, conhece e sobretudo serve aos seus irmãos. Depois de uma apresentação dos presentes por cidade de origem, no melhor estilo do Nicolau, ouvimos Miguel Orofino, de Florianópolis, falar-nos sôbre "A contribuição do Casal Responsável para o aperfeiçoamento da equipe". Lembrou-nos que a finalidade da equipe é ajudarmo-nos mutuamente a integrar na nossa vida as exigências do Evangelho, a aprender a ver o Cristo no outro. Quanto aos meios de aperfeiçoamento, só se tornam pesados quando perdemos de vista o seu objetivo: só têm sentido se aceitos como instrumentos oferecidos pelo Movimento para fazer-nos crescer para o Pai. Meio de crescimento de primeira
Bate-papo no pátio
grandeza, lembrou o conferencista, é o diálogo, melhor, o dever de sentar-se feito junto com os filhos; remédio de comprovada eficácia contra a rotina familiar e conjugal. Nem sempre é fácil de se conseguir, porque é sempre mais fácil sair pelo caminho da omissão e do silêncio. Após o almôço, tivemos encontros dos casais responsáveis das diversas cidades com seus respectivos regionais, e a seguir outra conferência, "O Casal Responsável face à comunidade", feita por Maria Tereza e Luís Sérgio Widgerowitz, da Guanabara. Desta palestra chegamos à conclusão que uma equipe que tenha: um objetivo comum, assumido e conscientizado; uma organização, com
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disciplina, estrutura e uma distribuição de tarefas; uma escala de valôres, baseada na humildade, na aceitação do outro como êle é
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e na colocação dos interêsses do grupo acima dos interêsses pessoais e imediatos - esta equipe terá chances de se tornar uma comunidade. Para que esta equipe - que é sistema - possa transformar-se em comunidade - que é vida, o Casal Responsável deverá ter: caridade, exigência, liderança e presença. Para estar realmente presente à equipe, o Casal Responsável deverá assumir o seu passado, participar de maneira viva e atuante no seu presente e ter esperança no seu futuro. Do Casal Responsável depende que a sua comunidade seja um sinal de Cristo para o mundo. "Responsável" é aquêle que responde. No fim do ano, é a Deus que teremos que responder: "Senhor, que fizemos da nossa equipe, que nos confiastes para apascentar?" Ainda no sábado à tarde, houve um Grupo de Trabalho, que tratou da contribuição concreta que cada casal deveria levar para sua equipe para o aperfeiçoamento da mesma. A noite, após a Missa concelebrada, houve uma "reunião de equipe", com os mesmos casais que participaram dos grupos de trabalho, cujo tema foi "A Partilha como meio de aperfeiçoamento cristão". O domingo começou com uma Missa concelebrada, presidida pelo Sr. Arcebispo Metropolitano de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, que falou aos equipistas sôbre o seu papel na pastoral familiar. Como no sábado, participaram da concelebração nada menos que 30 sacerdotes.
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Após a Missa, um jovem, George Vittório, colocou para nós "O que os fi.lhos esperam dos pais equipistas". Foi ótima a conferência, principalmente pela experiência que o George Vittório transmitiu, pois, além de lidar com jovens como Coordenador do T.L.C. em Santa Catarina, é filho de Elza e Ludovic, da ECIR. Desta conferência nós pudemos tirar uma conclusão importante: o movimento das Equipes é realmente muito válido, pois com todo o engajamento que os companheiros Elza e Ludovic tiveram e têm, êles não deixaram de lado ou esqueceram os filhos, e vimos como a influência que os "meios de aperfeiçoamento" que o Movimento oferece tiveram na formação espiritual dos seus filhos foi importante. Nós começamos a pensar quantos George Vittório virão para engrossar as nossas fileiras ... Finalmente, Esther e Marcello transmitiram-nos a ((Orientação do ano" para tôdas as equipes do Brasil com mais de dois anos de existência. Realmente, não se admite que um movimento de casais que visa um aperfeiçoamento espiritual não aconselhe a leitura diária da "Palavra de Deus". Face à atual realidade que o mundo nos apresenta, é indispensável que procuremos subsídios nos Evangelhos para conseguirmos ser cristãos autênticos. Ainda
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dentro da "orientação do ano", além da leitura da "Palavra do Pai", iremos estudar o "Espírito e as Grandes Linhas do Movimento". Assim, além de procurarmos uma espiritualidade mais concreta e conhecermos melhor a finalidade do Movimento, teremos a possibilidade de verificar se é realmente nas Equipes de Nossa Senhora que está a nossa vocação. No final de 1972, seremos convidados a optar ou não em têrmos do Movimento. É fundamental que aquêles que optarem assumam conscientemente a responsabilidade que o Movimento nos pede. Como conseqüência desta opção, para aquêles que responderem com um "sim" ao Movimento, serão adotados dois novos meios de aperfeiçoamento:
Pe . Aquino, Marcello e Ludovic durante o Plenário de Encerramento
meditação diária e ascese, entendendo-se ascese como esfôrço de crescimento espiritual colocado dentro da prática da vida, tão necessário para se dar um passo à frente no "caminho para o Pai''. Após o almôço, trocamos idéias nos Grupos de Trabalho sôbre como levar a orientação do ano para nossas equipes. Terminado o Grupo de Trabalho, foi com tristeza que nos dirigimos ao plenário para a reunião de encerramento. Coube ao Padre Aquino, ao Marcello e ao Ludovic responderem às dúvidas surgidas nos Grupos de Trabalho e, em nome da ECIR, encerrarem o Encontro. Queremos aqui deixar uma palavra de agradecimento aos padres salesianos, que tão bem nos receberam no Liceu Coração
de Jesus. Mais do que agradecimento, reconhecimento mesmo, queremos transmitir à Comissão organizadora, que soube pensar em tudo para que nós pudéssemos estar à vontade para escutarmos e discutirmos os temas dêsse Encontro. Foi importantíssimo para nós termos participado do Encontro. O enriquecimento espiritual, a convivência com casais mais experientes, o conhecimento de novos casais, a vivência de dois dias com os responsáveis de equipes de todo o Brasil foi uma experiência que jamais esqueceremos. Sempre ouvimos falar que ''ser Casal Responsável é uma dádiva divina" - não entendíamos, mas aceitávamos. Hoje, após a nossa participação nesse Encontro, passamos a compreender que essas palavras são profundamente verdadeiras. Participar do Encontro dos Casais Responsáveis de Equipe de todo o Brasil é realmente um a "dádiva divina". Ana Lúcia e Arthur Wolff Equipe n. 0 85 Setor B/São Paulo
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APOSTOLADO
AS EQUIPES DE VIÚVAS
Maria Conceição B. Dias, da Equipe n. 0 3 de Marília, conta como deu início às primei'l'as Equipes de Viúvas do Brasil. Transcrevemos do Boletim do Setor de Marília.
O Setor de Marília é talvez o primeiro a tomar iniciativa no sentido de organizar as Equipes de Viúvas. Trata-se portanto de uma experiência nova no Brasil. A iniciativa brotou do desejo manifestado por senhoras viúvas de terem também um meio pelo qual pudessem encontrar o apoio fraternal de pessoas ligadas pelos mesmos problemas e pelas mesmas dificuldades. Diante disso, me dispus a organizar o Grupo entre as senhoras conhecidas e demos início à primeira equipe de viúvas, passando a funcionar nos moldes das equipes de viúvas da França, noticiados em antiga Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora. A primeira equipe de viúvas de Marília é composta atualmente de 12 elementos que se reúnem nos mesmos moldes das Equipes de Casais, uma vez por mês. A reunião mensal consta também da co-participação, orações pessoais, meditação, partilha e tema de estudos. A equipe é bastante ligada pela caridade fraterna e pelo auxílio mútuo. As "obrigações" - ou meios de aperfeiçoamento - são os mesmos das equipes de casais, com exceção do Dever de sentar-se. Esta equipe j,á tem dois anos de existência, a sua atual responsável é Maria Francisca de Lara Leite, e o Conselheiro Espiritual o Pe. Alberto Boissinot, Conselheiro Espiritual do Setor. Acompanhei essa equipe durante seu primeiro ano de existência até que seus elementos tivessem real confiança nas técnicas de funcionamento e estivessem bem conscientes do seu papel dentro da equipe e dentro da comunidade. ?.2
Atualmente, está sendo formada a 2.a equipe e já conta com 8 elementos. Tenho acompanhado a equipe e procurado dar a ela o sentido da vida comunitária, de entre-ajuda e de cooperação. Ambas as equipes estão recebendo orientações para uma vida cristã inserida no mundo atual; dêsse modo, já têm partido para o apostolado. Vários trabalhos já foram feitos neste sentido e ultimamente foi fundada a 1.a Conferência Vicentina Feminina de Marília, composta de elementos das duas equipes de viúvas. O apostolado dessas equipes será primordialmente com as famílias pobres, não somente no campo assistencial mas principalmente no campo da promoção humana das pessoas assistidas. O testemunho da vida de equipe é bastante positivo e a vivência evangélica tem sido o ponto alto das aspirações das equipistas. Essas mulheres, antes fechadas sôbre seu isolamento e suas angústias, tornaram-se hoje cheias daquela alegria temperada da esperança que é a virtude que não pode faltar à vida de um cristão e sobretudo à vida da pessoa que perde seu companheiro. As que estiverem interessadas em formar equipes de viúvas em sua cidade poderão escrever para Maria Conceição no seguinte enderêço: rua Sergipe, 275 - Marília (SP) ou dirigir-se à sede do movimento na França : "Groupement Spirituel des Veuves", 49, rue de la Glaciêre, Paris, 13ême Existe também uma revista, "Message aux Veuves", que pode ser assinada no mesmo enderêço do G. S . V.
PEREGRINAÇAO INTERNACIONAL DE VIúVAS A LOURDES Uma peregrinação internacional de viúvas a Lourdes, orgamovimento nizada pelo "Groupement Spirituel des Veuves" fundado e animado pelo Cgo. Caffarel, com ramificações na Itália, Suíça, Espanha, Portugal e agora no Brasil - será realizada por ocasião da festa de Pentecostes, de 20 a 22 de maio. Durante os três dias serão dadas conferências pelo Cgo. Caffarel e pelo Pe. Loew e haverá uma vigília de orações sob a orientação do Pe. Carré. Em grupos de trabalho serão estudados problemas que afetam as viúvas, como solidão, educação dos filhos, viúvas sem filhos, etc.
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O CATECISMO DAS CRIANÇAS
Você dá aulas de catecismo? Não dá? Veja o que você está perdendo . .. (Texto de Dick van Dyke, transcrito de "0 EQUIPISTA" de Ribeirão Prêto)
Minhas expenencias e as de meus colegas professôres mostram as maravilhosas percepções das crianças quando se deparam pela primeira vez com os mistérios da fé. As crianças têm uma faculdade fantástica de reduzir o inexplicável aos têrmos delas. Vejam a criança explicando como Deus cria as pessoas: "Primeiro êle nos desenha e depois êle nos recorta". Ou a criança descrevendo o que é um halo: "Os santos têm aquela rodinha em cima da cabeça e sempre procuram andar com cuidado para ficarem sempre debaixo dela. A rodinha acende". As vêzes, não é possível dizer as coisas com mais precisão, como no caso da criança descrevendo a diferença entre protestantes, católicos e judeus: "São apenas maneiras diferentes de votar em Deus". Uma lógica clara e irrefutável é o privilégio das crianças. Vejam o guri a quem perguntaram o que é preciso fazer antes de se obter o perdão do pecado; respondeu êle: "Pecar". Ou a criança que ouviu a história do Filho Pródigo pela primeira vez. "No meio de tôdas as comemorações pela volta do Filho Pródigodisse o professor - havia uma pessoa para quem a festa não trazia alegria alguma, só amargura. Sabem me dizer quem foi?" "O novilho gordo?", sugeriu uma vozinha triste. Uma lógica inversa parece aplicar-se no caso de uma criança que tinha acabado de ouvir a história do Bom Samaritano. "O que é que isso te ensina?", perguntaram-lhe. "Que quando estou em apuros, alguém deve me ajudar". Logicamente, também, as crianças relacionam as alusões bíblicas com o mundo em que vivem. Se não sabem a resposta a uma pergunta, logo sua imaginação borbulhante lhes fornece uma. - Quando perguntaram a um menino por que não havia mais oferendas de incenso a Deus, sugeriu: "Poluição do ar". Uma de minhas preferidas é a história de um professor mostrando um quadro de Cristo a uma criança. "Não é realmente Jesus", explicou êle, "e sim a con-
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cepção que o artista tem dêle". "É, mas parece-se demais com êle", disse uma criança. Quem já ouviu criancinhas rezando sabe que êsses momentos são cheios de surprêsas, resenhas familiares e vislumbres do que se passa na cabeça da criança. Um garotinho, sentido com um castigo, acabou suas orações com as bençãos costumeiras para todos os membros da família menos um. Então, virando-se para o pai, disse: "Acho que você reparou que não estava na minha oração". As orações das crianças têm uma intimidade e franqueza espantosas. Uma criança quando teve permissão da mãe para ir a um piquenique que ela havia vetado anteriormente, disse: "É tarde, mamãe. Já rezei para que chovesse". Professôres de catecisco deparam com perguntas que há séculos vêm fazendo doutores em Teologia arrancarem os cabelos, tais como: "Se Deus nos criou todos à sua imagem, porque alguns são feios e maus?" A pergunta: "Porque só existe um Deus?" uma criança respondeu: "Porque Deus enche todos os espaços e não há lugar para outro". A fé das crianças tem uma inocência - uma confiança e franqueza - que reflete o verdadeiro sentido da bíblia quando diz: "Aquêle que não receber o reino de Deus como menino de modo algum entrará nêle".
"Muitos pensam que as crianças não sabem nada e que os grandes é que sabem alguma coisa: afirmo-lhes que é justamente o contrário, as pessoas grandes não sabem nada e as crianças sabem tudo porque elas conhecem a inocência primeira que é tudo. Na criança ou na infância há uma graça única, uma integridade, um comêço total, uma origem, um segrêdo, uma fonte, um ponto de origem, um início, por assim dizer, absoluto". Charles Péguy
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FRATERNIDADE É ISSO Transcrito de "0 SAO PAULO", 26-2-'72 .
Eu vou lhe contar o que aconteceu numa capela, aqui do litoral. Por aqui cada paróquia tem um punhado de bairros que o padre visita quando pode. Mas em muitas delas há o Capelão, ou Animador, ou qualquer outro nome: é um líder do bairro que aprende a dirigir o culto dominical, aquela "Missa sem padre" que inventaram não faz muito tempo. Numa dessas capelas, antes de começar o culto, Zelão (vamos chamá-lo assim) dirigiu-se à turma que lotava o recinto para as orações ao Senhor: "Nóis semo cristão ou nóis é palhaço?" Você vai concordar comigo que o português do Zelão, como aliás o da maioria dos capelães da redondeza, não se pode comparar com o castiço idioma de Eça ou Coelho Neto. Mas a turma de lá os entende muito bem. - "Se nóis é cristão mesmo, não podemos continuar dizendo 'Pai Nosso' aqui na igreja sem fazer nada praquela gente que está morando debaixo da ponte ... " Ah! que péssimo estilista que eu sou. Esqueci de dizer a você que perto da Capela havia uma ponte e, como quase sempre acontece aqui no interior, por debaixo da ponte passava um riacho há muito tempo. Mas, ultimamente, além do riacho, instalara-se ali uma família inteira, cujo casebre ruíra numa tempestade. Sendo pobre, o caboclo, sem recurso para reconstruir sua palhoça, mudou simplesmente para debaixo da ponte. Zelão falou e disse. E naquela ensolarada manhã de domingo, antes de rezarem o "Pai Nosso" na capela, todo mundo saiu da igrejinha. Interromperam o culto, fazendo eco, quase, àquela passagem do Evangelho que diz: "Se estás para fazer a tua oferta e te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa tua oferta no altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão". O culto ficou interrompido até às quatro horas da tarde. Quando voltaram, Zelão e sua turma, a oração recomeçou. Na hor a do "Pai Nosso", de mãos dadas, dava para sentir em cada mão ainda um resto de suor e até de barro . . . A turma estava cansada. Mas de coração feliz. Porque deu para reconstruir todo o barraco da família que morava debaixo da ponte. Agora, após a oração com Zelão, poderia voltar para uma casa, como todos os filhos de Deus. Cada vez que vejo um cartaz da Campanha da Fraternidade (e já vi tantos!), eu me lembro do Zelão. Do Zelão que não sabe português. Do Zelão que vai perguntando de sopetão "se nóis é cristão ou palhaço". Do Zelão, porém, que sabe uma coisa muito importante. Sabe o que é fraternidade.
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LIGAÇÃO, ESSE DESCONHECIDO
Do boletim mensal do Setor B da Guanabara reproduzimos o artigo seguinte, que aborda assunto muito importante e geralmente mal com preendido pelas equipes.
Vocês sabem que os Ligações existiam antes dos Setores? sim. ~les precederam a formação dos setores porque, desde o início de nosso Movimento, nos idos tempos de 1947, êles já eram o sangue que levava o oxigênio, a vida do Movimento, às equipes e traziam de volta os anseios dessas mesmas equipes. É talvez o cargo mais difícil, mais delicado das ENS. Para exercê-lo bem, é necessário que o Ligação seja um apóstolo, com espírito pastoral antes de tudo, para animar a equipe, fazer com que os casais subam sempre no caminho de sua espiritualidade própria, a de casados. "As almas, tal como as velas, acendem-se uma nas outras", e as ENS são um exemplo disso, pois tudo nelas é feito de pessoa a pessoa, em qualquer nível. Não é possível que o Responsável do Setor atinja diretamente, pessoalmente, cada casal. Isso é então feito pelo Ligação. É êle uma espécie de irmão m ais velho, tratando carinhosamente os casos particulares, sem paternalismo e guardando confidencialmente o que acontece nas equipes por êle ligadas. Diríamos que é o Conselheiro leigo da equipe. ~le está bastante dentro da equipe para conhecer e amar os casais que o Movimento lhes confiou, mas também está bastante fora da equipe para ter a calma e a lucidez de quem vê as coisas do alto, não se envolvendo diretamente nelas. Para isso o Ligação precisa ter Fé viva e forte para poder transmiti-las aos irmãos. Ter competência: conhecer os fins , a mística e os métodos do Movimento e acreditar nêles. Ter uma Caridade que seja exigente (cf. Rom. 15, 14-15) mas seja também um serviço prestado alegremente (cf. II Cor. 9, 7). Ter clarividência em seus conselhos, não "doutrinar" mas, com o S. Paulo, É
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interessar-se por tudo. Ter devotamento à sua m1ssao, tratando sua equipe ligada, não como um todo mas conhecendo cada casal e, como S. Paulo (cf. Rom. I, 8-13), amando-os um por um. E agora vocês vão perguntar: como conseguir tudo isso? Primeiro, pela oração; depois vivendo melhor o Movimento dentro de sua própria equipe; pela ajuda das ENS e suas estruturas; e finalmente pela receptividade aberta a ser dada à equipe que êle liga. Que nós saibamos pois tornar menos árdua a tarefa do nosso Ligação, através da abertura do nosso coração e da nossa amizade.
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NOTÍCIAS DOS SETORES Cariocas em Brasília
Dois casais da Equipe 18 da Guanabara transferiram-se com armas e bagagens para a Capital Federal. Maria Coeli e Roberto Wagner, que fizeram a Sessão de Formação de Itaici em 1970, partiram com a incumbência de lá instalar o Movimento. Que Deus os abençoe na execução dessa tarefa. Ainda a Guanabara
Os dois setores da Guanabara realizaram no fim de 1971 a operação "Inter-Equipes" - que alhures se usa chamar mais prosàicamente de "reuniões de equipes mistas". Foram 17 grupos, 131 casais, ou seja, quase 80% dos integrantes das equipes da Guanabara. A participação foi assim: 66 casais do Setor A, 50 do Setor B, 4 de Niterói. Fizeram-se presentes os equipistas de Petrópolis, por intermédio de 9 casais, e compareceram ainda dois casais de São Paulo. Foi um sucesso, em têrmos de coparticipação, de amor e de espiritualidade. São Carlos e Marília prontos para mais uma forma de apostolado
Dois casais de Marília e o Conselheiro Espiritual do Setor, mais 4 casais de São Carlos, vieram até São Paulo para participar do Encontro de Casais com Cristo, idealizado pelo Pe. Pastare (cf. C.M. de Agôsto). Voltaram cheios de entusiasmo e decididos a lançar a experiência em suas respectivas cidades. De Marília a Aparecida
Associando-se às comemorações pelos 150 anos de independência da nossa Pátria, as equipes de Marília resolveram, êste ano de 1972, que será um ano marcado por celebrações especiais no Santuário N acionai de Aparecida, externar o seu amor e confiança em Nossa Senhora organizando uma peregrinação, que será realizada nos dias 1.0 , 2 e 3 de julho. Será uma romaria de reflexão, oração e confraternização. Novas passagens de cargos nos Setores
O Setor A de São Paulo tem nôvo Casal Responsável, Lourdinha e J osé Eduardo Dias Soares, e conta novamente com o Cgo. Constantino Van Veghel, o. praem., como Conselheiro Espiri tua!. -29-
Em Campinas, Lalá (Maria Laura para os que não sabem) e Dráusio Lopes Camargo substituiram Lília e Sérgio. Embora ainda bem brotinhos, são veteranos no Movimento, pois pertencem à Equipe n. 0 3. Conselheiro Espiritual do Setor é o Pe. José Antonio Buch. Hilda e Oscar também se "aposentaram" do Setor B de São Paulo, passando a responsabilidade a Maria Luíza e Constantino Esper Neto. Tendo Mônica e Plínio sido transferidos de Florianópolis, passaram o Setor a Eda e Aldo Brito. Continua como sempre a postos o Pe. Bianchini. Nôvo Casal Regional em São Paulo
Theresinha e Ronaldo Wimmer, da Equipe n. 0 34, Setor A, antigos pioneiros de Jundiaí, substituem agora Marialba e Mariano na Região São Paulo-Capital. Novas Equipes
Tivemos conhecimento de que ingressaram no Movimento mais as seguintes equipes: A caçula do Setor A, de n. 0 86, por contar com vários casais lusitanos, escolheu a invocação de "Na. Sra. da Cova da Iria". Foi pilotada por L alá e José de Castro Monteiro. O Casal Responsável é Maria Elise e José Écio Pereira da Costa e o Conselheiro Espiritual, o Cgo. Constantino Van Veghel. Em J aú, ao mesmo tempo em que está sendo reestruturada a Equipe 1, a 6, repilotada, a 7 já tem seu primeiro Casal Responsável, Maria Eunice e Leon Hipólito de Menezes. O Conselheiro Espiritual é o Cgo. Gastão Oliboni, o. praem. Deus chamou a Si
No dia 24 de janeiro, nosso irmão Manoel Olímpio de Almeida Carneiro, da Equipe 23, Setor B da Guanabara. Sufragando a sua alma, rezemos ao Pai também pelo confôrto de sua espôsa Iracema. NOTICIAS INTERNACIONAIS
Novos Setores:
Estados Unidos:
Nova York/Nassau Nova York/Suffolk França: Tolosa, B Portugal: Aveiro, Guarda Novas Equipes: Bélgica: 4; Espanha: 30; França: 28; Inglaterra: 1; Irlanda: 1; Itália: 3; Líbano: 1; Portugal: 2. -30-
MISSA LEIGA Está em cartaz em São Paulo, e obtendo merecido sucesso, a peça teatral de autoria de Chico de Assis, com músicas de Cláudio Petráglia, intitulada MISSA LEIGA. Não pretendemos fazer aqui nenhum juízo crítico, primeiro porque não é o caso, segundo porque não é de nossa competência; os críticos teatrais já se pronunciaram suficientemente através dos órgãos de imprensa. Só queremos dizer o seguinte: é uma senhora peça; impressionante, acho que é o adjetivo que mais lhe convém. Dificilmente pode haver um meio mais eficaz para levar-nos a tomar consciência da atualidade, da presença da nossa Missa em nossa vida; vale por muito mais do que uma pregação. O que disseram certos jornalistas, em determinados jornais, sôbre a "Missa leiga", chamando-a inclusive de sacrílega, só pode ser fruto de preconceitos e má fé; o jornalista que a chamou assim, certamente não assistiu à peça, ou, se assistiu, não quis entender a mensagem clara, meridiana, que o autor quis e os artistas conseguiram transmitir. Só temos um conselho a dar aos equipistas da Capital e aos de outras cidades que porventura vierem a São Paulo: antes que saia de cartaz, não deixem de assistir a essa peça. Será também um bom assunto para co-participação, e mesmo debates em grupos.
RETIROS Não haverá retiros, em São Paulo, no primeiro semestre. As datas reservadas para o 29 semestre são as seguintes: 11 de Agôsto 25 a 27 de Agôsto 22 a 24 de Setembro 29 de Setembro a 19 de Outubro 6 a 8 de Outubro 27 a 29 de Outubro 17 a 19 de Novembro
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Valinhos Barueri Valinhos Barueri Valinhos Barueri Valinhos
ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO
Páscoa, tempo de renascimento (na água e no Espírito) pelo batismo, tempo de transformação do homem ve.lho no homem nôvo. Nosso irmão primogênito, Cristo, na luz de sua ressurreição gloriosa, nos aponta o caminho, que nos levará à plenitude final da nossa ressurreição também, na luz eterna do Pai.
Texto de Meditação: (Rom. 12, 1-2)
"Recomendo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais os vossos corpos como hóstia viva, santa, agradável a Deus, à maneira de um culto espiritual. E não vos amoldeis a êste mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para discenirdes a vontade de Deus: O que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito". Oração Litúrgica: Hino a Cristo
Senhor, tu fizeste surgir da treva o mundo na sua primeira manhã; Fazes brilhar na nossa noite O conhecimento da tua glória. És a imagem do pai Celeste e o esplendor da sua beleza, Sôbre o Teu rosto, ó Jesus Cristo, brilha para sempre a alegria do mundo. Tu próprio és a luz que brilha ao fundo de tôda a escuridão. Tu és a lâmpada dos nossos passos A guiar no caminho de trevas. Quando tudo se dilui, tu permaneces, quando tudo se apaga, tu continuas; A noite desce, e tu resplandeces no coração das tuas criaturas. E quando a aurora que já se anuncia se erguer sôbre o universo, Tu reinarás na cidade dos homens, E as trevas hão-de desaparecer. -32-
Oremos: ó Deus, que iluminas a noite
e fazes brilhar a luz após as trevas, faze com que passemos esta noite defendidos dos ataques do inimigo, para que amanhã, com alegrfa · Te demos graças na Tua presença. Por Jesus Cristo, Teu Filho, Nosso Senhor. Que o Senhor nos abençoe, nos guarde de todo o mal e nos conduza à vida eterna. AMÉM.
EQUIPES NOTRE DAME 49 Rue de la Glaciêre Paris XIII EQUIPES DE NOSSA SENHORA Rua Dr . Renato Paes de Barros, 33 - ZP 5 - Tel. : 80-4850 04530 - São Paulo, SP