ENS - Carta Mensal 1972-8 - Novembro

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1972

NC? 8 \

Novembro

EDITORIAL- A ECIR conversa com vocês . •

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O Con. Caffarel entre nós .. .. .. .. .. .. .. .. ..

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Mensagem do Santo Padre ao Movimento Familiar Cristão .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..

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O testemunho, principal instrumento do apostolado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma ética para os automobilistas . . . . . . . . .

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Peregrinação de jovens a Aparecida . . . . . . .

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Um Responsável de Setor fica bravo . . . . . .

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Aprendendo com a juventude . . . . . . . . . . . . .

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Testemunho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Encontro de equipistas nos Açores . . . . . . . . .

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Notícias dos Setores .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..

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Notícias internacionais .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..

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Retiros Oração para a próxima Reunião . . . . . . . . . . .

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R evisão, Publicação e Distribuiç ão pela Secretaria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. 04530 -

Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 04530 -

-

SAO PAULO, SP.

somente para distribuição interna -

Tel.: 80-4950


EDITORIAL

A ECIR CONVERSA COM VOC~S

Caros amigos, Permanece viva na memória de todos aqueles que viram e ouviram o Cônego Caffarel, a personalidade marcante desse homem de Deus que passou entre nós duas semanas, repartindo com os equipistas as riquezas de sua alma sacerdotal. Não só na memória, mas também no mais íntimo dos que com ele tiveram contato. É que o Cônego Caffarel falou também com o coração, despertando em todos uma simpatia impar que se traduziu em múltiplas manifestações de afeto e carinho. Mas, o que mais impressionou nele, foi o conteúdo de suas palavras, o calor e a autoridade com que soube transmitir a mensagem que nos veio trazer, a profundidade com que nos apresentou, em linguagem simples e acessível, os vários temas que desenvolveu, dando-lhes uma elevação espiritual convincente. As suas palavras revelavam o vigor de uma alma sempre alerta, testemunho palpável de um editorial já antigo da Carta Mensal, em que apresentava a linha sempre ascendente da vida espiritual, mau grado a curva da vida física, gradativamente descendente, após o pico da idade madura. A passagem do Cônego Caffarel no Brasil, talvez mais do que das duas outras vezes que aqui veio, constitui um grande marco na trajetória das Equipes de Nossa Senhora entre nós. Com felicidade o definiu Marcello, no Rio, ao manifestar a sua convicção de que esta visita iria ser a linha divisória entre duas fases das Equipes no Brasil: antes e depois da vinda do Cônego Caffarel. Esta visita do fundador das Equipes, o esforço por ele desenvolvido, os enlevos de espiritualidade que despertou, terão sido, no entanto, em vão, se a mensagem que nos veio trazer não for assimilada, aplicada, vivida. Ora, a sua vinda foi realmente providencial, ao situar-se justamente no final de nosso ano de aprofundamento e renovação, em vésperas da última etapa que irá coroar todo o trabalho realizado: a opção. -1-

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Com efeito, o estudo do espírito e das grandes linhas do Movimento, veio esclarecer e firmar em todos nós o que são e o que pedem as Equipes de Nossa Senhora. As palavras do Cônego Caffarel permitiram-nos reavivar o conteúdo e a densidade do aspecto essencialmente espiritual do Movimento, para cuja realização podemos contar com as graças do sacramento do Matrimônio, da mesma forma que o sacerdote tem, no sacramento da Ordem, o manancial para a sua realização cristã. Estamos portanto habilitados a escolher conscientemente e com absoluta liberdade o caminho que as Equipes de Nossa Senhora nos propõem. Para isto podemos contar com o auxílio e incentivo de nossos irmãos de equipe, com o apoio do Movimento e, principalmente, com a força que nos é dada no maior convívio com o Cristo e com o amparo maternal de Maria Santíssima, a quem confiamos o Movimento, de quem nos podemos socorrer nas nossas fraquezas ou cansaços. Cabe-nos agora cerrar fileiras para as realizações que se impõem. Lembrados que a nossa ação transcende o círculo limitado de nosso lar, de nossa equipe, para abranger o meio em que vivemos, a nossa cidade, o nosso país. É o que de nós espera o Cônego Caffarel. E ele nô-lo disse, na última reunião que teve com a ECIR, na tarde de seu embarque: "Parto daqui, acreditando cada vez mais na missão das Equipes de Nossa Senhora no Brasil". Recorramos, com toda a fé, às luzes do Espírito Santo. Unamos as nossas orações para que possamos ver com clareza qual a vontade do Senhor. A ECIR

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O CON. CAFFAREL ENTRE NÓS

Até que enfim, ele chegou! Chegou, e Ja se foi. .. Passou entre nós duas semanas apenas, mas tão densas que sua repercussão se fará sentir por muito tempo. A expectativa era grande. Muitos casais trabalhando para preparar esses quatorze dias. No Secretariado muita correria, pois eram duas Sessões de Formação e três Encontros Gerais e vocês podem imaginar a papelada, principalmente a da liturgia das Sessões, que acabou formando um livrinho. No Rio, em Florianópolis e em São Paulo, equipes de serviço em pé de guerra para acertar todos os detalhes, materiais e espirituais, dos Encontros Gerais. Foi um trabalho exaustivo

Flagrante da chegada em Congonhas

e os resultados valeram a pena: tudo correu às mil maravilhas: locais arrumados com capricho, equipamento de tradução e transmissão instalado (com muito esforço .. . ) e funcionando, equipes de recepção e liturgia a postos. Mas a maior "movimentação" teve lugar em Florianópolis, pqis para lá iam muitos casais do Paraná e do Rio Grande do

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Sul, tanto para a Sessão como para o Encontro - e era preciso, além de todo o resto, providenciar hospedagem para todos, sem falar naquele churrasco do domingo ... O pessoal de Florianópolis desdobrou-se e foi uma beleza de organização e carinho na recepção. Foram muitos os que deram dias e noites para preparar esta visita - e se o êxito foi grande, deve-se em grande parte à sua total abnegação - dedicação nesta altura já não é palavra suficientemente forte. Mas há alguém que deu mais ainda de si, por força das circunstâncias, e de quem, em última análise, acabou dependendo quase tudo: o tradutor ... Ao Peter é preciso externar aqui, em nome de todos os que estiveram nas Sessões de :Formação e nos Encontros, a expressão de nossa admiração pela façanha que conseguiu realizar, um grande "muito obrigado" e a promessa de nossas orações, pequena retribuição em face do grande bem que nos proporcionou. Com aquela intensa programação, poder-se-ia temer que o Pe. Caffarel ficasse cansado - um ano atrás encontrava-se em repouso absoluto por determinação médica. Em particular, havia pedido que nada fosse marcado para ele à noite. Ora, participou, tanto em Itaici como em Florianópolis, de todos os plenários à noite - e nas outras noites, inclusive nos dias em que viajara, nunca se furtou a um diálogo amistoso com os equipistas que o procuraram. Chegou até a conceder entrevistas à imprensa! Em toda a viagem ·descansou apenas dois dias: um em São Paulo, outro no Rio. No outro dia livre que teve em São Paulo, almoçou com D. Paulo Evaristo e visitou a Casa de Oração das Irmãs do Cenáculo no Taboão da Serra. Nunca demonstrou o menor sinal de cansaço e parecia perfeitamente à vontade. Isto certamente se deve às orações de todos que, em casa com os filhos, nas reuniões de equipe e nas vigílias programadas com este objetivo, pediram a Deus que desse ao Pe . .Caffarel força e saúde para que pudesse cumprir sem problemas o seu intenso programa. Como não podia viajar muito, Mareei Delpont foi sozinho a Curitiba e Porto Alegre, onde fez uma palestra para todos os equipistas. Em Curitiba ele falou em português e à noite participou de uma reunião mista de equipes operárias, que o entusiasmou muitíssimo. Também esteve em São José dos Campos, para uma reumao eom a Região do Vale do Paraíba e outra noite em São Paulo eorp. as Regiões São Paulo e Jundiaí. Em toda parte, nosso Supra:-Regional foi recebido como um irmão. Portador da mensagem da Equipe Responsável, sua palavra em ltaici, Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre foi ouvida com atenção e carinho.


Impossível calcular o número de pessoas, entre casais e sacerdotes, que tiveram um contato com este apóstolo da espiritualidade conjugal e familiar que é o Côn. Caffarel. Em São Paulo, malgrado o dia e a hora impróprios, foram muitos os equipistas de outras cidades que vieram em ônibus fretados especialmente. Foram até Florianópolis equipistas de Brusque, Blumenau, Mafra, Curitiba, Londrina, Caxias e Porto Alegre, só para passarem a manhã de domingo com o Pe. Caffarel. No Rio, foram ouvir a palavra do nosso fundador muitos equipistas de Petrópolis e Juiz de Fora. Em Itaici, estavam presentes 90 casais e 4 sacerdotes e em Florianópolis, 42 casais e 2 sacerdotes. Todos os que ouviram o Pe. Caffarel nos Encontros Gerais ficaram vivamente impressionados com a sua mensagem - e também com a sua pessoa. Quanto aos que tiveram o privilégio de participar das Sessões, de passar três dias em contato mais estreito com ele, voltaram maravilhados, dizendo que nunca mais esqueceriam esses dias. A estada do Côn. Caffarel iniciou-se e terminou com uma reunião com a ECIR- a primeira serviu para que pudesse "tomar o pulso" do Movimento no Brasil- e na última ele externou toda a sua alegria por ter encontrado o Movimento tão forte e cheio de dinamismo. Mareei Delpont e o Côn. Caffarel levaram muitas lembranças do Brasil - lembranças vivas, de rostos e palavras amigas, de conversas frutíferas, de lugares acolhedores - mas também lembranças materiais que os equipistas de várias cidades tiveram a carinhosa idéia de oferecer-lhes. Quanto a nós aqui, também ficamos com muitas recordaçõesas palavras que ouvimos calaram fundo em nós e não está perto de apagar-se de nossa lembrança a figura extraordinária daquele homem inspirado, verdadeiro Pai espiritual para todos nós. A sua passagem foi para as equipes do Brasil como um sopro do Espírito Santo. Isto é apenas um apanhado do que foi a 3.e. visita do Côn. Caffarel ao Brasil. Dentro em breve sairá uma edição comemorativa deste grande acontecimento - com todos os detalhes, resumos das conferências e muitas fotografias - Aguardem!

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MENSAGEM DO SANTO PADRE AO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO

Num ambiente de intensa vibração e fraternidade, realizou-se em Bogotá, na semana de 20 a 26 de agosto, com a pre:::ença de quase 300 casais e 80 sacerdotes, além de jovens, viúvas e senhoras separadas, oriundos de 20 países da América Latina, o VI9 ENCONTRO LATINO-AMERICANO DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTAO . Dentro da nova perspectiva de atuação do Movime::~to, que visa responder às necessidades atuais da América Latina e à linha Conciliar, procurando construir um mundo melhor onde todas as famílias possam ser realmente integradas e felizes, o tema escolhido e preparado nas equipes de base durante o ano inteiro, "Educar para o Amor", foi amplamente debatido, tendo em vista alcançar não conclusões teóricas mas compromissos concretos compromissos esses que foram tomados por cada uma das delegações para depois serem traduzidos na prática pelo Movimento nos seus respectivos países. A Equipe Central Nacional e Casais representantes dos Estados do Amazonas, Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além dos Assistentes Arquidiocesanos desses três últimos Estados, compunham a Delegação Brasileira . Estavam ainda em Bogotá os representantes do Secretariado Latino-Americano, D. Lucas Moreira Neves, Assistente Latino-Americano do Movimento Familiar Cristão, e o casal Presidente Latino-Americano, José e Beatriz Rezende Reis. Sugeriu-nos o próprio D. Lucas que transcrevêssemos, para aproveitamento dos equipistas, a carta que, a 15 de agosto, o Cardeal Jean Villot, em nome do Santo Padre Paulo VI, dirigiu por seu intermédio aos participantes do ENCONTRO.

"Senhor Bispo, Confiou-me o Santo Padre a grata missão de manifestar-lhe e, por seu intermédio, a todos os participantes do VI ENCONTRO LATINO-AMERICANO DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO, seu vivo interesse por essa importante jornada de oração e estudo, na qual se reunirão casais e assistentes desse Movimento com a intenção de analisar os delicados problemas da família na América Latina, buscando encontrar caminhos de solução e unificar os corações e os esforços em torno dessa nobre tarefa.

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O Desamor, raiz da crise familiar

Desta forma, desejam levar às suas últimas consequências a exortação do Concílio aos esposos de serem "testemunhos daquele mistério de amor que o Senhor com sua morte e ressurreição revelou ao mundo" (GS, 52). Com efeito, a crise que se abate sobre a instituição familiar no mundo, e concretamente na A. Latina, tem como raiz última uma falsa ou pelo menos incompleta noção do amor, que é a origem dos fenômenos nos quais a crise se manifesta, tais como o menosprezo da dignidade da pessoa humana e, em especial da mulher; a elevada percentagem de filhos nascidos fora de um lar estável e legítimo, com seu inevitável séquito de problemas sociológicos e sociais; a deficiência de legislação inadequada; o ambiente de hedonismo e de irresponsabilidade face ao mistério admirável da transmissão da vida. Crise da família e questão social

Para todo o homem, mas especialmente para o cristão, atrás da crise da instituição familiar está, viva e palpipante, a dolorosa tragédia e a urgente necessidade de ajuda a milhares de irmãos que esperam da Igreja compreensão, assistência e orientação. A este chamamento a Igreja busca dar uma resposta efetiva e adequada, tanto no plano doutrinai como no prático, com o auxílio de todos os seus filhos. A familia, apóstola da família

Não há dúvida de que num plano pastoral geral em favor dos lares é indispensável a cooperação decidida das próprias famílias cristãs que sejam apóstolas de outras famílias cristãs, abrindo-se generosamente em sentido apostólico e de serviço, e convertendo-se em canal da graça divina para outros lares. Por isso, o Santo Padre qualificava como "uma das formais oportunas de apostolado" a fraterna ajuda "na qual os próprios esposos se convertem em guias de outros esposos" (H. Vitae, 26). O campo de ação para um fecundo apostolado não pode ser mais amplo nem mais importante: preparação dos novos esposos para a vida matrimonial; auxílio e orientação na delicada tarefa da educação dos filhos; formação da consciência em relação ao matrimônio, o caráter sagrado das relações conjugais, a paternidade responsável e a dignidade da mulher; assistência aos que não souberam ou têm dificuldades para fundar um lar segundo as leis divinas; compreensão e apoio para os que, vítimas inocentes da irresponsabilidade alheia ou das próprias circunstâncias, necessitam orientar suas vidas através de uma plena integração na sociedade.

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A família, apóstola da sociedade

As perspectivas do apostolado, entretanto, não podem se enclausurar no problema familiar visto isoladamente, senão que devem abrir-se a toda a problemática da sociedade que influe de modo decisivo na família e para cuja transformação a família deve trabalhar com afinco. Deve-se partir do fato de que a própria análise social enfrenta numerosas dificuldades porque, entre outras coisas, é difícil encontrar o lugar e a linguagem do diálogo entre os grupos sociais, entre as gerações e entre as diversas mentalidades. Apesar das dificuldades, pode-se chegar no seio da família a esse diálogo sereno e claro capaz de desvendar incógnitas, dando aos que exercem funções de direção ou são educadores, a possibilidade de conhecer as verdadeiras atitudes dos jovens, cujo imenso cabedal humano e espiritual não conseguiu, pelo menos até o momento, realizar-se convenientemente nem quanto ao número, nem quanto à riqueza de seus valores. Este conhecimento profundo da juventude daria as pistas para encontrar as soluções globais e efetivas para os males que afligem a sociedade que breve deverá estar nas mãos dos jovens e que deverá ser-lhes entregue, senão perfeita, pelo menos em vias de ser mais fraterna, mais justa, mais livre, mais pacífica e mais orientada para os supremos valores do espírito. Espiritualidade, base do apostolado

Este caminho de apostolado e de ação familiar e social pressupõe e está intimamente ligado a uma profunda espiritualidade, pessoal e familiar ao mesmo tempo, capaz de dar aos esposos e aos filhos, como indivíduos e como célula social, essa tensão espiritual capaz de uní-los entre si e com os demais. O tema escolhido para o Encontro é um símbolo e um programa: "não são inúteis os caminhos do amor". Valores humanos e riquezas espirituais do matrimônio

Os esposos foram chamados a "cooperar com fortaleza de espírito com o amor do Criador e do Salvador, porque por meio deles aumenta e enriquece diariamente sua própria família". (GS, 50). Por isso, sua vida não pode deixar de estar aberta para Deus, que neles faz palpitar de novo seu amor criador e salvador, submergindo-os no grande mistério que começou no princípio dos tempos e neles se perpetua e do qual eles se tornam como que intérpretes (Ibid., 50). O Senhor quis dar à família tal importância que saiu ao seu encontro com o sacramento do matrimônio

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(Ibid., 48) , de maneira que a graça sacramental fosse o selo de sua aliança, dessa firmeza divina à unidade do lar e ajudasse os esposos na tarefa educativa dos filhos. Estes frutos do amor santificado por Deus devem ser como que uma viva ação de graças, um dom precioso que os pais hão de guardar e ·formar, fazendo-os partícipes de sua vida espiritual, de sua abertura ao mistério de Deus e à ação apostólica. Desta maneira, espiritualidade matrimonial e apostolado se fundem numa só coisa para o bem da própria família e de toda a sociedade e integram a família na comunidade eclesial que está no mundo como sacramento do amor divino. Estima do Papa pelo MFC

O Santo Padre, que conhece e aprecia vivamente o trabalho realizado nos últimos anos pelo MFC na América Latina, formula os mais ardentes votos para que este Encontro em Bogotá oportunize uma fecunda reflexão através da qual se alcancem, com a oração e ação de todos, abundantes bens para as famílias latino-americanas. Como penhor da assistência divina e prova de afeto, Sua Santidade outorga a V. Exa. e a todos os participantes rlo Encontro e a todos os lares latino-americanos sua paternal benção apostólica. Juntando meus melhores votos para o feliz êxito dessa reunião, apraz-me expressar-lhe a certeza de minha maior consideração e sincera estima em Cristo". - (ass.) Card. Villot

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TESTEMUNHO, PRINCIPAL INSTRUMENTO DO APOSTOLADO

Todos os meios de fazer apostolado são válidos. Mas o mais importante, por ter raízes bíblicas, é o testemunho. Cristo não se apresentou nem como sábio, nem como cientista, nem como teólogo, mas como testemunha: "nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade" ... É curioso notar que o Divino Mestre, quando enviou os Seus discípulos à conquista do mundo, não lhes deu outra recomendação senão esta: "Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e até os confins da terra" .

. . . São Paulo trabalhou mais do que nenhum apóstolo na difusão do Evangelho, por causa da sua sólida cultura humana e> bíblica. Mas acima de tudo está o seu testemunho. Ora, testemunha é aquele que afirma o que viu e ouviu. 1<~ um transmissor fiel da verdade, histórica e dogmática. Não inventa, não deturpa, nada omite. Para nós essa verdade é o Cristo do Evangelho, que conhecemos pelo estudo, contemplamos peJa meditação e seguimos através dos caminhos que a Igreja nos aponta. As palavras voam, as atitudes contagiam. Por isso, o nosso testemunho deve ser a expressão de uma fé viva e profunda. E para que a nossa fé possa converter, devemos ser uma comunidade unida e não dividida, operante e não morta. Sejamos um só para que o mundo saiba que somos discípulos de Cristo. E quando surgirem problemas, quer entre os organismos católicos entre si, quer entre membros do mesmo organismo, quer entre os organismos católicos e a hierarquia, portemo-nos não como crianças, mas como adultos. D. Eduardo André Muaca Bispo auxiliar de Luanda, Angola

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UMA ~TICA

PARA

OS

AUTOMOBILISTAS

Em toda parte, os problemas do trânsito têm sido motivo de preocupação. Já em 1955 Pio XII pedia: "Que nas estradas reine um clima de cortesia, de moderação e de prudência, seguindo as melhores tradições da civi.lização cristã". Recentemente, um bispo espanhol escrevia: "É de lamentar que muitas pessoas que são corretas em outras atividades, quando põem suas mãos ao volante, sofrem automaticamente uma queda em suas virtudes cívicas, despertando a agressividade, o egoísmo e a intemperança, que transformam o tráfego numa guerra sem piedade e numa aventura arriscada". Entre nós o problema atingiu tal gravidade que o Episcopado paranaense resolveu pronunciar-se a respeito, emitindo pronunciamento divulgado por D. Pedro Fedalto, Arcebispo de Curitiba.

I - TEOLOGIA DO AUTOMóVEL a) O homem, feito à imagem e semelhança de Deus, participa de Sua sabedoria eterna, como senhor do universo, sendo sua tarefa principal melhorá-lo, a fim de entregá-lo a Cristo que o devolverá ao Pai (Cfr. Gen. 1, 26-31). Por isto foi dotado de inteligência, vontade e liberdade. b) O homem pesquisa, descobre e inventa coisas que lhe facilitem a vida e lhe tragam felicidade. Em meio a estes inventos estão os veículos. - Os elementos componentes do veículo : ferro, borracha, madeira, lataria, etc., combinados entre si, ajudam o homem a encurtar distâncias, sentindo-se mais perto do outro. - As peças do veículo não são dotadas de razão, portanto, não têm responsabilidade alguma. O homem é que as controla, que as comanda. É o senhor. É o ser inteligente que as deve conduzir para o bem e não para o mal ou para a desgraça.

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11 -TEOLOGIA DO ACIDENTE

- Toda pessoa tem direito à vida, e, sendo ela um presente de Deus, deve tudo fazer para conservá-la, aperfeiçoá-la e fazer dela um meio de atingir a salvação eterna. Não se pode desbaratá-la nem colocá-la em perigo. A vida do próximo não nos pertence e é merecedora de atenção e cuidados. Não é suficiente evitar matar o próximo; é necessário amá-lo e à luz deste amor cuidar das coisas que afetam sua saúde e sua vida. É em força deste preceito que a Igreja luta contra a guerra, o aborto, os tóxicos, o abuso do fumo e do álcool, incentiva o esforço dos médicos na luta para a conservação e o prolongamento da vida humana e inspira o trabalho dos governos na eliminação da fome e da miséria. Baseando-se nestes preceitos o motorista deve usar a máxima atenção no desempenho de seu trabalho, evitando assim as mortes e os acidentes. Há no trânsito problemas cuja solução depende da Engenharia, outros em que as soluções são inerentes ao policiamento P. outros que encontram respostas no comportamento dos motoristas e dos pedestres. É o caso da segurança, por exemplo, que depende fundamentalmente deles, pois está provado que não existe veículo ou via perigosa, mas sim motorista perigoso ou pedestre descuidado.

Acidente e fatalidade

Deus é o autor da vida e o acidente, como mal, não poderia advir d'Ele. Provém do homem, quando faz mau uso da sua liberdade e age com irresponsabilidade. O desastre não é um destino de Deus, em hipótese alguma. É consequência de descuido, imprevidência ou incompetência do homem. 111 -TEOLOGIA MORAL DO CARRO

a) O homem tem obrigação moral de tornar o carro um instrumento de santificação pessoal e de amor ao próximo, usando-o dentro das medidas da prudência e da justiça, respeitando o pedestre e obedecendo às leis do trânsito. b) Constitui um mal (pecado): 12-

Desrespeitar as regras de segurança nas estradas. Dirigir de tal forma que ponha em perigo a própria vida ou a dos semelhantes.

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Guiar alcoolizado ou intoxicado. Adiar os consertos e reparos mais urgentes. Ultrapassar na faixa contínua, nas curvas perigosas, ou pela direita usando o acostamento.

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Desrespeitar a sinalização. Guiar abraçado à namorada. Transitar em velocidade superior à permitida para o local. Transitar em sentido oposto ao estabelecido para determinada via, desde que devidamente sinalizada.

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Menosprezar os avisos e as indicações de alerta. Perder a paciência e insultar o próximo com palavrões e grosserias. Guiar quando emocionalmente abalado ou quando perturbado por dor física. Dirigir mesmo sabendo-se ser sujeito a desmaios ou possuidor de reflexos deficientes ou visão defeituosa. Fugir dos exames válidos junto às Delegacias do Trânsito comprando cartas de habilitação falsas ou imerecidas.

CONCLUSÃO

O homem não pode desrespeitar a vontade de Deus que se manifesta através das leis humanas e civis. Todas as vezes que as desrespeitamos, incorremos em falta contra a lei de Deus. Mesmo que as infrações cometidas contra as leis do trânsito não acarretem desastres ou mortes, já se pecou, pois que ocasião houve para morte (homicídio ou suicídio) e a desobediência is determinações das autoridades aproximou-se do 5. 0 Mandamento da Lei de Deus "Não Matarás". Estas são, em tese, as orientações e observações que endereçamos aos motoristas e pedestres, procurando alertar contra os perigos que o abuso e a irresponsabilidade trazem para todos nós. Segui-las é dever de consciência. Obedecê-las é cooperar para o bom desenvolvimento da Pátria, que precisa, mais do que nunca, de cidadãos responsáveis e honestos, para caminharem passo a passo com o desenvolvimento que agora é impresso no país. Obedecê-las é seguir as diretrizes que a Igreja oferece aos

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homens, procurando torná-los cada vez mais humanos e cada vez mais seguidores do mandamento: "Amai-vos uns aos outros", baseados em ações dignas e atitudes conscientes. CONSELHOS PARA OS MOTORISTAS

1. 2. 3. 4. 5. «L ''1. :8. .9. JO. Jl . 12.

Faça do automóvel um instrumento de vida e não de morte. No volante de seu carro assuma consciência de sua responsabilidade. O automóvel é cego. Você motorista é que deve controlá-lo. Não permita que o automóvel guie você. O destino do automóvel é a felicidade, não faça dele um instrumento de desgraça. Seja o automóvel um sinal de sua responsabilidade. Faça do carro uma escola de auto-domínio. Na estrada, seu irmão espera a vida e não a morte . Quando você guia, seu irmão espera que você o respeite. Deus o abençoa quando você guia obedecendo às Suas leis. Sua viagem depende de você e não do seu carro. Faça de seu carro um instrumento de aproximação e não de desunião.

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PEREGRINAÇÃO DE JOVENS A APARECIDA

Foram perto de 5 mil os jovens de movimentos católicos, que se encontraram no primeiro domingo de julho em Aparecida. Procediam dos Estados de São Paulo, Rio e Guanabara, mas também de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Bahia. Já de madrugada começaram a chegar pequenos ou maiores grupos de umas 50 cidades do Centro brasileiro. Descontraídos, cantando, a maioria com o crucifixo no peito, seguidos de seus assistentes eclesiásticos, das religiosas acompanhantes dos grupos femininos, eles deram o tom durante o dia inteiro. As 8 hs. o campo de futebol do Seminário Santo Afonso regorgitava de rapazes e moças. Ouviram seus líderes e às 10,30 puseram-se em marcha, com seus dísticos, em direção à Basílica Nova onde os aguardava a venerada imagem da Padroeira do Brasil e uma multidão de peregrinos calculados em 40-50 mil, em interminável procissão de crianças, homens e mulheres de todas as idades ~ condições sociais. Na Casa de Maria

Dois folhetos - Primeiro Encontro com Cristo na Casa de Maria e Deus Conosco - com todos os cânticos e textos, permitiram aos 5 mil jovens e outro tanto de peregrinos presentes, uma intensa participação na Concelebração Eucarística iniciada às 11 horas. O folheto dos cânticos era aberto com as palavras do Papa Paulo VI e do Concílio Vaticano II aos Jovens: "Vós ... juventude do mundo inteiro ireis receber a chama das mãos dos mais velhos e viver no mundo que enfrenta a mais gigantesca transformação de sua história. Recebendo o melhor ensinamento de vossos pais e mestres, ireis construir a sociedade de amanhã. Vós vos salvareis ou perecereis com ela! A Igreja trabalha sempre para rejuvenescer seu próprio rosto, correspondendo assim aos planos do fundador, Cristo, eternamente jovem! A Igreja confia ... que jamais havereis de ceder às seduções das filosofias do egoísmo, do prazer e do desespero. Perante o ateís-

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mo, fenômeno de cansaço e envelhecimento, sabereis afirmar a vossa fé naquilo que dá sentido, isto é, na certeza de um Deus justo e bom ... Recusai dar curso livre aos instintos de violência e ódio, que geram as guerras com seu cortejo de misérias. Sede generosos, puros, respeitosos e autênticos! Construí com entusiasmo um mundo melhor que o de vossos antepassados! Em nome de Cristo vos saudamos, exortamos e abençoamos!" Ao Redor do Altar

Entre os 27 sacerdotes concelebrantes alguns se destacavam como os atuais grandes apóstolos dos movimentos juvenis de nossa Pátria: o jesuíta Haroldo Hahn, organizador dos cursos de Treinamento de Líderes Cristãos (telecistas), o salesiano Pe. Jonas, do Movimento de Encontros (encontristas), o secular Pe. Murilo, do Movimento Shalon (shalonistas). Os maiores grupos de jovens pertenciam a tais Movimentos mas havia ainda na gigantesca Basílica focolarinos, oasistas, jecistas, etc., prova irrecusável de um retorno dos jovens a Cristo e à sua Igreja. "Subiremos montanhas sagradas", cantando, precedeu o rito penitenciai. Rapazes e moças leram a passagem do II Livro dos Reis (4-8-11 e 14-16a) e do Apóstolo Paulo aos Romanos (6, 3-4 e 8-11): "Todos fomos batizados em Cristo Jesus ... sepultados com Cristo em sua morte. . . vivamos uma vida nova. . . vivos para Deus em Cristo Jesus". Depois da leitura de S. Mateus (10, 37-42) em que entre outras coisas o Cristo disse "Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a Mim não é digno de Mim", os jovens ouviram a palavra rápida, mas incisiva, dos Pes. Haroldo, Murilo e Jonas, todos salientando o significado para os Movimentos de Juventude daquele ato de presença junto à Mãe de Jesus e Patrona principal da Pátria. "Aceitai Senhor a nossa oferta que será, depois, na certa ~ Teu próprio ser", sustentado pelo Conjunto do Seminário Santo Afonso e animado pela palavra fácil e sacerdotal do conhecido Pe. Zezinho Fernandes, foi o ofertório dos presentes que em sua quase totalidade participaram da Eucaristia. Enfim, o uníssono canto de despedida "Senhor, eu vou-me embora, comigo vais também, a minha vida agora maior sentido tem" dispersou a multidão de jovens, convocados para novas manifestações de fé às 14 e 30 hs. Hora Marial

A cidade de Aparecida saiu às janelas e ruas para assistir à concentração da tarde, em frente da antiga Basílica. Ali se realizaria a Hora Maria!, novamente em clima de notável recolhi-

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mento e entusiasmo. Lilú, jovem focolarina, discorreu com clareza e convicção sobre o papel de Maria na história divina da salvação e na vida dos jovens cristãos. O Pe. Zezinho comandou a execução de seu canto "Shalon - Paz!" e o Pe. Jonas, "Creio em Ti!", acompanhados ao ritmo do Conjunto Alfonsiano por 5 mil vozes juvenis. Novos apelos aos jovens conclamaram-nos à possível opção por uma consagração total a Cristo, à Igreja e aos Homens, a uma fé pura em meio à avassaladora onda de materialismo, egoísmo e violência, à filial devoção Aquela pela qual veio o Cristo até nós. As 16 hs., aclamações ao Papa e à Virgem, benção final com a venerada imagem da Senhora da Conceição Aparecida, ao som de novos cânticos em ritmo jovem, comoção em meio a abraços de despedida. Encerrava-se a 1.a. Peregrinação Nacional de Jovens a Aparecida, sinal e esperança de tempos novos para o Brasil.

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UM RESPONSAVEL DE SETOR FICA BRAVO (Extraído de um Boletim de Setor)

"Não podíamos deixar de externar a vocês o quanto nos aborreceu termos de cancelar o retiro por falta de número suficiente de inscrições. Justamente neste ano, quando há orientação séria no sentido de uma tomada de consciência acerca do Movimento, suas linhas, sua mística, sua essência, sua razão de ser (fato... que muitos equipistas ainda não entendem isso). Quando o Setor local, evidentemente, dentro da linha de pensamento da ECIR, procura os meios para proporcionar aos equipistas um maior aprofundamento espiritual, tendente a levá-los a uma opção mais consciente, não conseguimos entender a indiferença da grande maioria dos casais das Equipes deste Setor. Programamos as reuniões mistas, atendendo a inúmeros apelos, mas, para surpresa nossa, nem 50% dos casais tomaram parte; manhã de estudos com o Sr. Bispo, outra vez uma resposta pálida dos casais, não comparecendo número que representasse metade do Movimento local. Agora, o retiro. . . Não conseguimos entender essa frieza, essa falta de adesão ... Para o retiro já havíamos providenciado tudo: o padre pregador (ele viria de longe com a máxima boa vontade; diga-se de passagem que pregador é uma das coisas mais difíceis para um retiro), local, data. Quanto à data, lembrem-se que a mesma está em função, primeiro, da disponibilidade do Padre. Agora, nós perguntamos: O que é que vocês estão entendendo por opção? Que tudo continue dentro das suas conveniências e comodismo? Isto é, que continue como está? Vocês acham que o Movimento é exigente? E o Evangelho não o é? Vocês não sabem que para serem equipistas, vocês têm que .ser, antes, cristãos? Vocês lêem o Evangelho só por ler? Vivem alguma coisa do que lêem? Será que o Movimento é que está errado mantendo o retiro e vocês certos em não fazê-lo? Ou a maioria dos casais deste Setor já alcançou o máximo da perfeição cristã, podendo dispensá-lo?

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Então, as palavras abaixo não têm sentido nenhum para vocês: "Porque ninguém faz, sem antes ser; porque ninguém dá o que não tem; porque a luz para se difundir precisa de um foco, um foco ardente; e então, antes de agir, e para agir, é preciso ser, é preciso ter, é preciso acumular dentro da alma a luz, e, É para isso que servem os poucos dias de retiro : para que eu seja para que eu tenha para que eu me impregne de caridade, no contato com os esplendores infinitos do Verbo". Não poderá haver opção, isto é, adesão total, irrestrita, ao Movimento, sem que nos disponhamos a algum sacrifício, para vivê-lo em toda a sua integridade. Não podemos viver integralmente o Movimento sem viver as suas normas. E o retiro é uma de suas normas . . . "

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NOSSOS FILHOS

APRENDENDO COM A JUVENTUDE Há um ano falecia Granadino de Batista. Este artigo, publicado em "O Equipista" de Ribeirão Preto, mostra que Neuza, sua mulher, continua sozinha o t'tabalho do casal. Neste mundo que sofre mudanças em ritmo louco, não é possível que nos acomodemos em nossas opiniões e conceitos. Há muito que refazer, que observar e repensar; mudaremos muito também em nosso modo de ser, se tentarmos "viver" em nosso mundo. O que aprendemos em nossa mocidade serviu para a nossa mocidade. Hoje, temos de nos afinar com a sociedade que nos rodeia e que já não é a mesma. Há necessidade de testarmos nossos conceitos para melhor nos firmarmos e também para jogarmos fora o que se tornou inútil. Com referência ao nosso relacionamento com nossos filhos adolescentes, muito há que se pensar, que se refazer, e principalmente muito que aprender. Não é mais possível que vivamos nossa vidinha de maduros, firmados numa estrutura que se esboçou há 10 anos ou mais, porque corremos o risco de não conhecê-los. Temos que mergulhar urgentemente no mundo da rapaziada, mas não tentando conhecê-los através de fofocas e acontecimentos escandalosos. Só saberemos do seu mundo ser conversarmos muito com eles e se tentarmos ver o mundo com os olhos deles. De princípio o baque será grande. A nossa moral da década dos 50 e 60 estourou no ar e, como pipoca, virou no avesso. Tentem, meus irmãos, tentem seguir o pensamento dos filhos jovens, não com espírito de crítica, mas antes com ânsia de conhecê-los. Porque então o diálogo virá; teremos muito que conversar se não os afugentarmos com a nossa moralidade ofendida e escandalizada. Eles sabem conversar num clima onde se sintam respeitados. E nós seremos respeitados na medida em que nossos argumentos não forem falsos. Eles têm necessidade de amor e de segurança. Eles têm necessidade tremenda de diálogo com os pais - mas só o aceitam na base do amor seguro e reconhecimento de que se tudo está errado é que nós também erramos. -20-


TESTEMUNHO

Cada ano que se inicia, a jornada é marcada pela esperança. Esperança que nasce da confianança em Deus, nos casais, naquilo que nosso movimento é.

Nestes sete anos de minha vida nas Equipes de Nossa Senhora, tenho que agradecer a Deus a graça que me concedeu de participar dela junto com Neco até o dia 11 de junho de 1971, dia em que Ele o levou para junto de Si. Os sofrimentos que nos atingem são, por vezes, sinais da presença de Deus. Também as alegrias, os momentos de libertação são sinais do Senhor em nossa vida. Sofrimentos e alegrias são momentos fortes da presença de Deus. Aprender a ver Deus nestes momentos foi o que aprendi nestes sete anos de vida em equipe. Revendo o período anterior ao nosso ingresso na equipe, e o resultado alcançado nestes anos, posso dizer que senti e ainda sinto os benefícios que o movimento nos trouxe. Não fosse o amor, a confiança, a fé que meus filhos e eu temos em Deus e a amizade e a oração de vocês, caros equipistas, vejo agora que não teria aceito a morte de Neco com tanta serenidade. As falhas, podemos superá-las, nos mostrando ativos e interessados no bem dos outros. Não só amar aqueles que nos amam. Olhar também para o lado, para os nossos semelhantes. Ajudemo-nos uns aos outros ao longo do ano para que cada um de nossos casais, cada uma de nossas equipes, e todo o nosso movimento seja um êxito de caridade que possa testemunhar que Deus é amor.

(De uma resposta ao tema, enviada pelo Casal Regional do Sul) -21-


O MOVIMENTO NO MUNDO

ENCONTRO DE EQUIPISTAS NOS AÇORES

Extraímos da Carta Mensal portuguesa algumas respostas a perguntas formuladas por ocasião de um Dia de Estudos realizado em Ponta Delgada.

Questão:

"Não podemos estar num Movimento de Igreja só por estar . . . mas para corresponder a um anseio de verdade pessoal e comunitária. Portanto, achas vantagens na atual orientação das E.N.S.? Se sim, por que? Se não, em que?" Embora houvesse quem desejasse "pensar mais" antes de dar uma resposta e quem observasse que "se devia manter a preocupação de haver 50% de espiritualidade e 50% de vida", a maioria das respostas foi afirmativa. Porque: - Obriga a um esforço maior. - Dá capacidade para um pensar comunitário segundo o Concílio. - Sem espiritualidade não pode haver testemunho verdadeiro. Questão: "Os Movimentos da Igreja não existem para se fecharem sobre si mesmos. Achas que o Movimento da.s E.N.S. favorece a abertura aos problemas do mundo e da Igreja de hoje? Se sim, como? Se não, por que?" Uma parte limitada das respostas foi de parecer que o Movimento não favorece a abertura aos problemas da Igreja e do mundo, porquanto dá prioridade à contemplação, esquecendo a parte humana da vida. A maioria das respostas no entanto foi que as E.N.S. favorecem a abertura aos problemas da Igreja e do mundo. Porque: - Não pode haver perfeição espiritual sem abertura ~o mundo. -Valoriza a família, que é a base do mundo. - Uma equipe distingue as várias crises de hoje e diz que as E.N.S. respondem a elas do seguinte modo: -22-


à crise sacerdotal -

abrindo os lares aos sacerdotes, favorecendo as vocações sacerdotais. à crise dos leigos - não assistindo passivamente à deserção dos batizados. à crise da juventude - dando apoio e contribuição aos movimentos de jovens, orientados pela hierarquia, e no combate à pornografia. - Mas isso só se poderá verificar desde que os casais sejam fiéis às obrigações da Carta. -

Devemos estar bastante atentos aos problemas do mundo que nos rodeia e ao risco de fazermos um divórcio entre a fé e a vida. Que se promovam mais frequentemente Encontros. Este intercâmbio das equipes poderia realizar-se uma vez por trimestre.

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NOTíCIAS DOS SETORES

ARAÇATUBA -

Encontro em Biriguí

A Coordenação de Araçatuba reuniu em 24 de setembro na cidade de Biriguí, os Equipistas de Biriguí, Guararapes e Araçatuba, para um Dia de Estudos estabelecido dentro da programação anual. Estavam presentes 24 casais representando as três cidades e o Dia se iniciou com a leitura de um trecho do Evangelho pelo padre Getúlio e meditação pelos casais. A seguir, o Casal Responsável pela Coordenação, Nídia e Henrique, falou sobre a opção e integração ao Movimento. Mariazinha e Duílio leram resumos das conferências do Cônego Caffarel proferidas em Itaici. Em prosseguimento, fizeram-se ouvir Maria Helena e Antônio, da Equipe 1 de Araçatuba, falando sobre "Leigos - Co-responsabilidade", Frei Clovis, de Birigui, sobre "Igreja - Comunidade de Salvação", Yeda e Frascá, da Equipe 1 de Guararapes, sobre "Conversão e Evangelização" e, finalmente, o Padre Getúlio, a respeito do Concílio e de Medelin. As palestras foram seguidas por Grupos de Trabalho, sendo que aqueles constituídos após a exposição do Padre Getúlio responderam a um questionário destinado a se tirar conclusões para planejamento de trabalhos para a Pastoral Familiar, que começa a ser acionada em Araçatuba pelo Padre Getúlio. Finalmente os equipistas tiveram a alegria de contar com a presença do Casal Regional, Diva e Venício, e a grata satisfação de receber a visita de D. Pedro Paulo Koop, entusiasta do Movimento, o qual na oportunidade dirigiu palavras estimuladoras a todos os presentes. O Encontro terminou com a Santa Missa. MARJLIA -

Encontro em Dracena

Há muito que os equipistas de Dracena vinham se queixando que o Movimento lá estava carecendo de um maior entrosamento -24-


com o Setor. Em Dracena há duas equipes admitidas e três pré-equipes. Atendendo aos justos reclamos dos membros da Equipe n. 0 2, o Setor resolveu marcar um "Dia de Estudo" e, no dia 5 de agosto, lotou a "Kombi" do Educandário uma caravana composta dos casais Diva e Venício, Marina e Avestil, Marlene e Daniel, Ignez e Riccieri e o infatigável Conselheiro Espiritual do Setor, Pe. Alberto Boissinot. Contam Marina e Avestil: "Nossa missão em Dracena era realizar um Encontro com nossos irmãos equipistas de lá e informá-los sobre a Estrutura do Movimento, a Missão do Casal Responsável, dos Casais de Ligação e Pilotos, o Ideal das Equipes e o Apostolado das Equipes. Fomos recebidos com muito entusiasmo pelos equipistas. Nossa primeira surpresa foi ao entrarmos na Matriz para participarmos da Santa Missa, na noite do dia 5. Esperávamos encontrar umas trinta pessoas. Que maravilha! Mais de sessenta pessoas, tomando completamente a nave lateral da igreja. Pe. Alberto celebrou a Santa Missa, estando presentes também Frei Júlio e Frei Eduardo, assistentes das Equipes de lá. Domingo cedo, iniciamos nosso Encontro num local muito lindo, a "Casa do Médico", com tudo previsto e muita organização, dando os equipistas de Dracena um testemunho vivo de auxilio mútuo. Almoçamos em companhia de diversos equipistas num ótimo restaurante da cidade e à noite, em companhia de todos, numa verdadeira confraternização, fizemos o lanche, na Casa Paroquial, com o Frei Júlio dando muita animação com sua contagiantl! alegria. Todos os casais de Marília colaboraram dando uma palestra e foi um dia sem tempo livre, pois desejávamos voltar antes do anoitecer, mas não deu. Quando vimos já era noite. Lá são ao todo 32 casais que desejam viver o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e estiveram presentes ao Dia de Estudo 29 casais! Voltamos encantados com a turma de Dracena. Pensávamos que íamos dar e, como sempre acontece, recebemos uma carga total para nossas baterias. . . Chegamos a Marília, a cerca de 1 hora da madrugada da 2.a-feira, porque tivemos dois pneus furados quando passávamos perto de Osvaldo Cruz. A vocês, equipistas de Dracena, os nossos parabéns. Esperamos que continuem sempre com esse entusiasmo porque a Graça de Deus só atua em nós quando nos dispomos a abrir os nossos corações com muito amor, sem reservas e sem limitações''. -25-


Encontro de casais com Cristo

Embora a estas alturas já estejam reaLizando o 3. 0 Encontro, só agora recebemos e transcrevemos do Boletim a notícia de que os Equipistas de Marília se estão dedicando a mais este Apostolado: Nos dias 21, 22 e 23 de julho tivemos em Mar ília, no Seminário S. Pio X , o "1. 0 Encontro de Casais com Cristo ". Participaram 31 casais, sendo 24 de Marília, 4 de Garça, 1 de Assis, 1 de Tupã e 1 de Dracena. Trabalharam neste Encontro 22 casais de Marília e 5 de Jundiaí, que juntamente com o Pe. Aníbal H. Martinelli, também de Jundiaí, vieram com muita boa vontade e despreendimento, colaborar conosco na implantação desse magnífico apostolado. Tivemos também a felicidade de contar com o seu fundador, Pe. Afonso Pastore, da Paróquia de Vila Pompéia, em São Paulo. Colaboraram ainda os sacerdotes: Pe. Alberto, Pe. Cláudio, Pe. Pedro, de Marília e Frei Lúcio Carlos Signorelli, de Garça. Esse 1. 0 Encontro foi precedido de um preparo de mais de 6 meses. Durante esse tempo, 22 casais, entre Equipistas, Cursilhistas, casais desvinculados e três sacerdotes, num gesto de doação, se locomoveram a Jundiaí e São Paulo, participando dos Encontros, com o objetivo de trazê-lo entre nós. E graças a esse esforço, essa é a 4.a cidade do Brasil a contar com o "Encontro de Casais com Cristo", que se enquadra perfeitamente na Pastoral Familiar. Nasceu, portanto, do esforço conjunto de equipistas, cursilhistas e outros casais, conscientes do dever de cristãos, que procuram no próximo o próprio Cristo. E com ELE, vão levar avante esse empreendimento, visando atingir o maior número possível de casais que necessitam de nossa ajuda, de nosso apoio. N.R.:

Para mais detalhes sobre este apostolado, reportem-se à Carta Mensal de julho-agosto, n. 0 5, de 1971.

VALE DO PARAJBA -

Nova Coordenação

Recebemos com alegria notícia de que foi formada a Coordenação de Caçapava, que compreende 4 equipes e cujo Casal responsável é Adélia e Zito.

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SAO PAULO -

Organização da região

As voltas com 4 setores e problemas de uma cidade gigante, Therezinha e Ronaldo resolveram o seu trabalho de maneira bastante funcional. Estruturaram uma Equipe da Região, que além dos Casais Responsáveis pelos 4 Setores, compreende 4 casais que, auxiliados por sua vez por uma equipe, se responsabilizam pelas seguintes áreas de trabalho: -

difusão e informação,

-

elaboração e realização de curso de pilotos, elaboração e realização do curso de ligação,

-

retiros.

Para o ano que vem está prevista a inclusão de mais um campo de trabalho, o da difusão da espiritualidade conjugal, que abrangerá todas as modalidades de apostolado a que se dedicam ou podem vir a dedicar-se os equipistas da Capital, como: preparação para o casamento, círculos familiares, diálogos conjugais, grêmios de jovens, participação no Unicor (Equipes da Virgem Operária) nos encontros de Casais com Cristo, T.L.C., Encontros de jovens, trabalhos de periferia, OAF, etc. Bodas de Prata de um casal muito querido

No dia 18 de setembro, Maria Helena e Nicolau, precedidos dos 6 filhos, adentravam a Capela do Colégio São Luís para a "Celebração de Ação de Graças e Memorial dos seus 25 anos de Vivência do Mistério Pascal". Foram muitos os momentos de emoção: os dois no altar, ladeados pelos filhos, três de cada lado, os pais e os filhos pedindo perdão a Deus por suas faltas de amor, o casal renovando o seu ato de doação mútua segundo o novo ritual, a oração dos fiéis, quando, depois de lida uma bonita oração, os filhos um por um faziam o seu pedido pelos pais, a comunhão, quando os dois e todos os filhos, do mais velho ao caçula, receberam o Corpo de Cristo, seguidos pela igreja em peso. Diante desta família unida em torno de Cristo, cada um pedia a Deus por todos os lares, e especialmente por aqueles em que não reina essa união entre os esposos, entre pais e filhos, entre todos e Deus. Ao mesmo tempo em que rendia graças por esta família modelar, pedia que seu testemunho e seu zelo apostólico fossem cada vez mais exemplo para todos nós.

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Com a permissão dos pais e dos filhos, transcrevemos a ora-· ção lida pela Mônica e cujos pedidos finais foram feitos por cada. um dos irmãos: "Deus, concede-me compreender melhor os meus pais, e saber devolver-lhes amor por amor. Se já não posso amá-los como antes é que devo amá-los mais. Não já como uma criança que balbucia, mas como um Homem que sabe o que tem a dizer e que expressa sua alma em uma linguagem doce e forte. Eu me aproximarei de meu pai e de minha mãe, que sofrem por mim, e cujo trabalho até agora não apreciei (como se· não lhes fizesse bem uma palavra de seu filho, a meu pai e a minha mãe que não vivem senão por mim ... ) Esta noite direi e repetirei, com maior compreensão que outras vezes, a mesma antiga oração de minha infância: Pai nosso que estás no céu, escuta a teus filhos: Pedimos-te por nossos pais. Por meio deles, nos destes tudo, retribuí-lhes todo o bem que nos fizeram. Deram-nos a vida: conserva-lhes a saúde. Deram-nos o alimento: dá-lhes o pão de cada dia. Deram-nos a veste: que suas almas se achem refestidas sempre com a tua graça. Concede-lhes sobre a terra a felicidade que se encontra em servir-te e amar-te. E faze que possamos estar um dia reunidos nos céus. Assim Seja". NOVAS EQUIPES

Américana -

7

Sumaré- 3

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NOTíCIAS INTERNACIONAIS

'Deus chamou a si

Trouxe-nos a Carta Mensal Internacional notícia do falecimento de dois dos mais antigos equipistas franceses, ambos colaboradores da Equipe Responsável durante muito anos Gérard d'Heily e Charles Bore.

- Gérard d'Heilly, que faleceu repentinamente no domingo 6 de agosto, fora, com sua esposa Madeleine, um dos quatro casais iniciadores do Movimento antes da guerra. O seu nome está intimamente ligado às Equipes, ao L'Anneau d'Or, e ao Centro de Preparação para o Casamento. Logo depois da guerra, ao voltar do cativeiro, Gérard pôs-se à disposição do Pe. Ca:fiarel e assumiu ao mesmo tempo a redação do L'Anneau d'Or e a responsabilidade das Equipes, que naquela altura já somavam uma centena. Foi também durante alguns anos o Casal de Ligação das Equipes do Brasil. Trabalhou ao lado de Jean Pillias no Centro de Preparação ao Casamento e deve-se em grande parte a ele o seu desenvolvimento. -Humanamente e espiritualmente, Gérard era, como carinhosamente o apelidava Jean Pillias, um "rochedo". Que o Senhor tenha na sua luz o seu fiel servidor.

- Charles Bore, que nos deixou no dia 10 de julho, entrará com Marie Thérese para as Equipes em 1951. Depois de o casal ter sido Responsável de Setor em Versailles, ficou encarregado, por volta de 1960, da Comissão dos Compromissos e durante cinco anos desincumbiu-se desta ingrata tarefa com muito carinho e tato.

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Charles tinha um grande coração. Todos os que o conheciam maravilhavam-se com sua alegria comunicativa. Alegria baseada numa fé que as mais duras provações nunca abalaram. Além disso tinha qualidades excepcionais de organizador e participou ativamente da preparação de numerosas sessões de formação e da peregrinação de Lourdes, em 1965, onde os casais brasileiros que dela participaram vieram a conhecê-lo. Novas Equipes

1-

Bélgica: 3 - Espanha: 24- França: 23 Itália: 1 - Portugal: 5 - Suíça: 1.

Ilha da Reunião:

Novos setores

França: Rodez -

Líbano: Beirute.

RETIROS

RegiAo de SAo Paulo -

Capital

17 a 19 de novembro - em Valinhos e sua equipe sacerdotal

Pe. Mário Zuchetto

Setor de Campinas, em Vallnhos

10 a 12 de novembro -

Pe. José Antonio Busch

26 a 28 de novembro -

Pe. Mário Zuchetto

30


ORAÇÃO

PARA

A

PRÓXIMA

REUNIÃO

Textos de Meditação

Ef. 1, 17-18 - Peço ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, ao Pai da glória, que vos conceda espírito de sabedoria e de revelação para o conhecerdes perfeitamente e que ilumine os olhos de vosso coração para compreenderdes qual é a esperança a que fostes chamados e que tesouros de glória encerra a herança por ele destinada aos santos.

Rom. 8, 28-30 - Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos segundo os seus desígnios. Os que Ele distiguiu de antemão, também os predestinou para serem conforme à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos. E aqueles que predestinou, também os chamou; e aqueles que chamou, também os justificou; e aqueles a quem justificou, também os glorificou. Oração Litúrgica

Rezemos cheios de alegria a nosso Deus, que coroa seus servos, dizendo-lhe: Bendizemos vosso santo nome. Deus, fonte de santidade, fizestes resplandecer nos santos as maravilhas infinitas de vossa graça: - concedei que celebremos neles as vossas grandezas. Deus eterno e misericordioso, nos santos vós nG>s mostrais homens mais perfeitamente transformados à imagem do Cristo:

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-

lr'

I\ - que por sua oração e por seus exemplos eles nos conduzam a uma comunhão mais íntima convosco. Rei do céu, vós nos ensinastes, por meio daqueles que seguiram fielmente o Cristo, a buscar a Cidade futura: - que eles nos ensinem o caminho mais seguro para chegar até ela. Senhor, nosso Deus, pelo sacrifício eucarístico, vós nos unistes mais ainda aos habitantes do céu; - que eles nos ajudem a celebrar mais perfeitamente o culto em espírito e verdade. Oremos:

Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedestes a graça de venerar em uma mesma festa a santidade de todos os eleitos, nós vos pedimos que por tão grande número de intercessores nos concedais a deseja da abundância de vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo ... (Oração do Tempo Presente)

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