N<? 4
1974
Junho
EDITORIAL -
Deus e o próximo
p.
Também vós dareis testem unho
p. 4
Um convite, uma ordem
p.
Pentecostes 1974 -
7
Início do Ano Santo ..
p. 8
Eucaristia, Sacramento de Amor ...... ... .
p. ll
Sobre o amor . ........ .. ........ ... .... . . .
p. 12
Orar com a Igreja . . ..... . ..... .. . . . . .... .
p. 16
Encontros de Juventude em Portugal ..... .
p. 17
Encontro Anual dos Casais Responsáveis de Equipe .... . ... . . ... ...... . . . ... . .... . . .
p.
O Encontro do Rio de Janeiro .... . .. . . . . .
p. 23
Notícias dos Setores ...... .. .. .. ....... . . . .
p.
20 25
Notícias Internacionais . . . .......... .. . . . . . .
p. 30
Oração para a próxima reunião
p. 32
-
'
I
:
I
Ii
i ! I
Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil 04538 -
-
Av. Horácio Lafer, 384 - Te!.: 80-4850 04538 - SAO PAULO, SP
somente para distribuição interna -
. -·
I!.'DITORIAL
DEUS E O PRóXIMO
Um filósofo contemporâneo (1) deu recentemente a um de seus livros o título "Le Moi, le Monde et Dieu" (O Eu, o Mundo e Deus). Indicava assim, em três palavras, todo o feixe de relações dentro das quais cada ser humano se acha compreendido. O cristão de hoje, se nem sempre está à vontade na sua relação consigo mesmo, acha-se em maiores dificuldades ainda para definir exatamente e equilibrar entre elas a sua relação para com Deus e a sua relação para com o próximo. Deus e o próximo. Se eu lhes proponho tal assunto de reflexão, é antes de tudo porque, para qualquer vida espiritual verdadeira e profunda, é importante uma visão esclarecida neste domínio. É também porque a situação particular da nossa época nos expõe a confusões e simplificações abusivas. É finalmente porque, de vez em quando, é necessário passar em revista, seja pessoalmente, seja o casal, e mesmo em equipe, nossos princípios, nossas atitudes, nossos comportamentos e, quando necessário, modificá-los. "Amarás o Senhor teu Deus". . . "Amarás o teu próximo" (Mt. 22, 36-40). Quando Jesus coloca no mesmo plano os dois mandamentos, de nenhum modo pretende indicar que um possa ser substituído pelo outro, que o cumprimento de um possa dispensar do cumprimento do outro. Pretende mostrar, muito pelo contrário, que um não pode existir sem o outro. A relação para com Deus e a relação para com o próximo não são permutáveis: é importante que não sejam confundidas. Mas estão estreitamente ligadas: é importante que não sejam separadas. A relação para com o próximo é distinta e, aos olhos do cristão, inseparável da relação para com Deus. Porquanto trata-se de uma relação de amor, e não de um amor qualquer. "O (1)
Plerre Lachleze-Roy.
-1-
amor fraterno sempre foi, no cristianismo, o sinal e o efeito do amor de Deus", observa B.-M. Chevignard (2), mas "o amor fraterno cristão vem de mais alto que a terra": é "o amor que o Cristo tem por nós e que vem animar nossa vontade, nosso coração e nossas mãos". A solidariedade humana pode ser admirável; a caridade cristã é inteiramente diversa, infinitamente mais admirável ainda, já que é a participação no próprio amor com que Deus ama os homens. É algo, pois, que implica de nossa parte urna abertura perseverante a este Deus, o único que (só Ele) pode nos levar a amar o próximo corno Ele mesmo nos amou. Compreende-se assim que J. Danielou (3 ) lamente que, para muita gente, a relação para com os outros seja mais essencial que a relação para com Deus e conclua: "Toda diminuição da relação para com Deus, da oração, da contemplação, do louvor, de tudo o que deriva do conhecimento e do amor de Deus, altera o cristianismo na sua substância". Para "testar" a qualidade de nossas relações com os outros, a autenticidade de nosso amor ao próximo, é preciso sempre relembrar a palavra de São João : "Nisto reconhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e pomos em prática os seus mandamentos" (I Jo. 5, 2). Reciprocamente, a relação com Deus não pode dispensar a relação com o próximo. Não posso pretender amar a Deus, se não amo meu irmão (Cf. I Jo. 4, 20). Não posso contentar-me em dizer "Senhor, Senhor" (Mt. 7, 21) e dispensar-me de agir a serviço dos homens, segundo o desígnio de Deus. Não tenho o direito de esquecer que tudo o que tiver feito ou omitido em relação ao mais pequenino de seus irmãos é em relação a Ele que o terei feito ou omitido (Mt. 25, 40). De onde provém esta estr eita conex ão entre o serviço do próximo e o serviço de Deus? Y. Congar (4 ) explica-o admiravelmente pelo mistério da Encarnação, que cria entre os homens e Cristo, Deus feito homem, urna solidariedade particular e que revela em Jesus Cristo a maneira corno Deus ama os homens. "O caminho que leva a Deus passa pela humanidade de Cristo e esta é inseparável do amor e do serviço dos homens, particularmente dos homens que sofrem ... " Mas então, concretamente, corno agir? Estaríamos violentamente divididos em duas direções diferentes? Deus nos obril2)
A doutrina. espiritual do Evangelho .
(3)
"Pourquoi l'Egllse".
(4)
"Jesus Chrlst".
-2-
garia a uma visão estrábica? Uma vez ainda, o paradoxo evangélico nos atinge: É preciso fazer isto sem omitir aquilo (Mt. 23, 23). É mais fácil ver o que devemos evitar do que dizer aquilo que devemos ser e fazer. Evitar procurar em Deus um refúgio que nos proteja do próximo e evitar procurar no próximo um pretexto para negligenciar Deus. Evitar o cálculo da parte que cabe a Deus e da que cabe ao próximo (sem contar a que cabe a nós mesmos). Evitar julgarmo-nos os defensores da causa de Deus se nos mantemos insensíveis aos nossos irmãos, ou simplesmente esquecidos de sua presença ou indiferentes ao seu destino. Evitar pretender estar a serviço dos homens se não os amamos como Deus nos amou: na humildade, na doçura, na pobreza, até a cruz.
Quanto ao que devemos fazer, é "a unção do Espírito Santo" que nô-lo ensinará. Amar a Deus no próximo e o próximo em Deus ultrapassa as receitas e a capacidade dos homens. Só o Espírito pode unificar em nós o que nos parece dificilmente conciliável. Mas cabe-nos trabalhar nós mesmos nesta unificação. Para tentar unir melhor a procura de Deus e a procura do próximo, podem vocês aproveitar-se das graças de seu sacramento do matrimônio. O próximo privilegiado que é o seu cônjuge os coloca em posição particularmente favorável para fazer do encontro com os outros um encontro com Deus, e da vida em Deus uma fonte de devotamento aos outros. Por outro lado, a atitude íntima de "acolhimento", constitui o traço de união entre as duas exigências, em relação a Deus e em relação ao próximo. "Quem recebe aquele que eu envio, diz Jesus, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou" (Jo. 13, 20). ROGER TANDONNET S.J .
• -3-
A PALAVRA DO PAPA
TAMB~M
VóS DAREIS TESTEMUNHO
Necessidade do silêncio interior
"O vento sopra onde quer", diz Jesus, no famoso diálogo com Nicodemos (Jo 3, 8); não poderemos, portanto, traçar normas doutrinais e práticas exclusivas sobre as intervenções do Espírito Santo na vida dos homens; .E le pode manifestar-se nas formas mais livres e impensadas; Ele brinca sobre o globo da Terra (cf. Prov. 8, 31); a biografia dos santos narra-nos muitas aventuras curiosas e estupendas sobre a santidade; cada mestre de almas o sabe. Mas existe uma regra, impõe-se uma exigência ordinária a quem quiser captar as vibrações sobrenaturais do Espírito Santo; e é esta: a interioridade. O lugar estabelecido para o encontro com o inefável hóspede é o interior da alma. "Doce hóspede das almas", diz o admirável hino litúrgico do Pentecostes. O homem é feito "templo" do Espírito Santo, repete São Paulo.. Embora o homem moderno, às vezes até o cristão, até mesmo o consagrado, sinta a tentação de se secularizar, não poderá nem nunca deverá esquecer a interioridade, que é a orientação fundamental da vida, se esta quiser conservar-se cristã e animada pelo Espírito Santo. O Pentecostes teve a sua novena de recolhimento e de oração. É necessário o silêncio interior para ouvir a Palavra de Deus, para experimentar a presença e para sentir o chamamento de Deus. Hoje, a nossa psicologia é demasiado extrovertida; o cenário externo é tão arrebatador que a nossa atenção, em prevalência, está fora de nós; estamos quase sempre fora do nosso :íntimo; não sabemos meditar, não sabemos rezar; não sabemos fazer calar o ruído interior dos interesses exteriores, das imagens, das paixões. No coração não existe espaço tranqüilo e sagrado para a chama do Pentecostes. Talvez pretendamos ter "carismas" especiais para reivindicar, para os caprichos espirituais dos nossos instintos, uma cega autonomia, sem procurarmos reconduzir os nossos sentimentos e os nossos pensamentos à sua autêntica fase de inspiração divina. A conclusão nasce por si:
-4-
um lugar silencioso, um lugar puro; devemos encontrar-nos a nós próprios, para estarmos em condições de ter em nós o Espírito vivificante e santificante; doutro modo, como poderemos ouvir o seu testemunho? "Sereis minhas testemunhas" . ..
Cristo, ao predizer a missão do Espírito Santo, sintetizou o conjunto dos seus efeitos numa só palavra, que aparece freqüentemente no Evangelho de São João, e é usada, muitas vezes, na linguagem religiosa contemporânea. É a palavra "testemunho". Seria útil examiná-la novamente, para conhecer a sua dupla aplicação. Segundo o ensinamento do Senhor, existe, de fato, um testemunho interior que poderíamos dizer passivo, ou seja, recebido, ouvido, constituído pelos dons, pelos carismas que o Espírito Santo concede generosamente a quem o recebe. . . É o testemunho da verdade relativa a Deus, a Cristo, ao Evangelho, que se tornou luminosa interiormente. E também há um testemunho exterior no qual, por íntima inspiração do Espírito, o próprio homem se torna testemunha, ou seja, instrumento da verdade: " ... quando vier o Consolador - diz Jesus aos seus discípulos - ... também vós dareis testemunho" (Jo 15, 27). É este o aspecto em que agora detemos a nossa atenção. O Pentecostes transforma os discípulos em testemunhas, ou melhor, em apóstolos. É ainda Jesus quem diz aos seus, e desta vez na iminência da sua ascensão: "Ide receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até aos confins do mundo" (At 1, 8). Recordai a cena do Pentecostes. É uma metamorfose, pode-se dizer, que se realiza nos discípulos. Invade-os uma energia nova. A palavra irrompe das suas almas. Consultemos os Atos dos Apóstolos. Quando a multidão acorreu, atraída pelo fragor do fenômeno inexplicável e pela exaltação do grupo que proclamava "as grandezas de Deus" nas mais diversas línguas, e começou a interpretar, com ironia, o comportamento daquela assembléia exultante com a plenitude interior da inspiração espiritual, lemos, naquela maravilhosa narração, que "Pedro levantou-se com os Onze e falou em voz alta". Foi o discurso inaugural da pregação cristã. O apóstolo começou, com ênfase e certeza profética, a pregar Cristo Salvador, no meio do tumulto da multidão indisposta e amedrontada. Ao testemunho exterior, suscitado pelo Espírito Santo, podemos chamar apostolado.
-5-
O apostolado como edificação da Igreja
Sabeis, a este propósito, duas coisas óbvias, especialmente depois do recente Concílio, ou seja: o termo "apostolado" compreende toda a atividade exterior da Igreja, destinada à sua finalidade primária, a da salvação mediante Cristo, atividade esta que hoje se tornou tanto mais consciente e urgente quanto mais abertos e fechados, sob diferentes aspectos, se encontram, atualmente, os caminhos dos homens perante a pregação evangélica. O Concílio ensina, justamente: "A Igreja nasceu para que, propagando o Reino de Cristo a toda a terra, para a glória de Deus Pai, todos os homens se tornem participantes da Redenção salvadora e por eles todo o mundo seja realmente ordenado para Cristo" (1). E ainda sabeis que a própria vocação cristã é, por sua natureza, também vocação para o apostolado (2) ; ou seja, o apostolado foi reconhecido como atividade inerente ao próprio fato de ser cristão, o que elevou o conceito de leigo cristão ao de colaborador do apostolado hierárquico propriamente dito (3 ). E também todos sabemos que esta consciência apostólica, missionária, difusiva do cristão, chamado à fé e contemplado com a graça, ainda não foi adquirida por muitos que, apesar disso, se dizem cristãos. Isto significa que a virtude do Pentecostes ainda não foi compreendida e experimentada, como aconteceu no princípio do cristianismo, por aquilo que ela é: um impulso para testemunhar a própria fé, apta a defender e difundir, um direito-dever (4 ), que nasce do coração de quem foi destinado para o dom do Espírito de Cristo, um estudo amoroso e generoso que se deve realizar, em colaboração com Cristo, arquiteto e construtor, sobre o fundamento lançado por Ele próprio, a sua Igreja. O apostolado, nas suas inúmeras formas, consiste nesta edificação positiva, que se torna um sinal visível e, portanto, social e histórico, da autêntica moção do Espírito nas almas daqueles que a Ele recorrem para se considerarem cristãos.
(1)
"Apostolicam Actuositatem" -
(2)
id . , § 5.
(3) (4)
"Lumen Gentium", n~ 33. "Apostolicam Actuositatem",
Decreto wbre o Apostolado dos Leigos,
3.
6-
§
2.
UM CONVITE. UMA ORDEM
Muitos me considerarão incorrigível: convido à oração justamente os que deveriam ser lançados em socorro das misérias humanas e na luta contra as injustiças. Mas como ver oposição entre oração e ação? Não é a oração que nos joga ao serviço dos outros, ao mesmo tempo que nos despoja de nosso egoísmo? É pela oração que os meios humanos adquirem plena eficácia e é ainda ela que continua a atuar quando estes meios nada mais podem. Quando se trata do Reino de Deus, é simplesmente ilusório apoiar-se sobre outra coisa que não seja ela. Lembrem-se do Cristo que, impressionado à vista das míseras multidões, quais rebanho sem pastor, dizia a seus discípulos: "A roesse é grande, mas poucos são os operários ... " E a frase terminava não com um convite a partir em socorro de todos os infelizes da terra, mas com uma ordem: "... rogai, pois, ao dono da roesse para que envie operários à sua roesse". Os mesmos discípulos, aliás, ouvem mais tarde: "Ide pois, evangelizai a todas as nações". Rezemos, em primeiro lugar, para que Deus suscite operários. Rezemos para que se realize o milagre de Pentecostes: alguns homens simples, após a ascenção, se encontram diariamente numa sala para a fração do pão, para o amor fraterno, para a oração; um dia, o Espírito Santo, como um vento impetuoso, se engolfa no aposento, se apodera de cada membro da Assembléia; os corações se transformam, e os apóstolos se atiram aos quatro cantos do mundo como as fagulhas de um fogo de lenha que, dispersos pela ventania, vão incendiar florestas. Sempre, cada dia, o Pentecostes precede a evangelização. Esta, sem aquele, é ineficaz. Não há verdadeiros apóstolos, autênticos construtores do mundo e da Igreja, a não ser os filhos de Pentecostes, isto é, aqueles que, pela oração, se abrem e se entregam à força toda-poderosa do Espírito Santo. HENRI CAFF AREL
-7-
PENTESCOSTES 1974 -
INíCIO DO ANO SANTO
Por que o Ano Santo - O Ano Santo, ou Ano Jubilar, celebrado na Igreja de 25 em 25 anos, promove de cada vez uma acentuada renovação espiritual da cristandade. É o próprio Papa quem explica: "Convencemo-nos bem depressa de que a celebração do Ano Santo não só pode inserir-se na linha espiritual do Concílio, mas pode ainda muitíssimo bem contribuir para aquele esforço indefesso e amoroso que a Igreja está a envidar no sentido de acorrer às necessidades morais da nossa época". O Ano Jubilar vem pois ao encontro das preocupações pastorais de Paulo VI, preocupações que semanalmente ele manifesta, com acento paternal, na locução aos peregrinos de Roma. E isto porque o Ano Santo, como o considera e deseja o Papa, deverá ser, para todos os fiéis, um ano de renovação e de reconciliação.
Renovação - Renovação interior primeiramente. "Em nível de profundidade, no sacrário interior, onde a consciência é chamada a realizar a sua conversão mediante a fé e a penitência e a tender à plenitude da caridade", são palavras do Pastor Supremo, que acrescenta: "A concepção essencial do Ano Santo é a renovacão interior do homem. É necessário reconstruir o homem. E · isso, a partir de dentro para fora . Fazer aquilo que o Evangelho denomina conversão, penitência". Para não ficarmos em enunciações genéricas, apliquemos a nós mesmos a norma espiritual que nos dá Paulo VI para o Ano Santo. Mais ou menos, todos precisamos de uma renovação interior porque todos somos pecadores; e é do interior que procedem os pecados (Mt 15, 19). Desça pois cada um em seu ín-
-8-
timo e olhe com sinceridade a própria consciência. Sem disfarce, sem engano; à luz de Deus. Este exame, "em profundidade", como diz o Papa, será o primeiro passo para a mudança renovadora, que em linguagem cristã se chama penitência.
Penitência - Penitência é meta prioritária para o Ano Santo. Como virtude cristã ela nos faz detestar os pecados cometidos. Como Sacramento, nos perdoa esses pecados. É a misericórdia infinita de nosso Deus, que, vendo-nos arrependidos no íntimo dE; nosso coração, nos perdoa através do ministério de Seu sacerdote. A confissão portanto, ou acusação dos próprios pecados, é, deve ser, uma decorrência lógica do arrependimento. Só se confessa seriamente quem está arrependido. Pensar de outro modo seria transformar em farsa o Sacramento. Renovação interior, conseqüentemente, santificada e fortalecida pela Graça que promana do Sacramento da Penitência. É Paulo VI que diz: "Desejamos que se descubra novamente o valor das práticas penitenciais como sinal e caminho da graça, e como compromisso de renovação íntima que recebe a sua plena eficácia no sacramento da Penitência, o qual deve ser usado e administrado, segundo as disposições da Igreja, para que os indivíduos e as comunidades caminhem com novo ardor, pelas vias da salvação".
Operosidade - Renovação que sendo interior e verdadeira não se detém na renúncia, mesmo sincera, dos pecados cometidos. Mas vai ad iante; abraça a prática virtuosa e concreta do bem por fazer. Daquele bem antes omitido, porque esquecido. E a renovação cristã se projeta nas obras de apostolado, de fé e de caridade, de promoção humana e social. E floresce em maravilhosas dedicações, em iniciativas de zelo, e de atividades pastorais. Sem nenhum egoísmo interesseiro; sem vaidades de pessoas ou de partidos. De novo é o Sumo Pontífice quem nos fala: "O critério diretivo da renovação consiste em voltar às fontes, em buscar no Evangelho, na história do Povo de Deus e dos Santos, no magistério da Igreja, as fórmulas válidas da no(vidade regeneradora". Sem cair em equívoco perigoso como seria o "repúdio de valores irrenunciáveis, separação de bens, de verdades, de deveres, dos quais não podemos nem devemos separar-nos com o pretexto de renovar". Reconciliação - A renovação interior pela penitência traz consigo a reconciliação com Deus e com o próximo. Com Deus; a renovação penitenciai é a própria reconciliação, no reatamento
-9-
da amizade divina. Com o prox1mo, filho de Deus; a renovação nos leva a procurá-lo para estreitar os laços da mais sincera fraternidade. Assim se expressa o Santo Padre: "A Igreja está convencida de que só desta operação interior pode derivar também a reconciliação entre os homens, como dimensão' social do novo pacto de aliança, que deve abraçar todos os setores e os níveis da vida nas relações entre os indivíduos, as famílias , os grupos, as categorias e as nações para se tornar fermento de paz e de unidade universal".
Nossa Senhora - Finalmente, a exemplo do Santo Padre, coloquemos, caríssimos diocesanos, o "nosso" Ano Santo sob o patrocínio de Maria Santíssima. Ela está "no centro do plano redentor como primeira e, de certo modo, indispensável . .. ; o êxito do Ano Santo dependerá da ajuda poderosíssima de Nossa Senhora. Temos necessidade da sua assistência, da sua intercessão. Devemos incluir no nosso programa um culto particular à Virgem Maria, se desejamos que o acontecimento histórico-espiritual, para o qual nos preparamos, realize os seus verdadeiros objetivos". (Da Circular de D . Manoel Pedro, Bispo Diocesano de Petrópolis)
•
-10-
EUCARISTIA, SACRAMENTO DE AMOR "Não se edifica nenhuma comunidade cristã se ela não tiver como raiz e centro a celebração da Santíssima Eucaristia. Assim foi afirmado no Concílio Vaticano II. E, na realidade, não são as leis que criam as comunidades, e sim o amor, o amor que se irradia da Eucaristia. Sim, é o amor que forma a comunidade; e a Eucaristia é verdadeira fonte do amor cristão. Se conseguíssemos reintroduzir em nossas famílias esta mentalidade, esta interpretação comunitária da comunhão, apresentando-a como refeição familiar que Deus oferece a seus filhos, ser-nos-ia mais fácil levar os cristãos de hoje à compreensão da caridade e do amor. Surgiriam as comunidades, germinariam manifestações mais eficazes de fraternidade social. Em uma comunidade cristã autêntica, não se pode sentar à mesa do Senhor, comer o pão celestial e depois ignorar a existência daqueles que passam fome ao nosso redor; não se pode voltar da refeição eucarística e desprezar os que vivem na miséria, a ponto de chamá-los depreciativamente de "mortos de fome". O cristão que possui o sentido da comunhão edesial não se recolhe tranqüilo ao lar, ao anoitecer, sabendo que muitos existem por aí sem teto e sem amor. Tudo isso é inconcebível se a comunhão é feita no sentido deixado por Cristo e conforme o desejo da Igreja, e não reduzida a mero gesto individual, talvez egoísta. Mais do que em qualquer outra hora, na hora da comunhão nos sentimos irmãos e solidários, porque juntos nos colocamos em marcha para irmos ao encontro de Cristo. Na espera do mundo que há de vir, a terra não nos satisfaz. É pequena demais para nós, embora já se possa ir à Lua ou a Marte. Nossa verdadeira pátria é o paraíso. Banquete com que sonhamos é aquele do Reino, do qual falou Jesus. Na procissão da comunhão, caminhamos em conjunto, como comunidade de amor, à procura da Eucaristia que é o penhor de vida eterna; à procura do alimento descido do céu, que em nós enxerta o germe da ressurreição.
CARDEAL LERCARO -11-
NOSSOS FILHOS
SÔBRE
O
AMOR
Foi por causa do AMOR que o homem foi criado, foi pela mesma razão que nós nascemos, foi como conseqüência de um AMOR que nos casamos e geramos nossos filhos. No entanto pouco se sabe a respeito desta força que rege o mundo. Se o homem parasse de se fascinar com suas máquinas e perguntasse sobre o AMOR, o mundo encontraria melhores caminhos, porque embora sendo a mola mestra de tudo, embora inato, o AMOR precisa ser aprendido pois sua inerência é insuficiente para bem amar. O AMOR de Deus por nós, sem dúvida é o mais perfeito: -
Ele nos criou Ele nos resgatou por Cristo e, para ser amado, só nos concedeu uma opção: amar-nos uns aos outros.
Cristo sabia que o AMOR a nós mesmos, o AMOR instintivo, era o mais forte, pois aconselhou que amássemos nosso próximo como a nós mesmos. Pais que superprotegem seus filhos não fazem mais que amar a si mesmos pois, com a desculpa de protegê-los de riscos e perigos, está é se resguardando de surpresas desagradáveis e garantindo para si a satisfação de se sentirem sempre solicitados. Com os casados acontece que muitas vezes, jurando AMOR um ao outro, não amam mais que a si próprios, às suas comodidades e satisfações. -12-
Amar é tão diferente! Amar é querer o bem do outro (Thomás de Aquino). Como nem sempre sabemos o que constitui o bem para o outro~ precisamos conhecer, observar, compreender aquele a quem pre~ tendemos amar. Felizmente a humanidade está acordando para o AMOR, convencendo-se de que para a milenar profissão de marido e mulher, de pai e mãe, é preciso um preparo, como o é até para um criador de frangos, um plantador de batatas, um cultivador de rosas. E aí estão, corajosos, embora incipientes, os cursos de noivos, as Escolas de Pais, as Equipes de Nossa Senhora, que tanto nos orientam. O AMOR comanda a nossa vida. Se na infância ele falta, ao adulto mais tarde advém a insatisfação emocional e a descrença, que o levam à inadaptação social. Antigamente, criança molhava a cama, ia mal nos estudos, era agressiva, malcriada: o chinelo silenciava tudo. de pequenino que se torne o pepino, diziam. Também era mais simples quando se trazia o filho para seu molde, e se julgava que a competência dos pais se limitava à honradez. É
Os pais precisam se informar, indagar, acompanhar a vida do filho, marchando junto e mesmo aprendendo com ele. Não existem pais que errem de propósito, mas há milhões deles criando filhos revoltados, complexados, incapazes de construir uma vida feliz. O trabalho dos pais é grande, contudo maravilhoso, obra para um verdadeiro cristão, porque este deve ser aquele que se distingue pela competência em amar. O reverso do AMOR chama-se egoísmo. Se o AMOR é Deus, o egoísmo é o pecado. O pecado é tudo que nos afasta de Deus e nos afasta de Deus o que prejudica o homem, o nosso filho, o nosso· cônjuge. Deus é intocável, no entanto o pecado o atinge unicamente porque prejudica o homem, que é sua obra-prima, seu ,grande AMOR. -13-
A família pode ser centro de AMOR, ou centro de egoísmo; e um lar de AMOR é bem mais raro do que se pensa. O mais comum são famílias onde o egoísmo começa pelo chefe: - ele manda com prepotência, - não sabe fazer sua mulher feliz, - não reserva um minuto do seu precioso tempo para escutar as estórias dos filhos, - ele só pensa no trabalho, em negócios, e se desculpa dizendo que é tudo em benefício da família. E o egoísmo continua na mãe: - ela é fútil, os filhos nunca a vêem ajudar ninguém, - o egoísmo do marido, ela o alimenta com seu silêncio e o dos filhos com sua excessiva solicitude em servi-los. Todo egoísmo dos filhos, - é cópia do nosso, - ou fruto de nossa permissão, - quando não de nosso aplauso. Existem por aí milhões de pais dando carinhosas lições de egoísmo aos filhos. A primeira responsabilidade de pais cristãos seria saber realmente amar. Sempre que preferimos o AMOR, contribuimos para livrar o mundo do egoísmo, porque toda guerra, fome e inveja são conseqüências do egoísmo de cada um. Vivemos sob ideais desumanos e anti-cristãos da sociedade competitiva - um quer sobrepujar o outro. A fraternidade, ou seja, o AMOR ao próximo, ficou tão esquecida que a Igreja julgou por bem fazer anualmente uma campanha em seu favor. Somos da civilização sem AMOR. O materialismo é tanto, o desinteresse tal, a angústia tão generalizada, que atualmente uma das profissões de maior campo é a do psiquiatra, o médico que é pago sobretudo para ouvir. O mundo precisa crer, anseia pela fé, eis porque os movimentos de reencontro com Cristo operam verdadeiros milagres.
-14-
Só quem se sente amado pela família e não vive atormentado por conflitos, só quem tem fé, pode entender o real significado do AMOR e amar também.
t
preciso educar nossos filhos com AMOR para o AMOR Esta é a verdadeira educação cristã. E para cultivar na criança a capacidade de amar, é imprescindível a compatibilidade dos pais e a harmonia do lar. O AMOR é a própria essência do cristianismo. Santo Agostinho dizia: "Ama e faze o que queres". São Paulo explicava aos Romanos (13,8) : "Aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei". E Cristo nos declarou que o AMOR era maior que a própria lei (Me, 2-27). E preconizou também que das crianças era o Reino do céu, ficando bem claro que elas são a elite espiritual da humanidade. O AMOR é Deus e as crianças são seu melhor tabernáculo. O filho criado triste, revoltado, é uma injúria a Deus. O filho criado alegre, desabrochado, disponível, é uma glória a Deus.
Dirce Pereira da Silva
-15-
ORAR COM A IGREJA
Para o cristão, a oração deve ser como o ar que se respira: sem ela não se vive. Mas ninguém pode pretender que hoje se reze como se rezava há cinqüenta anos atrás. As condições de vida são totalmente outras, neste mundo ao mesmo tempo fascinante e terrível; ·e a oração, para não ser alienante nem alienada, deve brotar desta vida que levamos. Nas circunstâncias bem concretas da vida cotidiana, cada um deverá descobrir o seu estilo de oração, o seu estilo de relacionar-se com Deus. Não pode haver receita. Todavia, nós somos comunidade; ninguém se salva isolado, pois Deus quis fazer de nós um povo que o buscasse, como Povo, através dos caminhos da História. Não é apenas isoladamente, individualmente, que podemos buscar nosso relacionamento com Ele, mas também em comunidade, através da oração oficial, a oração litúrgica; aqui, sim, deve haver fórmulas, para que a vóz da comunidade se eleve uníssona ao Pai. Que não sejam porém fórmulas vazias, estereotipadas, exteriores; aí não teriam sentido. Mas que -sejam o . modo comum, social se quiserem, de exteriorizarmos o nosso mundo íntimo no relacionamento com Deus. Nada melhor, portanto, do que usar para isso as próprias palavras de Deus, contidas na Sagrada Escritura. Daí a razão de serem os salmos - cânticos religiosos do Antigo Testamento - a parte fundamental da oração litúrgica, na qual toda a Igreja se une de verdade no louvor ao Pai. Eis o motivo por que recomendamos aos equipistas a "Oração do Tempo Presente" (Edições Paulinas), roteiro oficial da oração litúrgica de cada dia. O uso do pequeno livro de início pode parecer um pouco complicado; mas só de início, porque logo nos habituamos. E não há perigo de se cair na rotina das repetições, porque os textos estão divididos para quatro semanas. Para cada dia, cinco partes: oração da manhã, do meio-dia, da tarde, da noite, e ofício das leituras. Nada custa dedicar talvez uns cinco minutos apenas a cada uma dessas partes. É o momento de se unir à Igreja inteira em oração, consagrando a Deus cada etapa do dia. Em casa, no escritório, no ônibus, não importa onde. Vamos aprender a rezar comunitariamente?
Frei Estevão Nunes -16-
O MOVIMENTO NO MUNDO
ENCONTROS DE JUVENTUDE EM PORTUGAL
Numa manhã de domingo, reunimo-nos, em Coimbra, umas poucas dezenas de jovens, alguns casais das Equipes e do Centro de Preparação ao Matrimônio e um Padre Assistente. Não foram dirigidos convites nem a entidades religiosas, nem a colégios; e havíamos verif:cado que duas horas apenas (o tempo disponível para uma reflexão desse estilo) são muito escassas para se tirar proveito do encontro esporádico de uma ou duas centenas de jovens. Assim, limitamo-nos aos filhos dos casais das Equipes. E desde já, a palavra de louvor que merecem aqueles que responderam à chamada (9h30 da manhã de domingo exige certo espírito de sacrifício ... ) não evita que se manifeste a pena de que não tenham aproveitado dessa graça oferecida tantos outros. O responsável da Equipe diocesana do Centro de Preparação ao Matrimônio fez uma brevíssima apresentação do programa traçado, em termos que logo criaram um ambiente de alegria e confiança. Em seguida, o testemunho de um casal recém-casado. Dois meses de casamento apenas, após anos de namoro, sugeriram-lhes partilhar com os jovens as lições que poderiam colher do seu namoro, visto a partir do casamento. Cada um deles partiu para o namoro consciente, responsabilizado, disposto a fazer o outro feliz. Isto obriga a uma luta constante contra os egoísmos. O amor e a felicidade constroem-se dia a dia. Decidiram viver o namoro num clima de total e completa sincer'dade, mesmo quando representava esforço e sacrifício. E assim se foram conhecendo melhor e amando cada vez com mais verdade. E deram um claro e luminoso testemunho de fé, sustentáculo do seu amor crescente. Fé alimentada na oração a dois e na
-17-
comunhão freqüente. Que enternecimento ao ouvi-los falar das "mãos dadas, antes de se abeirarem do altar". Uma preparação ajudada por amiga e prudente direção espiritual. O responsável, a seguir, em poucas palavras, resumiu o valioso depoimento, recordando que se define o amor como ato de vontade, firme decisão de fazer o outro feliz, caminho único da própria felicidade. E introduziu o segundo depoimento da manhã, a cargo de outro casal: "Casamento indissolúvel - Por quê?". Muito suscintamente, aduziram as notas essenciais do amor, as razões de ordem afetiva e de compromisso social inelutável, as exigências da educação dos filhos, etc. O padre assistente, convidado a proferir algumas palavras, relembrou ser o amor insaciavelmente exigente. Recordou que Cristo nos ensina a medida sem medida do amor. A Cruz é bem o símbolo do amor indissolúvel: procura o bem dos outros, sem nada guardar para si. Para sempre. E é precisamente o seu peso de sacrifício que torna o amor fonte de felicidade. Alegra-se o alpinista fatigado , mais do que o preguiçoso no termo de uma volta indolente pelas ruas ... Imediatamente se organizaram grupos de trabalho, aos quais foram distribuídas duas perguntas e um inquérito sobre os temas que mais desejariam fossem tratados em futuros encontros. Eis o teor das perguntas e do inquérito, bem como das respostas conseguidas: 1.a pergunta: O que vai procurar no namoro, com vista ao casamento?
Respostas: - Uma preparação a dois, para uma escolha definitiva. -
Um conhecimento mútuo, o mais perfeito possível.
-
Serenidade, ajuda mútua, compreensão.
-
Compreensão mútua, para maior felicidade e maior responsabilidade. 2.a pergunta: Casamento para sempre? Sim ou não? Respostas: - Sim, pois se amar é querer fazer o outro feliz, o casamento tem de se traduzir numa vontade e esforço de todos os dias nesse sentido; não se pode fazer o outro feliz a prazo limitado. - Sim, e cremos que uma preparação séria e cuidada eliminará em grande parte as possibilidades de falhar.
-18-
-
Sim, pois um compromisso responsável com tantas implicações pessoais e sociais não pode deixar de ter uma base de certeza e estabilidade. - Sim, em especial pela responsabilidade da educação e preparação dos filhos que eventualmente venham a nascer. Que temas gostariam de ver abordados em próximos encontros? - A opinião dos pais sobre o namoro dos filhos. Até que ponto tê-la em conta? - Preparação espiritual mais adulta (pós-catequese). Meios para fazê-la. - Casamento de noivos de credos diferentes ou um deles sem fé. -Liberdade no amor. O Encontro culminou com a celebração da Santa Missa, da qual todos, casais e jovens, participaram ativamente. Com uma pontinha de emoção. E foi de "até o próximo encontro" a expressão de despedida. Em paz! Um dos participantes tExtra!do da Carta Mensal Portuguesa)
-19-
ENCONTRO ANUAL DOS CASAIS RESPONSAVEIS DE EQUIPE
Paraná -
Santa Catarina e Rio Grande do Sul
" ... as colinas poderão ir-se e as montanhas abalar-se, mas seu AMOR por ti não se irá jamais" ... disse o Senhor. (Isaías 54-10)
Realmente, em que pesem todas as tentativas de entender os desígnios de Deus, continuamos frágeis criaturas. Esquecemos setenta vezes sete do que Ele d:sse: " .. . sem Mim, nada podeis fazer", e continuamos a querer questionar sobre a Sua vontade, sobre seus planos para conosco. Nós, finitos, querendo saber das cousas do Pai, infinito. A frase do Livro de Isaías cabe bem para o início do nosso relato sobre o ENCONTRO DE CASAIS RESPONSAVEIS DAS ENS DO SUL DO BRASIL. É bem atual. Antes de tudo devemos dizer que o ENCONTRO não pôde ser feito e nem planejado dentro dos padrões humanos, e muito menos por normas elaboradas pelo Movimento. . . Sem dúvida, tais normas ajudam, mas, que seja feita uma advertência para os futuros encontros: o mais importante é colocar tudo nas mãos de Deus. Tal adesão total somente nos será benéfica, uma vez que nos poupará do dissabor futuro de ousar reclamar dos desígnios do Coordenador MAIOR. Assim, o nosso planejamento foi , dentro do possível, razoavelmente bem feito. Apenas não contávamos com a chuva. Os locais para as conferências, a parte litúrgica e as refeições eram próximos uns dos outros. Não conseguimos um local em Florianópolis que centralizasse todas as atividades do Encontro. No entanto, a chuva começou a cair no início da semana e foi por demais intensa nos dias dos nossos trabalhos. A chegada da turma de São Paulo foi sem dúvida cheia de peripécias. Afinal, eles já são veteranos em tais tribulações . No ano passado, tiveram que fazer uma longa volta porque as barreiras impediam o livre trânsito pela BR-116. Desta feita, quem deveria chegar às 14 horas, foi até Porto Alegre, para atingir Florianópolis às 21 ho-
-20-
ras, com teto quase a zero. Um pouco de visibilidade permitiu que o avião, em que viajavam Ana Lucia e Tusa, pousasse em nossa cidade às 17 horas. Eles, que perderam o primeiro avião, chegaram antes dos demais. Os primeiros serão os últimos ... Participaram ativamente do Encontro 15 Conselheiros Espirituais e 78 casais responsáveis das seguintes cidades: Criei uma (1), Blumenau (2), Brusque (6), Florianópolis (16), Navegantes (1), Mafra (3}, Guabiruba (1), Colônia D. Pedro (2), Londrina (1), Curitiba (22), Caxias do Sul (13), Porto Alegre (10) e ainda os integrantes da Equipe de Serviço, com 5 Casais de São Paulo e 10 de Florianópolis.
Os dois ônibus que traziam os casais do Sul ficaram retidos um pouco antes de Florianópolis, devido à queda de barreiras, o que fez com que a recém-criada "Equipe de Resgate" do Encontro, entrasse logo em ação: os ônibus chegaram com 5 horas de atraso. O número de participantes excedeu a nossa expectativa mais otimista, em virtude da precariedade das condições atmosféricas. Nossos trabalhos decorreram um pouco atribulados, face aos deslocamentos entre os três locais, enfrentando as cataratas dos céus. No entanto, podemos dizer que o aproveitamento foi ótimo, especialmente porque os pequenos senões quanto à organização foram motivo de meditação quanto à vontade de Deus sobre tudo o que acontecia. -21-
A meditação de Pe. Paulo Bratti, de Florianópolis, e a Missa celebrada na Igreja de Santo Antônio foram o início dos nossos trabalhos . Logo após, no Colégio da Imaculada Conceição, tivemos a apresentação da ECIR e de todos os participantes e em seguida a palestra de Dirce e Rubens. O almoço, retardado, foi no Lira Tenis Clube, onde continuaram os trabalhos do dia, face à impossibilidade de deslocamento dos casais, devido à chuva . Tivemos assim os Grupos de Coparticipação e a palestra de Cidinha e Igar. Perto de 80 residências de equipistas e de casais amigos do movimento foram solicitadas para acolher os participantes do Encontro, que teve outro ponto alto naquela noite, com as reuniões de equipes. No domingo tivemos a meditação de Pe. Bianchini, conselheiro espiritual, e a palestra do Pe. Guy Ruffier, do Colégio Santo Inácio, do Rio de Janeiro . Na parte da tarde tivemos o plenário, seguindo-se a Missa Celebrada de encerramento, pr esidida por Mons . Valentim, Vigário Geral, substituindo o Arcebispo Metropolitano, que estava viajando . Mais uma confraternização , e começaram as despedidas. Para os coordenadores, havia a perspectiva de um merecido repouso, após todo o trabalho da Equipe de Serviço . No entanto, ao meio dia de segunda feira , chega-nos a notícia de que os casais que partiram em seus ônibus para _o Sul achavam-se retidos entre duas barreiras. Era o Sul do nosso Estado que começava a sofrer as agruras das enchentes. Acionou-se novamente a nossa Equipe de Resgate. Foram transpostas as barreiras a pé e finalmente os casais retornaram a Florianópolis, onde passaram a noite, depois de uma noite mal dormida em seus ônibus e em mesas de restaurante. No dia seguinte, um avião os colocou em suas cidades de origem. Um casal de Criciuma, que nos deixou logo após a Missa, apenas deu sinal de vida quatro dias depois, quando a preocupação tomava conta de todos nós. As enchentes bloquearam seu caminho e eles alcançaram sua casa valendo-se inclusive de canoas. Mas chegaram! Os acontecimentos finais do Encontro, tão plenamente vivido por todos, levam-nos a sugerir à ECIR a criação de uma Equipe de Resgate, com suas atribuições definidas no Manual do Encontro de Casais Responsáveis . .. E esse final permitiu que vivêssemos de uma forma inédita o auxílio mútuo, a doação aos outros, em plena Campanha da Fraternidade . Foram grandes os momentos que vivemos. O maior no entanto foi aquele em que Deus nos permitiu que fôssemos desalojados do nosso conforto para que estendêssemos nossas mãos aos nossos irmãos de Equipe, que tanto precisavam de nós. Dilma e Miguel Orofino Coordenadores do Encontro -22-
O ENCONTRO DO RIO DE JANEIRO
Realizou-se na Guanabara, nos dias 6 e 7 de abril, o encontro de mais de cem Casais Responsáveis de Equipes, vindos das cidades de Niterói, Petrópolis, Juiz de Fora, Brasília, Manaus, Mogi das Cruzes, São José dos Campos, J acareí, Taubaté, Guaratinguetá, Caçapava, Pindamonhangaba, J undiaí, J aú, São Paulo e da própria Guanabara, anfitriã perfeita. O Encontro iniciou-se com uma meditação, feita por Heloisa e Jorge Fortes, casal responsável pelo Setor C, do Rio de Janeiro. Seguiu-se a abertura dos trabalhos, por Yvonne e Tharcisio. A primeira conferência, sobre "O Ano Santo e as Equipes de Nossa Senhora" foi feita por Dirce e Rubens, que logo após voltaram para Jundiaí, pois o pai do Rubens acabava de ser internado no hospital. O testemunho do casal, indo e voltando só para fazer uma conferência, edificou e comoveu a todos. Cidinha e Igar fizeram excelente palestra, abordando a tarefa do Casal Responsável e sua importância. A Conferência do Pe. Guy Ruffier, do Colégio Santo Inácio, atendendo ao chamado de nossos Bispos, que determinaram no Brasil seja este ano dedicado à família, nos alertou sobre a necessidade de surgir uma nova família - mais feliz , mais inteligente, mais cristã. Que os pais equipistas colaborem nesta construção. Aliás, a respeito disso, Esther e Marcello enviaram circulares a todos nós. Muitos casais eram novos nas Equipes - achando que muito receberam e pouco ofereceram. Mas percebiam eles o valor de sua presença disponível, trazendo o sangue novo que revigora e estimula os mais velhos a progredir garantindo o futuro. -23-
A presença do casal Moncau, convidado especial, nos levou a refletir sobre a responsabilidade de nossos atos: quando negativos, passarão vida afora destruindo; quando marcados de amor, atravessarão os séculos construindo. Os fundadores do Movimento no Brasil acham que nada fizer am, que aquele dia já foi há tanto tempo .. . mas como plantaram bem, a semente virou árvore, que
floresce e dá muitos frutos; eis porque, desse pouco, eles receberão um tesouro, pois negócios com Deus são na base de 100 por 1. Encerrávamos os dias de trabalho com a Missa. A do sábado foi celebrada pelo Cardeal Sales, concelebrada pelos Padres Assistentes, musicada pelas mensagens do Pe. Zézinho e do Pe. Weber, este presente entre nós. O local do encontro foi o Colégio São Bento, moderníssimo: funcionalidade integrada ao conforto, conforto à beleza, beleza ao concreto e o concreto às seculares paredes do Mosteiro de São Bento, ao lado. Nas adjacências, a velha Praça Mauá, do porto, dos marinheiros, dos bares, das mulheres sem lar, sem paz. Escutando bem nosso coração, podíamos ouvir: Onde está teu irmão? Do lado leste, vista do próprio colégio, a baía da Guanabara, pontilhada de navios, cingida pela recém inaugurada ponte, unindo cidades, unindo irmãos. Se atender aos chamados do Movimento é desfrutar esta magnificente natureza, se ser hóspede de generosos irmãos é sentir-se acolhido pelo próprio Cristo, não tenhamos receio de responder sempre presente e de rezar com alegria: Senhor, estamos aqui!
Dirce e Reinaldo Equipe n.0 20 - S. Paulo -24-
NOTÍCIAS
DOS
SETORES
Primeiro curso de noivos em Aparecida
Realizou-se na cidade de Aparecida, capital espiritual do Brasil, o primeiro curso de noivos, orientado pela equipe n.0 1 da cidade, com a assistência incansável do Pe. Angelo Luca ti, pároco.
Levando-se em conta que alguns dos casais palestristas eram "marinheiros de primeira viagem", o desempenho da equipe foi excelente. Atuou com uma doação total, com a única meta de transmitir o máximo de conhecimentos, experiências e vivência aos 122 noivos que participaram do curso. Apesar do grande número de noivos, tudo correu na mais completa ordem e harmonia. Isto porque houve um refletido e sério planejamento. -25-
O testemunho dos casais foi justamente o que mais impressionou os noivos, pois, tanto no plenário como nas reuniões de grupo, ao comentarem sobre o curso, falavam do desempenho, vivência, testemunho dos casais da equipe de serviço. Assim, cada vez mais, vemos como é importante o exemplo na vida de uma pessoa, na vida de um casal cristão. Tendo o curso sido intensivo, os noivos almoçaram e tomaram lanche também no local. Houve assim oportunidade de maior convivência e entrosamento entre os casais e os noivos. Como não poderia deixar de ser, brincadeiras e anedotas não faltaram. Apesar do cansaç(i) e do calor na tarde de domingo, houve muita alegria e entusiasmo. As 18 horas de domingo, encerrou-se o curso com a Missa, participada pelos noivos e casais e celebrada pelo Pe. Angelo, Assistente do Curso . Esteve presente, incentivando e acompanhando todo o desenrolar do curso, o casal responsável pela coordenação de Guaratinguetá e piloto da equipe n. 0 1 de Aparecida, Marlene e Roberto, e o Conselheiro espiritual da mesma equipe, Pe. Francisco Batistela. Só podemos desejar que muitos outros cursos possam ser realizados em Aparecida . Notícias da Coordenação de Guaratinguetá (De uma carta do Casal Responsável pela Coordenação)
Prezados amigos, Contamos atualmente com 6 equipes, sendo 5 em Guaratinguetá e 1 em Aparecida. A equipe n .0 4, que esteve em recesso por vários motivos, hoje está funcionando com novos casais, sob a pilotagem do casal Regina e Eduardo Kalil. Depois do primeiro curso de noivos em Aparecida, tivemos também o primeiro curso em Guaratinguetá. Toda a Coordenação empenhou-se de corpo e alma para melhor atuar em todas as oportunidades e ocasiões em que foi solicitada. Pedimos orações para melhor desempenharmos o nosso papel e incentivar os equipistas da Coordenação, e enviamos o nosso abraço fraterno em Cristo.
Marlene e João Roberto
-26-
Notícias de Marília
Recebemos a programação do ano do Setor. Além das vigílias mensais de oração, estão programados 2 retiros em Marília, (15-16 de junho e 24-25 de agosto) uma peregrinação a Aparecida em julho e um pique-nique em outubro. O retiro de Assis realizou-se nos dias 4-5 de maio. No começo do ano, foram realizadas missas de transmissão de pastas dos Casais Responsáveis de Marília e Assis, reunião com os Casais Responsáveis e com o Casais de Ligação e, em abril, reuniões mistas. O Setor de Marília abrange as seguintes equipes: em Marília, 8 equipes e 2 em formação; 4 equipes em Garça, 1 em Rinópolis, 5 em Dracena e 6 em Assis. São ao todo 26 equipes, acompanhadas por 8 casais de ligação. Notícias de Bauru (Da Carta do Casal Responsável do Setor)
Prezados Irmãos: Estávamos aguardando o resultado da primeira Reunião da Equipe 11, para comunicar a sua formação. Como, graças a Deus, tudo decorreu normalmente, podemos agora participá-la. Vamos ter um Retiro, no Seminário Franciscano de Agudos, de 5 a 7 de julho e será pregador Frei Estevão. Na Quarta-Feira Santa, 10 de abril, as Equipes fizeram sua Via-Sacra das Famílias, às 20 horas na Catedral, com slides, leitura e reflexão. De Quinta para Sexta-Feira Santas, fizeram vigília ao Santíssimo, recordando a noite em que Jesus ficou sozinho a orar. Foi sorteado um horário para que sempre houvesse alguém na Igreja de Santa Terezinha, das 23 às 6 horas da manhã. Os horários foram publicados no Boletim. Quanto à Carta Mensal, achamo-la muito boa mesmo; enviamos todos os meses um exemplar ao nosso Bispo Diocesano e, os C. R., em todas as Reuniões, escolhem um artigo sobre o qual pedem a opinião de todos, afim de que não se limitem à leitura do Editorial, por ser obrigação da Partilha. Tem surtido ótimo efeito, pois quem lê uma vez gosta demais da leitura e cria o hábito. Vocês estão de parabéns e nós, agradecidos, pois o trabalho que deve dar a confecção de uma Carta Mensal com assuntos atualizados e de interesse geral, não deve ser nada fácil. Obrigados, pois, em nome dos nossos Irmãos que tanto se têm beneficiado. Linda e Albino -27-
Notícias da Região Leste (ex-Guanabara)
Recebemos do Casal Regional, Lucia e Plinio, os seguintes dados sobre a Região, que compreende: -
o Setor A do Rio de Janeiro, com 9 equipes o Setor B, com 14 equipes, 2 das quais em pilotagem o Setor C, recém-formado, com 9 equipes o Setor de Petrópolis, com 14 equipes, mais 2 em pilotagem a Coordenação de Niterói, com 5 equipes, e 1 em pilotagem a Coordenação de Juiz de Fora, com 4 equipes, mas 2 em formação a Coordenação de Brasília, com 3 equipes, mais 1 em pilotagem 1 equipe distante, em Manaus, mais 1 em pilotagem.
Estão sendo lançadas atualmente uma equipe em Nova Friburgo, duas equipes em Valença, no Estado do Rio, e, na Guanabara, a primeira equipe de viúvas. Pr"ogramados para este ano na Guanabara, 5 retiros, dois a cargo do Setor A, dois a cargo do Setor B e um a cargo do Setor C. O primeiro deles já foi realizado, de 17 a 19 de maio. Datas dos outros: -
Julho - 19 a 21 Agosto - 23 a 25 Setembro - 20 a 22 Outubro- 25 a 27.
O mutirão será realizado este mês, nos dias 14, 15 e 16, e sua organização está a cargo do Setor C.
NOVOS RESPONSAVEIS Região São Paulo/A (Capital)
Os setores de São Paulo ficaram sem o seu Regional, pois Therezinha e Ronaldo Wimmer mudaram-se para o Rio de Janeiro, mas ganharam outro dedicadíssimo e dinâmico casal, Helene e Peter Na das. Região São Paulo/E (Vale do Paraíba)
Substituindo os Nadas à testa da Região, estão !rene e José Dionísio do Patrocínio, até há pouco Responsáveis pelo Setor de Taubaté. A Equipe da Carta Mensal espera que o casal continue -28-
mandando notícias, sempre aguardadas e recebidas com grande alegria ...
.Coordenação de Guaratinguetá Substituindo Regina e Eduardo Khalil, assumiram a responsabilidade da Coordenação de Guaratinguetá Marlene e José Roberto Galvão Nunes. O casal mal tinha assumido a responsabilidade, já começou a mandar notícias (que vão publicadas nesta mesma Carta). Agradecemos e dizemos: continuem! Região São Paulo/G (São Carlos, Bauru, Jaú)
Maria Enid e José Buschinelli, após vários anos de frutífera "gestão", pediram para descansar um pouco. Saíram, deixando muita saudade, e foram substituídos por Arlete e Milton Rocha, de Jundiaí. Novo Conselheiro Espiritual de Setor
Tendo sido Frei Almir chamado a trabalhar na PUC e no Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro, foi substituído como Conselheiro Espiritual do Setor de Petrópolis por Frei Orlando Bernardi. Novas Equipes
Navegantes, S.C. A primeira equipe dessa cidade, próxima de Brusque e Itajaí, já tem o seu casal responsável: Jair e Luiz Carlos Pezzini. O Conselheiro espiritual é o Pe. Waldir Steahlin, vigário da cidade. A equipe foi pilotada por Romilda e Osny, agora Responsáveis pelo Setor de Brusque.
Bauru -
Equipe n. 0 11.
Valença, RJ- Equipes ns. 1 e 2.
-29-
NOTíCIAS INTERNACIONAIS
Missa no Secretariado em Paris Endereço: 49 rue de la Glaciere, Paris 13. Fone 587.05.88 Os equipistas que estiverem de passagem por Paris e quiserem conhecer o Secretariado das Equipes, terão também agora a possibilidade de participar da Santa Missa, por assim dizer, no coração do Movimento. É que foi instalada na sede uma capelinha onde, toda sexta-feira, ao meio dia, é celebrada a Missa nas intenções das Equipes do mundo inteiro.
Da longínqua A ustralia Lá também andou chovendo torrencialmente e o país sofreu inundações sem precedentes. Preso em casa por causa da chuva , o Responsável de Setor escreveu à Equipe Responsável Internac;onal, contando, entre outras coisas, como se realizou o último retiro, em moldes diferentes: "Encontramo-nos em número de 53, entre casais e crianças, no acampamento do Exército da Salvação, para um retiro de fim de semana (muito católico, não se assustem). No domingo, mais 30 pessoas vieram juntar-se a nós. Jovens da Sociedade Newman tomaram conta das crianças enquanto os pais acompanhavam as palestras e os exercícios espirituais. Pretendemos renovar esta experiência, que tornou possível a famílias numerosas a participação no retiro, que de outra forma lhes seria difícil, seja por não te-rem com quem deixar as crianças, seja pelo elevado custo das casas de retiro".
Novas Equipes Belgica: 3; Espanha : 16; França: 4; Luxemburgo: 1.
-30-
SESSOES DE FORMAÇÃO JULHO - de 18 a 21 -
em Marília
SETEMBRO- de 19 a 22- em Jundiaí NOVEMBRO- de 14 a 17- na Guanabara
RETIROS JULHO - 26 a 28 organizado pelo Setor de Santos, no Abrigo do Bom Pastor (retiro aberto). AGOSTO- 9 a 11 organizado pela Região São Paulo-Capital, na Chácara São Joaquim, em Valinhos. Pregador :
Pe. Germano Van der Meers, s.v.d.
AGOSTO- 30 a 1 SET. organizado pela Região São Paulo-Capital, no Instituto Paulo VI, no Taboão da Serra. Pregador:
OUTUBRO -
4a 6 organizado pelo Setor de Santos, no Instituto Paulo VI, no Taboão da Serra. Pregador:
OUTUBRO -
Pe. Antonio Aquino, S.J.
Frei Gilberto Longo
18 a 20 organizado pela Região São Paulo-Capital, no Cenáculo, Taboão da Serra. Pregador :
NOVEMBRO -
Pe. Paulo Raabe, s.v.d.
29 a 1 DEZ.
organizado pela Região São Paulo-Capital, na Vila Dom José, Barueri. -31-
ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REUNIÃO
TEXTO DE MEDITAÇÃO -
João, 3,1-12
Havia um fariseu chamado Nicodemos, membro do Conselho dos judeus . Uma noite foi a Jesus e disse: "Rabi, sabemos que és um Mestre enviado por Deus. Pois ninguém pode realizar os sinais que estás fazendo se Deus não estiver com ele!" Jesus respondeu: "Eu digo e repito: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo". Nicodemos perguntou: "Como pode um homem adulto nascer de novo? Certamente não pode entrar no ventre de sua mãe e nascer uma segunda vez!" Jesus respondeu: "Eu lhe digo e repito: ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne; o que nasce do Espírito é Espírito. Não fique admirado se lhe digo: todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouvem o seu ruído, mas não sabem de onde vem ou para onde vai! Assim acontece com todo aquele que nasce do Espírito". Nicodemos perguntou:
"Como pode isto acontecer?"
Jesus respondeu: "Você é um grande mestre em Israel e não sabe disto? Eu digo e repito: falamos sobre o que sabemos e damos testemunho do que vimos. Mas vocês não aceitam nosso testemunho. Se não crêem quando falo sobre as coisas deste mundo, como poderão crer quando falar sobre as coisas do Céu"?
-32-
ORAÇÃO LITúRGICA
5 -
Supliquemos a Deus Pai, que an;ma sem cessar a Igreja pelo dom do Espírito, dizendo-lhe com alegria:
T -
Que o Espírito renove todas as coisas. Senhor, nosso Deus, Pai de todas as coisas, quereis reunir numa mesma fé os vossos filhos dispersos; Iluminai o mundo inteiro pela graça do
Espír~to.
congregar pelo único batismo no Espírito todos os s que trazem o nome do Cristo: - concedei que aqueles que crêem tenham um só coração e uma só alma. Quereis que o mundo inteiro seja cheio do Espírito: dai aos homens a graça de construirem este mundo na justiça e na paz. Renovais todas as coisas por vosso Espírito: curai os doentes, reconfortai os infelizes. Ressuscitastes vosso Filho dentre os mortos pelo dom do Espírito: dai a nossos corpos mortais a vida que não acaba nunca. OREMOS:
Pelo mistério de Pentecostes, Senhor, santificai vossa Igreja em todos os povos e em todas as nações; difundi os dons do Espírito Santo sobre a imensidade do mundo; continuai, ainda agora, através dos corações dos que crêem, aquilo que, em vossa misericórdia, realizastes desde o início da pregação evangélica. Por Nosso Senhor Jesus Cristo ... (da Oração do Tempo Presente)
•
EQUIPES NOTRE DAME 49 Ru e de la Glaciêre Paris XIII
04530
EQ UIPES DE NOSSA SENHORA Rua Dr . Rena to Paes de Barros, 33 - S ão P a ulo , SP -
Te!. : 80-4850