ENS - Carta Mensal 1975-5 - Agosto

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1975

Agosto

Editorial: 25 anos das Equipes de Nossa Senhora Evangelização e pão cotidiano . . . . . . . . . . . . . . . . . A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reconciliação

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Na intimidade de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1975 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Carla aberta a meu filho seminarista . . . . . . . . . 17 Partilhemos nosso esforço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Trecho de um livro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Temas evangélicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 O 13 de Maio em São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 O assunto é Retiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Encontro da ECIR .......... .. . .. . . . ..- . . . . . . . . . 28 Notícias dos Setores .... . ... J ........': . ...... 30 Oração para a próxima Reunião . . . . . . . . . . . . . . . 40


EDITORIAL

25 ANOS DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Homilia proferida por D. Joel Ivo Catapan, Bispo Auxiliar de São Paulo e ex-assistente da Equipe n. 0 4 de São Paulo, por ocasião da Missa de Ação de Graças celebrada no dia 13 de maio. Iniciou D. Joel dizendo que o momento era de oração - de ação de graças pelo passado - e de reflexão - para uma maior dedicação no futuro. A oração seria a própria Missa, e a reflexão seria baseada em dois pensamentos: a busca da espiritualidade conjugal, a resposta através do Movimento das E.N.S.

Só somos felizes se procuramos realizar-nos dentro dos caminhos que a Providência nos traçou. É o que nos ensinam o Evangelho e o Concílio Vaticano li. Só nos santificamos assumindo, com toda a generosidade, os instrumentos que Deus, em sua bondade, nos ofereceu. Ora, o caminho de vocês é o matrimônio. Logo, aqui é que se realizam como homens e como cristãos. E sei que muitos de vocês chegaram às mais profundas alegrias, às alegrias que só vêm de Deus, por terem compreendido a vocação cristã em toda a sua extensão dentro do sacramento do matrimônio. Como o sacerdote encontrará a verdadeira felicidade na vivência plena do seu sacerdócio, assim também os esposos: é na vivência plena da espiritualidade conjugal que encontrarão a verdadeira felicidade. Felizes vocês, que receberam de Deus esta oportunidade de conhecerem este Movimento e de o assumirem como sistema de vida. Porque foi por ele que foram levados a conhecer melhor -1-


a sua vocação de esposos e de pais, dentro do grande plano de Deus. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora busca ser instrumento, caminho, roteiro. É firme nas suas linhas, severo nas suas exigências, mas é para levá-los a descobrir as riquezas ocultas por Deus no sacramento do matrimônio, levando-os à maturidade cristã e até mesmo à identificação com o Cristo com o Cristo crucificado, ideal e meta de todo cristão. De fato, aquilo que atrai e fascina os equipistas nos seus primeiros anos de vida de movimento são as riquezas sempre novas que o próprio Movimento lhes vai oferecendo. Estas riquezas, porém, com o correr dos anos, perdem naturalmente o encanto da novidade. No entanto, é exatamente a esta altura que o Movimento começa a exigir a atitude de fé, da fé despida de encantos, e só baseada no abandono à vontade de Deus. Feliz do equipista que aqui se mantém perseverante, porque só nestes momentos começa ele a entrar na maturidade da vivência do sacramento. Com a perda do encanto da novidade, o Movimento vai perdendo também o seu brilho e deslumbramento, ficando reduzido a reuniões monótonas e deveres pesados. . . É o precioso metal que começa a revelar toda a sua dureza e as arestas em sua constituição interior. . . São as exigências do Movimento que tentam levar o equipista para mais perto da radicalidade do Evangelho, a qual, em última instância, não é outra coisa senão a vivência da própria cruz de Cristo. Quando o equipista esbarra na cruz de Cristo, é então, e só então, que chega a saborear a medula mesma do Evangelho, porque só então começa a viver a vida que Jesus levou, a saber: começa a morrer a si mesmo, para começar a viver pelos outros. A morte a si mesmo é a culminância da vivência individual do sacramento do matrimônio. A vida pelo outro é a culminância da vivência comunitária do sacramento do matrimônio. E quem é esse "outro"? Antes de tudo, seus próprios familiares. . . Ah, como é diferente, como é totalmente novo o enfoque com que esse equipista vê os seus filhos! Ele agora os vê como alguém chamado a ser também outro Cristo. Agora os ama de um modo novo. Mas vou eu descrever o que se passa nas famílias de tais equipistas? Muito melhor o fariam aqueles que o vivem - muitos dos quais são vocês mesmos. Mas o equip:sta que descobriu de fato o Cristo não se limita às fronteiras da própria família. Vendo outros casais vivendo

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em superficialidade o seu casamento, resolve levar-lhes a mensagem que o tornou tão feliz. É a hora do desafogo do espírito apostólico e missionário. Sim, estas duas atitudes haverão de marcar sempre mais a vida do equipista. O espírito apostólico é este que vai ao encontro de famílias cristãs, de famílias conscientizadas, mas com problemas - algumas muitas vezes já a caminho da separação, da destruição do próprio lar. Ir a elas para dar-lhes a mão, para levar-lhes luz em meio àquelas trevas angustiantes. . . que campo de apostolado para os equipistas! Abram as portas de suas casas, façam-se amigos destes casais. Eles são os que mais precisam de vocês. Missionário é o espírito que se lança ao encontro daquelas famílias que nada têm de cristão, que nem sonham que possa existir tal modo de vida familiar, de vida evangélica. Levar a estas famílias o segredo que faz felizes as famílias de vocês, repartir com estas famílias as alegrias que vocês descobriram e saboream graças à mediação das Equipes de Nossa Senhora, eis o auge da realização de um equipista, pois jamais alguém é tão feliz como quando reparte com outros as alegrias e felicidade que experimentou (cf. Atos 20, 35). Prezados equipistas, vocês, que são os privilegiados da nossa Igreja, porque por bondade de Deus tiveram oportunidade de se enriquecer com tantos tesouros espirituais, vocês, que gratuitamente receberam de Deus tantas graças, dêem agora também de graça aos que estão esperando, porque sabem o que podem esperar, mas também aos que não estão esperando, porque ninguém os evangelizou. Não sejam egoístas mas, como o Cristo, que deixou a casa do Pai e se fez homem mortal para nos enriquecer de sua divindade, assim também vocês cuidem de repartir, repartir ao máximo a felicidade de que Deus os cumulou. Pois, como a luz da vela não diminui mas aumenta ao se repartir, assim a felicidade de vocês aumentará na medida em que vocês a repartirem, como apóstolos e missionários. Assim, como fazem bem vocês em buscar o Cristo nas Equipes para levá-lo aos outros, em procurar fazer de suas reuniões o momento de encontro privilegiado com o grande Amigo, respondendo ao desejo do Pe. Caffarel, que sempre disse que o "único motivo válido para entrar e permanecer nas Equipes é melhor conhecer, melhor amar e melhor servir ao Cristo". Como fazem bem vocês em cumprir o compromisso da vigília de oração, fazendo com que permaneça ininterrupta a cadeia de preces em que, da meia-noite às 6 horas, sempre há um casal rezando pelas famílias de São Paulo. Sim, as famílias de São Paulo - tantas se desfazem. . . foi maior a nossa oração por elas?

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Como fazem bem vocês ao se dedicarem aos cursos de noivos, ao integrarem equipes volantes para levar o curso às paróquias do centro e também da periferia - , preparando os casais locais para eles mesmos serem os apóstolos dos novos lares. O que de melhor vocês podem fazer, nestes momentos dramáticos para a família, em que muitos estão empenhados em legalizar a destruição da família, é buscar bem formar os novos lares, ao mesmo tempo em que procuram fortalecer os existentes. Como ·fazem bem, na qualidade de casais privilegiados - em virtude da formação mais aprimorada que receberam - em inserir-se sempre mais nas comunidades paroquiais a que pertencem, prestando-lhes os mais variadc·s ministérios e serviços eclesiais. Como fazem bem em transformar em realidade o sonho do Pe. Caffarel, expresso em 1957, na sua primeira visita ao Brasil, quando exortou os casais a fazerem de suas equipes "celeiros de testemunhas de Cristo junto de seus irmãos, nos lugares mais humildes como nos postos mais elevados". Como fizeram bem os que se empenharam com trab alhos e viagens, com o fim de difundir, implantar e incentivar o Movimento nas várias partes deste no•SSO Brasil ... Que nosso sacrifício eucarístico seja uma ação de graças pelo que pudemos realizar nestes 25 anos de existência do Movimento no Brasil e estas reflexões sejam um programa de todo um futuro que se nos descortina pela frente .

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EVANGELIZAÇÃO E PÃO COTIDIANO

Realizou-se no mês passado em Manaus o Congresso Eucarístico. Decidiu a CNBB que a melhor maneira de os católicos se unirem a este acontecimento seria continuarem com o esforço empreendido por ocasião da Campanha da Fraternidade: é durante o ano inteiro que as comunidades da Igreja deverão empenhar-se em Repartir o Pão. Oferecemos para a reflexão dos equipistas o seguinte texto, apresentado pelo Episcopado Canadense no Sinodo de 1974.

Num mundo faminto, se perdemos o sentido do Pão, matamos simultaneamente a alma e o corpo. Esta convicção nos vem de Deus. E Jesus Cristo Deus se deu a nós como nosso Pão vivo. É de início "na partilha do Pão" que se fundamentam as sol' dariedades básicas entre os homens, entre Deus e sua terra. Aí também se situa o mais radical pecado da injustiça e do egoísmo, da exploração e da dominação. Neste sentido, para nós, cristãos, o pão material é também espiritual e vice-versa. O sacramento por excelência vem pois unir vitalmente aquilo que um tenaz dualismo tenta separar: libertação-salvação, humanização-evangelização. O amor de Cristo é o fermento no pão cotidiano de nossos amores e de nossas tarefas terrestres. Esta simples verdade se torna a Boa Nova. É um apelo à conversão no mundo atual, cuja opulência duma minoria se apoia sobre o empobrecimento trágico de uma maioria.

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O Direito fundamental de Lázaro Ainda hoje Lázaro morre de fome perto da mesa do rico. Será necessário ainda por muito tempo alongar o "dossier" constatável de tais injustiças. É de se perguntar se a abundância de documentação não serve para afogar o problema. Durante este tempo o drama se agrava e toma trágicas proporções. Torna-se uma espécie de círculo vicioso intransponível. A solução só poderia ser radical. É necessário às vezes mudar o coração, mudar nossos estilos de vida, construir novas estruturas de solidariedade. Quem sabe se o desafio cotidiano e planetário do pão e da fome não constitui o mais vibrante apelo à · conversão dirigido à humanidade moderna.

Um pecado original a vencer Não estamos ligados a uma espécie de pecado original que atinge o que há de mais profundo na solidariedade humana? Donde esta nova Babel dos grandes egoísmos coletivos estranhos uns aos outros. Nossa fé nos lembra que este pecado "estrutural" introduziu um fermento de morte na alma humana. Ouvimos os gemidos do Espírito que brotam das profundezas da alma humana ferida, alienada, atingida de morte pelas explorações das quais duma ou doutra maneira somos cúmplices?

As responsabilidades cotidianas Os cristãos trazem uma força pascal capaz de libertar em .Jesus Cristo o homem alienado e escravizado pelas estruturas do velho mundo em procura de uma nova terra. Este fermento pascal libertador passa pelo pão. O pão da mesa fraternal e o da Eucaristia, que faz homens novos e filhos de Deus a partir desta partilha cotidiana do amor e da justiça. Nas Sagradas Escrituras, o pão é o resumo de todos os dons de Deus e de todas as responsabilidades humanas. Eis o teste ele verdade por excelência para julgar os desafios cotidianos e planetários atuais. O pão seco da injustiça e o pão fresco do amor são as primeiras faces concretas do pecado e da graça. A Eucaristia do Senhor nos leva até o drama pascal do servidor, que se esvaziou, não apenas na sua condição divina, mas. também na sua condição humana. E eis que, na ressurreição, o "não homem" faminto se vê levado ao banquete do Pai, onde se unifica na comunidade fraterna de uma libertação decisiva. Este pão partido, consagrado, partilhado, constitui um novo Pentecostes da humanidade em Deus.

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Mudanças radicais a encarar Se não podemos nos unir nos combates de justiça para as solidariedades do pão cotidiano, onde encontraremos a unidade? A humanidade contemporânea está faminta tanto espiritual quanto materialmente. É em Jesus Cristo, Pão Vivo, que Deus quis unir estas duas fomes do homem. Entre nós, convidamos nossos cidadãos a se interrogar sobre as orientações atuais de um sistema econômico que gera tantos desperdícios e trapos humanos, a mudar seus hábitos de superalimentação, a substituir por outros alimentos a carne, a dar mais generosamente aos seres em necessidades, a desenvolver novos programas educativos que visem mudar os estilos de vida .

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A ECIR CONVERSA COM

VOC~S

Caros amigos Em maio ou junho vocês fizeram a reunião de balanço de 's ua equipe e elegeram o novo Casal Responsável. E agora Iniciam uma nova etapa. Deve ser uma etapa que m arque um progresso na vida da equipe. Para isto, a reunião de balanço deve ter fornec;do algumas "dicas)' sobre os pontos que mais particularmente devem ser focalizados, a fim de que a equipe caminhe para a sua finalidade: ajudarem-se os casais uns aos outros a viverem como cristãos no mundo de hoje. Mas, todas estas d'cas - que é essencial rever agora - devem g irar ao redor de um eixo fundamental que condicione o modo como devem ser conduzidas. Qual será ele? Pe. Caffarel, quando tinha formado o proj eto de afastar-se da direção espiritual do Movimento, preocupou-se muito com esta idéia. Um ano antes deste afastamento, em setembro de 1972, esteve entre nós e pronunciou uma conferência na qual, de início, dizia o seguinte: "Se eu tivesse de morrer dentro em pouco, qual seria o meu testamento espiritual para as Equipes de Nossa Senhora?" Não foi certamente sem uma profunda reflexão que concluiu ser a reunião de equipe o ponto fundamental. "O Mov' mento vale o que vale a reunião da equipe". Em outras palavras, o Movimento, no seu conjunto, só ajudará os casais se as reuniões forem vividas em profundidade. Seis meses depois, em março de 1973, despedia-se das Equipes. E as palavras que pronunciou revelam que a mesma preocupação o assaltava : "Mais do que nunca eu penso na importância insubstituível da oração". . . "Um discípulo de Cristo nada melhor pode fazer do que repetir os últimos conselhos do Mestre: "O que vos mando é que vos ameis uns aos outros" (J o 15, 17). Portanto, o essencial é viver em profundidade a reunião de equipe; viver em profundidade a vida de oração; viver em profundidade o "mandamento novo". Para viver em profundidade a reunião de equipe, uma coisa é essencial: tomar consciência que não é ela uma reunião de

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bons amigos felizes de se reencontrarem para trocar idéias e preocupações, mas sim uma reunião em que todos os seus membros devem fazer esforço para que seja uma verdadeira "assembléia cristã", isto é, um encontro com Cristo, em nome de Cristo. E o Cristo, como disse ainda o Pe. Caffarel, "o Cristo só pode agir realmente se é para Ele, para O encontrar, que estamos reunidos. É em nome de Cristo que nos encontramos, e é preciso tomar consciência disto antes de toda reunião". A reunião mensal é o tempo forte de nossa vida de equipistas, a qual se desdobra durante todo o mês. É um dos tempos fortes de nossa vida de oração. É o tempo forte da vivência do amor fraterno entre equipistas e que nos ensina como deve ser o nosso "amar ao próximo como a nós mesmos", fundamento de todo apostolado. Portanto, caros equipistas, neste início de ano, apliquem-se para que a reunião de cada uma de suas equipes preencha cada vez mais os requisitos de uma "assembléia cristã". Para que seja o momento de reabastecimento de sua vida cristã. É evidente que tal reunião não pode ser improvisada. A vocês, novos Responsáveis, cabe prepará-la, fortemente ajudados pelo seu Conselheiro Espiritual. O Casal Animador deverá também ele participar dessa reunião preparatória. É na reunião mensal da equipe que se concentra a função do Responsável: "ele é o responsável pelo amor fraterno. Dele depende que a equipe seja uma vitória da caridade evangélica e que cada casal nela encontre o auxílio de que tem necessidade" (dos Estatutos).

Dele depende, em grande parte, que a reunião de equipe seja um tempo forte mensal para nossa "conversão" e nossa "reconciliação". "Uma vida cristã, escreve o Pe. Tandonnet, sob pena de estagnação e de morte, deve inventar, adaptar, criar na fidelidade e na liberdade do-s filhos de Deus; uma vida cristã tem necessidade de se renovar". E isto, acrescenta, "reconciliando-nos com Deus e entre nós, isto é, "instaurando ou restaurando uma unidade talvez perdida, talvez não acolhida, em todo o caso uma unidade que ainda não atingiu, em nós e entre nós, a sua plenitude". Caro·s equipistas, caros Responsáveis, os nossos votos para que es ~ e novo ano seja fecundo em realizações positivas. E o nosso pedido para que se lembrem, nas suas orações, da ECIR, a fim de que, também ela, obtenha do Senhor as graças de que precisa para dar cumprimento à missão que lhe cabe. Com toda a fraternal amizade A ECIR

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ANO SANTO

R.ECONCILIAÇÃO

Ao homem moderno, dividido, violentado, desajustado, o Ano Santo propõe a Reconciliação. Há muito tempo que Deus quer reconciliar o homem. Já após o dilúvio Deus quis refazer uma twva aliança com os homens. Tal um guerreiro deixando seu arco, Deus coloca no firmamento o arco-íris, e o arco-íris fica para sempre como que o penhor de paz entre Ele e a humanidade. É uma das páginas mais poéticas da Bíblia. Hoje, como no tempo do dilúvio, é Deus que toma a iniciativa da reconciliação. "Tudo isso vem de Deus que nos reconciliou consigo por Cristo" (2 Cor. 5, 18). Jesus vem proclamar o Evangelho da paz e da reconciliação. A palavra reconciliação nos lembra os temas bíblicos: penitência, conversão, metanóia . (palavra grega do Novo Testamento que significa nova maneira de viver ou nova mentalidade, novo coração). Essa reconciliação se realiza no mais íntimo do homem. "O coração é o lugar das decisões, dos projetos. E o lugar do encontro e diálogo com Deus". Por isso a reconciliação é uma renovação total do homem. O homem reconciliado produz os frutos do Espírito, em espeCial: amor, alegria, paz, que se opõem às obras da carne: inimizades, contendas, iras, rixas, discórdias, invejas... (Gal. 5, 21-23). Pela reconciliação, o Espírito renova a face da terra. Há de se esperar neste Ano Santo alguns frutos da reconciliação. Lembrêmo-nos, porém, de que a Igreja recebeu através dos Apóstolos "esse ministério da reconciliação" e que ela clama como São Paulo: "Em nome do Cristo, vos rogamos que vos deixeis reconciliar com Deus (2 Cor. 5, 18 e 20). São imensos os campos que a reconciliação deve atingir: "a própria comunidade eclesial, a sociedade, a política, o ecumenismo" (Paulo VI, na abertura do Ano Santo). Em nosso mundo rasgado por tantos racismos e nacionalismos, o Ano Santo nos recorda que o Cristo reúne os homens dispersos e r efaz a unidade entre eles, formando todos um só corpo (Ef. 2, 16) . O espetáculo do Pentecostes congregando ho-10-


mens de vários países escutando a Palavra na sua própria língua é um sinal evidente de unidade. Hoje também Deus nos reconcilia pela morte de seu Filho, a nós que somos estranhos e inimigos (Col. 1, 21-22). A reconciliação se estende ao universo. O homem moderno pode estragar a natureza. Hoje em dia estamos ameaçados pela poluição, pelo desmatamento, pelo esgotamento das riquezas naturais. São Paulo fala do mundo liberto da escravidão, da corrupção, e participando na liberdade e na glória dos filhos de Deus (Rom. 8, 21). O homem precisa se reconciliar com o Universo e viver nele conforme as bemaventuranças evangélicas. Enfim a reconciliação deve se estender à comunidade eclesial. A Igreja tem o dever de ser para o mundo um sinal "de caridade, de alegria e de paz". Como poderá ela desempenhar seu "ministério de reconciliação" se sua unidade interior está ameaçada ou enfraquecida? Meditemos as palavras de Paulo VI: "A contestação deveria tender a individuar e a corrigir defeitos que merecem repreensão e, por isso, a promover a conversão, a reforma e um aumento de boa vontade. Não queremos exorcisar a contestação positiva. A caridade deve curar a Igreja deste contágio da crítica contestadora e corrosiva. O carisma, o dom da caridade, deve ser colocado em primeiro lugar". A verdadeira renovação da Igreja se realiza "através do crescimento da vida interior, do encontro verdadeiro de todo o nosso ser com uma pessoa: Jesus Cristo. Isto é o ponto de partida e a condição de toda renovação duradoura. A saúde da Igreja progride menos pelas discussões do que pela adoração". Pe. Alberto Boissinot Conselheiro espiritual do Setor de MarUia

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NA INTIMIDADE DE DEUS ...

Passei o anoitecer de ontem em casa de amigos: pai, mãe e cinco filhos. A refeição: alegria simples e verdadeira de estar juntos depois da dispersão do d:a; alegria de poder contar o que se fez durante o dia; alegria de amar desta maneira simples e certeza de se sentir amado. Depois do jantar, nos divertimos juntos com jogos de paciência. Todos jogavam: o p ai, a mãe, os filhos. . . e eu também, evidentemente. O que é importante é que, depois da dispersão do dia, a família possa viver, de tempos em tempos, estes momentos de intimidade e de unidade, no decorrer dos quais o amor familiar se aprofunda e alimenta o amor de cada um. Todo amor tem necessidade destes tempos fortes, momentos privilegiados, onde se aprofunda a comunhão dos corações, onde o amor pode manifestar-se e viver-se, onde não há senão isto para fazer. Uma família que nunca tivesse momentos de intimidade como esses veria seu coração como que levado pelo vento. Assim também nossa vida de amor com o Senhor tem necessidade, profunda necessidade desses tempos de intimidade: nós os encontramos na meditação, quando estamos a sós com o Senhor, só para Ele, para nos unirmos ao seu amor, deixá-lo invadir nosso coração. Todo amor que não se refaz no face a face com o ser amado periclita em coexistência; todo amor que não se desaltera na fonte viva da intimidade com o ser amado está condenado a fenecer. Estamos profundamente convencidos desta necessidade para o aprofundamento e a vida de nosso amor familiar e conjugal; temos esta mesma convicção no que concerne ao nosso amor com o Senhor? Tive, portanto, a alegria de partilhar da intimidade desta família. Deixei-me inteiramente penetrar de sua paz profunda, sua alegria forte e serena e pelo calmo calor do amor familiar. Durante este entardecer, eu, que era acolhido, dizia a mim mesmo que a prece é isto: uma entrada na intimidade de Deus; que é Deus que nos acolhe na sua intimidade; que o foco de seu amor está sempre aberto e é necessário apenas achar o tempo de entrar c de se deixar envolver por ele. J. Lemaitre (da C. Mensal internacional)

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1975

Ano Santo -

Ano Internacional da Mulher Ano de Prata das E.N.S. 25 Anos da Proclamação do Dogma da Assunção de Maria mais um Ano d.C.

As celebrações acima, aparentemente paralelas, são interligadas e significam muito para nós equipistas, que somos família, família que é viveiro de homens, do homem que é centro do mundo. O Ano Santo de 1975 foi timbrado pela Renovação e pela Reconciliação e nada fala mais de perto à família que estas duas características: família que se renova nas gerações que se sucedem e na atualização que é dinamismo e vida; família que se reconcilia a cada sol que nasce; casal que se enriquece, que se perdoa, que se revigora, na união dos corpos, conseqüência do AMOR abençoado pelo Sacramento; pais que desculpam os filhos e são por eles desculpados. 1975, Ano Internacional da Mulher, uma idéia marcadamente cristã, embora por iniciativa leiga da ONU. Foi Cristo o primeiro a se preocupar com a situação da mulher no mundo. O Evangelho nos mostra um Cristo acima dos preconceitos, divinamente justo. João nos conta ( 4, 27) que quando Cristo falou à samaritana, os discípulos ficaram maravilhados, não só porque judeus e samaritanos não se falavam, mas porque se dirigira a uma mulher . .. -13-


E mais adiante, no cap. 8, nos relata o encontro de Cristo com uma mulher adúltera, que levada àquela condição pela maldade ou pela fraqueza dos homens, estava sendo julgada por um grupo daqueles mesmos homens. Cristo, que abomina o pecado mas continua amando o pecador, teve com aquela pobre mulher, uma sublime consideração: sendo Deus, não quis julgá-la e proferiu aquela sentença de fina sabedoria, que até hoje os homens não têm a hombridade de repetir: "aquele que não tiver culpa, atire a primeira pedra". Cristo considerou a fisiologia um aspecto do ser, não o fundamental, por isso não fez distinção entre o masculino e o feminino. A moral é uma só para os dois sexos; então como pode uma sociedade intitulada cristã conceder tranqüilamente direitos contrários ao Evangelho? Por que os pais educam filhos numa moral e filhas em outra, sob hipóc.r itas explicações, se ambos são templo do Espírito Santo? Foi cômodo para os homens escravizar a mulher a seus caprichos, mas não foi inteligente; hoje a antropóloga americana Margaret Mead nos alerta: "à medida que um dos sexos prejudica o outro, toda a humanidade sai perdendo" e afirma ainda para tranqüilidade dos homens: "todas as vezes que liberamos uma mulher, libertamos um homem". Antes de Cristo, a mulher era considerada na medida em que garantia ao homem a posteridade; juridicamente era uma incapaz. Na lei judaica, só os homens tinham direito ao repúdio; na Idade média, algumas mulheres foram obrigadas a usar cintos de castidade: amor próprio era sentimento reservado aos homens. No Brasil colônia era aconselhável que as mulheres não aprendessem a escrever, porque assim seria mais fácil conservá-las fiéis a seus maridos. Mas quando uma espécie se deixa escravizar, sua capacidade intelectual é posta em dúvida; e assim foi: a mulher precisou lutar para conseguir ingresso nas faculdades, antes reservadas aos senhores homens; e no início do século as mulheres inglesas brigaram para chegar às urnas para o direito de voto, igual ao homem. E alguém chegou a dizer que "a mulher era um ser de cabelos longos e idéias curtas"... (Shopenhauer) Homens e mulheres ainda não aprenderam a conviver; não se tornaram ainda um complemento do outro; muitas vezes não passam de rivais, por isso acabam seu casamento juramentado nos tribunais do desquite, ou do divórcio, que, lamentavelmente,

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alguns pretendem implantar também no Brasil. Homens e mu• lheres só se entenderão quando adotarem a psicologia de Cristo. Este ano o protesto das mulheres tornou-se universal e oficial, mas muitas delas não sabem o que protestar nem como protestar. As portas do ano 2.000, a mulher usa as mesmas calças longas do homem, fuma os mesmos nocivos cigarros, e as mesmas drogas alucinógenas, entrega-se aos mesmos abusos sexuais, está conseguindo os mesmos postos políticos ou profissionais, por isso muitas vezes delega os cuidados dos filhos a terceiros, a quem ela paga; mas nós, cristãos, sabemos que não é assim que a mulher se liberta; ela sem dúvida precisa ter um valor independente do homem que lhe der o nome, precisa tornar-se esposa amável sem ser subserviente e mãe dedicada sem ser superprotetora, precisa ainda trocar a moda de colorir o rosto, pelo hábito de embelezar a personalidade. Só assim conseguirá transformar um planeta de machos no paraíso que um dia foi perdido. Não será necessário sair às ruas e empunhar estandartes para a mulher se valorizar, mas será imprescindível tornar-se, cada vez mais, imagem e semelhança de Deus, imitando, cada dia, a única mulher elevada aos céus de corpo e alma: aquela que aceitava a vontade de Deus ("Faça-se em mim segundo a Sua palavra") e que proclamava as bondades de Deus ("0 Senhor fez em mim maravilhas, santo é Seu nome"). Nós, equipistas, que há 25 anos nos pusemos sob a proteção de Nossa Senhora, só nos tornaremos livres, realizadas, quando nos tornarmos: - esposas como Ma ria, ela a perfeita esposa de um perfeito marido. Eles eram um casal tão sagrado e tão unido que aquele recenseamento a que José compareceu em Belém, apesar de restrito aos homens, não impediu que Maria estivesse a seu lado, companheira e amiga; - prestativas como Maria, sabendo que sua prima Isabel havia concebido, põe-se espontaneamente a caminho de sua casa em outra cidade, para ajudá-la e fazer-lhe companhia; - bondosas como Maria, foi pa.r sugestão dela que Jesus soluciona aquele problema doméstico em Caná, transformando a água em vinho e bom vinho, garantindo a alegria daqueles jovens noivos e seus convidados; - mães como Maria, aos primeiros passa.s do filho, ela amparou, com desvelo maternal, mas, aos últimos, sob o peso da Cruz, ela soube assistir, com -15-


coragem estoica, sem interferir, deixando que ele assumisse sua missão de AMOR. Que estas celebrações deste ano do Senhor, longe de se limitarem a atos externos de culto, a viagens de turismo timbradas de peregrinação, a congressos, a folhas impressas e notícias no jornal, traduzam-se em gestos concretos de AMOR, na inspiração de Cristo, na cópia de Maria. Que Nossa Senhora inspire as mulheres bloqueadas por preconceitos, medrosas de autenticidade, agressivas dentro de suas mágoas, para que encontrem sua exata missão e sua verdadeira liberdade; que elas, como aquelas mulheres do Evangelho que foram arautas da Ressurreição de Cristo, consigam convencer o mundo de que Ele continua vivo entre nós. É dentro desta realidade que homens e mulheres devem viver. Dirce Pereira da Silva (Equipe nQ 20, São Paulo)

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CARTA ABERTA A MEU FILHO SEMINARISTA

Jundiaí, 8 de novembro de 1973

Meu querido filho: "Sempre mais alto!"

Hoje é o dia de seu aniversariO, e eu não poderia deixar de lhe escrever para desejar muitos anos de vida e muitas felicidades. Nós nunca pensamos que não teríamos você junto de nós no dia dos seus 15 anos. E bem que eu relutei para que você não fosse para o Seminário. Mas você é muito persistente e acabou vencendo. Esse é o trabalho discreto de nosso Cristo. Você sabe, meu filho, que, no íntimo, sua mãe e eu sempre tivemos uma vontade louca de ter um filho sacerdote, porém, esta graça é muito grande e reservada a poucos, razão por que nunca imaginamos ser merecedores dela. Mas Deus é engraçado, Ângelo, a gente não entende; quando menos se espera, quando se vive as maiores dificuldades, é aí que Ele se revela e exige alguma coisa dos seus pequenos filhos. Para nós, não foi fácil a sua partida- quanto sofremos com a separação! Quantas vezes, <1 mesa, sobrava um pedacinho de carne ou um pouquinho de arroz, e seus irmãos falavam: "Sobrou a parte do Angelinho!" E isso sempre fazia com que as refeições terminassem com lágrimas. Porém, eram lágrimas de muito amor, derramadas com amor, oferecidas ao Pai com amor. E pode ter certeza que essas lágrimas serviram para nos aproximar mais e mais de Deus; r.unca nos sentimos tão perto dEle. Filho querido, continue firme nessa vocação sublime, diga eternamente sim a nosso Cristo e fermente esse ideal maravilhoso. A Igreja está precisando muito de sacerdotes santos, seja um deles. Todas as manhãs, antes mesmo que você desperte no -17-


Seminário, sua mãe e eu já elevamos ao Senhor de todas as coisas uma prece fervorosa pelo nosso querido filho seminarista. Outro dia conversei com o Padre Reitor do Seminário, e ele me disse de seus estudos, de sua liderança e do muito que os superiores esperam de você. Quanto isso nos fez bem! Não podemos fazer uma festinha no seu aniversário, porém rezamos muito por você, e estamos contando os dias que faltam para suas férias com muita ansiedade; comemoraremos fora de tempo mas com muita alegria a data que já passou, mas que para nós é imorredoura. Continue firme nas orações, entregue-se a meditações constantes, firme-se nos estudos, observe a disciplina e se aprimore sempre na fé. Recomendações ao bom Padre Reitor e aos demais superiores. Que Deus o abençôe efusivamente, e reze ·muito por nós pedindo ao Senhor que não permita, nunca, que percamos o estado de graça. Um forte abraço de seu Pai que o ama:

Luiz Lourenço Gonçalves

(Esta carta nos foi enviada pelas Equipes de Jundiaí publicada num diário daquela cidade. )

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foi


VIDA DE EQUIPE

PARTILHEMOS NOSSO ESFORÇO

Há poucos anos a ECIR decidiu trocar o nome de "obrigação" por "meio de aperfeiçoamento". E o fez para nos lembrar que a finalidade essencial dessas práticas que o Movimento nos propõe é ajudar ao nosso aperfeiçoamento espiritual. Foi, sem dúvida, uma idéia feliz! Porém, o fato de pertencermos a um Movimento que se baseia na Oração e no Auxílio Mútuo assegura a permanência da realidade "obrigação". Se quisermos adotar mais uma denominação para esta real' dade, podemos chamá-la de "compromisso entre os membros da equipe". Quando rezamos o "confiteor", confessamos os nossos pecados e pedimos perdão a Deus, aos Santos e aos Irmãos, porque formamos um só corpo e, quando um membro erra, todo o corpo sofre. Analogamente, nas E.N.S., formamos uma comunidade cujo crescimento espiritual depende do empenho de cada um em aplicar às suas vidas os meios de aperfeiçoamento. Então, quando alguém falha, a equipe se ressente, e quando alguém cresce a equipe toda se enr'quece. É muito importante nos conscien' izarmos desta realidade, pois foi justamente por isso que decidimos unir-nos em equipe. Muitos de nós, ultimamente, em encontros vários, têm vivido experiências que mostram que vale mais o testemunho do que a "falação" de uma teoria. O que transmite vida é o testemunho, ou a narração de uma experiência realmente vivida. Por isso, as ENS foram felizes, também, ao denominar "Part'lha" ao instante da reunião em que devemos viver mais intensamente o auxílio mútuo. É muito mais enriquecedor partilharmos a nossa vida, o nosso esforço para o aperfeiçoamento, do que apenas nos controlarmos ou trocarmos sugestões. Portanto, o que verdadeiramente devemos levar para a Partilha e para a equipe é o nosso esforço para o aperfeiçoamento, através dos mesmos meios pelos quais os irmãos também estão se empenhando. (do Boletim de São José dos Campos)

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Trecho de um livro ...

Era o dia 11 de agosto de 1965. Munique, na Alemanha. Lembro-me bem: lá fora as casas aplaudiam o sol vigoroso do verão europeu, flores multicores explodiam nos parques e acenavam ridentes nas janelas. São duas horas da tarde. O carteiro me traz a primeira carta da pátria. Ela vem carregada de saudade deixada pelo caminho percorrido. Sofregamente abro-a. Todos de casa escreveram. Parece quase um jornal. Paira um mistério: "Já deves estar em Munique quando leres estas linhas. Iguais a todas as outras, esta carta, embora diferente das demais, te traz uma bela mensagem, uma notícia que, vista sob o ângulo da fé, é deveras alvissareira. Deus exigiu de nós, há poucos dias, um tributo de amor, de fé e de penhorado agradecimento. Ele desceu no seio da nossa família. Olhou-nos um a um e escolheu para si o mais perfeito, o mais santo, o mais maduro, o melhor de todos, o mais próximo d'Ele, o nosso querido Papai. Querido, Deus não o tirou de nós, mas deixou-o mais ainda entre nós. Deus não levou Papai só para si, mas deixou-o mais ainda para nós. Ele não arrancou Papai da alegria de nossas férias, mas plantou-o mais fundo na memória de todos nós. Deus não furtou Papai da nossa presença, mas deu-o mais presente. Ele não o levou, mas o deixou. Papai não partiu, mas chegou. Papai não foi, mas veio para que Papai fosse mais Pai ainda, para que Papai estivesse presente hoje e sempre, aqui no Brasil com todos nós, contigo na Alemanha, com o Ruy e o Clodovis em Lovaina c com o Waldemar nos Estados Unidos".

("Os sacramentos da Vida, e a vida dos Sacramentos " Leonardo Boff - Edit . Vozes)

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TEMAS

EVANG~LICOS

A esta altura, vocês já devem ter recebido um "Tema Evangélico" a ser estudado num dos próximos meses, substituindo, naquele mês, o tema escolhido para o ano. O que são estes Temas Evangélicos? Para responder a esta pergunta, bastaria pedir a vocês que relessem o artigo da Equipe Responsável Internacional publicado na Carta Mensal de abril último, sob o título "A ECIR conversa com vocês". Trata-se de reatualizar a frase dos Estatutos: "Fazem do Evangelho o fundamento da própria família". Como diz o Casal Responsável da Equipe Responsável Internacional naquele artigo, "não é precisamente ao meditar o Evangelho que percebemos com maior clareza a natureza do testemunho que nos cabe dar? E não é alimentando-nos deste Evangelho que encontramos a força necessária para dar este testemunho?" E acrescenta: "Como vivemos hoje aquela frase dos Estatutos? Como nos entreajudamos a vivê-la na família e na equipe? O Evangelho é talvez o nosso livro de cabeceira, mas é ele a nossa regra de vida?" A fim de procurar uma resposta a estas várias indagações, e, particularmente, para ajudar os casais a fazerem do Evangelho a sua regra de vida, seja pessoalmente, seja como casal ou na família, na equipe, no ambiente em que vivem, o Movimento lançou um grande inquérito através de seus 270 setores, para poder discernir as dificuldades encontradas, as experiências vividas, as reflexões que forem apresentadas e, a partir desses dados, lançar os fundamentos de um novo encontro internacional do Movimento, no próximo ano de 1976, em Roma. É evidente que se trata de um trabalho muito sério. O tema que cada equipe receber deverá ser respondido com todo o critério e lealdade, obedecendo ao questionário que o acompanha. Uma síntese das respostas e da troca de idéias na reunião será entre-

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gue ao Setor ou à Coordenação, para que eles, por sua vez, elaborem uma síntese e a enviem ao respectivo Regional. O mesmo trabalho será realizado pelo Regional, que enviará o seu relatório para a ECIR e, esta, para a Equipe Responsável Internacional. Lembrem-se que este trabalho de sínteses gradativas vai ser exaustivo. Por isso mesmo é indispensável que a reunião especial seja realizada até 30 de setembro, para que se torne possível E:nviar em tempo hába a contribuição do Brasil. Merece, portanto, da paTte de todos nós, um trabalho consciencioso e de responsabilidade que permita a coleta de dados realmente válidos para que o inquérito atinja as suas finalidades .

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O 13 DE MAIO EM SÃO PAULO

"Vinte e cinco anos se passaram desde que as Equipes aqui chegaram, lançando a sua primeira semente, e como floresceu! Foram 25 anos de luta, de coragem, de amor, de grandes alegrias, de muita fé, de oração ... " - assim o Boletim do Setor D inicia o relato da comemoração do dia 13 de Maio em São Paulo. Na Igreja de Na. Sra. do Perpétuo Socorro, reuniram-se os equipistas dos três Setores de São Paulo, em número tão grande que a igreja ficou repleta, a Comunhão demorou dois cânticos compridos inteirinhos e o salão foi muito pequeno para tanta gente ...

O casal Moncau

Início da concelebração

Devido a uma série de contratempos, a comemoração foi marcada em cima da hora e, embora o comparecimento dos equipistas tenha sido total, não deu para termos presentes nem o nosso Pastor, nem vários sacerdotes muito ligados ao Movimento e muito queridos, entre os quais os agora bispos auxiliares D. Benedito e D. Angélico. Só D. Joel conseguiu libertar-se dos compromis-23-


sos que, também ele, já havia assumido. Concelebrou ao lado de D. Thurler, que gentilmente viera representando D. Paulo Evaristo, e falou-nos na homilia, com as palavras de um sacerdote que conhece o Movimento por experiência própria. A missa, cujo texto fora composto especialmente pela equipe 2, foi lindíssima. Contribuíram para embelezar a cerimônia alguns gestos, entre os quais: a "profissão de fé no Movimento" que os casais fizeram depois do Evangelho, repetindo as palavras da primeira parte dos Estatutos; a procissão do ofertório, feita por casais equipistas filhos de equipistas; o abraço da paz, recebido no altar por Da. Nancy e Dr. Moncau e transmitido por eles de banco em banco a todos na igreja; a Comunhão, distribuída pelos Conselheiros espirituais da ECIR, o antigo e o atual, Pe. Corbeil e Pe. Aquino. Os cânticos eram os da "Missa da Amizade" ("Vamos caminhando lado a lado ... ") , acrescidos do canto de comunhão da Campanha da Fraternidade: "O Pão da Vida, a Comunhão, nos une a Cristo e aos irmãos, e nos ensina a abrir as mãos, para partir e repartir o pão ... ".

D . Joel e D . Thurler dando a bençáo

A igreja repleta ..•

No final da missa, Esther leu o telegrama enviado ao Côn. Caffarel e a resposta da Equipe Responsável Internacional, e Marcello falou sobre o significado da cerimônia. Encerrou-se a celebração com o canto do Magnificat, lembrando a consagração das Equipes a N assa Senhora e colocando o Movimento, mais uma vez, sob a sua proteção. Uma das grandes alegrias da noite foi a presença de vários de nossos ex-companheiros de equipe. Fizeram-se presentes também, para satisfação nossa, vários casais representantes dos movimentos irmãos, principalmente o Movimento Familiar Cristão, na pessoa de Lya Sollero - que deixou duas reuniões importantes para comparecer - e Anton;eta e Horácio José da Silva, ex-Casal Presidente Arquidiocesano. -24-


Após a missa, seguimos para o salão para a confraternização. Todos queriam cumprimentar Da. Nancy e Dr. Moncau, o que não foi conseguido por alguns, tal a afluência dos presentes: o salão estava repleto e muitos não conseguiram sequer passar pela porta. Teve que se utilizar de cadeiras o jogral formado por Nicolau, Paulo Alex, Gassen e Ludovic.

A "multidão" no salão ...

A equipe n' 2, com Mons. Enzo

Da. Nancy e Dr. Moncau foram presenteados, pelas mãos do casal mais novo da equipe mais nova de São Paulo. Por iniciativa do Setor A, foi homenageada a seguir a equipe 2 que, como equipe, é a mais antiga do Movimento: a equipe 1, a que pertence o casal Moncau, sofreu alguns remanejamentos, mas a 2, embora do' s casais tenham saído, permanece a mesma desde a. sua fundação, 23 anos atrás. Por coincidência, encontrava-se em São Paulo, e resolveu atender ao nosso convite para comparecer, Mons. Enzo, que fora justamente o primeiro assistente daquela equipe. Enfim, foi uma noite memorável. . . "Todos sorriam, todos estavam felizes e cada casal parecia estar comemorando as suas próprias Bodas de Prata. Sim, e estava mesmo, pois cada um deu um pouquinho de si, regou com muito carinho aquela semente lançada por Da. Nancy e Dr. Moncau." - escreve novamente o Boletim do Setor D .

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O ASSUNTO É RETIROS

Muitas vezes julgamos o Retiro um compromisso supérfluo, do qual estaríamos dispensados, uma vez que mensalmente fazemos nossas reuniões com estudos e orações. Mas na realidade, o Retiro é o acontecimento mais importante do ano: é a hora do balanço, sem o qual uma firma, por mais sólida, acaba na falência. O Retiro é também um encontro especial com Deus que é nosso Criador, nosso Mestre e nosso Irmão. Cristo, antes de provar que era Deus, ressuscitando no terceiro dia depois de sua morte mostrou, durante seus 33 anos de vida no mundo, que era homem como nós. Por isso, quando rezava, sentia necessidade de se retirar. Conforme o Evangelho, costumava afastar-se de sua querida Jerusalém, para orar no horto das Oliveiras, porque ali, no silêncio, em contato com a natureza, o corpo se oxigenava, se relaxava e permitia ao espírito chegar ao alto, à contemplação, a Deus. Nós, os sofridos cristãos do séc. XX, o século da máquina, da poluição, da velocidade e do barulho, deveríamos nos habituar também, como o Cristo, a nos afastarmos, para rezar no silêncio, perto da natureza, onde encontramos mais facilmente o Criador.

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Aos equipistas de São Paulo-Capital comunicamos os próximos Retiros:

(Sem os filhos)

Agosto - de 22 a 24

(Com os filhos)

Setembro - de 19 a 21 - sob a orientação do Fr. José Carlos Pedroso

(Com os filhos)

Outubro - de 24 a 26

(Com os filhos)

Novembro - de 21 a 23- sob a orientação do Pe. Paulo Raabe.

- sob a orientação do Mons. Enzo Gusso

- sob a orientação do Fr. Miguel Pervis

Todos serão realizados no Instituto Paulo VI, no Km. 16,5 da BR-116.

Mais informações vocês terão com Darcy e Geraldo, tel.: 67-9063.

RETIRO NÃO É OBRIGAÇÃO : RETIRO É PRIVILÉGIO! (do Boletim de Ribeirão Preto )

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ENCONTRO DA ECIR COM OS RESPONSAVEIS REGIONAIS E RESPONSAVEIS DE SETOR

A Casa de Retiros das Irmãs de Jesus Crucificado, em C a pão Redondo, foi-se aos poucos movimentando naquele cair-de-tarde frio do dia 30 de maio último. E, desde os primeiros momentos, foi-se criando aquele ambiente tão nosso e que tan~.os de vocês já viveram: ambiente de alegria serena de uma família muito unida.

Nove Responsáveis Regionais, 23 Responsáveis de Setor, além de 5 casais da ECIR - ali se reuniram os casais que têm sobre os ombrc·s a responsabilidade de zelar pela vivência das equipes em áreas ma;ores ou menores. Quase todos presentes, para dois àias de oração, de formação, de co-participação.

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Pouca coisa diremos do que foi o desenrolar do Encontro. Pe. Aquino, além das homilias nas duas missas celebradas no sábado e domingo, falou-nos sobre "A Fé nos dias de hoje" e de como "Ver bem para pensar certo". Marcello nos deu uma visão nova da Oração e fez considerações ricas de conteúdo sobre o "Papel do Responsável de Setor" e os meios para bem executá-lo e abordou o difícil problema da falta cada vez mais sensível de sacerdo ~ es para as equipes que se vêm formando. Rubens apresentou-nos um panorama geral do Movimento e relembrou c papel exato dos vários escalões de responsabilidade: Responsáveis de Equipe, de Setor, Regionais, ECIR e Equipe Responsável Internacional, bem como o seu inter-relacionamento. Tarcísio deu-nos informações so·b re as atividades da Secretaria e teceu considerações sobre a situação financeira ... deficitária, devida a falhas bastante sensíve·s na contribuição. Não menos importantes foram os vários grupos de co-participação, cujas conclusões foram apresentadas no plenário que encerrou as atividades. Tornou-se evidente, neste como nos demais Encontros das Equipes, a sábia orientação do Movimento que, desde os seus primórdios, sempre deu uma importância fundamental aos contatos humanos que, de longe, superam os contatos burocráticos, através de papéis. Naqueles, há o diálogo, tão importante para entendimentos de maior importância, para o desenvolvimento da fraternidade; há a troca de experiências e, portanto, a realização mais eficaz do auxílio mútuo. E há, nos Encontros, o sentimento vivo da unidade do Movimento. Com efeito, através dos Responsáveis presentes, era todo o Movimento no Brasil que se encontrava. E como foi significativo, na missa que encerrou o Encontro, aquele Pai-Nosso recitado pausadamente e com calor, os equipistas de mãos dadas. Como se tornam compreensíveis as palavras que lemos nos Atos dos Apóstolos a propósito dos primeiros cristãos: "Eram um só cor po e uma só alma" (At. 4, 32) .

Nancy e Moncau

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NOTíCIAS DOS SETORES

A COMEMORAÇAO DOS 25 ANOS -

Na Região Paraná

Realizaram-se em Curitiba, Londrina e Mafra-Rio Negro comemorações pela passagem dos 25 anos das Equipes no Brasil, com participação na Santa Missa e confraternização entre os equipistas. D. Albano Cavalin, Bispo Auxiliar de Curitiba, na ausência de D. Pedro Fedalto, fez-se presente através de Mensagem enviada ao Casal Responsável pela Região, Alice e Luís Pilotto, expressando os agradecimentos da Igreja pelo trabalho desenvolvido pelas Equipes de Nossa Senhora como fermento do Evangelho, em face dos testemunhos dados pelos seus integrantes, bem como a colaboração dada à Hierarquia nos seus vários planos pastorais. Na Guanabara

No dia 13 de maio, as equipes do Rio comemoraram as Bodas de Prata do Movimento com uma hora de oração, na Igreja de São Francisco Xavier, na Tijuca - onde se realizam habitualmente, nas últimas terças-feiras de cada mês, por iniciativa da e:quipe 29, as "horas de oração". Mais de 35 casais lotaram os bancos da capela lateral, "agradecendo os benefícios recebidos por estes 25 anos de Equipe, agradecendo o esforço e dedicação dos dirigentes, e, em especial, o sim dado pelo casal Moncau no dia 13 de maio de 1950 ao introduzir no Brasil as Equipes de Nossa Senhora." Em Brusque

Belíssima sob todos das Equipes no Brasil. bastante acentuado: com integrantes do Setor -

os aspectos a comemoração dos 25 anos O cunho espiritual, principalmente, foi a presença da quase totalidade dos casais equipes de Brusque, Guabiruba, Nave-30-


gantes e Itajaí - realizou-se a Santa Missa na capela-mor do Seminário de Azambuja, que foi pequena para acolher os familiares e convidados das Equipes, destacando-se casais cursilhistas e do Movimento Familiar Cri!l ~ ão. Cerimônia tocante, presidida pelo Conselheiro espiritual do Setor, Pe. Nelson Westrupp, contando com a participação do coral juvenil do Seminário de Azambuja. Na ação de graças, tivemos as palavras de incentivo do Casal Regional, Edy e Adherbal, com destaque para a importância da comemoração e do que o movimento das Equipes representou para muitas famílias brusquenses. Romilda e Osny, Responsáveis pelo Setor, não se esqueceram de convidar os casais brusquenses que já pertenceram ao Movimento e que se fizeram presentes, para alegria de todos. Após a Santa Missa, no salão principal do Seminário, foi realizada uma confraternização, constante de vários números de palco, onde foram focalizados aspectos relacionados com a vida de equipe: "Como não deve ser uma reunião de Equipe" e "Como deve ser", trabalho da Equipe 1 de Brusque, entre outros. A confraternização prolongou-se a seguir em torno dos do-ces, salgados e refrigerantes servidos aos presentes. Em Marília

Com uma missa especial em louvor de Nossa Senhora, durante a qual foi dada posse aos novos Casais Responsáveis e feita a renovação do Compromisso, comemorou o Setor de Marília a passagem do 25. 0 aniversário das Equipes no Brasil. Em Araçatuba

Maria do Carmo e Duílio, Responsáveis pela Coordenação de Araçatuba, enviaram à Carta Mensal, por ocasião dos 25 anos, notícias do Movimento naquela região, bem como da comemoração realizada na cidade: "No dia 1.0 de maio de 1961, Doris e Nelson Gomes Teixeira lançaram a 1.a equipe de Araçatuba e foram os seus pilotos. Dessa data a esta parte, a Coordenação que se formou conta hoje com 7 equipes em Araçatuba, 2 em Biriguí e 1 em Guararapes. E, em formação, a 3 de Biriguí, a 1 de Mirandópolis e a 1 de Clementina. A data, portanto, de 1.0 de maio, para as Equipes de Araçatuba tem um grande significado e, para comemorá-la, a Coordenação tem promovido encontros de confraternização, com a realização de pique-nique, etc.

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Este ano, para solenizar mais um aniversário e aproveitando-se também para festejar os 25 anos das Equipes no Brasil, a Coordenação programou um Encontro que teve a participação de cerca de 300 pessoas, entre equipistas e convidados, adultos e crianças. As comemc·rações tiveram início com a Santa Missa, concelebrada por seis sacerdotes. Foi lida aos presentes, reunidos em torno da Mesa Eucarís.ica, a mensagem do Côn. Caffarel quando esteve no Brasil pela primeira vez em 1957, mensagem esta estampada na Carta Mensal de março de 1975. E, na profissão de fé, todos juntos declararam: 'Creio em Deus Amor, Pai de todas as coisas, que criou o Mundo, para a felicidade de todos. Sei, com certeza, que Deus, por meio de Jesus Cristo, caminha no meio dos homens, nos entende e ajuda a crer, sofre e se alegra conosco. Sei que Ele nos deu a missão de participar ativamente da criação do mundo, através do Espírito Santo. Ele é força para nós e nos ajuda a cumprir a nossa tarefa. Amém.'" Em Taubaté

Para comemorar os 25 anos do Movimento no Brasil, a Equipe de Setor de Taubaté resolveu convidar para fazer uma palestra o casal que lançou, pilotou e ligou a primeira equipe da cidade. Assim, Monique e Gérard receberam de Celina e Rubens, Responsáveis pelo Setor, uma comovedora cartinha que dizia: "27 de agosto de 1961". Estão lembrados desse dia? Vocês estiveram em nossa cidade e lançaram a primeira semente, e o fizeram com tanto amor que Taubaté conta agora com 15 (quinze) equipes! Mais uma vez desejamos a presença do nosso primeiro casal piloto, queremos que venham conversar com os novos e rever os 'velhos', que falam com tanto carinho de vocês ... " Falar não é lá muito a nossa vocação, mas como recusar um convite tão carinhosamente formulado? Portanto, lá fomos nós, no sábado de 10 de maio, "matar as saudades" dos antigos e conhecer os novos! E, olhando para a nossa "platéia" na hora de dar a palestra, eram realmente muitas as fisionomias desconhecidas, confirmando que a semente, por obra do Espírito Santo, crescera, e muito ... Falamos sobre a razão de ser de estarmos reunidos em equipe: buscar o Cristo para levá-lO aos outros. Lembramos que, se muitas vezes a reunião nos deixa insatisfeitos, é porque fomos para lá sem aquele propósito único de buscarmos Aquele em nome de quem nos reunimos. E mostramos o quanto é importante que a reunião nos proporcione as condições de encontrar o Cristo, não só para nós, mas principalmente para todos os que -32-


esperam de nós que lhes revelemos esse Cristo: nossos filhos, nossos colegas de trabalho, os noivos, os outros casais, os casais em crise. Insistimos no nosso papel na Pastoral Familiar, principalmente agora, quando a instituição do casamento se vê ameaçada, e fizemos um apelo para que todos se dedicassem mais à preparação para o casamento, ao atendimento a casais em dificuldades e aos jovens. Depois da palestra, tivemos o churrasco mais gostoso que já comemos e o mais agradável, pois que saboreado em companhia de velhos e novos amigos - eram 66 equipistas, fora os inúmeros jovens e crianças. A seguir, uma surpresa: descobrimos que o dono do sítio onde se realizava o Encontro era o tradutor dos livros do Pe. Caffarel! Lamentamos não o ter conhecido alguns anos atrás, pois ele poderia ter conseguido uma dedicatória de próprio punho! Aliás o casal é algo de excepcional: Empresta o sít:o para tudo quanto é movimento de Igreja, jovens ou casais; contou-nos que lá estiveram alguns rapazes de uma paróquia da periferia de São Paulo fazendo retiro - em silêncio, vejam bem os que acham que silêncio "já era"! Agradecemos a Celina e Rubens a oportunidade que nos deram de contemplar os frutos dados pela árvore cuja semente Deus nos chamou a plantar num dia de agosto de 1961." Em Limeira

Recebemos de Berenice e José Augusto, Responsáveis pela Coordenação de Limeira, amplo noticiário, no qual contam das reuniões mistas, cuja tema foi o Edi~orial da Carta Mensal de abril - Evangelização -, e do dia de estudos realizado pela Coordenação para celebrar as bodas de prata das Equipes no Brasil. Foi no domingo 18 de maio, junto com a missa mensal da Coordenação. Utilizaram os próprios equipistas e assistentes para as palestras, que foram bastante proveitosas, entre as quais destacaram-se as de Eleni e Alvaro, sobre "A santificação do casal pelas Equipes", e do Pe. Arlindo, sobre o Espírito Santo presente na história da Igreja. "Foi maravilhosa" essa última palestra, segundo contam Bere e José Augusto: "durou 1h40, entremeada de leituras da Bíblia e cânticos apropriados". AS EQUIPES NA PASTORAL ARQUIDIOCESANA -

Ribeirão Preto

Transcrevemos a carta do Casal Respon~ável pelo Setor, Maria Elisa e Mestrlner, aos equipistas de Ribeirão:

Queridos irmãos, companheiros de Equipe: Que a paz de Deus, nosso pai, e a proteção de Maria, nossa mãe, estejam com vocês, seus f1lhos, e toda a sua família!

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Depois de termos nos reunido para a "Noite de Trabalho" em que discutimos o "Repartir os Dons", vamos rememorar o que fizemos lá e refletir sobre o que ainda podemos fazer "repartindo dons" ... Após os primeiros momentos, sempre tão alegres, de encontro entre casais das várias equipes - quando nunca faltam brincadeiras e novidades -, estivemos reunidos em Recolhimento e Oração, sob a orientação do nosso querido Pe. J acob. Em seguida, nos dividimos em grupos para estudar e discutir os Objetivos da Pastoral Arquidiocesana, já que o motivo de nosso encontro era justamente promover "a inserção das Equipes na comunidade" a que pertencemos. Esse estudo levou-nos à conclusão que o Movimento das Equipes de Na. Sra. já tem alguns pontos de inserção na comunidade a serviço da Pastoral, uma vez que, em cada um dos três Objetivos da mesma, contamos com alguns trabalhos organizados, estruturados, ou em funcionamento. Assim, com relação ao 1.0 Objetivo, "Intensificar a vida comunitária na Igreja e a integração das pessoas em estruturas cada vez mais adequadas da Igreja particular e local", nosso trabalho já existente consiste na formação de Equipes Novas e nos Cursos para Pilotos e ligações. Quanto a suscitar e alimentar novas comunidades e delas participar, com muita alegria pudemos constatar, no plenário final, que muitos casais equipistas já são animadores de comunidades outras, quer em trabalhos de periferia, quer na Pastoral de Juventude. Com relação ao 2.0 Objetivo, "Promover a formação e ação dos leigos com vistas à sua missão própria na comunidade eclesial e no mundo, para que se tornem agentes de pastoral", está sendo estruturado, e deverá concretizar-se ainda este ano, o "Estudo dos Ministérios da Igreja"; há também equipistas que já exercem missão profética; além disso, dentro deste objetivo situa-se a Pastoral Familiar, da qual devemos fazer parte pelo simples fato de pertencermos às Equipes. Chegamos, pois, à conclusão que, na medida do possível, cada casal deve engajar-se em pelo menos um dos serviços dessa Pastoral, ou, segundo a sua vocação, oferecer seus préstimos para organizar os que ainda não estão estruturados. Vima.s que fazem parte da Pastoral Familiar os seguintes trabalhos apostólicos: I - Dentro dos Movimento das Equipes (trabalhos internos) : ser Casal Piloto, ser Casal Ligação, exercer Missão Profética, trabalhar na Elaboração de Temas de Estudo, tr balhar para o "Equipista". -34-


li - Fora do Movimento das Equipes (trabalhos externos): Semanas de Família (já organizados); Encontros com Noivos (já organizados); Encontros de Casais (já organizados); Trabalho com Mães Solteiras (por organizar); Reajustamento Conjugal (por organizar); Trabalho na Periferia (em fase de organização); Círculos Familiares (por organizar); Círculos Paroquiais (já organizados); Trabalho com Recém-Casados (por organizar). O 3. 0 Objetivo da Pastoral Arquidiocesana, "Promover a presença e atuação profética da Igreja no atual momento brasileiro", abrange desde o trabalho de conscientização social que se faz nas Campanhas da Fraternidade, até a utilização dos meios de comunicação (Atividades intelectuais) e o serviço de promoção humana nos vários ambientes, bem como os trabalhos de conscientização profissional. Dentro deste objetivo, as equipes de Ribeirão Preto já atuam através do "Equipista" e pretende-se realizar estudos sobre temas a respeito da realidade de Ribeirão Preto e nossas possíveis tomadas de posição. Falta-nos ainda maior atuação na Linha de Promoção Humana e na formação de grupos ambientais. Depois de termos estudado tudo isso em grupos, separamo-nos para um balanço de vida a dois: cada casal partiu para um "cochicho", em que conversou sobre os serviços que já presta à pastoral, e estudou a possibilidade de novos engajamentos.

A seguir, na assembléia final, que também foi precedida por uma meditação, tivemos uma co-participação geral. Foi muito bom, porque cada casal citou os serviços que já presta e alistou-se para novos serviços. Dos presentes, 50% já estavam engajados e, os outros, em sua quase totalidade, inscreveram-se nos vários serviços organizados ou por organizar-se. O maior número optou por "Encontros de Noivos" e "Trabalhos de Periferia". Essas inscrições já foram encaminhadas para os respectivos órgãos de serviço ou para os grupos de planejamento, e daí resultará a convocação dos elementos. Nessa "Noite de Trabalho" ficamos nos conhecendo melhor, sabendo quais os trabalhos que fazemos ou podemos fazer juntos, e chegamos à conclusão que podemos fazer muito mais se trabalharmos unidos. Certamente foi o movimento das Equipes que, por ser MOVIMENTO, nos desinstalou e levou-nos a extravasar a espiritualidade que conseguimos nas reuniões. É ele também que nos pode proporcionar entrosamento e diálogo, dos quais resultarão frutos mais animadores. Se vocês, estão engajados em qualquer um dos servicos organizados da pastoral ou, se pretendem organizar algum dos que ainda não estão funcionando, juntem-se a seus companheiros equi-35-


pistas, para que, juntos, vocês produzam mais e se amparem pelo auxílio-mútuo. Aos casa.s engajados foi solicitado que se reunissem periodicamente (sem obrigatoriedade, mas espontaneamente) para trocarem exper~ ências e planejarem em comum suas atividades. Se vocês, por qualquer circunstância, ainda não partiram para o exercício de uma missão organizada, experimentem começar, pois, junto aos companheiros mais experientes, seu caminhar será tranqüilo e compensador. Partic:pem, na próxima reunião de sua equipe, ao casal responsável, a sua opção de atividade apostólica - e o Setor os encaminhará para o trabalho. Não cabe às ENS, como Movimento, organizar serviços de pastoral, mas é função delas encaminhar seus elementos para os vários serviços já existentes e fornecer a esses elementos os meios de estudo, espiritual'dade e auxílio-mútuo que irão assegurar eficácia a seus trabalhos. Experimentem levar para a reunião de sua equipe, no momento da co-participação, suas alegrias, preocupações e planos dentro do serviço pastoral que vocês exercem! Dessa forma, colocando em comum luzes e sabor, seremos mais Luz e mais Sal. É caminhando juntos, de mãos dadas, que faremos das equipes realmente um movimento a serviço do Cristo e da sua Igreja!

PRIMEIROS ECOS DA SEMANA DA FAMILIA -

Taubaté

Escreve-nos o Responsável do Setor:

Agora que terminou, estamos refletindo sobre o que foi feito. O trabalho nas escolas teve um resultado inesperado, que nos está dando muito que pensar: lemos entrevistas de cortar o coração, de alunos que não podem dialogar com os pais e responderam sozinhos, num grande desabafo. . . Comoveu-nos a aflição de uma professora, que passou três noites sem dormir, pensando: "todos esses anos, e eu desconhecia essa situação . . . " Toda essa juventude largada, sem apoio, sem amor - estamos muito preocupados: de que forma poderemos dar amparo a tantos jovens carentes de tudo? Como a Escola de Pais em Taubaté não foi adiante, vamos esperar as respostas dos professores ao relatório de avaliação para podermos elaborar um plano de trabalho junto às Associações de Pais e Mestres das escolas. Consola-nos o fato de os professores terem agora consciência da situação e de os alunos terem se aberto com eles, diante da

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classe toda. Talvez, para esses jovens carentes de compreensão c tudo o mais, o mestre venha a ser o guia que não encontram no lar. Nem tudo é assim tão desanimador: lendo as entrevistas, também tivemos a alegria de sentir que para muitos houve diálogo com os pais - para outros, a gente percebe que foi o começo, a primeira vez ... Outra coisa ainda. Santos atendeu ao nosso pedido de ajuda. Pena que quando chegou o material solicitado já tínhamos feito duas reuniões com D. Couto e com os cursilhistas e já estávamos com o planejamento pronto. Mas parece-nos que, se Nosso Senhor permitiu que a pasta de Santos, com todo o trabalho maravilhoso que fizeram, chegasse atrasada, é porque Ele, sabendo dos nossos parcos recursos, não queria que recebêssemos tudo já pronto, mastigado: não exigiria o esforço, o trabalho criativo, o entusiasmo e as noites mal dormidas que exigiu . .. Assim, o que foi feito aqui, em termos bem mais modestos, custou a todos muito despojamento! Mas a pasta de Santos não foi arquivada: está sendo levada de equipe em equipe, para que todo·s possam tomar conhecimento desse extraordinário trabalho realizado em Santos. MUTIRAO -

Londrina

As equipes de Londrina, em fa se de se constituírem em Coordenação de 1.0 grau, realizaram, conjuntamente com a Região Paraná, um Mutirão dedicado aos temas o casal piloto e o casal de ligação, no sábado e no domingo, respectivamente. Os sacerdotes, Pe. Orides e Pe. MarcoUno, abordaram os assuntos sob o áspecto da vocação, amparados em citações bíblicas, e os casais Marina-Caio Simões e Nilza-Nelson Bueno, dentro da dinâmica do Movimento. O Casal Regional, Alice e Luís Pilotto, realizou palestras esclarecedoras sobre a estrutura e a mística das Equipes de Nossa Senhora. Ponto alto do encontro, a visita que D. Carmine Rocco, Núncio Apostólico no Brasil, em missão oficial em Londrina, fez às Equipes naquela oportunidade. Compareceu ao Seminário onde se realizou o mutirão, acompanhado por D. Geraldo Fernandes, arcebispo de Londrina, e seu Bispo Auxiliar, tendo se dirigido aos presentes com a palavras de congratulação por aquela dispcnibiJ.idade de se dedicarem os casais ao Cristo, ressaltando o grande papel das ENS no trabalho de leigos, especialmente em favor da espiritualidade conjugal e familiar.

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VIOVAS EM AÇAO -

Marília

O Boletim relaciona os trabalhos realizados pelas viúvas das duas equipes, durante o ano de 1974. Além das visitas às viúvas, que fazem parte do seu apostolado sistemático, participaram do Curso de Promoção Humana, dedicaram-se à confecção de enxovais de bebês para as maternidades da cidade, e fizeram campanhas para a aquisição de fundos para o Sacrário, de latas de tinta para a pintura da Catedral, aquisição de paramentos, aquisição por intermédio do Governo Estadual de 2 cadeiras de rodas para um lar de velhos, contribuição para um Clube de Mães, auxílio na compra de camas, auxílio em gêneros alimentícios, pagamento de conta em farmácia para uma família necessitada, contribuição da sobremesa para 92 velhinhos do lar São Vicente de Paulo, visitas ao lar com lembranças de Natal para as Irmãs e os velhos, Novena do N atai em residências, com palestras. MUTIRÃO -

Guaratinguetá

Com a participação de 45 casais, realizou-se no Seminário Frei Galvão um Mutirão em Guaratinguetá. Fc·i uma nova experiência, com sucesso, vivida pelos equipistas da Região, pois o Mutirão foi realizado em apenas um dia. ENCONTRO REGIONAL DOS PADRES ASSISTENTES do Paraíba

Vale

Na tarde do dia 7 de maio, 23 Padres Assistentes de equipes da Região SP /E se reuniram no Convento do Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté. O encontro dividiu-se em duas partes: na primeira parte, Padre Aquino proferiu uma palestra sobre a "Importância do Conselheiro Espiritual na Vida da Equipe" e, na segunda parte, com a presença dos casais responsáveis dos setores e coordenações da Região, Frei Estêvão, com excelente motivação, conseguiu "arrancar" dos presentes opiniões francas !>obre o relacionamento Equipe e Conselheiro Espiritual. Entre a primeira e a segunda parte foi servido um pequeno jantar. Participou também do Encontro o Bispo Coadjutor de Taubaté e Conselheiro Espiritual do Setor, D. José Antonio do Couto. ENCONTRO REGIONAL DOS COLABORADORES DOS CURSOS DE NOIVOS - Vale do Paraíba

No dia 24 de maio, mais de cinqüenta pessoas se reuniram nas dependências do Convento do Sagrado Coração de Jesus, para

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ouvir do Tusa alguma coisa sobre os Cursos de Noivos. Esse Encontro também foi dividido em duas partes: na primeira, falou-se sobre a importância dos cursos de noivos como apostolado dos equipistas na vida paroquial e, na segunda, sobre a organização e os métodos dos Cursos de Noivos. DEUS CHAMOU A SI

- Alzir Sodré, da Equipe 5 de Niterói. Transcrevemos do Boletim da Guanabara: "Através do sofrimento, chegou à luz, onde não há mais pranto nem dor. A Ciléia, nossa fraternal solidariedade nesta hora difícil. Desejamos-lhe a Paz de Jesus Cristo, enquanto rezamos pelo casal, agora separado fisicamente, mas, certamente, mais unidos do que nunca na fé e na Comunhão dos Santos." -Geraldo Faber, da Equipe 4 de Limeira. Do Boletim: "Foi para o Pai, um exemplo de fé, em meio a grandes dores. Deixa a esposa Lourdes e 5 filhos. Dele nos despedimos com uma missa de corpo presente, ccncelebrada por 3 sacerdotes, na paróquia de Sta. Terezinha, da qual participava desde a sua fundação. Trabalhava nos encontros de noivos, nos cursilhos e em obras sociais. Deu tes temunho em todos os setores: no lar, no trabalho, nas atividades paroquiais, na oração, na dedicação aos outros." NOVAS EQUIPES

Bauru- Equipe n. 0 12, de "Nossa Senhora do Bom Parto"7 casais - Conselheiro Espiritual, Pe. Herman Vos - Casal Piloto: Lourdes e Gimenes. Limeira - Equipe n. 0 7 - 7 casais - pilotada por Alice e Altilino. Niterói - Equipes n. 0 s 8 e 9.

ENCONTRO REGIONAL DOS EQUIPISTAS DA REGIÃO SP/E O Casal Regional, !rene e Dionísio, convida todos os equipistas a comparecerem ao encontro regional que será realizado em São José dos Campos, no dia 17 de agosto próximo (domingo). Informações mais detalhadas poderão ser colhidas com o Casal Regional e com Maria Helena e Falcão, Responsáveis pelo Setor de São José dos Campos.

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ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REUNIÃO Neste mês em que iniciam a sua gestão os novos Casais Responsáveis, o Cristo nos lembra que toda responsabilidade tem uma dimensão de serviço. TEXTO DE MEDITAÇÃO -

Lucas 22, 24-27

Surgiu também entre eles uma contenda sobre qual deles seria o maior. Jesus lhes disse: "Os reis das nações as comandam e os que exercem autoridade sobre elas se fazem chamar de benfeitores. Que convosco não seja assim; ao contrário, o maior dentre vós se comporte como o mais jovem; e aquele que comanda, como aquele que serve. Qual é o maior, na verdade: quem está à mesa ou quem serve? Não é acaso quem está à mesa? Quanto a mim, eu estou no meio de vós como aquele que serve!

Maria é modelo de humildade, de disponibilidade e de serviço. Procuremos imitá-la. ORAÇÃO LITúRGICA

Santa Maria, Mãe de Deus, conservai-me um coração de criança, puro e transparente como a fonte. Dai-me um coração simples, que não saboreie as tristezas; um coração pronto em se dar, terno e compassivo; um coração fiel e generoso, que não esqueça nenhum bem e não guarde rancor de nenhum mal. Fazei em mim um coração doce e humilde amando sem pedir retribuição, alegre em se apagar em outro coração ante vosso divino Filho; um coração grande e indomável que nenhuma ingrai.idão possa fechar, que nenhuma indiferença aborreça; um coração atormentado pela glória de Jesus Cristo, fer: do por seu amor e cuja ferida só no céu possa curar.

L. de Grandmaison -40-


EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade ~onjugal e familiar

Revisão, Publica ção e Dist ribuiçã o pela Secrer,aria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 04 538 -

Avenida Horácio Lafer, 384 SAO PAULO, SP

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Te!.: 210-1340

somente para distribuição interna -


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