ENS - Carta Mensal 1975-8 - Novembro

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NC? 8

1975

Novembro

Editorial A mulher na sociedade contemporânJa Nisto consiste o amor

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Um grilo de alerta: a droga ..... . Aprendendo a viver sem o outro ..

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Juntos

A janela da am:zade .......... .. ..

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Radiografia de duas equipes ...... .

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Dois casais brasileiros em Paris . .

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Notícias dos Setores Mutirão em Marília

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Oraç2o para a próxima reunião . . . . . . . . . . . .

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EDITORIAL

ABRA O SEU CORAÇÃO E ORE

Meu caro amigo, Ao pegar da caneta para responder às suas perguntas sobre a maneira de orar, uma lembrança me vem à memória. Passeando no meio da mata, durante um retiro, avisto, por entre as árvores, o vulto de um homem que faz o retiro. Sua atitude me impressiona: está de pé, completamente imóvel, com os olhos fechados e as mãos abertas diante do busto. Eu o olho, e ele me parece uma prece viva. A oração emana dele, e me convida a rezar. Fecho meu livro - esse homem diante de mim é melhor que um livro de meditação! E fico pensando: a seiva sobe pelas árvores da mata; dos troncos passa para os ramos; cada ramo, cada caule, cada folha se abre à passagem, ao impulso da seiva. Este homem , também, sem dúvida nenhuma, é, todo ele, acolhimento ao Espírito Santo, que sobe do fundo de seu ser para produzir frutos de oração. Fique certo, meu amigo, de que o Espírito Santo age, no mais profundo de seu ser, como uma seiva poderosa. Abra-se. Coloque-se numa atitude interior de fé em sua presença, de adesão à sua atividade misteriosa: Assim você estará acolhendo, na sua intimidade, o impulso do Espírito Santo que quer atingir todos os ramos, isto é, todas as suas faculdades. Abra a sua inteligência através do recolhimento, ou pela meditação de uma página do Evangelho, ou pela "degustação" de uma palavra do Senhor; e o pensamento de Deus o penetrará e produzirá em sua inteligência frutos de luz. Abra plenamente seu coração, fazendo atos simples de amor ao Pai, ou ao Filho, ou ao Espírito Santo, ou a toda a Trindade, e o amor do coração de Deus invadirá seu coração. -1-


Abra sua imaginação, esvaziando-a de tudo o que a atravanca; é possível que então você compreenda, com uma clareza inesperada, um certo comportamento do Cristo, um aspecto d.e sua fisionomia. Abra sua sensibilidade a esse mesmo impulso interior e talvez Deus, por sua graça, desperte nela o fervor, ou talvez Ele a deixe ficar despojada, mas em paz. Ofereça seu corpo inteiro para que o Espírito Santo, pouco a pouco, o consagre e faça dele uma "hóstia viva, santa, agradável a Deus", segundo as palavras de São Paulo, em sua carta aos Romanos (12, 1). Abra-se, abra-se sempre mais, no mais profundo do seu ser, ao impulso poderoso e urgente do Espírito de Jesus Cristo que quer invadi-lo, assaltá-lo, apoderar-se de você para o transformar e fazer dar frutos abundantes de oração. Não se ponha tenso, não se esforce por experimentar, pot sentir nada. Simplesmente acredite e entregue-se. Um santo é um homem que se abriu no centro de seu ser. A partir desse momento ele é apenas uma passagem onde se lança e se difunde a própria Força que conduz o universo para sua consumação e sua consagração, quando o Cristo vier, em sua · glória, criar um novo céu e uma nova terra, para . uma humanidade purificada, santificada, transfigurada. HENRI CAFFAREL (Traduzido dos "Cahiera sur l'Oraison'')


A PALAVRA DO PAPA

A

MULHER

NA

SOCIEDADE

CONTEMPORÂNEA

A Igreja está diretamente interessada nos problemas relativos à presença e à função da mulher na sociedade contemporânea a todos os níveis. Precisamente por este motivo, constituímos uma Comissão especial para o estudo dos problemas da mulher. De fato, não Nos passa despercebido, como também a nenhum outro observador dos acontecimentos contemporâneos, o processo de transformação sócio-cultural, que trouxe uma notável mudança da posição e das funções da mulher. A passagem, relativamente rápida, de uma sociedade prevalentemente agrícola para um novo tipo de sociedade caracterizada pela industrial:zação, com os conseqüentes fenômenos do urbanismo, da mobilidade e da instabilidade da população, da transformação da vida doméstica e das relações sociais, colocou também a mulher no centro de uma crise das instituições e dos costumes, até agora não solucionada, que se fez sentir sobretudo nas relações familiares, na missão educadora, na própria identidade da mulher como tal e na sua maneira peculiar de se integrar na vida social mediante o trabalho, as amizades, as obras assistenciais, o des~ canso. Até mesmo o espírito religioso e a conseqüente prática sofreram a influência deste fato. Por tudo isto encontramo-nos hoje perante alguns fenômenos de vasta ressonância: especialmente a igualdade da mulher e, mais ainda, a sua crescente emancipação em relação ao homem; uma nova concepção e interpretação das suas funções de esposa, mãe, filha, irmã; o seu acesso, em medida cada vez maior e num plano de especialização cada vez mais vasto, ao trabalho profissional; a -sua acentuada tendência a preferir trabalhos fora do lar, não sem prejuízo das relações conjugais e, principalmente das educação dos filhos, que se encontram por conseqüência precoéemente emancipados d~ autoridade dos pais e particularmente da autoridade da mãe.

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É evidente que nem tudo deve ser considerado negativo neste novo estado de coisas. Pelo contrário, num contexto deste gênero, talvez possa tornar-se mais fácil à mulher de hoje e de amanhã aplicar plenamente todas as suas energias. As próprias experiências erradas destes anos poderão ser úteis, se vierem a afirmar-se na sociedade os princípios genuínos da consciência universal, para alcançar um novo equilíbrio na vida doméstica e social.

O verdadeiro problema consiste, precisamente, no reconhecimento, no respeito e, onde seja necessário, no restabelecimento dos mesmos princípios, que constituem também valores insubstituíveis da cultura de um povo civilizado. Recordamo-los brevemente. Citamos em primeiro lugar a diferenciação funcional, mesmo na identidade de natureza, da mulher em relação ao homem: por consegüinte, a originalidade do seu ser, da sua psicologia, da sua vocação humana e cristã; e até a sua dignidade, que não deve ser ofendida, como hoje acontece com freqüência nos costumes, no trabalho, na promiscuidade indiscriminada, na publicidade, nos espetáculos; incluamos também o primado que possui a mulher em todo o campo humano onde se encontram mais diretamente os problemas da vida, do sofrimento, da assistência, sobretudo na maternidade. Portanto, se quiséssemos esquematizar estas simples referências ao desenvolvimento da posição feminina na sociedade renovada, poderíamos fazê-lo da seguinte maneira: - fazemos votos sinceros para que sejam reconhecidos à mulher plenos direitos civis, como ao homem, se ainda o não foram; - que venha a ser realmente possível exercer cargos profissionais, sociais e políticos, tanto ao homem como à mulher, segundo as próprias capacidades pessoais; - que não se ignorem as prerrogativas próprias da mulher na vida conjugal, familiar, educativa e social; pelo contrário, que as mesmas sejam honradas e proteg:das; - que se promova e defenda a dignidade da sua pessoa e do seu estado de solteira, casada ou viúva, e que lhe seja dada a assistência de que tem necessidade, particularmente quando o marido está ausente, impossibilitado de trabalhar ou encarcerado, isto é, quando não está em condições de desempenhar o seu dever no ambiente da família. Todos estes princípios e valores, onde quer que sejam respeitados, garantem à mulher a sua autêntica, única e inigualável grandeza.

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Conforme dissemos noutra ocasião: "Para Nós a mulher é reflexo de uma beleza que a transcende; é sinal de uma bondade que parece não ter limites; é espelho do homem ideal, como Deus o concebeu, à Sua imagem e semelhança. Para Nós, a mulher é a visão de pureza virginal, que restaura os sentimentos afetivos e morais mais elevados do coração humano; para Nós, é a aparição, na solidão do homem, da sua companheira, que conhece a entrega suprema de amor, os recursos da colaboração e da assistência, a fortaleza da fidelidade e da laboriosidade, o heroísmo habitual do sacrifício; para Nós, é a mãe - inclinemo-nos -, a fonte misteriosa da vida humana, na qual a natureza continua a receber o sopro de Deus, criador da alma imortal. .. ; para Nós, é a humanidade, que tem em si a mais perfeita aptidão para a atração religiosa, e que, quando a segue sabiamente, se eleva e sublima a si própria na expressão mais genuína da feminilidade; e que, portanto, cantando, rezando, palpitando, chorando, parece convergir naturalmente numa figura única e suma, imaculada e dolorosa, que uma Mulher privilegiada, bendita entre todas, foi destinada a realizar, a Virgem Mãe de Cristo, Maria." (Discurso à Sociedade Italiana de Obstetrícia e Ginecologia, 29 de outubro de 1966). Para muito além do alcance das condições e dos problemas que se apresentam a nível sociológico, o Nosso ministério apostólico indica a todos, em chave teológica e espiritual, como ponto de referência para resolver até muitos problemas terrenos, familiares, sociais, aquela Criatura à qual o próprio Cristo, seu Filho, deu diversas vezes o nome, tão significativo, de "Mulher". E o Nosso ministério gostaria de encorajarar a mulher de hoje a olhar para o Modelo da justa promoção feminina, resplandecente de uma beleza autêntica e de uma santidade sem mácula.

(Discurso aos participantes no XXV Congresso Nacional da União dos Juristas Italianos realizado sobre o tema "A mulher na sociedade atual")

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NISTO CONSISTE O AMOR

Quando Nosso Senhor surgiu no me~o dos judeus, todos esperavam que Ele fosse um grande conquistador, e que através de lutas assegurasse ao povo hebreu dias melhores, de fartura e de vingança. Talvez houvesse muita decepção, o entusiasmo refreado na descoberta da verdade, a grande mensagem de amor de que o Cristo era portador. Deus mandou ao mundo seu Filho único, a fim de que, por ele, recebêssemos a vida. Nisto consiste o seu amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e mandou seu Filho Jesus como expiação dos nossos pecados (1 Jo 4, 9-10). Ainda hoje mu:tos pensam como os judeus antigamente, desejam um Cristo solícito às suas ambições, um Cristo pessoal, exclusivo para o seu uso. Um grande quebra-galhos. Outros o consideram um grande talismã. Muitos estão esquecidos de que o amor de Deus exige o amor ao próximo. Somente o amor é condição para a união com Deus e quantos não amam porque não conhecem a Deus ou fingem desconhecê-lo, para viverem acomodados. Deus quer que nos amemos uns aos outros, como ele nos ama, mas que este mor não seja só de boca, nem de língua, mas de atos e de verdade. Façamos da ação um complemento de nossa oração, para nos identificarmos como filhos de Deus. Quem não consegue amar permanece na morte; quem não consegue se comover com o sofrimento alheio e quem não consegue se alegrar com a alegria do próximo é porque seu coração está vazio do amor de Deus. Não podemos amar a Deus e detestar o irmão. Não podemos rezar somente de mãos postas, mas também de mãos dadas. Abramos nossos braços, estendamos nossa mão, sejamos o primeiro a sorrir, o primeiro a dialogar e amar e o primeiro a perdoar. São João nos diz que se alguém se ufana de amar a Deus e detesta seu irmão, ele mente. Pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, não é possível que ame a Deus, a quem não vê (I Jo 4, 20). Não podemos nos envergonhar do testemunho que devemos dar de Nosso Senhor. Há tantas dificuldades a vencer ao aceitar ser servidor do Senhor. Nossa conversão se fará conscientemente no conhecimento da verdade. Deus ama a quem dá com alegria, como diz São Paulo: quem semeia pouco, colherá pouco; quem semeia em abundância, colherá em abundância (2 Cor 8, 7-15).

Tereza e Edny Equipe nl' 4 -

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Petrópolis


UM GRITO DE ALERTA: A DROGA

(Da C. M. francesa)

A droga, para muitos de nós, não passa ainda de um tema de filme. Para alguns, infelizmente, é um drama em sua existência . Assim para Pierre e Paulette. Este drama os colheu de surpresa; sofreram muito; é por isso que quiseram nô-lo dar a conhecer para nos pôr em guarda, para nos abrir os olhos.

Pierre e Paulette, quero antes de tudo agradecer a vocês por nos terem concedido esta entrevista, que os obriga a revolver recordações dolorosas. Deixo-lhes a palavra para nos pôr a par dos fatos. Respondemos de boa vontade a seu pedido, na esperança de que este testemunho possa ajudar os pais que se defrontam com o mesmo problema por nós vivido e alertar outros, cujos filhos estão ameaçados sem que o suspeitem ... Há dois anos, nosso filho mais velho, J ean-Pierre, de 18 anos, era aluno do Liceu de Belas-Artes. Vínhamos reparando que ele não estava no seu estado normal, mas nem de longe suspeitávamos da causa. Certo dia, após uma noite na companhia de amigos, na qual tinha absorvido haschich e pastilhas de LSD, teve uma crise, e saiu sem que os outros pudessem retê-lo. As 10 horas da manhã, atirou-se sob um primeiro automóvel, sem conseqüências, e, em seguida, sob um segundo, que o matou. Não tinha documentos com ele. Só fomos informados no dia seguinte e convidados a ir reconhecer seu corpo no necrotério. . . Eis os fatos na sua brutalidade.

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Vocês não desconfiavam de nada? Tínhamos pressentimentos, mas muito vagos, não tendo então as informações que agora são de nosso conhecimento. Alguns meses antes, Jean-Pierre tinha-me chamado em particular para me dizer : "Sabe, papai, eu experimentei o hachich; não conte a mamãe; aliás não continuei." E como eu perguntasse por que, ele me disse: "Você sabe, no Belas-Artes, para v:er a pintura de um certo modo, a gente precisa de estímulos . .. " A conversa tinha ficado nisso. Mas perguntamos agora a nós mesmos se Jean-Pierre não nos estaria alertando para que pudéssemos recuperá-lo.

Penso que, para vocês, infelizmente, a prov ação não ficou nisto. Com efeito, Michel, o segundo de nossos filhos, participava daquela reunião. Tinha saído mais cedo para encontrar-se com um amigo e partir com ele em gozo de férias. Conseguimos localizá-lo e avisá-lo da morte do irmão. Só pôde chegar depois dos funerais. Foi para ele um choque. Consentiu em deixar-se tratar e desintoxicar numa clínica especializada, porquanto tinha tentações de suicídio. Mas, depois que teve alta, ficou muito perturbado e difícil de suportar, tanto que não nos foi possível tê-lo por muito tempo em casa, por causa de suas três irmãs mais novas. Saiu em tratamento de consolidação, quando teve altos e baixos. Acabou fugindo e, desde então, arrasta a sua instabilidade em lugares diversos. Apenas pudemos conseguir que mantivesse contato conosco por telefone e nos pusesse a par de seus deslocamentos. Continua a ser nossa preocupação permanente .. .

Mas vocês não se deixaram fica1' nesta preocupação pessoal. Ela os levou a empreender uma ação. Podem nos dizer algumas palavras a respeito? O ponto de partida foi uma idéia bem nítida: ajudar aqueles que se dedicam a jovens na mesma situação de nosso filho Michel. No dia em que esta idéia se firmou , sabíamos que íamos entrar numa engrenagem. Refletimos, pesamos os prós e os contra, rezamos, consultamos a nossa equipe e o nosso conselheiro espiritual. E pusemos mãos à obra. Primeira ação: arrecadar dinheiro para o centro de recuperação onde estava o nosso filho. É preciso saber que este tipo de centros é fruto da iniciativa privada e não recebe subsídios do Governo (depois, um pequeno auxílio foi dado) . Escrevemos, ainda, uma carta contendo o nosso testemunho e a enviamos por nossa conta a todos os pais de nossa cidade. Depois, os jornais locais se interessaram. Recebe-

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mos donativos, que transmitimos ao Centro de recuperação onde Michel se encontrava, mas também numerosos apelos de pais desamparados. Isto nos levou a uma segunda ação. Como ajudar essas pessoas que nos procuravam? Recorremos ao Centro DIDRO (1), que já nos tinha ajudado, para nos apoiarmos nele e saber o que fazer. É assim que nos dedicamos, no nosso tempo livre, a dar informações sobre o problema da droga. Depois, sempre com o Centro DIDRO e alguns pais interessados como nós, pensamos numa associação que agrupasse os pais que estivessem na mesma situação que nós, mas também todos aqueles que se preocupassem com o problema: é assim que teve origem o C.L.I.F. (2). Sua finalidade: dar apoio a pais a braços com o problema, mas também fazer pressão sobre o poder público para que não se desse por satisfeito com a prevenção mas se preocupasse igualmente com os jovens intoxicados. Esta ação sobre o poder público pressupõe um número grande de interessados, e como a nossa associação está na fase experimental, não sabemos ainda no que irá dar. Em conclusão, eu quisera dizer o seguinte: muitos de nossos amigos, principalmente nas Equipes, estão muito próximos de nós pela oração, mas eles se retraem quando se trata de ação: desejariam sem dúvida agir, mas não sabem como. Pergunto então: ante as múltiplas angústias que nos cercam, podemos contentar-nos com orações? Temos nós certeza que Deus não nos pede mais alguma coisa? Não temos que nos engajarmos, neste campo ou em outros, para ajudar os mais desfavorecidos, os desajustados de todas as maneiras? Pelo menos cabe-nos procurar informações objetivas. Para nós, a morte de Jean-Pierre e o espetáculo da desagregação psicológica e moral de tantos e tantos outros jovens de sua idade são um terrível requisitório contra a nossa sociedade: que sociedade é esta, para levar ao desespero estes jovens que, para dela fugir, se atiram na droga? Realmente, alguma coisa não funciona. Por pouco que adiante, com as nossas pequenas possibilidades, com momentos de desânimo em que perdemos por vezes o fôlego, esforçamo-nos por levar avante uma ação concreta sobre este ponto bem preciso no imenso campo da miséria humana. Gostaríamos que muitos casais se juntassem a nós ...

Nota do entrevistador - Antes de nos encontrarmos com Pierre e Paulette, tínhamos assistido, em casa de um casal, a um (1)

Centro de Documentação e Informação sobre a Droga.

(2)

Comitê de Ligação e de Intervenção das Familias.

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longo debate entre responsáveis de Centros que acolhiam jovens depois de sua cura de desintoxicação. Foi posto em evidência, como um fato deduzido da experiência, que, para além da ação médica necessária, estes jovens tinham necessidade de pequenas comunidades onde pudessem encontrar amizade humana e, eventualmente, ajuda espiritual, únicas capazes de os arrancar definitivamente ao mundo da droga, ajudando-os a se reconciliarem consigo mesmos e a se refazerem interiormente. Estas pequenas comunidades de acolhimento têm necessidade de ajuda material e moral: uma associação está agora se fundando para lhes proporcionar esta ajuda.

NOTA DA REDAÇAO: O Centro DIDRO (Documentação e Informação sobre a Droga) e o C.L .I.F. (Comitê de Ligação e de Intervenção das Fami!ias) são entidades em funcionamento na França, cujas finalidades ficam bem claras no testemunho acima. Se alguém desejar informações adicionais ou receber a brochura publicada pelo Centro DIDRO, "Pais e Educadores diante da Droga ", poderá escrever para o Centro : 227, rue Saint-Jacques - 75005 Paris. Lembramos que a Carta Mensal de agosto de 1971 publicou amplo material sob o titulo "Entorpecentes" e que, em São Paulo, pode se procurar o Instituto Social Morumbi, no Colégio Santo Américo - Caixa Postal 4331.

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APRENDENDO A VIVER SEM O OUTRO

Com o acordo das interessadas, Malvina e Edgard, pilotos da Equipe de Viúvas do Rio de Janeiro, enviaram-nos as respostas das equipistas ao questionário de balanço, realizado após 7 meses de vida em equipe. Delas colhemos valiosos testemunhos. Marcados de sofrimento, de coragem e de fé, lembram-nos que só o Cristo pode transfigurar a dor e convencem-nos mais uma vez de que a vivência cristã em equipe é um poderoso estimulo para superar as provações.

- "Quando me convidaram para entrar na Equipe de Viúvas, estava num verdadeiro caos mental e espiritual, embora pedindo a Deus que me ajudasse. Minhas crises de 'fossa' e desnorteamento não desapareceram inteiramente e acho que isto ainda vai durar, mas o método da Equipe e a melhor compreensão de seu trabalho muito me têm ajudado interiormente, assim como na vida diária. Também a convivência com o grupo me dá alento e me ens!na a olhar mais para o que se passa com os outros." - "A vida em grupo ajuda, e muito. As vezes, à noite, vencida pelo cansaço e pelas preocupações das tarefas do dia seguinte, vem a tentação de deixar de lado a meditação e a leitura. Mas a lembrança do grupo e de que as outras também estarão cumprindo as suas obrigações me traz estímulo para rezar e meditar e para crescer no Amor de Deus. Aquela troca que é feita do que nos aconteceu ou do que nos preocupa faz com que tudo fique menos difícil e que a gente saia de si e procure ajudar as outras."

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- "Achando a vida tão d;fícil, sinto-me agora um pouco mais segura, ou melhor, mais amparada espiritualmente. Simplesmente não desejo mais nada, a não ser continuar nesse grupo das E.N.S., procurando entender os ensinamentos sobre os temas a estudar, o Evangelho, e enfim tornar-me melhor cristã." - "Depois de 7 meses de Equipe, talvez estejamos iguais na aparência, porém a alma mudou, pois mudou a maneira íntima de viver. A aceitação dos sofrimentos por que passamos não é mais resignação, mas comunhão com os de Jesus. Ao invés de acharmos que os outros têm obrigação de nos consolar, sentimos que devemos procurar consolar os outros. Nas 24 horas do dia em que padecemos, horas de deserto, de aridez, solidão, obscuridade, o Cristo habita em nós e nos sentimos unidas a Deus se aceitamos o sofrimento com Amor. Temos, assim, diariamente, uma partilha da Cruz de Cristo." - "A união, o entrosamento do grupo, o apoio de umas às outras, a coragem de todas, o espírito de solidariedade reinante entre nós torna o convívio um prazer. A sábia direção do Pe. Ives, a bondade e a boa vontade admirável do nosso casal piloto nos ajudaram muito. E então, como primeira consequencia: ao invés de procurar um muro de lamentações, ou transformar-me numa pedra mármore, consegui voltar a uma vida normal, sem azedumes e revoltas, ligada a Deus." - "A volta à vida de equipe foi para mim muito proveitosa. Sem o meu marido, a vida estava completamente vazia, sem significação. Depois de atravessar um período muito difícil, fui to~ mando coragem para viver. A equipe, como sempre na minha vida, foi uma força. A melhor compreensão de tudo que aconteceu e, principalmente, a resignação ao sofrimento - que, sem deixar de existir, passou a ser vivido de maneira muito diferente: ser um membro vivo do Corpo Místico, ajudando com o sofrimento a outros mais necessitados ... A convivência com pessoas que passam pelos mesmos problemas, têm as mesmas dificuldades, tem sido de grande auxílio. Espero, com o tempo, superar muita coisa e dar mais à Equ'pe. Este Movimento, aplicado a viúvas, precisa ser mais difundidÔ, pois é verdadeiramente um grande auxílio nas nossas vidas." Como tarefa, as equipi.stas deviam ler e meditar os doiS últimos capítulos do tema (os capítulos do livro "0 Amor e a Graça" dedicados à.s viúvas) e responder em forma de tes~ temunho. Eis o que uma delas escreve:

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O comentário que se segue é feito sobre o trecho do Pe. Caffarel que mais mudou a minha maneira de viver e de sentir a morte do meu marido. Paixão e ressurre1çao são vistos um como perda e outro como vitória. Porém não é este o seu verdadeiro sentido. A Paixão é a vitória do bem, do amor sobre o mal. A vitória do amor é na morte que ela é obtida. Maria sabe que não há prova de amor maior que dar a vida pelos outros e que há mais alegria em dar do que em receber. Façamos como Maria. Cremos que os que nos deixaram são vencedores. Vencedores porque o sofrimento e a morte não conseguiram acabar com o seu amor. Vencedores porque sua morte foi um dom. O amor é mais forte que a morte; porém a morte ilumina o amor. Asseguro que hoje, após os ensinamentos recebidos, há uma maneira de amar o meu companheiro que se foi que somente após a sua morte me foi revelada. O amor cristão afugenta a tristeza e traz a alegria. Alegria do dom de si mesma, fazendo-nos amar cada vez mais, primeiramente Deus, depois o companheiro que se foi, nossos filhos, netos, e todos os nossos irmãos. Se a alegria elimina a tristeza, o mesmo não se dá com o sofrimento, ela o transfigura. Temos uma montanha para galgar, lentamente, com alguns retrocessos, mas com ânimo e coragem. São Paulo dizia: "Tenho superabundância de alegria em minhas tribulações. A paz de espírito é a recompensa do cristão." Quem leu com atenção notou algumas constantes em quase todos os testemunhos : as dificuldades do estado, o sair de si para ajudar os outros, a aceitação do sofrimento que, unido ao sofrimento de Cristo, passa a ser vivido não mais de forma passiva, mas ativa ... E uma coisa fica bem clara: fundar equipes de viúvas é um apostolado muito necessário . Os Responsáveis de Setor que se sensibilizarem e quiserem informações sobre o funcionamento das equipes de viúvas poderão reportar-se à Carta Mensal Especial, de maio deste ano, ou escrever para Malvina e Edgard Silva Rua Barão de Jaguaribe, 305, apto . 201 20.000 - Rio de Janeiro ou para Maria da Conceição Bernardes Dias Rua Marquês de São Vicente, 293 17. 500 - Marília

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Acabamos de receber a notícia do falecimento de Heloisa, responsável indireta pela fundação da Equipe de Viúvas (cf. Carta Mensal de maio, pág. 48), e eleita Responsável da equiçe pelas suas companheiras . Deus resolveu chamá-la desta vida que, sem Carlos, "estava completamente vazia", acabando com o seu sofrimento que, embora passando "a ser vivido de maneira düerente" graças à Equipe, nem por isso deixara de exiJstir. Em homenagem ao casal, reunido eternamente em Deus, publicamos o seguinte texto do grande poeta católico francês, Charles Péguy.

JUNTOS

Ataram-se os dois com nós de amor, E já os dois são uma só alma e uma só carne. E são os dois criados e também criadores, E são os dois barcos que vogam no mesmo mar, E estão os dois armados com a mesma armadura, E são os dois barcos sobre o mesmo nada. E não morrerá um sem que o outro morra; nem ficará um a boiar sem que o outro se salve; nem chegará um deles à costa suprema sem que o outro faça uma viagem idêntica. Têm de salvar-se juntos De chegar juntos à Casa de Deus. (Ch. Péguy)

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A JANELA DA AMIZADE

Antigamente na Pensilvânia, Estados Unidos, usavam construir janelas nas lareiras. O feitio dessas lareiras era bem diferente das usuais, a chaminé ficava de um lado e a pequena janela do outro lado, por trás, bem acima das chamas. Lugar estranho para uma janela convencional, mas essa era a "janela da amizade", originária de uma bela tradição dos Quakers, trazida da Inglaterra pelos pioneiros colonizadores. As janelas, iluminadas pelos reflexos do fogo da lareira, avisavam aos viajantes que ali alguém os esperava com uma sopa quentinha e fraternal amor cristão. Quando não havia fogo na lareira, a janela era iluminada por uma lâmpada ou uma vela colocada no batente, ao escurecer. A janela da amizade simbolizava mais do que uma casa onde os visitantes eram bem vindos. Ela definia a atitude de valorizar e compreender as necessidades dos nossos semelhantes. Quando, no nosso dia escuro de provação, encontramos uma pessoa com atitude semelhante, sentimo-nos como o viajante que na estrada deserta e escura descobrisse a janela iluminada. Pode haver milhares dessas "janelas" para aquecerem os corações com a luz da bondade cristã, tanto nas casas ricas como nas pobres. Mesmo nos dias atuais, quando não há mais necessidade de guiarmos viajantes perdidos em noite escura ou tempestuosa, podemos orientar com a luz de Cristo, que nos ajuda a amar o próximo e mostrar esse amor com a luz da compreensão, clareando um pouco o caminho de todos que passarem por nossa porta. Talvez seja oportuno darmos uma olhadela na nossa própria casa espiritual. Ela terá a janela da amizade? Relendo os Estatutos encontramos na letra "i" a seguinte recomendação: -15-


"Entrar em contacto e acolher com coração fraternal, quando se lhes oferecer opor~~nidade, os casais das outras equipes". Isto é o mínimo que é exigido de nós: "Os casais das outras equipes". Mas não podemos, não devemos ficar por aí. A nossa "janela da amizade" deve se abrir de par em par para todos os casais: não apenas para os simpáticos, para os felizes, para os que nos agradam, para os que dão alguma coisa para nós. Diariamente, os jornais publicam estatísticas sobre desquites, divórcios, anulações de casamento. Aconteceu, muitas vezes, que alguns desses casais passaram diante da nossa janela, mas a lareira estava apagada - ou, o que é pior: es~ava acesa, mas a porta estava trancada. Não basta rezar por eles, Não é bastante apiedar-se deles. É preciso procurá-los, É preciso pôr mais lenha na lareira. É preciso escancarar a janela para que vejam a claridade e adivinhem o calor da nossa lareira. É preciso abrir a porta da nossa casa, especialmente da nossa equipe, para transbordar: para iluminá-los "com a luz da compreensão", para aquecê-los com o calor do nosso amor fraterno.

Na ir e A mauri (Equipe 2, Curitiba)

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RADIOGRAFIA DE DUAS EQUIPES

(Do Boletim do Setor D, São Paulo)

"Somos sempre, graças a Deus, os mesmos sete casais e o mesmo conselheiro espiritual." "Tudo nos une, nada nos separa". É assim mesmo que nós somos, já começando com um plágio. Essa frase do presidente argentino foi glosada pela verve carioca, assim: "tudo nos zune, nada nos separa". Tanto faz, que para nós dá no mesmo. Nada nos separa. Po:s aí está a Equipe n. 0 13, que começa pelo número cabalístico. Geograficamente, é uma lástima: cada casal, para ver os outros, tem que ir até ao calcanhar de Judas. Na faixa etária, nem se fale. O que vale é ser o conceito de velhice tão elástico. Começa com cinquentões e vai até o fim da picada. Temos até o casal mais velho do movimento no mundo. Que bruta vantagem, não? Nem somos lá muito carólicos. Temos católicos a jato, mas também temos católicos de carro de bois. Até carolas também temos. Profissionalmente, é uma colcha de retalhos. Entretanto, na problemática - o palavrão está na moda - é aquela beleza: vai desde o jardim da infância até o gagazismo octogenário. Dizem que é uma equipe forte. Esta piada faz lembrar aquela do caipira, que querendo dizer que a coisa balança mas não cai, disse que estava "firme como sabão na lage". Pois é assim. Vai para seis ou sete anos que este ou aquele casal vai rosnando que sai deste negócio. Mas não sai mesmo ... Vocês pensam que é só namorado ou broto que briga? Pois briga aqui é fogo na cangica. Mas esta é das Aráb.as: já se colocou como remédio para esta equipe "chove não molha", que entrasse em um ano de recesso! Foi um Deus nos acuda e a -17-


coisa voltou tinindo. Cada qual quer ser mais equipista do que os outros. Vocês querem o perfil da equipe n.0 13? Pois é isso aí. Nascemos de uma sementinha plantada por esses peritos semeadores, que são Suzana e João Villac e cultivada por esses jardineiros eméritos que são Lourdes e Naclério. Um noviciado de dois anos como Círculo Familiar, e eis-nos aqui, filhotes da equipe n. 0 13, vai para quinze anos. Uma vantagem nós temos: somos cabeçudos. Os percalços nos unem. Somos sempre, graças a Deus, os mesmos sete casais e o mesmo conselheiro espiritual. Cá entre nós: nós não somos lá essas coisas, mas o pobre Padre Joaquim Salvador, esse, coitado, é um santo. Imaginem aguentar esses caras, todo esse tempo ... Atividades: -Em conjunto, somos uma das tais equipes antigas, (nome horrível), acomodadinhas, cansadinhas. Pura sombra e água fresca. Mas, individualmente, somos ou temos sido responsáveis e pilotos de círculos familiares, ministros da Eucaristia, irmãos leigos de ordens religiosas, vicentinos, diretores de bazares, de cursilhos e encontros de jovens, pilotos de equipes burguesas e operárias, diretores de oficinas de Santa Rita, cursistas de teologia, de auto-análise, de promoção humana, secretário da ECIR, etc. Tudo isso. Entretanto, está nos parecendo que não chega, não é mesmo?

* * * "Nossas reumoes mensais vão até às duas horas da madrugada. A verdade, porém, é que gostamos de estar juntos." Um alô, para vocês, da equipe n. 0 17, ex-40. Por que o "rebaixamento" de 40 para 17? Fácil, o Setor achou que tínhamos "ares de macaco". Mero palpite. Fomos colocados sob a proteção de Nossa Senhora da Santíssima Trindade. Por que? Porque nosso casal piloto, Alice e Luciano (um casal piloto que contribuiu, dedicadamente, para a expansão do Movimento em São Paulo e lançou a primeira equipe nos Estados Unidos da América do Norte), recém-voltado da França, trouxera consigo uma imagem de N. Sa. da Santíssima Trindade e presenteou-a à equipe. Nesses quase quatorze anos de Movimento, com alguma "rotatividade" de casais, tivemos oportunidade de contar com a ajuda valiosa de alguns conselheiros espirituais (sete, desculpem-nos se é número de mentirosos), que nos auxiliaram a caminhar na -18-


procura de melhor servir como casais cristãos, a partir de uma vida alicerçada na oração. Somos sete casais (Lauro, marido da Eglé, partiu mais cedo para o Reino, mas nós a temos conosco). Cinco, desses sete casais, frequentaram o Curso para Pilotos e três já pilotaram algumas equipes. Somos casais sempre presentes aos Encontros, Sessões de Formação, etc. Alguns casais já exerceram a missão de Casal de Ligação, dois integram a equipe do Setor D, um outro está recém-saído da Responsabilidade pelo Setor D, outro já chegou "até" a ser da ECIR. Quando nos disseram que deveríamos fornecer alguns dados informativos para o boletim, estivemos pensando que melhor mesmo seria dizer-lhes de nosso muito amor pelo Movimento, graças ao qual nós começamos a nos sentir Igreja. Não acreditem quando lhes disserem que a Equipe, depois de 10 anos de vida, começa a "ficar velha" ... Não é exato. Maturidade não se confunde com velhice entre aspas. É certo que a equipe pode correr o risco de ficar "esclerosada" até com quatro ou cinco anos, mas não é menos certo que ela pode continuar juvenil com quatorze anos ou mais. Parece-nos que o segredo da juventude "eterna" está na conjuminação da oração com a atuação. Os casais da "17" não esperaram "transbordar" para "pular de galho em galho". A cada pouco que crescíamos, correspondeu sempre um passinho na prestação de serviço ao próximo. Além do empenho comunitário da equipe como um todo (curso de preparação para noivos, na Igreja N. Sa. dos Pobres; ajuda à assistência no Barro Branco), os casais têm participado dando palestras para jovens (TLC, etc.), para casados (Encontro de Casais com Cristo), para seminaristas (inclusive em tardes de reflexão). O importante em nossos engajamentos é que eles são conhecidos, debatidos e estimulados por toda a equipe. O casal da "17" sabe que está sempre amparado pelos outros (em qualquer tempo). O auxílio mútuo não fica no "amanhã", mas, pelo contrário, está sempre no "agora". Os testemunhos disso são sem número (nos bons e nos maus momentos). Nossas reuniões mensais, antecedidas sempre de preparatórias - "prá valer" - estão, graças a Deus, dentro da linha das "reuniões pentecostais" faladas pelo Côn. Caffarel (é verdade que o conselheiro espiritual já nos alertou que estamos cansando o Espírito Santo com reuniões que vão até às duas horas da madrugada). "A verdade, porém, é que gostamos de estar juntos ... " -19-


DOIS CASAIS

BRASILEIROS

EM

PARIS

Outono em Paris. Aqui estamos, vendo as folhas amarelas nas árvores e no chão, amarelas de um tom dourado, forrando as calçadas. Viemos de Metrô, descemos na Estação de La Glaciere. Logo adiante, a rua do mesmo nome, onde se encontra a sede internacional das Equipes de Nossa Senhora. De máquina a tiracolo, como convém aos turistas, o marido vai acertando o melhor ângulo para fotografar o prédio. Atravessamos a rua, e chegamos à porta. No batente, a série de campaínhas, com os nomes dos moradores. Lá está: Equipes Notre Dame. Uma voz se faz ouvir, convidando para subirmos. As acomodações são simples, mas simpáticas. Apresentou-se a nós o encarregado dos assuntos do Brasil, Jean Allemand. Depoi conhecemos o Pe. Tandonnet e o "responsável dos Responsáveis", Louis d'Amonville. Dissemos de nossa curiosidade: conhecer a sede internacional das Equipes - e aqui estão as fotogr afias que fizemos.

Daisy e Adolfo Bertoche (Equipe n9 9, Rio de Janeiro )

Gratos, Daisy e Adolfo. Aproveitamos as fotos para . ilustrar os dois artigos! -20-


Chegamos a Paris exatamente no dia do jubileu de prata do Movimento no Brasil. Imediatamente comunicamo-nos com a Secretaria das Equipes e falamos com Daniel Flach, coordenador da Equipe Responsável Internacional, com quem marcamos um encontro. No dia e hora aprazados, lá estávamos nós na sede das Equipes de Nossa Senhora. Creiam vocês que nos sentimos cativos com a acolhida fraterna que nos dispensaram. Daniel interrompeu seus trabalhos, dando-nos uma atenção toda especial. Interessou-se por nós pessoalmente e quis saber algo sobre a nossa equipe, ficando particularmente interessado ao saber que éramos sempre o mesmo grupo há mais de vinte anos.

Da. esquerda. para. a. direita.: Daniel Fla.ch, Jean Allema.nd, Pe. Ta.ndonnet e Louis d'Amonville

Falou-nos do "nosso Movimento", de sua organização, de sua expansão pelo mundo todo, do próximo grande encontro internacional em setembro do ano que vem. Veio então a se referir em especial às Equipes que estão começando no Japão. Informamos então que existe aqui uma equipe de filhos de japoneses. Ficou ele muito contente e manifestou o desejo que as duas equipes ·se correspondessem. Não hesitamos e, no mesmo dia, escrevemos para Lúcia e Nilson, transmitindo as nossas impressões da visita feita e pedindo-lhes que se comunicassem com a referida equipe. Viemos saber depois que, por coincidência, o seu Conselheiro espiritual, Pe. Inácio Takeuchi, estava em vésperas de viagem para o Japão, levando então todas as indicações para um contato com a equipe de lá. Mais do que relações por carta, foi assim um contato pessoal que se estabeleceu.

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Estivemos naquela mesma tarde com o Pe. Tandonnet. Fomos recebidos como filhos que chegam de uma longa viagem. O carinho com que nos atendeu causou-nos profunda impressão. Sentimo-nos à vontade e também comovidos por nos encontrarmos no centro mesmo de um Movimento que nos é tão caro. Fomos convidados para, no dia seguinte, participarmos da Santa Missa celebrada, na própria sede do Movimento, por intenção das equipes do mundo todo. Pe. Tandonnet celebra todas as sextas-feiras nesta intenção. Nesse dia, ele celebrou especialmente pelas equipes do Brasil, usando nessa ocasião um cálice ofertado pelos casais brasileiros. Foi um momento de intensa oração. Em seguida fomos almoçar juntos num restaurante perto da sede e dirigido por religiosas. Estavam conosco também Daniel Flach e Jean Allemand; este último é atualmente o encarregado da ligação com o Brasil. Apesar de nosso francês meio fraquinho, conseguimos nos entender. Jean Allemand tem dificuldade em falar português, mas está estudando, para melhor poder se comunicar com as equipes do Brasil. Foi um bate-papo muito agradável. Conversamos sobre tudo, mas especialmente sobre as equipes, como era natural. Quando saímos, demos graças a Deus por esse encontro tão proveitoso para nós. Apesar de nossos vinte anos de equipe, muito aprendemos neste contato pessoal com equipistas que éonhecem a fundo o Movimento e o conhecem no mundo todo. Por intermédio desta Carta Mensal, agradecemos ao Pe. Tandonnet, a Daniel Flach e Jean Allemand, a maneira cordial e fraterna com que nos receberam em nossa passagem por Paris.

Maria e José Aquino (Equipe 3, São Paulo)

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NOTíCIAS DOS SETORES

VALE DO PARAíBA- V9 Encontro Regional

Em São José dos Campos, no moderno e acolhedor Instituto São José, a Região São Paulo/E, que compreende as equipes do Vale do Paraíba e São Sebastião, realizou pela quinta vez o seu Encontro de amizade e formação. Iniciou assim o ano equipista, marcando-o desde o seu começo pela alegria de um encontro fraterno e por um esforço de oração que reuniu 89 casais, não só junto ao altar, mas também em palestras e grupos de trabalho. Compareceram casais de Aparecida, Caçapava, Guaratinguetá, Jacareí, Mogi das Cruzes, São José dos Campos, São Sebastião, Taubaté, e 4 casais de São Paulo que aderiram ao Encontro aberto a todos os equipistas, segundo o convite inserido na Carta Mensal de agosto. Os palestristas, dois casais, um do Rio de Janeiro, outro de São Paulo, associaram-se com alegria à fraternidade do ambiente. Merece destaque o grupo de 5 jovens - três filhos de equipistas - que apresentou um jogral "Por que aconteceu a morte de Cristo?" - mensagem evangélica viva e profunda, bem relacionada com o nosso tempo. Entre os exemplos de cooperação e auxílio mútuo, destacamos a equipe de cozinha que, sob a orientação de um casal de J acareí, serviu refeição para os casais, mas fez questão de estendê-la também às Irmãs e às alunas internas do colégio, ao todo mais umas 30 pessoas. Além disso, todos aqueles serviços que já conhecemos - acolhimento, liturgia, direção de grupos de trabalho, secretaria, que acabou brindando a todos os presentes não só com um botão de rosa mas também com uma relação completa de nomes, endereços e telefones de todos os participantes, -23-


para que esse contato pudesse continuar no correr dos meses, em todas as oportunidades de visitas e viagens. Uma atenção toda especial foi dada às crianças, em número de 60, pois muitos pais não tinham com quem deixá-las. Ficaram no Grupo Escolar do C.T.A., próximo ao local do Encontro, entregues a 3 equipistas e 15 jovens, filhos de equipistas, e que organizaram um piquenique, jogos, cinema, etc. Preparação para o casamento

Na Região, que abrange as duas dioceses de Taubaté e Mogi das Cruzes, os cursos de noivos foram entregues à orientação e coordenação das Equipes, em todas as cidades onde o Movimento se acha funcionando. Desses cursos participam também alguns casais não equipistas. Em São José, há 3 cursos por mês. Com o crescente aumento de candidatos e maior conscientização transmitida pelos sacerdotes, o Setor resolveu dividir a cidade em três núcleos, abrangendo várias paróquias, cada um sob a responsabilidade de um casal. RIBEIRAO PRETO -

Estudo em três tempos

Durante o mês de agosto, as equipes do Setor estudaram o tema "Criadores de Paz", um dos onze temas propostos pela Equipe Responsável Internacional e todos os Setores do Movimento no mundo, visando a preparação do Encontro internacional de 1976. O Setor, no entanto, resolveu que um mês não seria suficiente para aprofundar o assunto e planejou mais duas etapas para estudo e reflexão vivencial: - um "mutirão", no último domingo de agosto, em que foi estudado o documento da CNBB "Em favor da Família": os debates sobre os valores do casamento cristão, somados ao estudo do tema, tinham por fim "contribuir para uma visão mais evangélica do compromisso matrimonial e do significado do vínculo indissolúvel do matrimônio - somente estabelecendo nos lares o domínio da Paz poderemos preservar a família dos danos que a ameaçam." (Editorial do Boletim) em setembro, realizou-se reunião de equipes mistas sobre o mesmo tempa, enfocado de forma a atender às linhas prioritárias da arquidiocese. Finalmente, os casais de ligação foram convidados a fazerem um estudo comparativo entre os relatórios das reuniões das equipes de base sobre o tema e das equipes mistas, elaborando o Setor um documento a ser encaminhado à Equipe Responsável Internacional. -24-


BRUSQUE -

Pe. Zézinho atende a convite das ENS

Isso mesmo: o Pe. Zézinho em pessoa esteve em Brusque, durante dois dias, atendendo a um convite das Equipes. Realizou um importante encontro, com a presença de cerca de 80 casais das ENS, do MFC e dos Cursilhos, quando abordou dois temas: "A Fé" e "A Personalidade de Jesus Cristo".

Como não poderia deixar de ser, o Pe. Zézinho também reuniu-se com cerca de mil jovens brusquenses e das cidades vizinhas. Vejam o flagrante desse muito proveitoso encontro. Quanto aos casais que participaram dos dois dias de estudos e meditação, ficaram profundamente impressionados com o que o Pe. Zézinho lhes transmitiu. RIO DE JANEIRO -

Retiro do Setor B

Sobre o tema "O Sentido Cristão do Matrimônio", o Pe. Djalma, Conselheiro Espiritual das Equipes 31 e 34, pregou para 21 casais, além dos componentes da equipe de serviço, que ajustaram as coisas de modo a poderem assistir a todas as palestras. Além do imenso proveito pela maneira com que foi conduzido o tema, um fato digno de nota: era retiro aberto, para muita gente com filhos pequenos em casa, mas houve quem, impressionado com o clima criado, quisesse dar um "jeitinho" para dormir no local.

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"Missa do Papai"

Na Igreja de São José Operário, na Ilha do Governador, foi organizada pela Equipe 39. Muito bonita a missa, e alegre e descontraída a confraternização. Compareceu um grande número de equipistas do continente, a turma da Zona Norte em peso. Dia de estudos do Setor A

Organizado pela Equipe 13, realizou-se em 21 de setembro, na Casa Padre Anchieta. O tema foi "A Eucaristia", e pregador o Pe. Maucir Gibbins. Estiveram presentes 28 casais e 3 viúvas, e não faltaram os depoimentos marcantes: "Depois de nove, quase dez anos de Equipe, é a primeira vez que nos colocam o tema Eucaristia sob este aspecto: a dimensão ampla de nossa responsabilidade perante os outros, a missão que temos de levar aos outros a Vida Nova que recebemos." - "É o enfoque de uma Redenção em âmbito mundial, nós que sempre pensamos na Eucaristia em dimensões tão pessoais e particulares ... " NITEROI -

Reunião de Assistentes

Os Conselheiros Espirituais das 9 equipes da Coordenação reuniram-se com Frei Orlando, de Petrópolis. Foi muito proveitosa a troca de idéias. Esta foi a segunda reunião de assistentes deste ano em Niterói. Homenagem aos sacerdotes

Como os demais movimentos da arquidiocese, as ENS associaram-se à homenagem patrocinada pelo Serra Clube por ocasião do Dia do Padre. Na presença de D. Antônio, arcebispo de Niterói, foram homenageados os 50 sacerdotes da arquidiocese. Além de Lourdinha e Valdir, Casal Responsável pela Coordenação, que participaram do comitê de organização, estiveram presentes 9 casais, representando as 9 equipes. Equipe em Araruama?

Lourdinha e Valdir foram chamados por um v1gano de Araruama para tratar da fundação do Movimento na terra do sal. Brinca o Boletim da Guanabara: "'Terra do sal' e 'sal da terra' - as ENS estarão dentro do seu próprio elemento ... " Aguardamos confirmação da boa notícia.

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MARILIA -

Mulher do Ano

Para comemorar o Ano Internacional da Mulher, o Setor de Marília, de acordo com uma idéia do Pe. Alberto, promoveu um concurso visando escolher a "Mulher do Ano de 1975 de Marília". Com a escolha da mulher que se tem destacado na comunidade pelas suas qualidades morais como esposa e mãe, na profissão, na cultura, na colaboração nas obras caritativas, promocionais e educacionais, o Setor de Marília pensou em chamar a atenção da opinião pública para a valorização humana e cristã da mulher, principalmente nesta época em que se fala muito da promoção, emancipação e libertação da mulher. Assim, "com essa nova experiência, escreve o Casal Regional, Maria Diva e Venício, as ENS vão fermentando a massa, abrindo nova frente para cristianizar o mundo, cada vez mais materializado e cada vez mais carente de Deus." DEUS CHAMOU A SI

Heloisa Hampshire -

Ex-membro da equipe n. 0 6 do Rio de Janeiro e Responsável da Equipe de Viúvas, no dia 2 de junho. Escrevem Malvina e Edgard, pilotos da Equipe de Viúvas: "Foi uma morte súbita, que a todos surpreendeu e comoveu. Grande número de casais do Movimento estiveram presentes ao enterro. Foi celebrada uma missa na capela por Frei Bernardo Helscher, ofm, Conselheiro Espiritual da Equipe de Viúvas. A missa de 7.0 dia foi concelebrada por 7 Conselheiros Espirituais que, de alguma forma, estiveram ligados às duas equipes a que ela pertenceu. É difícil explicar o sentimento que a todos dominava durante essas cerimônias, pois pairava uma paz e uma viva fé de que o Pai lhe fizera a vontade levando-a para junto de seu amado Carlos. A primeira reunião da Equipe de Viúvas - que a elegera primeira Responsável, e da qual era ela a grande animadora, devido ao amor que demonstrava pelas ENS - a primeira reunião após a sua morte foi inteiramente dedicada à oração, iniciando-se com a "Eucaristia da saudade", como a denominou Frei Bernardo. Rezada em intenção especial de Heloisa, mais presente do que nunca, porque mais perto do Cristo."

Wilson Gargioni -

No dia 2 de setembro. Pela segunda vez, em poucos meses, perde a Equipe 19 de São Paulo, "Na Sra. do Concílio", um dos seus membros. Mal refei-27-


tos do choque causado pela partida do Próspero, os equipistas tiveram que despedir-se agora do Wilson, que estava na equipe com a Marta há dois anos apenas, mas era muito querido por todos. NOVOS SETORES E .COORDENAÇõES Porto Alegre

Depois de quase três anos de intensos trabalhos e muita dedicação, Helma e Luiz Pauletti, com o auxílio de vários casais, conseguiram fazer crescer o Movimento no Rio Grande do Sul a ponto de ser necessária a criação de dois Setores e uma Coordenação. Assim, a ECIR nomeou Dulce e Hugo Zani Responsáveis pela Coordenação do Interior do Rio Grande do Sul, Maria e Clemens Kircher Responsáveis pelo Setor A e Nery e João Carlos Pezi Responsáveis pelo Setor B de Porto Alegre. No dia 6 de setembro, uma belíssima cerimônia, com Santa Missa celebrada pelo Pe. Antonio Lorenzato e pelo Frei Marcelino, na presença de convidados, entre os quais o Casal Presidente do Movimento Familiar Cristão e dirigentes dos Cursilhos, coroou a posse dos novos responsáveis das ENS no Estado sulino. O Casal Regional, Edy e Adherbal, representou a ECIR nessa solenidade da instalação dos novos Setores e da Coordenação. Edy e Adherbal também estiveram no Palácio Episcopal, transmitindo a S. Emcia. Rvma. o Cardeal Scherer a notícia do crescimento das ENS no Rio Grande do Sul e a conseqüente instalação dos novos Setores e da Coordenação, recebendo do Arcebispo de Porto Alegre palavras de simpatia e estímulo, bem como a sua bênção. Garça

Instalada também a Coordenação de Garça, a primeira que se forma a partir do Setor de Marília. O ato foi realizado no salão paroquial da Matriz de Garça, precedido da Santa Missa, concelebrada pelo Pe. Alberto, Conselheiro Espiritual do Setor de Marília, e pelos Pe. Menezes, Eurico e Queiroz, de Garça. Na mesma oportunidade foram comemorados o 25.0 aniversário do Movimento no Brasil, o 8. 0 aniversário da primeira equipe de Garça e a transmissão de cargos dos Casais Responsáveis. De Marília, além do Pe. Alberto, compareceram o Casal Regional, Maria Diva e Venício, o Casal Responsável do Setor, Inês e Ricieri, e mais J eanete e Hélio, Marina e A vesti!, Conceição e Clovis e Lourdes e Welman.

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O Casal Regional fez a entrega, em nome da ECIR, da carta de posse ao primeiro Casal Responsável pela Coordenação, Albertina e Nascy. Fazem parte da Equipe de Coordenação de 1. 0 grau os Casais Responsáveis das 4 equipes de Garça: Maria Aparecida e José Maria, Maria Inês e Antônio Augusto, Maria José e Ricardo e Marisa e Jairo. Escreve o Regional: "Entregamos nas mãos da Virgem Maria os destinos desta nova Coordenação, solicitando sua intercessão junto ao Pai no sentido de acompanhar a caminhada de seus equipistas na promoção das famílias de Garça." NOVAS EQUIPES Niterói

Equipe n. 0 9 -

Assistente: Pe. Juvalves.

Rio de Janeiro

Várias "caçulas" ... a 16, apesar do n. 0 , a 41 e a 42. Pilotos da 16, Leda e Carlos, Assistente, Pe. José dos Santos. Pilotos da 41, Lúcia e Frederico. Da 42, Salete e Artur, Assistente, Pe. Alvaro. Brasília

Lançadas as equipes 8, 9 e 10 ... Ribeirão Preto

Morreu a equipe n. 0 8 (dois casais transferiram-se para outras equipes), mas já nasceu a nova 8, lançada por Maria Elisa e Mestriner e pilotada por Geny e Humberto. Catanduva

Já tem a sua equipe 2, também pilotada por Eliana, e composta de 8 casais.

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MUTIRAO DE MARíLIA

Realizou-se no Seminário S. Pio X, com a participação de 16 casais, representando as cidades de Marília (5) - Dracena (2) -Assis (4) -Garça (2) - Araçatuba (2) e Cafelândia (1).

Contamos com a valiosa colaboração de Nenê e Zinho (2 palestras), Maria Helena e Zarif e a "prata da casa", Conceição e Clovis, que se houveram muito bem com a palestra "Espiritualidade Conjugal". A Equipe de Serviço esteve excelente, não medindo esforços em bem servir. Sem falar da colaboração imprescindível do fabuloso Pe. Alberto, nosso incansável e entusiasta Conselheiro Espiritual. -30-


Se de um lado ficamos aborrecidos pela baixa freqüência, de outro lado sentimo-nos imensamente satisfeitos e agradecidos ao Senhor pelos resultados alcançados, conforme atestam as avaliações dos participantes, das quais reproduzimos alguns trechos: "Achamos ótimo. Foi um despertar para o valor dos meios de aperfeiçoamento. Sugerimos a realização de mais Mutirões, se possível, um por ano, na Região, com a obrigação de todos os equipistas comparecerem." (Pedimos o auxílio mútuo de dizer-nos como podemos conseguir isto ... ) . "O ·mutirão foi para mim um apanhado geral de todas as minhas atividades; deu-me orientação para todos os setores de minha vida e de minha mulher. Mas, o que calou mais profundamente em nós foi a orientação dada para o funcionamento da Equipe. Estávamos necessitados desta orientação." "Para nós foi ótimo. Nos ajudou a refletir mutuamente sobre uma série de problemas de nossa vida de casal cristão. ótimas as palestras, bem como a parte espiritual." ". . . palestras e reuniões de grupos vieram esclarecer nossas dúvidas e fortalecer nossa convicção de perseverar no movimento eq ui pista." ". . . revalorizamos a eficácia das Equipes que tantos benefícios trazem para as famílias." E assim, poderíamos transcrever todas as avaliações, pois seguem o mesmo diapasão. Mas o que aí está já basta para uma reflexão. Quem sabe servirá para melhorar a freqüência dos próximos Mutirões ou outros Encontros que o Movimento proporciona ...

Maria Diva e Venício Casal Regional

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ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REUNIÃO

Renovar-nos é mudarmos o nosso coração. "Arrancarei o seu coração de pedra ... " diz o Senhor pela boca do profeta Ezequiel. A reconciliação, à qual todos os homens são chamados e da qual devemos ser os operários, só será possível quando cada um estender a mão ao seu irmão. principalmente àquele que se encontra mais desamparado .

TEXTO DE MEDITAÇAO -

Mat. 25,34-35

Então o Rei dirá aos que estiverem à sua dire:ta: vocês, abençoados de meu pai, venham, e recebam o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois tive fome e me deram de comer. Tive sede e me deram de beber. Fui um estrangeiro e me receberam em casa. Estive nu e me vestiram. Estive doente e cuidaram de mim. Estive na prisão e me visitaram. Os justos perguntarão: quando, Senhor, o vimos com fome e lhe demos de comer, ou com sede e lhe demos de beber? Quando o vimos como estrangeiro e o recebemos em casa, ou nu e o vestimos? Quando o vimos doente ou na prisão e o visitamos? O Rei dirá: eu digo e repito: quem fez isto para o mais pobre dos meus irmãos, foi a mim que o fez! Então, dirá aos que estiverem à sua esquerda: afastem-se de mim, vocês que estão sob a maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, que foi preparado para o diabo e para seus anjos! Tive fome e não me deram de comer, sede e não me deram de beber. Fui um estrangeiro e não me receberam em casa, estive nu e não me vestiram. Estive doente e na prisão e não me visitaram. Eles perguntarão: quando, Senhor, o vimos com fome, com sede, ou como estrangeiro, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não o ajudamos? O Rei responderá: eu digo e repito: Quando recusaram ajudar a um destes pobres, foi a mim que recusaram ajudar.

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ORAÇAO LITúRGICA -

Salmo 1

Feliz o homem que não segue os conselhos dos ímpios, que não anda no caminho dos maus, nem frequenta a companhia dos gozadores. Pelo contrário, encontra seu prazer na lei do Senhor, e nela medita dia e noite. Feliz este homem! Como a árvore, plantada à beira da água, ele dará fruto a seu tempo Sua folhagem não secará, terá êxito em todos os seus empreendimentos. Não será a mesma a sorte dos maus. Serão como folhas mortas, levadas pelo vento. Diante do tribunal, onde se reunem os justos, não conseguirão manter-se em pé. Pois o Senhor conhece o caminho dos justos. O caminho dos maus leva à perdição .


EQUIPES DE NOSSA

SE~HO RA

Movimento de casais por uma esp iritualidade conjugal e familiar

Revisão. P u blicação e D istribuiçã o pela Secretaria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 04538 -

Avenida Horácio L a fer, 3 34 SAO PAULO, SP

-

T e!. : 210-1340

som ente para distribu ição interna -


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