ENS - Carta Mensal 1976-8 - Novembro

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EDITORIAL

AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA EM ROMA

Só agora recebemos a Carta Mensal Internacional de setembro. . . no exato momento em que nossos representantes chegam a Roma para a Peregrinação das Equipes de Nossa Senhora. Quando vocês lerem estas linhas, eles já estarão de volta. Embora fora de tempo, resolvemos oferecer-lhes o texto do Pe. Pelfrene, porquanto nos dá uma idéia clara do conteúdo espiritual que norteou, dia após dia, as atividades vi· vidas pelos peregrinos.

Roma. Este nome evoca leza de uma arquitetura, qual ainda a profusão de obras de das quais a Igreja procurou

antes de tudo a incomparável beseja a Basílica de São Pedro, como arte, por vezes admiráveis, através traduzir sua fé e seu amor.

Mas esse quadro magnífico longe está de ser apenas um testemunho da história: Roma é o lugar de encontro natural daqueles que fazem hoje da fé no Evangelho a verdadeira luz de sua vida. O Ano Santo, ainda recentemente, reuniu milhares de cristãos do mundo inteiro ao redor do Papa Paulo VI, sinal fundamental da fé que nos liga ao apóstolo Pedro. Para as Equipes de Nossa Senhora, que querem dar ao Evangelho todo o lugar que merece na vida do lar, era normal que houvesse este ano, como já houve por várias vezes, um encontro em Roma, que permitisse sentir, através do ritmo estabelecido para a Peregrinação, o quanto são inseparáveis a Igreja e o Evangelho. -1-


19 dia -

Reconciliar-se

É o primeiro passo que nos é proposto: nas Catacumbas, na evocação dos primeiros casais cristãos, daqueles que foram os primeiros a procurar viver o Evangelho, arriscando-se a serem rejeitados pela sociedade e que, assim, fizeram com que a Igreja existisse.

Roma nos lembra o preço que foi pago, no alvorecer do cristianismo, para a realização do liame entre a Igreja e o Evangelho e nos convida em primeiro lugar a tudo fazer para reforçá-lo. Após o Ano Santo e o apelo à reconciliação feito pelo Papa Paulo VI, é certamente muito importante assumir em primeiro lugar essa atitude, começando no próprio lar e estendendo-a por que não? - para além das fronteiras da Igreja católica romana ... 2<? dia -

Amar-se

A Basílica de Santa-Maria-Maior nos reune ao redor da mais bela imagem do amor que nos é dada no Evangelho, depois daquela do Cristo: a da Virgem Maria. E aí temos bem patente o lugar que a Igreja romana sempre atribuiu à Virgem Maria, tão intimamente ligada, antes de mais, ao mistério da Encarnação e à "humanidade de nosso Deus", antes mesmo que a graça da Assunção viesse dar uma fisionomia ao mistério da Igreja e à "divinização da humanidade". Nossa oração é principalmente o Magnificat, a oração de louvor tão cara às Equipes, na qual o que nos vem do Amor é oferecido ao Amor, na pureza de uma ação de graças que anuncia a oração do próprio Cristo, o "Pai-Nosso". Amarmo-nos uns aos outros, dentro da selva contemporânea ~ é ainda a Virgem Maria quem, melhor do que ninguém, pode no-lo ensinar, com base no Evangelho. 3<? dia -

Alegrar-se

O Evangelho é um apelo nos dá o segredo da alegria, "Felizes os pobres ... " Teria alguém encarnado do que o "Pobre de Assis"?

à alegria. O sermão da montanha a partir do extraordinário convite: melhor essa alegria do Evangelho Alegrarmo-nos juntos, no decorrer

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de um dia todo passado em Assis, pelos dons do Espírito Santo que tornam possíveis as bemaventuranças, é redescobrir, no coração da Igreja, o segredo desta alegria de amar, ligada ao projeto fundamental da criação do homem e da mulher: "E Deus viu que isso era bom". Mas esse projeto, um homem tal como São Francisco, uma mulher tal como Santa Clara o tornaram possível, graças à difícil metamorfose da ascese e da oração. E, ao propor-nos este exemplo de santidade, a Igreja nos quer arrancar todas as ilusões de uma falsa felicidade. Como o fez o próprio Jesus, no Evangelho das bemaventuranças. 49 dia -

Compromissar-se

O encontro de Roma deve culminar na Basílica de São Pedro, com a renovação dos compromissos do casamento e do batismo. É precisamente ali que irá se realizar para nós, com todo o seu vigor, o liame entre o Evangelho e a Igreja. O Evangelho é um apelo que vem do próprio Deus, pelo Cristo, e resume-se na pergunta feita a Pedro à beira do lago, após a Ressurreição: "Tu me amas?" A interrogação implica numa resposta. Quem diz resposta, diz responsabilidade. E quem diz responsabilidade, diz compromisso. No casamento, quando vivido como sacramento, a fé que é dada ao outro é o sinal da fé que é dada ao Cristo. O compromisso da fé e o compromisso do casamento têm uma relação muito profunda e não é difícil apreender a sua importância na própria base da vida da Igreja. Ao nos lembrar, pela sua presença, a fé do apóstolo Pedro, fundamento da Igreja, o Papa Paulo VI nos ajuda a renovar conjuntamente o compromisso da fé e do casamento, numa resposta sempre mais amorosa à oferta que Cristo nos faz de seu amor. 59 dia -

Testemunhar

O encontro das Equipes encerra-se com uma celebração, no último dia, na Basílica de São-Paulo-fora-dos-muro·s. Lembremo-nos que a Igreja de Corinto foi o fruto de uma colaboração entre o Apóstolo e um casal judeu convertido ao Cristo: Aquila e Priscila. O Evangelho foi transmitido, desde o início, graças também a casais, a famílias que participaram do testemunho apostólico.

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Cada vez se nos apresenta com maior clareza, hoje em dia, que o Evangelho não será transmitido à geração que deve construir o futuro sem o testemunho dos casais cristãos. Tanto assim que se levantam interrogações sobre a possibilidade de novas for.:. mas de ministério que poderiam ser exercidas por homens e mulheres casados. As Equipes de Nossa Senhora, ao pôr em destaque uma espiritualidade apropriada à vida do casal como tal, já prestaram um serviço precioso nesse sentido. Sem pretender supervalorizar nosso Movimento, pode-se dizer que, na verdade, ele se acha particularmente bem situado para favorecer estas formas de testemunho em que o amor humano, vivido no sacramento do matrimônio, irradia a seu modo alguma coisa do amor divino. Na realidade, estreitar em Roma o vínculo entre a Igreja e o Evangelho é dar uma possibilidade de vitória ao amor, num mundo que nos leva a nos perguntarmos por vezes com angústia o que virá ele a ser. O Evangelho na vida do casal dá ao amor humano toda a sua força e toda a sua verdade, fazendo dele um sacramento do amor divino. E o casal, por sua vez, torna-se testemunha do Evangelho, fundamento da Igreja, sinal do Deus de Amor, na selva do mundo de hoje.

Fr. Jean-Michel Pelfrene, o.p .

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A PALAVRA DO PAPA

O PRIMEIRO MEIO

DE

EVANGELIZAÇÃO

Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade: "Eis que faço de novo todas as coisas". No entanto não haverá humanidade nova se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do Batismo e da vida segundo o Evangelho ... E esta Boa Nova há de ser proclamada, antes de mais, pelo testemunho ... Para a Igreja, o testemunho de uma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper, e dedicada ao próximo com um zelo sem limites, é o primeiro meio de evangelização. "O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres - dizíamos ainda recentemente a um grupo de leigos - ou então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas". São Pedro exprimia isto mesmo muito bem, quando ele evocava o espetáculo de uma vida pura e respeitável, "para que, se alguns não obedecem à Palavra, venham a ser conquistados, sem palavras, pelo procedimento". Será pois, antes de mais nada, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja há-de evangelizar este mundo; ou seja, pelo seu testemunho vivido com fidelidade ao Senhor Jesus, testemunho de pobreza, de desapego e de liberdade frente aos poderes deste mundo, numa palavra, testemunho de santidade ... Suponhamos um cristão ou punhado de cristãos que, no seio da comunidade humana em que vivem, manifestem a sua capacidade de compreensão e de acolhimento, a sua comunhão de vida e de destino com os demais, a sua solidariedade nos esforços de todos para tudo aquilo que é nobre e bom. Assim, eles irradiam, dum modo absolutamente simples e espontâneo, a sua fé

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em valores que estão para além dos valores correntes, e a sua esperança em qualquer coisa que se não vê e que se não seria capaz sequer de imaginar. Por força deste testemunho sem palavras, estes cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem viver, perguntas indeclináveis: por que é que eles são assim? Por que é que eles vivem daquela maneira? O que é ou quem é - que os inspira? Por que é que eles estão conosco? Pois bem: um semelhante testemunho constitui já proclamação silenciosa, mas muito valorosa e eficaz da Boa Nova. Nisso há já um gesto inicial de evangelização ... Todos os cristãos são chamados a dar este testemunho e podem ser, sob este aspecto, verdadeiros evangelizadores ... Entretanto isto permanecerá sempre insuficiente, pois ainda o mais belo testemunho virá a demonstrar-se com o andar do tempo impotente, se ele não vier a ser esclarecido, justificado aquilo que São Pedro chamava dar "a razão da própria esperança" - explicitado por um anúncio claro e inelutável do Senhor Jesus. Por conseguinte, a Boa Nova proclamada pelo testemunho da vida deverá, mais tarde ou mais cedo, ser proclamada pela palavra da vida. Não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o Reino, o mistério de Jesus de N azaré, Filho de Deus, não forem anunciados. A história da Igreja, a partir da pregação de Pedro na manhã do Pentecostes, amalgama-se e confunde-se com a história de tal anúncio.

("A Evangelização no Mundo Contemporãneo", nQ 18, 21, 41, 21, 22)

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A

ECIR

CONVERSA

COM

VOC~S

O cronograma da Carta Mensal não nos permite ainda falar da Peregrinação a Roma, como seria o nosso maior desejo. A hora em que escrevemos este bilhete os casais que foram a Roma ainda lá se encontram. Mas podemos tecer alguns comentários a partir da reumao da ECIR de 21 de agosto, quando foi apreciada a programação das atividades do Movimento no decorrer de 1977. Tarefa complexa, pois é preciso escalonar judiciosamente os vários Encontros, Sessões de Formação, reuniões conjuntas da ECIR com Regionais c Responsáveis de Setor, etc. É claro que, para coordenar estas atividades, para adequá-las o mais possível às circunstâncias de tempo e lugar, é indispensável ter sempre em mente uma visão nítida dos objetivos a atingir e dos meios a empregar. É preciso, em suma, um planejamento, uma preparação, uma previsão que, o mais das vezes, começam com vários meses de antecedência. Isto exige, é evidente, uma organização, uma estrutura, toda ela convergindo para um órgão centralizador e animador do conjunto. É esta a função da Equipe de ~oordenação Inter-Regional (ECIR) que, por sua vez, está em contato permanente e em união de vistas com a Equipe Responsável Internacional. -o Oo-

A ECIR sofreu este ano uma alteração substancial com o afastamento de quatro casais e a conseqüente nomeação de três outros, fato este a que nos referimos no bilhete da Carta Mensal de março. Os novos membros da ECIR são Edy e Adherbal Schaefer, Héleme e Peter Nadas e Cidinha e Igar Fehr. Adherbal e Edy têm 12 anos de vida de equipe. Doze anos bem vividos, pois foram Responsáveis da Coordenação e do Setor de Brusque e, em 1971, assumiam a responsabilidade da Região

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que abrangia, até há pouco, as equipes dos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Residindo em Brusque, nem porisso deixam de comparecer com toda a assiduidade às reuniões da ECIR. Foram eles que centralizaram quase todo o trabalho de preparação, no Brasil, da Peregrinação a Roma. Peter e Hélene têm quase 20 anos de casados e quase 17 anos de equipe. Residem em São José dos Campos, onde são membros da equipe n. 0 1 daquela cidade. Desde o início, dedicaram-se ao Movimento como pilotos e ligação, exercendo sucessivamente a responsabilidade do Setor de São José e da Região do Vale do Paraíba. De dois anos para cá, estavam com a responsabilidade da Região São Paulo A (Capital). Com um pé aqui em São Paulo e outro em São José, são assíduos e ativos em todas as reuniões da ECIR. Igar e Cidinha (Maria Aparecida, para os menos íntimos) moram em Jundiaí. Com 17 anos de casados e mais de 10 de vida de equipe, já em 1965 começavam a exercer responsabilidades no Movimento: 1965, Responsáveis da Equipe 3 de Jundiaí; 1969, Responsáveis do Setor, que deixaram para assumir a responsabilidade da Região que tem Jundiaí por centro. Agora na ECIR, continuam com a mesma dedicação e o entusiasmo de sempre, comparecendo pontualmente a todas as reuniões. Como vocês podem ver, os três novos membros da ECIR não são de São Paulo, o que não é por acaso, mas sim para responder a uma orientação que permita sentir o pulsar de equipistas outros que os de São Paulo. E constituem eles três testemunhos de dedicação ao Movimento. -oOoCaros amigos, o nosso intuito foi apenas o de apresentar os novos casais da ECIR. Falar de suas atividades e dedicação ao Movimento não implica em desconhecer o trabalho de inúmeros outros equipistas. De nada valeria uma ótima estrutura e organização centralizadora se não houvesse, desde a base até a ECIR, Responsáveis de Equipe, Casais de Ligação e Pilotos, membros das Equipes de Setor, Regionais, Conselheiros Espirituais . .. e os inúmeros casais que, embora sem cargos, não medem esforços, toda vez que solicitados, para oferecerem o seu tempo e a sua atividade ao Movimento. Para citar um simples exemplo, basta dizer que, para cada um dos três Encontros dos Responsáveis de Equipe e da Sessão de Formação de Florianópolis - os três grandes encontros deste ano - foram mobilizados ao redor de 30 a

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60 casais, entre palestristas, coordenadores de grupos e as mil e uma atividades que estes encontros requerem.

Alegria .. .

e seriedade.

Ao terminar este bilhete, confessamos, caros amigos, que ao fazer esta síntese das atividades dentro do Movimento, ficamos impressionados ao pensar no número de casais que contribuem para que as Equipes de Nossa Senhora sejam realmente, para todos os seus membros, um apoio e um estímulo na sua caminhada para o Senhor. Para todos eles, pedimos a intercessão de Nossa Senhora, para que lhes alcance as graças de que precisam. Muito fraternalmente ,

A ECIR

No clichê, da esquerda para a direita: Adherbal e Edy, Igar e Cidinha, Yvone (o marido, Tharcfsio, é o fotógrafo ), Peter (Hélêne estava ausente) , Pe . Antonio Aquino, Rubens e Dirce, Nancy e Moncau.

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"NÃO TENHO RECEIO DE DEUS ... "

A meditação a seguir, do Pe. Valensin, exprime com vigor o que era o centro de sua fé e a fonte de sua alegria, - e o que é o cerne da fé cristã.

"Os sentimentos que eu quisera ter na hora da morte (e que tenho no presente momento) : pensar que vou descobrir a Ternura! É, impossível que Deus me decepcione e a simples hipótese é impensável. Irei a ele e dir-lhe-ei: não me prevaleço de nada, a não ser de ter acreditado em vossa bondade. Aí é que está com efeito a minha força, toda a minha força, minha única força. Se isto me abandonasse, se esta confiança no Amor desertasse, tudo estaria acabado, pois não tenho o sentimento de valer sobrenaturalmente o que quer que seja; e se é preciso ser digno da felicidade para alcançá-la, é preciso renunciar a ela. Quanto mais eu penso, mais eu sinto que tenho razão em ver no meu Pai a indulgência infinita. E que os mestres da vida espiritual digam o que quiserem, falem de justiça, de exigências, de temores, para mim, o meu juiz é aquele que todos os dias subia na torre e olhava para o horizonte, para ver se o seu filho pródigo voltava para ele. Quem não quereria ser julgado por ele? São Tiago escreveu: "Aquele que tem receio ainda não é perfeito no amor". Não tenho receio de Deus, mas não é tanto porque eu o amo, mas porque sei que sou amado por ele. E não sinto necessidade de indagar porque meu Pai me ama; ou o que ele ama em mim. Aliás ficaria bem embaraçado em responder. Ele me ama porque ele é o Amor; e é suficiente que eu aceite ser amado por ele para o ser efetivamente. Mas é preciso que eu faça este gesto pessoal de aceitar.

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Quanto a isto, é a própria dignidade, a própria beleza do amor que assim o quer. O amor não se impõe: ele se oferece. ó Pai, obrigado por me amardes! E não serei eu a clamar a minha indignidade! Em todo o caso, amar-me, tal qual sou, eis o que é digno de vós, digno do amor essencialmente gratuito! Oh, este pensamento me encanta! Eis-me ao abrigo de escrúpulos, da falsa humildade desalentadora, da tristeza espiritual. Habitualmente, pensamos demais em nós mesmos e não suficientemente nele. Há infelizes teólogos que têm medo (sem confessá-lo a si mesmos) de fazer Deus por demais bom - isto é, por demais belo. "Ele é bom, mas não é fraco", dizem eles ... Fraco por amor, corno meu Pai fica assim engrandecido e mais belo! A cruz me convence.

Auguste Valensin

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A PROPóSITO DO

DIVóRCIO

Há vinte séculos a Igreja apresenta, explica, aplica e defende a doutrinha do sacramento do matrimônio uno e indissolúvel. Há dois mil anos soou nos lábios de Cristo a advertência (referindo-se expressamente à "cerviz dura" daquele povo): "No princípio não era assim (libelo de repúdio), e o que Deus uniu o homem não separe". A razão íntima da indissolubilidade do matrimônio cristão apoia-se no seu significado místico, conforme o testemunho de S. Paulo (Carta aos Efésios 5, 31-32): "Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne (Gn. 2, 24). É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja". O senso comum nos diz que o uso do direito conjugal representa uma consumação; que algo de irreparável acontece; que, ao dom afetivo e verbal, acrescenta-se um dom efetivo. Consumado, o matrimônio consuma-se também na ordem simbólica e mística da união entre Cristo e a Igreja. Mas é importante notar que o sacramento foi apenas a restauração, a elevação de um contrato anterior, não instituído pelos homens, mas, pelo Autor da natureza, que lhe deu a garantia de determinadas leis, como a da indissolubilidade, além da unidade e da perpetuidade. É claro que, como Bispo, defendo a lei de Deus. Mas, não só a lei de Deus revelada na Escritura, e sim também a que está inserida na natureza das coisas. Não só como católico, mas, como cidadão e brasileiro é que tomo a defesa do matrimônio indissolúvel. Analisem o sentimento que leva à união conjugal; considerem a essência da união conjugal; examinem as conseqüências perniciosas da pluralidade. O amor verdadeiro, que não é mera amizade, é comprometente e exclusivo. O amor conjugal ou é exclusivo, ou não é conjugal. Mesmo prescindindo de motivos religiosos, não há quem não se assombre diante da degradação moral e social a que leva a prática do divórcio, segundo as estatísticas. Defendendo a indissolubilidade, defendemos o amor, a nobreza da família, o tesouro das crianças, a dignidade da mulher.

A posição de quem defende a família contra o divórcio é de convicção e coerência, no esforço de conseguir a libertação e a construção de uma comunidade política como o desejam todos os cidadãos conscientes. É que a indissolubilidade do matrimônio constitui o suporte de todo o contexto social. O divórcio, ao contrário, procede de uma ideologia individualista, egoísta, sem coerência numa autêntica comunidade nacional. O matrimônio é -12-


um contrato incindível, que dá origem a direitos e deveres, é instituto natural, válido para todos, católicos e não católicos. -o Oo-

- E o divórcio vai amadurecer quem? Em vez de uma campanha pelo divórcio, por que não se prega a generosidade e o amor? Por que não se induz a uma educação e preparação para o casamento? Combatendo o divórcio, defendemos o amor. As estatísticas revelam que a possibilidade legal do divórcio multiplica os divórcios, e o motivo é porque ele introduz um equívoco na natureza do amor: não é mais um dom total, é um dom com reserva: "unidos ... enquanto der certo!". Ora, a psicologia conjugal revela que a vida a dois passa sempre por uma fase que não dá certo. A fase do amor ingênuo, a fase da euforia e a fase dos atritos. . . Esta última é a fase crítica, uma passagem para a fase final da plenitude. Os casais que superam a fase crítica chegam à síntese final que reassume os valores positivos das duas primeiras. A raiz última de todos os dramas conjugais reside na concepção hedonista da vida matrimonial, que encontra no divorcista seu maior cúmplice. Quem vê no casamento apenas uma chance de satisfações pessoais, no momento em que essas não compensam mais os nobres sacrifícios, deseja a dissolução. Se é difícil viver junto - como, de fato, o é - então é preciso que os jovens sejam preparados para o casamento. Não se vai destruir a sociedade porque uma parte dela anda mal. Um órgão doente se cura ou se extirpa, mas, não se mata a pessoa. A infidelidade é a incapacidade de viver um empenho sério, é falta de maturidade do amor, que se limita ao utilitarismo. O divórcio entra, então, não como solução, mas, como falência. As separações conjugais de fato (das quais se dão cifras discutíveis) não podem criar situação de direito. Ai de nós! O critério do número levaria à legalização de inauditos crimes. . . Muito mais humano e patriótico do que lutar pelo divórcio é trabalhar pela educação do povo, pelo seu esclarecimento, pela sua maturidade completa, física, econômica, profissional, intelectual e moral. Sim, porque a moral permissiva enfraqueceu a moral cristã e debilitou a estabilidade da família, mercê de uma moral regressiva, agressiva e impune. Esposos, jovens, adolescentes, respiram, como normais, os miasmas da desordem moral. :É possível garantir assim a fidelidade? D. José Newton de Almeida Batista Arcebispo de Brasília

(De artigo publicado no "L'Osservatore Romano")

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UM CASAL NA PEREGRINAÇÃO

Ao relatarmos o que foi a nossa peregrinação, não podemos nos limitar aos dias em que estivemos em Roma. Nossa peregrinação começou bem antes e foi um caminhar constante.

Embarque em Viracopos

Quando recebemos a comunicação de que foramos escolhidos para representar a Região no grande Encontro das Equipes em Roma, a princípio não podíamos acreditar: por que nós? Depois, confessamos que o entusiasmo de viajar à Europa e uma certa vaidade tomaram conta de nós, mas esse fato de termos sido ''escolhidos" nos levou a refletir e a tomarmos consciência da nossa responsabilidade. -14-


Entramos em espírito de peregrinação. Em nossas orações, pedimos a Deus que nos desse humildade, que abrisse nossa mente e nosso coração para recebermos o seu Espírito, que iria nos iluminar na compreensão das sua mensagem e da missão que nos confiava. Sentimo-nos verdadeiramente como missionários das Equipes a caminho de Roma. Tivemos alguns momentos de preocupação: nosso trabalho, nosso lar. . . mas todos se colocaram à nossa disposição para suprir nossa ausência. Próximo à nossa partida, não faltaram as cartas e as palavras de carinho que realmente nos emocionaram pela confiança que em nós todos depositavam. Foi com muita ansiedade que chegamos ao aeroporto de Viracopos e nos unimos aos outros peregrinos, que viviam a mesma emoção que nós. Tudo era festa. Muitos casais para lá se dirigiram e nos abraçavam com lágrimas nos olhos, numa despedida onde se caracterizava o amor fraterno. No Rio, o grupo se completou. entre casais, jovens e sacerdotes.

Éramos ao todo 46 pessoas,

Fizemos uma escala de dois dias em Madri e aproveitamos para visitar os principais pontos turísticos da região, sem, no entanto, perder de vista o nosso objetivo: fazíamos nossas orações entre um percurso e outro, participávamos da Santa Missa numa capela próxima ao hotel e Pe. Aquino dirigiu uma meditação, baseada na sua experiência, que teve grande valia para toda nossa viagem, no sentido de que não fizéssemos julgamentos sem considerar primeiro que estávamos em outro mundo, com costumes bem diferentes dos nossos. Chegamos a Roma sábado 18, à noite, e pudemos sentir logo de início um pouco da organização do encontro. Um casal francês nos esperava no aeroporto e entregou-nos uma folha relacionando a casa em que iríamos ficar e o número da equipe da qual iríamos participar. Na saída do aeroporto, o grupo brasileiro se separou e cada um se dirigiu ao ônibus que o conduziria a seu lugar de hospedagem. Uniu-se a nós o grupo português (mais de 90 casais), muito fácil de se integrar, não apenas pela facilidade lingüística, mas principalmente pelo gênio alegre que todos demonstravam. A organização esteve realmente perfeita. Quem tem alguma experiência de organização de encontros pode prever a dificuldade de se montar um esquema de recepção, alojamento, formação de equipes de línguas diferentes, com intérpretes, locomoção para 15-


os grandes encontros, organização dos locais de encontro, aparelhos de som, tradução, e uma série de outras pequenas coisas para um grupo de quase 3.000 pessoas. . . e tudo funcionou muito bem, inclusive o horário. Na casa em que nos alojamos - o Instituto della Divina Providencia -, dirigida por freiras francesas, éramos dois casais brasileiros, um grupo de portugueses, um grupo maior de franceses, um casal belga e um da Ilha Maurício, três padres franceses e dois portugueses. Um casal português e um francês eram os responsáveis pela casa (avisos, horários, etc.); um padre assistente e um médico completavam a equipe de serviço. Na nossa casa, havia cinco equipes que se reuniam; a nossa era formada por dois casais e um padre franceses, um casal português, nós e um padre português que serviu de intérprete. A língua portuguesa e a francesa eram as faladas em nosso alojamento e não havia muita dificuldade de entendimento porque quase todos os portugueses falavam francês e serviam de intérpretes para os que não falavam, como nós. Depois de termos o domingo livre, à noite iniciamos, realmente, o nosso encontro de peregrinos. Domingo -

dia 19 -

21 horas

Reunião de equipe. Foi por uma reunião de equipe que se iniciou para todos a peregrinação. . . Tivemos como texto de meditação Jo. 17, 21-26, a apresentação e uma partilha sobre o que esperávamos desse encontro e particularmente da nossa vida de equipe em Roma. Finalmente, as intenções. Essa primeira reunião nos pareceu bastante fria, com uma apresentação um pouco formal, casais sem muito tempo de Movimento - nós éramos os mais antigo-s, com 10 anos, um casal com 7 anos, outro com 4 e outro com 2 anos de Movimento; um padre com mais experiência e outro recém-ingressado no Movimento. (Obs. - Estamos transmitindo o que sentimos da nossa equipe: não podemos falar das outras 300 que estiveram reunidas). Segunda-feira - dia 20 - 10 horas Reunião de todos os casais nas Catacumbas de São Calixto "Liturgia da Reconciliação" Este foi o primeiro tema proposto, que nos levou a pensar no homem dividido, num mundo dividido, cheio de muros, sepa-16-


rações, ódio e guerra, quando Jesus veio para trazer a paz, para derrubar o muro da separação levantado entre o homem e Deus. "Precisamos trabalhar na obra da unidade. Nenhum lugar seria mais propício que as Catacumbas, que encerram os restos dos primeiros mártires e exalam a generosidade de quem morreu por amor, para refletir sobre a antagonismo que temos dentro de nós mesmos, na nossa família, entre classes diferentes, entre raças, entre povos". A cada passo nós mais nos conscientizávamos da covarde omissão dos cristãos de hoje: temos olhos para ver e ouvidos para ouvir o que está errado, mas não temos voz para proclamar o que está certo. Por entre os túmulos dos santos cristãos, nos compenetrávamos da nossa fraqueza, da nossa falha escala de valores, e, ao mesmo tempo da generosidade de Cristo, que nos perdoa e espera alguma coisa de nós. Nós nos propusemos um esforço contínuo de adesão total, sem restrições, a Cristo. Das 12 h às 16 h, tivemos tempo para um lanche e para a reflexão individual e do casal, enquanto os sacerdotes atendiam às confissões. As 16h30, tivemos a Celebração Eucarística, dirigida pelo Cardeal Suenens, Arcebispo de Bruxelas, em francês. As 18 h, nos dirigimos para nossas casas, onde, após o jantar, tivemos nossa 2.a reunião de equipe. Tema de meditação Mat.16, 13-16. Perguntas para partilha: - Que evolução tem experimentado nossa fé, que dificuldades e que tempos fortes? - Hoje, quem é, para nós, Jesus Cristo? - Como partilhamos a nossa fé em casal? Intenções e encerramento. O clima da reunião já foi mais descontraído, mas, talvez pelo cansaço, limitou-se mais à meditação, feita em forma de oração. Devido ao adiantado da hora, pouco se partilhou.

Terça-feira -

dia 21

Na período da manhã, fomos levados a uma visita ao Museu do Vaticano e à Basílica de São Pedro. Foi maravilhoso ver que os homens não constroem só armas, mas que alguns colocam seus talentos em louvor a Deus. As 16h30. nos reunimos em Santa Maria Maior. O tema do dia era "Amar" e tivemos uma conferência do Pe. Voillaume sobre "O Evangelho, uma boa nova para os casais". "E.N.S. - um Movimento de casais que arrasta um para o outro. No entanto já não existiríamos ou teríamos criado um evangelho particular e egoísta se limitássemos o nosso Movimento -17-


apenas à realização do nosso amor conjugal. Que valor tem amar apenas aqueles que nos amam? diz o Senhor. "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei." Cristo amou a todos, sem restrições. Cristo despojou-se de si mesmo, entregou-se a nós e por nós. Não é possível buscarmos apenas o amor na nossa realização conjugal. Tudo deve ser conseqüência da abertura de nossos corações para o próximo. Ou amamos como Cristo nos ensinou, ou brincamos de amar. Somos limitados na nossa capacidade de amar, mas não nos resignemos com a estreiteza dos nossos corações: Deus é maior que nossos corações (J o. 3, 20) e pode alargá-los pelo dom da caridade. Amar mais e amar melhor é o que se pede e que se aprende, e é no centro do nosso amor conjugal que se verifica e desenvolve o amor a Deus e ao próximo. Que nosso amor não se destine a causar inveja aos frustrados de afeto, mas seja contagioso e suscite o desejo de amar e de viver uma verdadeira felicidade". Na seqüência da programação, tivemos a Celebração Eucarística, celebrada pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, com a liturgia em espanhol. Dirigimo-nos às casas e, após o jantar, tivemos a nossa terceira e última reunião de equipe. Texto de Meditação - I Cor. 9, 16-23. Partilha: - Tomamos consciência, individualmente e em casal, que pregar o Evangelho é uma necessidade que nos incumbe? - Estamos resolvidos a preencher a condição fundamental indicada por São Paulo: "Fazer tudo para todos"? - Como concebemos hoje a missão evangelizadora do nosso casal? Para esta reunião o grupo já estava bastante familiarizado, o ambiente era muito propício, mas não havia tempo, de modo que ficamos apenas na meditação e em alguns comentários sobre as perguntas . .. Como quarta-feira era o dia de audiência do Papa, foi-nos sugerido que fizéssemos uma hora de vigília noturna por casa. A nossa foi das 3 h às 4 h da manhã. Como fomos deitar à meia noite e tínhamos que levantar às 6 h do dia seguinte, julgamos que não haveria muita adesão, mas nos surpreendemos com a presença de todos os casais. Foi uma bela vigília, dirigida por um padre francês e um português, com leitura da palavra de Deus, meditação e cânticos.

Quarta-feira -

dia 22

Um dia bastante aguardado por todos: o Santo Padre, o Papa, recebe as E.N.S. -18-


Logo cedo, nos dirigimos à Basílica de São Pedro, onde o dia se iniciou com a Santa Missa, celebrada pelo nosso D. Lucas Moreira Neves, Vice-Presidente do Conselho dos Leigos em Roma. A liturgia foi em alemão. Durante a celebração da Missa, foi feita a renovação das promessas do casamento. O tema do dia era: ((Comprometer-se".

J l

"O compromisso deve ser recíproco. Assim como Deus se compromete com Abraão e com seus filhos para sempre, nós devemos nos comprometer com Ele. O amor dos esposos é um sinal privilegiado dessa aliança cheia de ternura e misericórdia. É um compromisso irreversível, que deve ser assumido como um apelo à progressão do amor. Comprometemo-nos com o outro para uma caminhada em comum. A fidelidade ao compromisso é desejarmos sempre continuar a caminhar juntos". Pontualmente, na hora prevista, llh30, o Santo Padre ingressou na Basílica, conduzido por quatro de seus guardas. Foi ovacionado por todos os presentes. Foi realmente emocionante ver de perto aquela figura que transmitia, em sua fisionomia, paz e amor. Era o próprio Cristo no meio de nós. Falou em francês, sem tradução, e não podíamos entender suas palavras - mas podíamos sentir o seu amor e a sua autoridade como chefe da Igreja. O momento que mais nos emocionou foi quando os casais responsáveis pelo Movimento em seus países, um por um, foram recebidos por Paulo VI. Quando Rubens e Dirce se achegaram a ele, foi como se cada um de nós, brasileiros, lá estivesse, recebendo sua bênção, ouvindo suas palavras. Terminada a cerimônia, tivemos a tarde livre para passeios e, após o jantar, nos dirigimos para Frascati, onde foi realizado o "serão festivo". Todos os equipistas peregrinos estavam reunidos em um grande pátio, conversando em pequenos grupos, aguardando a apresentação de números típicos de cada país, quando o samba se fez ouvir. "Quando dois ou mais brasileiros estiverem reunidos, sem compromisso, dá samba". Em pouco tempo todo mundo sambava, num autêntico carnaval carioca à romana. Foi quando o grupo de jovens, encarregado da apresentação dos números, pôs ordem na casa e iniciou a apresentação. Foram portugueses, espanhóis, ingleses, canadenses, alemães, australianos, franceses, etc., se apresentando, com muita naturalidade, em um verdadeiro show internacional, que terminou sem que todos se apresentassem, inclusive nós, do Brasil, pelo adiantado da hora.

-19-


Quinta-feira -

dia 23

Tema do dia: "Regozijar-se". "A minha alegria não é qualquer alegria. É fruto do Espírito, nem a cruz, nem a morte a diminuem. A verdadeira alegria não consiste na abundância dos bens materiais, mas na liberdade do filho entre as mãos do Pai. "Quem quiser salvar sua vida perdê-la-á" (Lc. 9, 24). O mesmo se dá com a alegria. É feita para ser dada como nós mesmos a recebemos: gratuitamente, sem reserva alguma, e sabemos por experiência própria que a alegria do lar nunca é tão viva como quando a partilhamos com alguém. São Francisco encontrou a verdadeira alegria no despreendimento das coisas materiais e na natureza". Por esse motivo o nosso encontro nesse dia foi na cidade de Assis, a terra de São Francisco. Saimos dos alojamentos às 6h30 e, às lOh, estávamos concentrados em Santa Maria dos Anjos para ouvir a conferência do Pe. Caffarel, que versou sobre o tema "Francisco, quem és tu, o que tens para nos dizer?" Rever aquela minúscula figura , que tanto fez pelos casais do mundo todo, foi uma alegria para todos nós, brasileiros, que tivemos a oportunidade de estar com ele há alguns anos atrás, no Brasil. A colocação que nos fez da vida de São Francisco nos levou a concluir que a verdadeira alegria não se encontra no conforto, nos bens materiais, mas na pobreza de espírito que nos leva a partilhar com os menos favorecidos nossos bens morais, intelectuais e materiais. Francisco se fez pobre para nos enriquecer. A dor das chagas que recebeu de Cristo, transformou-a na alegria de viver. Depois de visitarmos a cidade de Assis, regressamos à Igreja de Santa Maria dos Anjos para a Celebração Eucarística, dirigida por D. Antonio Marcelino, Bispo Auxiliar de Lisboa, com liturgia em italiano.

Sexta-feira -

dia 24

Tema do d ia: "Testemunhar" "Não enterremos o talento, nem coloquemos a luz debaixo da mesa. O corpo de Cristo não foi sacrificado, o sangue de Cristo não foi derramado só por nós. O Espírito Santo não é apenas para nossa iluminação pessoal. Exortai-vos uns aos outros; edificai-vos mutuamente, diz Paulo. Não será o testemunho da vossa comunidade conjugal avidamente desejado, impacien-20-

'


temente esperado por aqueles que ainda andam em busca da Luz e do Amor?" Tivemos a manhã livre e, às 15h45, fomos à Basílica de São Paulo para ouvir as exposições do Pe. Tandonnet e da Equipe Responsável Internacional. "Deveis ser testemunhas. . . Esta é a nossa tarefa, que o Senhor nos confia em todos os tempos. O casal cristão não está vocacionado para produzir apenas frutos carnais mas tem que estar aberto ao mundo para divulgar o amor fecundo e a fé. Está nos Estatutos: "Fazem do Evangelho o fundamento de sua vida. Pretendem ser missionários." Só nós, casais cristãos, podemos responder ao desafio do ateísmo e lutar pela valorização da família. Nem todos podem fazer tudo, mas podemos estar atentos para fazer mais e melhor o que Cristo nos pede." E com a Celebração Eucarística, liturgia rezada em português, encerrou-se o grande Encontro de peregrinos em Roma. Enquanto regressávamos ao Brasil, um grupo menor permanecia reunido por mais uma semana de trabalhos. Do Brasil, ficaram: Dirce e Rubens, Betisa e João, Hélene, Pe. Aquino e Frei Estevão. Voltamos realmente animados e esperançosos: o Movimento é uma realidade. Normalmente, usamos como pretexto para nossas omissões a célebre frase: "Não posso consertar o mundo". Sozinhos, realmente, não podemos. Mas não estamos sós. Existe no mundo todo um grande número de casais imbuídos do mesmo ideal: ansiosos por divulgar o Evangelho, ávidos em propagar a felicidade do matrimônio cristão. Ainda somos poucos? Sim, ainda estamos inferiorizados em número, mas, pela fé, mesmo sós, seremos mais fortes. Fomos a Roma em busca de experiências e novidades - encontramos o Evangelho. Irmão equipista, não busque o saber pelo saber. Abra o Evangelho, e transforme suas páginas em vida - a sua vida.

Dina e Chico Equipe 6 -

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Jundiaf


Com a palavra os Conselheiros El,pirituais

A CARTA

MENSAL

(Editorial do Boletim de Marilia)

Você lê a Carta Mensal? Ou você a deixa entre os muitos papéis que se acumulam numa prateleira? Ora, entre os meios de aperfeiçoamento, consta a leitura do Editorial da Carta Mensal. Talvez você o leia, às pressas, para ter a satisfação de responder "sim" na hora da partilha. . . Já sei. Você me dirá: Não tenho tempo. Pois bem, acontece que a Car ta Mensal é um subsídio que o Movimento lhe proporciona cada mês para o seu crescimento espiritual. Cada Carta lhe oferece mensagens, experiências e notícias do Movimento. Através da Carta você reflete, pensa, medita, se enriquece, participa da vida das Equipes no Brasil e até no mundo todo. Você é muito atarefado. Leia as 32 páginas da Carta Mensal e, no fim do ano, terá lido pelo menos 320 páginas, o equivalente a um livro. É pouco. Mas já é alguma coisa. Afinal de contas, o homem não vive só de pão. Hoje em dia, o INAB descobre que o brasileiro carece de vitaminas e calorias. É preciso t ambém procur ar as vitaminas indispensáveis à sua vida espiritual. Será que podemos crescer como pessoas humanas, como cristãos, sem nunca ler nada? Ou vamos ter agora um povo alfabet izado que não lê nada? Ou "o protótipo do homem de amanhã será um engenheiro mecânico no qual o instinto da manipulação substitui a razão com a abdicação da liberdade"? Todo mês o Movimento se preocupa com você, mandando-lhe uma carta de amigos para amigos. Será que você se preocupa também cons! go mesmo? O que você faz da Carta Mensal?

Pe. Alberto Boissinot (Conselheiro Espiritual do Setor de Marilia)

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,

E já que o assunto é Carta Mensal, aproveitamos para comentar o resultado da pesquisa realizada pelo Setor A de São Paulo. Como noticiamos, o Setor, por ocasião do questionário de balanço, resolveu fazer algumas perguntas relativas à Carta Mensal. As respostas, de 39 casais em aproximadamente 60, não deixam de ser esclarecedoras. Descobrimos, por exemplo, que a aparência da Carta Mensal agrada à quase totalidade. Quanto aos assuntos abordados, foram julgados interessantes pela esmagadora maioria dos que responderam à pergunta (25 em 27 /39). Não nos surpreendemos com a quantidade de respostas evasivas, o que apenas vem confirmar que um bom número não lê a Carta Mensal. Em 39 casais, 31 responderam quanto à aparência e apenas 27 quanto ao conteúdo ... Consolam-nos os equipistas que escrevem: "A Carta Mensal nos ajuda muito", "É mensalmente aguardada e .lida", "Sempre a leio inteira, seus artigos são interessantes e sinto prazer em relê-los mais de uma vez por mês". Também conforta ver que alguns reconhecem "a luta dos que participam de sua elaboração" ... A pergunta sobre se a Carta desperta vontade de colaborar, um pequeno número respondeu que sim, mas não saberia como ... As sugestões apresentadas coincidem exatamente com os nossos grandes problemas: "maiores notícias do Movimento - cada Setor deveria ter um correspondente" - coisa que vimos pedindo aos Setores há mais de 5 anos. . . - "maior colaboração dos equipistas em geral" - que aguardamos permanentemente, mas quase nunca chega e acabamos tirando dos Boletins. . . Quanto a "reportagens de assuntos nossos", realmente poderíamos melhorar neste ponto, mas é difícil quando não se sabe o que acontece por aí. .. Agradou-nos a sugestão - que inclusive um Setor já vem pondo em prática há alguns anos por conta própria - de que "o Movimento exorte a ler não só o Editorial, mas todo o conteúdo da Carta Mensal". Em Bauru, na reunião mensal, cada um dos equipistas deve dizer qual o artigo da Carta Mensal que achou mais importante ou mais interessante ou de leitura mais proveitosa - assim todo mundo é obrigado, todo mês, a ler a Carta inteira ... Aliás, quando se sabe que alguém tão ocupado e tão culto como o Arcebispo de São Paulo declarou ao Marcello que lia a Carta "de fio a pavio", ficamos pensando qual seria a justificativa dos equipistas para não lerem essa mensagem que, todo mês, lhes preparamos com amor e sacrifício ... É isso mesmo, não é, Pe. Boissinot? -23-


CARTA A MEU AVó

Querido nono: Recebi ontem sua cartinha. Ah, nono, eu sei o quanto você deve estar sofrendo, mas sei o quanto você está sendo forte em Deus. Nono, Deus me disse que você está sentindo fé. Você viu como é grande a força que Ele nos dá? Eu sinto tão bem a felicidade e a paz em que a nona está! É tão forte! É algo MAIOR que tudo que existe. Você pode estar certo, tão certo como você vive, que a nona está muito feliz, mas muito feliz mesmo, no Amor que só Deus tem. Como Deus é grande! Sabe, nono, foi aqui, numa igreja onde não posso ainda entender a missa, aqui tão longe, que senti Deus. Domingo eu fui à missa. Estava morta por dentro, precisava de Deus, estava sofrendo como nunca quando soube da nona. Não enxergava nada porque meus olhos estavam muito inchados de chorar e não podia entender as palavras do padre porque meu inglês ainda está muito fraco. Eu queria entendê-las, rezei por isso, mas Deus quis que eu só O ouvisse, pois as palavras dos homens não podiam me transmitir nada. E Deus estava presente, me enchendo de FÉ e CORAGEM, e me mostrando os outros. E na linguagem dele, no Amor, eu senti a vida na morte. Nono, vou lhe falar a verdade: foi a primeira vez que Acreditei Mesmo que Deus existe. E agora eu sei disso. E sei o quanto a nona está feliz com Ele, num mundo só de amor. Sabe, nono, eu entendo muito a sua dor, não é fácil mesmo ter de viver de repente com dois braços quando quase durante uma vida toda se teve quatro. Mas sabe, nono, é agora que Deus e a nona querem provar mesmo o seu amor. Amar é dar vida pelos outros, né? Então pense: o senhor queria poder continuar a cuidar dela, conversar com ela, viver com ela. Mas e o sofri-

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mento dela? Ela sofrendo terrivelmente, ao seu lado, mas sofrendo. E o amor não é o corpo, é a alma, e a alma está viva, está amando você, com você, pense em todo esse Amor que é tão forte. E pense também no que a nona nos deixou, que esplêndido: a mamãe, tão boa e maravilhosa, o tio, todos nós que somos ela onze vezes. É assim que eu penso pra não sofrer tanto, pra sentir realmente que somos filhos de um Deus que não nos ama pelo corpo, um Deus que, como a nona, não vive materialmente com a gente, mas através da vida que a gente chama Amor. E Deus me diz que a nona está FELIZ. Deus me deu essa alegria de poder sentir a felicidade dela, uma felicidade diferente, divina. É tão grande a tranqüilidade que agora está no meu coração quando penso nela! É uma sensação que Deus me está dando porque Ele é bom e tem dó de saber que eu não posso compartilhar dessa dor com vocês. E eu tenho FÉ. Se você pudesse sentir como eu a PAZ e a FELICIDADE em que ela está! Não se esqueça que Deus é só AMOR e tenha sempre FÉ. Ela está agora cuidando de você. AMOR, nono, é a nossa VIDA e supera uma palavra que os homens inventaram: morte. Não existe. Sei disso. Um beijão, com todo o amor de sua netinha.

Luciana (15 anos, filha de equiplstas)

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FLAGRANTES

DE ITAICI

Não foi a maior concentração de equipistas: no Rio, havia mais gente ainda. Mesmo assim, quase 400 pessoas. Que o local não comportava. Vejam, pelas fotos, como o pessoal se acomodou. O salão ficou tão repleto que os casais tiveram que subir e se instalar no "balcão". A segunda foto mostra apenas a metade da assistência: do outro lado, havia a mesma quantidade de gente. A primeira dá uma idéia de quantos tiveram que recorrer à galeria superior.

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"Recreio" - ou pausa para cafezinho e bate-papo no gostoso jardim. Finalmente, a alegria do pessoal de Jundiaí, a turma da Equipe de Serviço sobre a qual mais pesou o trabalho de organização e coordenação do EACRE. Não parecem nada cansados: é a alegria de servir . ..

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NOTíCIAS DOS SETORES

Recebemos de Maria Alice e Adelson, Casal Responsável pela Região Centro-Leste, as seguintes notícias, que muito agradecemos, bem como as carinhosas palavras relativas ao trabalho da Equipe da Carta: Mensal. Dizem Maria Alice e Adelson: "0 nosso muito obrigado pelo esforço para a publicação das Cartas Mensais, que tanto aprofundamento e união com os demais equipistas do Brasil nos proporcionam." Palavras que muito nos confortam e são um incentivo para tentarmos melhorar cada vez mais. PIRAPORA, MG -

Primeiras equipes

Nasceram duas equipes de uma só vez, graças à presença em Pirapora de um casal de Niterói que no momento reside naquela cidade. Para os que desconhecem a sua localização, Pirapora situa-se ao norte de Minas Gerais. Para atingi-la, partindo de Belo Horizonte, leva-se aproximadamente 6 horas de carro ... Estiveram presentes ao lançamento, representando o Casal Regional, Lourdinha e Waldir, Responsáveis pela Coordenação de Niterói, assim como Frei Roberto. Solicita-se aos irmãos equipistas, além de suas orações, o envio de boletins ou qualquer outra contribuição, a fim de que esses irmãos de Pirapora, tão distantes fisicamente, possam sentir-se mais unidos ao todo do nosso Movimento. Endereço do Casal Piloto: Daurea e Antonio Reis Rua Coronel Ramos, 1 39.270 -

VALENÇA, RJ -

PffiAPORA, MG

Inter-equipes ou informação?

Realizou-se em julho uma reunião inter-equipes, ou mista, como queiram. Eram 5 grupos de 7 casais. Estas reuniões tiveram uma característica bastante peculiar, pois, além dos casais -28-


das duas equipes de Valença, participaram equipistas do Rio e de Petrópolis ( que também contribuiu com um Conselheiro Espiritual, Frei Hipólito), e também compareceram 17 casais que estavam interessados em conhecer de uma forma viva as Equipes de Nossa Senhora ... O resultado foi uma verdadeira reunião de informação, ao vivo. E como resultado foram lançadas mais duas equipes, cujos casais pilotos, ambos do Rio, estavam presentes naquela reunião. -

Retiro

Foi realizado em outubro um retiro de dois dias, aberto aos demais casais da cidade. Já havia sido organizado um retiro nestes moldes em outubro do ano passado e muitos dos que dele participaram são hoje os integrantes das duas novas equipes.

BELO HORIZONTE -

O Movimento de volta

Tendo se mudado para Belo Horizonte, o casal Olga e José Rocha está empenhado em iniciar novamente o Movimento lá. Publicamos a seguir o seu endereço, para que os que conhecem casais interessados em ingressar nas Equipes possam indicar os seus nomes: Olga e José Rocha Rua São João Evangelista, 786, apto . 203 Santo Antônio 30 . 000 -BELO HORIZONTE- MG Telefone: 223-4778

-0BLUMENAU -

Novo ressurgir

Notícias enviadas pela Coordenação de Blumenau para publicação na Carta Mensal:

"Depois de um período de quase estagnação, quando, das cinco equipes lançadas, apenas três restavam, uma premente necessidade de fazer algo pelo Movimento foi tomando conta dos equipistas da 'Cidade Jardim'. A primeira medida foi uma reunião de informação, cujo resultado foi excelente. Explanações e exemplos não faltaram por parte dos antigos equipistas. E, devidamente informados, os ca-29-


sais convidados reagiram de imediato! Inscrições suficientes para serem formadas duas equipes! Estava lançada a semente. E foram lançadas as Equipes 1 e 3, tomando o número das que se haviam dissolvido. Frei Odorico e Frei Erwino, convidados para Assistentes, prontamente acederam e se entusiasmaram pela nova tarefa. O trabalho de pilotagem, planejado e executado de comum acordo pelos dois casais para que as duas equipes se desenvolvam juntas, vai sendo realizado com muito entrosamento e amor. Um trabalho de equipe dentro das Equipes! Não se pode negar que as esperanças são grandes. Os planos surgem. Enquanto isso as equipes confraternizam, as antigas olhando com carinho as "caçulinhas" e estas demonstrando um excelente aproveitamento. Os novos casais primam pelo entusiasmo e pelo gradativo e empolgante crescimento espiritual. São profundos, compenetrados da importante missão a que se dedicam. Assim estamos nós em Blumenau. Precisamos, no entanto, do incentivo e da oração de todos , para que possamos dizer: "Cresci como a vinha de frutos de agradável odor ... " União de orações e corações das Equipes de Blumenau, SC."

SOROCABA -

Benvindos!

Foi lançada há um ano, mas só recentemente a Carta Mensal ficou sabendo da existência da primeira equipe de Sorocaba. É uma grande notícia e teria merecido destaque. Mas antes tarde do que nunca! Foi lançada a partir de Jundiaí: Cidinha e Igar fizeram a informação e a pilotagem ficou a cargo de Ana Maria e Osmar. O Casal Responsável foi eleito em agosto e p articipou do EACRE de Itaici.

JUNDIAí -

"Da Oração para a Ação"

Feliz com o lançamento das Noites de Oração, o Setor faz questão de frisar que os equipistas não se contentam em rezar. Conta o Boletim que um grupo de equipistas resolveu dedicar-se à construção de casas populares para famílias desamparadas da Vila Hortolândia. O grupo já determinou várias providências, como a procura de um terreno na redondeza, o convite a equi-30-


pistas competentes em matéria de engenharia, arquitetura, administração, etc., sem esquecer a motivação de um número maior de casais para colaborarem no empreendimento. -

Mais promoção humana

Um apostolado diferente está sendo desenvolvido por dois casais da Equipe 1: promover a legalização da situação matrimonial de várias famílias que vivem no acampamento de lenhadores no município de Cajamar. Os equipistas estão empenhados em providenciar a documentação necessária à legalização de 30 uniões. Como a maioria das famílias veio do Norte, os documentos demoram para chegar e até agora só puderam ser realizados 9 casamentos. Mesmo assim foi um acontecimento importante - ao qual os jornais deram o devido destaque - pois, além dos casamentos, foi realizada a legitimação de 27 crianças oriundas dessas uniões. Devido à insistência dos equipistas, a Prefeitura acabou concordando em realizar os casamentos e os registros de graça, além de ceder o local, onde se realizou a cerimônia coletiva, na presença do Prefeito. Os equipistas trouxeram um sacerdote para dar a bênção, se bem que alguns dos "noivos" já fossem casados no religioso. Os padrinhos: o próprio Prefeito e os casais Nenê e Zinho e Marisa e Fleury. (Em se tratando de pessoas analfabetas, há necessidade de três padrinhos.) Fato interessante: casou um pai, de 59 anos, e ao mesmo tempo suas três filhas, legitimando-se a um só tempo toda a família: as filhas (as noivas) e as 9 netas. -

Palestras sobre Nossa Senhora

Durante as 8 noites da novena preparatória de Na. Sra. do Desterro, casais das Equipes deram palestras na Catedral sobre a Virgem Santíssima. Reunião de Responsáveis

No ambiente bucólico da Granja Betinha, realizou-se o encontro do Setor com os Casais Responsáveis de Jundiaí e Louveira - com a grata presença de um casal de Sorocaba. Antes, houve um almoço, do qual part'ciparam os Conselheiros Espirituais, que se reuniram para discutir problemas e diretrizes para as equipes.

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O espírito que animou o encontro foi dos melhores. A meditação do Pe. Renato, as colocações de Wilma e Orlando, do Newton, do Pe. Vidal, a meditação dos casais, o apelo dos casais do Setor e, por fim, a Sagrada Eucaristia - tudo contribuiu para inflamar os novos responsáveis, todos dispostos a se dedicarem com amor à tarefa a eles confiada.

1'AUBATÉ -

Responsáveis passam o cargo

Após reunião dos Casais Responsáveis eleitos com a Equipe de Setor, na presença do Casal Regional, I rene e Dionísio, as Equipes de Taubaté reuniram-se para a Missa de posse. A missa, muito solene, com liturgia própria, preparada pelas equipes 7 e 8, foi celebrada pelo Pe. Beni e contou com a presença de todos os Responsáveis antigos e novos e também com a maioria dos equipistas do Setor. Os Casais Responsáveis fizeram a procissão de entrada e, no ofertório, o Responsável do ano passado transferiu o cargo ao Responsável eleito. Comovente o instante de reflexão após a Comunhão, quando foram apagadas as luzes e ouviu-se uma flauta-doce tocando a "Oração de São Francisco". Encerrou-se a passagem de cargo com um lanche de confraternização, às 21 hs. GUARATINGUETA -

Notícias da Missa do Setor

"No terceiro domingo de cada mês, os equipistas de Guaratinguetá e Aparecida têm um encontro marcado, às 19 hs., no Seminário Frei Galvão. É um encontro muito especial, pois lá acontece a Missa Mensal dos equipistas do Setor. Em agosto, procurando homenagear os pais, houve uma missa muito bonita e concorrida, oficiada por Frei José. Logo após, o costumeiro cafezinho, biscoitos, salgadinhos, e aquele gostoso bate-papo de confraternização e alegria entre todos os presentes."

SAO PAULO -

Orações pela Peregrinação

Acompanhando a peregrinação que nossos companheiros equipistas realizaram à Cidade Eterna, os diversos Setores da Região São Paulo/ A, sob a orientação do Casal Regional, Thereza e Car-32-


los Heitor Seabra, programaram a realização de Noites de Oração. Do dia 21 ao dia 24, em locais diferentes, foram dirigidas preces a Deus e à Virgem Maria, a fim de que a Peregrinação alcançasse as graças de que nosso Movimento necessita para uma difusão cada vez maior da espiritualidade conjugal e familiar. NOVAS EQUIPES Brusque

Equipe 10 - Casal Piloto: Ely e Jamil. ritual: Pe. Normélio.

Conselheiro Espi-

Blumenau

"Nova" 1 e "Nova" 3 rico e Frei Erwino.

Conselheiros Espirituais: Frei Odo-

Pirapora

Equipes 1 e 2 -

Casal Piloto: Daurea e Antonio Reis.

Valença

Equipes 3 e 4 do Carmo e Carlos.

Casais Pilotos: Luci e Humberto e Maria

Petrópolis

Equipes 15 e 16. Sorocaba

Equipe 1 - Casal Responsável: Vera Lúcia e Leosmar Gonzalez Martinez. Jundiaí

Equipe 17 -

Casal Piloto: Marli e Bonamigo .

• -33-


INSTALAÇAO DA REGIA O RIO GRANDE DO SUL

Desmembra da Região Sul, foi instalada a nova Região e dado posse ao seu primeiro Casal Regional, Helma e Luís Pauletti, em solene cerimônia litúrgica, no dia 14 de agosto de 1976. Além dos equipistas de Porto Alegre, o acontecimento atraiu também um bom número de equipistas de Caxias do Sul, e a igreja Nossa Senhora da Pompéia ficou lotada. A Santa Missa foi concelebrada por três bispos: D. Antonio Cheuiche, D. Urbano Algayer e D. Paulo Moretto - este, filho do casal equipista de Caxias do Sul, Paulina e Isidoro (falecido) - coadjuvados por 13 Conselheiros Espirituais. Na homilia, D. Urbano, partindo do significado da família na sociedade moderna, concluiu enfatizando o papel desempenhado pelas Equipes de Nossa Senhora em defesa dessa mesma família. Logo a seguir, falaram Edy e Adherbal, até então Casal Regional do Sul, e Dirce e Rubens, Casal Responsável pela ECIR, que, em nome do Movimento, deram posse ao novo Casal Regional. Ao final da missa, os Responsáveis pelos Setores de Caxias do Sul, Porto Alegre A e Porto Alegre B disseram umas palavras de saudação ao novo Regional que, por sua vez, dirigiu-se aos presentes, antes da Bênção final dada por todos os concelebrantes. Finalizando, todos entoaram o "Magnificat". Foi uma cerimônia plena de significado e intensamente participada, como testemunham os textos que transcrevemos a seguir: Na Oração, o Celebrante: "Senhor, vós sempre atendeis solícito às necessidades de vossos filhos e lhes enviais quem os possa ajudar no caminho de Cristo; nós vos pedimos por Helma e Pauletti, que hoje assumem novo compromisso com os casais das Equipes de Nossa Senhora: dai-lhes o espírito do conselho e da fortaleza, da ciência e da piedade; dirigindo fielmente o Movimento no Rio Grande do Sul, construam entre as famílias

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a vossa Igreja e alcancem de vós a recompensa. Isto vos pedimos ... " Na posse dos novos Responsáveis pela Região, depois de receber o compromisso de Helma e Pauletti, perguntaram Dirce e Rubens a todos os presentes: "Irmãos, estais dispostos a colaborar com Helma e Pauletti nessa difícil missão, trabalhando todos pela unidade do Movimento, fiéis aos compromissos assumidos, e pela difusão desses ideais em todo o território do Rio Grande do Sul?" Depois da Comunhão, todos os presentes, com as mãos levantadas, rezaram com os celebrantes: "Deus de nossos pais e Senhor de misericórdia, que todas as coisas criastes pela vossa palavra, e por vossa sabedoria governais o mundo na santidade e justiça, fazei descer do céu o vosso Espírito sobre Helma e Pauletti, para que os dirija em seus trabalhos e para que saibam o que vos agrada, e concedei-lhes a fidelidade aos irmãos e a fortaleza nos empreendimentos mais difíceis. Sejam para todos testemunhas da fé e defensores intemeratos da santidade do casamento e da família. Isto vos pedimos . . . "

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ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REUNIÃO

TEXTO DE MEDITAÇÃO -

Fil. 3, 12-14, 17-18, 20-21

Irmãos, por ora eu não atingi a meta, nem sou perfeito. Prossigo, porém, para alcançá-la, como Cristo Jesus me alcançou a mim. Não, meus irmãos, eu não me orgulho de ter chegado à meta. Só faço uma coisa: esquecendo o que fica para trás, corro com todo o meu ser para a frente, e, com a meta ·ante os olhos, esforço-me por receber o prêmio a que Deus nos chamou no alto, em Cristo Jesus. Sede meus imitadores, irmãos. Ponde os olhos naqueles que andam conforme o meu exemplo. Muitos, em verdade, procedem, já vos disse muitas vezes e agora repito com lágrimas, como inimigos da cruz de Cristo. Nós, porém, somos cidadãos do céu, de onde esperamos ardentemente como salvador o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo de misérias, de modo a confarmá-lo ao seu corpo glorioso, pelo poder que tem de submeter a si todas as coisas. ORAÇÃO LITúRGICA -

81. 120

Ao longo do meu caminho interrogo os horizontes: "Quem me virá ajudar?" Meu auxílio vem do Senhor; Criador do céu e da terra. Ele não te deixará tropeçar, pois não dorme, mas vela por ti. verdade! O Senhor não dorme nem se distrai, mas vela pelo seu povo.

É

O Senhor monta guarda a teu lado, como tua sombra, está sempre junto de ti. De dia e de noite Ele te protege, afasta de ti todo o mal. Onde quer que te leve teu caminho, Ele te acompanhará passo a passo.

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-

EQ ll'E , DE

HORA

Q:::,SA SE

Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e familiar

R.evllsao, Publicação e D1stribUiçao pe a Secrei.aria oas EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Avenida Horacio .Lafer, 384 -

04538 -

SA

-

'feL 210- 1340

PAULO, SP

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