ENS - Carta Mensal 1977-1 - Março

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1977

1 Março

Editorial

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A palavra do Papa

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A ECIR conversa com vocês Mensagem aos equipistas 000000

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Papo de anjo ....

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Diga Sim Viver por dentro ......... Oração do ano novo 00

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A semente que o semeador semeou

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Pasioral de arranha-céu Como me encaixei numa equipe de Nossa Senhora o o •• o o o. o o. o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o. o o

Notícias dos Setores ...... Oração para a próxima reunião ...

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EDITORIAL

(Carta da Equipe Responsável Internacional)

Caros amigos, Há precisamente um mês, (1) o Papa Paulo VI recebia na basílica de São Pedro, em Roma, os 3.000 sacerdotes e casais das Equipes de Nossa Senhora, vindos do mundo inteiro. E, no final da audiência, o Pe. Tandonnet, cinco casais de diferentes continentes (2) e nós mesmos tivemos o privilégio de lhe sermos apresentados. Olhou-nos bem dentro dos olhos, com aquele olhar penetrante que fascina todos aqueles que dele se aproximam, e, mostrando-nos a multidão dos membros das Equipes de Nossa Senhora reunidos na basílica, disse-nos: "Obrigado; obrigado; continuem; o mundo e a Igreja tanto precisam disto." Estas palavras não se dirigiam somente a nós, mas, através de nós, a todos vocês. Eram uma síntese daquilo que o Santo Padre acabava de exprimir em duas frases no final de sua alocução: "Continuai a ser o que vos propusestes desde o primeiro dia, mantendo a vossa vocação de verdadeira escola de espiritualidade para os casais" e "formulamos votos para que esta peregrinação a Roma e a Assis vos ajude a implantar em todos os países os valores essenciais do matrimônio e a suscitar famílias que deles vivam." Não traçava ele, assim, o caminho para os próximos anos? Permanecer movimento de espiritualidade conjugal, com tudo o que isto comporta, ampliando ao máximo, além disto, a nossa atividade apostólica?

"PERMANECEI FIÉIS A VOSSA VOCAÇÃO DE VERDADEIRA ESCOLA DE ESPIRITUALIDADE PARA OS CASAIS" Desde a origem, as Equipes de Nossa Senhora quiseram ser uma escola de espiritualidade para os casais. Este objetivo, que Cl)

Este Editorial é transcrito da Carta Mensal francesa de novembro-dezembro 76.

(2) Rubens e Dirce faziam parte desse pequeno grupo.

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foi definido em 1949 e reafirmado depois por vanas vezes, permanece para nós essencial, mesmo se os termos "escola" e "espiritualidade" são por vezes mal aceitos em nossos dias. Esta fidelidade ao que foi a intuição primeira na origem do Movimento não exclui, entretanto, que, em dado momento, o enfoque recaia com destaque sobre um ou outro aspecto da vida do casal, e que sejam propostas orientações novas, quando novas necessidades se apresentam. É o que aconteceu no decorrer dos últimos 30 anos. É o que aconteceu, particularmente, de dois anos para cá, quando o enfoque incidiu sobre a frase dos Estatutos: "Fazem do Evangelho o fundamento da própria família": em todas as equipes interrogamo-nos sobre o modo pelo qual os nossos casais viviam e davam testemunho do Evangelho e esforçamo-nos em conformar mais as nossas vidas com a palavra de Cristo. É nesta mesma linha que desejaríamos prosseguir. Num mundo em que a boa nova do amor é tão desconhecida, parece-nos com efeito necessário e urgente que os casais cristãos se engagem cada vez mais resolutamente nas pegadas de Cristo, com todas as exigências que isso comporta. "O Evangelho, fundamento da própria família" continua a ser, portanto, nossa orientação de base, focalizando mais a reflexão e o auxílio mútuo sobre a missão evangelizadora de nossos casais.

Como proceder? Três frases do Evangelho servir-nos-ão de bússola, de linha diretriz: "Enviou-os a proclamar o Reino de Deus" (Luc 9, 2). "Nada leveis para o caminho" (Lu c 9, 3). "É o Espírito de vosso Pai que falará em vós" (Mat 10, 20). A proclamação do Reino de Deus é a responsabilidade primeira de todo cristão. Cristo disse a seus apóstolos: "Eu vos escolhi para que desseis frutos". Assim também chama hoje os casais para que dêem frutos, para que proclamem a boa nova do amor. Como correspondemos a esse apelo? Como nos entre-ajudarmos a dar-lhe melhor resposta? Quando manda seus apóstolos proclamarem o Reino de Deus, Cristo lhes dá várias diretrizes e, em particular, a de nada levar para a caminhada. Esta diretriz não se aplica também a nós? É certo que não nos conclama, a nós, leigos casados, a tudo deixar: mas ele nos convida a ficarmos desimpedidos, a permanecermos livres em relação ao mundo, a não acumular por acumular, a partilhar nossas riquezas materiais, intelectuais , espirituais ... e principalmente a não esperar que as condições ideais se realizem

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para ir proclamar o Reino de Deus. Ora, não estamos nós terrivelmente aprisionados por nosso mundo? Como podemos nós casais - viver no e para este mundo e no entanto permanecer livres? Como nos ajudarmos a viver o verdadeiro desprendimento? A tarefa supera as nossas forças. Mas Cristo nos dá, como a todos os seus discípulos, uma garantia: "É o Espírito de vosso Pai que falará em vós". Pede-nos que sejamos os seus instrumentos, os seus cooperadores, apoiando-nos não exclusivamente nos nossos meios humanos, mas permanecendo inteiramente disponíveis, inteiramente transparentes ao seu Espírito. Nosso lar é movido pelo Espírito de Deus? Como nos entre-ajudarmos, marido e mulher e na equipe, para ésta disponibilidade ao Espírito? Tais são as três linhas diretrizes segundo as quais procuraremos progredir juntos, no decorrer dos próximos anos. Para isto, confrontaremos nossas vidas com o ensinamento de Cristo, seja como casal, seja na equipe, utilizando todos os meios que nos são propostos pelas Equipes de Nossa Senhora; e procuraremos, em particular, redescobrir, à luz dessas exigências evangélicas, quatro de nossos métodos: a oração familiar e conjugal, o dever de sentar-se, a partilha e a co-participação. Teremos a oportunidade de falar sobre estes vários pontos no decorrer dos próximos meses. Assim fazendo, permaneceremos fiéis a nossa vocação de espiritualidade embora tenhamos~ com toda a Igreja, a preocupação da evangelização. "IMPLANTAR EM TODOS OS PAtSES OS VALORES DO MATRIMóNIO E SUSCITAR FAMíLIAS QUE DELES VIVAM"

O Santo Padre nos convida com insistência a darmos mais um passo: trabalhar para implantar em todos os países os valores do matrimônio que nos esforçamos por viver: "Muitos lares, nos diz ele, vos ficarão gratos pela ajuda que assim lhes haveis de dar. Efetivamente, a maior parte dos casais têm necessidade de ser ajudados." Aí está uma responsabilidade muito importante confiada a cada um de nossos casais. As Equipes de Nossa Senhora fizeram, por volta dos anos de 1965-68 um grande esforço para aquilo que, na época, chamávamos a difusão da espiritualidade conjugal. Paulo VI nos convida a renovarmos este esforço. Para tal, iremos lhes propor, ao nível do Movimento, alguns meios concretos: mas nenhum deles substituirá as iniciativas individuais. Perguntemo-nos portanto, cada casal e na equipe: que fazemos nós, que poderíamos fazer para melhor partilhar nossas riquezas? Como

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suscitar, ao redor de nós, famílias que vivam realmente os valores cristãos do matrimônio? Como ajudar tantos casais em torno de nós que se acham em dificuldades? E procuremos fazer com que esta preocupação com outros casais faça parte de nossa vida de equipe durante todo o ano. Partilhar nossas riquezas, não implica isto também, para nós, que falemos das Equipes de Nossa Senhora, daquilo que são, daquilo que se propõem, daquilo que nós mesmos nelas vivemos, daquilo que nos proporcionam? Ora, não guardamos nós a respeito demasiada reserva? Cento e vinte jovens, filhos de nossos casais, participaram de nosso encontro em Roma; e um número ponderável desses jovens disseram, ao voltar, a alegria de ter "descoberto" as Equipes de Nossa Senhora, porquanto delas tinham uma idéia completamente errada através das raras conversas que tinham tido com os pais. É certo que é preciso levar em conta, nessas afirmações, os exageros próprios à adolescência; não haveria aí, entretanto, uma certa dose de verdade? E se somos tão pouco prolixos com nossos próprios filhos, que dizer dos nossos parentes, amigos, vizinhos? Ao passo que afirmamos quase todos o quanto devemos às Equipes de Nossa Senhora, por que ficamos tão calados a respeito? Aqui ainda, convidamo-los a interrogarem-se entre marido e mulher e na equipe. . . e a passar a agir: os casais que as Equipes de Nossa Senhora poderiam ajudar, não são eles inumeráveis, particularmente entre os jovens? Sem dúvida, este esforço de difusão deve atingir primeiramente os nossos próximos, os que estão habitualmente ao nosso redor. Além disto, alguns dentre nós têm a oportunidade de viajar - por vezes ir morar provisoriamente - em regiões, em países onde o Movimento ainda não está implantado; é preciso lembrar que sementes lançadas assim ao sabor de viagens há 10 ou 15 anos, estão na origem de desenvolvimentos excepcionais das Equipes em alguns países: cabe a cada um de nós semear onde Deus o colocou. Fidelidade à nossa vocação, focalizando porém, em particular, a missão evangélica do casal e da família; preocupação maior quanto à nossa responsabilidade apostólica na Igreja e no mundo e no desenvolvimento das Equipes, tais são portanto nossos dois objetivos nos próximos anos. Cabe a cada um de nós trabalhar neste sentido "de todo o coração, com toda a alma, com todo o espírito, com todas as forças", como tivemos ocasião de cantar em Roma. Com toda a nossa amizade, Louis e Marie D'Amonville

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No conjunto daquilo que é o apostolado evangelizador dos leigos, não se pode deixar de pôr em realce a ação evangelizadora da família. Nos diversos momentos da história da Igreja. ela mereceu bem a bela designação sancionada pelo 11 Concílio Vaticano: "Igreja doméstica" . Isso quer dizer que, em cada família cristã, deveriam encontrar-se os diversos aspectos da Igreja inteira. Por outras palavras, a família, como a Igreja, tem por dever ser um espaço onde o Evangelho é transmitido e donde o Evangelho irradia. No seio de uma família que tem consciência desta missão, todos os membros da mesma família evangelizam e são evangelizados. Os pais não somente comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido. E uma família assim torna-se evangelizadora de muitas outras famílias e do meio ambiente em que ela se insere. Mesmo as famílias surgidas de um matrimônio misto têm o dever de anunciar Cristo à prole, na plenitude das implicações do comum batismo; além disso, incumbe-lhes a tarefa, que não é fácil, de se tornarem artífices da unidade.

PAULO VI " A evangelização no mundo contemporâneo", n9 71

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A ECIR CONVERSA COM VOC~S

Caros amigos, Apesar dos esforços da Equipe da Carta Mensal, só nos foi possível, em dezembro, publicar alguns "flashes" do que foi a peregrinação das Equipes de Nossa Senhora a Roma, e apresentar um de seus pontos culminantes, o discurso de Paulo VI na audiência de 22 de setembro. Foram depois chegando mais participantes da peregrinação, cada qual pondo em destaque um ou outro aspecto do programa vivido em Roma, Assis, Frascati. E chegou-nos agora a Carta Mensal francesa, trazendo numerosos artigos e documentos que iremos aos poucos transcrevendo. Desse conjunto, destaca-se o fato inegável do entusiasmo de todos os participantes e a impressão de que a peregrinação, longe de ter sido um simples acontecimento no dia a dia do Movimento, marca um novo ponto de partida que deve dinamizar as Equipes nestes próximos anos. Uma reflexão sobre os fatos dominantes que nos são comunicados mostra com toda a evidência que a caminhada das Equipes de Nossa Senhora se vem processando há mais de 30 anos num ritmo contínuo que revela a sua unidade, a sua continuidade, a sua inserção inegável na Igreja. E a discernir, nos seus vários aspectos, a ação contínua do Espírito Santo, desde aquele já distante momento em que se concretizou a "vocação de verdadeira escola de espiritualidade para os casais". Um primeiro ponto que se pode assinalar é a unidade do Movimento. Perto de 1.500 casais se encontram em Roma, vindos de 19 países dos mais variados quadrantes. E, apesar da diversidade de raças, de línguas, de costumes, facilmente se realiza a integração num único todo, graças à vivência da fraternidade cristã, e o impulso único de todos para a frente.

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Em seguida, poderíamos mencionar a continuidade do Movimento. Continuidade já posta em destaque no discurso de Paulo VI, quando relaciona esta peregrinação com aquela que se realizou há seis anos, e quando nos recomenda continuarmos a "ser o que vos propusestes desde o primeiro dia". Também naquela ocasião, em 1970, o Pe. Caffarel apontava para a necessidade do "testemunho que (os casais) devem dar do Deus vivo, ante um mundo que o ateísmo invade". Agora é o Santo Padre que insiste em que "a instituição familiar está voltada para o exterior, para os outros, para o bem alheio" e que "deve procurar ter um valor evangélico e missionário". Um terceiro ponto que é preciso destacar é a perfeita união das Equipes de Nossa Senhora com a Igreja. A própria peregrinação fala por si. As Equipes, mais uma vez, quiseram se reunir no centro da cristandade, e, mais uma vez, fizeram uma pública demonstração de fidelidade ao sucessor de Pedro. Mas, se isto não bastasse, foi o próprio Papa que nos afirma a realidade desta fidelidade quando nos revela ser o Movimento "oficialmente reconhecido pela Santa Sé como Organização Internacional Católica. Por ocasião de sua despedida das Equipes, em março de 1973, o Pe. Caffarel dizia: "Não tenho mais dúvida de que as Equipes entram numa fase nova de sua história. . . O ponto de inflexão foi iniciado pela grande peregrinação a Roma em 1970. . . Um grande esforço de oração, de reflexão, de transformação deve ser empreendido, com vontade férrea de descobrir a vontade de Deus sobre o Movimento e a sua missão . . . " Este esforço vem sendo desenvolvido nestes últimos anos. Trabalho lento e pertinaz, que requer evidentemente muita prudência e ponderação, mas também muita dedicação e tenacidade, tanto mais quanto o Movimento faz questão de manter fiel à sua inspiração inicial. Como conseqüência deste trabalho, algumas inovações vêm sendo adotadas, a título experimental e em pequena escala, nas Regiões mais próximas da Equipe Responsável Internacional. Elas se acham em estudo também entre nós, para serem objeto de aplicação, se possível, a partir do próximo ano equipista, em julho deste ano. Fica assim a impressão nítida de que a peregrinação de setembro de 76 a Roma quis ser também, como dissemos acima, um novo ponto de partida. Através dos delegados dos 19 países que lá se encontravam, é todo o Movimento que lá foi procurar a inspiração, as diretrizes, o ímpeto, as graças para que o Movimento possa, cada vez com mais vigor, cumprir a sua missão dentro da Igreja e, através de seus membros, a missão que cabe à família cristã, de ser fermento na massa.

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Não pode passar despercebido, também, que, logo no segundo dia da peregrinação, os equipistas se encontraram na basílica de Santa Maria Maior. Ali quiseram manifestar, através da liturgia, através das palavras do Pe. Voillaume e do Cardeal Renard, o reconhecimento à Virgem pela solicitude maternal com que acompanha os passos do Movimento que, desde o início, desejou colocar-se sob o seu patrocínio. Elevemos também nós as nossas preces àquela em quem pusemos a nossa confiança, para que nos alcance a graça de podermos acompanhar o impulso e as forças que o Movimento foi procurar em Roma e Assis. Muito fraternalmente, A ECIR

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MENSAGEM AOS EQUIPISTAS

D. Pedro Fedalto, Arcebispo de Curitiba, sofreu, em setembro, um acidente, por ocasião do qual uma delegação de equipistas foi fazer-lhe uma visita precisamente no dia em que os peregrinos eram recebidos em audiência pelo Santo Padre. Em agradecimento, dirigiu-lhes o Arcebispo as seguintes palavras:

Fico sensibilizado, comovido e agradecido com a visita de casais das Equipes de Nossa Senhora. Sens;bilizou-me a delicadeza, que para mim é caridade, com que as Equipes de Nossa Senhora me acompanharam, após o acidente, com sua amizade, estima e preces. Comoveu-me o espírito de solidariedade cristã, característica de qualquer homem, mas sobrenaturalizada pelos Equipistas. Por esta razão, devo confessar-me sinceramente agradecido. Peço, agora, licença para dizer-vos três causas: 1.a. - O acidente serviu-me para valorizar mais as causas eternas, imperecíveis. A vida é o maior dom de Deus. Esta vida, o maior valor recebido do Criador, é frágil, efêmera. De um momento para o outro, ela nos pode ser arrebatada. Senti isto. Tanto que, naquele momento, não tive consciência de nada e não me recordo, hoje, de nenhum pormenor do acidente. Acordei no hospital, duas horas depois. Foi então que percebi a gravidade. Mandei chamar um sacerdote, confessei-me e pedi-lhe a unção dos doentes, recebendo-a com muita serenidade. Experimentei, depois, uma grande paz que perdura até hoje. Foi um momento de conversão e graça.

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2.a - Alegra-me e conforta-me o coração ao saber da peregrinação mundial das Equipes de Nossa Senhora até Roma para jurar fidelidade ao Santo Padre e para escutar sua palavra de Pastor supremo da Igreja. Mais do que nunca é necessário ser fiel à Igreja. A fidelidade à Igreja leva-nos a aceitar o magistério do Papa. Há, infelizmente, católicos que louvam o Papa, quando fala de assuntos sociais, políticos, mas que não o aceitam quando reafirma os valores intocáveis da fé e moral, como a encíclica "Humanae Vitae", sobre o controle da natalidade humana, a indissolubilidade do matrimônio e a castidade conjugal. Os Equipistas de Nossa Senhora devem permanecer sempre fiéis ao Santo Padre. 3.a - Tenho a convicção que o maior apostolado é o da Família. Todos os apostolados são dignos de louvor: com a infância, a adolescência, a juventude, etc. mas o apostolado fundamental é o da Família.

Tendo a sociedade famílias verdadeiramente cristãs, serão resolvidos todos os problemas. Com homens honestos e cristãos, haverá governos justos que realmente buscam o bem comum do povo. Com famílias cristãs, serão afastados os males nefandos da infidelidade conjugal, com as piores conseqüências. Com casais responsáveis, será facilitada a educação dos filhos , evitando-se o transvio dos jovens para os vícios e tóxicos. Com pais verdadeiramente santos e eclesiais, brotarão as vocações sacerdotais, religiosas, missionárias e laicais. Continuai o vosso apostolado. A vossa missão de equipistas de Nossa Senhora é sublime. Que o desânimo e o cansaço não se apoderem de vós, vendo que sois poucos e o trabalho é imenso. Não temais, porque o Espírito Santo está convosco para vos iluminar, fortalecer e inflamar. Fazei como Nossa Senhora, dizendo: "Eis aqui a serva do Senhor". E quando contemplais o fruto de vosso apostolado, exclamai com Maria: "Minha alma engrandece o Senhor, porque fez maravilhas em mim".

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DIGA SIM <Do Boletim de Limeira)

O Pai disse SIM, e o universo começou a existir. Maria disse SIM, e nasceu a aurora do mundo novo. Cristo disse SIM, e desceu sobre o mundo o sangue precioso da Redenção. Pedro disse SIM, e se estabeleceram os alicerces da Igreja. O SIM é o princípio da vida, a nascente do amor, o início de tudo. Quando um homem e uma mulher pronunciam seu SIM diante do altar, algo de maravilhoso vai acontecer. É a promessa de uma vida nova, a certeza de que se renova o ato do amor primitivo de Deus. A certeza de que a criação continua. O SIM dos casais cristãos é um ato de amor sem limites a garantia de que o mundo vai se renovando.

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Coragem, amigos generosos de Cristo. Vejam o que Jesus está querendo de vocês. Está na hora de dar uma resposta corajosa. Está na hora de dizer SIM. - O seu SIM é decisivo, para você e para os outros. Diga SIM ao seu Cristo, meu amigo. Se você disser SIM, algo de sublime vai acontecer. O seu SIM será o princípio de uma vida nova e a origem de um novo amor. Nalgum lugar do mundo uma nova luz se acenderá. Um sorriso misterioso brotará. Um novo Cristo nascerá no coração de um homem. Só porque você disse SIM. Lembre-se: dia 25 de Março, Festa da Anunciação, festa de Nossa Senhora do SIM!

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VIVER POR DENTRO

Irmão, você e eu tivemos um dia um encontro com o Senhor. Foi numa encruzilhada da vida. Ou foi ele, talvez, que entrou sem bater em nossa casa e disse simplesmente: "Vim para ficar . . . " Ou fomos nós que nos demos conta, de repente, na penumbra da nossa morada, que uma luz a estava invadindo. . . Ou ainda, descobrimos que essa luz sempre a iluminara, mas nós é que estávamos de óculos escuros ... De um jeito ou de outro, vimos que não estávamos sós. E, loucos de alegria, quisemos abraçar essa presença, dispostos a tudo sacrificar para retê-la para sempre. E entusiasmados planejamos logo anunciá-la aos irmãos. Começamos. . . Depois, vieram as primeiras dificuldades, o regresso à sombra aparente, o tédio dos dias sem sol e sem chuva, a monotonia e a dureza do serviço. . . E entregamo-nos à desilusão, voltamos a uma existência de "menos esforço", desistimos do "algo mais", do "sempre mais alto". Por que? F icamos encantados, arrebatados com aquele apelo pressuroso de Cristo, que nos convidou a viver na sua intimidade e a levar outros à mesma ventura. Então, talvez nos tenhamos lançado ardorosamente no apostolado, esquecendo-nos ou ignorando que este só pode ser um extravasar da nossa vida interior, e que só esta pode ser a base da santidade que vai fecundar o nosso trabalho. E esvaziamo-nos . .. dando sem nos reabastecer. Só Deus pode dar Deus. Só Deus em nós pode dar Deus aos outros. Só a santidade de Deus em nós pode gerar a santidade nos outros. Então, Senhor, creio que já vi tudo. Para dar, tenho que ter; para arrastar, tenho que ser; para agir por fora , tenho que começar por dentro. Foi a palavra de Paulo VI para o Ano Santo: Renovação, reconciliação, "dal di dentro". Reconstruir o homem de dentro para fora. Tenho que viver dentro, estabele-12-


cer-me com Deus dentro de mim, e isso requer esforço e aplicação. Você está me dizendo, Senhor, qual é o caminho, o único caminho para conseguir essa intimidade "de dentro", que vai necessariamente se revelar e resultar em energia fecunda por fora. lt o meu contato, a minha comunicação com você. Só você é vida, pode dar vida. João nos diz que tudo foi feito por você, o Verbo que "estava junto de Deus e era Deus". Em você "havia vida e a vida era a luz dos homens" (Jo. 1, 2-4). Como há sempre. Você veio para nos dar essa vida "em abundância" (Jo. 10, 10). Então eu só posso viver por e em você. Tenho que manter esse contato vivificante. Isso, só o posso fazer pela oração. Claro, pela Eucaristia, principalmente, onde me uno a você de maneira tão maravilhosa. Mas como chegar à Eucaristia sem oração? Ah, Senhor, estou compreendendo melhor o que dizem os seus amigos. Que a oração é o elemento indispensável para a vida interior, a vida "por dentro" e, para o meu apostolado. E o que vem a ser oração? D. Marmion a definiu "um colóquio do filho de Deus com o seu Pai dos céus, sob a ação do Espírito Santo". Então eu me dirijo ao nosso Pai - Papai com você, meu Irmão, e é o Espírito que me dá essa capacidade, pois que sem ele nem o seu nome posso pronunciar com mérito (1 Cor. 12, 3). Colóquio, bate-papo, "transa", com um ou com outro e sempre com os "Meus Três, distintos e inseparáveis". Conversa com tempo certo, hora marcada, e depois, nos intervalos, os rápidos encontros, e o hábito adquirido de tudo referir a você, de o saber presente e interessando-se por tudo ... Como a música que se ouve em local de trabalho, que não distrai, mas ajuda, e que delicia sem perturbar a aplicação ao dever. Como o ferro no fogo, que se abrasa e já não sabe se é ferro ou se é fogo ... Duas vidas que se fundem cada vez mais e passam à unidade. Sim, eu compreendo que a oração é um ato vital, que tem que me penetrar inteiramente. Devo viver em oração, cada vez mais consciente de que estou mais em Deus do que o peixinho dentro da água. Senhor Jesus, ensine-me a orar. Você está me dizendo que a oração exige atitudes internas de dependência, de reconciliação, de confiança e amor. Quero aprender a orar. Tenho que aprender na sua escola. O melhor Mestre é o seu Espírito: pelo qual somos "filhos de Deus ... " e clamamos: "Abba! Papai!" (Rom. 8, 14-15).

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"Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza: porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos segundo Deus" (Rom. 8, 26-27). Tenho o melhor Mestre, o melhor livro: a sua Cruz ... A única matéria importante: Cristo. Devo aprender a me expor aos raios da sua graça, a abandonar-me à sua ação, na oração silenciosa e meditativa, pois que a santidade não é obra minha, em que espero a sua ajuda, mas a sua obra em mim, à qual não ponho obstáculos. Senhor, eu tenho tanto a aprender sobre a oração! Mas sei que aos poucos você me ensinará o que devo saber. Você me ensinará a viver por dentro, onde você mora, e a procurá-lo aí, no núcleo, no centro da alma, e não no seu "subúrbio ruidoso e inquieto", na expressão de alguém. Vou procurar unir-me a você, meu Cristo, diariamente, em oração. O nosso Pai me disse: "Ouvi-o!" (Mt. 16, 5; Lc. 9, 35). Você, a "Palavra de Vida Eterna" (Jo. 6, 68), contém tudo o que me interessa saber. Ouvi-la é orar. Gosto tanto da comparação da grande Teresa: para orar devo reunir as minhas faculdades dispersas como "o pastor com a flauta reunindo as suas ovelhas ao cair da tarde". Quero orar em silêncio, no meu coração, como Maria (Lc. 2, 19-51). Para me encher de Deus, transbordá-lo, e nunca me esvaziar. Mestre, como a Simão, convide-me a "fazer-me ao largo" (Lc. 5, 4) com você. A sós, sobre o lago e na sua barca, ensine-me a orar. Depois, então, envie-me a fazer a sua pesca milagrosa. Eu sei que não pode ser antes.

Haroldo J. Rahm, s.j., e Maria J. R. Lamego ("Vida no Espírito, Vida de Oração", Edições Paulinas, 1975)

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ORAÇÃO DO ANO NOVO

Senhor, mais uma vez estamos juntos. Eu te agradeço essa intimidade tão grande. Minha fragilidade, nossa fragilidade, minha vida, nossa vida, minha esperança, nossa esperança é visitada pela tua força, pelo teu vigor. Neste começo de ano novo venho te pedir tudo. Mas antes de pedir venho te agradecer: os dias, os meses, o ano que passou. Obrigado, Senhor, pelas alegrias que me encheram de exultação, pelas tristezas que me fizeram mais maduro. Obrigado por tudo aquilo que pude fazer com tua ajuda de sempre e de todos os momentos. Olhando agora para frente venho te suplicar um coração imenso para amar. Sei perfeitamente que não sei amar. Sei que o egoísmo instalou-se violentamente nas mais recônditas partes de minha vida. Nessa hora venho te pedir o dom precioso do amor. Não quero de modo algum que nos dias do ano novo eu viva o egoísmo e o ódio. Quero desesperadamente, doidamente, freneticamente viver o amor. Quero que minha vida, meus minutos, meus segundos, minhas semanas, meus meses sirvam para amar-te cada vez mais. Sirvam para amar os homens que tu puseres nos caminhos de minha vida. São teus meus dias e meus meses deste ano novo!

Frei Almir Ribeiro

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PAPO DE ANJO

(Do Boletim da Guanabara)

Entre os meios de aperfeiçoamento propostos ao casal para melhorar seu conviver, encontra-se o dever de sentar-se. Não é ele nem melhor, nem pior que os outros oferecidos aos cônjuges, para tornar a vida a dois um convívio harmonioso. Mas, em todas as partilhas, o dever de sentar-se é comentado como o mais difícil desses meios. Diante desta realidade, cabe indagar o porque, a razão da predisposição contra esse recurso, criado para melhorar a vida em comum. Não virá ela de uma errada compreensão do "fazer" o dever de sentar-se? Não decorrerá essa dificuldade, da falta de caridade fraterna dos parceiros neste jogo da verdade? A ele, em sua essência, de tão boa fé inventado, abre-se um crédito de confiança. Vejam se assim, marido e mulher, o erro não é deles em entender esse meio de melhorar. Por mais que se amem esposa e esposo, é compreensível e perfeitamente humano que ambos não apreciem a crítica amarga feita por um ao outro, por aquele que ama e de quem tem certeza de que é amado. A surpresa de ver descoberto o seu íntimo, de ver censurado o defeito que pensa desconhecido e que vem lutando por vencer gera decepção, intranqüilidade, fere susceptibilidades, causa irritação muitas vezes. É comum acontecer. É humano esse sentir. Não é, entretanto, com essa finalidade que se faz o dever de sentar-se. Ele é um balanço da vida em comum. Da vida a dois, em presença de Cristo. Do compromisso do "dois em um só" do dia do casamento. Do dia da consagração do amor. Sim, será um balanço da vida em sociedade. Dessa sociedade sacramentada. E assim como um negócio, numa sociedade, há um

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ativo e um passivo, uma receita e uma despesa, um débito e um crédito a serem apreciados na apuração dos lucros e perdas, necessariamente, na vida em comum, isto também deverá ocorrer. Mas, não há só defeitos, só tristezas, só amarguras. Não há só coisas a perdoar, a esquecer. Não será uma sociedade falida que se vai descobrir, tanto mais quanto o fiador é o Cristo. O Cristo, que é o próprio amor. Há, certamente, muito mais no ativo. Muito mais alegrias a festejar, virtudes a reconhecer, sentimentos a enaltecer, qualidades a estimular, belezas a elogiar. Muito, muito mesmo que engrandecer, que somar ao ativo, que acrescentar à receita nesse balanço que é o dever de sentar-se. Não é ele um ato acusatório que alguém deva ouvir calado, silente à acusação monologada, até que, de forma irrefreável, a réplica explosiva se faça ouvir, acusando também. E a razão que um já perdera, o outro a perde também. Não. O dever de sentar-se não é isso. Não é a confissão de uma falência. É o balanço na presença do Cristo, diante do avalista dessa sociedade de amor. Onde o que é bom deve ser dito primeiro e será valorizado, enquanto as fraquezas do bem querer, mostradas depois, o serão compreensivamente, comparativamente. E, certamente, nesse confronto, o amor- conjugal ganhará. Dever de sentar-se não existe para revelar o desamor, mas para fortalecer o que existe, para engrandecer os cônjuges, para elevá-los, para incentivá-los no amor do Cristo, para planejar com Ele a vida a dois. É a concretização da virtude da esperança na vida conjugal. Quando se sentam ela e ele confiantes, com fé no Cristo, esperam que juntos continuarão a se compreender, a se entender, a se aceitar com caridade, durante toda a vida, unidos num só espírito, numa só carne, dois em um só. Feito assim, o dever de sentar-se não será difícil. Não será amargo como giló, mas será doce . . . como um papo de anjo.

Marcello D. de Oliveira (Equipe 37, Setor C, Rio de Janeiro)

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A SEMENTE QUE O SEMEADOR SEMEOU

Homi.lia proferida pelo Pe. Aquino por ocasião das Bodas de Prata de Esther e Marcello. <Evangelho de São Lucas, cap. 8, vers. 4 e 11-15)

Há 25 anos. A semente foi lançada. Que levava em si o grão? Que prometia a semente pequenina? Quem diria? Horizontes novos? Interrogações muitas? PROMETIA VIDA, E TRAZIA AMOR. Aquele dom de Deus. Mais alto e belo. Que permanece ainda, quando tudo mais fenece. Dom que une e que transforma, fortalece e vivifica, Faz fácil o impossível. E de dois faz um, como Deus é um Na comunhão eterna da Trindade. Foi assim no início. Tudo nos fala de amor. Será assim no fim. E no meio também. Hoje e amanhã. Não há outra mensagem. Repetia João. É esta. Conhecimento, entrega. O grão levava em si o núcleo de uma história. A ser contada aos que ainda haviam de nascer. Testemunhada história dos companheiros de aventura. A semente levava a vida que é sempre novidade. Coerência entre o que foi e o que virá a ser. -18-


E A TERRA, QUAL ERA? úmida ou seca? Nunca estéril. Sufocante ou amiga? Misteriosa e comunicativa. Humilde mas fecunda. Corações bem formados. Terra feliz. Parecia igual as outras. Talvez não fosse. Deus sabe. A terra envolveu a semente. A semente deu vida à terra. O amor cresceu no afeto e no gesto, confiou e vigiou, Fez companhia nas longas solidões. Amor gratuito que se alegrou na reciprocidade, Entrou em sintonia e foi capaz de renunciar E de agradecer o reconhecimento. Cheio de esperança e lutando pela conquista, Deu tudo na entrega. Forte como a morte, gerou a vida. A semente germinou e não secou> Criou raízes, cresceu, centuplicou. Era promessa e era entrega. Comprometidos no desconhecido, na expectativa tranqüila De quem tudo tudo arrisca, confiante, sem limites. Tudo ousaram, tudo puderam. Até este hoje de que participamos. Perseveraram. 25 anos. É tanto. E é tão pouco! Semente sem palavras. Era uma vocação. Vieram as flores e as cores. Depois os frutos. Amadureceram. Eles aí estão. Estão conosco. Nós os vimos nascer. E testemunham o novo compromisso de seus pais e amigos seus. Da semente bem plantada em coração puro nascem outras. É a nova geração que chega. Quem a conhece atesta. Tão bela, promissora, amiga. Com surpresas. Diferente. Providencialmente! Em outra terra, outro tempo, outra gente. Peregrinando juntos. Vocês. Eles. Vocês e eles. Despertos para a sabedoria sempre nova. Espelhando a antiga. Criando, variando, multiplicando. Entre a terra primeira e os primeiros frutos, a longa maturação. Invernos e verões, primaveras sem flores e verões sem chuva. Preocupações muitas. Espinhos talvez. Prazer que atrai ou mata. Pequenas ambições e grandes ideais. As vezes o véu de um mundo novo se levanta. E cai. No amor autêntico a realização é sempre maior que a promessa. -19-


Há 25 anos. Que outra experiência ainda falta para a semente que germinou? Que pode ainda oferecer a vida? Irmãos, apenas começamos. A semente gera a flor e o fruto. E outra semente igual a ela. Quem sabe mais bela. Quando a messe amadurece tudo recomeça. Lição de 25 anos. Grupos, amigos, cada dia intimidade, revelação e espera. Filhos dos filhos. Até que se complete o número dos filhos de Deus. última expectativa. última promessa. Sua, deles, nossa. Quem lançou a semente? com que carinho? Há sempre um gesto atrás de cada germen É preciso dizer muito obrigado. Ele semeou. Dele falar, quem saberia? Complete o Senhor o que cedo começou. Amém. 27-12-76

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PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CASAL COORDENADOR DA PEREGRINAÇÃO

1. - A princípio pode parecer que, encerrado o "ENCONTRO DE ROMA", a gente tenha .condições de dizer: "Missão cumprida, muito obrigado por tudo e a todos". Mas não é exatamente assim: lógico, o "muito obrigado" não escapa. E "muito obrigado" principalmente ao PAI, autor de nossa vida, que mais de uma vez se mostrou tão magnânimo conosco; também o nosso "muito obrigado" aos companheiros da ECIR, que confiaram na gente e nos entregaram esta missão; "muito obrigado" a todos os casais brasileiros que colaboraram na "ação entre amigos" e que tanto rezaram para o completo êxito da missão; finalmente, também o nosso "muito obrigado" a todos os brasileiros que participaram do "encontro" pelo carinho, a atenção e a simpatia que dispensaram para que tudo saísse tão bem. Acontece que a missão não está encerrada; agora é que ela realmente começa ... Na nossa conversão diária, após passadas as emoções naturais de uma viagem ... Na nossa aceitação das verdades ouvidas e revividas ao longo das liturgias, reuniões, conferências, trocas de idéias ... No nosso trabalho de transmitir aos irmãos que aqui ficaram, a fim de que todos realmente possamos viver a verdadeira espiritualidade conjugal e familiar. 2. - Desde a designação pela ECIR até esta "prestação de contas", foram-se mais de 180 dias: partimos de um plano de 1-


ação submetido a apreciação; aprovado, este mesmo plano passou a ser executado; e foram cartas, circulares, recados, telefonemas, telegramas e contatos de toda espécie; e surgiram dificuldades maiores- os doze mil cruzeiros- que diminuiram conseqüentemente o "contingente"; ao final estávamos com o "batalhão" pronto, em posição: éramos ao todo em torno de cinqüenta. 3. - Preocupava-nos a falta de maiores notícias. Como seria em Roma? Como seria em Assis? Onde ficaríamos hospedados? Qual o programa, os locais das várias celebrações, os horários, a liturgia? As respostas a todas estas interrogações nos foram dadas a~sim que chegamos ao aeroporto de Roma, onde nos esperavam vários equipistas de Portugal. Graças .à gentileza desses nossos irmãos, que nos cederam programas com locais de hospedagem, honirios e muitas outras informações, pudemos ver que tudo estava previsto. As nossas justificadas apreensões logo se desvaneceram e justiça seja feita aos organizadores do encontro. Foi realmente sensacional. Tudo funcionou quase como máquina. O deslocamento dos 3.000 participantes hospedados nos mais variados e distantes pontos de Roma até os locais das celebrações; os horários muito bem cumpridos; as belas liturgias, traduzidas para seis idiomas (apenas ficamos tristes em não poder receber melhor a mensagem do Santo Padre). 4. - O que foi o desenrolar do "encontro de Roma" não nos cabe relatar: aliás Chico e Dina, através da Carta Mensal de Novembro, nos deram belíssima imagem de tudo o que ocorreu. 5. - Quem foi? As dificuldades surgidas e já referidas impediram que um número maior de equipistas participasse do encontro: a idéia inicial da ECIR (dois casais por região) teve que ser reformulada e ficou então assentado que cada região teria, como seu representante oficial, um casal com todas as despesas de viagem, depósito obrigatório e estada pagas pelo Movimento. Como em algumas regiões já se tinha uma "lista de dois casais" acertou-se a possibilidade dos casais pagarem o depósito dos Cr$ 12.000,00. Feito isto, nestas regiões, o movimento pagou a viagem e estada, ficando os depósitos por conta dos casais. Desta maneira verifica-se que de algumas regiões foram dois casais, aumentando-se assim o nosso contingente. Além dos que viajaram e participaram por conta total do Movimento, os que fizeram o depósito por sua conta, recebendo a passagem e estada do Movimento, tivemos também outros equipistas, filhos de equipistas e pessoas amigas das ENS que viajaram totalmente às suas expensas. Por conta do Movimento, viajaram também três sacerdotes, representando os nossos Conselheiros Espirituais.

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6. - Alguns casais equipistas e um sacerdote permaneceram na Europa após o Encontro por mais 25 dias, visitando cerca de dez países. Ainãa, antes . de Roma, todos os brasileiros, às suas expensas, reálizaram pequeno roteiro turístico - em Madrid, conhecendo suas belezas, e principalmente detendo-se em Toledo, capital católica da Espanha e visitando o Vale dos Caídos, onde se ergue monumental basílica, com 300 metr"os, encravada na rocha e tendo ao alto uma cruz de granito com 150 metros de altura. O roteiro turístico do "grupo após Roma" ensejou valiosa experiência e testemunho de vivência cristã: viajando cerca de 7.200 quilômetros, em 25 dias, o grupo, em ônibus, percorreu dez países, detendo-se nos dois importantes lugares santos de Lourdes e Fátima, onde participaram de celebrações litúrgicas que deixaram imorredoura lembrança em todos. Durante a viagem, diariamente tiveram os momentos de meditação, leitura da Palavra de Deus, além de cânticos e orações. Durante alguns dias da viagem relembramos os dias do "Encontro de Roma", refletindo nos temas abordados na cidade eterna, e realizamos também duas sessões de "co-participação", primeiro sobre o "Encontro" e posteriormente sobre a viagem e experiência da vivência cristã em grupo. 7. - Complementando esta prestação de contas, damos a seguir um balancete geral do que se arrecadou e gastou. Desejamos ainda chamar a atenção sobre o fato que a quantia de Cr$ 192.000,00 (cento e noventa e dois mil cruzeiros), referente aos depósitos de 16 pessoas equipistas que viajaram, deverá, ao final do prazo legal de depósito, voltar a fazer parte do patrimônio das Equipes, retornando à tesouraria de nosso Movimento. Constam também dos arquivos da tesouraria todos os documentos das despesas efetuadas e relacionadas na presente prestação. ·-Também o valor líquido - resultado positivo da presente prestação - encontra-se em poder da tesouraria das Equipes. RECEITA:

2 3 -

Líquido da "Ação entre amigos" ........ . Cr$ 358. 773,30 Contribuição da Região "A" - São Paulo Cr$ 49. 820,00 Contribuição da Região "Santos" ........ . Cr$ 17. 725,00

4-

Valor recebido da ERI -

1-

França ....... .

Cr$ 146 .120,81

TOTAL DA RECEITA .............. .

Cr$ 572.439,11

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DESPESAS:

1-

Pago Ilhatur Ltda., ref. 38 passagens São Paulo x Rio x Madrid x Roma e vice-versa Cr$ 342. 000,00

2 - Depósitos no Banco do Brasil S/A, para · -- 16 pessoas . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3-

Cr$ l92.QOO,OO

Pago despesas diversas:

2.0 prêmio (ação entre amigos) . . . . . . . . Despesas bancárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Registro Postal .. .. . . .. .. .. .. . . . .. .. . . . Gráfica Mercúrio Ltda., s/ 6075 . . . . . . . Copex, cfe. recibos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. Pago Transbrasil e Itapemirim, cfe. recibos ................................. g) Pago Grafo's, s/ 5070 . . . . . . . . . . . . . . . . . . h) Pago Telesc, cfe. recibos . . . . . . . . . . . . . .

a) b) c) d) e) f)

Cr$ Cr$ Cr$ Cr$ Cr$'

6.300,00 245,32 295,69 1.900,00 885,00

Cr$ Cr$ Cr$

238,55 2.263,20 4.885,42

4 - SALDO FAVORAVEL PARA A TESOURARIA DAS EQUIPES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cr$ 21.425,93 TOTAL DAS DESPESAS E SALDO . . Ct$ 572.439,11 Brusque, Outubro de 1976. Edy e Adherbal Schaefer Casal Coordenador

RESULTADO FINAL LIQUIDO DA "AÇAO ENTRE AMIGOS'' Contribuições recebidas pelas vendas de bilhetes: 1 2 -

3 4 -

5 6 7 8 9

-

Região Região Região Região Região Região Região Região Região

"C" São Paulo "E" São Paulo "F" São Paulo . . .. . ... . .... . . .. . . . "G" São Paulo .... . .. .... ... ..... . "H" São Paulo ..... . . . ... ...... . . . Rio de Janeiro . . .. ..... . ..... .... . Centro-Oeste . ... .......... .... . . . . Paraná ........ ... ............. .. . . Sul (Santa Catarina x RG Sul) . .

TOTAL ARRECADADO . . . . . . . . . . . . . .

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Cr$ Cr$ Cr$ Cr$ Cr$ Cr$ Cr$ Cr$ Cr$

22.450,00 51.975,00 27 . 500,00 31. 000,00 40. 555,00 41.195,00 20. 648,30 43 .100,00 80.350,00

Cr$ 358.773,30


APOSTOLADO

PASTORAL

DE

ARRANHA-C~U

Quando mudamos para aquele edifício de 7 andares, ainda quase todo desabitado, não pensávamos estar sendo uma peça de uma engrenagem, uma semente a mais naquela obra iniciada pela Irmã Carmela. Desde os estaqueamentos para os alicerces, Irmã Carmela estava ali, junto aos operários, dizendo aquelas palavras cheias de bondade e de um conteúdo espiritual imenso. Acompanhou, assim, todos os passos da construção, até o seu término. Mas a sua missão não acabou com a ida dos operários, pois a etapa mais difícil se iniciou com a chegada dos moradores. Começou, então, com as visitas domiciliares, procurando auscultar os desejos, as aspirações daquela gente, que, vindo de ambientes diversos, iria constituir uma comunidade de compreensão e de amizade. Foi, então, nesse momento, que entramos no caminho a nós destinado. Qual seria o nosso papel? O que deveríamos fazer para transformar aquelas pessoas tão diferentes e distantes em amigos? Pensamos nas palavras da Bíblia - "sede o fermento" "sede o sal" - e, com muita humildade, começamos o nosso trabalho, que consistia em receber as pessoas com um sorriso e uma palavra de amizade. "Como vai? Que crianças bonitas! De onde vieram os amigos? Gostaríamos de receber sua visita". E, assim, trabalhamos nas escadas, nos corredores, no elevador, e devagar fomos fazendo algumas visitas, colocando-nos à disposição, para qualquer coisa, naquele ambiente novo e estranho. Por sua vez, Irmã Carmela sentiu que era chegado o momento de iniciar um grupo de reflexão com as senhoras, que até hoje funciona esplendidamente, sendo a base de nossa comunidade. E daí, com esse apoio, partimos para as reuniões festivas , sempre iniciadas com a realização da santa missa. Assim, fize-

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mos o primeiro dia das Mães, com o Cônego Carlos Meneghazzo, da paróquia do Sagrado Coração de Jesus, celebrando a Eucaristia, e a distribuição de rosas no momento do Ofertório, distribuição feita pelos filhos às suas mães. Foi uma linda festa. Depois, veio a primeira festa junina, com casamento caipira, jogos, leilão, doces típicos, música. Grande festa, muito bem preparada pelas senhoras, com os jovens participando em trajes típicos, com o coral e com seus violões. Depois, a festa de fim de ano, emocionante também. E Cristo sempre a guiar as nossas comemorações. A Arvore foi montada no "hall" e ficou cheinha de cartões de todos os amigos. Estamos, agora, em nosso segundo ano, tendo já realizado as festas do dia das mães e junina, sendo que esta última foi feita num sítio, a caráter. Faltava a homenagem aos pais, que comemoramos, desta feita, no salão de festas do Pensionato das Irmãs Missionárias. Um dos elos mais importantes de nossa comunidade é, sem dúvida, o nosso jornalzinho, "Notícias do Fênix", que está completando o seu segundo aniversário, sendo bimensal a sua edição. Esta realização foi idéia de um dos nossos companheiros, como também a da criação do "Clubinho Fênix", destinado a promover as práticas esportivas entre os residentes no edifício. E já nos primeiros treinos tem havido surpreendentes revelações de craques da jovem e da velha guarda. Vamos, assim, completando a integração também através do esporte. Apesar de tudo o que descrevemos, quando nos reunimos sentimos que muita coisa nos falta ainda. Mas vamos lutar para atingir a todos e a cada um em particular. Existe, assim, naquela pequena rua do Bairro do Botafogo, na cidade de Campinas, uma verdadeira comunidade dentro de um edifício de apartamentos. Os seus habitantes são todos amigos, alegres e felizes e distribuem alegria a todos os que nos visitam. Como no dístico do jornalzinho, iremos em breve colocar, no "hall" de entrada, aquela frase quente de amizade: "Amigos, esta é a nossa grande casa".

Fabri e Adalgisa Equipe

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n'~

1 de Valinhos


TESTEMUNHO

COMO ME ENCAIXEI NUMA EQUIPE DE NOSSA SENHORA

Meu nome é Benedito Caland.rini de Azevedo. Calandrini, para os íntimos. Cruzamento de italiano com índio tupiniquim. Casado com a Célia, 3 filhos, 37.° Cursilho de Cristandade, odontólogo. Após o Cursilho, fui chamado para um "papo" com o Pe. Giovanni. Senti um certo receio, pois não era de enfrentar padre, a não ser raríssimas vezes, no confessionário. No decorrer do encontro, fui convidado para que fizesse parte de uma equipe de espiritualidade, formada somente por casais. Ficou acertado um encontro, na casa de Cruz e Odete, os quais eu ainda não conhecia. Lá conheci todos os membros da nova equipe: Bonna, Alvaro, Demócrito, Feliz, Chaves e Saady. O Geraldo (membro de outra equipe) nos fez uma explanação muito brilhante sobre a dinâmica das E.N.S. Confesso mesmo que fiquei bastante nervoso, perguntando a mim mesmo: o que o Pe. Giovanni viu em mim, para fazer parte de uma equipe cheia de figurões? Seguiram-se várias reuniões com mais abertura, e eu fui desfazendo o conceito de figurões de meus companheiros. Na partilha, a obrigação mais difícil que achei foi o "dever de sentar-se". Não encontrava jeito de proceder a esse encontro com a Célia. Ficávamos somente de cócoras. Porém, numa das reuniões, recebemos um livro, "Amor e Casamento". Que beleza! Foi como um holofote usado nos interrogatórios policiais, em que o pilantra é obrigado a falar. Fizemos o nosso primeiro dever de sentar-se. Foram três horas e meia de conversa, em que alguns "jardins secretos" foram descobertos e, por incrível que pareça, não teve "quebra-pau".

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Foi um encontro que diminuiu bastante meus complexos, minhas frustrações. Pensei que tivesse mais defeitos e, no frigir dos ovos, verifiquei que não sou tão errado como pensava. Até que deu para equilibrar! Será desnecessário dizer que a Célia ganhou disparado. Virão outros encontros e tenho a certeza de que um dia chegaremos a um só todo. Hoje em dia considero todos os membros da equipe como meus verdadeiros irmãos. A nossa equipe foi brilhantemente pilotada pelo casal Cruz e Odete. Hoje é dirigina pelo Bonna e Mizar, casal responsável que foi escolhido por unanimidade. É isso aí. Estou percorrendo um caminho que pode ser longo, mas vou devagar, não querendo atalhos, tentando chegar a Cristo, e nada melhor do que cortejar sua Santa Mãe. Estou gostosamente emaranhado e será difícil sair dessa.

É

irmãos, eu encaixei no duro mesmo!

Calandrini (Equipe 3, Belém do Pará)

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NOTíCIAS DOS SETORES

JAO -

Homenagem ao Cônego Pedro Recebemos do Casal Responsável do Setor, Maria do Carmo e Evandro, a seguinte comunicação:

"No dia 16 de outubro último, os casais das E.N.S. assistiram, emocionados, na Câmara Municipal de Jaú, à outorga do título de "cidadão jauense" ao Cônego Pedro Rodrigues Branco, Conselheiro Espiritual deste Setor. Não foi somente a família das Equipes mas toda Jaú que aplaudiu essa outorga, que reconheceu todo o trabalho, toda dedicação de nosso Conselheiro junto às famílias jauenses ao longo de seus 25 anos de sacerdócio nesta cidade. Na Câmara Municipal, foram muitos os elogios enaltecendo as qualidades de homem e sacerdote reveladas pelo Cônego Pedro. Saudando-o, o sr. Prefeito Municipal, seu ex-aluno, d;sse do reconhecimento de Jaú pelo seu trabalho desenvolvido pela paz e concórdia da família jauense e de sua vida pontilhada de amor e carinho e de uma profunda preocupação na manutenção do entendimento, do amor e da paz entre os casais de J aú. O vereador que apresentou o projeto - Ricardo Bagaiolo Contador -, filho de pais equipistas, em sua saudação se referiu ao Movimento das E.N.S., à formação da 1.a equipe do interior do Estado e a 13.a do Brasil, em 1955, aqui em Jaú; referiu-se também à expansão do movimento para outras cidades de São Paulo, dizendo que o Cônego Pedro é o pai espiritual de muitas equipes espalhadas pelo Estado de São Paulo. Lembrou de todo o bem que ele fez para os seus pais, para sua família, lembrou que, desde pequenino, ele o via freqüentando sua casa, ficar horas conversando com seus pais, lembrou dos retiros que seu pai e sua mãe faziam e, palavras do vereador, "quando eles voltavam - que bacana - a gente sentia que eles se amavam mais, a gente sentia que eles nos amavam mais. Isso, Cônego Pedro, muitos filhos sentiram como eu". Em seu discurso de agradecimento, Cônego Pedro disse que, desde sua juventude, desde estudante, sonhava em trabalhar com -25-


as famílias, em aprofundar este amor que se chama amor conjugal, para fazer com que ele crescesse, renascesse em todos os corações; que aqui realizou seu sonho, seu trabalho produziu frutos, encontrou a terra tão boa dos corações jauenses, como produtiva é a terra de Jaú; trabalhar com as famílias, fazer crescê-las moral e espiritualmente, pois que, crescendo a família, purifica-se a sociedade e, purificando-se a sociedade, cresce o pa~. : Após a cerimônia oficial, as Equipes de Nossa Senhora ofereceram um jantar em homenagem ao nosso Conselheiro. Mais de 300 pessoas, inclusive muitas de fora de Jaú, ali compareceram testemunhando a amizade ao homenageado e agradecendo a sua dedicação, o seu trabalho pelas famílias, a sua disponibilidade em atender a todos. Saudou o Cônego Pedro o casal equipista Helena e Tata, que foi muito feliz ao traçar vários ângulos de sua vida junto aos casais, do amor que lhes dedica ao ensinar-lhes o que é "amar". Helena arrematou a sua saudação, dizendo uma prece em nome dos casais aos quais o Cônego Pedro tem ensinado a amar e que consta de uma placa de prata que lhe foi oferecida: "Nossa prece no dia de hoje - Obrigado, Senhor, por nos ter dado o Cônego Pedro, obrigado pela sua vocação sacerdotal, obrigado pelo amor, dedicação, compreensão e paciência que tem tido para conosco, obrigado por tê-lo escolhido para implantar as equipes em Jaú, obrigado Senhor" - Equipes de Nossa Senhora - Setor Jaú". No dia seguinte, domingo, foi rezada missa de ação de graças, no colégio de São Norberto, com o comparecimento dos casais das Equipes e de amigos. Cerimônia simples, mas bastante significativa, encerrando as homenagens ao nosso querido Conselheiro. Cônego Pedro está radicado em Jaú há mais de 25 anos. Exerce atualmente o cargo de Superior da ordem dos Cônegos Premonstratenses no Brasil e está inserido na vida espiritual de Jaú como ponto marcante. Trouxe o Movimento das E.N.S. para Jaú há mais de 21 anos; aqui o movimento nasceu, cresceu e se irradiou por uma boa parte do Estado. Estimadíssimo pelos casais das Equipes é o Cônego Pedro o nosso grande diretor espiritual e uma das expressões de base do Movimento das E.N.S. Setor Jaú." Nota da Redação: Não só do Movimento em Jaú, mas em todo o Brasil, pois foram inúmeros os casais que se beneficiaram com seus conselhos, ouvindo as muitas palestras que deu por ocasião de Encontros de Casais Responsáveis e de CR. de Setor. Na verdade, é um pouco o pai espiritual de todos os eqUipistas da velha guarda. .. Associamo-nos às homenagens prestadas ao querido Cônego Pedro, pedindo a Deus que continue abençoando cada vez mais o seu Ministério.

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Reuniões mistas

Em duas noites diferentes reuniram-se ·5 e depois 8 equipes mistas, cada uma com sete a oito casais. Tema: "A Rrega de Vida". O objetivo era levar os casais a se conscientizarem da necessidade de uma regra de vida. Bem preparadas, com uma sessão prévia, as reuniões tiveram pleno êxito, mostrando que a regra de vida tem por objetivo combater defeitos, conquistar virtudes e crescer espiritualmente e no amor. Texto de Meditação: Mat. 5, 44-48. Essas reuniões, que vêm sendo realizadas todos os anos, têm dado frutos, com resultados positivos para o Movimento. MANAUS -

Mini-mutirão

As Equipes de Manaus realizaram, no dia 31 de outubro, um mini-mutirão, iniciado às 8,30 e encerrado, com a celebração da Santa Missa, às 18,30 horas. Os casais tiveram oportunidade de ouvir palestras sobre a Oração (Frei Laurindo Coco) e sobre os meios de aperfeiçoamento (Maria Helena e Zarif), além de fazerem um "caprichado" "dever de sentar-se" e participarem de grupos de trabalho. Foi um dia muito co-participado. Durante

a Missa, no ofertório, nove casais compromissaram-se com o Movimento das E.N.S. Findo o encontro, à noite, os casais se reencontraram na casa de Maria Berenice e Sebastião para festejarem o aniversário de uma das filhas do casal. -27-


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Apostolado

Os casais de Manaus, estimulados e auxiliados pelos seus Conselheiros Espirituais (Frei Laurindo Coco, Pe. Luiz Kirschner, Pe. Carla Steiner, Frei Tomás Otaviani), bem como pelos seus Casais Responsáveis, estão se empenhando a fundo nos cursos de preparação para o casamento, nos "Dica" e no atendimento à Pastoral familiar. Atualmente com três equipes e duas em formação, estão no aguardo, também, de que os casais equipistas dos demais Estados lhes escrevam oferecendo sugestões para o desenvolvimento de suas atividades. O Pe. Kirschner, um norte-americano no Brasil e um dos iniciadores das Equipes de Manaus, tem planos de iniciar o Movimento em MANACAPURU, sua paróquia - é nome que ele só consegue pronunciar com a indispensável ajuda do Espírito Santo! BELJ::M -

Mini-mutirão também

Com extraordinária generosidade, realizou o seu mini-mutirão no dia 2 de novembro: as visitas aos mortos foram realizadas antes do início do encontro. O mini-mutirão foi realizado das

9,00 às 18,30 horas. O programa cumprido foi idêntico ao de Manaus, sendo que a palastra sobre a Oração foi efetuada pelos Padres Aderson e Giovanni. Durante a Santa Missa, cancele-28-


brada pelo Con. Geraldo e Pes. Giovanni e Aderson, sete casais compromissaram-se com as Equipes de Nossa Senhora (outros, ausentes por motivos imperiosos, compromissar-se-ão quando da renovação, a ser feita no próximo ano). As equipes de Belém, atualmente em número de cinco, estão na expectativa de se constituírem em coordenação de primeiro grau e preparam a difusão do Movimento em Santarém e óbidos. Oremos, para que alcancem seus propósitos! -

Boletim

Continuamos recebendo pontualmente o Boletim editado mensalmente pelas Equipes de Belém, com ótimos artigos, muitos dos quais esperamos transcrever, para aproveitamento de todos. JUIZ DE FORA -

Curso de Noivos

Recebemos da Equipe nQ 2 de Juiz de Fora a seguinte noticia, que muito agradecemos:

"Estamos engajados no "SOPREMA" (Serviço de Orientação Pré-Matrimonial). A Equipe n. 0 2, auxiliada por alguns casais de outras equipes, é responsável pelo Setor Noturno - cursos de duração de uma semana -, sendo que também fazemos parte da Equipe de Palestrantes dos demais cursos ministrados pelo Movimento Familiar Cristão. São feitos também os "Encontros" de noivos, realizados em regime de internato e semi-internato, onde a dinâmica é bem diferente dos cursos, que constam apenas de palestras, havendo círculos, plenários, questionários a dois, juri simulado, etc. Foram realizados este ano 5 encontros desse tipo. É um trabalho maravilhoso, porque atualmente os noivos têm se conscientizado da importância e necessidade da preparação para o que os espera na sua vida matrimonial. Estamos tão empolgados com este trabalho da Pastoral que se pensa seriamente em formar, em conjunto com o M. F. C., o chamado "EQUIPAO'', quando serão feitas div:sões de setores por paróquias para melhor atender às necessidades dos noivos, numa tentativa de transformar de vez todos os cursos em Encontros.

São enfocados os seguintes temas: A pessoa humana e Diálogo; Anatomia e fisiologia dos aparelhos genitais, fecundidade responsável, harmonia sexual, fidelidade; Orçamento e administração do lar; Aspectos jurídicos; Sentido cristão do Matrimônio. -29-


Temos crescido bastante junto aos noivos e, com o apoio que nos é dado, "o auxílio que vem do alto" e que nunca nos tem faltado, continuaremos na luta, para assim crescermos e realizarmos a nossa missão de equipistas vocacionados: dar o nosso testemunho para que se formem as famílias de amanhã." FLORIANOPOLIS -Acompanhando a Peregrinação

Como sempre, Florianópolis "caprichou" na espiritualidade. Os dois Setores realizaram em conjunto uma semana de vigília, iniciada com uma missa especial e encerrada com uma peregrinação. Durante a semana de vigília, toda noite duas equipes revezavam-se durante uma hora. No final da subida ao Morro da Cruz, em Nova Trento, os casais de Florianópolis, acompanhados de seus filhos e de alguns casais de Brusque, num total de 120 pessoas, recitaram o terço. Em seguida, participaram da Santa Missa no oratório de Nossa Senhora do Bom Socorro, missa celebrada pelo Pe. Aegídio, Conselheiro Espiritual do Setor B. -

Noites de oração

A Equipe 1 vem se reunindo em vigílias noturnas na Capela da Imaculada Conceição, sempre nos três primeiros dias da primeira semana de cada mês, às 22 horas, sendo que essas vigílias estão abertas aos demais casais de Florianópolis. -

Financiando um seminarista

A Equipe 17 mantém os estudos de um rapaz que está cursando o 3.0 ano no Seminário de Azambuja, em Brusque. -

Preparação para o Natal

A reunião de novembro foi diferente: foi uma reunião mista, cujo tema foi "O Natal em Família". Aliás, como sempre, as equipes participaram ativamente da Campanha do Natal. A Hora Santa do mês foi dedicada à preparação para o Natal, e o tríduo de orações promovido pela Equipe 1 o foi para a festa da Imaculada Conceição. Quanto à Missa do Setor, as crianças foram especialmente convidadas e levaram brinquedos, que foram entregues na procissão do ofertório, para serem distribuídos depois pelos jovens da Comunidade de Emaús. Encerrou-se com uma confraternização. -30-


-Boletim

Temos recebido regularmente o Boletim, cujas notícias estamos aproveitando e cuja remessa pontual muito agradecemos! Parabéns a Dilma e Miguel pelo belo trabalho. CRICIUMA -

De vento em popa . ..

Festejou o seu primeiro ano de instalação a Coordenação de Criciuma, com uma missa da qual participaram todas as equipes, agora em número de sete - cinco, mais duas em pilotagem! Realizados dois retiros, com a participação de 100% dos equipistas - parabéns! T ambém 6 casais já fizeram a Sessão de Formação. CURITIBA- Tarde de estudos

Somente em dezembro ficamos sabendo da tarde de estudos realizada a 21 de agosto, com a participação total dos casais responsáveis e dos casais de ligação. Escreve o Regional que "essa realização deixou ótima impressão, tendo todos ficado felizes e satisfeitos com os resultados". Apresentação a cargo de Zilda e Bleggi e Lia e José Maria. Falta de Assistentes

Há uma quinzena de casais aguardando reumao de informação para ingressar no Movimento, mas o grande problema está sendo a falta de Conselheiros Espirituais. -

Equipe de retiros

Além de expedir os convites, a Equipe de Retiros da Região Paraná tem visitado todas as equipes, prestando informações e motivando os equipistas a participarem dos retiros programados. PETROPOLIS -

19 Mutirão de Jovens (Do Boletim)

No dia 10 de outubr o, realizou-se, com pleno êxito, o 1.0 Encontro de Jovens das Equipes Setor de Petrópolis. Toda a organização do Encontro foi entregue aos próprios participantes, que dela se incumbiram de forma a causar inveja- não fosse a inveja pecado. . . - aos corôas, e orgulho - que desse tipo não é peca-31-


do- aos papais-corujas. Era de ver-se o entusiasmo, a seriedade, a disponibilidade e a competência dos jovens organizadores e o comportamento dos quase 60 jovens participantes, a ponto de, ao final do Encontro, as Irmãs, por eles cativadas, quererem saber quando lá estariam de novo. Frei Hipólito, que os assistiu durante todo o dia e lhes ministrou algumas das palestras, há-de estar jubiloso com esses ex-equipestinhas. Proferiram palestras: Myriam e Ekner, da Equipe 10, que agradaram em cheio, e a jovem Beatriz Guedon, que, ao final, na copa, vassoura em punho, mostrava que não há incompatibilidade entre o trabalho intelectual e a dita vassoura. Após a missa, cuja liturgia, simples e bela, foi também organizada pelos jovens, houve um lanche final, dentro do figurino dos Retiros das Equipes. Mas só depois de lavarem as "montanhas" de pratos e xícaras e de deixarem o local exatamente como o receberam, é que os jovens de lá se despediram. Não sem antes deixarem, no quadro-negro do salão de palestras, esta mensagem para as bondosas irmãs do Madre Regina: "Irmãs, obrigado pelo lar que tivemos no dia de hoje jovens das ENS".

os

Depois de assistir-se a tudo isso, a par da emoção que é "ver" moços, há que se bendizer a hora em que optamos pelo nosso Movimento, ao mesmo tempo em que se nos reaviva a responsabilidade de também crescer como esses admiráveis jovens cristãos. Acrescenta um equipista: "Quero ressaltar que até agora, em todas as experiências que t ive com encontros de jovens e adultos, esse foi o que menos trabalho me deu. Posso dizer com tranqüilidade que a maioria absoluta de todas as iniciativas em termos de organização e funcionamento do encontro foi da responsabilidade dos próprios jovens. Aliás, isso se deveu a uma espécie de desafio lançado a eles, no sentido de que fossem capazes de dar uma demonstração aos adultos de que o jovem quando se sente motivado a alguma coisa é realmente capaz de agir com grande independência e responsabilidade. Dizem que as águias incitam seus filhotes para que se atirem de seus ninhos ao espaço e voem. Creio que o vôo dos "filhotes" dos equipistas superou em performance o que seria de se esperar. Não vamos dizer que foi um dia extraordinário, que foi cem por cento. Talvez até tivesse faltado um pouco de animação no folclore. Mas isso parece que se deveu à preocupação em apro-32-


veitar bem o dia para assuntos que eles julgaram mais importantes. Contudo, a seriedade com que a maioria considerou os problemas referentes à formação e aos papéis que julgam caber ao jovem agora e no futuro é qualquer coisa realmente animadora. Outra coisa que me despertou a atenção foi o aspecto sadio do grupo como um todo. Em contraste com muita coisa que se ouve falar sobre juventude, notava-se esperança no amanhã, confiança em suas próprias possibilidades, ausência de revoltas acentuadas e, o que é mais surpreendente, o orgulho dos pais que a maioria apresentava. Acho esse o principal fruto que os pais equipistas podem colher e constitui um gratificante testemunho de que o movimento equipista como um todo vale a pena. Agora os jovens querem criar algo de permanente para eles, não querem ficar só nesses frutos iniciais. Vocês, meus caros pais, estão dispostos a colaborar e confiar na iniciativa de seus filhos?" VALENÇA- Retiro

Sobre o tema "Oração e Santidade ", os equipistas de Valença tiveram a ventura de ouvir palavras ditas por um estudioso e mestre no assunto: Frei Neylor Tonin. Participaram mais de 20 casais, o Regional, Maria Alice e Adelson, e os redatores do Boletim da Guanabara. RIO DE JANEIRO -

Inter-equipes

Foram 30 grupos de sete a oito casais cada um, reunindo às vezes casais do mesmo bairro, que desconheciam ser vizinhos de equipistas .. . O tema: a evangelização da nova geração. Quatro perguntas básicas serviram de roteiro para um "pôr em comum" e o testemunho vivencial dos presentes tornou mais dinâmico e proveitoso o encontro. As perguntas - que poderão servir de tema para meditação ou dever de sentar-se: - Você transmite aos seus filhos aquilo que vo.cê é, ou o que você desejaria que eles fossem? - Como aproveitar os valores da nova geração pwra motivá-los ao Evangelho? - O que podemos fazer para que a nova geração encontre na Igreja a realizmção dos seus ideais humanitários? -33-


- De que modo, ao evangelizar, você está sendo evangelizado pela nova geração? Estas perguntas foram colocadas no contexto da missa, após o ato penitenciai. Em seguida, o Evangelho de São Mateus (9, 35-36) foi o texto de meditação. A missa encerrou-se com o canto da Oração de São Francisco. -

Retiro

Pregado pelo Pe. Alfonso Garcia Rubio. Presentes 66 pessoas, sendo 30 casais e 6 viúvas. Tema: Evangelizar o mundo de hoje. O questionamento dos casais a respeito de "como entendem e como exercem a evangelização" levou o grupo a reflexões individuais - ou a dois - de grande proveito prático. Tema atualíssimo também foi a palestra sobre o pecado, que reavivou os conhecimentos sobre o assunto, que vem sendo "esquecido" em nossos dias. Análise minuciosa foi feita da personalidade do homem de hoje, no que se refere à "interiorização" e à "abertura". Fazemos de cada cristão um dualista: o homem religioso e o profano, o homem da missa dos domingos e o homem do trabalho de todos os dias. O que se torna uma fonte de angústia e desen~ contra, porque o homem é uma unidade. -

Preparação para o Natal

Num esforço de cristianizar o Natal, um grupo formado por movimentos da Pastoral Familiar reuniu-se às segundas-feiras durante três semanas para estudos e nova conscientização. Sob a coordenação do Pe. Lopes, casais do MFC, das Equipes, dos Cursilhos, dos Encontros, estudaram e discutiram o livro do Frei Leonardo Boff: "Natal - a humanidade e a jovialidade de nosso Deus". Daisy: Gratos pelas noticias!

VINHEDO-VALINHOS -

Novena do Natal

O Casal Responsável pela Equipe 1 de Valinhos instituiu uma novena de Natal diferente, com três intenções básicas: orar pelo casal e suas necessidades, orar pela equipe e suas dificuldades, e orar pela Nação, na hora difícil que estamos atravessando no setor econômico-financeiro. As orações foram dirigidas a Deus por intermédio da padroeira da equipe, Nossa Senhora Aparecida. -34-


-Retiros

O Setor promoveu dois retiros em 1976: o primeiro, com a presença de 15 casais que usufruíram muitos benefícios espirituais com as palestras doPe. Neto de Oliveira s.j.; o segundo, com a presença de 19 casais, sob a orientação de D. Leo e equipe foram 3 dias de intensa procura e meditação.

SANTOS -

Reun.iões mistas

Foram 9 as reuniões mistas, focalizando o Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, a Exortação Apostólica "A Evangelização no Mundo Contemporâneo" e as conclusões do EACRE de Itaici. Colocados para reflexão os seguintes pontos: a) você e a Igreja universal; b) você e a Igreja particular; c) você e a Igreja local; e d) você e as ENS e a Semana da Família. -

Equipe na Praia Grande

O Setor já havia usado o "ferry-boat" para levar o Movimento ao Guarujá. Agora atravessou a Ponte Pensil e foi lançar a primeira equipe na Praia Grande. BAURU -

Manhã de estudos

Foi realizada uma manhã de estudos com pais e filhos, tendo D. Cândido Padim falado àqueles e o Pe. Sjeng aos jovens, separados por idades. O tema foi "Relacionamento". No final, cada grupo, por seu vogal, adultos e jovens, expôs o que os filhos esperam dos pais e o que os pais esperam dos filhos. . . O resultado foi tão bom que os filhos pediram que seja repetido o encontro. Escreve o Responsável do Setor: "Não sabemos quem aprendeu mais, se nós com eles ou eles conosco". -Novena

Realizada em outubro, no Santuário de Fátima, baseada no livro "Evangelho para Rezar" (meditação do Rosário para os nossos dias). A cada noite, um casal de uma das equipes encarregava-se das leituras e meditações. Foi mais uma oportunidade para que, em conjunto, se lesse e meditasse o Evangelho, e se pensasse em Nossa Senhora. -35-


SOROCABA -

Nasceu a n9 2

Entusiasmo dos casais que formam a primeira equipe. E já existe a segunda, pilotada por um casal de Itu. Teve sua primeira reunião na mesma tarde em que foi feita uma reunião de informação, da qual participaram 35 casais. Nessa reunião, esteve presente, levando o seu apoio, D. Amaury Castanho, o novo bispo auxiliar, que já foi assistente de várias equipes.

GUARATINGUETA -

Reuniões mistas

Cumpriram mais uma vez a sua finalidade principal, de troca de vivência cristã entre os vários elementos, as oito reuniões mistas realizadas simultaneamente pelas equipes de Guaratinguetá e Aparecida. Cada um procurou colher experiências para levar para suas equipes. Surtiu grande efeito, também, o preparo espiritual no qual todos se empenharam no início da reunião: uma meditação acompanhada de exame de consciência. O Setor tem realizado duas vezes por ano essas reuniões e os casais encarregados da preparação das mesmas constatam cada vez mais que seus esforços vêm sendo compensados por muito bons resultados. -

Retiro

P regado pelo Pe. Pedro Lopes, introdutor das Equipes no Vale do Paraíba, grande batalhador pelo Movimento - e muitos outros! O assunto foi do agrado de todos: "A Evangelização no .:nundo contemporâneo". Houve grande proveito no confronto das atitudes de cada um em relação ao assunto. Pe. Pedro, com sua cultura religiosa e humanística, prendeu a atenção de todos nesses dois dias. Sua animação contagiava, e foi com pesar que todos viram chegar o fim do retiro. Luiza e Faria, cursilhistas que se dedicam ao apostolado familiar, brindaram os equip.stas com uma palestra sincera, "quente", objetiva e instrutiva: "Revisão de vida a dois". Foi um "flash-back" de seus vinte e seis anos de casados: erros, acertos, intenções, enfim, uma vivência a dois vista em um balanço honesto. Mostraram que, com a presença de Deus no dia a dia, o saldo sempre será positivo; os filhos, criados num clima de concórdia e amor, serão felizes e farão felizes os seus pais.

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Boletim

Nasceu o Boletim do Setor "Aliança". Recebemos os n. 08 2 e 3, excelentes, principalmente o n. 0 2. Parabéns - e continuem mandando! GARÇA -

Dia de estudos

A Coordenação de Garça realizou, no dia 21 de novembro, um dia de estudos e reflexões a cargo do incansável Frei Estevão. Compareceram 26 casais, que aproveitaram intensamente o dia. Houve grupos de coparticipação e reflexão. Foi encerrado o Encontro com a Santa Missa. SAO PAULO -

Bodas de Prata de Esther e Marcello

"Cheio de alegria, aleluia, eu me aproximo da casa de Deus ... " - com este canto e precedidos dos 11 filhos, Esther e Marcello adentraram a igreja do Colégio São Luís, no dia 27 Cile dezembro, dando início à missa de ação de graças pelos seus 25 anos de casamento. Missa concelebrada por cinco sacerdotes, presidida por D. Joel Ivo Catapan, que foi por muitos anos assistente da Equipe de Esther e Marcello. Iniciou D. Joel a cerimônia agradecendo, em nome da Igreja, o trabalho que, incansavelmente, Esther e Marcello vêm desenvolvendo há tantos anos em prol das Equipes de Nossa Senhora e, portanto, da família brasileira. Comovente e bem merecida homenagem! Mas era apenas o início de muitas emoções ... Pouco depois, iria levantar-se o próprio Marcello para ler a Epístola, como que significando por esse gesto sua disposição contínua em servir a Igreja no próprio estado de casado. A seguir, todos os presentes rezaram juntos o Salmo de meditação, muito apropriado à vida espiritual dos dois. Leu o Evangelho o Cônego Pedro, Conselheiro Espiritual do Setor de J aú, um dos mais antigos e dedicados assistentes do Movimento. Seguiu-se a homilia, que vocês já leram nesta Carta, pelo Pe. Aquino, Conselheiro Espiritual da ECIR e amigo do casal há muitos anos. Procedeu à renovação das promessas matrimoniais e bênção das alianças o Frei Miguel Pervis, assistente da equipe de Esther e Marcello. Um dos pontos altos da celebração foi a oração dos fiéis. Cada um dos filhos , que se encontravam ladeando o altar, chegou por sua vez ao microfone, começando pelo mais velho, para ler, em voz clara e pausada, uma intenção. No lugar do caçulinha, a 11.a foi confiada ao casal mais antigo da equipe de Esther e

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Marcello, companheiros de caminhada há 22 anos. Outro momento de emoção foi o abraço da paz, quando Esther e Marcello foram abraçar os filhos, um por um, como os noivos abraçam os pais no fim da cerimônia do casamento. Como parte da bênção final, depois da bênção do casal, o celebrante pediu a Deus que concedesse a todos ali reunidos "a graça de uma verdadeira vida no Amor". Para terminar a Missa, Escolheram Esther e Marcello o canto "Adeste Fidelis", mostrando mais uma vez, se necessário fosse, sua inserção na Igreja: em meio à alegria deste aniversário, não estavam esquecidos de que nos encontrávamos em plena luz do Natal. Foi uma cerimônia belíssima, muito litúrgica, muito comovente - inesquecível.

DEUS CHAMOU A SI Helga de Bastiani

Da Equipe 2 de Caxias do Sul, no dia 15 de novembro. Ela e Francisco foram por vários anos Casal Responsável pela Coordenação de Caxias. Escreve Francisco: "Agora estou vendo como Deus foi bom para com ela e para conosco. Os dez meses de cruéis sofrimentos que suportou com tanta fé e resignação lhe atraíram (e para nós também) inúmeros favores celestiais. Ela foi admirável em sua paciência, na sua conformidade com a vontade divina, principalmente na sua fé. A missa de corpo presente, concelebrada por seis sacerdotes, foi presidida por D. Paulo Moretto que, a 1.0 de novembro, celebrou missa no seu quarto, a visitou muitas vezes no hospital e fez questão de acompanhá-la até o cemitério. Não tivemos nenhuma angústia com sua partida para a Casa do Pai; ao contrário, vivemos numa atmosfera de verdadeira paz e tranqüilidade, que estávamos longe de supor, e temos certeza de que, mais do que nunca, ela nos ampara com o carinho que lhe era peculiar. Rezem muito por nós, para que jamais esqueçamos os magníficos exemplos de virtude que ela nos deu". No santinho que Francisco mandou imprimir para que todos pudessem guardar sua lembrança mais viva, consta, além da frase inicial: "Sê fiel até a morte, e eu te darei a corôa da vida", sua foto e alguns trechos tirados de suas anotações, que transcreveremos adiante. -38-


Alvim Batistotti

Da Equipe 4 de Brusque. Vítima de ataque cardíaco. Havia feito seu retiro poucos dias antes e, naquela noite, recolhera-se para sua leitura do Novo Testamento quando o Senhor o chamou. Foi um grande consolo para a "tia" Laura e todo o Setor de Brusque ver que o querido "Tio Alvim", como era carinhosamente chamado, partira para o Pai tão bem preparado. O "Abelha"

Da Equipe 39 do Rio de Janeiro. Transcrevemos do Boletim: "Como se o nome traduzisse a sua personalidade, o "Abelha", como a Theresinha, sempre distribuiu doçura, em trabalho constante que só as abelhas sabem produzir: ministro da Eucaristia, cursilhista, equipista, palestrista permanente dos Cursos de Noivos da Ilha do Governador, bom e dedicado médico, foi um testemunho vivo de cristão. Discreto e corajoso, como sempre viveu, homem de fé, o "Abelha", de há muito, sabia da gravidade de seu estado físico, mas o ocultou, enquando pôde, para não alarmar os parentes e amigos. Partiu sem alarde, sem fazer uma queixa sequer, a esperança à frente, e este seu comportamento admirável se refletia na despedida da Theresinha de seus pais, tristes, mas em momento algum desesperados. Impressionante e valiosa para todos nós a frase dita pela mãe para o pai do "Abelha", enquanto rezava, baixinho, o terço: "Não chore, porque o nosso filho cumpriu sua missão e já se encontra em melhor lugar".

A maior arma jamais conhecida pelo homem é a oração. Não são os nossos conselhos que os filhos guardarão através da vida, mas sim os nossos exemplos. :t preciso que o Pai Celeste veja sempre em mim o espírito e as virtudes de Cristo.

Perruntar-me com freqüência: como procederia a Virgem Maria se estivesse em meu lugar?

O sofrimento não é uma desgraça, mas a permissão de carregar a cnu: com Cristo. Rezemos pelos que sofrem, a fim de que vivam seu Calvário como Jesus viveu o seu: com amor. A finalidade do amor é a santificação.

(Trechos das anotações de Helga de Bastiani)

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ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REU NIÃO

Na medida em que nos esforçarmos em viver o Evangelho, sentiremos a necessidade de dar testemunho do Evangelho. Evangelizados, tornar -nos-emas evangelizadores. I remos, durante o ano, orar e meditar com São Paulo, que foi um eminente portador da Boa Nova.

TEXTO D E MEDITAÇÃO -

2 Cor. 6, 1-10

Visto que somos colaboradores com ele, exortamo-vos ainda a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: "No tempo favorável, eu te ouvi. E no dia da salvação vim em teu auxílio". Eis agora o tempo favorável por excelência. Eis agora o dia da salvação. Evitamos dar qualquer motivo de escândalo, a fim de que nosso ministério não seja sujeito à censura. Ao contrário, em tudo recomendamos-nos como ministros de Deus: por grande perseverança nas tribulações, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nas desordens, nas fadigas, nas vigílias, nos jejuns, pela pureza, pela ciência, pela paciência, pela bondade, por um espírito santo, pelo amor sem fingimento, pela palavra da verdade, pelo poder de Deus, pelas armas ofensivas e defensivas da justiça, na glória e no desprezo, na boa e na má fama; tidos como impostores e, náo obstante, verídicos; como desconhecidos e, não obstante, conhecidos; como moribundos e, não obstante, eis que vivemos; como punidos e, não obstante, livres da morte; como tristes e, não obstante, sempre alegres; como indigentes e, não obstante, enriquecendo a muitos; como nada tendo , embora tudo possuamos! 40-


ORAÇÃO LITúRGICA

Senhor Jesus, quem quer seguir-te não pode escapar da cruz; dá-nos força e coragem para aceitar esta dura lei. a fim de alcançarmos a tua al-2gria . Senhor Jesus, aquele que te anuncia encontra forcosamente a cruz, dá-nos força "e paciênc1a para suportar as tribulações para anunciarmos a tua Boa Nova. Senhor Jesus, dá-nos compreender a grande lei de todo amor: dar a vida por aqueles a quem se ama e faz com que esse amor reine em nossos lares e em torno de nos .

(


EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e f ami liar

Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 04538 -

Avenida Horácio Lafer, 384 -

Te!.: 210-1340

SÃO PAULO, SP

.<:omente para di stribuição interna -


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