ENS - Carta Mensal 1977-2 - Abril

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1977

Abril

Editorial ................•.••............. ..•

A palavra do Papa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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A igreja doméstica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Carla da Equipe Responsável Internacional . .

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A oração na vida do Mahalma . . . . . . . . . . . . . .

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As comunidades eclesiais de base . . . . . . . . .

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Comece em sua casa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Impressões de um casal de Petrópolis . . . . . . .

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São Francisco e a perfeita alegria . . . . . . . . . . A ascese no lar .. . . .. .. . .. .. .. .. . .. .. . . . . .

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As Equipes de Nossa Senhora e as vocações sacerdotais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Visita às equipes de Manaus .. .. .. .. . .. .. ..

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Um fim de semana diferente . . . . . . .. . . . . . . . . Notícias dos Setores .. .. .. .. .. . .. . .. . . .. .. ..

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Oração para a próxima reunião . . . . . . . . . . . . .

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EDITORIAL

DISPOR.MO-NOS A AMAR

Porque o amor corre sempre o risco de vir a arrefecer ante o egoísmo, de se deixar seduzir pela possessividade, abalar pelo ódio, pelo rancor, pelas divisões, foi-lhe necessário um Salvador. Somente Deus poderia salvar este amor frágil, libertá-lo da escravidão do pecado. Só um amor abastecido no seu Amor poderia escapar à caducidade e à contingência. Cristo, ao tomar sobre si o pecado do mundo, assumindo num coração humano o absoluto do amor divino, restaura nossa capacidade de amar. O amor humano é portanto o amor tal qual o homem é chamado a vivê-lo e tornado capaz de vivê-lo pela graça de um Deus que seria incapaz de ordenar: "Amai-vos uns aos outros", sem fornecer ao mesmo tempo a capacidade de amar "como" Ele nos amou. Este amor humano não é apenas salv::> e restaurado, mas é até mesmo sobrelevado. Ei-lo enobrecido até tornar-se, na fraternidade de que os discípulos de Jesus dão testemunho, "o sinal por excelência da presença de Deus na vida dos homens" (Jo. 13, 34). Ei-lo enobrec·do até tornar-se, no casamento, o símbolo e o sinal do amor de Cristo e da Igreja. Sim, a Palavra de Deus realiza aquilo que proclama: Jesus Cristo nos restitui a capacidade de amar. Entretanto, se nos permitirem esta comparação, a graça de Deus não funciona como um elevador que nos deixaria, num abrir e fechar de olhos, sem esforço de nossa parte, no andar superior da perfeição. A graça de Deus interpela a nossa liberdade. Ao nos pedir que amemos e ao nos propor a sua maneira de amar como modelo da nossa, Jesus Cristo nos convida a cooperar com todas as nossas forças na salvação e na promoção do amor. . . Tarefa magnífica, bem digna de mobilizar as nossas energias físicas e espirituais! 1-


Sem pretendermos atingir por nós mesmos uma qualidade de amor que seja satisfatória, sabemos, no entanto, que cabe a nós o dever de nos dispormos a isso. E, para este papel que é o nosso, não ignoramos as condições requeridas. Lembremo-nos de algumas delas. Para tal, são necessárias a atenção e él. abertura constantes ao Espírito Santo, que nos introduz no amor do Pai e do Filho e que sugere às nossas faculdades criadoras tudo o que o Senhor delas espera. É necessária a paciência das longas caminhadas, onde as provações e a cruz são assumidas, como Jesus as assumiu, e percebidas como as etapas propícias à purificação, à realização, à transfiguração de nosso amor humano. É preciso a fé nAquele que, através de todas as nossas fraquezas e quaisquer que sejam as aparências imediatas, pode e quer fazer com que o amor seja vitorioso. O êxito do amor é a comunhão. Ela nos é prometida no Reino, onde Deus será tudo em todos (1 Cor. 15, 28); já nos é alcançada pelo Cristo, que é tudo em todos (Col. 3,11). Deve continuar a ser a perspectiva de nossas relações humanas e de nossas tarefas terrestres, de sorte que, participando do amor do Pai e do Filho, nos esforcemos nós mesmos em ser tudo em todos ... Se há alguma cousa que se destaca com evidência da Revelação, é que o desígnio de Deus a respeito da humanidade é um desígnio de amor. Entrar no plano de um Deus que nos ama é respondermos nós mesmos com nosso amor. Amor de Deus e amor do próximo são os polos de uma vida cristã. Que seja fácil a sua realização, certamente não é. Mas sabemos que Deus, que a isso nos chama, no-lo torna dia a dia possível. É esta confiança que permitirá que não nos deixemos vencer pelas dificuldades e a aparente "impossibilidade" de amar. Um cristão não pode descrer do amor.

Roger Tandonnet, s.j .

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Ao evocarmos o magnífico e comprometedor título de "Igreja doméstica", nós, há alguns meses, lembramos às famílias cristãs o potencial evangelizador que existe nelas. Convidámo-las a pensarem em que a força da Boa Nova de Jesus Cristo, anuncio da Salvação, pregação da lei do amor e das exigências evangélicas, chamamento a entrar na comunidade dos crentes, está presente no interior de cada família cristã, na corrente de afeto, de confiança e de intimidade que une os seus membros. Mas, acrescentávamos, esta força deve igualmente irradiar-se das famílias cristãs para outras famílias. O matrimônio. . . é igualmente um testemunho que se dá e uma missão que se cumpre. E por estas últimas dimensões, a instituição familiar está voltada para o exterior, para os outros, é feita para o bem alheio. Por conseguinte, a família, enquanto tal, deve procurar ter um valor evangelizador e missionário. Ela realiza esta missão esforçando-se por dar um testemunho real de vida cristã e por se tornar, assim, cada vez mais, um apelo a acolher a Boa Nova do Evangelho.

PAULO VI às Equipes de Nossa Senhora 22 de setembro de 1976

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A IGREJA DOMÉSTICA

Deus, ao fixar morada entre os homens, escolheu uma casa como as demais casas e uma família como as dema:s famílias. Nesta casa e nesta família, iria desenvolver-se a plenitude da vida. Iria desenvolver-se a Igreja, que é sinal de salvação para os homens. Em toda a Igreja, anuncia-se em primeiro lugar a Boa-Nova. E esta Boa-Nova consiste em descobrir o sentido verdadeiro e pleno da vida. E para se descobrir este sentido da existência não basta a experiência humana, nem a ciência adquirida nos livros. É preciso saber o que Deus, Fonte de Amor, nos indica como caminho na existência para sermos felizes. A família que souber transmitir sempre novas esperanças a partir de uma revelação progressiva da bondade de Deus e ·do conhecimento profundo dos homens está lançando os fundamentos mais seguros para a vida. Para ser uma igreja-doméstica, a família deve ainda levar-nos a descobrir o sagrado. Os meios de entrar em contato com Deus, de dialogar com o Pai, de sentir-se amado pelo Espírito Santo e de reviver constantemente as palavras e os gestos de Jesus. É preciso que haja comunhão, que nos preserva de todo isolamento posterior na vida. E esta comunhão com Deus preserva da superstição, do medo da feitiçaria e até dos temores e inibições tão freqüentes na infância e juventude. Afinal, a família é o lugar mais apropriado para cultivar o que há de santo em nossa existência. É ela que nos ensina a rezar e permanecer num clima de confiança e amor mútuos, que é o clima de oração. Para não nos alongarmos, queremos apenas acrescentar que a família é a igreja-doméstica, porque orienta nas opções da vida, conforta no caminho bom, e alerta, com ternura e compreensão, para os desvios da facilidade e do comodismo.

D. Paulo Evaristo Arns (in

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"L'Osservatore Romano")


CARTA DA EQUIPE RESPONSAVEL INTERNACIONAL

1: ainda a. Equipe Responsável Internacional que nos dirige a sua palavra. Palavra que é endereçada a todos os equipistas, nos vários quadrantes onde se encontram.

Caros amigos, Este número da Carta Mensal fala ainda bastante de nosso Encontro de Roma. Não se trata de nostalgia vã de um grande momento. Mas esta experiência de vida comunitária em larga escala (19 países representados!) marca uma etapa na existência do Movimento. Um Movimento é como que um ser vivo que não interrompe o amadurecimento de sua personalidade, nem deixa de explorar todos os seus recursos. O que estava presente desde a origem das Equipes torna-se mais manifesto com o tempo e as circunstâncias. É o que acontece com a missão evangélica do lar cristão no mundo de hoje e a responsabilidade que cabe às Equipes de Nossa Senhora em promovê-la. Nesta perspectiva, três frases do Evangelho foram propostas em Roma, como frases que possam guiar nossa marcha futura: "Enviou-os a proclamar o Reino de Deus" (Lc. 9, 2). "Nada leveis para a caminhada" (Lc. 9, 3). "É o Espírito de vosso Pai que falará em vós" (Mt. 10, 20). Acreditamos não ser inútil deter ainda aí a nossa atenção. Uma observação prévia: é a cada um de nós, a cada casal que o Movimento propõe estas orientações. Marido e mulher, não somos mais indivíduos justapostos vivendo cada um de seu lado a sua pequena aventura pessoal. Estamos ambos no mesmo barco, para uma grande aventura comum que tem por nome "amor": amor recebido como um dom, aceito depois, perseguido dia após dia, através da calma ou da tempestade, na confiança de que Cristo está a bordo, mesmo se parece dormir. Aliás,

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nosso barco não está sozinho; outros o acompanham, toda uma flotilha e, segundo uma expressão de S. João Crisóstomo, "navegamos todos para a glória eterna". Mas não esqueçamos todos aqueles que navegam na aflição, sem compasso nem bússola, nós que temos Cristo por bússola. Deixemos as imagens e digamos simplesmente: é nosso lar que, pelo sacramento do matrimônio, está investido de um papel evangelizador: missão que é atribuída a cada um de nós pelo bastimo e pela confirmação, e que cabe a nós levar a cabo como casal, casal unido em Cristo. É este aspecto, fundamental nas Equipes de Nossa Senhora, que desejaríamos pôr em destaque a propósito das três frases evangélicas propostas em Roma.

"Enviou-os a proclamar o Reino de Deus". Neste trecho do Evangelho segundo São Lucas, Cristo dirige-se aos apóstolos. Mas no capítulo seguinte, o mesmo convite é feito aos setenta e dois discípulos. Podemos pôr em destaque, neste episódio, a expressão que tanto diz respeito a nós: "Ele os enviou dois a dois" (Lc. 10, 1). Sem dúvida, não se trata aqui do casal, mas podemos adaptar sem dificuldade esta palavra à nossa condição de casados: somos nós dois que, juntos e indissoluvelmente, recebemos de Cristo, presente em nosso mútuo dom, esta missão de difundir a Boa Nova. · Interroguemos a nós mesmos: qual o liame que existe entre nosso amor consagrado pelo sacramento do matrimônio e este papel de evangelização? E, por conseguinte, qual o papel evangelizador próprio a nós, casados? Como dar-lhe cumprimento concretamente, no lugar em que estamos e no tempo em que vivemos? Não tem ele início com a nossa evangelização recíproca antes de se estender, em círculos cada vez mais amplos, a nossos filhos, ao nosso meio de vida e de trabalho, ao mundo inteiro (pelo menos pelo desejo e pela oração)? De que maneira os meios postos à nossa disposição pelas Equipes de Nossa Senhora podem nos ajudar a dar-lhe cumprimento? Poderia ser um ótimo assunto para o "dever de sentar-se" por parte do casal e para a co-participação na equipe.

"Nada leveis para a caminhada". A evangelização começa em nosso próprio lar, acabamos de lembrar. Mas se procuramos viver o Evangelho, nosso estilo de vida não pode deixar de se ir modificando gradativamente. É questão de autenticidade. E, portanto, questão de testemunho que, se não se limita à nossa vida, nem por isso deixa de começar por nossa vida. Não sejamos merecedores daquela censura: "Fazei o que eles dizem, mas não o que eles fazem". Inútil insistir e disso temos terrivelmente consciência. Mas como é trabalhoso o r.osso desprendimento!

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Não somente no plano material mas também no plano afetivo, cultural, espiritual... Que fazer? Por onde começar? Mais do que nunca, para não nos deixarmos ficar no abstrato e no desejo estéril, nossos casais precisam entre-ajudar-se em equipe. O que é que estorva inutilmente nosso coração, nosso espírito, nosso tempo e nos impede de sermos disponíveis para anunciar o Evangelho? Questão séria que nos devemos fazer permanentemente, que devemos debater entre nós e na equipe. "É o Espírito de vosso Pai que falará em vós". O grande desprendimento, sem dúvida, e o mais difícil também, é o de nosso instinto de posse. E, no entanto, é a condição para que o Espírito do Pai, que habita em nós, nos anime e nos mova para o cumprimento de seu desígnio. Somos apenas intendentes que devem, sem dúvida, ser ativos, empreendedores, inventivas. Mas, em primeiro lugar, atentos e acolhedores ao Espírito de Deus, porquanto é na obra de Deus que colaboramos e é ele que a realiza. Dessa obra não percebemos nem a envergadura, nem o detalhe. Como, então, não haveremos de recorrer a ele? Como não procuraremos tornar-nos dóceis à sua &ção? Conhecemos Dtl meios que, aliás, continuam essenciais às Equipes de Nossa Senhora: a escuta da Palavra de Deus, a oração, os sacramentos, o esquecimento de nós mesmos, o dom aos outros. Ainda uma vez, meios esses a serem praticados entre cônjuges: não são eles o "templo do Espírito Santo", como diz São Paulo da comunidade de Corinto? Nossa pequena comunidade conjugal, fundada no amor, precisa sem cessar abrir-se ao Espírito de amor, seja para sua própria realização, seja para dar testemunho do Evangelho. Que bela oração conjugal pode ser o "Vinde Espírito Criador"! É possível que estas reflexões e estas interrogações, ao mesmo tempo demasiado curtas e demasiado longas, os deixem perplexos, caros amigos. Não é de admirar, porquanto, longe de se tratar de diretrizes, estimulam uma pesquisa comum. E é sobre isto que desejaríamos concluir.

Na origem das Equipes de Nossa Senhora, encontramos a vontade de alguns casais, reunidos ao redor de um sacerdote, em descobrir, a fim de melhor vivê-los, todos os valores do sacramento do matrimônio. Essa pesquisa não cessou dentro do Movimento, mas está longe de seu término, principalmente no que diz respeito à missão evangélica do lar cristão. E como se trata menos de uma pesquisa especulativa do que de uma pesquisa vital, todos os casais do Movimento são chamados a levá-la avante, em primeiro lugar vivendo-a, e depois dando conta de suas experiências, tanto as negativas como as positivas. A Carta Mensal aí está como meio de intercâmbio e de comunicação.

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Se todos os casais levarem a peito esta tarefa, que serviço o Movimento poderia prestar à Igreja e a todos os casais do mundo! Estamos nós convencidos disso? Para nós, "Roma não está mais em Roma", segundo a palavra de um velho cronista. Roma - queremos dizer: a graça de nosso Encontro - daqui por diante está nos nossos corações e nas nossas vidas como um fermento. Possa o Espírito do Pai e do Filho, que habita e atua em nossos lares, despojá-los de todo egoísmo, para fazer deles mensageiros transparentes de sua Boa Nova de amor, de paz e de alegria. São os votos que formulamos fraternalmente a todos vocês. Jean e Annick Allemand

Querem ser, por toda parte, missionários de Cristo.

(Estatutos)

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A ORAÇAO NA VIDA DO MAHATMA

Sem oração não pode haver consciência da própria fraqueza. A oração é a chave que abre a porta da manhã e fecha a da noite. Só de Deus, por meio da oração, vem toda a nossa força. Rezar não é pedir.

Rezar é a respiração da alma.

Encontrei gente que inveja a minha paz. Esta paz vem-me da oração. Não sou um homem de cultura, mas penso, humildemente, ser um homem de oração. A oração salvou-me a vida. Sem ela eu estaria louco há muito tempo. Se consegui libertar-me do desespero foi graças à oração. A oração não foi parte da minha vida como o foi a verdade; a oração desabrochou simplesmente da necessidade, quando me encontrava em situações nas quais não poderia absolutamente ser feliz sem ela. Com o passar do tempo a minha fé em Deus aumentou, e o desejo de rezar tornou-se mais irresistivel. A comida não é tão indispensável ao corpo como a oração à alma, pois o jejum é por vezes necessário para conservar a saúde do corpo, enquanto que o jejum da oração não existe. Para viver no meio dos homens é necessária uma força eficaz, absoluta: a da oração. Rezar é estar com Deus. Gandhi

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AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE

Pe. Antonio Aquino, s.j.

As reflexões que vou propor são sugeridas pelo n. 0 58 da recente Exortação Apostólica de Paulo VI, sobre "A Evangelização no Mundo Contemporâneo", quando fala das comunidades eclesiais de base. Creio que é essencial fazer uma distinção fundamental na conceituação de comunidade. Numa certa altura, o Papa fala da comunidade sociológica em contraposição à comunidade eclesial. Uma não contradiz a outra mas não se identifica com a outra. Na comunidade simplesmente sociológica, o que se verifica é o agrupamento de pessoas com homogeneidade muito grande de condições: habitação, cultura, situação social, idade, unidade de interesses. Será uma boa comunidade se tiver alguém que a inspire. O que caracteriza este tipo de comunidade é que se baseia em elementos puramente humanos do dia a dia e não tem nenhuma interferência na religiosidade, na unidade da fé. "Há nesta terminologia uma designação puramente soc;ológica", nos diz Paulo VI. Isso pode existir num vilarejo cristão do nosso interior, ou numa aldeia budista na índia ou na China. Em contraposição, na comunidade eclesial, partimos em primeiro lugar da unidade da fé. Fé esta que não é simplesmente alguma coisa em que se acredita (fé científica, por exemplo, ou mesmo religiosa) , mas alguma coisa que modifica a minha vida, que a inspira, que me atinge profundamente; algo que me foi dado pelo batismo. Essas comunidades eclesiais de base partem de uma experiência pessoal de Deus, ou chegam a ela. Não se pode falar em comunidade eclesial onde não há uma experiência

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de Deus, onde a fé é apenas uma tradição, uma doutrina. Com freqüência, essa experiência de Deus se faz, hoje em dia, através de encontros, de retiros, de Encontro de Casais com Cristo, de Cursilhos. Todas essas iniciativas deram a muita gente a experiência de Deus e, onde ela existe, há quase como decorrência a preparação de uma comunidade. A pequena comunidade cristã tem uma vida em si e esta vida é a graça de Deus, o Espírito de Jesus, do qual se falava nas comunidades primitivas: o Espírito do Senhor as conduzia, as motivava, nelas estava presente. A comunidade eclesial está fundamentada no vínculo da caridade, que é o Espírito Santo, o Espírito de Deus, a graça de Deus sentida, percebida, que leva à comunicação muito íntima, à caridade fraterna, etc. A comunidade eclesial de base, portanto, é constituída por dentro. Assim como a comunidade familiar é constituída através da comunhão do sangue, a comunidade eclesial de base é constituída pela comunidade do espírito, o que dá um enorme sentido de solidariedade de comunhão, de participação. Aquilo que lemos no prólogo de São João: "Estes não nasceram nem do sangue, nem da vontade carnal, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo. 1, 18), se aplica à comunidade eclesial: ela existe onde existem filhos de Deus que participam do mesmo Espírito e têm percepção disto. A comunidade eclesial, portanto, não vive apenas, como a comunidade sociológica, da participação de interesses comuns, mas vive porque é alimentada pela Palavra de Deus e na medida em que é por ela alimentada. E isto é básico e fundamental. A comunidade eclesial é assim o lugar onde o homem recebe o Evangelho, onde ele ouve a Palavra de Deus, onde medita a Palavra de Deus. Por isso é que o Papa diz que estas comunidades "serão um lugar de evangelização". Serão também comunidades evangelizadoras. Na comunidade eclesial, nós somos alimentados não só pela Palavra de Deus, mas também pelo Corpo de Cristo, pela Eucaristia. Uma comunidade cristã que não participa da Eucaristia tem pouca vitalidade e tende a se dissolver. Notar, ainda, que podemos participar da Eucaristia como um rito, ou então como um engajamento profundo, onde nos sentimos comprometidos, onde oferecemos alguma coisa que por vezes nos pesa muito e que colocamos sobre o altar. E, em resposta, aquilo que oferecemos a Deus, Ele nos devolve santificado, divinizado, como o Pão que é transubstanciado no Corpo de Cristo. É esta comunhão que alimenta a comunidade.

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Comunhão, também, no sentido da unidade desta pequena comunidade com a grande comunidade, através da união com os Pastores e da participação na mesma fé, no mesmo batismo, na mesma Eucaristia. É uma comunhão católica. Essa união da comunidade é feita missão: somos unidos em comunidade missão que recebemos de Deus. Unidos vos, mas por um impulso inicial de Deus envia a outros irmãos.

também em termos de eclesial e unidos numa não somente por objetique nos manda, que nos

Vemos portanto que a comunidade ~clesial não se opõe à comunidade sociológica: "Elas poderão muito simplesmente prolongar, a seu modo, no plano espiritual e religioso - culto, aprofundamento da fé, caridade fraterna, oração, comunhão com os Pastores - a pequena unidade sociológica, a aldeia ou outras similares. Ou então elas intentarão congregar para ouvir e meditar a Palavra, para os Sacramentos e para o vínculo da Agape, alguns grupos que a idade, a cultura, o estado civil ou a situação social tornam mais ou menos homogêneos - como por exemplo, casais, jovens, profissionais e outros; ou pessoas que a vida faz encontrarem-se já reunidos nas lutas pela justiça, pela ajuda aos irmãos pobres, pela promoção humana, etc. Assim, não pode haver uma comunidade eclesial de base que não tenha vários aspectos da comunidade sociológica. Quando esta base sociológica não existe ou é muito diminuída, a comunidade eclesial não tem condições de vitalidade. (segue)

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VIDA DE EQUIPE

COMECE EM

"Rezar na medida deve culto um grande

SUA

CASA ...

juntos e com os filhos uma vez por dia, do possível, porque a família, como tal, a Deus e porque a oração comum tem poder." (Estatutos)

A nossa oração familic:r ajuda-nos a desembaraçar-nos dos pequenos interesses pessoais para tomar parte na oração da humanidade inteira, pelas intenções da Igreja e do Cristo. Mas o mistério vai m<.is longe. Uma família que se reune para rezar não está apenas em união com a Igreja, mas constitui em si própria uma igreja ou, para retomar um termo bíblico cheio de significado, uma "ecclesia". A orrção familiar não é um ato como os outros, um ato entre os outros. ~ o momento em que a família toma consciência do que é, no mais fundo de si mesma, o instante em que realiza e desenvolve a sua missão de Ecclesia. Se todos os que dela participam pensassem mais nisso, fariam romper esse lastro de inércia e de rotina que os paralisa demasiadas vezes. Não é somente das palavras que a orrção tira o seu interesse e o seu valor, mas em primeiro lugar dessa oferenda íntima à presença ativa do Senhor. ~ possível que não consigam fazer, logo de entrada, uma erEção familiar cotidiana. Terão de preparar os filhos e criar um ambiente propício. Talvez nunca o alcancem, mas nunca devem perder de vista que a oração conjugal, sempre o centro da oração familiar, será a oportunidade de apresentarem tod 2 a família ao Senhor.

(Carta. Equipes Novas. n9 2)

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ECOS DA PEREGRINAÇAO

IMPRESSõES DE UM CASAL DE PETRóPOLIS

O "Equipetrópolis" entrevistou o casal Jacira e Fernando, "que voltaram impressionadíssimos com tudo o que presenciaram" em Roma e Assis.

Ao ser perguntado sobre o por que da Peregrinação, disse Fernando que, no seu entender, teve ela como objetivo a revitalização do Movimento, visando a uma retomada de consciência para compreensão do papel do Movimento no mundo atual e como ele deverá atuar no futuro. Na sua opinião, foi observada uma verdadeira pedagogia, no sentido de preparar os casais, durante os diversos dias, para a mensagem final do Pe. Tandonnet, no último dia. Proferiu ele uma palestra afirmando que o Movimento tem uma missão, a de evangelizar através do testemunho do amor do casal, mostrando aos homens que o amor existe e que, no fundo, o amor é Deus. Acrescentou ainda o Pe. Tandonnet que em cada região, em cada país, o Movimento tem uma forma própria de atuar, embora sempre visando à espiritualidade conjugal e familiar. Frisou que não é possível definir, "a priori", como cada casal deve atuar em diferentes situações: é preciso que cada um consulte constantemente o Espírito Santo, por meio da oração e da meditação. As palavras de Jacira revelaram a grande emoção que nela ainda permanece daqueles momentos em que os casais foram recebidos pelo Vigário de Cristo. Falou também da organização, que considerou excelente: a hospedagem, o transporte, a ordem verificada, apesar da mutiplicidade de línguas; tudo, para ela, excedeu a expectativa. Confessou-se deslumbrada e afirmou que, depois de tudo aquilo, sente que "nada mais é impossível fazer".

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Foi tanta coisa ouvida que Fernando disse ser difícil relatar o conteúdo das palestras; espera que o Movimento distribua alguma publicação para que todos possam estudá-las e meditá-las. Disse ainda Fernando que sentiu que "o cristianismo autêntico exige coragem e segurança". Nas Catacumbas, sentia-se pequeno meditando na vida dos primeiros cristãos, com os quais hoje se julga devedor quando se omite ou não vive autenticamente. Impressionou-se muito Fernando com a pessoa de São Pedro, um homem rude, aparentemente despreparado, e que transmitiu a grande mensagem, cumprindo a missão que Cristo lhe delegou. Isso fez-lhe ver que a pessoa pode cumprir uma missão desde que a tal se disponha e que confie no apoio real de Cristo e do Espírito Santo. A fragilidade da pessoa física do Papa, em contraste com a sua força espiritual, confirma isso, afirma ele. O dia em Assis deixou-lhe infinita impressão. Todos ali já chegaram vibrando com o clima de Assis e a pessoa de São Francisco. O Côn. Caffarel fez o paralelo entre São Francisco vivendo o seu tempo e os nossos dias, e colocou São Francisco como modelo para os cristãos de hoje. São tantas as impressões que Assis deixou no casal que escasseia espaço para reproduzir suas palavras: elas dariam uma conferência . . . O diálogo entre São Francisco e São Leão sobre o que seria a perfeita alegria foi um dos pontos marcantes entre os muitos citados por Fernando. Para ele a grande mensagem da peregrinação foi a seguinte: "o equipista deve ter a coragem dos primeiros cristãos, a capacidade de amar de Nossa Senhora, a fidelidade evangélica, o espírito de pobreza de São Francisco, o engajamento de São Pedro e a força evangelizadora de São Paulo". Além disso tudo, impressionou-o ainda a concentração de tanta gente, de tantas raças, de tantas profissões, e com tão múltiplos problemas, buscando, todos, aprofundar a vida do Movimento, e tudo com imensa alegria. Aludiu, ainda, a um quadro que via constantemente à sua frente no refeitório: pescadores numa praia e a frase: "vai aonde te mando; eu estou contigo". Isso o marcou profundamente, fazendo com que tomasse, entre outras resoluções, a de ir onde achar que está sendo mandado, confiante em que Ele estará a seu lado.

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SAO FRANCISCO E A PERFEITA ALEGRIA

"Vindo uma vez São Francisco de Perusia para Santa Maria dos Anjos com frei Leão, em tempo de inverno, e o grandíssimo frio fortemente o atormentasse, ( ... ) frei Leão perguntou-lhe: Pai, peço-te, da parte de Deus, que me digas onde está a perfeita alegria. E São Francisco assim lhe respondeu: Quando chegarmos a Santa Maria dos Anjos, inteiramente molhados pela chuva e transidos de frio, cheios de lama e aflitos de fome, batermos à porta do convento e o porteiro chegar irritado e disser: Quem são vocês? E nós dissermos: Somos dois de vossos irmãos, e ele disser: Não dizem a verdade; são dois vagabundos que andam enganando o mundo e roubando as esmolas dos pobres; fora daqui! e não nos abrir e deixar-nos estar ao tempo, à neve e à chuva com frio e fome até a noite; então, se suportarmos tal injúria e tal crueldade, tantos maus tratos, prazenteiramente, sem nos perturbarmos e sem murmurarmos contra ele ( ... ) , escreve que nisso está a perfeita alegria. E se ainda, constrangidos pela fome e pelo frio e pela noite, batermos mais e chamarmos e pedirmos pelo amor de Deus com muitas lágrimas que nos abra a porta e nos deixe entrar, e se ele mais escandalizado disser: Vagabundos importunos, pagar-lhes-ei como merecem: e sair com um bastão nodoso e nos agarrar pelo capuz e nos atirar ao chão e nos arrastar pela neve e nos bater com o pau de nó em nó: se nós suportarmos todas estas coisas pacientemente e com alegria, pensando nos sofrimentos de Cristo bendito, os quais devemos suportar por seu amor: ó irmão Leão, escreve que aí e nisso está a perfeita alegria, e ouve, pois, a conclusão, irmão Leão. Acima de todas as graças e de todos os dons do Espírito Santo, os quais Cristo concede aos amigos, está o de vencer-se a si mesmo, e voluntariamente pelo amor suportar trabalhos, injúrias, opróbrios e desprezos. ("Fioretti" de São Francisco de Assis)

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A ASCESE NO LAR

É o Cristo que opera a metamorfose de nossas pulsações instintivas em amor. Para tanto, é preciso que colaboremos com a sua ação em nós. Este é o sentido de uma ascese autêntica. Como é vivida concretamente essa ascese em nossos lares? Esses extr·atos de um inquérito recente dão-nos uma idéia .

... A nosso ver, a necessidade de uma ascese conjugal não pode ser posta em questão; sua ausência seria fatal para o casal. Pensamos que muitos casais a praticam sem dar-lhe o nome de ascese. Os elementos que nos parecem determinantes: - uma consciência comum iluminada pela oração conjugal; -um plano de vida comum que almeja um amor maior e que pressupõe diálogo, dever de sentar-se, etc.; - uma vigilância comum que deve normalmente traduzir-se numa regra de vida conjugal que mobilize cada um dos cônjuges. A ascese que praticamos atualmente visa principalmente o ideal que temos de conseguir colocar o nosso amor conjugal a serviço do Senhor, dos nossos filhos, e também daqueles que nos são mais próximos. A dificuldade maior é sacrificar por vezes os gostos pessoais ao bem do lar.

Parece-nos que a ascese constitui um todo e que, se ela marca a nossa vida pessoal, marca também o nosso lar. Um elemento nos parece essencial: respeitar o caminhar do cônjuge, sabendo mesmo assim ser exigente. -17-


Mais do que uma construção planejada de antemão, a ascese do nosso lar parece-nos formar-se: - através de nossas relações com nossos filhos: esforço de compreensão, de humildade para aceitá-los como são e ajudá-los a desabrochar; - através dos nossos engajamentos: exigem muitas vezes muito tempo e nos levam a aceitar a incompreensão dos outros; -

através dos apelos dos menos favorecidos (ajuda material}.

O dever de sentar-se parece-nos ser para a ascese conjugal o que é regra de vida para a ascese pessoal.

Pensamos que se o casal cristão quer integrar na sua vida os valores evangélicos deve praticar uma ascese. Para isso, deve estar continuamente alerta, combater o egoísmo sob todas as suas formas, bem como a satisfação consigo mesmo (med;ocridade, acomodamento no conforto), meditar na palavra de Deus e situar-se em relação a esta palavra de modo a traduzi-la em prática com mais realismo. Certos elementos, na ascese do lar, nos parecem preponderantes: abertura aos outros, disponibilidade, atenção caridosa. Não praticamos uma ascese sistemática, mas nos esforçamos às vezes por modificar nossa atitud.e e nossas reações comuns porque queremos viver como cristãos. As dificuldades encontradas vêm das resistências opostas por cada um dos cônjuges, pelo seu caráter, seu egoísmo. Mas, uma vez essas dificuldades ultrapassadas - e na medida em que elas tiverem sido ultrapassadas- permitiram que nos sentíssemos mais próximos do Cristo, ao mesmo tempo em que nos sentíamos mais próximos um do outro.

A ascese tem um lugar importante na nossa vida conjugal. A ascese específica do casal cristão é mais do que evidente: o esforço renovado cotidianamente para amar-se um pouco mais todos os dias. E para isso aceitar o caráter do outro, ter a vontade de ajudar o outro a crescer espiritualmente, apoiar-se juntos na graça permanente do sacramento do matrimônio, que nos sustenta em nosso caminhar ... 18-


Como casal, a nossa primeira preocupação é o diálogo. Quantas ocasiões de ascese para calar-se e escutar o outro, para interessar-se verdadeiramente pelo que o interessa! É todo um programa! Somos como dois peregrinos que caminham juntos, tropeçando. A ascese é o caminhar e levantar-se. É reconhecermo-nos pecadores e perdoar-nos mutuamente. É viver apesar das tentações freqüentes de destruição e desespero.

Nossa ascese atual é aceitar-nos tais como nos tornamos: enfermos, sem possibilidades de ação, não tendo mais do que parcos recursos para sermos úteis. aos outros e à Igreja. Tomar remédios sem reclamar, conservar o sorriso na provação ...

* Penso que uma grande parte da ascese consiste em aceitarmos a nossa idade, ou, talvez, a dar os frutos compatíveis com ela. Temos que continuar construindo a cada dia o nosso amor com a ajuda do Senhor, temos que entre-ajudar-nos para que Ele possa agir em nós. Nosso amor é mais refletido, mais indulgente para com os defeitos do outro. Para mim, é preciso aceitar que, por vezes, embora o amor seja mais profundo, não haja mais tanto calor aparente quanto no começo de nossa vida a dois. A ascese consiste, penso eu, a ver o lado positivo de nosso amor atual, tal como é, sem lamentar que não seja deste ou daquele jeito. O que praticamos? A troca de idéias regular sobre todos os aspectos de nossa vida, a missa juntos, o auxílio mútuo espiritual, o bom humor diante dos pequenos contratempos cotidianos, o perdão total pelas pequenas culpas que podemos ter em relação um ao outro. Os benefícios são incontáveis e temos desde já a nossa recompensa. Custa, às vezes, aceitar o outro como ele é, ou falar desta ou daquela dificuldade, ou ainda não contradizer o cônjuge quando julgamos que está enganado. Mas esses esforços no amor selam um acordo profundo do qual resultam muita paz e muita alegria ... (Da Carta MensaJ Internacional)

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AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA E AS VOCAÇõES SACERDOTAIS (Do Boletim de Florianópolis)

Estivemos relendo o discurso de Paulo VI às Equipes de Nossa Senhora, em 1970 - Sexualidade, Casa,mento e Amor. Depois de descobrirmos dentro dele nquezas novas, ficamos meditando sobre as preces finais do Santo Padre, onde ele acentua quatro intenções e, numa delas, nos pede pelas vocações sacerdotais e, especialmente, "pelos seus filhos, a fim de que Deus os proteja e entre eles suscite vocações". Tal destaque realça a nossa responsabilidade, para que surjam mais operários para a messe do Senhor, e perguntamos: o que temos feito em nossa equipe e em nossa família nesse sentido? Há algum tempo foi sugerido que, ao final das reuniões de equipes, fosse substituída a "súplica pelo Assistente", pela oração dos Serra Clubes sobre as vocações sacerdotais. Não sabemos quantas equipes fizeram a troca, mas, aqui fica a lembrança quanto à sugestão. Sabemos também de casais equipistas que participam ativamente das atividades do mesmo Serra Clube. Existem famílias equipistas que têm por hábito a recitação do "Envia, Senhor, operários para a tua messe, porque a messe é grande e poucos os operários", após a oração na principal refeição. O apostolado pelas vocações sacerdotais pode e deve ser feito em sua equipe e em sua família; é uma atividade muito simples, mas também extremamente significativa aos olhos de Deus. Vamos fazer alguma coisa nesse sentido? E vamos pedir em nossas orações por aqueles jovens de nossa cidade que se sentirem chamados para trabalhar na messe do Senhor. ORAÇÃO PELAS VOCAÇõES "ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim que se converta e viva, nós te suplicamos, pela intercessão da Bemaventurada Sempre Virgem Maria, de São José, seu esposo, e de todos os Santos, que nos concedas um maior número de operários para tua Igreja, que, trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém."

(Oração dos Serra Clubes)

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VISITA AS EQUIPES DE MANAUS

Só por falta de espaço não transcrevemos antes a noticia recebida de Maria Adélia e Rômulo sobre a viagem que fizeram a Manaus nos últimos meses de 1975.

Por ocasião de nossa ida a Manaus, esquecemos aqui em São Paulo o endereço do casal Neusa e Antonio, que encontráramos no EACRE no Rio de Janeiro, em julho de 1975. Após a chegada ao Hotel Tropical, desfeitas as malas, pusemo-nos a campo para descobrir o casal e as E.N.S. naquela longínqua e maravilhosa cidade. Através da Matriz e graças ao Pároco, que tão gentilmente nos recebeu e procurou, por intermédio de outros casais equipistas conhecidos seus, conseguimos entrar em contato com o casal que procurávamos. Dentro daquele espírito de solidariedade, característico dos cristãos e, em especial dos equipistas, em 15 minutos estávamos na "Lanchonete Selecta", de Neusa e Antonio. Como vocês podem imaginar, nossa recepção foi calorosa, não só por parte do casal, mas também pelo tremendo calor que fazia ... Logo organizaram nossa vida para o dia seguinte: almoço na casa de Neusa e Antonio, uma peixada espetacular (que inclusive recomendamos aos amigos, do famoso peixe "tambaqui "). Luciane, filha do casal, que nos acompanhou ao hotel, também foi nossa cicerone na zona franca, onde fizemos nossas compras. A noite, o casal nos apanhou novamente no hotel e fomos à casa de outro equipista, que aniversariava, Alencar ("o cearense"), onde tivemos a oportunidade de rezar o terço e compartilhar um pouco da vida em comum da equipe n. 0 1 de Manaus.

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Durante a reunião, nos perguntaram se poderíamos ter com eles um novo encontro, no sábado, no Hotel Tropical, para trocarmos idéias gerais sobre o Movimento. Vocês podem imaginar qual não foi nossa alegria em podermos part;cipar, com aqueles casais, da troca de experiências, e qual também o nosso receio de não conseguirmos transmitir aquilo que eles esperavam de nós. Fizemos, antes de sairmos do quarto, uma oração pedindo ao Cristo que nos ajudasse e que tudo corresse bem. Quando sentimos a compreensão, o amor, o entusiasmo, a dedicação daqueles casais para com os irmãos das outras equipes, nossos temores foram logo esquecidos. Apesar de estarmos à beira da piscina, em uma noite agradabilíssima, a troca de idéias foi para nós, realmente, um momento de muita profundidade e muita alegria. Teríamos, porém, uma surpresa maior: no fim da semana seguinte, estariam em Manaus, para um Mutirão com as três equipes já existentes ma;s duas em formação, o grande "xerife", Zarif e Maria Helena. Aí, realmente, sentimos que o Cristo nos havia dado um grande auxílio! Queremos dizer aos irmãos de todo o Brasil do carinho, do amor e da dedicação que recebemos dos irmãos de Manaus e pedir que, tendo oportunidade, não deixem de procurá-los.

Maria Adélia e Rominho Equipe 23, Setor B, São Paulo

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TESTEMUNHO

UM FIM DE SEMANA DIFERENTE

Queremos registrar aqui o que foi para nós a alegria de servir: foi realmente um fim de semana diferente, este que passamos! Diferente no sentido do convívio humano: de adultos, passamos a conviver com crianças! É que este era o mês no qual nossa equipe era a responsável pelos filhos dos casais participantes do Retiro da Região e tivemos como centro de nossa atenção essas crianças, filhos de nossos irmãos equipistas.

Foi um compromisso assumido cônscios de nossa obrigação de retribuirmos a tantos que já tomaram conta dos nossos filhos em outros retiros; como também de propiciar a outros casais a oportunidade de participar deste tão valioso meio de aperfeiçoamento das E.N.S. Além dessa preocupação, que também era a do outro casal de nossa equipe, Elena e Alberto, que conosco tomaria conta das crianças, ocorria que os outros companheiros de equipe (4 casais) fariam o retiro, alguns pela primeira vez, e seus filhos seriam "nossos" nesses dias. Mas havia, no fundo , no fundo , uma preocupação meio dura, a da responsabilidade pelas vidinhas a nós confiadas, em tempo integral, de sexta-feira à noite até domingo, por volta das 17 horas. É clar o que os pais estariam por perto para qualquer eventualidade urgente (para os que conhecem o Instituto Paulo VI, no Taboão da Serra, não é novidade). Ao percebermos que este receio se apoderava de nós, logo entregamos tudo nas mãos de Deus, pois, se o motivo era tão válido, tudo teria que dar certo. E deu. As crianças foram ótimas, até o tempo colaborou e nenhum pai precisou ser solicitado.

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E depois, criança é qualquer coisa que enternece. Cansa, mas alegra muito. E, acima de tudo, para nós, os dois casais que nos responsabilizamos pelas 19 crianças, não foi o trabalho estafante que se poderia imaginar: foi só motivo de contentamento, e nossos corações ficaram nesses dias repletos de alegria, contagiados pelos coraçõezinhos daqueles menores. Neste nosso depoimento, queremos acrescentar o seguinte: casais equipistas, vão ao retiro com seus filhos, não só pelo fato de não ter com quem deixá-los, mas também pela oportunidade para eles de viverem em comunidade e sentirem mais de perto a participação de vocês no Movimento. E vão ao retiro também para tomar conta de outras crianças, pois é muito compensador: se, por um lado, cansamos o corpo, por outro, aliviámos o espírito!

Maria I.uiza e Constant-ino Equipe 31 , Setor B, São Paulo

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NOTíCIAS DOS SETORES

MANAUS -

Mensagem da Amazônia à Europa . ..

Em viagem ao exterior em novembro, o casal Déa e Joaquim Margarido procurou entrar em contato com as Equipes nas cidades onde esteve. Em Madrid, foi muito bem recebido pelo casal Maria Teresa e Angel Garcia Aranda, que são os responsáveis pela Região de Madrid. Bastante experientes, transmitiram ao casal visitante muito das Equipes e dos problemas que no momento enfrentam na Espanha com a divisão de opiniões. Com as Equipes de Lisboa, só foi possível o contato em Fátima, onde estava havendo uma peregrinação de todas as Equipes de Portugal. Lá, Déa e Joaquim ficaram conhecendo o Pe. José da Costa Santos, franciscano, que se mostrou muito satisfeito em saber notícias do Brasil e, em especial, da Amazônia. Em ambas as cidades, Déa e Joaquim deixaram a mensagem que Neusa e Antonio Martins, primeiro casal responsável da primeira equipe, escreveram para as Equipes européias e transcrevemos a seguir:

Manaus, 28 de outubro de 1976 As Equipes de Nossa Senhora As equipes de Nossa Senhora, em nú-mero de 3, são constituídas por 18 casais nesta cidade de Manaus, Estado do Amazonas, Brasil. Vivemos, segundo o espírito da Equipe, como comunidade que caminha em busca da perfeição no amor a Deus, nesta longínqua cidade, localizada no centro da imensa floresta amazônica. Como habitantes desta região, sentimos intensamente a necessidade de lowvar a Deus por Sua obra, que aqui se manifesta em abundância. Grandes florestas, de gramdes árvores, recortadas por imensos rios que se entrelaçam em abraços gigantescos. Nosso -25-


verde é de uma riqueza fabulosa de variedades e o nosso céu é de um constante azul brilhante. Nw sombra fresca de nossas árvores, uma variedade imensurável de vida animal. Mais próximos do sol, entre cada aurora e crepúsculo, entre cada crepúsculo e nova aurorm, sentimos o seu calor constante. Tudo é palavra de Deus que chega aos n,ossos olhos constantemente. Rodeados de toda estm manifestação da criatividade divina é qwe vivemos nós, como vós, falando a mesma linguwgem, embora com palavras diferentes, que Cristo uniformizou para todos os povos. Aproveitando a ida de um dos nossos casais, os irmãos Déa e Joaquim, queremos enviar da1qui o nosso abraço. fraterno e amigo, de amigos íntimos em Cristo, que não se conhecem devido à distância, mas que comungam no mesmo banquete Divino da Esperança e da Fé. Das Equipes de Nossa Senhora de Manaus. -

Entusiasmo . ..

Contam Neusa e Antonio que "está havendo um grande interesse em favor de um trabalho para a família. Tal interesse se manifesta por parte dos sacerdotes e também dos leigos engajados, razão que está levando a um aumento das equipes desta cidade". De fato , além de comunicarem que já está funcionando a equipe 4, acrescentam: "brevemente estaremos confirmando a existência de mais uma equipe". Como a notícia é do começo de dezembro, nesta altura a n. 0 5 já deve ser uma realidade!

FLORIANóPOLIS -

Um bom início (Do Boletim)

Antes de assumirem a responsabilidade do Setor B de Florianópolis, Ligia e Harry, juntamente com sua equipe, procuraram saber o pensamento de seus equipistas sobre uma série de assuntos. Queriam, dessa forma, avaliar a situação dos casais que integrariam seu futuro Setor, e, para tanto, elaboraram um questionário de avaliação, abordando os seguintes pontos:

- Você e a religião, pesquisando sobre a Missa, a Eucaristia, a Confissão e a Oração. O assunto "oração" mereceu um destaque especial quanto ao diálogo com Deus. Um outro grupo de perguntas indagava dos casais: "Como você vê o Cristo?", oferecendo uma série de opções para as respostas. -26-


- Você e a equipe, destacando as reumoes, o porque de o casal estar na equipe, o que ele clá e o que recebe, e ainda o relacionamento dos filhos com a equipe. - A equipe e a comunidade, procurando saber de forma incisiva o pensamento do casal sobre o engajamento apostólico e conhecer sua atuação efetiva. - Os meios de aperfeiçoa-mento também mereceram atenção, surgindo perguntas especialmente sobre o retiro, como um dos meios de aperfeiçoamento mais importantes para a vida da equipe e que, no ano passado, foi observado por apenas 50% dos casais equipistas. Foram assim 53 quesitos apresentados aos casais, possibilitando um conhecimento dos seus pontos f:-acos, o que fez com que o Setor programasse um Dia de Estudos com o objetivo de levar aos casais uma orientação mais segura sobre esses assuntos.

RIO DE JANEIRO -

Dia de Estudos

Conta o Boletim que, preocupados com a queda de freqüência dos últimos dias de estudos, os responsáveis dos três Setores resolveram reavivar o interesse dos equipistas. Trabalho espetacular das equipes de serviço (14, 19 e 31) conseguiu levar ao Colégio Santa Marcelina 95 casais, mais 10 que foram desacompanhados e cerca de 130 crianças. Ao todo eram 350 pessoas. O Pe. Alfonso Rúbio falou aos casais e o Pe. Djalma às crianças. Nota 10! -

Tarde de informação em Padre Miguel

As duas equipes "miguelinas" juntaram-se e decidiram compartilhar com outros a graça "de se reunir em pequenos grupos para rezar, trocar idéias sobre o casamento ç a educação de filhos, e de se auxiliar mutuamente". Para isso convidaram casais conhecidos para uma tarde de informação e estudo, a fim de contar-lhes sua experiência e convidá-los a pensar se não valeria a pena vivê-la. Presentes 33 casais, que gostaram muito do que ouviram. -

Ministros da Eucaristia

Foram empossados no mesmo dia, na mesma missa, cinco equipistas cariocas: José Carlos (equipe 11), Luiz e Souza (equi-27-


pe 16), Edio (equipe 23) e Nélio (equipe 34). Que os novos Ministros da Eucaristia possam servir sempre melhor à Igreja. CURITIBA -

Casais na fila de espera

Comunicava, em outubro, o Casal Regional, juntamente com o lançamento da equipe 30, o fato de que havia 15 casais aguardando reunião de informação para ingressar no Movimento. Parece que teriam que aguardar mais uns tempos, devido à grande dificuldade em se encontrar sacerdotes disponíveis. Esperamos que, em seis meses, a situação tenha melhorado. De qualquer maneira, que tal rezarmos um pouco mais para que "o Senhor envie operários à sua messe"? PETRóPOLIS -

Curso de Noivos

O casal responsável pelos Cursos de Noivos faz, no Boletim, um balanço, um agradecimento e um apelo. Conta que a equipe 2 introduziu algumas inovações, "que resultaram em grande proveito para os participantes e aprovaram totalmente" - infelizmente, não conta quais: talvez pudessem servir para proveito de outros? Conta também que, no auge do entusiasmo, a mesma equipe 2 ainda ajudou no curso seguinte, responsabilizando-se pela cozinha, doando e preparando os alimentos para o almoço. Conta ainda que, em agosto, no maior curso dado até aquela hora, "o salão da Ordem Terceira, apesar de grande e acolhedor, ficou pequeno para tanta gente: 59 casais de noivos" e acrescenta: "De nossa parte, houve um pouco de preocupação em relação ao almoço, pois, até a última hora, o número de noivos inscritos não passara de 40. E aí surgiu a pergunta que os apóstolos fizeram a Jesus no deserto: 'Onde arranjar comida para tanta gente?' Mas, graças a Deus, os milagres continuam acontecendo e a 'maionese' não faltou." Escrevem Naila e Iberê: "Sentimos pelos testemunhos dados sobre a importância destes cursos, que estão fazendo um tremendo bem. Uns noivinhos já queriam saber se 'no próximo domingo' havia outro curso. Outros ainda sentiram-se mordidos pela 'mosca' das Equipes e já estão se candidatando para uma vaga proximamente". E finalizam agradecendo a todos os que direta ou indiretamente ajudaram na realização dos cursos e endereçando a todos os equipistas do Setor o pedido: "ajudem-nos a realizar os próximos!"

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-

Apresentação de novos equipistas

Os casais componentes da equipe n. 0 15, a caçula do Setor, foram apresentados aos demais eqUipistas durante a missa mensal do Setor, no mês que seguiu a primeira reunião. Diz o Boletim: "Foi um momento solene aquele que precedeu o ofertório, em que cada casal era chamado pelo seu nome ao altar, pedindo ao sacerdote que suas vidas e suas atividad(::s obtivessem sempre proteção, contando com sua graça e abundantes bênçãos." -

Prêmio original . ..

O Departamento de Retiros instituiu o troféu "Retipresença", a ser entregue, anualmente, à equipe mais assídua aos retiros, dias de estudos e mutirões. Este ano, a entrega foi fe1ta em dezembro, na festa de confraternização do Natal. Não conhecemos o resultado, mas diz o "Equipetrópolis" que a liderança estava até aquela altura com a equipe 11, seguida de perto pela 3, "que, ao que consta, prepara um ataque em massa": ainda restava um retiro, a ser pregado por Frei Orlando, Conselheiro Espiritual do Setor e das Equipes 3, 7, 9 e 12 (por aí pode se ver porque a equipe 3 preparava "um ataque em massa") . Para voltar a coisas mais sérias, o tema do retiro foi: Nossa Senhora. JAO -

Mais um "Encontro de Corações"

Foi realizado, no Colégio São Norberto, o 4. 0 "Encontro de Corações", sob a coordenação de Helena e Tata - sinal seguro do êxito do encontro! Teve início às 7 horas, com o café. Em seguida, houve uma bonita meditação, pelo coordenador, na capela do colégio, e, às 8 horas, na sala de reuniões, a apresentação do encontro. As várias palestras prenderam a atenção de todos. Falaram Helcy e Airton sobre "Felicidade conjugal". Glória e Emil;o sobre "Psicologia masculina e feminina" e Helena e Ta ta sobre "Harmonia sexual". Vários pontos que contribuem para a felicidade do casal foram colocados para reflexão dos participantes, entre outros: -

onde e como encontrar a fel icidade? a felicidade deve ser construída por nós mesmos fazer a felicidade um do outro aproveitar as diferenças para completar-se a harmonia sexual como ápice do amor conjugal.

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As 12,30 horas o almoço, organizado e servido pelos casais dos Círculos Familiares (círculos formados com casais do encontro realizado no ano passado - pré-equipistas, em br eve equipistas) . Momentos de muita alegria, de brincadeiras e de descontração de todos. Após o almoço o pessoal da equipe 1 divertiu a valer os presentes, apresentando um show, muito bem bolado, "um dia de uma família mal formada" (tudo o que não deve ocorrer) . Terminado o teatrinho, houve o testemunho, bastante emocionante, de 2 jovens que narraram fatos de sua vida, sempre mostrando a necessidade de relação, de diálogo e de contato entre pais e filhos, principalmente o papel dos pais, que tem que ser positivo, de orientação, num sentido de bem conduzir os filhos na sociedade e formá-los como cristãos de verdade. As 15,40 horas o cônego Pedro fez sua palestra sobre "Sacramento ", mostrando muito bem a grandeza do sacr amento do matrimônio e a necessidade da presença de Cristo entre os cônjuges. Em seguida, houve confissões e, às 18 horas, foi rezada, pelo cônego Pedro, a santa missa, solene e bastante participada, com renovação do compromisso matrimonial. Ao término da missa, procedeu-se à entrega de "rosas" aos casais participantes, encerrando-se o "Encontro" às 19 horas. O encontro foi de pleno êxito, mormente na parte espiritual. Pelos comentários, os casais sentiram a grandeza do casamento e quanto é bom uma família caminhar com e para Cristo.

NOVAS EQUIPES

Manaus- Equipe 4. Casal Piloto: Núbia e Carlos Alberto. Con-

selheiro Espiritual: Frei Tomaz. Curitiba -

Equi pe 30. Casal Piloto: Marilena e Bonifácio. selheiro Espiritual: Pe. Querubim.

Con-

Rio de Janeiro, Setor B- Equi pe 48. Casal Piloto: Alice e Pedro

Augusto.

Conselheiro Espiritual: Pe. Juan.

Rio de Janeiro, Setor C -

Elmano.

Equi pe 49. Casal Piloto: Dayse e Conselheiro Espiritual. Frei Leon.

- "Nova" 12 - Casal Piloto: Vera e Sérgio. Espiritual: Pe. Werner. Petrópolis -

Conselheiro

Equipe 15. Casal Piloto: Zelia e Octacilio. lheiro Espiritual: Frei Dimas.

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Conse-


Jaú - Equipe 14. Casal Piloto: Glória e Emilio. Casal Responsável: Marli e Florivaldo. Conselheiro Espiritual: Pe. Cesar. Equipe 15. Casal Piloto: Helcy e Airton. Casal Responsável: Iracema e Alberto. Conselheiro Espiritual: Pe. Cesar. Santos -

Praia Grande -

Equipe 1.

Valinhos -

Equipes 4, 5 e 6.

Vinhedo -

Equipe 4.

• DEUS ~ SENHOR DO TEMPO

"Neste ano, estaremos recebendo de graça 8.784 horas para trabalho, divertimento, guardar silêncio e falar nas horas certas, amar e ser amados, -meditar e rezar. Todos esses minutos que ligam as horas, os dias e os meses são potenciais infinitos que estão nas nossas mãos. O resultado final depende inteiramente de nós e de nossa confiança! e fidelidade a Deus. Para que o final deste ,ano chegue com um saldo positivo a nosso favor, temos que analisar e nos valer das experiências dos dias que acabamos de viver, passar tudo a limpo, pedir uma nova oportunidade ao Pai e tentar fazer tudo mE-lhor neste ano." Para fazermos este balanço e tomar resoluções, não há melhor oportunidade que o retiro. Estejamos atentos às datas programadas pelo nosso Setor ou pela nossa Região e não percamos esta oportunidade que nos é oferecida de um encontro conosco mesmo, com nosso cônjuge e, principalmente, com Deus.

"Não aleguemos falta de tempo para esse encontro com Deus. Não esqueçamos que Ele é o Senhor do tempo ... " (De

circular da Equipe de Retiros da Região São Paulo A)

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ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO

TEXTO DE MEDITAÇÃO

1 Cor. 2, 1-2; 2 Ti.m. 2, 8-13

Quanto a mim, irmãos, quando fui ter convosco, n&.o fui anunciar-vos o mistério de Deus com o prestígio da eloqüência ou da sabedoria. Na da quis saber entre vós, a não ser Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado. Lembra-te de Jesus Cristo, descendente de David, ressuscitado dentre os mortos segundo o Evangelho que prego. Por ele sofro a ponto de ser acorrentado como malfeitor. Mas a palavra de Deus não está acorrentada. É por isso que tudo suporto, por causa dos eleitos, a fim de que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus, com a glória eterna. Esta palavra é verdadeira: Se com ele morrermos, com ele viveremos. Se com ele sofrermos, com ele reinaremos. Se o renegarmos, também ele nos renegará. Se lhe formos infiéis, ele permanecerá fiel, pois não pode renegar-se a si mesmo.

Oração litúrgica

Lembra-te de nós, Senhor, que honramos a tua memória. Senhor Jesus, tu que vives, faze-nos participar de tua vida. Senhor Jesus, elevado na glória, faze-nos participar de tua alegria. Senhor Jesus, tu que és fiel, firma-nos em tua fidelidade. Lembra-te de nós, Senhor, que honramos a tua memória.

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e familiar

Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 04538 -

Avenida Horácio Lafer, 384 SAO PAULO, SP

-

Te!.: 210- 1340

somente para distribuição interna -


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