NC? 9
1977/78
Dezembro a Fevereiro
Editorial Mensagem às famílias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Sonho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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A figura de Maria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Receita de Natai . . . . . . . . . . . . . .
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Lares luminosos e alegres . . . . . . . . . . . . . . . . . . Meditação para o Dia da Família . . . . .
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Os D' Amonville relatam sua viagem . . Tempo de aritmética . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Pastoral Familiar em São Paulo . . . . . . . . . . . .
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Aprendendo com os índios . . . . . . . . . . .. . .. . . . O livro para nossas férias . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Semana da Família em Santos . . . . . . . . . . . . . . Planejando as férias .. .. . . .. . .. . . . . . .. . . . . ..
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Testemunho Um encontro inesquecível . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Notícias dos Setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Responsáveis em llaici . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .
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Oração para a próxima reunião . . . . . . . . . . . . .
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EDITORIAL
Caros amigos,
Com as férias (para os que têm férias), chega um tempo sem imposições externas - porém não sem exigências internas. O desligar-se provisoriamente das preocupações, pelo menos das profissionais, a mudança de ambiente de vida, o descanso físico e mental, são outras tantas condições propícias para fazer aflorar à superfície os desejos mais profundos do nosso ser. Há duas atitudes possíveis: ouvi-los e acolhê-los; ou escapar deles refugiando-nos nas distrações, nos divertimentos. Como seria benéfico, mesmo no simples plano humano, que nos tornássemos atentos a esses apelos essenciais da nossa alma, cuja ignorância é profundamente prejudicial à nossa vida. Tanto mais quanto esses apelos vêm de mais longe que de nós: vêm dAquele que é em nós mais que nós mesmos ... Se tentarmos diagnosticar, com um pouco de lucidez, o mal-estar mais ou menos perceptível que solapa insidiosamente a nossa vida, seremos provavelmente obrigados a reconhecer que esse mal-estar vem de uma sede profunda que não quisemos ou não soubemos saciar. E que a água viva do amor vivido - o amor de Deus, o amor dos outros - faria reflorescer o nosso deserto. . . Ao longo de nossas vidas tão ocupadas, senão agitadas, nós nos deixamos facilmente distrair do essencial. Eis chegada a hora de voltar a ele. Por que não aproveitar esse tempo de férias para voltar à fonte, para abrir o Evangelho, para abri-lo a dois? Este olhar novo sobre as coisas, os acontecimentos e os homens, é o Cristo que no-lo pode dar. Frequentando-o ass'duamente no Evangelho, veremos pouco a pouco modificar-se o nosso olhar, as nossas reações. Daremos um primeiro passo, difícil e a ser dado sempre de novo: "Não julgueis!" Depois, um segundo, mais difícil ainda: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Bem sabemos que esta benevolência e este amor ultrapassam nossas capac: dades. Mas também sabemos que o próprio Cristo está à nossa porta e bate sem desanimar; e a quem lhe abre a porta, ele traz pessoalmente este poder de amar como ele, que nos torna sal da terra e luz do mundo. -1-
Os primeiros beneficiados serão nosso cônjuge e nossos filhos. Como precisamos, marido e mulher, considerar-nos com um olhar novo! O mesmo acontece com os nossos filhos. Se nos empenharmos, em nossas férias, na leitura cotidiana da Palavra de Deus - a dois ou em família -, é permitido pensar que se modificariam aos poucos o nosso olhar, a nossa atitude profunda e nosso comportamento concreto em relação um ao outro e aos nossos filhos - como também em relação a todos aqueles a quem iremos encontrar. A Palavra de Deus alimentaria nossa oração, suscitaria trocas de idéias que sairiam da banalidade habitual. E o mundo dos seres e das coisas à nossa volta encontraria novamente o seu sentido, falando-nos dAquele que é seu próprio coração, "Aquele que move o sol e as outras estrelas", como escreve o poeta Dante. Férias evangélicas, não é um belo programa? Um programa que nos ajudaria a progredir um pouco mais no sentido de viver e anunciar o Evangelho ... Possa o Cristo tornar-se sempre mais nosso Caminho, nossa Verdade, nossa Vida!
Jean e Annick Allemand
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MENSAGEM ÀS FAMíLIAS
Afirmando que a família é "a primeira e insubstituível escola do amor", dirigiam, em fevereiro deste ano, os nossos Bispos, reunidos em Assembléia, a seguinte mensagem aos fiéis:
Nossa Mensagem, irmãos, é de amor. Diante dos graves problemas que a humanidade hoje enfrenta, numa sociedade marcada pelo egoísmo, que divide, gera injustiças e repetidas violações dos direitos da pessoa humana, cremos que a única resposta é o amor que Jesus Cristo veio comunicar aos homens. Esta é a intenção de Deus que nos criou para uma vida feliz e para que todos formássemos uma só família. Quis, em seu desígnio de salvação, que seu próprio Filho feito homem nos revelasse seu amor de Pai, nossa exímia vocação à comunhão. Jesus instituiu, pelo dom de seu Espírito, a Igreja, comunidade fraterna de todos os que O recebem pela fé e pelo amor, sacramento e sinal da unidade do gênero humano. Mandou seus apóstolos anunciarem o Evangelho a todos os povos para que se tornassem família amada de Deus na qual a plenitude da lei é o amor. Aqui encontramos a missão cristã da vida conjugal e familiar. No meio de um mundo dividido e opressor, são os criatãos chamados a patentear a força libertadora do amor de Jesus. Pelo sacramento do matrimônio, os cônjuges dão-se mutuamente com fidelidade perpétua, da mesma forma como Cristo amou a Igreja até o fim e por ela se entregou. É esse amor de doação que está na ordem da vida e educação dos filhos e na intimidade da comunhão familiar.
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Não é deste testemunho de amor que necessita o mundo de hoje? Como fazer frente à permissividade moral que leva à infidelidade, ao desquite, ao divórcio? Como vencer o egoísmo que suprime a vida que está para nascer? É na conversão sincera a Deus e na abertura ao irmão que está a solução para os problemas da família e da sociedade. A rejeição do divórcio e do aborto, o respeito pela procriação responsável exigem, para serem eficazes, esta mudança interior do coração. A resposta é sempre o amor capaz de doação, que conf.a em Deus e encontra, na sua graça, força restauradora para descobrir e recuperar valores, para perdoar e acolher o irmão.
O amor do Senhor Jesus, acolhido na humildade e confiança, permitirá o rejuvenescimento do amor conjugal e sua irrad iação sobre a família e sobre todas as estruturas de convivência humana. Sejam nossas famílias a igreja doméstica que revive as virtudes da Sagrada Família. Cresça entre os cônjuges a vida íntima de comunhão, a capacidade de superar os sacrifícios, e de dar e receber perdão. Cresça o amor profundo e o diálogo entre pais e filhos, cresça a convivência serena entre os irmãos e o afeto aos idosos e doentes. Cresça o auxílio mútuo, a abertura e o acolhimento entre as famílias. Cresça a moderação no uso dos bens. Os que mais receberam saibam colocar seus dons a serviço dos menos favorecidos. Na medida em que nos deixarmos todos guiar pelo Espírito que o Senhor Jesus comunicou à sua Igreja, crescerão no seio de nossas comunidades a consolidação do vínculo conjugal, o respeito à vida e a paternidade responsável. Nossa mensagem é também de esperança. Aos médicos e cientistas católicos dirigimos nossa palavra de apoio. Continuem com afinco a pesquisa em busca de soluções novas para os graves problemas que afligem a consciência cristã no campo da moral familiar. Diante do esforço que a pastoral vem suscitando em nossas comunidades, diante da atuação dos movimentos tão florescentes, hoje, em bem da vida conjugal e familiar, elevemos a Deus, Senhor da Vida, a nossa gratidão e as nossas preces. Que a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, una a todos e permita que os próximos anos sejam um tempo d-:! educação e evangelização em que se renove a vida familiar e se realize mais profundamente a vocação dos filhos de Deus à verdadeira fraternidade.
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O SONHO
Uma raça humana desorientada vai festejar o Natal este ano. Não temos paz nem no íntimo de nós mesmos, nem fora. Em toda a parte o medo é um tormento para os homens durante o dia e uma obsessão durante a noite. Neste nosso mundo, a guerra lança a perturbação. De qualquer lado que nos voltemo-s, percebemo-s a sua presença prenhe de ameaças. E, no entanto, a esperança de paz trazida pelo Natal a todos os homens de boa vontade não pode ser varrida como o sonho piedoso de um utopista qualquer. s :m, sou pessoalmente vítima de sonhos que abortaram, de esperanças destruídas, mas, apesar de tudo, tive ainda um sonho, porque na vida, nunca nos devemos resignar. Sonho que os homens, um dia, se levantarão e compreenderão, finalmente, que foram feitos para viverem juntos co-mo irmãos. Sonho ainda que, um dia, os famintos serão saciados, que a fraternidade será um pouco mais do que algumas palavras no fim de uma prece. Sonho ainda que um dia a justiça fluirá como a água e a retidão como um rio caudaloso. Sonho ainda que um dia a guerra verá o seu fim, que os homens transformarão suas espadas em arados e suas lanças em fo-ices; que as nações não mais se levantarão umas contra as outras e que jamais cogitarão de guerra. Sonho ainda que um dia o cordeiro e o leão se estenderão um ao lado do outro, que todoo os homens poderão sentar-se sob as suas parreiras e as suas figueiras e que ninguém mais terá medo. Sonho ainda hoje que todo vale será elevado, que toda montanha e toda colina serão rebaixadas, que os caminhos ásperos serão apla;nados e que os caminhos tortuosos serão endireitados; que a glória de Deus será revelada e que toda carne, finalmente pacificada, poderá contemplá-la. Sonho ainda que, graças a esta fé, seremos capazes de afastar para longe as tentações do desespero e lançar novas luzes sobre as trevas do pessimismo. Sim, graças a esta fé, seremos capazes de apressar o dia em que a paz reinará sobre a terra e a boa vontade aproximará os homens. Será um dia maravilhoso; as estrelas da manhã cantarão juntas e os filhos de Deus lançarão gritos de alegria. Martin-Luther King
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A FIGURA DE MARIA
"Anuncio a todos a boa-nova: Nasceu-vos um Salvador, Jesus Cristo!" Alegremo-nos com Maria, sua Mãe, a Mulher escolhida pelo Amor do Pai para comunicar ao seu Filho o modo humano de ser, tornando-o solidário para sempre conosco. Ela é nossa Irmã Imaculada. Antecipadamente liberta do pecado por seu Filho Redentor, é a Filha de Sião profetizada na Bíblia e surge como a aurora da nova criação, imagem da Igreja reconciliada e reconciliadora, Virgem e Mãe.
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A jovem Maria percebe o mistério de sua vocação quando se dispõe ao casamento com José, rapaz trabalhador e justo. Humi.lde e disponível, acolhe plenamente a Palavra de Deus, e assume como serva a maternidade virginal que lhe é presenteada para a nossa salvação.
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Ela se consagra totalmente ao amor de Deus e dos homens, numa opção corajosa e generosa pela virgindade. Aceitando ser mãe do Salvador por ação do Espírito Santo, Maria concebe pela fé em seu coração, antes mesmo de conceber em seu seio, tornando-se o modelo dos que ouvem a Palavra e fazem a vontade do Senhor. Em íntima comunhão com Jesus, participa de todos os seus mistérios redentores e, no Calvário, é apresentada como Mãe de todos os homens salvos na Páscoa do Cristo. O Espírito Santo operou sempre em Maria, cumulando-a de graça, e nela sempre encontrou correspondência fiel aos seus dons. Desse Espírito Criador e Santificador, a Virgem Santíssima recebeu, sobretudo, a fé, a esperança e a caridade que animaram seu coração e teceram a sua maternidade eclesial. Sua presença orante e atuante com os apóstolos na Igreja nascente e na Igreja de todos os tempos é serviço e dádiva do Espírito que nos faz clamar: «Abba, Pai"!
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A Virgem, consciente de sua pequenez e debilidade, exultante pelas maravilhas que o Onipotente nela operava em cumpri-
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mento das promessas de sua aliança com todo o povo, não cessa de glorificar o Senhor, partilhando com os irmãos a alegria do louvor e o canto de sua pobreza.
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Profeticamente iluminada pelo Espírito, não hesita em proclamar que todas as gerações a chamariam bem-aventurada, como não vacila em anunciar que Deus é o Senhor da História e vingador dos humildes e oprimidos. A oração de Maria é luta e contemplação, na mais plena comunhão com Deus e com os homens.
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Todo o imenso amor concentrado em seu coração de Mulher-virgem, mãe e esposa, sabe traduzi-lo em gestos humanos de amizade e de serviço, de dedicação e de benevolência, de compaixão e de caridade, de presença e de engajamento. Na Visitação, em N azar é, em Caná, como em toda a sua vida, Maria reparte com todos o pão que lhe é servido, na comunhão do Pai, no amor do Filho e no dom do Espírito, como faz a Igreja, sobretudo no mistério eucarístico.
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Mulher forte e serena, conheceu de perto a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio e a solidão. Viveu, com simplicidade, oculta com Cristo em Deus, entregue a trabalhos caseiros e desvelando-se pela comunidade. Sua peregrinação na fé, partindo de uma concepção imaculada, levou-a a uma assunção total e definitiva na glória do Filho Ressuscitado. Hoje, no céu, Maria é imagem e começo do que será a Igreja quando Deus for tudo em todas as coisas . .. Ela ocupa, portanto, lugar especialíssimo no Plano de Deus: o mais alto depois de Cristo, e o mais perto de nós. Com amor materno intercede por todos os homens que peregrinam na terra. Por esta razão, a Igreja lhe presta culto filial e nos convida a seguir "pelos caminhos de Maria" a fim de melhor nos identificarmos com Jesus Cristo, seu Filho e nosso Irmão.
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na comunhão orante com Maria que vamos penetrando mais profundamente no mistério de nossa salvação: o Cristo vivo entre nós! Participando da sua caridade apostólica, somos impelidos pelo Espírito a entregar nossas vidas pela salvação de nossos irmãos, sobretudo daqueles que ainda não foram libertos pelo Evangelho de Cristo. O amor de Maria nos compromete igualmente com a juventude, que busca o advento de um mundo novo, mais justo e fraterno, na liberdade e na verdade.
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É
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Maria é a Mulher-Nova junto ao Cristo, o Homem-Novo. Sua santidade exemplar é tão acessível a todos que oferece o modelo atual e perfeito do discípulo do Senhor. Por ela inspirado e conduzido, o cristão, de fato, constrói a cidade terrena, peregrinando rumo à cidade eterna; promove a justiça que
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liberta o oprimido e a caridade que socorre o necessitado; mas, acima de tudo, testemunha o amor do Cristo que une todos os batizados entre si e com seus irmãos que já atingiram a meta, e edifica o Reino de Deus entre os homens.
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Esta Mulher Bendita nos deu Jesus em Belém e no Calvário, e no-lo dará em sua volta gloriosa. Neste tempo de anseios e esperança, o Povo de Deus itinerante a ela recorre com filial confiança, esperando de sua bondade a força de libertar-se do pecado e de todo o mal: a coragem de viver a fraternidade universal e a fidelidade no amor a Jesus Cristo, Princípio e Fim, Caminho, Verdade e Vida. Em união com o Espírito Santo, Maria continua nos ensinando a viver o "Sim", de seu generoso acolhimento e clama conosco: "Amém! Vem, Senhor Jesus!"
(De folheto elaborado pelos Irmãos Marista de Marília e distribuído na cidade pelas Equipes por ocasião do encerramento do Ano Internacional da Mulher)
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RECEITA
DE NATAL
Primeiramente é preciso que as pessoas parem de se preocupar com nozes, avelãs, perus, vinhos e outras iguarias. A primeira receita de Natal, quem fez foram alguns pobres pastores, que passavam a noite ao relento, cuidando de suas ovelhas e que viram no céu um clarão imenso que descia de uma estrela. Esses pastores tão logo foram avisados de que havia nascido um menino numa pequena gruta pegaram no colo seus mais dóceis animaizinhos de estimação e levaram-nos de presente para os pais da criança., que eram de fato extremamente pobres e nem haviam conseguido uma vaga nas hospedarias da cidade. Não apenas fizeram isso, mas também se pro·s taram de joelhos e acenderam pequenas luzes para iluminar a gruta. A segunda receita de Natal foi feita por três magos que estavam bem postos na vida e, para falar a verdade, não tinham nenhuma necessidade de viajar do Oriente para Jerusalém apenas para ver uma criança que acabava de nascer. Acontece que eles resolveram ir assim mesmo, perguntando em todos os lugares onde estava o menino, pois tinham visto sua estrela que brilhava no céu. Levaram também presentes: ouro, incenso e mirra. Mas de nada adiantaria nem a mirra, nem o incenso, nem o ouro, se esses magos não tivessem também se colocado de joelhos na terra pedregosa, para reverenciar a criança que estava enrolada em panos. Ou seja: tanto os pastores como os magos viram no menino recém-nascido algumas coisas mais do que uma simples criança pobre. E tanto os magos como os pastores acabaram por definir a verdadeira receita do Natal, que as gerações seguintes tentaram adaptar ou até desfigurar, sem jamais conseguir alterar sua essência. A melhor receita de Natal leva, portanto, dois ingredientes fundamentais: disponibilidade para a fé e despojamento de bens e privilégios. Não é uma receita fácil de seguir e, às vezes, leva anos para dar certo. Mas pode-se tentar hoje mesmo. Claro que, fora esta, há outras receitas aparentemente mais atraentes: as que levam nozes, castanhas, perus, vinhos, luzes, música, e mil requintes - mas que nunca poderão ser comparadas à receita do verdadeiro - e único - NATAL. (Exemplo de como uma mensagem cristã pode ser levada por um matutino de grande circulação - Folha Feminina, S.P.)
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LARES LUMINOSOS E ALEGRES
Maria, José e Jesus Menino ocupam, de modo muito especial, o centro de nosso coração. Que nos diz, que nos ensina a vida ao mesmo tempo simples e admirável dessa Sagrada Família? A Onipotência divina, o esplendor de Deus, passam através do humano, unem-se ao humano. A partir daí, nós, cristãos, sabemos que, com a graça do Senhor, podemos e devemos santificar todas as realidades nobres da nossa vida. Não há situação terr ena, por mais pequena e corrente que pareça, que não possa ser ocasião de um encontro com Cristo e etapa do nosso caminhar em direção ao Reino de Deus. Ao pensar nos lares cristãos, gosto de imaginá-los luminosos e alegres, como foi o da Sagrada Família. Cada lar cristão deveria ser um remanso de serenidade erri que, por cima das pequenas contradições diárias, pudesse notar-se um carinho profundo e sincero, uma tranqüilidade profunda, fr uto de uma fé real e vivida. O matrimônio não é, para o cristão, uma simples instituição social, nem muito menos um remédio para as debilidades humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural. Os casados são chamados a santificar o seu matrimônio e a santificarem-se a si próprios nessa união; por isso, cometeriam um grave erro se edificassem sua conduta espiritual à margem do lar. A vida familiar, as relações conjugais, o cuidado e a educação dos filhos, o esforço para manter a família, para garantir o seu futuro e melhorar as suas condições de vida, o convívio com as outras pessoas que constituem a comunidade social, tudo isso são situações humanas e correntes que os esposos cristãos devem sobrenaturalizar. A fé e a esperança devem manifestar-se na serenidade com que se encaram os problemas, pequenos ou grandes, que surgem -10-
em todos os lares, no ânimo alegre com que se persevera no cumprimento do próprio dever. Assim, a caridade inundará tudo, e levará a compartilhar as alegrias e os possíveis dissabores, a saber sorrir, esquecendo as preocupações pessoais para atender aos outros, a escutar o outro cônjuge ou os filhos, mostrando-lhes que são queridos e compreendidos de verdade; a não dar importância a pequenos atritos que o egoísmo poderia converter em montanhas; a pôr um grande amor nos pequenos serviços de que se compõe o convívio diário. Santificar o lar, dia a dia; criar, com o carinho, um autêntico ambiente de família: é disso que se trata. Para santificar cada jornada, devem exercitar-se muitas virtudes cristãs; em primeiro lugar, as teologais, e depois todas as outras: a prudência, a lealdade, a sinceridade, a humildade, o trabalho, a alegria ... Só quem se esquece de si mesmo e se entrega a Deus e aos demais - também no matrimônio - pode ser feliz na terra, com uma felicidade que é preparação e antecipação do céu. Durante o nosso caminhar terreno, a dor é a pedra de toque do amor. No estado matrimonial, considerando as coisas de uma maneira descritiva, poderíamos afirmar que há verso e reverso. De um lado, a alegria de se saber querido, o entusiasmo de construir e fazer singrar um lar, o amor conjugal, o consolo de ver crescerem os filhos. De outro, dores e contrariedades, o passar do tempo que consome os corpos e ameaça azedar os caracteres, e aparente monotonia dos dias que parecem sempre iguais. Teria um pobre conceito do matrimônio e do carinho humano quem pensasse que, ao tropeçar nessas dificuldades, o amor e a alegria acabam. Precisamente então, quando os sentimentos que animavam aquelas criaturas revelam sua verdadeira natureza, é que a doação e a ternura se arraigam e se manifestam como um afeto autêntico e profundo, mais poderoso do que a morte. A to<lo cristão, qualquer que seja sua condição - sacerdote ou leigo, casado ou solteiro -, aplicam-se plenamente as palavras do Apóstolo que se lêem precisamente na Epístola da festa da Sagrada Família: "Escolhidos de Deus, santos e amados" (Col. 3, 12). Isto somos todos, cada um em seu lugar no mundo: homens e mulheres escolhidos por Deus para darmos testemunho de Cristo e levarmos aos que nos rodeiam a alegria de se saberem filhos de Deus, apesar dos nossos erros e procurando lutar contra eles. É muito importante que o sentido vocacional do matrimônio não falte nunca, tanto na catequese e pregação como na consciência daqueles a quem Deus queira nesse caminho, já que
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estão real e verdadeiramente chamados a incorporar-se aos desígnios divinos para salvação de todos os homens. Por isso, talvez não se possa propor aos esposos cristãos melhor modelo que o das famílias dos tempos apostólicos. . . Famílias que viveram de Cristo e que deram a conhecer Cristo. Pequenas comunidades cristãs, que foram como centros de irradiação da mensagem evangélica. Lares iguais aos outros lares daqueles tempos, mas animados de um espírito novo que contagiava aos que os conheciam e com eles se relacionavam. Assim foram os primeiros cristãos e assim havemos de ser nós, os cristãos de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da alegria que Jesus nos trouxe. J osémaria Escrivã (Extr atos de "O Matrimônio, Vocação Cr1stã", Edições Quadr ant e, S ão Paulo, 1972)
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MEDITAÇAO PARA O DIA DA FAMILIA
Aos que crêem na indissolubilidade do matrimônio cristão; aos que não desejam ver separado "o que Deus uniu"; aos que vêm um Sacramento no casamento católico, o que cabe fazer? Aos que aprenderam que a nova união proporcionada pelo divórcio é um tipo de prostituição regulamentada; aos que sentem na instituição do divórcio as portas abertas para o adultério legal; aos que percebem que o divórcio é apenas o fruto de uma mentalidade hedonista, o que cabe fazer? Aos que tudo procuram fazer para respeitar as leis de Deus; aos que aprenderam a defender primeiro a felicidade e os direitos dos filhos, o que cabe fazer? O que cabe fazer diante dos que se entregaram "por vergonha de parecerem honestos e atrasados", diante da euforia inescrupulosa dos vendilhões da Família? O que cabe fazer, senão lutarmos ainda mais pela defesa da estabilidade conjugal? O que cabe fazer, senão fortalecermos ainda mais a preparação e a conscientização para o casamento? A hora não é de esmorecimento. Pelo contrário, é o instante de fazermos valer a força de nosso testemunho. É o momento em que mais do que nunca devemos cumprir a exortação de Cristo: "Brilhe portanto a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus." (Mt.5, 16).
(Do Boletim de São José dos Campos)
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OS
D'AMONVILLE
RELATAM
A
SUA VIAGEM
Traduzimos da Carta Mensal Internacional a "Carta da Equipe Responsável", em que Marie e Lou!s fazem o relato de sua viagem à América do Sul. Ficaram eles profundamente impressionados com a disponibilidade, a vivência do Movimento, a confiança no poder da oração e o dinamismo apostólico que encontraram nos equipistas do Brasil. Mas vamos ler o que eles mesmos escrevem a respeito .
A uma hora da manhã do sábado 25 de junho, desembarcávamos no aeroporto de Belém, sendo acolhidos fraternalmente por cinco casais das Equipes de Nossa Senhora, que se puseram inteiramente à nossa disposição. Era para nós o início de um maravilhoso roteiro de seis semanas na América Latina e que devia nos levar sucessivamente, ao Pe. Tandonnet e a nós, do norte ao sul do Brasil e, depois, à Colômbia e às Antilhas. Nossa viagem tinha sido organizada de modo a nos permitir a participação em quatro encontros de casais responsáveis, sendo três no Brasil (400 a 600 participantes em cada um) e outro na Colômbia. Devia terminar com encontros menos numerosos na Martinica e em Guadalupe, onde as equipes são ainda poucas. Mas não se limitou o nosso programa a essas reuniões gerais: encontramos igualmente, nas respectivas Regiões, a quase totalidade dos 64 casais responsáveis Regionais ou de Setor. Participamos de reuniões de equipe; fomos acolhidos em suas residências por casais, sacerdotes e bispos, que nos fizeram participar de suas alegrias e de suas preocupações e descobrir as suas riquezas. Ao todo, mais de 13.000 quilômetros percorridos no interior da América Latina, 4 grandes encontros, 37 reuniões de trabalho, múltiplos contatos com casais de todas as idades, de todas as con-
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mento das promessas de sua aliança com todo o povo, não cessa de glorificar o Senhor, partilhando com os irmãos a alegria do louvor e o canto de sua pobreza.
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Profeticamente iluminada pelo Espírito, não hesita em proclamar que todas as gerações a chamariam bem-aventurada, como não vacila em anunciar que Deus é o Senhor da História e vingador dos humildes e oprimidos. A oração de Maria é luta e contemplação, na mais plena comunhão com Deus e com os homens.
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Todo o imenso amor concentrado em seu coração de Mulher-virgem, mãe e esposa, sabe traduzi-lo em gestos humanos de amizade e de serviço, de dedicação e de benevolência, de compaixão e de caridade, de presença e de engajamento. Na Visitação, em N azar é, em Caná, como em toda a sua vida, Maria reparte com todos o pão que lhe é servido, na comunhão do Pai, no amor do Filho e no dom do Espírito, como faz a Igreja, sobretudo no mistério eucarístico.
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Mulher forte e serena, conheceu de perto a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio e a solidão. Viveu, com simplicidade, oculta com Cristo em Deus, entregue a trabalhos caseiros e desvelando-se pela comunidade. Sua peregrinação na fé, partindo de uma concepção imaculada, levou-a a uma assunção total e definitiva na glória do Filho Ressuscitado. Hoje, no céu, Maria é imagem e começo do que será a Igreja quando Deus for tudo em todas as coisas . .. Ela ocupa, portanto, lugar especialíssimo no Plano de Deus: o mais alto depois de Cristo, e o mais perto de nós. Com amor materno intercede por todos os homens que peregrinam na terra. Por esta razão, a Igreja lhe presta culto filial e nos convida a seguir "pelos caminhos de Maria" a fim de melhor nos identificarmos com Jesus Cristo, seu Filho e nosso Irmão.
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na comunhão orante com Maria que vamos penetrando mais profundamente no mistério de nossa salvação: o Cristo vivo entre nós! Participando da sua caridade apostólica, somos impelidos pelo Espírito a entregar nossas vidas pela salvação de nossos irmãos, sobretudo daqueles que ainda não foram libertos pelo Evangelho de Cristo. O amor de Maria nos compromete igualmente com a juventude, que busca o advento de um mundo novo, mais justo e fraterno, na liberdade e na verdade.
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Maria é a Mulher-Nova junto ao Cristo, o Homem-Novo. Sua santidade exemplar é tão acessível a todos que oferece o modelo atual e perfeito do discípulo do Senhor. Por ela inspirado e conduzido, o cristão, de fato, constrói a cidade terrena, peregrinando rumo à cidade eterna; promove a justiça que
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liberta o oprimido e a caridade que socorre o necessitado; mas, acima de tudo, testemunha o amor do Cristo que une todos os batizados entre si e com seus irmãos que já atingiram a meta, e edifica o Reino de Deus entre os homens.
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Esta Mulher Bendita nos deu Jesus em Belém e no Calvário, e no-lo dará em sua volta gloriosa. Neste tempo de anseios e esperança, o Povo de Deus itinerante a ela recorre com filial confiança, esperando de sua bondade a força de libertar-se do pecado e de todo o mal: a coragem de viver a fraternidade universal e a fidelidade no amor a Jesus Cristo, Princípio e Fim, Caminho, Verdade e Vida. Em união com o Espírito Santo, Maria continua nos ensinando a viver o "Sim", de seu generoso acolhimento e clama conosco: "Amém! Vem, Senhor Jesus!"
(De folheto elaborado pelos Irmãos Marista de Marília e distribuído na cidade pelas Equipes por ocasião do encerramento do Ano Internacional da Mulher)
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RECEITA
DE
NATAL
Primeiramente é preciso que as pessoas parem de se preocupar com nozes, avelãs, perus, vinhos e outras iguarias. A primeira receita de Natal, quem fez foram alguns pobres pastores, que passavam a noite ao relento, cuidando de suas ovelhas e que viram no céu um clarão imenso que descia de uma estrela. Esses pastores tão logo foram avisados de que havia nascido um menino numa pequena gruta pegaram no colo seus mais dóceis animaizinhos de estimação e levaram-nos de presente para os pais da criança., que eram de fato extremamente pobres e nem haviam conseguido uma vaga nas hospedarias da cidade. Não apenas fizeram isso, mas também se prostaram de joelhos e acenderam pequenas luzes para iluminar a gruta. A segunda receita de Natal foi feita por três magos que estavam bem postos na vida e, para falar a verdade, não tinham nenhuma necessidade de viajar do Oriente para Jerusalém apenas para ver uma criança que acabava de nascer. Acontece que eles resolveram ir assim mesmo, perguntando em todos os lugares onde estava o menino, pois tinham visto sua estrela que brilhava no céu. Levaram também presentes: ouro, incenso e mirra. Mas de nada adiantaria nem a mirra, nem o incenso, nem o ouro, se esses magos não tivessem também se colocado de joelhos na terra pedregosa, para reverenciar a criança que estava enrolada em panos. Ou seja: tanto os pastores como os mago.s viram no menino recém-nascido algumas coisas mais do que uma simples criança pobre. E tanto os magos como os pastores acabaram por definir a verdadeira receita do Natal, que as gerações seguintes tentaram adaptar ou até desfigurar, sem jamais conseguir alterar sua essência. A melhor receita de Natal leva, portanto, dois ingredientes fundamentais: disponibilidade para a fé e despojamento de bens e privilégios. Não é uma receita fácil de seguir e, às vezes, leva anos para dar certo. Mas pode-se tentar hoje mesmo. Claro que, fora esta, há outras receitas aparentemente mais atraentes: as que levam nozes, castanhas, perus, vinhos, luzes, música, e mil requintes - mas que nunca poderão ser comparadas à receita do verdadeiro - e único - NATAL. (Exemplo de como uma mensagem cristã pode ser levada por um matutino de grande circulação - Folha Feminina, S.P.)
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LARES LUMINOSOS E ALEGRES
Maria, José e Jesus Menino ocupam:, de modo muito especial, o centro de nosso coração. Que nos diz, que nos ensina a vida ao mesmo tempo simples e admirável dessa Sagrada Família? A Onipotência divina, o esplendor de Deus, passam através do humano, unem-se ao humano. A partir daí, nós, cristãos, sabemos que, com a graça do Senhor, podemos e devemos santificar todas as realidades nobres da nossa vida. Não há situação terrena, por mais pequena e corrente que pareça, que não possa ser ocasião de um encontro com Cristo e etapa do nosso caminhar ern direção ao Reino de Deus. Ao pensar nos lares cristãos, go·sto de imaginá-los luminosos e alegres, como foi o da Sagrada Família. Cada lar cristão deveria ser um remanso de serenidade em que, por cima das pequenas contradições diárias, pudesse notar-se um carinho profundo e sincero, uma tranqüilidade profunda, fruto de uma fé real e vivida. O matrimônio não é, para o cristão, uma simples instituição social, nem muito menos um remédio para as debilidades humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural. Os casados são chamados a santificar o seu matrimônio e a santüicarem-se a si próprios nessa união; por isso, cometeriam um grave erro se edificassem sua conduta espiritual à margem do lar. A vida familiar, as relações conjugais, o cuidado e a educação dos filhos, o esforço para manter a família, para garantir o seu futuro e melhorar as suas condições de vida, o convívio com as outras pessoas que constituem a comunidade social, tudo isso são situações humanas e correntes que os esposos cristãos devem sobrenaturalizar. A fé e a esperança devem manifestar-se na serenidade com que se encaram os problemas, pequenos ou grandes, que surgem
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em todos os lares, no ânimo alegre com que se persevera no cumprimento do próprio dever. Assim, a caridade inundará tudo, e levará a compartilhar as alegrias e os possíveis dissabores, a saber sorrir, esquecendo as preocupações pessoais para atender aos outros, a escutar o outro cônjuge ou os filhos, mostrando-lhes que são queridos e compreendido·s de verdade; a não dar importância a pequenos atritos que o egoísmo poderia converter em montanhas; a pôr um grande amor nos pequenos serviços de que se compõe o convívio diário. Santificar o lar, dia a dia; criar, com o carinho, um autêntico ambiente de família: é disso que se trata. Para santificar cada jornada, devem exercitar-se muitas virtudes cristãs; em primeiro lugar, as teologais, e depois todas as outras: a prudência, a lealdade, a sinceridade, a humildade, o trabalho, a alegria ... Só quem se esquece de si mesmo e se entrega a Deus e aos demais - também no matrimônio - pode ser feliz na terra, com uma felicidade que é preparação e antecipação do céu. Durante o nosso caminhar terreno, a dor é a pedra de toque do amor. No estado matrimonial, considerando as coisas de uma maneira descritiva, poderíamos afirmar que há verso e reverso. De um lado, a alegria de se saber querido, o entusiasmo de construir e fazer singrar um lar, o amor conjugal, o consolo de ver crescerem os filhos. De outro, dores e contrariedades, o passar do tempo que consome os corpos e ameaça azedar os caracteres, e aparente monotonia dos dias que parecem sempre iguais. Teria um pobre conceito do matrimônio e do carinho humano quem pensasse que, ao tropeçar nessas dificuldades, o amor e a alegria acabam. Precisamente então, quando os sentimentos que animavam aquelas criaturas revelam sua verdadeira natureza, é que a doação e a ternura se arraigam e se manifestam como um afeto autêntico e profundo, mais poderoso do que a morte. A todo cristão, qualquer que seja sua condição - sacerdote ou leigo, casado ou solteiro -, aplicam-se plenamente as palavras do Apóstolo que se lêem precisamente na Epístola da festa da Sagrada Família: "Escolhidos de Deus, santos e amados" (Cal. 3, 12). Isto somos todos, cada um em seu lugar no mundo: homens e mulheres escolhidos por Deus para darmos testemunho de Cristo e levarmos aos que nos rodeiam a alegria de se saberem filhos de Deus, apesar dos nossos erros e procurando lutar col!tra eles. É muito importante que o sentido vocacional do matrimônio não falte nunca, tanto na catequese e pregação como na consciência daqueles a quem Deus queira nesse caminho, já que
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estão real e verdadeiramente chamados a incorporar-se aos desígnios divinos para salvação de todos os homens. Por isso, talvez não se possa propor aos esposos cristãos melhor modelo que o das famílias dos tempos apostólicos. . . Famílias que viveram de Cristo e que deram a conhecer Cristo. Pequenas comunidades cristãs, que foram como centros de irradiação da mensagem evangélica. Lares iguais aos outros lares daqueles tempos, mas animados de um espírito novo que contagiava aos que os conheciam e com eles se relacionavam. Assim foram os primeiros cristãos e assim havemos de ser nós, os cristãos de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da alegria que Jesus nos trouxe. J osémaria Escrivã (Extratos de "O Matrimônio, Vocação Cristã", Edições Quadrant e, São Paulo, 1972)
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MEDITAÇAO PARA O DIA DA FAMILIA
Aos que crêem na indissolubilidade do matrimônio cristão; aos que não desejam ver separado "o que Deus uniu"; aos que vêm um Sacramento no casamento católico, o que cabe fazer? Aos que aprenderam que a nova união proporcionada pelo divórcio é um tipo de prostituição regulamentada; aos que sentem na instituição do divórcio as portas abertas para o adultério legal; aos que percebem que o divórcio é apenas o fruto de uma mentalidade hedonista, o que cabe fazer? Aos que tudo procuram fazer para respeitar as leis de Deus; aos que aprenderam a defender primeiro a felicidade e os direitos dos filhos, o que cabe fazer? O que cabe fazer diante dos que se entregaram "por vergonha de parecerem honestos e atrasados", diante da euforia inescrupulosa dos vendilhões da Família? O que cabe fazer, senão lutarmos ainda mais pela defesa da estabilidade conjugal? O que cabe fazer, senão fortalecermos ainda mais a preparação e a conscientização para o casamento? A hora não é de esmorecimento. Pelo contrário, é o instante de fazermos valer a força de nosso testemunho. É o momento em que mais do que nunca devemos cumprir a exortação de Cristo: "Brilhe portanto a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus." (Mt.5, 16).
(Do Boletim de São José dos Campos)
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OS
D'AMONVILLE
RELATAM
A
SUA VIAGEM
Traduzimos da Carta Mensal Internacional a "Carta da Equipe Responsável", em que Marie e Louis fazem o relato de sua viagem à América do Sul. Ficaram eles profundamente impressionados com a disponibilidade, a vivência do Movimento, a confiança no poder da oração e o dinamismo apostólico que encontraram nos equipistas do Brasil. Mas vamos ler o que eles mesmos escrevem a respeito .
A uma hora da manhã do sábado 25 de junho, desembarcávamos no aeroporto de Belém, sendo acolhidos fraternalmente por cinco casais das Equipes de Nossa Senhora, que se puseram inteiramente à nossa disposição. Era para nós o início de um maravilhoso roteiro de seis semanas na América Latina e que devia nos levar sucessivamente, ao Pe. Tandonnet e a nós, do norte ao sul do Brasil e, depois, à Colômbia e às Antilhas. Nossa viagem tinha sido organizada de modo a nos permitir a participação em quatro encontros de casais responsáveis, sendo três no Brasil ( 400 a 600 participantes em cada um) e outro na Colômbia. Devia terminar com encontros menos numerosos na Martinica e em Guadalupe, onde as equipes são ainda poucas. Mas não se limitou o nosso programa a essas reuniões gerais: encontramos igualmente, nas respectivas Regiões, a quase totalidade dos 64 casais responsáveis Regionais ou de Setor. Participamos de reuniões de equipe; fomos acolhidos em suas residências por casais, sacerdotes e bispos, que nos fizeram participar de suas alegrias e de suas preocupações e descobrir as suas rique- · zas. Ao todo, mais de 13.000 quilômetros percorridos no interior da América Latina, 4 grandes encontros, 37 reuniões de trabalho, múltiplos contatos com casais de todas as idades, de todas as con-14-
TESTEMUNHO
Somos um jovem casal (com quase dois anos de casados) e Ja em nosso início de vida conjugal planejávamos entrar nas Equipes de Nossa Senhora. Já contávamos com algum "know-how" em Vida de Igreja: conhecemo-nos em um grupo de pastoral para jovens e eu, o marido, fui seminarista, tendo concluído o curso de teologia, embora não tendo sido ordenado sacerdote. Depois de um ano e cinco meses de casados, ingressamos na Equipe de Nossa Senhora de Fátima em Blumenau, e nos sentimos felicíssimos por esta graça.
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É-nos realmente gratificante esta nova forma de integrar o nosso amor no trabalho salvífico de Cristo e sua Igreja. Nosso amor ganhou maior ênfase, embora já o vivêssemos como sacramento e a presença do Pai nele ficou mais viva e realizadora. Antes de efetivamente ingressarmos nas equipes, tínhamos a impressão de que muito daríamos ao Movimento, e confessamos ter havido uma modificação sensível: agora sabemos que realmente podemos dar muito, mas é porque recebemos muito mais. Dentro ainda desta nova e magnífica experiência de vivência dos Estatutos, tão apropriada à vida eclesial de nosso tempo, gostaríamos de ressaltar a função maravilhosa do casal piloto. Trabalho realmente de Igreja, sacerdócio régio, atuante e salutar, presença viva de Cristo e de sua Senhora Mãe. Foi nossa primeira e grande experiência de equipe, o exemplo marcante desse casal, cujos nomes não citamos porque estão inscritos no Livro da Vida e seus lugares estão reservados por Aquele que nos antecedeu na Glória juntamente com sua Mãe.
Josely Mary e Sálvio Alexandre Muller Equipe 1 de Blumenau
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UM ENCONTRO INESQUECíVEL
Há certos dias, na vida da gente, que ficam marcados, de maneira indelével, em nossos corações e em nossas mentes. São dias privilegiados de reformulação, de novas tomadas de posição e, por que não dizer, de verdadeira conversão. As Equipes de Nossa Senhora nos proporcionaram um destes dias extraordinários, repletos de "calor humano", "fraternidade", "acolhimento" e "conteúdo". É sobre esses quatro pontos que vamos falar um pouquinho a vocês. Era domingo. O próprio tempo convidava a um lazer familiar, a um passeio pelos arredores ou até mesmo, para os mais apaixonados pelo mar, para uma praia. Entretanto, houve gente, e muita gente, que se dispôs a fazer um negócio muito "bacana": servir. Ia ser realizado, no Colégio Santa Marcelina, lá no Alto da Boa Vista, um Dia de Estudos. Mas um Dia de Estudos com uma característica: os filhos dos equipistas participantes também foram convidados. O Setor C, encarregado desse dia, pediu a colaboração de casais de boa vontade (e com "aquela" paciência) para se ocuparem das crianças que lá fossem. Logo surgiram casais que aceitaram, mas o mais sensacional é que filhos de equipistas, jovens de 14 a 19 anos, além de um casalzinho recém-casado, fizeram questão de tomar parte nesse trabalho, e assim, jovens que deixaram seus amigos, sua praia, seus programas, se dispuseram a servir. E que serviço! Tiveram a seu cargo quase 150 crianças e jovens, cujas idades variavam dos dois meses aos 19 anos! E em nenhum momento os pais ouviram um choro, uma "manhazinha", uma insatisfação de seus filhos. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é calor humano! Participaram desse dia inesquecível 84 casais, ou seja, 168 pessoas. Muitos já se conheciam de outros encontros; outros não se viam há muito tempo; outros, enfim, estavam se conhecendo. A maioria dos participantes era daqui mesmo, do Rio, mas, além do pessoal da Ilha do Governador, havia gente de mais longe ainda: Manaus! Havia Casais Regionais, de Setores, casais bra-
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sileiros, portugueses, italianos, argentinos e chilenos. O auditório do Colégio mais parecia uma mini-cidade cosmopolita. Entretanto, um único espírito ali reinava, um único coração ali palpitava, uma única e grande família ali reunia muitos irmãos. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é fraternidade! A numerosa equipe de serviço foi incansável em todos os momentos. Avisos, cafezinhos, almoço, tudo, enfim, transcorreu num clima de descontração e amizade, tendo como tônica aquele sorriso amigo e sincero, não apenas dos lábios, mas do fundo do coração. Desde a chegada até o encerramento, fomos orientados e conduzidos com carinho e solicitude. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é acolhimento! Três sacerdotes se achavam presentes desde o início: Pe. Domingos, Pe. César e Pe. Maucyr. Pe. César, com aquela sua alegria transbordante, fez a Celebração Eucarística para a criançada; tudo na base de "slides", diálogos, e temperado com o seu jeitinho inigualável para lidar com gente miúda. O tema desse nosso Dia de Estudo foi o Sacramento da Penitência. Ninguém melhor para expor esse tema do que o Pe. Maucyr. Cultura, profundidade e conhecimentos, espiritualidade e poder de síntese fazem deste sacerdote um ser verdadeiramente carismático. Depois de colocar o Sacramento da Penitência como um Sacramento de Reconciliação e de Alegria, realizou conosco uma Celebração Penitenciai, no terraço do Colégio. Ali, cercados por uma natureza maravilhosa, dirigidos pelo Pe. Maucyr e sentindo no meio de nós a presença quase tangível de Deus, vivemos momentos de intensa emoção, que podia ser vista pelas lágrimas que brilhavam nos olhos de muitos de nós.
I' Ir
A tarde, depois de mais uma palestra, seguida de círculos e de um plenário, onde mais uma vez o Espírito do Senhor nos falou através dos lábios de nosso palestrista, tivemos a celebração de encerramento. Benzendo água diante de nós, Pe. Maucyr nos fez meditar um pouco sobre o nosso Batismo. Ao sair do auditório, proclamamos nossa fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo, persignando-nos com aquela água. Cantando, descemos para a lindíssima capela do Colégio, onde teve início a Missa, concelebrada pelos Pe. Maucyr, Pe. Domingos e Pe. Almeida, Conselheiro do Setor C, que viera, à tarde, para ficar conosco. O clima de espiritualidade e participação durante a Celebração Eucarística foi dos mais impressionantes. Rezando, cantando, dialogando com os celebrantes, ali estava uma verdadeira Comunidade Cristã. Havíamos aprendido que o Sacramento da Penitência é um Sacramento de Alegria, pois nos dá o perdão gra-33-
tuito e total de Deus. Podíamos participar, como os Apóstolos outrora o fizeram, da Ceia Eucarística, recebendo o Alimento inigualável, o Pão da Vida. Sairíamos dali reconciliados, alimentados e enriquecidos, levando para no·ssas casas uma nova dimensão do amor de Deus: a certeza de saber que, por mais pecadores que sejamos, encontraremos o Pai sempre disposto a nos acolher, a nos abrir os braços e a nos chamar novamente de filhos. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é conteúdo! Louvamos a Deus por nos ter proporcionado uma tal ocasião de crescimento. Louvamos a Deus por pertencermos às Equipes de Nossa Senhora. Que Deus abençôe todos aqueles que, direta ou indiretamente, nos ajudaram a ser mais família, mais equipe, mais cristãos.
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NOTíCIAS DOS SETORES
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I•
CASA BRANCA/ AGUAI -
"Ser equipista é ser presença"
Transcrevemos do Boletim, "Eco dos Equipistas", a carta de um Conselheiro Espiritual que foi para outra cidade (Morrinhos):
Caríssimos equipistas, Foi grande minha satisfação em receber o "Eco dos Equipistas". Gostei muitíssimo. Por ele deu para sentir o vigor e a graça com que Maria tem distinguido este movimento que visa fortalecer e consolidar os lares realmente cristãos. Também senti que os equipistas estão sendo uma força viva, tanto na paróquia de Casa Branca como na de Aguaí. É bom sentir os outros crescerem a nossa volta e saber que demos um pouco de nós. Que o Sim do "Eco" seja o sim de cada um de nós, em resposta ao chamado de Deus que quer salvar todos os homens, com o auxílio de cada um de nós.
fc
Peço à Virgem Santíssima que continue a demonstrar seu amor pelo movimento, chamando a ele mais casais para testemunharem hoje que a vivência do Sacramento do Matrimônio traz a paz e a felicidade. Se estamos preocupados com o divórcio, que é efeito, vamos sanar na raiz a causa, que é o despreparo para assumir a vida a dois. Vamos ensinar, com o exemplo de verdadeiros cristãos, os jovens que se preparam para o casamento a fim de que eles assumam esta responsabilidade com seriedade e o verdadeiro amor que transforma os corações. Ser equipista é ser presença do amor sacramental no mundo de hoje, tão abalado por desamor e egoísmo. Muito obrigado por terem se lembrado de mim; quero continuar em contato com vocês. Envio a todos os equipistas de Casa Branca e Aguaí o meu saudoso abraço, minha benção e orações, pedindo que continuem rezando por mim. Este amigo que muito os ama e estima, Pe. Vicente." -35-
AGUAf -
Um bom exemplo dessa presença . .. Ainda no Boletim, escrevem Theresinha e Flávio:
Quando pertencemos a um movimento religioso como as Equipes de Nossa Senhora, sentindo o nosso crescimento espiritual, vem logo, dentro de nós, uma vontade imensa de transmitir aos irmãos o que de bom temos recebido. Assim surge a vontade de trabalhar, de sair de si mesmo em direção aos outros. Com esta disposição de alma e bastante entusiasmo, as duas Equipes de Aguaí têm colaborado com a paróquia, realizando, por ano, três Cursos de Preparação para o Matrimônio e dois Encontros de Casais. Este ano, foram realizados o III. 0 e o IV. 0 Encontros de Casais, o terceiro, com a participação de vinte e um casais, o quarto, de vinte e quatro casais. Este último Encontro foi realizado para casais que não pertenciam a nenhum movimento na paróquia e, a pedido do vigário, nosso Assistente Espiritual, as Equipes colaboraram para a formação do Movimento Familiar Cristão em Aguaí, dando assim oportunidade aos Encontristas de continuarem perseverando na fé. Encarregadas da programação dos meses de maio e outubro, as Equipes realizaram meditações, nas missas, após a comunhão, tendo como tema a Virgem Maria e sua vida. São também atividades a cargo das Equipes a Novena de Natal e os Círculos Bíblicos. CASA BRANCA -
Coordenando a Pastoral
(Do Boletim)
Recepcionados pelas Equipes de Nossa Senhora, reuniram-se no salão paroquial membros de todos os movimentos religioso-s da cidade. Foi o primeiro de uma série de encontros programados pelo vigário. Os dirigentes de cada movimento expunham seus objetivos e suas atividades dentro da Igreja e da comunidade. Fomos solicitados a colaborar no CEC (Curso de Evangelização Cristã) e na Comunidade de Jovens do Desterro, que tem nos ajudado nos Encontros que promovemos no Artesanato. Todo último sábado do mês, está havendo reunião semelhante, no mesmo local, para: tomar conhecimento do que acontece na paróquia, entrosamento entre todos os movimentos existentes para maior eficiência no trabalho de evangelização, catequese e promoção humana, e planeiamento conjunto das atividades a serem desenvolvidas na paróquia. -36-
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BAURU -
Semana da Família
O Setor de Bauru valeu-se da Semana da Família para promover um aprofundamento das Equipes no estudo da problemática da família. Assim é que, com fundamento em estudos elaborados pela CNBB, Regional Sul I, o Conselheiro Espiritual do Setor, Padre Ivo Martinelli, estabeleceu pistas que serviram como temas de estudos durante os meses de setembro e outubro. Dois aspectos da problemática foram, principalmente, objeto de estudos: "A família e o mundo do trabalho" e "A família e o valor do trabalho", cada qual enfocando os principais problemas e dificuldades relacionados com o trabalho que as famílias enfrentam nos dias de hoje. Para subsidiar o estudo, outras iniciativas foram adotadas pelo Setor, entre as quais uma vigília comunitária, reuniões mistas de equipistas e não-equipistas, além de uma "manhã de estudos".. Concomitantemente, equipistas realizaram, nas escolas, palestras que foram válidas como fator de mentalização conceitual.
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Respostas realmente inteligentes, equilibradas e objetivas foram produzidas pelos casais, mostrando que o estudo lhes fora verdadeiramente proveitoso, como forma de despertá-los para a responsabilidade, de que a ninguém é dado fugir, no encaminhamento de soluções para os angustiantes problemas que assoberbam as famílias. No final dos temas, uma indagação era a tônica de tudo: diante dos problemas e dificuldades, qual seria o papel da família cristã conscientizada? E muitos responderam: procurar suprir os lares dos elementos de reposição cristã que começam a faltar, para que a máquina da família não venha a emperrar. Mais ainda: que esse trabalho de "reposição de peças" seja levado também pelas famílias conscientizadas aos lares vitimados pelas pressões do mundo do trabalho, suas falhas e desorganizações. E, finalmente, que se incumbam de despertar o Estado com sugestões tendentes a estabelecer para as empresas requisitos mínimos de atuação social-cristã no relacionamento com seus empregados e respectivas famílias. PETRóPOLIS -
Um testemunho impressionante
(Carta de Nicolau Zarif a Rubens)
"No 'papo' telefônico, esqueci-me de dizer-lhe que, no II.o. Mutirão de Brasília, esteve presente o Dragan, que 'palestrou~ sobre Vocação humana, do casal, do equipista. A sua presença - além do valor da palestra - foi um testemunho marcante. Na mesma hora em que ele estava iniciando sua palestra, Palminha, sua filha, estava sendo operada.
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Alguns dias antes, ela já havia sofrido uma operação, muito difícil - coração - e, após ter tido uma melhora (quando Dragan confirmou sua presença), recaiu. O filho do Dragan acompanhou-o a Brasília para 'dar-lhe forças'. Após a palestra (sensacional), Dragan telefonou para Petrópolis e soube que a cirurgia tinha sido realizada sem maiores complicações". -
Inter-equipes
As 15 equipes de Petrópolis reuniram-se nos dias 14 e 15 de outubro para a tradicional "inter-equipes" (ou "reunião mista", como é chamada nas Regiões que ficam ao sul da Guanabara). O tema, sobre o apelo do Cristo, "Vem e segue-me", foi distribuído com antecedência a todos os casais, que responderam a duas perguntas - sobre se sua presença na equipe responde a um apelo de Deus e sobre quais os gestos concretos que neles revelam a presença de Deus. NITERói -
Primeira equipe em São Gonçalo
Formada por vários casais participantes da equipe do Curso de Preparação para o Casamento de duas paróquias, foi lançada, com grande entusiasmo, a Equipe n .0 1 de São Gonçalo. Tudo indica que essa equipe se constituirá num núcleo de grande espiritualidad.e e de serviço à Igreja. (última hora: já saiu a n. 0 2!) -
Missa das crianças
Celebrada pelo Pe. Guedes, no dia 22 de outubro, contou com a presença de mais de 150 pessoas, entre casais, filhos e outros familiares. Momento tocante quando, no ofertório, as Equipes ofereceram material escolar e outros para os jovens da Flubem, que cantaram durante a missa. -
Noites de oração e "inter-equipes"
De agosto a outubro, reuniram-se, todas as segundas-feiras, as equipes, de duas em duas - uma nova e uma antiga -, para momentos de oração e interiorização. Em novembro, realizaram-se as "inter-equipes", com a participação das duas caçulas. BRUSQUE -
Semana da Bíblia e da Família
Constou de celebrações litúrgicas, reuniões nos bairros, em diversas ruas, pelos equipistas, em residências de não-equipistas. A participação foi excelente. -38-
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TESTEMUNHO
Somos um jovem casal (com quase dois anos de casados) e Ja em nosso início de vida conjugal planejávamos entrar nas Equipes de Nossa Senhora. Já contávamos com algum "know-how" em Vida de Igreja: conhecemo-nos em um grupo de pastoral para jovens e eu, o marido, fui seminarista, tendo concluído o curso de teologia, embora não tendo sido ordenado sacerdote. Depois de um ano e cinco meses de casados, ingressamos na Equipe de Nossa Senhora de Fátima em Blumenau, e nos sentimos felicíssimos por esta graça. É-nos realmente gratificante esta nova forma de integrar o nosso amor no trabalho salvífico de Cristo e sua Igreja. Nosso amor ganhou maior ênfase, embora já o vivêssemos como sacramento e a presença do Pai nele ficou mais viva e realizadora. Antes de efetivamente ingressarmos nas equipes, tínhamos a impressão de que muito daríamos ao Movimento, e confessamos ter havido uma modificação sensível: agora sabemos que realmente podemos dar muito, mas é porque recebemos muito mais. f
Dentro ainda desta nova e magnífica experiência de vivência dos Estatutos, tão apropriada à vida eclesial de nosso tempo, gostaríamos de ressaltar a função maravilhosa do casal piloto. Trabalho realmente de Igreja, sacerdócio régio, atuante e salutar, presença viva de Cristo e de sua Senhora Mãe. Foi nossa primeira e grande experiência de equipe, o exemplo marcante desse casal, cujos nomes não citamos porque estão inscritos no Livro da Vida e seus lugares estão reservados por Aquele que nos antecedeu na Glória juntamente com sua Mãe.
Josely Mary e Sálvio Alexandre Muller Equipe 1 de Blumenau
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UM ENCONTRO INESQUECIVEL
Há certos dias, na vida da gente, que ficam marcados, de maneira indelével, em nossos corações e em nossas mentes. São dias privilegiados de reformulação, de novas tomadas de posição e, por que não dizer, de verdadeira conversão. As Equipes de N assa Senhora nos proporcionaram um destes dias extraordinários, repletos de "calor humano", "fraternidade", "acolhimento" e "conteúdo". É sobre esses quatro pontos que vamos falar um pouquinho a vocês. Era domingo. O próprio tempo convidava a um lazer familiar, a um passeio pelos arredores ou até mesmo, para os mais apaixonados pelo m ar, para uma praia. Entretanto, houve gente, e muita gente, que se dispôs a fazer um negócio muito "bacana": servir. Ia ser realizado, no Colégio Santa Marcelina, lá no Alto da Boa Vista, um Dia de Estudos. Mas um Dia de Estudos com uma característica: os filhos dos equipistas participantes também foram convidados. O Setor C, encarregado desse dia, pediu a colaboração de casais de boa vontade (e com "aquela" paciência) para se ocuparem das crianças que lá fossem. Logo surgiram casais que aceitaram, mas o mais sensacional é que filhos de equipistas, jovens de 14 a 19 anos, além de um casalzinho recém-casado, fizeram questão de tomar parte nesse trabalho, e assim, jovens que deixaram seus amigos, sua praia, seus programas, se dispuseram a servir. E que serviço! Tiveram a seu cargo quase 150 crianças e jovens, cujas idades variavam dos dois meses aos 19 anos! E em nenhum momento os pais ouviram um choro, uma "manhazinha", uma insatisfação de seus filhos. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é calor humano! Participaram desse dia inesquecível 84 casais, ou seja, 168 pessoas. Muitos já se conheciam de outros encontros; outros não se viam há muito tempo; outros, enfim, estavam se conhecendo. A maioria dos participantes era daqui mesmo, do Rio, mas, além do pessoal da Ilha do Governador, havia gente de mais longe ainda: Manaus! Havia Casais Regionais, de Setores, casais bra-32-
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sileiros, portugueses, italianos, argentinos e chilenos. O auditório do Colégio mais parecia uma mini-cidade cosmopolita. Entretanto, um único espírito ali reinava, um único coração ali palpitava, uma única e grande família ali reunia muitos irmãos. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é fraternidade! A numerosa equipe de serviço foi incansável em todos os momentos. Avisos, cafezinhos, almoço, tudo, enfim, transcorreu num clima de descontração e amizade, tendo como tônica aquele sorriso amigo e sincero, não apenas dos lábios, mas do fundo do coração. Desde a chegada até o encerramento, fomos orientados e conduzidos com carinho e solicitude. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é acolhimento! Três sacerdotes se achavam presentes desde o início: Pe. Domingos, Pe. César e Pe. Maucyr. Pe. César, com aquela sua alegria transbordante, fez a Celebração Eucarística para a criançada; tudo na base de "slides", diálogos, e temperado com o seu jeitinho inigualável para lidar com gente miúda. O tema desse nosso Dia de Estudo foi o Sacramento da Penitência. Ninguém melhor para expor esse tema do que o Pe. Maucyr. Cultura, profundidade e conhecimentos, espiritualidade e poder de síntese fazem deste sacerdote um ser verdadeiramente carismábco. Depois de colocar o Sacramento da Penitência como um Sacramento de Reconciliação e de Alegria, realizou conosco uma Celebração Penitenciai, no terraço do Colégio. Ali, cercados por uma natureza maravilhosa, dirigidos pelo Pe. Maucyr e sentindo no meio de nós a presença quase tangível de Deus, vivemos momentos de intensa emoção, que podia ser vista pelas lágrimas que brilhavam nos olhos de muitos de nós. A tarde, depois de mais uma palestra, seguida de círculos e de um plenário, onde mais uma vez o Espírito do Senhor nos falou através dos lábios de nosso palestrista, tivemos a celebração de encerramento. Benzendo água diante de nós, Pe. Maucyr nos fez meditar um pouco sobre o nosso Batismo. Ao sair do auditório, proclamamos nossa fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo, persignando-nos com aquela água. Cantando, descemos para a lindíssima capela do Colégio, onde teve início a Missa, concelebrada pelos Pe. Maucyr, Pe. Domingos e Pe. Almeida, Conselheiro do Setor C, que viera, à tarde, para ficar conosco. O clima de espiritualidade e participação durante a Celebração Eucarística foi dos mais impressionantes. Rezando, cantando, dialogando com os celebrantes, ali estava uma verdadeira Comunidade Cristã. Havíamos aprendido que o Sacramento da Penitência é um Sacramento de Alegria, pois nos dá o perdão gra-33-
tuito e total de Deus. Podíamos participar, como os Apóstolos outrora o fizeram, da Ceia Eucarística, recebendo o Alimento inigualável, o Pão da Vida. Sairíamos dali reconciliados, alimentados e enriquecidos, levando para no-ssas casas uma nova dimensão do amor de Deus: a certeza de saber que, por mais pecadores que sejamos, encontraremos o Pai sempre disposto a nos acolher, a nos abrir os braços e a nos chamar novamente de filhos. Isto é realmente um Movimento Familiar, isto é Equipes de Nossa Senhora, isto é conteúdo! Louvamos a Deus por nos ter proporcionado uma tal ocasião de crescimento. Louvamos a Deus por pertencermos às Equipes de Nossa Senhora. Que Deus abençôe todos aqueles que, direta ou indiretamente, nos ajudaram a ser mais família, mais equipe, mais cristãos.
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NOTíCIAS DOS SETOR.ES
CASA BRANCA/ AGUAf -
"Ser equipista é ser presença"
Transcrevemos do Boletim, "Eco dos EquipiStas", a carta de um Conselheiro Espiritual que foi para outra cidade (Morrinhos):
Caríssimos equipistas, Foi grande minha satisfação em receber o "Eco dos Equipistas". Gostei muitíssimo. Por ele deu para sentir o vigor e a graça com que Maria tem distinguido este movimento que visa fortalecer e consolidar os lares realmente cristãos. Também senti que os equipistas estão sendo uma força viva, tanto na paróquia de Casa Branca como na de Aguaí. É bom sentir os outros crescerem a nossa volta e saber que demos um pouco de nós. Que o Sim do "Eco" seja o sim de cada um de nós, em resposta ao chamado de Deus que quer salvar todos os homens, com o auxílio de cada um de nós. Peço à Virgem Santíssima que continue a demonstrar seu amor pelo movimento, chamando a ele mais casais para testemunharem hoje que a vivência do Sacramento do Matrimônio traz a paz e a felicidade. Se estamos preocupados com o divórcio, que é efeito, vamos sanar na raiz a causa, que é o despreparo para assumir a vida a dois. Vamos ensinar, com o exemplo de verdadeiros cristãos, os jovens que se preparam para o casamento a fim de que eles assumam esta responsabilidade com seriedade e o verdadeiro amor que transforma os corações. Ser equipista é ser presença do amor sacramental no mundo de hoje, tão abalado por desamor e egoísmo. Muito obrigado por terem se lembrado de mim; quero continuar em contato com vocês. Envio a todos os equipistas de Casa Branca e Aguaí o meu saudoso abraço, minha benção e orações, pedindo que continuem rezando por mim. Este amigo que muito os ama e estima, Pe. Vicente." -35-
AGUAI -
Um bom exemplo dessa presença . .. Ainda no Boletim, escrevem Theresinha e Flávio:
Quando pertencemos a um movimento religioso como as Equipes de Nossa Senhora, sentindo o nosso crescimento espiritual, vem logo, dentro de nós, uma vontade imensa de transmitir aos irmãos o que de bom temos recebido. Assim surge a vontade de trabalhar, de sair de si mesmo em direção aos outros. Com esta disposição de alma e bastante entusiasmo, as duas Equipes de Aguaí têm colaborado com a paróquia, realizando, por ano, três Cursos de Preparação para o Matrimônio e dois Encontros de Casais. Este ano, foram realizados o III. 0 e o IV. 0 Encontros de Casais, o terceiro, com a participação de vinte e um casais, o quarto, de vinte e quatro casais. Este último Encontro foi realizado para casais que não pertenciam a nenhum movimento na paróquia e, a pedido do vigário, nosso Assistente Espiritual, as Equipes colaboraram para a formação do Movimento Familiar Cristão em Aguaí, dando assim oportunidade aos Encontristas de continuarem perseverando na fé. Encarregadas da programação dos meses de maio e outubro, as Equipes realizaram meditações, nas missas, após a comunhão, tendo como tema a Virgem Maria e sua vida. São também atividades a cargo das Equipes a Novena de Natal e os Círculos Bíblicos. CASA BRANCA -
Coordenando a Pastoral
(Do Boletim)
Recepcionados pelas Equipes de Nossa Senhora, reuniram-se no salão paroquial membros de todos os movimentos religioso-s da cidade. Foi o primeiro de uma série de encontros programados pelo vigário. Os dirigentes de cada movimento expunham seus objetivos e suas atividades dentro da Igreja e da comunidade. Fomos solicitados a colaborar no CEC (Curso de Evangelização Cristã) e na Comunidade de J avens do Desterro, que · tem nos ajudado nos Encontros que promovemos no Artesanato. Todo último sábado do mês, está havendo reunião semelhante, no mesmo local, para: tomar conhecimento do que acontece na paróquia, entrosamento entre todos os movimentos existentes para maior eficiência no trabalho de evangelização, catequese e promoção humana, e planeiamento conjunto das atividades a serem desenvolvidas na paróquia. -36-
BAURU -
Semana da Família
O Setor de Bauru valeu-se da Semana da Família para promover um aprofundamento das Equipes no estudo da problemática da família. Assim é que, com fundamento em estudos elaborados pela CNBB, Regional Sul I, o Conselheiro Espiritual do Setor, Padre Ivo Martinelli, estabeleceu pistas que serviram como temas de estudos durante os meses de setembro e outubro. Dois aspectos da problemática foram, principalmente, objeto de estudos: "A família e o mundo do trabalho" e "A família e o valor do trabalho", cada qual enfocando os principais problemas e dificuldades relacionados com o trabalho que as famílias enfrentam nos dias de hoje. Para subsidiar o estudo, outras iniciativas foram adotadas pelo Setor, entre as quais uma vigília comunitária, reuniões mistas de equipistas e não-equipistas, além de uma "manhã de estudos".. Concomitantemente, equipistas realizaram, nas escolas, palestras que foram válidas como fator de mentalização conceitual. Respostas realmente inteligentes, equilibradas e objetivas foram produzidas pelos casais, mostrando que o estudo lhes fora verdadeiramente proveitoso, como forma de despertá-los para a responsabilidade, de que a ninguém é dado fugir, no encaminhamento de soluções para os angustiantes problemas que assoberbam as famílias. No final dos temas, uma indagação era a tônica de tudo: diante dos problemas e dificuldades, qual seria o papel da família cristã conscientizada? E muitos responderam: procurar suprir os lares dos elementos de reposição cristã que começam a faltar, para que a máquina da família não venha a emperrar. Mais ainda: que esse trabalho de "reposição de peças" seja levado também pelas famílias conscientizadas aos lares vitimados pelas pressões do mundo do trabalho, suas falhas e desorganizações. E, finalmente, que se incumbam de despertar o Estado com sugestões tendentes a estabelecer para as empresas requisitos mínimos de atuação social-cristã no relacionamento com seus empregados e respectivas famílias. PETRóPOLIS -
Um testemunho impressionante
(Carta de Nicolau Zarif a Rubens)
"No 'papo' telefônico, esqueci-me de dizer-lhe que, no II.<> Mutirão de Brasília, esteve presente o Dragan, que 'palestrou• sobre Vocação humana, do casal, do equipista. A sua presença - além do valor da palestra - foi um testemunho marcante. Na mesma hora em que ele estava iniciando sua palestra, Palminha, sua filha, estava sendo operada.
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Alguns dias antes, ela já havia sofrido uma operação, muito difícil- coração- e, após ter tido uma melhora (quando Dragan confirmou sua presença), recaiu. O filho do Dragan acompanhou-o a Brasília para 'dar-lhe forças'. Após a palestra (sensacional), Dragan telefonou para Petrópolis e soube que a cirurgia tinha sido realizada sem maiores complicações". -
Inter-equipes
As 15 equipes de Petrópolis reuniram-se nos dias 14 e 15 de outubro para a tradicional "inter-equipes" (ou "reunião mista", como é chamada nas Regiões que ficam ao sul da Guanabara). O tema, sobre o apelo do Cristo, "Vem e segue-me", foi distribuído com antecedência a todos os casais, que responderam a duas perguntas - sobre se sua presença na equipe responde a um apelo de Deus e sobre quais os gestos concretos que neles revelam a presença de Deus. NITERói -
Primeira equipe em São Gonçalo
Formada por vários casais participantes da equipe do Curso de Preparação para o Casamento de duas paróquias, foi lançada, com grande entusiasmo, a Equipe n. 0 1 de São Gonçalo. Tudo indica que essa equipe se constituirá num núcleo de grande espiritualidade e de serviço à Igreja. (última hora: já sai u a n. 0 2!) -
Missa das crianças
Celebrada pelo Pe. Guedes, no dia 22 de outubro, contou com a presença de mais de 150 pessoas, entre casais, filhos e outros familiares. Momento tocante quando, no ofertório, as Equipes ofereceram material escolar e outros para os jovens da Flubem, que cantaram durante a missa. -
Noites de oração e "inter-equipes"
De agosto a outubro, reuniram-se, todas as segundas-feiras, as equipes, de duas em duas - uma nova e uma antiga -, para momentos de oração e interiorização. Em novembro, realizaram-se as "inter-equipes", com a participação das duas caçulas. BRUSQUE -
Semana da Bíblia e da Família
Constou de celebrações litúrgicas, reuniões nos bairros, em diversas ruas, pelos equipistas, em residências de não-equipistas. A participação foi excelente. -38-
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Apostolado com casais
Do Encontro programado pelo Setor, participaram 35 casais, dos quais 20 demonstraram interesse em ingressar no Movimento. (A reunião de informação teve lugar um mês depois, em 31 de outubro - aguardamos notícias!) -
E com professores
Com palestras e trabalhos na cozinha, os equipistas participaram do encontro de formação cristã para professores estaduais e municipais realizado em Brusque. RIO DE JANEIRO -
Mais uma equipe de adolescentes
A "reunião de informação" foi realizada com missa, participada intensamente por todos os jovens presentes e seus pais. A animação do grupo está confiada a Betty e Beto, e o Pe. Luís Carlos é o Assistente Espiritual. É esta a 6.a "equipe jovem", e nasce com muito entusiasmo e vontade de realmente se tornar uma pequena comunidade fraterna. A coordenação das "equipes jovens" é de Natália e Floriano e a sua orientação está a cargo de Lourdes e Caruso. -
O "Dia da Criança"
Resolveram as Equipes do Rio comemorá-lo no dia 8 de outubro, com uma programação especial, que constou de uma Missa "para elas, a seu gosto e à sua maneira", a cargo do Pe. Cesar, particularmente entendido nessas coisas, de um lanche e de uma divertida sessão de cinema, com distribuição de pirulitos, etc. JAO- Retiro
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Participantes: 43 casais. Pregador: Con. Ricardo, Conselheiro Espiritual das equipes 6, 10 e 11. Temas: "Relacionamento de nossa vida com Deus através da oração", "A ação do Espírito Santo sobre nós", "A Santíssima Trindade na vida do cristão", "Problemas de fé" e "A vida de Maria e o seu exemplo para nós". Escreve Õ Responsável do Setor que "do pleno agrado de todos, as palestras levaram-nos a profundas meditações e fizeram-nos crescer muito em espiritualidade. O sacrário foi o lugar de encontro de todos com Deus e de muita med itação. A liturgia, muito bem preparada, contribuiu para conduzir os casais àquela dimensão espiritual necessária para o êxito do Retiro. Fomos lá buscar coisas de Deus e as encontramos em abundância." -39-
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Novas equipes
Além da 1.a equipe de Brotas, que nesta altura já está na sétima reunião, há quatro novas equipes em Jaú. Todas elas oriundas de círculos familiares formados por casais que haviam feito o "Encontro de Corações" no ano passado. São agora ao todo 23 equipes no Setor: 19 em Jaú, 2 em Dois Córregos, 1 em Bocaina e 1 em Brotas.
SA.O JOSÉ DOS CAMPOS -
Reuniões mistas
Ex celente a noite de Equipes Mistas deste ano, ded:cada ao tema de "Comunidade Cristã". Preparada com muito amor e dedicação por Tininha e Américo, teve início às 19,30 horas do dia 21 de outubro, com a Santa Missa, celebrada por Frei Bruno, e carinhosamente preparada por Neusa e João·. Durante a Homilia, os quarenta e um casais presentes tiveram o inesperado e agradável prazer de ouvir de viva voz as palavras do Frei Leonardo Boff, discorrendo sobre o sentido de comunidade nos dias presentes. Após a Santa Missa, seis equipes mistas foram organizadas, tendo havido em todas elas enorme abertura, participação e auxílio-mútuo, numa grande experiência da vida dos primeiros cristãos. Foi esta a quinta vez que em São José dos Campos se organizaram as já tradicionais e muito esperadas Equipes Mistas.
TAUBATÉ -
Vigília de orações (Do Boletim)
Um bom número de equipistas compareceu à vigília programada pelo Setor para louvar a Deus, agradecer as inúmeras graças recebidas e pedir-lhe outras. Após ofer~cer a vigília pelo êxito da festa da APAE, pela Semana da Família, pelos menores abandonados e pela paz entre os povos, ouviram-se trechos para reflexão e meditação. Em profundo silêncio, conseguimos captar o que o Cristo nos quis dizer através do seu Evangelho. Para maior riqueza, muitas mensagens se fizeram ouvir, em forma de testemunhos. A presença do Espírito Santo, invocado no início para que houvesse um verdadeiro clima de orações, e os belos cânticos que foram intercalados fizeram da vigília um ponto alto de ação de graças ao Senhor. -40-
AMERICANA -
As emoções de um retiro
Através do Casal Regional, recebemos, das Equipes 6 e 7, notícia sobre o retiro, que congregou, entre equipistas e convidados, aproximadamente 40 casais. As palestras foram feitas por Frei Odair Verussa, professor no Seminário de Nova Veneza, que tratou do tema "A fé nos dias de hoje" e foi muito feliz em suas explanações; profundo, claro e objetivo, mostrou o crescimento que advém de uma "crise de Fé". Escrevem os equipistas: "O Deoclésio, da Equipe 1, desde o início dos preparativos do Retiro, havia solicitado que se lhe deixasse a "cozinha", pois ele providenciaria tudo. Assim foi feito. Após o almoço de dom;ngo, grande surpresa! Quando d:1 apresentação das senhoras que trabalharam na cozinha, aliás, num serviço perfeito e delicioso, o Deoclésio fez sair do 'esconderijo' alguns dos nossos próprios filhos, adolescentes, que também, sem que os pais soubessem, estiveram lá, servindo, trabalhando, vivendo aquele clima de verdadeira união em Cristo. A emoção tomou conta de todos. Lágrimas de felicidade inundaram todos os olhos, muitos pais sentiram que seu trabalho nas Equipes realmente produz bons frutos e beneficia aquilo que eles mais prezam: seus filhos. Foi realmente uma grande idéia do Deoclésio." DEUS CHAMOU A SI
José Souza Vivas - Da Equipe 36, Setor D, São Paulo. No dia 3 de novembro, com apenas 47 anos. Alegre e muito dedicado, fora o primeiro Responsável de sua equipe e coordenava os Encontros de Casais na sua paróquia. Já havia tido um enfarte, mas recuperara-se muito bem, de modo que foi um choque para todos, principalmente para Dulce, para quem pedimos orações. NOVAS EQUIPES Brasília - Equipe 14 - Casal: Pilo-to: Rita Helena e Augusto; Conselheiro Espiritual: Pe. Raimundo Nascimento Teixe:ra. Juiz de Fora - Equipe 8 - Casal Piloto: Theresinha e Jodalby; Conselheiro Espiritual: Pe. Edmundo Leschnack.
Equipe 9 - Casal Piloto: Marta e Mareio; Conselheiro Espiritual: Pe. Edmundo Leschnack. -41-
Petrópolis - Equipe 16 - Casal Piloto: Silvia e Ronaldo; Conselheiro Espiritual: Frei Almir Ribeiro Guimarães.
Equipe 1 - Casal Piloto: Helena e Paulo; Conselheiro Espiritual: Pe. Luiz Gusmão.
São Gonçalo, RJ -
Equipe 2 - Casal Piloto: Lourdinha e Waldir; Conselheiro Espiritual: Pe. Luiz Gusmão. Campinas - Eauipe 25 - Casal Piloto: Maísa e Régis; Conselheiro Espiritual: Pe. Delírio Poltronieri.
Eauipe 1 - Casal Piloto: Eva e Roberto; Conselheiro Espiritual: Pe. Carmelo.
Brotas -
Equipe 16 - Casal Piloto: Noemia e José Luiz; Conselheiro Espiritual: Con. Gastão.
Jaú -
Casal Piloto: Helena e Tata; Conselheiro Espiritual: Con. Gastão. Equipe 18 - Casal Piloto: Helcy e Airton; Conselheiro Espiritual: Con. Pedro. Equipe 17 -
Equipe 19 - Casal Piloto: Eunice e Leon; Conselheiro Espiritual: Pe. Augusto. Batatais - Equipe 4 - Casal Piloto: Carmen Célia e José Roberto; Conselheiro Espiritual: Pe. Sergio.
LEMBRETE:
Aos equipistas que passam as férias em Santos, lembramos que estão convidados a participar da Missa Mensal do Setor, que se realiza às 18 horas do lQ sábado de cada mês, na Capela da Escola Profissional Maria Imaculada, à Avenida Conselheiro Nébias, 668.
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RESPONSAVEIS EM ITAICI
Pela segunda vez neste ano, esteve reunido, no último fim de semana de outubro, o "estado-maior" do Movimento, em Itaici. De Belém e Manaus até Porto Alegre, de longe e de perto, vieram quase todos - dos 76 Responsáveis, faltaram apenas 11. As duas Regiões sediadas no Rio de Janeiro, que compreendem as equipes de Belém, Manaus, Brasília, Juiz de Fora, Petrópolis, Niterói, Rio de Janeiro, Valença, estiveram presentes em peso: não faltou ninguém (14 casais). Também a Região Paraná esteve inteirinha representada (6 casais). Fomos premiados com o Frei Estevão, que proferiu duas belíssimas palestras, que esperamos transcrever em próximas Cartas. E fomos premiados também com a Dulcemar, do Rio, que preparou uma liturgia muito bonita e ensaiou os cantos no seu acordeão, com aquele entusiasmo contagiante. Peter falou, no sábado, sobre a missão do RS à luz do novo documento (assunto debatido a seguir nos grupos) e, no domingo, foi a vez de Maria Alice e Adelson, que empolgaram a todos, apresentando um enfoque diferente do Casal de Ligação.
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Reuniram-se com a ECIR os Conselheiros Espirituais, em número de 10, vindos da Brasília, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Valença, Londrina, Marília, Campinas, Itu - e São Paulo. No sábado à noite, uma assembléia de oração congregou todos num clima de invulgar densidade. Os objetivos do Encontro, nas palavras de Dirce e Rubens: uma intensa convivência, um intercâmbio de esforços e entre-ajuda, num clima de intensa vivência com Deus na oração, foram plenamente conseguidos.
"0 casal feliz na sua vivência cristã é responsável pela felicidade dos outroscasais: este é o campo da missão!" (Frei Estevão) "Assumir com alegria e dinamismo as necessidades da Igreja, da qual somos parte; com os pés no chão, sem desviar dos princípios básicos, sermos Igreja missionária, de acordo com os dons de cada um.'• (Grupo 8)
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ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REUNIÃO
TEXTO DE MEDITAÇãO -
Fil . 1, 3-11
Dou graças a meu Deus, cada vez que de vós me lembro. Em todas as minhas orações rezo sempre com alegria por todos vós, recordando-me da cooperação que haveis dado na difusão do Evangelho, desde o primeiro dia até agora. Estou persuadido de que Aquele que iniciou em vós esta obra excelente lhe dará o acabamento até ao dia de Jesus Cristo. É justo que eu tenha bom conceito de todos vós, porque vos trago no coração, por terdes tomado parte na graça que me foi dada, tanto na minha prisão, como na defesa e na confirmação do Evangelho. Deus me é testemunha de que eu vos amo a todos com a ternura de Jesus Cristo! Peço, na minha oração, que a vossa caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critério, com que possa:s discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo, cheios de frutos da justiça, que provêm de Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus. ORAÇAO LITúRGICA
Deus nosso Pai, que nos dizeis que o Vosso amor enche toda a terra e que a Vossa ternura, para cada homem, é igual à de um pai para com seus filhos, nós vos pedimos: Fazei crescer a Vossa luz em nossos corações para que possamos reconhecer que esta Palavra é verdadeira, e que o Vosso amor se estende a cada um de nós quando nos dais o Vosso Filho único, Jesus Cristo. Dai-nos a graça, Senhor, de Vos procurarmos no amor aos nossos irmãos, de descobrirmos o Vosso nome no seu rosto, de Vos encontrarmos no coração da nossa vida, e de revelarmos a todos os homens que quereis cumulá-los da ·vossa alegria e da Vossa paz; em Cristo Jesus, Vosso Filho, nosso Salvador e nosso irmão Amém.
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No dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, comemoram as Equipes de Nossa Senhora os 30 anos da promulgação de seus Estatutos. Unamos nossas orações às dos equipistas de todo o mundo, em ação de graças pelos benefícios recebidos através deste Movimento para o qual fomos vocacionados. Lembremo-nos de todos os que foram instrumentos para que encontrássemos este caminho e nele perseverássemos, principalmente nosso fundador, Con. Henri Cajfarel, e Nancy e Pedro Moncau, que trouxeram as Equipes para o Brasil. Que esta comemoração não seja apenas ação de graças, mas também compromisso de sempre maior serviço à Igreja, à Família e ao Mundo.
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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e familiar
Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 04538 -
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SAO PAULO, SP
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somente para disLribui!(ão intema -