ENS - Carta Mensal 1983-6 - Setembro

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1983 Setembro

Um amor que se dá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Testemunhas eloqüentes . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deixar-se conduzir pela palavra de Deus . . . . . A dimensão eucarística da partilha . . . . . . . . . . . . Carla da Equipe Responsável . . . . . . . . . . . . . . . . . . O EACRE da Região Paraná . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "Um encontro magnífico" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "Felizes irmãos equipislas de São Carlos" A catástrofe e o EACRE de Santa Catarina . . . . . No Rio Grande do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Em Bauru . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rio de J arÍeiro, EACRE 83 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes" . . EACRE 83 - São José dos Campos . . . . . . . . . . . . Há um ano, Roma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Notícias dos Setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nossa Senhora numa Sessão de Formação . . . . . .

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EDITORIAL

UM AMOR QUE SE DÁ

Uma orientação nos é proposta para os prox1mos anos: "Se conhecesses o dom de Deus!" É um tema que deverá iluminar a nossa vida pessoal, de casal e de equipe. Qual é o seu significado exato? Que dom de Deus é esse, que dá sentido a toda a nossa vida? Deus é amor

Todo bem, diziam os antigos, tende a difundir-se. Com maior razão, o Bem supremo: Deus. Porque é bom, Ele se quer dar. O seu amor por nós não provém do fato de nós sermos bons, mas da Bondade dEle. Isto deve nos ajudar a melhor compreender o que pode ser este Amor que é Deus. A própria Criação é obra de amor, porque nos modela à Sua imagem. Contudo, o amor revela-se mais maravilhosamente ainda na obra da Redenção. É preciso que Deus seja amor para que o Homem-Deus vá até ao extremo do amor, que é dar a sua vida ... a fim de restaurar essa imagem que havíamos desfigurado. Ele dá a Sua vida e. . . a Vida

Nós acreditamos que esse amor do Verbo encarnado dá a sua vida em outro sentido ainda: aos vivos que acreditamos ser, ele ctá a vida, a verdadeira vida, que só Ele pode dar, porque só Ele é a Vida. Não que a vida humana seja nada, seja desdenhável, desprezível! Mas ela adquire todo o seu valor em relação a essa Vida, que é a única plenamente vida: a vida de comunhão com Ele, que por isto é eterna e satisfaz totalmente. Em estarmos destinados a essa plena realização é que se manifesta o seu amor por nós. A capacidade que o amor tem de se difundir inclui ainda uma outra dimensão. Acabamos de evocar o dom que Deus nos fez do seu amor. O amor de Deus por nós, vivido humanamente pelo Verbo encarnado, solicita a nossa imitação: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Temos de partilhar com os outros esse mesmo amor. -1-


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Um amor a partilhar

Não o conseguiríamos, evidentemente, se do Alto não nos tivesse sido dada a capacidade de amar. O Espírito, que o Verbo encarnado nos deixou ao cabo de sua existência terrestre, permite-nos retribuir amor com amor: em nós, é ele que reza, ele que fala, ele que ama. Acolher o Espírito é conseqüência direta de acolher o Verbo encarnado. Esses dois acolhimentos são uma só coisa. O amor ao próximo, que dissemos ser outra dimensão na dift..são do amor, reveste modalidades diversas nas nossas vidas humanas. Uma delas é o amor conjugal. . . Querido desde o começo por Deus criador, foi confirmado pelo Verbo redentor (e pela Igreja instituído como sacramento) . É importante que os esposos reconheçam nesse sacramento o seu caráter de "dom": efetivaniente, ele permite-lhes "significar e participar do mistério de unidade e amor fecundo entre Cristo e a Igreja", como lembra a Lumen Gentium, n. 0 11. Matrimônio e Eucaristia

Este dom do sacramento recebido convida, pois, os esposos a se darem eles mesmos um ao outro numa fidelidade total, uma fidelidade que só Deus pode suscitar e, progressivamente, aprofundar. Se Deus tem parte neste amor mútuo dos esposos, neste dom recíproco; se existe uma graça do sacramento do matrimênio, que é precisamente essa presença de Cristo no relacionamento do casal; se, como todas as graças, esta precisa ser acolhida e alimentada. . . onde encontraremos melhor do que na Eucaristia o alir.lento privilegiado do amor conjugal? onde aprenderemos a doar-uos um ao outro melhor do que no sacramento em que Cristo se nos dá? onde aprenderemos melhor a receber como devemos, isto é, na ação de graças, na plena consciência da gratuidade do dom? Assim, a Eucaristia - entre outros efeitos, é claro - é eminentemente própria a vivificar as capacidades de acolhimento e de dom recíproco dos esposos. Cristo - que "assimila" a Si mesmo aquele que O recebe - quer torná-los capazes, como Ele, de f&zer sempre o que agrada ao Pai, nas condições concretas de sua vida de esposos e de pais.

Roger Tandonnet, S. J.

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A PALAVRA DO PAPA

TESTEMUNHAS ELOQüENTES

As primeiras comunidades cristãs centralizaram o apostolado, tanto dos ministros ordenados como dos leigos, na noção do testemunho, segundo a palavra do próprio Senhor: "Vós sereis ... as minhas testemunhas até aos confins do mundo." Hoje, mais do que nunca, o Evangelho não é ouvido e aceito senão na medida em que a testemunha é acreditável. E, para que a ação e as palavras do apóstolo sejam acreditáveis, é necessário antes de tudo que a sua vida seja eloqüente. Para isso, é necessário alimentar todos os dias a sua vida de apóstolo com "toda a palavra que sai da boca de Deus" (Mt. 4, 4) . Ele nem pode estar seguro da presença ativa do Pai na sua própria vida se não participa da Eucaristia - quer dizer, se ele não deixar modificar profundamente o seu coração, dia após dia, unindo-se ao Filho de Deus que torna presentes no meio de nós a sua morte e a sua ressurreição. Deste modo, cresce a nossa disponibilidade e a nossa obediência ao Espírito Santo. Além disso, trata-se da via da santidade.

(Aos membros do Pont!ficio Conselho

para os Leigos, 12-10-82)

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A ECJR CONVERSA COM VOC~S

Muitos casais estão assumindo responsabilidades nas Equipes: casais responsáveis de equipes, de Setor ou Coordenação, e nós mesmos, a responsabilidade pelo movimento no Brasil. Julgamos, pois, oportuno refletirmos um pouco mais sobre essas responsabilidades, que diante de Deus têm o mesmo sentido. Qual é esse sentido? Minai, por que tantos casais responsáveis no movimento? O sentido e o por que da responsabilidade - dois pontos importantes para refletirmos, a fim de melhor a desempenharmos. O sentido: Ser responsável é ter sido escolhido para uma missão, para um serviço aos outros, ou melhor, para um serviço a Deus através do outro, para ser colaboradores de Deus. É uma tarefa confiada por Deus, e somente na união com Ele poderá ser levada a !o-om termo. "Pela prática sincera da caridade, cresçamos, em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo. É por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando sua plena edificação na caridade." (Ef. 4, 15-16) É

preciso, pois:

- Não nos julgarmos indispensáveis. Deus quer precisar de nós para ajudá-lo a realizar seu plano. Somos pois simples servidores de Deus através dos irmãos. Assim, não é a nossa vontade que importa, mas a vontade de Deus. Devemos ser intérpretes dessa vontade. - Ter espírito de servo. "Todavia, eu estou no meio de como aquele que serve." (Lc. 22, 27). Servir humildemente, amor, gratuitamente, sem esperar retorno. "Logo, se eu, vosso nhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos assim façais também vós." (J o. 13, 14-15) .

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vós por Sepés fiz ,


- Ter consciência de nossa fraqueza e confiar no Senhor. É Ele que torna possível aquilo que nos pede para fazer. "Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Porque, quando me sinto fraco, então é que sou forte." (li Cor. 12, 9-10 b). O porque: As Equipes de Nossa Senhora existem para nos ajudar a caminhar para a perfeição à qual Cristo nos chama: "Sede perfeitos como o vosso Pai celeste · é perfeito." (Mt. 5, 48). Essa perfeição a que somos chamados é a perfeição do amor, que nos faz mais coerentes em nossa vida pessoal, mais generosos em nosso relacionamento com o outro e mais responsáveis quanto à vida na Igreja e na sociedade. É esse o grande objetivo das Equipes, para o qual tudo deve estar voltado. Há sempre o perigo de nos desviarmos dele, pois a ·caminhada não é fáéil. É mesmo cheia de tropeços e desânimos. Requer um esforço contínuo.

Para melhor cumprir a sua tarefa de nos ajudar, o movimento foi se estruturando. Essa estrutura não existiu, pois, a priori, mas foi sendo criada para atender às necessidades, conforme essas foram sendo sentidas. Assim, foi surgindo a necessidade de um casal que respondesse por um pequeno grupo (de casais, de equipes, de Setores, etc.) frente ao objetivo. Um casal totalmente voltado para esse objetivo, que conheça bem as . necessidades dos casais sob sua responsabilidade e os meios que o movimento oferece para ajudá-los. Um casal que esteja, como São Paulo, disposto a, noite e dia, ter o coraçãc voltado para seus companheiros. "Vós sabeis como não tenho n'egligenciado, como não tenho ocultado coisa alguma que vos podia ser util" (At. 20, 20 c) . Peçamos a Deus que disponha os nossos ·corações para sermos receptivos às suas Graças, para que habite em nós a Sua força, a fim de que nossa atuação de resptmsável se converta num grande serviço, não apenas aos casais e às equipes, mas à Igreja, através de uma maior e mais generosa atuação de nossos companheiros.

Cidinha e- Igar

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DEIXAR-SE CONDUZIR PELA PALAVRA DE DEUS

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Lemos no evangelho de São João · que, -certo dia, dois discí'-' pulos, por mera curiosidade, "para verem onde o Senhor morava" ~Jo. ·1, · 38), foram até sua casa, ficando · todo 6 dia com Ele . .E, nesse diálogo ..espontâneo, amigo e iilformal com o Mestre, realizou-se o encontro da graça e do chamado de Deus. E João e André ficaram com Jesus, não apenas aquele dia, mas a vida inteira. Para Deus, nada é insignificante. Quando tocado por sua mão, tudo se transfigura. E o coração dos que se .deixam tocar por Ele ·transforma-se à magia do seu amor. É

o Espírito Santo que conduz a Igreja. ·

É Ele também que conduz a cada um de nós pelos caminhos ·. da santificação.

Deixar-se orientar por Deus; permitir que a sua graça transformadora haja em nós: Eis o que significa a verdadeira sabedoria. Para isso, duas coisas são fundamentais: a oração e a meditação. Seja qual for nosso estado de vida, nada se consegue, na área espiritual, sem o auxílio do Senhor. "Sem mim nada podeis fazer", diz o Cristo (cf. Jo. 15, 5). Convencer-se profundamente que, "sem o contato com o Senhor, não se consegue uma evangelização convincente e perseverante" (Puebla, 726), muito menos uma santificação pessoal que se transforma em testemunho. -6 · ~


Nossa oração deve "converter-se em atitude de vida, de tal sorte que oração e vida se enriqueça11!- ~utuamentle: oração q~e conduza a comprometer-se na vida real, e vivência da realidade que exija momentos fortes de oração" (Puebla, 727) . A "integração entre vida e ora~o" (cf. 729), num perfeito equilíhrio entre nossas atividades pastorais e nosso espaço de intimidade com o Senhor é, ·sem dúvida, o que mais precisamos conseguir na vida. Nem horizontalismo, nem verticalismo. A integração é a sabedoria. - A meditação da Palavra de Deus, confrontando nossa vida com os apelos do Evangelho, será um constante dinamismo a nos ip1pulsionar para () próximo .e para Deus. - Nortear nossa vida pelo universo. de . valores apresentado. pór Cristo nas Bem-aventuranças. ' : - Questionar-nos continuamente a de ·nosso testemunho.

respe~to

da autenticidade .

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Iluminar nossas decisões pessoais e c.omunitárias a partir da cosmovisão que o Evangelho nferece, eis para onde nos . deve conduzir a meditação encarnada da Palavra do Senhor. Palavra que interpela.

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Palavra que santifica. Palavra que compromete.

Pe. Carlos A. Schmiti r '

<Do livro ''Pais conscientes, filhos realiZados - O ruturo começa em casa ~ Reflexões. Vocacionals")

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COM -A PALAVRA Ó~ CONSELHEIROS ESPIRITUAIS

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-A DIMENSÃO EUCARISTICA DA PARTILHA

Estamos convencidos de que os meios de aperfeiçoamento são o termômetro de nossas Equipes. A partilha desses esforços, significando entre-ajuda aos nossos irmãos de equipe, pode determinar o seu crescimento e equilíbrio. Esses instrumentos que nos são oferecidos pelo Movimento e · que nos levam gradativamente à santidade, longe de serem vistos como exigências ou "cobrança" devem ser encarados como verdadeiros dons: são oportunidades que damos a Deus para ficar em nosso meio durante todo o mês. Notadamente quando esses meios chegam a significar sacrifício e r enúncia, justamente aí a mão carinhosa de Deus nos é estendida para nos acolher. Diante dEle somos crianças e é preciso agir como elas: sem malícia ou desconfiança, sem querer parecer o que não somos. Partilha é sinônimo de comunhão. E dentro de uma equipe, onde todos se utilizam dos mesmos instrumentos de santificação, nada mais justo do que um ajudar o outro a "manejar melhor" sua "ferramenta de trabalho". Ela não está colocada na reunião mensal como uma prestação de contas a ninguém. É, antes e acima de tudo, oportunidade de estendermos a mão, a partir dos meios que melhor pudemos viver durante o mês, em favor daquele que está encontrando dificuldade. Não nos utilizamos dos meios de aperfeiçoamento para ter "o que dizer" na reunião de equipe. Esses meios existem para serem vividos cada dia e, a partir da experiência verificada, ajudar o irmão. Por isso se chama partilha. . O ideal do movimento, "Vem e segue-me", deve igualmente ser lembrado. Seguir o Cristo exige um esforço pessoal e comunitário. Se Ele desejou ficar entre nós na Eucaristia, maior prova de seu amor, sua doação ma10r, t ambém nós temos que nos doar ao irmão mais próximo. A partilha c.omeça em casa, na ajuda .nútua dos cônjuges. E especialmente os filhos significam muito - 8 - --


para esse aprimoramento. No entanto, se olharmps com olhos de esperança e percorrermos, em atitude de oração, as páginas da Sagrada Escritura, vamos encontrar no templo de Jerusalém e na própria experiência comunitária do Povo de Israel exemplos edificantes de todos os meios de aperfeiçoamento que são propostos pelo Movimento. Isto posto, irmãos tão queridos, pensemos na dimensão euca~ rística da partilha. Pelas palavras do salmo 133: "hine matov umanahim xevet ahim gam yahad" .= "Como é bom e agradável os irmãos se sentarem juntos", procuremos nos lembrar sempre de que somos responsáveis uns pelos outros.

Diácono Ricardo Dias Neto Conselheiro Espiritual da Equipe 4 de Sorocaba

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A família que escuta e vive a Palavra da Deus transforma ·d mundo.

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CAR'TA DA EQUIPE RESPONSAVEL

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Caros amigos, ·:·.:·· As orientações dadas em Rom~ par~baliz~r a nova etapa que se fixaram as Equipes de Nossa Senhora necessita de- alg~a ex; plicitação. Bem o ilustra o seguinte diálogo com um casal a res~ peito da orientação deste ano. '.: __:_ Se entendez.nos direito, .temos ·~a o:tjentação geral - "Sé <:Phhecesses .(> Dom de Deus" ....:..., que 'abrange os próximos cinco ános, e cuja ·primeii'a f~se-:- "Ma~rirriô11io . ~ucaristia" - comeÇ~ a ser abordada este ailb. ·· · · ·

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-Exato. - Por que concentrar à nossa 'atenção sobre o dom de Deus na, Eucaristia? - Não só na Eucaristia, mas em "Matrimônio e Eucaristia"! Tudo é dom de Deus em nossa vida. E esse dom atinge-nos de várias maneiras. Contudo, para que a orientação tivesse mais possibilidades de penetrar na nossa existência, importava restringir-lhe o campo. Foi o que se fez , na linha do Movimento, ao centrar a reflexão sobre o dom de Deus no casamento e na Eucaristia. O sacramento da aliança conjugal alimenta-se no sacramento da "nova e eterna Aliança". - Na prática, o Movimento nos pede para irmos mais freqüentemente à missa e, se possível, juntos, marido e mulher? - Não obrigatoriamente! E não em primeiro lugar! Somente como conseqüência de uma redescoberta da importância da Eucaristia na nossa vida de cristãos casados. É a essa redescoberta que as Equipes nos convidam, na esperança de que ela nos levará a nos aproximar com mais freqüência da Eucaristia e, principalmente, a viver uma verdadeira "vida eucarística". -

O que é que vocês entendem por "vida eucarística"?

- Vida cristã, simplesmente. Isto é, vida em Cristo. Alimentada, deliberada e conscientemente, na Eucaristia, na qual Cristo se nos dá para nos assimilar a Ele. - Entrevemos todo o alcance dessa orientação, mas poderiam esclarecê-la melhor? - Todos nós temos a tendência de reduzir a vida cristã a uma moral e a uma prática. Ora, ela é, antes de tudo, uma mística. Não tenhamos medo desta palavra. Ela quer dizer: uma yjda com D~us. EstamÇ>s no plano da vida, de uma vida de amor, a mesma do Pai, do Filho e do Espírito. É Cristo que nos comur -10-


nica esta vida. Assim, pouco a pouco (somos seres a caminho), a nossa vida torna-se a Sua vida, uma vida cristã, no sentido pleno da palavra. Esta vida de Cristo, que nos penetra por muitos canais, chega-nos mais abundantemente pela Eucaristia, de forma que podemos chamá-la "vida eucarística". Sabemos como o alimento é indispensável à nossa vida. Na Eucaristia, Cristo se nos dá como alimento. Há, no entanto, uma inversão do processo natural. Nós não assimilamos este alimento (espiritualmente falando): é ele que nos assimila. . . O Corpo e o Sangue de Cristo apoderam-se do nosso ser total, para nos fazer passar progressivamente - até no nosso corpo - para o mundo da ressurreição. Porquanto é Cristo ressuscitado que recebemos. Esta passagem é uma páscoa. - Vocês não se referem mais ao casal ... - O que acabamos de dizer vale para cada uni de nós, mas vale também para cada casal, cujo amor é da mesma forma trémsformado, pouco a pouco, no próprio amor de Cristo pela sua Igreja. É o que significa o sacramento do matrimônio, é o que ele opera durante toda a vida ~os cristãos casados que se entregam a essa ação de Cristo. Há também uma Páscoa do amor do · casal, uma passagem não só do captativo ao ablativo, mas do humano ao divino. Nada menos. E isto se processa pela irradiação, em nós, de Cristo na Eucaristia. - E quais serão as conseqüências disto? - Toda a nossa vida, e a nossa vida de casal, na sua realidade mais cotidiana, tende a adotar as atitudes de Cristo na Eucaristia: seu amor filial pelo Pai e seu amor salvador pelos homens. Esta vida torna-se, indissoluvelmente, adoração, louvor, ação de graças a Deus e serviço ativo e generoso aos homens, .!lO lugar onde vivemos. Tal é o objetivo de cada um de nós individualmente e também como casal. É evidente que ultrapassa totalmente as nossas forças e que só Cristo pode realizá-lo em nós, pelo seu Espírito. Daí a nossa fome da Eucaristia. . . · - Quer dizer que vocês vão muito à missa ... - Sempre que podemos, conforme o nosso trabalho e os hor;írios da paróquia. Não tantas vezes juntos quanto desejaríamos, mas acreditamos que, sempre que um dos dois participa da Eu... caristia, é o casal que dela participa ... . A cqnversa então -derivou para outros assuntos . .Compete .a vocês agora, como casal ou em equipe, dar-lhe prosseguimento! Com a nossa fraterna amizade,

Jean e Annick Allemand . -11-


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O EACRE DA REGIAO PARANA

Realizado nas. excelentes instalações da Pontifícia Universidade Católica, presentes, além dos casais responsáveis, muitos c9ri~~ selheiros espirituais, e a novidade: ós casais de ligação. · ·•' Nosso querido Frei Estevão proferiu uma palestr~ sobre -"Matrimônio · e Eucaristia" que determinou o clima espiritual do -Encontro, marcando para muitos uma etapa decisiva em suas vidas:· A palestra do Rubens, muito objetiva e prática, ··foi bastante comentada pelos equipistas. Por ocasião de um painel onde foram abordados, além dos meios de aperfeiçoamento, o relacionamento casal responsável e conselheiro espiritual, destacaram-se ~s palavras de Frei Paulo André (dominicano, futuro sacerdote), filho do casal Hélene e. Peter, que deu magnífico testemunho de sua vocação -:- contando que desabrochou no seio da família, onde seus pais a alimentaram, sem forçar, apenas procurando viver um cristianismo autêntiCo·, fortemente alicerçado na oração familiar. Foi um momento comovente. Saliente-se o excelente trabalho realizado junto aos casais de ligação, que tiveram reunião formativa específica, onde lhes foi lembrada a essência de s.u a missão, espelhada no protótipo do ligação: São Paulo. Seguiu-se coparticipação de experiências, dúvi-. das e dificuldades, tudo mUito positivo. Observou-se bastante auxílio mútuo, principalmente entre os casais que tiveram reuniões de equipe em suas casas. Quanto à liturgia, agradou bastante. No plenário final , prestou-se homenagem aos casais da Equipe 2 de Curitiba, pelos seus 25 anos de' Movimento. · · . A missa de sábado çqntou com a pr~sença de D. Pedro Fedalto, Arcebispo de Curitiba, que teve palavras carinhosas para: com 9S? "asais e o Movimento. Disse textualmente Sua Excelência: "V::tle a pena ser equipista! É importante que os casais . se unam nas Equipes de Nossa Senhora. Aí crescem mutuamente casais e sacerdotes~·. ··. ': 12- .


Realmente, os Conselheiros presentes deram testemunhos muito positivos quanto ao seu crescimento depois que começaram a trabalhar com as Equipes de Nossa Senhora. "Achamos, escrevem Ita e José, que podemos ficar otimistas, porque temos casais equipistas que são verdadeiros apóstolos do Reino de Deus, lutando em prol das famílias e de outras causas humanas".

• Alguns testemunhos dos Conselheiros Espirituais: - A equipe, para mim, é minha mão direita.

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Com os equipistas tenho mais intimidade e liberdade.

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Os equipistas participam das minhas alegrias e tristezas. Os equipistas são meus mais chegados conselheiros.

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Na equipe, sinto-me em casa, junto com os meus irmãos. Contato mais familiar e apoio, procuro na equipe.

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Considero a equipe como uma coluna muito forte da paróquia. A equipe é para mim "pau para toda obra". Em momentos de solidão (que até hoje não conheci), a equipe seria meu refúgio. Espero mais e exijo mais da equipe e dos equipistas: eles também fazem isto comigo.

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Sem a equipe, minha paróquia e também o vigário estariam mais pobres e fracos.

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Todo o meu trabalho em favor da equipe, até hoje, sempre foi recompensado.

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"UM ENCONTRO MAGNfFICO"

Mais do que impecável, uma organização fabulosa... Uma retaguarda de orações, vigílias, alavancas, "que foram, sem sorubra de dúvida, a força do Espírito de Deus impulsionando cada um dos participantes"... Espírito criativo, disponibilidade, alegria, doação, e muito Amor. . . Tempo forte logo na abertura, as palavras de D. Constantino Amstalden ... No encerramento, o lugar de honra a Maria, no "Magnificat" de Buxtehude (séc. 17), com o coral dos Encontristas sob a regência do Pe. Bruno .. . Mensagens carinhosas em todos os momentos, até nas refeições .. . Foram alguns dos ingredientes que fizeram, novamente, do EACRE de São Carlos um marco inesquecível na vida do Movimento. "Foi um encontro magnífico, em que as Equipes de Nossa Senhora viveram intensamente a fraternidade cristã, preparando-se os novos casais responsáveis para a missão apostólica que os espera."

o Trecho principal da mensagem de D. Constantino: "É necessário qwe a Família bem formada na fé e na vwervcia do Evangelho se torne apóstola das outras famílias, em espe· cial das mais carentes de bens materiais.

Notai bem: vós sois os responsáveis por elas. A Igreja as ervtrega ao vosso zelo apostólico. Abri pois os vossos corações às luzes do Espírito para que este EACRE, sob o amparo de Maria, seja como novo Pentecostes para a vida de nossas famílias."

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"FELIZES IRMAOS EQUIPIST AS DE SAO CARLOS"

"Se tu conhecesses o dom de Deus ... " Quem ainda não havia sentido o Dom de Deus seguramente o percebeu em algum momento dos dias maravilhosos que passamos no EACRE de São Carlos. Desde a recepção ao coral das crianças, desde a vigília à hospitalidade dos que receberam os irmãos em suas casas, desde o atendimento nos horários das refeições até o clímax da missa de despedida, com o magnífico coral dos Encontristas, desde o atendimento médico-farmacêutico até a expressão de felicidade, de vivência musical do maestro Wilson Cury, tudo transcorreu num clima em que se podia notar sem dúvida alguma o Dom de Deus. Felizes os irmãos equipistas de São Carlos, porque alcançaram um nível de espiritualidade que irradia tanto amor - amor que, em sua essência, é Dom de Deus. Almas musicais, sorrisos que transmitem felicidade interior, abraços fraternos que traduzem doação plena, é isto que encontramos em todos os irmãos equipistas de São Carlos. E com eles estamos aprendendo, subindo, degrau por degrau, a escada que nos levará à meta comum do cristão: Cristo. Obrigado, irmãos felizes de São Carlos, não apenas pela parte material ou humana do que nos deram, mas sobretudo pela lição de AMOR que nos transmitiram em todas as horas, em todos os minutos daqueles dois dias memoráveis que passamos juntos e nos t(lrnamos feliz-es também, porque fomos irradiados pela felicidade <;le seus corações, queridos irmãos equipistas de São Carlos!

Pelo Setor Valinhos-Vinhedo,

Adalgisa e Fabri -15-


A CATASTROFE E O EACRE DE SANTA CATARINA

Velho provérbio popular, bastante difundido e aceito como "verdade" em Santa Catarina, e que revela a fé de seu povo, diz: "Deus escreve certo por linhas tortas". Quando começamos a despertar do pesadelo por que passamos dada a impossibilidade de irmos até Lages para realizarmos o nosso EACRE 83 - estávamos com passagens de ônibus no dia 7 quando a Rodoviária nos informou que o ônibus não partiria devido ao bloqueio de todas as rodovias e caminhos, pois a enchente, que se iniciara dia 5, tomava proporções aterradoras, veio-nos a frustração e o estupor pela constatação da nossa impotência em realizarmos qualquer coisa para alterar a situação, pois estávamos diante da maior cheia da história do Estado. . Também nos veio à mente a recordação de que o término do EACRE de 1974, realizado em Florianópolis, foi marcado pela catástrofe de Tubarão, que manteve ilhada, entre Porto Alegre e Florianópolis, a delegação gaúcha ... Nessas ocasiões, devemos nos questionar: O que estará o Senhor desejando? qual o aviso que o acontecimento revela? Paulo e Rosa, Casal responsável do Setor de Blumenau, no contato com eles mantido por volta das 12 horas do dia 6 (a partir daí novo contato só foi possível no dia 22 - o isolamento foi total), informavam-nos que a situação de sua cidade (180. 000 habitantes) era apavorante e que os responsáveis das equipes não teriam condições de comparecer ao EACRE, mesmo porque, já naquele momento, o contato com eles não era mais possível. . Itajaí._ diziam-nos Air e Wanir no dia 7, também não teria mais como ir a Lages. Por último, aflitos, Nilza e Victor Hugo, Coordenadores do EACRE, lá de Lages (com eles o contato telefônico sempre foi possível) , pediam-nos para transferir o EACRE. Não havia mesmo out.r a alternativa! Não nos fugia do pensamento o questionamento: o que estará Deus querendo com esta provação? "Deus faz, o homem desfaz", diz outro provérbio popular, que também é conhecido em sentido

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inverso. O homem, com seu esforço e com os dons que Deus lhe dá, tem o poder de reconstruir quase tudo. Em certas ocasiões, com base nas experiências anteriormente colhidas em situações semelhantes, é capaz de se reerguer dos escombros, de reconstruir o destroçado, em condições melhores do que antes. Será este o ânimo dos catarinenses após ver, durante um mês, tudo submerso nas águas incontroláveis? O que resta da coragem, da energia, da animação e do apoio de irmãos? Eis o que nossos irmãos estão, de momento, mais precisando. Auxílio material e solidariedade vieram abundantes de todo o Brasil, porém, passam ligeiro. O futuro, como fica? Os Setores A, B e C de Florianópolis, reunidos conosco, decidiram encetar duas linhas de trabalho. A primeira, de orações, especialmente durante os quinze dias da enchente (que agora, no momento em que escrevemos, retorna implacavelmente), quando ficamos sem comunicações. Em rápido contato, mantido com o auxílio de rádio-amador, com o José Rogério, da Equipe 4 de Blumenau, empenhado na Comissão Central de Atendimento às Vítimas, recebemos o apelo: "Preocupações materiais, de momento, estão equacionadas. Pensem em nós quando as águas baixarem . . . Depois é que precisaremos de apoio, conforto, energia e amor continuamente. Depois é que não poderemos ser esquecidos." Assim, na segunda linha, seguindo este apelo, organizamos um programa de longo alcance: cada equipe de Florianópolis assumilia uma de Blumenau, Gaspar, Navegantes ou Itajaí e, casal por casal, de casal irmão para casal irmão, procurar-se-ia emprestar-lhes um apoio e um amor contínuos, de forma a incentivá-los no reencontro com Deus e com a reconstrução. O trabalho foi iniciado com muita vontade e dedicação. Nem todos os casais equipistas foram diretamente atingidos pelas cheias, especialmente em Itajaí, onde o grande drama é o vivido pelas comunidades pobres. Nos contatos já mantidos (como por exemplo da Equipe 14 de Florianópolis para a Equipe 3 de Itajaí) , descobriu-se que muitos equipistas que nada sofreram poderiam ser instrumentos, cabeças de ponte, para alcançarmos as comunidades carentes. É um trabalho de fôlego e que já passou por uma reunião de avaliação, onde se pôde constatar o que já foi feito, retificar caminhos e tomar muitos depoimentos - alguns dramáticos e comoventes, como no momento em que os casais atingidos, ao receberem o primeiro contato telefônico, caiam em prantos, num misto de dor e de alegria por serem lembrados e apoiados.

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Enfim, o que se deseja é servir de instrumento de canalização da fortaleza do Espírito Santo do Senhor, transferindo aos flagelados o poder dAquele que é o Coosolador e. o Edificador, o B.econstrutor e o Restaurador. . É um trabalho aberto a todos os equipistas do Brasil. Adote um casal equipista de Santa Catarina durante um ano. Especialmente de Blumenau, Itajaí, Gaspar, Navegantes, Lages e Curiti-· barros. Ajude-o a reencontrar os gestos e os dons de Deus. Rear.ime-o no trabalho de recomeçar material e espiritualmente a vida. Reze por ele. Dê-lhe o conforto e o consolo de um amigo que deseja estar sempre ao seu lado.

Façamos que mais um provérbio popul ar se concretize na prática: "Depois da tempestade, vem a bonança".

• Irany e Nereu Casal Responsável pela Região Santa Catarina

Diante dessas colocações, e em vista das cartas recebidas, tanto do Setor de Blumenau como da Coordenação de Itajaí- cartas áe equipistas que sofrer am consideráveis prejuízos (alguns deles a ponto de terem perdido tJudo), a ECIR decidiu encetar uma campanha visando dar todo o apoio de que os nossos irmãos necessitam.

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NO RIO GRANDE DO SUL

Caxias do Sul hospedou nos dias 9 e 10 de julho os casais responsáveis de equipe da Região Rio Grande do Sul. Em que pese as dificuldades ocasionadas pela chuva que àquela altura já castigava o Estado sulino, todos os responsáveis estiveram presentes. Alguns deles vieram de bem longe. Outro registro digno de destaque foi o comparecimento de 22 conselheiros espirituais. Esta introdução nos conduz ao cerne da questão. O significado de um EACRE. Muito acima de uma informação destinada àqueles que foram eleitos para casal responsável, esses encontros são momentos extremamente importantes para o Movimento. Fortemente alicerçados em liturgias próprias, amparadas pelas caàeias de oração de muitos, proporcionam tempos privilegiados de vivência cristã e eclesial. Durante aqueles dois dias convivem, em clima de verdadeira comunidade cristã, casais, filhos de equipistas, sacerdotes e a própria hierarquia. ,

Só para ilustrar, destacamos dois acontecimentos desse EACRE de Caxias do Sul. O programa previa um painel onde um dos expositores seria o Pe. Mario Pedrotti, que já foi conselheiro espiritual e hoje responde por um dos seminários locais. Deveria falar sobre o Ano Vocacional. Fê-lo com tal felicidade que, ao final, foi procurado por dois casais que lhe pediram reserva de lugar para 2 filhos desejosos de seguir a vocação sacerdotal. Foi tão pronta a resposta às colocações feitas pelo Pe. Mario que não pudemos deixar de ver ali uma manifestação do Espírito Santo. O último ato do Encontro foi a Santa Missa. Presidiu a celebração D. Paulo Moretto, bispo de Caxias, filho de um casal equipista. Na homilia, a propósito do tema do Encontro, uDom

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de Deus: Eucaristia e Matrimônio" Sua Excelência transmitiu-nos uma mensagem inesquecível, principalmente porque suas palavras vinham de alguém que foi testemunha da vivência de seus pais equipistas. Disse-nos D. Paulo que o mistério da Eucaristia é o mistéri'o central enquanto caminhamos, é ponto de chegada e ponto de part~da. É alimento, pois:

-Leva à união com o Senhor. Um valor que via nas ENS é a fidelidade aos meios e igual clareza com os fins, levando-nos à gloriosa liberdade dos filhos de Deus. A nossa fidelidade tem que ser honesta, a vida não é matemática e não devemos transfor·m ar meios em fins. O fim é maior união a Deus e aos irmãos.

. f

- Faz a Igreja, vivida em dimensões amplas, com sensibilidade para a teologia da Igreja Particular. Foi nas ENS que ele viu. um estudo mais profundo da pequena Igreja. Isto tudo requer fidelidade ao conjunto pastoral da Diocese e da Paróquia, pois é ali que a Igreja acontece. - É celebrada para a vida do mundo, é vivida na família, no trabalho, no complexo contexto econômico-social para a transforr>tação deste mundo. Presidida pelo presbítero, 'mas vivida pela comunidade cristã, é a mesa da família. Somos movimentos de leigos, é importante a presença do presbítero e isto faz muito bem aos sacerdotes. Contudo, não podemos absorver os presbíteros, não é bom criar certos tipos de dependência.

Foi o ponto final. Acolhemos a palavra de Deus a nós dirigida naquele instante por um Bispo que nos falava de uma maneira muito particular, a palavra de alguém que contemplou a vida do Movimento de um outro ângulo.

Dirce e Rubens

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I

{


EM

BAURU

O Espírito Santo soprou forte sobre o EACRE realizado em Bauru, fazendo coroar de pleno êxito um trabalho iniciado vários meses antes. Quando Neusa e Orlando, responsáveis pelo Setor, consultaram as equipes sobre a possibilidade da realização do Encontro em Bauru, todos nós, como os discípulos de Emaús, sentimos "arder os nossos corações" e, em uníssono, assumimos esse compromisso. A partir de então, começamos a viver o "clima do EACRE", primeiro pelas orações e depois nos trabalhos preparatórios. Vivemos momentos de expectativa, de muita comunhão e participação. A responsabilidade assumida e compartilhada por todos tornou a caminhada amena, porque sentíamos que o próprio Cristo caminhava conosco! Chegado o grande dia, pudemos saborear, minuto a minuto, toda a riqueza desse Encontro de irmãos, fraternalmente unidos no mesmo amor a Cristo e a Maria. O Espírito Santo esteve conosco sempre, abrindo o coração de todos para as maravilhas do amor de Cristo e falando-nos através dos palestrantes. Soprou forte, nas palavras inspiradas de Ana Maria e João Carlos (Batatais), quando abordaram, com muita segurança, "A missão apostólica do casal responsável", um tema bem antigo colocado em roupagem nova. Destacamos: "As Equipes de Nossa Senhora deve-m realizar a caminhada do crente, vivendo uma fé adulta, na esperança, na confiança em Deus e no engajamento na vida da Igreja; vivendo uma fé encarnada, no dia a dia, no amor que devotamos a Deus e aos irmãos e, sobretudo, vivendo essa f!!. dentro do carisma das ENS: através da vivência do Sacramento do matrimônio, numa autêntica caminhada a dois, na coparticipação desse Sacramento co-m a equipe e no testemunho dele na Igreja, abrindo-se para outras famílias. Ainda mais, por ser um Movimento mariano, deve ser fiel ao espírito de Maria que se revela no Magnificat, na sua fidelidade ao amor do Pai, no seu comprometimento com os pobres, os oprimidos e com a justiça". Ana Maria e João Carlos foram também felicíssimos quando conseguiram nos mostrar que os meios de aperfeiçoamento propostos pelo Movimento decorrem essencialmente da escuta assídua da Palavra e de sua meditação, "porque a Palavra de Deus é transformadora" e devemos testemunhá-la na vivência daqueles pontos de apoio. A partir desse embasamento, e numa dimensão apostólica, foram colocadas as responsabilidades do casal responsável, com todas as suas implicações.

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- Soprou forte, nas palavras de Heloisa e Ary (Ribeirão Preto), situando o casal de ligação como "um elo que vive e convive com as equipes, animando-as a abrirem-se ao amor de Cristo". - Soprou forte, nas palavras de Maria Benedita e Toninha (Garça), que sobre a reunião de equipe, mais do que uma palestra, nos deram verdadeiro testemunho de vivência equipista, emocionando-nos e revelando-nos o verdadeiro sentido da Partilha e da coparticipação. - Soprou forte, nas palavras de D. Cândido Padin, nosso Bispo, mostrando-nos que o "dom de Deus surge na pessoa do irmão: é o Cristo-irmão que realiza o dom de Deus; é o Cristo no irmão que o completa e, no matrimônio, esse dom se realiza pela en-

trega mútua". - Soprou forte, nos grupos de coparticipação, onde as experiências de cada equipe foram compartilhadas e divididas com amor e, por isso mesmo, multiplicadas nos seus frutos. • - Soprou forte, nas Celebrações Eucarísticas, nas orações da noite e da manhã, que mantiveram as atividades do Encontro num clima de muita espiritualidade e recolhimento e nos cânticos do coral das crianças e jovens, filhos dos equipistas, na recepção aos irmãos de outras cidades e durante as Celebrações. Enfim, o Espírito Santo soprou forte na abundante colheita de bênçãos deste Encontro, proporcionando um crescimento da fraternidade entre todos os irmãos equipistas, irmanados nas mesmas preocupações, compartilhando as mesmas esperanças, trabalhando unidos na construção do Reino. Foi oportunidade de uma abertura maior, propiciando a participação de outros irmãos em Cristo, não pertencentes ao Movimento, que nos deram um testemunho de hospitalidade evangélica, acolhendo em seus lares muitos de nossos irmãos equipistas de outras cidades. Enorme quantidade de alavancas - orações, sacrifícios, vigílias - nos chegaram de todos, inclusive não-equipistas, mostrando aquele entrosamento tão desejado entre o povo de Deus. A parte mais importante do trabalho realizado sabemos ter sido a presença de Deus no meio de nós, pois, com a sua força, tudo pode a nossa fraqueza. A Ele e à Sua Mãe Santíssima, o nosso obrigado e que Eles completem no coração de cada um dos participantes o desejo de serem apóstolos em suas equipes e na Igreja.

Alba e Braz Equipe 8 de Bauru

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RIO DE JANEIRO, EACRE 83

Eram ao todo 176 casais e 4 viúvas - entre os quais ·29 casais de ligação e pilotos, mais de 20 conselheiros espirituais (12 deles permaneceram durante todo o Encontro). Na equipe de servi-ço, 53 casais, 2 viúvas, 15 jovens filhos de equipistas e 2 jovens filhos de casais do E.C.C. Além dos casais da Região Rio, participaram os de Fortaleza, Recife, Juiz de Fora, Petrópolis, Friburgo, Valença, Varginha (MG) e um casal de Belo Horizonte (os demais d.e Belo Horizonte e Pirapora, os de Belém e de Brasília participaram do EACRE realizado em Brasília na mesma data.) Palestras: "A estrutura do Movimento a serviço do casal equipista" (Maria Alice e Adelson); "Se conhecesses o Dom de Deus - Matrimônio e Eucaristia" (Frei Almir Ribeiro Guimarães, agora Conselheiro do Setor de Niterói); "A missão do casal responsável de equipe" (Mary-Nize e Sérgio).

Após a paraliturgia da manhã de domingo, houve uma mensagem comovente do Jefferson (Equipe 39, Ilha do Governador), que na sua cadeira de rodas, com um sorriso nos lábios, falou sobre a "Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes" e as dificuldades que esses encontram para participar da vida social e religiosa. -23-


Muito importante foi a presença de D. José Palmeira Lessa, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e Responsável pela Pastoral Familiar, que veio em visita pastoral e representando D. Eugênio Sales, e disse palavras que animam a continuar a caminhada: falou da esperança de ver que de cada crise histórica permanece um "resto" que atua e revigora, e os casais ali reunidos representavam o "resto" para o bem da família brasileira. · No "grupão" da Região Rio, houve a passagem de alguns setores e coordenações para novos casais responsáveis. Daisy e Adolfo assumiram sua nova função de casal adjunto do responsável regional. O desmembramento do Setor E em E e F foi comovente: assumiram o Setor E, com emoção e entre lágrimas, Aparecida e Souza, enquanto Therezinha e Thiago passaram para a responsabilidade do F. Destaque para a liturgia, preparada por Dulcemar e Hyperydes com o carinho de sempre: um Ato Penitenciai no sábado e, especialmente, o "Ecce, Fiat, Magnificat", que, como em Roma, emocionou a todos! Nos cantos e orações foram lembrados o Ano Santo, o Ano Vocacional e o Dia do Papa. Durante a celebração eucarística de encerramento, concelebrada por quatorze Conselheiros, o Pe. Edmundo Leschnhack, Conselheiro do Setor de Juiz d€' Fora e Conselheiro Espiritual do EACRE, deu o último recado na homilia.

"Dias após o EACRE, escrevem Mary-Nize e Sérgio, estivemos participando do [.0 Congresso da Pastoral da Saúde, onde o Jefferson, mais uma vez, deu "aquele recado" de espiritualidade e vivência humana. Entre outras coisas lindas, disse que o "ser equipista" para ele foi o abrir do caminho para Deus, e que, como São Francisco se tornou um pobre para viver com eles e compreendê-los, ele, Jefferson, também pela vontade do Pai, tornou-se um paralítico para compreendê-los e viver com eles e para eles, no grande apostolado a que o levaram as ENS. Foi emocionante. (No EACRE. muitos choraram.) Talvez não saibam como ele ficou paralítico? Ao perceber que no "pilotis" do seu prédio um rapazola tentava roubar um carro, que nem era dele, tentou dialogar com o jovem e este atirou, a 1 m. de distância. A bala atingiu a espinha. No Hospital, na enfermaria (de 4 leitos), tinha a seu lado um jovem de 23 anos que tentara o suicídio na ponte Rio-Niterói e estava nas mesmas condições físicas. Pois o Jefferson converteu-o. Lá mesmo o rapaz fez a Primeira Comunhão e o Bispo D. Gregory lá o crismou. Reuniões da sua equipe foram feitas diversas vezes nessa enfermaria, e o resultado: quantos notaram que "algo muito especial" ali acontecia. . . Muitos, e entre eles a Diretora, converteram-se. Acaso não são os caminhos de Deus?"

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"FRATERNIDADE CRISTA DE DOENTES E DEFICIENTES"

A Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes - FCD é um movimento de apostolado leigo que reúne doentes e deficientes físicos que, depois de conscientizados, se tornam evangelizadores através do espírito de superação, equilíbrio, solidariedade e testemunho de otimismo; fundamenta-se em fortes laços de amizade e, por meio de contatos pessoais, procura chegar à promoção integral de todos os doentes. Além das pessoas doentes "responsáveis", fazem parte pessoas sãs, "colaboradores", que os ajudam, e são orientados por Sacerdotes, Pastores ou Irmãs "Conselheiros". Fundamenta-se no Amor Evangélico: o Evangelho é sua diretriz e sua fonte de vida. Vivencia-o através de contatos pessoais, \·isitas, correspondência, telefonemas, cultivo de amizade- criam-se laços profundos de amor autêntico, gratuito e desinteressado - e conscientiza o doente de seus valores. O cultivo da amizade faz com que o doente não se sinta só, entregue ao pessimismo e à solidão. O relacionamento amigo vai transformando a vida do doente. o A FCD nasceu de uma forma muito simples. Era o ano de 1S42. Monsenhor Henri François, SJ, após ferimentos de guerra estava recolhido a um hospital entre muitos outros feridos. Descobriu que apesar de ferido e doente ainda lhe restavam forças suficientes para continuar o seu apostolado de "levar a Boa Nova aos irmãos". Agora, porém, havia uma diferença - ele falaria de igual para igual com os que sofrem. Em 1956, o movimento já toma um rumo internacional. Inicia na Suíça e começa a se estender por vários países da Europa. No dia 12 de junho de 1972, em São Leopoldo, RS, um pequeno grupo de doentes se reúne com o então estudante jesuíta Vicente Masipe e funda a FCD brasileira. Após seus dez anos de fundação, contenas de núcleos vivem a Fraternidade, e os fraternistas se empenham em levar sempre mais doentes à vivência do Amor Fraterno. Jefferson Caput Equipe 39 do Rio de Janeiro Endereço: Rua Monsenhor Magaldi, 490 Dha do Governador 21940 - RIO DE JANEIRO Tel.: (021) 393-9265

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EACRE 83 -

SAO JOSÉ DOS CAMPOS

Aparecida, Caçapava, Guaratinguetá, J acareí, Pindamonhangaba, Pouso Alegre, São José dos Campos e Taubaté estiveram presentes ao EACRE da Região São Paulo-Leste nos dias 2 e 3 de julho. Casais responsáveis, de ligação, pilotos e coordenadores, num total de 163 equipistas e 11 Conselheiros espirituais se reuniram num ambiente de amor cristão, espiritualidade e auxílio mútuo, engrandecidos com a presença de Nossa Senhora Aparecida, tra.zida por D. Geraldo Penido, Arcebispo de Aparecida, que participou do Encontro juntamente com D. Euzébio Scheid, Bispo de São José dos Campos. O tema "Se conhecesses o Dom de Deus" foi apresentado por D. Penido no sábado de manhã. Em seguida, !rene e Dionísio destacaram a missão do casal de ligação e do casal piloto e, à tarde, Iraci e Alceu, de Guaratinguetá, a do casal responsável de equipe. A missa de sábado foi concelebrada por cinco Conselheiros espirituais e, após o jantar, realizou-se a reunião de equipe. No domingo, após a liturgia inicial e apresentação de um áudio-visual, todos vibraram com a palestra do Pe. Genésio Murara, de São José dos Campos, sobre "O Sacramento da Penitêncía e da Reconciliação". Depois do almoço, reuniram-se os Responsáveis de Setor com seus responsáveis de equipe, ligações e pilotos, traçando as linhas de orientação para o ano equipista, ao mesmo tempo que os Conselheiros se encontravam para troca de idéias e impressões. Após a missa de encerramento, presidida por D. Euzébio e concelebrada pelos Conselheiros presentes, os casais participantes voltaram para as suas equipes com orientação firme e ânimo redobrado.

Regina e Perotti . Equipe 3 de São José doo Canpos

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HÁ UM ANO, ROMA ... Setembro marca para 400 brasileiros um grato aniversário: o da inesquecível participação nessa grande manifestação de fé e fraternidade que foi a Peregrinação das Equipes. Segue mais um testemunho, entre tantos recebidos, e algumas recordações.

Que emoção, que alegria experimentamos em contato com tantos equipistas, de tantos países! Foram dias inesquecíveis, - que fortaleceram a nossa fé e aumentaram - se preciso fosse - a nossa convicção da validade do nosso movimento. Foi maravilhoso poder conviver durante 6 dias com tantos irmãos! Em todas as cerimônias pudemos sentir que havia uma única voz que rezava e cantava em uníssono: "Donum Dei, Alleluia!" ( ... ) O nosso roteiro incluía Paris e lá chegando telefonamos para Odile e Jean Cheveau, que tinham sido os responsáveis pela nossa "casa" lá em Roma. O acolhimento festivo foi imediato. Organizaram para nós uma "noite de amizade": presentes a sua equipe e mais alguns outros equipistas. Foi uma noite agradabilíssima, entre orações, cantos, co-participação e, naturalmente, também um jantar "francês", delicioso. E o principal: aquela sensação de sentirmos o Amor presente entre nós e de sermos verdadeiramente a família reunida! O interesse deles em conhecer mais profundamente os problemas e os anseios de seus irmãos brasileiros - e, à despedida, a promessa de tantas orações pelas intenções do Brasil! Dali a alguns dias recebíamos mais um convite. Desta vez. eram Marie e Louis D' Amonville pedindo para que comparecêssemos ao Encontro dos Casais Responsáveis da Região parisiense e lá déssemos o nosso testemunho sobre Roma. . . Meio intimidados, aceitamos, pela oportunidade de convivermos um pouco mais com os franceses, que tanto haviam trabalhado para nós! No dia marcado, Marie, muito sorridente, vem ao nosso encontro: Benvindos! Queríamos, justamente, um casal brasileiro, e vocês foram muito falados ... - Como?- Depois, vocês saberão .. . -27-


Assistimos à palestra do Pe. Tandonnet, almoçamos, conversamos, rimos muito, enfim: mais uma vez a felicidade de estarmos em família. Já nos sentíamos muito à vontade. Depois do almoço, lá fomos nós para o palco, junto com casais franceses e um casal português, Maria de Jesus e Xavier Pintado, que moram há 19 anos na Suíça e são ... o casal responsável pelas equipes suíças! Para nossa maior surpresa ainda, o Sr. Pintado começou a dizer que, desde os primeiros momentos da peregrinação, ele ficara muito impressionado com ·o grupo dos brasileiros, seu sorriso, sua alegria, sua comunicabilidade. Durante o convívio daquela semana, sentira neles um cristianismo vivo, espontâneo, alegre, verdadeiro! Foi um desfilar de elogios que nos deixou meio encabulados . . . K ali estavam os "exemplares" brasileiros para os "encantados" franceses conhecerem ... E veio a apresentação: "Este casal de brasileiros interrompeu sua lua de mel (???) para vir aqui contar suas impressões." Todos nos olharam um tanto espantados, daí veio a explicação: a "lua de mel" era a segunda, depois de 25 anos ... Começamos contando a missa a bordo do avião da Alitalia, a missa mais alta a que já assistimos! Vale a pena recordar . . . A missa começa, forte tempestade sacode o avião. A equipagem está nervosa, pede aos sacerdotes que voltem para os seus lugares e que todos apertem os cintos. Continuamos a rezar, mas com o coração inquieto: como os apóstolos na barca, estamos com medo! Por "coincidência", no momento da Consagração, quando o próprio Cristo se coloca no meio de nós. . . a tempestade termina! Não ouvimos mais trovões nem r uídos, o silêncio é total. . . O avião voa tão tranqüilo que parece estar parado. . . Uma calma e uma paz incomum nos invade. . . Ele está ali. Ele está realmente entre nós! íamos · a Roma para renovar e fortalecer nossa vida familiar, mas para isso tivemos de nos desligar e despojar de muitas coisas. Muitas preocupações nos acompanhavam: os problemas domésticos, · O . trabalho, as malas, ·o medo dos assaltos, dos imprevistos. E Çtquele "balanço" tão providencial nos fez sentir que precisávamos nos liv:rar de -uma bagagem que estava pesando em nossos ombros e impedindo nosso vôo livre e seguro pelo céu. E "o vento serenou ·e fez-se uma grande bonança" (Me. 4, 39 b) na hora da Eucaristia... Quando Ele quer, Ele nos conduz através de montes, desertos, nuvens e tempestades... Milagre moderno! Repetição do milagre acontecido no Lago de Tiberíades. Só que estamos em 1982, então ele se realizou no céu, a 9 .000 m. de altitude! -28-


Em Paris como em Roma, sentimos que as ENS são um movimento universal, que tem o mesmo ideal em todos os países: serem os equipistas um sinal do Amor no mundo com o exemplo dP suas vidas. E continuaremos a pedir ao Cristo, como a Samaritana: "Senhor, dá-nos desta água que vivifica e com a qual não teremos mais sede ... " E é com esta Agua e com o coração canhndo "Ecce ... Fiat ... Magnificat!" que continuaremos a nossa jornada. "Amen! Amen! Alleluia!"

Magda _F. Sadalla

o As Catacumbas - "Percorrer aquele caminho subterrâneo, escuro e frio, que foi percorrido pelos nossos irmãos há quase 2. 000 anos, meditar sobre o que eles suportaram por amor a Cristo, as provações e humilhações a que foram submetidos, o martírio, além da emoção representou um questionamento para nós, cristãos de hoje, para quem é tudo tão fácil, especialmente para nós, equipistas, que podemos nos dar ao luxo de termos um padre à nossa disposição, e possuímos, na maioria das vezes, uma fé tão pequena e tão frágil ... " A primeira reunião de equipe - "23 horas era o ·tempo determinado pelo chefe da casa, porque se assim não fosse continuaríamos noite adentro, pois a presença de Deus se fazia sentir, éramos uma família - embora nos conhecêssemos havia algumas horas apenas ... " Em São Pedro - "Em cada missa, duas mesas são preparadas para a Refeição do Senhor: a mesa da Palavra e a me~a da Eucaristia. Ambas nos oferecem o alimento indispensável à nossa vida de fé. No momento de comungar, por meio de um gesto à nossa escolha, veneramos o livro da Palavra antes de receber o Pão da Eucaristia." No auditório Paulo VI- "Tivemos uma cerimônia muito bo-. nita, na qual um sacerdote, ladeado por um casal, ia adentrando a sala apresentando a Bíblia aos presentes. A medida· que a Bíblia ia sendo apresentada, ela era saudada por um canto, a cada momento em uma língua diferente. Até que, quando chegaram à frente de todos, o mesmo canto foi entoado por todos os presentes, cada qual em sua língua e todas as línguas ao mesmo tempo." -29-


Em Assis - "Assis é uma pequena cidade, situada numa coJjna, com suas ruas estreitas e íngremes, casas e calçamentos medievais. Do pátio da Igreja de Santa Clara descortina-se belíssima paisagem que convida permanentemente à meditação. A medida que peregrinávamos, tudo nos fazia lembrar de São Francisco ... " "Até hoje continua-se a sentir-se a sua presença e não há quem r.ão fique perplexo diante da sua simplicidade e do. seu despojamento. Ali, nós dois sentimos aumentar a união entre nós, o de-. sejo de vivermos em comunhão o nosso amor conjugal: o grande santo deixou claro para nós que no mundo tudo passa, só permanecendo o Amor a Deus e ao Próximo."

A Basílica - · "Ao entrar na Basílica, vemos o mosáico da Barca. Lá está Pedro cambaleando sobre o mar e Jesus estendendo-lhe a mão para lhe dar confiança. Isso deu-lhe coragem para mais tarde professar a sua fé até o fim. No meio da Basílica, na abóbada, a inscrição em grego e latim: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja"... "Eu pedi por ti, para que tua fé não desfaleça". . . "Confirma os teus irmãos" ... "Apascenta as minhas ovelhas". . . Mesmo que essas inscrições fossem um dia apagadas, as promessas de Jesus não passarão nunca. No fundo, reluzente, ''0 Espírito Santo" e, em frente, o altar-mor, construído sobre o túmulo de São Pedro. Chama-se "Altar da Confissão" porque, ao entregar seu corpo à morte, todo mártir confessa a sua Fé em Cristo. Quiséramos também nós, como Pedro, apoiar-nos solidamente na Fé da Igreja e fazer juntos o mesmo caminhar, desde a Barca (quando sua Fé era pequena) até a Confissão (quando ele professou sua Fé em Cristo com a própria vida)." O Papa - "Não há como descrever o que sentimos quando da entrada do Papa no recinto. Tínhamos a impressão de que era Cristo que vinha ao nosso encontro! Tudo nele transmite tranqüilidade, paz e amor! Enquanto ele descia em direção ao palco, todos cantavam a uma só voz a bela saudação de Maria, transformada em cântico por J. Berthier: "Ecce, Fiat, Magnificat! Amen, Amen, Alleluia!". Essa música representou, em todos os momentos importantes, a união de todos os equipistas-peregrinos. Era sempre instante de profunda emoção. Foi aquele traço de fraternidade universal que todos experimentávamos, unidos em comunhão pelo mesmo ideal e através da mesma Senhora · e Intercessora." "E lá do fundo, pela porta central, entrou a silueta de branco. A emoção estampou-se no rosto de cada .um. Risos, choros, diante do mensageiro que traz consigo Paz e Santidade. Pegou no colo urna criancinha e a beijou. Simbolizava nossos filhos. Ele veio devagar, passo a passo, dando-nos a mão. Chegando ao palco, -30-


admirou a enorme tapeçaria com o episódio dos discípulos de Emaús." "Louis e Marie d'Amonville dirigiram-lhe então uma saudação e ofereceram-lhe um grande cesto com os retratos dos filhos e as intenções dos equipistas de todo mundo." São Paulo Fora dos Muros -"Entraram em procissão os representantes de todos os países, para apresentar junto ao altar angústias, preocupações, dificuldade de cada povo. Um sentido de unidade tomou conta de nós ao ncis unirmos à multidão em prece. Pe. Tandonnet então deu-nos a sua mensagem, falando-nos em vários idiomas, e encorajando-nos no trabalho. Ao som daquele inesquecível refrão - Ecce, Fiat, Magnificat - que nos acompanhou desde o início e para sempre, foi a despedida .. . " (Dos

Boletins de São Carlos e Juiz de Fora)

o E a Peregrinação continua ... (Do

Boletim do Setor C de Curitiba)

Em Roma, nos dias da Peregrinação, à noite realizavam-se reuniões de equipe e, como estávamos hospedados em uma casa religiosa, eram realizadas no quarto do casal responsável pela equipe. Deus nos agraciou com um "dom maravilhoso", colocando-nos em uma equipe de cinco casais e mais duas senhoras de diversas regiões da França, pelos quais fomos recebidos com muito carinho, em ambiente de muita piedade, abertura e fraternidade; após os cinco dias, trocamos endereços e nos despedimos, já saudosos, trazendo conosco lembranças imperecíveis daquelas reuniões. Em dezembro tivemos uma agradável surpresa: recebemos uma carta do casal responsável daquela equipe de Roma, Maithê e Pierre Baudet, trazendo uma fotografia do grupo, ''para que não nos esquecêssemos deles". Ficamos radiantes. Foi para nós um :verdadeiro presente de Natal-- presente que perdura até hoje pois, quase semanalmente desde então, . temos recebido carta de um daqueles casais. Já são mais de 10! .Fazem conosco sua partilha, pedem orações e oferecem as suas; tratam-nos com muito amor e lembram com carinho os momentos que vivemos em Roma. Vocês nem podem imaginar o quanto temos sido beneficiados por essa correspondência fraterna com os casais da França, como cresce a nossa vida de equipistas em doação, aceitação e oração. -31-


·Gostaríamos de repartir essa nossa alegria com vocês: temos tanto que contar, temos recebido tanto, fazendo transbordar o nosso coração em agradecimento a Deus por nos ter colocado naquele lugar privilegiado, entre aqueles irmãos franceses. Unidos a vocês pela oração -e na mística das Equipes, abraçamos cada um que leia estas linhas, transferindo-lhe um dos mais belos recados recebidos de nossos irmãos da França: "Não é su~ ficiente caminhar com Cristo; é preciso também ajudá-lO a car-regar a Sua cruz."

Maria e Ruy Leal Equipe 2 de Curitiba

o

1'recho da carta de um casal alemão a um casal paulista

. . . "P:ramos muito alegres e admiravamosnos quando viamos tantos Brasileiros à Roma <enquanto nosotros alemãis eramos sà 67 pessoas). Quiseramos perguntar como vos - no Brazll - viveis nos vossos grupos das ENS. quais problemas t endes e quais preferencias. Nôs somos a familha secretaria da região alemã. Pertencemos as ENS c!esde 1968. Temos 3 filh as e um filho (17-25 anos). A nossa preocupação ~ que ê dificil na Alemanha a difusão das ENS. Mas tentamos de novo. ~ verdadeiro que o viagem do Br·asil à Roma custou 2000 dolar por ~ pessoa? E que vós os Brasileiros ainda pagais em prestaçõeS por este viagem? Nós t;1ão demos bastante soccorro, talvez?

Perdão porque f aJo Q.Ssim mau português! Os melhores cumprimentos à sua familha, à suo grupo, à sua terra. Ficamos felizes sendo unidos coris!gó na fé. na esperança no amor do Nosso Senhor."

(a) Stefan e Annellse Dittler,.

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NOTíCIAS DOS SETORES RIO DE JANEIRO -Agora dois Setores nos subúrbios

No dia 10 de julho, na Paróquia Maria Mãe da Igreja e São Judas Tadeu, em Padre Miguel, local da fundação das primeiras equipes nos subúrbios do Rio, realizou-se a posse de Aparecida e Souza como novo Casal Responsável do Setor E, e a instalação do Setor F, desmembrado daquele, sob a responsabilidade de Therezinha e Thiago. No início da celebração eucarística, Pe. Edson, dedicado Conselheiro das Equipes 54 e 66, falou da importância do Movimento e que a grande presença, inclusive de casais de outros Setores, vinha evidenciar a dimensão das Equipes, cujos casais deviam, com os tesouros recebidos, trabalhar no campo da vocação de cada um, em benefício de todos os irmãos, colaborando na construção do Reino. No ofertório, Aparecida e Souza receberam as pastas das Equipes de Padre Miguel (5), de Marechal Hermes (2) e de Bangu (1), das mãos de Therezinha e Thiago, que permanecem à frente dc.s Equipes de Realengo (4), Acari (3), Itaguaí (1) e Nova Iguaçu (1) que agora formam o Setor F. Os casais responsáveis foram então chamados para a passagem simbólica do cargo e foi emocionante a recitação do compromisso assumido pelos novos responsáveis e os pilotos das equipes mais novas. Ao fim da celebração, abordou-se o assunto do dia: a importância não só do Movimento na Igreja, mas principalmente de haver ele saído da camada sócio-econômica onde surgiu para alcançar a todos, bem como a responsabilidade dos dirigentes escolhidos e de cada equipista em particular na busca da santificação e em . levar essa santificação ao mundo. Colhidos de surpresa, Therezinha e Thiago foram homenageados com uma saudação feita por Inês e Célio (Equipe 53), recebendo uma linda plaqueta de prata, um belíssimo cartão elaborado por Denize (Eq. 55) e um ramo de rosas, emocionando-se e encontrando dificuldade para expressar sua alegria e gratidão. Disse-


ram dos desígnios de Deus, do chamado, oito ano atrás, para fazer uma "informação" na salinha ao lado daquela mesma igreja e da

acolhida generosa, que perdura até hoje, das Irmãs à frente da Faróquia e do seu então vigário nos fins de semana, o querido Pe. Alvaro Barreiro, que chegou a assistir a quatro equipes. Aparecida e Souza também foram saudados 'P,Or Inês e Célio, receberam flores e, das mãos de Therezinha, a plaqueta de prata dada pela Região ao Setor E na data da sua instalação, a 11 de agosto de 1979. Disseram da emoção que tiveram quando souber~ . da sua escolha, de sua hesitação inicial mas da final aceitação por ' sentirem que não poderiam rejeitar um serviço para as Equipes, que tanto lhes deram e que tanto amam. . Adelson t~mbém usou da palavra, enfatizando a 'importância.' daquele momento é dizendo do interesse da ECIR _e m acompanhar e incentivar o crescimento do antigo Setor E, e do significado seu êxito, não só para o Brasil como também para os outros pai- ' ses. Acrescentou que os próprios equipistas dos subúrbios tiveram · oportunidade ·de verificar a alei!I'ia do Casal Responsável da Equipe Responsável Internacional, Marie e Louis, quando de sua visita . ao Rio. Em suas cartas sempre pedem notícias do desenvolvimento:. desse trabalho nos bairros da periferia. ·" Após a bênção, entoou-se o "Ecce, Fiat', Magnificat", apren~ ' dido no EACRE, e o "Magnificat" tradicional, seguindo-se um . grande lanche de confraternização, com muitos abraços, cantos;'' num clima de verdadeira alegria.

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Dia de estudos

' I'

Estiveram reunidos no Colégio Santa Marcelina, para partici- · par qo dia de estudos da Região, 87 casais. O Pe. Spencer Custódio Filho desenvolveu, cqm a sua habitual maestria, o tema "0.. Espírito Santo, Deus pr~ente em nossa históri~" , conduzindo a . reflexão com aplicações tiradas da vida prática, o que tornou ativa · ' e interessada a participação dos casais. Também as crianças, que foram muitas (74, entre jovens, ado.., , lescentes e bebês), participaram da alegria do encontro, de acor-; ..: do com suas idades, na base das brincadeiras, jogos e cantos, con.., .. tando para isso com a dedicada colaboração de equipistas e dé . ülhos de equipistas que voluntariamente se apresentaram. Visando minimizar os custos e assim possibilitar a participação de todos, cada um levou o -seu prato Já pronto, para ser posto ·. em comum. De parabéns o Setor D, responsável pela organização; : e principalmente a equipe de serviço, coordenada por Regina e Cleber..,

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Jubileu sacerdotal

Em celebração eucarística na Festa de São Pedro e São Paulo, o Pe. Raimundo Queiroga, Conselheiro das Equipes 60, 63 e 68 do Setor D, comemorou seu jubileu sacerdotal - 25 anos vividos com dedicação, carinho, solidariedade, disponibilidade para a comunidade e, sobretudo, muito amor ao Senhor. Obrigado por tudo, Pe. Raimundo, e especialmente pela sua presença nas nossas equipes. -

Equipes de casais jovens

Já são três as equipes recém-formadas com casais (e · conselheiros) jovens: a 69 (Setor B) é composta de casais entre 4 meses e 4 anos de casados, todos de Vista Alegre, Vila da Penha, subúrbio do Rio, e do Pe. Joel Portella Amado, também jovem; da 78 (Setor B) participam 8 casais jovens, ,sendo que 4 deles são filhos de equipistas do Rio e de São Paulo; uma "nova" 38 foi lançada no fim de agosto na ilha do Governador, com 7 casais jovens e o Conselheiro recém-ordenado. Mary-Nize e Sérgio afirmam que virão outras mais! LAGES -

Retiro com Frei Hugo Baggio

A participação de todas as equipes no retiro organizado pela Coordenação foi "unânime" e "o crescimento dos casais e das equipes, gratificante", escrevem Léa e Pedro, casal repórter. O retiro foi pregado por Frei Hugo Baggio, que há 25 anos trabalha com as E.N.S. "Frei Hugo, escrevem, _as Equipes de Lages, SC, lhes agradecem o crescimento espiritual e ficam rogando a Nossa Senhora para que o senhor continue sempre disponível para 'manifestar o Espírito para utilidade de todos'!" JUIZ DE FORA -

Curso de pilotos

Concluiu o Setor um curso de pilotos que constou de 8 reuniões mensais, das quais participou toda a equipe de pilotagem e cuja avaliação mostrou que a experiência foi muito válida, proporcionando melhor embasamento para o trabalho do casal piloto. Os. temas abordados foram: Algumas bases para a discussão em grupo; O Conselheiro Espiritual nas E.N.S. e sua pilotagem; Estudo detalhado do do.c umento "O que é uma E.N.S."; A oração na reunião; Diversas maneiras de abordagem do tema de estudos; Principais características do casal piloto; A co-participação; A partilha. Para expor cada assunto foi convidado um casal equipista experiente, o que enriqueceu muito o estudo. Margarida e Agostinho acrescentam: "Se algum Setor ou Coordenação tiver interesse em maiores detalhes sobre o curso ou os assuntos abordados, estamos ao inteiro dispor. Endereço: Rua Coronel Alfredo Vilela, 240- 36.100- Juiz de Fora, MG. -35- "


VALINHOS-VINHEDO -

Ordenação diaconal

Escrevem Adalgisa e . Fabri: ''Rejubilou-se o Setor e toda a comunidade vin~edense · na noite de 1.0 de julho, quando, em cerimônia das mais· belas, foi · elevado ao diaconato, pelas mãos de D. Cândido Padim, Bispo de Bauru, o nosso querido Conselheiro Espiritual .da Equipe 2 de Vinhedo, Dom Mauro de Souza Fernandes, OSB. O ato solene foi celebrado na presença de mais de 1. 000 pessoas. Como disse D. Cândido, tal cerimônia já se estava tornando rara, em virtude dos poucos operários para a roesse. ·Oxalá o evento se repita mais amiudei" BELO HORIZONTE -

Retiro

Escreve Marilda: "E o nosso retiro aconteceu! Caminhos diversos. da p~ogramação, mas com tanta qualidade em vida familiar_ que estamos querendo repetir no _segundo semestre deste ano, para que os casais-que não puderam participar se beneficiem desses dois dias de grande aprofundamento. Tema: "A família cristã no mun.do de hoje". Técnicas diferentes, e até mesmo um pingue-pongue com perguntas da Bíblia, que, através da felicidade nas respostas mos_trou_ que_nossos casais estão realmente "escutando" a Palavra de Deus. Poucos meios de aperfeiçoamel).to faltaram para tornar o nosso retiro uma grande reunião de equipe." MOGI DAS CRUZES- Para as crianças

O Setor organizou um dia de convivência para os filhos de equipistas, com idade até 12 anos, no Sitio Betânia, "que mais parecia, escrevem Maria do Carmo e Paulo, da Equipe 2, o Sítio do P1ca-pau Amarelo". Participaram 28 crianças, das quais 4 não eram filhos de equipistas, assessoradas por 10 adultos. "Comp acontece em npssos retiros, iniciamos com a oração da manhã, cânticos, uma pequena reflexão e apresentação. As crianças ai~da estavam uni pouquinho inibidas. Depois, desenharam (houve até uma exposição dos trabalhos), em seguida brincaram livremente, inspiradas pela natureza tão viva do Sítio. Após o .almoço, uma boa caminhada e muitos jogos. · O encerramento, como não poderia deixar de ser, foi na capela, com orações e ·cânticos. Muitas crianças fizeram seus pedidos de orações - pela paz mundial, pelos pais, pelas Equipes, pela Família, enfim, quase todas participaram. · Na saída, uma surpresa: Uma criança ·perguntou: -No final do ano teremos mais? Afinal, para o papai e a mamãe é assirri. ·. í" · -

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VOLTARAM PARA O PAI lrene Marino Gualtieri

Equipe 4, São Carlos. (23/5). "Irradiava tão grande espmtualidade que se convertia em testemunho vivo de sua comunhão com Deus." Lourdes Dib Zambon

Equipe ritualidade deixava de Deus e às

4, São Carlos. (19/6). "Um exemplo de fé e de espiinabalável. Embora caminhando com dificuldade, não levar nas noites de oração seu testemunho de amor a ENS."

Yvonne Tunes Soares

Equipe 10, Sorocaba. (1/7). "Fez de sua vida conjugal e familiar um exemplo do objetivo das ENS. Dos quatro filhos casados, todos são encontristas e um é equipista." Cláudio Damasceno

Equipe 6/D, São Paulo. (3/7). "Angustiado com o sofrimento do próximo e, ao mesmo tempo, o confortador, o disponível, (\ irmão de pobres e ricos, o médico consciente, que salvou vidas e almas de conhecidos e desconhecidos." Conceição Lia Braga

Equipe 16/A, São Paulo. (7/7). Com apenas 39 anos. "Amava muito as ENS. Grande devota de Na. Sra., dizia sentir-se 'carregada no colo' por Ela." Pedro Gomes

Equipe 3, Santa Bárbara d'Oeste. (18/7). "Membro ativo não só das ENS, mas dos ECC, Cursilhos, Experiência de Oração e trabalho na comunidade, levou sempre muito a sério o compromisso de seu batismo." Renato Peixoto

Equipe 9, Setor C, Florianópolis. (2417). Com apenas 44 anos. "Sempre na linha de frente no Movimento, ocupando funções de piloto, ligação, membro do órgão pensante do Setor, responsável pelos Cursos de Noivos e palestrante em encontros." Maria José da Costa Neves

Equipe 2, J acareí. (27 /7). "Viveu intensamente o movimento equipista. Muito simples, alegre, sempre disposta a ajudar a todos, deixou grandes exemplos pela humildade, aceitação e, principalmente, vida de oração."


Cid Almeida Franco

Equipe 2, Americana. (2/8). "Esposo e pai maravilhoso, deixou nos filhos a marca indelével de seu valor, de sua dignidade. Pela vivência conjugal que tinha com Anália, representavam um modelo de casal." NOVAS EQUIPES Campinas

Equipe 34 - Casal Piloto: Lilian e Sérgio; Conselheiro Es-piritual: Frei Osmar. Rio de Janeiro

Equipe "nova" 38- ilha do Governador -Casal Piloto: Teresa e Pedro; Conselheiro Espiritual: Frei Antonio Desideri. São Paulo, Setor B

Equipe 17 - Casal Responsável: Eliana e José Leonel; Casal Piloto: Sonia e Luís Antonio: Conselheiro Espiritual: Pe. Elísio de Oliveira. Sorocaba

Equipe 11 - Casal Piloto: Vera e Leosmar; Conselheiro Espiritual: Frei Gabriel. NOVOS RESPONSAVEIS Brasilia

Os dois Setores foram desdobrados em quatro e os novos responsáveis são: Setor A- Neusa e Manuel Alves; Setor B- Suely e Israel Testa; Setor C- Leila e Aquiles Leal; Setor D- Marly e Francisco Salles Mourão Branco. Rio de Janeiro

Desdobrou-se o Setor E. Aparecida e Souza substituem Therezinha e Thiago, que assumem o Setor F. O Setor B tem novo responsável: Maria Aparecida e José Manuel Peneda Santos, que substituem Elza e Silvio Galliazi.

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Blumenau

Saíram Anilza e Guino, sendo substituídos por Rosa e Paulo Mafra. Criciúma

No lugar de Waldemira e Aristeu, assumem Sonia e Cezar Elias Búrigo. Aparecida

Assumiram a Coordenação, desmembrada do Setor de Guaratinguetá, Carmélia e Benedito Nogueira de Castro. Campinas

Maria Lúcia e Régis Souza Lobo Vianna substituem Mariza e Marcos. Grande ABC

Nilza e Caldeira foram substituídos por Ivani e Araken G. Almeida. Marilla

Substituídos por Marlene e Daniel de Lima, saíram Inês e Ricieri. Região São Paulo Sul 11

No lugar de Dina e Chico, que foram para a ECIR, entraram Véra e Leosmar, ex-responsáveis do Setor de Sorocaba. RETIROS Limeira

<Valinhos)

São Paulo

(Cenáculo)

Mogi das Cruzes

(Sítio Betânia)

Curitiba C Taubaté São Paulo

(Cenáculo)

Rio de Janeiro

<Sumaré)

São Paulo

(Barueri)

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NOSSA SENHORA NUMA. SESSÃO DE FORMAÇÃO!

Ao entardecer do nosso primeiro· dia da Sessão de Guaratinguetá fomos chamados para receber uma visita importante. Chegados à frente da casa, recebemos tochas acesas e, assim iluminado aquele trecho do sopé da serra da Mantiqueira, emocionados, vimos chegando a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, vinda diretamente da Basílica, para ali permanecer conosco . Durante a noite, muitos fizeram vigília. Chamou-nos a atenção um jovem casal participante que ficou muito tempo diant-e dE> Nossa Senhora ... tocando violão e cantando baixinho. Contando com a assistência espiritual de Frei Hugo Baggi.o, participaram da sessão 25 casais, mais 2 sacerdotes e uma equipe de serviço composta por 19 casais e 2 jovens, filhos de equipistas. Um desses jovens festejou entre os casais seu 15.0 aniversário. Transcrevemos aqui dois depoimentos preciosos. Um deles de um dos numerosos "orantes", entre casais, casas religiosas e pessoas que se prontificaram a oferecer orações pelo encontro: ((Ainda não tomamos parte em Sessão de Formação pois praticamente somos os caçulas do Movimento em Guaratinguetá, mas já sabemos que é uma etJapa muito importante na vida de um equipista. Bstamos em constante oração nesses quatro dias para que vocês possam se entregar de corpo e alma à ação do Espírito Santo. E que, ao final, vocês possam dizer com nítida noção de responsabilidade: 'Aquele que te escuta não está fora de ti. Não andes, não corras para tocá-lo. Ele está dentro de ti'." Na avaliação da Sessão, um casal escreveu: ((Maravilhoso! Confessamos a total indisposição, má vontade, falta de disponibilidade com que viemos. No caminho para cá, passamos a sentir que íamos aproveitar, mas ainda assim, parecia-nos um encontro como tantos outros. Na realidade foi um 'banho' de equipe, foi um 'batismo' de Movimento. Parece-nos que só agora entendemos realmente para que fomos chamados. Frei Hugo Baggio foi como um bálsamo em nossas mentes tão conturbadas pelos problemas lá de fora. Graças a Deus, fomos convidados!"

Dirce e Rubens ........; 40-


O PODER DA PALAVRA

'l'EXTO DE MEDITAÇÃO -

I Tim . 3, 14-17

Tu, porém , permanece firm e naquilo que aprendestes e aceitastes como certo ; tu sabes de quem o aprendeste. Desde a tua infância conheces as sagradas Letras; elas têm o poder de comunicar-te a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para construir, para refutar , para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra.

ORAÇÃO -

João P aulo l i em BQlonha, Itá lia

6 Mãe, Mãe de Deus, Mãe da Igreja ! A Ti confiamos a nossa vida, a Ti, que escutaste com fidelidade absoluta a Palavra de Deus e Te dedicaste ao Seu plano de salvação e de gra ça, aderindo com total docilidade à ação do Espírito Santo. Nós Te suplicamos que voltes a olhar para a indigência dos Teus filhos, como fizeste em Caná, quando Te interessaste pela situação daquela família. Hoje, a indigência maior desta Tua família é a das vocações presbiteriais, diaconais, religiosas e missionárias. Atinge, portanto, com a Tua "onipotência suplicante", o coração de muitos nossos irmãos, para que escutem, entendam, respondam à voz do Senhor. Repete-lhes, no íntimo da consciência, o convite feito aos servidores de Caná: "Fazei tudo o que Jesus vos disser".


EQUIPES DE NOSSA SENH ORA Movimento de casais por uma espiritualidade . conjugal e familiar

Revisão, Publicação e Distribuiç_ão pela Secretaria d~ EQUIPES DE NOSSA SENHORA 01050 -

Rua João Adolfo, 118 - 99 - conj. 901 SAO PAULO, SP

Te!.: 34-8833


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