ENS - Carta Mensal 1984-5 - Agosto

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1984

Nl? 5 Agosto

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1

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CIR~A MENSAL

.· das . ··.·· EQUIPES de NOSSA SENHORA

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'

MOVIMENTO

l

Cada um na parle que lhe loca ........ . .... . Construir a Igreja . . .. . . . . .. . . . .. . .. .. .. . .. .. .

4

de

Um poema à Virgem .. . . . . . . .. . .. .. .. .. .. .. .. . Entrevista com D. Daniel Tomasella . . . . . . . . . . A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5 7 9

CASAIS

O Sacerdócio na Igreja aluai, segundo Catarina

POR

Falem-nos de Jesus Cristo .. .. . .. .. .. .. .. .. .. . 14 Um amigo, um irmão que caminha à nossa frente 15

de Hueck ... .. . .. .. .. . .. .. . . .. .. .. . . .. .. . . 12

Nosso filho foi para o Seminário • . . . . . . . . . • • . 17

UMA

A nossa vocação de cristãos casados . . . . . . . . . . 20 Uma oração conjugal . .. .. .. . . . .. . . .. .. .. .. .. . . 22

ESPIRITUAUIOAD:H .:

CONJUGAL E •.

I

FAMILIAR

!

. •

i

1

Bendito o Pai . . . . . . .. . .. .. . .. .. .. .. .. .. . .. .. . . 23 Testemunho . . . . .. .. . . . .. . . . .. . . . . .. .. . . .. . .. .. . 24 Notícias dos Setores .. .. .. .. .. . . .. . .. . .. .. .. 25 Um só corpo

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32


RETIROS

PORTO ALEGRE

10-12/08

-

Vila Betânia

2(-26- 08 FLORIANóPOLIS

31/08 a 02/09

RIO DE JANEIRO

14-16-09

-

Agua Santa

M OGI DAS CRUZES

28-30/09

-

Sítio Tabor -

SÃO PAULO

" " "

-

Cenáculo -

LONDRINA

26-28/10 -

Barueri -

SÃO PAULO

Pe. José Vieira

Pe. Virgílio Ambrosini

Pe. Machado Xavier


EDITOHl AL

CADA UM NA PARTE QUE LHE TOCA

Para exprimir a rica complexidade da Igreja e ao mesmo tempo a wa radical unidade, São Paulo apresenta a imagem do c~:rpo. "Vós sois o Corpo de Cristo", diz ele aos Coríntios (1 Cor. 12, :t't) "e vós sois os seus membros, cada um na parte que lhe toca''. Cada um na parte que lhe ~::>ca: a mesma idéia é retomada em Rom. 12, 5 e também em Ef. 4, 16. Não poderia ela ajudar-r:,os a compreender melhor este ou aquele aspecto da nossa integração na Igreja? '·Cacla um na parte que lhe toca", é evidentemente um apelo a Ulll humilde realismo: cada um somente na sua parte. "O Corpo não se compõe àe um só membro, mas de vários (1 Cor. 12, 14) " Seria louco o membro que quisesse por si só ser todo o corpo: "Se o corpo inteiro fosse o olho, onde estaria o ouvido? Se 10sse a orelha, onde estaria o o!fato?" (v. 17). Assim lembra Paulo a diversidade necessária das funções e dos papéis, "segundo a atividade própria de cada um" ( cf. Ef. 4, 16). Vê-se o que está excluído por esta fórmula. Primeiro, a presunc;;o: a minha participação na Igreja é serviço, e serviço Emitado. Também a inveja: outros, mais dotados, parecem servir m:~Jnor, ou com mais brilho; olhar de soslaio para o vizinho não é b.:>m meio de realizarmos a nossa tarefa. Nem o desprezo por aqueles que, a nosso ver, não se desincumbem da sua parte no trabalho e na missão. Dev(mos ver sobretudo o que é proposto. Tomar a peito, como diz 1 aulo a Timóteo, a parte que me toca na vida do cor:po i:1teiro. Parece-me muito modesta a tarefa que me toca? Pouco imporia, se eu nela puser precisamente todo o meu coração. Sendo suJkl€ntemente sério para não desleixá-la e usurpar outra. Sendo suficientemente simples e desinteressado para me alegrar vendo ou ti os capazes de mais e melhor. -1


Não ha "pequenos papéis" no Corpo de Cristo. Que cada seja t~do, não possa tudo, não seja chamado para tudo, e co1sa que nao nos deve desgostar; menos ainda, produzir em nós um imobilismo resignado! "Se eu quero, dizia Jesus a Pedro (Jo 21,L.2), isto ou aquilo para o teu irmão, o que te importa? Tu, segue-me•·. Essa é sempre a nossa parte: discernir, acolher e nos e~.rm çar por r~alizar o que agrada a Deus. ~m ~ão

-o-

"Cada um na parte que lhe toca" é também um apelo a nada neg~igenciar daquilo que nos constitui membros do Corpo de Cristo: "Cada um em toda a parte que lhe toca". É evidente que participaria muito mal aquele que pretendesse viver apenas como um parasita, como simples espectador, marginalizando-se, ou, pio,. ~inda, colocando-se de fora como juiz e crítico! Todos os membros são necessários. O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de ti·· (v. 21). Assu:nir toda a sua parte será tomar consciência de uma vocação. F<~lando de leigos, "reunidos no povo de Deus e organizados num único Corpo de Cristo sob uma só cabeça", a Constituição Dogmática sobre a Igreja aponta o que há de comum para todcs nesta vocação: "São chamados, quaisquer que eles sejam, a tCJoperar como membros vivos no progresso da Igreja e ua !SUa santificação permanente, aplicando nisso todas as forças que receberam por benefício do Criador e pela graça do Redentor" (LG S3) . Mas Esta vocação comum deve diversificar-se em atividades tão "óriadas quanto os talentos e carismas de cada um. Assumir tcda a sua parte será descobrir (na oração e na experiência espiritLCal, graças aos conselhos e graças ao auxílio mútuo, e por muitos outros caminhos ainda) as modalidades de uma participação pt:.ssoal na universal missão salvífica da Igreja. Na prática, assumir toda a sua parte é reconhecer-se enviado: env~. c;o para d.ar fruto, enviado para dar testemunho, enviado para trabalhar na seara. . . E, ao mesmo tempo, saber que aquele que envia acompanha: para esclarecer e guiar, para cor-

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rigir a direção, para reanimar a perseverança e para conceder o fruto. Seria vão pretender assumir toda a nossa parte se não nos deixál:.semos "tomar" a nós mesmos, o mais totalmente possível, pelo Espírito que santifica e vivifica ...

-oDe!.de o século I, Santo Ireneu evocava esta vivificaçao em que participamos na Igreja, pelo Espírito, nas seguintes linhas: 'Foi à pzópria Igreja, com efeito, que foi confiado o Dom de Deus, co.:n;J o tinha sido o sopro na obra modelada, a fim de que todos os membros pudessem ter nela a sua parte e fossem por isso viv,l'icõdos; foi nela que foi depositada a comunhão com Cristo, isto é o Espírito Santo, arras da incorruptibilidade, confirmação da nossa fé e escada da nossa ascenção para Deus •• (Adv. Haer. TTI. ~.4, 1).

Roger Tandonnet. S.J.

O et•lstí\o #! chamado a ser testemunha da luz num mundo de trevas, do amor, nJim mundo cada vez mais violento, da no ln eza f'van~rélica, ruma sociedade cada vez mais consumista., da pureza. num mundo cada vez mais poluído.

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~

PAt.Av~A

DO PAPA

CONSTRUIR A IGREJA

Consb ói a Igreja aquele que, fiel ao seu batismo, vive santarnente, renuncia ao pecado, leva a sua cruz em umao com Cristo, e li:ostra aos seus irmãos, pela sua conduta, a realidade li!Xigente e alegre do Evangelho. Constiuem a Igreja aqueles que, unidos como esposos pelo do matrimônio, fazem da sua família uma verdadeira Igreja aoméstica, exemplar para todos, estável na sua união, fiel aos wmpromissos de unidade e fidelidade, de respeito absoluto pela vida a partir da sua concepção e portanto pelo repúdio do l'rime no aborto; fiéis pela transmissão da fé e pela educação cri.süí dos seus filhos. sacr::~rnento

Constroem a Igreja aqueles que se preocupam com o próximo. Pm particular com aquele que é pobre e abandonado, marginalizado € oprimido; os que são féis ao dever de solidariedade, sobretudo nas crises econômicas que abalam atualmente as snciedades. Constroem-na aqueles que se dedicam a melhorar ou mudar o que impede ou abafa o pleno desenvolvimento do homem e de todos os homens. Constroem a Igreja aqueles que exercem fielmente os ministérios e os serviços que lhes confiam os seus bispos. Penso nos catequ.stas, nos Ministros extraordinários da Eucaristia, nos Ministros r.;.a Palavra, naqueles que preparam os seus irmãos para a digna recepção dos sacramentos e naqueles que estão compromctidl'S nos diversos movimentos de apostolado. Constroem a Igreja os jovens para quem Cristo é o ideal e que, C07fJ generosidade, entusiasmo e pureza de coração, se dedicam ao &erviço dos outros, como fermento que renova uma sociedade muitas vezes envelhecida e triste. Em suma, construímos a Igreja quando nos esforçamos por ser santos. por cumprir sempre e em tudo a vontade de Deus, para que a Igreja, mesmo composta de homens pecadores, seja F;em.pre m&is fiel à sua vocação de santidade. É essa a melhor -prova do nosso amor pela Igreja.

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UM POEMA A VIRGEM

'l'rês anos atrás, no dia 17 de agosto, Dr. Moncau deixava o nosso convívio para voltar ao Pai, junto do qual, temos certeza, intercede por nós. Da. Nancy escolheu para a Carta Mensal esta belfssima meditação sobre Maria, que ela mesma considera um verdadeiro poema - dai o titulo que demos.

Maria bantíssima. . . Com que enlevo e veneração me ponho a pe11sar que Deus se serviu de vós, de vosso corpo, de vossa carne, de vosso sangue, para plasmar o Homem Deus, o Deus que se fez Homem! 'É c~m veneração que vos considero, nos meses que preceder:.nn ú nascimento de Jesus, fazendo, com o vosso corpo, o corpo de Cristo. Vós sois, portanto, de uma santidade eminente e eu comp1eendo que o sangue que havia de nutrir o Cristo tinha de ser um sangue imaculado. . . Eu vos saúdo, ó Maria concebida ilem pecado! Eu vos saúdo, cc-criadora do Cristo Redentor!

() c.rtista, quando quer criar o que sua mente projeta, vai buscar a 111atéria-prima adequada. E quanto mais elevado o seu plano, q t;.anto mais nobre sua concepção, tanto mais pura e preciosa a matéria de que se há de servir para realizar seu ideal. l<~n

como a tentoc;o de sua -vos, a

vos saúdo, ó Maria, por terdes sido escolhida por Deus, m&ls perfeita de suas criaturas, para realizar o mais porde seus planos de amor, de amor para com a obra-prima CIJação - o homem. E, nesta obra-prima, foi procurarrr.&is perfeita!

Eu vos saúdo, debruçada sobre o corpo frágil de Jesus, eu vos saúüo ao ver o pequenino filho vosso aconchegado aos vossos braços, al imentando-se ao vosso seio ... Bll vos saúdo, ó Maria, Ave!

Aquele pequenino ser, objeto de vosso enlevo, de vossos cuidados, de vossos trabalhos, de vossas canseiras e lágrimas, vós,

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Maria, o destes à humanidade, vós o destes a mim, para a salvação da humanidade, para minha salvação! E EU <.ompreendo o vosso religioso enlevo, quando, debruçada llobre o pEquenino corpo de Jesus, vós certamente contempláveis a humamaade que por Ele, com Ele e n'Ele iria dentro em pouco l'ecuperar a sua perdida grandeza, iria dentro em pouco voltar ao sew do Pai, de onde o pecado de Adão a tinha arrancado. E eu compreendo que continueis com toda a dedicação, com todo o amor a tudo fazer para nos dar o vosso Filho! E eu compreendo a continuação do vosso papel mediador, a continua\~:lO de vossa missão de co-criar o Cristo na humanidade.

'E eu compreendo as vossas aparições e os vossos conselhos, a vossa angústia ante a miséria moral dos homens, que teimam em ignuror o Cristo. F. eu compreendo a vossa mão retendo a mão iusticeira de Deus! E eu compreendo também que ensinais aos homens que se dirijam a vós ... na sua miséria, no seu pecado! Medianeira entre o homem e Deus. vós sois o caminho que nos leva a Cristo!

o

Eu. t:os saúdo, ó caminho por onde chegou. a luz que ilumina o mundo!

Sede

nos~a

alegria, ó Virgem gloriosa, de beleza sem igual.

E por nós a Cristo rogai! (Dos "Cadernos de Reflexões" de Pedro Moncau Jr.)

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ENTREVISTA COM D. DANIEL TOMASELLA, BISPO DIOCESANO DE MARíLIA

<Do Boletim)

P. -

D0m. Daniel, como se deu sua opção pela vida sacerdotal e

pela Ordem dos Capuchinos? R. -

Deus manifesta-se de várias maneiras para chamar alguém ao ministério sacerdotal. Alguns padres têm histórias extraordinálias para contar a respeito da própria vocação. A minha história é bem simples e comum: eu sempre quis ser padre, desde qne entrei para a escola primária, com seis anos e meio de idade. Minha família era profundamente cristã. Em casa, todas as noites havia uma dupla atividade: o ensino do catecismo às ciianças e as orações em família. O catecismo era ensinado pelo próprio l:'ai: jamais frequentei catecismo paroquial. As orações em cowr m constavam do terço e de outras orações - que nós achá vamus sempre muito longas. A missa aos domingos era coisa sagrarlo. De vez em quando apareciam por lá os padres capuchinos, para pregar e confessar as pessoas por ocasião das festas. Eu sabia que um primo meu se tinha feito frade e estava já adiantado nos estudos, próximo ao sacerdócio. Mas nunca o tinha visto. Eu dizia que desejava ser frade como ele. Sabedor dos meus pendores, meu pai me estimulava. ao passo que mJnha mãe, mais amorosa, talvez, um pouco egoísta, não se agr.,dava da idéia. Procurou dissuadir-me, mas em vão! Foi assim que, apenas terminado o curso primário, ingressei no Seminário dos Capuchinos, em Piracicaba.

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P. -

A que podemos atribuir a escassez de vocações sacerdotais no Brasil?

R -

As causas são múltiplas e seria longo enumerá-las. Algumas vêm ue outros tempos, pois, afinal. no Brasil sempre houve e::.c;.ssez de sacerdotes; outras são mais recentes, como o consumismo desenfreado e a mentalidade hedonista que pervade a 110sl'a svr.iedade, atingindo também as famílias que se dizem crlstã.s . Os meios de comunicacão social apresentam a figura do padrP. de forma quase sempre negativa.

A C'é:IUSa principal, porém, vem da própria família. Uma familia na qual se reza, onde se cultiva o respeito pelo sacerdote, onde se t.aucam os filhos de tal modo que possam ouvir o cham arlo rle Deus e segui-lo pode ser chamada de "família sacerdotal". !l"'Lsmo que não venha a dar nenhum sacerdote à Igreja. A f::tm :Iia deve ser o primeiro seminário, isto é, sementeira de vocações. F aderíamos perguntar: onde estão essas famílias? Hoje, as vou.:ções provêm, em sua grande maioria. da classe de mais baixa rf:H1a, para não dizer pobre. Afinal, também nesse aspecto, os pobres são os prediletos de Deus!

P. -

As E.N.S. em Marília têm correspondido aos anseios da IgreJa em relação à família, ao jovem, ao pobre?

R. - -- Sim. creio que têm correspondido. Ninguém pode esquecer que foram as E.N.S. que iniciaram em Marília os cursos de prepar ação para o casamento e que ainda os mantêm com o mesrr.o afinco e perseverança. Os primeiros movimentos de jovens também tiveram a colaboração prestimosa dos equipistas: basta h>rrbrar o TLC. Hoje, as exigências são maiores e há outros movimentos que auxiliam nesses setores da pastoral, mas as Equipes continuam presentes. <~uanto aos pobr es, tem-se notado um esforço das E.N.S. p:1ra estutiar e assimilar o documento de Puebla. Nem tudo são flores e ii utos, mas há uma conscientização crescente, que não deixa da ter uma importância singular, se temos em vista que as E.N.S. s.ão geralmente compostas de casais da classe média.

(Dom Daniel é Conselheiro Espiritual da Equipe 10 de Marília)

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A ECIR CONVERSA COM VOC~S

FAZER CONHECER, AMAR E SERVIR A IGREJA: MISSÃO DO CASAL RESPONSAVEL

Qw ::cmos hoje dirigir-nos especialmente aos casais responsáveis de n~tdpe que estão assumindo.

Vocês devem ter percebido, através do EACRE em que participara.n, que serão responsáveis em um ano muito especial, pois estaremos sendo revivificados em nossa consciência de Igrejl pela orH:ntação do movimento internacional "Vós sois o Corpo de Cristo'', que vem no momento certo para iluminar nosso esfcrço aq:..~i no Brasil por uma maior inserção · na Igreja. Coino pode o casal responsável de equipe, no plano de sua respomaoüidade, contribuir para o bem de toda a Igreja? Em-per.hando-se para que sua equipe, em cada um de seus n1en1bros, cresça: -

110

conhecimento, na compreensão e no amor à Igreja

- nct uescoberta de sua vocação, como cristãos casados, como membros é:P uantes do Corpo de Cnsto, a fim de participar efetivam~nte 1.a construção da Igreja.

Melho-.· conhecer, melhor compreender e melhor amar a Igreja. Não é difícil constatar-se 5er a Igreja muitas vezes mal compreenJida e menos amada, por ser mal oonhecida em seu mistério. Por ' ezes os cristãos, e nós mesmos, nos sentimos confusos e ate m~smo angustiados devido a um certo sentimento de uma hi era1·qtnd um tanto longínqua e que se recusa a ter em considei'ação r G5sas necessidades específicas, ou a uma aparente falta de unidade por parte do clero, propalada pelos meios de comu· nicacão, r.m especial no que se refere à luta pelá justiça visando a construção do Reino. ·

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lsto 1t:.va a um;\ certa "oposição à Igreja, por parte daqueles em CUJL espírito há uma espécie de divórcio entre a Igreja institui\ãc. E' essa Igreja, Corpo de Cristo, que nós todos formamos pelo 1.osso batismo, e que a julgam do exterior, como se não fossem tE.&mbém parte integrante e portando responsáveis por ela.

t prE-dso, então, em primeiro lugar, penetrarmos mais profundatr.cntE no mistério da Igreja, Corpo de Cristo, esse mistério que \'h•emos não somente através da grande Igreja, mas igualmente f'lll c.Pda uma de nossas comunidades cristãs. Não l.ncarem a segunda orientação como um mero tema de f!studos.

Em sua primeira parte, para este ano, ela visa uma maior coaver~ãc,

qual seja, aprofundar nossa maneira de encarar o Corpo de Cristo, modificar nossa visão de Igreja, sentir-nos verdadeircum. nte membros desse Corpo e responsáveis por ele c nos questionarmos sobre nossa inserção no mesmo. fie vorês quiserem se ajudar e ajudar àqueles pelos quais são respoilsáveis a entrar melhor neste mistério de nossa eclesialidade, r~>flitam sobre o tema proposto e a Lumen Gentium (n.0 7).

Ser Tf1Hja. F.sta

1 t..alidade

+.em uma dupla dimensão:

UJ:12 dimensão pessoal cada ur~a deve estar "ligado" a Cril'tü, es~e Cristo cabeça, ao qual todos nós, os membros, devemo.:;, aliru~::.n·~ados pelos Sacramentos, procurar conformar-nos, numa vlda dt: amor, de serviço e de presença, pois cada um de nós, com noF::;as limitações e no nosso lugar, devemos pôr em ação os Dons e as Graças que recebemos de Deus. (Refletir sobre o ca\)Ítulo 4 da Lumen Gentium)

- Un.a dimensão comunitária - Concretamente, em nossa vida, esta realidade deve provocar uma colaboração entre todos os membro:. e uma comunhão entre os carismas, apostolados e serviços ctversqs, formando uma unidade para a ação salvífica da Igreja. Dor.de q necessidade de nos integrarmos (como casal) nas Igre.ias r.articulares e nas comunidades paroquiais, onde se reúne e se encontra visível a família de Deus.

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Não se cansem de utilizar as coparticipações de suas reuniões para que, numa reflexão em conjunto, na ajuda fraterna e na bus<:a de tc..minhos, possam progredir e efetivar melhor essa pertença a Ig1 eja. Nt>ste ano. a missão de vocês como responsáveis é, princlpalmt-m:e, encaminhar neste sentido todos os elemenos da equipe Que o St'nhor lhes confiou: conhecer, amar e servir à Igreja.

Cidinha e Igar

nevemos amar a Igreja, com fervor e dedicação, regene,·ados na certeza de sua credibilidade e da nossa necessidade de l:e,·mos seus membros stios e operantes.

PAULO Vl

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O SACERDóCIO NA IGREJA ATUAL SEGUNDO CATARINA DE HUECK

A famosa "Baronesa'', fundadora de "Madonna House", centro de t~t:dnamento para o apostolado leigo, em Cambermere, província de Ontário. no Canadá, referindo-se ao fato de "Madonna Hou<>e ·• ~e manter sempre razoavelmente cheia de boas e P.scolhidas vc,cações, declara que não tem segredo nem método, ou sistema eEpecial de recrutamento, mesmo porque quem recruta é ~ernp:e Deus. "A juventude vem aqui, olha e gosta. Muitos voltam, outros já ficam de vez." Gostam do amor, da alegria dos qut: moram em "Madonna House" e acabam repetindo, como Sãc Pearo no Tabor, "é bom ficarmos aqui". Pe. BEber Salvador de Lima, autor de "Apresento-lhes ~ (Ed. Paulinas), de onde tiramos estas declaraçõe1>, acresce11ta que a vocação sacerdotal e religiosa é algo muito difícil de se et1quadrar dentro de regras e esquemas humanos, de nwdo a pietender cultivá-la com a mesma segurança de êxito com que se cultivam flores e plantas em viveiros ...

Baro~1esa"

Cen\enas e centenas de seminaristas, sem falar dos próprios sal!erctotes àesertores, deixaram os seminários, em todos os tem· lJOS, mas sobretudo na década de 60 a 70, porque não tinham mP.smu vvcação. Mas muitos assim decidiram por não en~.:ontra·· ,.cm LeSLemunho de felicidade entre os já chamados. Catarina de Hueck, que teve influência decisiva na conver, ..:ao de '1 tornas Merton, refere-se à força irradiante e irresistível

tla cauuade. Onde existe o amor de Deus e do próximo, existe f!eee!'isariamente alegria e felicidade, ambos contagiantes, porque todc o mu.ndo gostaria de ser feliz. "Vcc-ação é sentir a fabulosa alegria de servir ao próximo, porque m..le está Cristo! Os pagãos ficavam perplexos ante a felicidade dos primeiros cristãos: vêde como eles se amam!

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I\ ún1ca forma de recrutamento vocacional que pode existir é d1rmns nós todos, leigos e religiosos, o grande testemunho da alegna e felicidade que se sente ao amar e servir os irmãos, so· bretudo u~> pobres.

Se nós pregarmos o Evangelho com nossas vidas, antes de com palavras, as vocações aparecerão."

~ fazc1·n.u~

Cata:;:ma ainda le:nbrou o melhor método para conseguir voc&çoe5 - a oração! ·• gste É o nosso segredo - um testemunho de vida cristã alegre e leliz, dedicada ao serviço do próximo, mais a oração. O bem ainda é, e sempre será, mais contagiante que o mal. be tal náo fosse, a Redenção seria um fracasso. É preciso saber apn:!se.at.dr este bem, tornando-o atraente, sorridente ... Quancio as pessoas chamadas transbordarem felicidade pelos olhos, Jáb;os, ouvidos e por todos os poros do corpo, os outros h:lVeráo c;.e comentar: - puxa! este negócio de ser padre e freira deve ~,er muito bom mesmo. Quero ver melhor como é isso! O resto fica por conta do Esp:\rito Santo!"

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FALEM-NOS DE JESUS CRISTO

No Coruf.lhÓ Pastorá! de uma grande diocese da· França, alguns jovens pediram para manifestar suas aspirações . Eis o que uÍna jovem leu, em tom cheio de .!>L~ran~a, apresentando o pensamento de uns trinta jovens, entre ..:s~udam.es e operários.

Nós temos necessidade de padres que nos falem de Jesus Cristo. A vós, padres, dirigimos hoje este apelo urgente que brota de nosE.a vida de jovens. Exigimos de vossa parte um autêntico passo à frente no anúncio dv Evangtlho. Temos necessidade de vós! Procurarr.o~

a 'verdade, dela queremos viver.

Onde e:ncontrá-la 'se não a anunciais? Ninguém nos fala de maneira verdadeiramente vital do Cristo, no qual UJtrevemos a luz. Preci:;amos que nos falem dEle com uma linguagem direta, simples e exigente. Temos necessidade de aprender a encontrar realmente a Deus. Estames saturados de palavras, de catequese, de discussões estéreis, àe motivações que se limitam às formas e às estruturas. Queremus que nos mostrem o essencial. Temos nP.PE:ssidade de homens amadurecidos e abertos, em quem possamos apoiar a nossa fé. Temos necessidade de testemunhas que nos falem de seu encontro com o Ressuscitado, homens de Deus que falem do Amor e a nós o

r~ve.lem.

preciso que sejais para os jovens os sinais visíveis desse amor. É preciso que também nos mostreis que vale a pena dele viver.

É

(Carta Mensal francesa, 1971>

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UM AMIGO, UM IRMÃO QUE CAMINHA A NOSSA FRENTE

Por que pede o Movimento que todas as equipes tenham um Conselheiro Espiritual, quando os Padres são tão poucos? Um luxo? Duia, antes, que é um ato de fé no Sacramento da Ordem. Sei que há leigos, há casais possuidores de boa cultura religiosa e Ge uma vivência cristã elogiável. Mas receberam eles a graça ao ministério, os especialíssimos dons que transformam os sacerC:otes nos dispensadores da Palavra, nos mestres da oração, em Hcolhidos por Deus para ensinar, formar, conduzir seu povo? I\1 ão. Certamente os leigos, os casais receberam outras graç:as. Não estas. Entrf~vcjo aí um mistério. Mistério no qual Deus está.Um mistério oo qual devemos crer, um mistério que devemos agradecer, Hm mistério que nos convida a colaborar.

sac€rC:ote é um amigo, um irmão que caminha à nossa Mas, por maior que seja nossa amizade, nunca devemos ultrapas~ar os limites que, mesmo estando ele a nosso lado, o colocan1 acima de nós, na economia de Deus. O

frente.

Como agradecer esse dom de Deus que é o Conselheiro Espiritual? Acolhendo-o com amizade, rezando por ele, participando de sua10 preocupações, colaborando nos seus trabalhos e frutificando em boas obras. Algur.s se perguntam se num país onde os há tão poucos, é justo um sacerdote dedicar parte de seu tempo a um número tão limitado de casais. A resposta depende de nós! Se pelo nosso ~sforço em progredir. em cumprir o que nos propusemos, P.le VPrifkar que sua presença é um auxílio valioso para o nosso crescilm·nío espiritual, se lhe apresentarmos os frutos de nossa partic1pação na vida da Igreja, certamente o seu tempo estará sendo vc..lorizado. -15-


A Carta Mensal dP setembro df' 1983. à página 13, traz al· gu ~1s testemunhos de Conselheiros Espirituais. O Conselheiro de nossa t:qu.pe poderia dizer dela e de nós o mesmo que eles dis· seram? Uma estatística sobre as Equipes no Brasil, realizada em 1981, revela a colaboração de 599 sacerdotes, entre os quais alguns

bispos.

Uma graça que nunca será suficientemente agradecida!

A experiência mostra que, mesmo sendo boa, uma equipe que firJue vállos meses sem Conselheiro Espiritual declina progres· sivamente. Sentimos isso em nossa própria equipe, várias vezes. O lVfovimrnto quer ser para os casais esse "caminho pedagógico de cr€scimento", de que nos fala a Familiaris Consortio, à pág. 18. Embora deseje levar a muitos os benefícios de uma espiritualido.de conjugal bem compreendida e vivenciada, quer fazê-lo cnm a segurança doutrinária e o apoio que a presença rio sacerdote e os dons de seu ministério nos proporcionam. Por isso, nc1~ f xpandimos devagar.

A r:ol_.vivência com o sacerdote abre para nossos filhos a posde melhor compreender e aceitar uma vocação. Felizm~·nte das começam a despontar em alguns de nossos lares. Em junho de 1983, eram 6 religiosas e lô seminaristas, um dos quais nrdcnado em julho. (cf. Carta Mensal de agosto, n. 0 especial sobre Vocações). sibilida~t!

Somos perto de 5.000 casais equipistas no Brasil. Temos uma missão junto à I!,rreja - colocar-nos a serviço do Reino. Se o fizermos generosamente, o trabalho desses sacerdotes e o tempo dbpcndido conosco não terão sido em vão. Cabe a mim. a vocês, a tod0s nos, darmos a Cristo a nossa resposta e o nosso agradecimente.

Nancy Cajado M oncau

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NOSSO FILHO FOI PARA O SEMINARIO

Nosc;o filho, Adriano, tem 14 anos e concluiu, no ano passado, o 1. 0 grau. Participante ativo da vida da Igreja, foi, desde bem cedinho, <.oroinha de muitas missas semanais na Igreja Nossa Sc11hora de Fátima. Nunca lhe falamos em ir para o seminário. Decidiu-se por si meswo Em outubro, ele nos disse que estava disposto a entrar e ele mumo escolheu o Seminário de Azambuja, no município de Bru::.q . . €. Depc is de testes e de um estágio de 7 dias, no qual foi aprovado, \: r.Jtcu mais alguns dias para casa. Finalmente, no dia 27 de feve-::?iro, fomos levá-lo à sua nova casa.

A se_[:.al ação foi dura. mais ainda para a mãe. Mas a graça de Deus p e encheu, logo, o vazio que sentíamos. E lá continua ~le, iirrne. embora com muitas saudades (é a primeira vez que nos separamos ... ) Censtantemente nos vem à lembrança a figura de Dom GalJriel qut>, há uns quatro anos. esteve com os equipistas em Itaici. Dizia c1E: "Quem dá a vocação é Deus, mas quem a cultiva é a família." Sempre pedimos pelas vocações. Nossa família é constituida de três filhos. Por que o Senhor veio buscar um Qdes? SPlJ. dúvida não por nosso mérito, mas por causa das ora, ções ;ue no mundo inteiro Lhe são dirigidas em favor das vo, caç5es. Encontramos em nossa gaveta, entre uns papéis, uma carta de desped,da de Adriano. Pedimos licença a ele, mais tarde, para publicá- 1 a. Ele concordou. Quem sabe não é um caminho que o Se11hc.r quer usar para chamar outros jovens como o Adriano para segui-lO? Diz ele, entre outras coisas: . . 17-


"Desdé 1982 penso em escrever-lhes esta carta. Agora eu falo o que há muito tempo penso em escrever. No d~a 30 de janeiro, quando voltava da excursão do Grupo de ~orvinnas. . . isso foi um grande passo para a minha decisão. Dali em l.liante, fui cultivando esta idéia. Daí, cumecei a ana, lisR.r todos os problemas. encarar a real!.dade de frente, e vi que eram muitos "problemas": família, a parte material. .. mas havia uma c.oisa que recompensava, a formação de lá e a vida no seminário (tão sonhada). Muito~ me falavam em decepções. Estas decepções eu não as t;ve. ·Fui me adaptando às necessidades. Acho que vou bem preparado

NÃO DIGAS NÃO A DEUS é um capítulo do livro do mesmo nome. Acho que vale a pena citar: "~ão

C:elxes que fale à toa.

Não finjas que não ouviste:

Que a vida é vazia e triste para quem não arrisca no amor. Não digas não a Deus, 1\I.,Fmo que doa, não die-a.s NAO!

...:uaodc. é teu Deus quem fala, Mela resposta não vai valer. Não cilgas. NAO nem TALVEZ; t: do que 'tu disseres que vai depender!,.

li: úo que tu disseres que vai depender!... O que eu disse? Ou não a1sse?!

A minha vida se encaixa mais no SERVIR; ~ aí estou eu, me prepat'ando para esta vida, a vida do SACERDóCIO. Estava agoniado para do de .o cminarista. Como )Jensei muito. Achei que Uma pista; passei a fazer

entrar no seminário, para ser chamafazer? Qual o primeiro passo? Não seria . . . vou deixar vocês curiosos! isto no mesmo dia da excursão. -18-


Se eu não viesse para o semmano esse ano, ficaria "chateado .., was c.eu certo; e estou entrando no seminário hoje, dia 27/02. Espero que todos estejam contentes comigo! Eu estou!" E pedtu-nos para ler o Eclesiástico, 2, 1-6. ~;ssa

toi a carta de quem foi chamado e respondeu sim. A dele dependerá muito das nossas orações. Que pedlmos tarubém a vocês, equipistas. pers~..:vcrDn~a

Carlos e Aparecida Equipe 15 de Florianópolis

• Filho, ce te dedicares a servir ao Senhor, prepara-te para a prova. Endireita. teu coração e sê constante, não te apavores no tempo da adversida.d•. Une-te a ele e não te separes, a fim de seres exaltado no teu último dia . Tudo o que te acontecer, aceita-o, e nas vicissitudes de tua pobre condição, sê paciente pois o ouro se prova no fogo e os homens eleitos, no cadinho da humilhação. Confia no Senhor, ele te ajudará, endireita. teus caminhos e espera nele. CEclo. 2. 1-6)

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A NOSSA VOCAÇÃO DE CRISTÃOS CASADOS

U::-na questão fundamental para os casais cristãos preocupados em VJYer integralmente seu cristianismo é, sem dúvida, como r~sponder à vocação - ao chamado - que Deus constantemente lhes fa-z;. É a busca contínua de descobrir a sua missão. A questão é fundamental, pois da sua resposta correta depenúe a nossa salvação. Acrescente-se que o chamado do Senhor sofre a concorrência de inúmeros outros apelos e nem sempre é fácil disc<:I nir o rumo a tomar ante a necessidade de prover à sobrevive1.cia física de uma família, nos momentos difíceis que atrélVe5samos. Temos as exigências profissionais, a necessidade de sermos eficientes em nosso trabalho, temos de zelar para que os filhoo;; tenham a oportunidade de receber adequada educação e não podE.mos nos esquecer de que vivemos num contexto onde são frPqcníes e flagrantes os exemplos de injustiças sociais, desemprego, marginalização. Nem nos aventuramos em abordar aqui o desafio quase insolúvel 4t e enfrentamos diante do quadro da nossa geração que, via de ; egra, não foi preparada para haver com uma juventude que 2volui em ritmo acelerado. Vêm-nos à mente dois fatos: Nuc; ~audosos tempos em que se dava o curso de preparação ;:wra u casamento em casa a um pequeno grupo de casais de noivos, o pai estava dando a sua palestra. Através da porta en~ trc-ab~rta, seu filho, atento, bebia tudo o que o pai dizia aos noivos. As tantas, não se conteve e exclamou: "Que bom seria se o ~enhor vivesse isto aqui em casa! ... " -- Nosso nmão equipista Nicolau Zarif conta o diálogo que pre, sen(·wu entre uma mãe, cristã, muito zelosa das suas respon, sabilida:.les com os desprotegidos, que se dedicava de corpo e alma à ::.dministração de um orfanato - a tal ponto que sua filhinha de oito anos lhe disse: "Sabe, mamãe, eu às vezes gostaria de ser órfã para poder estar um pouquinho com você ... " -20-


Quanrlo deixamos a responsabilidade pela ECIR, em abril, recebemos uma carta dos nossos filhos. Entre outras coisas, diziam: "Há dE:zt~sete anos divid:mos um tempo que era nosso com as Equipes (.,€ Nossa Senhora, muitas vezes incompreendidas por nós, q:.Je ~ó víamos, como resultado desse trabalho, a ausência de você~. HL.je percebemos a importância desse apostolado em prol das familias.'• Com essas citações, esperamos reafirmar:

- rz absoluta necessidade de sermos autênticos. Façamos todos os Psíorços para que haja coerência entre o que dizemos e prr:·gamos f: o que somos na realidade, no nosso dia a dia, no lar, na soded ... de, no . trabalho. Que, nas situações concretas em que some<> ~·m· olvidos, os outros possam perceber em quem pomos nossa <::spt:l ança. - - P. de sabermos descobrir o equilíbrio que deve existir ent,·e nosws engajamentos fora e nossa missão dentro do nosso lar. A família tem uma missão interior e outra voltada para fora. A:P.lbas são E.ssenciais para nossa plena realização dentro dos planes de 0 ;:-us. Há que se discernir objetivamente o que podemos e o que não podemos fazer, sempre com muita generosidade, com bastante &abedoria, absolutamente de acordo com o Dom que recebemcs ô.e Deus. Ninguém pode responder por nós.

Em Jeremias encontramos a seguinte súplica: "Eu sei, Iahweh, que não pertence ao homem o seu caminho, que não é dado a.J homem que caminha dirigir os seus passos; corrige-me, Iahweh, mas na justa medida, para que não me torne pequeno demais.' ' (J e. 10, 23). Asdm, para que nossa família possa desempenhar sua missão de '"gtnr~Jar , revelar e comunicar o amor"; para que ela possa ser para o mundo um sinal desse mesmo amor, uma comunid~de de pcsscas que participem da missão sacerdotal, real e profética de Je3us Cristo ; para que possa tomar parte viva e responsável nesta mt::.ma missão da Igreja, parece claro como a luz do dia: urge que tenhamos uma união vital com Cristo. Só Ele - e mais niuguém - pode assegurar-nos: "aquele que permanece em mim e eu nele, este produzirá muito fruto" (Jo. 15, 5b).

Dirce e Rubens

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UMA ORAÇÃO CONJUGAL

Senhor, somos dois.

Somos homem e mulher.

Somos um casal que busca, pelo caminho do amor humano. Nossas vidas corriam distantes, por caminhos distintos. Não sabemos como nos encontramos. Só sabemos que tudo sucedeu assim porque Tu o quisestes, para Tua glória e nossa felicidade. Obrigado, Senhor, pela sublime vocação matrimonial pela qual nos associas contigo para fazer do mundo comunidade de homens, família de irmãos, lar de filhos de Deus: Nós queremos ser-Te fiéis, mas desconfiamos das nossas forças. Ajuda-nos, Senhor, na difícil tarefa do amor, que é tarefa de sacrifício e de entrega generosa. Livra-nos do egoísmo, que esteriliza a vida, da impureza que profana o Teu templo; do orgulho que nos desliga de Ti e dos outros. Sê, Tu, companheiro e hóspede constante de nossa casa e de nossa vida matrimonial.

Colaboração de Maria Amélia e João Osmar

Equipe 2 do A.B . C.

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BENDITO O PAI. ..

Bent..ltú o pai que sabe dar amor com o pão de cada dia, dando a t ada filho a palavra certa na hora certa e no lar a paz de que raaa coração precisa. Bend1to o pai que sabe dialogar, perdoar, ouvir, compreender. Que sabe ser aquele pai maduro em quem o filho pode confiar &empre, pois é equilibrado, generoso, não é ditador, permitindo cme o filho cresça sem anulá-lo. seus

Ben~ito o pai filh~..s vivam

que é carinhoso e paciente, fazendo com que em segurança.

Bennito o pai que é otimista e sabe espalhar alegria em seu rf-dor, plantando bondade com seus exemplos concretos de caridad~.

Hend1to o pai que, sabendo que é humano, procura corrigir suas falha!: e com tais atitudes ensina seus filhos a perseverar para melhorarem em todos os sentidos. B!-'ndito o pai que, respeitando seu lar e seus filhos, inspira respP.ito e confiança, moldando no espírito de seus filhos sua própria ! mE gem. BPrJdiio o pai que, mais do que dar valiosos presentes. dá atenl;áO, hç.ôes de vida e de trabalho, sabendo ser um oasis e um porto seguro para os seus. Bendito o pai que dá testemunho de que Deus existe pelo seu modo feliz e digno de viver. Bendito será este pai, que viverá para sempre, carinhosamente, no c·ot Eção de seus filhos.

Jurema X. Fischer EQuipe • de F lnrianópolts

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TESTEMUNHO

Na vida, tudo acontece obedecendo a uma sequência lógica, propordouando-nos condições de evoluir ou não, dependendo de nossa vontade. Na nüssa vida isso foi uma realidade. Nós nos casamos por nos qo.1uer muito, uma vez que muitas coisas pareciam estar c0ntrn. Soubemos reconhecer um no outro aquilo que buscávamos c·om o ideal de vida em comum. O início do casamento não foi fácil , pris temos temperamentos opostos e difíceis, mas tínhamo~ uma certeza: queríamos vencer juntos. Rec::bf·mos então o convite para o Cursilho e o aceitamos. Lá toman os conhecimento dos nossos defeitos. Ficou-nos. porém. ur.. a interrogação: como corrigi-los? A :es:posta nos foi dada na Escola de Pais, da qual começamos a participar levados por um casal amigo. Foi muito bom porq ue tc j namo-nos muito unidos, nós e os nossos três filhos, c0n1 um único objetivo: crescermos na vida espiritual com Cristo. Pa':>s<: <..05 oito anos dessa fase, sentimos que precisávamos de algo mais, porque este estágio se transformara numa rotina. Um ciia soubemos da existência das Equipes de Nossa Senhora e no5 candidatamos sem saber se seriamos aceitos ou não. Mas Cr·isto já nos havia escolhido! logo nas primeiras reuniões sentimos que era o que precisávamüs no nosso casamento. Faltava-nos o que consideramos prÜlJ t r diaJ: meios de desenvolver a vida espiritual do casal, atravé:; d;~. ora~:.ão em comum, da aceitação um do outro e das nossas lir'1 ite:. ções. Por isso queremos desenvolver cada vez mais a oração em iamília e juntos aperfeiçoarmos nosso relacionamento cristão.

Sônia e Pedro Equipe 1 de São José do Rio Preto

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NOTíCIAS DOS SETORES MA!IiAUS -

Adotando um seminariSta

f':a'!:.mdo que a noticia ia agradar-nos muito, Neusa e Antônio nos contartttlt •.• ·l~ um casal da Equipe 1 tomou como afilhado um seminarista. O jovem estuc.a em Manaus, mas é natural do R :o Grande do Sul. Assim, longe da iamflla, encontrou o carinho e o apoio de uma nova familia. O exeu1plo fica ai. . . RS, SI!'TúR LESTE -

Mais filhos no seminário

Outra nútícia alvl.s.sareira: dois filhos de casais equipistas entraram no semmárit . Trata se de Guilherme, 14 anos, filho de Sueli e Enedir Bach, da Equipe 1, Na. Sra. da Conceição, de Osóri(J, e Rudlnel, 13 I:Wlt'~>, filho de Terez <nha e João dos San ~ os Pereira, da Equipe 2, Na. Sra. Aparecida, de Tt>rra de / reia . Maria Olívia e Luiz Carlos, responsãveis pelo Setor, pedem as oraçõt:.> ó r todos para que perseverem na vocação esses meninos que tivera:tJ.l a gra,ça de ouvir o chamado de Deus. POR'l'O ALEGRE, SETOR B -

Retiro pa.ra. os filhos

Atendendo ao desejo expresso pelos próprios filhos, os equipistas do Setor B orgam7.:lram um dia de retiro para crianças de 7 a 13 anos. Participaram 35 crianças, dos setores A, B, C e D de Porto Alegre . "0 retiro teve início às 8 lls ., rfOm muita alegria e entusiasmo dos inscritos, escrevem Célia e .A7.r.ml:JLJja. Frei Evaldo falou sobre Jesus Cristo, meu amigo, e Nery e João Carlos S<Jbrt O que fazem os nossos pais nas E . N. S. Houve ainda o testemclnho dt· casal Tereza e Barbosa e dos jovens da equipi,nha 5/ B, formada pelos filho:, dos casais da Equipe 5, equipinha na qual todos buscam, crescendo na ami.:ade, conhecer melhor a Cristo e servi-lo .

Fai um dia gratificante para a equipe de trt~.balho e os coordenadóres de grctJ)tJ.'l . A:, rP.flExões nos grupos demonstraram a espiritua'idade e o interesse uas crianças pelas E .N.S . Encerramento com a Santa Missa, seguida de con frat t:rnização, com chocolate c bolos, brincadeiras e uma chuva de bala<;. " 8RAStLIA -

Despede-se D. José Newton

Revest1u-se de carãter particular a missa mensal do mês de março em G> equiplstas quiseram prestar homenagem de gratidão do movin:e-nto a D. José Newton de Almeida Batista, Arcebispo de Brasilia, que se dastava aa direção da Arquidiocese após fecunda atuação apostólica - que Brn.~ília :

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coincide cum oo anos de existência da Capital Federal. A solenidade realizou-se no Seminário Arquidiocesano, que assinala uma das fundamentais llrencupa..ôl!l! ps~toral.'> d .. D. Newton ao longo desses anos: as vocações sacel·dota:s. A.s Equipes de Nossa Senhora agradecem-lhe o ze:o e a dedicação, a pals.us mansa e profunda que semeou todas as vezes em que celebrou e pregou h tendendo à solicitação do movimento em Brasília. -

Educação permanente da fé

"'S!:nhor, nossa alma está inquieta e não encontrará paz enquanto nã6 descansar em vós' (Santo Agostinho) . Essa irrequietude do coração, essa ânsia, além dt: ser própria da natureza humana, demonstra a necessidade de nos • dt.carmos na fé, com esforço próprio e programado. Conscientes dessa D!:<';:ss1caàe, os Setores de Bras ília estão realizando um programa de etluca~;áo r.trmanente na fé, que consiste, basicamente, em encontros de 1eflexão e u:tudo sobre espiritualidade (45 minutos), orações, e assuntos relac1ümtdvs rom a vida equipista. Os encontros realizam-se aos sábados, duas v.;zes por rr,ê:; e têm a duração de duas horas. 'Se o educar-se na fé é uma aspt.r:1ção !! um dever de toda criatura, para nós, cristãos, afirmamoo que é imperioQa ... · (Boletim n9 70 das Equipes de Brasilia)." BELO Ht..RIZONTE -

19 Mutiráo

EsClevEm Marilda e Waldon, secretários da Coordenação: "Parece um sonho, rr.as aconteceu, no noviciado da Santíssima Trindade, um mutirão para 23 casais, entre os quais 2 de Pirapora . Qua,nta riqueza em t ão pouco tempo! ru: palestras nos disseram tudo, t ão claro! Vejam só: 'Só é solldário qu~:;m ama!' 'O homem só é perfeito, completo e definitivo, quando reallz~:t. a \<X:ação do equUbrio consigo mesmo, com o outro, o mundo e Deus' ·corr:o encontrar o caminho? Na vivência do amor! ' E assim fomos raminha,.,do até que chegou o domingo à tarde e pudemoo sentir o valor da ajuda 1rs.terna, o valor do dar as m ãos, o valor de ajudar o outro a realizar HU ideal em Cristo!" O Pe. Lima abrilhantou o encontro com suas colo1.arões sempre muito oportunas e profundas. Até mesmo D. Cristiano se fez presente na reunião doo Conselheiroo Espirituais. Participaram da equipe de serviço três casais de Juiz de Fora: A.strid e Ribeiro, Margarfe ~ e Agostinho e Maria Cleusa e Agildo . Presente também o Casal Regional, Lilian e Quadra. NOVA

FR~BURGO

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Dia. de estudo e transmissão de ca.rgo

"&.ibre o t ema 'Vida', escrevem Inês e Fernando Barros, casal secretário <ia Cul.lJenação, tendo como palestrante o Pe. Cândido Ribeiro Correia, realizou-se, no dia 14 de abril, um dia de estudo que contou com a participação de casais de todas as equipes locais." O pregador levou os casais

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a wn pro•undo questionamento sobre o que atenta contra a vida do ho· mcm - orscmprego, exploração da mão-de-obra, doenças, aborto, etc. Dentro da ce1tbração eucarfstica, concelebrada por D. Clemente Isnard e pelo Pe. Akfsio Neno, Conselheiro Espiritual da Coordenação, Teima e Dário pru:saram a responsabilidade da Coordenação para Norma e Celso Ferreira. l<,lzeram-se presentes, trazendo palavras de amor e incentivo, Mary-Nize e Sérgio, 1u.pcn.~áveis pela Região. VURITIRA, SETOR A -

Ma.is um casal comemora. ...

• • • •·5('1 anos de casamento e serviço à Igreja (cf. C.M. de abril/84> . Antes dt lr.gr€;S.~r. 22 anos atrás, na Equipe de Na. Sra. do Rosário, da qunl silo membros fundadores. Laura e Carlos Cunha participavam ativamente de b.Ssociações religiosas e obras de f!"antropia. "Carlos, nos seus 54 anos l..''u.le-endn medicina, concedendo consultas gratuitas a pessoas necessitadas, a.._ou Elhando princípios de moralidade conformes ao Evangelho escrevem blphéria e Oswaldo, responsáveis pelo Setor. Laura, colaborando com a Absociação das Mães Cristãs e sendo uma das fundadoras e a 1' Pl·~:lit:lente C:al! Damas de Caridade do núcleo Na. Sra. da Medalha Milagrosa, ct· .io trabalho foi se ampliando até fornecer, além de gêneros alimentícios, :.restramento profisslonal."

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Agradecendo aos Conselheiros

"Frei Dionfsio Cuschieri e Pe. Wilton Morai.& Lopes, respectivamentE: Conseiheiros Espirituais das Equipes 38 e 5, do Setor A, foram transferidos para Ponta Grossa, "enviados para guiar ao Senhor outros irmãos". "Deçejamos. t crescentam Alphéria e Oswaldo, continuar ligados pela fé e part!lhanjo &legrias e tristezas, como 'irmãos entre irmãos' que percorrem o mesmo car. inho, para Crts:o, por Maria. Como aqui fizeram, pedimos que não ~esM:m dr pregar a espiritualidade conjugal e fam1liar. Queiram aceitar nlll>SuS agradecimentos e fiquem certos da recompensa divina pelo bem qui! no, 1-lbP.ram. " t>ITANGFURAS, PR -

Terço em comunidade

A "!- quipr de Pitanguelras, durante o mês de maiO, rezou diariamente o terço em louvor a Na . Sra. de Fátima, na igreja matriz, juntamente com a comnniaade. O encerramento foi feito com a coroação da imagem de Nossa ::;tnuora. BAURU -

Encantro de Jovens

Organlz&do pela Equipe 13, realizou-se o ENJOVENS, do qual participaram 41 jovtns, entre filhos de equipistas e convidados. Os jovens, na sua totalirladP, avaliaram o encontro como excelente. A tõnica do encontro foi VOCAÇ~O. O noviço Lufs Ce..~r Kreps deu um belfssimo testemunho sobre

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como ouviu e atendeu a~ chamado de Deus. Pe. Jonas fa~ ou sobre como 10tr Igreja lOVem boje e Irmã Virgínia sobre a. 'Vida de clausura, conversan~o com os Jovens e respondendo às perguntas sobre a vida num mosteiro. Taml tlm os grupos de coparticipação, as músicas c, coroando o encontro, eucarística, ajudaram a deixar a todos "em estado de graça" Pf!lO ·•gn~ ude alimento espiritual que proporcionou aos jovens", concluem Neusa e or:ando citando nalavras das avaliacões dos jovens . a

celcbra~ ão

.TACAREt -

Peregrinação

A c"emplo do ano passado, o Setor promoveu uma peregrinação, durante o nu~s de maio. "Saímos, escrevem Angela e Zezinho, da Capela do Asilu Fredo=rico Ozanam às 6h15 e fomos até a Matriz de Santa Cecilia, onde par.iciiJamos da Santa Missa. Durante a peregrinação, rezamos o terço e l!ntoamos LinCE à Virgem Mãe, felizes por mais essa oportunidade de rev~urr.os e c,r..ntarmos à Nossa Mãe do Céu, que, com sua força infinita e tanta humildadto nos aceitou como filhos e nos Pl'Otege e abençoa. "

ARAÇATUBA -

Dia de reflexão para os filhos

Foram 65 os jovens, de 12 a 18 anos, que participaram do domingo de reflexão l onduzido pelo Pe. Gusson, a pedido dos equipistas, que se haviam entusia:.mado com o retiro pregado em agosto do ano passado. Nií '.' nol.ive propriamente um cronograma, pois "o Pe. Gusson quis que tudo .se de.<cnvolvesse de acordo com o que os jovens pedissem ou necessitassem ·•, ~screvem Wilma e Alfredo . Durante as reflexões, os jovens argun:E'ntavam sobre o tema, perguntavam e o Pe. Gusson respondia .

Tniciou··&e o dia às 8hs, com orações, seguidas de uma reflexão sobre A l"esponNabiiidade dos jovens na familla. e na sociedade - Ajustamentos e desajustamlntos. Os jovens foram divididos em 6 gntpos, de acordo com a Idade?, pan discutir sobre os ru:suntos abordados, seguindo-se um painel com as respostas dos grupos e explicações do Pe. Gusson, que completou com uma :·ofle:!' ãiJ sobre o relacionamento entre pais e filhos. Após o almoço, o Pe. Gusson desenvo:veu os temas Educação, obra de fé - Os filhos na. família cristã, e houve grupos de reflexão e painel, como 11a p!\!tP. n& manhã. Encerrou-se o dia com a missa, com a participação dos pais. Afirmam wrma e Alfredo : " Esse dia foi, sem dúvida, o ponto alto da ,,,ü,cia das E . N.S. no ano de 1983. Foi um dia inesquecivel e os jo\ens t:stãc pedindo outros iguais."

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CATANIHJVA -

As horas de Maria ...

Escrevem Ruth e Raul! "A Carta Mensal de maio nos trouxe uma sugestão de Cidinha e Igar para que em nossos encontros e reuniões introduzW;em )S wn "momento de Maria". Esta sugestão veio de encontro à programa:.ção do nosso Setor para o mês de maio: no dia 26 de maio, os equ!pi&tas de Catanduva fizeram 10 horas de vigília, revezando-se, de 30 em 30 minútos, aos pés da VirgE'm, rezando o terço, na Capela do Hospital Padre Albir;r·. A vigília foi nas seguintes intenções: 'Em louvor e agradecimento a Maria pelas bênçãos e graças que nos oferece todo~ oc; dias, meses e anos. Pelos 10 anos do Movimento em Catavduva.. FelOE· 35 anos do Movimento Brasil. Pelas vocações (13 de maio foi o Dia mundial de Oração pelas Vocações). Pelo novo casal responsável pelo Setor t pelos novos casais responsáveis."

Enc!'rrou-se a vigília às 20hs, com missa celebrada pelos Conselheiros Escalados para a última meia hora antes da missa, os equipistas d~ São José do Rio Preto também puderam participar da vigilia. TerIDlllOU o d1a com um café de confraternização para o qual se responsabilizaram todas as equipes . ~i:pi;::tu~oi.<.. .

~ARíLIA

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Enoonltro de filhos

'll[ais um Setor concretizando a opção da Igreja pelos jovens (e houve ClUtros a.nda, mas não recebemos a noticia!). Participaram 59 jovens, filhos c)c Nl'.llPlStas e alguns amigos, namorados e namoradas. Do programa constaram três pa!estras: sobre Deus, fé e religião, sobre O Movimento das E. N. ·s e o que é uma. reunião de equipe e sobre O testemufnhoo. Os filh.~ e<:tavam duMibufdos por grupos de idades (5 a 8 anos, 9 a 12 e 13 a 23). Com os maiores, grupos de estudos e testemunhos. Com os menores, colngem pintura, canto, brincadeiras diversas. E finalmente entrega de men~geno;; elos pais aos filhos, dos filhos aos pais, e missa de encerramento. Foi r;pmlão de todos que "o encontro foi válido em todos os sentidos", escnvem Marlene e Daniel. Ao traçar-se planos para o próximo, foram aceitas as sPguintes sugestões: que as t.rês turmas sejam assim distribuídas: de 5 a 8 anos, de 9 a 14 de 15 ~n. diante; que haja uma reunião de equipe, com todas as suas Partes, a hm de que os filhos saibam o qúe os pais fazem em sua reunião mensal; r,ue antes da missa de encerramento haja uma palestra para os pais e um momento para a leitura dos testemunhos dos filhos.

f!

Os pais colaboraram na ordem, no almoço e empenhando-se para que 11aquele ma houv~se um verdadeiro encontro com Deus, uma tomada de consdên~ia, um aumento de fé, assim como maior união entre os filhos, entrelaçnmeLlto de amizades. Conclusão: o encontro dos filhos foi também mmto válido pa.ra os pais.

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DOIS Cóh-REGOS -

Novo Casal

Respon.~vel

"~o C:ia 25 de março, dia em que Maria disse Sim ao Senhor, Maria e Olavo •amt>ém disseram sim perante Deus e perante os equipistas de Dois Cón-ego;;, btctas e Mineiros do Tietê, ao assumirem a Coordenação, em substituicão a ,'tne e Pedro Gilberto. A celebração deu-se numa manhã de recolhimento e esteve presente para a transmisSão do cargo o Casal Regional, Ol~otuinha e Toninha." Neusa e Waldemar, responsáveis pela secretaria da Coordt.•lf.'.ção, pedem desculpas pelo atraso no envio da noticia, "mas é que, com a JPlerida mudança na Coordenação, ainda estamos um tanto quanto atral)alhadc3". Tudo bem, amle:os, assim mesmo agradecemos a noticiai

Contc.u com a participação de 52 casais (40% dos que compõem as 24 equipes do Setor> o retiro pregado em maio pelo Cônego Pedro. Escrevem CHória e Emilio: "Mesmo auando o tema é bastante fami:iar. no::.so queridlssimo Côt.ego Pedro sabe aoresentá-lo de maneira tão diferente, tão objetlva e couvincente que se torna surpreendente na sua eficácia. O tema abordado: 'Quem sou eu?' teve como objetivo fundamental o encontro com o Cristo •mtimo ' que mora dentro de cada um de nós e a nossa revisão de vida cmn-1 individuo. como cristão e como casal. O encadeamento das palestras reavivou a crnscientizacão de que, como membro do Corpo Mistico de Cristo, todo crlstiio deve ser um missionário da Igreja e o equipista tem por obrigscib :nalor SP.r profeta por excelência, em suas palavras. ações e testemunho de v da."

VOLTOU AO PAI Wn 'IFR BAPTISTA DOS SANTOS - Da Equipe 4, Na . Sra. de J.ime;ra. Casado com Maria Zilá., "Walter prestou serviços à rantP mais de dez anos. com alegria, dinamismo e organização. uo a qdv~<n.idade, como sempre pedia em suas orações. deu seu de ClJl'H~t:m. dP fé e de amor."

de Lourdes, equipe duEnfrentantestemunho

NOVAS EQUIPES MANAUS - Equipe 17, Na.. Sra. de Guadalupe - Casal Piloto: Janeide e Carlos Henrique; Conselheiro Espiritual: Frei Francisco Maria de Lábrea, OFM. ARAÇATlTf)A Equipe 23 - Casal Piloto: Rosa Maria e Rubens; Conselheiro Esp!Titual: Pe. Carmelo Utel.

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ARARAQUARA - Equipe "nova" 2 - Na. Sra. de Lourdes - Casal Piloto: lt nic(' e Lutz; Conselheiro Espiritual: Pe. Clayton Santana, CRRS. MOGI IJ..4S CRUZES - Equipe 10 - Na. Sra. dos Anjos loto: Lella e Paulo; Conselheiro Espiritual: Pe. Javier Martinez.

Casal Pi·

NOVOS CONSELHEIROS Com " volta do Pe. Chiquinho para São Paulo, assumiram as equipes de SAO JOSÉ DO RIO PRETO os seguintes Conselheiros Espirituais: Na equipe 1, P<>. Jarbas; na Equipe 2, Pe. Adriano e na Equipe 3, Frei Joaquim. As duas ~timas estão ainda em pilotagem.

SESSÃO DE FORMAÇÃO EM JUNDIAl .RP.Uhindo 18 casais, vindos de Araraquara, Bauru, Brotas, Dois Córregos, Itu, Jundiai, São Carlos, Sorocaba, Taubaté, Valinhos e Vinhedo, tivemos em Jundiai r•. ais uma Sessão de Formação, coordenada por Véra e Leosmar, de SororSlb..L, Casal Regional. O r.onsclhriro Espiritual da Sessão, Frei Estevão Nunes, veio de Curitiba com muita G.isponlbilidade, e foi presença marcante pela sua vivência e exemplo de crist.aniano autêntico. Fr"i EFtt>,·ão. Cidlnha e Igar, Chico e Leosmar meditaram conosco com m•1tta ;>r':>J ·rledade sobre: Seguir o Cristo; Vocação; Vocação dos Equiptstas; Espiritualidade Conjugal; Cristo Hoje, a Igreja; Cristo Comunidade; O Mandamento Nove>; Oraçãr>; Equipista, Portador da Palavra. As reflexões tndivid:Jrt.s dos casais e em grupos enriqueceram ainda mais os temas tratado.s As celebrações litúrgicas foram de espiritualidade profunda,- tendo como por,to cent.Ta! a Semana Santa, vivida Intensamente por todos através das pregaçõe'i, ' ánticos, orações, meditações, cerimOnia do Lava-pés, vlgilia, e jejum da b' feira Santa, feito por todos os participantes.

A presf.r,ça marcante de ca.~ais jovens, com seu entusiasmo, contagiou os demais r,a,·:.tripantes. As equipes de serviço, de liturgia e as Irmãs Agostinial.as c!a Vila Galimberti muito contribuiram para que a maioria dos caSdis wn<:idt n.sse a Sessão d~> Formação como um dos maiores encontros dos quais ;>a1 t.r ;.pou.

Nancy e Benjamin Equipe 20 de Campinas

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UM

TEXTO DE MEDITAÇAO -

CORPO

Rom. 12, 3-8

Em virtude da graça que me foi concedida, eu peço a cada um de vós que não tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que convém, mas uma justa estima, ditada pela sabedoria, de acordo com a medida da fé que Deus dispensou a cada um. Pois a::sim como num só corpo temos muitos membros, e os membros não têm todos a mesma função, de modo análogo nós somos muitos e formamos um só corpo em Cristo, sendo membros uns dos outros. Tendo, porém, dons diferentes, segundo a graça qt.e nos foi dada, quem tem o dom da profecia, que o exerça sLgundo a proporção da nossa fé; quem tem o dom do serviço. o exerça servindo: quem o do ensino, ensinando; quem o da ·~xurtação, exortando. Aquele que distribui seus bens, que o faça rom simplicidade: aquele que preside, com diligência; aquele que exerce misericórdia, com alegria. ORAÇAO -

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(Canto de Roma/82)

Nós f01 roamos um só corpo, nós qut! repartimos um só pão. É J ems Cristo a cabeça desse corpo, a Ign.ja do Senhor!

Há mn so Corpo e um só Espírito, assim cm.11o nossa vocação nos chama a uma só esperança, um só [?enhor, uma só fé, um só batismo, um só DLus e Pai que age e permanece em todos. -- Nós formamos um só corpo, nós que repartimos um só pão. É Jesus Cristo a cabeça desse corpo, a Jgreja do Senhor!

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conj.ugal e familiar

Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 01050 -

Rua Jo ão Adolfo, 118 - 99 - conj. 901 SAO PAULO. SP

Te!. : 34-8833


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