"VOS S·OIS O CORPO D·E CRISTO" O LEIGO (EQUIPISTA) PRESENÇA DA IGREJA NO MUNDO
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ESCUTAR A PALAVRA D·E DEUS
UM MOMENTO COM A EQUIPE DA CARTA MENSAL Estamos preocupados. A Equipe da Carta Mensal, que coloca entre seus objetivos o de ser um êlo de ligação na comunicação entre as Equipes e o Movimento, entre Equipes e Equipes, está com dificuldades para atingf-lo. São bem poucas as notfcias que nos chegam. Temos pouca comunicação a transmitir, as Equipes não nos mandam quase nada. E se não nos escrevem, nós sempre nos perguntamos: será que nos leem? Ou será, como preferimos acreditar, que se trata apenas do efeito (retardado) das férias? Se vocês não nos dizem o que vocês querem ler na Carta Mensal, vocês vão continuar lendo - já que preferimos acreditar que vocês leem - aquilo que nossa Equipe acha que deve incluir. Sejamos lógicos: se vocês não nos animam, desanimamos. Mesmo que nos digam que a Carta não está boâ, que falta isso ou aquilo, que seria melhor se tivesse tal ou qual seção, nos sentiremos animados. Porque se desanimamos, a Carta também sai murcha. Aí é que ninguém vai ler, e estará completo o círculo vicioso. Sabemos que a Carta Mensal depende muito de nossa Equipe. Mas depende também muito da sua. Que tal participar?
-o1\daria, nossa Mãe querida, preside a esta edição de maio da Carta Mensal. Neste mês, que os homens dedicam à Mãe de Deus e nossa, trazemos a vocês a palavra do Papa, do Movimento, de um santo, de jovens, de uma equipista a respeito daquela a quem nossas equipes invocam permanentemente. Ela ouvirá nossas orações e rezará conosco ao Pai , falará por nós a seu Filho, pedindo por nossa pátria que passa por momentos tão difíceis. Este mês nos traz também extensas notícias de nossos bispos, que agora vocês encontram na Carta Mensal reunidas sob o título "A Palavra de nossos Pastores ". Também gostaríamos de transmitir a eles notícias sobre as reflexões dos equipistas a partir dos artigos que vimos publicando sobre o Sínodo. O que vocês acham? · No que diz respeito à vida e aos métodos do Movimento, temos este mês uma orientação sobre Retiros de Casais. E a penúltima página nos dá uma pequena relação dos Setores que já nos enviaram sua programação de Retiros .
-oComo está nosso fôlego? E nossa velocidade de cruzeiro? São perguntas bastante pertinentes que o Pe. Olivier nos faz em seu Editorial deste número. Esperamos que nos levem a boas reflexões em nossas equipes. Todos são convocados! Boa leitura! -1-
EDITORIAL
NOVO FôLEGO Em certos esportes, como no boxe, no tênis ou nos campeonatos de futebol, um "novo fôlego" pode ser decisivo, tanto para a pessoa como para a equipe toda. Se não se consegue recuperá-lo, todo aquele esforço feito até então poderá ter sido em vão . "Acabou o gás", estamos sem fôlego, como se diz ... O mesmo pode acontecer na vida do casal. 1! preciso, num determinado momento, saber encontrar um outro ritmo, uma nova juventude. Aqui também está valendo o famoso paralelo que a Bíblia traça, entre a aliança divina e o amor humano. Basta reler Oséias, quando fala da renovação dos esponsais de Yahvé com seu povo, sua desposada:
"Por isso, eu mesmo a seduzirei, conduzirei ao deserto (símbolo do ideal perdido) e lhe falarei ao coração . .. Lá ela responderá como nos dias da juventude, como no dia em que subiu do Egito. (2, 16-17)
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assim também para um movimento como o das equipes de N. Senhora. Para ficar ainda com a terminologia desportiva, teríamos que falar .:qui em "Maratona". Pois é longo o percurso que o movimento fez desde a promulgação dos Estatutos em 1947. Quarenta anos! O mesmo que os Israelitas no deserto! Parte-se na esperança e no entusiasmo. Vive-se a força da inércia por algum tempo. Mas o desgaste acontece, fatalmente . . . Por isso, é preciso recomeçar, tomar novos impulsos. 1! o que já se fez muitas vezes, no movimento. E aí está, sem dúvida, o segredo de uma vitalidade sempre evidente. De uma fecundidade que se espalhou pelo mundo inteiro. Celebraremos, em 1987, com algum brilho, o quadragésimo aniversário dos Estatutos. 1! uma data importante. De forma especial, teremos que dar graças por tudo o que recebemos do Senhor. Eis porque queremos tomar como tema de encaminhamento para o grande encontro de 1988, o cântico de Maria, o Magnificat. ' Mas deve ser também uma oportunidade para encontrarmos novo fôlego. Gostaria de voltar ·sobre o assunto, em detalhe, nos meus editoriais
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de 1987. Por enquanto, proponho-lhes duas pistas para reflexão. E dirijo-me de forma mais insistente às equipes mais antigas que, por sua experiência, carregam e sustentam mais o peso do movimento. 1. Primeiramente, a idéia de uma revisão da vida da própria equipe ou, para usar um termo mais familiar: fazer uma espécie de "dever de sentar-se" em equipe. Para ver a quantas andamos, o que funciona bem, o que poderia ir melhor, onde nos descuidamos um pouco ... F, claro que fazemos isto regularmente (cada ano, na reunião de balanço), mas precisaria ir até o fundo pelo menos uma vez, como o homem da parábola que se senta para estudar como vai poder construir a casa. Senão, corre o risco de não acabar a obra. Será que não andamos cochilando ou mesmo dormindo um pouco? Será que não acabamos assumindo uma velocidade de cruzeiro bastante sossegada? Ninguém faz ondas, ninguém revolve a correnteza ... Estamos bem, assim, juntos, instaladinhos, "ronronando" ... Mas será que continuamos avançando? Precisaríamos, talvez, em algumas equipes, de um pouco de oxigênio, de um pouco de sangue novo. Já pensamos nisso? Não é sempre bom ficar só entre nós, indefinidamente. Acabamos por nos conhecer bem demais, por saber nos "poupar" bem demais, uns aos outros. Quem sabe, a chegada de um novo casal poderá nos dar este novo fôlego. 2. Em determinado momento -e os quarenta anos representam um momento crucial - é útil marcar uma ruptura, quebrar um ritmo que se tornou por demais monótono ou perigosamente eufórico. F, o momento âe dar um passo decisivo, de fazer uma escolha, uma opção. Entendamo-nos! Não se trata de procurar outra coisa, fora das grandes intuições que fundaram as ENS, fora das nossas "obrigações" que agora são chamadas de pontos concretos de esforço. Trata-se, ao contrário, de caminhar mais adiante na mesma linha, na própria linha de nosso engajamento. Trata-se de repensar em profundidade este engajamento, de redescobrir, talvez, com renovado vigor, seu sentido fundamental; dê reavivar, em todo caso, nossa adesão concreta - e não somente aos princípios, mas na prática mais imediata. Como dar mais um passo na oração, na meditação (entrar no "palácio do rei")? Como viver de forma mais radical a união do casal? Como dar um passo a mai~. em equipe, para nossa partilha? F, este, se não me engano, o próprio sentido do que se chamou aprofundamento. Em resumo, é o que entendo por novo fôlego. Voltarei a ele. Mas é preciso, de imediato, tomar uma profunda "inspiração"! Pe. Bernard Olivier, o.p.
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A PALAVRA DO PAPA
Na solenidade da Mãe de Deus e Dia da Paz, em 1. 0 de janeiro deste ano, João Paulo IJ pronunciou uma homilia, no decorrer da qual anunciou um ANO MARIANO, que se inicia no mês de junho, no dia de Pentecostes.
"Salve, 6 cheia de graça, o Senhor está contigo . .. " (Lc. 1, 28).
Tu és feliz porque acreditaste. . . (cf. Lc. 1, 45) . Acreditaste no momento da Anunciação. Acreditaste na noite de Belém. Acreditaste no Calvário. Avançaste na peregrinação da fé e conservaste fielmente á tua união com o Filho, Redentor do mundo (cf. Lumen Gentium, 58). Assim te viram as gerações do Povo de Deus sobre a terra inteira. Assim te apresentou, 6 Bem-aventurada Virgem, o Concílio do nosso século. A Igreja fixa o seu olhar em Ti como seu próprio modêlo. Fixa-o em particular neste período em que ela se dispõe a celebrar o advento do terceiro milénio da era ,cristã. Para se preparar melhor para este acontecimento, a Igreja dirige o seu olhar a Ti, que foste o instrumento providencial de que o Filho de Deus se serviu para se tornar Filho do homem e para dar início aos tempos novos. Com este intento ela quer celebrar um especial Ano dedicado a Ti, um Ano Mariano, que, iniciando no próximo Pentecostes, se. concluirá, no ano sucessivo, com a grande festa da tua Assunção ao Céu. Um ano que todas as dioceses celebrarão com particulares iniciativas, em ordem a aprofundarem o Teu mistério e a favorecerem a devoção a Ti num renovado empenho de adesão à vontade de Deus, segundo o exemplo oferecido por Ti, Serva do Senhor. Tais iniciativas poderão frutuosamente enquadrar-se no contexto do ano litúrgico e na "geografia" dos Santuários, que a piedade dos fiéis elevaram a Ti, 6 Virgem Maria, em todas as partes da terra. Nós desejamos, 6 Maria, que Tu resplandeças no horizonte do advento dos nossos tempos, enquanto nos aproximamos da etapa do terceiro milénio depois de Cristo. Desejamos aprofundar a consciência da presença no mistério de Cristo. Para tanto, o presente Sucessor de Pedro, que a Ti confia o seu ministério, entende proximamente dirigir-se aos
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seus Irmãos na fé com uma Carta Encíclica, dedicada a Ti, Virgem Maria, inestimável dom de Deus à humanidade.(*) Feliz de Ti que acreditaste! O Evangelista fala de Ti, dizendo: "Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração" (Lc. 2, 19).
Tu és Memória da Igreja! A Igreja aprende de Ti, Maria, que ser Mãe quer dizer ser uma viva memória, isto é, "conservar e meditar no coração" as vicissitudes dos homens e dos povos; as vicissitudes alegres e as dolorosas. (*) Encíclica Redemptoris Mater, publicada em 26/3/87.
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A ECIR CONVERSA COM VOCÊS
"0 SENHOR FEZ EM MIM MARAVILHAS" Mês de Maio. Mês de Maria. Mês em que as Equipes, que num momento de inspiração dívina consagraram-se a Nossa Senhora, completam, aqui no Brasil, mais um ano de existência. São quase quarenta anos de uma prncura diuturna em busca de um aperfeiçoamento espiritual do casal cristão. Para isto almejamos todos nós que nos engajamos no Movimento, atingir, ainda que em pequeníssima escala aquela meta que nos foi propiciada pela Sagrada Família. Buscamos todos trazer para nosso ambiente familiar, aquela convivência que Maria tão bem soube levar para o seio de sua pequena família. Seu exemplo, como mãe amantíssima, há de ser seguido por todos aqueles que desejam para sí um lar cercado de amor e carinho. E é justamente através desta família bem formada, na qual, sem dúvida, há de imperar o amor e o respeito, que haverá a possibilidade de uma inserção cada vez maior dos casais que a compõem, na grande Igreja. Como fazer para que esta pequena igreja que é a família, possa ser um verdadeiro lar cristão, onde o primeiro mandamento, "amai-vos uns aos outros", deve ser o lema? ~ certamente através da oração que poderemos atingir este objetivo. Ao falarmos em oração, lembramos, de pronto, "daquela oração sublime e que se tornou a própria oração por excelência das E.N.S. Vêm-nos de imediato à mente aquelas palavras, que são um verdadeiro cântico, e que formam o "Magnificat". Quanta beleza encerra esta oração, que é a oração de Maria. São tão admiraveis e cheias de sentido as palavras do "Magnificat"; encerram um conjunto tão maravilhoso de lou- . vores, de agradecimentos e de virtudes práticas que não podemos deixar de apreciá-las e de nos debruçarmos sobre elas como fonte de ensinamento. Ao dizer- "a minha alma engrandece ao Senhor" - a Virgem Maria nos alerta para a finalidade precípua do ser humano - louvar e engrandecer ao Senhor. Nós o mais das vezes engrandecemos a Deus com a língua, porém, não com todo o nosso ser. Procuremos, pois, nos inspirar em Maria, que engrandece o Senhor com toda a sua alma e seu coração. Por isso lhe disse no tempo presente: "a minha alma engrandece", não disse engrandeceu ou engrandecerá, o que significa engrandece agora e sempre. ~ verdade que pouco podemos e pouco valemos, mas com esse
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pouco e do modo que podemos, proponhamos louvar e engrandecer ao Senhor, como o fez Maria. Ao dizer "o meu espírito se alegrou em Deus meu Salvador", Maria encontra-se inundada de um gozo perene, de uma alegria espiritual e eterna, uma vez que invoca o Deus Salvador, o Deus que todos nós também esperamos - o Deus Redentor e Salvador. Que lição belíssima de humildade encontramos na expressão -"pôs os olhos na humildade de sua serva". Isto nos faz refletir e muito - Que somos nós? Que somos nós diante de Deus? Tudo o que somos lhe pertence. Apenas uma coisa é exclusivamente nossa: o pecado. Assim, louvemos a Ele, agradecendo sempre a possibilidade que nos oferece de nos reconciliarmos com o Senhor, mas façamo-lo com toda humildade, a exemplo de Maria. "Doravante toda a terra cantará os meus louvores" - Ninguém tão humilde como Maria. . . e ninguém mais elevado do que Ela! Essas palavras contêm mesmo uma profecia. -e fácil verificar e constatar quantos os santuários e templos erguidos em sua homenagem, espàlhados por todo o mundo. -e todo o povo cristão que corre a ajoelhar-se aos pés de Maria. São os anjos e santos que, juntamente com os homens não cansam de proclamar a "Bem aventurada". "O Senhor fez em mim maravilhas". São as próprias palavras da Virgem ao agradecer a Deus tudo de maravilhoso .que lhe tinha acontecido. Será que não podemos aplicar em nós mesmos estas palavras? Certamente que sim. -e só nos demorarmos em recordar tudo, desde o nosso nascimento até o momento presente; recordar sobretudo as inúmeras vezes em que nossos pecados foram perdoados; que Ele nos tirou de abismos e nos obsequiou com graças e formosuras. Ao reconhecer essas dádivas, não nos tornemos soberbos, mas sim louvemo-Lo como Maria o fez. Ao pronunciar as palavras - "seu amor para sempre se estende sobre todos que o temem" - Maria procurou deixar bem claro que a misericórdia de Deus para com ela haveria de estender-se a todas às gerações. Tudo de grande que Deus fez a Maria há de fazê-lo a todos que o temem com amor, porisso que temer e amar são duas coisas inseparáveis para Deus. Temamos a sua justiça, mas sobretudo amemos a sua bondade, confiemos na sua misericórdia e teremos o ensejo de verificar como se cumprirão as palavras de Maria. Poderoso, sem dúvida, é o braço de Deus, assim o proclamou a Virgem Maria. Além de todas as maravilhas que seu braço criou, tem ainda o poder de confundir os soberbos; os soberbos de inteligência e de coração; a soberba interna, que significa parecer humilde no exterior e interiormente ter entronizada a soberba no coração e na mente. Peçamos, pois, à Virgem Maria, que nos liberte desta dupla soberba, do espírito e do coração e, assim, pela sua mediação possamos nos livrar da justiça divina, procurando junto com os humildes nos elevarmos perante Deus.
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A humildade é sempre repetida pela Virgem Maria. Ao afirmar - "depôs os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes" e ao dizer "cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias" vemos mais uma vez a exaltação de Nossa Senhora à humildade. "O "Magnificat", oração repetida constantemente pelos equipistas, é um cântico sublime, um cântico de gratidão, um cântico de Redenção em que são ressaltadas as maravilhas e as grandezas que nesta obra fez o braço poderoso do Senhor e Sua Misericórdia. B o cântico da humildade. Ao rezarmos esta magnífica oração, procuremos imitar a Jesus e Maria na sua humildade, procuremos neste verdadeiro cântico chegar mais próximos de uma devoção tema e ferverosa a Maria, para que assim possamos atingir aquele objetivo a que nos propusemos ao ingressarmos nas Equipes de Nossa Senhora: -"VEM E SEGUE-ME". Thais e Duprat
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No dia 25 de janeiro, a vidente Marija transmitiu aos peregrinos que se encontravam em Medjugorje, a seguinte mensagem, que acabava de receber de Nossa Senhora: 'Eis que agora quero convidá-los todos a viver, de hoje em diante, uma vida nova. Queridos filhos, quero que compreendam que Deus os escolheu, a cada um de vocês, como instrumentos do plano de salvação da humanidade. Vocês não podem compreender quão grande é o seu lugar neste plano de Deus: por isso, queridos .filhos, rezem a fim de que, pela oração, possam compreender o plano de Deus por intermédio de vocês. Estou com vocês para que possam realizá-lo plenamente. Obrigada por terem correspondido a meu chamado ... '
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A PALAVRA DE ·NOSSOS PASTORES
• Revisão pastoral do quadriênio, atualização do Regimento da CNBB, revisão da Comissão de Acompanhamento à Constituinte, cântico para a Campanha da Fraternidade 1988, problema da AIDS, campanha contra a desidratação infantil foram os temas básicos da última reunião dos onze bispos da Presidência e da Comissão de Pastoral da CNBB. Trataram também, entre outros, de recursos para Centros de Planejamento Familiar (CENPLAFAM). • No que diz respeito à Campanha de Prevenção à AIDS, que vem sendo promovida pelo Ministério da Saúde, a CNBB divulgou sua posição, que pode ser sintetizada nos seguintes pontos: (1) "Estamos concordes com uma ação preventiva emi relação à AIDS, doença nova, grave, que ainda não tem cura; (2) 11 dada vez mais convicta a nossa vontade de servir aos pacientes de AIDS, sobretudo pelo atendimento hospitalar e pela assistência espiritual; (3) 11 importante para a Igreja a componente ética, pois toda ação em bem da saúde deve sempre respeitar e promover a dignidade da pessoa humana. Por isso, é de se esperar que haja na Campanha um atendimento a essa dimensão ética. Porque .n ão basta alertar quanto ao perigo de contágio em qualquer de suas formas. 11 preciso também contribuir para formar a consciência, em especial nos casos que se referem à permissividade na dependência do tóxico e na desordem do relacionamento sexual, que marcam a nossa sociedade. (4) Falta solidariedade para assegurar a doação de sangue. 11 indispensável, na Campanha contra AIDS, o que se refere à transfusão de sangue, necessária aos hemofílicos e talassêmicos. (5) Esta Campar;J.ha não poderá durar apenas alguns dias, mas inclue um comportamento a ser descoberto e mantido, no que se refere ao relacionamento sexual, superação da dependência dos tóxicos e reorganização do sistema de doação sanguínea. (6) A preocupação, que está surgindo em toda a sociedade em relação à AIDS, deveria se desdobrar para outras doenças, como Mal de Chagas, Hanseníase, Infecções Hospitalares, numa ampla ação em defesa da vida. (7) A publicidade na Campanha contra AIDS deve se esmerar em prevenir e diminuir o risco de contágio, mas atendo-se sempre a uma linguagem condigna e recor~endo à formação e retificação do senso moral." • Por ocasião da publicação da "Instrução sobre a Dignidade da Procriação e o Respeito à Vida Nascente", divulgada no dia 10 de março de 1987 pela Congregação para a Doutrina da Fé, D. Luciano Mendes de Almeida, Secretário Geral da CNBB explicou aos jornalistas que o documento insiste em três afirmações "que são de inestimável valor para a dignidade da pessoa à luz de sua vocação divina:
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1. A inviolabilidade do direito do ser humano à vida desde o mo· mento da concepção até a morte: a vida é dom sagrado de Deus. · 2. A vida sexual deve ser expressão de amor conjugal e estar sempre coerente com a sua ordenação fundamental para a procriação. 3. A ligação entre a expressão de amor corpóreo, através da vida sexual, e a procriação, que daí se segue, dentro do matrimônio. Por isso, sempre que se visa a procriação, sem a precedente expressão e profundamente adequada natureza do amor, há uma ruptura com a reta ordenação da vida sexual." O Secretário Geral da CNBB explicou ainda que o documento pretende iluminar e avaliar a intervenção bio-médica sob o aspecto moral. "Uma afirmação preside a todo o texto: a procriação humana exige uma colaboração responsável dos esposos com o amor fecundo de Deus e deve realizar-se no matrimônio, através dos atos específicos dos· esposos e deles não pode prescindir." • Realizou-se de 9 a 14 de março de 1987, em Ypacaraí no Paraguai, a 21.a Assembléia do Conselho Episcopal Latino-Americano. A partir da reflexão sobre a realidade apresentada, os bispos manifestaram suas esperanças e preocupações numa " Mensagem aos Povos e Igrejas da América Latina": (a) Motivos de esperança: são o crescimento da fé nas Igrejas e a consolidação dos processos democráticos em vários países. (b) Motivos de preocupação: a falta de liberdades civís, a violência, crise econômica, dívida externa, desrespeito à vida, incremento do aborto , família desintegrada e agredida pelos meios de comunicação social. (c) Ameaças contra a fé: a invasão das seitas, o trabalho da " Igreja Popular" e a indiferença religiosa. (d) Por isso, cabe impulsionar a 'Nova Evangelização' : "nova em seu entusiasmo, nova em seus métodos, nova em sua expressão, seguindo os passos de Cristo" , decidiram os bispos. (e) Deve se dar prioridade à 'Evangelização da Cultura', que é o maior desafio na América Latina, onde "povos tão cristãos não têm podido construir uma sociedade que permita aos cidadãos viver de acordo com a sua dignidade". Os leigos são chamados para assumir sua missão de transformar as estruturas temporais segundo o Plano de Deus. (f) Exortação final : manter-se firmes na fé, aprofundando as verdades da nossa fé e colocando nossas vidas em sintonia com as exigências do Evangelho, por causa da proliferação das seitas; manter-se estreitamente unidos aos seus legítimos Pastores, superando toda tentativa de divisão e toda confusão doutrinai. Os bispos do CELAM enviaram ainda Mensagens Particulares a três Igrejas: à do Equador pelo terremoto, à da Bolívia, pela crise econômica e à da Nicaragua, pelo sofrimento de seus pastores e fiéis . (extraído do boletim 'notícias', da CNBB)
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OS JOVENS A VINTE ANOS DO CONCILIO Após a homilia pronunciada por João Paulo 11 em 1. de janeiro de 1987, quando anunciou o Ano Mariano (v. pg. 4), foi realizada, sob os auspícios do • Osservatore Romano", uma mesa redonda com alguns jovens, empenhados em movimentos eclesiais, para uma reflexão em conjunto sobre 'este tempo do novo advento', numa preparação, com Maria, para 'entregar Cristo ao mundo do ano 2000'. Das reflexões feitas por aqueles jovens, destacamos aqui alguns trechos significativos. 0
" - Quando penso no mistério de Maria, Mãe de Deus, fico sempre muito impressionada por esta mulher que, com o seu 'sim' coopera na redenção. De fato, Maria é verdadeiramente o modêlo da humanidade: um ser humano que em tudo faz a vontade de Deus, sem pôr problemas, sem fazer muitas perguntas. Para mim, Maria é em definitivo o leigo por excelência. Modêlo com o qual todos os leigos deveriam confrontar-se: um ser huma· no que sem demora diz 'sim' ao desígnio de Deus e se oferece a si mesmo para que a história da humanidade mude." " - Penso que o fato de iniciar o Ano Mariano no dia de Pentecostes quer ser uma evocação da presença de Maria na história dos homens. Maria que estivera presente no início da vida pública de Jesus e no momento da morte na cruz, está presente também no momento do nascimento da Igreja, tal como está presente sempre na história. Nossa Senhora traz consigo um convite explícito. As palavras ditas nas bodas de Caná- "fazei o que Ele vos disser" - são o seu grande testamento. O verdadeiro desejo de Maria é somente este: conduzir-nos a Jesus." • - Devemos caminhar num contato mais íntimo com Maria, para que ela nos dê a força de construir a paz, partindo do nosso pequeno mundo, da nossa família. Devemos começar a regaçar as mangas também no nosso ambiente de estudo, de trabalho e depois, se possível, ampliar o nosso empenho no exterior, pois não se pode levar a paz aos outros se não se está em paz consigo mesmo. Maria abençoe este nosso caminho." • - Estou de acordo sobre o fato que se deva começar pela família para se redescobrir Maria. Nossa Senhora só pode ser compreendida com a oração. Proporia, por isso, insistir sobre o papel
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importante das famflias, das paróquias, a fim de repropor Maria como mestra de oração e como aquela que é Mãe, e, por conseguinte, gera na Igreja filhos de Deus. É necessário, portanto, ser como Maria, com uma mensagem fundamental que é um pouco companheira de todo o Evangelho: se nós, quando anunciamos Maria, dizemos que Deus é um Pai que amou Maria e a cada um de nós de um modo irrepetível, penso que tenhamos verdadeiramente. feito algo de grande significado." " - Falamos da figura de Maria como modelo e também como companheira, porque, embora se tenham passado dois mil anos, Nossa Senhora percorreu o mesmo caminho que agora nos compete. O fato de Maria ter sido uma jovem como nós quando pronunciou seu 'sim', deve fazer-nos refletir, deve ser um forte apelo a levarmos os que têm nossa idade, a Maria. Longe de nós o pensamento de que é preciso ter 50 anos para pensar em Nossa Senhora, para a ter como mestra de fé, de esperança e de amor."
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"Enfim, caros leigos cristãos, não tenhais medo de assumir o vosso papel na Igreja. Ela tem necessidade de vós. Vós sois esta Igreja. Colocais os vossos talentos a seu serviço. Ajudai-a a criar comunidades vivas, de estatura humana. O fato de vos empenhardes na vossa comunidade cristã e humana estimulará a vossa própria fé. E, com o respeito das consciências requerido pela concepção católica da liberdade religiosa, assumi a vossa parte na evangelização das pessoas, dos grupos, das culturas. Por meio de vós, Cristo esteja presente nos diversos ambientes de vida! Muito recebestes, muito vos será pedido!" (João Paulo li, em Y aoundé, Rep. dos Camarões, 1318/85) -12-
PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇOS
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O RETIRO ANUAL
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"Fazer todos os anos um retiro fechado com o mínimo de 48 horas, marido e mulher juntos, tanto quanto possível" (Carta das E.N.S.)
A Carta Mensal Xl/5, dos meses de julho-agosto de 1963, constituiu-se em "número especial" dedicado ao tema "RETIRO DE CASAIS" e foi dela que tiramos esta "seleção" de conceitos. Que vem a ser um retiro?- "A palavra abrange mais de uma realidade." No que nos interessa, "não se deve empregar a palavra 'retiro' senão quando haja, de fato, retiro, ou seja, afastamento momentâneo da própria ambiência habitual, ruptura com a vida quotidiana, com as preocupações profissionais, familiares ou outras, a fim de consagrar só a Deus um certo tempo". "A DEFINIÇÃO DO RETIRO QUEM A DEU FOI O PRóPRIO ESPíRITO SANTO: 'CONDUZI-LO-E! PARA A SOLIDÃO E FALAREI AO SEU CORAÇÃO'". Notas bíblicas - "Yahvé habita no deserto: lá se lhe oferecem os primeiros sacrifícios; lá há de revelar sua Lei. Assim foi com Moisés (Exodo 3.1-6); foi com Elias (I Reis 19, 4-13) e com Oséias (2,16)". Lembremo-nos, ademais, da permanência de João Baptista e de Jesus no deserto, recordemos os textos bíblicos que nos mostram NOSSO SENHOR, no decorrer de sua vida pública, retirando-se para a solidão, a fim de recolher-se e orar. Um pouco de história - A atual prática do retiro data dos tempos de Santo Inácio de Loyola. ~ no século XVII, especialmetne sob a influência de São Carlos Borromeu e de S. Francisco de Sales que teve início a verdadeira invasão de retiros, que iria transformar toda a piedade. Aos 20 de dezembro de 1929, o Papa Pio XI publicava encíclica referente ao 'uso dos exercícios espirituais e necessidade d~ lhes dar incremento cada vez maior'. O Papa expõe seu desejo de que não somente membros do clero secular e regular, mas a multidão dos leigos católicos, façam retiro. 'Os retiros trazem a plenitude da vida cristã, com conseqüente aumento de zêlo apostólico'. · Os retiros de casais - Há ainda relativametne poucos anos aconselhava-se aos cristãos casados que fizessem retiro, para o que deviam procurar grupos de homens e grupos de senhoras, abandonando seu cônjuge. Ao Padre Doncoeur e aos caasis pioneiros que trabalharam com ele deve-se o primeiro retiro de casais (ao que nos consta).
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E ·em que ponto nos encontramos? Aqueles quinze casais pioneiros abriram-nos caminho. Des.de então, inúmeros são os movimentos que passaram a organizar retiros de casais; e as casas de retiro, senão todas, ao menos boa parte delas, deram acolhida a casais. Se as Equipes de Nossa Senhora impõem como obrigação um retiro por ano, o Movimento Familiar Cristão exige como condição para que nele se ingresse, um retiro preparatório. As Equipes de Nossa Senhora foram pioneiras na introdução dos retiros de casais no Brasil e, diga-se de passagem, enfrentando inúmeras dificuldades e incompreensões. Retiros de Espiritualidade Conjugal - Retiro do casal - Retiro da Equipe Os retiros de espiritualidade conjugal - de dois dias habitualmente - focalizam a vida do casal no plano de Deus. Os temas tratados são, com poucas variações, os mesmos temas de estudo dos primeiros anos de nossas equipes. Se o retiro é de suma importância no limiar da vida a dois, nada perde de seu valor ao ser feito pela primeira vez dez ou vinte anos mais tarde. O retiro do casal é fonte de unidade, de amor, de aprofundamento em comum. B ocasião para um 'dever de sentar-se' privilegiado, geralmente seguido de troca de idéias, de revisões em comum, de notas e de resoluções. O retiro de equipe, é, também, um marco para conquistas no campo da espiritualidade conjugal. Em diversos países, em diversas cidades, as E.N.S. deram sua arrancada inicial impulsionadas por um retiro de casais: alguns casais participantes, desejando prolongar as vantagens do retiro por uma vida de equipe, ingressaram no Movimento. B digno de atenção o fato de - sempre que isso se deu - a equipe em questão ter tido um bom início. E mais ainda: em geral, o florescimento das Equipes nesses países ou nessas cidades foi dos mais férteis: os primeiros casais logo encaminharam os novos para retiros. Sempre que haja possibilidade, deve-se, pois, aconselhar veementemente aos casais desejosos de constituir equipes que façam juntos um retiro. Com o mesmo calor, deve-se recomendar, também, às equipes que façam- não todas as vezes, que seria uma sobrecarga - mas de quando em quando retiro congregando a equipe toda. Ouvir os mesmos ensinamentos, rezar em conjunto, suplicar uns pelos outros, oferece para a equipe as mesmas vantagens que, para o casal, oferece o retiro a dois. Condições para um bom retiro Silêncio - Retiro é encontro face a face com Deus. E, pois, antes de mais nada, tempo de silêncio. Casais e pregadores vão-se tornando cada vez mais apologistas do silêncio entre os próprios esposos, a não ser em
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determinadas horas e em circunstâncias especiais, e.g., 'dever de sentar-se'. Hora de adoração- Em muitos retiros, prevê-se uma noite de adoração. Se alguns preferem não impô-la, com receio de cansaço, outros há que descobriram ali a verdadeira oração, a oração prolongada. :e um momento privilegiado para a oração e o verdadeiro contacto com Deus. Renovação das promessas do matrimônio - Este gesto vem, com toda a naturalidade, inserir-se num retiro de casais. Digamos até que é de particular importância. Ajuda da equipe O retiro depende, para seu êxito, em grande parte, do auxílio-mútuo da equipe. Muitas vezes (e isto está se tornando freqüente) o casal deixa de participar de um retiro por não dispôr de recursos financeiros para tal fim. Compete à equipe enfrentar em comum essa eventualidade. Outras vezes, o casal não se inscreve para o retiro anual por não ter com quem deixar os filhos e esta é outra oportunidade para tornar realidade o indispensável auxílio-mútuo, revesando-se os casais na guarda dos filhos. Além disso, o transporte até as casas de retiro nem sempre é fácil para todos e a equipe tem que se fazer presente para solucionar o impasse. Enfim. . . nas "mil e uma dificuldades reais" e nas muitas outras possivelmente "imaginosas", deve vingar a co-participação bem feita e a "criatividade" da equipe. Apostolado exige retiro Nestes tempos de "agitada" atividade apostólica, gostaríamos de encerrar este artigo, com as palavras que encerram a Carta Mensal, número especial dedicado ao "Retiro de Casais":
"porque ninguém faz, sem antes ser; porque ninguém dá o que não tem; porque a luz, para se difundir, reclama um fóco: um fóco ardente; e então, antes de agir, e para agir, é preciso ser, é preciso ter, é preciso acumular dentro da alma a luz; e é para isso que servem esses poucos dias de retiro, para que eu seja, para que eu tenha, para que eu me impregne de caridade, no contacto com os esplendores infinitos do Verbo".
Ma. Helena e Nicolau Zarif Eq. 6/D - N.S. Santíssima Trindade
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. OLHA PARA A ESTRELA Nos perigos, nas angústias, em todos os momentos de dúvida, pensa em Maria, invoca Maria. Que este nome sagrado não se afaste do teu coração e não falte jamais nos teus lábios. Seguindo esta Estrela, não te desviarás. Se a invocares com humildade, não desesperarás. Se pensares em Maria, não errarás. Se ela estiver contigo, não cairás. Se ·tf( proteger, nada temerás. Com ela, como guia, não te fatigarás. Se te for propícia, chegarás à meta, firme e seguro. Quem quer que sejas, sacudido pelo vendaval das tempestades deste mundo flutuante, sentindo a terra como um mar devorador, não afastes os olhos do fulgor desta Estrela. Quando soprar o vento, tempestuoso e traiçoeiro da tentação, quando te sentires batido contra os escolhos perigosos da tribulação, olha para a Estrela e invoca Maria. Se te açoitarem as ondas da soberba, da inveja, da maledicência, olha para a Estrela, invoca Maria. Quando sentires que a ira, a avareza, a carne e a tristeza tentarem fazer soçobrar a barquinha frágil da tua alma, olha para a Estrela, invoca Maria. São Bernardo 17-
NA S(RIA ... Encontramos esta entrevista na revista Alliance. As respostas são · de uma equipe do Oriente Médio.
P. - Que dificuldades ·especificas vocês encontram na cultura qué vocês vivem? - Verificamos que entre nós, no Oriente, mesmo nos meios mais evoluídos, quase não existe diálogo verdadeiro e profundo entre homens e mulheres em geral e entre os cônjuges, em particular. Nossas tradições tendem a excluir a mulher das conversas entre homens, que acham que ela não está ao par dos assuntos políticos ou mesmo os de cultura geral. · Assim, pouquíssimos maridos mantém a esposa ao par de sua vida profissional ou de outros assuntos que saem dos limites das preocupações domésticas. Verificamos também que as pessoas têm uma certa reserva para falar de suas convicções religiosas. Os homens, por exemplo, não fazem questão nenhuma de rezar com as crianças, achando que este capítulo só interessa às mulheres. As Equipes de Nossa Senhora, ao ensinar aos cônjuges a estarem mais atentos um ao outro, e portanto, ao permitir que as mulheres se exprimam abertamente num clima de respeito e de confiança tanto na equipe como no lar, abrem para elas novas perspectivas, tornam-nas mais conscientes de si mesmas e de suas possibilidades e mais desejosas de se abrirem para o mundo exterior e dele participarem. · Nossa pertença a este movimento de casais nos ajudou também a rever e reavaliar nossa vida social. A maioria de nossos relacionamentos eram formais: aprendemos a estabelecer com nossos próximos intercâmbios mais profundos. Adquirimos também um discernimento maior na escolha de nossos relacionamentos e, em razão disto, nossa vida social se enriqueceu muito. P. - Sua participação neste movimento os ajudou a criar um auxílio mútuo espiritual entre os cônjuges? - Sim, porque este movimento recomenda alguns 'pontos concretos de esforço', que nos comprometemos a observar ao
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entrar numa equipe, mais particularmente aqueles que nos colocam frente a frente para um encontro espiritual, como a oração conjugal e o dever de sentar-se. Estes dois pontos nos ajudaram a progredir na abertura e no auxílio mútuo, seja no campo puramente material, seja no campo espiritual. De maneira geral, podemos aizer que as E.N.S. ensinaram a cada um de nós a se superar, a superar a timidez, o amor-próprio, para viver uma vida espiritual que se torna mais rica na medida em que é partilhada e enriquecida por uma vida pessoal alimentada pela oração e pela Palavra de Deus. P. - A equipe os ajuda, quando ·as diferenças passam a ser uma fonte de dificuldades? - Existem diferenças de meio , de nível social, de grau de instrução, de idade ... Aprendemos a respeitar o outro naquilo que ele tem de diferente, a estar atentos, a amá-lo como ele é, sem querer que ele se torne conforme à idéia que temos dele, a ter para ele um olhar criador, a ajudá-lo a desabrochar. Nos casos de discórdia, a equipe, acostumada a viver o auxílio mútuo em todos os níveis, pode ajudar os casais a terem uma visão mais clara de seus problemas, porque deseja abrigar casais cada vez mais unidos e por causa da verdadeira afeição que existe entre todos os seus membros. Na verdade, temos a convicção que é o Cristo que nos une, homens e mulheres e membros de uma mesma equipe, bem além de nossas diferenças.
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Senhor, queres estabelecer teu reino na terra, teu reino de amor. Mas não podes fazê-lo sem nós. Então nos pedes, a nós, os casados, Que sejamos sinais vivos de que o amor existe e que pode durar. Bem sabes que não é fácil confiarmos um no outro por toda uma vida, e que, sozinhos talvez não o consigamos. Propões, então, que façamos uma aliança. Faze, Senhor, que levemos tua proposta a sério e que nos tqrnemos teus fiéis aliados. Amém. -19-
NOSSA SENHORA Muitas pessoas aprenderam a pensar em Maria como um ser inacessível, etéreo, místico, mas ela é pessoa real, esposa, mãe, viúva, sofredora, enfim, uma mulher como nós. Ela foi educada dentro dos princípios religiosos de sua época e os livros sagrados lhe eram ensinados. Isso lhe proporcionou uma base de valores estáveis e permanentes e lhe permitiu saber traçar o seu caminho, desde muito jovem. Na pureza, no trabalho, na oração e no louvor ao Senhor ela sempre procurou seguir o plano que -Deus traçou para ela. Ao saber que ia ser a mãe de Jesus ela, embora tivesse planejado a sua vida dentro de outra perspectiva e não entendesse bem como aquilo iria se realizar, respondeu com coragem e firmeza o seu "sim". Isso aconteceu porque a sua maternidade tinha sido preparada pela fé . Ela tinha concebido no espírito antes de conceber no corpo. Ela já estava habituada a partilhar com Deus, a se pôr à sua disposição, a se doar inteira. Maria foi mulher de iniciativa, estava sempre pronta para socorrer e ajudar o seu semelhante. Ela passou por grandes dificuldades, como nós passamos. Viajou em adiantado estado de gravidez, deu a luz sem recursos apropriados, teve que fugir de sua pátria para o Egito, perdeu o marido e não se desesperou e não se isolou da comunidade da qual participava ativamente. Quando o seu filho único escolheu sair de casa para ser pregador ela entendeu e aceitou. Ela sabia que os filhos não nos pertencem, tem a sua própria vida, sua vocação e seus interesses. Aceitou ter criado o filho para o mundo e não para sí. Esteve junto do filho, forte e corajosa, quando chegou a sua hora e passou por tudo que Ele passou: dor, sofrimento, humilhação e morte. Provou com tudo isso que o seu " sim" foi por toda a vida, total, eficaz e assumido, e ele permitiu a Deus realizar a sua promessa, devolvendo ao homem a dignidade perdida e firmando com a humanidade a nova e eterna aliança.
B por isso que Maria é tão importante para todos nós. Todas as características da vida dessa mulher maravilhosa devem frutificar e gerar em nós os valores crísticos, que nos transformarão e transformarão a nossa sociedade. Ninguém melhor que ela para nos ajudar e~ensinar a enfrentar todas as dificuldades . Ela nos mostrou que, pelo simples fato de sermos humanos, somos fracos e limitados e sofremos por causa disso. Só seguindo o seu exemplo poderemos, nós também, cooperar com o plano de Deus e esperar um mundo melhor, mais justo e mais fraterno . Rosa Maria Zuccolo -
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Eq. 8B
VIDA E OBRA DOS SANTOS "Observemos os santos, mas não fiquemos apenas na contemplação deles; procuremos, isto sim, contemplar com eles Aquele que preencheu suas vidas." (Charles de Foucauld)
SÃO FILIPE NE:RI Celebra-se, em 26 de maio, a festa de São Filipe Néri, presbítero.
Antes de morrer, octogenário, Filipe Néri queimou os manuscritos de seus livros guardados na gaveta. Muito tempo antes, aos 24 anos de idade, havia feito um pacote de todos os livros que então possuía (exceto a Bíblia e a Suma Teológica de S. Tomás) e os levara para vender na praça distribuindo depois o dinheiro obtido aos pobres. Desde aquele instante, somente Deus haveria de ocupar seus pensamentos e coração. "Se quisermos nos dedicar inteiramente ao nosso próximo - repetia -não devemos reservar a nós mesmos nem tempo nem espaço." Filipe Néri recolheu consigo os meninos turbulentos dos subúrbios romanos e os educava, divertindo-os. A quem se queixava do barulho que faziam, respondia: "Contanto que não pratiquem o mal, ficaria satisfeito até se me quebrassem paus na cabeça." Para ajudar os mais necessitados, não hesitava em pedir esmolas nas estradas. Um dia, um indivíduo sentindo-se importunado deu-lhe um soco. "Este é para mim - foi a resposta sorridente do santo - agora me dê algum dinheiro para os meus meninos." Em pleno clima de reforma e contra-reforma, o santo expressou sua opinião a respeito, com uma frase muito eficaz: possível restaurar as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições." Filipe nasceu em Florença em 1515. Vivaz, alegre e otimista por temperamento (tanto que mereceu o apelido de Pipo, o bom), tentou várias profissões, entre as quais a de comerciante em S. Germano, perto de Cassino, aos dezoito anos. Estudante em Roma, abandonou os estudos vendendo os livros para dedicar-se totalmente a atividades beneficientes. Ordenado padre aos trinta e seis anos, criou pouco depois o Oratório, uma congregação religiosa de padres, empenhados de modo particular na educação dos jovens. Sem parecer, Filipe tinha uma sólida cultura: promoveu os estudos de história eclesiástica, encaminhando a esta disciplina um dos seus sacerdotes, Barônio. Depois dos 75 anos de idade limitou sua atividade ao confessionário e à direção espiritual. Possuía o segredo da simpatia e da amizade. Sobre o leito de morte sentia-se culpado ao pensar que estava deitado numa caminha macia e limpa, enquanto Cristo morreu pregado na Cruz.
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AS E.N.S. E O SfNODO Na Carta Mensal de março/87, vimos como seria Importante que o Sínodo, que vai se reunir em outubro para refletir sobre o papel dos leigos na Igreja, se pronunciasse sobre o apostolado específico do leigo casado. No número do mês passado, debruçamo-nos sobre a importância da graça do sacramento do matrimônio na vida do leigo casado. Pensando ainda nos jovens que hesitam em unir-se através do sacramento - ou que o fazem por razões apenas sociais -, parece-nos que, além do peso a ser dado ao assunto nas homilias e nos seminários (v. CM . abril/87). a melhor apologia do casamento cristão é o próprio testemunho dos leigos cristãos casados. Se os próprios esposos .cristãos viessem , - "oportuna e inoportunamente ", como diz São Paulo - , mostrar, pela sua vivência, tudo aquilo que a graça do sacramento acrescenta a uma simples união humana, teríamos aí o argumento mais convincente a apresentar a esses jovens . Como é fundamental o exemplo do amor partilhado vivido pelos esposos cristãos! Como é convincente a alegria genuína que procede da fé e da esperança vividas em comum! Como é profunda a felicidade que supera os percalços, que triunfa onde a natureza humana, deixada a si mesma, fracassa sempre! Não será a família cristã, que é o lugar onde vive a grande maioria dos leigos cristãos , o ponto de referência mais adequado e mais transparente de alguns dos valores evangélicos mals preciosos: a fidelidade, o acolhimento, o perdão mútuo, a reconciliação? ~também no seio da família que se formam os leigos cristãos das gerações futuras. ~ esta família que é chamada, por excelência, a ser transmissora de uma fé viva e vivenciada . Não existe lugar mais apropriado e adequado para que as crianças, os jovens descubram a riqueza e a importância não só do sacramento do matrimônio, mas também dos outros sacramentos, como por exemplo o da reconciliação. Vamos meditar e refletir sobre estas realidades . E se, como fruto destas reflexões, chegarmos à conclusão que estes valores não podem simplesmente ficar em nossa casa, em nossa equipe, vamos, com nossos responsáveis de setor, de região, levá-los ao nosso bispo. Para que por sua vez, ele leve no coração este nosso vibrante testemunho e apelo, e que possa contribuir, de forma convicta, para que o Sínodo conclame todos os leigos casados a viver as mesmas maravilhas que nós vivemos .
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EDUCAÇÃO . PARA A VIDA EM FAM1LIA E PLANEJAMENTO FAMILIAR NATURAL Um elemento central no processo de motivação, conhecimento e adoção de métodos naturais é o da formação para a vida familiar. Um programa de difusão do planejamento familiar, que não contemple este aspecto, corre o risco de ser encarado numa perspectiva anti-natalista, anti-conceptiva, parcial. O objetivo de um programa de planejamento familiar natural é contribuir para uma vida familiar melhor, fortalecendo a relação do casal, a vivência de uma sexualidade sadia e o exercício de uma paternidade responsável autêntica. Neste processo educativo, a motivação por atitudes positivas desempenha um papel decisivo. Não se trata de criticar e insistir sobre as falhas, mas de apresentar alternativas positivas, alentadoras e que estimulem a mudança de atitudes e comportamentos. E nesta linha que queremos compartilhar um trabalho realizado por WOOMB, do México. Fizemos pequenos ajustes no texto, mas que, esperamos, contribuam para uma melhor explicação. Atitudes e Comportamentos do Homem SOBRE O AMOR: Esforçar-me-ei em conhecer melhor a minha esposa.
Tratarei de valorizar sempre o lado bom que há nela. Terei sempre presente que a mulher necessita demonstrações externas de carinho. Demonstrarei a ela meu amor com palavras, carícias, favores oportunos, e tudo aquilo que estiver ao meu alcance. Sempre lhe agradecerei pelo que fizer. Em seus problemas lhe darei ânimo e a consolarei. Felicitarei pelos seus êxitos. Me preocuparei com sua saúde, com seu descanso necessário e distrações. Não serei exigente quando faltar alguma coisa na comida ou em casa. Não a decepcionarei nem debocharei quando notar alguma deficiência. Quando tiver problemas com ela, dialogarei com calma e em particular, como também não perderei o controle diante dos filhos. Sempre procurarei ser compreensivo. SOBRE A COMUNICAÇÁO: Procurarei não considerar-me superior a
ela, ao ponto de não querer comunicar-lhe meus projetos, as dificuldades e êxitos de meu trabalho, como as minhas atividades em geral. Tomarei sempre as decisões pedindo-lhe seu parecer. Não ficarei aborrecido quando não concordar com minha opinião. Examinarei serenamente o valor de suas opiniões. Aprenderei a ceder quando não tiver razão. SOBRE O RESPEITO À PESSOA: Darei à minha mulher a liberdade e a confiança que merece. Nunca serei injustamente zeloso: Não exercerei demasiado controle sobre ela. Em lugar de ser seco e taciturno quando estiver em casa, tratarei de ser agradável e alegre com minha
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família. Procurarei fazer que meus divertimentos e descansos sempre a levem em conta. Tratarei de estar em casa, convivendo e conversando bastante. Sempre a tratarei como companheira, nunca como empregada. Não anteporei a opinião de minha mãe às decisões e desejos de minha esposa. Por nenhum motivo a ofenderei com comparações ofensivas com os seus familiares e com os meus. Com ou sem motivo, não falarei mal de seus parentes. Procurarei ajudá-la sempre em seus trabalhos quando me necessitar. Não deverá haver imposição de meus gostos quanto a programas de rádio, televisão, cinema, teatro, passeios, etc.
SOBRE A HARMONIA SEXUAL: Deverei buscar tanto a minha complacência quanto a dela em todos os momentos, tendo em conta seus gostos e preferências. Aprenderei a saber fazer de meus impulsos sexuais uma autêntica demonstração de amor humano. Tenho que buscar o comum acordo no lugar de impor minhas horas e meus ritmos. Procurarei moderar minha vontade 1 para que os dois possam exp_erimentar o mesmo ritmo de excitação, e aprenderei a saber esperar o suficiente para deixá-la plenamente satisfeita. Demonstrarei nossa união de ternura antes, durante e depois do ato conjugal. Nunca serei bruto ou excessivamente sexual. Tenho que cuidar de nossa saúde. Deverei guardar-me dentro dos limites que impõem o respeito a nossa dignidade humana. Sempre, e em todo o momento, serei absolutamente fiel a ela. Procurarei basear nossa harmonia sexual em nossa união afetiva e intelectual. SOBRE O DINHEIRO: Sempre procurarei que o dinheiro nos ajude em nossas necessidades e diversões, para que ele nos una e nunca seja motivo de separação. Formaremos uma comunidade e faremos um controle conjunto no que se refere a ganhos e gastos. Farei saber à minha mulher o que ganho normalmente, meus rendimentos extraordinários, e tudo o que diga respeito ao dinheiro. Não gastarei em segredo parte de nossos ganhos. Nunca serei medíocre com ela, entregando-lhe uma quantidade global para os gastos da casa e não a obrigarei a pedir-me para • cada coisa pequena. Não ficarei de mau humor quando me pedir dinheiro. SOBRE A CONVIVENCIA SOCIAL: Amaremos o nosso próximo de verdade, dando um bom exemplo e de maneira consciente. Evitaremos viver como eremitas, sem relacionamentos com nada. Receberemos com hospitalidade nossos visitantes e não de má vontade. Ajudaremos ao nosso vizinho ou a outros casais que estejam em dificuldades, quando isto estiver ao nosso alcance. Não faremos distinções de raças. Trataremos de pertencer, os dois, a alguma associação beneficiente ou faremos alguma coisa de concreto pelos demais. Sempre falarei bem de minha mulher diante dos outros. Tratarei bem seus familiares, mesmo que não simpatize com eles. Não pensarei que meus filhos não devam se relacionar com os de outras famílias. PRATICA DE ALGUMA RELIGIÃO: Rezarei periodicamente com minha mulher. Estarei consciente de que meu casamento é uma união -24-
espiritual, mesmo nos aspectos mais simples de minha vida conjugal. Levarei em conta que, para nossa superação espiritual, devo cumprir com amor meus deveres de casado. Amarei a minha mulher e a respeitarei moralmente. Nos estimularemos mutuamente para que sejamos mais autênticos em nossa fé. Agradeceremos a Deus, de muitas maneiras, por seus benefícios, como rezando antes e depois das refeições. Darei exemplo de conformidade com a vontade de Deus se tiver que sofrer alguma coisa. Trataremos de manter o esptrito religioso em casa durante os dias festivos assinalados. Assistiremos, pelo menos algumas vezes, a conferências, práticas, reuniões para casais, em benefício de nosso crescimento espiritual. Nos ajudaremos mutuamente a sobrepujar nossa carga de deficiências e problemas. Trataremos de dar bom exemplo sem ostentação e sem medo do que dirão outras pessoas. Ajudaremos aos pobres. Aceitaremos responsabilidades em favor de nossa comunidade. Ajudaremos, de alguma forma, à comunidade de que fazemos parte. Faremos toda a leitura espiritual que nos convenha.
SOBRE OS FILHOS: Procurarei compreender que dar a vida e educá-la é o ato mais admirável de caridade. Pensarei sobre o número de filhos que posso receber com prudência, e não com egoísmo. Levarei em conta o parecer, desejos e saúde de minha esposa no crescimento da família. Aceitarei com generosidade os sacrifícios e limitações que derivem de minhas funções de pai. Compartilharei com a minha esposa toda a carga de educação e controle de nossos filhos. Ocupar-me-ei com eles e de seus problemas. Procurarei ganhar sua confiança, tratando de compreender as novidades de sua geração, buscando o diálogo para conhecê-los a fundo, lendo um pouco de psicologia e pedagogia, para capacitar-me melhor como educador, tratando a todos com igual carinho e sem favoritismos que ofendam, procurando que desenvolvam todas as suas aptidões, amando a meus filhos desinteressadamente, orando por eles e com eles, se é que pratico alguma religião, participando de seus jogos e interessando-me por suas atividades na medida em que estão crescendo. Aceitarei com generosidade os sacrifícios e limitações que derivem de minhas funções de pai. Darei a eles bom exemplo, e minha conduta não deve contradizer meus conselhos. Far-me-ei merecedor de seu respeito e não necessitarei impor um respeito fictício. Esforçar-me-ei por merecer seu amor filial. Não os tornarei complexados pela minha dureza, nem exigirei demasiado. Também não consentirei demasiadamente. Procurarei que desenvolvam todas as suas aptidões. Farei frente comum com minha esposa quanto à autoridade com os filhos, sem criticá-los diante dos outros. Dialogarei com minha esposa sobre os problemas educativos. Confiarei ao Ser Supremo quando me sentir incapaz de cumprir minha paternidade. Atitudes e Comportamentos da Mulher
SOBRE O AMOR: Compreenderei e estimularei a meu esposo em seus ideais, quanto ao trabalho ou profissão. Procurarei brindá-lo sempre com
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uma acolhida calorosa no plano familiar e conjugal. Tratarei de apreciar suas qualidades e não sublinhár seus defeitos. Nunca o desanimarei com minhas críticas. Mostrarei sempre plena confiança nele. Reconhecerei seu lugar como cabeça da família. Agradecerei a ele pelos seus esforços, seu trabalho, seus sacrifícios. Evitarei contradizê-lo em público. Exporei a ele meus pontos de vista com sensibilidade e amabilidade. Ajudarei a ele e o consolarei quando tiver problemas. Preocupar-me-ei por sua saúde e seu necessário descanso. Nunca me mostrarei impaciente se não chegar a tempo para as refeições ou me cause u1n pouco mais de trabalho doméstico. Não perderei a oportunidade de felicitá-lo por seus êxitos. SOBRE A COMUNICAÇÃO: Procurarei ser clara com meu marido, exprimindo-lhe com sensibilidade meus sentimentos, desejos, alegrias, dores, desilusões. Dialogaremos bastante e com total abertura. Tratarei de mostrar interesse pelo que lhe interessa. Não reservarei em segredo coisas que meu esposo tem o direito de conhecer. Não me desiludirei quando não conseguir entender detalhes da minha psicologia feminina. SOBRE O RESPEITO À PESSOA: Imprimirei um zelo de agradável
intimidade no interior da casa, mantendo-a ordenada e limpa, e dando-lhe um toque de feminilidade. Não me excederei na atenção com a limpeza, ao ponto de ser uma maníaca que se enfurece porque ele não tirou os sapatos ou deixou cair a cinza do cigarro. Procurarei agradar-lhe em seus gostos na comida. Procurarei estar sempre bem arrumada, atrativa (não chamativa), agradável e decente. Quando chegar em casa, esperarei para que descanse antes de lhe contar os problemas de casa, sempre buscando o momento mais oportuno. Não serei absorvente, deixando-o ler tranqüilamente o jornal ou qualquer outra coisa de sua preferência, que faça para descansar. Não serei demasiadamente exigente quanto aos gostos. Não serei excessivamente zelosa, nem o interrogarei indiscretamente. Portar-me-ei como uma companheira que está sempre disposta a colaborar e não como uma rainha que deseja que tudo lhe seja feito. Proporcionarei a ele todo o respeito, porque assim ele também me respeitará. SOBRE A HARMONIA SEXUAL: Aprenderei a aceitar de bom grado
as relações conjugais quando pedidas por meu marido e estarei contente com esta grande demonstração de amor mútuo. Demonstrarei verdadeiro carinho, nunca me portarei friamente como quem cumpre um dever por necessidade. Não serei egoísta búscando minha comodidade, senão procurarei atender suas necessidades. Sempre terei em conta seu cansaço e sua idade, sabendo que, chegada uma época mais avançada, as disposições masculinas se reduzem. No caso de que venha a ter problemas neste campo, serei o suficientemente madura para expô-los com naturalidade para meu esposo, ao médico e ao especialista. Exprimirei com clareza e ternura meus sentimentos e desejos sobre nossa relação sexual. SOBRE O DINHEIRO: Nunca terei dificuldades por ele, pois buscarei a
maneira justa de resolvê-las. Procurarei administrar do melhor modo
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possível o dinheiro que meu marido colocar à minha disposição. Não gastarei demasiado com minhas banalidades. Com meus filhos não serei tacanha, nem os acostumarei mal dando demasiado dinheiro. Procederei de acordo com meu esposo em matéria de gastos e tratarei de não ser demasiada independente nisto. Aprenderei a saber deixar para o outro dia meus justos desejos de melhorias materiais, quando no momento não possam ser atendidos pelo nosso orçamento. Se trabalho e ganho dinheiro, isto me fará sentir satisfeita de poder colaborar com meu esposo neste sentido, mas nunca me sentirei demasiado independente de meu esposo. SOBRE OS FILHOS: Procurarei compreender que dar a vida é um
imenso ato de amor ao Criador, se creio Nele, e ao filho. Sempre terei presente que esta missão de mãe é um mérito e um caminho para alcançar o meu ideal mais alto. Aceitarei com amor as doenças e as enfermidades, e não procurarei chamar a atenção, fingindo-me de mártir. Aceitarei sempre com amor os filhos que nascerem, menino ou menina, mesmo que não correspondam a meus desejos. Tratarei de pensar com inteligente prudência o número de filhos que poderemos educar bem. Sempre terei em conta para os filhos o parecer e os desejos de meu esposo. Nunca abandonarei a meu esposo sob o pretexto dos filhos. Ocupar-me-ei com a educação de meus filhos em todos os aspectos. Procurarei atender com paciência os seus problemas, mesmo quando estiver cansada. Colocar-me-ei de acordo com meu esposo em nosso- plano educacional. Procurarei, por todos os meios possíveis, assistir palestras sobre pedagogia familiar. Procurarei não contrariar a meu marido ou a seus métodos educativos na presença de meus filhos. Meu carinho nunca será o bastante e não o darei exclusivamente a um ou a outro dos filhos, mas a todos. Procurarei merecer a sua confiança, pela compreensão de seus problemas. Irei dando a cada um a liberdade correspondente a sua idade, ensinando-os a usá-la bem, e nunca pensarei que sempre estarão do meu lado. Se pratico alguma religião, usarei também os meios espirituais para o benefício de meus filhos. Confiarei no Ser Supremo, se creio Nele, quando me sentir impotente diante de minhas responsabilidades de mãe.
-0Texto extraído da revista FAMILIA Y SOCIEDAD, publicada pelo CENTRO DE PASTORAL FAMILIAR PARA AMERICA LATINA CENPAFAL, e é dirigida aos Sacerdotes, Religiosos, pessoal médico e paramédico, advogados, sociólogos, psicólogos, trabalhadores sociais, educadores, casais e, enfim, a todos aqueles que sabem que a família é a célula básica da sociedade e, por isso, esta se constrói através da vida. Texto apresentado para reflexão por Mons. Pierre Primeau, Conselheiro Espiritual do Setor C e da Equipe 48-C de Brasília, tendo sido traduzido por Mariola e Elizeu (Equipe 19-A).
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AS LUZINHAS Diálogo "flagrado" entre um menino de seis anos e seu irmãozinho de quatro. A respeito de Deus, da morte, e desta vida dita 'eterna' ... Mamãe, diz o de seis anos, me explica por que o filho de Deus, que se chama Jesijs - não impede a guerra, as bombas, o fogo? - E por que, acrescenta o de quatro anos, ele não impede que o Paulinho, aquele meu amigo, vai morrer logo? Eu pensava que as pessoas morrem quando são bem velhas. - Nem sempre, diz o de seis anos. - A gente morre como uma lâmpada? - Não seja bobo, diz o de seis anos. Pensa. A lâmpada morre só por um pouquinho de tempo. E para começar, nem é a lâmpada que morre . .e. a luz da lâmpada. - Menos quando você quebra a lâmpada, diz o menor, turrão. - Pára de chatear. Se você quebra a lâmpada, você pode comprar outra. - .e.. Se você tem dinheiro. Mas se você não tem, como é que você faz? - Pede pro Papai, diz o de seis anos. Mas o Paulinho, você não comprar outro, com dinheiro . ....:.... Por que? - Pon;ue as crianças não são feitas com dinheiro. A Mamãe me falou que as crianças são feitas com amor. E o amor não se compra, viu. Pergunta pra Mamãe, em vez de falar bobagens. - Mamãe, suplica o de quatro anos, a gente não pode comprar o ... o amor? (Não. Nunca. Ou então o amor vira parodia. Ou então vem de tamanha solidão, tamanho deserto, tamanha sede de ilusão, que talvez, bem lá no fundo, cada um traz consigo um pouco de desejo de amor). Eu digo: "Não . .e. de graça. Não se compra." - Tá vendo? diz ele a seu irmão. Mas se o Paulinho se apagar como uma lâmpada, a gente não pode fazer nada? - Você esqueceu, diz o de seis anos, você esqueceu que o Paulinho também é filho de Deus. Então ele não vai morrer nunca. - Não entendi nada, diz o pequeno. - Olha, diz o outro. O Paulinho, quando não estiver mais aqui (pára de chorar e limpa o nariz!), quando não estiver mais aqui, ele vai ser como uma luzinha. Mesmo se o papai e a mamãe dele não veem, ele será sempre novo. E vai brilhar. - Mas o Jesus da Cruz, aquele que faz assim (aqui, imitação impressionante do crucifixo. Braços abertos. Pés juntos, quase no limite do equilíbrio. Cabeç·a inclinada sobre o peito. Olhos fechados), o Jesus, ele foi mortoapagado.
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- Não, diz o de seis anos. Ele ficou só um pouco morto, só para fazer os malvados pensar um pouco ... - Quem são os malvados? - Aqueles que não gostam de ninguém. Espera, fica quieto! Mas ele não morreu para sempre. Ele ressuscitou, sabe? Quer dizer que saiu vivo-depé. E a gente pede uma porção de coisas para ele, todos os dias. Porque ELE, sabe escutar. - E ele ouve? - ~ claro, estou dizendo que ele escuta! Ele ouve TUDO! - Então se o Paulinho for embora, ele vai ser uma luzinha? que não apaga nunca? Nunca. Jura! Juro. - Nem com a tempestade? - Quê!, faz o de seis anos, a tempestade é só vento que Deus criou. Lá em cima, ele não pode apagar nada. - E aqui em baixo? pergunta o pequeno que tem medo do escuro. - Aqui em baixo, você chama a Mamãe, diz o maior. (Obrigada, Senhor, por ter me instituído guardiã das luzes daqui de baixo. ~ uma bela tarefa.) - Entendi, diz alegremente o de quatro anos (que, pelo jeito, se consola depressa). Entendi. Quando o Papai e a Mamãe forem quebrados-apagados ... - Apagados, não - diz com nobreza o maior, para me proteger apagados, não: Eles vão ser duas luzinhas. E a gente vai falar com eles todas as noites ... - Seeei. . . Mas as luzinhas, elas não respondem, diz o outro. As luzinhas, elas não falam. - Tá bom, tá certo, diz o maior. E daí? Não falam. Mas tiram o medo ... é melhor ainda. Então o de quatro anos, que quer 'viver pelo menos mil anos', sem nunca ficar órfão nem velho, sem renunciar aos brinquedos do parque nem aos beijinhos de boa noite, nem aos amiguinhos, nem ao Paulinho, nem aos Natais futuros, me diz, gentil: - Mamãe, quando você estiver no céu e eu falar com você, você vai me ouvir? - Sim, meu amor. Senhor, não me deixeis mentir. E pelo amor destes dois meninos, que ainda estão na idade tenra na qual as Mamães são quase imortais, pelo amor destes meninos e pela vossa bondade, por favor, conservai ainda, conservai em vida pelo tempo que for possível, o Paulinho ...
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NOT(CIAS DOS SETORES Expansão O Casal Responsável da Região de Minas Gerais, Margarida e José Agostinho Tavares, passou três dias em Pirapora/MG, no final do último mês de janeiro, quando participou de duas reuniões com os casais componentes das três equipes da cidade, de uma reunião com os Casais Responsáveis e Conselheiro Espiritual das três equipes e de uma missa de confraternização. Como resultado desses encontros, o movimento das ENS em Pirapora deu alguns passos importantes, quais sejam a criação de uma estrutura de Coordenação a ser homologada em 1.0 de agosto e a constituição de quatro grupos de Experiência Comunitária das ENS. Nem mesmo os 620 kms . que separam Juiz de Fora de Pirapora arrefeceram o ânimo do Casal Regional em atingir o seu objetivo de expandir o Movimento no norte do Estado. Novos Setores As seguintes Coordenações das ENS foram elevadas a Setores: - Lins/SP. C.R. de Setor: M. Luiza e José. - Araraquara/SP. C.R.S.: Leonor e Danilo. - Dois Córregos/SP. C. R. S.: Eva e Antonio Roberto. - Garça/SP. C.R.S.: M. Inês e Antonio Augusto.
Mudanças nos Quadros Lairce e leocadio assumiram a função de Responsáveis pelo Setor do ABC (Grande São Paulo) em substituição a Marilena e Gilberto que realizaram um magnífico trabalho.
Quadrante
O Setor B da Região São PauloSul I publicou em edição extra de seu Jornal do Setor B um "quadrante" atualizado de nomes e endereços dos casais de todas as equipes. Sob o nome de cada equipe aparece uma breve explicação das razões que levaram seus membros a escolher a sua invocação a Nossa Senhora. Coordenações "Nosso Mensageiro", boletim das equipes de Recife/PE, nos informa que estão sendo promovidas a Coordenação de 2.0 Grau as Coordenações de Recife e Fortaleza/CE.
Novas Equipes - Sorocaba/SP Equipe n.o 15, N. S. dos Anjos. Casal Piloto: Neise e Clovis. Cons . Espiirtual: Fr. Bruno Kreling . - Jaú/SP A Equipe n.o 25, que há cerca de um ano vinha . funcionando como
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"Círculo", passou a Equipe, por ocasião da posse do novo C.R . de Setor.
Equipes Jovens Para satisfação de todos os aquipistas de Sorocaba/SP, já estão formadas e funcionando a 'todo vapor' quatro grupos de • JENS" (Jovens Equipistas de Nossa Senhora), a saber: - Equipe n.o 1 - N. S. da Esperança (jovens de 18 a 24 anos), pilotada por Amél la e Toni. - Equipe n.o 2 - N. S. Rainha da Paz (de 15 a 18 anos), pilotada por Beth e Alexandre . - Equipe n.o 3 - N. S. da Amizade (de 12 a 13 anos), pilotada por Maria lgnes e Mauri. - Equipe n.o 4 - N. S. das Estrelas (13 a 15 anos), pilotada por Vera e Bolinha.
Primeiro ENSaio jovENS Os Setores A e C de Brasília/DF realizaram encontro de 90 crianças e jovens na faixa de 9 a 21 anos , todos filhos de equipistas, com o título acima. Entusiasmados, os participantes , em sua grande maioria, querem outros encontros do gênero. Os responsáveis daqueles dois setores nos informam que já programaram mais dois ENSaios jovENS para 1987.
Eventos - A Equipe n.o 25 do Setor C da Região Rio I aproveitou o fim de semana de 31/01 e 01/02 para reunirse em Teresópolis para dias de estudo sobre a Santa Missa sob a orientação de seu C.E. Pe. Almeida e com a colaboração, também, de Dulcemar, grande conhecedora de liturgia. Eis aí um bom exemplo a ser seguido por outros equipistas a quem , como evangelizadores, cabe transmitir as orientações do Magistério da Igreja, sobretudo em se considerando a desinformação geral que existe sobre o significado da Missa. - Todas as primeiras segundasfei ras do mês, os casais equipistas de Sorocaba/SP e Araçoiaba da Serra/SP se reúnem para uma Noite de Oração , ficando responsável pela organização uma equipe em cada mês . - Recebemos de Regina e Osvaldo , nosso 'casal correspondente' em Mogi das Cruzes/SP, a programação do Setor para o 1.0 semestre de 1987 e a notícia de que, a partir de fevereiro último, vários casais de ligação foram remanejados para outras equipes. - Realizado a 28 de março passado um Encontro (mini-Eacre) dos Casais Responsáveis de Equipe, Casais Pilotos e Casais de Ligação dos Setores de São Carlos e Araraquara/SP, com a presença do Pe. José Carlos di Mambro, C.E. da EC IR .
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RETIROS Data
Setor
Local
15-17/05
Sorocaba
C. Ret. S. José
16-17/05
Rio - C
22-24/05
São Paulo
22-24/05
Niterói
23-24/05
Curitiba
Redentoristas
30-31/05
Mogi das Cruzes
Tabor
05-07/06
São Paulo
Barueri
26-28/06
Rio - E
14-16/08
Niterói
29-30/08
Valinhos
25-27/09
Vinhedo
24-25/10
Rio - F
13-15/11
Sorocaba
14-15/11
Rio - D
27-29/11
Rio- A
Cenáculo
Casa de Siloé C. Ret. S. José
·SESSOES DE FORMAÇÃO 12 a 15 de junho
Santos
05 a 08 de setembro -
Curitiba
09 a 12 de outubro
Juiz de Fora
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MEDITANDO EM EQUIPE TEXTO DE MEDITAÇÃO -
Gal. 4,1-7
Quero dizer o seguinte: enquanto o herdeiro é menor, em nada difere de um escravo, embora seja dono de tudo. Fica debaixo de tutôres e curadores, até a data determinada pelo pai. Assim também nós, quando menores, estávamos escravizados sob os elementos do mundo. Quando, porém, veio a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, e sujeito à lei, para que remisse os que estavam sob a lei, para recebermos a condição de filhos adotivos. Sim, sois filhos, pois Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho que clama: Abba! Papai! Portanto, já não és escravo, mas filho: e se és filho, és também herdeiro, por Deus.
ORAÇÃO LITúRGICA -
Salmo 126.
R. - Eis a serva do Senhor: realize-se em mim a Palavra do Senhor! Aleluia! Aleluia! Se o Senhor não construir a nossa casa, em vão trabalharão seus construtores; se o Senhor não vigiar nossa cidade , em vão vigiarão as sentinelas . B inútil levantar de madrugada, ou à noite retardar vosso repouso, para ganhar o pão sofrido do trabalho, que a seus amados Deus concede enquanto dormem. Os filhos são uma bênção do Senhor, o fruto das entranhas, sua dádiva. Como flechas que um guerreiro tem na mão, são os filhos de um casal de esposos jovens. Feliz aquele pai que com tais flechas consegue abastecer a sua aljava! Não será envergonhado ao enfrentar seus inimigos junto às portas da cidade.
R. - Eis a serva do Senhor: realize-se em mim a Palavra do Senhor! Aleluia! Aleluia! (Liturgia das Horas, Festa da Visitação de Nossa Senhora , 31 de maio.)
Um momento com a Equipe da Carta Mensal . . ... .. . . .. . . ..... . Editorial: Novo fôlego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .
2
A Palavra do Papa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4
A EC IR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .
6
A Palavra de nossos Pastores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9
Os jovens a vinte anos do- Concílio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11
O Retiro anual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
13
Olha para a estrela ..... .. . . ... . .... . .. . . .. . ....... .·. . . . . . . . . .
17
Na· Síria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
18
Nossa Senhora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
20
São Filipe Néri . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21
As E.N.S. e o Sínodo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Educação para a vida em família e planejamento familiar natural
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As luzinhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Notícias dos Setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Re: tiros
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Meditando em Equipe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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EQUIPES DE NOSSA SENHORA 01050 Rua João Adolfo. ll 8 · 9' · cj. 901-Tel. 34 8833 São Paulo · SP