Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora
PoNTos CoNCRETos
QUARESMA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE .
PRIORIDADES PARA OS PRร XIMOS ANOS
Ano XXXVI - NQ316 - Fev. - Marรงo / 96
EQUIPES DE NossA SENHORA CARTA MENSAL Nº
316
FEv. - MARÇO
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INDICE
Editori al ...... ..... ............................. .. .. 01 ECIR Conversa com Vocês ............. ... 02 Correio da ERI ................................ .. 04 Formação .. .... .... .. ....... ....... .. ..... .. ....... 09 Encontro N acional das ENS/95 .. .. ..... 1 3 Campanha da Fraternidade ... ..... ... .... 17
Carta Mensal é uma publicaçüo das Equipes de Nossa Senhora.ç Edição: Equipe da Carta Mensal Fone: (011) 256. 1212 M. Thereza e Carlos Heitor Seabra (responsáveis) BlancheeLauroF. Mendonça Maria do Carmo e Jo.çé Maria Whitaker Neto Rita e Gilberto Canto Pe . Flávio Cavalca de Castro, CSsR (Cons. Espiritual)
Vida do Movimento .......................... 25 Notícias e Inform ações ................... .. 34 Opinião do Leitor ........ .. ............. .. .. .. 35 Maria ... ... .... .. ... .. .. ................ .... ......... 36
Jornalista Responsável: Catherine Elisabeth Nadas (MTb 19835) Dillgramação e ilustrações: M. Alice e 1vahy Barcellos Capa: Eros Lagrottal 1gar Fehr
Quaresma ............... .. ........................ 41 Pastoral Familia r ............................... 43
Composição e Fotolitos: Newswork R. Venâncio Ayres, 93 1 Süo Paulo Fone: (011) 263.6433
São José .. ... ... .. ... ....... ....... ................. 44 Nossa Biblioteca ............... ................ 46 Oração ............. ....... ........ .. .... ........ .... 47 Última Página ...... ............................. 48
Impressão e Acabamento: EdiçrJes Loyola Rua 1822, 347 Fone: (011) 914.1922 Tiragem desta edição: 8.800 exemplares
Queridos casais equipistas, Paz e Bem!
É com alegria que iniciamos mais um ano equipista que promete ser empreendedor e de muito trabalho. Passadas as festas de fim de ano e as celebrações da esperança de um ano cheio de realizações, começamos a refletir, a rezar e, principalmente, a pôr em prática aquilo que é o alicerce de nosso Movimento, ou seja, a vivência dos Pontos Concretos de Esforço. Como é sabido por todos, eles representam a base da espiritualidade conjugal. Vivenciá-los é tarefa que exige "esforço" de cada cônjuge e do casal. Como podem os Pontos Concretos de Esforço transformar nossas vidas? Qual a importância de vivenciá-los em sua totalidade e no seu conjunto? Ao buscarmos a espiritualidade em seu sentido amplo, buscamos uma aproximação com Deus, procuramos entrar em sintonia com o Pai que nos remete ao próximo, e vejam aí a riqueza de nosso Movimento. Deus lhes deu um ou uma próximo (a) tão próximo (a) para estabelecer sua sintonia. As atitudes que brotam dessa busca a dois é que vão construindo uma espiritualidade conjugal. Você, esposo, é instrumento de santificação de sua esposa. Você, esposa, é instrumento de santificação de seu esposo. Já pensaram nesta maravilha que Deus lhes deu? Os Pontos Concretos de Esforço vão, aos poucos, sendo sedimentados por vocês e, necessariamente, redundam nas atitudes de conversão, nos apelos que se repetem ao casal. São eles a maior prova de Perseverança do casal no incentivo de um passo a mais no convite à santificação. Vivendo os Pontos Concretos de Esforço é que se pode mergulhar, com profundidade, no projeto cristão. O esforço da construção espiritual pessoal e conjugal constitue o cerne da Partilha na reunião de Equipe. Deixar o outro ser ele mesmo e dar aquilo que o outro precisa receber é um caminho que pode, realmente, transformar a vida de vocês. Que este ano de 1996 seja um ano de perseverança na vivência e partilha dos Pontos Concretos de Esforço. Que Deus os abençoe! Pe. Mario José Filho C.E. daECIR
"Onde háfé, existe amor. Onde há amor, existe Paz. Onde há paz, existe Deus. Onde há Deus, nada falta porque existe o essencial" Papa João Paulo li
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f u ma alegria muito grande co- por conta da Mística da Partilha e meçar o ano escrevendo esta dos Pontos Concretos de Esforço . C: seção da E cir Conversa Com Já de há algum tempo vínhamos trar~ Vocês. Esperamos que tenham pas- balhando a idéia de novamente pu'-' sado um Natal onde Jesus tenha re- blicar, somente que desta vez na ín.:: nascido de verdade em cada oração. tegra, o trabalho de Mercedes e Ál~ Em nossa conversa de hoje gos- varo Gomes-Ferrer, casal que antetaríamos de abordar este momento cedeu a Igar e Cidinha na coordena1~ marcante, ao iniciarmos um novo ção da Equipe Responsável Internaano, que são os EACRES . Pensa- cional (ERI). Nesse trabalho o casal procurou aprofunmos que seja um modar uma reflexão somento muito forte e bre a mística da Pardeveras especial Esem d" uv1jda tilha e dos Pontos para nós casais equialguma um Concretos de Esforpistas. Continuando retorno às ço, tendo para isso, a vivenciar a nossa inclusive, realizado orientação de vida ongens Convidados às bodiversos encontros e dar:~uilo que visitas a equipes ao das de Caná, devemuito redor do mundo. Teremôs dar continuidade em nossos aproeriadamente mos certeza absoluEACRES à gratifita de que todos aqueé titio como o les que tiveram a cante experiência já esRecífico 'do oportunidade de esfeita pelos nossos canosso tudar, refletir e por sais regionais e de em prática os ensisetor/coordenação, M? viment,o . namentos ali colocaquando do último I I Encontro Nacional, dos, terão compartiem Itaici, ao final do ano passado. lhado conosco do entusiasmo e moNesse Encontro, como já foi divul- tivação que temos sentido a respeito gado, trabalhou-se muito sobre al- desse trabalho. É sem dúvida alguguns dos "vinhos" que nos faltam, ma um retomo às origens daquilo que seja como casais equipistas, seja muito apropriadamente é tido como como cristãos batizados, que se es- o específico do nosso Movimento. forçam por fazer o seguimento de Je- Um outro aspecto interessante é que, sus Cristo. ao mesmo tempo em que providenciComo equipistas, a tônica ficou ávamos sua republicação, a ERI ~
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questionava se os casais equipistas haviam realmente aproveitado esse trabalho. Vamos pois, queridos amigos, dedicar uma atenção toda especial a esse tema, esforçando-nos por vivenciar cada vez melhor a Partilha em nossas reuniões de equipe, e os Pontos Concretos de Esforço na nossa vida cotidiana. Com relação à nossa condição de batizados, o "vinho faltante" ficou por conta da nossa missão, refletida no Encontro Nacional através doestudo (parcial) do documento no 54 da C.N .B .B ., Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e das colocações do Monsenhor Boim sobre a Campanha da Fraternidade. Nesta Carta Mensal vocês deverão ler tanto as colocações do Padre Mário sobre o documento, como o resumo da palestra sobre a Campanha da Fraternidade. Com relação ao documento da C.N.B.B., somos de opinião de que todos os equipistas deveriam empenhar-se por conhecê-lo a fundo e na sua totalidade, sendo inclusive um excelente
I Temos certeza absoluta ae que todos aqueles que tiveram a oportunidade de estudar, refletir e por em prática os ensinamentos ali colocados, terão compartilhado conosco do entusiasmo e motivação que temos sentido a respeito desse J trabalhlJ. J
Como equipistas, a tônica ficou por conta da Mística üa Pa tilha e dos Pontos Concretos de Esforço . •
Tema de Estudo (mas que não fique apenas no estudo e na teoria) a ser trabalhado em equipe. Portanto, que os nossos EACRES, que este ano já serão em número de 29 por todo o Brasil, sejam momentos de muita alegria, confraternização e, acima de tudo, de formação e motivação dos casais que assumem a responsabilidade de suas equipes por este ano.
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Maria R egina e Carlos Eduardo
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~ PRIORIDADES PARA
Q os PRÓXIMOS ANOS ·~
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s Encontros Internado. 1 ~ nais, eventualmente aPrectsamos r~ companhados da troca considerar esses -...,; do casal Responsável, marcam o pontos começo de uma nova etapa na vida do Movimento. Se estamos particulares de atentos à história do nosso Moviesforço como mento, à sua evolução, percebediferentes mos que a cada nova etapa certos dim nsões de um aspectos da proposta das Equipes de Nossa Senhora necessitam de só e mesmo um aprofundamento, de um nova esforço para explicação ... conhecera Com a preocupação de serem vontade de qeus. fiéis ao carisma das Equipes de Nossa Senhora e abertos à ação do Espírito, nas reuniões do ano passado a Equipe Responsável Internacional refletiu muito para aprofundar durante os próximos discernir os principais assuntos a anos, a fim de ajudar melhor a totalidade dos equipistas a viver a espiritual idade conjugal e a caminhar em direção ao cumprimento As Equipes de de sua missão, segundo a exortação que lhes foi dada na orientaNossa Sennora ção proposta em Fátima: Convitêm a vocação de dados às Bodas de Caná. ajudar os casais a Esta reflexão, levando em se santificarem no consideração as necessidades colocadas pelos membros do Colee pelo giado, antes do encontro de Loursacramento do des em 1988 e durante a reunião matrimônio. Com de 1994 em Fátima, foi finalizaessa finalidade é da com o trabalho aprofundado da Equipe Responsável Internacional que foram (ERI.) e dos responsáveis pelas propostos os super-regiões reunidos em colegipontos concretos ado em Dublin Uulho de 1995), contando ainda com a participade esforço. ção de alguns responsáveis de 4
regiões isoladas e de conselheiros espirituais. As Equipes de Nossa Senhora têm a vocação de ajudar os casais a se santificarem no e pelo sacramento do matrimônio. Com essa finalidade é que foram propostos os pontos concretos de esforço. Nós - equipistas - frequentemente afirmamos com entusiasmo que os pontos concretos de esforço e a partilha são específicos das Equipes de Nossa Senhora. É verdade! Mas perguntamos se existe sempre na nossa maneira de vivê-los um espírito de busca e uma vontade de assimilar as atitudes de vida que nos conduzem à conversão. Precisamos considerar esses pontos particulares de esforço como diferentes dimensões de um só e mesmo esforço para conhecer a vontade de Deus, conhecerse -a si próprio, conhecer o outro, o casal, e se fazer conhecido por ele a fim de viver em comunhão com o outro. Esse foi o primeiro ponto de reflexão que escolhemos. Começamos pela regra de vida e gostaríamos muito de voltar também a cada um dos pontos de esforço, dentro do mesmo espírito. Mas as Equipes de Nossa Senhora têm também uma missão . Nessa missão somos chamados a fazer uma reflexão profunda sobre a vida do casal, sobre o que ele realmente vive. Somos chamados a discernir os apelos que o Espírito de Deus faz ao casal hoje, na sua vida pessoal e nas realida5
Mas as Equipes de Nossa Senhora têm também uma missão. Nessa missão somos chamados a fazer uma reflexão p rofunda sobre a vida do casal, sobre o que ele realmente vive. des que o circundam e nas respostas que deve dar para ser sempre mais casal. Esse é um outro ponto de reflexão, diretamente ligado à nossa missão. Finalmente, depois de uma convivência com os casais, percebe-se uma carência relativa à falta de conhecimento dos fundamentos da nossa fé. O Movimento deve e pode fazer uma proposição para responder a essa carência no quadro de sua pedagogia específica? Esses três assuntos estão no âmago das atuais preocupações da equipe responsável. Confiamos nas preces de todos vocês. Abraça-os com muita afeição,
Cidinha e Igar Fehr
CARTA oo CoNSELHO ESPIRITUAL INTERNACIONAL "Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. " (lo 17-18)
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palavras de Jesus foram claras, malgrado a angústia que inquietava seu espírito. Ele estava, com seus discípulos, à mesa no cenáculo e sabia que lhe restavam somente algumas horas antes de começar sua Paixão. Sua peregrinação pela terra estava prestes a terminar. Ele contava os minutos e suas mensagens tinham todas -mais do que nunca- a profundidade das últimas palavras pronunciadas às vésperas de uma grande e definitiva despedida. E Ele sabia que ao partir os deixaria num mundo complexo, contaminado, inimigo mortal de seus próprios conceitos de salvação e de pureza. Mas, apesar de tudo, malgrado sua visão de
um futuro cheio de dificuldades para aqueles que o amavam- e que Ele amava - Ele os deixou sozinhos. E dirigindo-se ao Pai, Ele foi sincero, sem nada esconder aos discípulos que o cercavam. "lánãoestounomundo, ao passo que eles ficam no mundo enquanto eu vou para ti" (lo 17,12).
Ele conhecia bem os contratempos, as emboscadas, as seduções de um mundo que os hostilizaria. Malgrado tudo isso, Ele continuava: "Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal" (Jo 17-15) ... O mundo onde
iam viver, o mundo onde eles deveriam implantar sua mensagem, o nosso mundo, pois somos discípulos dos apóstolos que conviviam com Ele. Ele mesmo
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o disse: "Não rogo só por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim, por meio da sua palavra" (Jo 17, 20).
Nós não temos medo do mundo, porque apesar de estarmos no mundo sabemos que o Pai não nos abandonará . . Jamais.
Nós, por exemplo ... , os casais das Equipes de Nossa Senhora, que cremos n'Eie e nos sabemos membros ativos da Sua Igreja. Ele havia escolhido os apóstolos para que fossem pregar a Boa Nova pelo mundo: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Me 16, 15). Nós nos tomamos discípulos desse Jesus que falava aos seus, que deixou em suas mãos a transmissão da sua mensagem. E nós sabemos, como cristãos e como casais, que essa missão é urgente, especialmente dentro da realidade de nossos dias. Nós não temos medo do mundo, porque apesar de estarmos no mundo sabemos que o Pai não nos abandonará jamais, pois é fiel à prece de Jesus: "Pai Santo, guarda-
os no teu nome, o nome que me deste" porque "Já não estou no mundo, ao passo que eles ficam no mundo, enquanto eu vou para ti" (lo 17, 11). Devemos estar preparados para transformar esse mundo do qual não podemos fugir. Como fiéis ativos, temos uma missão concreta, que não é espetacular, mas profundamente arraigada no mundo, com o testemunho de uma existência cristã que revela aos homens a verdadeira imagem de Deus, esse Deus à imagem do qual nós - homem e mulher- cremos. Devemos conhecer o mundo, entrar em suas coordenadas, compreender sua
linguagem, não ter medo de seus desafios porque o Pai está conosco; e são nossos desafios que poderão salvar o mundo. Não podemos nos isolar colocandonos à parte das realidades temporais que nos rodeiam. Se so-
mos escolhidos para que o mundo creia em Jesus, temos o dever de conhecer aqueles que nos foram dados para sermos capazes de entabular um diálogo capaz de possibilitar a abertura à fé das pessoas que se aproximam de nós. Não podemos estar alheios às nossas realidades atuais. Como nos fazer "de to-
dos me fiz servo, a fim de ganhar o maior número" (1 Cor 9, 19). Como poderão nos reconhecer fiéis a um
"Deus que amou tanto o mundo que deu seu Filho Unigênito" (lo 3, 16) se permanecemos enclausurados nas pequenas fronteiras de nós mesmos? Abramo-nos às realidades, sejamos capazes de procurar a salvação através do outro, dissipemos os temores. Jesus nos ama e nos chama a uma vocação sempre renovada: a de tomá-lo presente no meio dos homens e mulheres dos nossos dias. Preparemo-nos conscientemente para esta tarefa pessoal e de casal, pelo esforço da oração, um projeto concreto de testemunho vivo e atual, por um estudo sério do mundo que queremos salvar e no qual Jesus nos deixou. Uma verdadeira vida de equipe nos dá o élan para mostrar ao mundo a verdadeira imagem de Deus.
Pe. Cristobal Sárrias, S.]. 7
MuDANÇAS NA EQUIPE RESPONSÁVEL INTERNACIONAL m julho passado, Alberto e Maria AImira Ramalheira, de Portugal, e Benôit e Marie-Odile Touzard, da França, completaram os seis anos de mandato como membros da Equipe Responsável Internacional. É sempre com tristeza de um e de outro lado que nos separamos depois de um longo trabalho juntos, impelidos pela verdadeira fonte da força do amor para servir. Outros assumem: Duarte e Maria Teresa da Cunha, de Portugal, e Tom e Maureen Hoban, da Grã-Bretanha. A nova ERI, sem protocolos, dispôs-se a posar para o fotógrafo diante do seminário Ali Hallows em Dublin, Irlanda, onde realizou-se a última reunião do Colegiado Internacional.
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PoNTos CoNCRETos DE EsFoRço eu objetivo é fazer uma ~ei Afonso de Ligório: "Toda a santidatura e uma reapresentaçao de e toda a perfeição de uma pessoa de parte do conteúdo do consiste em amar a Jesus Cristo ... texto Pontos Concretos de Esforço Quem ama a Deus aprende desse e Partilha . amor a evitar o que lhe desagrada e Esse texto foi publicado em mar- a fazer tudo o que lhe agrada" (A ço de 1986, pelo então Casal Res- prática do amor a Jesus Cristo, Ed. ponsável Internacional Álvaro e Santuário 1995, p.ll). Mercedes Gomes-Ferrer. Parece-me E o santo continua: "Já temos que seja válido o esforço, uma vez dito muitas vezes que toda a santidaque a muitas Equipes pareceu difícil de e perfeição de uma alma consiste encarar os P.C.E. e a em renunciar a si mesma e em seguir a vontaPartilha sob o ponto de vista das atitudes. Toda a de de Deus ... Se quereI. As ENS são forsantidad e e mos ser santos, todo o toda a nosso esforço deve ser madas por casais que, chamados por Deus, de nunca seguir nossa perfeição vontade, mas sempre a querem chegar à perfeide uma vontade de Deus. O reção cristã como casados, mediante a vida sapessoa sumo de todos os preconsis te em ceitos e conselhos divicramental de matrimônio, e partilhando a vida nos se reduz em fazer e numa comunidade de amar a sofrer aquilo que ele casais. f. perfeição crisJesus quer e como ele quer" _!!pode ser condensada C · t (ibid. p. 165). E como . riS O ••• na procura da vontade sempre Sto. Afonso ' de Deus, o conhecimen- - ' apela para o testemunho to sincero de nós mesmos e da real i- de outros: Agostinho, Teresa, Vicendade em que vivemos, e na procura te de Paulo, Joana de Chantal e oude uma vtda de umão sempre maior tros. Lembro apenas a citação que com Deus e com os outros. faz de S. Francisco de Sales: "São ' Para chegar a esse objetivo os muitos os que dizem ao Senhor: eu casais têm à disposição: a Vida de me dou todo a vós sem reservas; mas Equipe, as Orientações deYida e os são poucos os que aceitam a prática \ ~ntos Concretos de Esforço. desse abandono. Esse abandono con1.1) A perfeição cristã consiste siste em certa indiferença para recena busca do amor e do cumprimen- ber qualquer acontecimento conforto da vontade de Deus me a Divina Providência nos manSe me permitem, começo com o dar..." (ibid. p. 173). texto de alguém que falava do que O Concílio Vaticano II, assim diz conhecia: O Doutor da Igreja Sto. sobre a santidade, o caminho e os
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Salvação, felicimeios para conseguiprobJeJ.a dade, santidade conla: "Deus é caridade, não está em os sistem na união com e quem permanece na caridade, em Deus Pontos Deus e com os irmãos . Logo na intropermanece e Deus Concre tos de dução da "Lumen nele. Deus, porém Esforço serem · gentium", o Concílio difundiu sua caridal/ifíceis. (!) Vaticano II diz que a de em nosso coraIgreja existe para ser ções pelo Espírito problema está sacramento, sinal e Santo que nos foi em termos ou dado. Por isso o prinão a coragem instrumento de união de todos com Deus e meiro e mais necessário dom é a caridade acei talí o de todos entre si. Crescer em perde, pela qual amaobjetivo que feição cristã é a mesnos é mos a Deus acima de ma coisa que crescer tudo e ao próximo PJ t na união de amor com por causa dele. Mas ropos 0 j Deus, com os irmãos P.ara que a caridade ...__ e as irmãs. Isso quer dizer que, para como boa semente cresça e na os casais, crescer em santidade é cresalma e frutifique, cada fiel deve cer na partilha e na comunhão de vida voluntariamente ouvir a palavra matrimonial; é crescer na partilha e na de Deus e, com o auxílio de sua graça, cumprir sua vontade me- comunhão de vida com os filhos e com os outros todos, num círculo cada vez diante as obras ... " (L. G. 42). Nos Evangelhos facilmente en- mais amplo. 1.3) Essa vida cristã é uma realicontramos as frases para as quais os santos sempre apelam ao falar dade a ser vivida na verdade Em primeiro lugar precisamos da de santidade: "Nem todo aquele que diz "Senhor, Senhor entrará no rei- verdade que nos vem da fé: quem sono dos céus; mas sim aquele que mos, qual o plano de Deus a nosso resfaz a vontade do meu Pai" (Mt. peito, qual nossa situação real diante 7,21); "Pois todo aquele que fizer de Deus, quais nossos dons e capacia vontade de meu Pai que está nos dades, quais nossas fraquezas e defeicéus, esse será meu irmão, irmã e tos, quais os critérios para nossas opmãe" (Mt 12,50); "O meu alimen- ções etc. Numa palavra: qual nossa to é fazer a vontade daquele que me realidade pessoal, conjugal e familiar enviou" (Jo 4,34); "desci do céu não à luz da fé? Depois precisamos da verdade que para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo nos vem da honestidade: qual é de fato a nossa situação pessoal, conjugal e 6,38). 1.2) O amor a Deus e ao pró- familiar à luz do bom senso? como julximo concretiza-se na vida de co- gar nossa situação à luz da psicologia, da sexologia e de outras contrimunhão 10
Nem seria buições da ciência da minutos de meditapessoa e do comporpossível às ção, fazer diariamentamento? qual nossa te uma oração conjuENS inventar situação levando em gal e familiar; fazer alguma conta a realidade culmensalmente uma novidade em tural, econômica, poconversa de casal; lítica etc. que estamos termos de estabelecer uma regra vivendo? de comportamento e caminho da Nossa vida crismensalmente controperfeição. tã, nossa procura de lar seu cumprimento; perfeição não pode Baste-lhe a anualmente fazer um ser uma fantasia, uma retiro conjugal de 48 honra de ter caminhada aleatória e horas. Seriam obrigasido um dos inconseqüente ao sações bastante leves movimentos, bor dos sentimentos e em comparação com afetos da hora. Precitalvez o outras que assumisamos estabelecer mos na vida social e primeiro, a metas e meios. Preciprofissional . Seria redescobrir o samos estabelecer perfeitamente possímatrimônio formas de controle e vel cumpri-las à risde aferição, para a como caminho ca, mantendo até um cada momento saber relatório que nos ile onde estamos realtranqüilizasse. santificação. mente. Precisamos ter Acontece que as conhecimento sólido ENS não estão imdo caminho da perfeição: precisamos pondo algumas obrigações a seus inestudar a Palavra de Deus, e os mes- tegrantes: oferecem meios para a tres de espiritualidade da rica tradi- consecução de um objetivo que está ção cristã. Muitos caminharam an- sempre a nos atrair para mais adiantes de nós: podem apontar os atalhos, te, que jamais será atingido perfeitaos perigos, as alegrias e as durezas mente durante a vida toda. O probleda caminhada. ma não está em os Pontos Concretos 2. Para o casal chegar ao amor e de Esforço serem difíceis. O probleà comunhão com Deus e com os ou- ma está em termos ou não a coragem tros, para conhecer e fazer a vontade de aceitar o objetivo que nos é prode Deus na verdade da fé e da hones- posto. León Bloy termina um de seus tidade, as ENS oferecem os Pontos romances dizendo mais ou menos Concretos de Esforço. assim: "A desgraça é não sermos san2.1) São meios para quem quer tos". O problema está em o casal chegar à santidade querer ou não a santidade. Honestamente, não seria difícil 2.2) São meios tradicionais na cumprir à risca algumas obrigações espiritualidade cristã tais como: fazer diariamente tantos Nem seria possível às ENS in11
ventar alguma novidade em termos miliar: precisamos da ajuda de Deus, de caminho da perfeição. Baste-lhe precisamos agradecer, louvar, adoa honra de ter sido um dos movimen- rar (Sto. Afonso dizia: "quem reza tos, talvez o primeiro, a redescobrir se salva"; bem que podemos dizer: o matrimônio como caminho de san- "quem reza se santifica"). •Regra de vida: para ir corritificação. gindo e melhorando, controlando Ao apontar os meios para esse objetivo, as ENS foram buscar sua sempre a vida espiritual. •Dever de sentar-se: é como caágua nas fontes da espiritualidade cristã mais tradicional. Vida de co- sal que vocês querem se santificar; munidade; procura da vontade de querem se conhecer, ajudar, amar. •Retiro: uma oportunidade espeDeus; meditação (lectio divina); oração pessoal e comunitária (o casal é cial: distância para julgar melhor; oração, meditação e uma comunidade ...); convivência comunia regra de vida (destária mais intensas; coberta do defe ito A santidade controle anual, retodominante, procura mada do caminho não consiste de correção, exame de consciência); retinura série de para a santidade. •Gostaria ainda ro; direção espiritual, atos: é uma de dar um destaque colóquio e partilha atitude de para a Reunião de espiritual, correção Equipe como meio vida. fraterna (dever de importante para o desentar-se): todos essenvolvimento da ses meios de santificação foram usados já no tempo dos Vida de Equipe e de Comunidade Monges do Deserto e, mais ainda, de Casais - o meio mais importante e eficaz para a sua caminhada para desde os tempos bíblicos. 2.3) São meios organicamente a santidade! Resumindo: A santidade não estruturados Nem a tradição de espiritualida- consiste numa série de atos: é uma de cristã nem as ENS escolheram ar- atitude de vida. Essa atitude de vida inclui: probitrariamente esses meios de santificura da amorosa vontade de Deus, a cação. Estão ligados entre si por um procura da verdade, a procura da nexo lógico que podemos perceber vida de comunhão. em poucas palavras. Para atingir o objetivo que são •Escuta da Palavra: para conheessas atitudes temos os Pontos Concer o amor de Deus, o que nos oferecretos de Esforço. ce e o que nos pede. •Meditação: para aprofundar Pe. Flávio Cavalca de Castro, esse conhecimento, examinar nossa C.Ss.R. realidade, tomar decisões. C. E. da Eq. da CM •Oração pessoal, conjugal e f a-
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REPORTAGEM
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articipar do Encontro Nacional não representa um compromisso a mais para o Casal Responsável de Setor, mas um privilégio muito grande. Só quem já participou sabe o quanto estamos sendo sinceros e agradecidos a Deus por esta oportunidade. É um verdadeiro encontro de amor... , uma celebração da vida (já na chegada, nos sentimos envolvidos pela equipe de serviço e pelos casais da ECIR. É um cliÉ um verdadeiro ma de festa! Encontrar irmãos encontro de com os mesmos ideais que os amor..., uma nossos, vindos de lugares tão distantes. Cada um com suas celebração da histórias, suas preocupações, vida. suas alegrias e realidades. Tão diferentes, mas todos tão cheios de amor e disponibilidade. A unida- das por cerca de 80 Conselheiros Espide na diversidade! Os Casais daRe- rituais (entre eles o Bispo de Brasília). gião Norte vieram de avião até Brasí- Além disso a criatividade do padre lia e juntamente com os Casais de Bra- Mário somada aos dons musicais de sília andaram 1000 km de ônibus - mais Silvia e Chico (sempre disponíveis ao de 12 horas de viagem. Movimento), fazem com que nossas alQue emoção para nós poder abra- mas se elevem a Deus em louvores. çar e "tocar" um pouquinho em nossa Ainda emocionados voltamos fequerida D. Nancy Moncau, cujo entu- lizes para nossas casas. E com nossas siasmo e testemunho de vida forte, fa- talhas reabastecidas pedimos a Nossa zem vibrar nossos corações - ela é o Senhora que interceda por nós e pelo nosso talismã, como muito bem se ex- Movimento, pedindo a seu Filho Jesus, pressou o padre Mário, Conselheiro que transforme essa água no vinho bom Espiritual da ECIR. E o padre Mário de modo que possamos serví-lo no amentão ... dispensa qualquer comentário. biente em que vivemos e principalmente Tão jovem, com tantos compromissos em nossas equipes. (entre eles, além de Conselheiro da ECIR, é Conselheiro de equipes). Ana Maria e Paulinho Como sempre a Liturgia foi o ponCecflia e Zé Carlos to alto do Encontro para nós. Que bên(Texto transcrito do Jornal ção participar das missas concelebradas ENS- Sorocaba/SP) 13
DIRETRIZES GERAIS DA
AçÃo
EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL 1995-98 (Doc.
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54 CNBB)
eria perder a riqueza constante uma nova evangelização foi acolhino documento n2 54 da CNBB, do pela Igreja Católica no Brasil que tem como título Diretrizes que introjetou em seus trabalhos Gerais da Ação Evangelizadora da novas expressões, novos métodos e Igreja no Brasil- 1995-1998. Vou novo ardor, convocando os cristãos tentar fazer uma sína evangelizar. O nosso Movitese do documento. Por isso sugiro sua mento, como parte Podemos leitura, na ínteg ra, integrante dessa comparar o Igreja, introjeta e como material básico nosso acolhe as responsapara as reflexões dos bilidades próprias e EACRES/96. Movimento a Tentarei fazer, intransferíveis como uma frondosa Evangelizador. aqui, uma ponte soToda árvore a mística do Movibre o que o docuplantada numa mento impulsiona os mento nos apresenta casais equipistas e a caminhada do terra que para a Missão. ExiMovimento das Emuitas vêzes é ge-se do evangelizaquipes de Nossa Seárida, mas na dor uma espiritualinhora nestes últimos dade firme que posanos. grandeza do O Concílio VatiCristo e da sua sa dar sustentação ao testemunho criscano II significou Igreja faz tão, alicerçada na um tempo novo para circular entre Palavra de Deus caa vida da Igreja, um paz de transformar e sopro do Espírito os cristãos a santificar as estrutuque se difundiu para seiva que ras e as pessoas, além dos quadros alimenta os constituindo, assim, intra-eclesiais. Pogalhos. um projeto de evandemos dizer que em gelização. nosso Movimento Exige-se do equipista m:n moseste novo tempo caracteriza-se pela Segunda Inspiração, na qual o trar a cara, um dar-se a conhecer Movimento lança-se emMissão ... e uma espiritualidade conjugal que A caminhada da Igreja Católi- possa dar sustentação ao testemuca no Brasil, nas últimas décadas, nho cristão do casamento (matriseguiu, muito de perto, as pegadas mônio) e da família, alicerçada na da renovação conciliar. O apelo a vivência dos Pontos Concretos de
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Reprodução da transparência da palestra doPe. Mário José Filho- ltaci I 95 15
Esforço e na vida em equipe pro- la que soube colaborar com o Pai posta pelo Movimento. A partilha, na Evangelização. · a ajuda mútua, o pôr em comum, Por isso, queridos casais pautam-se por uma equipistas, leiam o profunda caridade Documento no 54, apostólica. pois o mesmo nos dá Exige-se do Amplia-se o hoexcelentes pistas rizonte da evangeliequipista um para nossa Missão. zação no MovimenEle destina-se a pesmostrar a cara, to das Equipes de soas como vocês um dar-se a Nossa Senhora. A que possuem sólidas conhecer e e adequadas estruexpansão sustentada vai fazendo com turas eclesiais, que uma que novos casais tesão fermento de fé e espiritualidade de vida nham a alegria de como testeconjugal que munhas do Evangealicerçar seu matripossa dar lho e compromisso mônio numa esptncom a missão unitualidade conjugal sustentação ao versal. que os conduza à testemunho A missão é da santidade. cristão do Igreja; somos Igreja; Podemos coma ação é do Espírito parar o nosso Movicasamento e Santo; somos guiamento a uma frondoda família, dos por Ele; a tarefa sa árvore plantada alicerçada na é dos leigos, somos numa terra (mundo) vivência dos protagonistas da que muitas vezes é árida, mas na granMissão. Pontos Deus nosso deza do Cristo e da Concretos de Pai,Que sua Igreja (raiz) faz Jesus Cristo Esforço e na nosso irmão e o Escircular entre os vida em pírito Santo, nosso cristãos a sei v a santificador nos co(Movimento) que equ1pe duzam na nossa misalimenta os galhos . proposta pelo são e que Maria nosFazer circular essa Movimento. sa Mãe nos proteja seiva é produzir frucom seu manto . tos na Pastoral Familiar, na inserção, Bom trabalho! no apostolado, na Missão . O sol que faz germinar essa árvore é a presença e a certeza do Espírito Santo a nos conduzir. Tudo isso sob a proteção de nossa queriPe. Mário José Filho da e amada Mãe Santíssima aqueC. E. da ECIR 16
jUSTIÇA E PAZ SE ABRAÇARÃO 1.
2.
PAZ
"A palavra hebraica shalom (sãlom) deriva de um radical que, conforme sua maneira de ser empregado, designa o fato de estar intacto, completo (Jó 9, 4), por exemplo, completarumacasa(1 Rs 9, 25), ou o ato de restabelecer as coisas em seu antigo estado, em sua integridade, por exemplo, apaziguar um credor (Ex 21, 34), cumprir um voto (Sl 50, 14). Por isso a paz bíblica não é só o pacto que possibilita uma vida tranqüila, nem o tempo de paz por oposição ao tempo de guerra (Ecl 3, 8; Ap. 6, 4); ela designa o bem estar da existência cotidiana, o estado do homem que vive em harmonia com a natureza, consigo próprio, com Deus; concretamente, ela é bênção, repouso, glória, riqueza, salvação, vida.
PAZ E fELICIDADE
Estar bem de saúde e estar em paz são duas expressões paralelas (SI 38, 4); para perguntar como se vai, se vai bem, diz-se "Ele está em paz? (2 Sm 18, 32; Gn 43, 27); Abraão, que morreu numa velhice feliz e saciada de dias (Gn 25, 8), foi-se em paz (Gn 15, 15). De modo mais amplo, a paz é a segurança. Enfim, a paz é a concórdia numa vida fraternal; ela é a confiança mútua, muitas vezes sancionada por uma aliança.
3.
PAZ E jUSTIÇA
A paz, enfim, é o que está bem por oposição ao que está mal (Pr 12, 20; Sl 28, 3). Não há paz para os maus (Is 48, 22); pelo contrário, "Vede o homem justo: há uma posteridade para o homem de paz" (Sl 37, 37). "Os humildes possuirão a terra e provarão as delícias duma paz insondável" (Sl37, 11). A paz é a soma dos bens proporcionados à justiça: ter uma terra fecunda, comer à saciedade, habitar em segurança, dormir sem temor, triunfar dos inimigos, multiplicar-se, e tudo isso, em última instância, porque
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Deus está conosco (Lv 26, 1-13). peridade e de muitas injustiças, anunLonge, portanto, de ser apenas uma ciava que Israel seria punido pelos ausência de guerra, a paz é a pleni- seus pecados: sua prosperidade era tude da felicidade. abominável aos olhos de Deus, pois Se a paz é fruto e sinal da justi- fora construída sobre a dominação ça, como é então que os ímpios estão e não sobre afraternidade. Segundo em paz (Sl 73, 3)? A resposta a essa o profeta, Deus despreza os questão angustiante será dada ao lon- holocaustos e sacrifícios oferecidos go da história sagrada: concebida ini- em Israel; o que Deus quer é que "o cialmente como uma felicidade ter- direito corra como água e a justiça restre, a paz aparece como um rio caudacomo um bem sempre loso "(Am 5, 21-27). O Reino exige O profeta, também, mais espiritual, em razão de sua fonte a fraternidade anuncia v a que "a celeste. destruição não seria e a !inclusão A paz, esse dom a última palavra do como çritério Senhor". "Um-dia, a divino, o homem a obde convivência justiça e a fraternitém pela oração confiante, mas também por e de justiça, a dade prevalecerão; Israel, junto com uma atividade de juspartir de uma tiça, pois, segundo o toda a criação, atinprofunda desígnio do próprio girá seu destino" solidariedade (Am6, 1-7). Deus, deve o homem cooperar para a imO segundo, ISaías cornos diz: "A Nova Jerusaplantação da paz na marginalizados. lém será edificada soterra, cooperação que se mostra ambígua por bre a justiça e assim conhecerá a prosperidade". (ls. 54, 11causa do pecado sempre presente. 55, 13). 4. A LUTA PELA PAZ- PROFEO terceiro, Isaías. Apesar da TAS experiência do novo êxodo, Israel Quando a paz não é fruto da jus- estava longe de colocar em prática a tiça divina, mas de alianças políti- experiência da justiça. Isaías falava cas, muitas vezes ímpias, depressa em nome de Deus contra as práticas religiosas que não levam à prática da ela se corrompe. Os profetas falam a Palavra de justiça. (Is 58, 5-8) Deus. Diante das injustiças de seus Deus, pela boca do profeta, protempos, os profetas condenam tudo mete levar a criação a seu destino úlaquilo que impedia que a justiça e a timo: a comunhão fraternal, um novo paz se abraçassem, impossibilitando céu e uma nova terra, "onde o lobo e que o projeto de Deus para a sua cri- o cordeiro pastarão juntos e o leão ação pudesse se realizar. comerá feno com o boi" (Is 65, 25). Amós, em uma época de prosO plano de Deus triunfará:
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"Amor e Verdade, Justiça e Paz sobre toda a criação" (Sl 85).
E A jUSTIÇA
O Evangelho de Mateus tem como centro e tema fundamental a Justiça que vem de Deus. Para o O reino é conforme seu rei, a cri- evangelista, a justiça se concretiza ação será imagem de Deus, fraterni- em dois sentidos fundamentais: dade e comunhão. 1. na realização do Reino de Jesus anuncia esta Boa Nova por Deus inaugurado por Jesus Cristo; palavras e gestos . A morte e a dor 2. na atuação ética da pessoa são vencidas, os coxos andam, os humana conforme a vontade de surdos ouvem, os ce- - - - - - - - - - - Deus. gos vêem, os leprosos significaO homem está tivo Onamais são curados (L c 7, Catequese de fortemente 22). Mateus é o espírito Os gestos de Jede renovação e gracondicionado sus para com os extuidade. pelas cluídos são motivo de estruturas em escândalo. Jesus acoRenovação: o que vive. lhe pecadores públinovo povo de Deus cos, pobres e excluínão deve se apegar ao Assim, elas dos, come e bebe com formalismo antigo. podem tanto eles. Os seguidores de facilitar como uma religião centrada Gratuidade: o na lógica do mérito e dificultar o fator decisivo na salda exclusão não poviver conforme vação é a graça acodem compreender que lhida na fé. a verdade. a lógica de Deus seja O Reino de Deus a lógica amorosa da anunciado por Jesus gratuidade. e em Jesus possui inegáveis impliO Reino anunciado por Jesus cações políticas que foram percebisubverte a lógica deste mundo - O das como terrível ameaça por aqueReino dos Pobres onde os que têm les que estavam interessados em fome serão saciados, os que choram, manter seu poder e, por meio deste, rirão. A parábola do Juízo Final (Mt seus privilégios anti-fraternos. 25, 31-46) indica, claramente, o criO Reino exige a fraternidade e tério fundamental que leva à perten- a inclusão como critério de conviça ao Reino: a solidariedade com os vência e de justiça, a partir de uma marginalizados traduzida em gestos profunda solidariedade com os marconcretos. ginalizados. O Reino interpela, exige fraterA fraternidade do Reino exige, nidade e justiça. também, o amor aos inimigos e a superação de todo ódio. Isto não signi6. 0 EVANGELHO DE MATEUS fica passividade diante das injustiças,
5.
fRATERNIDADE E jUSTIÇAREINO DE DEUS
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1. Proclamar Jesus Cristo e seu Reino e convocar mulheres e homens a aderirem à Comunidade Cristã, Sa7. PODER E SERVIÇO cramento de Cristo. No Reino proclamado por Jesus, 2. Colaborar para que o mundo, o poder deve ser vivicom suas diversas culdo como serviço. turas e estruturas, seja No Reino Todo poder usado cada vez mais conforpara dominar e tiranime à vontade de seu proclamado zar é denunciado Criador, tornando o por Jesus, o como sinal do anti-reiReino presente. poder deve ser no. Jesus no lava-pés A partir disto: vivido como dirige-se aos discípua) o cristão é chalos: O Filho do Homado a participar na serv1ço. mem veio para servir vida social, econômica (Me 10, 42-45). Os e política de seu País ou discípulos deveriam fazer a política Continente. do serviço, da fraternidade, da partib) é chamado a promover a mulha; a política do bem-comum. dança de tais estruturas buscando substituí-las por estruturas mais justas. 8. M1ssÃo DA IGREJA- PoLÍA política é simultaneamente uma TICA fRATERNA forma elevada de caridade, enquanto "Foi minha dedicação à Verda- permite a construção de uma sociede que me levou ao campo político. dade mais justa e fraterna, mitigando E posso dizer, sem nenhuma hesita- a dor e a fome dos excluídos e uma ção, que nada entendem de religião forma de realizar um culto a Deus, à os que dizem que religião não tem medida que ao transformarmos o nada a ver com política" (Gandhi) mundo tornando-o mais próximo do Articular Fé e Política: através Reino definitivo, aumentamos nele a da Escatologia (realidades últimas da presença da graça realizada e dimihistória). nuímos a presença do mal objetivo. A ação política visa construir, no A Ação Política é ação ética e mundo, estruturas sociais e econômicas escatológica. mais justas, que aproximem mais este mundo do Reino defmitivo, ainda que 9. CRITÉRIOS PARA MISSÃO DA de modo provisório e relativo. Não é IGREJA NA POLÍTICA apenas um apelo ético para fazer o bem. O Amor Preferencial pelos O homem está fortemente con- pobres não se funda em um mérito dicionado pelas estruturas em que dos pobres, mas obedece à lógica da vive. Assim, elas podem tanto facili- gratuidade e da necessidade. tar como dificultar o viver conforme Superar as estruturas injustas a verdade (CA 38). que oprimem o pobre. A Igreja deve evangelizar: Transformar o pobre em sujeito, isto
nem que a própria opção pelo Reino não possa vir a ser fonte de divisão e tensão.
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é, ver o mundo com os olhos dos pobres. Ao explicitar a opção pelos A 2 3 Semana Social coloca pobres , nas Diretrizes de 83/86: como imperativos: "Os pobres são os prediletos de ·A dignidade humana. Deus, e a Igreja no Brasil quer ser ·A emergência da vida como va- a Igreja dos Pobres" (N. 40). A lor fundamental. atuação da Igreja nos anos 80 mos·A pessoa humana é um ser so- tra, claramente, a preocupação em cial. levar a Igreja a esposar a causa dos ·O trabalho sempre tem prima- pobres. zia sobre o capital numa sociedade Pobre é o povo excluído dos que assuma a dignidade humana. benefícios do desenvolvimento eco·A solidariedade e a liberdade nômico, espoliado pela corrupção constituem-se em dimensões impor- dos poderosos e enganado pelos ditantes da ação ética. rigentes. O agir político, A fidelidade à para o cristão, não é opção de promover a A política é uma opção, mas uma evangelização libersimultaneamente tadora colocou a exigência que decorre do próprio mandaum~ forma CNBB frente a dois to de evangelizar que· conflitos de grande eleVada de recebe no batismo. dimensão: caridade, ·o conflito exterenguanto 10. A AçÃO DA no com a classe rica IGREJA NO BRASIL e poderosa da sociepermite a A Igreja , no construção de dade, e Brasil, ao assumir o conflito interno uma sociedade com·oa minoria compromisso da da IgreEvangelização Li·m ais justa e ja no Brasil, a direção bertadora não o fez do CELAM e autorifraterna inconsciente de suas dades e organismos do dificuldades e risgoverno central da cos. É uma Igreja de compromisso Igreja, aqui no Brasil e em Roma. e luta. É a Igreja que apoia forteAgora é o grande momento do mente o CIMI e sua luta em defesa LAICATO, organizado, articulado dos índios. É a Igreja que intensi- assumir, sem medo, com muita aufica a Pastoral da Terra, apoia o dácia, Justiça e Paz se Abraçamovimento operário, abre espaço rão - O Bem do Povo Brasileiro para os movimentos populares e os Excluído . novos sujeitos históricos e eclesiais . É a Igreja das CEB 's e da atuPe. Dagoberto Boim ação no campo político (Lembrar Resumo da palestra proferida no a atuação durante a Assembléia Encontro Nacional das ENS Constituinte). Itaicí, SP, 10.11.95
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FRATERNIDADE E PoLíTICA ~\Y"A Campanha da Fraternidade Campanhas: a primeira fase vai de aborda, neste ano de 1.996, 1.964 e continua até 1.972, tendo um assunto difícil: a políti- como escopo a renovação interna ca. Mais ainda: a relação entre a fé e da Igreja. A segunda, que vai de a política. Muita gente pensa que não 1.973 até hoje, trata da realidade se deve misturar religião e política, e social do Povo de Deus vista à luz que a Igreja é lugar para rezar e não do Evangelho. O tema de 1.995, sobre a exclusão, repara falar de política. sumiu, por assim diNão obstante, o zer, o conjunto dos Papa Paulo VI dizia: Talvez resida temas da segunda "jazer política é aqui a causa fase. uma maneira supeEsta atual Camprofunda dessa rior âe praticar o panha da Fraternidaamor para com o omissão dos de 1.996, está danpróximo". cristãos: do uma continuidade Claro que não muitas vezes natural ao tema de se trata, aqui, de po1.995: ela vai às lítica partidária, não querem causas profundas da mas sim de políticanem ouvir exclusão. Se a sociprocura do bem cofalar de edade que formamos mum - que, teoricaproduz tantos exclupolítica, e mente, todos os parídos, é porque os tidos políticos proficam cristãos que vivem curam, cada um à arrepiados ao nela não têm sido casua maneira. Neste simples pazes de exercer de sentido, não querer maneira responsável fazer política é tamenunciado do as suas responsabibém uma manei ra tema. lidades políticas. de fazer política, e Talvez resida talvez a pior: a da aqui a . c ausa profunda dessa omisomissão, pecado lembrado no "Confesso a Deus ... " e que con- são dos cristãos: muitas vezes não siste em deixar de fazer alguma querem nem ouvir falar de política, e ficam arrepiados ao simples coisa que deve ser feita. Pois bem, a Campanha da Fra- enunciado do tema da Campanha ternidade 1.996lembra que todo ci- da Fraternidade escolhido por três dadão tem a obrigação de fazer po- centenas de Bispos do Brasil: Fralítica, cada um à sua maneira, é cla- ternidade e Política. Também não deixa de inquietáro, muitas vezes sem se inscrever em partido nenhum. Essa campa- los o seu lema: Justiça e Paz se nha vem depois de duas séries de abraçarão, pois todos aqueles que
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fazem do exercício da política uma procura do bem pessoal em detrimento da mais elementar Justiça se sentem - com toda razão - ameaçados. Pois, se a Paz é fruto da Justiça, logicamente a guerra é fruto da Injustiça. E é isso mesmo o que salienta a nossa Campanha da Fraternidade.
O Texto-base dessa Campanha é dividido como de costume em três partes: Ver-Julgar-Agir. O Ver apresenta um retrato sério e bem documentado da situação atual no Brasil. Depois de mostrar como nós todos fazemos política, mesmo recusando-a, e que do conjunto dessas atitudes políticas de-
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pende a vida de nós todos, o texto da Fraternidade deve ser de "espeexplica alguns termos e explícita al- rar que, à luz do Evangelho, viguns conceitos relativos à política. vendo o compromisso sociatdafé, Torna, assim, clara a articulação o cristão lute para impregnar o entre o compromisso político e a fé. campo da política dos valores étiO Ver se detêm então sobre em cos fundamentais, concretizando o que consiste no Brasil a ação polí- clamor geral contra a corrupção tica e sua relação com a constru- administrativa, o distanciamento ção da sociedade. Para tanto, ana- das lideranças partidárias em relisa sucessivamente os traços da lação aos interesses das bases e cultura e da participação política das reais necessidades da comuno Brasil, a cidadania como frater- nidade, os vazios programáticos e nidade política, a situação política a desatenção do social e do éticocultural por parte atual, o objeto atual das organizações da disputa política, a partidárias e dos nova sociedade Fazer política governos eleitos emergente e a fraternidade política dos é uma maneira pelo povo, que não se orientam eficazcristãos. superior de mente para o bem O Julgar lempraticar o comum, o clientelisbra qual é a perspecmo político e o poamor para tiva cristã e evangépulismo, porém com lica em relação ao como pouca participamundo da política; próximo. ção" (pág. 97). apresenta depois o liame entre a fraternidade cristã e o ReiFrei ]. P. Barruel de Lage.n est no de Deus - Reino de Justiça, de O.P. São Paulo, SP . Paz e de Solidariedade na Liberdade. Explícita que a ação dos cris- P. S. - Para os que quiserem tãos na política deve seguir deter- aprofundar as perspectivas da minados critérios, a fim de dar uma Campanha da Fraternidade contribuição válida ao processo po- 1.996, aconselhamos a leitura dos números de janeiro/fevereilítico. ro e de março/abril7.996 dareO Agir mostra quais são os níveis de atuação da Igreja como Ins- vista "Vida Pastoral", distribuítituição e dos cristãos membros da da pela editora dos Padres Igreja na política, dentro de um sa- Paulinos; e dos dois pequenos dio pluralismo, lembrando a impor- livros do Dr. }ung Mo Sung, tetância das eleições municipais do ólogo e economista: "A idolatria do Capital" e "Deus numa fim do presente ano. Um valioso anexo lembra que economia sem coração" - Edio grande fruto da atual Campanha ções Paulinas. 24
ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO DAS
ENS
tendendo solicitação de vári os equipistas, estamos descrevendo como o Movimento das ENS está organizado. Os casais novos no Movimento desejam ter uma melhor percepção de como estamos inseridos no contexto nacional e mundial. O Movimento tem um órgão máximo de coordenação mundial que é a Equipe Responsável Internacional (ERI), uma equipe formada, hoje, por casais da Espanha, França, Portugal, Inglaterra, Bélgica, Canadá e Brasil. O Casal Responsável desta equipe é Cidinha e Ighar Fehr, de Jundiaí, e o Conselheiro Espiritual é o Pe. Cristobal Sàrrias, SJ, de Barcelona. O Secretariado Internacional está sediado em Paris. Para permitir um melhor acompanhamento do Movimento, o mundo foi dividido em Regiões Isoladas e Super Regiões, que são coordenadas por Casais Responsáveis ou Equipes de Casais. O Brasil constitui uma destas Super Regiões. O Órgão máximo de coordenação no Brasil é a Equipe de Coordenação Inter Regional (ECIR), composta no momento por casais do Rio de Janeiro, Piracicaba, Sorocaba, Brasília, Londrina, São Paulo e Salto, além da introdu tora do Movimento no Brasil, Da. Nancy Moncau. O Casal Responsável da ECIR é Maria Regina e Carlos Eduardo Heise, e o Conselheiro Espiritual é o Pe. Mário José Filho, de Ribeirão Preto. O Casal Ligação entre ERI e ECIR é Teresa e Duarte da Cunha, de Portugal. O Secretaria-
A
do Nacional está sediado em São Paulo e a Carta Mensal brasileira é conduzida pela Equipe da Carta Mensal cujo Casal Responsável é Maria Thereza e Carlos Heitor Seabra. A Super Região Brasil é composta de Regiões coordenadas por Casais Responsáveis Regionais (CRR) e são ligados à ECIR através de Casais Ligação. Estas Regiões são:
São Paulo- Capital São Paulo- Sul 1 São Paulo- Sul 2 São Paulo- Centro 1 São Paulo- Centro 2 t: ~· São Paulo- Leste ~ São Paulo- Nordeste ~~ São Paulo- Norte São Paulo- Oeste Rio de janeiro 1 Rio de Janeiro 2 Rio de janeiro 3 Minas Gerais 1 Minas Gerais 2 Centro-Oeste Paraná- Sul Paraná - Norte Santa Catarina Rio Grande do Sul Nordeste 1 Nordeste 2 Norte
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Estas Regiões estão divididas em Setores que são coordenados por Casais Responsáveis de Setor (CRS) ou Casais Responsáveis de Coordenação (CRC). Vejamos a magnitude do Movimento:
Casais no Brasil .......................................................... 7.596 Equipes no Brasil (CRE) .............................................. 1.193 Padres no Brasil (C. E.) ................................................... 772 Setores no Brasil (CRS) .................................................. 125 Regiões no Brasil (CRR) ................................................... 22 Super Regiões e Regiões Isoladas no Mundo ............................................ 17 Equipes no Mundo ..................................................... 6.909 Casais no Mundo .................................................... 40.000 (aproximado)
Se você quiser se lembrar dos números por região no Brasil, veja a Carta Mensal de Novembro de 1995 e se você desejar saber a distribuição das equipes por país no mundo, veja a Carta Mensal de Agosto de 1995. Nos próximos números da Carta Mensal daremos mais informações organizacionais bem como indicações de como operam estas vári-
as Equipes de Coordenação. Que os ensinamentos de Cristo nos iluminem para que possamos fazer deste Movimento um ato de amor para com a nossa comunidade.
Amém.
Rita e Gilberto Canto Equipe da Carta Mensal
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DEMONSTRATIVO fiNANCEIRO
C
aros casais, nossa intenção era publicar o Balanço e a Demonstração de Resultados de 1995, porém quando do fechamento desta edição da Carta Mensal, não tínhamos em mãos esses relatórios, e o faremos na C.M. de Abril/96. Q Encontro Nacional que serealiza todos os anos, é um evento de grande importância na caminhada das Equipes no Brasil. Procuramos prepará-lo com o que temos de me-
lho r e dar condições razoáveis (transporte e estadia) para aqueles que tem a oportunidade de participar. Atualmente o Encontro Nacional representa nossa maior despesa. Apresentamos abaixo o Demonstrativo Financeiro do Encontro deste ano. Estamos publicando também um gráfico comparativo das Cotizações vs. Despesas de 1995, e informamoslhes que os dados de JAN a NOV são reais e o de DEZ previstos.
Encontro Nacional de 1995 Demonstrativo de Resultado I
Receita • Taxa de inscrição (122 setores) • Livraria • Bazar + Fita música + reembolso
22.171,32
14.700,00 4.54 1,22 2. 930, 10
Despesas
75.632,73
• ltaici diárias 18.990,00 363 pessoas * R$ 50,00 21 pessoas * R$ 20,00 (ref.) • Hotel Alvorada - lndaiatuba 637,20 diária de 12 pessoas * R$ 53,1 O (casal) • D. Ermelinda (hospedagem 3 casais) 100,00 48.862,05 • Transportes 7.043,48 • Outras Despesas
Custo do Nacional D iárias (pessoas): Setores ............. 225 Regionais ........... 44 Ecir .. .................. 16 C. Espirit ............ 65 Eq . Serviço ......... 1 O Motoristas ............. 3
53.461,41 ch. recebidos em R$ ch. ENS
11.865,00 2.500,00 4.732,00 19.097,00
363 diárias comp letas 21 só refeição
18.150,00 840,00 18.990,00
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Encontro Nacional de 1995 Demonstrativo de Resultado (continuação) Transportes Carro + ônibus: Rio 111 Curitiba Florianópolis C Florianópolis B Florianópolis A Criciúma Brusque Blumenau Londrina A Minas 11 Lajes Ecir
Passagens Avião:
127,60 392,30 102,26 102,26 102,26 170,00 60,54 91,00 60,00 148,27 159,40 71,80
Região Região Região Região Região
Norte Nordeste I Nordeste 11 R. G. Sul Sta. Catarina
12.160,48 7.391,47 9.992,16 6.444,00 2.130,25 38.118,36
Ônibus Alugados: Região Rio 111 Região Rio 11 Região Centro-Oeste Secretariado
1.587,69
~
1.690,00 2.266,00 3.200,00 2.000,00 a 9.156,00 .I 7.043,481
Outras despesas
Comentários: 1)0 gráfico comparativo mostra que as Cotizações foram maiores que as Despesas em 4,8% no ano, o que nos permitiu: - apoiarmos a iniciativa da criação e lançamento da revista Família &Vida. - realizarmos pesquisa sobre as ENS a nível Brasil, cujo resultado em breve será divulgado. -e principalmente incentivarmos as realizações das Sessões de Formação (25 em 1995). Para este ano, já temos programadas 40 Sessões de Formação. Permanecendo esse nível de Cotização, teremos condições de realizarmos
mais sessões de formação, que é uma das nossas Prioridades. 2) As despesas tiveram um crescimento gradativo. Abaixo relacionamos nossas principais despesas e o quanto representam das nossas cotizações: Encontro Nacional (12,8%) Carta Mensal (11,9%) - Salários e Benefícios (7,1 %) Impressos Doutrinários (5,8%)- Sessão de Formação (5,7%) - Colegiado (4,5%) Contribuições para ERI (4,0%) e revista · Família & Vida (3,8%)
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Vera e Renato Luciani EC/R - Tesouraria
COTIZAÇÕES VS DESPESAS -
•
o o
N
contribuições
o
N
o o
1995
.despesas
o co
o
\.0
o
N
O
R$ (mil)
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REGIÃO SÃo PAuLo-LEsTE É RECEBIDA POR
N
0.
ALOISIO LORSCHEIDER
a manhã do dia 09.12.95, a Região São Paulo-Leste, re. presentada pelos Conselheiros Espirituais de seu Setores e Coordenações, pelo CRR, pelos CRSs e CRCs, por filhos de equipistas e acompanhados pelo Casal-Ligação ECIR Vera e José Renato, foi recebida por D. Aloisio Lorscheider, Arcebispo de Aparecida/SP. Fomos colocar-nos à disposição do nosso Pastor. Foi apresentada uma smtese de nossos serviços e apostolados na região para que D. Aloisio pudesse sentir como está o Movimento das ENS na Região São Paulo-Leste, que abrange sete cidades do Vale do Paraíba. Desde o início o encontro foi muito informal, alegre e proveitoso, com D. Aloisio demonstrando muito interesse e carinho pelo nosso Movimento. Depois das apresentações, tivemos a felicidade de ouvir sua palavra por quase 40 minutos, fazendo-nos lembrar da importância da figura de nossa mãe Maria e da importância da farru1ia no mundo de hoje, dando como exemplo a Faml1ia de Nazaré, e ressaltando,
bastante, o trabalho do nosso movimento mariano junto aos casais. Ao lado de seu grande conhecimento, pudemos sentir a sua imensa simplicidade e humildade, contagiando a todos nós com seu jeito carinhoso e alegre. Queremos agradecer aD. Aloisio por esses momentos preciosos, inesquecíveis e de muito significado para todos nós. Nossa emoção continuaria, pois após o término da audiência, dirigimo-nos à Basílica Velha, onde nossos Conselheiros Espirit:liais (em número de cinco) celebraram uma missa de agradecimento pelo nosso anoequipista, e também, pelo aniversário de ordenação sacerdotal, naquele mês, de quatro de nossos CEs presentes. Pe. Pedro Lopes, CE do Setor de Taubaté, comemorava, naquele dia, 44 anos de ordenação sacerdotal. Com um churrasco de confraternização, encerramos esse dia tão maravilhoso.
Maria de Lourdes e Raul CRR São Paulo-Leste 30
A o MuTIRÃo coM o PÉ CosTURADO Quanta coisa interessante xando por um pé. Talvez, um saDeus inspira para que o bem se pato recente não bem adaptado? faça através das equipes! Ou um calo? O evento passou. Pindoretama é um vilarejo de pes- Mas na reunião seguinte, soubecadores e pobres colonos agríco- se que aquele lavrador tinha-se las, à margem das lindas praias de cortado com a lâmina da enxamar revolto da costa cearense. da . A vontade do casal porém, Precisamente, distante 100 quilô- fora maior que a dor. Eles querimetros de Fortaleza. am conhecer mais as Equipes de Ali, o espírito apostólico de Nossa Senhora. Como fazer? Foi lvanilde e Brandão quando a esposa e de Célia e empunhado uma Marcondes, formasimples agulha de Na reunião ram com aqueles costura e linha coseguinte, operários da terra e mum, costurou, a do mar, duas Expesoube-se q ue sangue frio, o pé riências Comunitádaquele santo. Asaquele rias, uma delas, sim, não perdelavrador hoje em pilotaram, mesmo com tinha-se gem. Os maridos, sacrifício, o mutina maior parte, rão. E cresceram cortado com pela faina do trano amor às ENS. a lâmina da balho desde crianQue exemplo para enxada. ça, não são alfabenós veteranos que A vontade do tizados. Algumas procura mos semdas esposas possupre uma desculpa casal porém, em os rudimentos para fu gi r das fora maior q ue oportunidades do ler, escrever e de a dor. contar. No entanformação que to, a graça do SeDeus nos concede! nhor opera milaÉ um futebol, é um gres entre eles. Querem ver espí- fim-de-semana, é um cansaço ... rito comunitário, interpretação Quantas coisas nos afastam dos simples e profunda da Palavra, momentos de Deus! Que belo partilha, cumprimento dos PCEs? exemplo, também, o dos nossos Pois vão lá! Em Pindoretama, os coordenadores de Experiências fatos sobrenaturais simplesmente Comunitárias! Abençoados do Pai acontecem. e da Santa Mãe. Eles se apresenEles foram convidados para o tam para a evangelização com vermutirão em Fortaleza. Vieram em dadeiro ardor missionário! Eles tepeso. Mas alguém era notado pu- rão o cêntuplo e a glória. 31
EvANGELIZAR A SEXU ALIDADE or ocasião da última reunião casais franceses, que tiveram a pardo Conselho Episcopal Per- ticipação maior- devendo-se levar manente, em Brasília, tivemos em conta o fato de terem eles o a oportunidade de fazer a apresenta- maior número de equipistas atualção oficial àC.N.B.B . do livroEvan- mente - o segundo país em contrigelizar a Sexualidade. Graças ao buição foi o Brasil, fato que deempenho de Lourdes e Carlos Sobral monstra bem claramente o amaduLoureiro (ECIR), amigos pessoais de recimento de grande parte de nosD. Raimundo Damasceno de Brito, sos equipistas, que souberam entene do casal Licia e Artur C. Afonso der e colaborar neste trabalho, o qual será, sem (Casal Responsável sombra de dúvidas, Regional), lograde grande auxílio mos consegmr um aos próprios caespaço de tempo O segundo país sais, a teólogos, dentro da concorriem padres, enfim, a tOda agenda desta contribuição dos que queiram se reunião, para que foi o Brasil, aprofundar sobre o pudéssemos ter a tema da santificaoportunidade de fato que ção dos casais, em apresentar a Dom demonstra bem todos os seus asLucas Moreira Neclaramen te o pectos de conjugaves este sério trabaamadurecimento lidade. lho de reflexão das Gostaríamos Equipes de Nossa de grande nesta oportunidade Senhora. Além de parte de nossos de, em nome da D. Lucas, presidenequipistas. ECIR, agradecer a tedaC.N.B.B.eD. todos os casais e Raimundo, secretásacerdotes conserio-geral, esteve presente também D. Cláudio lheiros espirituais que participaram Hummes, bispo responsável pela li- e colaboraram para que este projeto pudesse vir a se tornar uma reanha família. Procuramos apresentar de ma- lidade. Aproveitamos também para neira resumida o objetivo e a siste- informar a todos, que tenham ou mática desenvolvida no referido não participado deste projeto, como projeto, ressaltando, entre outras por exemplo as equipes que na ocacoisas, a expressiva participação sião se encontravam em pilotagem, dos casais equipistas brasileiros, que já se encontram para aquisição não só nas reflexões e respostas, no Secretariado os livros da Edicomo igualmente no número signi- ção Brasileira. Permitam-nos alerficativo de testemunhos. Após os tar, desde já, que o objetivo geral
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poderia assim ser colocado, conforme consta na própria introdução do livro: 1. Desbloquear os espíritos e ajudar a superar tabus; 2. Convidar os casais, que nestes assuntos são os consumidores e os peritos, a não aceitar respostas prontas, mas a pensar por si mesmos e a tomar a palavra; 3. Ajudar na descoberta do papel da consciência e do verdadeiro sentido das leis morais; 4. Buscar os caminhos para uma melhor comunicação entre o Magistério e os casais que enfrentam problemas bem concretos.
Vejam pois que se trata de algo que ajudamos a construir e que diz respeito diretamente a nós, sendo pois uma leitura altamente recomendada a todos que estão procurando um caminho de santificação no matrimônio.
Maria Regina e Carlos Eduardo Heise C.R. ECIR 33
Encontro de jovens
72 jovens, a maioria filhos de l r-------------equipistas, participaram do 3º Novas Equipes Encontro de Jovens organiza- •Santa Luzia, PB do pela Equipe de N. da Eq. 01 - N. S. Auxiliadora Guia, de Divinópolis _ MG, Eq. 02 - N. S. da Conceição com a orientação do Pe . •Barreiros- PE Ordones. No encerramento, Eq . 01 - N. S. da Saúde houve missa com a participaEq . 02 - N. S. das Graças ção dos casais equip istas e •Recife, PE seus familiares. Eq. 19/A- N. S. da Sagrada Família
s.
Experiência Comunitária Santa Catarina Realizou-se em Florianópolis- SC, o 1º Encontro Estadual sobre a Experiência Comunitária nas Equipes de Nossa Senhora, organizado pela região de Santa Catarina.
Mudança na EC/R
Mudança de Quadros • Região Minas Gerais li Setor Pouso Alegre Maria da Conceição e Vicente Antonio da Fonseca, assumiram a responsabilidade pelo Setor, em substituição a Sonia Maria e Sebastião Ribeiro da Silva. • Região São Pau lo Su I - 1 Setor Mogi das Cruzes Novo casal responsávelGislene e Afonso Ligorio de Oliveira
No último Encontro Nacional, Wilma e Orlando dos Santos Mendes deixaram sua participação na ECIR, após mais de seis anos de IL.w~~~~~~~~~~~rllll.l dedicado e intenso traba- I Volta ao Pai lho, quando dentre outras •Valdomira Zortea missões foram os responsáEq. N. S. das Merces veis pelo Secretariado NaCuritiba - Paraná cional e pela Tesouraria do •Victorio Giusepe Movimento. Na ocasião foi Capelini (da Helena) lhes prestada uma carinhoEq . 5 - Dois Córregos !,ii sa e merecida homenagem SP 1. Setembro (i) e formulados votos de su• Betty (do lzael) cesso nas novas missões que Eq. N. S. das Graças virão a assumir no MoviPenápolis mento, o que bem demonsSetor B - Reg. Araçatuba tra que sua disponibilidade SP 3. Novembro continua.
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Retiro Imperdível Foi um acontecimento muito especial o 2º Retiro das ENS realizado em Camaragibe, coordenado pelo Setor B, Recife. A teóloga, escritora e missionária Carmita Overbeck, abordou o tema da Nova Evangelização e transmitiu a todos um desejo imenso de conhecer, aprofundar e vivenciar os ensinamentos de Jesus Cristo. Este retiro foi imperdível. Alcíone e Crizzi Eq. SA - Recife - PE
Comovente O artigo "Proteção do Amor" de Da. Nancy Moncau, na Carta Mensal de outubro está comovente. A correspondência do Pe. Caffarel nos traz jóias que com 40 anos não perdem a atualidade. Refiro-me especialmente ao seu apelo "eu vos suplico nunca deixeis de vos formar, não sucumbam à tentação de vos dardes sem medida, até vos esvaziardes, assim vós vos esgotareis". Carmen Sylvia Sicoli Sloane Eq. 5 - Niterói - R}
Ano Novo Abençoado "Pelas mensagens e notícias que vocês nos mandam todos os meses, que Nossa Senhora os cubra de bençãos. Bom Natal e Próspero Ano Novo" Cida, Mareio e Filhos Eq. 07- Varginha - MC
Nossa Senhora das Vitórias Estamos encaminhando um pequeno histórico sobre N. S. das Vitórias para publicação na Carta Mensal e já iniciamos pesquisa sobre N. S. de Nazaré, invocação da nossa atual equipe. Erenita e Attanazio Eq. 10- Setor A Recife- PE
Presença Alegre "Tivemos este ano em Fortaleza, a graça de um retiro, do qual participaram 57 casais de equipes, inclusive de Barra do Corda, Qu ixadá e Pindoretama. Comprometidos com o Movimento e seus carismas, não podemos deixar de prestigiar esses eventos com a nossa . presença alegre e participativa." Eq. 07 e 04 - setor 8 Fortaleza - CE
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INvocAçõEs DE NossA SENHORA No seio da Virgem Mãe Encarnou Divina Graça Entrou e saiu por Ela Como o sol pela vidraça
o longo do segundo semestre mãe do Salvador.
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O diálogo que se travou entre de 1995 fomos relembrando os títulos que sintetizam o Ela e o mensageiro, vale a pena carinho e amor que os cristãos nu- conferir (Lc. I, 30/38), pois reduntrem por Nossa Senhora. dou na entrega plena de Maria aos Neste número apresentamos planos de Deus. A princípio conmais duas que também retratam os turbou-se com a saudação. Depois privilégios com que Deus quis tentou entender o que estava ocoradorná-la. \ rendo e pediu explicação. Convencendo-se de que para Deus nada é impossível, rendeu-se plenamente: NossA SENHORA DA ENCARNAÇÃO "Faça-se em mim segundo a tua Conta-nos o Evangelho de São palavra" . E como serva de Deus, Lucas (cap. I, 26 a 38) que o Anjo permitiu que nela se operasse o de Deus foi enviado a Nazaré para mistério da Encarnação do Verbo transmitir à Virgem Maria a men- de Deus. sagem divina, de que ela seria a A partir deste momento abriu-
..~~t..L'annonciation
·_ Fra Angelica, 1387- 7455
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lou a partir do consense uma nova era para timento dado por Mahumanidade. ria. O despojamento despojamento A Igreja celebra a absoluto de Maria, absoluto de festa de N. Senhora da sua fé inabalável no projeto de Deus e a Maria, sua fé Encarnação em 25 de março que antecede plena adesão a ele foi inabalável no exatamente nove meses o marco da história e projeto de a data de comemoração deu origem ao cristiDeus e a do nascimento do Deus anismo, atingindo a plenitude dos tempos. plena adesão menino. A anunciação é Maria, narra-nos a ele foi o geralmente representao evangelho, foi às marco da da em pinturas e nelas pressas à casa de Isabel. Com efeito, não história e deu aparece Maria ajoelhada ou sentada, recebenpoderia guardar para ongemao do a mensagem do Arsi o prodígio que nela cristianismo. canjo Gabriel. Sobre a se operou. Sentiu a cena vê-se a pomba, força do verbo que emergia de seu íntimo e não pode con- símbolo do Espírito Santo. As esculturas são sempre denoter a maravilha que tinha se realizado nela. Comunica, assim, que o Pode- minadas Nossa Senhora da Encarroso fez grandes coisas e por isso sua nação e representam a Virgem de pé, alma o engrandecia e seu coração re- com as mãos cruzadas sobre o peito, em atitude humilde, ou com um jubilava. Que maravilhosa projeção do livro aberto na mão esquerda e a amor de Deus criador! Ao enviar seu direita estendida em sinal de admiFilho, nascido de mulher e assumin- ração ante o anúncio do Anjo. Aldo a natureza humana, a elevou a gumas vezes aparece sobre o livro, uma dignidade igual à sua. De fato, ou sobre as mãos de Maria, a pompela Encarnação, Deus tornou-se ba do Espírito Santo. homem, trabalhou com mãos humanas, agiu com vontade humana, amou NossA SENHORA DAS com coração humano. Nasceu e vi- CANDEIAS OU DA veu no seio de uma família. Tornou- PURIFICAÇÃO Essa invocação de Nossa Sese, em suma semelhante a nós e revelou-nos o caminho da salvação. Foi nhora teve origem nos primórdios Cristo quem, como disse o Papa João da Era Cristã, para comemorar a Paulo II, "devolveu definitivamente Purificação da Virgem Maria. Era ao homem a dignidade e o sentido da preceito da lei mosaica que todo sua existência no mundo" . (Enc. filho varão fosse apresentado no Templo, quarenta dias após seu Redemptor hominis). Todo esse prodígio se desenro- nascimento . A mãe, considerada
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impura após o parto, deveria ser purificada por uma cerimônia especial. Maria Santíssima, desejando submeter-se a essa determinação, apresentou-se com o Menino Jesus. Nada havia de impuro ou ilícito em Nossa Senhora, que é a fonte de pureza, que a obrigasse à purificação. Entretanto, a Mãe de Deus, comportou-se como qualquer outra mulher judia de sua época. Foi assim que a Virgem Maria levou ao templo o Senhor do templo, dando-nos exemplo de humildade e obediência à lei.
A Virgem Maria levou ao templo o Senhor do templo, dando-nos exemplo de humildade e obediência à lei.
.... Apresentação no Templo - Hans Holbein A, 1465 - 1524
Lia-se no Êxodo ... "E o Senhor disse a Moisés: Declara que todo o primogênito dos filhos de Israel, seja homem ou animal, pertence-me sempre". Esta oferenda recordava a libertação milagrosa do povo de Israel de seu cativeiro do Egito. Todos os primogênitos eram apresentados a Javé e depois restituídos ao povo. Ao longo dos séculos este episódio da apresentação de Jesus e a purificação de Nossa Senhora foi considerado ora festa do Senhor, ora festa mariana. Já era celebrada em Jerusalém em fins do século IV. A partir de então, estendeu-se pelo oriente e ocidente, e para sua celebra-
ção fixou-se o dia 2 de fevereiro. A procissão com as velas realizada nesta solenidade, significa a luz de Cristo anunciada no Templo por Simeão - "Luz para iluminar as nações". (cf. Lucas ll, 32), e propagada através da atuação de cada cristão. Nossa Senhora das Candeias apresenta-se com o Menino Jesus nú sentado em seu braço esquerdo e um círio, ou candeia, na mão direita. Em algumas imagens o Menino Jesus segura um ramalhete de flores e a Virgem, um castiçal.
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Maria do Carmo e José Maria Whitaker Neto Eq. da CM
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SANTUÁRIO DE CANÁ
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aná é hoje um povoado de época bizantina até nossos dias in8 mil habitantes dos quais dica este lugar, chamado pelos seus aproximadamente, dois mil habitantes Kefer Kanna, a 8 Km a e quinhentos são cristãos; o resto é Nordeste de Nazaré como a Caná da Galiléia, onde Jesus realizou seu de religião muçulmana. Não é certamente a atração do primeiro milagre. É verdade que há povoado, nem a lembrança do ban- uma Caná junto a Sidon, na Fenícia, mas aquequete nupcial e tamla foi já excluída pouco o milagre da por Santo Epifânio, conversão da água nos séculos IV e V, em vinho que atrai Toda a a Caná todos os tradição cristã, como completamente improvável, anos centenas de desde a época milhares de peregrinão tendo nada que bizantina até ver com a da Galinos do mundo inteipróxima a Naléia, ro. Se não fosse nossos dias zaré. aquele milagre e a indica este Alguns perepresença de Jesus e lugar, grinos do tempo de Maria às bodas chamado pelos dos Cruzados (séc. um mistério profundo que toca a essênseus habitantes XII e XIII) falam cia mesma do crisem Khirbet Caná, Kefer Kanna, a tianismo. De fato, localidade situada BKma a 14 Km ao Norte Jesus manifesta de Nazaré, como com este primeiro Nordeste de sendo a Caná evanmilagre seu poder e Nazaré como sua glória divina, e gélica. Depois de a Caná da várias inspeções e abençoa e consagra Galiléia, onde cuidadosas pesquia união matrimonisas pelos cientisal, fundamento da Jesus realizou família, que já é tas, no ano de 1965 seu primeiro uma pequena igreja, encontrou-se uma milagre. gruta; no reboco de e a Virgem Maria, com sua intervensuas paredes havia ção eficaz perante inscrições devocioseu Filho, revela-se nossa Media- nais. Mas não foi encontrado neneira e mãe providentíssima, que nhum vestígio de edifícios sagraconsegue para nós, seus filhos, as dos ou de fontes, das quais falam graças e ajudas necessárias para os peregrinos que visitaram Caná nossa vida espiritual e temporal. antes e depois das cruzadas. E, Toda a tradição cristã, desde a .mais, entre suas ruínas nada se 39
encontra da época bizantina. tólicos até os bizantinos, passanNo que se refere a Kefer Kanna do pelos tempos dos judeo-crisno período antecedente ao bizanti- tãos , e chega até nós com o testeno, que começa com o século IV, munho dos monumentos sagrados temos os restos arquitetônicos con- do lugar e dos peregrinos que a têm servados na igreja franciscana, (co- visitado através dos séculos, até lunas, capitéis, mosaicos, fragmen- nossos dias . tos ornamentais, uma inscrição em A construção da igreja atual aramaico, etc.) , começou no ano de que garantem a 1879, sobre as ruíexistência de uma nas da grande igreigreja (de estilo sija antiga, da qual Jesus manifesta nagoga) para os nos fala, entre oucom este judeo-cristãos, lá tros, São Vilibaldo por volta do sécu(726), um docupnme1ro lo terceiro . A uns mento do tempo de milagre seu 700 metros a oeste Carlos Magno poder e sua de Kefer Kanna, (808) e outros peonde estava a Caná glória divina, e regrinos até frei antiga, há um peNicolas de Pogabençoa e queno monte, que gibonsi (1345) e consagra a antigamente era o Doubdan (1654), uniao centro da cidade, e que a descreve com que hoje é chamadetalhes. A presenmatrimonial, da "Karm er ça dos franciscanos fundamento da Ras".Aii se enconem Caná vem desfamília. trava a sinagoga de o ano de 1641. judaica, como o A pop ul ação atestam os muitos católica de Caná mosaicos, partes e bases de colu- celebra a festa do primeiro milagre nas, paredes e outros restos monu- de Nosso Senhor no segundo domentais ali existentes, do mesmo mingo após a Epifania com a parperíodo dos de Kefer Kanna. ticipação da fraternidade de NazaCom isso mostra-se a existên- ré e dos fiéis dessa paróquia. cia em Caná das duas comunidades: a hebraica e a judeo-cristã, cada uma com seu lugar de cu lto . Como acontece com Nazaré e loTraduzido de um boletim da calidades da Galiléia. Franciscan Printing Constatamos assim como a Press-]erusalém tradição, que localiza em Caná e Colab oração do nesta igreja o primeiro milagre de Pe. Jaime Rojas Jesus, vai desde os tempos aposFortaleza - CE
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A ALEGRIA DA QuARESMA
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o século V0 , como no-lo re- renovação litúrgica foi a revalorizavelam os sermões de São ção da Páscoa, como celebração da Leão Magno, os cristãos ce- ressurreição de Jesus, fonte de sentilebravam a quaresma. Nos inícios da do para a interpretação de sua vida e Igreja tinha sido o tempo em que se morte e para a compreensão de nospreparavam os catecúmenos para o sa peregrinação terrestre. À luz da Páscoa, a quaresma se batismo, na vigília pascal. Com o passar dos anos e a progressiva in- enche de alegria. A vida e a morte de trodução do batismo das crianças, a Jesus tornam-se como que as pegaquaresma se foi tornando uma espé- das de seu misterioso triunfo, acomcie de grande retiro espiritual comu- panhadas de uma alegria que o munnitário, em que se procurava tomar do não pode compreender. Nossa própria vida, que se dea vida mais próxima senrola no íntimo do do Evangelho. coração, no "segredo Um dos mais beA nota do Pai", torna-se porlos testemunhos desse predominante tadora de uma alegria espírito quaresma! está da quaresma é que transcende, sem na Regra de São Bento, ainda hoje adotada pois a alegria. enxugar por enquanto, todas as lágrimas em muitos mosteiros. Cultivá-la, a e dificuldades da caBento de Núrsia (480grande tarefa minhada. É a alegria 547), formado em quaresma/. da quaresma. Roma, depois de viver Como diz São como eremita, fundou Bento, deveríamos uma comunidade viver todos os dias com os olhos volcenobítica em Monte Cassino, cuja tados para o céu, buscando antes de regra passou à história como a regra tudo a Deus. Poucos, porém, são camonástica por excelência. pazes de viver sempre nessa perspecNo capítulo 49, trata da observância da quaresma. Transfere para tiva. Que pelo menos nesse tempo da o mosteiro o espírito que reinava na quaresma então, esforcemo-nos todos comunidade cristã durante esse tem- para ter sempre presente nossa vopo, possibilitando-nos compreender cação celestial e viver do desejo de melhor o que se espera dos cristãos Deus, na alegria do Espírito Santo (cfl Tess 1,6) . na quaresma. Na quaresma devemos jejuar, A idéia de quaresma está hoje associada à sensação de tristeza, pe- mas na alegria, não deixando nitência e antecipação dos sofrimen- transparecer a fisionomia sombria e tos de Jesus. Essa tonalidade preva- abatida de quem não come, mas a leceu durante séculos na prática ecle- certeza de quem, no fundo do corasial. Mas uma das características da ção, é feliz por agradar a Deus, de 41
Deveríamos viver todos os dias com os olhos voltados para o céu, buscando an tes de tudo a Deus.
acordo com a recomendação de Jesus (cfMt 6,16). Na quaresma devemos ser mais generosos, dar com alegria, como recomenda o apóstolo Paulo (cf 2 Co 9,7), não apenas esmolas mas a nós mesmos, em favor da comunidade. É o sentido da Campanha da Fraternidade. Na quaresma a oração deve passar a ocupar lugar mais importante em nossa vida, levando-nos a um contato mais freqüente e mais profundo com as Sagradas Escrituras, que nos familiarize com os pensamentos de Deus e nos harmonize os movimentos do coração com as moções do seu Espúito, na alegria do segredo do Pai (cf. Mt 6, 4, 6, 18). A nota predominante da quaresma é pois a alegria. Cultivá-la, a grande tarefa quaresma!. Quem porém é capaz de compreender essa alegria? Alegria
do Espírito, que tornou radiante Maria. Alegria de Jesus, que agradece e glorifica o Pai por se ter revelado aos pequeninos. Alegria dos apóstolos, que se sentiam felizes de ser tratados corno o Mestre, na perseguição e no escárnio. Alegria dos santos, corno Francisco de Assis, ainda que no despojamento total e na participação até mesmo física nos sofrimentos de Jesus. Para nos ensinar o caminho dessa alegria São Bento dá um conselho precioso: na quaresma, oferecer a Deus, de espontânea vontade, com a alegria do Espírito Santo, alguma coisa além de nossa medida habitual, como por exemplo, subtraindo ao corpo algo da comida, da bebida, do sono, das conversas fiadas e do lazer; para esperar a Santa Páscoa, na alegria do desejo espiritual (Regra, c.49). Pode parecer banal, mas é significativo . Só quem o experimentou sabe o que é a alegria da quaresma: alegria espiritual, que antecipa a alegria do céu.
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Francisco Catão
ENCONTRO DA PASTORAL fAMILIAR decisivamente na formação humana e cristã das crianças e adolescentes nos lares, nas escolas e junto aos Meios de Comunicação Social. • A Pastoral Familiar só caminhará bem, quando conseguir organizar uma imensa rede de grupos ou círculos familiares pequenos, que se reúnam nas casas, nos edifícios e centros comunitários, para debater o imenso problema da formação humana e cristã dos membros de suas famílias, agindo em decorrência da iluminação desses debates. • O trabalho pastoral com excluídos e casos especiais consiste, em primeiro lugar, em acolhê-los na comunidade, tratando-os com verdade e misericórdia ao mesmo tempo.
ENCONTRO FIXA OBJETIVOS E PLANOS
Reunindo os agentes pastorais de 25 dioceses dos estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, e com a presença de 150 participantes, entre os quais se achavam dez casais das ENS e onze jovens das EJNS, realizou-se em novembro último, em Juiz de Fora, MG, o 1oEncontro de Pastoral Familiar da Região Leste da CNBB . Compareceram ao evento D . Cláudio Hummes, bispo responsável pelo Setor Família da CNBB, D. Waldemar Chaves Araújo, bispo de Teófilo Otoni, responsável pela Pastoral Familiar da Região Leste e mais dez sacerdotes, além do Frei Almir Ribeiro Guimarães, ex-assessor daquele setor da CNBB .
CARTA DE ju1z DE FoRA
IMPORTÂNCIA E CoNcLusõEs
O encontro foi de grande importância para a conscientização e dinamização da pastoral familiar e permitiu a tomada de decisões e o estabelecimento de metas para o trabalho a ser desenvolvido. Foram estas as principais conclusões: • Pastoral Familiar não é só pastoral de eventos (encontros, cursos ... etc) . Não haverá evangelização se não houver acompanhamento, continuidade .. . • Será muito difícil influir na mentalidade dos jovens, quanto à visão cristã da sexualidade humana, quando já estiverem próximos do casamento, se a Pastoral Familiar não investir
No final do encontro, foi elaborada uma carta com a proposta de ação e os objetivos a serem alcançados pela Pastoral, dentro da lição do Papa João Paulo II no discurso inaugural da conferência de Santo Domingo: "O futuro dq. humanidade passa pela família". Isto porque, a família é o lugar e o momento onde se aprende a viver os quatro tipos de amor: paternal, filial, fraterno e conjugal. REPUDIO À APROVAÇÃO DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
Foi também aprovada .uma moção de repúdio ao projeto da lei (no 20/91) que autoriza o aborto legal , remetida à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados .
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JosÉ, o HoMEM JusTo
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drama de José. O evange-
lho de Mateus (1, 18-24) esclarece e complementa o plano de Deus para a chegada do seu Filho ao mundo, como o Verbo feito Homem. Na opinião dos Santos Padres e da maioria dos intérpretes, Maria teria revelado aJo sé que sua gravidez era obra do Espírito Santo e que fora escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus. José, no entanto, não entendeu como isso podia ter acontecido e começou a viver um drama. Como era um homem justo, não lhe cabia na cabeça aceitar um filho que não era seu. Ao mesmo tempo, não queria denunciar Maria, para não interferir no plano de Deus. Decidiu-se então a deixála secretamente. A mensagem que José recebeu do anjo, em sonho, veio no momento certo. Ele tomou conhecimento de tudo o que estava acontecendo, como Maria lhe havia revelado. E que ele aceitasse a sublime missão de ser "pai legal" de Jesus. Recebendo Maria como esposa, ele protegeria sua maternidade perante aLei e Jesus nasceria como legítimo descendente de Davi, cumprindo a profecia de Isaías: "A Virgem conceberá e dará à luz um filho. E será chamado de Emanuel, que significa: Deus está conosco". Mesmo sem entender toda a extensão do mistério em que se envolvia, José se entregou também inteiramente à vontade de Deus, com toda a fé e confiança. Assim, o plano de Deus se tomaria realidade e era perfeito em todos os aspectos. O Filho de Deus viria ao mundo como Deus e Homem, nosso Salvador. É Jesus Cristo, nosso Senhor.
José, modelo de fé. José é para nós um modelo de fé e confiança em Deus. Uma fé que nos leva a entregar-nos inteiramente a Deus, sem discutir seus planos, mesmo sem compreendê-los. Sabemos que Deus entrou na história da humanidade como o Deus-conosco, o Deus que salva, através do seu filho Jesus Cristo. E o nosso compromisso de fé deve ser tão sério, que nos leve a condicionar nossa vida ao plano de Deus, mudando o que for preciso mudar, tanto em nossa vida pessoal, como familiar, profissional e comunitária. Este é um grande desafio para nós, cristãos no mundo de hoje. A fé autentica deve levar-nos a um esforço constante e diário, para vivermos em plena disponibilidade para Deus e em franca abertura para nossos irmãos. O Jesus de Nazaré no qual nós cremos como Filho de Deus feito Homem, nos convida a vivermos realmente como irmãos, na caridade e na solidariedade, especialmente com os mais necessitados. Se entendermos assim, transformaremos o mundo. José Dutra Transcrito do Sem. Litúrgico ((Deus Conosco" Ed. Santuário Ano XXV no 60-24. 12.95 Para refletir: 7. José era um homem justo. O que isto me inspira? 2. Ter fé é entregar-se a Deus. __. É assim gue tenho fé?
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ORAÇÃO A SÃo JosÉ
Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tornai sob vossa proteção a causa importante que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda a nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder. São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais Santa Família que jamais houve, sede nós vo-lo pedimos o pai e protetor da nossa, e impetrainos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria. São José rogai por nós, que recorremos a Vós!
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Pontos Concre- aprofundamento à luz das três atitutos de Esforço e des de Vida, assunto que estará sendo enfatizado pelo Movimento, no Partilha PONTOS Equipes de Brasil, durante este ano de 1996. CONCI{ETOS Nossa Senhora, Tratando-se de uma publicação inDE ESFORÇO EPAUTILHA 24 pg. terna, os pedidos deverão ser feitos diretamente ao Secretariado NacioA partilha nal das ENS (Tel. 011-256.1212, tem sido detecta- Telefax 011-257 .3599) ao preço de da, em muitos R$ 2,00 por exemplar acrescidos dos casos, como uma das partes da Reu- custos de remessa. nião de Equipe menos compreendida Após a impressão constatamos e pior vivida. E isto em equipes de alguns enganos de digitação e assim diversas "idades" e em vários países. apresentamos esta errata: Este é o documento completo (e por- Página: tanto, um pouco diferente da versão 07- 43 linha: onde se lê dilue, leia-se anteriormente publicada) no qual dilui; 08- 23 lin.: necessessário, neÁlvaro e Mercedes Gomes-Ferrer cessário; 15- sa; 83 ; e 93 lin.: estória, apresentam a mística dos PCE e seu história
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Esta nossa aliança A autora esmiuça todas as múl(Orientações prá- tiplas facetas do convívio a dois. ticas para recém- Após cada explanação sugere exercasados) cícios sobre o assunto, incitando a Renée Bartkowski pensar, conversar, praticar, rezar. Editora Santuário, Estende-se ela desde o desenvol125 pg. ver a sensibilidade, até a culminância do matrimônio -desenvolver um Traz, com toda relacionamento íntimo com Deus, a clareza, a situa- companheiro que enriquece os sação da vida·em comum. grados laços que o casal compartiPor mais que saibamos e que se nos lha, é orientação, não apenas para diga que o homem é um todo - corpo e recém-casados, mas para todos, esalma - e que para realizá-lo, este todo pecialmente para aqueles que ainda tem que ser atingido, é difícil reconhe- não atingiram esta fusão trinitária cer as falhas, mormente as "nossas". marido, Deus, mulher.
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Nota: Caso os nossos leitores não encontrem nas livrarias, os livros sugeridos nesta seção, poderão solicitá-los, diretamente e via reembolso postal (qualquer que seja a editora) para: Santuário 1900 I Caixa Postal 4 I 12570-000 I Aparecida - SP (Não precisa selar. No lugar do selo escreva Taxa Paga, ou telefone para: (0125) 36-2140)
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ORAÇÃO DA
CF-96
Deus da Vida e Senhor da História, Pai de todos nós, em vosso Filho Jesus Cristo, pela força do Espírito Santo, já vencestes o pecado, a escravidão e a morte. Queremos viver a Campanha da Fraternidade fazendo da Política - no campo e na cidade nas aldeias e nos quilombos. um serviço à vida e à libertação integral de todos, direito e _d ever de cidadania e convivência de igualdade nas diferenças. Concedei-nos construir um Brasil, novo, sem exclusão e sem privilégios, onde se abracem a Justiça e a Paz, e os valores do vosso Reino estejam sempre mais presentes na ação política em nosso País. Ajudem-nos a proteção de Maria, nossa Mãe, as santas e santos companheiros da caminhada, e, sobretudo, a wesença de vosso Filho Jesus Cristo, Caminho, Verdaéie e Vida, para que possam s participar da construção de uma Sociedade justa e solidária. Amém.
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OBRIGAÇÕEs? PoNTOS CoNCRETOS DE EsFoRço? PoR QuE NÃo "BEM AvENTURANçAs"? • Bem aventurados aqueles que lêm a Palavra de Deus, assim eles conhecerão melhor o Senhor. • Bem aventurados aqueles que dedicam gratuitamente, parte do seu tempo para Deus, a cada dia; eles serão alimentados pelo Senhor, e repousarão sobre seu coração. • Bem aventurados o marido e a esposa que dão-se as mãos e oram juntos ao Senhor todos os dias; eles ingressarão em Seu desígnio criador da unidade no amor. • Bem aventurado o casal que coloca sua vida e seus questionamentos, seus objetivos, seus problemas, sob o olhar de Deus, a cada mês; ele aproximar-se-á, assim, da Fonte da verdadeira luz. • Bem aventurados aqueles que
adotam uma regra de vida por amor a Deus e ao próximo; eles elevar-seão ao Senhor. • Bem aventurados aqueles que, a cada ano, colocam-se, em casal ou em equipe, em alguns dias de férias com o Senhor; eles reencontrarão a alegria de viver, de amar e de seguir em frente . A partilha sobre essas Bem aventuranças será uma entreajuda para que cada um atinja a felicidade de amar a Deus, de reconhecer que é amado por Ele e, por isso mesmo, de amar seu cônjuge, seus filhos, seu próximo, e de ser amado por eles. Queira Deus que os PCE's nos inspirem para dinamizar e nos entusiasmar pelas providências intuições do Pe. Caffarel!
Alain e Anne Monique e a equipe 02 Chesnay, França ~---Colaboração de Nancy Moncau
MEDITANDO EM EQUIPE
Evangelho de Lucas, 18, 1 0-14 Jesus apresenta-nos duas atitudes possíveis para nós. O convencimento de nossa justiça e suficiência, ou o reconhecimento de nossa necessidade de perdão e salvação. MEDITAÇÃO
1.Com toda a sinceridade, qual é a minha situação? Como me posso julgar honestamente? 2.Para que preciso de Cristo? 3.Que atitude vou assumir diante de Cristo em minha vida? 4.Confesse sua situação. Peça ajuda. Louve e agradeça. ORAÇÃO LITÚRGICA
Piedade de mim, ó meu Deus, em tua bondade, apaga meu pecado na tua grande ternura, lava-me de toda a maldade, purifica-me de tudo. Meu pecado, muito bem eu o conheço, minha falta tenho sempre ante meus olhos: foi contra ti, Senhor, contra ti somente que faltei, fazendo o mal que tu condenas. Se me condenas, não te posso condenar, teus julgamentos são conformes à justiça. Sei que sou malvado de nascença, pecador desde quando concebido. Tu que amas a verdade tão somente, dá que eu saiba minha vida bem viver. Purifica-me, Senhor, e então serei puro e limpo sem maldade nem pecado. Faze que eu tenha alegria novamente após as dores e amarguras do pecado. Que não olhes como antes minhas faltas, mas apagues toda a minha iniqüidade. Dá-me, Senhor, um coração que seja puro, e que eu tenha o teu jeito de pensar: não me afastes para longe do teu rosto nem me deixes sem o teu alento santo. Faze que eu viva na alegria da tua paz, dá-me um coração grande para que possa anunciar tua bondade, teus caminhos para todos que procuram te encontrar. Reconciliado eu cantarei o teu amor sempre ansioso, procurando perdoar. (FI. Castro, sobre o Salmo 50)
Atitudes de Vida: • Procura Assídu a da Vontade e do Amor de Deus • ·Procura da Verd ade • Vivên cta do Encontro e Comunhão
Equipes de Nossa Senhora Mov im ento de Casais po r uma Es p iri tu a l idade Co nj uga l e Fa m i l ia r Rua Luis Coelho, 308 52 and . cj 5 3 C EP 01309-000 São Paulo - SP Fone: (01 1) 256 . 1212 Fa x: (0 11) 257.3 599