ENS - Carta Mensal 318 - Maio 1996

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a Carta -Mensal Equipes de Nossa Senhora

MÊs DE MARIA MÊs DAS NoivAs PENTECOSTES DIA DOSTRABALHO DIA DAS MÃES

EACREs/96

Ano XXXVI - N º 318 - Maio /96


EQUIPES DE

NossA SENHORA

CARTA MENSAL N Q

318

MAIO

/1 996

"'

I NDICE

Editorial ...... .......... ....... .... ......... ...... ....... .. 01 A ECIR Conversa com Vocês .......... .. ....... 02

Carta Mensal é publicaçiio das Equipes de Nossa Senhoras Ulllll

Correio da ERI .. .. ........ .... .... .. ...... .......... .. . 03

Edição: Equipe da Carta Mensal Fone: (O ll ) 256. 1212

Formação .......... .. .. .... ... ..... .... ..... .......... ... 07

M. Thereza e Carlos Heitor Seabra (responsáveis)

Di a do Trabalho .. ...... ....... .. ........ ... .......... 09

Blanche e Lauro F. donça

M ês das No ivas ..... ......... .... ..... ...... .. ... ..... 14

Maria do Carmo e José Maria Whitake r Neto

Vida do Movimento ... .... ... ..... .... ....... ....... 17 M aria ..... ... .. .... .... .. ...... .......................... ... 26 Pentecostes .. ..... ..... ...... .... ........ ....... ......... 30 Ascensão do Senhor ........... ..... ...... ......... . 32 Dia das Mães .. ........ .. ....... .... .. .... .............. 34 As censão do Senhor ....... .. ......... ... .... ... .... 32 Notícias e Info rm ações ........ ... .......... ...... 38 Atu alidade ..... .... ........ .... ........ ... ... ............ 39 Nossa Biblioteca ..... .. ........ .. .. .... .. .. .. ... ..... 41 Reflexão ........... ................................... .... 42

Men-

Rira e Gilberto Canto Pe . Flávio Cavalca de Castro, CSsR (Cons. Espiritual) Jorn alista Responsável: Carherine Elisaberh Nadas (MTb 19835) Diagramação e Ilush·ações: M. Alice e l valty Barcellos Capa: Eros Lagro rra/ Igar Feltr Composição e Fotolitos: Newswork R. Venâncio Ayres, 93 1 São Paulo Fone: (011) 263.6433 Impressão e Acabamento: Edições Loyola Rua 1822, 347 Fone: (01 1) 914. 1922

Oração ........ .. ......... ..... .. ... .... ..... ... .... .. ..... 43 Última Página ..... ... ...... .. ..... .... .. .............. 48

Tiragem desta edição: 9.300 exempla res


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Queridos Casais Equipistas! Paz e Bem! Neste mês de maio, do qual tradicionalmente se diz o mês de "Nossa Senhora" e mês das "noivas", gostaria de refletir com vocês sobre essa tradição. Primeiramente "Nossa Senhora", modelo e caminho que nos trouxe o "Cristo" e a "Ele" nos conduz. Tempo propício para você, casal, buscar num "dever de sentar-se" as virtudes e qualidades de Maria em sua vida conjugal. A dedicação, o escondimento, a presteza, o assumir conseqüências de um "sim" a Deus são destaques que merecem ser salientados. Como anda a dedicação de vocês, de um para o outro? Vocês tem se dedicado ao crescimento espiritual, humano, afetivo, cristão um do outro? Escondimento- esconder-se para fazer o outro emergir, deixar de ser "Maria" para fazer vir ao mundo "Jesus". Como vocês estão vivendo esse escondimento? Você marido, em suas preocupações profissionais, sociais, tem dado tempo para sua esposa? A vida anda difícil, para todos. Mas como deixar o outro (esposa - esposo) emergir? Presteza - como andam nossas obrigações no "servir", primeiramente um ao outro (marido e mulher), aos filhos, à Equipe, à Igreja local, aos amigos, ao Movimento e à sociedade? Maria foi e é aquela que se dispôs a enfrentar todas as dificuldades. E nós? E o "Sim" de vocês, há 5, 10, 15, 25, 40 anos atrás, continua sólido, como a casa sobre a rocha? Vocês prometeram- "Amar-se na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, lem-

8' bram-se"? Amando-se e respeitandose até o fim de suas vidas, recordam? _ Quais hoje são as conseqüências desse "sim"? Conversem sobre os avanços, os retrocessos e principalmente sobre as graças que Deus derramou sobre vocês ... O que Deus uniu o homem não separe ... Maio também, mês das "Noivas", o que é o noivado? Como foi seu noivado? Lembrem-se de detalhes que no dia a dia caem no esquecimento. Noivado, tempo de conhecimento, de crescimento, de aumento de estima um pelo outro, tempo de amor recíproco e sincero. Tempo de delicadezas da conquista, tempo da "dor de cotovelo", da saudade, da paixão ... Tempo de projetos, de planos, de esperanças. Neste dever de sentar-se façam uma retrospectiva: o que vocês já construíram? O que Deus fez frutificar em suas vidas? A grandeza e a beleza do Matrimônio consistem no compreender a bênção que Deus lhes deu ao presenteá-lo(a) com seu marido ou com sua esposa, e vocês dois construírem a vida conjugal. Por isso, peço a Deus e a vocês que sempre invistam nesta bênção e graça, tenham sempre a perspectiva que vocês dois começaram e vocês dois terminarão, pois tudo no mundo é passageiro, só permanece o amor. A conjugalidade é o segredo do matrimônio. Como anda a de vocês?

Abraços e orações. Pe. Mário José -Ecir

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Prezados irmãos equipistas, Chegado o mês de maio, já é tradição que nosso pensamento se volte para o dia 13, quando às comemora- · ções da Aparição da Virgem em Fátima e da Libertação dos Escravos, ambas muito caras aos católicos do Brasil, se junta mais uma, especialmente importante para nós equipistas, pois marca o aniversário do início do Movimento das Equipes de Nossa Senhora em nossa Pátria. Na Carta Mensal de maio do ano passado, nossa querida D . Nancy Moncau, responsável junto com seu marido, Dr. Pedro, pela equipe pioneira, em terra brasileira, em artigo escrito para celebrar os 45 anos da vinda das Equipes de Nossa Senhora para o Brasil, lembrou-nos fatos passados que enriqueceram a caminhada do Movimento. Estamos agora comemorando outro aniversário, talvez desapercebido porque 46 é número menos vibrante do que seu arredondado antecedente. Todavia, esse singelo fato, iluminado pela lembrança do passado, despertou-nos para o futuro, principalmente porque todos os aniversários são acompanhados dos tradicionais votos de muitos outros anos mais de vida. Nossa reflexão levou-nos, também, a considerar que, nos primeiros 45 anos depois da morte de Cristo, sua Igreja ainda engatinhava e quatro de seus apóstolos ainda estavam alinhavando suas primeiras Cartas. Hoje, a Igreja aproxima-se do segundo milênio ao qual nunca chegaria se não fosse a tenacidade, a santidade, o trabalho e o serviço dos

seus milhares de apóstolos, muitos deles anônimos e desconhecidos, os quais, sempre auxiliados pela Providência Divina, colocaram a serviço da realização do Reino de Deus aqui na Terra, todos os seus dons e carismas. D. Nancy dizia-nos, há um ano, que o "Movimento, criança, cresceu, criou raízes, expandiu-se, amadureceu, tornou-se adulto e transpôs alegre e corajosamente as portas que o Concílio (Vaticano li) abriu à maior participação do leigo na Igreja". O Movimento somos nós. Se crescermos, ele cresce junto, se amadurecermos, ele amadurece também. A responsabilidade é grande, mas todo equipista verdadeiro já a compreendeu e assumiu seu papel que exige o contínuo esforço sempre direcionado à santidade. Sentimo-nos plenamente felizes por integrar essa real e concreta comunidade fraterna, que são as Equipes de Nossa Senhora, e é porque desejamos para ela muitos anos de vida que nos colocamos a seu serviço, sabendo ainda que, desta forma, estaremos contribuindo, embora de forma infinitamente pequena, para o fortalecimento da Igreja, missão essa que o próprio Cristo nos confiou. Parabéns para nós todos, meus irmãos, pois todos nós ajudamos a fazer estes 46 anos e certamente iremos colaborar para que o Movimento, como a Igreja, comemore um dia seu segundo milênio. Carinhosamente,

]unia e Mauro 2


CARTA DA EQUIPE RESPONSÁVEL INTERNACIONAL Caros amigos, Pela primeira vez, na qualidade de membros da Equipe Responsável Internacional, nós nos dirigimos aos casais equipistas do mundo inteiro e queremos mamfestar-lhes nossa grande confiança na graça de Deus que quis se servir de nós dois para que pudéssemos servi-los. Somos casados há 29 anos, temos três filhos (duas moças e um rapaz) e um netinho. Há 23 anos estamos nas Equipes. Dedicamonos bastante à Pilotagem de novas equipes e à coordenação dessa atividade na Região de Lisboa. Fomos responsáveis regionais e ultimamente coordenamos a equipe de organização do Encontro Internacional de Fátima, em julho de 1994. Esta responsabilidade no seio da ERI., à qual fomos chamados, não estava nos nossos planos. Pensávamos em retornar à Pilotagem no Movimento e ao serviço da pastoral familiar em nossa paróquia. Mas os desígnios de Deus foram bem outros. Ao apelo que, em nome da ERI. nos fez Cidinha e Igar, dissemos sim depois de uma longa e difícil decisão, no transcurso de um Diálogo Conjugal, em Roma, onde fomos visitar nosso filho padre que faz seus estudos lá.

Naquele momento pensamos em todos os casais e conselheiros espirituais deste nosso Movimento privilegiado. Pedimos a Deus por todos e, de modo especial, por aqueles que vivem grandes dificuldades espirituais ou materiais ... A todos pedimos que rezem por nós, para que saibamos merecer as imensas graças, às quais Ele sempre nos cumulou. Contamos muito com a ajuda de todos, principalmente do auxílio dos casais da nossa equipe de base, que sempre nos sustentaram pelo seu exemplo, pela incitação, ação e prece. Gostaríamos aqui de lhes falar sobre a Carta de Fátima, que contém a orientação proposta ao Movimento para os próximos anos, até o novo Encontro Internacional. Nessa Carta nos é lembrado que "a espiritualidade nos chama a ver todas as realidades da nossa vida, segundo o Espírito, na busca da vontade de 3


Deus." Esta orientação nos propõe sentirmo-nos convidados às bodas de Caná e é baseada em três frases do Evangelho de São João: "Eles não têm mais vinho" "Fazei tudo o que Ele vos disser" "Enchei as jarras de água" A segunda frase: "Fazei tudo o que Ele vos disser" nos incita a descobrir o que Deus quer de nós, por que Ele nos chama. Com a finalidade de promover uma atitude permanente de busca da vontade de Deus sobre nós e de desejar viver segundo essa vontade, o Movimento nos propõe seu método baseado nos Pontos Concretos de Esforço, numa vida de equipe e de orientações de vida. Se nós nos sentimos realizados ao conduzir nossa vida desse modo e se nossos filhos e filhas crescem nesse ambiente, eles certamente estarão atentos ao que o Senhor quer para eles e não se esquecerão de Lhe responder com generosidade se forem chamados para uma vocação particular. Nós, casais pertencentes a um Movimento que tem o privilégio imensurável de contar - entre seus membros - com um grande número de padres, temos a responsabilidade específica de integrá-los na nossa vida de família, de nos preocuparmos com eles e de ajudá-los a se santificarem - eles que são tão zelosos conosco, que nos ajudam na nossa vida espiritual e que celebram para nós a Palavra e os Sacramentos. Pedimos, hoje, a todos os casais das Equipes de Nossa Senhora que tenham (e transmitam a seus filhos) o.cuidado de procurar, permanente-

Nós/ casais pertencentes a um Movimento que tem o privilégio imensurável de contar- entre seus membros - com um grande número de padres/ temos a responsabi Iidade específica de integrá-los na nossa vida de família e de ajudá-los a se santificarem.

mente, a vontade de Deus e de estarem disponíveis a essa vontade. Estamos convictos de que, se nossos filhos crescerem vivenciando essa atitude, eles certamente dirão sim, se o Senhor chamá-los a uma vida consagrada. Nós os convidamos, queridos amigos, a rezar pelos nossos Conselheiros Espirituais e a pedir ao Senhor que chame ao sacerdócio e à vida consagrada filhos e filhas de casais das Equipes de Nossa Senhora. A todos vocês desejamos o Bem.

Duarte e Maria Teresa da Cunha 4


CARTA DO CONSELHEIRO ESPIRITUAL INTERNACIONAL Na Igreja e em Igreja

capacidade de sermos colaboradores da elevação dos homens ao mundo Somos casais conscientes ao ape- sobrenatural da graça. Ao oferecer lo do Senhor. Nosso casamento tem as talhas de nossas vidas - pela ação o profundo sentido que lhe propicia de Jesus no sacramento do matrimôo fato de ser resposta a uma vocação nio - fornecemos ao mundo o bom misteriosa, que faz da nossa união vinho. um reflexo de Deus. As palavras do Gênese, tantas vezes repetidas, são testemunho disso: Ao oferecer as "Deus criou o homem à sua talhas de nossas imagem; vidas -pela ação de criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. " Jesus no sacramento (Gn 1,27) do matrimônio E o sacramento que consagrou fornecemos ao essa união nos dá uma dimensão mundo o bom nova, ligada à dimensão do plano de Deus. Se a primeira ação de Deus vinho. nos torna capazes de colaborar com Ele, tornando-se possível a continuação desta criação inicial: Mas nosso sacramento tem seu verdadeiro sentido se o vivemos no "Sejamfecundos, multiplicaiseio da Igreja. Essa nuance especial vos e encheia face da terra." (Gn 1, 28) é muito importante. Lembremo-nos das palavras do Direito Canônico, quando nos diz que os sacramentos são instituídos por Cristo e confiaNosso casamento à Igreja (DC no 840) e que eles dos tem o profundo são ações de Cristo e da Igreja. sentido que faz da Desde então nossa vida de casal nossa união um cristão, transformada pelo sacramento do matrimônio, deve ser vivida em reflexo de Deus. plena comunhão com a Igreja. E essa · Igreja não é uma utopia desenA segunda, outorgada pelo Cris- camada: é a Igreja dos nossos dias, to ao novo casal nas Bodas de Caná, aquela à qual pertencemos como banas leva a viver uma dimensão mais tizados, como casados, como misteriosa ainda, porque nos dá a membros das ENS. 5


Somos engajados num Movimento de Igreja, e segundo o ponto de vista jurídico pertencemos à grande c~munidade eclesial filiada ao Conselho Pontifício para os Leigos. Daí estarmos na Igreja de uma maneira tal que isso exige de nós sermos conscientes da nossa pertença ao grupo de homens e mulheres que vivem, não somente na Igreja, mas "em Igreja". Significa que devemos nos sentir impulsionados a viver reconhecendo a Igreja como uma fonte de vida. Isso nos demanda uma firme vontade de fraternidade, um profundo sentimento de filiação, uma atitude de escuta adulta. Não podemos ficar alheios a nada que se refira à Igreja, pois somos casais cuja Igreja deve ser nossa razão de viver, por causa da experiência da graça do sacramento do matrimônio e pelo nosso engajamento como membros das Equipes de Nossa Senhora.

Nossa vida de casal cristão/ transformada pelo sacramento do matrimônio/ deve ser vivida em plena comunhão com a Igreja. la tal como ela é. Devemos ter um crescente sentido de responsabilidade e aceitar seu élan vital, seja qual for o nosso modo de pensar. Como mulheres e homens adultos evidentemente somos críticos diante das realidades - fatos e idéias - que talvez não compreendemos ou que nos mostram uma imagem que nos instiga, mas devemos também dialogar e aceitar as palavras da Igreja, de acordo com as de Jesus : "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou. " (Lc 10, 16)

Devemos amar a Igreja/ devemos conhecê-la na sua história/ nas suas fraquezas/ nos seus progressos. Devemos participar da sua vida e amála tal como ela é.

Devemos avançar com a Igreja, ajudá-la conscientemente a escutar a voz de Deus. Com ela escutar, pensar, sofrer... Com ela experimentar suas alegrias, suas esperanças. Tudo isso porque nós somos "ela" - a Igreja.

Devemos amar a Igreja, devemos conhecê-la na sua história, nas suas fraquezas, nos seus progressos. Devemos participar da sua vida e amá-

Pe. Cristobal Sàrrias S.]. 6


PoNTos CoNCRETos DE EsFoRço A Comunhão com Deus e com os Outros

ção nessa vida nova, nessa mesma vida divina é que destrói o que nos separava e nos une a todos como se A conversão que nos leva a Cris- fôssemos uma só pessoa. A particito é um processo, geralmente longo pação nessa vida divina é que torna e lento, de sedução. Assim o profeta possível a mais perfeita realização da Jeremias fala de sua experiência de união matrimonial. Cristo faz de nós uma "nova criDeus: "Senhor, tu me seduziste, e eu me deixei seduzir; tu me dominaste: atura" (2 Cor 5,17; Gl6, 15), com tu foste o mais forte" nova capacidade de (Jr 20, 7). Deus vai conamar: " ... o amor de quistando-nos com seu Deus foi derramado em O Senhor é nossos corações pelo amor: cada vez que cesempre "o demos um pouco estaEspírito Santo que nos dado" (Rm 5,5). A mos fazendo mais comfoi mais forte"~ capacidade de amar pleta nossa entrega. À mas não se sedução gradual de vem de Deus. Por isso aproveita de mesmo se pode dizer Deus corresponde nosque "quem ama nasceu sa rendição também gesua força/ ralmente gradual. O Sede Deus e conhece a não se Deus". (Uo 4, 7) . nhor é sempre "o mais impõe: forte" , mas não se aproseduz/ 2. A comunhão veita de sua força, não de vida se impõe: seduz, conconquista. quista, de modo que Da participação na acabemos por nos renvida de Deus, da nova der. Por isso mesmo podemos dizer capacidade de amar nasce a comuque também a busca da perfeição nhão que dá corpo à comunidade fracristã é um processo, geralmente lon- terna. A vida de comunidade fratergo e lento, de rendição e de entrega. na não é imposição: é possibilidade de vida reconciliada e feliz: é nosso 1. A vida nova da graça jeito de viver a salvação, é o nosso Se nos rendemos ao Senhor que jeito de ser felizes. Uma das formas nos assedia, ele nos transforma. Pelo de viver a fraternidade, uma forma poder ativo de Cristo, unidos pesso- característica e por isso mesmo saalmente a ele, começamos a partici- cramental, é a comunhão matrimopar da vida divina da Trindade. nial. É o jeito próprio de um homem Como diziam os Santos Padres, os e uma mulher se amar. Sempre que antigos mestres da Igreja, somos esse amor é amor, vem de Deus, é como que divinizados pelo poder do graça, é dom. Filho que se encarnou. A participaPorque participamos da vida di7


vina da Trindade, podemos amar; porque podemos amar, podemos também viver em comunhão com nossos irmãos e irmãs, sendo para eles instrumentos e manifestação do amor da Trindade. Porque participamos da vida divina, podemos fazer os outros felizes e abençoados .

zir. Seja por Deus, seja pelos outros, por um homem ou por uma mulher.

4. Os caminhos do crescimento

É doutrina da Igreja que podemos crescer na graça e nas virtudes que o Espírito infunde em nós. Esse crescimento acontece sempre que, na medi3. Crescer na vida e no amor da do impulso que nos vem do Espírito Santo, mais nos abriRecebemos a partimos à ação de Deus, cipação na vida divina e na capacidade di vi na de mais renunciamos a nós A amar como proposta de mesmos e à dependência capacidade das criaturas. caminhada, como sede amar mente que precisa germiNão faz mal repetir: nar, florir e frutificar. as ENS são formadas vem de por casais que foram seTodos somos chamados Deus: ''quem duzidos por Deus e se a desenvolver ao máxiama nasceu deixaram seduzir e que, mo essa vida e essa capacidade de amar. Tede Deus e por isso, procuram a perfeição cristã como mos de crescer, de proconhece a casados e como casais. curar a perfeição da vida e do amor até onde Deus Se esses casais procunos quiser levar com o rassem por si mesmos caminhos para a perfeição no amor e dom de sua graça. A busca da perfeição cristã é em na comunhão com Deus e com os ouprimeiro lugar um longo processo de tros, iriam encontrar exatamente os rendição. Deus está sempre a nos con- mesmos caminhos propostos pelas vidar, a nos empurrar quase, para um ENS: os pontos concretos de esforço. passo a mais na busca de uma vida O principal caminho, porém, é a vida mais plena e de um amor mais total. de comunidade-Igreja, de comunidaTalvez mais do que colaborar seja o de-equipe, de comunidade-farru1ia, de comunidade-casal. Quanto mais a gracaso de nos entregar e deixar levar. Precisamos ter cada vez mais ça e o amor tomarem conta de nós coragem de amar e de ser amados. tanto mais vitalmente participaremos Amar é sempre perigoso, vai exigin- dessas comunidades; quanto mais indo sempre mais. Se começamos a tensamente participarmos dessas coamar a Deus e aos outros, não sabe- munidades, tanto mais seremos transmos até onde teremos de ir. Como tam- figurados pela graça e pelo amor. bém não podemos nem imaginar até onde seremos arrastados se nos deiPe. Flávio Cavalca de Castro xamos amar, se nos deixamos seduC.E. Carta Mensal 8


Os TRABALHADORES

NA IGREJA

Alocução da audiência geral de quarta-feira, 20 de Abril de 1994 Uoão Paulo 11).

1. De entre os fiéis leigos merecem uma especial menção os trabalhadores. A Igreja está consciente da importância que o trabalho tem na vida humana, e reconhece o seu caráter de componente essencial da sociedade, quer a nível sócio-econômico e político, quer a nível religioso. Sob este último aspecto, ela considera-o como expressão primeira da "índole secular" (LG, 31) dos leigos, que em grandíssima parte são trabalhadores e podem encontrar no trabalho o caminho da santidade. O Concílio Vaticano II, impelido por esta convicção, considera na perspectiva do empenho da salvação a obra daqueles que a ela estão dedicados, chamando-os a colaborar para o apostolado (cf. ibid, 41).

além do mais, pelo mandato recebido do seu Criador de submeter, de dominar a terra. No desempenho de tal mandato, o homem, todo e qualquer ser humano, reflete a própria ação do Criador do universo" (Laborem exercens, 4).

Os trabalhadores são chamados a cooperar; não só para a edificação de um mundo material melhor; mas também para a transformação espiritual da realidade humana e cósmica.

2. A este tema dediquei a Encíclica Laborem Exercens e outros documentos e intervenções, com os quais procurei ilustrar o valor, a dignidade e as dimensões do trabalho, em toda a sua eminente grandeza. 3. Segundo o Concílio (LG, 41), Limitar-me-ei aqui a recordar que a o trabalho constitui um caminho primeira razão desta grandeza e dig- para a santidade, porque oferece a nidade consiste no fato que o traba- ocasião de: lho é uma cooperação na obra criaa. aperfeiçoar-se a si mesmo. dora de Deus. A narração bíblica da O trabalho, com efeito, desencriação fá-lo entender, quando diz volve a personalidade do hoque "o Senhor levou o homem 1:! comem, exercitando as suas qualocou-o no jardim do Éden para o lidades e capacidades. Comcultivar" (Gn. 2, 15), ligando-se de preendemo-lo melhor na nosnovo, deste modo, à precedente orsa época, com o drama dos dem de subjugar a terra (cf. Gn. 1, numerosos desempregados, 28). Como escrevi na Encíclica citaque se sentem diminuídos na da, "o homem é imagem de Deus, sua dignidade de pessoas hu9

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manas. É preciso dar o máximo relevo a esta dimensão personalista em favor de todos os trabalhadores, procurando assegurar, em todos os casos, condições de trabalho dignas do homem; b. ajudar os concidadãos . É a dimensão social do trabalho, que é um serviço para o bem de todos. Esta orientação deve ser sempre ressaltada: o trabalho não é uma atividade egoísta, mas altruísta; não se trabalha exclusivamente para si mesmo, mas também para os outros; c) fazer progredir toda a sociedade e a criação. O trabalho alcança, então, uma dimensão histórico-escatológica, e dirse-ia cósmica, uma vez que a sua finalidade é contribuir para melhorar as condições materiais da vida e do mundo, ajudando a humanidade a alcançar, neste caminho, as metas superiores a que Deus a chama. O progresso hodierno torna mais evidente esta finalização do trabalho para o melhoramento em escala universal. Mas permanece muito a ser feito, para adequar o trabalho a estas finalidades queridas pelo próprio Criador; d) imitar a Cristo com operosa caridade. Retornaremos a este ponto.

A Igreja está consciente da importância que o traba Ih o tem na vida humana/ e reconhece o seu caráter de componente essencial da sociedade.

do-se ao primeiro casal humano (cf. Gn. 1, 27-28), adquire todo o seu significado a intenção de tantos homens e de tantas mulheres que trabalham para o bem da sua família. O amor pelo cônjuge e pelos filhos, que inspira e estimula a maior parte dos seres humanos ao trabalho, confere a este trabalho uma maior dignidade, e torna mais fácil e agradável a sua execução, mesmo quando custa muito cansaço. A este propósito, é imperioso observar que também na sociedade contemporânea, onde vigora o princípio do direito dos homens e das mulheres ao trabalho remunerado, sempre deve ser reconhecido e apreciado o valor do trabalho não diretamente lucrativo de muitas mulheres, que se dedicam às necessidades da casa e da família. É um trabalho que também hoje 4. Sempre na luz do Livro do tem uma importância fundamental Gêneses, segundo o qual Deus ins- para a vida da família e para o bem tituiu e ordenou o trabalho dirigin- da sociedade.

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S. Aqui basta-nos ter feito referência a este aspecto da questão, para passar a um ponto tocado pelo Concílio, o qual menciona as "fadigas muitas vezes duras" (LG, 41), comportadas pelo trabalho, no qual, também hoje, se verificam as palavras bíblicas: "Comerás o pão com o suor do teu rosto" (Gn, 3, 19). Como escrevi na Encíclica Laborem exercens, "esta fadiga é um fato universalmente conhecido, porque universalmente experimentado. Sabem-no os homens que fazem um trabalho braçal, executado por vezes em condições excepcionalmente difíceis ... Sabem-no bem, ainda, os homens que trabalham agarrados ao banco do trabalho intelectual... Sabem-no as mulheres que, por vezes sem um devido reconhecimento por parte da sociedade e até mesmo nalguns casos dos próprios familiares, suportam dia a dia as canseiras e a responsabilidade do arranjo da casa e da educação dos filhos" (no 9). Está aqui a dimensão não só ética, mas pode-se dizer ascética, que a Igreja ensina a reconhecer no trabalho, porque, precisamente, pela fadi-

ga que impõe, requer as virtudes da coragem e da paciência, e portanto pode tornar-se caminho de santidade. 6. Precisamente em virtude da fadiga que comporta, o trabalho manifesta-se mais claramente como um empenho de colaboração com Cristo na obra redentora. O seu valor, já constituído pela participação na obra criadora de Deus, assume luz nova se o consideramos como participação na vida e na missão de Cristo. Não podemos esquecer que na Encarnação o Filho de Deus, que se fez homem para a nossa salvação, não deixou de se empenhar rudemente no trabalho comum. Jesus Cristo aprendeu de José o ofício de carpinteiro e exerceu-o até ao início da sua missão pública. Em Nazaré, Jesus era conhecido como"o filho do C<,irpinteiro" (Mt. 13, 55), ou como "o carpinteiro" (Me. 6, 3). Também por isto parece tão natural que nas suas parábolas Ele se refira ao trabalho profissional dos homens ou ao trabalho doméstico, das mulheres, como fiz notar na Encíclica Laborem exercens (n° 26), e que manifeste a sua estima pelos trabalhadores mais humildes. E é um aspecto importante do mistério da sua vida: que, como Filho de Deus, Jesus tenha podido e querido conferir uma dignidade suprema ao trabalho humano. Com mãos humanas e com capacidade humana, o Filho de Deus trabalhou, como nós e conosco, homens danecessidade e da fadiga quotidiana!

O trabalho/ com

efeito/ desenvolve a personalidade do homem/ exercitando as suas qualidades e capacidades.

7. 'À luz e segundo o exemplo de Cristo, o trabalho assume para os 11


Com mĂŁos

humanas e com

capacidade humana1 o Filho de Deus , trabalhou/ como nĂłs e conosco homens da necessidade e da fadiga quotidiana! 1


crentes a sua mais alta finalidade, ligada ao mistério pascal. Depois de ter dado o exemplo de um trabalho semelhante ao de tantos outros trabalhadores, Jesus realizou a obra mais elevada para a qual fora enviado: a Redenção, culminada no sacrifício salvífico da Cruz. No Calvário, Jesus, em obediência ao Pai, oferece-se a Si mesmo para a salvação universal. Pois bem, os trabalhadores são convidados a unir-se ao trabalho do Salvador. Como diz o Concílio, eles podem e devem "imitar com operosa caridade a Cristo, cujas mãos se exercitaram em trabalhos de operário e, em união com o Pai, continuamente atua para a salvação de todos; alegres na esperança, levando os fardos uns dos outros" (LG, 41). Assim o valor salvífico do trabalho, divisado de algum modo também em âmbito filosófico e sociológico nos últimos séculos, revela-se a um nível bem mais elevado como participação na obra sublime da Redenção. L...--....;;8=•.-is a razão pela qual o Concílio afirma que todos podem, "com o próprio trabalho quotidiano, subir a · uma santidade mais alta, também ela apostólica" (ibid.). Consiste nisto a alta missão dos trabalhadores, chamados a cooperar não só para a edificação de um mundo material melhor, mas também para a transformação espiritual da realidade humana e cósmica, a qual se tornou possível pelo Mistério pascal. incômodos e sofri-

O trabalho

não é uma atividade egoísta/ mas altruísta; não se trabalha exclusivamente para s1 mesmo/ mas também para os outros. mentos, provenientes quer da fadiga do próprio trabalho quer das condições sociais em que ele se realiza, adquirem assim, em virtude da participação no sacrifício redentor de Cristo, fecundidade sobrenatural para o inteiro gênero humano. Também neste caso valem as palavras de São Paulo: "Toda a criação tem gemido e sofrido as dores de parto, até ao presente. E não só ela, mas também nós próprios, que possuímos as primícias do Espírito, gememos igualmente em nós mesmos, aguardando a filiação adotiva, a libertação do nosso corpo" (Rom. 8, 22-23). Esta certeza de fé, na visão histórica e escatológica do Apóstolo, fundamenta a sua afirmação, carregada de esperança: "Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se em nós." (Rom. 8, 18) 13


CURSO DE NOIVOS

AçÃo

DAS

ENS NA PUC-SP

Entrevista com Ma ria de Fátima e Rubens Bra cco O Movimento das ENS vem procurando ser atuante no mundo, através de trabalhos que proporcionam aos equipistas a oportunidade de compartilhar suas experiências de amor e fraternidade. Um destes trabalhos é o Encontro de Noivos iniciado no ano passado na PUC em São Paulo.

Trata-se de um encontro, não um curso: somos irmãos de caminhada, não prof essores e alunos.

ça seria o de ser um encontro de 1 dia, utilizando uma linguagem atual, procurando abordar assuntos de interesse dos noivos e não impor nada, apenas dar testemunhos. Ser um período dinâmico e de muito envolvimento. O objetivo principal era e é o de fazer contatos e acompanhamento pós-encontro, pois é um "curso" de algumas horas, pouco se pode fazer pela vida a dois.

A[Jro,p~ é de criar

u~~h~a

1

d ê) am1zaa e descontraçãG>/ c omunhão partic ipação/ sem for- I I ,;_,a lismos. 1

Encontro de Noivos de 1 dia com o objetivo de f azer u m acompanhamento dos casa is após o encontro.

Coincidência ou por obra do Espírito Santo, o Pe. Pedro Antônio Ariede, da O encontro tem PUC, veio solicitar a um módulo de Funcasais das ENS a damentação, com a ~--preparação de um abordagem dos asCurso de Noivos que pectos humanos e já estava no plano deles. psicológicos cobrindo temas como: Durante 1 ano os casais Maria vivendo em harmonia com as difeStella e Celso, Maria de Fátima e renças, amor e felicidade, psicoloRubens, Sonia Maria e Flávio, gia do eu e do outro, diálogo da afeAnna Helena e Fernando, Leda tividade, corpo e alma. Maria e Antônio Carlos e Maria do O segundo módulo, aborda a Carmo e Antônio fizeram um levan- proposta cristã, cobrindo temas tamento dos cursos de noivos, em corno: projeto cristão do casamenvárias Paróquias, como eram rea- to (visão sacerdotal), experiência lizados e seus conteúdos . de relacionamento corno suporte da Passaram então a definir um vida conjugal e familiar, organizaformato para este Encontro e con- ção e planejamento para o sucesso cluíram que uma primeira diferen- doméstico.

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No encontro apresentam-se e debatem-se aspectos psicológicos, humanos e uma visão cristã da vida a dois.

O encontro tem como abordagem aspectos humanos e psicológicos cobri rido temas como: vivehdo em harmonia com as diferenças/ amor e felicidade/ ps.icologia do eu e do outro/ diálogo da afetividade/ corpo e alma.

A proposta é de criar um clima de amizade e descontração, comunhão e participação, sem formalismos. Para a interiorização dos temas, promovem-se jogos, atividades de expressão corporal, dramatizações. São momentos de vivência, oportunizando manifestações de pensamentos e troca de experiências de vida, favorecendo o entrosamento, a desinibição e o aprofundamento de amizades.

São momentos de vivência/ oportunizando manifestações de pensamentos e troca de experiências de vida/ favorecendo o entrosamento/ a desinibição e o aprofundamento de amizades.

para 1996 na PUC. Precisamos expandir este trabalho para outras Paróquias e para tanto precisamos da colaboração de outros equipistas. Os coordenadores deste projeto se dispõem a dar orientações para expansão deste trabalho.

Os noivos precisam da nossa ajuda, vamos expandir este trabalho a outras Paróquias! Procurem o CRR, São Paulo Capital - Maria Stella e Celso.

Há momentos de vivência e trocas de experiências para estimular a prática do aprofundamento da amizade. Já foram realizados 3 encontros em 1995 e estão programados 4

Rita e Gilberto Canto Equipe da Carta Mensal 15


MENSAGEM AOS NOIVOS E ÀS FAMÍLIAS

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Quando penso no nosso grande amor recíproco, não faço outra

coisa que agradecer ao Senhor. É realmente verdade que o amor é o sentimento mais bonito que o Senhor colocou nos homens. E nós nos amaremos sempre- como agora, Pedro... Assim, com a ajuda e a bênção de Deus faremos tudo para que a nossa nova família seja um pequeno Cenáculo, onde Jesus reine sobre os nossos afetos, desejos e ações. Meu Pedro, faltam poucos dias e me sinto muito emocionada ao aproximar~ me e receber o Sacramento do Amor. Tornar-nos-emas colaboradores de Deus na criação, e poderemos dar à luz filhos que O amem e O sirvam. Pedro, serei capaz de ser a esposa e a mãe que tu sempre desejaste? É isso o que quero, porque tu mereces e porque eu te quero muito bem ''. (da Carta ao Noivo, Pedro Molla, 4 de Setembro de 1955)

Gianna Beretta Molla Mãe de famz1ia, beatificada em 24.04.94

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EACRES/96 ealizaram-se, em fevereiro e EACRE 1996 - Região Rio 11 março de 1996, os EACREs (Encontro Anual de Casais Como é de praxe, no nosso Responsáveis de Equipe) por todas Movimento, no início de cada ano, as 22 Regiões das ENS no Brasil. realizou-se em Petrópolis/RJ, o Em função das distâncias geográ- EACRE nos dias 2 e 3 de março ficas, custos de viagem, capacida- passado, reunindo os Casais Resde de alojamento do ponsáveis das equinúmero de participes de Petrópolis pantes, em algumas (Setores A, B e C), Através das Piabetá, Teresópolis Regiões os EACREs foram "desdobrados" e Valença. Presença palestras/ e, assim, ao todo, fotambém do CRR Rio dos ram realizados 29 II, Aninha e Beto, e testemunhos Encontros. de Junia e Mauro colhidos nas Seria desejo da pela ECIR. O ConseEquipe da Carta lheiro Espiritual foi dinâmicas Mons. Paulo Daher. Mensal publicar node grupo e tícias e depoimentos A nota marcante nos contatos sobre todos eles, mas do EACRE é ser um informais encontro que procunossos leitores haverão de concordar que ra preservar a unidanos de do Movimento isso seria impraticámomentos vel, em termos de esdentro da diversidade de paço disponível na característica de Carta Mensal. cada região e mesmo confraterAssim, a exemde cada participante. nização/ Através das palesplo do ano passado, cada um vai sorteamos 4 (quatro) tras, dos testemunhos deixando EACREs e solicitacolhidos nas dinâmimos aos respectivos cas de grupo e nos um pouco Casais Regionais contatos informais de si. que nos enviassem nos momentos de depoimentos para con fraternização, publicação. Aprecada um vai deixansentamos, a seguir, os depoimen- do um pouco de si. Os sabores dos tos que nos chegaram às mãos an- "vinhos" são diferentes, embora totes do fechamento desta edição. dos sejam fruto da transformação Esperamos poder publicar os de- operada pelo Mestre. mais na próxima edição da nossa Assim é que, como aconteceu Carta Mensal. em todo o Brasil, e em virtude de

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nossa pertença à Igreja, nos debruçamos sobre o Documento 54 da CNBB, tentando captar as diretrizes gerais que orientam o projeto nacional de evangelização para o triênio 1995-1998. Isso nos foi possível graças ao extraordinário poder de síntese de Mons. Paulo que conseguiu, com palavras claras, sintonizar-nos com esse objetivo. Como Igreja no Brasil pudemos ainda interiorizar o tema da Campanha da Fraternidade de 1996, através da palavra candente de Pe. Paulo Augusto Milagres Rodrigues . Apreciamos a proposta do nosso Movimen to para a participação efetiva na construção do Reino de Deus dentro do que nos é peculiar. Analisamos o objetivo do Colegiado para 1996 que, após pesquisa a partir das "bases", detectou qual o "vinho" que nos estava faltando e

Um ponto alto do Encontro foi a liturgia: sóbria, coerente e entrecortada por cânticos que levaram os participantes a verdadeiras meditações, tais as mensagens neles contidas.

Os sabores dos Vinhos são diferentes/ embora todos sejam fruto da transformação operada pelo Mestre. 11

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convida-nos a um retorno à fonte com o estudo do documento "Pontos Concretos de Esforço e Partilha", de Mercedes e Álvaro GómezFerrer. A palestra de Junia e Mauro foi esclarecedora e fixou "estacas" sobre as quais os grupos realizaram uma excelente dinâmica, com real participação de todos. Finalmente, tivemos a palestra de Aninha e Beto que foi muito apreciada porque, com simplicidade, conseguiram colocar um tema tão profundo. Um ponto alto do Encontro foi a liturgia: sóbria, coerente e entrecortada por cânticos que levaram os participantes a verdadeiras meditações, tais as mensagens neles contidas. E como a orientação de vida para este ano continua sendo as "Bodas de Caná", peçamos a Maria que leve até Jesus as nossas "talhas" para que Ele delas faça transbordar o "vinho" do amor e do serviço. Lauricy e Humberto CR Equipe 04/A Petrópolis/R] 18


"O amor cristão é como um luEacre: Região São Paulo - Lesbrificante numa engrenagem: elimite I 1O e 11 de Fevereiro na os atritos, evita os desgastes e Cidades participantes: Jacareí, facilita o funcionamento ... " As palestras foram profundas e Caraguatatuba, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pindamo- interessantes, priorizando os Pontos nhangaba, Aparecida do Norte e Concretos de esforço e a partilha. O casal da ECIR, Vera e José Renato, Guaratinguetá. Sob o tema: "Fazei tudo o que com muita simpatia, ajudou-nos a Ele vos disser", estivemos dois dias refletir sobre a vivência dos Pontos reunidos em Taubaté (na Faculdade Concretos e a coerência entre estes e de Arquitetura eU rbanismo) sentin- as três atitudes. Lourdes e Raul, nosdo vivamente a presença de Jesus e so casal regional, ressaltou a imporSua Mãe em nosso meio, onde rei- tância da equipe de base e a responsabilidade de cada um. nou o amor e a alegria. Falou-nos sobre a esÉramos 105 casais e As flores, trutura das ENS., onde 32 conselheiros inscritos. Foi tudo preparaem todos os pudemos perceber a força e a grandeza do do com muito carinho ambientes, nosso Movimento. pelos nossos irmãos davam um Nosso Cardeal D. equipistas daquele setoque de Aloísio Lorscheider tor, desde a recepção, esteve presente, falancom aquela linda ceriamor. do com muita firmeza mônia de "lavar as sobre o tema Fraternimãos", (lembrando com esse gesto, o lava-pés dos con- dade e Política: "Fazer política é vidados, para tirar a poeira do cami- amor fraterno". "Cada cristão tem nho que constituía entre os judeus um o compromisso de viver o serviritual fundamental de hospitalidade) ço ... ". "As pessoas devem se sentir até as despedidas, para que tudo se livres e respeitar-se ... ". Padre Pedro Lopes nos orientou tomasse o mais agradável possível. As flores, em todos os ambientes, sobre o Documento 54: Diretrizes Gerais da ação evangelizadora da davam um toque de amor. Nestes dois dias, tivemos a com- Igreja no Brasil (ele estava lá o tempanhia doce e meiga de D. Antonio po todo, animado como sempre, di(Bispo da Diocese de Taubaté e Con- rigindo os ensaios dos cânticos e passelheiro Espiritual da equipe 7, que sando-nos o amor que tem pelas nos saudou, falando da confiança e ENS). amor à Nossa Senhora) e D. Nancy Tivemos momentos de profunda Moncau, que com seu exemplo, sua emoção nesteEACREcomo o "Mopalavra carinhosa e firme, falou-nos mento com Maria", que foi belíssisobre o espírito da missão do Casal mo, com a entronização das imagens Responsável de Equipe: O amor que representam todas as equipes da 19


O amor cristão é como um lubrificante numa engrenagem: elimina os atritos/ evita os desgastes e facilita o funcionamento ...

Região São Paulo Leste, enquanto cantávamos a Ladainha de Nossa Senhora. Sentimos "concretamente" a presença de Maria naquele instante. E a missa de domingo, então ... foi marcante, com amaravilhosa homilia do Padre Flávio Cavalca de Castro, sobre o Amor. Não poderíamos deixar de citar a Cerimônia da Treva e da Luz, um retrospecto do Movimento no Brasil, onde a luz das ENS, representada pela chama da vela recebida por D. Nancy é passada para o Padre Pedro (vinda das ENS para o Vale) e assim sucessivamente até cada um de nós, clareando em poucos minutos todo o ambiente, passando da escuridão para a luz. Houve momentos festivos e descontraídos, como no Sábado à noite,

quando cada setor fez uma apresentação artística, onde descobrimos grandes talentos. Muito interessante, também, foi a encenação dos equipistas de São José, sobre o casal de ligação: "Problema ou Paixão?" E no Domingo ... outra surpresa maravilhosa! A presença do Padre Nino Carta (de Caraguatatuba), que com seu carisma especial e grande amor pelas ENS., falou-nos sobre a Reunião de Equipe, enfatizando que a preparação é fundamental e deixando-nos uma forte frase que marcou este EACRE: "Não deixemos que Jesus seja abortado nas nossas vidas e nas nossas equipes."

Man1ia e Francisco Equipe 7 I ]acareí- SP

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ENS -10 DE MATO

ANOS

GRosso

DO

N

SuL

o dia 28 .05 .96, as ENS no nhor- Pe. Jair Gonçalves. MS, completam 10 anos de Começa uma nova etapa, a de existência. A semente germi- conseguir casais para formar a equinada teve origem na equipe 20 de pe. Esta não foi difícil, graças ao Brasília. O casal Maria do Rosário nosso relacionamento na cidade, e Loemy, ao despedir-se dessa equi- principalmente com nossos irmãos de pe Uunho/79) foi surpreendido pelo outros movimentos. conselheiro espiritual- Capelão LisEm seguida inicia-se a fase de boa -, com a seguinte afirmação: contatar os responsáveis da nacional. Vocês estão transferindo-se para A equipe mãe, como a chamamos Campo Grande - MS -, cidade que (equipe 20 de Brasília) forneceu-nos aprendi a amar graças o telefone de Cidinha e à ajuda e ao carinho que Igar. Fizemos o primeirecebi do seu povo duA trajetória ro contato e sentimos, rante o tempo que servi por parte deles, muita percorrida na Base Aérea. Delegovontade para nos ajufoi cheia de dar. Após vários contalhes, neste momento, inspirado pelo Espírito obstá cu los. tos surge a notícia espeSanto, e aquiescência de rada. Igar informa-nos O maior todos os equipistas preo nome do Casal Piloto deles foi o sentes, a missão de le- Emiliana e Selton var o movimento das residentes em Campo que ENS, para Campo Grande (MS), vindos de entravava a Grande. Demos o sim. Araçatuba (SP), com 25 conquista Sim de fidelidade aos anos de equipe. de um companheiros e ao MoFoi assim que, no vimento. dia 28.05.86, na resiConselheiro A trajetória percordência de Emiliana/ Espiritual. rida foi cheia de obstáSelton realizou-se a priculos. O maior deles foi meira reunião da Equio que entravava a conquista de um pe 1, composta pelos seguintes caConselheiro Espiritual. Por várias sais : Edite/Éivio, Emiliana/Selton vezes ficamos desmotivados, mas não (CP), Lourimar/Maurício, Luiza/ paramos. Inúmeras tentativas foram Gongora, Maria do Carmo/Gerson, feitas. Graças à nossa fé - adubada Maria do Rosário/Loemy, Rosa/Nilo, pela oração, alicerçada na confiança Zênia/Ivo e Pe. Jair Gonçalves (CE). em N. Senhora e no seu filho Jesus Padroeira: N.S. Auxiliadora. Cristo, de repente, abre-se uma porMais uma vez, por motivo de ta e por ela adentrao enviado do Se- transferência para a cidade de 21


Maracaju (MS), sentimos um forte chamado de nossa Mãe maior para lançarmos as ENS. Muitas foram as dificuldades enfrentadas, todavia, com a ajuda de Deus e apoio de nossos irmãos equipistas de Campo Grande (MS), especialmente Emiliana/Selton e Pe. Jair, que se fizeram presentes na reunião de fundação- 31.08.92 . Assistiram-nos por várias outras reuniões, motivando-nos e orientando-nos na caminhada. Mais tarde o Movimento expande-se para Três Lagoas (MS), graças à transferência doPe. Jair e disponibilidade de Maria do Carmo/ Gerson Ferreira (CRS Campo Grande) que assumiram a pilotagem das novas equipes. Hoje, Mato Grosso do Sul, conta com 12 equipes em Campo Grande (MS) *, 2 equipes em Três Lagoas (MS) * - Setor Campo Grande e 5 equipes em Maracaju (MS) - Coordenação Maracaju. Registramos, a seguir, nomes de irmãos equipistas que, com dedicação e amor, contribuíram diretamente para êxito do Movimento no estado: Cidinha/Igar, Wilma/Orlando, Maria Regina/Carlos Eduardo, Maria Inês/ Tonhô, Pe . Jair, Pe. Totonho, Emiliana/Selton, Maria do Carmo/Gerson, Pe. Beto e os Conselheiros Espirituais ... Frei Sérgio (Sidrolândia), Frei Benício e Frei Francisco (Rio Brilhante (MS), que se deslocam destas cidades a Maracaju (MS), para dar assistência às equipes 2, 1 e 3, respectivamente.

O êxito deste trabalho, com certeza, deve-se a Cristo que forneceu a cada um de nós semente e terra de boa qualidade que, cultivadas com amor, possibilitaram colheita abundante em forma de fé, dedicação, coerência entre fé e vida e fidelidade ao Movimento e aos irmãos equipistas.

Maria do Rosário Loemy Equipe 2 - Maracaju (MS)

* Dados extraídos " Pastorata n11 4" - arti go " A s ENS no tempo" - Maria do Carmo/Gerson Ferreira.

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MAIS

uM CoNSELHEIRO

EsPIRITUAL,

EQUIPISTA SAGRA-SE BISPO om muito carinho as ENS da Diocese de São Carlos/SP apresentam seu novo Bispo Diocesano, Dom Joviano de Lima Junior.

C

Conselheiro Geral. Continuando em Roma foi escolhido como Vigário Geral de 1993/99, sendo interrompido em 1995 com a Nomeação Episcopal para a Diocese de São Carlos.

I - Dados Pessoais:

11 - Entrevistando

Nascido em Uberaba (MG), em Dom }oviano: 23-04-1942 CM - D. Joviano, como SacraCursou o Noviciado Sacra- mentino, pode dizer-nos qual o camentino em Uberaba, risma de sua Congrefazendo sua Profissão gação, seu fundador e Religiosa em 27-02onde está difundida? Sinto-me 1964. Fez seu Curso DJ - O carisma dos honrado em Sacramentinos, Seminarístico de Filoconsispoder servi r te em colocar a Eucarissofia e Teologia no IFT da CRB, fazendo sua t,ia no centro da vida; um povo Ordenação Presbiterial sendo seu fundador o que me em 08-12-69. francês Pedro Julião acolhe com Eymard, canonizado em Como estudos universitários fez Filosofia 1962 pelo Papa João tanto em Mogi das Cruzes; XXIII, estando hoje dicarinho e Orientação Educacional fundida nos cinco conespírito de na Fac. São Tomás tinentes. fé na missão Aquino em Uberaba; CM - Como V. Ciências Sociais na Revma. vê sua nomeado Bispo. Fac. N. Sra. Medianeição para a Diocese de ra de S. Paulo e LiturSão Carlos? giaemRoma. DJ - Como um chamado de Entre suas atividades pastorais Deus para servir com disponibilidadestacamos que foi Pároco em Ube- de total esta Igreja Particular. Em raba e em S. Paulo, atuando em vári- minha Ordenação Episcopal em as pastorais como Familiar, Vocacio- Uberaba e posse na Catedral de São nal, Ecumênica e Litúrgica. Durante Carlos, tive a oportunidade de sensua estada em São Paulo, foi Conse- tir o calor e a amizade da comunilheiro Espiritual de uma ENS pilota- dade católica e dos presbíteros desda pelo casal Monique e Gerard. ta Diocese. Sinto-me honrado em D. Joviano é Sacramentino, ten- poder servir um povo que me acodo sido Provincial no Brasil e depois lhe com tanto carinho e espírito de em Roma no período de 1987/93, fé na missão do Bispo. 23


CM - Quais são seus planos como Bispo Diocesano ? DJ - Quero caminhar com a comunidade eclesial, sendo sinal de unidade e comunhão, para que a Igreja Particular de São Carlos possa contribuir na construção de uma sociedade solidária. Nesta tarefa o Bispo conta com vários organismos de comunhão e participação no pastoreio da Diocese, como: Conselhos de Presbíteros e Administração; e as diversas pastorais. Mas o grande potencial evangelizador está nas comunidades de base, uma experiência que remonta às origens do cristianismo. Todos buscamos a mesma meta: ser evangelizados e evangelizar. Na Diocese que me foi confiada vou procurar VIver o mesmo amor aos pobres e à juventude, dedicando aten-

ção especial aos padres e vocacionados, sem deixar de me comprometer com a formação dos leigos. São valores que fazem parte da espiritualidade sacramentina. Valores que aprendi apreciar nos trinta e três anos de vida religiosa. CM - Qual o lema de seu Episcopado e por que? DJ - O lema do meu episcopado é "Deus Está Conosco". E deve ser um ponto de referência; algo que não !)OS deixa esquecer o essencial. E ao mesmo tempo, aponta-nos para um programa de vida. Mas pode ser também uma síntese de algo já vivido, de certa maneira experimentado . Provado. "Deus está Conosco" é um pouco de tudo isso. É quase uma síntese de tudo que procurei viver desde a minha juventude e que deu sentido à minha vida de padre e religioso do Santíssimo Sacramento. E é o que tentarei viver como pastor desta vasta diocese. Se "Deus Está Conosco", não pode haver excluídos entre nós. CM- Como o senhor, encontrou a Diocese de São Carlos? DJ- Encontrei uma Diocese rica de Movimentos e de experiências espirituais. E como Bispo, tenho uma preocupação especial- com a Pastoral de Conjunto, e em dar uma feição própria à esta Diocese. Estou buscando implementar as diretrizes pastorais, enfatizando que sejam estudadas e vivenciadas. CM- Qual sua experiência com as ENS? DJ- A minha experiência com as ENS iniciou-se na década de 80. Um casal amigo, convidou-me a ser Conselheiro Espiritual de uma equi24


Como os leigos das

ENS encontravamse bem conscientes do papel da família na Sociedade e na Igreja. Tratava-se de leigos muito bem preparados e com uma consciência crítica. pe que se iniciava. Nesta época, eu era pároco em Santa Efigênia, no centro de São Paulo. Aceitei o convite e fui designado para uma Equipe em pilotagem- cujo casal piloto era Monique e Gerard . Logo pude perceber o valor e a importância deste Movimento, para uma espiritualidade familiar, válida e sólida para os dias de hoje. CM - O senhor teve outra experiência com as ENS? DJ- Sim. Como Sacramentino fui para Roma, integrar o Conselho Geral da Congregação. Ali chegando, procurei o movimento das ENS, ficando como Conselheiro Espiritual de uma Equipe e logo em seguida aceitei acompanhar o Setor C de Roma. Este Setor compunha-se de mais ou menos treze Equipes. Lá participei também, das chamadas Jornadas de Formação e de Sessões Nacionais. Com esta vivência pude perceber como os leigos das ENS encontravam-se bem conscientes do papel da fanu1ia na Sociedade e na Igreja. Tratava-se de lei-

gos muito bem preparados e com uma consciência crítica, bastante desenvolvida. Dentre eles, muitos demonstravam a preocupação pelo desenvolvimento do Brasil. Ao deixar Roma, o movimento das ENS, me presenteou com uma despedida que me emocionou bastante. CM - Como as ENS atuam na Igreja Italiana? DJ - Antes de tudo, elas atuam na Pastoral Familiar (através dos cursos de preparação ao Matrimônio). Atuam também, nas paróquias e sobretudo nos Conselhos Paroquiais. Há também, muitos casais, que acolhem em suas casas, imigrantes: inclusive, famílias inteiras de imigrantes. As ENS de Roma, demonstravam grande abertura eclesial. CM - O que o senhor, gostaria de ressaltar às ENS, especificamente às de sua Diocese e mais especificamente ainda, às de São Carlos? DJ - Desejo que todos os equipistas vivam bem os PCE, os quais constituem a base da espiritualidade desenvolvida pelas ENS. Que sua atuação junto aos Cursos de Preparação ao Matrimônio, possa vir a ser refletida e reavivada, em conjunto com a Pastoral Familiar. Que sejam criados espaços no ambiente familiar e no ambiente equipista, de reflexão quanto às vocações sacerdotais e religiosas. Por fim, que Deus abençoe o esforço dos casais equipistas em viver a graça do matrimônio e participar da vida eclesial.

Olguinha e Toninho Arany e Mira 25


INvocAçõEs DE NossA SENHORA ontinuando o relato de como surgiram as invocações de Nossa Senhora, no mês de maio, vamos nos lembrar de Maria Santíssima como nossa mãe, a quem sempre recorremos pedindo ajuda. Daí a invocação de:

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Nossa Senhora de Fátima As aparições de Nossa Senhora aos três pastores - Lúcia, Jacinta e Francisco - ocorreram em uma época em que Portugal se envolvia em uma desordem moral e decadência econômica. A primeira das aparições deu-se em 13 de maio de 1917, numa região do Centro de Portugal, que os habitantes do lugar conheciam por Cova da Iria. Sucederam-se mais cinco encontros com Maria Santíssima, duran-

A mensagem de Nossa Senhora foi em seu núcleo fundamental uma chamada à conversão e à penitência: conversão à verdade e à Graça. Penitência para reparar faltas/ fraquezas e pecados pessoais e de toda a humanidade.

te cinco meses consecutivos. No último deles, milhares de peregrinos que acompanhavam os pastores, foram testemunhas do prodígio do sol. Nossa Senhora havia prometido um sinal público, visível por todos, como prova da veracidade de suas aparições e mensagens. A visão dela era restrita aos pastores. Naquele 13 de maio de 1917, caia uma chuva miúda e muitos peregrinos enfrentaram dificuldades para caminhar pelo lodaçal em que se transformou a Cova da Iria. Na hora aprazada, o céu tornou-se subitamente limpo, e o sol, como um disco de prata, girou com grande velocidade lançando raios de várias cores em todas as direções. A mensagem de Nossa Senhora foi em seu núcleo fundamental uma chamada à conversão e à penitência: conversão à verdade e à Graça. Penitência para reparar faltas, fraquezas e pecados pessoais e de toda a humanidade. Pediu aos pastores que rezassem o terço e difundissem essa devoção. Nossa Senhora de Fátima manifestou, também, seu desejo de que o mundo fosse consagrado ao seu Coração Imaculado. Pio XII consagrou o gênero humano e especialmente os povos da Rússia ao Coração Imaculado de Maria. O Papa João Paulo li renovou essa consagração: "Ó Mãe dos homens e dos povos, vós que conheceis todos os seus sofrimentos e esperanças, o bem e o mal, entre a luz e as trevas que invadem o mundo contemporâneo,

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Sucederamse mats ctnco encontros com Maria SantĂ­ssima/ durante cinco meses consecutivos.

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acolhe i este clamor que, como que movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao vosso coração, e abraçai com o amor da Mãe e da Serva este nosso mundo, que colocamos sob a vossa confiança e vos consagramos, cheios de inquietação pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos. De modo particular, colocamos sob a vossa confiança e vos consagramos os homens e nações que necessitam especialmente desta consagração. Sob a vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as súplicas que vos dirigimos nas nossas necessidades! Não as desprezeis! Acolhei a nossa humilde confiança e entrega". Nossa Senhora de Fátima se apresenta de pé, vestida de branco, com o rosário pendendo de suas mãos unidas sobre o peito. Sobre sua cabeça vê-se um véu branco e uma coroa real.

Nossa Senhora Auxiliadora No século XVI a cristandade da Europa estava assustada com a ameaça de invasão pelos otomanos, que após conquistarem diversas ilhas do Mediterrâneo, pretendiam dominar a Europa. O Papa Pio V organizou uma esquadra cristã, para combater os otomanos, colocando-a sob a proteção de Nossa Senhora, pedindo-lhe que afastasse, de uma vez por todas, o perigo do islamismo. Quando, em outubro de 1571, os cristãos derrotaram os turcos na batalha de Lepanto, na Grécia, o Papa quis demonstrar a sua gra-

tidão para com a Mãe de Deus e incluiu nas Ladainhas Loretanas a invocação: Auxílio dos Cristãos. A festa litúrgica de nossa Senhora Auxiliadora veio bem mais tarde, com o Papa Pio VII, em 1816.

O Pontífice

prometeu a Nossa Sen h ora que se saísse da prisão iria co roá-la solenemente. Napoleão I pretendia estender seus domínios sobre os Estados da Igreja. O Papa Pio VII foi conduzido à força para a França, onde ficou encarcerado e foi submetido a maus tratos. O Pontífice prometeu a Nossa Senhora que se saísse da prisão iria coroá-la solenemente. Sem que ninguém pudesse prever, cedendo à pressão da opinião pública, Napoleão determinou a libertação do Sumo Pontífice, que cumpriu a promessa da coroação de Nossa Senhora. Em 24 de maio de 1814, o Papa fez sua entrada solene em Roma, recuperando o livre exercício de seu poder pastoral. No intuito de comemorar sua libertação e testemunhando o agradecimento à Mãe de Deus, o Papa Pio VII instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia 24 de maio. No Brasil, os padres salesianos,

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No Brasil, os padres salesianos, de O. Bosco, foram os responsáveis pela introdução e divu lgação desta invocação de Nossa Senh o ra.

de D. Bosco, foram os responsáveis pela introdução e divulgação desta invocação de Nossa Senhora. Nossa Senhora Auxiliadora é representada de pé, segurando com o braço esquerdo o Menino Jesus, vestido de uma camisola branca. Ela usa uma capa presa ao pescoço, que cobre as pernas do Divino Filho e tem o braço direito estendido, segurando com a mão o meio do cetro. Ambos usam uma coroa real. Em maio comemora-se também, a festa de Nossa Senhora de Fátima, outra invocação utilizada por muitas equipes de nosso Movimento.

Maria do Carmo e José Maria Whitaker Neto Equipe da Carta Mensal

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MARIA E o ESPÍRITO SANTO Ao longo da história da Mariologia muito se falou sobre as estreitíssimas relações de Maria com cada uma das pessoas divinas e em modo todo particular com o Espírito Santo. Tantíssimas foram as expressões usadas para tentar explicar esta relação: templo, sacrário, vaso, cálice, esposa, "pneumatização", sinergia ... e tantas outras . Esta busca de entender a ação que o Espírito opera em Maria tem suas raízes nas Sagradas Escrituras e delas depende necessariamente. O Evangelho de Lucas fala de forma clara sobre a ação do Espírito em Maria: "O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra" (Lc 1, 35); e o mesmo S. Lucas -==----nos mostra Maria junto dos discípulos de Jesus no dia de Pentecostes (At 1, 14). Tantos foram as páginas, os livros e os tratados de teologia escritos sobre estas passagens e o que elas significariam na vida e missão de Maria dentro da história da Salvação. Em Maria o Espírito Santo encontra total acolhida para sua ação. Já em sua Imaculada Conceição, Maria foi preparada a fim de poder

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corresponder plenamente ao desejo eterno de Deus: a Encarnação do Verbo. Maria deu a carne de nossa fragilidade ao Deus Altíssimo para que o Espírito plasmasse em seu seio a humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. No seio de Maria o Espírito uniu o Mistério do Deus invisível à nossa condição criatura!. No dia de Pentecostes encontramos Maria novamente "ungida" pelo Espírito Santo no momento nascente da Igreja. Ela, filha predileta e modelo da própria Igreja, é constituída pelo Espírito em anunciadora do Evangelho e testemunha das obras maravilhosas que Deus realizou para a salvação de seu Povo, na pessoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado . Mas Maria também é discípula, e sobretudo discípula. Se o Espírito plasmou de sua carne a humanidade do Verbo Eterno, a mesma ação do Espírito trabalhou em Maria para que ela gerasse em si as feições de seu próprio Filho, isto é, para que ela aprendesse, como seguidora do único Mestre e Senhor, o caminho do Reino. É o Espírito Santo que impulsiona Maria 30


para que ela pudesse ser discípula de seu próprio Filho, irmã de todos nós, e modelo para todos aqueles e aquelas que queiram ser seguidores de Jesus de Nazaré. A mesma ação do Espírito Santo, termina a vida de Maria neste mundo. Elevou-a em corpo e alma à glória da Trindade e a mantém diante de seu Filho como intercessora em favor de seus irmãos e irmãs que ainda peregrinam neste mundo buscando ser instrumentos da implantação do Reino que é obra do Espírito Santo.

No dia de Pentecostes encontramos Maria novamente //ungida// pelo Espírito Santo. Ela/ filha predileta e modelo da própria Igreja/ é constituída pelo Espírito em anunciadora do Evangelho e testemunha das obras maravilhosas que Deus realizou

Frei João Aroldo Campanha OFMConv. Perguntas:

para sair de sua casa e ir levar a Isabel a alegria da Boa-Nova da Encarnação. Ele orienta Maria a indicar aos servidores da festa de casamento que se dirijam a Jesus e lhe obedeçam em tudo para assim conseguir o vinho novo do Reino de Deus. O mesmo Paráclito, de forma discreta, leva Maria a incorporar-se na comunidade dos seguidores de seu Filho, tomando-se assim mãe de Jesus no discipulado a Ele. O Consolador sustenta a Virgem aos pés da cruz: quando todos tinham fugido amedrontados apenas algumas mulheres e o discípulo que Jesus amava permaneceram junto de Maria aos pés da cruz de seu Filho. O Espírito assim encontrou em Maria seu lugar de repouso e habitação, fez dela seu templo, seu sacrário, 31

1. Na ladainha lauterana invocamos Maria como Vaso Espiritual. Que meios a Igreja nos aponta para, como Maria, sermos também pequenos vasos espirituais?

2. Em Lc 1, 39-56 vemos a atitude servidora de Maria, fruto da atuação do Espírito Santo em seu ser. Que lugar ocupam as obras de caridade em nossas vidas?

3. Toda grande festa pede uma preparação. Como vamos nos preparar para a festa de Pentecostes? 4. Temos, a exemplo de Maria, nos deixado guiar pelo Espírito Santo? Transcrito de "O Milite" n2 49 - Maio/94


JEsus EsPERA-Nos NO CÉu FRANCISCO fERNÁNDEZ CARVAJAL

"

E

nquanto olhavam, atentamente, para o céu à medida que Ele se afastava, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco que lhes disseram: Homens da Galiléia, por que ficais aí a olhar para o céu ? Este Jesus que acaba de vos deixar para subir ao céu voltará do mesmo modo que o viste subir." Tal como os apóstolos, ficamos meios admirados, meio tristes ao ver que Ele nos deixa. Na realidade, não é fácil acostumarmo-nos à ausência fís ica de Jesus. Comove-me recordar que Jesus, num gesto magnífico de amor, foi-se embora e ficou; foi para o céu e entrega-se a nós como alimento na Hóstia Santa. Sentimos, no entanto, a falta de sua palavra humana, de sua forma de atuar, de olhar, de sorrir, de fazer o bem. Gostaríamos de voltar a vê-lo de perto, quando se senta à beira do poço, cansado da dura caminhada (cf. Jo 4,6), quando chora por Lázaro (cf. Jo 11, 35), quando se recolhe em prolongada oração (cf. Lc 6, 12), quando se compadece da mu ltidão (cf. Mt 15, 32; Me 8,2). Sempre me pareceu lógico e me culminou de alegria que a Santíssima Humanidade de Jesus Cristo subisse à glória do Pai. Mas penso também que esta tristeza, própria do dia da Ascensão, é uma manifestação do amor que sentimos por Jesus, Senhor nosso. Sendo perfeito Deus, Ele se fez homem, carne da nossa carne e sangue do nosso sangue. E separase de nós, indo para o céu. Como não

(*)

haveríamos de notar a sua falta? Os anjos dizem aos apóstolos que é hora de começar a imensa tarefa que os espera, e que não devem perder um só instante. Com a Ascensão termina a missão terrena de Cristo e começa a dos seus discípu los, a nossa. E hoje, na nossa oração, é bom que ouçamos de novo as palavras com que o Senhor intercede diante de Deus Pai por nós: "Não peço que os tires do mundo, do nosso ambiente, do nosso trabalho, da nossa família ... mas que os preserves do mal." Porque o Senhor quer que cada um no seu lugar continue a tarefa de santificar o mu ndo, para melhorá-lo e colocá-lo aos seus pés: as almas, as instituições, as famílias, a vida pública ... Porque só assim o mundo será um lugar em que se valoriza e se respeita a dignidade humana, em que se pode conviver em paz, com essa paz verdadeira que está tão ligada à união com Deus. Os que convivem ou se relacionam conosco devem aperceber-se de nossa lealdade, sinceridade, alegria, laboriosidade; temos de comportarnos como pessoas que cumprem com retidão os seus deveres e sabem atuar como filhos de Deus nas pequenas situações de cada dia. As próprias normas correntes da convivência, que para muitos não passam de algo externo, necessário apenas para o relacionamento social os cumprimentos, a cordialidade, o espírito de serviço ... devem ser fruto da caridade, manifestações de uma atitude interior de interesse pelos outros. 32


Na

realidade/ não é fácil acOSÚJmarrnonosà ausência física de Jesus. Gostaríamos de voltar a vê-lo de perto/ quando se senta à beira do poço/ cansado da dura caminhada.

· --~

Jesus parte, mas permanece muito perto de cada um. De modo especial encontramo-lo no Sacrário mais próximo, talvez a menos de uma centena de metros do lugar onde vivemos ou trabalhamos. Não deixemos de procurá-lo com freqüência, ainda que na maioria das vezes só possamos fazê-lo com o coração, para dizer-lhe que nos ajude na tarefa apostólica, que conte conosco para estender a sua doutrina para

todos os ambientes. Os apóstolos voltaram a Jerusalém em companhia de Santa Maria. Juntamente com Ela, esperam achegada do Espírito Santo. Disponhamonos nós, nestes dias, a preparar a próxima festa de Pentecostes muito unidos a Nossa Senhora.

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(*) Transcrito de "Falar com Deus"

Quadrante, 1990


~ PRESENT E É DoM

~~

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Q

m tempo houve, eu o vivi, em que o Dia das Mães, como também o Dia dos Pais, passavam em brancas nuvens, pela razão simples de ainda não haverem entrado nos costumes da sociedade familiar. Pai e Mãe, a família os celebrava e homenageava no dia dorespectivo aniversário. Hoje, essas duas datas disputam com a Páscoa e o Natal um lugar no pódium da consagração familiar. Não importa a crise financeira, pouco importa o sacrifício necessário, maio e agosto terão sua data marcada condignamente. Estará o amor filial de hoje superando o de ontem? Estará a família, como instituição, conhecendo

U

uma "alta" na bolsa de valores morais e éticos? Ou estaremos presenciando uma conquista brilhante de alguns 'Missionários' da vida família-unida? Um julgamento frio e imparcial não deixará de incluir no rol dos 'benfeitores' dois elementos: a indústria e o comércio. Por mais que os condenemos, eles surgem como bem sucedidos pregadores da Cruzada do século XX, cuja bandeira "Honrar pai e mãe" é entendida como: "Brindar pai e mãe"!. .. Nestas duas datas, a palavra que mais trânsito adquire é o substantivo presente. Aurélio define-o equiparando-o a brinde, dádiva, lembrança, mimo, regalo, dom. De todos, preferimos o último: Dom.

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Estará o amor filial Dom é algo Nisso reside que nos pertende hoje superando o a verdadeira ce e do qual nos grandeza do hode ontem? Estará a desfazemos mem, de todo família/ como para dá-lo a ouhomem: dispor instituição/ trem. Algo que livremente dos nos pertencia e dons recebidos conhecendo uma passa a pertendo alto! Grande//alta// na bolsa de cer a outro. za e responsabivalores morais e Esse movimenlidade! éticos? Ou to essencial que Os cristãos envolve um precisamos cresestaremos presente - mucer na compreenpresenciando uma dança de persão do mistério conquista brilhante tença - só é do homem. Há puro e válido se de alguns toda uma espiria ele preside tual idade leiga /Missionários/ da uma condição para explorar e vida família-unida? essencial: a desenvolver, gratuidade do uma espiritualidom. Toda segunda intenção, todo dade que leve em consideração esse interesse velado vicia e corrompe o "silêncio de Deus" que, às vezes, belo gesto de presentear. confundimos com esquecimento ou Maio e agosto continuam inspi- negação de Deus. rando esta reflexão. Quando esquaOusamos dizer que há no hodrinho minha vida de crente, objeto mem, porque livre, uma espécie de de muitos presentes recebidos de ação de graças leiga, não religiosa, Deus, sinto-me como solitário a bor- que ainda não é oração, mas terreno do do iate de minha vida, sem instru- favorável para ela, enfim, brotar. tor como em auto-escola. Deus dá e ... Como dom vindo do alto. como que se retira como quem se Pais, mães, mestres e superiores, desfez de algo ... atentem para a gratuidade dos dons Deus sabe, à perfeição, presente- que lhes cabe distribuir na vida. Esar. Dando, ele se 'desfaz' de certo perar retribuição (ou exigir, o que modo de algo que passa a me perten- seria vil) é envolver o presente em cer totalmente. O Espírito de Jesus que intenções interesseiras. O dom só é me foi dado no Batismo e repetido nos dom quando gratuito. O que vocês, Sacramentos não é um co-piloto que, um dia, deram não lhes pertence ao meu lado, corrige meus erros. A mais. Foi um presente! luz e a força que dele nos vieram me foram dadas (presentes) e passam a Ático Rubini ser só minhas. Elas não lhe pertenTranscrito de Atualidade cem mais, pois mas presenteou! 08 a 14/05194 35


MÃE DE FAMÍLIA É BEATIFICADA os 24 de abril de 1994, foi eatificada, na Basílica de ão Pedro, Vaticano, Roma, Gianna Beretta Molla. Sabendo-se que os processos de beatificação, na Igreja, são conduzidos com extremo rigor e que, normalmente demandam muito tempo, causa até uma certa agradável surpresa que esta mulher do nosso século já tenha sido beatificada. Neste mês de maio, em que transcorre o dia das Mães , julgamos que a Carta Mensal deveria levar ao conhecimento de seus leitores alguns dados biográficos dessa extraordinária mulher. Gianna nasceu em Magenta, Itália, de pais profundamente cristãos, em 04.10.1922. Era a décima de treze filhos dos quais cinco morreram ainda pequenos e três consagraram-se inteiramente a Deus (um frade capuchinho, um sacerdote diocesano e uma religiosa canossiana). Cresceu num ambiente de grande espiritualidade familiar. Fez sua primeira comunhão com apenas 5 anos

Se tiverem que decidir entre mim e a criança, não hesitem; optem, eu exijo, pela criança. Salvem-na

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de idade. Por um certo tempo pensou que sua estrada fosse a de vir ao Brasil como missionária, mas depois compreendeu que sua vocação era o matrimônio. Em 1954 encontrou o "homem de sua vida", Pedro Molla, pertencente como ela à Ação Católica. Preparou-se para receber o "Sacramento do Amor" com um tríduo de oração, juntamente com o futuro marido em 24.09.1955. O amor conjugal foi sempre vivido à luz da fé. O seu sonho era ter muitos filhos e, na realidade, teve de início três: Pedro Luís (1956), Maria Zita (1957) e Laura Henrica (1959). No terceiro mês da quarta gravidez, apareceu um fibroma no útero. Foi o início do seu holocausto: aceitou ser operada pedindo explicitamente que fosse retirado o tumor sem tocar na vida da criança que trazia no ventre, mesmo sabendo o perigo de vida que estava correndo: "Não se preocupe comigo; basta que tudo corra bem à criança" - disse ao cirurgião que iria operá-la e que lhe explicava o perigo existente caso não interrompesse a gravidez. Sem deixar apagar o sorriso nos lábios viveu em oração e disponibilidade os últimos seis meses que antecederam o nascimento de Gianna Emanuela que aconteceu em 21.04.1962- relembra seu marido que, alguns dias antes do parto ela disse-lhe explicitamente com um tom firme e ao mesmo tempo sereno, com um olhar profundo que ele jamais esquecerá: "Se tiverem que decidir entre mim e a criança,

Cresceu num ambiente de grande espiritualidade familiar. Fez sua pnme1ra comunhão com apenas 5 anos de idade. não hesitem; optem, eu exijo, pela criança. Salvem-na". Depois de uma semana de torturantes dores causadas pela peritonite séptica que havia contraído, Gianna morreu em sua casa, para onde tinha sido levada algumas horas antes, por seu manifesto desejo, repetindo muitas vezes na sua agonia: "Jesus eu te amo". Era o dia 28 de abril de 1962, portanto, Gianna voltou à casa do Pai aos 40 anos de idade. Rapidamente difundiu-se sua fama de santidade por sua vida e pelo gesto de amor que a coroou.

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Equipe da Carta Mensal

N. da R.: Na seção "Mês das Noivas" desta Carta Mensal estamos publicando um trecho de uma mensagem escrita por Gianna aos noivos e suas famílias extraída de uma Carta ao seu então noivo e depois marido.


Vivência

Novas Equipes

A Região São .PauloCapital, iniciou a publicação de um Boletim com o nome de Vivência. Distribuindo a todos os casais equipistas e conselheiros e contendo notícias do movimento e temas de reflexão e estudo, está programado para ser publicado bimestralmente.

• Equipe nº 1 N. Sra. Mãe da Sagrada Família Badi Bassit - SP Setor B - S. José do Rio Preto - SP Casal Piloto- Célia e José Carlos Cons. Espiritual - Pe. Castilho

• Equipe nº 7 N. Sra. Rainha da Paz Teresópolis- RJ

• Equipe N. Sra. Aparecida Valinhos- SP Casa l Piloto- Lúcia Helena e Roberto C. Alves Cons. Espiritual - D. Luis (arqueja

• Equipe N. Sra. das Graças Valinhos- SP Casal Piloto- Majé e Silvio Olivo Cons . Espiritual- D. Luis (arqueja

Mudanças nos Quadros Aconteceu em 09.03.96 a posse de Eneide e Liberato Schopping (de ltajaí) na função de C.R. do Setor Brusque/SC em substituição a Sueli e Afonso Gonçalves de Farias.

Volta ao Pai • Dionisio Trettel (casado com Aurea) Eq. nº 4- Ass is- SP 28.01.96 • Francisco de Assis Santos (casado com Maria) Eq. 23 -Brasília- DF 15 .01.96 • Marcos José Gonçalves (casado com Lucidna) Eq. 1 3 - S. José dos Campos/SP 31.12.95 • Eleni Roland Ambruster (casada com Álvaro) Eq. 02 - Limeira/SP- 20.07.94 • Altilino Meirelles (casado com Alice) Eq. 02- Limeira/SP- 21.04.95

Errata

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Na Carta Mensal, nº 317 abril/1996, ocorreu um erro de impressão no esquema da pag. 29 (Colegialidade). Assim na parte superior do gráfico, onde consta "Brasil" deveria constar "Mundo" e na parte inferior onde consta " Mundo" deveria cons1ta r "Bras i I".


DINHO E SUA BAN DA

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As evocações do grande correrecisou que acontecesse a trador se revestiam de uma dignidade ~ gédia com esses meninos para e nobreza quase épicas, da saga de ~ que nós, adultos, pais e educadores, percebêsse- - - - - - - - - - - - - um herói. Tinha na postura de sua mos a extensão do É pena que mais vida e de seus que está na cabeça das crianças e uma vez os ;avens gestos, o carinho quem era jovens provocantenham que pagar para muito de casa, do-lhes comportamuito caro por esse muito querido e mentos estranhos. disputado. estranho festival A percepção O próprio imfica mais facilitaque lhes foi pacto do acidente da porque o unimontado por uma e o carro abandoverso que se nos sociedade nado na pista, nos apresenta é muito restrito e se limita extremamente voraz passavam uma a duas ou três frae consumista. mensagemdemelancolia e vazio. ses musicais e Um silêncio uma série de trejeitos repetidos à sociedade nos mei- revere:·.';~ envolveu os corações e emoldurou a própria natureza do jaros de comunicação. O contraste da cobertura do Ayr- dim onde iria morar a saudade, ao lado daquele pequeno arbusto. ton Sena é chocante.

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Os meios de code contestação. municação cumpriEm ambos, a linÉ preciso ram o seu script como guagem circense que lembrar que brinca e ri de tudo, até manda o figurino por trás desses do próprio deboche. para captar e aprisionar a audiência das Há uma lição, alegres imagens da dor exentre muitas, quando meninos de pressas nos olhos e saímos a procura desGuarulhos/ lágrimas da famíl ia, ses pedaços de vidas existem pais e e sonhos desfeitos: a das namoradas e dos fãs, tudo sob o tema mães/ irmãos e permissividade, a tomusical repetido na lerânçia ingênua tem namora d as ... monotonia que o cliseu preço. ma exigia. É pena que mais Com Dinho e seus companhei- uma vez os jovens tenham que pagar ros foi diferente. Ficou registrada muito caro por esse estranho festival mais fortemente a tragédia na ima- que lhes foi montado por uma sociegem de uma clareira aberta na mata dade extremamente voraz e consue de destroços espalhados pelo chão, mista. Não gostaria que ficassem deles a memória musical de algumas passagens mais expressivas e as coreo- apenas as mímicas grotescas, as gozações pesadas, apresentadas num grafias das encenações malucas. A rapidez com que criaram uma palco de Brasília, para endoidar a imagem e estilo, a mesma rapidez fez platéia de um país inteiro, refém alicom que, numa infeliz manobra, fos- enada do que está acontecendo com se despedaçada no trágico impacto esses meninos que perambulam pena Serra da Cantareira. las ruas, por esses homens e mulhePara além da tristeza e dor pelas res desempregados, com suas vidas vidas perdidas, a ironia da transito- em farrapos ... riedade do sucesso trabalhado sobre É preciso lembrar que por trás a frágil consistência do que é desses alegres meninos de Guarulhos, irreverente, do que atinge o ponto fra- existem pais e mães, irmãos e namoco através do deboche, esse modo radas, para os quais tudo não passacruel de colocar em ridículo até o que va de uma brincadeira. houver de mais sagrado. Uma brincadeira que não podeNas crianças inocentemente des- riam imaginar que iria custar tão caro. monta, confunde e constrange o poOs milhões auferidos nas cópias liciamento dos adultos, esses incômo- vendidas jamais preencherão o vazio dos educadores. que ficou no coração daqueles que Nos adolescentes e jovens, cria o tanto os amavam! corporativismo da irreverência desPe. Paulo D'Elboux, S.]. mistificadora dos valores e posturas Rio de Janeiro convencionais, inerentes à própria fase

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~ A Famz1ia e o Amor, Chiara Lubich, Cidad Nova, 1992, 100 pg.

~ ~ ~

oo pensamento de Chiara Lubich e suas orien- S: tações àqueles focolarinos casados, em diversas fti' ocasiões, aí estão. Tentando salvar a família, es ~ tamos salvando a Sociedade. "Não podemos dei ~ xar de amar este nosso tempo, no qual Deus no doou a vida, e devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para tornar a família e o mundo aquilo que deveriam ser". Leitura destinada aos focolarinos, mas muito proveitosa para os equipistas, mormente quanto ao que deva ser transmitido na formação e na educação, a exemplo de Igino Giordani.

O Evangelho de Maria, Salvador M. Iglesias, Quadrante, 1991, 121 pg.

O Evangelho de Maria

As ENS vocacionadas, chamadas para se aglutinar em volta de Maria, neste livro encontrarão subsídios, estudos, meditações, sobre as tão poucas e raras "palavras de Maria" nos Evangelhos. São elas "sete", assim como os "cinco silêncios", todos referidos. O autor, sacerdote, exegeta, teólogo, tece seu poema de amor a Nossa Senhora, trilhando a Sagrada Escritura. Termina seu livro dizendo " ... quase sempre, por trás do Evangelho de Jesus, encontra-se Maria. Procura descobrí-la tu, leitor amigo". Nota: Caso os nossos leitores não encontrem nas livrarias, os livros sugeridos nesta seção, poderão solicitá-los, diretamente e via reembolso postal (qualquer que seja a editora) para: Santuário 1900 Caixa Postal 4 Cep: 12570-000 Aparecida - SP Não precisa selar. No lugar de selo escreva "Taxa paga", ou telefone para (012) 565.2140.

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Eu TE SAúDo, MARIA!

1-

Porque tiveste a coragem de aceitar! Porque ousaste permitir, que, no teu corpo virginal, se realizasse a mistério da Encarnação! Porque deixaste que Jesus, tomasse, no teu seio, a vida humana, e o nutriste e o fo rmaste com tua carne e sangue para nos libertar do pecado! Porque lhe deste todo o teu amor, o ensinaste a andar e a falar, porque dele cuidaste nas fases da infância e adolescência, proporcionando a segurança que só o amor materno consegue transmitir. ' EU TE SAÚDO, Maria, pelas alegrias de veres teu Filho crescer em graça e santidade e por guardares tudo isto no coração! Porque, mesmo em silêncio, talvez sem compreender, foste a Iição viva da obediência e entrega total à vontade do teu Senhor. Entrega atuante, que abre espaços, gerando mudanças e aperfeiçoamento interior. EU TE SAÚDO, Maria, porque valorizaste as coisas humildes, porque fizeste grandes as pequenas tarefas do cotidiano, mostrando que pode haver plena realização até mesmo dentro das paredes de um lar. Porque a tua vida foi, é e será sempre, o exemplo para os homens de boa vontade, que desejam o difícil caminho do Bem. Porque hoje, como ontem, dentro das dificuldades de um mundo hostil, violento e perverso, a tua firmeza nos diz que é possí-

vel a sólida construção interior, embora à custa de lágrimas, mas mesclada à alegria da doação, com a serenidade do dever cumprido, com a doçura de se deixar fazer instrumento do Pai. EU TE SAÚDO, Maria, pela espada que transpassou o teu coração ao presenciar, atônita, a injustiça, contra teu Filho, que só queria pregar o Amor, o Perdão e a Paz! Pela dor que suportaste, num silêncio comovente que até hoje grita e incomoda a humanidade, apontando-lhe o maior erro de todos os tempos. Ó Mari?, minha mãe querida! EU TE SAUDO com mais amor ainda, quando, hoje, tentam destruir a tua imagem com achincalhe e deboche! Quando querem te renegar para justificar os próprios erros. , EU TE SAUDO, Maria, em nome da humanidade toda que te ama e te respeita com amor filial. EU TE SAÚDO, Maria, simplesmente porque és a minha mãe, a mãe querida que compreende sem indagações nem exigências, que, apesar de tantas afrontas, sorri e perdoa, e muito mais ainda, acolhe com imenso amor, os filhos adotados em Jesus.

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EU TE SAÚDO, MARIA! Elzira Maria Crescenti Abdalla Eq. no 2 I Setor B Florianópolis - SC


AvE,

O"

S EMPRE VIRGEM MARIA!

Eleita desde toda a eternidade, antes mulher e depois feita

Senhora Mãe de Deus pela Igreja, através do seu misterioso e fiel.

S I M!

A V

E,

Símbolo Infinito de Mulher e Mãe! Admirável és e Vencedora por toda a Eternidade!

Ó

Oração viva do pai e criatura saudada pelo Anjo Gabriel com a expressão enaltecedora da mensagem Divina!

C H E I

Coração Humilde, Encarnado e Impregnado do mais puro Amor!

A

D E G

Defensora dos aflitos, Extraviados ou míseros pecadores;

A!

Garantia Real e Autêntica daquele Compromisso consentido, Abraçado e assumido de

A

Amor E Aliança Eterna!

S E M

Sinal Eficaz Majestoso do Paie Rei Eterno!

R A Ç

P R E

43


v E M

Verdadeira Imagem Reluzente e Grandiosa da Esperança Maior!

M A R I A!

Mãe Admirável e Raínha do Infinito Amor!

É

És Bend ita e Singular entre todas as mu lheres!

B E N D I

Beatíssima Estrela Radiosa No Firmamento, Divinizada por obra Infinita! Tu, das Criaturas, és a Amada Dileta De Deus!

I R

G

s

T

A E N T

R E

Eleita por Ele e Nascida sem mácula, Tens a Realeza Encantadora!

A

A Singeleza

M

Maternal Única, Liberta e Humilde; Entre todas elas és Raínha, mas Encarnada, Simples no Sublime!

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u L H

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S!

44


E

Eterna!

B

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Bela como o Teu Filho e Enfeitada pela Graça Divina, Nuvem clara no céu azul e Dourada Luz Infinita, que Transmite Ondas de calor intenso, Tu

É

És

o

O Amor Redentor Renovado do Teu Amado Jesus!

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Fruto Real e Único, Total Obediência à Vontade de

E N D I T

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o v o s s o v E N T

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E

Deus, de O Eterno Pai! .. . Jesus, Ele que é o Vigilante na Oração Sublime, de um Filho do Deus Forte, mas Singela e encarnada figura do Filho submisso, Obediente ao Pai até a morte na Cruz! a Vítima inocente imolada pelos pecados da humanidade, Encarnado e verdadeiro, Nascido do Homem; mas Templo da Trindade, Redimido e renovado, Eterno fruto do amor Divino!

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J E

S U

S!

Javé, é sempre Aquele Que É, Eterno presente, Supremo encanto e Único dom gratuito; Sol para todos nós Homens!

Santíssima Mãe, Por isso que, depois de verdadeiramente aclamada em nossos corações, te pedimos assim: Rogai por nós e protegei as Famílias do Mundo Inteiro contra todos os males; fazeias frutos do vosso amor e de José seu castíssimo esposo, com a força redentora e renovadora do vosso filho único, o Cristo Jesus! Amém! .. .

Zelinda e Hélio Equipe 1 Campinas!SP

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o

AMOR DE MARIA, MÃE DE DEUS Amor é doação do próprio ser Ao ente que se ama, sem reservas . Somente um coração apaixonado Seria bem capaz de dar a vida, Na hora em que o amado precisasse. Maria, a Virgem-Mãe, teve esse amor. Ninguém jamais amou como ela amou Seu Filho, Jesus Cristo, o salvador. A glória de Maria começou No dia da Imaculada Conceição, Porque o Deus de Amor e de bondade Remiu-a do pecado original, Em vista da futura Redenção De Cristo, cujos méritos divinos Trariam para todos Salvação. Gerada a Virgem santa, sem pecado, Estava desde então, já transbordante Da graça poderosa que a fazia Imagem e Semelhança do Deus vivo, Com Êle, em sintonia permanente. Os pais a colocaram lá no templo, Ainda pequenina, p' rá aprender A lei e tudo mais dos livros santos. Mais tarde, ela pensava quem seria O grande Desejado das nações, Futuro Salvador da humanidade, E qual seria a missão de sua mãe? Com essa formação aprimorada Estava a santa virgem consciente De tudo que o futuro reservava Áquela que seria a Mãe do Cristo. Foi pois na Encarnação, que teve início A prova desse amor ilimitado Da Virgem-Mãe ao Filho que era Deus, Ao dar aquele "Sim" a Gabriel, O anjo mensageiro de Deus-Pai, O Espírito divino a fecundou E O Verbo se fez carne de sua carne, Ficando sempre Virgem por milagre. Foi como luz passando por vidraça, Sem ter quebrado o vidro transparente. 47


Ao dar, na Encarnação, consentimento, Por ter a alma santa e preparada, Foi como comungar a vez primeira O Corpo divina! do Salvador. Assim, a Mãe querida se tornou Sacrário permanente do Deus vivo. Movida pela fé foi visitar A mãe do Precursor, prima Isabel, A qual iluminada pelo Espírito Saudou-a, com ternura, mui feliz: · "Bendita és tu que creste, cheia de graças, Porque serás a Mãe do Verbo Eterno." Maria respondeu humildemente: "Dou graças ao meu Deus, porque Êle é bom E fez em mim a grande maravilha De ser a Mãe de Deus, que se encarnou. Por isso, o mundo inteiro, de hoje em diante, Chamar-me-á de bem aventurada." O drama que sofreu a Virgem Santa Na dúvida terrível de José, Bem mostra a confiança em alto grau No Deus a quem amava de verdade. Na fuga para o Egito, terra estranha, Vivendo em Nazaré, a vida oculta, Durante a vida pública do Cristo, Foi sempre obediente ao Pai dos céus. O Filho, a seu pedido, fez milagre Primeiro, em Caná da Galiléia. Ao pé da cruz ficou o tempo todo, Sofrendo, ao ver a morte do seu Filho, Conforme predissera Simeão. Estava bem presente, Mãe da Igreja Nascente, no calvário e proclamada No dia de Pentecostes, tão solene, Porque em tudo aquilo que fazia Somente o amor a Deus a conduzia.

Pe. José Maria de Albuquerque Conselheiro da Equipe 13 Belém do Pará 48


MEDITANDO EM EQUIPE Leitura: Evangelho de João, cap. 3, vers. de 13 a 21 Jesus comparava a salvação com um novo nascimento, que não está ao alcance de nossas forças. Pode acontecer somente pelo poder de Deus e de seu Cristo .

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• MEDITAÇÃO

• • • • •

Você recebe o Evangelho como libertação ou como peso? Acredita que de fato Deus quer salvar você? Qual tem sido sua reação diante da oferta de salvação? Que você precisa fazer de agora em diante? Agradeça, louve, suplique .

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ORAÇÃO

Esperando só em Deus Em Deus somente o repouso de minha alma, nele a minha salvação. Somente ele meu rochedo e salvação, fortaleza inabalável... Em Deus somente o repouso de minha alma, dele vem minha esperança. Somente ele o meu bem e salvação, a minha força. Deus é meu refúgio, confiem nele todos sempre e sempre. Diante dele podem abrir seu coração, pois ele salva. São um sopro os filhos de Adão, uma mentira; todos na balança nada pesam, menos que vento. Não confiem na violência, nem nos roubos; se as riquezas se avolumam, não se apeguem. Em Deus somente o repouso de minha alma, nele a minha salvação. (FI. Castro, sobre o salmo 61)


Atitudes de Vida: • Procura Assídua da Vontade e do Amor de Deus • Procura da Verdade • Vivência do Encontro e Comunhão

Equipes de Nossa Senhora Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal e Familiar Rua Luis Coelho, 308 - 5º andar- cj 53 CEP: 01309-000 São Paulo-SP Fone: (011) 256.1212 Fax: (011) 257.3599


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