ENS - Carta Mensal 319 - Junho e Julho 1996

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Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora

SAGRADO CORAÇÃO DE jESUS

"'

CoMo E BoM NAMORAR! MARIA: ESTRELA DA NovA EvANGELIZAÇÃo MISSÃO E ESPIRITU ALIDADE DOS LEIGOS

Ano XXXVI - Nº 319 -J unho-Julho / 96


EQUIPES DE CARTA MENSAL Nº

NossA SENHORA 319

jUNHO-jULHO

/1996

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INDICE Editorial .............................................. ..... 01

Carta Mensal é uma publicação das Equipes de Nmsa Senhora

A ECIR Conversa com Vocês ................... 02

Edição: Equipe da Cana Mensal Fone: (011) 256.1212

Formação ................................................ 04

M. Thereza e Carlos Heitor

Seabra (responsáveis)

Dia dos Namorados ................................ 09

Blanche e Lauro F donça

Vida do Movimento ................................. 11

Maria do Carmo e Jos é Maria Whitaker Neto

Men-

Rita e Gilberto Canto

Atualidade ... ............................................ 27 Maria ....................................................... 31 Igreja ....................................................... 35

Pe. Flávio Cavalca de Castro, CSsR (Cons. Espiri!Llal) Jornalista Responsável: Catherine Elisabeth Nadas (MTb /9835)

Opinião do Leitor .................................... 47

Diagramação e Ilustrações: M. Alice e lvahy Barcellos

Notícias e Informações ........................... 48

Capa: Ero.ç Lagmttal Igar Fehr

Nossa Biblioteca .... .. ........ ....................... 50 Pastoral Familiar .......... .. ......................... 52 Reflexão .......................... .. ...................... 54

Composição e Fotolitos: Newswork R. Venâncio Ayres, 931 São Paulo Fone: (011) 263.6433

Oração .............. ...................................... 55

Impressão e Acabamento: Edições Loyola Rua 1822, 347 Fone: (011) 914.1922

Última Página ......................................... 56

9.500 exemplares

Tiragem desta edição:


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Queridos Equipistas! Paz e Bem!

Neste mês quero apresentar a vocês alguns questionamentos que • tenho feito sobre a espiritualidade que o documento 54 da CNBB, ~ Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, apresenta. Pode-se dizer que as DGAE apresentam como principais características da espiritual idade: centralizada na pessoa e na prática de Jesus Cristo; conduzida pela ação do Espírito Santo; iluminada pela Palavra de Deus; valoriza e acolhe as expressões religiosas e religião do povo; assume a evangélica opção preferencial pelos pobres; vivida e celebrada na comunhão eclesial e conduz à evangelização inculturada e à experiência de Deus. Sem dúvida alguma, a espiritualidade sólida e vigorosa que perpassa as DGAE indica o caminho para reviver o dom de Deus que há em cada um de nós. Propõe uma mística que ultrapassa a condição de sermos cristãos "light", ou simplesmente serventes, podendo-nos colocarmo-nos como discípulos de Jesus, missionários e profetas na cultura do casamento e da família . Qual a ponte que podemos fazer com o que nos propõe o Movimento das Equipes de Nossa Senhora? A vivência dos Pontos Concretos de Esforço e a vivência da Partilha em nossas reuniões, nos orientam e guiam para construirmos uma espiritualidade sólida, inabalável, o segredo em assimilarmos os resultados dessas vivências é cada vez mais o crescimento em atitudes e gestos concretos e o fortalecimento de nossa vida espiritual. A mística das Equipes de Nossa Senhora nos envolve como água quando nela mergulhamos. Jesus mandou seus discípulos 'Jogar a rede em águas mais profundas" (Lc. 5,4). Nós, equipistas, não podemos ser somente aspergidos pela água, precisamos 'Jogarmo-nos" nela, mergulhar profundamente. Os Pontos Concretos de Esforço, as Reuniões de Equipe, a participação nos eventos promovidos pelo Movimento, Setores ou Coordenações, são locais onde aprendemos a mergulhar fundo. Não tenhamos medo de lançar nossas redes em águas mais profundas. Vamos "reavivar" o Dom de Deus que há em nós.

Abraços e Orações Pe. Mário José ECIR

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Saudamos carinhosamente a todos vocês que nos prestigiam com sua leitura, desejando-lhes que a paz do Senhor habite em seus corações.

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Nossa conversa está centrada no Encontro do Colegiado, que ocorreu nos dias 24, 25 e 26 de Maio último, no Colégio Anchietano, às margens da Rodovia Anhanguera, em Perus, São Paulo. Como vocês devem se lembrar, o Colegiado Nacional do nosso Movimento, que se compõe da Equipe da ECIR e dos Casais Responsáveis pelas 22 regiões em que está dividido o Brasil, se reúne duas vezes por ano. Como norma, a reunião do primeiro semestre reveste-se de um cunho acentuadamente formativo. Realmente, é indispensável esta formação para que nos preparemos, reflitamos seriamente sobre a caminhada do Movimento, sobre as urgências do tempo presente, a fim de que, fortalecidos por essa formação, possamos servir a todos vocês com maior eficácia. Por sua vez, a reunião do segundo semestre sempre está mais voltada para o planejamento e para a ação. Sem embargo, portanto, desse cunho formativo especial, este encontro também refletiu no sentido de uma avaliação dos nossos 29 EACREs, ocorridos neste ano, buscando com isso colher as experiências para fazêIas fluir por todo o Movimento, para que a unidade nas coisas fundamentais se mantenha sempre forte. Foram tratados também de assuntos importantes para a vida do movimento, como é o caso da nossa

pesquisa nacional, que tantos subsídios dará para o nosso futuro planejamento. Discutiram-se outros projetos importantes, como o da consolidação das Experiências Comunitárias, da revisão de alguns manuais, etc., assuntos esses que chegarão oportunamente às nossas equipes, com maior riqueza de detalhes. Queremos, porém, nesta oportunidade, compartilhar com vocês um pouco da reflexão central deste encontro. Não é novidade para ninguém que nosso Movimento vem desenvolvendo, já há vários anos, um esforço muito consciente para colocar-se em íntima integração com a nossa Igreja. Este encontro, portanto, foi uma grande oportunidade para nos colocarmos ainda em maior sintonia com as aspirações e propostas da Igreja no Brasil. Sabemos que a virada do século está prestes a acontecer e isto se dará num Ano do Jubileu. Pode parecer que se trata de um acontecimento a mais na história da humanidade. Nós cristãos, no entanto, somos convidados a ver nesse fato um tempo de graça, um tempo de celebração. Mas para que assim seja, não basta marcar no calendário, e in titular-se que será um ano de Jubileu. É preciso preparar-se para entender, para interpretar os sinais do tempo, para compreender o sempre presente amor de Deus, e por isso ter razões para celebrar, e fazer com que

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do segundo semestre, e se tornará muito mais gente celebre junto. Não é demais lembrar aqui o uma grande realidade no Encontro convite que está por detrás da gran- Nacional em novembro próximo. Temos certeza que, com as perede Orientação de Vida que o Movimento nos invocou: Convidados às nes luzes do Espírito Santo, e com a oração que rogamos a Bodas de Caná. É um todos vocês, o projeconvite universal a to do Movimento das Não é todos os casais, a toEquipes de Nossa Sedas as famílias, e que novidade para nhora ara este períse insere perfeitamenninguém que odo de .996 até te na proposta de fanosso 99 provoque uma . zermos da entrada no tomada de consciênMovimento Terceiro Milênio uma cia, nos leve a uma grande festa de Deus vem profunda consolidapara a humanidade. desenvolvendo/ ção e ortalecimento Estamos dizendo já há vários de nossas bases equitudo isto porque a pistas, e nos comproCNBB, levou para a anos/ um com gestos, atisua 34. Assembléia esforço muito met vidades e ações conNacional uma ampla consciente cretas no sentido da reflexão sobre grande para colocar-se nossa-própria missão e ambicioso Projeto evangelizadora em de Evangelização em íntima pro da família brasiRumo ao Novo Milêintegração leira. nio. E foi sobre este com a nossa Vamos nos dar as tema que centrou-se mãos numa grande Igreja. todo o trabalho deste corrente de fé, de otiEncontro do Colegimismo, de esperança, ado. Realmente, o Movimento não de realizações pela chegada do novo poderia "perder o bonde da histó- Milênio, e celebrar na alegria mais ria". Na esteira da Igreja no Brasil, um abundante tempo de graças, na e buscando nos engajarmos nessa certeza de que Jesus Cristo se faz proposta, discutimos, trabalhamos e continuamente presente na história do refletimos como poderemos colabo- homem, e que iluminados por Ele rar dentro da nossa especifidade e ca- construiremos um mundo melhor. risma. Com o nosso carinhoso e fraFoi muito oportuno este estudo, enriquecido pelas discussões em gru- terno abraço, pos de trabalho e reflexão, e a partir dele já temos um embrião o nosso Silvia e Chico próprio projeto, que esperamos, gaECIR nhará forças e definição na reunião

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PARTILHA E PONTOS CoNCRETos DE EsFoRço

(PARTE

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3. A Vida de Comunhão na estando dispostos, sintonizados, que-

Verdade

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rendo é que podemos ver e saborear Dizia Jesus aos que nele tinham a realidade das pessoas e das coisas, acreditado: "Se vocês permanecem adquirindo assim a sabedoria, o saem minha palavra, serão de fato ber sentir o sabor da vida. Isso vale meus discípulos, conhecerão a ver- tanto para a verdade à qual chegadade e a verdade os fará livres" (Jo mos pela fé, como para a verdade 8, 31-32). A vida nova, que nos vem atingida pela razão. do Cristo, possibilita-nos a vida de Em primeiro lugar precisamos da verdade e na verdade. Por outro verdade sobre Deus (Cristo, Igreja), lado, somente de verdade e na ver- verdade que nos vem pelo anúncio dade é que podemos viver essa vida da fé. Temos de escutar o anúncio de comunhão com Deus e com os da fé na palavra de Deus em nosso outros. Aliás, já o velho Sócrates interior, e na palavra dos irmãos que condensava sua sabedoria de vida nos falam de inúmeros modos. Sonuma frase: "Conheça a si mesmo". mente assim podemos chegar ao coIsso para não lembrar outras cor- nhecimento de Deus e do seu plano rentes religiosas que colocam a sal- amoroso para a nossa salvação. Isso vação exatamente na passagem do significa que precisamos ler, ouvir, engano para a realidade. estudar, assimilar. Não podemos conSe os casais das ENS querem tar com um conhecimento que nos chegar à perfeição cristã, como ca- venha milagrosamente, nem que nassados e como casais, precisam "de- ça de nossa perspicácia ou de nossas senvolver sua capacidade de tomar imaginações. consciência de si mesmos, de assuSe ainda não ficou claro: temos mir sua verdade, de construir e tra- de aprender e de assimilar a Bíblia, balhar a partir dessa verdade e não o Catecismo, a doutrina de vida da a partir da imaginação, das evasi- greja. Não podemos continuar vas, da alienação, das meias ver- achando , sabendo mais ou menos, dades, da mentira" (Pontos Concre- supondo: trata-se de uma vida que tos ... pág. 9). Com outras palavras, assumimos ou não, com a qual nos precisam conhecer e viver a verda- comprometemos ou não. de de Deus, de si mesmos, dos ouAtravés da mesma fé chegamos tros e do mundo. à verdade sobre nós mesmos, os outros e o mundo. Nós e os outros teI. Conhecer a verdade mos uma vocação em função da qual Podemos dizer que para o conhe- se deve estabelecer uma escala de cimento da verdade é fundamental valores em nossas opções, em nosuma atitude de simpatia. Somente sos relacionamentos. Nossa vida,

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nossa realidade corporal, nossa cultura, nossa sexualidade, tudo que é humano tem um valor característico porque somos chamados a participar da vida divina. A natureza animada e inanimada, com suas potencialidades e limitações, necessariamente será encarada como obra de Deus e de algum modo participante de nossa própria vocação. Nossa verdade, a dos outros e a do mundo nós a atingimos também mediante nossa razão: também essa verdade tem de ser assumida e respeitada, sem nenhum falso espiritualismo ou infantil espírito mágico. A ciência em todas as suas formas deve orientar nossos julgamentos e opções. O conhecimento da verdade à luz da fé e da razão exige que nos abramos ao conhecimento, ao julgamento e ao modo de ver dos outros, principalmente dos irmãos da comunidade cristã, da comunidade-equipe, da família e principalmente do parceiro de vida matrimonial. Isso irá corrigir a estreiteza e a parcialidade de nossa visão e de nossos julgamentos. Nesse mútuo conhecer-nos e julgarnos em busca da verdade f11: em-se necessárias, mais que lllllca, a simpatia, a sintonia a tolerância, · benevolênciél(bem-querer). Cada um de nós mantém um território íntimo, fora do alcance do conhecimento dos outros. É perfeitamente legítimo que uma parte desse território permaneça para semp e segredonoSSD. Algumas e suas partes, porém, nós as revelamos àqueles que amamos e na medida que os amamos. Se você quer que seu côn5

juge conheça você e ajude você a aprofundar sua própria verdade, abrace na medida de seu amor.

2. Aceitar a verdade O início da religião consiste em conhecer a Deus, e em reconhecer e aceitar nossa total dependência dele. "Sem mim vocês não podem absolutamente nada" (Jo 15,5): pela aceitação dessa verdade é que devemos começar. Por aí começa a sabedoria do viver cristão. Só podemos caminhar para a frente partindo do que realmente nós e os outros somos: nossas qualidades reais e nossos reais defeitos, nossas forças e nossas fraquezas (naturais e da graça), nossas coragens e nossos medos. E é preciso aceitar essa realidade: procurando mudar e aperfeiçoar o que for possível mudar e aperfeiçoar. Nossa realidade, nua e crua, mostra a santidade à qual somos chamados: nem maior nem menor que os talentos recebidos. Ah, sim: princi almente com os outros é que devemos ser tolerantes. Não vamos exigir deles mais do que lhes-é possível com a graça de Deus. O Senhor está disposto a levá-los à anti a e que planejou para eles, não à que nos anejamos. Terminando, vamos apenas acenar aos P. C. E. que mais nos podem ajudar nessa busca da verdade: escuta da palavra, meditação, dever de sentar-se. Sem esquecer a regra de vida, roteiro e controle de nossa caminhada. Pe. Flávio Cavalca de Castro C.E. da Carta Mensal


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MISSÃO E A ESPIRITUALIDADE

DOS LEIGOS

(PARTE

1) P E.

Luís

KlRC HNER,

CSsR

A aspiração religiosa não pode oão Paulo II tem escrito tantas ser totalmente extinta. Um apreço obras que se corre o risco de não exagerado das coisas criadas ofuslembrar coisas importantes que ca a presença e os sinais de Deus ele já publicou. Um documento de grande im- em nossa vida. Também, o PaP.a conta com os portância e valor para os leigos é o resultado de um Sínodo dos Bis- eigos para restaurar uma novavapos. Chama-se Christifide_Les lorização ê:la pessoa humana: sua dignida e, seus direitos. Sua reLaici. Como o Papa Wotyla aproveitou cente carta Evangelium Vitae é um as idéias, sugestões e orientações dos bom exemplo, concreto e específico, deste ponto, pois bispos para fazer sua o Papa defende o própria reflexão, eu valor da vida humapretendo continuar Um apreço na em todas as suas esse processo, usando exagerado dimensões, da conos pensamentos do cepção até o último das coisas Papa. suspiro. É verdade que c riadas João Paulo li recada documento ofiofusca a conhece que esta luta cial da Igreja é impresença e para implantar o Reiportante para todos no de Deus não será os membros da Igreos sinais d e fácil, pois, apesar ja, mas C h ristiDeus e m dos esforços de tanfideles Laici foi dirinoss vida. tas pessoas de boa gido especificamente vontade, o pecado e aos leigos e à sua sio demônio existem. tu ação especial na Mas o cristão não esquece da Igreja e no mundo atual. O Papa acha que estamos num figura de Jesus, o Senhor da hismomento crítico diante da chega- tória; que faz parte de nossa hisda do novo milênio, pois existem tória; o Redentor dos homens e do ainda tantas guerras e conflitos mundo; nossa esperança do futuapesar do fato de tantas pessoas ro; o libertador que nos livrará de toda e qualquer escravidão . desejarem a paz. É o Sen hor da roesse que está A indiferença religiosa e o ateísmo, às vezes chamado de secu- mandando os leigos para implelarismo, estão destruindo o espíri- mentar os seus planos, a trabalhar to religioso e o senso do divino nos na sua vinha, pois na Igreja os leigos são parte do sinal e do instruambientes seculares.

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mento da íntima união com Deus. h. são unidos com Jesus e com Um documento importante de Seu Corpo (que é a Igreja); João Paulo II para os leigos é c. são ungidos (i.e. consagraChristifideles Laici. No seu pri- dos) pelo Espírito Santo, tornanmeiro capítulo estudemos o que se do-se templos espirituais. refere à dignidade e ao valor dos Os leigos são filhos no Filho, fiéis na Igreja-Mischamados a vi ver a tério. mesma vida que J eAo usar a imasus vivia. Como ele É o Senhor gem de uma vinha, o no rio J ordão (Lc Papa diz que Jesus é da messe 3,22), os leigos tora vinha e os fiéis são nam-se também fique está os ramos. Assim se prediletos do lhos mandando entende a presença e Pai. Batizados em os leigos o sentido do povo de Cristo, vestem-se Deus na Igreja. para das mesmas atituQuem são os Leides e pensamentos implementar gos? São as pessoas de Cristo, com o os seus do Povo de Deus seu jeito de ser (Gl (excluindo os memplanos/ a 3,27). Tornam-se bros de congregaoutro Cristo . trabalhar na ções religiosas ou do Se Jesus é a pesua vinha/ clero) que buscam o dra angular, os leipo1s na Reino de Deus. gos batizados e unPelo Batismo Igreja os gidos pelo Espírito, tem o múnus ou fazem parte do temleigos são status sacerdotal, plo espiritual. parte do profético e real, com Transformados sinal e do uma missão própria e diferentes, possue específica na Igreinstrumento em novos dons e caja. Não apenas perpacidades. Mudada íntima tencem à Igreja, mas ram. união com são Igreja. Exercem a misDeus. Pela sua vocasão tríplice de Crisção, os leigos são to.- Sacerdotal: pocriaturas novas em dem oferecer sacriCristo (cf. Gl 6,15; fício e atos de lou2 Cor 5,17), purificados do peca- vor, principalmente na Eucaristia; do e cheios de vida pela graça. - Profético: falam em nome de Existem três aspectos funda- Deus e dão testemunho por seus mentais na figura do leigo: exemplos; - Real: servem os ira. no Batismo, são regenera- mãos, doando-se totalmente coni.o dos com a vida de filhos de Deus; Jesus fez. 7


Onde e como os leigos exercem sua missão no mundo e nos ambientes seculares? O leigo é o homem da Igreja no coração do mundo e o homem do mundo no cora9ão da Igreja. E lá que vivem, amam, praticam as virtudes, atualizam o Evangelho, fazem Cristo presente . A índole secular é própria e peculiar dos leigos (L. G. 31). Quem vai evangelizar a olítica, o mundo dos negócios, o campo da educação e da cultura, a família e a sociedade em geral são os leigos. O mundo- com seus trabalhos, exigências, desafios e problemas - não é obstáculo, mas ambiente e meio pelo qual o leigo vive a sua vocação. Fiéis à sua missão, eles são chamados por Deus a contribuir como fermento para a santificação do mundo. Tudo isso é possível porque o Espírito Santo os santifica, dando-lhes o poder e a energia suficientes para alcançar esse fim. To-

Quem vai evangelizar a política/ o mundo dos negócios/ o campo da educação e da cultura/ a família e a sociedade em geral são os leigos.

A vida segundo o Espírito suscita no leigo a imitação e o seguimento da vida de Jesus; acolhe e põe em prática as bemaventuranças/ escuta e medita a palavra de Deus. dos ~ o chamados ]Jara uma vocação universal à santidade (1 Pd 1,15). A santidade está radicada no Sacramento do Batismo e é alimentada pela Eucaristia. A vida segundo o Espírito suscita no leigo a imitação e o seguimento da vida de Jesus; acolhe e põe em prática as bem-aventuranças, escuta e medita a palavra de Deus; tem uma participação ativa e consciente na Liturgia e nos Sacramentos ; possui uma vida de oração pessoal e familiar. Tem a fome da justiça, pratica o amor universal em todas as circunstâncias e presta um serviço aos irmãos, especialmente aos pequeninos, pobres e sofridos. Se cada batizado, cada leigo, estivesse consciente de sua dignidade, importância e status na Igreja - que não são apenas cristãos, mas se tornam Cristo - como o mundo seria diferente e melhor! 8


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CoMo É BoM NAMORAR

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mês de maio, que acaba de passar além de sua importância por ser o mês de Maria, nossa Mãe querida, diz-se o mês das noivas, por ser ele o preferido dos jovens enamorados para firmar o compromisso maior, seu casamento - Do latim casa= choupana, que em algumas línguas românticas, passou a significar morada, lugar de habitação, lar, ato de constituição de um lar ponto de partida para constituição da Família, que visa primordialmente a transmissão da vida e educação dos filhos. Por isso, gostaríamos de sua permissão, para falarmos sobre o Namoro, mais precisamente sobre o Dever de Namorar como Ponto Concreto de Esforço do casal! Como é bom namorar! Namorar pressupõe uma conquista! E uma conquista implica em manusear a nossa capacidade, nossa inteligência, nossa sensibilidade, o melhor de nós! Então, voltamos um olhar para a nossa juventude, quando nossos corações palpitavam ao se esboçar uma possível chance para conquistarmos

a (o) garota (o) que nos completaria, C e assim, quantos sonhos se diluíram até conquistarmos nossa (o) "eterna ~ (o) namorada (o)". Deus, na sua diina sa edoria, criou.homens e mu- ~ eres incompletos . No casamento, é ""Q sumamente importante, que sendo .~ duas pessoas, nos sintamos formao- Q do umaade como casal, apesar de mantermos n_oss personalidade inividual. Quando jovens, namoramos, noivamos e, nesse embalar de sonhos, as partes se esforçam para levar a bom termo sua conquista! Depois de

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Fomos criados para a felicidade e esse oójetivo prec1samos p ersegujr nãtu importa quão difícil seja a estrada que trilhamos! 9


algum tempo, chegam ao casamento! Irão construir uma célula social, a família, o menor grupo social e certamente o111ais importante. Dele dependerá o futuro da sociedade em seus aspectos mais variados em o casal a graça do Sacramento ara que possam sup01tar as vicissitudes que certamente terão ue enfrenta· com ânimo fotte, e, como-filhos amados de Deus, atingir a santificação! Na realidade, porém, as coisas não são tão simples! Parece que, depois daquela bela cerimônia, com tantos padrinhos, tantas assinaturas e uma assistência emocionada, tudo estaria resolvido! É só sermos felizes! Muitas vezes, en retanto, o cônjuge trata o outro como um troj"éu " que foi conquistado numa grande "competição" entre seus pares, e ue começa, logo nos rimeiros anos, a empoeirar-se! Mas ... o namoro? Onde ficou? Onde andam nossos sorrisos, nossos bilhetinhos de amor? Nossos elogios sinceros? Nossos gestos de carinho? Nosso olhar de aprovação? Nosso beliscão carinhoso? Nosso afago compreens-ivo e amigo mesmo nas h oras mais difíceis? O namoro, a despeito de todas as dificuldades, de qualquer ordem, tem que continuar! Precisamos conquistar nosso cônjuge a cada dia que passa. Cadê o nosso charme? Cadê os buquês de flores ou mesmo uma só florzinha, para selar nosso gesto, dizendo: eu te amo e continuarei te amando ara toôo o sempre? Nosso namoro já atingiu, cremos nós, a maioridade, 37 anos! Que acham? e continuamos com aquele "ciuminho" gostoso, pegar na mão e

Onde andam nossos sorrisos/ nossos bilhetinhos de amor? Nossos elogios sinceros? Nossos gestos de carinho? curtir a presença do outro intensamente. Gostamos realmente de estar juntos. Desde os primeiros dias de nosso casamento quisemos construir uma família bem constituída! É preciso que os cônjuges queiram construir o seu mundo comum, um mundo de amor, compreensão e fé, pois, se temos Deus ao nosso lado, a que deveremos temer? Fomos criados para a felicidade e esse objetivo precisamos perseguir, não importa quão difícil seja a estrada que trilhamos! Sempre haverá, no meio das pedras e dos espinhos, algumas flores, indicando a presença de Deus com sua mão estendida a nos dizer: bendito és tu que respeitas teu cônjuge, teu filho, teu irmão! Certamente construirás o teu reino na felicidade do teu lar e, herdarás o meu reino, porque, teu amor e tua fé é que movem o teu agir! Pedimos à Maria, que em sua infinita bondade, abençoe nossas famílias para que possamos, como equipistas, ser uma luz, ainda que pequena, a indicar o caminho do amor, da fé e da felicidade!

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lolanda e Teixeira Eq. 57 - N. Sra. Aparecida Porto Alegre/RS


ENS

NO BRASIL;

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uscando as raízes da Igreja dos Apóstolos e as origens dos escritos que compõem os quatro evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João, elaborados no final do Século I- D.C., defrontamonos com uma citação de Robert Browning <1lque, poeticamente, imaginou o seguinte pensamento de João, o evangelista: dos equipistas de primeira hora já estejam convivendo com o Pai, so''Quando minhas cinzas mos abençoados por ainda contarse espalharem (diria João), mos com inúmeras e saudáveis testemunhas oculares da história das não ficará sobre a face da ENS em nosso país. terra nenhuma pessoa viva Aproximamo-nos do final do que tenha conhecido, visto Século XX e as ENS já fazem uma com seus olhos e tocado com pequena história que deve ser consuas mãos Aquele que foi, tada e levada adiante, por tradição desde o princípio, a Palavra também escrita, para que suas origens não se percam nos futuros séda Vida. culos de sua duração (esperamos Como será quando nin- sinceramente que assim seja). Esta guém mais disser: Eu vi?" é uma das preocupações da ECIR no fim deste milênio. Estamos coO mesmo pensamento nos veio meçando a projetar a organização de à mente, no momento em que nos um arquivo especial, para documenpusemos a pesquisar as origens do tar a vida das ENS e seu desenvolnosso Movimento - as Equipes de vimento no Brasil, a completar 50 Nossa Senhora - tanto na França, anos no ano 2.000. Para isso, precionde o Espírito Santo soprou pela saremos da ajuda daqueles privileprimeira vez, para fazê-lo nascer, giados que conheceram, viram e tocomo no Brasil, onde, para dar-lhe caram os primórdios do Movimenseqüência, continua a soprar com to que hoje faz parte de nossa exisintensidade sempre crescente. Tal tência pessoal e sem o qual, sequer como naqueles tempos em que mais podemos imaginar de que modo esde quarenta anos já se haviam pas- taríamos vivendo. sado antes de se escreverem os EC/R Evangelhos, outro tanto já decorreu 1 desde a constituição da primeira Cf. Raymond E. Brown, "As Igrejas dos Equipe brasileira. Embora muitos Apóstolos", Paulinas, 1986, pg. 13. 11


ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO DAS

ENS (PARTE3)1

amos agora descrever o trabalho do Secretariado Nacional das ENS cuja Sede, como vocês sabem, mudou para a rua Luiz Coelho, dezembro último. Como de conhecimento dos mais "antigos", o Secretariado já teve vários endereços, o primeiro deles foi na casa de Da. Nancy C. Moncau e recentemente estava na Rua João Adolfo. É importante mencionar a colaboração que Da. Lucy Duarte

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prestou ao Secretariado durante 22 anos, tendo se aposentado no ano passado. O Secretariado Nacional tem papel fundamental na vida das ENS. É órgão administrativo a serviço do Movimento, supervisionado por um Casal Equipista membro da ECIR. A nova Sede possui 5 salas de trabalho, 2 computadores, fax e telefone, está muito bem organizada e conta com o apoio de 4 funcionários: Nilza, Joel, Edna e Rosária.

O Secretariado Nacional tem papel fundamental na vida das ENS. A nova Sede está muito bem organizada e conta com o apoio de 4 funcionários: N i lza/ }oel/ Edna e Rosária. 12


Dentre as muitas funções do Secretariado destacamos : • Manter cadastro dos casais equipistas de todo Brasil. • Editar e remeter todos os documentos do Movimento, inclusive Programas de Retiros e Documentos de Formação.

• Manter arquivo dos documentos gerados e recebidos do Movimento. • Manter biblioteca de livros e Cartas Mensais da maioria dos países, inclusive as Cartas Mensais brasileiras (vejam foto com a Nilza).

• Imprimir e remeter a Carta Mensal (mais de 9 mil exemplares).

• Preparar e emitir os boletos para depósito bancário das contribuições das Equipes .

• Ser centro de contato e correspondência nacional e internacional (recebe e responde cerca de 30 a 40 cartas por mês).

• Fazer acompanhamento das contribuições financeiras das Equipes.

• Distribuir correspondências e relatórios da ECIR e Regiões .

• Prestar apoio ao Casal Equipista Tesoureiro, Vera Lúcia e José Renato Luciani.

• Fornecer apoio de secretaria ao Encontro Nacional das Equipes e também ao Encontro do Colegiado das ENS .

Como vocês devem ter percebido o Secretariado está muito organi• Administrar a participação dos zado, todo informatizado e presta brasileiros nos Encontros Inter- relevantes serviços para o bom annacionais. damento do Movimento das ENS. 13


25 ANOS / Equipe no 8 do Setor de São como um testemunho vivido da vida Carlos - SP, com o nome de de Equipe, do quanto isto foi esMater Salvatoris, comemo- sencial e fundamental - para ela. ra no dia 1° de julho de 1996,25 Aprendeu a conhecer Jesus cada dia mais, a amá-lo e tem anos de caminhada buscado sempre vino Movimento das ver seus ensinamenENS. Esta equipe tos, graças à vivênvem refletindo basEsta cia dos PCE nas 3 tante sobre isso, perequtpe vem grandes atitudes de cebendo os sinais de percebendo vida que balisam Deus em sua vida, os stnats nossa conversão: em seu crescimento, Abrirmo-nos à vonno cresc imento de de Deus tade e ao amor de cada casal dela comem sua Deus, Buscarmos· a ponente, e assim vida/ verdade e Vivermos quer aprofundar em seu o encontro e a comucada dia mais a exnhão; tudo através periência de Deus crescimento/ de um convívio fraque fizeram. e quer terno e comunitário Sendo assim, aprofundar cada vez mais propercebe que deve cefundo. Tudo isto é lebrar estes 25 anos, cada dia refletido na ação com muita alegria mats a destes casais, quer como Maria cantanexperiência no Movimento, quer do e vivendo o de Deus na Igreja, quer no Magnificat. Acha também que deve famundo; pela inserque fizeram. ção nas paróquias e lar de seus 25 anos

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nos quadros do Movimento e pelos filhos casados equipistas . Esta equipe é composta de 6 casais, sendo que um marido já partiu para o Pai e de lá com certeza, ajuda-nos a todos em nossa caminhada, e quanto a nós ainda Igreja Militante, nos unimos a ele, pertencente à Igreja Triunfante, através do grande Mistério da comunhão dos Santos. Destes 6 casais 4 estão desde a sua fundação e os outros 2 entraram logo depois. Portanto, quer esta equipe celebrar profundamente sua caminhada.

Buscando ser ajudada nas reflexões de sua caminhada/ quer a cada mês convidar para participar de sua reunião mensal aqueles que a ajudaram nesta caminhada. Para tal, buscando ser ajudada nas reflexões de sua caminhada, quer a cada mês convidar para participar de sua reunião mensal aqueles que a ajudaram nesta caminhada. No mês de fevereiro reuniu-se com os C.E. que já passaram por ela e numa celebração Eucarística, .com a reunião informal nela, convivemos horas de grande alegria e ação de graças.

Aprendeu a conhecer Jesus cada dia mais/ a amá-lo e tem buscado sempre viver seus ensinamentos/ graças à vivência dos PCE. No mês de março, foram convidados todos os C.L. que ajudaram a trilhar este caminho ao longo destes anos. Participaram normalmente, durante a reunião mensal dentro da Celebração Eucarística. Nos próximos meses convidaremos os casais que já passaram por ela e não permaneceram; e depois nossos filhos. Faremos juntos, próximo ao dia de completar os 25 anos, um dia de formação (mini retiro) com um de nossos C. E., objetivando, tudo o que nos tem movido, e o que nos deve mover. Enfim refletir no amor de Deus para com cada um de nós. E em Julho, teremos a Missa mensal do Setor de São Carlos, a cargo desta equipe, celebrando com todos os equipistas, seus 25 anos. E depois, talvez, um pequeno pas. . sew em eqmpe. Que Deus continue a nos ajudar em nosso caminhar e que nós saibamos dar com nossa vidas, ação de graças incansavelmente .

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Olguinha e Toninho


EACREs/96/ cado de alegria, reflexão, oração e compromisso, principalmente com a vivência dos PCEs. Estiveram presentes os 07 casais responsáveis de Equipe, os 03 Casais-ligação, oCasal Responsável de Setor, além dos Conselheiros, Pe. Raimundo Vieira, Região Norte- Manaus/AM Pe. Auricélio Paulino, Pe. Raimundo Estamos comunicando a vocês a Dias e Frei Pedro. O Bispo Diocesano, Dom Li no, celebrou realização do nosso a missa do Domingo 31, EACRE, realizado nos Trabalhamos que foi o Domingo de dia 09 e 1Ode março de 1996 no Colégio do muito sobre Ramos, fazendo juntamente com os equipistas Patronato Santa os Pontos a procissão de Ramos Terezinha, que contou Concretos pelas ruas da cidade, secom a presença do nosso querido Pe. Mário de' Esforço e guindo um "figurante" montado em um burriJosé (Conselheiro Espia Partilha nho, fazendo o papel de ritual ECIR), e do nos(em grupos) Jesus Cristo, até chegar so amado Casal Regioao local do Encontro, o os casais nal Therese e Valente. A participação dos noselogiaram a Colégio Santa Clara. Neste Encontro tivemos sos Conselheiros Espimetodologia a graça de contar com a rituais, dos casais resempregada. participação maravilhoponsáveis e dos casaissa do Casal Responsáligação dos Setores A e vel pela ECIR, Maria Regina e CarB foi de vital importância para noslos Eduardo, que conquistou a tosa caminhada para este ano de 1996. dos com o testemunho de humildaTrabalhamos muito sobre os Pontos de, sabedoria e muito amor às ENS. Concretos de Esforço e a Partilha (em Agradecemos em primeiro lugar a grupos) os casais elogiaram a metoDeus, por ter proporcionado a readologia empregada. lização do 2° EACRE e especialGraça e Encarnação Setor B - Manaus/AM mente agradecemos também ao caResponsáveis pelo EACRE/96 sal Eliete e Carlinhos (Eq. 03) que juntamente com mais sete casais (sendo um de cada equipe), foram Região Norte incansáveis para que o evento fosse EACRE de Santarém - Pará realizado. Mas também reiteramos o O setor, Santarém - Pará, realizou 0 seu 2o EACRE, no período de nosso propósito de sermos Igreja, 30 a 31 de março. o evento foi mar- através do estudo do Documento 54

ublicamos, a seguir, mais ai guns depoimentos sobre os EACRES/96. (foram 29 ao todo) que não chegaram em tempo de serem incluídos nas edições anteriores da Carta Mensal:

P

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da CNBB. O CRS, Jussara e Daniel, no encerramento lembrou que a nossa vida deve ser um Eterno EACRE: Encontro de Amor com Cristo Ressuscitado. ]ussara e Daniel Chacon

O EACRE da Região Minas 11 foi um sucesso (foto)

//Eis aqui a serva do Senhor; Faça-se em m1m segundo a Sua Palavra// foi a tônica do encontro

Há situações em nossa vida nas quais as palavras são insuficientes para descrever e das quais se toma ainda mais difícil expressarmos os profundos sentimentos de nossa alma. Podemos afirmar, entretanto, que sentimos uma enorme vontade de co-participar a vocês a Graça de Deus que recebemos. Estivemos reunidos nos dias 08, 09 e 1Ode março na bela e misteriosa cidade de Varginha, sul de Minas, onde vivemos o EACRE/96 daRegião Minas II. Bela pela pureza, humildade e sinceridade dos casais que

conosco conviveram; misteriosa não pelo que estão dizendo por aí (ET..... etc.), mas sim pela capacidade de reunir, em um só local, tanto amor nos corações daqueles que nos acolheram. O encontro foi marcante para todos os casais, demonstrando o entusiasmo e o carinho do CRR Cecília e Hamilton e fazendo realçar a doação do casal ligação da ECIR, Lourdes e Sobral, que nos ajudaram a preencher nossas talhas e nos marcaram também com autênticos testemunhos de coerência entre fé e vida. Ao todo, compareceram 59 casais, responsáveis de equipes dos Setores de Belo Horizonte, Divinópolis, Pouso Alegre e Varginha e estiveram presentes também 8 Conselheiros Espirituais. "Eis aqui a serva do Senhor, Faça-se em mim segundo a Sua Palavra" foi a tônica do encontro, onde,

17


Bela pela e pedagogia fazem cressob a luz do Espírito cer aqueles que os acoSanto, refletimos sobre pureza/ o Doc . 54 da CNBB, humildade e lhem. Pudemos observar no ano de 1995, coque nos mostra as Diresinceridade ordenando um grupo de trizes Gerais da Ação dos casais Experiência ComunitáEvangelizadora para o ria, quanto os casais Brasil. Uma evangelizaque estão carentes das rição inspirada na Cruz, conosco quezas de que se comisto é, na dimensão hoconviveram/ põe o Movimento e rizontal, buscando servir sempre com caridaquanto eles crescem, misteriosa de e gratuidade e na diquando nos dispomos a não pelo mensão vertical, escuajudá-los. E com toda a que estão tando, louvando e concerteza, os respingos dizendo por das Graças desse crestemplando a Deus, fazendo eco ao Sim inconcimento caem também aí (ET. .... em nós. Enchamos nosdicional de Maria. etc.)/ mas sas talhas, coloquemo"Enchei as talhas sim pela pela vtvencia dos nos à disposição de capacidade PCEs" Esta é a mensaDeus para partilhar o gem por nós recebida carisma das ENS aos de reuni0 casais que não o conhemensalmente em nossas em um só cem. Sejamos Luz e Sal reuniões . Porém, se nos local/ tanto para o mundo, para que questionarmos em casal, possamos abraçar nosamor nos se os PCEs têm sido visos irmãos com Justiça vidos por nós como meio corações e como Maria, sentir a e fonte de conversão didaqueles Paz, na certeza da Resária, podemos dar resque nos posta afirmativa? Sua surreição. Luciana e Sérgio vivência nos leva a uma acolheram. C.R. Eq. 2 Pouso espiritualidade conjugal Alegre- MG sólida, conduzindo-nos ao caminho da salvação. Se realmenLuciana e Sérgio Ribeiro da Silva te entendemos sua mística, por que não a vivemos? É questão de opção. ambos com 28 anos de idade, 7 (sete) Querer ou não querer a santidade no anos de casados -Atual CRE da Equipe nº 2- N. S. e pelo casamento; esta é a questão ftmAparecida, do Setor de Pouso Alegre damental. - MC (Região Minas 1/). 3 (três) anos Coerentes com essa mensagem e de Equipe. convencidos da vocação do Movi- Participaram de um EACRE pela mento das ENS para a evangeliza- primeira vez. Ele é filho de casal ção dos casais e das famílias, pode- equipista (Sônia e Tiãozinho da Eq. mos testemunhar quanto seus meios nº 4 N. S. de Fátima) 18


UMA VIAGEM MISSIONÁRIA /

V

agem Missionária, sim, pois Paróquia), venceram 1.200 Km na cabia-nos a missão de moti- marca de 17 horas. Marcaram tamvar o Nordeste. Visto que bém presença equipistas de Quixadá nossos irmãos equipistas, afastados e Pindoretama. Terminado o EACRE, no dominpela grande distância, ficam sem acesso total às informações de nosso go, viajamos para Barra do Corda às 16 horas, em commovimento. panhia do Regional Sabedores de Bosco e do Casal Linossa intenção não Grande gação. Chegamos às foram poucas as pessurpresa a 9 horas da manhã de soas que tentaram nos presença dos segunda-feira. À tarconvencer das pesade visitamos todas as das dificuldades que casais de obras assistenciais iríamos encontrar. Barra do Estávamos cernas quais estão os Corda- 11 equipistas engajados. tos, porém, da materpessoas- que/ Demos posse ao canal presença de Masal coordenador Lúria que, Mãe solícita, em uma cia e João- durante a haveria de nos munir camioneta celebração eucarístidas melhores condiF-1000 c a. ções. Pois não era seu (pertencente Falamos, em seserviço e amor que guida, para um grunos impeliam? à Paróquia)/ po de equipistas e caLá fomos nós. venceram sais convidados. Saímos de Londrina 1.200 Km na No final da reuno dia 22 de fevereinião frei Leonardo ro, às 10 horas; e às marca de 17 perguntou quem que18 horas púnhamos horas. ria pertencer ao moos pés em Fortalezavimento. Foram, ena bela capital cearense. Horas depois participamos de reu- tão, formadas três Experiências Conião com os diversos setores para os munitárias. É bom lembrar que Baracertos finais do EACRE. No dia ra do Corda conta com sete equipes. seguinte, era uma sexta-feira, falaViajando das 4 às 21 horas remos aos equipistas da cidade e nos gressamos a Fortaleza. Na quinta feira chegamos a Nacolocamos à disposição para a solução de dúvidas. No Sábado tinha tal por volta das 18 horas. Duas hocomeço o EACRE. Grande surpresa ras depois já estávamos participana presença dos casais de Barra do do da Hora Santa organizada por Pe. Corda - 11 pessoas - que, em uma Alfredo. camioneta F-1 000 (pertencente à Fizemos, na oportunidade, algu19


À noite, em compamas colocações aos canhia do Regional, tivesais presentes. Aprendemos Sexta feira particimos ocasião de conhemuito com cer vários casais equipamos da organização aquele povo do EACRE - o primeipistas com os quais conro de Na tal. E ficamos versamos sobre o Modisponível; trabalhando, das 14 às enfrentando vimento. 22 horas, juntamente Seguimos para Saldificuldades vador em caravana afim com o Casal Regional e procuram de participar do o Coordenador. TermiEACRE. Aí fomos renado o EACRE fomos participar e cebidos pelo casal coorcom os equipistas para serv1r ao Parelhas, interior do denador. Senhor. Junto com o RegioRio Grande do Norte, distante uns 300 Km da nal pudemos vivenciar momentos de oração. a Capital Natal. Lá, demos entrevista na rádio, participamos tomar conhecimento da programação dos eventos programados e demos do EACRE. Na segunda feira couposse ao novo casal da Coordenação, be-nos a satisfação de maior aproxiCleide e Ariston . Falamos aos equi- mação com vários casais. Com o coração alegre pela mispistas da cidade, procurando esclarecer as dúvidas. Na terça feira, via- são cumprida regressamos a Londrijando toda a manhã, rumamos para na na terça feira. Demos o melhor de João Pessoa. À noite houve uma reu- nós com amor, atenção e paciência. nião com os casais do Movimento, Tendo trabalhado com humildade, casais que mostraram grande interes- sem dúvida, tivemos recompensa em se. Com perguntas e respostas as dobro. Aprendemos muito com aquele dúvidas foram resolvidas. Notar que estiveram conosco, o tempo todo, o povo disponível; enfrentando dificulCasal Coordenador e os Regionais, dades procuram participar e servir ao Vanda e Bosco (Nordeste Il) e Már- Senhor. Somos agradecidos a Jesus e a cia e Luiz Carlos (Nordeste I) . Voltamos a Londrina e aqui per- sua Mãe que nos escolheram. Não foi nada fácil. Mas, sentimos a premanecemos uma semana. Na quinta feira seguinte viaja- sença deles, pelas orações de vomos para Aracaju onde nos espera- cês. Aqui fica a mensagem final: teva um equipista que nos conduziu nham a certeza de que, quando espara Itabaiana juntamente com o colhidos, não lhes faltarão a luz do Regional Nordeste I. Ficamos hos- Senhor iluminando os imprevistos pedados na casa do Padre Waltson. da caminhada. Já soubemos que, aqui em LonAbraço saudoso a todos drina, está um seminarista sergipano. Fomos visitar sua família. Maria Cecaia e Gaspar ECIR 20


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (EM

R$)

Total das Receitas

31.12.94 Receita

%5/

31.12.95 Receita

%5/

279.189

100,0%

595.761

100,0%

............. ........ ................. Despesas

Despesas e/Encontros

92.322

33,1%

164.768

27,7%

Desp. Adm. das Eq.

20.733

7,4%

84.927

14,3%

Despesas e/Pessoal

30.085

10,8%

91.822

15,4%

Despesas Gerais

39.814

14,3%

93.202

15,6%

182.955

65,5%

434.719

73,0%

Total das Despesas

.. . ... . . . . . .. . . .... .. .. ..... .... ... ... Result. do Exercício

96.234

161.042

Result. Ex. Anterior

6.717

102.951

Result. Acumulado

102.951

263.993

. .. .. . . . . . . . .. . . . . . . . .. . ... ... .. . ... . Provisões para 1996

Sessão de Formação

80.000

Encontro Nacional

80.000

Encontro Colegiado

20.000

Carta Mensal

60.000

Projeto Vocacional

15.000

. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldo Disponível

8.993


Comentários:

- Possibilitar um crescimento sustentado do movimento (72 novas equipes +diversas Experiências Comunitárias), esse crescimento aumentou a tiragem da Carta Mensal. - Temos uma radiografia do Movimento e do equipista a nível nacional (Pesquisa Nacional). - Consolidar os documentos existentes para um melhor aproveitamento de seu conteúdo (foram confeccionados durante o ano: Documentos Básicos, Manual de Pilotagem, Experiência Comunitária, Vida em Comunidade, Manual do Casal Responsável de Equipe, Manual do Sacerdote . Conselheiro Espiritual, Evangelização da Sexualidade, Pontos Concretos de Esforço e Partilha, entre outros).

1. O crescimento das contribuições em relação a 1994, ocorreram principalmente: - pela conscientização de todos nós equipistas, - pelo crescimento do movimento (72 novas equipes), -pela queda da inflação que gerou maior estabilidade. 2. Conforme o gráfico a seguir, as Contribuições em relação ao total das Despesas representaram: 1994 ....................... 119,1% 1995 ............ .. ......... 114,3% 496,4 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50

o

1995

4. Principais realizações programadas para 1996 e já provisionadas:

3. Os objetivos do Movimento para • Sessões de Formação o ano de 1995 e que permanecem 50 (cinqüenta) para 1996, aprovado pelo Colegiado Nacional (Regionais+ Ecir), fo- • Encontro Nacional (Anual) ram: - Formação do equipista (realizadas 25 sessões de formação).

• Encontro do Colegiado 02 (dois) • Projeto Vocacional 22


ORAÇÃO CONJUGAL J (CARTA ABERTA AOS MEUS AMIGOS DE BELÉM) r ocasião do EACRE de Maro, em que aí estive, vocês peiram-me uma palavra sobre Oração Conjugal. Não houve tempo. Hoje, porém, envio-lhes o meu recado. Faço-o com prazer, pois sei que, no Movimento, são muitos os casais que encontram alguma dificuldade nesse ponto. Na realidade, não posso entender bem qual a razão. Será que usamos um método ou uma fórmula complicada? Mas, para falar ao Pai, que nos conhece tão bem, será preciso uma fórmula, palavras estudadas, orações que apesar de muito boas, é verdade, nem sempre correspondem à nossa situação, ao nosso estado de espírito? Deus é simples, nós é que somos complicados.

Deus é simples/ nós é que somos complicados.

louvá-lo, agradecer, pedir, isto é, colocar nas suas mãos o dia que começa ou que termina. Um ou dois minutos bem refletidos. O que Deus quer é o nosso coração. Podemos até usar as duas formas de oração. A familiar, para envolver a fanu1ia, empregados, etc. E a conjugal, para nos unirmos mais intimamente a Deus. Seria bom, na oração conjugal, fazermos um pouco "nossas" as idéias da Oração do Amanhecer, uma das mais lindas que conheço:

"Senhor (Eu diria Pai) No silêncio deste dia que amanhece, Novamente amado por teu divino Amor, Venho entregar nas tuas mãos as minhas horas, E pedir-te a paz, a sabedoria, a força e a coragem, A confiança inabalável em Tua Providência divina ... "

E, ao entregarmos ao Pai as nossas horas, podemos mencionar nosso Sei que muitos casais fazem a ora- trabalho, nossas preocupações, as deção conjugal e familiar em uma das cisões a tomar, as pessoas que iremos refeições. Estará bem se, à benção dos encontrar, enfim, tudo o que formará a alimentos, acrescentarmos algo mais teia desse dia que começa. E, juntos, que pode ser uma rápida reflexão so- pedirmos que as dificuldades de cada bre o Evangelho do dia, uma intenção dia, enfrentadas a dois, sejam entre nós por alguém conhecido, um aconteci- um fator de união e façam crescer o mento recente, enfim, alguma coisa que nosso amor. nos lembre a Providência ou o Amor No dizer de Pedro, em uma de suas de Deus. É pedagógico, também. Po- meditações, é bom "o contato com rém, nada substitui plenamente aque- Deus, antes do contato com as coile momento em que, a sós, como casal, sas. A união com a vida, antes que a entregamo-nos ao amor do Pai com vida nos absorva" ("Quando a palatoda a simplicidade de filhos que vêm vra se toma Vida". pg. 1O)

23


Nada substitui equipe. Um dos casais Talvez uma das dificuldades para a oratinha grande dificuldaplenamente ção conjugal seja a esde para a oração conaquele colha do tempo e do jugal e familiar. Trabamomento em lugar. Como isso é muilhavam em horários que/ a sós/ to pessoal, cabe a vodesencontrados e os ficês mesmos encontrar lhos, que também tracomo casal/ a solução. O dever de estudavam entregamo-nos àbalhavam, sentar-se é uma ótima noite. Só reuniam-se ao amor do Pai. aos Domingos. Um dia ocasião para isso. Se estiveram mesmo seria dona da casa receamente resolvidos a fazer um esforço beu-nos radiante. no sentido da sua oração conjugal, Deus - "Achei uma solução para a nosinspirar-lhes-à a solução, como o fez a sa oração familiar: Combinamos que um casal que conhecemos. a tal hora, cada um de nós, esteja onde Nos bons tempos em que pilotá- estiver, voltaria o seu pensamento vamos equipes, Pedro e eu íamos ao para Deus e nossa família e rezaria Jardim Japão, bairro operário de S. por todas as nossas intenções". Paulo, onde acompanhávamos uma Fiquei em silêncio, admirando a ação de Deus que, pelo seu Espírito Santo, inspirara a esse casal humilde a vivência do dogma da Comunhão dos Santos, do qual, provavelmente, nunca ouvira falar a não se no Credo. Às vezes, urna tensão, um mal entendido entre o casal pode prejudicar o clima da oração conjugal. Nesse caso, se estivermos dispostos a superar o obstáculo em nome do nosso amor, rezemos juntos, consciente e humildemente, um Pai Nosso, bem devagar, detendo-nos nas palavras "perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos" ... e Deus fará o resto. Qualquer que seja o obstáculo, vençam-no. Nada nos aproxima mais um do outro, nada constrói melhor a nossa felicidade do que REZARMOS JUNTOS. Abraço-os, com muita saudade

Nancy C. Moncau 24


UM Novo PoNTO CoNCRETo?

U

I

ma romaria pode trazer no- gos brasileiros das Equipes de vas dimensões para o aper- Nossa Senhora, de São Paulo" que feiçoamento dos Pontos Con- assistiram à benção na praça de São Pedro e, missas junto ao cretos de Esforço. túmulo de São Francisco Acompanhando um grupo de equipisFrei Barruel, em Assis, e nas catacumbas romanas retas de São Paulo teve cordando a vida dos priCapital em viagem à oportunidade meiros cristãos, chegaRoma e Israel, nosde celebrar mos a Israel. Aqui, nossa so C.E. da Região primeira atividade religiFrei Barruel, teve m tssas em osa foi participar da prooportunidade de cevários cissão do domingo de Ralebrar missas em válocais rios locais lembramos em Jerusalém. Muita emoção com aquele dos pelas nossas leilembrados povo todo vindo das mais turas bíblicas. pelas Após as gratifidiversas partes do mund.o, nossas cantes palavras de descendo do Monte das leituras Oliveiras, cantando, proSS. Papa João Pauclamando Hosana ao filho lo II, reproduzidas bíblicas. de David passando ao na edição portuguelado do jardim de Gethesa de 30 de março pp do "Osservatore Romano aos ami- sêmani com o mesmo entusiasmo

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que o povo de então Passando para o demonstrou ao Cristo. domingo da Páscoa Muita A seguir vivemos com grande alegria emoçao pudemos acompanhar maravilhosos dias em com aquele o numeroso e hetevolta ao lago de Genes a ré (ou mar da rogeneo público e aspovo todo Galiléia). sistir à missa da Resvindo das Contemplar do surreição no local ma1s barco, motor parado onde ela ocorreu. diversas só o ruído da água, Mais um ponto conaquelas terras pisadas creto. partes do por Jesus ... Para contemplar mundo/ Cafarnaum, morvisitamos também o descendo ro e igreja das Bemrio Jordão, Jericó e Aventuranças- que tal Belém. do Monte reler e pôr em prática Assim a "Escuta das os primeiros da palavra" pode ser Oliveiras/ versículos do quinto aperfeiçoada tornancantando/ capítulo de S. do-se o "Sentido da Mateus? - e mais, a proclamando palavra- vejo, escuto Igreja do primado de cheiro e toco a palaHosana ao São Pedro, o local da vra. Também a "Mefilho de multiplicação dos ditação ganha uma David pães e peixes, etc, etc, nova dimensão coneis aí um ponto conpassando ao templativa dos locais creto. da palavra. lado do Antes .de passar a São bons assuntos jardim de páscoa em Jerusalém para sentarmos juntos visitamos com mais Gethesêmani para tornar mais ricas emoções, o Tabor, Nanossas orações e noscomo zaré e Caná, local adesas partilhas. mesmo quado para renovar as Repetindo São entusiasmo Paulo promessas do Sacraapóstolo: mento do Matrimônio. "Combati o bom comque o povo Outro ponto concreto . bate " fomos e voltade então Jerusalém é granmos certos de nos ter demonstrou aberto à vontade de de comparada às locaao Cristo. lidades da Galiléia por Deus para sua maior isso mesmo muita genhonra e glória. te na procissão da sexta feira santa visitando as estações Stella e Celso Siqueira da Via Dolorosa e chegando enfim C.R. Região São Paulo - Capital à Basílica do Santo Sepúlcro.

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CHEGARAM AS FÉRIAS/

I~

Férias são férias. Ninguém é de so de meu marido? Ele haverá de I ~ ferro! Depois de um semestre atri- pensar como poderá facilitar o des- ~ bulado, todos merecemos gozar um canso da esposa. ~ período de descanso. Qualquer plane- ._ Vamos esquecer jamento que se faça, as pressões, prazos e será uma oportunicobranças do trabadade para dar graças Vamos lho profissional e a Deus. Afinal tudo aproveitar é dom. mudar de ambiente. essas A vida, a famíViajar, passar uns dias com a família lia, os filhos, o trapróximas balho, a luta de cada na praia, na casa de férias de campo, ou talvez em dia, são dons que julho/ uma excursão integratuitamente receressante. Ou, simbemos. Trabalhavivendo em plesmente, mudar de mos para frutificar plenitude atividade, relaxar esses dons e ainda, cada um de Deus nos brinda com um pouco, tendo um seus as férias. horário menos rígido, sem a preocupamomentos. Viver em plenitl)ção de acordar cedo, São de as férias levar crianças para momentos Vamos aproveiescola, chegar a únicos e tempo ao escritório, tar essas próximas férias de julho, vià oficina, à sala de irrepetíveis. vendo em plenitude aula. Nunca mais De fato, as féricada um de seus teremos um as quebram a rotina, momentos. São moo ritmo alucinante mentos únicos e irmês de em que muitos nos repetíveis. Nunca julho de envolvemos . mais teremos um 1996. mês de julho de O que 1996. Talvez nem esperamos todos possamos godas férias? zar férias mas, no Movimento das Em primeiro lugar devemos ENS, não se costuma fazer a reuplanejá-las. O que será melhor para nião no mês de julho, não há edia família? Que programa se adap- ção da Carta Mensal, não se marta às condições e disponibilidades ca nenhum evento, porque muitos econômicas? tiram férias, para acompanhar os O que contribui para o descan- filhos estudantes . 1

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O amor não tira férias

ritualidade conjugal, que a pedagoNão passa pela cabeça de uma gia do Movimento nos proporciomãe deixar de alimentar o filho por- na. que está em férias. Nem mesmo deixar de vesti-lo, cuidá-lo, etc. É que o amor não tira férias. O amor senA prática da do a mola propulsora de nossas espiritualidade ações e intenções, nos leva a fazer do Movimento e tudo pelo bem dos que amamos. O dos deveres do amor não mede esforços. Por outro lado, assim como os cristão integram pais não podem negar a realidade as férias e darão de terem constituído uma família, maior sentido a nós, cristãos, não podemos negar a elas. realidade de sermos filhos de Deus. Uma vez batizados, queiramos ou não, somos filhos de Deus e objeto de seu imenso amor. É algo inerente à nossa pessoa. Em conseqüência, temos que viver como filhos de Deus. Tem que haver uma unidade na nossa vida. Quando estamos no trabalho, na família, gozando do convívio dos nossos, na luta do dia a dia, ou nos momentos de lazer, somos filhos de Deus e objeto de seu infinito amor. Nós das Equipes de Nossa Senhora temos o privilégio de corresponder a esse · amor, com maior intensidade, procurando a nossa santificação através da espi-

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(


Coerência de vida

A

membros de nossa equipe de base (casais e conselheiro espiritual).

A conseqüênconseqüência cia é lógica: não é lógica: não podemos desligarConclusão nos da vida do podemos Por tudo isto, Movimento, sob desligar-nos impõe-se concluir pena de comproda vida do que a prática da esmetermos a coepiritualidade do MoMovimento/ rência de vida. vimento e dos deveCom efeito, o sob pena de res do cristão inteamor não tira féricomprometermos gram as férias e daas e é por amor a coerência de rão maior sentido a que lutamos para elas. viver os pontos vida. Vamos, então, concretos de esforplanejar nossas fériço. Seria uma incoerência, deixar de fazer a medi- as, propondo-nos dar prioridade à tação e escuta da palavra, a ora- assistência às Missas dominicais e à comunhão. Não deixando de fação e o diálogo conjugal, etc ... A reunião é o ponto alto da zer, diariamente a oração conjugal, Equipe. Mas é durante todo o mês meditação e escuta da palavra, que vivemos o espírito do Movi- etc .. . Marido e mulher, unidos nesmento e crescemos no Amor. O fato se empenho serão um alicerce para de não haver reunião, não pode pre- todos os casais de sua Equipe de judicar a nossa vida espiritual, nem base, projetando esse apoio para todos os casais do Movimento . a de nossos irmãos equipistas. Encontrar-se com os casais de Somos responsave1s elos eEquipe que não saíram e, eventumais casais e nossa e uipe Como vivemos a comunhão dos almente, organizar uma reunião insantos , isto é, participamos dos formal, poderá ser uma ajuda para dons e graças obtido pelos mere- manter acesa a chama da espiritucimentos de esus Cristo, ue é a alidade que vivemos. Nossa Senhora, Mãe do Amor cabeça do Corpo Místico, do ual os batizaaos fazem parte, omos Formoso, haverá de abençoar as fére sponsáveis pe a comunicação rias de julho. desses dons e graças aos demais . Se nos omitimos estaremos privalildo nossos irmãos dessas graça . A célebre frase de Saint Exupery explica-se: tornamo-nos Maria do Carmo e eternamente responsáveis por aqueJosé Maria Whitaker Neto les que cativamos, isto é, pelos Equipe da Carta Mensal

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Nota da CNBB sobre o massacre de Eldorado dos Carajás (PA) "A 34a Assembléia Geral da CNBB , reunida em Itaici, Estado de São Paulo, tomou conhecimento, com profundo pesar, sérias apreensões e viva indignação ética, do lamentável episódio verificado em Eldorado dos Carajás, no Estado do Pará. O triste saldo da violência já apresenta mais de 20 mortos entre os SemTerra, além de mais de quarenta feridos e vários desaparecidos . Diante desta cruel chacina, manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias atingidas. Para expressá-la, enviamos o nosso irmão Bispo de Marabá, Dom José Vieira de Lima, Pastor daquela região, para que leve a todos os que estão sofrendo as conseqüências desta violência a nossa palavra de conforto, de renovada certeza de que Deus fará justiça aos que confiam em suas promessas. Este fato nos leva a repudiar novamente a violência e a arbitrariedade, ainda mais quando vindas da parte daqueles que têm por obrigação proteger a vida e preservar a ordem social. Urgimos a imediata apuração dos fatos, e a rigorosa responsabilização dos culpados, para que a impunidade não continue provocando vítimas inocentes. Denunciamos a resistência de setores minoritários mais poderosos da sociedade e a morosidade dos Poderes Públicos- Executivo, Legislativo e Judiciário - diante de situações tão evidentes de desrespeito à vida e de agressão aos direitos dos trabalhadores sem terra, em nosso País . Situações que perduram há tanto tempo e ultimamente se manifestam ainda mais dramáticas . Proclamamos mais uma vez, nossa convicção de que a solução desses conflitos só será encontrada por uma imediata e eficaz Reforma Agrária, acompanhada de adequada política agrícola, cujo adiamento a Nação não mais tolera. Na esperança de que este triste episódio finalmente mobilize todos os brasileiros na busca da paz, fruto de uma verdadeira justiça, convidamos a todos a rezar ao Deus da vida, e reafirmamos o comprometimento com as exigências evangélicas de nossa missão de pastores".

A nota foi divulgada no dia 18104 30


INvocAçõEs DE NossA SENHORA ando continuidade ao rela- do na importância de cumprir a to das invocações de Nossa vontade do Pai. Em Caná, o Coração maternal Senhora, neste mês de jude Maria estendeu a sua vigilante nho, vamos recordar-nos do: solicitude a uns parentes e amigos. Imaculado Coração de Maria Mostra-nos, assim, que nada de huNa Antífona da Missa desta mano lhe é indiferente, que ninguém festa, celebrada no dia 15 de junho, é excluído de sua zelosa ternura. Maria jamais esqueceu dos temos: "Em Mim está toda a graça do caminho e da verdade, em acontecimentos que envolveram a morte de seu Filho na mim toda a esperanCruz, bem como as ça da vida e da virpalavras que ouviu: tude" . O Coração "Mulher, eis aí o teu O coração exde Maria filho". Reconheceu pressa e simboliza a seu Fil ho não só em in timidade da pesconservava João, que se enconsoa. De fato o trecho como um trava no Calvário, citado revela-nos tesouro o mas em cada um de toda a riqueza interianúncio do nós. A partir daquele or de nossa Mãe. São momento, que receLucas (cap. 2 vers. Anjo sobre beu um legado de seu 19) transmite-nos o a sua Filho, amou-nos no segredo de Maria: Maternidade seu Coração com "guardava todas esamor de Mãe, com o sas coisas, meditandivina. mesmo coração com do-as em seu coraque amou Jesus. ção." Esse coração de Maria que O Imaculado Coração de Maria, imune de toda mancha de pe- sempre se encontrou na presença de cado é o santuário do Espírito San- Deus feito .homem aqui na terra, to. A maternidade de Maria teve agora que o contempla no Céu lugar em seu coração, antes de se como Deus Uno e Trino, está peter realizado nas suas entranhas pu- dindo por seus filhos e por todos ríssimas. os casais e Conselheiros EspirituCom efeito, o Coração de Ma- ais, que de algum modo estão ligaria conservava como um tesouro o dos ao seu Movimento. anúncio do Anjo sobre a sua MaA Imagem do Coração Imacuternidade divina. Guardou, tam- lado de Maria é representada por bém, para sempre, todos os acon- Nossa Senhora em pé, usando uma tecimentos de Belém. Superou a túnica comprida, um véu , com as perda de Jesus no Templo, meditan- mãos segurando o coração.

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Reconheceu seu Filho não só em João/ que se encontrava no Calvário/ mas em cada um de nós.

Imaculado Coração de Maria 32


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Havia na ilha de Creta uma quadro da Virgem Maria muito venerado pela população. Era uma pintura de estilo bizantino, feita em madeira, revelando com muita arte e elegância, a simplicidade com que Nossa Senhora abriga o Menino Jesus em seus braços. O ícone tinha como título Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

O quadro de

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro encena uma verdadeira mensagem e já foi considerado como a síntese da Mario/agia. Em 1499 esse quadro foi levado a Roma e solenemente entronizado na Igreja de São Mateus. Ali permaneceu , por três séculos, recebendo as homenagens dos fiéis, até que o templo foi criminosamente destruído e o quadro desapareceu. Reencontrado o quadro foi ele entregue aos padres Redentoristas, pelo Papa Pio IX, com a recomendação de que divulgassem pelo mundo todo a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foi assim que, do Santuário erguido no

Monte Esquilino essa devoção irradiou-se pelo mundo todo . O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro encena uma verdadeira mensagem e já foi considerado como a síntese da Mariologia. Nele, o menino Jesus está nos braços de sua Mãe, olhando para um dos dois anjos que apresentam os instrumentos de sua morte. Maria abriga-o com ternura, mas o seu olhar não se dirige ao Menino, mas para nós. As mãos de Jesus estão na mão de Maria, significando que, por ela, nos vêm todas as graças. O fundo do quadro é de ouro e dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos pelo perpétuo socorro de Maria. 33


MARIA, ESTRELA DA NovA EvANGELIZAÇÃo ./ á há alguns anos que o Papa João

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Paulo II chamou os católicos a se lançarem na tarefa de reevangelizar o mundo. Depois de quase dois mil anos de história, a humanidade precisa receber novamente o anúncio da Boa Nova trazida por Jesus Cristo. Isto não é de causar espanto, pois cada nova geração deve conqu_istar para si o caminho de seguimento do Verbo que veio habitar entre nós. Desde o início a Nova Evangelização foi colocada pelo Papa sob a proteção de Maria, vista como irmã a nos ajudar a guiar neste empreendimento. E le chamou Maria: Estrela da Nova Evangelização. Também os Bispos latino-americanos e caribenhos, no Documento de Santo Domingo, falam da necessidade de reevangelizar o nosso povo, com um novo ardor missionário e ir ao encontro daqueles que estão afastados da Igreja. Uma pergunta que nos devemos fazer é: o que entendemos por nova evangelização? Em muitos de nossos católicos temos percebido que a compreensão disto pode ser bastante ambígua e até perigosa. Nova evangelização, evangelizar com novo ardor missionário não pode significar ir "falar" de Jesus aos outros. O nosso povo fala de Jesus e de Deus, e é profundamente religioso (basta ver o estrago que as seitas e o esoterismo estão fazendo com nossa gente!), nem por isso vive os princípios evangélicos!

Nova Evangelização é antes de tudo buscar transformar a própria vida a partir da mensagem sempre nova do Evangelho. Jesus disse de si: "O Espírito do Senhor está so-

bre mim, por que me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres ... " (Lc 4, 18- 19). Esta foi a missão do Senhor: viver e anunciar à humanidade que a fraternidade é o caminho necessário para cultivar aqui as sementes do Reino. Não se trata de discursos, mais sim de uma prática nova! E prática nova implica em ter de buscar conversão, não dos outros, mas de cada um! Desta forma, querer ser anunciador do Evangelho, significa evangelizar a própria vida e a partir daí ir ao encontro daqúeles que vivem sofrendo as conseqüências da desumanidade de um mundo que vive fora da fraternidade crística. E Maria é a estrela que nos deve conduzir neste caminho. Ela nos aponta uma única via: "Fazei tudo que Ele (Jesus) vos disser" (Jo 2,5).

Transcrito de O Mz1ite no 55 Novembro de 1994 34


MEDITAÇÃO PARA A FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE prendemos no Primeiro Ca- fé. É permitido, claro, investigar nas tecismo da Doutrina Cristã, alturas da teologia, mas não está aí o que dois são os mistérios mais importante nem o que nos sal va. O essencial São João- o místico principais de nossa fé: a. Unidade e Trindade de Deus; dos vôos de águia em direção ao Sol b. Encarnação, paixão, morte e - atingiu, depois de uma longa vida ressurreição de Jesus, ou seja, o mis- de meditação e oração: Deus é Amor! Só isso basta. Ora, o tério da Redenção. amor só existe quanTantas vezes tendo alguém ama altamos explicar o misTantas vezes guém, é óbvio; e altério, e tantas vezes tentamos guém é pessoa, não é fracassamos, pois a coisa nem animal. O própria palavra já diz: explicar o sozinho é aquele que mistério não é um mistério, e não ama nem é amaenigma que se resolve tantas vezes do, e o solitário não e pronto, mas uma repode realizar-se nem fracassamos, alidade que transcenser feliz, é a experide toda capacidade de pois a própria que nos mostra: compreensão da intepalavra já diz: ência ele se amesquinha, se ligência humana. É mistério não é fecha, se reduz. Por preciso estudar muita isso Deus não pode um enigma teologia, até mesmo muita filosofia e de que se resolve ser aquele eterno celibatário do dizer do modo especial a filoe pronto, mas cínico Voltaire. Deus sofia aristotélico uma realidade é Amor. O amor exitomista - para poder falar de natureza, de que transcende ge duas pessoas que se amem: Deus é Pai, pessoa, dado que o toda Deus é Filho. E o mistério da SS. Trincapacidade de amor é essa realidadade consiste exatacompreensão de misteriosa, o laço mente em ser Deus Três Pessoas e uma da inteligência que une as duas pessoas: Eu, Tu Nós. E única Natureza. humana. em Deus esta relação Inútil tudo isso? é tão perfeita que é Inútil é querer colocar dentro de nossas pobres categorias Pessoa também: o Espírito do Pai é mentais. Tão limitadas quão limitada o Espírito do Filho. Espírito de Amor, é toda criatura, o infinito de Deus. O Espírito Santo, Deus Espírito Santo. É para compreender? Claro que mistério a gente aceita e abraça, na

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Na Sua não. Estamos apenas amor não adianta tentando balbuciar alInfinita teorizar: ou se vive, ou guma coisa, a partir da não se conhece. perfeição e revelação que Cristo Elizabeth da Trindade, felicidade/ nos fez; como iríamos a grande mística poder penetrar no sanDeus e carrnelita do final do sétuário infinito da vida culo passado, aos treze Trindade/ é íntima de Deus? Mas anos de idade ia à igreComunidade/ ja, desde que Deus é Amor, e ficava absorta em é Família. e não pode ser outra oração silenciosa horas coisa, quando Cris to a fio. Uma vizinha lhe nos revelou que Deus é Pai, Filho, perguntou: "mas, o que você tem, Espírito Santo, concluímos: Tinha de tanta coisa assim, a dizer ao bom ser assim, não podia ser diversamen- Deus?"Eelarespondeu: "ora, dona, te. Na Sua Infinita perfeição e felici- nós nos amamos!" Só isso. dade, Deus é Trindade, é ComunidaQuando descobrirmos - descode, é Família. berta vivencial e não intelectual ape"E Deus criou o homem à Sua nas - como a Beata El izabeth da Trinimagem e semelhança, à imagem de dade, que Deus é Trindade porque é Deus o criou, homem e Amor, aí o nosso relamulher Ele os criou" cionamento com Ele vai Uma (Gen. 1,27). Comunidamudar, porque vamos de, família, à imagem vizinha lhe poder, como Elizabeth, da Família Trinitária. mergulhar o nosso ser perguntou: Ninguém pode ser feliz inteiro fornalha //mas/ o que ardente,nessa sozinho, dizia Raoul que é a própria você tem/ Follereau . A família Vida Trinitária, e o poconstituída pelos laços bre ferro enferrujado e tanta coisa do sangue, ou a família retorcido deste nosso assim/. a constituída pelos laços ser humano vai se tordizer ao do espírito, e sobretudo nar incandescente, bom Deus?// abrasado e luminoso, pelos laços do Espírito, o essencial para a felicomo o próprio CoraE ela cidade humana . Imação Deus. Alturas da respondeu: vidademística gem e participação da aqui na ter//or,a / dona / Família divina. ra, proposta para todos O tratado De nós nos e não para alguns priviTrinitate, na teologia, legiados apenas, e camiamamos!// corre o risco sério de finho para a contemplaSó isso. car nas altas esferas das ção eterna, visão e boa elocubrações intelectuatitude. ais, se esquecermos que a essência do mistério é o amor, e que sobre o Frei Estêvão Nunes op. 36


DA E ucARISTIA AO BASQUETE

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si!, português), mas manteve o latim. Os progressistas leram a permissão do vernáculo como proibição do latim. E desfenestraram o latim, como já haviam desfenestrado. São Tomás, muito embora o Concílio o tenha recomendado como mestre, na formação teológica. T (Thiago): - O que é desfe-

ediram-nos um artigo sobre a Eucaristia, mas com a recomendação de que fosse "re-

digido como se dirigido aos nossos netos" .

Imaginamos, então, como seria um diálogo sobre aquele sacramento com nosso neto mais velho, Thiago. No dia de Corpus Christi, estamos nós dois numa saleta, ouvin- nestrar? do o Adoro Te Devote, cantado pelos monges de Ponta Grossa. Não poderia ser outro o coro, pois no Após a Mosteiro da Ressurreição, em Ponconsagração/ o pão ta Gro ksa, está nosso filho, Marie o vinho se nho-Dom Mateus . convertem no Entra o Thiago, quando os monges cantam: corpo/ sangue/ alma

"In Cruce latebat sola Deitas At hic latet simul et humanitas ".

O rapaz pergunta: -Ouvindo música em latim? M_ário (da9ui em diante, M): - E latim. E um hino de São Tomás à Eucaristia, composto no tempo em que toda pessoa de cultura sabia latim. Nadyr, (daqui em diante, N): -Tempo no qual poucas pessoas tinham cultura. A liturgia era, então, em latim. M- Não só a liturgia, mas toda obra de filosofia, de teologia, de jurisprudência, de ciência, era em latim. O latim era, então, e continua a ser a língua oficial da Igreja Ocidental; da Igreja Latina. Ainda se pode celebrar a liturgia em latim. O Concílio Vaticano II permitiu o uso do vernáculo (no caso do Bra-

e divindade de Cristo/ ficando só a aparência do pão e do vinho. M:- É jogar pela janela afora. Não vou explicar a origem do verbo, porque nos desviaríamos do nosso tema. N: - Você já está longe do tema. Explique ao menino o latim que ele OUVIU.

M: -O trecho, que você ouviu, do hino de São Tomás, diz que, na Cruz, estava escondida a divindade de Cristo e que, na Eucaristia, estão escondidas, ao mesmo tempo, a divindade e a humanidade. T: -Quer dizer que a divindade e a humanidade de Cristo ficam

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escondidas atrás do pão e do vinho, como se estes fossem um biombo? M: -Não . É muito mais do que isso . Quer dizer que, após a consagração, o pão e o vinho se convertem no corpo, sangue, alma e divindade de Cristo, ficando só a aparência do pão e do vinho. T: - Quer dizer que, se alguém beber muito vinho consagrado, não fica embriagado, pois ele não é mais vinho? M: - Não. Não é assim. No tempo em que os teólogos sabiam uma filosofia chamada perene ... N: - Zóco ... (tradução: Benzóco .. .) M: - Em filosofia, se faz uma distinção entre substância e acidente. Substância, etimologicamente, significa "o que está sob". Ela está sob os acidentes e estes estão sobre ela. Sob sua altura, seu tamanho, a cor de sua pele, este seu tempo de agora, etc., está a sua substância de homem, a sua humanidade. A ação embriagante do vinho é um acidente (ação é acidente). As qualidades do vinho (por exemplo, o sabor) são acidentes; estão sobre a substância. A consagração muda a substância; não muda os acidentes. Estes, depois, da consagração, não mais ficam sobre a substância da humanidade de Cristo; ficam, por um milagre de Deus, suspensos, sem substância. T: - Ficam no ar? M: - Não no ar, pois são acidentes de pão e de vinho. Ficam apoiadas sobre um dos acidentes, a quantidade, quantidade de matéria, e não de substância. Matéria e

1ª: na Eucaristia está presente Jesus todo/ com seu corpo/ sangue/ alma e divindade; 2ª: a consagração provoca uma completa mudança da substância do pão e do vinho no corpo/ sangue/ alma e divindade de Cristo. substância são coisas diferentes. E seu significado filosófico é, também, diferente do que têm em física e química. Esta conversão da substância, permanecendo os acidentes, se chama, desde um Concílio que se reuniu na Basílica de Latrão, em 1215, transubstanciação; passagem de uma substância a outra. N : -De toda essa explicação difícil, você deve guardar duas coisas essenciais: 1a: na Eucaristia está presente Jesus todo, com seu corpo, sangue, alma e divindade; 2a: a consagração provoca uma completa mudança da substância do pão e do vinho no corpo, sangue, alma e divindade de Cristo. M: - Essa mudança se efetua na missa, quando o sacerdote repete as palavras de Jesus, na Última Ceia: "Este é o meu Corpo". "Este é o cálice do meu Sangue; o San38


gue da Nova e Eterna Aliança, que será derramado por vós e por todos, para a remissão dos pecados". T: - Então, o Padre tem o poder de mudar o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Cristo? M : - Não . A transubstanciação é uma ação divina. Deus é quem o faz . Ele o faz, porque o sacerdote verdadeiro da Missa é Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O ministro da Eucaristia, o sacerdote humano, empresta sua voz e seus gestos a Cristo. Por isso, se diz que o sacerdote age "in p ersona Christi " , na pessoa de Cristo. Este é quem oferece a Deus o sacrifício. T : Por que você diz que a missa é um sacrifício?

Eucaristia quer dizer "ação de graças". Quem nega. que a . m1ssa seja um sacrifício nega uma verdade de fé. M : - Sacrifício quer dizer: "eu faço sacro, sagrado". A ação sagrada do sacrifício da missa oferece a Deus uma vítima, que se imola, para perdão de nossos pecados . O sacrifício da missa é, também, um ato de adoração, de culto a Deus; é um ato, pelo qual se pede a Deus sua graça e pelo qual se dá graças, se agradece a Deus, pelos benefícios dEle recebidos. Eucaristia quer dizer "ação de graças" .

Quem nega que a missa seja um sacrifício nega uma verdade de fé. T : -De que modo a missa é um sacrifício? M : - A missa é um sacrifício, sendo o próprio sacrifício de Cristo no Calvário. Cristo, na missa, não é de novo pregado na Cruz. Como na Eucaristia, os acidentes de lugar e de tempo estão suspensos, nela nós ficamos presentes ao sacrifício, fora de tempo e de qualquer lugar. T : - É difícil de compreender. M: - É difícil, mas é assim. É um mistério. Mistério não é algo contrário à razão, mas sim, algo que a razão, embora não rejeite, não explica. É por ser um mistério a Eucaristia, que o sacerdote diz, após a Consagração: "Eis o mistério da fé". · T : - Já que a Eucaristia nos põe na presença do Sacrifício do Calvário, como você disse, então ela oferece a Deus o Corpo de Cristo dilacerado e morto? M: - Não. Deus não é sanguinário. O Corpo de Cristo, oferecido ao Pai, no Sacrifício da Missa, é seu Corpo glorioso, ressuscitado . Ele nos deu uma certa amostra desse Corpo, no episódio da transfiguração. Cristo completa o Sacrifício do Calvário com a Ressurreição e a Ascensão. Cristo, após consagrar o pão e o vinho, na Última Ceia, instituindo o Sacramento da Eucaristia, distribuiu-os aos Apóstolos, dizendo: "fazei isto em memória de mim". A Eucaristia é, pois, um "memorial"; memorial que não se limita a trazer à lembrança os fatos, mas sim, que os

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Quem está com a alma manchada por um pecado grave, antes de receber Jesus, na Eucaristia, deve purificá-la em outro Sacramento, que o reconcilia com Deus. torna presentes. Como ensina o Novo Catecismo da Igreja Católica, a Eucaristia é um memorial "de Cristo, da sua Vida, Morte, Ressurreição e intercessão junto do Pai" (n° 1341). N:- Então, como você vê, quem comunga recebe em si Cristo, desde o seu nascimento, até sua ressurreição e, ainda, sua intercessão por nós junto do Pai. A pessoa que comunga, de certa forma, se coloca no Céu, junto com Cristo, com Maria, com os anjos e com os santos. M: - Por isso, a missa deve ser celebrada de forma digna, com o celebrante vestido na forma própria para celebrar; com os assistentes trajados de forma decente; com liturgia digna; com linguagem digna e correta. Mas, parece que, depois de desfenestrado o latim da missa, já se estádesfenestrando o português. N: - Mas, mesmo quem não fala bom português pode receber Jesus, na Eucaristia. Ele veio para todos. O que é preciso é recebê-lo dignamente. O principal desse digna-

mente é a pureza da alma. M: - Por isso, quem está com a alma manchada por um pecado grave, antes de receber Jesus, na Eucaristia, deve purificá-la em outro Sacramento, que o reconcilia com Deus; no Sacramento da Penitência. N: - E quem comunga deve, depois, recolher-se, por alguns momentos, com Cristo, Deus e Homem, presente nele, e viver, na vida diária, a união com Deus. M:- A presença real de Cristo dura, enquanto não se corrompe a espécie de pão, recebida na comunhão. Mesmo que a comunhão seja sob as duas espécies, de pão e de vinho, mas só sob a do pão, como é mais freqüente, você recebe Cristo total. T: - Então, o Cristo ... M:- Não é "o Cristo", que se diz, em bom português. É só Cristo. T: - Então, Cristo está sempre no pão consagrado, guardado no Sacrário? M: -É verdade. Enquanto não se corrompe a espécie de pão, Ele está ali presente. E estaria, se também se guardasse o vinho consagrado. T: - Já aprendi bastante sobre a Eucaristia. Agora, vou desafiar você ... M: - Em bom português, você deve dizer: "vou desafiá-lo". Não desfenestre o português. Já sei para o que você me desafia. É para um jogo de bola-ao-cesto. T: - Não é bola-ao-cesto. É BAS-QUE-TE. Mário Salles Penteado Eq. 8/B São Paulo - SP 40


SANTO ANTÔNIO, D ouToR DA IGREJA Mestre de teologia e de espiritualidade Homem evangélico revestido de sabedoria e de caridade A intensa formação cultural, teológica e bíblica ajudou o primeiro Mestre de Teologia da Ordem Seráfica a percorrer a via duma assídua busca de Deus, alimentada por intensa piedade e por insaciada nostalgia da contemplação. Nesse itinerário, a Sagrada Escritura, constantemente meditada segundo o ritmo marcado pela liturgia da Igreja, tornou-se a fonte primeira de conhecimento para a sua teologia, de modo que esta foi para ele "o canto novo, que ressoa suavemente aos ouvidos de Deus e renova o espírito" (Sermões, I, 255). Aproximando-se das Escrituras através dos livros de oração e das celebrações da Igreja, ele contemplou e pregou os mistérios de Cristo, <modelo da humildade e da paciência>, Salvador e rei, Servo pobre e obediente a ser seguido até à Cruz, em companhia da sua Mãe Santíssima, a Virgem pobrezinha. Perante um contexto social que estava a elaborar perspectivas éticas e culturais inovadoras, juntamente com modelos de espiritualidade e de culto inspirados num evangelismo sem Igreja, o Doutor evangélico repropôs com clareza e força uma nova evangelização, que não fosse apenas uma exortação moral, mas um caminho na Igreja e com a Igreja.

A sequela Christi, tão cara ao movimento dos Frades Menores, impeliu-o a insistir com particular intensidade na áurea paupertas, que não é só o desprendimento das coisas do mundo, mas antes de tudo reafirmação da primazia de Deus na vida do homem e fascinante desejo das "coisas celestes" (Sermões, III, 86). Somente a Igreja, embora na fragilidade dos seus filhos, sustentada pela ação do Espírito e habitada pelo esplendor da Verdade, permanece a terra boa e fecunda onde o anúncio evangélico produz fruto, porque "a verdade da fé própria nasce da mãe Igreja. A Verdade, porém, precedeu, a fim de que a Igreja a seguisse" (Sermões, III, 196). E a Igreja segue Cristo que afirma "Eu sou a Verdade" (Jo. 14, 6). Ela- escreve o Santo - é o totum Christi corpus (Sermões, I, 55), que se deixa guiar por Ele, pa:ra poder ser preservada dos perigos (cf. Sermões, I, 493). Santo Antônio anunciou esta Verdade, difundindo-a nos sermões entre os seus contemporâneos como orvalho que desce do céu e traz alívio à terra ressequida, para usar a imagem do meu predecessor, o Papa Sisto V (cf. Bula Imensa divinae sapientiae, 24 de Janeiro de 1586: Bull. Rom. IV, 181 - 182). Assim, escutando a Palavra de Deus proclamada e celebrada na Igreja, o homem não só encontra o sentido pleno do seu agir, mas reencontra-se também a si mesmo e encontra de 41


O Doutor evangélico repropôs com clareza e força uma nova evangelizaçãq que não fosse apenas uma exortação moral/ mas um caminho na Igreja e com a Igreja.

novo a luz que lhe traz o dom da paz interior (cf. Sermões, I, 76-78). A urgência da pregação percorre todos os Sermões que Santo Antônio nos deixou. Aquele que evangeliza ele anota - é um contemplador jubiloso de Deus, uma testemunha da vida angélica, que alcançou a ciência madura (Sermões, I, 483). Discípulo fiel de S. Francisco de Assis, Antônio deixou o exemplo de um empenho assíduo na evangelização, mediante uma incansável pregação, acompanhada da sentida exortação a aproximarse dos sacramentos da Igreja, especialmente dos da Reconciliação e da Eucaristia.

É preciso, contudo, ressaltar que a ação apostólica de Santo Antônio se nutriu constantemente da contemplação das coisas celestes. Na oração ele elevava-se para contemplar, com os olhos da fé, o esplendor do verdadeiro sol, Deus Trindade, e de cuja fonte recebia luz e calor que, depois, efundia nas almas (cf. Sermões, I, 332) . Deste modo, transmitia aos outros, em plena comunhão com a Igreja, as riquezas interiores da sua alma.

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Transcrito de L'Osservatore Romano n° 4- 27 de Janeiro de 1996


SAGRADO CoRAÇÃO DE JEsus FRANCISCO fERNÁNDEZ-CARVAJAL

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s Projetos do Coração do Se- Maria de Alacoque que promovesse nhor permanecem ao longo o amor à comunhão freqüente, sobreé! as gerações, para libertar da tudo nas primeiras sextas-feiras de morte todos os homens e conservar- cada mês. Devia ser uma prática reparadora, e o Senhor prometeu fazêlhes a vida em tempo de penúria. O caráter desta solenidade que la participar - nas noites dessa prinesse mês celebramos é duplo: de meira quinta para sexta feira de cada mês - do seu sofriação de graças pelas mento no Horto das maravilhas do amor Oliveiras. Tornou a de Deus e de reparaA aparecer-lhe um anos ção, porque frequenconsideração mais tarde e, mostemente este amor é trando-lhe o seu Copouco ou mal corresdo amor de ração Sacratíssimo, pondido, mesmo por Jesus por todos dirigiu-lhe estas palaaqueles que têm tanos homens vras, que têm alimentos motivos para tado a piedade de tansempre foi o amar e agradecer. A "Olha este tas almas: consideração do amor fundamento da Coração que tanto de Jesus por todos os piedade cristã; amou os homens e homens sempre foi o por ISSO/ O que a nada se poufundamento da piedapou até esgotar-se e culto ao de cristã; por isso, o consumir-se para culto ao Sagrado CoSagrado lhes manifestar o seu ração de Jesus "nasCoração de amor; e, em reconheceu das próprias fonJesus /'nasceu cimento, Eu não retes do dogma católicebo da maioria dos co". Por outro lado, das próprias homens senão ingrarecebeu um forte imfontes do tidões pela suas irrepulso de devoção e dogma verências e sacrilégipiedade de numerocatólico//. os e pela frieza e dessos santos a quem o prezo com que me Senhor mostrou os tratam neste sacrasegredos do seu Coração amabilíssimo, movendo-os a mento de amor. Mas o que mais me difundir esse culto e a fomentar o dói é ver-me tratado assim por almas que me estão consagradas. Por espírito de reparação. Na sexta-feira da oitava da festa isso te peço que se dedique a pride Corpus Christi, no ano de 1675, o meira sexta feira depois da oitava Senhor pediu a Santa Margarida do Santíssimo Sacramento a uma

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festa particular destinada a honrar o meu Coração, comungando nesse dia e desagravando-me com algum ato de reparação ... " Em muitos lugares, existe ocostume privado de desagravar o Sagrado Coração de Jesus com algum ato eucarístico ou com a recitação das ladainhas do Sagrado Coração, na primeira sexta feira de cada mês . Além disso, o mês de junho é especialmente dedicado à veneração do Coração divino . Não apenas um dia a festa litúrgica cai normalmente dentro do mês de junho mas todos os dias do mês. O Coração de Jesus é fonte e expressão do seu infinito amor por cada homem, seja qual for a sua situação: Eu mesmo - diz um belíssimo texto do profeta Ezequiel - cui-

ocupa com o seu rebanho, quando vê as ovelhas dispersarem-se, assim eu me preocuparei com o meu; eu o reconduzirei de todos os lugares por onde se tenha dispersado num dia de nuvens e de trevas. Cada um de nós é uma criatura que o Pai confiou ao Filho para que não pereça, ainda que tenha ido para longe. Jesus, Deus e Homem verdadeiro, ama o mundo com coração de homem, um coração que serve de vazão ao amor infinito de Deus. Ninguém nos amou mais do que Jesus, ninguém nos amará mais. Ele me amou e se entregou por mim, diz São Paulo, e cada um de nós pode repetilo. O seu Coração está repleto do amor do Pai: repleto à maneira divina e ao mesmo tempo humana.

darei das minhas ovelhas e velarei (*)Extraído de "Falar com Deus" por elas. Assim como o pastor se pre(Vol. 6) Quadrante, 1991

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AssEMBLÉIA DA

CNBB-1996;

ualmente, a Conferência dos os católicos do mundo inteiro para ispos do Brasil realiza uma uma renovação mais profunda rumo ssembléia Geral, reunindo ao novo milênio. O Documento aprotodos os Bispos do Brasil. Neste ano, vado pela maioria absoluta dos Bisde 17 a 26 de abril, mais de 250 Bis- pos (100% dos votos) diz: "Este Propos atenderam à convocação feita e jeto procura responder, com entusise concentraram em Itaici, acolhedor asmo, à Palavra do Papa João Paurecanto localizado no município pau- lo 11, que convoca a Igreja, em contilista de Indaiatuba. Assembléia Ge- nuidade com o Concílio Vaticano li, ral dos Bispos do Brasil é sempre um a dar testemunho de sua fé no mundo onde crescem a vioencontro de irmãos, em lência, a injustiça e o clima muito fraterno de secularismo; a promooração, de amizade, de Os 10 dias/ ver o diálogo e a unidadiálogo e solidariedade. embora de, principalmente, enTodos trazem suas precansativos e tre os cristãos, a transocupações, suas alegriexigentes/ formar a sociedade em as e esperanças, seu sinal do advento do Reigrande amor ao povo passam no de Justiça, Amor, que o Senhor lhes conrápidos e Paz, Vida Plena que Jefiou: "Apascenta as misão sus veio nos comuninhas ovelhas " (Jo. 21, car". 16). As longas horas de ansiosamente Diz também: "O trabalho, os maravilhoesperados. principal objetivo deste sos momentos de oraProjeto é suscitar em toção, o atropelo das filas nos horários de refeição, os gostosos dos novo ardor e coragem na missão bate-papos e até a partilha de quartos de Evangelizar, capazes de criar no(não há acomodação individual para vas expressões para que a mensagem todos) fazem com que os 1Odias, em- salvífica de Jesus Cristo seja mais bora cansativos e exigentes, passem conhecida e, conseqüentemente, serápidos e sejam ansiosamente espera- guida com amor e generosidade, esdos. Nestes quase 20 anos de episco- pecialmente pelos jovens". Podemos pado, sempre recebi muito das Assem- concluir, dizendo: O Projeto é um grande Kairós, uma grande oportunibléias e agradeço a Deus por isso. Foram muitos os temas tratados. dade de renovação e conversão. Logo O tema central que ocupou muito as o Documento estará à disposição de atenções de todos é o Projeto de todos, para leitura e aprofundamenEvangelização da Igreja no Brasil to. Penso que será sumamente imporem preparação ao grande Jubileu do tante que no próximo Encontro Naciano 2.000. É uma resposta ao apelo onal das ENS, preparando os do Papa João Paulo II, que convida EACREs de 1997, estudar seriamen-

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te o Projeto. Quatro Mensagens marcaram a Assembléia de Itaici: 1. A primeira sobre o massacre de Eldorado do Carajás, Estado do Pará. Um acontecimento profundamente chocante, que deixou a todos os Bispos, como a todos os brasileiros, e porque não dizer: ao mundo inteiro, profundamente chocados. O fato doloroso coloca mais uma vez diante da nação a urgência de mudanças estruturais em nossa Pátria, especialmente no campo da Reforma Agrária e de uma nova política agrícola. 2. A segunda mensagem trata das

Exigências Cristãs da Paz Social. Um tema que nunca será tratado suficientemente. O texto reconhece a necessidade de consolidar o controle da inflação, mas, também na urgência de solucionar problemas que estão destruindo a harmonia e a paz em nossa sociedade: desemprego, violência estruturada, drama da fome, concentração de renda, e outros. 3. O Pronunciamento sobre a famz1ia. Reafirma o papel fundamental da família. Recomendo sua leitura e outra parte desta edição. 4. Documento aos Parlamentares sobre a situação do Ensino Religioso nas Escolas Públicas. Defende os direitos dos alunos de receber educação religiosa que os auxilie a responder às questões existenciais profundas, de modo integrado no currículo, em horários normais, com remuneração as· segurada pelo Estado. Um dia de espiritualidade, orientado por Dom Luciano Mendes de Almeida, permitiu a todos a alegria de uma pausa para uma oração mais

profunda, para uma reflexão tranqüila e renovadora. Refletiu-se sobre a Mística e Espiritualidade que devem permear o Projeto rumo ao novo Milênio. Outros temas foram tratados: Análise de Conjuntura sócio-política, Conjuntura Eclesial, 13 Congresso Eucarístico Nacional-7/7 a 1417/96, em Vitória, Espírito Santo - , 9 Intereclesial de CEBs - 15 a 1917/97, em São Luiz do Maranhão, Candidatura da Pastoral da Criança ao Prêmio Nobel da Paz, etc ... Não é possível comentar todos os acontecimentos da rica e abençoada 34 Assembléia da CNBB. Foi rica, desafiadora, impressionante pela harmonia, pela participação de todos, pelo esforço da Presidência da CNBB, da Comissão Episcopal de Pastoral e de todos os Assessores. Agora, resta por em prática todas as conclusões, especialmente o Documento sobre o novo Milênio. De modo especial as ENS, doBrasil inteiro, aprofundem em suas orientações, de tal forma que quando for feito o lançamento oficial, em dezembro de 1996, possamos estar preparados para um engajamento bem concreto, entusiasta e comprometido com os objetivos presentes no coração do Santo Padre: um jubileu de conversão, reconciliação e justiça social.

Dom Oneres Marchiori Bispo Diocesano de Lages - SC Cons. Espir. do Setor-Lages Equipe N. S. Auxiliadora (Eq.JO) 46


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Carinho e Admiração

Manifestação Importante A Carta Mensal é distribuída a todos os casais equipistas e Conselheiros Espirituais das Equipes de Nossa Senhora, no Brasil e procura levar a todos a palavra oficial do Movimento, as suas diretrizes, bem como temas de reflexão e notícias. Dentro da diversidade das matérias publicadas, como não poderia deixar de ser, cada um aprecia mais esta ou aquela. Algumas opiniões tem sido divulgadas nesta seção, mas não foram suficientes, para transmitir a todos a verdadeira Opinião do Leitor. Por isso, esperamos a sua manifestação. Envie a sua opinião. Diga qual foi a matéria que mais apreciou neste número. O que foi, ou não, do seu agrado. Quais as seções preferidas. Mande notícias de sua equipe. Informe quais os assuntos que você e sua equipe gostariam que fossem tratados nos próximos números.

"Vimos apresentar a toda a equipe da Carta Mensal todo nosso carinho e admiração pelo excelente conteúdo do nosso informativo".

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Erenita e Attanazio Equipe 10 N. S. de Nazaré Recife- PE ·=

Era do Espírito Santo O Espírito Santo ocupa um lugar importante e essencial em nossa vida de cristãos e equipistas. Estamos vivendo agora a era do Espírito Santo. No dia em que lhe abrirmos as portas do nosso coração, como nosso "fiat", Ele se derramará como água viva e fará em nós maravilhas."

}oseana e Augusto C. Pasquoto Equipe N. S. Lourdes Porto Feliz - SP

Escreva para:

Carta Mensal das ENS Rua Luís Coelho, 308 conj. 53 01309-000 - São Paulo - SP ou envie fax: (011) 257.3599

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Mudança nos quadros:

Equipes Novas

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• Setor A - Recife - PE Eq. 1 O - N. S. dos Pobres Casal Piloto- Márcia e Tadeu (Eq. nº 12) • Eq. 21 - N. S. dos Prazeres Casal Piloto- Rita e Gerson (Eq. nº 04) • Equipe 22 - N. S. da Fraternidade Casal Piloto - Zélia e Justino . (Equipe nº 5). •Quixadá- CE Equipe 02- N. S. Imaculada Rainha do Sertão • Setor Valença/RJ Região Rio 11 Eq. 04- N. S. da Luz • Setor A Manaus - AM Eq. 03 - N. S. dos Impossíveis Cansei hei ro Espiritual: Pe. Amadeu Caronne Casal Piloto: Graça e César Cortez (Eq. nº 13) • Juíz de Fora - MG Equipe 41-A- N. S. da Cabeça Conselheiro Espiritual: Pe. Luiz Eustaquio do Nascimento Casal Piloto: Maria Helena e Darcy

jubileu de Prata Neste ano a Equipe 25 Região Rio I estará comemorando 25 anos de fundação. Congratulam-nos com os irmãos equipistas pela perseverança e dedicação ao Movimento. Rogamos ao Senhor que os recompense com muitas graças.

Adriana e Witter Francisco Soffner assumiram a função de Casal Responsável pelo setor de Dois Córregos, Região São Paulo Centro 11.

I (I

Equipes jovens de Nossa Senhora No dia 21/01/96, as Equipes Jovens de Nossa Senhora de Sorocaba/SP estiveram reunidas em confraternização numa chácara em Araçoiaba da Serra. Estiveram presentes as duas Equipes de Sorocaba e m~i s a Equipe do Setor de Sao Bernardo do Campo. Depois de um dia de muita festa e brincadeiras, encerramos a confraternização com a Santa Missa celebrada pelo Padre Júnior da Igreja de São Paulo Apóstolo, com a troca de pastas dos responsáveis do ano de 95 para os Jovens Responsáveis de 96. Para este ano, duas ou três equipes deverão receber a Formação, brevemente.

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Noite de Oração, Noite de Festa

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Faz parte da programação _:etores A e B de Ribeirão Preto - SP a realizaçao de uma noite de oração mensal congregando todas as equipes da cidade. Na n~ite de abril passado, a festa foi mais alegre po1s, comemorou-se os 25 anos da Equipe 06. A maioria dos seus membros são aqueles que, jovens e ~nseguros, en- . contram-se há um quarto de seculo e sob o manto protetor de Maria puderam firmar-se crescendo em sabedoria e graça.

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Ordenação Diaconal: •Flávio Jorge Miguel Júnior Júnior, como é conhecido, é filho do casal equipista Vicentina e Flávio (Eq. 01 -Setor A- Sorocaba/SP), nasceu no dia 20/04/70, em Sorocaba. A cerimônia de Ordenação Diaconal, realizou-se no dia 04/02/ 96, às 17 horas, na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Ponte, Arquidiocese de Sorocaba, pelo Arcebispo Dom José Lambert. Desejamos ao Júnior muita fé, que o Espírito Santo o ilumine sempre. Conte com as orações dos Equipistas.

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Ordenação Sacerdotal

•Abimar Oliveira de Moraes Filho do casal equipista Marly e Abiman (Equipe 16-E, Região Rio 111) foi ordenado sacerdote em 13.04.96, por D. Eugênio de Araújo Sales, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro. •1/ron Vicente Olímpio Irmão e cunhado dos equipistas Luzia e Alexandre Olimpio, Cida e João D. Olimpio, Cidinha e Joaquim Olimpio, de Varginha-MG estará sendo ordenado Sacerdote no dia 02.06.96 às 15 horas no ginásio Cava do Bosque, em Ribeirão Preto, SP

Volta Ao Pai

I 20 ~nos das ENS em Lages/SC

I

E com muita alegria que registramos, o 20 2 aniversário das ENS em Lages/SC. Nos dias 19 e 20 de março de 1976 realizouse a primeira reunião, fruto do ideal de Frei Gabriel da Veiga, juntamente com o diácono Conrado Vasselai e o casal lranilene e Antônio lves. Foram convidados casais da comunidade, que formaram duas Equipes de Nossa Senhora, sendo a Equipe nº 1 -Nossa Senhora das Famílias- assistida pelo diácono Conrado e a Equipe nº 2 - Nossa Senhora do Amor - assistida por Frei Gabriel. Estas equipes eram ligadas ao Setor Brusque e foram pilotadas pelo abnegado casal Eli e Jamil Cherem que se dirigiam mensalmente a Lages, para esta tão valiosa missão. Nestes vinte anos de ENS em Lages o Movimento cresceu e contamos hoje com doze equipes que querem louvar e agradecer a Maria, nossa Mãe e a seu filho Jesus, que sempre derramaram suas graças sobre nós.

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• Sérgio Gomes (da Vera), Equipe nº 06, Região Rio . I em 13.12.95 • D. João Bergese, Arcebispo Metropai ita no de Pouso Alegre - MG e Conselheiro da Equipe nº 09 em 21.03.96 li Recebemos uma belíssima mensagem intitulada "Tributo a Dom João Bergese, de autoria de Antonieta e José Marcius. •Silvio Maia Campos (da Mariângela), Equipe OS de Ribeirão Preto, SP


OCAS~

EAFAMILIA ALESSANDRO MANENn

Família Comunidade de Amor, Igino Giordani, Cidade Nova Editora, 1988, 118 pg.

O Casal e a Família, Alessandro Manenti, Ed. Paulinas, 1991, 122 pg.

Obra póstuma, incluída na coleção,Espaço Família graças às qualidades inerentes ao autor, experiente que foi no que se relaciona ao tema abordado, a ponto de Tomás Sorgi qualificá-lo pequena obra-prima. É trabalho de valor que aborda desde os relacionamentos natural e sobrenatural à comunidade de amor em família; da valorização da mulher ao divórcio e às suas ruinosas conseqüências. Tece, ainda, considerações sobre a geração de novas vidas e o aborto, este grave atentado contra a humanidade nos tempos modernos. Não esquece, também, os jovens e os velhos, na perspectiva da família, bem como a sua interação com a Igreja e com Deus.

Livro profundo, não obstante seu reduzido tamanho. Analisa a família sob suas diversass dimensões, em especial quanto ao seu equilíbrio dinâmico, assim como no que respeita à complementaridade dos papéis, no casal. Procura responder ao por que da formação da família e á oportunidade de buscar as metas mais altas de vida. Ressalta a comunhão do casal, fundamentada em sua diferenciação, sem deixar de abordar os conflitos familiares. É obra a ser lida em todas as idades.

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Jesus bate à nossa porta (Consagração das Famílias ao Coração de Jesus), Pe. Gabriel Galache, SJ, Ed. Loyola, 1995, 167 pg. Jesus bate à nossa porta. Se você reparar essa porta não tem fechadura. Não foi esquecimento do artista. Intencionalmente ele a fez sem fechadura, porque queria que ela significasse a porta do coração. E a porta do coração só se abre por dentro. O autor do livro inspirou-se nas palavras de João: "Ele veio aos seus e os seus não O receberam". E como o poeta e o pintor, apresenta Cristo batendo às portas dos nossos corações e dos nossos lares, encorajando-nos a vencer as resistências que podemos oferecer-lhe. Que Ele tome conta dos nossos corações e dos lares cristãos. Se Ele bater, e certamente, Ele vai bater, Coragem! Abramos-lhe de par em para as nossas portas.

Nota: Caso os nossos leitores não encontrem nas livrarias os livros sugeridos nesta seção, poderão solicitá-los diretamente e via reembolso postal (qualquer que seja a Editora) para: Santuário 1900, Caixa Postal 4, 12570-000, Aparecida, SP Não precisa selar. No lugar do selo escreva: Taxa paga. Ou telefone para (012) 565-2140 51


REUNIÃO DA COMISSÃO NACIONAL ;

N

os dias 16 e 17 de março p.p. reuniu-se em São Paulo a Comissão Nacional da Pastoral Familiar so b a presidência do casal Kleber e Laureei, do Bispo Responsável pelo Setor Família da CNBB, Dom Cláudio Hummes, da Diocese de Santo André - SP, Dom Azcona, Bispo Responsável pela P.F. na Região Norte li, além da Irmã Fernanda Balan, Assessora Nacional da Pas-

A P. F. se abre à Pastoral de Conjunto/ complementando a evangelização da família/ naquilo que lhe é peculiar: assumira educação para o amor; objetivada nas ações concretas de ajuda à preparação prématrimonial e pósmatrimonial.

toral Familiar, e ainda os casais representantes dos 16 Regionais da CNBB. Registramos uma presença quase integral. É sempre uma agradável surpresa o encontro dos velhos com os novos que participam pela primeira vez. A pauta é extensa, com destaque neste momento à preparação do Congresso Nacional que serealizará em Belém do Pará nos dias 6,7 e 8 de setembro. Buscou-se colocar a P. F. em sintonia com o projeto da Nova Evangelização inculturada discutida em Itaici pelos Bispos que destaca quatro pontos básicos: ·

•Serviço •Diálogo •Anúncio •Testemunho Com isto, a P. F. se abre à Pastoral de Conjunto, complementando a evangelização da família, naquilo que lhe é peculiar: assumir a e ucação para o amor, objetivada nas a ões concretas de ajuda à repara ão pré-matrimonial e pósmatrimonial. Num renovado esforço exercitamos uma nova pedagogia que nos leva a viver a dimensão histórica da nossa Igreja, inserindo (como evangelização inculturada) os valores cristãos- fraternidade, partilha, fidelidade , virgindade, etc., como agrande novidade para os dias atuais. A evidência dos fa-

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tos nos mostra que pensar em evangelizar significa tirar o mofo e aquecer ao Sol para que o serviço, o diálogo , o anúncio e o testemunho correspondam aos dias de hoje. Daí a in sistência de uma Nova Pedagogia. Nos vem sempre a indagação: como as ENS poderão colaborar nessa tarefa ? Discutimos também a representatividade dos Movimentos Familiares no Congresso e também a realização do Encontro das lideranças dos Movimentos, Institutos e Serviços. Reconhece-se como efetiva, para não dizer decisiva, a participação dos Movimentos na formação dos agentes. Aí vai o apelo para que haja, cada vez mais , uma integração do carisma com a ação (fé na vida) direcionado a fazer acontecer a P. F. nos seus objetivos. Na Comissão Nacional realiza-se uma experiência de unidade com a presença de casais de diversos Movimentos, Serviços e Institutos, ou apenas como agentes de Pastoral Familiar. Representando a Região Norte I, Janeide e Carlos das ENS de Manaus. A nossa trajetória na P. F. nos fez abrir o coração para entender o sofrimento do próximo (Família) na dimensão do "vinho que lhes falta" e como o samaritano, ter olhos para ver, coração para buscar soluções pondo os braços para agir e comprometer outras pessoas com o nosso compromisso; cu-

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Reconhece-se como efetiva/ para não dizer decisiva/ a participação dos Movimentos na formação dos agentes. Aí vai o apelo para que haja/ cada vez ma1s/ uma integração do cansma com a ação (fé na vida) direcionado a fazer acontecer a P. F. nos seus objetivos.

rar as feridas da Família e da Realidade Familiar. Maria interpôs Jesus! Necessitava do milagre . O samaritano disse ao outro: - faz o que eu não sei ou não posso fazer. A iniciativa foi sua. Só era isto que Deus lhe pedia. Outro se engajou na ação, fazendo-o experimentar que o amor excede os limites da lógica da razão.

Inês e Adaucto Eq. 2 - Setor B - Recife Casal Coordenador da P. F. NEli


MuLHER E HoMEM, IMAGEM DE DEus ulher e homem lado a lado e não mulher subordinada, submissa, dominada e ambos, tanto mulher quanto homem imagem de Deus.

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O peso do machismo é tão antigo e por isso tão difícil de ser superado. Na prática histórica 'de Jesus, percebe-se seu compromisso em resgatar a dignidade da mulher, que contrariando o plano de Deus, passou para o mundo dos esquecidos, dos que estão à margem . A mulher faz parte do Reino de Deus. Ela é articuladora da fraternidade, da justiça, da igualdade. Jesus quebrou as leis do Templo e da cultura judaica e olhou para o rosto das mulheres. Num mundo onde a humanização perdera o seu valor, a sua essência de amizade e fraternidade, a mulher que traz o feminino profético, atesta com sua maneira de agir que a sensibil id ade, a ternura, a misericórdia, a amizade, o encontro, são necessários à vivência das pessoas. A mulher não põe limites às possibi lidades de atuação . Deus inseriu Mulher e Homem na obra da criação em plena igualdade. Por que então um querer ser maior do que o outro? Que o Amor de Deus nos transforme e que Maria seja sempre o ponto de referência de todas as mulheres.

Gláucia e Armindo Equipe OS Recife/PE

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ÜRAÇÃO DO CASAL EQUIPISTA/

Senhor, nós, como casal cristão, juntamente com outros casais aqui reunidos, queremos Te afirmar, como um compromisso, a nossa disposição de: - viver nossa vida conjugal, tendo sempre presente o Teu Evangelho; - fazer crescer em nós um amor que transborde a serviço dos outros; - buscar continuamente a Tua Graça nos Sacramentos, especialmente na Comunhão do Teu Corpo, e não esquecer de tornar eficaz o Sacramento do Matrimônio que está em nós; -educar nossos filhos para a vocação e amor a que todos fomos chamados; - particularmente, ser fiéis ao hábito do Diálogo Conjugal, sem rotinizá-lo; I - difundir o ideal de Justiça e Paz entre os homens; -assumir a responsabilidade de um trabalho que difunda o Amor Cristão entre os casais; - fazer um abastecimento anual, I para revigorar nossa Fé, fonte perene de nossa Amor. Ajuda-nos, Senhor, a ser fiéis à nossa missão. Amém

Colaboração de Frei Barruel de Lagenest, OP São Paulo, SP

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"Eu Sou FEuz" Eu sou feliz, meu Deus, eu sou feliz! Não trago em mim a felicidade. Não sinto em mim a felicidade Como uma pérola que se esconde numa concha Ou como a luz que o diáfano invade... Não levo, Senhor, em mim a felicidade

PE. MOISÉS MIRANDA BARRETO

(*)

Tenho um sorriso dentro de mim que se esbanja pelos meus ossos . Uma alegria que se esbarronda em minha volta numa moldura parasselênica de felicidade ... Contemplo o firmamento, os astros, as pessoas. Admiro as coisas mudas, os seres vivos E convosco, Senhor,

Não tenho mesmo a fel icidade:

Vejo que todas as coisas são boas!

Eu sou feliz!

Em vós também me espe lho

E o meu ser todo é feliz.

E vejo que sou bom .

Não tenho a posse da felicidade:

Vós me destes a Vossa Bondade

Eu sou feliz!

Compartilhastes comigo a Vossa Vida

Não sou dono da felicidade: Eu sou feliz! Feliz é o meu pensamento Feliz o meu coração Feliz o meu espírito Feliz o meu corpo, as minhas carnes,

Envolvestes-me na Vossa Luz E eu renasci .. . O que sinto, o que sou Não sei como se diz. Somente sei dizer: Eu sou feliz!

os meus ossos, todo o meu ser

(*)do seu livro: "E As Árvores Caminharam" Ordenação Sacerdotal 29.11.1959 Volta ao Pai 15.06.1992 Colab. de Maiza e Ernando Carvalho Equipe 16-A I Fortaleza- CE

dentro e por fora. Tudo em mim é feliz! Não preciso que as coisas que me rodeiam me sorriam.

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Meditando em Equipe Leitura: Primeira carta de João, 3, 1-9 Porque Deus nos ama, dá-nos a possibilidade de ser adotados como filhos e filhas. Acontece em nós uma transformação, surge uma realidade nova, um novo modo de ser. Podemos viver na justiça e podemos conhecer a Deus desde agora, à espera da plena realização .

• • • • •• • •• • • • • ••••••••••• • •••• ••••• ••• •• • Meditação: 1 -Para mim, viver na graça de Deus é o mais importante na vida?

Vivo habitualmente na amizade com Deus? 2 - Que devo fazer para que eu seja ainda mais de Deus? 3 - Que me proponho a fazer imediatamente? 4 - Agradeça, louve, peça ...

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Oração: A Deus que é pai Quero louvar o Senhor com todo o meu ser, bendito seja ele por todos os favores. Bendito sejas, meu Senhor, porque perdoas todos os pecados e me curas dos meus males. Por amor tu me livras a vida da fossa da morte, tu me cobres e sacias de amor e de carinho: minha vida na esperança é sempre jovem. Bendito sejas, meu Senhor, porque és justo, e justo salvas da injustiça o fraco oprimido. Anunciaste aos nossos pais de antigamente a vontade decidida de salvar a gente toda, e mostraste que podes salvar por teus atos. Senhor, Deus de ternura e de piedade, tão difícil de irar-se porque tão amante. Não nos pagas na medida dos pecados e em bondade não te deixas superar, pois tu amas como Deus só poderia. Se eu pudesse medir a altura dos céus, então saberia como é grande o teu amor. Se pudesse imaginar qual a distância entre o nascer do sol e o seu ocaso, tão longe afastas de nós nosso pecado. Como a ternura de um pai pelo seu filho, essa a ternura do Senhor por todos nós. Ele sabe como nós fomos moldados, bem se lembra como é frágil a argila que usou quando quis nos dar a vida. Quero louvar o Senhor com todo o meu ser, bendito seja ele por todos os seus favores. (FI Castro, sobre o Salmo 102)


Atitudes de Vida: • Procura Assídu a da Vontade e do Amor de Deu s • Procura da Verd ade • Vivênc ia do Encontro e Comunh ão

Equipes de Nossa Senhora M ov imento de Casa is por um a Espiri tualid ade Conj ugal e Famili ar Rua Lui s Coe lh o, 308 - 5º and ar - cj 53 CEP: 01 309-000 São Paul o-S P Fone: (011 ) 256. 1212 Fax: (011) 257.3 599


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