Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora
CÉLULAS VIVAS E fECUNDAS DA IGREJA MARIA AssuNTA Ao CÉu
MEu PAI: MEu MAIS VELHO AMIGO
PORQUE os PADRES NÃO CASAM
Ano XXXVI - Nº 320 - Agosto /96
EQUIPES DE
NossA SENHORA
CARTA MENSAL N º
320
AGOSTO
/1996
, INDICE Edito ri al .... .... ...... .. .... ..... .. ... ..... ... ..... .... .... 01 A ECI R Conve rsa com Vocês ....... ........ .... 02
Carta Me nsal é uma publicaçüo das Equipes de Nossa Senhora
Correio da ERI .... .... ... .......... ........... ..... .... 04
Edição: Equipe da Carta Mensal Fone: (O I/ ) 256. 1212
Form ação .......... ......... ...... .... ..... .. .. ........ ... 1O
M. Thereza e Carlos Heitor Seabra (responsáveis)
Vida do Mov imento ......... ......... ... ... ...... ... 14
Blanche e Lauro F. donça
N otícias e in fo rmações .. .. ..... ...... ...... .... ... 25
Maria do Ca rmo e José Maria Whi taker Neto
O pini ão do Leitor ........... ...... ..... .. ...... ..... . 29 Maria ....... .. ........ ............. ......... ............ .... 31 Igrej a .... ......... ...... ................ .......... ....... ... 37 Pastoral Famili ar .. ..... ......... ..... .......... ...... 43 A tu al idade ... ... ... ..... ............ ........... .. ........ 44 Di a dos Pais .. .......... ........ ... ..... ... .. ....... ..... 46 D ia do Padre ... ..... ....... ... ....... ................ .. 48 Testemunh o ... ......... .. .. ...... ...... .... ............. 52
Me,n-
Rita e Gilberto Canto Pe. Fláv io Cava lca de Castro, CSsR (Cons. Espiritual) J ornalista Responsável: Catherine Elisabeth Nadas (MTb 19835) Dillgramação e Ilustrações: M. Alice e l vahy Barcellos Capa: Eros Lagrolfal !gar Fe hr Composição e Fotolitos: Newswork R. Venâncio Ayres, 931 São Paulo Fone: (O I/ ) 263.6433
Nossa Biblioteca ........ ... ... ..... ....... ... .. ...... 53 O ração ..... ... ...... .. ... ..... ........ ...... .... .......... 54
Impressão e Acabamento: Ediçiies Loyola Rua IR22, 347 Fone: (011) 9 14. 1922
Reflexão ... ....... ........ .. .. ... ... .... ...... ......... ... 55 Ú ltim a Págin a ... ...... ......... .. .... .. .. .. ... ........ 56
Tiragem desta edição: 10.000 exemplares
Queridos casais equipistas! Paz e Bem! Mais uma vez, restaurados por um período de descanso, reiniciamos nossas atividades para um segundo semestre repleto de atividades, planos e realizações. A cada dia percebemos os saltos qualitativos que o nosso Movimento vem dando. A Igreja do Brasil, com o espírito de unidade, convida a todos os cristãos e todas as pessoas de boa vontade a preparar a grande Celebração dos 2.000 anos da vinda de Jesus, o Cristo, Filho de Deus, ao mundo. E nós, particularmente, somos também convidados a celebrar no ano 2.000 o Jubileu de Ouro das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Para que nossa celebração seja verdadeira ação de graças pelo duplo júbilo, na última reunião do Colegiado (maio-96) realizamos um estudo aprofundado do " Projeto de Evangelização da Igreja no Brasil em preparação ao grande jubileu do ano 2.000", documento 56 da CNBB- "Rumo ao Novo Milênio", procurando refletir e conhecer as propostas que nossos Bispos apresentaram . Certamente, como Igreja que somos, iniciamos um processo de sensibilização e compreensão do referido projeto e você, casal equipista, é também convocado a ser um agente multiplicador na divulgação, expansão e animação das metas propostas. As bases de fundamentação da ação evangelizadora são: A carta do papa João Paulo 11- "Tertio Millennio Adveniente"- 1994; Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, 1995-1998 (Doc. 54, CNBB); COMLA 5 - 1995; Contribuições das Conferências Episcopais Latino-americanas (Medellin, Puebla, Santo Domingo) e, sem dúvida, também os frutos de nossa história cristã contidos no Compêndio do Vaticano 11. Por isso tudo, queridos irmãos equipistas, é que somos desafiados a investir numa de nossas prioridades "FORMAÇÃO", buscando "beber" na fonte dos ensinamentos da Igreja Católica. Certamente, surge a indagação; "Como faremos?". Seus casais regionais e seus Setores/Coordenações estarão promovendo encontros para operacionalizar as propostas. Procurem informar-se e abram-se para a ação do Espírito Santo. Tenho certeza de que este é mais um passo do Movimento das Equipes de Nossa Senhora a caminho do Reino Definitivo. Bom Trabalho! Abraços e orações
Pe. Mário José ECIR 1
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"Deus está ansioso por recrutar testemunhas, especialmente testemunhas entre os casais." Pe. Caffarel ~
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com alegria que dirigimo-nos graças que recebemos de Deus para a vocês, especialmente neste melhorar a nossa vida conjugal? mês que a Igreja do Brasil des- Damos a conhecer à equipe as nostaca a vocação. Queremos refletir sas dificuldades? Aceitamos de cosobre o chamado, a convocação que ração a ajuda mútua? vem de Deus para nós, casais equiSomos chamados a ser reflexo da pistas, ao casamento, à procriação, paternidade de Deus. O mundo pasàs Equipes de Nossa Senhora. sa por transformações tão profundas, Somos chamados a viver oca- que muitas vezes ficamos inseguros sarnento como um luquanto à formação gar de amor, um proque devemos dar aos nossos filhos. Para jeto de felicidade e Somos um caminho de sanmuitos, é um grande chamados a tidade. Desde a criadesafio sensibilizáser reflexo da ção do homem e da los com os valores paternidade de cristãos, tamanha é a mulher, Deus nos destinou um para o influência negativa Deus. O outro. Agora unidos, que recebem. mundo passa a cada dia, Deus nos Nossas equipes, por transforpodem e ajudam chama a renovarmos mações tão muito quando estua decisão de amar o dam temas, co-partinosso cônjuge. Fizeprofundas, que cipam, criam opormos uma aliança de muitas vezes tunidades, ou proamor, e Deus nos chaficamos ma para sermos sanmovem a vida comuInseguros tos como Ele é santo. nitária entre as famílias, visando a forO casamento para quanto à nós cristãos é uma mação cristã dos fiformação que vocação. Deus vem lhos. Neste mês, podevemos dar em nosso auxílio, demos refletir: como com graças sobre a nossa espiritualiaos nossos graças, para testemudade conjugal transfilhos. nharmos ao mundo, borda para os nossos especialmente hoje, filhos? Cuidamos da que podemos e somos felizes no ca- participação dos nossos filhos na samento. Neste mês de agosto, não vida da equipe, nas atividades do vale a pena uma reflexão mais pro- Setor/ Coordenação? Somos chafunda a respeito das respostas que mados a ser equipistas missionáritemos dado à Deus? Acolhemos as os da Boa Nova sobre o casamen-
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início do casamento, to. A nossa pertenviveram como cigaça ao Movimento é Ter uma nos, de um país para uma vocação. A missão é mais o outro. O filho, Orientação de Vida profundo e adolescente, fugiu "Convidados às Bodas de Caná" nos mais amplo. A do controle dos pais, foi achado dias delembra que "missão" nossa missão pois e os pais não não é a mesma coiorienta a entenderam muito sa que engajamento. bem as suas razões. escolha de Ter uma missão é Adulto, foi perseguimais profundo e mais nossos do e morto pelos amplo. A nossa misengajamentos. seus atos. No entansão orienta a escolha to, a Família de Nade nossos engajamentos. É com alegria que constatamos zaré é modelo porque cada um cumque a maioria de nós está a serviço priu generosamente o chamado e a nas mais diferentes pastorais e inici- vontade de Deus. Maria e José foativas sociais . Estamos engajados. ram fiéis um ao outro. Estiveram Resta aprofundarmos um pouco mais sempre a serviço de Jesus, cuidano sentido da nossa missão: transfor- do da sua formação humana e relimar a cultura do casamento. Prepa- giosa. Jesus amou-os muito, oberar-nos adequadamente para que, deceu-lhes sempre, sem deixar de onde estivermos, saibamos abordar obedecer primeiro ao Pai do Céu. os que se casam longe da Igreja, (conforme "O que os filhos espemotivar os jovens para o casamento ram dos pais"- Edit. Quadrante). cristão, promover a vida em abunCaros casais, é uma graça a Igredância, etc. Há um pedido da hierar- ja do Brasil dedicar um tempo para quia da Igreja, para que nós, leigos, refletir sobre a vocação. Em especiassumamos as tarefas que nos cabem: al a Semana da Família, instrumento "homens da Igreja no coração do de evangelização, que cada vez mais mundo". (Puebla). Quando um casal conta com a participação efetiva de orienta o seu engajamento para a muitos casais equipistas. missão de evangelizar e testemunhar Rogamos a Maria, nossa mãe em favor do casamento cristão, jun- assunta ao céu, alcançar para nosta-se a outros e forma um exército. sas equipes a graça de refletirem soImaginem a nossa força, casal equi- bre a vocação, e a perseverança nos pista.! Deus está ansioso por recru- Pontos Concretos de Esforço para tar testemunhas, especialmente tes- responderem ao chamado de Deus. temunhas entre os casais. Fraternalmente, A Família de Nazaré pode ser modelo de resposta ao chamado de Vera e Renato - EC/R Deus. O casal teve dificuldades no 3
CARTA DA EQUIPE RESPONSÁVEL ~~~
INTERNACIONAL Caros amigos, Escrevendo-lhes essa carta- a primeira que lhes enviamos - nossa reflexão se concentra num aspecto da vida que é muito importante para todos nós: a Partilha. A Partilha não somente nos ajuda a desenvolver uma relação mais profunda entre os esposos e no seio da equipe, mas também pode criar amizades. Desejamos que, ao partilhar com você um pouco da nossa vida e dos nossos pensamentos, possamos criar uma amizade que irá se aprofundando através do nosso engajamento na ERI para servi-los e às Equipes que dão vida ao Movimento. Apesar da distância geográfica, podemos nos sentir muito próximos de vocês, unidos no Espírito e na oração que fazemos uns pelos outros, procurando fazer a vontade de Deus a nosso respeito. Moramos no Nordeste da Inglaterra, em Duham, pequena cidade, célebre por sua Catedral e sua universidade. Somos casados há 33 anos e termos 4 filhos, cujas idades vão de 25 a 32 anos: nosso filho e nossa filha mais velha, já casados há dois anos. As outras duas ainda moram conosco; agora preparamo-nos para o casamento da mais nova, em setembro. Tom é engenheiro e com todos esses casamentos certamente terá que trabalhar por mais alguns anos! Pertencemos à Equipe 1 de Duham e há 14 anos caminhamos juntos
num clima de profunda amizade e espiritualidade crescente. As orações e o encorajamento da nossa equipe serviram-nos de sustentáculo durante diversos períodos de responsabilidade e disso lhes somos profundamente reconhecidos. O convite para pertencermos à ERI causou-nos grande surpresa: disseram-nos para pensar nisso quando estávamos em Fátima, no momento em que nos preparávamos com grande entusiasmo para o começo do Encontro Internacional. Nossas preces e nossa reflexão se dirigiam para a escolha de um casal substituto como responsável regional e não sobre uma outra responsabilidade. Nós nem sabemos falar bem o francês, língua usada nos encontros daERI! Esse convite, como de costume, nos deixou estupefatos ... Mas, será que o Senhor escolhe sempre "o momento adequado" para nos chamar? Ele convida ... e depois espera pacientemente a nossa resposta. Os discípulos demoraram para deixar seu trabalho, sua família ... Não nos foi pedido tal sacrifício, mas foi necessário que Ele nos mostrasse
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Na Partilha
onde estávamos antes ço e partilhando, ajudadá-se a si de poder responder. mo-nos mutuamente a O Senhor foi extremesmo ao consolidar nossos esformamente paciente para ços para levar uma vida mesmo conosco, dando-nos temcristã mais profunda. tempo em po para refletir, rezar e • A Partilha na troca de que se trocar idéias entre nós e idéias sobre o tema de nossos filhos. Os projeestudos clareia e aurecebeo tos que tínhamos para o menta nosso conhecioutro. futuro desvaneceram dimento sobre a fé e estiante do novo apelo. Somula em nós o desejo de mos um casal, mas também somos in- conhecê-la melhor. divíduos: para um de nós a decisão foi Existe melhor experiência de Deus fácil, para o outro ela veio pouco a pou- que na Partilha? Ele nos fala através co exigindo mais oração e discerni- do outro. mento da vontade de Deus sobre nós. Em casal, a Partilha nos auxilia a Nossa resposta foi: "Sim, Senhor." compreender e desenvolver nossa esSabíamos, por experiência pró- piritualidade conjugal, que é não somenpria, que se aceitássemos com fé e te um caminho na fé mas também o confiança, Deus suscitaria em nós as encorajamento que colocamos em tudo qualidades necessárias para a respon- o que fazemos ... O sustentáculo músabilidade assumida. Ele se serviria tuo, a fidelidade, nosso respeito um pelo da nossa boa vontade para realizar a outro, nosso amor recíproco. Amor que sua obra. Esse partilhar nós mesmos, é a imagem do amor de Deus por nós ... por e com os outros, sempre foi uma Seu projeto por um amor conjugal que experiência rica de graças e um gran- reforçado e aprofundado a cada dia de privilégio. A Partilha é motivo de permite-nos viver nossas vidas mais atenção na atual orientação do Movi- plenamente com fé e confiança n 'Ele. mento: "Convidados às Bodas de A vida no Movimento nos traz, Caná", cuja frase merece nossa re- bem como aos nossos filhos, incontáflexão: "A noção de partilhar é mais veis graças. Muitos outros casais reampla que a de dar. Na Partilha ceberiam também essas graças se nós dá-se a si mesmo ao mesmo tempo aproveitássemos toda ocasião para em que se recebe o outro. " partilhar com eles, à medida que aliAs riquezas do nosso Movimento mentássemos nossa espiritualidade provêm da Partilha. como membros das Equipes de Nos• Conhecemo-nos gradualmente por- sa Senhora. que estamos prontos a partilhar aberCom nossa fraternal amizade e tamente, honestamente, em casal e nossas preces, emeqmpe. • Aproximamo-nos de Deus, com a Tom e Maureen Hoban ajuda dos pontos concretos de esfor-
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NOTÍCIAS INTERNACIONAIS 1. Uma Sessão na Região Inglat~rra - TrinidadA região organizou uma sessão durante um fim-de-semana, cujo tema foi "As bodas de Caná". O centro de acolhimento, situado em Cotswolds -uma belíssima região a Oeste de Londres - é uma grande fazenda remodelada, adquirida pela comunidade laica cristã. 23 casais e um sacerdote - o conselheiro espiritual regional - lá se reuniram, vindos desde a Escócia até Southampton. Não era um grande número, mas quanta riqueza e diversidade de experiência! Casais recém-casados ou já avós, recém saídos da pilotagem ou equipistas veteranos! Casais de ligação, responsáveis de setor, lá se encontraram, representados num painel todo britânico de casais bem misturados: de católicos de nascimento, de convertidos e até de anglicanos. Vivemos as Bodas de Caná, meditamos sobre ela, explorando-a de todas as formas, desde a simples dramatização até a ver-
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dadeira celebração das bodas, com o vinho que foi servido à vontade. Foi um fim-de-semana de amor e de partilha, de liturgias enriquecedoras, de preces silenciosas, alimentando o casal e preparando-o também para uma dimensão internacional do Movimento, manifestada pela mensagem do casal francês da ERI, assegurando a ligação com nossa Região. A mensagem foi lida em francês e depois na nossa língua. Nesse encontro tivemos a oportunidade de viver e descobrir a essência de uma sessão, onde cada um traz o dom único de sua espiritualidade conjugal e descobre um pouco mais a "vinha das Equipes" com o Espírito de Deus sempre presente.
David e ]osette Oliviere Responsáveis regionais
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 2. ESTATÍSTICA SOBRE as Equipes de j Nossa Senhora O Secretariado Internacional divulgou a Estatística anual do Movimento. O número total de Equipes no mundo inteiro no começo de 1996 é de 7.144 equipes, contra as 6.909 do começo de 1995 . Portaodo um crescimento anual de 3%.
Vocês verão no quadro abaixo uma repartição das equipes por país, por continentes e pelas principais línguas do Movimento. (Veja quadro ao lado) 6
Número total de Equipes em 01 de janeiro de 1.996: 7.144 Repartição por Países África do Sul Alemanha Angola Argentina Áustria Austrália Bélgica Brasil Burkina Faso Camarão Canadá Rep. Central Africana Chile Colômbia Costa Rica Rep. Dominicana Equador Espanha Estados Unidos Fidji França
12 65 4 44 16 180 428 1.300 3 10 57 1 2 106 13 12 11 866 347 1 1.982
Gabão Inglaterra Guatemala
9 125 9
1% 1% 3% 6% 18%
1%
1%
12% 5% 28%
Hungria fndia Indonésia Irlanda Itália Japão Líbano Luxemburgo Mal i Ilha Maurícia México Nova Zelândia Papoua-Nova Guiné Peru Porto Rico Portugal Romênia Senegal Síngapura Suíça Síria Togo Trinidad e Tobago Zaire
2%
6 16 45 499
1% 7%
13 17 5 50 26 3 1 6 38 649 1 6 67 34
17%
9%
1%
11 17 28
Divisão Por Língua
Divisão Por Continente Europa América Sul e Central América do Norte Austrália e Oceania África Ásia
4.738 1.608 404 186 142 66
66% 22% 6% 3% 2% 1%
TOTAL
7.144
100%
38% 28% 16% 10% 7% 1%
Francês Português Espanhol Inglês Italiano Alemão
2.722 2.013 1.132 692 488 97
TOTAL
7.144 100%
Tradução de Maria Célia e João de Laurentys Eq. 04-B, São Paulo - SP N.R.: Essas estatísticas referem-se a 01.01.96, portanto, com relação ao Brasil, já estão desatualizadas. Hoje, em nosso país, já somos mais de 1.300 equipes.
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CARTA oo CoNSELHEIRO EsPIRITUAL INTERNACIONAL "Nós casais - células vivas e fecundas da Igreja"
no, onde se acha a Casa do Pai, com muitas moradas (Jo 14,2). Cremos na Há muito sabemos disso. Quando diversidade que nos enriquece, porque o Concílio nos falava do casal como ela é uma das riquezas da Igreja. "igreja doméstica", ele Nossos casais são nos lembrava que abertos, e o crescimenéramos "pequenas Nossa vida de to de nossas farru1ias igrejas", células vivas torna-se muito mais equ1pe da grande comunidaque um simples súnboalcança um de dos que crêem em lo dessa universalidaJesus Cristo. Temos de. Em tomo de nós, sentido consciência disso, temos nossos filhos profundo porque o élan da noscom suas personalidaquando sa fé e a vitalidade do des, suas diferenças. E nosso sacramento do sabemos nossa vida de equipe matrimônio nos faz alcança um sentido aceitar com ver que a capacidade profundo quando saalegria nossas bemos aceitar com alecria ti v a da nossa diferenças/ união possui um sengria nossas diferenças, so muito profundo sem sublinhar sem sublinhar os asque nos enche de conpectos que, muitas veos aspectos fiança e nos faz vi ver zes, nem chegamos a que/ muitas na misteriosa força compreender, sem crer vezes/ nem da esperança. que temos a última paEssa vitalidade, lavra em seja o que for. chegamos a ampliada pela pertenCom um esforço conscompreende~ ça às Equipes de Nostante de humildade crisem crer que sa Senhora, pode deativa que nos faz ressabrochar em diferentemos a ú /ti ma peitar o outro, mesmo tes direções. Não soquando sua maneira de palavra em mos pessoas que se pensar e seu modo de seja o que for. agir não correspondem sentem presas a um único caminho a seàs nossas coordenadas guir, porque somos filhos de um mun- pessoais, porque somos todos discípudo pluralista, onde a graça é dada a los de Cristo, que nos diz: "Deste modo todos os homens, de todas as raças, sereis os filhos de vosso Pai do céu, de todos os países, de todas as condi- pois ele faz nascer o sol tanto sobre ções. Sabemos que o Espírito traba- os maus como sobre os bons, e faz lha em nós para tomar possível o Rei- chover sobre os justos e sobre os in8
Não somos
piritual na existência justos." (Mt 5,45) pessoas que se cotidiana... para aceiIsso faz de nós sentem presos tar o convite de nos cocélula viva de uma locarmos a serviço do Igreja que caminha, a um único bem espiritual, moral que avança e procura caminho a e material dos homens, ser fiel- o mais possíseguir, porque estando cada casal vel - à mensagem do sensível à dimensão Evangelho. Células somos fi Ih os e permavivas, capazes de esde um mundo rrusswnária necendo aberto ao sercutar e de renascer da pluralista/ viço dos mais pobres. água e do Espírito: ... onde a graça é Eis um projeto de de renascer para o vida que conduz a Reino de Deus (Jo dada a todos "de Igreja" e que 3,5). Atentos às palaos homens/ de uma fará com que nossos vras de Jesus a todas as raças/ casais tomem-se fonNicodemos: "O ventes de vocação ao serde todos os to sopra onde quer; viço; homens e muouve-lhe o ruído, mas países/ de lheres que terão gosnão sabes donde vem, todas as to pelo engajamento, nem para onde vai. condições. pelo senso de serviço Assim acontece com gratuito, pelo valor aquele que nasceu do do sacrifício, pelo Espírito" (Jo 3,8). A vida de cada casal, somada à dom incondicional de si (João Paudos outros casais, forma uma equipe lo II, Pastores dabo vobis, 40). Numa sociedade que procura, que, na sua diversidade, a identifica com a Igreja Universal- a nossa Igre- mas se esquece de que Jesus é ocaja- sinal de salvação para todos os minho verdadeiro que nos levará à homens e mulheres. Essa Igreja con- vida autêntica, Jesus Cristo necessita conosco, para que lhe posamos ta de homens e mulheres capazes de oferecer nossos engajamentos pesso- se darem, e de "ajudar a vi ver na Igreais, colocando-nos com generosida- ja num espírito fiel, a fim de que nosde e devotamento "à escuta da Pala- so testemunho tenha credibilidade e vra de Deus para acolher a luz divi- seja fecundo" (João Paulo II). Nosna que orienta o coração do homem ... sas preces devem, cada vez mais, se a escutar e aceitar a voz de Deus que elevar a Deus para que Ele envie nos chama" (João Paulo II, 16 de "operários à sua messe" (Mt 9,38) e agosto de 1.995), a seguir uma vo- faça com que nossos casais sejam cação de dom total que nasce de uma mananciais de vocações sacerdotais experiência da comunidade viva. e religiosas. Com nossa vida de oração, devePadre Cristóbal Sàrrias, sJ. mos dar ênfase ao primado da vida es9
PARTILHA E PONTOS CoNCRETos DE EsFoRço 5. A Escuta da Palavra Os casais das ENS procuram viver a santidade que consiste fundamentalmente em viver, na verdade, a procura amorosa da vontade de Deus e a comunhão de vida com Deus e com os irmãos. Como caminho e meios para chegar a esse objetivo, as Equipes oferecem os pontos concretos de esforço. O primeiro deles é "escutar assiduamente a palavra de Deus". Antes de continuar gostaria de lembrar um texto que provavelmente ainda está entre os seus guardados: Escutar A Palavra De Deus (Carta Mensal, Suplemento n° 1, sem data). Procure recuperá-lo.
podemos abrir à sua palavra. Ouvir, escutar amorosamente é aceitar, obedecer, assumir o compromisso de uma aliança. Escutamos a palavra de Deus para conhecer os planos de seu amor para nós.
5.2. Ouvir a palavra de Deus para discernir
Nossa vida é feita de opções, pequenas e grandes, corriqueiras e decisivas. Nossa vida será certa se nossas opções forem certas. E serão certas se forem opções conformes aos planos do amor de Deus sobre nós e sobre os outros. A procura da vontade de Deus, a sua escuta, deve ser uma maneira 5.1. Deus fala-nos por amor e nós nossa de ser, nosso modo instintivo de viver; deve ser, digamos, o rumo ouvimos por amor Deus ama-nos gratuitamente, e estável de nossa vida, rumo ao qual porque ama revela-nos gratuitamen- procuramos voltar sempre. Mesmo te o segredo de seu ser, oferece-nos assim haverá mopartilha em sua vida, dando com isso um sentido novo à realidade humana. Deus tem dois modos para nos falar. Interiormente nos fala ao coração com suas luzes e suas graças, seus convites e seus desafios. Exteriormente nos fala pela sua criação, pelos fatos do mundo físico, pelos acontecimentos da história pessoal e da humanidade, pela pessoa de nossos irmãos e irmãs de humanidade e de fé, pela palavra e pela vida de nossa comunidade-Igreja, pela Sagrada Escritura. Deus fala-nos por amor: somente numa atitude de amor é que nos
exigir um esforço maior de discernimento. Nessas horas será necessária uma reflexão mais aprofundada, uma consulta mais cuidadosa à vontade de Deus, uma consideração maior das circunstâncias, uma previsão maior das conseqüências, e possivelmente até será preciso ter uma generosidade maior.
5.3. Onde encontrar a palavra de Deus Desde logo precisa ficar bem claro que ler a Bíblia nem sempre é o melhor meio de escutar a palavra de Deus. Tanto no dia-a-dia, como nos momentos especiais da vida, devemos escolher, caso a caso, o nosso jeito de escutar a palavra de Deus, o mais conveniente para nós, o mais adaptado às questões e às circunstâncias do momento. Sem pretensão de enumerar todas as possibilidades, vamos lembrar as seguintes: a. Veja qual é a situação, quais os dados do problema. Examine os princípios de ação fornecidos pela fé e pela razão,~.~ po~síveis soluções e consequencms. b. Peça conselho, ouça uma pessoa adequada; pode ser 1 <:: ;' t seu cônjuge, alguém da equipe, um parente, um sacerdote ... / ~ c. Peça ~onselho, ouça ' sua eqmpe, seu grupo 1 . .--•,..de oração, sua comu"" nidade ... 1\ d. Procure o livro ade~\ quado, a revista, o fi I\ me, o vídeo, o progra~ ma de TV ou de rádio,
aO
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o disco, o multi-mídia que possam ajudar você. e. Leia a Bíblia: não a abrindo ao acaso, como quem tira sorte. Procure o livro e a passagem que falam do seu problema ou de problemas semelhantes. Leia a Bíblia no seu sentido verdadeiro, e não a tome como ponto de partida para divagações fantasiosas. Se nenhum problema específico está preocupando você, se apenas está procurando escutar a palavra para continuar vivendo e crescendo na graça de Deus, procure esses mesmos meios para escutar e obedecer. Seja sempre dócil (fácil de ensinar), de antenas ligadas, sempre na sintonia para captar e entender as coisas de Deus. E não se esqueça: muitas vezes você é que estará sendo palavra de Deus para outras pessoas: seja palavra verdadeira e transparente!
5.4. A escuta da palavra leva-nos a crescer Somente quem ama pode de fato falar e escutar. Se escutamos a palavra, deixamos que o amor tome conta de nossa vida. Vamos infalivelmente crescer em nossa união com a vontade amorosa de Deus, vamos crescer na comunhão de vida com Deus e com os irmãos. Se escutamos a palavra, vamos sentir-nos continuamente julgados e libertados por essa mesma palavra. Vamos infa livelmente viver na verdade e na transparência nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. Vamos crescerem santidade.
Pe. Flávio C. de Castro, C.Ss. R. C.E. da Carta Mensal 11
A
MISSÃO E ESPIRITUALIDADE
DOS LEIGOS
N
a Christifideles Laici, João Paulo li trata da missão e da espiritualidade dos leigos. O segundo capítulo descreve a participação dos leigos na vida da IgrejaComunhão. Para isso, é necessário entender a natureza da Igreja em si. Somos membros de uma comunidade que ~credita na Comunhão dos Santos, dos vivos e dos mortos, pois a Eucaristia cria uma íntima união e comunhão com todos no Corpo de Cristo que é a Igreja.
O leigo jamais pode viver fechado em si/ isolado dos outros. Vive a fraternidade/ pronto e disposto a ajudar os outros/ um carisma moderno que torna o cristão h ábi I para servi r. O amor é nosso sinal e marcaregistrada. O padre não começa a Missa dizendo: "Que a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo esteja com vocês"? (2Cor 13113)
Esta comunhão eclesial é um dom especial do Espírito Santo. O leigo jamais pode viver fechado em si, isolado dos outros. Vive a fraternidade, pronto e disposto a ajudar os outros, um carisma moderno que torna o cristão hábil para servir. Na Bíblia encontram-se listas dos carismas ou dos ministérios exercidos na Igreja primitiva: apóstolos, profetas, mestres, pastores, evangelizadores etc. (1 Cor 12). Hoje continuam os ministros ordenados (bispos, padres, diáconos) . Pelo sacramento do Batismo, Crisma e Matrimônio, os leigos recebem suas funções e atividades específicas, para desenvolver o bem estar da Igreja e da comunidade humana. Até se nota que leigos estão exercendo funções litúrgicas, mas o papa não quer que se percam ou ofusquem os elementos eminentemente seculares da vocação leiga. Também ele nota que hoje em dia existe uma grande variedade e diversificação de carismas e quer que os leigos recebam esses dons de serviço com gratidão. Eles podem atuar em di versos níveis da Igreja-Comunhão: a. no nível (inter)nacional. Como fico contente quando vejo os nomes de casais equipistas presentes em comissões nacionais; b. no nível diocesano; 12
nhão com o papa, com os bispos e com os planos pastorais; não é uma igrejinha à parte; 4. tem espírito apostólico , faz evangelização, i.e. faz Cristo conhecido, amado e seguido; 5. é envolvido e engajado na sociedade humana, contribuindo com soluções, sem omissões, indiferença ou preguiça; 6. existem sinais concretos de oração (pessoal e litúrgica), um florescimento devocações e de atividades na Igreja ou no mundo, um estudo da fé, maior presença social, um espírito de renúncia e uma simplicidade evangélica no uso do dinheiro e dos bens materiais, mais amor e caridade para com todos, a conversão de pessoas de outras religiões e o retorno de "filhos pródigos" .
Até se nota que leigos estão exercendo funções litúrgicas, mas o papa não quer que se percam ou ofusquem os elementos eminentemente seculares da vocação leiga. c. no nível paroquial: muitos párocos contam com uma Equipe de N. Senhora. Sem um espírito missionário, a família não vive seu carisma de estar aberta a todos. Na Igreja-Comunhão, o bem estar de todos torna-se o bem de cada um e o bem estar de cada um torna-se o bem estar de todos . Como saber se um grupo de leigos está sendo a manifestação de um carisma do Espírito Santo? O papa oferece os seguintes critérios: 1. o grupo conduz seus membros a serem mais santos ; há um crescimento da vida cristã e da caridade; 2. o grupo estuda, professa e expressa a fé. É uma manifestação da Igreja; 3. dá testemunho de comu-
Em outras palavras, na IgrejaComunhão, os leigos abrem-se para uma missão. Se sua equipe pode reconhecerse nesta descrição, já sabe que está sendo fiel ao Espírito Santo e é um grupo autêntico da Igreja. Se o contrário é a verdade, é tempo de repensar o que seu grupo está fazendo e que coisa são vocês.
Pe. Luís Kirchner, CSsR 13
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SER SAL E SER
Luz
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O
sal dá sabor aos alimentos. O sal também preserva os alimentos. O sal se infiltra nos alimentos e age sobre toda a sua estrutura, sobre todas as células. A quantidade que se aplica é pequena em relação à massa a ser temperada ou preservada. Mas, é o que basta, pois a sua ação é eficaz. Assim deveríamos ser nós em relação à sociedade. Somos poucos, proporcionalmente, aci total da população. Mas, se agirmos como o sal age nos alimentos, é o que basta. O mundo será melhor, porque terá o sal de que precisa para
Sem luz/ isto é/ nas trevas o ser humano não tem condições de se guiar e de encontrar o rumo de suas vidas. 14
de nosso último temperar a vida, com EACRE. Ele foi coloos sabores da felicidaO que cado aí para nos de, da paz e da justiça. importa lembrar de nossa misEntretanto, muitas não é apenas são recebida de Deus vezes, não agimos no nosso batismo. O como o sal. Nos omitio quanto mos e deixamos a so- conseguimos Movimento nos oferece um caminho seguro ciedade se deteriorar, faze~ mas de santificação - os e nós mesmos muitas vezes nos deteriora- principalmente Pontos Concretos de Esforço. O Movimenmos. Aí, então, deixao quanto to também nos indica mos de ser sal, o que abrimos que atitudes devemos de nada vale. Nossa o nosso tomar em cada ato de pertença ao Movimennossa vida: Abrirmoto das Equipes de coração nos à vontade e ao Nossa Senhora e à para receber amor de Deus, viverIgreja será, então, inee partilhar mos a verdade e parficaz, inútil. o amor tirmos para o Encontro A luz ilumina. A e Comunhão. luz orienta as pessoas. de Deus. Temos muitas A luz mostra as coisas Aí/ então/ formas de nos engajarcom clareza. Por isso, seremos sal mos nesta missão, não faz sentido escone luz para cada um com seus der a luz, pois, perderia carismas. Também a sua finalidade . o mundo. aqui o Movimento nos Sem luz, isto é, nas aponta para algumas trevas o ser humano não tem condições de se guiar e prioridades, já amplamente difunde encontrar o rumo de suas vidas. didas. O que importa não é apenas o Também, neste aspecto, como equipistas e como cristãos, e por quanto conseguimos fazer, mas tudo o que já nos foi proporciona- principalmente o quanto abrimos o do, temos o dom e temos o dever nosso coração para receber e parde ser luz no ambiente em que atu- tilhar o amor de Deus. Aí, então, amos. Mas, às vezes, temos medo seremos sal e luz para o mundo. ou constrangimento em ser essa luz para o mundo. Ofuscamos em nós Maria Clemente e Afonso a luz que temos por graça divina. CRR/Sta. Catarina Que pena, estamos perdendo a oportunidade de mostrar ao mun- Transcrito de "Magnificat" (jornal das ENS da Reg. Sta. Catarina) do o caminho do bem. no 12- março/abril de 1.996 Ser sal e ser luz, este o slogam 15
ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO/
D
esta vez, gostaríamos de relembrar aos equipistas mais antigos, e esclarecer aos mais novos, sobre como é feita a nossa Carta Mensal, cujo número de edições, no Brasil é de 9 (nove) por ano, enquanto que, na maioria dos outros países (inclusive a Carta Francesa, com o encarte internacional) é de, no máximo, 6 (seis) edições por ano .. . Nossa Carta é preparada por uma equipe de casais (integrantes de diferentes equipes de base) e por um Conselheiro Espiritual cujos nomes constam da 2a Capa (Expediente) de todas as edições. Recebemos muitíssimas colaborações (matérias) de equipistas e de Conselheiros Espirituais de todo o Brasil. Todas as matérias, sem exceção, são lidas e avaliadas. Infelizmente, não é possível publicar todas, pois não haveria espaço suficiente. Assim, adotamos o critério de procurar publicar aquelas que, se.gundo nosso julgamento, apresentam interesse mais geral e que melhor se enquadram na "linha editorial", linha essa que também é orientada pela ECIR (Equipe de Coordenação Inter-Regional). Normalmente, o Casal Responsável da Equipe da Carta Mensal participa das reuniões da ECIR e, sempre que possível, o Casal Responsável da ECIR participa das reuniões da Equipe da Carta Mensal. Além de colaborações específicas, recebemos, também os boletins de setores e regiões, que são
uma fonte riquíssima e como nossos leitores já terão notado, freqüentemente reproduzimos matérias na Carta Mensal. Recebemos, ainda, as Cartas das ENS de vários outros países e, um sem número, de jornais, revistas e outras publicações de cunho religioso. Todo esse material é, também, lido e avaliado e, sempre que se encontra algo que julgamos do interesse dos equipistas, as matérias são traduzidas (quando em idioma estrangeiro) e transcritas na nossa Carta Mensal. Existem, ainda, as assim chamadas "seções obrigatórias", fundamentalmente, Editorial; A ECIR conversa com vocês; Correio da ERI, para as quais sempre temos que reservar espaço. O "processo de produção" da Carta Mensal é constituído das seguintes etapas; "Fechamento" da edição/Digitação/1 a Revisão/Diagramação e Ilustrações/Composição/2a Revisão/Prova da Impressão/3a Revisão/Impressão/Expedição. O processo todo toma, em média três a quatro semanas, fora o tempo que o Correio leva para entregar no endereço dos equipistas e que foge ao nosso controle. Assim, para que a Carta Mensal chegue às mãos dos leitores nos últimos dias do mês anterior ou, nos primeiros dias do mês "de capa", as reuniões da equipe da Carta para "fechamento" das edições são realizadas com quase dois meses de antecedência. Isto também explica por que certas colaborações de equipistas relativas a "temas do 16
Recebemos
mês" (ex. Quaresma, (correio ou fax) quando muitíssimas ocorrerem alterações. Páscoa, Natal etc.) não são publicadas, uma vez colaborações Alguns dias antes que nos chegam às da entrega, pela (matérias) de mãos após o "fechados exemplaequipistas e gráfica, res impressos (tiragem mento" das respectivas de edições. Essas matérias mensal atual de I são arquivadas e muitas Conselheiros 10.000/ exemplares) emitimos, no nosso vezes publicadas no ano Espirituais (ou anos) seguinte (s). computador, as respecde todo o tivas etiquetas para que Gostaríamos, Brasil. Todas sejam entregues na também, de dizer algumas palavras as matérias, agência do correio, sobre a expedição da concomitantemente sem com a entrega dos Carta Mensal. Manteexceção, exemplares, procedenmos nos computadores do-se, então, à etiquedo Secretariado Nacisão lidas e tagem e remessa. Asonal das ENS um caavaliadas. dastro de todos os envidamos todos Infelizmente, sim, equipistas e Conseos nossos esforços panão é ra que a Carta seja relheiros Espirituais, cebida por todos os leialém de outras pessopossível as que recebem a Cartores em tempo hábil. publicar Infelizmente, em certas ta (ex. Bispos, Cartas todas, pois localidades do Brasil, a Mensais de outros paínão haveria Carta demora para ser ses etc.). Esse cadastro entregue e parece que, que totaliza, hoje, cerespaço às vezes, nem é entreca de 10.000 nomes é suficiente. atualizado quase que digue. Esse fato foge ao ariamente, com munosso controle e só danças de endereços, entrada no podemos atribui-lo a deficiência do Movimento de novos casais e correio local. Felizmente, segundo sacerdotes, lançamento de novas estamos informados são poucas as equipes e (felizmente poucas) saí- cidades no Brasil onde isso vem das de casais e de conselheiros e ocorrendo. dissolução de equipes. Essa "mala A Carta Mensal em sua tríplice direta" é alimentada com informa- função de Comunicação, Formação ções fornecidas pelos próprios se- e Informação quer ser, cada vez tores das ENS no Brasil e, daí, rei- mais, um instrumento a serviço dos teramos nosso apelo para que os equipistas e de unidade das ENS no responsáveis nos informem com Brasil, fazendo circular a "seiva" da brevidade, e sempre por escrito vida do Movimento. 17
A CARTA
DE FÁTIMA
Na euforia de viver o grande en- do nosso Encontro Internacional, incontro com os irmãos dos vários pa- seridos na Carta Mensal Especial íses do mundo, por onde estão espa- Fátima 94, de setembro de 1994, lá lhadas as ENS, na redescoberta da estava ela, esperando por nós. Que achado maravilhoso! Nós grande riqueza que é a universalidanos permitimos de do nosso Movichamá-lo de Carta de mento, na vivência do Fátima, porque, no inesquecível sonho Não pode nosso pequeno entenque foi o de estar em haver dimento, ela é um doFátima, quase que espiritualidade cumento que complenão pudemos sata todos aqueles anborear, naquele mofamilia0 sem teriores: a Carta, O mento, toda aquela que antes o que é uma ENS, 2• riqueza de graças casal Inspiração. Trata-se que o Senhor derdesenvolva a de um documento ramou sobre nós. que "atualiza" o nosContudo, de volsua so Movimento para ta para casa, relendo espiritualidade este fim de milênio e e refletindo sobre os conjugal. Não início de outro. documentos recebiPor certo, Merdos naquele Enconpode haver cedes e Álvaro Gotro, revivendo aquePastoral méz-Ferrer, assim les momentos de proFamilia0 sem como o Padre Caffunda espiritual idade, que os casa1s farrel e todos aquequantas descobertas les que escreveram novas fomos fazendo: que nelas se os outros documenas palestras, as homi1nserem/ tos, foram também lias, as celebrações, tenham inspirados pelo Espíos cânticos, todo o Encontro em si, os desenvolvido a rito Santo. Nunca, as amigos que encontraENS estiveram tão sua mos ... claras como nessa espiritualidade Mensagem de FátiE, nessa busca de conjugal. querer beber cada ma. E, o que é imporvez mais na fonte, a tante: nela, o nosso carisma emerge vivo, água pura, saborosa e doce, que jorra das ENS, encontramos palpitante, quase palpável! -A Espiritualidade Conjugal. Confessamos aquilo que procurávamos: - a Carta de Fátima. Escondida, que, há mais de 24 anos, quando enqual violeta no meio das folhagens, tramos nas ENS, com filhos pequehumilde, entre os diversos escritos nos, achávamos esse carisma um 18
A equipe é
dizem que essa tanto restritivo . Enqualquer coisa espiritualidade retira tretanto, o tempo e a a sua força da Graça vivência nos ensinam viva/ que se do Sacramento do muitas coisas. Hoje, cna/que Matrimônio. Se quimais do que nunca, cresce/ que sermos um pouco compreendemos em evolui/ que se além, da mesma toda a sua profundiforma que o sacerdodade essa nossa vodestrói/ que te retira a sua força cação: "Sermos o que passa por do Sacramento da somos: um Movimencrises. Não Ordem. to de Espiritualidade tenhamos Conjugal". Esse nosSe acreditamos que, no Sacramento so carisma tudo medo dessa do Matrimônio, Crisabrange. Não pode palavra//. to veio ficar no meio haver espiritual idade Crises de nós - o casal - é, familiar, sem que antes o casal desenacontecem em pois, aí, que devemos volva a sua espirituabuscar as forças para todos os a vivência dessa esl idade conjugal. Não campos da pode haver Pastoral piritualidade, força vida. O Familiar, sem que os que brota diretamencasais que nelas se te Dele. importante é Carisma, vocainserem, tenham deque elas nos senvolvido a sua ção e missão, nessa enstnam a espiritual idade Mensagem de Fátisuperá-las. conjugal. É este o ma, são apresentados com uma coerência nosso carisma. impressionante e, ao Mercedes e Álvaro dizem bem: a Espiritualidade mesmo tempo, com uma simplicidaConjugal proposta pelo Movimento de que nos convida, realmente, a é a de conhecer a vontade de Deus uma vivência cheia de alegria. A sobre o casal e encarná-la na vida missão, que é inerente à nossa voconcreta. E dizem mais: "esta cação, que quase sempre, parece espiritualidade retira a sua força da uma coisa pesada, nos é mostrada Graça do Sacramento do como uma tarefa gostosa de ser reMatrimônio". alizada, visto que ela é uma decorComo o Espírito Santo soprou rência natural do carisma e da nossa forte sobre eles: Espiritualidade Con- vocação: "Ser mais casal". Não é isto jugal e vivência profunda do Sacra- que buscam os casais jovens e não mento do Matrimônio. Como eles é isto o necessário para os casais que tomam simples e de fácil compre- começam a viver o seu "segundo enensão a proposta das ENS. E, eles fim sós"?. "Casais fecundos e res-
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Celebrara
ponsáveis". Não é essa procura da vontade de Amor de a nossa vocação Deus, da verdade sobre natural, o "dom de nossa nós próprios e do enDeus", presente maracontro e da comunhão. Equipe, o vilhoso do Senhor, que Falando com Amor do em sua infinita bondaotimismo e confiança, nosso de quer partilhar conoscontudo, a Mensagem co o "dom" da Criação? Movimento, de Fátima nos alerta O chamamento de sobre os perigos que porque o Deus para a nossa parpodemos correr em Amor morre nossas ENS. "A equipe ticipação na construção se não o de Seu Reino? "Paráé qualquer coisa viva, bolas de comunhão na celebrarmos, que se cria, que cresce, Igreja e artífice da Paz que evolui, que se se não o à nossa volta" . Então, destrói, que passa por festejarmos. não é essa a missão crises. Não tenhamos destinada a todo batizamedo dessa palavra". do? Evangelizar? Crises acontecem em Assim como foi colocada, a nos- todos os campos da vida. O imporsa missão deixa de ser um fardo, tante é que elas nos ensinam a mas se apresenta como um caminho superá-las: "Descobrir a força da de felicidade a dois, de construção fidelidade que nos faz esperar (em do espírito de família e de evangeli- oração) uma renovação, este sopro zação. [... ] inesperado do Espírito, que torna Nada escapou à arguta e possível o que parecia impossível" e, criteriosa observação de Mercedes "Celebrar o Amor de nossa Equipe, e Àlvaro: A reunião de Equipe, com O Amor do nosso Movimento, seu significado cristão, sua substân- porque o Amor morre se não o celecia sobrenatural e seu mistério. A brarmos, se não o festejarmos". [... ] presença viva e atenta do RessusciA vivência da Espiritualidade tado, amando a cada um de nós Conjugal, que é conseqüência do vicomo nós somos e o "sopro" do Es- ver o Sacramento do Matrimônio, é pírito Santo sobre nós, capaz de nos uma experiência maravilhosa, tão transformar em mulheres e homens cheia de significados, "um dom esnovos, se nos abrirmos a esse "so- pecial de Deus" aos casais e, em espro". E, falam também daquilo que pecial a nós - casais das ENS. [ ... ] é específico das ENS - Os pontos concretos de esforço e Partilha- que Alba e Braz. são um caminho de conversão indiEq. 08 vidual e em casal. Precisamos redesExtraído de "Caminho" cobrir a sua mística, o seu espírito, Boletim das ENS de Bauru!SP vivenciando-os numa dimensão de 21
ExPERIÊNCIA CoMUNITÁRIA
A
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Rico por suas múltiplas maneiExperiência Comunitária é um tesouro que, pouco a pou- ras de acontecer, está se tornando co, está sendo descoberto pe- um instrumento imprescindível, para a ação evangelizadora sugelas Equipes de Nossa Senhora. rida pela Segunda Inspiração. Ação evangelizadora que, conforme diz o Documento Diretrizes Gerais da Experiência Ação Evangelizadora da Igreja no Comunitária é Brasil, "se refere aos grupos (faum tesouro mílias?) de batizados que perderam que está se o sentido vivo da fé, conduzindo a vida distante de Cristo e do seu tornando um Evangelho" . instrumento Djanira e Cézar, Equipe 14 do imprescindível Setor B - Florianópolis - assessorados por outros casais, empreenpara a ação deram a difícil tarefa de organizar evangelizadora e fazer acontecer uma Experiência sugerida pela Comunitária, na Barra da Lagoa, Segunda na bela Ilha-Capital de Santa Catarina. Foram 18 reuniões, com um Inspiração. conteúdo riquíssimo, distribuídas de
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maneira muito harmônica, agradável e participativa. Todos os temas tratados se revestem de muita importância. Evidentemente, como diz o próprio texto, pg. 4, "estas unidades poderão ser acrescidas de novas unidades, com temas atuais como a Campanha da Fraternidade, inserindo os novos casais na Mãe Santa Igreja, caminhando em unidade com o povo de Deus, com nossos sacerdotes, párocos e Bispos" .
''Levar os casais a descobri rem um ''tripé'' que servirá de base para sua vida como casal cristão Este não deixa de ser o grande desafio para a evangelização da família, na atualidade. 11
•
Berço da vida e do amo~ onde o homem ''nasce e cresce, a família é a célula fundamental da sociedade. A estrutura das reuniões foi bem distribuída, buscando-se uma boa participação de todos. Qual o objetivo desta Experiência Comunitária? Penso que se pode resumir no que é dito na página 8: "Levar os casais a descobrirem um "tripé" que servirá de base para sua vida como casal cristão". Este não deixa de ser o grande desafio para a evangelização da família, na atualidade. João Paulo II, no Doc. Vocação e missão dos leigos, no 40, assim escreve: "Berço da vida e do amor, onde o homem nasce e cresce, a família é a célula fundamental da sociedade. Deve reservar-se a essa comuni-
dade uma solicitude privilegiada... ". Penso que cabe às ENS uma tarefa muito especial nesse sentido. Penso até que elas não serão completas se deixarem de lado este trabalho. E, por isso, pergunto: Não será este um desafio que Deus, por Seu Santo Espírito, está confiando às ENS? Tenho uma grande esperança de que o trabalho feito por Djanira e César muito ajudará no sentido do iluminar, animar, despertar trabalhos semelhantes. Que a Família Sagrada de Nazaré abençoe esta iniciativa, seus idealizadores e todos os que, de uma forma ou de outra dela participaram.
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Dom Oneres Marchiori Bispo de Lages Cons. Esp. do Setor, Eq. 1O
PARTILHANDO NOSSA ALEGRIA Recebemos de nossos irmãos equipistas da Colômbia, uma carta endereçada aos Equipistas de Londrina, que muito nos sensibilizou. O motivo da alegria deles e nossa é pela ordenação sacerdotal do José Rafael Solano Duran, da Congregação dos Padres Suplicianos, ocorrida no dia 30 de Março de 1996 em Londrina, pela imposição das mãos de Dom Albano Cavai in, Arcebispo Metropolitano de Londrina. Rafael está conosco desde 13 de fevereiro de 1995, e mesmo antes de ser sacerdote, já era Conselheiro Espiritual das Equipes 04 e 14 do Setor B de Londrina-PR. Queremos partilhar com vocês dessa alegria publicando a carta recebida e a careta do Rafael (foto acima). Beijos e abraços
Maria Cecilia e Gaspar- ECIR
Queridos equipistas de Londrina, Não encontramos um professor de Português, mas nosso coração falará. Obrigado por terem acolhido a um de nossos .filhos, Rafa, nos disse a maravilha que são vocês. Nós os levaremos no coração e sabemos que cada dia estaremos mais unidos. Colombia não é só narcotráfico e guerrilhas, os amamos e sabemos que muito breve nos encontraremos. Beijos e abraços Eq. 10, 16 e 14- Colômbia
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• VISITA ÀS ENS DE PARANACUÁ Queremos dizer aos nossos irmãos equipistas de todo o Brasil que tivemos o privilégio de conhecer, pessoalmente, as equipes de ParanaguáPR. O Movimento ali é novo, mas com casais muito disponíveis e com um Conselheiro Espiritual, Pe. Estevão, que com a alegria do seu sacerdócio, transmite muita força e coragem para aquelas equipes.
Parabéns Paranaguá! Maria Regina e Carlos Eduardo Heise C.R. ECIR
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Novas Equipes Barbacena - MG
• Eq. 13- N. Sra. da Luz Casal Piloto - Matilde e Sady CE- Pe. Gelson Luiz de Fraga
• Eq. 3 - N. Sra . Aparecida CE. Pe. Jacy Cogo Barreiros - PE
Valinhos - SP
• Eq. 1 - N. Sra. da Saúde Casal Piloto - lvete e Nivaldo CE - Pe. Gusmão Calado
• Eq. N. Sra. Aparecida Casal Piloto- Lu c ia Helena e Roberto C. Alves CE- Dom Luis (arqueja
• Eq. 2 - N. Sra. das Graças Casal Piloto - Erenita e Atanazio CE - Pe. Gusmão Calado
• Eq. N. Sra. das Graças Casal Piloto - Maze e Silvio Olivo CE- Dom Luiz Carqueja
Fortaleza - CE
• Eq. 11 - N . Sra. de Fátima Casal Piloto - Vanessa e Rômulo
Votuporanga - SP
• Eq. N . Sra. Mãe Auxiliadora Casal Piloto- Wanda e Joaquim CE - Pe. Carlos (Paróquia São Bento)
• Eq. 12 - N. Sra. da Consolação Casal Piloto - Fátima e Valdemir Marília- SP
• Eq. N. Sra. Mãe de Lourdes Casal Piloto- Adair e Luiz Carlos CE - Pe. José Américo (Par.
• Eq. 16 - N. Sra. das Graças Casal Piloto - Vimera e Dirceu Ciemonini CE - Pe. José Francisco Gonçalves
Sta. Joana)
• Eq. N. Sra. Mãe do Perpétuo Socorro Casal Piloto - Clarice e Teixeira CE - Pe. Gilmar (Paróquia Bom Jesus)
Osório- RS
• Eq. 1O - N. Sra. das Lágrimas Casal Piloto - Matilde e Sady CE - Pe. Alibio Trittzcu • Eq. 17 - N. Sra. dos Navegantes Casal Piloto - Ereni e João Ademir da Rocha CE - Pe. Antonio José Wart Porto Alegre - RS • Cidade de Viamão
• Eq. N . Sra. Mãe da Glória
C. Piloto- Ana Fernanda e Arsenio CE - Irmã Maria de Fátima São Paulo - SP
• Eq. N. Sra. da Paz
C. Piloto- Maria Ondina e João
Eq. N . Sra. da Conceição
(Eq . 8/A)
Recife - PE - Setor A
• Eq. N . Sra. Mãe da Igreja
• Eq. 20 - N . Sra. dos Pobres Casal Piloto - Marcia e Tadeu CE - Frei Severino Castro
C. Piloto- Maria Célia e João
• Eq. 21 - N. Sra. dos Prazeres Casal Piloto- N. S. da Fraternidade Casal Piloto- Zélia e Justino CE - Frei Denis
C. Piloto- Edna e Gilberto
(Eq. 4/B)
• Eq. N. Sra. Aparecida (Eq. 14/B)
• Eq. N. Sra. da Canso/ata
C. Piloto- Neusa e Arnaldo
Santo Antonio da Patrulha - RS
• Eq. 12 - N . Sra. da Piedade Casal Piloto- Divina e Renato CE - Pe. Gelson Lui z de Fraga
(Eq. 3/E)
• Eq. N . Sra. do Amor Divino
C. Piloto - Deise e Argemiro (Eq. 3/E)
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Mutirão em João Pessoa- PB As equipes de João Pessoa e Santa Luzia realizaram um grande Mutirão de Reflexão. Foram discutidas as prioridades do Movimento, os pontos Concretos de Esforço, a missão do equipista e a evangelização, encerrando-se a jornada com a celebração da Santa Missa.
Encontro de Namorados A Equipe N. Sra. do Rosário, de Barbacena - MG, vem realizando o Encontro dos Namorados, com o objetivo de formar e informar jovens, visando a instituição de futuras famílias.
Encontro em Florianópolis - SC O Setor B de Florianópolis promoveu um Encontro de Formação para estudo sobre a Experiência Comunitária.
Experiência Comunitária / Recebemos de Cleide e Valentim Giansante (Eq. 6/A), Casal Coordenador Geral da Experiência Comunitária e Pilotagem na Região São Paulo - Capital, algumas notícias. Dizem-nos eles: "Como se sabe, a Experiência Comunitária quer ser, antes de mais nada, um instrumento de evangelização, cuja finalidade é despertar nos casais o amor a Deus, a vivência comunitária e uma melhor coerência entre fé e vida. Visa, ainda, consolidar a própria estrutura da Família, através de práticas e exercícios espirituais característicos do nosso Movimento. Evidentemente que se espera que cada grupo que se forma venha a constituir-se, após um certo período de tempo, numa nova Equipe, embora esse não seja o objetivo primeiro da Experiência Comunitária. Ultimamente temos visto crescer o interesse pelas Equipes de Nossa Senhora, especialmente nas Comunidades Paroquiais onde existem grupos engajados nas suas diversas Pastorais". A situação atual da Experiência Comunitária na Região São Paulo Capital é a seguinte: Grupo 01
Grupo 06
C.C.: Ana Maria e Silvio (Eq. 11/D)
C.C.: Nilza e Maurício (Eq. 04/D)
Grupo 02
Grupo 07
. C.C.: Maysa e Hugo (Eq. 04/B)
C.C.: Ermelinda e Júlio Cesar
Grupo 03
C.C.: Gislaine e Edgar (Eq. 07/E) Grupo 04
C.C.: Célia e José Fitipaldi (Eq. 09/B) Grupo 05
C.C.: Marialba e Mariano (Eq. 04/D)
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(Eq. 03/B) Grupo 08 C.C.: Rita e Gilberto (Eq. 08/B) Grupo 09 C.C.: Maria Adélia e Romulo (Eq. 04/E)
Equipes de Nossa Senhora / vêm à Casa i/a Mãe No dia 18 de maio passado, as Equipes do Vale do Paraíba- SP, provenientes das cidades de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Aparecida e Guaratinguetá, realizaram sua 12ª Romaria ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Cerca de 300 casais vieram à Casa da Mãe agradecer os favores recebidos e se reabastecer de fé, de esperança e de coragem para enfrentar mais um ano de trabalho e de sacrifícios. O ponto alto da Romaria das Equipes de Nossa Senhora foi uma concelebração eucarística levada a efeito na CatedralBasílica de Nossa Senhora Aparecida, presidida pelo Pe. José Oscar Brandão, C.Ss. R., vigário-paroquial de Aparecida, e concelebrada pelos padres que acompanharam os casais.
Experiência Comunitária e Pilotagem As equipes do Setor 1 do Ceará realizaram um excelente Curso de Experiência Comunitária e Pilotagem. Existem, atualmente em Fortaleza, Pindoretama, Pecem, Quixadá e Limoeiro do Norte, nove grupos de Experiência Comunitária e três equipes novas em fase de pilotagem.
Volta ao Pai • Zélia Lazzarotto casado com Madalena Eq. N. Sra. Imaculada Conceição Caxias Do Sul - RS • Cecilia Toma Takushi esposa de José Takushi Eq. 13 N. Sra. do Bom Conselho Marília- SP • Nedy casado com Tereza Eq. 08 N. Sra. Santíssima Virgem- S. Bernardo Do Campo - SP • Eugênio Francisconi Filho casado com Helena Eq. 01 N. Sra. da Consolação- Dois Córregos - SP • Amadeu Bertholo casado com Therezinha Eq. 01 N. Sra. da Consolação- Dois Córregos - SP
Nomeação de Arcebispo Em 29 de maio passado, o Papa João Paulo 11 nomeou D. Claudio Hummes, (Bispo responsável pela Pastoral Familiar e da Cultura da CNBB e, até então, Bispo Diocesano de Santo André - SP), para a importante missão de Arcebispo de Fortaleza - CE.
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Retiro em Votuporanga - SP A quais totalidade dos casais equipistas do Setor de Votuporanga compareceu ao retiro Anual, tendo como pregador o Pe. Mario Zuchetto e como tema de reflexão; "Deixar que Deus ocupe o lugar de prioridade em minha vida".
Mudanças nos Quadros /
46 Anos das ENS
Durante a última Reunião do Colegiado Nacíonal das ENS, realizada em São Paulo, em fins de maio passado, aconteceu a posse de dois novos Casais Regionais. São eles: Vera Lúcia e Paulo Portugal Rio I) e lida e Maximiliano Cardoso (Paraná Norte). Na mesma ocasião foi prestada uma justa homenagem aos casais, também ali presentes, Myrian e Paulo Fetal, e Lé lia e Organtino Rillo pelo cainho e dedicação com que exerceram seu trabalho e que agora deixa essa função, mas, com certeza não irão "aposentar-se" e sim dedicar-se a outras missões no Movimento.
no Brasil • A Câmara Municipal de Garça- SP, aprovou por unanimidade de seus membros, em sua Sessão realizada em 13 de maio de 1996, Moção de autoria do Vereador Celso Antonio, para inserção na Ata dos trabalhos "de um voto de congratulações e aplausos às Equipes de Nossa Senhora, movimento cristão por uma maior espiritua!idade conjugal e fami l iar, pelo transcurso, hoje, do seu 46º aniversário de fundação no Brasil".
Semana Nacional da Família
• Recebemos notícias de várias localidades brasileiras onde nosso Movimento achase implantado, da realização de Celebrações Eucarísticas (em muitos casos associadas a encontros de confraternização e outros eventos) em ação de graças pelos 46 anos de introdução das ENS no Brasil, comemorados em 13 de maio de 1996.j
Foi publicado, pela Editora Vozes, o subsídio para a Semana Nacional da Família que acontecerá de 11 a 18 de agosto de 1996. O tema da semana é; Família e Política. Visando auxiliar os equipistas a um engajamento e participação efetivos enviamos a todos os nossos casais e Conselheiros Espirituais um exemplar do referido folheto.
Ordenação Sacerdotal - Foi ordenado em Catalão - GO, Frei Adalardo Silva Martins, ofm, Conselheiro espiritual da Eq. 14- N. Sra. de Lourdes, de Marília- SP. -A Eq. 15 - N. Sra. da Rosa Mística, de Santo André- SP, registra com grande alegria a ordenação I de seu Conselheiro Espiritual, Diácono Antônio Mendes Freitas, ocorrida em 07.07.96 em Taiobeiras- MG.
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Caros Irmãos das Equipes, Vocês já conhecem a revista Família & Vida. Vocês já puderam apreciar o valor de seu conteúdo para a vida da família. Vocês sabem como este instrumento é importante para levarmos a todas as famílias os valores evangélicos do matrimônio e da vida familiar. Vocês estão conscientes de que será só através da família, guardiã da vida, que conseguiremos mudar tantas situações de egoísmo , de falta de amor, de injustiça, de violência que tanto prejudicam nosso País. Para que Família & Vida possa continuar sendo a publicação que irradia esses valores e para que possa, a cada nova edição, melhorar a qualidade de suas matérias, as suas reportagens, a sua comunicação com seus leitores, ela precisa , caro irmão equipista, de seu apoio. A melhor maneira de você concretizar este apoio é através da sua assinatura.
Se você ainda não a fez, aproveite o cupom anexo. Basta recortar, preencher, e pôr numa caixa do correio. O selo será pago pela revista. Não pague nada agora: você receberá um boleto bancário, que poderá ser pago em qualquer banco. Se você já é assinante, aproveite o cupom para presentear seus familiares ou amigos.
Propaganda
a verdadeira imagem que caracteriza Nossa Senhora da Espe"Por que será que não há rança . propaganda das ENS, no moSe os irmãos puderem esclamento crucial da vida brasilei- recer seremos muito gratos. ra, onde as famílias são massacradas por todo o tipo de pro- Edemara e Marcos Antônio do blemas? Ficamos calados?! Nascimento Equipe N. Sra. da Esperança Caçapava - SP Stella e Paulo Equipe 21- Niterói- R}
Companheira Inseparável Âncora de N. Senhora "A Equipe 5, de Caçapava, SP, honra N. Sra da Esperança. Quando da sua formação, a equipe adquiriu um quadro com a imagem da Virgem Maria tal qual descrita na Carta Mensal de Abri l/96 (n º 31 7). O padre da cidade disse que a verdadeira imagem era representada pela Nossa Senhora segurando o Menino Jesus no braço esquerdo e uma âncora no braço direito (e não a pomba como escrito na Carta Mensal). Nosso CE mandou confeccionar a imagem com a âncora e a equipe a possuirá em breve. É claro que para nós devotos de Nossa Senhora, este detalhe em nada modifica nossa fé, mas temos curiosidade de saber qual
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Senti uma profunda emoção ao abrir o exemplar de última edição da revista de Maio de 1996, da minha companheira inseparável destes trinta e nove anos de equipista e como participante de um movimento tão abençoado, pois esta revista ou Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora há sido responsável direta de tantos ensinamentos que dela efetivamente colhi em cada dia desse longo período e foi o inspirador das muitas ações missionárias pastorais . Zelinda e Hélio Equipe 1 - Campinas - SP
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Mudança
Há algum tempo que estamos sentindo uma mudança na Prestação de Serviço Carta Mensal. Desde a capa, Agradeço o envio regular da onde não se vê mais a imagem de Nossa Senhora, até a estru- Carta Mensal e parabenizo-os tura interna da Carta, sentimos pela excelente qualidade daRealgumas mudanças que nem vista. Certamente presta um serviço qualificado às equipes que sempre nos agradam". a utilizam. Que possam contiMaria Isabel e Ronaldo C. Pinto nuar e levar à frente esta boniEquipe 11 - A - São Paulo - SP ta iniciativa. Irmã Maria Alba Vega Assessora de Imprensa - CNBB Brasília - DF
Reformulação e Satisfação
~··--;] [2.1 -··-·-··· -
"Notamos que a Carta Mensal vem passando por uma reformulação, especialmente na parte de "formação". Mais uma vez queremos manifesta r a nossa satisfação em ver que está sendo colocado para os equipistas, numa l i nguagem simples, a organização do movimento. (. .. ) O artigo " Nossa Senhora das Equipes" sem dúvida veio esclarecer - sem medo de errar - a quase totalidade dos equipistas brasileiros.
::.:.:.~ !
ESCREVA DANDO A SUA OPINIÃO Rua Luiz Coelho, 308 5º andar - Conj. 53 CEP: 01309-000 São Paulo- SP ou envie fax: 257.3599
Erenita e Attanazio Equipe N. Sra. d e Nazaré Recife- PE
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MAGNIFICAT -o LouvoR DE MARIA
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Por isso, não hesitou e de todo o '< "Minha alma glorifica ao Secoração louvou a Deus. nhor, meu espírito exulta de alegria Aprendamos com Maria a louvar em Deus meu Salvador". Uma das mais belas orações de o Senhor. É preciso, em primeiro lu- louvor a Deus é o Cântico de Maria, o Magnificat. Aprendemos com Maria a louvar o Senhor. Neste canto, Maria expressa sua gratidão a Deus por ter olhado para nós, homens pecadores, com misericórdia e por nos ter enviado seu Filho como nosso Salvador. Mariaexultade alegria ao compreender a grande maravilha da obra de salvação, que Deus operou. Ela, como humilde serva, colocou-se à disposição do Senhor, para que acontecesse a salvação e sentiuse feliz por poder ser a escrava do Senhor, a serva bem-aventurada que havia concebido o Filho de Deus. A alegria de Maria, além de ser uma alegria pessoal, é também uma alegria pelos benefícios de Deus sobre toda a humanidade, sobre todo o seu povo de Israel, em Jesus Cristo. Isso é oração de louvor. É saber reconhecer Deus como Senhor e Salvador, dando-lhe glória por isso. É também reconhecer as maravilhas que o Poderoso fez e faz em cada um de nós e pela humanidade como um todo. A humanidade de Maria permitiulhe reconhecer a obra de Deus e engrandecê-lo com seu canto. Maria sabia que ela era um simples instrumento nas mãos do todo poderoso e, se ela era cheia de graça, era também em virtude da bondade do Senhor. Louvar é crescer em intimidade de oração e de fé com Deus.
gar, ser humilde o bastante para poder reconhecer a grandeza de Deus. Aquele que é orgulhoso e que se sente grande não consegue exaltar o Senhor, porque está a todo momento exaltando a si mesmo. Aquele que, pelo contrário, procura ser pequeno, rapidamente percebe a grandeza divina e o louva com gratidão. Em segundo lugar, Maria reconhece que Deus fez maravilhas. Deus continua agindo nos dias de hoje, basta abrirmos os olhos e o coração e perceberemos o quanto Ele está presente em nossas vidas. Muitas vezes, não nos damos conta da ação de Deus em nós e mal agradecemos tudo o que Ele nos faz. Maria, mais uma vez, nos ensina que devemos louvar a Deus por tudo aquilo que Ele nos tem feito. De outra forma, correremos o risco de achar que tudo na vida acontece por acaso, por sorte ou azar, e acabaremos por nos afastar cada vez mais de Deus. Louvar, portanto, é crescer em intimidade de oração e de fé com Deus, porque o reconhecemos como Ele é e como Ele age. Peçamos a Maria que nos ensine a louvar a Deus de todo o coração, como ela fez, reconhecendo-o como Senhor e Salvador, e que reconheçamos as maravilhas que Ele, ainda hoje, realiza em nós.
Cristina Duarte, Filha de lgnês e Heraldo C.R. do Setor de Marz1ia/SP 31
INvocAçõEs DE NossA SENHORA
D
ando prosseguimento às con- são a sua união com Cristo como siderações sobre as diversas Mãe e a associação com o seu Fiinvocações de Nossa Senho- lho Rei na redenção do mundo. Pelo ra, é natural que, no mês em que ce- primeiro título, Maria é Rainha lebramos o dogma da Assunção, lem- Mãe de um Rei que é Deus, o que a bremos da festa de: enaltece sobre todas as criaturas humanas; pelo segundo, Maria RaNossa Senhora Rainha inha é dispensadora do tesouro e Nossa Senhora subiu ao Céu bens do Reino de Deus, em virtude em Corpo e Alma para ser coroada de sua corredenção. pela Santíssima Trindade como Muitos cristãos recorrem à Rainha e Senhora da Nossa Senhora reCriação. Na Consticordando-lhe esse títuição Lumen Nossa Senhora tulo de sua realeza: Gentium pode-se ler: Salve Rainha, Raisubiu ao Céu "terminando o curso nha do Céu, Rainha em Corpo e da sua vida terrena, da Paz, Rainha dos foi assunta em corAlma para ser homens, Rainha de po e alma à glória todos os Santos, dos coroada pela celeste. E, para que Profetas, dos Santíssima se assemelhasse Martires, dos Anjos, Trindade como dos Apóstolos ... mais plenamente ao seu Filho, Senhor Os três traços Rainha e dos Senhores (cfr. com que São João, Senhora da Apoc. 19,16) e venno Apocalipse 12,1, Criação. cedor do pecado e da descreve Nossa Semorte, foi exaltada nhora, são símbolo pelo Senhor como Rainha do Uni- da dignidade com que exerce a reaverso". leza. A realeza de Maria está intimaVestida de sol, quer dizer, resmente relacionada com a de seu Fi- plandecente de graça por ser a Mãe lho. Jesus Cristo é Rei porque lhe de Deus; com a lua debaixo dos pés, compete um poder pleno e comple- como soberana que é de todas as to, tanto na ordem natural como na coisas criadas; e uma coroa de doze sobrenatural. É uma realeza pró- estrelas, expressão da sua coroa pria e absoluta, além de ser plena. real, do seu reinado sobre todos os A realeza de Maria é plena e parti- anjos e santos. cipada da do seu Filho. Por ser Mãe Nós, das Equipes de Nossa Sedo Rei, Maria é verdadeira e pro- nhora, atendendo ao apelo do Papa priamente Rainha. Pio XII acorremos ao trono de graOs títulos da realeza de Maria ça e de misericórdia da Nossa Rai32
nha e Mãe para lhe pedir socorro na adversidade, luz nas trevas, alívio nas dores e penas, rendendo-lhe um preito de vassalagem constante, impregnado de devoção de filhos. A Igreja celebra a festa de Nossa Senhora Rainha , desde 1954, quando foi instituída por Pio
XII. Desde os primeiros séculos, a arte cristã representou Maria, em esculturas ou pinturas, como Rainha e Imperatriz, sentada em trono real, ornada com as insígnias darealeza e rodeada de anjos.
Nossa Senhora da Consolação Outra invocação com que algumas equipes honram a Virgem Maria é a de Nossa Senhora da Consolação .
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Essa invocação é tão antiga quanto o cristianismo. Vem do tempo dos apóstolos, quando a Virgem Maria ainda vivia entre eles. Com efeito, após a Ascensão do Senhor ao céu, Maria Santíssima foi para os discípulos verdadeira Mãe, consolando-os e encorajando-os na árdua missão de levar a fé ao mundo pagão. Os apóstolos agradecidos e com profunda veneração, deram-lhe o nome de Nossa Senhora Consoladora, ou da Consolação. Os padres agostinianos empenharam-se na difusão dessa devoção, pois à Nossa Senhora da Consolação se deve a conversão de Santo Agostinho. A ela Santa Monica , Mãe do grande Santo e doutor da Igreja, recorreu para ob-
Maria Santíssima foi para os discípulos verdadeira Mãe, consolando-os e encorajando-os na árdua missão de levar a fé ao mundo pagão. Os apóstolos, deram-lhe o nome de Nossa Senhora Consoladora, ou da Consolação.
ter a conversão de seu filho. Nossa Senhora da Consolação é considerada padroeira, principalmente do lar, promovendo a harmonia no seio das famílias e conversão dos filhos que se afastaram de Deus. Nossa Senhora da Consolação
é uma fonte viva de esperança, um raio de luz que ilumina as trevas do desespero e consolida paz aos corações atribulados trazendo verdadeiro consolo aos aflitos. Nossa Senhora da Consolação é apresentada sentada sobre nuvens sustentadas por anjos e tem o Menino Jesus de pé sobre seus joelhos, segurando a correia que cinge a cintura de sua Mãe. Não usam coroas, mas a cabeça de ambos estão adornadas de um resplendor. Ela veste uma túnica vermelha, manto azul e um véu curto bege, que lhe cobre parcialmente a cabeça, deixando ver seus longos cabelos. 34
MARIA A ssuNTA AO CÉu
U
m dos nossos leitores nos escreveu pedindo que se falasse algo sobre o Dogma da Assunção de Maria. Um primeiro elemento a ser considerado é o dado escriturístico, o que dizem as Sagradas Escrituras sobre isso . O Novo Testamento cala absolutamente sobre os últimos anos da vida de Maria e como ela teria terminado sua jornada terrestre. Porém, a fé da Igreja a ilumina para que ela busque na Bíblia o fundamento de sua fé. O Papa Pio XII usa vários textos como suporte para a definição do Dogma: Gn 3,15 : "Porei inimizade entre ti e a mulher. .. "Em Maria, no eterno desejo salvífico de Deus, a salvação radical da criatura já se operou. Ela é a Nova Eva, dependente e subordinada ao Novo Adão, e por mérito dele, canta vitória sobre o mal , o pecado e a morte . Assim como a ressurreição de Jesus é o triunfo de Deus sobre as forças do mal, e a morte é a última destas força s , Maria, Nova Eva, triunfa sobre a morte pelos méritos de Cristo . Ex 20, 12: "Honrarás teu pai e tua mãe". Assim como Jesus honra na eternidade o Pai, eleva à honra máxima sua mãe, associando-a ao seu triunfo celeste . Sal 45, 10.14-16: "À tua direi ta está a rainha coberta de ouro de O fi r ... a filha do rei é toda esplendor ... é apresentada ao rei em
ricos brocados de ouro ... entram juntas no palácio real". Maria é vista como a rainha que se senta ao lado do Rei celeste, Jesus Cristo. Sal 132,8: "Levanta-te, Senhor, para o lugar do teu repouso, tu e a arca da tua força". A Arca da Aliança é interpretada pelos padres da Igreja como símbolo do corpo incorruptível de Maria elevado ao céu. Lc 1,28: "Alegra-te, cheia de graça ..." os teólogos da Idade Média viam na Assunção de Maria o pleno cumprimento do anúncio angélico e da bênção de Deus derrama sobre sua humilde serva. Ap 12: A mulher vestida de Sol que dá à Luz o Salvador, é a Igreja, mas é também Maria. A glória desta figura apocalíptica foi, desde muitos séculos, aplicada à Mãe de Deus. Este texto de São João carrega o eco de uma tradição judaica que dizia que a Arca da Aliança estava oculta na terra até o dia em que Deus se manifestaria. Em Ap 11,19 São João diz contemplar a Arca no céu , e em seguida esta arca é a Mulher vestida como o Sol (Ap 12,1). Maria é a "arca" que trouxe o Filho de Deus dentro de si, e esta "arca" sagrada está junto do Altíssimo em sua glória. O Dogma da Assunção de Maria professa a fé na indissolúvel união de Jesus e sua Mãe Santíssim a. Deus não se usa das pessoas e as joga fora como se fossem 35
ria sido ressuscitada por seu Filho que alevou para junto de si. Tanto uma doutrina quanto a outra são aceitas por vários mariólogos; o Magistério da Igreja preferiu não se pronunciar sobre este fato, contemplando aí o selo do Mistério com o qual o amor da Trindade envolveu sua humilde serva.
Perguntas: um objeto qualquer. Em Maria Assunta ao Céu, Deus mostra sua fidelidade para conosco, nos aponta o nosso destino de criaturas: reinar ao lado de Jesus ressuscitado na glória do Mistério da Trindade. Pio XII no enunciado do Dogma não acrescenta elementos novos à doutrina mariana professada pela Igreja, usa os títulos: Mãe de Deus, Sempre Virgem e Imaculada. Não se pronuncia também sobre o como se deu o término da vida terrena de Maria. Alguns teólogos, seguindo uma devoção oriental, acreditam que Maria não teria experimentado o abraço da morte; outros, porém, afirmam que, como Jesus que é Deus encarnado experimentou a morte, da mesma forma a Virgem teria morrido como nós e imediatamente te-
1. Com sua Assunção, Maria Santíssima atua no céu como a medianeira de todas as Graças. Em sua vida você tem experimentado o poder de intercessão da mãe de Jesus e nossa Mãe? 2. Maria no Documento de Santo Domingo é apontada como a Estrela da Evangelização. O que isso quer nos dizer? 3. Como a exemp lo de Maria podemos ser evangelizadores?
Frei João Aroldo Campanha OFM Conv Transcrito de uo Mílite", n° 52 Agosto de 1994 36
CONFERÊNCIA N ACIONAL DOS BISPOS DO B RASIL 34~ Assembléia
Geral • ltaici, lndaiatuba - SP • 17 a 26 de abril/96
Pronunciamento Sobre a Família
nidade. Para nós, católicos, pelo sacramento do matrimônio, ela se toma Nós, Bispos Católicos, reunidos também sinal eficaz concreto e lemna 34a Assembléia Geral, em Itaici/ brança viva do amor com que Deus Indaiatuba, SP, entre sempre amou o seu os dias 17 e 26 de povo e do amor com abril de 1996, dirigiA família que Cristo sempre mos uma palavra de amou sua Igreja, pela constitui a esperança às famílias qual deu sua vida (Cf. estrutura brasileiras e fazemos Ef 5, 25 - 33). Este é básica da um apelo específico o Evangelho fundaaos Parlamentares do mental da família. sociedade. O nosso País. Como Deus ama o seu futuro da Às famílias, gospovo, asstm os espohistória passa taríamos de dizer que sos são chamados a se necessariamente amarem e se doarem as admiramos e veneramos por sua vocamutuamente. Dessa por ela. É ção e missão, na Igredoação nascem os fipatrimônio ja e na sociedade. VeLhos, que completam a precioso da mos o esforço, por vecomunidade familiar e zes, heróico, com que ali precisam encontrar humanidade. lutam para se manteamor, sustento, estabiPara nós, rem unidas e cumprilidade, segurança, cacatólicos, pelo rinho, rem sua missão. moradia, saúde sacramento do e educação. Por isso, queremos sempre apoiá-las Além das famílimatrimônio, e defendê-las, sobreas assim constituídas, ela se torna tudo neste tempo em há um grande númetambém sinal que a instituição faro de pessoas viveneficaz concreto do situações familiamiliar é gravemente ameaçada, prejudicares irregulares. Quee lembrança da ou esquecida pela remos dizer a estes fiviva do amor legislação civil. lhos e filhas da Igreja de Deus. A família, entreque Cristo está semtanto, constitui a espre a bater em sua trutura básica da sociedade. O futuro porta, esperando que abram e O acoda história passa necessariamente por lham. Ele será rico em misericórdia ela. É patrimônio precioso da huma- e encorajará a busca de soluções 37
~A Sagrada Família,
Michelangelo Galleria degli Uffizi Florença.
apropriadas. Nós, pastores, queremos ajudar nesta busca, conscientes de que todos somos pecadores. Nosso pensamento e nossa solidariedade muito particular se dirigem às famílias pobres, desassistidas, migrantes e àquelas destruídas pela vio lência, seja na cidade, seja no campo e, nestes dias, às famJ1ias atingidas na trágica chacina de Eldorado de Carajás - PA. Que o Deus da misericórdia e da esperança esteja muito junto de tanto sofrimento e o transforme em vida nova! Por outro lado, a uma cultura hedonista e consumista, a uma per-
missividade moral cada vez maior, veiculada mormente por Meios de Comunicação Social, que agridem a família e desorientam a juventude, soma-se uma legislação civil adversa aos ideais e direitos da familia. Não bastasse a lei do divórcio, com grande freqüência aparecem novos projetos de lei no Congresso Nacional, novos decretos do Poder Executivo e outros expedientes legais que desfiguram ou enfraquecem a instituição familiar em seus valores básicos e permanentes. Uma cultura de morte, sempre mais difundida, procura abafar a família como natural
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fonte de vida. A tentativa de ampliar crescentemente a legalização do aborto é o processo mais perverso. Diante desta situação, reafirmamos nosso repúdio ao aborto direto e provocado, pois significa matar seres humanos inocentes e indefesos no próprio seio matemo. Queremos também lutar por melhores condições para que as famílias possam ser felizes em seu estado de vida e capazes de cumprir sua missão dentro dos parâmetros éticos, tantas vezes proclamados pela Igreja. Aos Senhores Parlamentares apelamos que, lembrados, inclusive, de que "a Pátria é a família amplificada" (Rui Barbosa), se oponham e votem contra os projetos de lei, em tramitação no Congresso Nacional, prejudiciais à instituição familiar, como os que ampliam os casos de despenalização do aborto, o que legaliza a união civil de pessoas do mesmo sexo e os que permitem a esterilização humana como método de planejamento familiar. Por isso, votem em favor do veto presidencial parcial ao Projeto de Lei (no 209/91 ), que veta justamente a esterilização humana como método de planejamento familiar. Neste horizonte cheio de sombras e preocupações, surge agora a alegre notícia da visita do Papa João Paulo II ao Brasil para celebrar, no Rio de Janeiro, o II Encontro Mundial das Famílias, nos dias 04 e 05 de outubro do próximo ano. O Papa deseja estar com as famílias e dirigir-lhes uma palavra de esperança, de ânimo e de envio, como insubsti-
tuíveis agentes da Nova Evangelização, rumo ao Terceiro Milênio. A preparação desta visita oferece a todos nós oportunidade única para intensificar a evangelização das farrúlias, estruturar ou reforçar a Pastoral Familiar e os Moavimentos afins (Cf. Coleção Estudos da CNBB - n° 65) em nossas Dioceses e Paróquias, criar estruturas de apoio às gestantes para que não cedam à eventual tentação de eliminar a vida que trazem no seio, mas a acolham com serenidade. Neste sentido, fazemos um apelo esperançoso também aos profissionais da saúde, advogados, cientistas e universidades, em favor da vida e da família. Enfim, estimulamos as próprias famílias a se organizarem no intuito de promover, na sua comunidade e na legislação do País, seus valores, direitos e a defesa da vida, desde a sua concepção até a morte natural. Sentimo-nos privilegiados e extremamente felizes com a vontade do Papa de celebrar esse Encontro Mundial no Brasil. As famílias estão convocadas a participar intensamente desse evento e a fazer todo o possível para estarem inclusive presentes, naquele dia, junto do Santo Padre. A Sagrada Família de Nazaré, pela fidelidade com que viveu a missão recebida de Deus, seja o modelo inspirador de todas as famílias, para as quais pedimos copiosas bênçãos celestes!
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Itaici, Indaiatuba SP, 25 de abril de 1996
o
BATISMO ou A HISTÓRIA DO SÁBIO
QUE VIROU BuRRICO
R;
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diram-nos um artigo sobre o cado por uma sebe intransponível e atismo. O pedido nos trouxe à sua entrada era impedida por um fogo embrança a história do sábio violento, também vivo. - "Tenho muita fome e uma grego que, nos tempos do início do cristianismo, andava pela Palestina, s ede abrasadora", disse ele a Nikódemos. Este resà procura da árvore da vida. Ele ouvira dizer pondeu-lhe: que os judeus a conhe- "És terra sedenPara que ciam. ta e sem água. Passa chegues ao pelo fogo; come do fruTinha o sábio um Reino do nome estranho: to e bebe da água". Koniostrós. Alguns - "Se eu penetrar Deus vivo/ é acrescentavam-lhe um nesse fogo, morrerei preciso que queimado. É loucura o cognome: Authádes , sejas chamando-o de que me pedes". Koniostrós Authádes. -"Vocês, gentios, batizado Outros diziam que dizem que isso é loucunaquela nome e cognome formara; e meus compatrioágua/ que vam um pleonasmo. tas, que é um escândaela te leve Nós não entendemos lo, uma pedra de tropedesses assuntos . até a árvore ço. No entanto, para O certo é que que chegues ao Reino e que nela Koniostrós conheceu do Deus vivo, é preciso morras/ por que sejas batizado naem Jerusalém outro sácomer de bio, do qual se tornou quela água; que ela te amigo, pois era um juleve até a árvore e que seu fruto. deu de cultura grega: nela morras, por comer Nikódemos. de seu fruto. O fruto é Pediu Koniostrós a Nikódemos o Espírito de Deus, que da morte do que lhe falasse da árvore da vida. homem velho te fará ressuscitar, Nikódemos, ao invés de falar sobre como homem novo. ela, resolveu mostrá-la a Koniostrós. Isto tudo eu aprendi com CrisE o fez ter uma visão: a árvore to, o Filho do Deus vivo e Filho do da vida estava no centro de um jar- Homem, que morreu crucificado dim ameno. De uma fonte perene bro- nessa árvore e ressuscitou pela fortava um regato de água viva que a ça do Espírito, que nele habitava". regava. Koniostrós sentia fome e - "Não entendo patavina dessede. Queria comer do fruto; queria se teu discurso , respondeu beber da água, mas o jardim era cer- Koniostrós. Deus, conforme concluí
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de meus estudos, é a mem velho que em ti alma do mundo; munera um orgulhoso sábio O homem do e Deus formam um do mundo. Agora, pois, se salva todo, como corpo e segue-me e eu te farei pela prática beber de uma água que alma. O homem se salva pela prática da virdescerá pelo mundo, da virtude. tude. Sua salvação não com murmúrio de água Sua é chegada em nenhum viva, pois ele será misalvação Reino de Deus vivo. É nha Palavra, também não é sua dissolução no viva e eficaz, e não todo". mais zurro de burro chegada em - "Se estás conmetido a sábio". nenhum tente com essa tua filo-"Então, Senhor, Reino de sofia, então continua falando eu ao mundo, com tua sede e tua Deus vivo. É ouvirão tua Palavra?" fome". - "Sim, todos a sua - "Não, responouvirão; alguns, realdissolução deu, aflito, Koniostrós. mente, como minha Pano todo. Que morra a terra lavra; outros, não, pois seca, o sábio orgulhodirão que antes falavas so, para nascer o hocomo sábio e que pasmem novo". saste a zurrar como burro. Esta será Koniostrós foi, então, transfor- a maneira de identificares tua cruz mado no burrico do Salmo 72, pas- com a minha, a árvore da vida. sando a acompanhar Cristo, que o Toma, pois, tua cruz e segue-me". conduzia pela mão e que lhe dizia: Koniostrós seguiu, então, Jesus, - "Depois de cumprires meu até o cimo de um monte sem vegetadesígnio, eu te receberei na minha ção. Viu que ele ali foi pregado na glória. Meu desígnio é te tornar san- Cruz e que esta era a mesma árvore to e imaculado, na presença do Pai, da vida, que lhe mostrara na caridade". Nikódemos, mas o fogo vivo, que - "Senhor, perguntou o ex-sá- havia impedido sua entrada no parabio, como me conduzes pela mão, íso terrestre, ardia, então, na árvore se não passo de um burrico, e como da Cruz, sem consumi-la, como poderá um simples burrico serre- acontecera com a sarça ardente de cebido em tua glória?" Moisés, da qual lhe haviam falado - "Tu te vês como um burrico, os judeus. porque percebeste que tua sabedoViu também Jesus morrer na ria do mundo não era nada. Mas a Cruz e um soldado trespassar-lhe o minha glória é o homem vivo; vivo, coração com uma lança; e percebeu porque homem novo, renascido pelo que aquele fogo que ardia era o amor Espírito, após a morte do velho; ho- de Jesus ao Pai e ao mundo. Do co41
Koniostrós sentiu que verdadeiramente estava em paz, e não deixou que a árvore da vida se esvaziasse, até o fim de seu tempo na terra.
ração aberto brotaram água e sangue, ambos tomados vivos por aquele fogo. A água, o sangue e o fogo o atraíram à Cruz de Jesus, a árvore da vida. Uma multidão lhe gritava: "burro metido a sábio!", mas os gritos se transformavam na árvore da vida, na qual ele deveria permanecer. Tudo isso fazia morrer o antigo sábio, formado pela terra seca e sedenta, fazendo-o ressuscitar com novo homem, com o dom da Sabedoria, homem que Jesus recebia e que apresentava ao Pai, junto do qual ele passou a levar uma vida escondida, até o fim de sua permanência aqui na terra. Durante todo esse tempo, Jesus lhe segredava ao ouvido: - "É assim que te transmito a glória que recebi do Pai, para que ela brilhe como luz no mundo e tu tenhas a paz". Koniostrós sentiu que verdadeiramente estava em paz, e não deixou
que a árvore da vida se esvaziasse, até o fim de seu tempo na terra. Quando esse tempo se venceu, a água viva, que brotava da árvore da vida, da Cruz, saltou com ele para junto do Pai. Lá, no Reino do Céus, continuava a crescer a árvore da vida, regada pela água viva. Esta, que o levara para lá, continuava a brotar-lhe do coração e o Pai ouvia seu murmúrio como um cântico do Filho. Era o Espírito, que Koniostrós recebia da árvore da vida, que o fazia cantar ao Pai: "Abba-Pai", identificando-o com o Filho. Este canto era uma resposta ao Pai, que lhe dizia: "Tu és o meu Filho; eu hoje te gerei". Eis a história do batismo de Koniostrós; de como ele o viveu e de como o vive, eternamente.
Nadyr e Mário Salles Penteado Equipe 8/B São Paulo - SP 42
PREPARAÇÃO PARA O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO/ /
E
o título de documento do Pon- diversas fases dessa preparação; tifício Conselho para a Famí- a terceira, a celebração do matrilia, anunciado pelo Vaticano no mônio. Um tema novo no documento é a atenção dia 27/05/96, com data especial dedicada à de 13/05/96. É assinapreparação remota do pelo Cardeal AlO texto do matrimônio. Resfonso López Trujillo e responde a ponde, portanto, a o Bispo Francisco Gil um profundo uma necessidade Hellín, respectivadesejo de pastoral de hoje: ofemente Presidente e recer aos jovens forSecretário do Pontifípreparar mação adequada que cio Conselho para a melhoro Farru1ia. os ajuda a assumir o casal para o compromisso matriComunicado do referido Conselho monial. Na introduseu afirma: "o texto resção, o documento compromisso afirma que "se desponde a um profundo matrimonial. tina, em primeiro ludesejo de preparar gar, às Confemelhor o casal rências Episcopara o seu compais, aos Bispos promisso matrie aos agentes monial. É resultado de amde pastoral, espla consulta e pecialmente diálogo com as aos que trabalham em cursos Conferências Episcopais, de noivos". acrescido de Diz, também, contribuições que se deve dar de especialisespecial atentas em Teoloção aos noivos gia, Liturgia e que se enconPastoral". O tram em situadocumento ções especiais. compreende Transcrito do uma introdução Boletim Semanal da CNBB e três partes. A primeira apresenAno XXVIII no 22 (1363) ta a importância da preparação ao 30.05.96 matrimônio cristão; a segunda, as 43
CIENTISTAS DIZEM QUE A VIDA COMEÇOU NO BARRO "Então Javé Deus modelou o homem com a argila do solo (grifo nosso), insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn. 2,7) Sob o título acima, o jornal "O Estado de São Paulo" publicou, em sua edição de 03.05.96, uma matéria da qual transcrevemos o trecho inicial: "A vida na terra teve origem no barro (grifo nosso) e não no 'caldo primordial ', como afirmavam as primeiras teorias evolutivas. Foi a conclusão de um grupo de pesquisadores,coordenado por Leslie Orgel , do Instituto da s Ciências Biológicas Salk, de San Diego, EUA. Eles conseguiram induzir a formação espontânea de moléculas completas de ácido nucléico, como o RNA, base de qualquer forma de vida, na superfície de blocos de argila (grifo nosso) ." Muitíssimos são aqueles que contrapõe a Bíblia à Ciência, afirmando que elas são incompatíveis. Esses e muitos outros (inclusive
I
católicos) opinam que a Bíblia não passa de um" compêndio de lendas" de valor científico e histórico discutíveis. Claro está que os livros da Sagrada Escritura foram escritos em épocas diferentes, espaçadas ate' mesmo de séculos, em contextos culturais, históricos e sociais muito diversos. Acrescente-se a isso que a "linguagem oriental", sobretudo na época, era completamente distinta de nossa "linguagem ocidental moderna", direta e objetiva. Já pensaram os nossos leitores em c omo o autor (ou autores) do Livro do Gênesis poderia explicar ao povo hebreu da época "as moléculas do ácido nucléico"? O maravilhoso progresso científico e tecnológico da humanidade, cada vez mais acelerado é um dom inestimável de Deus aos que Ele criou à Sua imagem (Cf. Gn. 1,27) e, longe de ser motivo de antagonismo entre o "racionalismo científico" e Deus, cada vez mais aproxima o conhecimento científico da "Suprema Verdade" expressa nas Sagradas Escrituras .
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A vida na terra teve origem no barro e não no /caldo
Cabe a nós, humanidade, co- agora aparece finalmente demonslocar esses dons inestimáveis que trar, "tirou a vida do barro" . Ele cada vez mais nos concede, a serviço da "construção do Reino" e ao bem do próximo , e quanto Maria Thereza e mais a inteligência humana evolua, Carlos Heitor Seabra mais próximos estaremos do nosEquipe 04 - E São Paulo - SP so Criador que, como a Ciência C.R. Carta Mensal 45
MEU PAI: MEU MAIS VELHO AMIGO /
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vezes lusitanamente disfarçou seu sorriso que eu teimava em não enxergar? E sua voz sempre com o sotaque atropelando palavras, quantas ocasiões devo ter deixado de compreender que alguns resmungos deviam ser apenas murmúrios de carinho? Quantas vezes os riscos que eu Ontem, sentei-me frente a meu assumia riscava também seu rosto de pai, vislumbrei apenas seu meio ros- rugas? Orgulho-me do porte ereto de to sobre a manchete superior do jormeu pai, sem os ombros nal que ele tinha nas curvados, da velhice. mãos; os olhos parecenSerá que ele permanece do ler sobre os óculos. Quantos assim apenas para dizer De repente, ele levantou daqueles e disfarçar aos filhos o olhar e me surpreenque a nossa educação deu fitando-o. cabelos não pesou em seus Breves segundos e hoje ombros? eu o abaixei o olhar. Por grisalhos Suas mãos hoje esquê? foram tão muito mais ásperas Fiquei refletindo e calejadas do que quanmuito tempo ainda socausados do tomava as minhas e bre sua figura e aquele pela sua me levava ao cinema e momento. preocupação a todas as festas da ciQuantos daqueles para dade pequena. Será, cabelos hoje grisalhos pai, que tuas mãos esforam causados pela comigo? tão calejadas de tanto sua preocupação para remover as pedras de comigo? meu caminho? E os seus olhos hoje Hoje, no seu dia, disfarçados pelos ócusentei-me defronte à los, quantas vezes demeu pai. vem ter se enchido de láSeus olhos se legrimas de alegria ou vantaram do jornal e fitristeza conforme os taram fixamente os motivos que eu ia lhe meus e eu pude enxerpropiciando durante gar tantas coisas que leminha vida? vantei-me, beijei-o na Seu bigode agora testa e o abracei. esbranquiçado quantas
"Na velhice e até aos cabelos brancos, ó Deus, não me abandoneis; Afim de que eu anuncie à geração presente a força do vosso braço, E Vosso poder à geração vindoura". (SI. 70-18)
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Seus olhos se levantaram do jornal e fitaram fixamente os meus e eu pude enxergar tantas coisas que levantei-me/ beijei-o na testa e o abracei.
As manchetes pessimistas do jornal que repousava em seu colo se umedeceram com as lágrimas de alegria de um pai e de reconhecimento de um filho, como num yrenúncio de um futuro otimista. E fácil compreender porque Cristo também teve seu pai terreno. Eu te agradeço. Obrigado meu PAI pelo meu pai!
Manoel Renato (Da Edna) Equipe 07- José Bonifácio - SP
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HOMILIA AOS PADRES / DoM P EDRO f EDALTo, ARCE BISPO DE CuRITIBA
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tualmente, o Papa João Paulo li envia sua mensagem aos Padres na Quinta -feira Santa. Neste ano, o Santo Padre recorda seu Jubileu Áureo sacerdotal, que será comemorado em Roma, de 7 a 1Ode novembro, ocorrendo sua ordenação a 1o de novembro de 1946. O Cardeal José Sanches, Prefeito para a Congregação do Clero, comunicou a todos os Bispos que, nesta Quinta-feira Santa, começasse o hino de ação de graças por este Jubileu .
A Arquidiocese de Curitiba também rende graças a Deus pelo centenário do Seminário de São José, comemorado a 19 de março passado. O Papa em sua mensagem lembra aos Sacerdotes nesta Quinta-feira Santa:
A Vocação Singular de Cristo Sacerdote Cristo, Filho consubstanciai ao Pai, é constituído sacerdote da Nova Aliança. É Deus Pai que chama seu
O sacerd ócio ministe ria l está serviço do sacerdócio comum dos fiéis leigos batizados. 48
próprio Filho, gerado num ato de amor eterno para que se encarne e se torne sacerdote para sempre, o único sacerdote, que nascido de uma mulher, a Virgem Maria, pode oferecer-se ao Pai em sacrifício único e perpétuo. Cristo é sacerdote do próprio sacrifício, oferecido na cruz, para remissão dos pecados de todos os homens e mulheres, reconciliando-os com Deus Pai, entrando uma única vez por todas no Santuário, com o derramamento de seu sangue de valor infinito.
Sacerdócio Comum e Sacerdócio Ministerial A Constituição Dogmática do Concílio Vaticano li, Lumen Gentium, ensina que todos os batizados participam do único sacerdócio de Cristo no tríplice múnus profético, sacerdotal e régio, isto é, de ensinar, santificar e servir. Por isto, todos os discípulos de Cristo, perseverando na oração com louvores ao Senhor, ofereçam-se a si mesmos como hóstias vivas, santas, agradáveis a Deus (Rm, 12,1), dando testemunho do mistério da Santíssima Trindade a todos os homens e mulheres. Deus, na sua infinita bondade, escolhe entre os batizados homens uns para o sacerdócio ministerial, que se distingue essencialmente do sacerdócio comum dos leigos. Não é apenas uma diferença em grau, mas essencial. Não entendem o sacerdócio ministerial, recebido num sacramento específico, a Ordem, quem iguala os pa-
dres aos leigos, chegando atribuir a estes os mesmos poderes de celebrar a Eucaristia, confessar e ungir os doentes. O sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio comum dos fiéis leigos batizados.
A Vocação Pessoal ao Sacerdócio A vocação ao sacerdócio ministerial é um chamado específico de Cristo, como o fez com os Apóstolos individualmente: "vem e segueme". (Mt 4,19; 9,9; Me 1,17; 2,14; Lc 5,27; Jo 1,43; 21,29). Há dois mil anos continua Cristo chamando homens para o sacerdócio ministerial, ora de um modo totalmente inesperado mas quase sempre preparado por um longo período de tempo através dos pais, catequistas, grupos de jovens quando autênticos e padres conscientes que devem prever e prover seus sucessores. Cristo chama pescadores: Pedro e André, João e Tiago, até um publicano tido como pecador e desprezado, como era a profissão de cobrador de impostos e até um temido perseguidor dos cristãos que nutria um ódio de morte contra o nome de Jesus, que é São Paulo. Que cada presbítero reveja a história de seu chamado específico ao sacerdócio que é irrepetível e dê graças a Deus, com um coração repleto de gratidão e alegria.
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Transcrito de Atualidade, no 477
PoRQUE os PADRES NÃo CASAM / Muitas vêzes na campanha eu ouvi da gauchada esta pergunta curiosa, caborteira e enluarada; "Mas, por que os padres não casam, Não têm mulher, filharada?"
A lei do padre solteiro veio da Igreja somente, exigindo o celibato para o clero do Ocidente, e por razões bombachudas, de fato, é mais conveniente,
Esta pergunta merece uma resposta completa, que enfrene a curiosidade num galope, cancha reta: E vou respondê-la em verso, sem pretensão de ser poeta.
Pois o padre tendo família, esquece o povo de lado. Não pode estar sempre às ordens, nem pronto a qualquer chamado. Um dia a mulher faz anos, no outro é um filho pesteado ...
Se o padre não se acolhera, (É solteirito no mais) não é por ter aversão ao prazer que a vida traz ou por pensar que as mulheres são cria de satanás.
E se a família do padre rebenta o freio e bucal? Um filho sai calaveira? A mulher perde a moral? Ou a filha sai bretear com algum índio bagual?
O sacerdote não sofre nenhuma anormalidade. Não é por ser inocente que êle abraça a castidade. O padre é homem completo, bem homem, barbaridade.
Se o povo truca e retruca sustentar padre solteiro, gritaria: "vale quatro" contra as despesas, parceiro dos filhos, mulher e netos, escola, fogão, roupeiro ...
Nem Cristo, Tropeiro Eterno, proibiu esposa aos padres: São Pedro, seu capataz, pois tinha sogra e comadres ... E até hoje, lá no Oriente ainda se casam os frades.
Mais as receitas do médico, festanças, jóia, retôvo, casamento, aniversário, viagens, brindes de ano novo, se a mulher do padre é fina, adeus guaiaca do povo ... " 50
O padre é baú repleto de problemas ... coisa louca ... O povo na confissão despejam tudo em voz rouca pois tem certeza que o padre bota cadeado na boca ...
Ama pois o mundo inteiro com ternura paternal. Não tem exclusividade, não se amarra a um sêr mortal para dar-se de corpo e alma. Neste amor universal.
Pois o padre "flocha" o matambre mas não destampa um segredo Mas ele tendo mulher já deixa o povo com mêdo. Sabemos que foi Dalila quem botou Sansão no enredo.
O padre não é mais dono de seu próprio coração, renuncia ao matrimônio e por livre decisão, para dar-se totalmente a Deus, Eterno Patrão.
Um outro baita motivo do padre viver solito, é que ele tem alma grande, suspira pelo Infinito, não pode se contentar com a mulher e um ranchito.
Se esta tropa de razões parceiro, não lhe bastou, reponto mais um brazino que do lote se afastou: É bom que o padre não case, Jesus também não casou ...
Ama a criança, ama o velho, ama o peão e seu senhor, não despreza a raça ou cor ama os homens e as mulheres num único e santo amor. Coração sacerdotal não tem fronteiras no amor, não tem cerca, nem mangueira, é campo sem corredor, ama Deus e todo o mundo, ama o santo e o pecador.
Pe. Paulo Aripe Colaboração da Eq. 13 N. Sra. de Schoenstadt Rio Grande do Sul 51
JESUS CAMINHOU COMIGO /
E
ra um sábado lindo com muito sol após vários dias chuvosos. Nesse dia eu teria que levar a comunhão a duas pessoas enfermas da comunidade à qual pertenço. Essa comunidade faz parte da Vila Souza, onde fica a capela da Imaculada. Essas pessoas teriam que ser visitadas a cada 15 dias, pelo menos, por dois leigos, sendo um deles Ministro da Eucaristia. Como não estava havendo entrosamento entre mim e minha acompanhante, às vezes ficávamos até um mês sem visitar as casas . Pedi à coordenadora dos ministros se eu poderia levar a comunhão sozinha. E, nesse Sábado lindo, à tarde fui à capela buscar a comunhão. Pedi a Jesus que me ajudasse e me perdoasse, pois estava com medo de encontrar o doente, em estado muito ruim, e então eu não saberia que atitude tomar diante de tal situação. Eu estava triste, também, por não ter com quem conversar. Qual não foi
minha surpresa quando percebi que já havia chegado à casa da pessoa enferma e, até então eu não havia parado de conversar! Foi, então com grande alegria que, abrindo os olhos e o coração, percebi que não estava sozinha, pois Jesus caminhava comigo sob a espécie de pão. Desde aquele dia, quando visito os enfermos, vou tranqüila, pois a melhor companhia deste mundo está ao meu lado, bem junto do meu coração! Não há "conversa a dois" melhor do que nesse momento, carregando Jesus bem perto do coração, falando com Ele, vivendo com Ele, sofrendo com Ele e redescobrindo este mundo lindo tão amado por Deus. Foi percebendo esses valores que neste ano celebrei a mais bela Páscoa com minha família.
Denirce da Cruz (do Waldir) Eq. 04 - N. S. do Bom Conselho Assis/SP 52
CJ.ÀSSICOS a UPIIItVAUDADE
. AfORc;a I DOPERbAO I
A força do perdão: O Cura d'Ars
Os Cristãos diante do divórcio
Michel Legrain - Ed. Santuário, Coleção Clássicos da Espirituali- 1995, 81 pg. dade, organizada e dirigida por Frei Patrício Sciadini, o.c.d. - EdiPor que a Igreja não admite o tora Cidade Nova, 1994, 131 pg. divórcio? Por que os divorciados que casam novamente não tem acesso aos João Maria Batista Vianney, o sacramentos? A posição da Igreja Cura d' Ars (1786-1859), homem pode evoluir? Este livro traz algumas rude, pobre e de fé simples. Foi pá- informações claras e precisas sobre roco de província que sabia pouco um tema muitas vezes discutido apaide teologia, mas muito da miseri- xonadamente e de forma confusa. córdia de Deus! Confessor, cuja sa- Expõe a posição da Igreja Católica bedoria aconselhava do camponês e também explica qual a lógica evanao rico, do analfabeto ao doutor. gélica que a inspira. Santo, de santidade simples que é puro serviço, sem qualquer exteNota: Caso os nossos leitorioridade que chame a atenção. res não encontrem nas livrarias Os pensamentos e meditações os livros sugeridos nesta seção deste livro foram coletados principoderão solicitá-los, diretamenpalmente de suas homilias. São texte e via reembolso postal (qualtos que não possuem a arte retóriquer que seja a editora) para: ca dos grandes pregadores, mas que Santuário 1900 Caixa Postal 4 refletem o grande pastor de almas, 12570-000 capaz de se comunicar de modo efiAparecida - SP caz com a gente do campo e que Não precisa selar. No lugar resgata a força do anúncio, da aledo selo escreva TAXA PAGA, ou gria e do testemunho. Tudo nestes telefone para: pensamentos é simples, direto e (012) 565.2140 compreensível.
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~a AJUDA-ME, SENHOR, / ~ NA MISSÃO DE pAI
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Ajuda-me, Senhor, na missão de pai, porque é difícil e pesado o encargo de sustentar a família e dar-lhe o bem-estar e a tranqüilidade; que é quase heroísmo ser alegre com os familiares quando pesam as preocupações pessoais e os problemas da profissão. f-
Ajuda-me, Senhor, na missão de pai, para que eu realize o diálogo com minha esposa e os filhos. Que eu seja aberto para ouvir, humilde para propor, sábio para decidir e corresponsável para realizar.
Ajuda-me, Senhor, na missão de pai, para que eu saiba descobrir os valores de minha esposa e os talentos de meus filhos; e os ajude a desenvolvê-los. Saiba corrigir com amor, sem destruir nem humilhar.
Ajuda-me, Senhor, na missão de pai, para que eu defenda a dignidade do meu lar contra a imoralidade atrevida e a permissividade tentadora, vivendo o amor com fidelidade e construindo a união que faz o lar feliz.
Ajuda-me, Senhor, na missão de pai, para que eu possa ser sempre um testemunho de fé em Deus, coragem nas dificuldades, paciência nas provações e esperança na dor; e pelo apostolado familiar, ajude outras famílias a serem mais felizes.
Ajuda-me, Senhor, na missão de pai, para que eu saiba dar valor à experiência sem me prender ao passado, saiba ser moderno e atualizado sem ser superficial e vazio; e conserve bem viva, a vontade firme de acertar. Finalmente, ajuda-me, Senhor, na missão de pai, para que eu creia firmemente que a grandeza da paternidade, assim vivida, não termina nem mesmo com a morte, porque os seus frutos são eternos.
N. da R.: Colaboração recebida no Secretariado em 14.08.95 Não conseguimos identificar o autor. Pedimos que o mesmo nos escreva. 54
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PADRE
/ -Quem é?
- É quem ensina a verdade, O escolhido na comunidade Pra conduzir as almas ao Senhor.
É o que segue sempre à frente, Vai junto, caminha ao lado do pobre, e do injustiçado.
É o que visita doentes, Ao triste ele faz contente Aliviando-lhe a dor. Ele reza, canta e anima, As crianças êle ensina O bem, e amar Jesus. Sua família? -A humanidade Seus parentes? - A cristandade Seu Pai? - O Criador. Tem defeito? É perfeito? Quem neste mundo o é?
- É Santo e pecador. Com a amizade do povo, Mantém seu coração novo, E cresce no amor à Cruz. Amemos o Sacerdote, Ele é outro Cristo, é a luz. No altar, todos os dias Transforma o pão em Jesus!
Bergue Canto Piracicaba - SP 55
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"CARTA fiLIAL"
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Papai , neste teu di a eu queria primeiramente Te agradecer por me teres acordado cedo para conversarmos. Especialmente hoje, Tu me fazes recordar tantas coisas da minha vida ! Lembro-me daquela vez que fiz uma travessura e Tu, com toda paciência e doçura, puxaste a minha orelha pondo-me de castigo por 90 dias com hepatite .. . e daquela vez que por teimosia saí de Tua casa? Tu , com toda a misericórdia me chamaste de volta, e como o "filho pródigo", deste-me mais do que merecia. Muito aprendi e aprendo com que me ensinas. Recentemente, podaste o meu galho da vida dando-me de presente, um enfarto. Que bom, pude compreender que Tu querias que eu desse mais frutos!. .. O que mais me agrada em Ti é o Teu amor por mim e o perdão que estás sempre me proporcionando ... Quero Te agradecer todas as coisas boas que fizeste por mim: a minha família, os meus amigos, a minha profissão ... Agradeçote, principalmente, a vida e a minha seme1hança Contigo. Quero Te agradecer "TU DO". Papai, peço desculpas pelas vezes que me tens chamado e eu, ocupado com as coisas materiais, não paro para conversarmos. Prometo que de agora em diante, todas as vezes que desejares estarei a Tua disposição como Tu estás para mim quando Te chamo. Espero um dia poder estar Contigo, com Teu Filho, com Tua Mãe e com todos meus irmãos saboreando o banquete celestial.
Recebe neste Teu dia todo o meu carinho e o meu amor, do filho que Te ama. Galvão, Eq. 6 - Valença - RJ 56
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Meditando em Equipe Leitura: Evangelho de João 1,35-47. Pelo jeito, nenhum deles jamais tinha visto Jesus antes que dissesse qualquer palavra, acreditaram nele. Reorganizaram a vida em função dele.
. . . . . . . .. . . . . ...... . . . . . . . . . . . . .. ... . . . . Meditação: • Que lugar Jesus ocupa em minha vida? • Em que aspectos de minha vida se manifesta sua influência? • Que preciso mudar em minha vida por causa dele? • Que é que vou mudar o quanto antes por causa dele? • Renove sua aceitação de Jesus, louve, agradeça, peça.
. . . . . .. . . . . .... . . . . . . .... . . . . . . . . .. .. . Oração Litúrgica: Crendo no Senhor O Senhor é meu pastor, não tenho falta de nada. Leva-me para campos de verdes relvas e águas puras e refrescantes. Leva-me por caminhos certos, porque ele mesmo é certo. Mesmo varando vales escuros mal nenhum temerei, pois tu és meu apoio e proteção, és consolo para mim. Mesmo quando não me querem, és amigo que me abre a porta: teus braços me fazem feliz, mais feliz do que poderia. Dia a dia vou sendo levado feliz pela tua bondade: minha casa é a casa do Senhor, e sempre assim há de ser. (FI.
Castro sobre o Salmo 22)
Atitudes de Vida: • Procura Assídua da Vontade e do Amor de Deus • Procura da Verdade • Vivência do Encontro e Comunhão
Equipes de Nossa Senhora Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal e Familiar Rua Luis Coelho, 308 - 52 andar- cj 53 CEP: 01309-000 São Paulo-SP Fone: (011) 256.1212 Fax: (011) 257.3599