Equipes de Nossa Senhora Carta Mensal n°328 Junho- Julho/1997 EDITORIAL ......... .. ... ...... ..... .. .. .... .... O1
NOTÍCIAS EINFORMAÇÕES ...... ...... 26
Conselheiro da EC IR .... .. ..... ..... ...... 02
PASTORAL FAMILIAR .... ... ... ....... ... .. 29
CORREIO DA ERI .. ..... .... ........... .... .. 03
Tribunais Eclesiásticos ..................... 29
O Apelo da Carta Ontem e Hoje ... 03
Famíl ia: Esperança da Humanidade
Carta do CE Internacional ............... OS
HISTÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA ... 3 5
Notícias Internacionais .. ...... ............ 07
Equipe Francesa no Rio de Janeiro .... 3 5
ECIR ..... ....... ... ... ............................. 09
MARIA .......... .......... .. ... ... ............... 36
EC IR Conversa com Vocês .... ........ .. 09
PCE- PARTILHA .... ............... .... ....... 37
ECIR : o Exemp lo que Fica de Dois Casa is que Saem ........... ................ 11
Dever de Sentar-se .. ........ ... ...... .... . 3 7
VIDA NO MOVIMENTO ............... .. 1 3 Mini-EACREs e Pós EACREs ...... .... 1 3 Um Casamento que Deu Certo ... ..... 1 5
FORMAÇÃO .. ... ......... ............ ..... ... 16 CNBB - Comunicação ...... .. .. .... ..... 16
33
ATUALIDADE ................................. 38 Monólogo de uma Árvore Milenar ... 3 8
TESTEMUNHO .... ..... ...... .. .. .. .. .... ..... 40 Namorar é Preciso ........ . ........ .. ...... 40 Um Café Diferente ........ .. ... ......... .. 42 Aqui Tem ENS ............................ 44
Mês de Junho .......... .. .. .. .............. 19
NOSSA BIBLIOTECA ....... .. ........ .. .. .. 45
Procissão de "Corpus Christi" .. .... ..... 20
REFLEXÃO .... ..... .. .. ........ .... ...... ..... .. 46
A "Busaca " Atual da Espiritual idade .. 2 2
LITURGIA ... .. .... ........ .... ...... ... ........ . 23
O Silêncio de Deus .......... .... ........ . 46
A Música na Liturgia ..................... 2 3
O Dia a Dia de um Vendedor Equipista ...... .. .. ........ .. .. ............... 4 7
CAMPANHA DA FRATERNIDADE ....... 2 5
Med itando Sobre
Se Teu Olho For Bom ............. ....... 2 5
o Evangelho de Marcos .. .... .. .. ..... ... 48
Carta Mensal é uma publicaçlio das Equipes de Nossa Senhora
Wilma e Orlando S. Mendes Pe. Flávio Cavalca de Castro, CSsR (collS. espiritual)
Edição: Equipe da Ca rta Mensal
} omalista Responsável: Cath erine E. Nadas (MTb 19835)
Silvia e Chico Pontes (responsáveis) Rira e Gilberto Canto Maria Cecília e José Carlos Sa les
Composição, Diagramação e Ilustrações: F & V Editora Ltda. R. Venâncio Ayres, 93 1 - SP Fone: (011) 62.30 13
Foto capa: Natalia S. Mirsky Fotolitos e Impressão:
Edições Loyola - R. I 822, 347- Fone: (011) 6914.1922 Tiragem desta edição: 10.500 exempla res Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:
Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 s· andar . conj. 53 cep O1309-000 São Paulo - SP Fone: (011) 256.1212 Fax: (0 11 ) 257.3599 NC Silvia e Chico
Queridos irmãos equipistas, /
É sempre uma alegria poder falar com vocês e lhes apresentar alguns aspectos que vão nesta carta mensal de junho/ julho/97. Nesta edição tivemos uma certa dificuldade em manter o equilfbrio na distribuição geográfica dos articulistas, com maior concentração no Estado de São Paulo. Realmente, recebemos pouco em termos de novas colaborações, enquanto que o material existente em estoque não se adequava ao planejamento editorial. Isto significa que precisamos da atenção e colaboração de todos no envio de material. Os Casais Responsáveis Regionais estão habilitados a lhes fornecerem informações sobre assuntos e/ou temas que fazem parte da linha de planejamento de 1.997. Aguardamos a sua participação! Estamos no mês de Junho, mês dos namorados e no dia 5 de junho comemora-se o "Dia do Meio Ambiente". E você ainda se lembra de que "Namorar é Preciso"? Para ajudar, trazemos um testemunho que vem lá do Rio de Janeiro, e seguem pistas para um dever de sentar-se, ou melhor, um dever de namorar. Não perca essa oportunidade de fazê-lo! No processo de evangelização Rumo ao Novo Milênio, está se dando destaque à exigência do Serviço, tema este que permeia várias das nossas seções, com especial destaque em "A Ecir Conversa com Vocês". Ah! pensando nos "violeiros", "puxadores de canto", enfim, nos músicos e pessoal de liturgia, e atendendo alguns pedidos, segue uma partitura de um belo canto eucarístico, aproveitando o tema da festa do "Corpus Christi". Esperamos que seja útil! Pois bem, pessoal. Estas são apenas algumas chamadas. O gostoso mesmo, vai ser ler a carta inteirinha, feita toda para vocês!
Com todo o carinho da Equipe da Carta Mensal,
Silvia e Chico CR da Carta Mensal
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Conselheiro da ECIR Queridos Casais e Conselheiros Espirituais! Paz e Bem!
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Mais uma vez estamos juntos para repensar nossa caminhada como construtores do Reino de Deus. É nesse sentido que gostaria de refletir com vocês sobre o significado do título "Um só corpo, um só espírito ... " Em nossa última reunião da Ecir, ao ler os relatórios das regiões, mais uma vez aparece como dificuldade a vivência dos Pontos Concretos de Esforço que implicam na conjugalidade. O que nos falta para assumir essa vivência? Será que o respeito humano, a cobrança, o medo de se expor são maiores que a graça de Deus? Por que não pedimos ajuda a nossos Conselheiros e nossos casais irmãos de equipe para vencer essa dificuldade? Acredito que, conceitualmente, isto é, teoricamente, todos nós já assimilamos a proposta do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, mas sair da razão e intelecto e partir para a vivência é o nosso desafio. Buscar o processo de conversão a dois é construir a unidade de "um só corpo e um só espírito ... " Frente a todos os acontecimentos que têm ocorrido em nossa sociedade, principalmente a violência, fico me questionando que, no fundo de tudo, falta "DEUS", não porque Ele esteja ausente, mas porque nós não nos abrimos a sua graça, a sua ação. Quantos de vocês teriam casos, depoimentos, histórias da ação de Deus em suas vidas ... Então vem a pergunta ... Por que vocês perceberam a ação de Deus? Certamente porque estavam abertos a essa comunicaÇão. Na época dos computadores, internet e sistemas avançadíssimos de comunicação, ainda não aprendemos a nos comupicar com o Pai. Queridos casais, peço-lhes mais uma vez: "NAO PERCAM A OPORTUNIDADE DA GRAÇA DE DEUS". Vocês são canais de "graça" um para o outro e para os outros. Ser "Um só coração e um só espírito .. ." é viver na plenitude as bênçãos de Deus, é viver o sacramento do Matrimônio como sinal sensível da comunicação de Deus com vocês, é viver com tranqüilidade o que as Equipes de Nossa Senhora nos mostram. Tenho certeza que, agindo nesta unidade, podemos ser verdadeiramente testemunhas do amor de De~s aos homens. Sej~m felizes e que Deus os proteja sempre! ·A~rl}ços + ?rações,
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~r' ~-------,T ~.- ------~--------------------------------
Pe. Mário José Filho · ECIR
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O Apelo da Carta Ontem e Hoje
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Queridos Amigos, Ontem ... Em 1947, a 8 de dezembro, data altamente simbólica, os "Grupos de Casais de Nossa Senhora" promulgavam sua novíssima "CARTA", durante uma celebração na cripta da Igreja de Santo Ago tinho, paróquia onde o padre Henri Caffarel era então vigário. Por que uma Carta, se este Movimento de casais cristãos já havia nascido há quase nove anos? A 25 de fevereiro de 1939, quatro casais reuniam-se pela primeira vez com o padre Caffarel, fazendo assim nascer, sem o saber, sem o querer, um Movimento que chamava a um contínuo crescimento. Após alguns anos, a multiplicação destes "Grupos de Casais de Nossa Senhora" sentia a necessidade de organização das relações entre o fundador e os casais que o animavam. Mas, mais ainda, o padre Caffarel tomava consciência danecessidade de que, para dar vida e coesão a esse "corpo", era preciso dar ao seus membros uma regra comum. Seria a "CARTA das Equipes de Nossa Senhora". Assim, o Movimento recebia, então, a sua denominação definitiva e aos seus membros era proposto aderir livremente a uma regra escrita comum, que definia o seu espírito e o seu método, a sua ''mística" e a sua "discipli"na". Neste texto 1 a mística é condensada em duas palatrras: ENTREAJU. DA e TESTEMUNHO. Testemunho e não apostolado,como resSalta uma
nota da versão primitiva da CARTA: "Não que os casais das Equipes se recusem a fazer apostolado, mas, precisamente, porque eles já estão, em sua maioria, diversa e fortemente comprometidos[. .. ], a ação faz com que sintam necessidade de uma forte vida espiritual". E, segundo o texto da CARTA, trata-se do testemunho dado aos não crentes pela equipe, que vive um amor e uma entreajuda fraternais: "Deste modo, o amor fraterno, ultrapassando a entreajuda, torna-se testemunho." A CARTA põe, portanto, a tônica mais sobre a equipe que sobre o casal, mais sobre o testemunho dado pela vida de equipe que sobre o testemunho dado pela vida dos casais. Por outro lado, no capítulo da "Disciplina das Equipes", a CARTA diz que a troca de idéias, na reunião, sobre o tema de estudos tem a "finalidade de favorecer [."..] a iniciação a uma autêntica espiritualidade conjugal e familiar". 3
Uma ESPIRITUALIDADE CONJUGAL: isto era uma total novidade na época. Considerando que a atitude das Equipes de Nossa Senhora fundamentava-se na busca de uma "es-
com o Cristo Salvador, com o mistério de sua morte e ressurreição é um apelo a espalhar toda a sua força a todos os batizados, a fim de defender e iluminar a realidade humana do Matrimônio. Deste modo, o sacramento do Matrimônio é bem um caminho de santidade. É um dos maiores sinais para a evangelização da nossa sociedade " .
piritualidade conjugal como caminho de santidade", o Cardeal
Lustiger, Arcebispo de Paris, fazia notar aos Responsáveis das Equipes francesas, reunidos em Paris, em outubro de 1995, que, inicialmente, o apelo da CARTA parecia elitista, sendo mesmo alvo de críticas, sobretudo num tempo em que, na Igreja, a tônica incidia mais sobre o compromisso que sobre a espiritualidade. Quando o padre Caffarel teve a inspiração de fundar as equipes, a instituição do Matrimônio fazia parte das estruturas da sociedade, estava enraizada nos costumes. Assim sendo, "o que mais importava
A CARTA, chamando ontem os casais à descoberta da espiritualidade conjugal, preparou as Equipes de Nossa Senhora para ouvir, hoje, o Arcebispo de Paris dizer: "Vós sois, enquanto esposos, necessários ao testemunho da Igreja"
Era este, já, o apelo que o Movimento lançava em 1988 em Lourdes, no seu documento "A Segunda Inspiração", quarenta anos após a promulgação da CARTA: "Hoje não é demais pensar que a nova evangelização das realidades terrenas terá credibilidade, sobretudo, graças ao sinal do amor que possui um grande poder de irradiação e de testemunho: este é o serviço, a missão que a Igreja reclama dos casais das Equipes de Nossa Senhora, de modo urgente " . E a "Segunda
às Equipes de Nossa Senhora era uma procura espiritual, mística, sobre o Matrimônio ".
HOJE ... Evidentemente, a situação mudou completamente, este estado de costumes desabou. "Da busca da especificidade cristã do casamento, passou-se à descoberta da essência do mesmo: a compreensão do próprio Matrimônio". As Equipes de Nossa Senho-
do testemunho (de "mártires", na linguagem cristã) da realidade conjugal " .
Inspiração" chamava os casais das Equipes de Nossa Senhora a responder à sua vocação e às aspirações do mundo atual, testemunhando que o casamento está a serviço do amor, que é um caminho de felicidade e um caminho de santidade.
Esta nova vocação para o testemunho criou raízes na espiritualidade conjugal. "A identificação
Marie-Magdeleine e Antoine Berger, ERI - França
ra não são apenas chamadas a dar um exemplo de espiritualidade. A situação alterou-se: "É a exigência
4
Carta do Conselheiro Espiritual Internacional Interiorizar O espírito da CARTA das Equipes de Nossa Senhora ensina-nos o sentido profundo do diálogo. Saímos de nós mesmos e abandonamos o estado de pobreza interior da solidão para falar com Deus, com o cônjuge, com a equipe e com os homens e mulheres que nos rodeiam. Este é um enriquecimento que dá à nossa vida individual e de casal uma nova plenitude e que nos faz acreditar em nós mesmos, pois compreendemos, assim, o valor da Paternidade de Deus e da fraternidade humana, e aprendemos também a discernir os sinais de nosso tempo à luz do evangelho de Cristo. Mas tal só acontecerá se compreendermos a necessidade de uma vida interior intensa, vivida como indivíduos e como casais. Ao convi dar-nos à oração, à reflexão e ao estudo, a CARTA faz-nos interiorizar individualmente e de uma maneira progressiva. Desde então, o novo olhar que surge de nossa vida interior faz-nos perceber, com uma luz diferente, o sentido autêntico da realidade. Graças a este sopro misterioso do sobrenatural, sem nos desviarmos do real, não nos deixamos levar pelo "superficial" . Adivinhamos que, por detrás das aparências, há sempre um "esconderijo" que pode nos revelar dimensões impensáveis da vida, de Deus e dos homens.
Os casais das Equipes de Nossa Senhora, que fazem do Evangelho a Carta de suas vidas e se esforçam por seguir Jesus nos itinerários assinalados pelos pontos concretos de esforço da CARTA com fidelidade, têm a seu favor todos os trunfos para não serem envolvidos na frivolidade de um mundo que ignora, cada vez mais, os verdadeiros valores de uma vida humana autêntica.
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Nossa sociedade precisa de homens e mulheres capazes de lhe mostrar a dimensão de decadência ou de eternidade de sua existência. Os casais das Equipes de Nossa Senhora, que fazem do Evangelho a Carta de suas vidas e se esforçam por seguir Jesus nos itinerário assinalados pelos pontos concretos de esforço da CARTA com fidelidade, têm a seu favor todos os trunfos para não serem envolvidos na frivolidade de um mundo que ignora, cada vez mais, os verdadeiros valores de uma vida humana autêntica. Um esforço de interiorização torna-nos capazes de viver seriamente a fé, pois, assim, aceitamos plenamente os nossos compromissos, como crentes e como casais, com esperança, apesar das dificuldades de um mundo talvez hostil e indiferente. Conseguimos, também, descobrir nossa capacidade de doação mútua, pois percebemos tudo o que nos ajuda a nos doar e tudo o que impede de o fazer. A vida docasal reforça-se, pois toma-nos conscientes de sermos os protagonistas da possibilidade de uma transformação cotidiana de perspectivas, para que a sociedade atual possa reencontrar o rosto verdadeiro de um mundo cristão. Ao mesmo tempo, reconhecemo-nos cidadãos do mundo dos homen e, com esforço consciente e permanente de generosidade, nós nos oferecemos como testemunhas aos nossos irmãos e irmãs para apresentar-lhes, humildemente, mas com força, o grande desafio de nossa crença, que está na raiz do nosso
amor conjugal. Esta esperança é extraída de nossa fé vivida dia-a-dia em comunhão com Jesus em nossas equipes. Jesus está presente no nosso sacramento do Matrimônio, através dos sacramentos, da oração, do diálogo conjugal e fraterno, da revisão de vida e do estudo. O testemunho de nossa união faz , assim, do nosso casal uma presença ativa do evangelho no nosso meio, desta palavra de Deus, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes (He 4,12). Com uma tal vida interior, enriquecida sem cessar, somos os instrumentos de um Deus que quis estar presente entre os homens e mulheres, por intermédio de homens e de mulheres. Levamos ao mundo o mistério de uma vida alimentada e fortificada pela oração e pelos sacramentos. E, pelo fato de sermos membros ativos e adultos, conscientes de nossas responsabilidades como cidadãos, queremos aprofundar cada vez mais o Evangelho, para melhor conhecê-lo e vivê-lo e melhor difundir sua mensagem de salvação. Nossa CARTA das Equipes de Nossa Senhora faz-nos viver a tensão de todo aquele que procura e trabalha sem cessar para encontrar. Graças a ela, procuramos o inesgotável vigor do Evangelho e trabalhamos para transmitir ao mundo achave da verdadeira felicidade: sermos filhos de Deus.
Cristobal Sàrrias, s.j. Conselheiro Espiritual da ERI 6
Notícias Internacionais Informa ções Estatística s sobre as Equipes de N ossa Senhora
Secretariado Internacional fez a atualização anual das estatísticas do Movimento. O número total de equipes no mundo no início de 1997 é de 7 456 sen-
O
do que tinha 7 144 no início de 1996, ou seja um aumento de 4,4%. O quadro abaixo reproduz a situação por Países, Continentes e principais línguas do Movimento.
Europa Alemanha Áustria Bélgica Espanha França (metrópole) Grã-Bretanha Hungria Irlanda Itália Luxemburgo Mônaco Portugal Romênia Suíça
51 16 428 881 1973 122 7 44 531 18 I 714 2 67
América do Norte
1%
Canadá Estados Unidos
6% 12% 26% 2%
62 357
1% 5%
Austrália e Oceania
1% 7%
Austrália Fidgi Nova Zelândia Polinésia (França) Popua- Nova Guiné
10% 1%
7
180 2 6 1 1
2%
Oriente Médio e Ásia
América do Sul e Central Argentina 43 Brasil 1418 Chile 2 Colômbia 128 Costa Rica 16 Dominicana (Rep.) 15 Equador 17 Guadalupe (França) 5 Guiana Francesa 3 Martinica (França) 15 Guatemala 10 México 33 Paraguai 1 Peru 11 Porto Rico 43 Trindade e Tobago 20
Índia Indonésia Japão Líbano Singapura Síria
1% 19% 2%
15
1 32
=
Total Geral
7 456
Distribuição por Continentes Europa 4.855 América do Sul e Central 1.780 América do Norte 419 Austrália e Oceania 190 143 África Oriente Médio e Ásia 69
1%
África África do Sul 10 Angola 4 Bénin 1 Burkina Faso 3 Camarões 8 Centro-Africana (Rep.) 5 Gabão 9 Ilhas Reunião (França) 3 Mali 5 Maurício (Ilhas) 49 Ruanda 1 Senegal 6 11 Togo Zaire 28
19 1
TOTAL=
65% 24% 5% 3% 2% 1%
7 456 100%
Distribuição por Línguas
1%
8
37% 29% 16% 10% 7% 1%
Francesa Portuguesa Espanhola Inglesa Italiana Alemã
2.753 2.185 1.199 714 521 84
TOTAL=
7 456 100%
A ECIR Conversa com Vocês A Alegria de Servir "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amar des uns aos outros . 11
(Jo13,35) Os cristãos nada podem desejar mais ardentemente do que prestar serviço aos homens do mundo de hoje, com generosidade sempre maior e mais eficaz.
(G.S. n° 520) Queridos irmãos das Equipes de Nossa Senhora! É com muita alegria que estamos novamente escrevendo nesta seção da Carta Mensal, "A ECIR conversa com vocês". E é interessante que, quando a gente está escrevendo, parece que nos aproximamos mais de cada um de vocês. A nós coube refletir um pouco sobre a dimensão do "Serviço", dentro do Projeto Rumo ao Novo Milênio. E ao pensarmos em falar em serviço, a primeira lembrança que nos ocorre é a cerimônia do lava-pés. Jesus, lavando os pés dos apóstolos, ensina-nos de maneira bastante clara que nossa vida só tem sentido quando está aberta ao serviço, à vida, ao próximo, ao "lavar os pés dos nossos irmãos" . Se bem que este serviço possa ser · visto e praticado de diversas ma9
A alegria do servir está em doar-se aos outros sem a espera do retorno ou da retribuição: numa gratuidade na dimensão do exemplo de Cristo.
neiras, a partir da nossa própria família, da nossa equipe, do nosso Movimento, não podemos deixar de mencionar o apelo feito pela nossa Igreja no documento n° 56 da CNBB, no seu parágrafo 121: "Uma Igreja a serviço não pode deixar de se confrontar com os problemas sociais brasileiros". Portanto, cremos que é nosso dever pensar em como fazer e como agir para que a dignidade humana e, em especial da farru1ia, seja salvaguardada e respeitada. Se relacionarmos essa dimensão com o nosso Movimento, logo perceberemos que o serviço é uma alegria e uma graça de Deus para com os filhos que tanto ama. A alegria do servir está em doar-se aos outros sem a espera do retorno ou da retribuição: numa gratuidade na dimensão do exemplo de Cristo. E aqui caberia, a nosso ver, um questionamento sério do nosso servir em relação ao crescimento do nosso cônjuge: por que tanta dificuldade em vivenciarmos um profundo e verdadeiro Dever de Sentar-se e uma verdadeira Oração Conjugal, sabendo-se que estes pontos concretos poderão ser serviços inestimáveis prestados por um ao outro? Sabemos que viver em casal é de verdade uma arte, a "arte de ser casal". No entanto, parece que não levamos muito a sério o estar a serviço do outro, nosso cônjuge. Quem ama está sempre a serviço e, como dizia Santo Antônio: "Para quem ama não há dificuldades!" Lembramos aqui o apelo de Paulo VI no sentido de criarmos a "civilização do amor".
Cremos q ue é nosso d e ver pensar em como faz er e como ag ir para que a dignidade humana e, em especial da família , seja salvaguardada e respeitada.
Para terminar, gostaríamos de transcrever as sábias e bonitas palavras de Dom Luciano Mendes de Almeida, publicadas em uma de suas colunas periódicas na Folha de São Paulo, em julho de 1995: "Vamos nos aproximando, pouco a pouco, do fim do século e da entrada no Terceiro Milênio. Eis aí um convite à reflexão que abre para a humanidade perspectivas de convivência fraterna e pacifica." Um abraço fraterno a cada um, cheio de paz e de bem!
1o
Maria Regina e Carlos Eduardo EC/R
ECIR: o Exemplo que Fica de Dois Casais que Saem/ Cada um de nós é chamado a executar uma parcela do plano da Criação e da Redenção. Parcela pequenina ou parcela de vulto ou grandiosa. Pouco importa. Servos do Senhor, a nossa única atitude lógica é a de abrir os braços e, olhos levantados para Deus, dizer como Maria: "Faça-se em mim a vontade do Senhor". (Pedro Moncau, citado por D. Nancy no livro Ouando a Palavra se Torna Vida)
á cinco anos, dois casais eram convocados a dar sua parcela de contribuição para com as Equipes de Nossa Senhora, assumindo um serviço de maior responsabilidade dentro dos quadros do Movimento. Temos certeza que, naquela oportunidade, Maria Cecília e Gaspar, de Londrina (PR), Júnia e Mauro, do Rio de Janeiro, devem ter-se colocado na mesma disposição de Maria, como bem lembrado pelo saudoso Dr. Pedro Moncau, na sua meditação sobre o "Dizer presente": "Faça-se em mim a vontade do Senhor ". E nestes cinco anos em que tivemos a ventura de conviver com esses dois casais, muito pudemos aprender com eles, na sua disponibilidade, no seu amor e dedicação às Equipes de Nossa Senhora. Foram cinco anos de inúmeras viagens entre aquelas duas cidades e Ribei-
H
11
rão Preto (SP) e, ultimamente, Rio Claro (SP), muitas vezes envolvendo percursos em ônibus durante toda uma noite. Mas chegavam sempre alegres e bem dispostos para o trabalho, para as nossas movimentadas reuniões. Júnia e Mauro colaboraram intensamente na ligação com as regiões do Rio de Janeiro e Minas e, ultimamente, colaborando de uma maneira especial na montagem da memória retrospectiva da caminhada das equipes no Brasil. Maria Cecília e Gaspar dedicaram-se intensamente na ligação com as regiões do Paraná à Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E, nos últimos meses de sua colaboração com a ECIR, passaram a realizar a ligação com as regiões do Nordeste do Brasil. Temos certeza que todos aqueles que tiveram esta convivência
(
Júnio e Mouro
MarioCecília eGaspar mais próxima com estes casais vão tê-los sempre em suas memórias. Por outro lado, estamos seguros que eles estarão abrindo os braços e elevando os olhos a Deus, agradecendo as graças recebidas neste serviço e, pondo-se à disposição para novos chamados dentro do Movimento das Equipes de Nossa Senhora e, principalmente, no nosso mun-
do, como batizados, para que o Reino de Deus aconteça. Aos nossos dois casais amigos, queridos irmãos de caminhada na equipe da ECIR, nosso muito obrigado pela inestimável ajuda e colaboração. Nós amamos vocês.
Maria Regina e Carlos Eduardo EC/R 12
Mini-EACREs e Pós-EACREs / em se difundindo, cada vez mais, dentro dos nossos SETORES, a prática de se buscar uma maior participação de todos os equipistas no espírito do EACRE, como forma de reforçar o trabalho dos Casais Responsáveis de Equipes na transmissão das orientações, diretrizes, objetivos e, enfim, de tudo o que de mais importante acontece nesse encontro. Visando estimular aqueles que ainda não adotaram, ou talvez nem conheçam esta estratégia de trabalho que tem trazido tão bons resultados ao Movimento, trazemos os testemunhos enviados por alguns Setores:
V
1. Min i-EACREs de Guarating uetá - SP/ Teve início às 14:00 horas no Centro de Espiritualidade Franciscana, e foi marcado pela presença amiga de d. Nancy Moncau, que carinhosamente participou da procissão de entrada, juntamente com todos os CRE, que levaram a água trazida do EACRE. Tivemos uma palestra sobre o tema da Campanha da Fraternidade/97, muito bem colocada pelo nosso irmão equipista Alceu Biagioti. Em seguida d. Nancy falou sobre o tema tão importante que é a Correção Fraterna. Finalmente Pe. Flávio C. Castro fez uma colocação quanto à proposta
!
I
das ENS para a preparação do novo milênio, falando sobre o evangelho de São Marcos e dando-nos muitas opções de leituras sobre Jesus Cristo. Como sempre acontece, aproveitamos a oportunidade do MINI- ~ EACRE para fazer um encontro 1>1 paralelo para os filhos. Enquanto as crianças brincavam, desenhavam e ouviam histórias, os adolescentes fizeram uma reflexão sobre o Cristo que liberta de todas as prisões da vida de um jovem. Soltamos todos juntos balões coloridos com mensagens. Foi um momento de festa para os peque- _ nos e muíta emoção para os casais. Os balões nas cores amarela, verde e vermelha, simbolizavam fé, esperança e amor. Finalizamos com um lanche, com a História da Águia, e com a cerimônia das águas, da qual todos saíram com um vidrinho, inclusive as crianças.
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Tetê e Arnaldo CRS Guaratinguetá - SP
2. O ''Nosso P ó s- EACRE'' em / Casa Branca - SP Realizamos em nosso Setor, pela primeira vez, o PRÉ-EACRE. Foi um sucesso. O comparecimento dos casais que iriam participar do EACRE foi maciço. No entanto, muitos outros casais interessa13
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dos também vieram ver o que seria esse tal de PRÉ-EACRE. Segui u-se o EACRE que aquece os ânimos daqueles que dele participam. Foi com esse espírito que resolvemos marcar uma reunião para todos os equipistas de nosso Setor e demos o nome ao evento de "O NOSSO PÓSEACRE". A sugestão partiu de um Casal de Ligação e todos aprovaram. Entendemos que os equipistas de nosso Setor precisavam ser informados das maravilhas encontradas nas palestras inspiradas pelo Espírito Santo. Não deu outra! O NOSSO PÓS-EACRE foi realizado num clima de grande espiritualidade, orações, cantos, etc. Fizemos a cerimônia das águas trazidas pelos casais e ju ntamos com a água que trouxemos do Encontro Nacional. Foi emocionante saber que estaríamos levando para nossas casas as águas vindas de diversos cantos do Brasil, num sentido de profunda unidade nacional. Antes de terminar o NOSSO PÓS-EACRE, os Casais de Ligação reuniram-se com suas equipes para programar os trabalhos do ano.
Vem se difundindo, cada vez mais dentro dos setores, a prática dos MiniEACREs e PósEACREs, com a finalidade de uma maior participação e integração de todos os equipistas no espírito do EACRE. ção, com a presença de quase todos os casais de nossa Coordenação. O encontro foi muito proveitoso e transcorreu num clima de muito amor fraterno. Foi uma retomada de todos os assuntos abordados no EACRE, através dos próprios casais que participaram do mesmo e dividiram as tarefas. Houve também grupos para troca de experiências, com grande aproveitamento. Mais uma vez, ti vemos certeza que Maria esteve conosco, abençoando-nos. Que ela continue a nos ajudar para que os frutos do PÓSEACRE possam ser abundantes.
Marilda e Gerson CRS de Casa Branca/SP
3. Pós-EACRE da Coordenação Benfica- MG Realizou-se no Centro de Pastoral N. S. da Imaculada Concei-
dej
Carminha e Carlos - CR Coordenação de Benfica/MG 14
Um Casamento que Deu Certo: Seminário e ENS nosso contato com o Semi- lata de óleo para o ofertório. nário Maior começou quanNo ano passado, a campanha do a missa mensal do nosso do cimento obteve um ótimo resulMovimento passou a ser naquele lo- tado, e segundo o Pe. Paulo Sércal. Desde essa época passamos a gio, que é o ecônomo, esta ajuda tomar conhecimento das dificulda- contribuiu para uma excelente redes para manter todos aqueles jo- forma na cozinha. vens seminaristas. Por isso nos emNo retorno das últimas férias, penhamos bastante em toda cam- quando fomos deixar alguns semipanha de ajuda aos nosnaristas que tinham sos seminários "MAIchegado de viagem, o OR" e "MENOR". Pe. Paulo, com muita Vemos neles, Temos por todos alegria e satisfação, às vezes, os seminaristas muito chamou-nos para ver a carinho e respeito e, no nova cozinha, que, por nossos filhos, que estiver ao nosso alsinal, ficou ótima. às vezes, cance, procuraremos A sua satisfação nossos irmãos levou-nos a estar emajudá-los. Vemos nemais novos. les, às vezes, nossos fipenhados mais ainda lhos, às vezes, nossos na ajuda para que nosirmãos mais novos. sos seminaristas posComo já faz algum tempo que sam fazer o seu discernimento voaí vamos, muitos dos que conhece- cacional e, futuramente, sejam bons mos, ainda seminaristas, hoje já são e santos padres, com a nossa ajuda padres aqui em Brasília, no Nordes- material e com as nossas orações. te, no interior de Goiás e até em Outra coisa interessante é que, Minas Gerais. com esta aproximação, praticamente Quase toda quarta-feira, por ser todos os padres formadores, diácofolga deles e como muitos não têm nos e até mesmo alguns seminarisparentes aqui, alguns vêm em nos- tas acompanham nossas equipes. sa casa, onde conversamos bastanAgradecemos a acolhida que lá te e tomamos juntos a refeição. sempre tivemos na realização das Fazemos isto com muita alegria, nossas missas mensais, pois tratapois sabemos que estamos acolhen- se de um lugar que está sempre disdo Cristo nestes nossos irmãos. ponível, sem nenhuma dificuldade. O Movimento já fez, através das missas mensais, a campanha do Creusa e Caroba óleo de cozinha, a qual rendeu basEquipe 21- E tante, pois todos nós levávamos uma Brasília
O
15
CNBB- Comunicação ""Ide e anunciai para todas as criaturas"'
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ós ter sido crucificado e morto pelos homens, Jesus risto apareceu para seus apóstolos e exortou-os a continuar sua obra de evangelização, dizendo: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Me 16,15). Com esse mesmo espírito missionário, arcebispos e bispos reunidos na 35ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) encerraram o grande encontro, comprometendo-se a expandir a comunicação em prol da evangelização em todo o território brasileiro. Reunidos em Itaici, distrito de lndaiatuba (SP), de 9 a 18 de abril, cerca de 300 bispos e arcebispos e 100 convidados- padres, religiosos, religiosas, comunicadores e outros -debateram o tema central: "Igreja e Comunicação Rumo ao Novo Milênio", durante a 35° Assembléia Geral da CNBB. Na cerimônia de encerramento, foi divulgado um documento trazendo 109 compromissos e propostas para a expansão da comunicação na Igreja do Brasil. No primeiro item do documento, o texto explica claramente a proposta de comunicação da Igreja. "Jesus é a Palavra de Deus que se fez carne e veio morar no meio de nós (Jo 1,14). Supremo comunicador do Pai, optou por um processo inculturado e dialógico de comunicação, que se apresenta como um modelo básico para os projetos de
sua Igreja". Dom Lucas Moreira Neves, presidente da CNBB, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador (BA), disse que diversos compromissos elencados no documento já estão sendo realizados há algum tempo e as propostas "estão sendo estudadas com ânimo redobrado para se tomarem, em pouco tempo, compromissos firmados diante dos concretos meios de comunicação social". Segundo o documento, os bispos e arcebispos propõem rever os modelos e práticas de comunicação da Igreja no Brasil, tanto no campo das relações interpessoais, grupais e organizacionais, quanto do uso dos ins-
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Queremos uma legislação boa, justa e adequada para as rádios comunitárias, no sentido de maior favorecimento da democratização do rádio e de melhor serviço para nossa popu fação do interior.
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trumentos ou meios de comunicação ou meios de comunicação na tarefa evangelizadora. A CNBB prevê, para o desenvolvimento da comunicação na Igreja, atuação planejada e corajosa de todas de todas as dioceses e paróquias em prol da comunicação como veículo de evangelização. Segundo o documento, serão valorizados os profissionais e as práticas de comunicação, assim como será dada maior importância à formação do comunicador católico. Também haverá incentivo à assessoria de profissionais de comunicação social em campos como os do planejamento, execução e avaliação de ações de comunicação, além de uma profunda reavaliação de toda comunicação da Igreja no Brasil, tanto interna como exteriormente. O documento também prevê a criação de uma comissão central e de equipes de pastoral da comunicação em cada diocese, que serão responsáveis pelo desenvolvimento da comunicação. Ao término da assembléia, cada bispo e arcebispo levou para sua comunidade o compromisso de desenvolver a Pastoral da Comunicação entre seus diocesanos. Para isso, conta com a participação cada vez maior do leigo, dos profissionais de comunicação e dos fiéis em geral.
Rádios comunitárias Em algumas regiões do país, como Norte e Nordeste, as grandes distâncias e a falta de recur17
Agente de comunicação: é preciso formálo para que, realmente, ele faça uma aplicação da comunicação impregnada de valores humanos e cristãos.
sos das dioceses, incluindo a pobreza e as altas taxas de analfabetismo da população, dificultam ao máximo a comunicação como meio de evangelização. Para superar esses problemas, alguns bispos missionários trouxeram para o debate na 35ª Assembléia a proposta da criação de rádios comunitárias . A criação dessas rádios, no entanto, depende de concessão do governo Federal. Para isso, os bispos decidiram entrar em contato com deputados e políticos de suas regiões, pedindo que haja uma legislação rápida para este assunto. Dom Lucas Moreira Neves disse que as rádios comunitárias podem ter grande utilidade no processo de evangelização. "As rádios podem contribuir para a educação da população, para a demo-
cratização da mídia e da liberdade de expressão que a Constituição Federal garante", afirmou o cardeal. Com essa medida cautelosa, a CNBB quer evitar o patrocínio de rádios-piratas- que podem interferir em outros serviços, como os códigos da Aeronáutica. "Queremos uma legislação boa, justa e adequada para as rádios comunitárias, no sentido de maior favorecimento da democratização do rádio e de melhor serviço para nossa população do interior", frisou Dom Lucas.
Bispos avaliam assembléia Ao término da 35ª Assembléia Geral da Conferência N acionai dos Bispos do brasil (CNBB), os participantes levaram para suas co-
Nós recebemos a mensagem de Jesus não para guardar conosco, para divulgá-/a pelo mundo. Para isso precisamos estar em dia com as novas técnicas de comunicação.
munidades o compromisso de intensificar os projetos de comunicação em favor da evangelização. Munidos de um documento intitulado "Igreja e Comunicação Rumo ao Terceiro Milênio - Conclusões e Compromissos", divulgado na cerimônia de encerramento da assembléia, os bispos terão 109 propostas para desenvolver a comunicação em suas comunidades. Dom Raymundo Damasceno Assis, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, disse que daqui para a frente o trabalho maior será transformar as propostas e compromissos do documento num plano nacional de pastoral da comunicação. Entre outras ações, ele frisou a valorização e formação do agente de comunicação. "É preciso formálo para que, realmente, ele faça uma aplicação da comunicação impregnada de valores humanos e cristãos", afirmou. Dom Damasceno também citou a comunicação interna da Igreja como um meio a ser desenvolvido. Para tanto, o documento revela a intenção de expandir o uso de novas tecnologias nas dioceses. "Nós recebemos a mensagem de Jesus não para guardar conosco, para divulgá-la pelo mundo. Para isso precisamos estar em dia com as novas técnicas de comunicação".
Jornal Santuário de Aparecida de 26104 à 2105/1997 Alexandre Alves 18
MêsdeJunho mês de junho chegou. É o mês do Sagrado Coração de Jesus. É o mês dos santos populares: Santo Antônio, São João e São Pedro. Qual a lição que estas comemorações nos passaram?
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"Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração" disse Jesus.
Num mundo de competição e de desencontros, temos de aprender a ser humildes. Temos de praticar a toda hora a ação de Jesus: lavar os pés sem cansar. A humildade é a base sólida sobre a qual se ergue uma vida espiritual autêntica. É o alicerce de nossa vida cristã. Cristo, nosso Mestre, de fato, não veio para ser servido, mas para servir. Gostaríamos de que os outros nos servissem. Mas o cristão verdadeiro vai se treinando, exatamente, em prestar serviço aos outros. Isso exige uma atitude de disponibilidade que chamamos de humildade. É uma disposição interna de viver a verdade sobre nós mesmos: somos feitos para amar e servir, para perdoar e construir a vida do nosso próximo, esquecendo-nos de nós mesmos. O egoísmo tenta nos desviar desta vocação fundamental e toma-nos orgulhosos, arrogantes, acomodados. O exemplo dos santos que homenageamos neste mês de junho é magnífico. Santo Antônio deixa sua vida de monge letrado para ser simples franciscano, pregador itinerante a serviço da evangelização. São João Batista é o precursor. O maior profeta entre todos os que surgiram: batiza preparando o povo para a vinda do Messias. Não se considera digno de desamarrar as sandálias do Salvador. São Pedro, discípulo de Jesus, renega seu Mestre e chora amargamente sobre sua fraqueza. Recebe o perdão porque foi humilde. Está aí uma virtude que os santos praticaram. Encontraremos graça junto a Deus e perfeita paz junto ao próximo se soubermos viver a grandeza ... da humildade. Assim o nosso coração se inspirará no Coração de Cristo, cheio de ternura e misericórdia!
Frei Diogo Luiz Fuitem- OFM Conv. O Mflite- Junho de 1996. 19
Procissão de ''Corpus Christi'' Você Conhece sua História? esde os tempos da Igreja antiga estabeleceu-se o costume de se guardarem algumas hóstias consagradas para a distribuição da comunhão aos doentes. Com o tempo, a hóstia começa a ser considerada objeto de culto. Pelo século XII suspendia-se a hóstia numa píxide* diante do altar-mor, para a devoção dos fiéis . Torna-se usual a elevação da hóstia após a consagração, para que os fiéis adorassem, e isso passa a ser considerado o momento mais importante da Missa. O povo achava que, adorar a hóstia neste momento, era participação completa na Missa. Em algumas cidades tocavam-se os sinos nesta hora, e as pessoas corriam para a adoração. Como as igrejas eram bastante vizinhas, pagavam os padres para elevar a hóstia durante um tempo maior, e assim podiam "participar" de mais Missas. A adoração pública da hóstia foi conseqüência natural, primeiramente em duas formas: na procissão do Domingo de Ramos, quando era adorada junto à cruz do Cemitério e na Quinta-feira Santa, no "Sepulcro" (altar próprio para adoração do Santíssimo), onde era guardada até a recolocação no dia da Páscoa. Eram prenúncios da solene procissão de "Corpus Christi", que vai se estabelecer no século XIII, chamado o "Século do Santíssimo Sacramento do Altar".
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A procissão de "Corpus Christi" tem origem nas visões da monja agostiniana Joana de Liege (falecida em 1258), cidade na qual passou a ser celebrada. Depois o Papa Urbano IV estendeu-a para toda a Igreja. A intensificação do culto público se deve às controvérsias eucarísticas medievais (que colocaram em dúvida a presença real) e os milagres eucarísticos, que foram freqüentes na Idade Média, como as hóstias que se transformaram em carne e vinho em sangue. Esses fatos despertaram uma vigorosa reação de adoração pública à hóstia. As procissões de "Corpus Christi" tomaram-se cada vez mais concorridas e majestosas. As ruas eram cobertas de tapetes, a cidade era enfeitada. Nesta forma chegaram à América Latina, onde eram realizadas com a maior beleza possível, tomando-se, junto com as procissões da Semana Santa, o maior momento de participação popular. No Peru chegava-se a substituir o calçamento de pedra, nas ruas, por lajotas de prata maciça. E a Procissão demonstrava também a "ordem social" existente: as autoridades maiores carregavam o Pálio; depois vinham, por precedência, as classes sociais; no fim, as mulheres, crianças, índios e escravos. Poucas Paróquias do Brasil não tinham a sua Irmandade do Santíssimo Sacramento. 20
"Corpus Christi" é parte inseparável da cultura religiosa, significado grandioso do amor de Cristo, que por nós se faz tão pequeno a ponto de se identificar com um pedaço de pão. Busca-se Cristo que se reparte por nós, para que nós também, saibamos nos repartir a serviço de nossos irmãos.
Hoje, "Corpus Christi" é parte inseparável da cultura religiosa, significado grandioso do amor de Cristo, que por nós se faz tão pequeno a ponto de se identificar com um pedaço de pão. Busca-se mais não separar o culto da hóstia da celebração da Eucaristia, e nela ver o sinal de Cristo que se reparte por nós, para
que nós também, saibamos nos repartir a serviço de nossos irmãos. *Píxide: recipiente onde se guardam as hóstias ou partículas consagradas
Pe. José Artulino Besen Extraído do jornal "Missão Jovem" 21
A 118usca'' Atual de Espiritualidade adultos ansiosos de luz! Pais e mães pedem a Deus que os ilumine. A Igreja vem se fazendo essa pergunta com insistência. Paulo VI nos deixou, em dezembro de 1975, a bela exortação apostólica "A Evangelização no mundo contemporâneo". O nosso João Paulo II fala incansavelmente na "Nova Evangelização". Leigos, sacerdotes e religiosos buscamos, juntos, a nossa resposta atual. Cada vez somos mais conscientes de que evangelizar é mais partilhar uma experiência de vida do que transmitir uma mera informação. No fundo, evangelizar é comunicar aos outros uma grande alegria, que não cabe dentro de nós. Como apresentar aos outros um Alguém que é a Alegria do mundo? A espiritualidade, capaz de sustentar uma vida cristã em meio a tantas dificuldades, tem de ser renovada experiência da presença amorosa do Deus trino na nossa vida e no nosso mundo. Como alimentar essa experiência de fé? Como ajudar que outros a experimentem? Como combater os ventos que ameaçam apagar a chama do fervor? Evangelizar é despertar a chama do amor por Jesus Cristo, aderir à sua Pessoa e comprometer-se, com alegria, no seu projeto do Reino de Deus.
é pouco tempo, era possíel para muitos cristãos, até rofissionalmente bem formados, continuarem sua vida religiosa com uma fé adquirida e estacionada na infância. Uma situação assim era lamentável e levava a uma separação entre a fé e a vida do cristão. Um apelo se faz cada vez mais forte e urgente, especialmente da parte dos leigos, em busca de uma espiritualidade que nos ajude a viver o desafio da fé cristã no mundo de hoje. Um olhar pastoral sente compaixão por este nosso mundo: mulheres, homens e, especialmente, crianças com fome de vida, de sentido, de pão, de afeto, de dignidade. Como evangelizar o mundo de hoje? Eis a grande pergunta! Nestes vinte séculos de Cristianismo, milhões de pessoas buscaram a resposta nas mais diferentes épocas históricas, culturas e contextos humanos. Acredito que esta pergunta comoveu o coração da Santíssima Trindade e desencadeou o movimento de misericórdia que é a encarnação do Filho de Deus. Quantas vezes Jesus de Nazaré buscou a sua resposta com humilde alegria! Quantos missionários se fizeram esta pergunta, em línguas carregadas de sotaque! Quantos catequistas continuam se questionando sobre isso, enquanto preparam o próximo encontro com as crianças ou jovens, cada vez mais diferentes de ontem, ou com
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Pe. Manuel E. Iglesias, S.]. (do jornal Opinião) 22
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A Música na Liturgia
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o Concílio Vaticano 11 quem ensina sobre a importância da música dentro da liturgia: "A tradição musical da Igreja inteira constitui um tesouro de inestimável valor. Ocupa entre as demais expressões de arte um lugar proeminente, principalmente porque o canto sacro, que se acomoda às palavras, fa z parte neces-
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sária ou integrante da liturgia solene ". Tendo em vista a festa eucarística de "Corpus Christi" segue abaixo um canto apropriado para um momento de adoração ao Santíssimo, para uma noite de oração envolvendo o tema da Eucaristia, ou mesmo para uma ação de graças após a comunhão.
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A FORÇA DA EUCARISTIA (música e letra de Irmã Míria T. Kolling) 1. Ouanto te dom ina o cansaço, E já não puderes dar um passo; Ouando o bem ao mal ceder, E tua vida não quiser Ver um novo amanhecer: Levanta-te e come! (Bis) que o caminho é longo, caminho é longo!
3. Ouando a dor, o medo, a incerteza, Tentam apagar tua chama acesa, E tirar do coração A alegria e a paixão De lutar, não ser em vão : Levanta-te e come! (Bis) que o caminho é longo, caminho é longo!
REFRÃO:
4. Ouando não achares o caminho, Triste e abatido, vais sozinho, O olhar sem brilho e luz, Sob o peso de tua cruz, Oue a lugar nenhum conduz: Levanta-te e come! (Bis) que o caminho é longo, caminho é longo!
Eu sou teu alimento, ó caminheiro! Eu sou o Pão da Vida verdadeiro! Te faço caminhar, Vale e monte atravessar, Pela Eucaristia, Eucaristia!
2. Ouando te perderes no deserto,
5. Ouando a voz do anjo então owires E o Coração de Deus sentires, Te acordando para o amor, Renovando teu vigor Água e pão, o Bem Maior: Levanta-te e come! (Bis) que o caminho é longo, caminho é longo!
E a morte então sentires perto, Sem mais forças pra subir, Sem coragem de assumir O que Deus de ti pedir Levanta-te e come! (Bis) que o caminho é longo, caminho é longo!
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Se Teu Olho For Bom iluminasse e não nos tomasse pelas mãos, que caminhos seguiríamos? Está certo quem disse: "Deus é que me levanta quando caio. A claridade de seu olhar misericordioso faz desaparecer a escuridão de minhas misérias e pecados. Amor com amor se paga!" É Cristo quem fala: "Se teu olho for bom, todo o teu corpo será sadio". Ter olho bom significa ver os defeitos dos outros com o amor do coração, mesmo que sejam muitos e grandes. O amor vê, sim, os defeitos dos outros, mas, em vez de condenar, releva e perdoa. Como foi bom o olhar de Cristo para Pedro, para Zaqueu e tantos outros! A Campanha da Fraternidade deste ano pede isto de nós. Olhemos os encarcerados como sofredores e merecedores não apenas de compaixão, mas, sobretudo, de justiça. Se achamos que devem pagar pelos crimes que fizeram, achemos que não devem ser maltratados. O modo como vivem os presos em nossa prisões, amontoados e "marcados", não condiz e não parece ser próprio de um país que se diz civilizado e, menos ainda, cristão. Cadeia é castigo. Não é escola. Não é só o pessoal da Pastoral Carcerária que deve ter "olho bom". É toda a sociedade!
ó Cristo é que pôde fazer este desafio: "Quem de vós poderá acusar-me de pecado?" Ninguém neste mundo poderá repetir este desafio. Por mais perfeito que alguém se julgue, por melhores que sejam as suas intenções, por maiores que sejam os seus esforços, por mais sincero que seja seu desejo de perfeição, o homem cai. Todos caímos. Isto não é uma fatalidade . É conseqüência de uma queda fatal, o pecado. Há os que negam o pecado. Outros tentam explicar a sua origem. Que neguem e que tentem. O certo é que o homem sente um peso que o impede de alçar vôo e de permanecer nas alturas. Todos os santos passaram por caminhos de altos e baixos. Esta situação não deve levarnos ao desânimo. Antes deve levar-nos à humildade e à confiança. As aptidões que temos são um bem, mas não nos bastam para fazer-nos sempre bons. Na verdade, a nossa suficiência vem de Deus. Ele nos ajuda no que não podemos e, mesmo que outros não nos ajudem, Ele ajuda. Isso é consolador! Os homens falham. Deus, mesmo que tarde, nunca falha. Por isso está dito: "Quem confia em Deus não será confundido". Quem vê com humildade as suas próprias limitações aprende a ser mi ericordioso. Se Deus pedisse conta de todas as nossas falhas, que seria de nós? Se Deus não nos
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Pe. Orlando Gambi, C.Ss.R. (do jornal Santuário de Aparecida) 25
Bodas
de Ouro Sacerdotais
Padre Farinha está comemorando suas bodas de ouro sacerdotais: uma vida cheia da graça do Senhor e totalmente dedicada a Deus e ao seu Reino. As Equipes 29D e 97B, da Região Rio I, têm a alegria de contar com sua palavra amiga e orientação espiritual. Sua fidelidade ao chamado do Senhor 'Vem e ~ne" é para todos nós um belíssimo testemunho de amor e seguimento a Jesus. Joaquim Farinha nasceu em 7 de janeiro de 1924, no município de Proença-a-Nova, Portugal. Ordenou-se padre no dia 20 de julho de 1947, consagrando-se inteiramente ao Senhor, numa vida de muita oração, doação e serviço. De 1948 a 1955 trabalhou na Espanha do pós-guerra .. Além de pastor, foi um dos fundadores do Seminário da Congregação do Sangue de Cristo naquele país. Incansável, acumulou, nessa época, a diretoria do colégio do Seminário. Seus sete anos de trabalho na Espanha não apagaram, porém, as raízes profundas deixadas em sua terra natal. Ele regressou a Portugal e passou dezoito anos na sua província. Todavia, sua veia missionária não parava de pulsar. Em 1973, fez um curso de atualização pastoral na Bélgica. Lá, foi influenciado por alguns religiosos brasileiros, especialmente pelo Bispo Eurico, de Altamira, no Xingu, Pará. Seu pedido de entrada no Brasil foi seguidamente "esquecido" pelo governo militar de então que considerava o curso feito na Bélgica muito àesquerdl Ei-lo aos 50 anos de idade, após as bodas de prata sacerdotais, como missionário no Xingu. Trabalho era o que não faltava: pastoral nas favelas, formação de paróquia e programa na tevê local. Ora pois! Em 1977 veio para o Rio, na Igreja do Sangue de Cristo, na Tijuca, onde foi recebido de braços abertos. Sua bondade, seu jeito de ser humilde e carinhoso, compreensivo e atuante, .....
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..... ajudaram-no a formar uma grande comunidade. Há cinco anos, Padre Farinha ingressou nas ENS a convite da Equipe 97B. O mesmo entusiasmo de toda sua vida sacerdotal é agora dedicado também ao nosso Movimento. Demos graças a Deus!
Equipe 29D - Nossa. Senhora da Luz - Rio de Janeiro Equipe 97B - Nossa Senhora dos Anjos - Rio de Janeiro
Família
em
Destaque
Destinada à família, com programas para crianças, jovens e adultos, a programação da Rede Vida está no ar, buscando uma linguagem moderna, com qualidade técnica e artística, dentro dos princípios éticos, morais, sociais, cívicos e cristãos. Através de suas estações retransmissoras, dos sistemas a cabo (Net, Multicanal e TVA) chega hoje a mais de 45 milhões de telespectadores de norte a sul do Brasil. Dentro de sua programação, queremos indicar o "Família em Destaque", um programa semanal de 50 minutos, de caráter formativo e informativo, tendo como única preocupação a família brasileira, incentivando-a a vi ver com dignidade e alegria os valores humanos e cristãos. Cada programa desenvolve um tema-chave sobre família, abordando de maneira artística e moderna, as diversas áreas da vida familiar: reportagens, entrevistas, espiritualidade, psicologia familiar, receitas, coisas de criança. Meire Nogueira, com longa experiência na TV brasileira, é a simpática apresentadora deste programa, onde figura como produtora a Irmã Aparecida Matilde Alves, fsp.
"FAMÍLIA EM DESTAQUE" vai ao ar todos os domingos, às 19 hs e é reprisado na segunda-feira às 14 hs.
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Dia de Convivência Familiar Pedimos as orações dos equipistas de todo o Brasil para que rezem pelo dia de Convivência Familiar, que será realizado pela primeira vez no ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano do Sul, no Estado de São Paulo), no dia 22dejunho. É um evento onde se pretende trabalhar com quatro módulos: os pais equipistas, os filhos e filhas, casados ou não, de 21 anos para cima, os adolescentes de 14 a 20 anos, e, o último módulo, as crianças, com recreações, historinhas e peças teatrais. Será um dia importante na vida de cada jovem e dos pais, porque terão a oportunidade de dialogar. Não se trata de fazer uma acareação entre pais e filhos, mas permitir que sejam colocados seus pontos de vista e busquem juntos chegar a um denominador comum. Pretende-se que tal encontro seja de grande porte, para o que foram chamadas três equipes, as de n° 10, 12 e 16 para tratar da organização. Três sacerdotes estarão fazendo palestras: Pe. Volnei da Arquidiocese de São Paulo (lpiranga), Pe. Vanderlei Nunes de São Caetano, e Pe. Joel, de Santo André. Todos são padres jovens e os dois primeiros atuam nas equipes. Que esta atividade possa incentivar nossos irmãos equipistas de outros setores a pensar em iniciativas similares a favor da pastoral familiar.
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Cristina e Paulo, Equipe 12- N.Sra. de Fátima São Caetano do Sul - SP
RETIFICAÇÃO: na última edição, ao publicarmos a notícia das Bodas de Prata das Equipes 4 e 5 de Mogi das Cruzes, equivocamo-nos na menção dos respectivos conselheiros. Assim, o que apareceu na foto que se encontra na página 22 é o Pe. Armando Martins Gutierrez, Conselheiro Espiritual da Equipe 04Nossa Sra. da Imaculada Conceição, que aliás foi o responsável pela preparação daquela Celebração de Bodas. O Pe. Vicente, por sua vez, é o Conselheiro Espiritual da Equipe 5- Nossa Senhora Auxiliadora. Equipe da Carta Mensal I
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Tribunais Eclesiásticos Entrevista da Equipe da Carta Mensal com o Pe. João Carlos Orsi presentamos aos nossos leitores o Pe. João Carlos Orsi, conselheiro espiritual das equipes 4 e 7 e também do Setor A de Sorocaba/SP. Mas, hoje, ele está aqui como Presidente do Tribunal Interdiocesano de Sorocaba, desde 1.993, após obter os graus de Mestre e de Doutor em Direito Canônico, com Especialização em Jurisprudência pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma.
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CM: Pe. João, a maioria dos fiéis católicos nada ou pouco sabe a respeito dos Tribunais Eclesiásticos. Por sua vez, e salvo engano de nossa parte, parece não existir interesse da Igreja em fazer maior divulgação a respeito deles. Isto decorre de alguma orientação para mantê-los num nível discreto, ou seria uma falha na comunicação? Pe. João: Posso garantir que não há qualquer orientação nesse sentido, mesmo porque o acesso aos Tribunais Eclesiásticos se constitui num direito dos fiéis. Aliás, já em 94, durante uma reunião nacional dos membros dos Tribunais existentes no Brasil, foi proposto que esse assunto fosse incluído nos planos da Pastoral da CNBB , justamente para ser melhor conhecido e divulgado. Assim, o que falta é tão somente uma divulgação mais adequada.
Pelo despreparo com que as pessoas participam do casamento religioso, é comum pensar que houve casamento, quando, em verdade, tudo não passou de uma ilusão ou engano. 29
CM: Numa linguagem simples, para que serve um Tribunal Eclesiástico? Pe. J oão: Basicamente, destina-se a solucionar questões da vida da Igreja, segundo a legislação própria, chamada "CANÔNICA". Isto pode envolver uma infinidade de fatos, até mesmo dissensões entre o pároco e os paroquianos, questões envolvendo a atribuição de direitos, fatos jurídicos a serem declarados, e até mesmo os mais variados tipos de delitos. CM: No campo da Pastoral Familiar, que é um tema que interessa de perto ao Movimento das ENS, em que um Tribunal Eclesiástico pode ser útil, como ele pode ajudar ? Pe. João: Este é, sem dúvida, o maior campo de atuação de um Tribunal Eclesiástico. Em termos percentuais, mais de 90% dos casos que chegam até nós, dizem respeito a questões envolvendo a nulidade de casamentos . São numerosos os casos em que o consentimento do cônjuge nunca existiu, e portanto, não houve casamento, não houve o sacramento. E a Igreja pode declarar isto. Abre-se, então, a possibilidade de que a mulher ou o homem, que vivia numa situação conflituosa, possa recompor sua vida . CM: Mas isso não é uma forma de admitir o divórcio, ou o direito de romper um casamento ? Pe. J oão: Esta é uma questão fundamental: a Igreja nunca des30
faz um casamento. Ela declara que ele nunca existiu. Esta é a diferença que exclui qualquer conotação com o divórcio ou qualquer outra forma de dissolução prevista nas leis civis. Assim, se ficar provado que existiu casamento válido, não existe a menor possibilidade de que tal casamento venha a ser desfeito por decisão do Tribunal, pois o vínculo matrimonial válido e perfeito é sempre indissolúvel. Assim, há pessoas que pensam que estão ou foram casadas, mas não foram, nem estão casadas. E, às vezes, já constituíram uma outra família, ou estão prestes a constituir, e trazem esses conflitos em seu coração e em sua consciência. Se recorrerem ao Tribunal Eclesiástico têm a oportunidade de regularizar sua situação, obtendo a declaração de que não existiu casamento válido. E posso dizer, pelo despreparo com que as pessoas participam do casamento religioso, é comum pensar que houve casamento, quando, em verdade, tudo não passou de uma ilusão ou engano.
CM: O Sr. poderia citar alguns exemplos de casamentos que nunca existiram? Pe. João: Existem vícios que decorrem da total imaturidade das partes contraentes, que não têm o mínimo conhecimento do que seja vida matrimonial, de suas exigências e de seus deveres. Existem casos de pessoas que casaram debaixo de uma coação moral ou até de ameaças físicas. Se o consenti-
mento dado na frente do padre e das testemunhas, não foi livre, é evidente que o casamento não existiu, porque ninguém pode ser obrigado a se casar. Temos exemplos que envolvem questões de erro na qualidade da pessoa, como acontece quando um cônjuge descobre, logo após o casamento, que o outro é portador de desvios sérios do comportamento, tais como alcoolismo inveterado, homossexualismo, dependência de drogas, ou mesmo anomalias psíquicas graves . Há casamentos feitos por conveniência ou por puro interesse comercial, e isto não passa de uma simulação, de uma mentira. Se alguém se casou, mas traz em si que não aceita a possibilidade de prole, ou que não aceita o dever de fidelidade, não se pode pretender dizer que Deus abençoou esse tipo de união. Não houve sacramento em qualquer desses fatos aqui comentados. Fique muito claro, porém, que não é o grau de dificuldade na convivência do casal que leva à declaração da nulidade, mas sim a existência de razões sérias e profundas que levam à certeza de que o ato foi viciado na fonte , no seu nascedouro. A Igreja, repito, não anula algo que existe, mas declara que o ato nunca chegou a existir de forma eficaz.
existiu e orientam as pessoas a procurar pela ajuda de um Tribunal Eclesiástico. No Tribunal, é dado atendimento e orientação a respeito da possibilidade ou não de se declarar a nulidade do Matrimônio e, para tanto, o Tribunal nomeia um advogado provisionado junto a ele, o qual fará o libelo, iniciando-se o processo. Esse processo, em linhas gerais, tramita como um processo normal que estamos acostumados a ver na Justiça Comum. É feita a citação do outro cônjuge, são produzidas provas por documentos, testemunhas, perícias, etc. chegando-se até o julgamento por 3 juízes. Dessa decisão cabe recurso ao Tribunal de 2a Instância.
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Não é o grau de dificuldade na convivência do casal que leva à declaração da nulidade, mas sim a existência de razões sérias e profundas que levam a certeza de que o ato foi viciado na fonte, no seu nascedouro. A Igreja, repito, não anula algo que existe, mas declara que o ato nunca chegou a existir de forma eficaz.
CM: Como é que se fa z um processo? São demorados e caros? Pe. João: Em geral são os párocos ou os padres que atendendo as pessoas vislumbram a possibilidade de que tal casamento não 31
Em termos de demora, temos que o processo na 1a Instância leva em torno de um ano, e, em grau de recurso, leva em torno de 6 meses . Esses prazos, em geral, são respeitados. Existem, sim, custos e despesas que variam de Tribunal para Tribunal. O interessado não tem, porém, qualquer gasto com honorários de advogado. Frise-se, porém, que não se recusa o acesso à justiça por razões de incapacidade de pagar, sendo que tal custo, nesses casos é suportado pela paróquia. Ademais, facilita-se ao máximo esse pagamento, na medida da possibilidade do fiel, enfim, garante-se o acesso a qualquer pessoa, por mais pobre que ela seja.
CM: Em que localidades existem os Tribunais ? As pessoas interessadas podem recorrer indistintamente a qualquer um deles, por exemplo, para requerer a declaração da nulidade do seu casamento? Pe. João: Temos Tribunais em todos os Regionais do Brasil, bem como alguns Tribunais Interdiocesanos, de forma a que, sem maiores problemas de distâncias, todos tenham acesso aos mesmos. Vou deixar com vocês uma lista, e vocês avaliam a possibilidade de publicar, ao menos, as cidades onde eles se localizam. Em termos de casamento, existe um local apropriado, o que chamamos de competência e isto se define pelo critério do local onde se realizou o casamento ou do local do domicílio da parte demandada. 32
CM: Agradecendo esta sua entrevista, fica a nossa última pergunta: se houver equipistas advogados que tenham interesse em colaborar com a Igreja, prestando serviço num Tribunal Eclesiástico, como forma de auxiliar a própria Pastoral Familiar, isto é possível? Quais as exigências básicas ? Pe. João: O ideal é que esses advogados tivessem o curso de Direito Canônico. Mas, por exceção, admite-se que advogados participem como defensores, mesmo sem tal curso. Exige-se, obviamente, que sejam pessoas de boa formação moral, que sejam católicos praticantes. O próprio Tribunal se encarregará de dar uma formação básica a esses interessados. Porém, note-se que isto não é um serviço profissional autônomo, ou seja, em termos práticos, o advogado não poderá cobrar nada dos fiéis. Ele será um advogado provisionado do Tribunal e prestará serviços ao Tribunal, que poderá até remunerá-lo diretamente, se for o caso. De qualquer forma, é um campo, onde profissionais do Direito poderão prestar um relevante serviço em favor da Pastoral Familiar. Finalizando, deixo meu abraço carinhoso a todos os leitores da Carta Mensal do Movimento das ENS. A Equipe da Carta Mensal Nota: No próximo número serão publicados os endereços dos Tribunais Eclesiásticos no Brasil
Família: Esperança da Humanidade/ II Encontro Mundial do Papa com as Farm1ias, durante os dias 4 e 5 de outubro de 1.997, terá como sede a cidade do Rio de Janeiro, e é com grande responsabilidade e gratidão que se acolheu este sinal de deferência de João Paulo li. A Arquidiocese do Rio de Janeiro, entre outros meios necessários à preparação desse importante Encontro, fez surgir o que se denominou de HORA DA FAMÍLIA. Mais do que um caderno de orientação para momentos de meditação e reflexão, em preparação das farru1ias para o encontro com o Sucessor de Pedro, a propriedade desse título quer nos levar à certeza da importância da farru1ia como célula fundamental da sociedade. Verdadeiramente, é chegada a Hora da Farru1ia! É chegada a hora de as famílias mostrarem o seu potencial de amor e de união, exatamente numa época em que os meios de comunicação social, principalmente a televisão, teimam em divulgar a derrocada da família.
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FAMÍLIA, TORNA-TE AQUILO QUE ÉS! (Familiaris Consortio, n° 17). Volta a compreender que a relação conjugal é uma comunidade de vida e de amor. Reafirma que o amor conjugal tem como finalidade principal o serviço à vida. Retorna à verdade que diz que os pais são fator de realização da personalida-
I de dos filhos. Só assim recuperarás a fisionomia genuína que Deus quis te outorgar. Como disse o Papa: "Urge que os cristãos redescubram a sua fé, urge recuperar e recompor o verdadeiro rosto da fé cristã, a verdadeira fisionomia da farru1ia católica" (Veritatis Splendor). Verdadeiramente, é chegada a hora da Família! Portanto, é chegada a hora da Pastoral Familiar. É chegada a hora das Equipes de Nossa Senhora, cujo carisma é buscar uma vivência da espiritualidade conjugal e familiar. Muito deve ser dito e, mais ainda, muito pode e deve ser feito pelas Equipes. As Equipes de Nossa Senhora foram responsáveis pela implantação dos primeiros Cursos de Noivos da nossa Arquidiocese, e foram muitos e abnegados os cásais que deram início e dedicaram-se a esse trabalho de evangelização em prol das farru1ias, numa época em que,
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praticamente, inexistia preparação para o casamento. De nós mesmos, que nos casamos em 1970, não foi exigida, nem nos foi indicada, qualquer espécie de preparação. Hoje, todos temos certeza que muito precisa ser feito pelas famílias, principalmente pelas fanu1ias que acabam de nascer, pelas famílias recém-constituídas. As Equipes de Nossa Senhora, em 1988, em Lourdes, reconheceram e fixaram os dois objetivos a serem cumpridos para que pudessem ser, para o mundo, um sinal do amor conj ugal e do amor vivido em pequenas comunidades: 1. Ajudar os casais a viverem em plenitude o Sacramento do Matrimônio. 2. Anunciar para o mundo os valores do casamento cristão. Ora, se a Segunda Inspiração é o reconhecimento de um pedido do Povo de Deus às Equipes, temos uma responsabilidade para com os recém-casados, e não podemos fugir dela. Não seria de estranhar que um Movimento voltado para a família não estivesse engajado num serviço em prol das fanu1ias recémconstituídas? É lógico que "a Pastoral Familiar há de cuidar da formação dos futuros esposos, e, aí, como preparação imediata, têm reconhecido valor os Cursos de Noivos antes da celebração sacramental. Mas a Pastoral Familiar há de cuidar também do acompanhamento dos cônjuges sobretudo nos primeiros anos de sua vida matrimonial" (Santo Domingo). Os Cursos de Noivos devem 34
É chegada a hora da Pastoral Familiar. É chegada a hora das Equipes de Nossa Senhora, cujo carisma é buscar uma vivência da espiritualidade conjugal e familiar. representar um contato forte e importante, talvez o primeiro, mas nunca o último. O Pároco e os agentes de pastoral devem exercer a sua liderança, o seu espírito de conquista, a sua garra, ao lado da sua simpatia, e, especialmente, o seu zelo evangelizador, cultivado na oração, para que esse momento forte seja um ponto de partida pastoral para outras atividades. É chegada a hora da Fanu1ia! Essa Família precisa de você para que sejam formados , após a realização dos Novos Cursos de Noivos, grupos de Experiência Comunitária com casais recém-casados. Que maravilha seria poder reaproximar da Igreja os jovens casais, no momento em que vêm pedir o Sacramento do Matrimônio, e mantê-los, a partir daí, unidos a Ela, como fanu1ia. Há uma família que precisa de você, para que seja acompanhada, sobretudo nos primeiros anos de sua vida matrimonial!
Marisa e Elio Equipe 49-B- Região Rio I
Equipe Francesa no Rio de Janeiro trar uma fórmula pessoal para crescer espiritualmente, com mais facilidade ou com maior eficácia. Quantas vezes, também, entramos em comunhão apenas com casais que nos agradam, recusando aceitar aqueles de quem não gostamos ou admiramos. Iludimo-nos, pensando que o Movimento pode existir com equipes isoladas e independentes urnas das outras, vivendo cada urna à sua maneira. Com atitudes semelhantes, não conseguimos bons resultados, pois as regras pessoais, que idealizamos, ligam-se as nossas egoísticas conveniências e, geralmente, não guardam consonância com a verdade e a vontade de Deus, revelada pelo Cristo. Além disso, a comunhão parcial, só com os "amigos", não é evangélica, nem auxilia a vida comunitária, necessária para a preservação da unidade do Movimento. Na verdade, as Equipes se instalaram no Rio de Janeiro, por volta "Querem ser Equipe de Nossa Se- de 1959, com casais brasileiros, pilonhora? Que sejam, mas sob a co- tados por brasileiros, ligados à direordenação do Movimento no Bra- ção brasileira mas, não fosse a frus- · sil que já está em expansão". trada tentativa de instituição de um Aqueles casais franceses não acei- regulamento paralelo, o Movimento taram a ligação brasileira que lhes era carioca poderia ter sido fundado, de fato, por aquela Equipe francesa que imposta pelo critério da territorianão foi avante por não ter aceitado, lidade. Tentaram manter-se unidos, mas não encontraram sua vocação na íntegra, os princípios que solidificaram as Equipes de Nossa Senhoe a Equipe se dissolveu. Muitas vezes, somos levados a ra e que as sustentam em sua caminhada e expansão por todos os conacreditar que podemos criar regras próprias para nossa Equipe, porque tinentes, há mais de cinqüenta anos. nos imaginamos capazes de encon]únia e Mauro - ECIR
os tempos coloniais, navios franceses vieram para o Rio de Janeiro atraídos pelas inúmeras riquezas que, por meio de arma, pretendiam conquistar. Neste século, por volta de 1956, outros franceses fixaram-se na Cidade Maravilhosa, também buscando ganhos, mas pelo trabalho profissional pacífico. Desarmados, trouxeram esposas e filhos. Na França, já conheciam as Equipes de Nossa Senhora e, em terras cariocas, constituíram uma Equipe. Sabiam que o Movimento já fora trazido para o Brasil mas, por uma razão ou outra, talvez pelas dificuldades de comunicação numa língua que lhes era estranha, fizeram questão de ligar sua Equipe, diretamente, à Equipe dirigente francesa de quem pretendiam receber temas de estudo e manter correspondência. A proposta não foi aceita e a direção mundial do Movimento fez questão de prestigiar os brasileiros, afirmando:
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Maria, assim que o anjo Gabriel Contou-lhe o grão portento acontecido, Um filho, na velhice, concebido Foi rápida ajudar prima Isabel. Nas Bodas de Caná, medianeira, Ao ver que os pobres noivos não têm vinho, Suplica ao Filho-Deus, com mui carinho, E Ele faz milagre, a vez primeira. Que bom se fosse assim a humanidade, Olhando quem está abandonado, Tentando socorrê-lo, de verdade. A Virgem Mãe de Deus é para nós Modelo p'rá ajudar necessitado. Por que não invocá-la, estando sós? Pe. José Maria de Albuquerque CE Equipe 13 I Belém - PA 36
Dever de Sentar-se Junho Mês dos Namorados Dever de "'Namorar''
•' eus, quando fez Adão, Eva não existia. Portanto, o homem é o "segredo de Deus, o mistério de Deus". Ao fazer a mulher, Deus fez o homem dormir; assim também ela é o "segredo de Deus, o mistério de Deus". Nossa vida a dois não deve ser outra coisa senão o desvendar do mistério que o outro é ... Essa sede de amor, na busca de Deus que é Mistério, deve ser a mesma sede de amor de buscar o outro, que é imagem e semelhança de Deus. E aí está a força do Sacramento do Matrimônio. Nesse sentido vamos refletir sobre três palavrinhas que nos levam ao mistério de Deus, ao mistério do amor: l. Diálogo: Deus criou todas as coisas pela palavra. Jesus é a palavra que nos redimiu. O Espírito Santo manifestou-se na forma de línguas de fogo. A língua é o órgão auxiliar da fala. Então: Deus é comunicação! Pergunta:- como está nosso diálogo em família? -entre nós dois, dialogamos em que nível: apenas conversas corriqueiras? Em nível de sentimento-namoro? Em nível de idéias- troca de idéias sobre o que pensamos, sabemos? Em nível do EU profundo -lá onde encontro Deus no outro, para respeitá-lo, conhecê-lo, amá-lo?
eu for capaz de renunciar em benefício da unidade do casal, leva-me a experimentar a dimensão trinitária do amor de Deus. Pergunta: -você se lembra das principais abnegações feitas em benefício do cônjuge?
2. Abneg'!ção: Tudo o que
Rosinha/Anésio - ECIR
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3. Ternura: Às vezes achamos que isso é coisa para casais jovens e que não há necessidade de expressarmos um ao outro o nosso amor. Vamos viver hoje a experiência da ternura de Deus, com o cônjuge que Ele ofereceu para nós? Pergunta: -o que você diria hoje a sua (seu) esposa (esposo) para que ela (ele) se convencesse a se casar de novo com você? - que qualidades ambos viram um no outro? - qual dentre essas qualidades foi mais importante para solidificar o amor do casal? - que declaração de amor ainda hoje continuam fazendo um ao outro? Para terminar, façam esta oração: "Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós. Fazei que cheguemos juntos a uma ditosa velhice" {Tobias 8,1 O}. Aqui vai nossa contribuição para um Dever de Sentar-se, neste mês em que se festeja o Dia dos Namorados. Nós já fizemos e valeu a pena!
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M9nólogo de uma Arvore Milenar 5 d e junho: Dia do Meio Ambiente umanidade, pobre humanidade. Dormes sono profundo. Acorda! Para que tu tivesses existência, Deus criou a luz. Depois os meios de sobrevivência - oxigênio, plantas, árvores frutíferas para produzir bons frutos e boas sementes. Assim estaria garantida a lei da multiplicação das espécies. Em seguida os animais da terra e do mar. E viu que isto era bom. Tu homem, vieste depois. E Deus viu que era muito bom. Recebeste como habitat berço de ouro ... o •~--' mundo. Fruto de amor de Deus. Como nós, tu, homem, recebeste a missão responsável de preservar tudo que foi criado. Acompanho, através dos tempos, tudo que acontece em minha volta. Vi o homem, ser inteligente e divino, caminhar para a autodestruição. A irmã luz e nossa fanu1ia, responsáveis pela vida no planeta, já não conseguem exercer a contento as funções para as quais fomos criadas nós, árvores: produzir a fotossíntese - absorver o gás carbônico e libertar ar puro - para que exista vida, vida em abundância. A inquietude nos domina, pois, a qualquer momento, podemos ser destruídas. Somos sensíveis, amamos profundamente a humanidade. Na nossa espécie não existe desamor... Somos amores totais. O homem pauta-se pela inco-
erência de seus atos. Procriação irresponsável. Trabalho irracional. Ganância de ter. Não se preocupa em ser. Na verdade não procura conhecer, mais a fundo, o porquê de sua existência. Mas sua função maior, como nós, é a de preservar vidas. A destruição material e espiritual faz-se presente em atos como: beber, fumar, drogarse, matar e violar tudo que está em sua volta. Dentro de nossa simplicidade não entendemo a razão de o homem dedicar vida inteira em pesquisas para o bem comum, se, no final, reverte tudo, ou quase tudo o que criou para a própria destruição. Depois, ele se diz pensante e inteligente. Nós gostaríamos que o humano, com sua inteligência, fizesse uso de todos os dons que Deus lhe deu - entendimento, sabedoria, compreensão e o maior deles, o amor, para ajudar-nos a preservar o que há de mais importante em nós - a vida. Morrer é fácil. O difícil é viver. É hora de despertar, lutar e orar. Orar para melhor discernir entre o bem e o mal. Orar para resgatar os valores da família humana. Esta é e será a grande responsável pela sobrevivência do planeta terra. Hoje, com alegria e esperança, vejo, em pequena escala, crianças, jovens, adultos, escolas e poder público juntar-se para home-
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Humanidade, "trabalha com toda a tua inteligência e com a tua alma para a instauração de um homem mais completo, mais acabado, mais plenamente homem o "ultra-humano". tua inteligência e com a tu a alma para a instauração de um homem mais completo, mais acabado, mais plenamente homem - o "ultra-humano" - na ex pressão do Pe. Teilhard.
nagear e preservar a nossa existência. Sinto que todos, hoje, têm consciência da nossa importância. O que falta é meter a mão na massa ... É fazer fazendo. Isto é ato de amor. Obrigada por lembrar que existimos e que somos todos irmãos. Humanidade, "trabalha com toda a
Loemy (da Maria do Rosário) Equipe 2 - Maracaju - MS 39
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Namorar é Preciso
erto dia, fui comprar flores para a Aninha. Eu estava com as crianças. Ao dizer ao vendedor para caprichar, pois eram para minha namorada, ele me olhou com uma expressão do tipo: "Esse sujeito deve ser separado e vem com as crianças comprar flores para sua nova namorada!" Ou então: "Se esse cara está namorando, de quem são essas crianças?" Pois é! O que ocorreu a este vendedor de flores , ocorre a muita gente. Depois que se casam, param de namorar. Pois aqui afirmamos: Namorar é preciso! Durante o período de namoro é que o casal busca se conquistar, • ---' conhecer-se mais e mais. É mais paciente, constrói castelos no ar, fica com ar abobado quando se encontra, dá aquele frio na barriga quando ouve a voz do outro no telefone, sonha, planeja ... Depois se casa e acha que tudo está pronto, não há mais nada a conquistar, a construir, a planejar, a admirar, a conhecer. É certo que muitas coisas mudam. Trabalhos, responsabilidades, correrias, filhos ... Mas o pior é quando deixamos as mudanças naturais da vida matar nosso namoro. Ficamos sérios demais, carrancudos, rotineiros, parados. Esquecemos que o amor "embobece". Achamos bobagem ir ao cinema, ir a um baile, andar de mãos dadas por aí, brincar, sorrir, ver estrelas, rir à toa, fazer surpresas, dar flores a qualquer hora.
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Devemos manter sempre ajovialidade, a criancice do namoro ... Isto é que conserva vivo o nosso amor, para que ele seja infinito enquanto dure (para sempre). Conhecemos um casal que dizia um ao outro : "Eu te amo" todos os dias. Estavam casados há mais de quarenta anos. Podemos garantir que esse casal namorava. Dava para notar em seus olhos, em seus rostos, em seus gestos ... Lindo! Parecia um casalzinho recém-casado. Uma alegria contagiante girava ao redor deles. Sem grandes shows ou palavras, eram sinal do amor
Devemos manter sempre a jovialidade, a criancice do namoro ... Isto é que conserva vivo o nosso amor, para que ele seja infinito enquanto dure (para sempre).
transformador de Deus no mundo. E nós??? Antes de nos conhecermos entre outras coisas - o Beto não cantava, não sabia dançar, vivia com a cabeça no mundo da lua. Hoje já puxa cantos até nos EACREs, já não pisa nos pés dos outros, quando dança, consegue discernir melhor as situações. A Aninha era pé-no-chão demais, não se preocupava em apresentar alguém que encontrava. Para sair o primeiro "eu te amo" foi um parto. Hoje ela é mais sonhadora, preocupa-se logo em apresentar algum conhecido, manifesta seus sentimentos com mais facilidade ... O que fez isto? O poder do namoro. Esta força que nos faz crescer para o outro. Dar o melhor de si para que o outro tenha alguém melhor a seu lado. É uma necessidade que cresce dentro de nós, faznos ser melhores. Já notaram como as pessoas que se amam ficam até parecidas fisicamente? Isso é o que significa tornar-se um só ser. Na maioria das vezes lembramos do termo namoro no dia dos Namorados. Corremos comprar um presente, um buquê de flores, um cartão ... E os outros 364 dias do ano? Pois namorar é preciso! Namorar sempre, todo dia, experimente ... Garantimos que uma boa dose de "namoro" todo dia cura certas enfermidades que atingem a maioria dos casamentos.
Aninha e Beto- CRR - Riolll 41
Um Café Diferente I
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que vocês acham de tomar um delicioso café da manhã num jardim muito fresco, contemplando o belíssimo rio Paranaíba, que separa Goiás de Minas Gerais? Que privilégio, não é mesmo? Os amigos que nos acompanham não poderiam ser melhores: três casais equipistas e o querido padre Euclides, responsável pelo surgimento e pela caminhada do Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Estado de Goiás, mais precisamente, na cidade de ITUMBIARA. E nos abraçamos saudosos, ligados que somos, uns aos outros, por inúmeras boas recordações. Lá estava a corajosa Vera do Ataíde, que pertence à primeira equipe. Ao seu lado, os casais Ana
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Rosa e Donizete e Maria das Graças e João Baptista, respectivamente, primeiro e segundo (e atual) casal responsável do Setor. Sabíamos que era um momento precioso e todos nós tínhamos vontade de falar. O entusiasmo e a dedicação dessa turma jovem e simpática é contagiante e temos certeza que o próprio padre Euclides deve estar admirado com os resultados. Ele nos disse, textualmente, que, como Movimento de caminhada eclesial, as Equipes de Nossa Senhora estão em primeiro lugar. Trabalhador infatigável, com o seu testemunho de toda uma vida dedicada ao Senhor, "empurra" o pessoal para a frente. E, por falar em testemunho, vejam que coisa interessante. Nesse sábado em que estávamos na ci-
dade, ia começar um encontro de jovens de 13 a 17 anos, fil hos de equipistas. As Equipinhas de Nossa Senhora (4 a 17 anos) são em ltu mbiara uma realidade. Os casais nos contaram que sempre, nesses encontros, precisam abrir espaço para adolescentes de fora das Equipes, pois o alegre testemunho dos filhos de equipistas atrai a atenção dos outros jovens. Esses outros, por sua vez, acabam entusias mando seus pais, que não são equipistas. Em resumo, o Movimento que começou em fevereiro de 1988, conta agora com 18 equipes em Itumbiara e mais 6 em cidades próximas, como Edéia, Panamá e Araporã, às vezes não tão próximas, uma vez que as distâncias, no coração do nosso Brasilzão são enormes. E ainda há muita gente querendo entrar para as Equipes. Realmente, "a messe é grande e os operários são poucos", mas, no caso, muito bons ... Graças à coragem e ao desprendimento daqueles que aceitaram o desafio de se abrir ao Espírito e se tornar instrumentos entusiasmados de Deus, vimos florescer o nosso Movimento, unindo as famílias, abrindo caminhos para os jovens e para os casais, modificando efetivamente o panorama de toda a cidade. São os milagres que Deus realiza, todos os dias, nos corações dos homens. Não é de estranhar que, aquecidos pelo café (com tentadores pãezinhos de queijo!), mas principalmente pelo calor humano que essa turma transmite com toda a natu-
É bom pensar que, na imensidão de nosso país, cheio de sombrios problemas, graças a Deus, muitas são as luzes que os casais das Equipes de Nossa Senhora conservam amorosamente acesas para seus irmãos!
ralidade, tivéssemos tanto assunto, na longa caminhada de volta. E agora, já em casa, como é bom pensar que, na imensidão de nosso país, cheio de sombrios problemas, graças a Deus, muitas são as luzes que os casais das Equipes de Nossa Senhora conservam amorosamente acesas para seus irmãos!
Wilma e Orlando Equipe da Carta Mensal 43
Aqui tem ENS/
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aímos de São Carlos, seguimos para Porto Murtinho, onde fazemos nossa "pastoral de barranco" (pescaria), como costuma dizer com sotaque paranaense, nosso querido amigo e ex-Conselheiro Espiritual Pe. João Maria Petenusso, C.P. Quando retornávamos de uma dessas aventuras pelo Rio Paraguai e, por coincidência, o Pe. João Maria fazia parte de nossa caravana (estava na camionete dos compadres Eunizio e Leny), ao aproximar-nos da rotatória que dá acesso à bela cidade de Maracaju, foi grande nossa surpresa e emoção ao ver, cravada no centro desta rotatória, entre outros obeliscos e placas, uma belíssima placa de cor azul, ostentando o emblema de nosso querido Movimento, com letras grandes e brancas, com os dizeres:
AQUI TEM ENS Nosso coração palpitou aceleradamente diante de tanta surpresa e emoção!!! Mira e eu logo exclamamos: - O Senhor fa z maravilhas! Aqui, no Mato Grosso do Sul, numa cidade tão distante, onde predomina o verde do milho, da soja e das imensas pastagens e o gado Nelore, com sua cor branca, temos a sensação de paz, da presença de Deus, de liberdade, ale-
gria, amor e harmonia. Como já se fazia tarde, paramos para pernoitar neste local, Maracaju. Padre João Maria veio logo ao nosso encontro surpreso, feliz, sorrindo e dizendo: - Vocês viram ? Aqui tem ENS! Este exemplo deveria ser seguido por todos os Setores de nosso querido Brasil. Contemplando aquela placa azul e branca sentimos a presença de Jesus e Maria, ambos de braços abertos abençoando aquela bela cidade que, sem respeito humano, colocou-os em evidência, acolhendo a todos os que por ali passarem. Parabéns, queridos irmãos equipistas de Maracaju! Que juntos possamos dizer: - O Senhor fa z maravilhas!
Arany e Mira Equipe 1O I São Carlos - SP
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Boa Nova já chegou ~ - Rumo ao Novo Mi!i~B lênio - Proposta para formação de evangelizadores - CNBB O que caracteriza o missionário e a missionária, desde os primórdios da Igreja, é sua profunda paixão pelo Cristo vivo, o Senhor Ressuscitado. São os apaixonados pelo Reino que até hoje contagiam homens e mulheres de todas as raças e culturas. O Subsídio é também o TEXTO-BASE para o mês, de outubro de 1997. Ele tem em vista o Mês Missionário, mas foi pensado para ultrapassar esse período, podendo ser usado durante todo o ano. Ele é a busca sincera de dar pistas à formação de novos evangelizadores e evangelizadoras que possam caminhar, "cheios de coragem" e "no fervor do espírito", rumo ao novo milênio que se aproxima. A (in)crível ventura de viver a dois Júlio e Maria Auxilium Torres - Ed Vozes Júlio e Maria Auxilium Torres são médicos. Ele é também professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade do Amazonas. São casados há 27 anos, têm quatro filhos e, há 20 anos, pertencem ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Trabalham na Pastoral Familiar de Manaus, especialmente em Cursos de Noivos e Planejamento Familiar através do
CENPLAFAM (Centro de Planejamento Natural da Família) de Manaus. O livro está dividido em duas partes. Na primeira parte são abordados temas comuns a todos os homens e mulheres. Na segunda são desenvolvidos aspectos importantes a respeito do casamento dentro da visão cristã. É uma leitura indispensável a todos os que se preocupam com a Pastoral Familiar, sobretudo em suas etapas de preparação remota, próxima e imediata.
Famflia nossa de cada dia Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM Editora Vozes Este livro apresenta uma série de reflexões sobre temas familiares a serem estudados por grupos de casais ou por famílias que queiram viver intensa e densamente seu relacionamento conjugal e familiar. As reflexões desdobram-se sobre temas básicos, como: o que vem a ser uma farm1ia, qual a missão do pai e da mãe, como acolher uma criança, como educá-la para o amor, o compromisso, a sexualidade, enfim, o que vem a ser uma farm1ia cristã. Cada tema vem acompanhado de referências bíblicas e apresenta perguntas para o debate em grupo. Os textos poderão ser utilizados em programas radiofônicos, mantidos por muitos equipistas, pois está escrito em linguagem simples e apropriada também para este fim. 45
O Silêncio de Deus "Os silêncios de Deus são como intervalos mudos de uma melodia. Pertencem
à íntegra
e
à harmonia
do
conjunto musical"
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stamos preparados para su- a também se alegrar com os que portar com maturidade cristã se alegram. os momentos em que Deus Sabemos, por experiência, que parece se ausentar de nossa vida? há muitos momentos de nossa vida São João da Cruz falava da noite onde pensamos ter chegado ao funescura da fé. O Salmo nos convida do do poço. Mas, a cada superaa uma atitude de plena confiança ção de uma fase dessas , alimentaquando atravessamos os vales es- mos a certeza de que Ele está cocuros. Daí a necessidade imperiosa nosco, mesmo quando o som do seu de desenvolvermos a mística cristã. silêncio parece nos ensurdecer. E • --"""_j Só com ela somos capazes de en- aprendemos, ainda, da vida, que tender que a vitória aparente do mal esses momentos se tornam ocasié uma dimensão das provações que ões de crescimento de fraternidadevemos passar no processo de de, quando temos a humildade de amadurecimento de nossa fé. pedir apoio a uma mão amiga. E A cultura pós-moderna nos isso temos a oportunidade de vivenleva a desejar a felicidade a qual- ciar em nossas ENS, de maneira quer custo. Levar vantagem em privilegiada, nos momentos da cotudo é uma ideologia muito em participação. É aí que abrimos o voga. Mas será que não está na coração para partilhar com os ouhora de resgatarmos o sentido re- tros nossas alegrias e tristezas. dentor do sofrimento humano? A Onde aprendemos a chorar com os psicanálise já nos ajudou a enten- que choram e a fazer fe ta com a der que sofrer por sofrer é doen- vitória dos outros. ça. É masoquismo. Mas sofrer pela Louvemos ao Pai que nos deu busca da justiça, pelo desejo pro- esse instrumento (as ENS) com o fundo de maior fraternidade é se qual aprendemos a cantar de coraidentificar com a paixão de Nosso ção aberto a grande sinfonia -da Senhor. Da compaixão à paixão! vida, e a vivenciar de man.e ira proDa indignidade ética ao esforço funda e cristã, as suas pausas, os . conjunto pela eliminação das injus- -seus silêncios. tiças. Sofrer com os que sofrem nos ajuda a treinar nosso coração Eq. 27 - Guará/Brasflia - "DF
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O Dia a Dia de um Vendedor Equipista -Papai do Céu não existe! - Existe sim. Ele olhou para mim e disse: - Não é moço, que Papai do Céu não existe? - Existe sim, foi Ele que disse aqui no ouvido da dona da panificadora para dar uns pãezinhos para vocês! - Ah! É mentira, eu nem vi Ele. Ele não estava aqui, é mentira. Esta resposta me desarmou. Eles foram saindo, agradeceram e foram embora. O menino andou uns três metros mais ou menos, voltou, chegou na porta da panificadora, olhou para mim e disse: -Moço, Papai do Céu não existe, mas se Ele existe, só gosta de quem tem dinheiro. E foi embora. Juro que vieram lágrimas aos meus olhos. À noite, eu e minha esposa estávamos meditando sobre este assunto: - O que se passa no coração desta criança? Como ela vai acreditar que Deus existe e é bom, se só passa fome e necessidades, e muitas vezes é maltratada, quem sabe? Vendo tanta gente com carro novo, com fartura, certamente, na cabecinha dela, Deus só gosta de quem tem dinheiro.
dia a dia de um vendedor equipista é igual ao de todos os vendedores: pauta, promoções, talões de pedidos, pedidos, duplicatas, cobranças e vendas em geral. O que difere é que, sendo Equipista, ele está sempre atento para escutar quem precisa, dar uma palavra de carinho e conforto na hora certa e, principalmente, estar atento a tudo o que aflige um ser humano, filho de Deus. Estava eu atendendo uma panificadora no bairro do Estreito em Florianópolis, quando entraram no estabelecimento três crianças com idade de 5 a 8 anos, aproximadamente. Brinquei com os três, fiz amizade com eles, deixando-os bem à vontade. Uma das meninas disse à jovem proprietária da panificadora: - Moça, dá uns pãezinhos para nós, dá? - Claro que dou ... Cada um tinha uma sacola daquelas de supermercado; abriram a sacola, segurando com as duas mãos e esticaram os braços para receberem os pães. E eu, só observando. Ela deu dois pães franceses e um pão doce para cada criança. O menino estava com tanta fome que colocou o pão doce inteirinho na boca, e mal podia mastigá-lo. Então a moça disse a ele: - Menino, você não vai agradecer ao Papai do Céu?
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Fr~ncisco (da .Rose) Eqtfipê 27 I Setor A · Florianópolis -SC
Meditando Sobre o Evangelho de Marcos Abraçar a Cruz "Todo o que entre vós quiser ser o primeiro, será o servo de todos" (Mc.1 0,44) .
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iago e João pedem a Jesus que, na sua glória, lhes conceda sentarem-se a sua direita e a sua esquerda. Jesus não os censura. Seria certa a intenção deles? É possível. Mas Cristo se aproveita disto, particularmente da reação dos demais apóstolos que se indignam, para ensinar-lhes qual deve ser o espírito dos maiores entre os cristãos: "Todo o que entre vós quiser ser o primeiro, será o servo de todos".
Servir: é este o lema daqueles que estiverem nos primeiros postos. Como Ele, que veio pedir para servir e não ser servido, e dar sua vida para a redenção de muitos. Com este espírito, não haveria competição no mundo. Qualquer posto de comando é posto de responsabilidade e sacrifício. Posto em que estamos ainda mais a serviço dos outros; a serviço de Cristo que quer, por meio de nós, continuar sua obra redentora. Chamar alguns para a sua direita ou para sua esquerda é participar mais de perto de seu imenso amor pelos homens, participar mais intensamente também da Cruz redentora. Só quando amamos e abraçamos a Cruz é que seremos dignos do Serviço de Cristo. Abraçar a Cruz ... Ser capaz de beber o mesmo cálice que Cristo bebeu ... a morte e o sangue- o batismo do sangue de Cristo que permitiria o batismo da aliança com o Pai.
Pedro Moncau Júnior 48
MEDITANDO EM EQUIPE Texto-base: Capítulo IV Caminhamos na Estrada de Jesus O Evangelho de Marcos - CNBB Os discípulos e os ouvintes acabaram percebendo que Jesus não era um salvador do tipo que eles esperavam . Os leitores de Marcos tinham de reconhecer que a vida não se tornara mais fácil para eles pelo fato de terem acreditado em Jesus . Jesus veio salvar-nos " por dentro ", não veio transformar a terra num mundo encantado . Em nosso mundo, como no dele, a cruz é inevitável .
. . .. .. . .. .. . . .. . .... .. .. .. . . .. .. . .... . .. . ... Leitura: Evangelho de Marcos 8,31-35 • • •
Oue tipo de Salvador Jesus é para mim? Segundo Jesus, qual o sentido do trabalho e do sofrimento? Oue preciso mudar em minha vida para participar da caminhada de Jesus?
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Manifeste sua fé, sua esperança, seu amor. Peça e agradeça .
............. . ....... .. ...... .. . ....... .. Oração litúrgica:
... Ó meu Deus, perdão, pois de há muito deturpamos teu rosto adorável . Pensamos fosse preciso, para te conhecer e compreender, imaginar-te vestido de força infinita e poder, que tantas vezes sonhamos de jeito humano dema is. Usamos palavras exatas para te pensar e de ti fala r; mas, em nossos corações fechados,
essas palavras se tornaram laços, e então traduzimos poder, vontade, mandamento, obediência, julgamento ... em nossa linguagem humana de orgulho, sonhando assim os irmãos dominar. Foi assim que nós te imputamos castigos, sofrimentos e mortes, a ti que somente querias dar-nos perdão, felicidade e vida ... ( Michel Ouoist, Ouando a vida se faz prece, p . 1 49)
Pistas para viver a ""oração conjugal'' • • • •
Comecem aos poucos, sejam realistas, mas cumpram o decidido . Combinem exatamente o quando, o onde e o como . Se for preciso procurem a ajuda de algum texto ou áudio . Estabeleçam metas de crescimento na oração e cada dia revisem o d ia anterior.
As Três Atitudes J. Cultivar a assiduidade em nos abrirmos à vontade e ao amor de Deus
2. Desenvolver a capacidade para a verdade 3. Aumentar a capacidade de encontro e comunhão
EQUIPES DE NOSSA SE N HORA Movimento de Casa is por uma Espiritualidade Con juga l e Fam iliar R. Luis Coel ho, 308 • 5° anda r • cj 53 cep 01309-000 São Pau lo • SP Fone: (011) 256 .1212 • Fax: (0 11) 257 .3599