ENS - Carta Mensal 336 - Maio 1998

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Car ta Mensal • n°336 • Mai o / 1998

EDITORIAL ...... .. ... ..... .. .. .. .... ........ O1

CURIOSIDADES ...... .. ...... .... ....... . 27

Em Trajes de Festa! .... ..... ... .. .. ..... . 01

Bodas Matrimoniais ........ ...... .. ... .. 27

Conselheiro da ECIR ..... ... ....... ... .. 02

Bodas de Diamante .. ... .... ... ..... .... 28

ECIR ..... ... ........ ..... ... ...... ......... ... .. 03

Mamãe Equipista ..... .... ... ... ..... .... 28

Comemorando mais um Aniversário .... ..... ..... ...... 03

MÃE .. ... .... ... ..... ..... .. ......... .... ... ... 29

PENTECOSTES ..... ..... .. ..... ...... ... .. 04

Oração Pelas Mães ..... .. ..... .. ...... . 30

O Espírito Santo .... .... .... ... ...... ... .. 04

PCE - PARTI LHA ..... .... .... .. ... ..... ... 32

Pentecostes .. ...... .. .... .... ... ...... .... .. 06

Os PCEs na Nossa Vida Matrimon ial .... ...... ... . 32

CORREIO DA ERI .. .... ... ... ..... ...... .. 09

Mãe do Novo Milênio ....... ... ........ 29

Retiro .... ... ... ..... ....... .. .. .... .. .... ... ... 33

Carta de Gabriel e Ma ri e Peeters .. .. .... .. ..... 09

CF- 98 .... ... .. .. ... .... ... ... .. .... .... .... 34

Carta do CE Internacional .. .. .. .... . 11

;. Educação a Serviço da Vida e da Esperança .. ........... .. 34

Notícias Internacionais .. ...... ... ..... 14 VIDA NO M O VIMENTO ..... ... ..... .. 16

O Ser Humano no Projeto de Deus ... ....... .. ........ .. 38

Hospitalid ade ... ..... .... ... .. ..... ... .. ... 16

TESTEMUNH O .. .. .. ....... ... .... .. .... .. 39

Experiência Comunitá ria ... .. ....... .. 17

Mudança de Vida .. .... ..... ... .. ........ 39

FORMAÇÃO .... ... .. ...... ... .. ... .... .... 19

Os Ruffier ....... ...... .. ......... .... .. .. ... 40

Magnificat .... ...... ......... .. ....... .. .. ... 19

Amigos Equipistas .. .. .. .. .. ..... ... .. .. . 42

Valores da Família .... ..... .... ... .. .. .. . 21

Projeto : Fé e Esperança .... ........ ... 43

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES .. .. .. . 22

NOSSA BIBLI OTECA ... ..... ...... ... ... 45

MARIA ... ... ........ .. ...... .. ...... .. .... .... 23

PALAVRA DO LEITOR ... .. ...... ........ 46

Nossa Senhora das Coisa s Pequena s .. ..... ...... .. .. .. 23

REFLEXÃO .... .... .... ........ .... .... .. ... .. 4 7

Maria , M ãe e Modelo ....... ...... .. ... 25

Convite para Adoção ... .... ..... .. ... .. 48

é uma publicação mensal das Equipes de 1\Tossa Smhora

Wilma e Orlando S. Alendes Pe. Flávio Cat'aka de Castro, CSsR (cons. espiritual)

Edição:

j orn.11ista Responsável:

bquipe da Carta Mmsal

Catben·ne E . Nadai

Carta Mensal

Silvia e Chico Ponlts

(resp onsáveis) Rita e Gilberto Canto 1\1aria Cecília e José Carlos Sales

(A/Tb /9835)

Composição, Diagr.unação e Oustrações: F&V Editora Uda. R. J?enâncio Ayru, 931 - SP Fone: (011) 3873.1956

"Dona de Casa" .... ... ...... .. ..... ...... 47

Capa: R eprodução, 'Wossa Senhora com o Menino J esus»Giorgion e, Ashm olean M useum

Cartas, colabora;õts, notícias, lesltf!lllnhos e imagens devem

u r eJwiadas pa ra:

Carta M ens.1l R. LJiis Coelho, 308

s· anda r

. co rlj. 53

Fotolitos e Impressão:

"P 0 1309-000

Edições IJ!yola · R. 1822, 347 · Fone: (011) 6914.1922

São Paulo - S P

Tiragem desta edição: 11.600 exu'!Piarn

Fone: (0 11) 256.12 12 Fax: (011) 257.3599 A/C Silvia e hico


Em Traies de Festay assim que costumamos nos vestir quando deparamos com ma data importante a celebrar. A vestimenta faz parte do ritual, da comemoração. Demonstra um sentimento interior de valorização, de interesse, de querer estar festejando.

É por este motivo que nossa Carta Mensal deste mês se "vestiu em fatiotas" e aqui aparece toda enfeitada, em cores mais alegres, com os seus traços mais produzidos. É que 13 de maio é o dia do NOSSO ANIVERSARIO EOUIPISTA: 48 anos muito bem vividos, espalhando a espiritualidade conjugal e familiar por todos os cantos deste nosso Brasil. Quanta gente irmanada num mesmo ideal! Quantas graças recebidas! Quanto amor mais purificado a unir nossos casais. É claro que temos de comemorar! E de quebra vem todo o mês de maio, intensamente maternal, da nossa MÃE DO CÉU e da nossa MÃE NA TERRA, celebrações que enchem de ternura e alegria os nossos corações. Nas páginas desta edição, abriu-se maior espaço para homenagear Maria de Deus, e Maria de cada um que é filho. Parabéns Mamães das Equipes de Nossa Senhora! E para que,ninguém ponha defeito, o mês de maio se fecha com o ESPIRITO SANTO na Festa de Pentecostes. Quanta vida para celebrar: a humana e a divina! Mas é bom vocês não se acostumarem, pois festa não é "pra todo dia", mas "pra vez em quando". Assim, no mês que vem, tudo volta como era antes. Recebemos muitas noticias dos 31 EACREs realizados nas nossas Regiões, mas não dá para publicar. Muito mais do que notícias, estamos certos que os EACREs serão força viva a revitalizar a caminhada de cada equipista. Pois bem! A festa, enfim, está pronta e os convidados somos todos nós. Bom proveito (quer dizer, boa leitura)! Com um abraço amigo e fraterno.

Silvia e Chico CR da Carta Mensal

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Conselheiro da ECIR / Queridos Casais e Conselheiros Espirituais! Paz e Bem! Tomo a liberdade de citar na íntegra o trecho da Lumen Gentium no 4 que diz: "Consumada, pois, a obra que o Pai confiara ao Filho realizar na terra, foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes, a fim de santificar perenemente a Igreja, para que assim os crentes pudessem aproximar-se do Pai por Cristo num mesmo Espírito" (654): Cada um de nós é verdadeiro templo vivo desse mesmo Espírito, que nos impele a buscar o conhecimento da verdade, a unificação na comunhão e no ministério e a perceber constantemente a vontade de Deus em nossas vidas. Se traçarmos um paralelo com as três atitudes gue o Movimento nos propõe, certamente iremos perceber gue estas atitudes são frutos do Espírito que habita em nós. Ao celebrar a festa de Pentecostes, celebremos também o grande Dom que Deus, em sua infinita misericórdia, nos dá e procuremos aprofundar gual tem sido nossa resposta em nível pessoal, conju al, familiar e so · a esta presença viva do Espírito em ca a um de nós. Sem dúvida alguma, temos muitos motivos e situações para perceber essa ação do Espírito em nossas vidas. Sugiro que vocês, neste mês, na vivência do Dever de Sentar- ' se, questionem um ao outro: quando, ou em que momentos de nossa vida conjugal, percebemos acontecer o "Pentecostes"? Quais os frutos desse Pentecostes? Após isto, preparem as reflexões para partilhar na reunião mensal da Equipe. Tenho certeza de que vocês farão descobertas muito profundas e ricas, fazendo acontecer, pelo testemunho de vocês, um novo Pentecostes . Que Maria Santíssima ajude a cada casal do nosso amado Movimento a cada vez mais dizer ao Senhor Jesus: "VEM" (cf Apoc 22, 17). Abraços e orações,

Pe. Mário José Filho ECIR 2


Comemorando / mais um Aniversário ••• "Se te sentares no caminho, senta-te de frente ... embora tenhas de ficar de costas para o que já percorreste". Provérbio Chinês

á estamos novamente no mês de maio e comemorando mais um aniversário do nosso Movimento, as Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Queremos assim, em primeiro lugar, fazer uma oração à nossa padroeira e nossa mãe: "Santa Virgem Maria, não nasceu nenhuma semelhante a vós entre as mulheres neste mundo , filha e serva do altíssimo Sumo Rei e Pai celeste, Mãe do santíssimo Senhor nosso Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo. Com São Miguel Arcanjo e todas as virtudes do céu e todos os santos, rogai por nós junto a vosso santíssimo e dileto Filho, Nosso Senhor e Mestre!"' O Movimento das Equipes de Nossa Senhora nos faz uma proposta de amor, quando nos coloca a vivência dos Pontos Concretos de Esforço, e sentimos, cada vez com mais alegria, a riqueza que eles representam para as nossas vidas . Nós seremos casais cada dia mais felizes à medida em que formos de verdade filhos e servos do Pai, e mães de Jesus Cristo, ajudando-O a nascer a cada dia em nós mesmos e nos outros. 1

Este ano o Movimento nos pede uma atenção especial para a vivência do Dever de Sentar-se e da Oração Conjugal. Estes pontos concretos são uma proposta de vida de solidariedade e fraternidade de um para com o outro, com a finalidade de melhor vivermos a nossa espiritualidade conjugal. Queremos ser casais que vivem o carisma da espiritualidade conjugal, a caminho do terceiro milênio. Este terceiro milênio será fortemente marcado pelo serviço, e é por aí que nós, das Equipes de Nossa Senhora queremos caminhar. Comemorando mais um ano de vida, pedimos a Deus que possamos dar uma resposta às necessidades dos casais do terceiro milênio, como os primeiros casais, juntamente com o Pe. Caffarel, souberam dar na sua época.

Maria Regina e Carlos Eduardo

Antífona de Nossa Senhora que São Francisco de Assis fez para o seu Ofício da Paixão.

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O Espírito Santo / Projeto Rumo ao Novo Milênio determina que o ano de 1998 tenha, como tema central de reflexão, o Espírito Santo e a Esperança; que se reflita e se intensifique a catequese do Sacramento da Confirmação ou Crisma e que se estude e se viva o Evangelho de São Lucas. Seguindo os passos de nossa mãe, a Igreja, o Movimento das ENS propõe para nosso crescimento espiritual, como ascese, a Regra de Vida, que será vivida corno esforço e esperança de conversão pessoal, conversão familiar e de equipe, na Igreja e No EACRE de SãoJosé do Rio Preto, noCerimônia de no mundo. Envio, opombo - que simbolizo oEspírito Santo - ao Desta forma, no início de nosso ano sair do caixa, pousou nos braços do cruz. Oflagrante equipista, precisamos foi registrado pelo casal Elzo eSalgado. que o Espírito Santo, presente em toda a Assim, "ruah" pode ser vista sob Sagrada Escritura, seja também uma três aspectos: presença em nossa vida. 1. O primeiro aspecto é A palavra Espírito, na língua cosmológico, está no início da crihebraica, é "ruah". "Ruah" é urna ação. O vento tem, em si, um capalavra feminina que tem alguns sigráter misterioso, não se vê, não tem nificados: ar em movimento, sopro forma, mas se sente; só sabemos ou vento, e, também, pode ser ar que o vento existe pelos fenômeque sai das narinas, ou seja, respinos que ele provoca. Assim, tarnração, que é uma força vital.

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2. O segundo aspecto é antropológico, está na essência da vida. "Ruah" é sopro que sai das narinas. Designa, portanto, respiração e vida. A respiração é vital, é essencial à nossa vida. Sem respiração não existimos; sem respiração não há vida. Assim, também, o Espírito Santo, ao se manifestar como respiração, é uma força misteriosa e profunda, que mantém nossa vida espiritual junto à Trindade, junto à Maria, junto à Igreja e junto ao mundo.

bém, o Espírito Santo é reconhecido pelos efeitos que sua ação divina provocou e continua provocando, quando desceu em Maria, em João Batista no deserto, em Jesus no batismo, na Igreja e, também, em cada um de nós.

A palavra Espírito, na língua hebraica, é "ruah". "Ruah" é uma palavra feminina que tem alguns significados: ar em movimento, sopro ou vento, e, também, pode ser ar que sai das narinas, ou seja, respiração, que é uma força vital. Assim "ruah" pode ser' vista sob três aspectos: cosmológico, antropológico e teológico.

3. O terceiro aspecto é teológico. "Ruah" quer dizer força: é a força misteriosa pela qual Deus age e faz agir. O Espírito Santo não é o mediador: Ele é a própria mediação. Em Gênesis 1, 2lemos: "O espírito de Deus pairava sobre as águas". Diz o padre Beni, grande amigo e professor, que nesta passagem da Bíblia o Espírito Santo se parece com uma grande ave, de asas abertas, chocando e protegendo toda a criação. Com essa poética imagem, pedimos ao Senhor que derrame e faça pairar sobre nós o seu Espírito: COMO O VENTO, QUE RENOVA C000 A RESPIRAÇÃO, QUE E ESSENCIAL A VIDA COMO FORÇA DE DEUS, QUE AGE E FAZ AGIR.

Altimira e Paulo, CRR São Paulo, SP 5


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Pentecostes A Festa da Colheita dos Dons do Espírito Santo igreja Católica celebra na festa de Pentecostes o dia do Espírito Santo. Pentecostes, antes de Cristo, no Antigo Testamento, era a festa da colheita (Ex 23,16; Dt 16, 9-16; Nm 28,26). Qual é a colheita no dia do Espírito Santo? É a colheita da Igreja, semeada por Cristo no campo dos Apóstolos. Foi a grande colheita que Jesus Cristo semeou, durante três anos. É só estudar o Livro dos Atos dos Apóstolos. No mesmo dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro, escolhido por Cristo (Mt 16,18) e confirmado por Ele, após a ressurreição (Jo 21,15), pregou à multidão reunida em Jerusalém, e cerca de três mil pessoas aderiram a Jesus Cristo e foram batizadas. O Espírito Santo atualiza a Igreja de todos os tempos e em todos os lugares. É o Espírito Santo que torna a única Revelação trazida por Jesus Cristo a todos os homens e mulheres, viva e eficaz. Foi o próprio Cristo que disse aos Apóstolos: "O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai envia em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que vos disse" (Jo 14,26). O ano do Espírito Santo, 1998, preparatório ao Jubileu do Terceiro Milênio do nascimento de Jesus Cristo, é o reconhecimento da presença e da ação do Espírito Santo, não só no Sacramento da Confirmação, mas também nos ministérios,

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carismas e atividades que Ele vai suscitando em todos. É o Espírito Santo que, segundo sua riqueza e necessidades dos ministérios (lCor 12, 1-11), distribui seus diversos dons para o bem da Igreja. O Espírito Santo que anima os cristãos para que, continuamente, redescubram a virtude teologal da esperança. Há muitos que estão perdendo o sentido da esperança: uns porque vivem na miséria, sem encontrar soluções para sair da mesma; outros, especialmente jovens, porque não conseguem matricular-se numa universidade ou encontrar emprego.

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O Espírito Santo atualiza a Igreja de todos os tempos e em todos os lugares. É o Espírito Santo que torna a única Revelação trazida por Jesus Cristo a todos os homens e mulheres, viva e eficaz.

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Pensemos nos adultos sem casa, sem terra para cultivar, sem um emprego ou com um subemprego, sem a farru1ia viver na dignidade. Quem pode enumerar, hoje, os anciãos abandonados, doentes, sem o carinho dos familiares, sem recursos para um tratamento médico. É preciso encontrar sinais de esperança presentes no flm do milênio e início do novo. Não está tudo perdido. No campo eclesial, encontramos, na segunda metade deste século, o Concílio Vaticano II, que é obra do Espírito Santo. Embora não seja devidamente conhecido e aplicado, o Concílio Vaticano II trouxe uma floração de primavera eclesial, prevista pelo Papa João Paulo II no início do Novo Milênio. A Igreja Ca-

tólica não é mais a mesma de antes do Concílio, na renovação pastoral. Quantas luzes trouxeram os Sínodos dos Bispos na evangelização, na catequese, na fann1ia, nos leigos, nos seminaristas e presbíteros, nos religiosos, religiosas e institutos seculares. As Conferências Episcopais procuraram aplicar o Concílio Vaticano II e os ensinamentos das Encíclicas pontifícias, das Exortações Apostólicas dos Sínodos dos Bispos, assumidas pelo Papa. Mas não é só no campo eclesial que o Espírito Santo atua. No âmbito civil, as pesquisas científicas e tecnológicas deram passos largos nos direitos humanos em defesa da dignidade da vida e da pessoa, ainda que nem todos sejam beneficiados com o progresso por causa de sua política, que nem sempre busca o bem comum, partilhando as riquezas, deixando milhões na miséria. No ano do Espírito Santo, caminhemos todos dóceis aos seus dons para que aconteça nossa conversão, num verdadeiro espírito de comunhão e participação. Disponhamo-nos a acolher os dons do Espírito Santo, a saber: da sabedoria e entendimento, da ciência e piedade, conselho e fortaleza, temor de Deus, recebidos na Crisma e constantemente renovados, especialmente no ano de 1998.

É o Espírito Santo que, segundo sua riqueza e necessidades dos ministérios, distribui seus diversos dons para o bem da Igreja, que anima os cristãos para que, continuamente, redescubram a virtude teologal da esperança.

Dom Pedro F edalto Arcebispo de Curitiba Voz do Paraná Ano XL, n° 1549 8


Carta de Gabriel e Marie Peeters ./

oje, um certo número de cristãos têm prazer em criticar as pessoas que os rodeiam e se queixam dos acontecimentos da vida que não lhes tragam resposta imediata às suas aspirações ou satisfações. Escondem-se atrás de suas muralhas de certezas, como se não confiassem mais nas qualidades de seus irmãos e como se já não se sentissem guiados e animados pelo Amor de Deus. É assim que age o nosso mundo atual: se alguém não está conforme ao que se espera dele, nós o afastamos ou pedimos que se retire; se as coisas não funcionam, é sempre por culpa do outro ou dos outros; então, por favor, vamos substitui-los para fazermos melhor! Uma análise considerada lúcida, sem qualquer gesto fraternal para ajudar, e sem compromisso pessoal de re-

cuperação. "Não se pode fazer nada! A eficácia e a rentabilidade têm suas regras!" Esse vírus economista e negativo pode também infiltrar-se nas nossa equipes se não estivermos atentos. Em certos momentos, esse parasita chega mesmo a destruir o nosso espírito de ajuda mútua, e nos faz duvidar do fundamento das nossas exigências evangélicas e empalidecer a qualidade do nosso testemunho. Quando isso acontece, é mais do que tempo de se sentar em equipe e rezar juntos e de se dar o tempo suficiente para refletir serenamente. Trata-se, com efeito, de reencontrar a luz da alegria que nasce do encontro e a confiança que podemos dar aos outros na nossa vida de cada dia. É um exercício que pode nos renovar completamente. 9


Nunca é fácil sair de si mesmo, temal é bem mais forte do que uma fazer calar os nossos " a priori", · ajuda mútua simples ou a busca da abrir-se aos outros e se maravilhar eficácia; ele está no centro da míscom o paciente trabalho do Espírito tica e da razão de ser das Equipes Santo naqueles a quem gostamos de de Nossa Senhora. E fonte de alecriticar. Para a nossa sociedade que gria e mesmo a única força do tessó acredita no homem ou na perfei- temunho. A riqueza e a força do ta organização da sua eficácia, é testemunho de uma equipe não se fácil acreditar que uma pedagogia medem pela personalidade das pesque nos propõe abrir o coração à soas ou dos casais que a compõem, oração, ao respeito à diferença do nem pelo dinamismo das suas inicioutro, à escuta da sua história e das ativas. A riqueza e a força do tessuas idéias, é uma pedagogia que só temunho de uma equipe se medem faz parte de uma espiritualidade flu- pela sua capacidade de se abrir ao ída, indecisa, fora de moda e que trabalho do Espírito Santo pois, nada propõe de concreto. "Cada um recebe o dom de maniMas é preciso lembrar que é de festar o espírito para utilidade de amor fraternal e não de críticas que todos" (1 Cor 12,7). Aliás, é pelo fruvivemos entre nós. Esse amor fra- to que se reconhece a natureza e a eficácia da árvore! Na sua carta aos Gálatas (5,22), São Paulo recorda quais são os frutos do Espírito: Nunca é fácil "amor, alegria, paz, paciência, bonsair de si mesmo, dade, benevolência, fé, mansidão e fazer calar os domínio de si". Este é o nosso caminho: nossos "a priori", abrirmo-nos ao trabalho do Espírito abrir-se aos outros Santo, que sopra quando quer e onde e se maravilhar quer, e que distribui, como lhe apraz, os dons diferente a cada pessoa e a com o paciente cada casal. Em cada equipe, os dons trabalho do do Espírito devem desenvolver-se Espírito Santo no ritmo de cada pessoa e manifestar-se como em Caná, quando chenaqueles a quem gar a hora para cada uma e para gostamos de cada um." Não devemos nos concriticar. É preciso tentar em contemplar, pois somos chamados a nos ajudarmos uns aos lembrar que é de outros, ativamente, para que isto se amor fraternal e tome possível.

não de críticas que vivemos entre nós.

Marie e Gabriel Peeters Equipe Resp. Internacional 10


Carta doCE I nternacional / Responsáveis/Co-Responsáveis O dia 8 de dezembro foi, para todos nós, uma data importante: assinalava o dia da proclamação de um texto - a nossa Carta- que nos indica o caminho a seguir e a forma de viver o Evangelho na nossa vida conjugal. As intuições dos primeiros casais animados pela força inspiradora do Pe. Caffarel eram válidas pois, cinqüenta anos depois, o minúsculo grão de mostarda de quatro casais e um padre, transformou-se numa grande árvore, com grandes ramos e, hoje, mais de sete mil equipes, em cinqüenta e quatro países, se abrigam à sua sombra (Me 4, 31-32). E temos certeza: essa força interior que fez crescer o nosso Movimento vem do Espírito e é, certamente, uma realização do Reino. Em suma, somos homens e mulheres muito limitados e frágeis, desejosos de transformar as nossas vidas, os nossos casais, os nossos lares em pontos de irradiação dessa graça recebida do Senhor pelas Equipes de Nossa Senhora. Mas, desde que façamos parte das Equipes, não podemos tomarnos seres passivos, como ramos sem vida. Se queremos ser espirituais e até contemplativos, e se nos mantivermos na Escuta da Palavra, esta Palavra, vivida nas Equipes de Nossa Senhora, pede-nos também que sejamos homens e mulheres ativos. Ativos no nosso esforço pessoal e 11


A vida em equipe e nas Equipes, supõe evidentemente fidelidade aos seus meios e a sua estrutura. Pois afinal, ainda que a nossa ligação pareça ser feita de uma forma muito simples, pertencemos a uma grande farru1ia, a uma comunidade que se tornou mundial e que, por conseqüência, para ser viva no mundo complexo de nossos dias, deve ser sustentada por uma série de pontos de apoio e de referência, numa palavra, por uma organização por mais simples que seja. Numa equipe e nas Equipes, como em nossas casas, partilhamos responsabilidades. Entre todos, devemos fazer tudo, e o sentido da ajuda mútua e da eficácia ensina-nos que, numa hierarquia do trabalho de todos os dias, como no planejamento do futuro, deve haver uma cabeça que, de uma forma ou de outra singular ou coletiva - possa ter a última palavra. Mas nada disto será bem feito em equipe, sem um pôr em comum de pensamentos e de ações da coletividade. Um responsável, nas nossas equipes, é responsável pelo amor, como nos diz a CARTA, mas ele jamais poderá ser o timoneiro da barca, sem a ajuda harmoniosa dos outros membros, que se sentem co-responsáveis e que darão o melhor de si para que a travessia comum se faça com coragem e todos estejam firmes na direção do barco. Nas nossas casas, numa equipe de base e na grande farru1ia das Equipes, deve sempre existir um responsável, que é um de nós e que se põe a serviço dos outros, na medida

de casal na busca da perfeição, como resposta colaboradora da ação da graça, mas ativos também no movimento que o Senhor nos ofereceu um dia, e que pouco a pouco, se tornou, talvez, o clima vital e indispensável para o sucesso de nossa vida a dois. Todos os meios postos a nossa disposição são instrumentos de vida cristã verdadeira, la. boriosa, arriscada, autêntica, alegre, satisfatória ... se a vivermos com fi delidade e criatividade.

"Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros, no amor. Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade do Espírito. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a vocação de vocês os chamou a uma só esperança: há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, que age por meio de todos."

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" ... vivendo no amor autêntico, cresceremos sob todos os aspectos em direção a Cristo que é a Cabeça." das suas possibilidades e, no espírito de caridade que nos une, devemos ajudá-lo a cumprir a sua tarefa, estando abertos as suas iniciativas, dando-lhe a conhecer as nossas dificuldades, ou dialogando fraternalmente sobre certos pontos das suas ações que julgamos discutíveis. Somos u movimento de espiritualidade evangélica de dimensão mundial, mas não somos uma empresa multinacional. O sentido da co-responsabilidade nos ajudará a compreender aqueles que , escolhidos entre nós mesmos e por nós mesmos, estão, por um tempo, num cargo de serviço e tentam fazer o melhor pelo bem dos casais e das equipes. Devemos também, fraternalmente, respeitar essa hierarquia temporal com transparência, delicadeza e simplicidade. Assim, poderemos ajudálos no cumprimento da sua missão. Escutemos São Paulo, aos Efésios: "Por isso, eu, prisioneiro do Senhor, peço que vocês se comportem de modo digno da vocação que receberam. Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros, no amor. Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar 13

a unidade do Espírito. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a vocação de vocês os chamou a uma só esperança: há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, que age por meio de todos. Cada um de nós, entretanto, recebeu a graça na medida que Cristo a concedeu" (4, 1-7). Pois, nesta Esperança, ele nos assegura: "Assim, Ele preparou os cristãos para o trabalho do ministério que constrói o Corpo de Cristo. A meta é que, todos juntos, possamos nos encontrar unidos na mesma fé e no conhecimento do Filho de Deus, para chegarmos a ser o homem perfeito que, na maturidade do seu desenvolvimento, é a plenitude de Cristo" (4, 12-13). E assim: " ... vivendo no amor autêntico, cresceremos sob todos os aspectos em direção a Cristo que é a Cabeça. Ele organiza e dá coesão ao corpo inteiro, através de uma rede de articulações, que são os membros, cada um com sua atividade própria, para que o corpo cresça e construa a si próprio no amor" (4, 15-16). Apliquemos estas palavras de São Paulo ao nosso casal, a nossa equipe, as nossas Equipes. Esta é uma resposta a nossa vocação de homens e mulheres que se comprometeram a seguir a Cristo, no caminho traçado pela CARTA de 1947.

Cristóbal Sà"ias. sj.


Notícias

lnternacionai~ veis das regiões ou setores organizaram, entre si, as diversas celebrações. Na França, berço do Movimento, 7500 equipistas (casais e padres) reuniram-se no dias 6 e 7 de dezembro, em Villepinte, próximo a Paris, para celebrarem com orações, canto, humor e alegria, numa evocação do passado, do presente e do futuro do Movimento. As equipes do mundo inteiro estiveram aqui representadas pelos membros da ERI e pelos responsáveis de todas as Supra-Regiões, Regiões Isoladas e Coordenações que estavam reunidos em Paris para a Celebração Internacional do Cinqüentenário da CARTA a 8 de dezembro e para a Reunião do Colégio Internacional. O Encontro da Supra-Região França-Luxemburgo-Suíça, em novembro, foi precedido de reuniões de equipes mistas e de um colóquio sobre o Matrimônio, em Paris, aberto a numerosos convidados fora do Movimento. Os nossos amigos da Austrália, o país mais afastado do berço do Movimento, celebrarão solenemente o Cinqüentenário da CARTA em junho de 1998, em Camberra, capital do país, e todas as equipes australianas estarão convidadas para o primeiro Encontro Nacional. Enquanto isso, as equipes foram desafiadas a festejar o aniversário da CARTA através de uma reunião especial, com uma liturgia comum, preparada pelo Conselheiro Espiritual da Supra-Região.

O cinqüentenário da CARTA através do 111undo: conclusão Continuando o artigo precedente, queremos contar que o fim de semana de 15-16 de novembro último, foi -por coincidência- o escolhido pelas Supra -Regiões de língua portuguesa para festejar a CARTA: os brasileiros, em Itaici, São Paulo; os portugueses, em Fátima, num encontro de 2 000 pessoas que recordava o Encontro Internacional de 1994! Em 29 de novembro, a região Irlanda reuniu-se em Dublin: durante a missa, os casais evocaram, através de mímica, música e arte, o que é o casal cristão no mundo de hoje. O fim de semana seguinte, 6-7 de dezembro teve várias manifestações: na Ilha Maurício, na África, nos Estados Unidos, na Espanha, na França. Na África, as celebrações se realizaram nos diversos países: no Senegal, uma missa em memória dos mártires de U ganda foi o momento dos casais renovarem o compromisso com o Movimento; em Camarões, houve uma mesa redonda transmitida pelo rádio e uma entrevista no jornal. Na Espanha, foi em Barcelona- cidade em que nasceram as Equipes espanholasque mil equipistas se juntaram para uma conferência sobre a CARTA e vários testemunhos de casais jovens e antigos, dos quais alguns tinham conhecido o Pe. Caffarel. Nos Estados Unidos, os responsá14


A celebra~o / Internacional do cinqüentenário da CARTA e Reunião do Colegiado Internacional A ERI tinha uma boa razão para fixar, excepcionalmente, a Reunião do Colégio Internacional em dezembro (em vez de julho, como é habitual) e em Paris. Os Responsáveis das ENS do mundo inteiro puderam assim celebrar o Cinqüentenário da CARTA, na segunda-feira, 8 de dezembro 1997, na cripta da igreja de Saint-Augustin, em Paris, isto é, no dia exato do seu aniversário e no mesmo local da promulgação da CARTA das ENS. A ERI convidou mais de duzentas pessoas, os antigos membros da Equipe Responsável do Movimento, os casais fundadores, ou os primeiros casais não franceses responsáveis dos diversos países, antes da saída doPe. Caffarel e ainda os equipistas presentes quando da promulgação da CARTA. A celebração, presidida pelo Pe. Cristóbal Sàrrias, Conselheiro Espiritual da ERI, rodeado de sete padres, entre os quais o Pe. Tandonet e o Pe. Olivier, foi ocasião de dar graças ao Senhor pelo Dom das ENS á Igreja e ao mundo e pela obra do seu fundador, o Pe. Caffarel. Dois dos casais presentes em Saint-Augustin em 1947 e que pertenceram à equipe dirigente Germaine e Francis de Baecque e Genevieve e Pierre Poulenc, deveriam dar testemunho, mas só Francis de Baecque pôde participar na ceie15

bração e leu os dois testemunhos. Ao lado de numerosos casais mais antigos, os jovens casais das ENS do mundo inteiro estiveram representados por Maria Petra e Fernando Redondo, casal espanhol, que deu testemunho na sua língua natal. O seu testemunho foi escolhido entre os que foram dados por alguns casais jovens do mundo inteiro, em resposta a um pedido da ERI. As leituras litúrgicas foram lidas em diferentes línguas, sinal concreto do caráter internacional do Movimento e da sua catolicidade, no sentido real da universalidade. Um guia, escrito em quatro línguas, permitia seguir a celebração. Após a cerimônia, os convidados partilharam entre si um enorme bolo de aniversário, feito e trazido da Grã-Bretanha, pelo casal inglês da ERI. Momentos simples , mas de grande alegria e emoção. Essa celebração marcava a abertura da Reunião do Colégio: quatro dias de partilha e de reflexão, na amizade e na oração, para definir e conduzir em conjunto, em colegialidade e na unidade, as orientações e a evolução das ENS, na dupla perspectiva do Jubileu do Ano 2000 e do Encontro Internacional das ENS, em Santiago de Campostela, em setembro desse mesmo ano.

Equipe Resp. Internacional


HospitalidadeI taríamos de dividir com vocês uma vivência muito graIcante que tivemos com os irmãos equipistas de Curitiba, Terezinha e Daniel Godri. Nossa filha, Luciana Maria, de dezessete anos, em junho de 1997 se inscreveu para prestar vestibular na Faculdade Federal do Paraná. Como meu marido já estava desempregado, não víamos possibilidades dela participar deste concurso. Mas, levando em conta sua dedicação e esforço, deixamos tudo nas mãos de Nossa Senhora de Belém, protetora de nossa equipe. Foi com seu aval que conhecemos o casal responsável (na época) pelo setor de Curitiba, Terezinha e Daniel que se prontificaram em hospedar nossa filha. Tudo foi possível graças aos casais Vera e Dutra e Neide e Celso que mostraram interesse e a boa vontade dos amigos Tetê e Arnaldo (responsáveis pelo setor de Guaratinguetá) de se comunicarem com Curitiba nos colocando em contato com Terezinha e Daniel. 1-

É um trabalho de equipista mesmo; foi realmente uma graça de Nossa Senhora colocar essas queridas pessoas em nosso caminho. A receptividade não poderia ser melhor, eles não imaginam o bem que nos fizeram, a tranqüilidade que nos transmitiram diante da necessidade de deixar nossa filha lançar vôo para tão longe. O interessante é que minha filha achou o casal Terezinha e Daniel com o mesmo jeito dos casais amigos nossos de equipe. Todo este envolvimento de equipe nos deixa com o mesmo perfil, o perfil de Nossa Senhora e isto é percebido por todos os lados, fazendo de nós uma grande farm1ia. Obrigado, Senhor, por fazermos parte desta família abençoada. À Terezinha/Daniel e seus filhos nosso Deus lhes pague e contem conosco.

Que Deus abençoe todas as Equipes de Nossa Senhora. Um abraço. Feliz 1998!

Anunciação e Renato Equipe 9 - Guaratinguetá, SP 16


Experiência. / Comunitária/ ueremos partilhar as coisas simples mas maravilhosas e fantásticas que temos vivenciado a Região Norte II, com as Experiências Comunitárias. Se por um lado não queremos teorizar, por outro, não queremos apenas ser narrativos, ao ponto de transformar este artigo numa resenha de acontecimentos e fatos estatísticos da evolução e desenvolvimento dessa prioridade do 1\1ovimento. Queremos, sim, traduzir nossa alegria de "trabalhar na vinha", nosso agradecimento a Deus pelo muito que temos crescido em conjugalidade e na vida em equipe, graças às tarefas desenvolvidas com os casais que "pescamos" e que caminham conosco nas 14 experiências concluídas e ou em andamento. Queremos registrar nossa mensagem de vida, "vida em abundância", de conversão de casais que resolveram casar porque descobriram o

valor do Sacramento do Matrimônio, de casais que redescobriram o amor conjugal, até então coberto de pó como se fosse uma peça de antiquário, de casais que testemunham emocionados o seu reencontro com Cristo, de casais, enfim, que estão descobrindo juntos o gozo gratuito e cristão da fraternidade, da solidariedade, da ajuda mútua e da correção fraterna. Queremos falar dessa inquietação contagiante que nos incita a buscar sempre novos desafios nessa caminhada, sempre levando a Boa Nova a novos casais, pela satisfação de dar um resposta concreta à nossa "vocação e missão de casais cristãos", gratificados que somos pela perseverança e propósito de caminhar, traduzidos pelo brilho esperançoso nos olhos dos novos casais. Esta experiência de vida tem nos permitido compreender e discernir no Espírito Santo, o "ser Igreja", o "ser protagonista", o te-


nossa fé em obras. cer o Movimento. Não Neste contexto Afinal temos recepreocupa-nos o binôbido mais de Deus do conseguimos mio Equipes/Experiênque dado de nós, nesimaginar cias Comunitárias nas sa gratificante tarefa equipes dimensões do anúncio, de evangelização. diálogo, serviço e tesApós os necessáformadas por temunho. Não conserios entendimentos, recasais guimos imaginar equializamos um encontro acomodados, pes formadas por capara casais (Família sais acomodados, que Escola) no Colégio que "não têm "não têm vontade de Santa Catarina de vontade de assumir as propostas Sena, aqui em Belém/ assumir as do Movimento", mas PA, com a participação sim por casais que, a de 26 casais (pais de propostas do despeito das "curvas e alunos e professores). Movimento", calombos", querem Esse encontro foi idemas sim por vencer os buracos e alizado como uma desvios da estrada de abertura, para que as casais que, a Jesus, em busca da ENS pudessem levar despeito das santidade, através da àquele e a outros colé"curvas e vivência, em sua plenigios a metodologia das tude, do Sacramento Experiências Comunicalombos", do Matrimônio, testetárias, a serviço dos querem vencer munhando o valor da casais. os buracos e farm1ia a outros casais. Os frutos já coO acolhimento das desvios da meçam a vicejar. Já prioridades propostas temos casais para estrada de pelo Movimento, entre mais uma Experiência Jesus, em busca elas a Experiência CoComunitária, o Colégio munitária, além de ser da santidade. já agendou novo enum gesto concreto de contro para 1998, e transformação da fé outros colégios já demonstraram seu interesse em fazer em obras, implica numa resposta de qualidade à missão apostólica e a mesma coisa. Desde que ingressamos no evangelizadora da Igreja que, no Movimento, algumas coisas vêm caso das ENS, é a busca da santimarcando-nos positivamente. Den- dade do casal e da farm1ia. tre elas, destacamos agora a satisDalila e ]amesson fação de sentir que as ENS proporEquipe 20 cionam ao casal equipista a oportuNossa Senhora das Dores nidade de um engajamento firme e Belém, PA orientado para a transformação de 18


Magnificat / ez por outra somos questionados sobre que versão do Magnificat deveriamos rezar, como um dos pontos de Unidade dentro do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Para melhor refletirmos sobre esta dúvida, resolvemos pesquisar com mais profundidade sobre a origem e o porquê do Movimento nos propor esta bela oração, a qual deve ser feita, como é do conhecimento de todos os casais, diariamente e em intenção das equipes e do Movimento no mundo inteiro. Assim sendo, o Magnificat é, sem dúvida alguma, um ponto de unidade, não se levando em conta se Nossa Senhora do Magnificat está sendo rezado em português, em alemão, em francês, pes." Este documento nunca fez em inglês ou seja, em qualquer ou- menção explícita de qual seria esta tro idioma de países onde haja as oração. Assim é que, nos primeiros Equipes de Nossa Senhora. anos, pedia-se aos casais que rezasQuando o Movimento foi intro- sem em consonância com a orienduzido no Brasil, há quase cinqüen- tação da Igreja o Ofício das Horas, ta anos atrás, pedia-se aos casais correspondente aos cinco momenque rezassem a oração das equipes, tos conhecidos como: Ofício das conforme consta dos Estatutos: "IV. Leituras (outrora Matinas), Laudes, Obrigações de cada casal - 3. Que Hora Média, Vés peras e Complerezem diariamente a oração das tas, dos quais parece-nos que não Equipes de Nossa Senhora, em se incluía o primeiro, conforme founião com todos os casais das Equi- mos informados por participantes há 19


mais tempo no Movimento. Diz a In- versão "O Senhor fez em mim matrodução Geral da Liturgia das Ho- ravilhas" para "O Poderoso ... ". Eis que agora surge outra difiras, referindo-se aos sacerdotes: , "Todos esses desempenham o ser- culdade: a Liturgia das Horas comviço do Bom Pastor, que roga pelos porta duas versões do mesmo seus, para que tenham vida e sejam Magnificat. Com qual delas ficar? perfeitos na unidade." Como nos O que precisamos é estar atentos dizeres do Pe. Caffarel, as Equipes ao espírito da proposta. E a proposde Nossa Senhora teriam uma ca- ta é de que rezemos, tendo por inracterística de uma Ordem Tercei- tenção os casais do mundo inteiro, ra, sua preocupação voltava-se tanto a oração do Magnificat. Se vamos para a oração como para a unidade, rezar "Senhor" ou "Todo Poderoso", talvez daí advindo a proposta das são palavras que não devem impliorações baseadas na Liturgia das car na quebra da unidade. A unidaHoras (espírito de Oração, inclusi- de está em rezarmos a oração, seja ve pelos seus e em Unidade). ela a versão de Lucas ou qualquer Com o passar do tempo verifi- uma das contidas na Liturgia das cou-se a dificuldade que os casais Horas. Inclusive quando cantamos tinham de acompanharem esse es- o Magnificat, e aí temos uma série quema de orações, principalmente imensa e maravilhosa de diferentes tendo em vista as diversas variações cantos, porém com a mesma em função dos tempos litúrgicos exaltação e louvor, também o esta(Advento/Natal- Quaresma/Páscoa remos fazendo em espírito de uni- Pentecostesffempo Comum). Em dade. Aliás, uma das experiências virtude das dificuldades encontra- mais tocantes que tivemos oportudas, o Movimento propôs que os nidade de participar foi quando da casais passassem a rezar a Salve nossa peregrinação a Lourdes. Ali Rainha, nas mesmas intenções e na pudemos sentir a verdadeira maniprocura da unidade. festação do Pentecostes, ao rezarPosteriormente foi sugerida mos o terço e o Magnificat simultanova mudança, desta vez para que neamente nas mais diversas línguas, se adotasse o Magnificat como ora- porém todos imbuídos do mesmo ção das equipes. Em virtude das ideal, unidos no mesmo espírito, busmuitas versões encontradas para cando a santificação dos casais. Portanto, vamos manter-nos esta oração - basta compararmos as diversas versões encontradas nas unidos rezando ou cantando diariadistintas traduções da Bíblia, isto é, mente a nossa oração de louvor a na Pastoral, na de Jerusalém, Ave Maria nossa Mãe, colocando por Maria, etc. - adotou-se uma deter- intenção de todos os nossos irmãos minada. Tempos mais tarde a do mundo inteiro. CNBB sugeriu que rezássemos a versão encontrada na Liturgia das Maria Regina e Carlos Eduardo Horas, época em que se mudou da ECIR 20


Valores da Família/ família não nasce pronta; dos os dias mostram, claramente, constrói-se aos poucos e que muitos casais de hoje aceitam com as características pes- a infidelidade como coisa normal. soais de cada um. Mas quais os va- Aliás, a infidelidade é vista como lores que vão construir a felicidade sinal de saber aproveitar a vida, do homem, da mulher e dos filhos? como sinal de esperteza. "A felicidade não é feita do taQuem pensa assim está redonmanho da casa, mas do tamanho do damente enganado, já que o casaamor que enche a mento supõe uma doacasa". Amor, amizade ção de pessoa a pessoa. Uma autêntica verdadeira, confianE a sexualidade, tão fimrelação ça ... não são mercadodamental no casamenrias de compra e vento, não pode ser sepahumana exige da. Não existem prarada da pessoa. Quem vários ças onde se possa advive um momento de ingredientes: quirir o diálogo. Não união íntima, como é o existem shopping cendo encontro sexual, excompanheirismo, ters para comprar o pressão de amor-entreigualdade, tão necessário perdão. ga, não consegue entencompreensão, É impossível proder como a fidelidade curar fora de nós o respeito, não deva ser respeitaque tem de brotar denda. A infidelidade, sem participação, tro de nós! dúvida, denota falta de abertura, Assim, uma autêncaráter e mostra que a transformação tica relação humana pessoa é afetivamente exige vários ingrediendesestruturada. e fulelidade tes: companheirismo e Um casamento resempre! igualdade, isto é, os alizado sem a base do dois caminhando na amor maduro, do resmesma direção; muita compreensão peito mútuo, de uma consciência de e respeito; participação ativa na vida serem pais, educadores dos filhos, vai da comunidade; abertura a uma so- continuar gerando infidelidade... Porciedade em constante transforma- tanto, é necessário, todos os dias, ção; fidelidade sempre! construir o AMOR, sobretudo hoje, É na família que, principal- nesta nossa sociedade erotizada, que mente, se aprende o valor da pes- leva a encarar a infidelidade como soa, da palavra dada, do compro- procedimento normal. misso assumido. Existe em nossa cultura a idéia Equipe 7 de que seja normal a infidelidade. N. Sra. Mãe da Esperança Cenas de novelas e situações de toVotuporanga, SP 21


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ele pl'catCI

I Falecflllento

. ue onun, o\egno q d ?roE corn Bodas e . ciornos os - o dos Equl'o de tundo....~o sso Sennoo 5 - ,... o o 6 pes n d e n o de Lour es dos '-li'órNosso Sennordo Se'or de bas o rios, orn ·óo Rio\. N·,,erói, Re9'

lembremo-nos em S ) ora , nossay r. I ç?des, dos nossos irmãos ra ecr os:

a. Pe. Ormindo vl:· • d .-~vetros e Castro, Sj ?corrido em 171021 8 , sa:~rdote conselhei;o esprr!tual da equipe 3/~, hRro 111. Pe. Vivei:os trn a 80 anos e em jUn~o/?7 comemorara seu jubrleu de ouro sacerdotal.

Novas Equipes; PALMARES/PE Eq. 1 - N. Sra. da Conceição Eq. 2 - N. Sra. Aparecida

b. Valdenir Menezes / Rodrigues, espo~o de Margarete ocorndo no dia 25/02!

BARREIROS/PE Eq. 5- N. Sra. do Carmo Eq. 6 - N. Sra. das Dores Eq. 7 - N. Sra. Aparecida

98 . Pertencia à E · N S qurpe osso enhora da Saúde, Porto Alegre - RS.

SÃO GONÇALO/RJ Eq. 3 - N. Sra. da Rosa Mística Eq. 6 - N. Sra. de Lourdes Eq. 7 - N. Sra . de Fátima

Orclena~ão

Sacerdotal

J

No dia 13 de dezembro de 1997, aconteceu a ordenação sacerdotal do Pe. Expedito de Lopes Castro- Conselheiro Espiritual da Equipe 42 - Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, do Setor "C", da Região Minas 1, Juiz de Fora- MG

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Nossa Senhora das Coisas Pequenas / Contemplo-a nos seus pequenos deveres de esposa e mãe. Naquela morada tudo é pobre, imensamente pobre, muito simples e rústico. Vejo-a cozinhando, varrendo o chão, tirando o pó, lavando umas peças de roupa, sentada diante duma tina. Depois, vejo-a levantar-se, com um pano na cabeça, à semelhança das outras mulheres da região, e tomar uma grande bilha de barro. Agora ela me aparece descalça a caminhar alegre em di-

ui tas e muitas vezes, paro, fico recolhido em silêncio e procuro imaginar-me diante da Virgem Santíssima. Vejo-a com os olhos da alma. Bonita, sim; imensamente bela. Especialmente contemplo-a tranqüila, irradiando uma serenidade celeste. Alegre, com um sorriso amável; diria mesmo com uma alegria que é a transparência dum coração que ama imensamente. Tenho certeza, em mim não paira a menor dúvida sobre este ponto: ninguém passou pelo caminho de Maria sem que ela o amasse. Não me contenho, porém, em vê-la; vou mais adiante. Sem barulho, sem que alguém perceba, bem de mansinho, vou entrando pela porta entreaberta da pequenina casa de Nazaré. Eis-me na intimidade da Sagrada Farru1ia. E assim fico seguindo a vida da Virgem Santíssima. Os Evangelhos falam muito pouco de Nossa Senhora, mas não me importo com isto. Na minha fantasia, eu completo o que os Autores Sagrados não chegaram a escrever. Pela imaginação, eu a acompanho nas atividades de cada dia.

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Considero o mundo físico imagem da ordem moral: fazer com perfeição cada pequenina coisa do cotidiano; agir na hora determinada, evitando toda negligência, mas igualmente sem precipitação; executar tudo com muito amor; colocar num pequeno ato toda a intensidade dum coração que realmente sabe amar; fazer desta ação a expressão duma entrega completa. Para mim isto é maravilha. É assim que eu vejo o cotidiano de Maria, assim contemplo toda a vida de Nossa Senhora. E nós, que somos fracos e pequenos, que não temos condições de copiar as façanhas grandiosas dos santos, estes grandes heróis, por que não imitamos Maria nestas pequeninas ações dos nossos deveres habituais? Não é verdade que estes pequenos atos estão sempre à nossa disposição? Quem poderia afirmar que não tem oportunidade de agir à semelhança de Maria nestes pequenos deveres? Haverá alguém que possa ter a ousadia de declarar que lhe é impossível fazer estas coisas mínimas com amor? Olhando para Maria, imitando a sua vida nessas pequenas oportunidades de todas as horas, nós nos aproximaremos cada vez mais de Deus, encheremos de amor toda a nossa existência. Nossa Senhora das Coisas Pequenas, dai-me a força de seguir por esta trilha que vós me apontais.

reção à fonte; lá, com calma e mansidão, espera a sua hora de encher o jarro. Toda a água para a higiene e a cozinha da pequena família é Maria quem a busca. Era uma das obrigações das mulheres pobres da Galiléia. E assim fico pensando, era imensamente simples a vida de Maria. Durante toda a sua existência fez estas coisas pequenas. Colocou amor, muito amor nestes nadas de cada hora. Transformou-os pela intensidade de seu amor numa expressão de entrega completa a Deus. E como o Pai acolheu com um gáudio infinito a sublimidade dessas pequeninas ações, convertidas em poemas de amor! Temos certeza de que é o amor que dá valor às nossas ações? Uma ação heróica ou retumbante, mas feita sem amor, não passa de barulho diante de Deus. Uma coisa pequenina, ainda que seja como as duas moedinhas daquela simples mulher dos Evangelhos, vale imensamente para Deus. Vejo Deus como o Criador do imensamente grande e do imensamente pequeno. Falam-me da grandeza do Senhor o brilho das estrelas , o esplendor das galáxias, a imensidão dos espaços em que a luz percorre centenas de anos até chegar a nós; assim como a estrutura da mais pequenina célula, a complexidade duma molécula ou as constelações dum simples átomo. A amplidão dos espaços não canta para mim com mais força do que a sublimidade das mínimas partículas das coisas mínimas.

Dom Cristiano de Araújo Pena Bispo Emérito de Divinópolis 24


Maria, Mãe e Modelo elebramos, no mês de maio, a liturgia da Ascensão - o Cristo que se toma invisível, mas não ausente. Ascensão, que é nossa também, ao reencontro do plano da salvação, participação e reintegração do ser humano na história da Salvação, que se tomou possível porque o Filho de Deus se fez HOMEM. Exatamente, para que isto pudesse realizar-se, contou com a colaboração de uma mulher- Maria, ajovem de N azaré. A jovem que, na sua humildade, participa do plano divino e se toma incrivelmente grande e poderosa, na simplicidade e na aceitação. É através de Maria que, com Cristo, o ser humano pôde ser libertado e assim retomar à condição de filho de Deus. A glória de Maria vem de sua aceitação de ser mãe - Mãe do Filho de Deus; Mãe de todos os homens. Quando Jesus, o Filho de Deus, o Filho de Maria, lhe diz do

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alto da cruz: "Mãe, eis aí teu filho", é o momento solene em que recebemos a confirmação da maternidade de Maria para todos nós. Falar de Mãe é, sem dúvida, invocar essa simplicidade e essa humildade da jovem que nos traz o modelo de maternidade. Ser mãe é compreender, como Maria, as contradições do mundo, do nosso mundo, que nos traz, hoje, uma vida nem sempre afável, às vezes, amena, confortável e alegre, mas, por vezes, agressiva e desleal, porque existimos dentro da realidade de um grande universo, que converge e se concentra no universo familiar de cada lar. Como compreender o que é ser mãe? Para nós, mulheres, aprendendo com Maria; para nós, homens, aprendendo com Maria; para nós, mulheres-mães, aprendendo sempre com Maria, a lição de força, determinação, coragem, humildade e aceitação. Que recebemos através da Mãe? Todos nós temos uma história, uma memória de mãe: aquela que nos gerou, nos aceitou, nos amou, sem conhecer as nossas características físicas, espirituais ou morais; aquela que aceitou partilhar a sua vida com o novo ser gerado. Por isso, nós, mulheres-mães, podemos compreender o seu amor, ao oferecer o SEU FILHO por nossa salvação; nós, mães, que já perdemos um filho, podemos entender mais sua grande aceitação - permitir que seu filho conhecesse a morte por nossa salvação; e mães que perderam seu filho único pode-

rão ainda mais plenamente avaliar a dimensão de sua humildade e de sua missão. Maria, nosso sustento e nossa força, simples e misteriosa; dócil e forte; cheia de autoridade - Maria é Igreja, Maria é missão. É, portanto, na contemplação da simplicidade e da humildade de Maria, que queremos elevar nossa súplica por todas as mães:

Para que atravessemos o final do século e cheguemos ao 3° Milênio, resgatando o verdadeiro sentido da maternidade, protegendo os valores morais e espirituais. Para que cesse a violência no país e no mundo, para que as crianças tenham um lar. Para que a justiça possa existir entre os homens; para que as mães possam renovar a alegria, a esperança e a paz, em favor de um mundo melhor. Para que todas as mães sejam respeitadas e amadas. Para que Maria seja Mãe e modelo de todos nós!

Cida (do Sérgio) Equipe 3 Blumenau, SC (do jornal Magnificat) 26


Bodas Matrimoniais / palavra "bodas" é derivada do termo latino "vota", do verbo "vovere", que quer dizer "compromissos", "juramentos". Bodas (a pronúncia é com o "o" fechado = "bôdas") significa, pois, a festa das promessas, dos

compromissos matrimoniais assumidos entre marido e esposa. Para que cada casal possa valorizar e comemorar as celebrações de seus aniversários de casamento, seguem abaixo as correspondentes indicações de bodas:

1" ANO 2" ANO 3<> ANO 4<> ANO 5<> ANO 6<> ANO ?<> ANO 8<> ANO 9<> ANO 10<> ANO15<> ANO20" ANO25<> ANO30<> ANO35 2 ANO40" ANO45 2 ANO50" ANO55<> ANO60<> ANO65<> ANO70<> ANO-

BODAS DE ALGODÃO BODAS DE PAPEL BODAS DE COURO BODAS DE SEDA BODAS DE MADEIRA BODAS DE JACARANDÁ BODAS DE COBRE BODAS DE CORAL BODAS DE OPALA BODAS DE ESTANHO BODAS DE CRISTAL BODAS DE PORCELANA BODAS DE PRATA BODAS DE PÉROLA BODAS DE RUTILO BODAS DE RUBI BODAS DE PLATINA BODAS DE OURO BODAS DE AMETISTA BODAS DE JADE BODAS DE FERRO BODAS DE VINHO 75" ANO- BODAS DE DIAMANTE 80<> ANO- BODAS DE NOGUEIRA

-

Se alguém se interessar pelas bodas dos anos intermediários a partir do 10° até o 80°, é só entrar em contato com a redação da CM.

Colaboração de Wilza e Aluísio Equipe 01 - Nossa Senhora Mãe Imaculada São José do Rio Preto, SP 27


Mamãe /

Bodas

Equipista

de Diamante /

a edição no 335 (fev/mar/98), pág. 21, em que eram apresentados aspectos pitorestos ocorridos nos "bastidores" do Encontro Nacional, foi noticiada a presença de um jovem casal, cuja esposa já se encontrava com a gravidez bastante avançada, mas apesar desse seu estado de risco, não mediu esforços para vir lá da longínqua Maracaju, no Estado do Mato Grosso Sul, para participar desse importante evento. Muita gente escreveu perguntando sobre o nascimento do bebê. Aproveitando o ensejo do DIA DAS MÃES, e como homenagem a todas as "mamães equipistas", apresentamos a Tatiana, nascida em 15 de janeiro de 1998.

ão é para muitos o privilégio de completar 60 anos de casados e comemorar as Bodas de Diamante. Mas há os que lá chegam. E é muito lindo chegar mantendo o amor sempre vivo e renovado. Ao ensejo de suas Bodas de Diamante, ocorrido em fevereiro/98, o casal equipista Maria da Glória e Payão, que já foi o Casal Responsável pelo Movimento no Brasil, preparou-se para essa festa refletindo sobre o sentido de sua conjugalidade e nos deixou esta definição: "CONJUGALIDADE é o relacionamento harmonioso prevalente entre cônjuges, resultante dos seus esforços (conscientes e livres) que objetivam as finalidades do casamento e colaboram com a graça própria do Matrimônio". •

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Mãe do Novo Milênio/ ãe do novo milênio! Neste momento em que a família, a sociedade e o mundo enfrentam tantos desafios, violências, conflitos, drogas, corrupção e marginalidade, é o momento de você, mãe, também sofrer transformações e testemunhar que os valores da família podem e devem evoluir, e dar sustentação às mudanças da sociedade com o único elo que você r~resenta: o amor. MAE- rumo ao novo milênioagora chegou o momento de mostrar sua força, sua energia, sua fé, sua capacidade de mudança, sua coragem, sua esperança e sua confiança nos valores da fann1ia. MÃE, é você quem deve evangelizar a fann1ia para que a sociedade e o mundo se tomem mais humanos! MÃE, é por suas mãos que seus filhos saberão que o lar e a família são o melhor lugar para se viver o AMOR, para ser FELIZ e para, no dia-a-dia, caminhar para a santidade. MÃE, é você quem deve transmitir a seus filhos a necessidade de serem alegres, felizes, otimistas, cheios de esperança e confiança, para que, sentindo-se amados, sejam seguros e realizados na vida. MAE do terceiro milênio, é sua responsabilidade dar as primeiras noções de cidadania a seus filhos, para fazer valer o princípio fundamental de toda ação política, que é a busca do bem comum, para a construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida e da esperança.

MÃE, você é capaz de personalizar o amor transformando a fann1ia, os jovens, a sociedade e o mundo, sendo seguidora de Jesus, em busca constante da unidade, da paz, amor e harmonia. Parabéns mães! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa mãe, seja o modelo a ser seguido, ela que sempre esteve presente na vida de seu filho Jesus, transmitindo-lhe Amor e Segurança.

As bênçãos de Deus sobre vocês, Mães do Terceiro Milênio! Arany e Mira Equipe 1 O - São Carlos SP

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Ora~ão Pelas Mães/ casa de caridade, aguardando ansiosa a presença de alguém que há muito a esqueceu. Pela mãe suada e feliz que aperta no seio o recémnascido, mas sobretudo, Senhor, velai por aquela que embala na alma vazia a saudade do filho que já morreu. Velai, Senhor, pela mãe solitária e pela mãe solteira. Pela rejeitada e por aquela que acreditou. Velai hoje, Senhor, pela mãe que tão somente desejou a paz e por aquela que ainda busca a verdade através da luta incessante do dia-a-dia. Velai pela mãe que não sabe orar e por aquela que não tem fé. Pela que contesta e por aquela que padece em silêncio e por aquela que se revolta e se maldiz. Velai, Senhor, pela mãe quedescobriu horrorizada o vício do filho e que sofre por seus desacertos e que morre um pouco em seu lugar. Velai, Senhor, pela mãe que se deixou perder na aridez do mundo, por aquela que só sabe acusar e que desconhece a imensa força do perdão. Por aquela que nunca sentiu o perfume do Amor e jamais entendeu a beleza da vida. Velai por aquela que só pensa em ter (e que talvez já tenha tanto!), por aquela que se esquece do essencial; por aquela que passa os dias à beira do tanque e do fogão; pela que conserta pacientemente as roupas dos filhos e espera, há muito, um gesto de carinho que não chega jamais ... ! Velai, Senhor, pelas mães dos

enhor, tanto já se falou da mãe bonita, da sorridente, da compreensiva, da que perdoa, da desvelada, da mãe jovem, da mãe bondosa, da carinhosa, que hoje, Senhor, queria pedir pelas mães esquecidas. Hoje, Senhor, falar-vos-ei da mãe que sofre, da que luta, da que batalha, da que não tem tempo, da que se impacienta, da que se irrita, da mais triste, da mais pobre, da mais infeliz. Senhor, velai por elas, especialmente pelas mães que mostram no semblante crispado os sulcos do desespero; pelas mães que perderam a juventude e a beleza por causa das incompreensões e dos descaminhos de seus filhos. Velai, Senhor, pela mãe da favela e do morro, pela mãe maltrapilha e por aquela que se tortura, se humilha e se esconde atrás das grades de uma prisão. Velai pela mãe que não teve passado, que vive o presente temendo o futuro, por aquela que se desgasta e se consome a fim de dar aos filhos aquilo que exigem, "coisas" que, muitas vezes não são necessárias. Pela mãe cujo corpo o tempo deformou, por aquela que tem o olhar tristonho e a face encovada; por aquela a quem se acusa de não saber se doar, ela que talvez nada recebeu. Velai por aquela que perdeu a saúde e a alegria, a fim de que fôssemos os mais fortes e os mais ditosos. Olhai, Senhor, pela mãe que jaz num leito de hospital ou numa 30


deficientes físicos, por aquelas pobres mães que nunca receberão o calor de um abraço e a carícia de um beijo. Por aquelas que não ouvirão jamais uma vozinha inocente e tímida a lhes chamar:- Mamãe! Velai, Senhor, pelas mães adotivas, que embalam em seu regaço morno o filho de uma outra mulher, por aquelas que escolheram ser mães e que não escolheram os filhos, pelas que não se omitiram, pelas que não se negaram. Protegeias, Senhor, estas mães diferentes e tão iguais, estas mães esquecidas, estas mães martirizadas. Dai-lhes conforto e paz. Caminhai com elas, Senhor, ao lon-

go desse peregrinar incessante e sem glórias terrenas, através de seus calvários silenciosos e difíceis. Que elas sintam Vossa presença inconfundível, Vossas bênçãos infinitas e Vosso olhar misericordioso. Que elas saibam, Senhor, neste dia das Mães, que é também delas, entender o Vosso Mandamento Maior e que recebam em seus corações humanos, tão famintos de Deus, a Vossa clemência e o Vosso incomensurável AMOR. Amém! Sônia Cano Jornal Diário de Sorocaba 31


Os PCEs na Nossa Vida Matrimonial / epois que começamos a participar das Equipes de Nossa Senhora, há um ano e meio mais ou menos, pudemos sentir que alguma coisa já mudou. Embora ainda numa caminhada muito lenta e com muitas coisas para aprender, a vivência dos Pontos Concretos de Esforço tem nos ajudado bastante.

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Dever de sentar-se É o Ponto Concreto que fazemos com grande amor e devoção. É o "nosso momento com Cristo". A Ele entregamos tudo. A nossa vida, nossos filhos, nossas farm1ias, trabalho, etc ... Questionamos, pedimos perdão e agradecemos a Deus por este momento tão precioso que nos foi concedido e que tanto nos enriquece na fé.

Escuta da palavra

e a

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medita~ão

Retiro Fundamental para nos colocar em união com Deus e pedir a Maria que nos acolha e encha nosso coração com suas graças. É o momento de olhar para dentro de nós mesmos e pedir ao Espírito Santo que Ele nos mostre o que temos de fazer para nos tornar mais fiéis à Deus, ao nosso Movimento e à nossa comunidade.

Praticamos diariamente, mas, às vezes, dependendo da leitura, encontramos dificuldade no discernimento, mas aos poucos o Espírito Santo vai iluminando e clareando nossas idéias, porque entregamos tudo a Ele. Ora~o coniugal Já não conseguimos ficar um dia sem praticar a Oração Conjugal. Nela encontramos forças para nossa luta do cotidiano, na certeza que Deus está presente em todos os momentos.

A Partilha dos PCEs tem nos ensinado como viver no amor de irmãos onde dividimos as alegrias e tristezas e encontramos em cada membro da equipe um amor fraterno, um coração generoso, um sorriso solidário, um abraço amigo. Isto nós encontramos nos corações que têm vivência com Cristo.

Regra de vida É o ponto mais difícil de ser concretizado, pois a conversão requer de nós grande esforço de mudança e isto não é fácil. Nem por isso vamos desanimar. Quanto mais difícil, mais perseverantes temos de ser para alcançar nosso objetivo no tempo que Deus nos permitir.

Theresinha e lderlei Eq. N. Sra. da Saúde - Setor C Porto Alegre, RS 32


Retiro/ urante os grupos de co-par-ticipação de que fizemos parte no último Encontro Nacional em ltaici, muito discutimos sobre o problema da participação dos equipistas nos retiros programados em seus Setores. Parece que a participação tem ficado abaixo do esperado. Há algum tempo enviamos esta cartinha para todos os nossos casais e tivemos uma boa receptividade. Por isso resolvemos mandá-la para a Carta Mensal, a fim de ajudar a incentivar os nossos irmãos de todo o Brasil. Ela dizia o seguinte: "Querido equipista: Estamos tendo um ano tumultuado, temos problemas em casa com filhos, pais, sogros, netos, parentes, amigos ... Temos problemas no trabalho, na escola .. . Às vezes, problemas de dinheiro; às vezes, de saúde, de perda ... Está difícil conciliar os compromissos, nem tudo se realiza da forma como queremos, muitas vezes não se realiza bem e outras vezes nem se realiza ... Algumas vezes, fomos magoados, esquecidos; outras vezes, magoamos e esquecemos ... Mas, se olharmos a nossa volta, vemos que, sem exceção, estão todos assim, o mundo está assim, agitado ... preocupado ... ansioso ... esquecido ... Temos uma chance de parar essa roda-vida e descansar o corpo e a alma, sobretudo a alma, elevá-la um pouco, chegar um pouquinho perto do PAI, sentar em seu colo, como faz toda criança com problemas e pedir ajuda, pedir forças para continuar a caminhada. VOCÊ é uma pessoa especial e merece esse presente. Dê-o para você mesmo, participe do RETIRO ANUAL. Convém lembrar o provérbio chinês que diz: "Quem está com fome não pode consolar alguém que está faminto. Mas quem teve fome e sede, e já se satisfez, pode dizer a outrem como fazer o mesmo. Quem está em luta consigo mesmo, preso às tradições e preconceitos, não pode levar a PAZ à humanidade que está em guerra, nem a LUZ a quem se debate nas trevas. É imprescindível, primeiramente, limpar-se, para limpar; purificar-se, para purificar; pacificar-se, para levar a paz ao coração alheio". Com carinho.

Amadeu e Do/ores Casal Responsável do Setor de Caçapava, SP 33


Educa~ão

Servi~o da Vida e da Esperan~a /

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)

Campanha da Fraternidade deste ano leva-nos a refletir o tema da educação com todas as suas variantes e implicações na sociedade, na ação evangelizadora da Igreja e também no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Nesta reflexão, propomos meditar a educação a partir da pessoa de Jesus, buscando luzes para a nossa caminhada pessoal, familiar e enquanto membros ativos das Equipes.

A

educa~ão de Jesus No Evangelho de Lucas, Jesus ainda era criança e já impressionava seus pais e até os doutores da lei com a sua sabedoria: "Foi no fim de três dias que o encontraram no templo, sentado em meio aos mestres, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam se extasiavam com a inteligência de suas respostas" (Lc 2, 46-47). O evangelista nos informa ainda que: "Jesus crescia em sabedoria, estatura e em graça, diante de Deus e diante dos homens" (Lc 2, 52). Segundo se supõe, Jesus não tinha títulos e nem recebeu uma privilegiada formação intelectual. Sua origem social constituía um obstáculo à educação superior. A educação básica que provavelmente Jesus recebeu como todo judeu pobre, compreendia a leitura e a escrita, o estudo da história do povo e o conhecimento da oração dos salmos.

A

Jesus, mestre e educador O Novo Testamento apresenta Jesus Cristo como modelo de Mestre e Educador. Jesus Cristo é o Verbo Encarnado que veio ensinar a todos o caminho que conduz ao Pai (Jo 1, 14). O título de Mestre aplicado a Jesus é a tradução do termo hebraico rabi (Jo 1, 38; 20, 16). Às vezes, encontramos em alguns passos dos evangelhos o título mestre usado de modo absoluto para se referir a pessoa de Jesus: "Os fariseus, vendo isso, perguntaram aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pe34


cadores?" (Mt 9, 11). Jesus ensinava e educava o povo anunciando a chegada do Reino (Me 1, 15). Ele educava os excluídos e os pequenos, os quais não tinham acesso à educação (Mt 15, 29-31) e eram considerados "pecadores" pelos doutores da lei e demais autoridades da época. Jesus era um educador inculturado e criativo. Para educar o povo Ele se utilizava de parábolas e muitos outros artifícios (Me 4, 2a). Contando parábolas Jesus facilitava a compreensão ou pelo menos suscitava perguntas que precisavam de explicação (Mt 13, 10-13.36). Jesus educava considerando a vida e a realidade do povo que logo o reconheceu como um Mestre cheio de autoridade e sabedoria: "Numerosos ouvintes impressionados diriam:

Donde lhe vem isto? Que sabedoria é esta que lhe foi dada, a ponto de se realizarem até milagres por suas mãos?" (Me 6, 2). Muitos recusavam em aceitar Jesus como Mestre porque ele era de família pobre: "Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria e o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão?" (Me 6, 3). Jesus, diferente dos escribas e doutores da lei, apresentava-se como um Mestre humilde e simples de coração: "Tornai sobre vós o meu jugo e sede meus discípulos, porque eu sou manso e humilde de coração" (Mt 11, 29).

O estilo original do Mestre Jesus era um educador que ia ao encontro do povo e o educava com simplicidade mediante a palavra e o testemunho. Jesus foi um Mestre diferente dos educadores da época que se preocupavam mais com o sucesso pessoal do que com os educandos: "Pouco a pouco Jesus tomou-se um Mestre conhecido que ensinava com autoridade" (Me 11, 27ss). O estilo de Jesus .ensinar era muito original. Ele ensinava na sinagoga (Me 1, 21), no templo (Lc 21, 37), na montanha (Mt 5, 1-2), à beira-mar ou mesmo dentro de uma barca ou ao longo do caminho (Lc 24, 25ss). O tema central dos ensinamentos de Jesus foi o Reino de Deus e o amor incondicional ao próximo: "Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei dos Profetas" (Mt 7, 12). Jesus é o

Jesus ensinava e educava o povo anunciando a chegada do Reino. Ele educava os excluídos e os pequenos, os quais não tinham acesso à educação e eram considerados "pecadores" pelos doutores da lei e demais autoridades da época. 35


Mestre e Messias que ensina a viver conforme os desígnios de Deus que anuncia a todos a Salvação. O Mestre também ensinava que não veio para revogar a lei (Mt 5, 17). Ele dá um novo sentido à lei e ensina a todos o mandamento do amor: "Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem ... " (Mt 5, 43ss) As palavras, os ensinamentos e toda a mensagem de Jesus soavam de um jeito novo nos ouvidos do povo. Ele educava e ensinava com liberdade e amor. "Ninguém tem maior amor do que aquele que se despoja da vida por aqueles a quem ama" (Jo 15, 13).

vos fiz, também vós o façais" (Jo

13, 13-15). Jesus critica quem usa o conhecimento para oprimir e garantir privilégios em vez de libertar: "Ai de vós, doutores da lei, que tornastes a chave da ciência! Vós mesmos não entrastes e impedistes aos que queriam entrar!" (Lc 11, 52). Dentre tantas coisas que Jesus ensinou aos discípulos, podemos destacar a partilha quando Ele multiplicou os pães (Jo 6, 15), a oração em geral e o Pai Nosso (Lc 11, 2-4) e aquela oração específica ao Senhor da messe, pedindo que envie operários à sua messe (Mt 9, 37-38), a fraternidade no lugar da ambição (Mt 20, 20-23), mas sobretudo a vivência do amor. Pedro, num momento em que todos achavam duras as palavras de Jesus e o abandonavam, é questionado pelo Mestre e reage afirmando: "Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que és o Santo de Deus" (Jo 6, 68-69). Os discí-

A forma~ão dos Doze Apóstolos Jesus escolheu e educou doze discípulos de um modo especial. Eles deveriam continuar a obra educadora levando a todos a Boa Notícia de Deus: "Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a todas as criaturas ... " (Me 16, 15ss). Aos Doze ele ensina entre outras coisas que "o discípulo não está acima do seu mestre, mas todo discípulo bem formado será como seu mestre" (Lc 6, 40). Para Jesus, ser mestre significa estar a serviço da comunidade: "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais de Mestre e de Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. Se, portanto, eu o Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns dos outros. Deivos o exemplo para que, como eu

As palavras, os ensinamentos e toda a mensagem de Jesus soavam de um jeito novo nos ouvidos do povo. Ele educava e ensinava com liberdade e amor. 36


a chegada do Messias (Jo 4, 29.30.39-42). Jesus também educa para o sofrimento e a cruz (Me 8, 31ss). Ele ensina a oração como meio de superar as tentações (Lc 22, 46). E mesmo depois da ressurreição J esus conserva seu jeito de educador. Na conhecida página de Lucas, vemos Jesus se aproximando, dialogando e explicando as Escrituras aos discípulos de Emaús: "E começando por Moisés e todos os profetas, explicava-lhes em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito" (Lc 24, 27).

pulos reconhecem nos ensinamentos de Jesus uma mensagem de vida. Por outro lado, Ele é um Mestre que tem a coragem de questionar os discípulos para ajudar a amadurecerem na fé. Durante o seu ministério, Jesus também envia os discípulos dois a dois com a missão de anunciar o Reino de Deus (Me 6, 7-13). Deste modo, nesta primeira experiência dos discípulos, vemos Jesus preparando e iniciando seus seguidores na missão de ensinar a Boa Notícia do Reino.

O diálogo que educa e evangeli.za

Conclusão O Novo Testamento apresenta Jesus como único e verdadeiro Mestre. Ele é o modelo de educador, é um rabi diferente que não insiste na observância cega da lei, mas na vivência do mandamento do amor. Jesus educava por meio de palavras e gestos. Ele educava mediante a convivência serena, o diálogo aberto, as parábolas criativas, os discursos que orientavam a vida, os gestos que apontavam caminhos e com muita paciência e amor. Com Jesus aprendemos que o amor é a base da educação. A missão dos seus discípulos e de toda comunidade é continuar este projeto que liberta e educa cada pessoa para construir e habitar no Reino.

O que mais impressiona na pedagogia de Jesus é a sua abertura para o diálogo evangelizador e sua criatividade usando exemplos claros e objetivos, recorrendo a parábolas e outras imagens como a semente, o grão de mostarda, a rede, a videira, a figueira estéril, o pão, a lâmpada, o cisco e a trave, a água e tantos outros elementos e recursos pedagógicos para transmitir a Boa Notícia de Deus. Seus ensinamentos são quase sempre seguidos por milagres e sinais que confirmam a grandeza de sua mensagem. No conhecido encontro de Jesus com a samaritana (Jo 4), vemos o Mestre dialogando e evangelizando a mulher. Aquele diálogo na beira do poço foi uma conversa educadora e libertadora. A mulher samaritana, depois daquele diálogo, assumiu uma postura missionária indo anunciar ao povo samaritano

Pe. Gilson Luiz Maia, Rogacionista, Assessor da CNBB CEdo Setor E Brasl1ia, DF 37


O Ser Humano no Proieto de Deus eus, ao ~riar o mundo, ti?ha um projeto, e esse projeto incluía o homem, que Ele criou à sua imagem e semelhança, e que Ele encarregou de encher e dominar a terra. Essa ordem não significava dar ao homem um poder arbitrário e destrutivo, mas sim uma responsabilidade em continuar a criação, obra permanente e inacabada e em primeiro lugar, na transmissão e manutenção de seu aspecto mais bonito e importante, a vida. Deus destinou o homem à vida, ao amor e à santidade e precisou educá-lo para que ele entendesse o que significava cada um desses termos. Vida é sinônimo de criação, de plenitude, de união com Deus, que disse pela boca de Moisés: "Ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade, amando o Senhor teu Deus, obedecendo a sua voz e permanecendo unido a Ele". Amor é o grande mandamento, o grande meio para atingir a vida. "Ama a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo". Santidade é fazer o bem e não o mal, ouvir e seguir a palavra de Deus. "Sede santos como vosso Pai é santo", diz o Senhor. Para que o homem entendesse essas três vertentes do plano de Deus, era preciso que Deus o educasse e se fizesse dele conhecer. E

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assim, desde a criação do homem, Deus vem se dedicando a revelarse a ele e a educá-lo. Deus educa o homem de três maneiras: pela natureza, que nele logo despertou admiração e freqüentemente, temor; pela sua Palavra, ou seja, pela Bíblia e pelo próximo, em quem Deus está sempre presente. É pela Palavra que por mais tempo se manifestou o esforço educador de Deus. Durante muitos milênios foi o próprio Pai que falou aos homens, pelos profetas e pela história do povo eleito, o povo de Israel. Quando Deus achou que o tempo chegara, enviou seu Filho para continuar a educar o homem, vivendo a seu lado, morrendo por ele e ressuscitando, trazendo-lhe um ensinamento novo, que não vinha anular o ensinamento anterior, mas sim completá-lo. E, porfun, após o Pentecostes, foi a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo, que passou a educar o homem, através do magistério da Igreja. A Igreja, lembremos, inclui a todos nós e, portanto, a sua missão educadora é nossa também, missão difícil, mas essencial, e para cujo bom desempenho podemos sempre contar com o auxílio do Espírito Santo se o pedirmos e estivermos abertos para recebê-lo.

Gerard (da Monique) Equipe A 01- São Paulo 38


Mudan~a de Vida/ orno é difícil fazer este propósito, principalmente para quem teve uma infância turbulenta, com um pai doente e alcoólatra que não soube dar amor e carinho aos seus familiares . Na minha adolescência, tornei-me uma pessoa que vivia no meio de jovens e adultos que andavam à noite atrás de mulheres. Quando cheguei aos vinte e três anos, resolvi casar, pois já estava cansado de viver dessa maneira. Só que continuei fazendo a mesma coisa e até pior, pois levei comigo na desgraça e no sofrimento minha mulher e meus filhos. O que meu pai fazia eu estava fazendo bem pior. Cheguei ao ponto de perder o emprego, a casa, o carro e, principalmente a moral, que não sei se tinha ou não. Mas um dia Deus olhou para esta fanu1ia sofredora e mandou dois casais equipistas falarem com minha esposa para ver o que poderia ser feito para salvá-la. Levaram um padre para falar comigo. Ciente da situação, pegou a minha filha de três meses, levantou-a e disse: "Que pai és tu? Se eu fosse teu filho teria vergonha de ter a ti como pai". E me convidou para freqüentar os Alcoólicos Anônimos. Comecei a participar do AA e também ingressamos nas Equipes de Nossa Senhora, completando 16 anos de equipe no mês de outubro. O que seria da minha faiiD1ia, se eu não tivesse mudado de vida? Em setembro de 1996 perdi minha filha, vítima de câncer, e, em setembro do ano passado, perdi o emprego. Graças a Deus e a Nossa Senhora estou dando a volta por cima. Espero que este testemunho ajude alguém.

Antonio (da Clares e) Equipe 14- N. Sra. Mãe dos Homens Criciúma, SC 39


Os Ruffier Quatro Irmãos, Quatro Padres. / Porquê? ra o ano de 1962. Na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul, uma farm1ia numerosa e muitos amigos queridos, se reuniam alegremente para festejar as bodas de ouro do casal Antoinette e Jorge Ruffier, pais de 9 filhos: 5 mulheres e 4 homens . No fim do almoço gostoso, como os gaúchos sabem fazer, o "noivo", muito forte e lúcido, levantou-se para falar a todos da felicidade que sentiam diante de todas as manifestações de amizade, de todo o carinho que recebiam. Com a voz embargada, não pôde deixar também de agradecer pelas filhas e pelos 4 filhos homens, 4 padres, que entregara a Deus com o maior orgulho. Ainda sentia o coração cheio de alegria ao pensar na missa de ação de graças, presidida pelo filho mais novo - que acabara de ser ordenado - acolitado pelos 3 irmãos mais velhos. Uma foto singela guardou, para sempre, aquele momento tão especial. Essa passagem emocionante e muitas outras coisas bonitas sobre a vida dos pais doPe. Paulo Ruffier podem ser encontradas na monografia que ele escreveu. Logo no começo do trabalho, o "Paulinho" de dona Antoinette declara: " A razão - a grande razão - de nossa vocação ao Sacerdócio, dos 4 irmãos, para mim, é uma

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só: o espírito profundamente cristão de meu pai e de minha mãe." E depois, explica essa sua posição, através do relato do testemunho do casal: a missa diária, para a qual os dois iam de braços dados; a fé ensinada no diálogo amoroso da mãe com os filhos que começavam a abrir os olhos para o mundo; uma confiança inabalável em Deus, que definiu o rumo da vida da família; um espírito de serviço que sabia descobrir e realizar aquilo que os outros precisavam. Um homem que lutou muito, trabalhou duro, "que viveu a sua verdadeira dimensão" e não se deixou levar pelos princípios do mundo. Uma mulher forte que, já doente, nos últimos dias de vida, escreve para seu filho: "Enfim, mais do que nunca, sinto a vida engajada pela oração, por meus pequenos sacrifícios, pela aceitação de tudo o que o Senhor me envia, em ajudar vocês." Filho amoroso, Pe. Paulo fez um trabalho que chamou a atenção de várias pessoas, entre elas, D. Aloysio Leal Penna, s.j., bispo de Bauru . Ele sugeriu que a monografia fosse enviada ao Papa João Paulo 11, uma vez que o Sumo Pontífice está muito interessado em canonizar casais que tenham vivido o espírito evangélico dentro do matrimônio. E os passos necessários para isso, já estão sendo dados.

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Mas, para o Pe. Paulo Ruffier, é importante também que seu trabalho possa ajudar muitos casais. Ele nos diz: "Nós só conseguiremos decifrar a "charada" de nossa vocação, quando tivermos compreendido, em todos os seus pormenores, a vida de nossos pais. Eu arrisco adiantar logo, aquilo que é minha "tese": para aumentar as vocações para o Sacerdócio, a fórmula, a meu ver, é uma só: que haja mais casais que tenham a mesma vivência evangélica de meus pais." Nós tivemos o privilégio de ter o Pe. Paulo como Conselheiro Espiritual de nossa equipe por um certo tempo; conhecemos sua dedicação, ainda hoje recebemos suas

mensagens atenciosas. Não tivemos a felicidade de conhecer os pais dele. Mas é bom tentar pensar no casal, vivendo a sua vida de fé e de serviço de uma maneira tão extraordinária, que, aos 81 anos, Jorge Ruffier, com naturalidade, podia escrever a seu filho: "Sou, de verdade, um favorecido. Eu e sua mãe passamos nossos dias todos, uns após os outros, podendo prestar serviços às nossas filhas, preparando devagarinho a partida para a vida eterna, na calma de uma luade-mel perpétua". Wilma e Orlando Equipe 3 Jundia~ SP

Santiago 2000 Va111os até lá? Você iá decidiu?

O responsável de su equi~ precisa desta resposta até 15 de 111aio. 41


Amigos Equipistas/ screvo estas linhas, para tentar passar a vocês o pouco que vivi na minha Equipe e o que pude vivenciar e observar. Sempre fui uma pessoa difícil, e muitas falhas tornaram-se claras para mim. Além de meu marido e eu resolvermos nossos problemas e dificuldades com muito mais clareza e harmonia, pude observar que me tornei uma pessoa mais humana. Ainda tenho muitos defeitos para corrigir, mas penso muito antes de julgar e tenho muito mais amor para dar às pessoas e às crianças necessitadas. A minha equipe está abrindo meu coração. Como é bom olhar uma pessoa carente com olhar fraterno! Como é bom alimentar a quem tem fome! Sempre ajudei as pessoas pobres, mas não com o mesmo coração que consegui desde que estou na equipe. Nós, equipistas, devemos agradecer todos os dias por pertencer a este Movimento, por termos Nossa Senhora tão perto e atenta às nossas necessidades. Peço a Nossa Senhora que abençoe os dirigentes do Movimento, a equipe da Carta Mensal e a todos os equipistas. Amigos! Se você ainda não descobriu o seu lugar na sua equipe, abra seu coração, seja humilde. Usufrua dos Pontos Concretos, aproveite tudo de bom que está sendo oferecido a você. Num mundo tão complicado, nós temos a bênção de poder amenizar nossas dificuldades e viver em paz, buscando também a paz para nossos filhos . A partir do momento em que comecei a deixar que meu coração se abrisse, pude observar os amigos puros que estava conseguindo. Hoje, pela primeira vez na vida, eu posso dizer que tenho amigos. Nunca fui tão feliz quanto agora. Tenho, como todo mundo, muitas dificuldades, problemas, mas com meus amigos e as ENS em geral, busco refletir e levar uma vida bem melhor com grandes momentos de prazer e alegria. Por isso eu digo: aproveitem, em vida, o espaço que vocês conseguiram para mostrar o que vocês possuem de bom para oferecer aos outros.

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Um abraço muito grande! Márcia (do Lafa) Equipe 10- Nossa Senhora da Paz José Bonifácio, SP 42


Fée / Esperan,a prendi o sentido da vida, observando a rosa. Ela comea a viver em terra e raiz bem preparadas, pequenina; forma o botão crescendo devagar, cheinho, as pétalas vão se abrindo, uma a uma. Às vezes, alguma pétala fica manchada, parece machucada; então, com jeito e carinho, nós a tiramos fora e o botão continua firme no caule. Quando o botão se transforma em rosa, temos outra bela surpresa: as pétalas abertas, os pistilos bem arrumadinhos, aveludados e o cheiro forte da flor; depois, só o aroma suave. Também nessa ocasião, alguma pétala precisa ser retirada com cuidado; um sol leve, uma agüinha fresca, e a bela rosa ainda dura e embeleza por muito tempo. Até que, um dia, acaba; cumpriu sua missão, esteve presente nos dias de felicidade, nas alegrias, ou nas angústias e nas tristezas. Ela representa o Amor em todas as formas, e foi o Deus Amor quem a criou para estar sempre presente. Assim também é nossa vida. Eu comecei como botão, transformei-me em rosa. Sempre forte, presente, marcando minha vida e cuidando da família, com determinação, amor e alegria. E Deus sempre comigo. Foi Ele quem me permitiu nascer, deu-me boas condições de vida e me fez otimista. Mas um dia tudo mudou: minhas pétalas tão cuidadas, começaram a se machucar. 43


Dia 25 de agosto de 1995. Com o estouro de uma lâmpada, levei um grande susto, dei um tranco na perna e quebrei a cabeça do fêmur da perna direita. A partir daí, começou para mim uma sucessão de dias muito difíceis, Tive várias internações, fui submetida a algumas cirurgias; houve problema de infecção e de incompatibilidade de remédios. Sofri dores horríveis ... e minha família sofreu comigo. Nas idas e vindas do hospital, foram oitenta e oito dias .. . Mas, de outro lado, pude conhecer o que significa a solidariedade. Meu marido, Dirceu, foi o companheiro de todos os momentos. Tive muita oração dos filhos , dos vizinhos, dos amigos e até de pessoas mais distantes (inclusive de outras religiões). Tive médicos dedicados e enfermeiras que rezavam comigo e me consolavam. Minhas filhas e minha nora cuidaram de mim carinhosamente; meus netos, todos pequenos, me ajudaram, trazendo remédios, chás e comendo meus biscoitos. E com isso me ensinaram que a vida continuava e que eu não podia desistir. Quando precisava ir ao médico para exames, eram os guardas do quarteirão que me carregavam, na escada, na cadeira de rodas. E a presença de tanta gente que me amparou, amenizou aquelas horas dolorosas. Como vivi por muito tempo na cama, a Rede Vida foi, para mim, uma bênção: missas, reflexões, palavras aos doentes acamados, co-.

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mentários sobre assuntos importantes, me puseram em contato com o mundo, me permitiram continuar a participar da caminhada da Igreja. E, acima de tudo, foi a nossa fé em Deus e em Nossa Senhora que nos ajudou, a meu marido e a mim, conservar a calma e a esperança. Rezar é fortaleza em nossas vidas, e a certeza do amor do Pai, nosso melhor alimento. Agora (março de 1998) estou começando a caminhar, com o auxl1io do andador, o que é, para mim, uma grande alegria, uma verdadeira conquista! Como a rosa tratada com carinho, a cada dia, tenho uma pequena melhora, a cada semana, sinto que minhas forças se renovam. Por isso tudo, meus queridos irmãos equipistas, quis escrever este depoimento. Por isso tudo, quero, hoje, entoar um hino de louvor e agradecimento a Deus, quero confessar a vocês o meu entusiasmo pela vida e o meu carinho por todos os meus irmãos. E gostaria de proclamar com a mesma exaltação e a ternura da menina de Nazaré:

O SENHOR FEZ EM MIM MARAVILHAS! SANTO É O SEU NOME!

Cleuza Mary Rosa (do Dirceu) Equipe 8 ]undiaí, SP


POEMA DAS MÃOS

MARIA E SEUS TÍTULOS GLORIOSOS

Frei Luiz Valmorbida Editora 3 de Maio Blumenau - se o

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.. Tantos são os títulos que a Santa Igreja ou a devoção, a piedade, a gratidão e a confiança dos fiéis deram à Mãe de Deus, que de muitos deles nem todos sabem a origem. Por isso, a autora resolveu reunir em um livro o histórico dos diversos títulos com que nos dirigimos à querida Mãe celestial, contribuindo assim para que se conheça melhor o poder, a bondade, a misericórdia de Maria, que, em todos os tempos e em toda parte, tem sido invocada, atendendo sempre a quem a ela recorre com inteira confiança.

NodizerdeDom Orlando Brandes, bispo de Joinville, "as mãos de frei Luiz Valmorbida já escreveram muitas obras sábias e inspiradas". Agora, somos presenteados com o livro "O Poema das Mãos". A mão de Deus, na Bíblia, é símbolo do Espírito Santo. Que a luz do Espírito que inspirou o autor e conduziu suas mãos para escrever esta obra possa iluminar a todos e que a sua leitura seja mais um sinal da mão providencial de Deus a abençoar, acariciar, conduzir e proteger nossas vidas.

DIÁLOGO CONJUGAL OIAÇÃOCOIIJUGRL

Edésia Aducci Edições Loyola

DIÁLOGO CONJUGAL ORAÇÃO CONJUGAL

Pe. Clarêncio Gusson Equipes de Nossa Senhora Setor Lins - SP

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Diz-nos o autor: "Estou passando às suas mãos estas pequenas reflexões sobre dois Pontos Concretos de Esforço: o Diálogo Conjugal (Dever de Sentar-se) e a Oração Conjugal. Ofereço-as como foram apresentadas no programa domingueiro da Pastoral Familiar "Consulte a Esperança", na Rádio Regional FM, apenas com o desejo de lhes propor à reflexão temas de estudo que contenham o essencial, aquilo que não pode ser esquecido, tantas vezes omitido nos grandes escritos. Que todos nós possamos contribuir para a realização do grande sonho do Santo Padre João Paulo II, que é também o sonho da Igreja e de toda a humanidade: a Civilização do Amor!" Informações e Vendas: Telefax: (014) 522-2747 - Tel: (014) 522-1518 - · - - - .....,..c.. ....

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Ao compietar mais um ano como casal equipista, gostaria de tecer alguns comentários sobre a Carta Mensal, prestando meu testemunho. Primeiramente, tenho de dizer que, logo nos primórdios, isto há cerca de três anos, quando acabávamos de ingressar em nosso Movimento, novatos ainda, pouco conhecíamos sobre as Equipes de Nossa Senhora, e ali estávamos a enfrentar reuniões, a preparar respostas, estudar textos bíblicos e ainda buscar tempo para ler a famosa Carta Mensal, sem entender bem o porquê de ali estarmos. Na realidade eu sabia por que estava participando da nossa ENS. A "culpada" era a minha esposa, Ana Maria. Ela sempre quis voltar a ser equipista, pois já o fôramos no passado. Sim, graças a ela ali estávamos. Inicialmente, contrafeito, acompanhava minha esposa às reuniões, mas, aos poucos, fui entendendo o alcance e a importância de ser equipista. Que paciência eles tiveram! Uma das "obrigações", pelo menos para mim era, a leitura da Carta Mensal. Quão penoso era então, pois não conseguia enxergar o que os outros integrantes da nossa equipe viam, parecendo deliciarse com tal leitura. Até parece que sorviam o "néctar dos deuses", o

tão falado alimento dos antigos deuses pagãos. Acho que estava cego, pois não sentia nada disso. Somente o tempo, a compreensão e a paciência da minha esposa e dos demais companheiros da nossa equipe é que me ensinaram a aguardar com ansiedade as reuniões mensais e a chegada da Carta Mensal. Atualmente, afirmo com toda a certeza do mundo, que a Carta Mensal deve ser considerada como o elo forte na corrente de informações que faz com que todos os equipistas sejam apenas uma farru1ia, não importa em que cidade ou estado do Brasil estejam. As informações sobre o Movimento, os testemunhos chegam a todos e fluem de tal forma que parece estarmos vivenciando cada fato acontecido e narrado. Tiramos lições que buscamos colocar quase de maneira inconsciente em nossos afazeres cotidianos. Sentimos Deus falando através desses testemunhos. Hoje, entendo a dimensão que os demais participantes de nossa equipe sempre deram à Carta Mensal e termino prestando minhas homenagens àqueles que, com espírito evangélico, dedicam-se e dedicaram-se para tomá-la uma realidade.

~ Francisco (da Ana) Equipe 1 O - Campinas SP

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Dona de Casa'~-

orno advogado, fui educado para lutar pelos direitos dos fracos, dos oprimidos, dos infelizes, dos que têm sede e fome de justiça, E nesse afã passo quase toda minha vida no Fórum, no escritório, nas audiências, sobre os livros, numa roda viva de trabalho e preocupações, onde as vitórias se mesclaram às derrotas. Sempre acreditei na lei, no direito, procurando encontrar a justiça ideal, fina e perfeita. Muitas vezes, cheio de júbilo, deparei com ela... outras vezes, amargurado pela tristeza, só divisei sua rival constante e perversa: a injustiça. Por conhecê-las, em sua grandeza e miséria, através desta coluna, quero praticar um ATO DE JUSTIÇA Refiro-me à DONA DE CASA pobre, rica, feia, bonita, moça, velha, conhecida ou anônima, dedicando estas palavras às mães, esposas, filhas e irmãs. A dona de casa não pode levantar tarde, sob pena de tudo virar uma bagunça. Seu trabalho é estafante, eterno e monótono, só sendo notado quando mal ou não feito. Todo dia é a mesma coisa, sem reconhecimento, sem gratidão, sem prêmio, sem elogio: a limpeza de casa, o café, as compras, o almoço e o jantar, os filhos, o equilíbrio do orçamento, a educação e as doenças. A rigor, todos têm direitos, enquanto que ela tem deveres, E a mulher que ainda trabalha fora? (Nossa Senhora !! !). E a que também cuida de pessoas velhas e

inválidas? (Meu Deus do céu!!!) E a que tem marido pilantra, bonitão e conquistador? (Deus me livre!!!) E a que é doente? (Ai meu Deus!!!) Problemas e mais problemas. Luta, cansaço, apreensão, tristeza, lágrimas. O trabalho, às vezes, é tanto que nem dá tempo para chorar, senão o feijão queima, o almoço atrasa, o filho perde a aula, aroupa estorrica no varal. Se você agüentar, dona de casa esquecida, chore de noite, escondida em seu quarto ou no banheiro, chore na hora de rezar (porque você também tem a obrigação de orar por todos), chore passando roupa, chore dando banho no bebê, chore limpando o banheiro, chore vasculhando o forro. Mas nunca chore na frente da farm1ia, pois, senão, todos vão pensar que você é infeliz. E você e a casa têm de ser felizes e fortes, cheias de carinho e de amor. E mesmo porque lágrimas e queixas não pregam botões, não arrumam a cozinha. Mas, apesar de tudo, não desanime e nem desespere. Um dia você será recompensada. Quando você morrer e for para o céu, ouvirá, clara e distintamente, a maravilhosa e incomparável voz de Deus:

- Pedro, dona de casa aqui não entra na fila, eu recebo pessoalmente! Ernando (da Maiza) Eq. 16 - N. Sra. Mãe de Deus Fortaleza A, CE 47

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Convite para Ado~ão/

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staria de não fazer este convite, que é dirigido aos pais que êm fiLhos adolescentes, como eu. Junto ao grande número de notícias e informações querecebemos diariamente, as que falam sobre drogas deixam-nos indignados e assustados. Assustados porque, na adolescência, o que mais leva o jovem a procurar este caminho, (sem falar na oferta fácil, em cada esquina ou beco) é a falta de amor e carinho. Nós não estamos conseguindo, como pais, ter a intimidade de dizer que os amamos. Que a nossa casa foi preparada com carinho para recebê-los e criá-los. Os jovens de hoje não têm a certeza do nosso amor. Por quê? Quando eles nos procuram com suas idéias, dúvidas e histórias, estamos sempre ocupados e não lhes damos a atenção necessária, que tem de ser nesse momento. Numa outra hora, provavelmente eles estarão com outras pessoas, que terão respostas mais atrativas e agradáveis. Hoje, a palavra não é dita muito pouco a eles. Quando muito como castigo. Raramente colocamos a eles os limites de moral, conduta, respeito, ética, religião, etc. Quase tudo, ou tudo, lhes é permitido. Não procuramos estar com eles nos lugares que freqüentam, saber quem são seus amigos ou quem freqüenta suas festinhas. Muito pouco oferecemos a eles de agradável, para que se sintam atraídos ao seu lar. Estamos fechando-nos, cada vez mais, em nossos afa:z;.eres e não nos sobra tempo para a conversa sadia de pais e filhos. E, aí, a farru1ia, como apoio em sua vida, não aparece. No lazer, preferimos os nossos amigos adultos e não damos oportunidades para que eles participem conosco desses momentos. Achamos que não devemos interferir em suas atividades, mas não podemos calar enquanto estranhos estão tomando a direção de suas vidas. O convite citado no início é para que tomemos uma posição e adotemos nossos filhos, como pais conscientes de nosso papel. Amemos nossos filhos com tamanha intensidade que eles passarão a descobrir quem são seus verdadeiros amigos. Eles passarão a selecioná-los a partir do amor e não da companhia fácil e passageira das drogas.

Laercio (da Lúcia) Equipe 5 - N.S. de Lourdes - Setor de Garça, SP 48


MEDITANDO EM EQUIPE O início do Evangelho de Lucas procura mostrar como a presença de Jesus é o ponto alto da salvação, longamente preparada, durante muitas gerações, no chamado Antigo Testamento . Cada um de nós, cada casal, cada família faz parte dessa corrente de salvação, recebendo através de outros o dom de Deus e passando -o para outros . Com Cristo todos somos salvos e salvadores .

Leitura: Evangelho de Lucas 1, 5-1 4 • • • • •

Como vocês descrevem o casal Zacarias (="Javé-lembrou-se") e Isabel (="Meu -Deus-cumpriu")? O que pediam mais a Deus? Por quê? Há alguma semelhança entre vocês e eles? O que vocês pedem mais? Por quê Louvem, agradeçam, peçam, decidam .

Ora~ão

litúrgica:

Orem pausadamente o canto de Zacarias (Lc 1 ,68 -7 9)

Pistas para a

''ora~ão

coniugal''

Só consegue orar junto o casal que de fato vive a comunhão do amor. Se vocês dois não conseguem fazer a oração conjugal com razoável freqüência, devem reexaminar a qualidade de seu amor. • Para orar como casal :

1 . achem tempo para estar juntos; 2 . digam seu amor um para o outro;

3 . descubram que Deus está com vocês; 4 . relembrem os motivos para louvar e agradecer, as necessidades pelas quais devem pedir;

5. louvem, agradeçam e peçam . • Pronto . Já fizeram sua oração conjugal.


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PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO •

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• Escuta da Palavra

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• Ora~ão Coniugal .

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• Dever de Sentar-se • Regra de Vida l

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal e Familiar R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (011) 256 .1212 • Fax: (011) 257 .3599 E-mail : equipes@virtual-net.com .br


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