ENS - Carta Mensal 338 - Agosto 1998

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°338 • Agosto/1998

EDITORIAL .............. ........... ......... 0 1 Conselheiro da ECIR ................... 02 ECIR .. .. ....................................... 03 A ECIR Conversa co m Vocês ........ 03 Tempo de Encontro, Tempo de Milag res .................... . 05 Um Muito Obrigado Muito Especial .. .. .... .. ................... 07 SEMANA DA FAMÍLIA .................. 09 Família: Começo ou Fim .... ......... 09 Se Todas as Famílias Começassem Assim .. . ................. 13 O "Não" na Hora Certa .............. 14 VOCAÇÕES ........ ... ..................... Os Pais que Gostam de Ser Pais ..... Pai Brasileiro .. ............................. O Padre ... .. .. ..................... .. ........

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TESTEMUNHO ...... .. .................... Família: Sementei ra de Vocações ...... .. ..... Faz Parte da Salvação ................. Sete Casais Desconhecidos .........

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Sacerdotes e CEs .. .. ........ .. .......... 26 Um Retiro Sem Fronteiras ............ 27 Lançando Ra ízes em Água Boa .... 29 En co ~tro dos Filhos de Equipistas ...................... .. ...... 30 Sessã o de Formação ................ .. . 30 Defesa de Tese Defesa da Família .... .. ................. 31 FORMAÇÃO ............................... 34 Assun ção .. .. ..... .... ....................... 34 Conversão ... .. ......... .. .. ...... .......... 36 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ....... 39 MARIA ..... .. .......... ........... .. ......... . 41 Maria: Feliz Porque Acreditou ...... 41 PCES ... .. ...................... ....... ........ 43 Regra de Vida e a Segunda Conversão ................. 43 PALAVRA DO LEITOR ... .. .. .... ........ 44

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CONJUGALIDADE .. .. .................. 24 VIDA NO MOVIMENTO .... .. ........ 26 Encontro Regional de

ATUALIDADE ............................... 46 Dom Lucas no Vaticano Dom Jaime na CNBB .................. 46 ORAÇÃO .. .. .......... .. .......... ... ....... 48 Súpl ica pelo Conselheiro de Equipe ...... .. ........ 48

Carta Meusal é uma publicaçüo mensal das Equipes de Nossa Senhora

Wilma e Orlando S. Mendes Pe. Flávio Cavalca de Castw, CSsR (cons. espiritual)

Capa: Talma Serra

Edição: Equipe da Ca rta Mensal

jornalista Respousáve/: Catherine E. Nadas !MTb 19835)

Fotolitos e Impressão: Edições Loyola R. 1822,347 Fone: (OI/) 6914.1922

Silvia e Chico Pontes (respomáveis) Rita e Gilberto Cam o Maria Cecilia e José Ca rlos Sales

Composição, Diagramação e Ilustrações: F & V Editora Ltda. R. Veuâncío Ayres, 93 1 - SP Fone: (011) 3873. 1956

Tiragem desta edição: 12.200 exemplares

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens del'em ser enviatlas para:

Carla Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar· conj. 53 cep O/309-000 São Paulo - SP Fone: (011) 256.1212 Fax (011) 257.3599 NC Silvia e Chico


Olá, amigos! /

Desejamos que a paz e o amor de Jesus Cristo estejam muito presentes em seus lares. Abrimos esta nossa conversa lembrando que agosto é o mês das vocações, um tema que diz respeito a® toda vocação humana, embora nesta edição estejamos dando ênfase à vocação do PADRE e à vocação de PAI, cujos dias comemorativos iremos celebrar. Pensando no que lhes falar sobre vocação, eis que, folheando alguns papéis, encontramos um pensamento que dizia: "Todo chamado de Cristo é uma história de amor única e irrepetível". Sabem quem nos afirma isso? O nosso Papa João Paulo II, chamado para ser o Pastor maior do rebanho de Cristo. Assim, se vocação (chamado oriundo do verbo latino vocare) é uma história de amor, podemos sentir como Deus é delicado ao nos convocar para alguma coisa. Já paramos para pensar que nossa vocação de CASAL nos traz a oportunidade de ser protagonista de uma história de amor única, inédita, especial, que jamais será vivida por qualquer outro casal? Por isso, como Movimento das ENS não podemos esquecer de dar colaboração, apoio e participação nos eventos da SEMANA DA FAMÍLIA, pois que fomos especialmente chamados a dar testemunho do amor conjugal e familiar. E os nossos queridos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que po-

dem, na vivência de sua vocação de PADRE, trazer-nos o amor de Cristo de uma forma toda própria, impregnada de uma doação total, de uma renúncia ímpar que eles se dispuseram afazer de suas vidas! Que dizer, enfim, aos PAIS, que receberam de Deus o dom de colaborar na obra da geração, criação e educação dos filhos? Que desfilem em nossas mentes os mais variados chamados, as vocações profissionais, as vocações para os mais diversos serviços na Igreja ou na sociedade, tudo enfim, sendo a grande dádiva de Deus para amar mais, para servir mais, para ser mais feliz. Pena que, às vezes, ou muitas vezes, fazemos dos chamados de Deus, um peso difícil de suportar, e jogamos no lixo a "história de amor única e irrepetível" Vocês, certamente, encontrarão nas páginas desta Carta, motivação decorrente de testemunhos, de vida no Movimento, de artigos de formação para entendermos nossa vocação. Agradecendo a atenção e o interesse de vocês em mergulharem na leitura do que segue, entregamolhes esta Carta Mensal que busca ser, em cada edição, uma "história de amor única e irrepetível" na qual todos os equipistas fazem o principal papel. Com aquele caloroso e fraternal abraço, Silvia e Chico CR da Carta Mensal


Conselheiro da ECIR Queridos Casais e Conselheiros Espirituais! Paz e Bem! Quero, neste pequeno momento de comunicação com vocês, lembrar que, neste mês, temos inúmeras datas importantes para celebrar: dia dos Pais; Semana Nacional da Falll11ia; dia dos Catequistas; dia dos Padres; dia dos Religiosos e, talvez, quantos aniversários natalícios e ou de casamento, além de celebrarmos o MÊS VOCACIONAL. Em especial, quero saudar meus irmãos de sacerdócio e dizer o quanto vocês são importantes na caminhada do Movimento das Equipes de Nossa Senhora e quanto tem sido valiosa a colaboração de cada um de vocês na orientação, na exortação e no serviço à Igreja, aos casais e, conseqüentemente, às suas famílias. Ser padre é um dom de Deus e, como todo dom, é colocar-se a serviço do próximo. Quero também dizer a você, casal, que procure no dia4 de agosto cumprimentar o Conselheiro Espiritual de sua Equipe/ Setor/ Região e rezar por eles. Que tal a Oração Conjugal ser na intenção de seu Conselheiro? Que tal a Regra de Vida ser na perspectiva de dar mais atenção aos seminaristas de sua cidade? É uma opção fundacional do Movimento das ENS que os sacramentos da Ordem e do Matrimônio estejam unidos. O próprio Catecismo da Igreja Católica no n° 1534 nos diz: "Dois outros sacramentos, a Ordem e o Matrimônio, estão ordenados à salvação de outrem. Se contribuem também para a salvação pessoal, é através do serviço aos outros. Conferem uma missão particular na Igreja e servem para a edificação do Povo de Deus". Cada vez mais toma-se necessário que todos nós busquemos a comunhão da Igreja, não nos fechando em nós mesmos, mas mantendo-nos abertos às necessidades e ao dinamismo da Igreja, aberta à graça e à força do Cristo. Vocês, casais, nos ajudam, pelo seu realismo, abertura e disponibilidade ao Espírito, a sempre nos questionar e nos dão a possibilidade de exercer nossa Missão. Que possamos sempre estar unidos pelos vínculos da Fé e juntos edificar o Reino de Deus. Abraços e orações, Pe. Mário José Filho, css ECIR 2


A ECIR Conversa comVocês / Queridos irmãos equipistas!

Hoje, vamos refletir sobre a exigência do SERVIÇO - dentro do PRNM (Projeto Rumo ao Novo Milênio) - a Oração Conjugal e a Conjugalidade. Quando falamos em SERVIÇO, a primeira coisa que nos vem à mente são as palavras de Jesus, em João 13, 14-15: "Se Eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que, como Eu vos fiz, assim façais também vós" . A vida cristã consiste em pôr em prática essas palavras de Jesus. O Movimento nos prepara para isso, pois ele é formador de lideranças. Somos agentes qualificados para o SERVIÇO, e a Oração Conjugal é um dos grandes meios para essa qualificação. Quando o casal se coloca em oração, ele chega até o coração de Deus e lá ele vai mergulhar num oceano de amor e ternura, que o transforma no mais eloqüente anunciador da Boa Nova. Ainda na linha do SERVIÇO, a proposta para o Ano 2000, é o resgate das dívidas sociais. Iniciemos neste ano de 1998 um levantamento, primeiro em nível de casal, que é a célula da sociedade e vejamos quantas dívidas foram acumuladas no decorrer da nossa vida a dois para começar a pôr em dia os pagamentos atrasados. Após esse levantamento, pediremos perdão, um ao outro, pela

Sempre é uma emoção e também preocupação, levar aos leitores da Carta Mensal, algo que venha somar e alimentar a ESPERANÇA de um Novo Milênio, para festejarmos o Grande Jubileu do Ano2000.

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Quando o casal se coloca em oração, ele chega até o coração de Deus e lá ele vai mergulhar num oceano de amor e ternura, que o transforma no mais eloqüente anunciador da Boa Nova.

através das ENS, se traduz na mais apaixonante aventura de viver o amor ao próximo. Essa experiência tem sido a nossa razão de viver: o SERVIÇO voltado para a Evangelização das realidades familiares, já há vários anos. Façamos a nossa parte, o caminho do SERVIÇO é o da misericórdia, do perdão e da acolhida, como foi o de Jesus, que nos desinstala com Sua Palavra: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir".

falta de comunicação daquilo que é básico no relacionamento docasal: as atenções recíprocas que deixaram de existir, as palavras atenciosas e ternas que não foram ditas; as infidelidades, que nada mais são do que se esquecer de demonstrar com gestos e palavras, aquele amor bonito dos primeiros anos da vida conjugal; as nossas omissões, implicâncias, impaciências e, também, perdão por tudo aquilo que falhamos na educação dos filhos, etc. Uma conjugalidade fortalecida vai despertar em nós a missão de SERVIR com alegria. Quem ama o Mestre é incapaz de cruzar os braços diante da proposta do nosso PRNM, que é convidativa, porque SERVIR a Deus

Abraços. Rosinha e Anésio ECIR 4


Tempo de Encontro Tempo de Milagres.••/

ma série de milagres aconte ceram naqueles dias ... Numa época em que o fim de semana é sempre (para os que podem , naturalmente) um tempo de completo lazer, de fuga para um descanso descomprometido, quase 100 pessoas se reuniram num lugar tranqüilo para orar e trabalhar. Numa época em que cada um se fecha, medroso, entre as paredes de sua casa, quase 100 pessoas se abrem umas às outras, prontas a dar e receber, vivendo momentos de pura e construtiva alegria, entre abraços saudosos, rostos livres das máscaras do dia a dia, a fraternidade à flor da pele. Numa época em que reinam a desconfiança e a busca de vantagem, aquele grupo de pessoas dá o seu tempo e o melhor de si, confiantes Naquele que os convocou. Numa época em que se prega o amor livre e irresponsável, e se abomina a re-

núncia e a doação, casais de todas as idades celebram o encanto, o frescor e a emoção de seu amor tão especial, mãos dadas, olhos nos olhos, reafirmando as promessas que fizeram um dia, um ao outro, de caminharem juntos, "companheiros para a eternidade". Isso tudo aconteceu no Encontro do Colegiado Nacional das Equipes de Nossa Senhora, nos dias 22, 23 e 24 de maio, em Nova Veneza, São Paulo. Tivemos a presença da ECIR, dos Casais Regionais de todo o Brasil e o apoio de 9 Sacerdotes Conselheiros Espirituais de Região, ao lado do querido padre Mário. Nesse terreno fértil, foram semeadas as palavras de Maria Regina e Carlos Eduardo, que nos falaram sobre o último documento publicado, CARISMA, MÍSTICA ESPIRITUALIDADE, onde são colocados os pontos fundamentais para a unidade do Movimento. Tra-

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ta-se do resultado de uma pesquisa séria e detalhada, feita nos documentos das ENS e nos artigos da Carta Mensal. Vem para tirar as nossas dúvidas e nos dar condições de conservar uma das coisas mais importantes - a unidade. Carlos Eduardo e Maria Regina nos falaram também sobre a SOLIDARIEDADE e (com a força de quem a testemunha no seu dia a dia) ensinaram-nos a "vivêla numa esperança ativa, alegre e participativa, energia que transforma o homem". Tivemos também a presença jovem e vibrante do Pe. Manoel Godoy, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, contando como foi a 36• Assembléia Geral da CNBB, e nos dando uma idéia do que são, normalmente, esses dez dias de trabalho intenso. É um tempo em que, pessoas de grande experiência, fé e cultura, mas de opiniões muitas vezes diversas, preocupadas com os acontecimentos do mundo e da Igreja, colocam-se a serviço, na busca de caminhos, em vista de decisões importantes que vão influenciar a vida de tanta gente. Foi um banho de atualidade e coragem, que nos fez meditar bastante. O Pe. Mário (deveríamos chamá-lo Doutor, de agora em diante?), como sempre, claro nas suas colocações e iluminado nas suas celebrações, falou sobre o Sacramento da Ordem e o Sacramento do Matrimônio, mostrando que os dois nos levam a um sacerdócio comum, Evangelizadores e Anunciadores: nós, casais, pelo que nos é específico e os padres pelo que lhes é dado

no Sacramento da Ordem. A amarração da Ordem e do Matrimônio produz canais de graça. Durante os três dias do Encontro, esteve conosco o nosso Casal de Ligação com a Equipe Responsável Internacional (ERI), os portugueses, Maria Teresa e Duarte (foto), gente simpática e agradável, que conquistou a todos. Falaram sobre a unidade do Movimento e ressaltaram a necessidade de sermos fiéis ao método e à organização, de termos espírito de serviço e alegria no desempenho de nossa missão. No domingo, o nosso encontro foi enriquecido com a presença da Irmã Maria Fernanda Balan- assessora da Pastoral Familiar da CNBB que falou sobre a importância dos diversos Movimentos da Igreja na Pastoral Familiar. E nós lhe contamos que nas Equipes de Nossa Senhora temos como prioridade essa Pastoral. O encontrou terminou com a missa presidida pelo padre Mário, dando seqüência à liturgia do sábado. Enfim houve muita coisa importante: grupos animados, muito interesse sobre o Encontro Internacional do Ano 2000, conversas gostosas nos intervalos, reencontros, apresentação de Regiões e Regionais novos, despedida de casais que terminavam sua tarefa com o entusiasmo intacto e a fé renovada, celebrações profundas, cheias de vida e espiritualidade... Realmente, uma série de milagres aconteceram no coração das pessoas naqueles dias, pela Graça e pelo Amor infinito de Deus ...

Equipe da Carta Mensal 6


Um Muito Obrigado / Muito Especial / 'f\ responsabilidade é um serviço temporário. Não somos insubstituíveis e nem os únicos guardiães da ortodoxia, os únicos intérpretes do carisma." (D o c . A Resp o nsabili dade nos Equ ipes d e No ss o Senho ra)

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ias atrás recebemos um questionário da Equipe Responsável Internacional (ERI), com uma série de proposições para serem debatidas no nosso próximo Encontro do Colégio Internacional. Dentre as diversas questões propostas, há uma que diz o seguinte: "Na vossa Super Região existe uma boa compreensão da mística da organização?" Para dizer a verdade, não havíamos pensado ainda sobre este assunto, mas cremos que alguns pontos podem nos proporcionar esta mística. Mística, algo que não se toca, não se vê, mas produz o efeito de animação, de entusiasmo, por algo, enfim, o que nos impulsiona a levar para a frente um projeto, uma caminhada. Em primeiro lugar, sabemos que nos reunimos, nos organizamos, para nos entre-ajudarmos a construir o Reino de Deus, colocando a Jesus Cristo como nosso guia, sendo que é em nome d 'Ele que nos reunimos, tanto em equipes, como na própria organização. Um segundo aspecto que nos impulsiona, nos anima neste serviço, é a gratuidade de todos 7


aqueles que se propõem a ajudar nesta tarefa específica, de santificação do casal para a glória de Deus. Mencionaríamos ainda um terceiro aspecto, que a todos contagia e emula para ter esta disponibilidade, que é a alegria do servir. Estes são apenas três aspectos que poderíamos considerar como fazendo parte da mística da organização, podendo e/ou devendo existir outros mais . E bem a propósito, gostaríamos de deixar registrado aqui o exemplo marcante de dois casais que souberam nos mostrar e ensinar como viver esta mística da organização. Com eles convivemos por mais de quatro anos, podendo sentir assim a sua total disponibilidade e doação pelo nosso Movimento. E agora, terminado o tempo como responsáveis de região, partem seguramente, por chamado do Senhor, para outras tarefas, tão ou mais necessárias, para servirem a causa do Reino. Lembramo-nos aqui da Natalina e Roberto, ex-casal regional de São Paulo Norte, e Thérese e Valente, ex-casal regional do Norte li. Mesmo nos momentos mais difíceis, envolvidos com problemas de saúde, como foi o caso do Valente, ou acidente grave com filho, como ocorreu com Natalina e Roberto, esses dois casais nunca se furtaram ao dever. Muito pelo contrário, estavam sempre a postos e, o que nos serviu de grande exemplo, sempre sorridentes e alegres. Dedicados às coisas do Movimento, sempre procurando colaborar com suas participações, idéias, seu companheirismo e amizade. Que Deus os proteja e os abençoe por este imenso serviço prestado às Equipes de Nossa Senhora e, que a nós, particularmente, nos inspiremos em seus inúmeros exemplos e testemunhos de vida cristã.

Maria Regina e Carlos Eduardo ECIR 8


Família: Come~o ou Fim uvimos dizer, com muita fre- temos, mas muitas vezes também qüência, que a "farru1ia está dentro do próprio grupo familiar. desmoronando". Mas seria Era comum a prática do que hoje importante, antes de cair na tenta- consideramos incesto. ção de ficar repetindo chavões, perÀ medida que a economia das guntar-se o que realmente está acon- trocas foi se aperfeiçoando e que as tecendo, de que farru1ia estamos fa- cidades começaram a surgir, a conlando, o que está "desmoronando". vivência entre diversos grupos famiA família, cujo fim os arautos liares distintos passou a revelar uma de mau auguro estão trombetean- certa necessidade de paz. Percebeudo, é de natureza basse que a educação dos tante recente na histófilhos para a vida exiria da humanidade. gia mais do que o seu A famz1ia cujo Michel Rouche, propreparo para a guerra fessor de História na e que, para tanto, era fim os arautos Sorbonne e editor darepreciso que o casal tide mau auguro vista Alliance, disse, vesse uma estabilidade estão num colóquio organizamaior do que aquela do pelas ENS em Paque o sistema anterior trombeteando é ris, que é preciso distinpermitia. Começa a de natureza guir três grandes fases surgir a farru1ia patriarbastante da família: a matriarcal, cal, de grande conteúa patriarcal e a atual. do "machista". recente na Das três, a de mais curO primeiro registro história da ta duração, por enquanefetivo que se tem do humanidade. to, é a atual. fim do sistema matriarPor volta de 2000 cal e do surgimento de anos antes de Cristo, outro tipo de farru1ia é quando as tribos indo-européias co- o conflito que opôs as cidades de meçaram a povoar o que viria a ser Esparta (militar-matriarcal) e de Atea Europa, as células familiares vivi- nas (democrática-patriarcal) entre os am em tomo da figura materna. Ha- anos 431 e 404 antes de Cristo. Mais via uma crença de que a vida pro- tarde, a trágica figura do rei Édipo, cede da mulher, e isto lhe dava um no teatro grego, que, ao descobrir papel e um prestígio extraordinári- que casara com a mãe, cega-se a si os. Os filhos e os numerosos mari- próprio e passa a viver como mendos com os quais convivia forma- digo, toma-se símbolo da passagem vam verdadeiros exércitos que a de- de um sistema a outro. fendiam. A violência mais desenAos poucos, o pai de família freada era encorajada, não só em passa a deter toda a autoridade sorelação aos eventuais inimigos ex- bre a comunidade familiar. Foi a ins-

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tauração desse novo sistema que havia nenhuma preocupação com o criou novas exigências, como por seu consentimento. Já para o cristianismo que coexemplo, a virgindade da esposa. É meça a implantar-se no Império roa partir de vigência desse tipo de famano, o consentimento é um dos rru1ia que o adultério passou a ser grave - apenas quando cometido elementos mais importantes do capela mulher- pois tratava-se de ter samento. Segundo Santo Ambrósio, a certeza de que os filhos da esposa por exemplo, é necessário que homem e mulher desfrutem de uma haviam sido gerados pelo marido. Aos nossos olhos, este segun- situação de igualdade para pronunciarem publicamente o do modelo pode pare"sim". De outro lado, cer tão ruim quanto o decretos do papa Leão anterior mas, numa De f orma Magno proclamam, seperspectiva histórica, geral, os guindo a linha do demonstra um certo Evangelho e a de São progresso. Permite, casamentos Paulo, a indissolubilipor exemplo, que o fieram acertados dade do matrimônio lho saiba que tem um pelos pais dos cristão. pai e uma mãe e que nubentes. Os As novas invasões escape do domínio germânicas dos sécuonipotente desta últifilhos eram los V e VI, que provoma. Começa a surgir a dados em cam um recrudescipossibilidade de se forcasamento aos mento da família do mar um casal com altipo matriarcal, assim guma perspectiva de 8, 10, 12 anos e como a cultura do Imduração. não havia pério romano, imposOs romanos consinenhuma sibilitam que a Igreja deravam que o casatenha qualquer sucesmento devia ser baseapreocupação so na aplicação dos do num contrato jurícom o seu princípios de consendico entre as partes consentimento. timento e de indissolusem, porém, qualquer bilidade. Três sistemas caráter de obrigatoriede família convivem no dade . Nada impedia que se vivesse em estado de concu- mundo romano: a poligamia germâbinato e os próprios contratos previ- nica e o concubinato romano que am a possibilidade de divórcio. De se opõem à monogamia indissolúforma geral, os casamentos eram vel proposta pela Igreja. Com uma obstinação impressiacertados pelos pais dos nubentes, e os contratos eram necessários para onante, durante sete séculos, a Igregarantir os aspectos econômicos da ja luta contra essa farru1ia artificial, união. Os filhos eram dados em ca- do tipo tribal. Para combater o insamento aos 8, 10, 12 anos e não cesto, vários concílios realizados 10


entre os anos de 500 a 1214 esta- Mesmo que o coração esteja em beleceram a proibição de casamen- outro lugar, que o amor não esteja to entre parentes, não só até o quar- presente, o dever é este, a obrigato mas até o sétimo grau! Com isso, ção é esta. É o que se deve aos pais, aos poucos, a família vai perdendo à sociedade. A literatura desse pesuas características de célula volta- ríodo nos traz um sem número de da para si mesma, pois os jovens casos e de exemplos, desde são freqüentemente obrigados a bus- Shakespeare até Balzac, do drama car uma noiva a trinta, cinqüenta desses corações divididos e da cuou sessenta quilômetros de sua al- riosa força, e ao mesmo tempo fragilidade, dos casamendeia natal. Descobretos fundados na razão se assim que a esposa Para o e não no coração. ou o esposo é uma Paradoxalmente, a pessoa diferente, de cristianismo liberdade do consenticostumes diferentes e que começa a mento mútuo pela qual não um parente ou alimplantar-se a Igreja vinha lutando guém com quem se havia mais de mil no Império está habituado a conanos, foi incluída na leviver no dia a dia. romano, o gislação em 1792, duO Concílio de consentimento rante a Revolução Trento, em 1563, proé um dos Francesa, pelas alas de mulga que os nubentes esquerda mais radicais devem dar mutuamenelementos mais da Assembléia Constite seu livre consentiimportantes do tuinte Francesa, com o mento diante de um sacasamento. objetivo de acabar com cerdote, o que torna a o domínio das classes cerimônia religiosa ricas, transmitido de obrigatória. Em muitos lugares, como por exemplo na geração em geração. Em contraparFrança, esses decretos do Concílio tida, a Convenção, a partir de 1795 são rejeitados. Contra eles o rei passou a admitir o divórcio, tamHenrique III legisla, tornando obri- bém por consentimento mútuo, jusgatório o acordo dos pais para que tamente quando a indissolubilidade o casamento seja válido. Continua já não parecia mais ser questionápredominando o caráter econômi- vel. Nos primeiros anos de vigência da nova legislação, comprovanco do matrimônio. Ao longo dos séculos XVII e do a fragilidade da instituição do maXVIII, a essa natureza patrimonial trimônio, registraram-se na França do casamento alia-se uma visão de mais divórcios que casamentos. dever. Por decisão dos pais - ou É somente com o advento do melhor, do pai - casa-se com a século XIX e seu Romantismo, que obrigação de manter vivo e funcio- se começa a falar de amor conjugal. nando o matrimônio contraído. Aos poucos, o casamento vai per11


o sentimento amoroso deve ser onipresente e determinante e acabam esquecendo-se das outras dimensões de compromisso e deresponsabilidade que constituem um casal. De maneira que quando começam a surgir as primeiras rusgas, eles pensam que o "amor acabou" e se separam. Estamos apenas engatinhando nessa questão de amor conjugal. Estamos aprendendo que o outro é o outro, que o outro é diferente, e, sem dúvida nenhuma, estamos crescendo e caminhando segundo os planos de Deus. Porque ninguém nos obrigou a casar, a lei nos permite separar-nos, portanto, é preciso que tenhamos boas razões para nos unirmos e permanecermos juntos. E a única dessas razões que faz sentido, que pode nos fortalecer nessa caminhada é o amor. Qual é a minha vontade de amar o outro? Corno o outro reage a meu amor e por quê? São essas as perguntas que exigem, permanentemente, respostas e não vamos achá-las na televisão ou nos jornais. Devemos perscrutar constantemente o nosso coração para encontrar o caminho da verdade, o caminho que realmente seja de crescimento, não só para cada um de nós, mas para as gerações que vêm depois de nós. O casamento por amor é urna grande novidade na história dos homens ... É urna Boa Nova!

dendo seu caráter patrimonial e social e vai se solidificando corno decorrência do amor de um homem e de urna mulher. Começa-se a perceber que o casamento e a farrn1ia têm necessidade de alicerces outros do que somente os bens materiais. Assim, é por volta de 18801890 que a noção de casamento por amor e por escolha livre e mútua dos cônjuges passa a ser generalizada, nos países ocidentais. Não podemos esquecer que a expressão "espiritualidade conjugal" só nasce no final da década de 30, fruto das pesquisas e reflexões do Padre Caffarel e das primeiras Equipes de Nossa Senhora. Portanto, para retornar ao nosso questionamento inicial, a família "tradicional", que estaria "desmoronando", existe há apenas cem anos. Estamos apenas começando, corno sociedade, a aprender corno vivê-la, com todos os percalços que isto significa. E até que não estamos nos saindo tão mal. Corno vimos, estamos vindo de alguns milhares de anos durante os quais, por razões alheias à vontade de cada pessoa e por imposição da sociedade, o casamento era urna obrigação e urna canga. O casal, hoje, não mais permanece unido porque os pais mandam, porque a lei manda ou porque é seu dever. Permanece unido pela valorização de um ato de vontade feito de amor. E faz parte da aprendizagem de que falamos discernir o que é o verdadeiro sentido do amor. Assim, por reação ao casamento antigo, do tipo canga, muitos hoje estão persuadidos que

Peter Nadas (da Hélene) Equipe3 -D São Paulo, SP 12


Se Todas as Famílias/ Com~assem •ssim ... esde pequena, sempre fui devota de Nossa Senhora. Nossa Senhora é Mãe, e mãe para mim é o começo de tudo, é o início de uma vida. Amadureci dentro de um lar cristão e aprendi cedo o poder da oração, pois meus pais são equipistas há dezesseis anos. Vivenciamos juntos os Pontos Concretos de Esforço, isto é, tive participação ativa em alguns Pontos (Oração Familiar, Missa Mensal, etc) e colhi frutos e resultados de outros Pontos que eles vivenciaram a dois (Dever de Sentar-se, Regra de Vida, etc). Idealizei um casamento para mim, como nos sonhos, como manda o figurino. Conheci meu namorado, que também teve a felicidade de ter um lar cristão. Namoramos durante oito anos e foi uma fase de conhecimento mútuo onde havia muito diálogo, respeito, carinho e amizade. Fizemos, neste período, muitos planos para o nosso futuro, sempre sob o olhar de Deus. E no dia do meu casamento na casa do nosso Criador, nos colocamos sob sua proteção numa cerimônia maravilhosa celebrada pelo Padre Irineu Vendrame. Não poderíamos começar uma vida conjugal, sem prestar uma homenagem à Maria, nossa madrinha e protetora. Assim casamos no dia nove de maio do presente ano, na véspera do dia das mães e no mês

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dedicado a Nossa Senhora. Resolvemos, no fmal da cerimônia religiosa, para surpresa de nossos convidados, homenageá-la com um momento todo especial, como nas reuniões mensais das Equipes de Nossa Senhora, com um Momento de Maria. Ao som do canto "Ave-Maria", ofertamos nossas vidas, nossos sonhos, nossos ideais, enfim, nossa nova caminhada para que Ela, minha sempre protetora, continue intercedendo por nós junto a Deus Pai. Ofertamos também a Ela um pequeno vaso, com pequeninas flores, que nós prometemos transformar em um grande jardim florido. Amém! Aleluia!

Renata (do Marco), Filha da Rosa e Brás Equipe 6- N. S. do Perp. Socorro José Bonifácio, SP 13


O "Não" na Hora Certa /

um processo. O respeito às leis e aos outros, a responsabilidade, a formação do caráter, não aparecem da noite para o dia, com um "toque de varinha de condão". A educação de um cidadão começa lá atrás, quando criancinha. Isso mesmo, há anos atrás. Quando ele chutava a mãe, a tia, a professora, quando jogava objetos na empregada, nos coleguinhas, "tudo era coisa de criança". Conversa, diálogo, com essa criança? Não havia necessidade. "Isso passa com o tempo". E o tempo realmente passou e, com ele, chegou a adolescência ... que também pas-

" ... Fazem parte da pobre sociedade brasileira que não cuida das suas crianças ... "

ndignação, repulsa, choque ... Mas por que tudo isso? Por que tanta revolta com os cinco jovens de classe média, que queimaram vivo um ser humano? Afinal, foi apenas uma brincadeira, "coisa da juventude"! "Essa brincadeira" foi apenas uma conseqüência. Esses jovens são um produto. Eles são o que os adultos fizeram deles: inconseqüentes, sem limites, confiantes na impunidade. Essas tragédias são sempre a última etapa de

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sará. Mas, antes, o adolescente chegará à sua casa com jaquetas, tênis de griffe, relógios importados, CDs, e ninguém lhe perguntará quem lhe deu os presentes e, se perguntarem, aceitarão, com facilidade, a resposta: "meu colega me emprestou". Se chega bêbado, de madrugada, nos fins de semana, ouve apenas um sermão e poderá responder: "mas vocês também chegam". Se é o carro da família que se espatifou em um "pega", a primeira providência é limpar o nome na polícia. O sobrenome, a influência política vão livrá-lo rapidamente da sala do delegado. E a Escola, o que faz por ele? Pouca coisa. Hoje, o aluno pode tudo, ou quase tudo. As leis estão aí para "ampará-lo". Se é reprovado ou expulso da Escola - porque pôs uma bomba no banheiro - as liminares aparecem rapidamente para "repararem a injustiça que os professores cometeram". Se é repreendido pelo professor durante a aula, no dia seguinte, ouviremos: "não admito que falem assim com o meu filho. Ele não mente!" Isto é, o mentiroso é o professor. Se as notas estão ruins, a transferência para outra escola, que não o reprovará, é feita da noite para o dia. Depois de conviver com esse tipo de educação, com essa permissividade, o que queríamos? Adultos responsáveis, corretos, de bom caráter? Exigir do jovem respeito humano, amor ao próximo, como? Nós lhe ensinamos isso? Ouvimos e es-

Por que tanta revolta com os cinco jovens de classe média, que queimaram vivo um ser humano? Afinal, foi apenas uma brincadeira, "coisa da juventude"!

tamos sempre dizendo: "os jovens de hoje não têm limites". Não têm mesmo. Mas não têm por nossa culpa, nós, pais, que também não sabemos lidar com nossos limites. Eles não perderam os limites. Ninguém perde o que não tem. O limite é o primeiro passo daquele processo de que falei acima. O ponto de referência é o segundo. Os outros passos virão com o amor, o carinho, o diálogo, o não firme na hora certa e, principalmente, com o exemplo. Portanto, esses jovens de Brasília fazem parte da pobre sociedade brasileira que não cuida das suas crianças, dos seus jovens e, depois, quer cidadãos de qualidade.

Vânia Costa M. de Castro, Contribuição de Dilia e Flávio Equipe N.Sra. Imaculada Rainha do Sertão - Quixadá, CE 15


ueGostam

Ser Pais se um pouco. Os tempos estão mudando. Nisso, para melhor! Não conheço as estatísticas nem sei se foram feitas, mas sou capaz de apostar que, hoje, a maioria dos pais investe pelo menos 50% do tempo em que estão em casa no ofício de cuidar dos filhos. O macho da espécie descobriu que filho é tarefa dos dois e que, se quiser uma esposa mais descansada, precisará <Yudá-la a cuidar do fruto que nasceu de ambos. Deixou de ser paxá e rei, para ser pai com tempo integral. E é bonito ver que muitos se divertem com isso. Gostam de estar com seus filhos, brincam, incentivam e querem deixar sua marca amiga no pequeno ser humano que Deus lhes deu de presente. Os pais estão mudando. Não é que os pais de ontem fossem menos pais. Os tempos eram outros e a sociedade educava para o pai ter uma certa distância dos filhos. Hoje, eles estão convencidos de que a distância machuca o filho. Os pais estão muito mais presentes. É bom para os filhos, bom para as mães, bom para os próprios pais e bom para a sociedade. Benditos os pais que gostam de ser pais! Os filhos agradecem ... Feliz Dia dos Pais!

á um novo tipo de homem na praça: o homem paterno. Sonha ser pai, vibra quando sabe que vai ser pai e adora brincar com o fruto de seu amor. Não viu quem não quis; não vê quem não quer. São jovens (às vezes, nem tanto) e desfilam garbosos com seu menino ou sua menina, ocupando-se do ofício de criar um ser humano que nasceu dele. Também são vistos em shopping centers, supermercados, no carro, na rua ou nos estádios com seus filhos adolescentes. Aqui e acolá, podem vê-los empinando pipas, empurrando bicicletas ou rolando na grama com seus pequenos. Se preciso, cozinham, dão banho, trocam fraldas e, como suas esposas, enfrentam tudo o que um bebê costuma exigir dos seus pais. Acabou-se o tempo do pai distante. Hoje, os jovens pais chegam ao trabalho com cara de quem cuidou do filho para que a mãe dorrnis-

H

Pe. Zezinho, Famz1ia Cristã, (texto extraído do Jornal Comunicação B) Setor B - Região Rio I 16


Pai Brasileiro/ Pai Faminto: Saciado de Deus. Pai Operário: Construtor do Reino de Deus. Pai Preso: Liberto para Deus. Pai Negro: Dono da Paz de Deus. Pai Marginal: No centro do coração de Deus. Pai Desempregado: Contratado por Deus. Pai Bóia-Fria: Chama do amor de Deus. Pai Triste: Consolo de Deus. Pai Mendigo: Riqueza de Deus. Pai Pobre: Opção preferencial de Deus. Pai Humilde: Imagem de Deus. Pai Cristão: Filho de Deus. Se "Deus é brasileiro", com certeza todos os pais do Brasil são irmãos de Deus.

FELIZ DIA DOS PAIS!

]ussara e Daniel Equipe 02- Santarém, PA 17


O Padre

o

casal equipista pode consi- com os demais casais da nossa derar-se muito feliz. equipe. Todos sentiram seguranA presença de um sacer- ça, força e coragem para prossedote junto dele é o guir no caminho da meio mais eficaz e proEvangelização. dutivo para que setorComo é gostoso, Com o padre ne um evangelizador. bom e salutar, saber todos A palavra do padre que fazemos parte da nas reuniões preparatósua família e ele da aprendem, rias ou nas reuniões nossa! Como é agravão se mensais, a reflexão que dável conviver com faz dos Evangelhos, os um homem de Deus! famlliarizando esclarecimentos dados É maravilhoso estar com a sobre os Temas de Esem comunhão com tudo, os debates inteliele, ouvindo-o tampalavra dos gentes que prepara para bém falar dos seus anEvangelistas, a equipe, vão dando seios, preocupações e condições ao casal de perdem a alegrias na Co-particiatuar com eficiência pação. A bênção final inibição, em qualquer Pastoral das reuniões nos rede sua Paróquia. interessandofaz, revigorando a fé. Aos poucos, os caO casal equipista é se, querendo sais vão adquirindo serealmente feliz porque gurança e desembaraço saber mais está permanentemente para falar das coisas de ligado à pessoa do Crise mais daquilo Deus. Quando menos to, pela presença do esperam, já estão aptos que possa seu legítimo represenpara dar palestras em tante na Terra: o Padre. lhes trazer Curso de Noivos, BatisE com ele Maria, Mãe mos, Crisma e outras um campo da Divina Graça! pastorais. Aqui, a nossa gramais amplo Com o padre todos tidão aos padres que aprendem, vão se fade ação passaram pela nossa miliarizando com a paequipe e ao que permaapostólica. lavra dos Evangelistas, nece conosco há 20 perdem a inibição, inanos: Padre Joaquim teressando-se, querenPaschoal. do saber mais e mais daquilo que possa lhes trazer um campo mais Lucia (do Frederico) amplo de ação apostólica. Equipe 22 - Setor B Assim aconteceu conosco e Rio de Janeiro, RJ 18


• Família = Sementeira de Voca~ões enho de uma família humil de e simples, do interior da Colômbia. Nela crescemos num clima de oração para sermos uma família-comunidade viva. Aprendemos de nossos pais a partilhar o pão da Palavra e o pão do amor. Todas as noites rezávamos o terço em família. Aprendemos desde criança o sentido do respeito, do amor e da partilha para o crescimento de todos em um e um em todos. Como irmãos nós ajudávamos nos afazeres de casa, no estudo e

V

no trabalho com nosso pai. Desta farru1ia de 16 irmãos, foram chamados à vocação sacerdotal quatro: Nelson e Norbayro são Sulpicianos, Noel é Redentorista e eu, Norbey, caçula da família, sou Diocesano, trabalho em Brasília, na Paróquia de Nossa Senhora do Lago, no Lago Norte. Conheci o Movimento das ENS em 1991, graças ao casal Alcina e Terra, da Equipe 29, e até hoje sou apaixonado pela pedagogia e participação através dos pontos fundamentais para a unidade das ENS.

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O Conselheiro Espiritual é peça lia, estreitar laços no diálogo conjufundamental para crescer no amor, gal, familiar e na participação catenos conteúdos da fé e nos temas de quética com as crianças. estudo. Seguindo as orientações do meu Fomos chamados a conduzir e irmão, o Pe. Nelson, realizamos paajudar, lembra-nos o Pe. Cristóbal lestras, reflexões, dinâmicas, celebraSàrrias, s.j., Sacerdote ções eucarísticas; tíConselheiro Espiritual nhamos cada um a daERI. oportunidade de ·um Muitas Sou Conselheiro momento de participada Equipe 29, Nossa ção e entre-ajuda, fafaml1ias, Senhora do Pilar e cilitando assim, uma Conselheiro Espiritual verdadeira comunidanas férias, do Setor D - Região de, onde, com alegria, Centro-Oeste. Convercompartilhamos como procuram sando com o Pe . os primeiros cristãos. Sàrrias, comentei a exEsta farru1ia escoviajar. Nós periência das férias e lhida por Deus contime pediu para fazer dafamz1ia nua sendo chamada à um comentário para a vocação sacerdotal. Londoiío Carta Mensal. Temos um sobrinho saPois bem, muitas cerdote, o Pe. Jorge Buitrago, famílias, nas férias , Mário, ordenado em procuram viajar. Nós, Brasília, no ano passadecidimos da família Londoõo do que é Conselheiro Buitrago, decidimos, Espiritual da Equipe realizar neste ano de 1998, re82, do setor D. O seu alizar na Colômbia, no irmão, Oscar Alberto, é um Encontro mês de janeiro, um Enseminarista em LondriFamiliar. contro Familiar, com o na. É bênção sobre tema: "Conjugalidade, I bênção!!! família encontro de Cinco sacerdotes amor". Movidos pelo amor a Nos- na farru1ia. Obrigado Senhor! sa Senhora e sob orientação do EsCom este testemunho quero pírito Santo participaram 38 pesso- chamar a atenção das ENS na ajuda as da minha farru1ia incluindo mãe, aos seminários, celeiros de futuros irmãos, cunhados, sobrinhos e al- Conselheiros Espirituais. guns amigos. Foi uma experiência onde reiPadre Norbey Londoiío Buitrago nou um ambiente de paz, oração e Equipe29 partilha. Nossa Senhora do Pilar Dispusemos desse tempo duranSetor D - Região Centro-Oeste te as férias para juntos, como famíBrasl1ia, DF

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I


Faz Parte da Salva~ão Viver uma Nova Rela~ão com Deus, a Partir da Liberta~ão Experimentada

D

esde que fiquei doente, arrumei um livrinho para escrever quando estivesse precisando. Numa das primeiras páginas, em janeiro de 1997, escrevi: "Oh, Meu Deus

Tu és a Paciência, me ajude a suportar meus limites. Hoje não estou passando mal, mas sentindo forte a minha doença e tudo o que ela me impôs. Não posso cuidar de minhas netas, não posso ir ao Rio, conhecer a casa de meu filho Ricardo e nem mesmo ver meu neto recém-nascido, Pedrinho ... Prendo o Eduardo ao meu lado. Como me canso! Meu Deus, que medo dessa doença (câncer no pulmão). Que sentimento no peito! O que será que me aperta?" Bem, os dias foram passando, e eu, cada vez mais, sabendo da gravidade, das dificuldades e dos exames agressivos, aliados a um tratamento bastante forte, com altos e baixos. Gostaria de compartilhar com vocês o que foi acontecendo comigo. Faço, todas as noites, uma leitura e meditação dos livros "Falar com Deus" e isso me ajuda a ficar cada vez mais perto do Senhor, me faz sentir filha de Deus, filha muito amada. Até que, um dia, topo com esta frase (no Tempo Comum): "Não esqueçamos que os doentes são o tesouro da Igreja e que têm um poder muito grande diante de Deus, pois o Senhor os olha com particular predileção." Tenho vivido com este espírito, o que 21


me consola muito e me ajudará na salvação, pois, não sou uma das prediletas do Senhor? Lembro sempre: "estou viva" e, apesar do medo, dos incômodos, tenho procurado, nas horas em que estou melhor, viver, ficar alegre. Agradeço a Deus esta oportunidade, porque, através da doença, a minha alma, o meu corpo, procuram mais oração e vêem Deus nos pequenos acontecimentos da vida. E, indo mais longe, sinto-me verdadeiramente co-redentora com Cristo no meio da minha vida de todo o dia. Pensar que tudo isso que me acontece de ruim: as mortificações, "o não poder fazer isso ou aquilo,", o mal estar, os cerceamentos da doença, são grandes gotas d'água que se converterão no Sangue de Cristo! Então, eu só tenho que dar Graças ao Senhor por estar percebendo isso e vivendo com Nossa Senhora de um lado, segurando a minha mão, e Jesus do outro. Continuo a minha vida, o que dá para eu fazer, faço. Recebo, graças à doença, uma luz tão grande que me leva bem pertinho de Meu Deus, Abba. Do contrário, estaria por aí, vivendo muito mais as coisas materiais, caminhando sozinha, longe dos irmãos, sem saber quão grande é esse encontro com Deus, e agora podendo rezar a oração do abandono: "Pai, em tuas mãos eu me entrego. Faze de mim o que quiseres. Por tudo que fizeres de mim, eu te agradeço." Agradeço também ao Eduardo, que anda colado comigo nesta trilha. Lucila (do Eduardo) EquipeS N. Sra. Mater et Magistra Setor E São Paulo, SP 22


Sete Casais Desconhecidos /

N

o início éramos sete casais desconhecidos uns dos outros, sem saber direito o porquê de estar ali, sabendo apenas que, ao sermos convidados, só não disséramos NÃO por constrangimento. O casal que nos convidara tentava nos explicar que, no momento, iríamos formar uma "Experiência Comunitária" e, mais tarde, talvez, seríamos mais uma equipe dentro do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Em nossos pensamentos mais íntimos tínhamos quase certeza que isso jamais aconteceria. Achávamos que nada disso iria dar certo. Mas deu! Hoje somos uma equipe: Equipe de Nossa Senhora do Amparo. As reuniões, que antes eram temidas, hoje são desejadas. Tomamos consciência da espiritualidade e, embora os ensinamentos não sejam novos para nós, pois o Evangelho é o mesmo, a nossa interpretação, conscientes da presença doEspírito Santo em nós, é muito mais profunda e construtiva para nosso dia a dia como pessoas, como casal, como pais e membros de uma comunidade. Fomos chamados a viver o amor de acordo com Jesus Cristo. São nossos Pontos Concretos de Esforço. Descobrimos que todo aquele que busca fé, alegria, paz, paciência, bondade e benevolência, experimenta a plenitude do Amor. Que é sempre possível arquitetar um so-

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nho e construí-lo na realidade de nossas vidas; basta o movimento do espírito, o empenho do nosso esforço pessoal e o pensamento elevado a Deus. Que o que existe além de nós ou o que se estende diante de nós é mínimo, quando comparado com a força e energia que temos dentro de nós. É nossa Regra de Vida, que buscamos alcançar. Foi-nos ensinado: A começar em casa a cultivar o amor cristão E que a alegria invadiria nosso coração; A começar em casa a aceitar nosso semelhante Sendo compreensivo e confiante; A começar em casa a perdoar de coração E a ter coragem de também pedir perdão; A começar em casa a se alegrar com a verdade A desculpar, crer e esperar na caridade; A começar em casa a lutar pela justiça A libertar-se do egoísmo e da preguiça; A começar em casa a ser alguém que mude a História E assim nosso viver revelará de Deus, a glória.

Equipe N. Sra. do Amparo (do Boletim Equipando) Limeira, SP


Anlar é ...

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... J:et equipi!:ta.

...fazetmol: o "impo!:l:Ível" pata enttegat o tema no dia matcado .

Anlar é ...

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... nunca dotmit J:em fazet a " otação conjugal".

... jamaiJ: eJ:quecet a tegta de vida.

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.. .titat um tempinho pata o " ptazet de J:entat-l:e"•

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... tezat em qualquet lugat. 24


Amar é •••

Amar é •••

.•• vivetmO!: mais uma missa semanal.

· ...saboteat a palavta .

Amar é •••

Amar é •••

... meditatmos juntinhos.

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Amar é •••

...latgat tudo pata let a Catta Mensal.

adaptação Alzira e To ninho Equipe 7- N. Sra. da Paz Belo Horizonte, MG


Encontro Regional d e Sacerdotes e CEs 7 •

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A

semente plantada no Encontro Nacional de Sacerdotes Conselheiros Espirituais (SCE) em Itaici, em fevereiro de 1998, já começou a produzir bons frutos . A brilhante idéia deste Encontro na nossa Região partiu do Pe. Benedito Luís Pessoto, Conselheiro do Setor de Campinas, durante a reunião de Conselheiros no EACRE/98, no Santuário Schoenstatt. Para nós, esse é fruto da primeira colheita do Encontro de Sacerdotes realizado em Itaici, pois foi realmente um momento de grande alegria e proveito e não poderíamos deixar de agradecer a infinita bondade de Deus que certamente nos enviou seu Santo Espírito, para que fossem abordados tantos assuntos em tão pouco tempo. O Encontro de nossa Região São Paulo Centro I aconteceu numa manhã de terça-feira, dia 05 de maio de 1998, em Campinas/SP, na Casa das Irmãs Betânia Franciscana, sob a coordenação doPe. João Bosco Dubot (Conselheiro Espiritual da Região) e animação doPe. Mário José Filho (Conselheiro Espiritual da ECIR), vindo de sua cidade especialmente para animar esse nosso primeiro encontro, que contou com a presença de dezessete SCE, um Conselheiro Espiritual, uma Conselheira Espiritual e cinco casais responsáveis dos Setores da Região. A abertura da reunião foi feita pelo Pe. João Bosco, com leitura, reflexão do Evangelho de São João, 10,22-30 e orações espontâneas. Pe. Mário deu continuidade falando sobre a missão do SCE, sacerdócio e matrimônio, Reunião de Equipe como celebração, Pontos Concretos de Esforço, casais engajados a serviço da Igreja, diversidade de apostolados, enfim, discutimos diversos assuntos, todos de grande importância. Assim, concluímos que o Encontro nos proporcionou mais uma excelente oportunidade para troca de experiências e melhor conhecimento entre conselheiros e casais. Agradecemos carinhosamente a todos e pedimos que Maria, nossa Mãe continue, a nos abrir novos caminhos para que possamos continuar colhendo bons frutos. Abraços fraternos e nossas orações.

Maria Lúcia e Pedro de Oliveira, CRR São Paulo, Centro I

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ço missionário das ENS para levar o Movimento até Livramento e, se for da vontade de Deus, ao Uruguai. Este Encontro, "sui gene ris" até pela quantidade de casais que reuniu, 10 ao todo, contou com a presença de equipistas de São Gabriel (equipe isolada ligada diretamente à Região RS), de membros da Experiência Comunitária de Livramento e líderes da pastoral familiar da Paróquia Sagrado Coração de Jesus da cidade de Rivera. O pregador foi o Padre Firmino Dalcin, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe N" s• da Saúde e responsável pela Pastoral Familiar na Diocese de Bagé, que preparou carinhosamente o tema "Família, conjugalidade e conversão", procurando atender as necessidades locais e, ao mesmo tempo, a orientação do Movimento para o ano de 1998. As reflexões tiveram, como fonte de motivação, questões atuais da família, manifestações do Papa João Paulo 11 sobre a vida familiar e sobre espiritualidade conjugal e o dever de

Equipe Nossa Senhora da aúde, de São Gabriel, RS, iajou até a cidade uruguaia de Rivera (160 km), para realizar o seu retiro anual. Rivera é irmã-gêmea da cidade brasileira Livramento. Ambas situam-se na fronteira brasileira-uruguaia, a 500 km de Porto Alegre, bem no coração do Mercosul, tendo como pontos pitorescos a linha divisória que separa as suas áreas urbanas e rurais e o "portunhol" (mistura dos idiomas português e espanhol) utilizado com desenvoltura pelos moradores do lado de cá e de lá, como meios de comunicação. O Retiro ocorreu no sítio Pousada do Parque, um local de encontros de lazer e de oração, de propriedade do casal Norma e Zezinho, que fazem parte da Experiência Comunitária de Livramento. O evento permitiu aos casais equipistas de São Gabriel não só realizarem este importante Ponto Concreto de Esforço, o Retiro Anual, mas também engajarem-se no esfor-

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sentar-se doPe. Caffarel. Como último evento do Retiro os participantes, rezando o terço, subiram um morro existente nas imediações, percorrendo uma estrada que acompanhava o cume do morro e, ao mesmo tempo, a linha divisória entre os dois países . Ora os casais itinerantes estavam no Brasil, ora no Uruguai. A oração acabou junto a um dos "marcos da fronteira" de onde se podia vislumbrar a imensidão da "campanha" brasileira de um lado e a uruguaia do outro, ambas manifestando em toda sua pujança a beleza da criação de Deus, igual nos dois países e entregue gratuitamente ao homem para dela tirar o seu sustento. Mais uma vez, foi-nos dada a graça de experimentar o toque di vino da criação, presente no amor infinito de

Deus, sem fronteiras de qualquer espécie. As divisões, as cercas, os limites de toda a ordem nascem no "coração humano" a medida em que este se afasta do Amor e da Verdade. Ao encerrar, o Padre Dalcin dirigiu aos casais presentes esta mensagem: "que o marco onde nos encontramos neste dia 3 de maio de 1998, assinale profundamente os nossos corações, transformando este ato no ponto de partida de uma caminhada missionária em que uruguaios e brasileiros, irmanados no amor de Deus,façamdas ENS,fundadas nos valores cristãos da conjuga/idade e da família, um meio capaz de levar a alegria e a esperança às nossas comunidades". Graça e Roberto Casal Responsável Regional, RS

Comemora,ão dos 48 anos das ENS no Brasil Chegaram à nossa redação algumas matérias sobre as festividades preparadas para comemorar o aniversário das ENS no Brasil, em 13 de maio. Na impossibilidade de publicar todas, destacamos: a) foto do bolo de aniversário (ao lado) na festa preparada pelos Setor de Barbacena/MO, enviada pelo casal Maria Aparecida/Hugo. b) Os equipistas de Guaratinguetá/SP, conforme relatado por Marlene e João Roberto, tiveram o privilégio de celebrar a data com a presença sempre marcante da

nossa fundadora Dona Nancy Moncau, numa bela liturgia preparada para a celebração eucarística, após o que se seguiu uma gostosa festa de confraternização.

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Lan~a,.do

Raízes emAguaBoa

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difícil descrever em poucas palavras ~do o que aconteceu em setembro/97, na cidade de Agua Boa, Estado do Mato Grosso.

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Convidados pelo casal Rita e José Adolfo, então responsável do Setor "F" para pilotar uma equipe tão longe aqui de Brasília (cerca de 900 km de distância), pensamos ser quase impossível. No entanto, juntamente com Layse/Jorge, casal informação, e Maria/Vargas, casal piloto, partimos de ônibus, numa viagem de 14 horas, tendo como companheiros alguns índios. Recebidos com carinho, na casa paroquial, pelo Pe. Adenir, montamos a reunião de lançamento. Foi feita a informação para 24 casais e depois os separamos em 3 grupos para a reunião de lançamento, já que a aceitação foi unânime, todos mostrando muito interesse e expectiva pelo Movimento. Em cada rosto transbordava alegria e curiosidade. Assim foram lançadas as equipes no 1 -Nossa Senhora do Bom Conselho, no 2 -Nossa Senhora Aparecida e no 3 Nossa Senhora Auxiliadora, todas elas tendo como conselheiro o estimado Pe. Adenir. Permanecemos ali, no dia se~uinte, aproveitando a hospitalidade dos já irmãos equipistas de Agua Boa. Registramos assim, com imensa alegria, o nascimento do Movimento das ENS naquela distante cidade mato-grossense, destacando ainda que as reuniões de pilotagem são feitas mensalmente, agora também com a colaboração do casal Socorro/ Vicente, sendo para todos nós uma experiência fantástica e muito gratificante. Para finalizar: no mês de agosto já está programado um Retiro.

Dalva e Batista Equipe 15- Setor F Brasz1ia, DF 29


Sessão de Forma~ão Continuando no trabalho de oferecer oportunidade de crescimento para os casais equipistas, o Setor de Divinópolis/MG realizou sua primeira Sessão de Formação, de nível I. Acolheram o convite do Setor um grande número de casais e diversos SCE (Sacerdotes Conselheiros Espirituais), que com sua presença marcante engrandeceram e prestigiaram o evento. A sessão teve como palestrante o SCE Dom Luiz Pedro Soares, da ordem dos beneditinos, radicado em Fortaleza/ CE, e que veio nos agraciar com seus conhecimentos e demonstração de bondade, alegria e exemplo de humildade que a todos contagiou. As palestras foram desenvolvidas de uma forma catequética esplêndida, embasada na Bíblia, o que também motivou a todos para um aprofundamento da Sagrada Escritura, despertando também nos participantes o desejo de um engajamento urgente e mais profundo na vida da Igreja.

Encontro dos Filhos de Equipistas Em abril deste ano, o Setor de Belo Horizonte/MG realizou o seu 2° Encontro dos Filhos de Equipistas, nas dependências do Colégio Arnaldo. O tema desenvolvido foi o livro da CNBB "Hoje a salvação entrou nesta casa". Participaram jovens de 4 a 19 anos, divididos em grupos por faixas etárias. Cada grupo teve dois monitores e desenvolveu uma parte da "casa", conforme proposta do livro. Desde a mais tenra idade até os jovens-adultos, a mensagem foi alcançada, como se pôde perceber pelas apresentações na missa. O interesse e a animação foi tão grande que houve manifestação do desejo de um novo reencontro, da espera pelo novo Retiro que será realizado em outubro, se Deus quiser. Esperamos que promoções deste tipo possam frutificar em outros lugares.

Simone e Ricardo Equipe 8 - N. Sra. do Carmo Divinópolis, MG

Beth (do Scalzo) Equipe 5- N. Sra. da Glória Belo Horizonte, MG 30


stes foram os dizeres da faixa que, junto com entusiasmadas e sonoras palmas, espoucaram ao final da defesa de tese de Doutorado em Serviço Social do nosso querido Conselheiro da ECIR, Padre Mário. Éramos paroquianos, equipistas, seminaristas, padres, bispos, amigos que enchíamos as dependências da UNESP - Campus de Franca numa manifestação, creio que inusitada, em um procedimento tão formal quanto uma defesa de tese. Essa formalidade foi rompida pelo calor da amizade e pelo entusiasmo da admiração. Foi defendendo a tese "Família como espaço privilegiado para a

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construção da cidadania" que Padre Mário pôde, mais uma vez, manifestar sua profunda convicção: "Renovo, pois, minha crença na bondade do homem, no anseio que todos têm em acertar na vida, na instituição divina do Matrimônio. Por isso afirmo: acredito na Famz1ia. Ela é o lugar privilegiado, onde a vida é transmitida. Ambiente ideal para se cultivar o amor entre as pessoas, fundamento da sociedade, local de segurança, respeito, dignidade. Acredito na Famz1ia.". Por isso, Padre Mário dedicou seu trabalho a "todos aqueles que


é possível mudar as relações sociais no mundo, pois acreditam que a fanu1ia tem peso e significado social, embora a estrutura familiar, às vezes, impeça que os indivíduos sejam coerentes com os interesses da sociedade e não assumam uma opção profunda de compromisso. • Consideram que a cidadania não é uma mera possibilidade de votar e sim uma participação em um processo concreto que se produz na dinâmica da sociedade e se expressa na própria realidade cotidiana dos diversos segmentos da população que têm o poder de provocar mudanças tanto individual como coletivamente. • Identificam a fanu1ia como lugar para iniciar o aprendizado da vida em sociedade, uma vez que a convivência e a intimidade permitem o conhecimento das pessoas e da própria comunidade e ensinam a gerir essas relações.

acreditam na fanu1ia, no amor conjugal e em Deus Pai, Filho, Espírito Santo" e delineou seu objetivo dizendo não pretender "traçar perfis, mas afirmar que é na família que se encontra o espaço privilegiado para a construção da cidadania, motivando as famílias a assumirem sua função de construtoras de cidadãos" . Para nós, soa como natural ouvilo afirmar estas coisas; mas a banca que o examinou, acostumada a uma aproximação científica dos temas, estranhou esse tom de exortação conferido à tese e ao questioná-lo sobre essa postura, deu-lhe a oportunidade de manifestar sua coerência: "Eu não estou padre, eu SOU padre". Nós, equipistas, tivemos uma participação ampla na elaboração dessa tese, pois ela foi baseada em pesquisa desenvolvida entre 86 fanu1ias de casais das ENS que responderam a um questionário composto por 58 questões, posteriormente aprofundadas em uma reunião focal que reuniu outros oito casais dos quadros do Movimento. Portanto, as conclusões a que se chegou são uma amostragem do pensamento dos membros das ENS do Brasil. Essa amostragem assim de delineia: • Crença em uma relação estável e duradoura. • Entendem que a participação dos indivíduos na vida política tem que ser ativa, (mas somente 8% dos entrevistados tem participação em algum partido político). • 98% dos casais acreditam que a partir das relações da fanu1ia

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Nós, equipistas, tivemos uma participação ampla na elaboração dessa tese, pois ela foi baseada em pesquisa desenvolvida entre 86famaias de casais das ENS -

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• Revelam também a compreensão das influências econômicas e da modernidade como intervenientes no processo de construção da cidadania, reconhecendo falhas e erros da família nesse processo. Muitos outros aspectos foram abordados, mas finalizo esta tentativa de partilhar com todos vocês a alegria desta vitória do Padre Mário, reproduzindo suas palavras na conclusão: "Pode-se detectar, no entanto, nos anos recentes, a partir das transformações sócio-econômicas e mudanças de valores que se vêm forjando, o surgimento de uma tendência de modificação nos padrões familiares, com a expansão de outras formas de arranjo conjugal que não chegam, contudo, a abalar o padrão dominante (famílias formadas por casal com filhos). É este um campo fértil para o Serviço Social: buscar trabalhar arecuperação do amor como centro e cerne do casamento para além de toda forma de institucionalização; superar as discriminações (autoritarismo, machismo, feminismo) com insistência na participação de todos na família e, num mundo massificado, frio, técnico, burocrático, fazer da farru1ia um lugar de felicidade, gratificação, realização pessoal, uma unidade de diálogo e segurança, bem como fazer crescer a consciência da responsabilidade social da farru1ia. Assim vista, a farm1ia é construtora de cidadania. E o desafio que se impõe às farru1ias

que compõem a sociedade brasileira para alcançar a cidadania é, cada vez mais, a participação social, pois ser cidadão é ser homem participante. A cidadania, na sociedade, acontece quando esta sabe tomar consciência das injustiças, descobre os direitos e vislumbra estratégias de reação para mudar o rumo da história. Podemos concluir que a cidadania é a qualidade social e política de famílias numa sociedade organizada". Neste momento em que nos preparamos para o novo milênio e o Papa nos convida para viver e anunciar a esperança, sentimo-nos mais confiantes e motivados quando alguém vai à frente e, com coragem, anuncia valores que prezamos (mas que são contestados) em ambientes como o universitário, tão importante por ser formador de opinião e exercer influência nas estruturas. Parabéns, Padre Mário!

Beth (do Romolo) Equipe Nossa Senhora do SIM Ribeirão Preto, SP

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Assun~ão: Efeito Pleno da União de Maria com o Filho

em forma de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte. Por isso Deus o sobreexaltou grandemente" (Fl.2, 7 -9). Também para os cristãos haverá ressurreição se escutarem a voz do Filho de Deus e crerem nele. E assim ocorreu com Maria. Ela participou da ressurreição de Cristo enquanto esteve perfeitamente unida a ele, ouvindo sua palavra e pondo-a em prática. A sua própria maternidade carnal foi precedida e tornada possível pelo "fiat", isto é, o livre consentimento de Maria ao anjo Gabriel. Ora, a Assunção é a epifania da profunda transformação que a semente da palavra divina produziu em Maria, na integridade de sua pessoa .. A liturgia atual da Assunção, na missa da vigília, sintetiza oportunamente a dimensão física e moral da união que Maria contraiu com Jesus. A primeira leitura, extraída de 1 Coríntios, 15, 3-4, tem por tema a Arca da Aliança, símbolo profético da Virgem Mãe, que portaria Deus em seu seio, como a arca dos novos

a missa de 15 de agosto, antes de 1950, lia-se Lucas 10, 38-42, que apresenta Jesus recebido em casa de Marta e Maria. Marta está ocupada com seus afazeres, enquanto Maria fica ouvindo a palavra de Jesus. E Jesus diz: "Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto, pouca coisa é necessária, até mesmo uma só. Maria, com efeito, escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada". Havia clara inten• - - - ção na escolha desta passagem. Maria, irmã de Lázaro, ouvindo atentamente Jesus, representa a figura de Maria, Mãe do Senhor, sempre aberta à escuta-obediência da Palavra de Deus. E precisamente por ter acolhido a todo momento essa palavra, Maria subiu aos céus, isto é, foi acolhida pelo Filho naquele "lugar" que ele nos preparou com sua morte e ressurreição. A Assunção, pois, remete-nos ao mistério pascal. Para Jesus, com efeito, a ressurreição foi a resposta do Pai à sua obediência: "Achado

N

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a tua mãe!" (Jo 19, 26-27a). Com esse testamento, Jesus pretendia dar Maria como "mãe" a todos os seus discípulos, representados no discípulo presente ao pé da cruz. Ora, segundo a doutrina bíblico-judáica, a paternidade espiritual comporta, entre outras coisas, também a exemplaridade. Ou seja: um pai ou uma mãe espiritual é "modelo" para seus filhos. Aplicando o discurso à Maria enquanto "mãe da Igreja", isso significa que cada aspecto de sua pessoa (virtudes, atributos, etc) tem dimensão eclesial, isto é, torna-se figura, modelo e exemplo daquilo que a Igreja deve ser, na fase peregrina e na fase gloriosa. A Assunção antecipa, na pessoa individual de Maria, o estado da Igreja inteira na vida do "mundo que virá". Como é sabido, o Vaticano 11 (Lumen Gentium N°68) relançou a dimensão eclesial do dogma da Assunção com estas felizes palavras: "Como no céu, glorificada em corpo e alma, a mãe de Jesus é imagem e início da Igreja, que deverá ter seu cumprimento na idade futura, assim ela brilha agora sobre a terra, diante do povo de Deus peregrino, como sinal de segura esperança e consolação, enquanto não vier o dia do Senhor". Na Virgem Maria, a Igreja "contempla com alegria, como em imagem puríssima, aquilo que toda ela deseja e espera ser"

tempos. O trecho evangélico de Lc.ll, 27-28 registra o cumprimento materno que uma humilde mulher do povo dirigiu a Jesus: "Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!". Respondendo, Jesus muda o eixo das bem-aventuranças: "Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam". Isto significa que Maria atraiu a benevolência de Deus por ter levado Jesus mais no coração do que no ventre. E aí está a raiz de sua glorificação junto ao Filho. Tornada sede da Sabedoria encarnada, no corpo e no espírito, ela tornou-se partícipe da imortalidade e da incorruptibilidade. Maria assunta, imagem da Igreja futura. A glorificação final de Maria é uma das "grandes coisas" com as quais Deus fez sinal à sua Igreja. É penhor de tudo aquilo que a comunidade dos fiéis é chamada a se tornar. Essa relação entre Maria e a Igreja, também no que se refere à Assunção, pode encontrar o seu fundamento bíblico nas palavras que, da cruz Jesus dirigiu à Mãe e ao discípulo amado: "Eis o teu Filho ... Eis

(Texto extraído do Dicionário de Mariologia- Editora Vozes)

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Conversão 1. O pensamento ocidental se caracteriza por sua forma dual e até antagônica de considerar a realidade. Assim, quando falamos em branco, automaticamente nos vem à mente o seu contrário, o negro. Quando falamos em grande, pensamos simultaneamente em pequeno. Nesta ordem de coisas, quando se fala em graça logo a relacionamos com o pecado; e ao nos referirmos à conversão, podemos pensar em processos cristalizados, que nos arrastam a viver em situações, ao nosso ver, imutáveis. O que acaba por insinuar a relação direta de conversão com o pecado. Conversão não é antônimo de pecado. Um pensamento mais positivo sobre a conversão pode ter origem na própria raiz da palavra. Conversão vem de "cum-vértere", que significa voltar-se completamente. Voltar para nossa origem: Deus. Ele nos criou para a felicidade plena, e só é feliz quem dá conta de orientar sua vida para o bem, para o amor, para fazer os outros felizes. Santo Agostinho dizia: "Criaste-nos para vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em vós". E assim, só seremos totalmente felizes quando conseguirmos fazer o "cumvértere" pleno, isto é, retornar a nossa origem: Deus! 2. O que nos impede de viver mergulhados naquele que nos criou? Nem todo pecado é simples 36

de ser enfrentado. Há limitações, debilidades que são próprias de nossa condição humana, que vivem em nós. Há forças, inclusive, que extrapolam nossas condições de superá-las. O apóstolo Paulo já reconhecia a existência destas forças: "Não faço o bem que quero, e sim o mal que não quero, não sou eu que o faço, mas é o pecado que mora em mim" (Rm 7,19). Somente no prisma da graça podemos encarar essa condição e acreditar na sua superação. Esse mesmo mal habita também as estruturas. Está entranhado nelas e faz com que cada ser gerado, cada criatura nasça partícipe dessa condição. Assim, o pecado precisa ser visto e entendido em dupla dimensão: o pessoal, o que mora em nosso coração; o estrutural, o que vai além de nós. Porém, o pessoal e o estrutural se entrelaçam de tal forma que no pessoal há cotas de atuação do social e este se estrutura com nossa participação também. No horizonte do processo da conversão, o pecado aparece como barreira, como obstáculo que dificulta a volta àquele que nos criou. 3. Importante é conceber a conversão como um processo que se atualiza naquele que aceitou pautar sua vida na aventura do seguimento de Jesus. É neste seguimento que vamos ganhando condições de discernir o que é, do que não é a vida no Espírito. O


nas condições históricas de hoje. A conversão é este movimento de volta que a gente assume a cada dia, com novo vigor, quando se toma a decisão de viver no Espírito. (veja quadro abaixo)

poeta espanhol Antônio Machado dizia: "Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar". É assim com a conversão. Não há nada pronto de antemão. Seguindo Jesus, vamos recriando sua prática

a)" Voltar-se cada dia para Aquele que nos fez, Aquele que nos chama, nos habita, nos inspira, nos convoca ... b) Voltar-se cada dia com uma atitude de acolhida aos irmãos, sobretudo os mais pobres, os perseguidos, os menores ... c) Voltar-se cada dia para nós mesmos, para nossa 'base' pessoal, para a profundidade, para a opção fundamental, para as decisões e convicções sobre cuja rocha se alicerça nossa vida, para cultivar as raízes que alimentam nossa vida. d) Voltar-se cada dia para com uma renovada decisão para a causa de Jesus ... ".* V IGIL, José Maria e CASALD ÁLI G A Pedro em "Espi ri tualidade da Libertação", coleção Teologia e Libertação- Ed. Vozes, São Paulo, 1993.

4. Assumir a conversão como processo na vida matrimonial

dos que nos pesam na travessia. Aliás, ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença não quer dizer exatamente isto? Partilhar o que é bom e carregar juntos o peso do dia-a-dia. Assim, a conversão vai se tornando para o casal um processo mais amplo, mais envolvente. Casal cristão tem, além disso, a obrigação de ir-se constituindo em família aberta às realidades maiores e que excedem os limites da igreja doméstica. Os filhos na vida do casal, os próprios e os adotivos, são ocasiões de ouro que

deve ser um marco essencial na construção da conjugalidade. Aliás, conjugalidade também é processual. Todo casal se faz matrimônio e se faz família na caminhada. Recomeçar, voltar, perdoar, orar, compreender e tantas outras atitudes são elementos constitutivos tanto do processo de conversão quanto do de conjugalidade. Para o casal, a conversão, além do insubstituível aspecto pessoal, tem uma forte carga de ajuda mútua, de carregar em comum os far37


busca de uma ascese, isto é, de um exercício prático que leve à efetiva realização das virtudes cristãs, à plenitude da vida no Espírito. Para isto, elas contam com três pistas concretas: a oração conjugal,

Deus lhes concede para evitar todo e qualquer fechamento egoístico. Eles também fazem parte do processo de conversão do casal. Aliás, muitas vezes, são também fontes de controvérsias. Mais que lógico que sejam incorporados no processo de conversão. Mas o casal cristão não pára aí. Ele inclui também outros círculos que vão se formando ao longo da vida familiar. O casal cristão é chamado a fazer sua experiência de total envolvimento no mistério da graça. Essa aventura o vai transformando em místico. E todo místico autêntico se faz rnistagogo, isto é, conduz outros ao mistério, à experiência que dá sentido à sua vida. Fazer ascese não pode mais significar fugir do mundo, mas mergulhar na realidade em que vivemos para, nas entranhas da sociedade, com toda sua complexidade, encontrarmos sinais daquele que fez todas as coisas.

a regra de vida e o dever de sentar-se.

"Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu lá fora a procurarVos! Disforme, lançavame sobre estas formosuras que criastes. Estáveis comigo, e eu não estava convosco! Retinha-me longe de Vós. Porém chamastes-me com uma voz tão forte que rompestes a minha surdez! Cintilastes, brilhastes, e logo afugentastes a minha cegueira! Exalastes perfume: respirei-o suspirando por Vós. Tocastes-me, e comecei andar no desejo da vossa paz." (Santo Agostinho)

5. O casal equipista tem, por fim, no aprofundamento de sua espiritualidade, a força motriz de sua existência como casal, como família, como cristãos. Os meios, o Movimento das Equipes de Nossa Senhora oferece. Neste ano de 1998, de maneira especial, para que os casais possam entrar em sintonia com a caminhada da Igreja no Brasil, e mais particularmente com o Projeto de Evangelização Rumo ao Novo Milênio, as equipes estarão vivendo seu processo de conversão e de conjugalidade, à luz do Espírito Santo, na

Pe. Manoel Godoy Sacerdote CE Região Centro-Oeste 38


Ordenaçíío Sa-rdotal "Quem hei de ensinar? Eis-me aqui Senhor" (ls 6, 8).

~

No dia 21 de dezembro de 1997, pela imposição das mãos do Bispo Diocesano Dom Paulo Moretto, na sua cidade natal, Nova Roma do Sul/RS, foi ordenado padre diocesano o Diácono Roberto Carlos Fávero. O padre Fâvero, ainda diácono, já era Conselheiro Espiritual da

'

Equipe de Nossa Senhora do carrno, Setor Serra da Região Rio Grande Sul. Foi do uma cerimônia muito marcante para a diocese de Caxias do

Sul e muito mais para a equipe que estava encerrando sua caminhada de pilotagem e, no dia 17 de dezembro, tornava-se a mais nova integrante do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, no Setor Padre Fávero está atuando na paróquia São Pelegrino, na cidade Serra. de Caxias do Sul, coordena o Ensino Religioso e a Catequese na cidade e é muito querido pelos jovens. A ele os votos de que sua missão possa ser exemplo e testemunho para todos os que têm a

Marilda e Ronei ------------------------~~~------------------CR Setor Serra/ RS

felicidade de conviver com sua alegre pessoa.

I

Faleciment Lembremo-nos em nossas orações d OS ' os nossos irmãos lolecidos' I

a. Osvmdo Vieira Vaz d D

97 b Equipe r , N. Sra. da S~ú~e -o;a orto Alegre/ RS . ·Jose Roberto de D no d1a 14.06. Equipe 05 - N S eus, rklAmália . 1

dia 08 d e ma1o . · de ra.1998. Auxd1adora - Mogl. das Cruzes/ SP. c U 'no

.

d.

go Francisco Bro

Equipe 19- N S etto, da Yone di a 23 · ra. de de 1998. Todos os povos - Porto Alegre/ RSI no . d e março ~en_tra,

do Ernandes

qu1pe 01 - Joao - pessoa/PB no d' e. lná, do Noé la 14/03/97 I

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Equipe 20-C- Recife/PE no dia . 12/10/97 I

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I I


6o• /

.~

Jubileu de Ouro/ Sacerdotal / As equipes de N. Sra. da Saúde e N. Sra. do Imaculado Coração participam o Jubileu de Ouro Sacerdotal do Cônego Oscar Nelson Selbach, Sacerdote Conselheiro Espiritual das duas equipes, ocorrido em 30 de novembro de 1997 · A comemoração contou com uma intensa programação, iniciando-se com uma novena em honra da Padroeira N. Sra. da Saúde, culmin,ando com a celebração da Santa Missa na Igreja onde é pároco há 35 anos e SCE há mais de 20 anos. Estiveram presentes o Bispo Dom Tadeu, vários sacerdotes, familiares e grande número de pessoas e líderes comunitários. A animação da Santa Missa esteve a cargo do coral Massolin Di Fiori e um grupo de 50 crianças da Catequese da Primeira Eucaristia, portando velas acesas e vestidas de branco, formou o bolo vivo em comemoração aos 50 anos de vida consagrada, dedicad~ a Jesus Cristo e a sua IgreJa em prol do Reino de Deus. Um fraternal abraço e que a Paz de Cristo sempre o acompanhe!

Aniversário de Ordena!ão Sacerdotal O Cônego Pedro Rio Branco, de Jaú/SP, o mais antigo conselheiro espiritual em atividade no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, no Brasil, comemorou no dia 31 de julho do corrente, o seu 60° aniversário de ordenação. Parabéns Cônego Pedro! Receba os cumprimentos e o reconhecimento de todos os casais equipistas do Brasil.

Expansão do Movimento

I

• Equipe 08 Nossa Senhora da Glória Guaratinguetá, SP

Oriundas de Experiência Comunitária • Equipe 82 Nossa Senhora de Fátima Setor O_ Rio I, RJ • Equipes da R~gião São Paulo, Capital : · q. N. Sra. dos Prazeres . Eq. N. Sra. das Grandes G . Eq . N. Sra. da Paz raças . Eq. N. Sra. do Campo lim o . Eq. N. Sra. de Fátima do CP. L'rmpo • Equipes de Campo Grande MS . Eq. 07 . N. Sra. da Paz , . ~q. 13 . N. Sra. das Famílias · q. 14 · N. Sra . de Lourdes : ~q. J~ · ~- Sra. da Rosa Mística . E~: 17 _" N.· i:~· dos Navegantes

Lurdes e Clemir CRS"C" Porto Alegre, RS

Imaculada Conceição

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Maria: Feliz Porque Acreditou a criatura humana, cheia de fé, inteiramente aberta e disponível aos desígnios de Deus. Ela acolheu o anjo do Senhor e disse "Sim" ao anúncio e ao convite que o anjo fez para ser a mãe do Salvador. Ela visitou Isabel, sua prima, grávida da gravidez mais santa que houve sobre a terra. Ao saudar Isabel, ela exclama: "Feliz porque acreditou" (Lc 1, 45). Maria, então, reconheceu a maravilha que Deus estava preparando nela e se encantou, e cantou e encantou também aqueles que ouviram e ainda ouvem: "A minha alma louva grandemente o Senhor, porque olhou para a humildade de sua .....__ serva" (Lc 1, 46b;48a). 3. Quando Jesus nasce, diz Lucas, alguns pastores, avisados pelo anjo do Senhor, foram ver o menino e contaram tudo o que o anjo lhes tinha dito. Entre os ouvintes maravilhados estava a própria mãe, Maria, que "contudo conservava cuidadosamente todos esses acontecimentos e os meditava em seu coração" (Lc 2, 19). 4. José e Maria levaram Jesus ao templo para ser apresentado. E lá o velho Simeão e a profetisa Ana falaram grandes coisas do menino. E Lucas acrescenta: "O pai e a mãe estavam admirados com o que diziam dele" (Lc 2, 33). 5. Mais tarde, quando Jesus completou doze anos, subiu ao templo de Jerusalém com seus pais, e lá ficou, entretido com os mestres e as

aria é a mãe de Jesus, é a mais santa entre todas as criaturas e a mais materna entre todas as mulheres, é a mãe de todos nós. Mãe de todos os cristãos, mãe da Igreja, mãe dos pobres, dos humildes, dos equipistas. Quanta inspiração, quanta poesia, quanta nobreza a figura de Maria provocou nestes dois mil anos depois de sua humilde passagem pela terra. Há milhares de canções, escritos, ladainhas, orações, igrejas, pinturas, esculturas, ruas, cidades, associações, festas, tantas e tantas lembranças de Maria. Por quê? Por ela ser nossa Mãe. Além de nossa, de Jesus, mãe do próprio Deus. Todos nós gostamos e veneramos nossa mãe, gostamos de estar em sua presença e ouvir sua voz, olhamos com ternura filial seu retrato. Neste ano queremos ver como Lucas nos apresenta Maria.

M

M aria vista no Evangelho de Lucas 1. No início do Evangelho, Lucas nos diz que fez uma cuidadosa investigação de tudo, desde o princípio (Lc 1, 3). E nos dois primeiros capítulos de seu Evangelho, Lucas deixou um retrato de Maria tão bela e delicada, que acabou por ser chamado "o pintor de Maria". De fato, Lucas deixou impressa na tinta de seus escritos, sobretudo, a alma cheia de Deus que foi Maria. 2. O traço principal do retrato de Lucas pode ser dito assim: Maria é 41


Ela é a primeira entre nós, os que acreditam em Deus. Ela está junto de nós, do nosso lado, como a primeira a olhar para Deus, no mundo, começando por ela. Como mãe, ela dá o exemplo; como mulher, ela é a mais bendita; como criatura ela é mais formosa: representa a humanidade toda diante de Deus. 7. Para confirmar tudo isso, Lucas nos reservou mais uma surpresa no outro livro que ele escreveu, os Atos dos Apóstolos. Por ordem de Jesus, os discípulos se reuniram em novena, para receber o Espírito Santo, o que aconteceu no dia de Pentecostes. Nesses dias de começo da Igreja, diz Lucas: "todos, unidos de alma, perseveraram na oração, com algumas mulheres, entre as quais, Maria, a Mãe de Jesus" (At 1, 14). Maria está então entre as "colunas" da Igreja, os apóstolos. Ela que foi a primeira cristã e a mais cheia de fé e de graça. Assim como tinha recebido o Espírito Santo para gerar Jesus, o Filho de Deus, recebeu depois o mesmo Espírito Santo para começar a Igreja, passando de "Mãe de Jesus", Mãe de Deus, a ser "Mãe da Igreja". Ela é a primeira entre nós, está do nosso lado voltada para Deus. Neste ano em que Lucas nos mostra a forma de termos a salvação em nossa casa, deixemo-nos guiar pela mãe, sentindo sua proteção. Assim seremos verdadeiros equipistas, motivados ao novo milênio sob a ação de Maria e do Espírito Santo.

Sagradas Escrituras. Maria e José, depois de reencontrá-lo, recebem aquela resposta: "Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?" Eles, porém, não compreenderam a palavra que Ele lhes dissera" (Lc 2, 49-50). E, no entanto, conservava a lembrança de todos estes fatos em seu coração" (Lc 2, 51). 6. Assim Lucas nos mostra Maria como uma mulher muito humana, humilde e de ouvidos atentos aos sinais misteriosos de Deus. Cada vez, de novo, fica maravilhada, procura conservar, meditar e aprender o que Deus está fazendo nela e em seu filho. Maria é, assim, alguém de grande fé e de grande devoção, pois aprendeu cada vez mais a acreditar.

Frei Clair Zampieron Conselheiro Espiritual Área Litorânea, RS 42


Regra de Vida e a Segunda Conversá~/ esus convida à conversão:

situação de momento; rezar para compreender em que sentido Deus quer que nos desenvolvamos e aí determinar pontos bem precisos sobre os quais direcionaremos nosso esforço.

J

"Cumpriu-se o tempo e o rei no de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho" (Mc.l, 15). Este apelo a Igreja dirige, em primeiro lugar, aos que ainda não conhecem Jesus e seu Evangelho. Mas este apelo também se dirige aos cristãos para a segunda conversão, a exemplo da conversão de São Pedro após a tríplice negação de seu Mestre. Eu diria que a Regra de Vida é exercício da Segunda Conversão, pois a definição da Carta das equipes diz: "A Regra de Vida não é

Co111o Escolher a Regra de Vida Reflita e faça uma lista concreta; pense em esforços pequeninos que se repitam a todo momento, que se colocam sem cessar em confronto com seu orgulho, preguiça, impulsividade ... vícios, de que é preciso libertar-se. Pense em coisas que é preciso "treinar, exercitar" para cumprir bem as tarefas ordinárias e coisas, gestos, atitudes, virtudes cristãs que você pratica com a graça de Deus e é preciso alimentar... Depois de refletir e elencar, tome a decisão de "adotar, fixar, revisar", como regra de vida. Em suma: refletir em elencar nos três aspectos: a) coisas para se libertar; b) coisas para exercitar; c) coisas para alimentar. Esses itens querem dar a idéia de continuidade (adotar, fixar, revisar) de um trabalho perseverante para alcançar a perfeição e viver na dinâmica da segunda conversão.

outra coisa senão a determinação de esforços que cada um pretende se impor para melhor responder à vontade de Deus sobre si". A Conversão pressupõe que Deus nos conceda um novo coração, e isso é dom de Deus. É a graça de um novo começo. Deus volta-se ao homem para que este se volte a Deus. Portanto, nossa conversão sempre tem sentido de resposta à graça reconciliadora de Deus. A R egra de Vida deve ser esse exercício de resposta à graça de Deus, uma segunda conversão; por isso é preciso "determinar esforços" para melhor responder à vontade de Deus sobre nós.

Co111o deter111inar esfo~os

Padre José Roberto de Araújo Sacerdote Conselheiro Espiritual J undiaí, SP

É preciso conhecer-se bem e em profundidade, refletir, analisar a 43

i)

~.


I ="I A respeito do artigo "FELiz/ 1999" da CM de abril/98 -Não

dindo a publicação de ofertas de emprego, ajudas a instituições beneficentes, a pessoas doentes, etc. Tendo em vista os objetivos específicos da Carta Mensal e que tal tipo de solicitação terá melhor resultado prático se Jeito em nível local, a sugestão é que se verifique em cada Setor/Região se há conveniência ou possibilidade de se utilizar o boletim do setor ou da região para esse tipo de finalidade.

gostaria de mencionar exemplos de outras "Igrejas ou Facções", mas a minha experiência como Selecionador de Pessoal, que já fui, e, hoje, desempregado. Acredito que se cada Setor, em cada cidade, tivesse uma Central de Empregos e que os empresários dentro das Equipes, antes de partir para um anúncio de jornal, desse a oportunidade à Central de Emprego de sua cidade, nossos desempregados seriam bem menos do que hoje. Além de contar com a informação pessoal e profissional, con• - - - taríamos com um melhor conhecimento dos candidatos. Hoje, o que mais se comenta é que "não temos amigos, o que se tem é um colega". A meu ver, isso é irônico, desleal. Vamos pensar no melhor, vamos agir rápido, o tempo não espera! Como sugestão: que os Setores se mobilizem e comecem a agir rápido. Sou voluntário!

I ="I kadecimento- Gostaria de agradecer à equipe da Carta Mensal que atendeu meu pedido, colocando desenhos na edição da mesma. Gostaria também de ressaltar o desenho sobre Conjugalidade do mês de Junho. Simplesmente lindo.

B Heloísa (do José Luis) Equipe3 Nossa Senhora Aparecida Barbacena, MG

~dalberto (da Leila) Equipe 04- Manaus, AM

I ="l .l ongratulações- Não posso deixar de congratular-me com Sônia Cano e Ernesto (da Maiza) pelos belíssimos artigos que produ-

Nota da Redação : Tem sido grande o número de correspondência pe-

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~rabenizando

mília - Existem dores que não se curam apenas com pomadas. O amor de Deus e a presença da família aceleram o processo de cura. Pensando nisso, estamos colocando à disposição, em Curitiba, uma residência para acolher os familiares do paciente enquanto esse permanecer em tratamento hospitalar. Para informações contatar fone: (041)266.5141 e fax: (041)-267.-2775

o Pe. Mário pela brilhante defesa de tese, já noticiada em artigo desta carta, transcrevemos parcialmente as palavras dos membros de sua equipe 26: "A experiência de tê-lo como pastor nos tem permitido conhecer e refletir sobre a verdadeira caminhada ao Reino de Deus. Além de preparar o caminho nos momentos de tropeço e dificuldade, nos acolhe como irmãos, sempre a frente, com os exemplos de Cristo e ações de vida. Autêntico, companheiro, muito sensível às dificuldades humanas, chega a igualar-se a nossas fraquezas, para que possamos entender e encarar a verdadeira participação na comunidade". "A educação básica recebemos na fanu1ia, a cultura na escola, mas a educação da Sabedoria Divina veio até nós através do seu coração temo, mente vigorosa, palavras proféticas e ação corajosa como oleiro desta construção. Parabéns, Educador, Mestre, Homem de Fé".

fa Terezinha e Daniel Equipe40 N. Senhora da Fraternidade Curitiba, PR

faEquipe 26 Nossa Senhora da Rosa Mística SetorB Ribeirão Preto, SP

ziram: "Oração pelas Mães" e "Dona de Casa", pela forma magistral com que se referiram às "mães esquecidas" e às "mães, esposas, filhas e irmãs que são donas de casa e cujo trabalho é estafante, eterno e monótono, e que só é notado quando mal ou não feito" . PARABENS!

fa Leonardo (da Nazareth) Equipe I Nossa Senhora de Nazaré Manaus,AM

~asa de Apoio Sagrada Fa-

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Dom Lucas no Vaticano / Dom Jaime na CNaa·/ o dia 25 de junho do corrente ano, o cardeal-arcebispo de Salvador/Bahia, Dom Lucas Moreira Neves, foi nomeado pelo Papa João Paulo 11 para presidir, em Roma, a Congregação para os Bispos. Segundo palavras de Dom Luciano, esta nomeação é sinal da grande confiança do Santo Padre na pessoa do nosso Cardeal-Primaz, que é também o presidente da CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Dom Lucas assume o cargo de Prefeito da Congregação para os Bispos em substituição ao Cardeal

Bernardin Gantin, que vinha exercendo essa função deste 1984. Dom Lucas já havia tido notável experiência de trabalho como vice-presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, nos anos de 1977-1979 e na própria Congregação, para a qual foi nomeado Prefeito, exerceu as funções de Secretário de 1979 a 1988. Em assim sendo, esses trabalhos anteriores na Santa Sé permitiu-lhe um grande e universal conhecimento dos problemas da Igreja nos diversos continentes, assim como manter um contato pessoal e direto com a quase totalidade dos senhores Bispos. Dentro dos setores da administração da Cúria Romana, mormente sob o pontificado de Sisto V, no século XVI, foram organizadas as chamadas Congregações, que são setores adrninistrati vos para melhor atender as numerosas e complexas questões que ali são apresentadas. E o Código de Direito Canônico, promulgado em 1917 e novamente em 1983, encontra-se a regulamentação das Congregações. Mais tarde, a 28 de junho de 1988, o Papa João Paulo 11 estabeleceu as normas atuais do funcionamento dos organismos da Cúria Romana. Ali funcionam nada menos que nove Congregações, quais sejam: para a Doutrina da Fé, para as Igrejas Orientais, para o Culto Divino e a Disciplina Sacramental, para

N

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outros misteres, a constituição de novas dioceses, das prelaturas pessoais, dos concílios particulares, das conferências episcopais e a nomeação de Bispos. É de sua competência ainda organizar as visitas "ad limina" que devem os bispos fazer periodicamente ao Santo Padre para apresentação dos relatórios qüinqüenais de suas dioceses. E, por fim, desde 1958, o Prefeito desta Congregação tem também por função presidir a Comissão Pontifícia para a América Latina. Este, portanto, é um momento de grande alegria para a Igreja no Brasil e de apresentarmos nossos cumprimentos a Dom Lucas por sua dedicação e serviço e por este chamado a prestar conselho e colaboração direta ao Papa e estender seu zelo pastoral ao mundo inteiro. Não menos alegre é referir que, mercê da ida de Dom Lucas para o Vaticano, teve lugar a escolha de Dom Jaime Chemello, bispo de Pelotas/RS para o cargo de Presidente da CNBB, tendo agora como vice-presidente Dom Marcelo Cavalheira, arcebispo da Paraiba. Que Deus derrame suas bênçãos sobre os nossos queridos pastores para que, nesses vários campos de serviço à Igreja de Jesus Cristo, possam conduzir com segurança o rebanho que Deus lhes confiou.

Este é um momento de grande alegria para a Igreja no Brasil e de apresentarmos nossos cumprimentos a Dom Lucas por sua dedicação e serviço e por este chamado a prestar conselho e colaboração direta ao Papa e estender seu zelo pastoral ao mundo inteiro.

a Causa dos Santos, para os Bispos, para a Evangelização dos Povos, para o Clero, para os Institutos de Vida Consagrada e para a Educação Católica. Sobre a importância da Congregação dos Bispos, explica Dom Luciano, que ela é de fundamental significado, pois lhe compete, entre

Extraído da coluna de D. Luciano Mendes de Almeida Jornal Folha de São Paulo, edição de 27106/98

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Súplica pelo Conselheiro de Equipe enhor Jesus Cristo que, como bom Pastor das nossas almas, vos dignais habitar entre nós, no Santíssimo Sacramento do altar, de Vosso tabernáculo derramai graças sobre o nosso bom pastor, o Conselheiro Espiritual de nossa Equipe.

S

Conceda-lhe o Vosso misericordioso coração, todas as graças de que precisa, para a nossa e sua própria santificação e salvação. Vele sempre com paternal dedicação pelas ovelhas que lhe foram confiadas pelo Espírito Santo. Abençoai-o, quando na oração levanta a mente para Vós. Abençoai-o quando nos prega a Vossa Santa Lei. Abençoai-o também, quando, no desempenho de seu ministério de sacerdote, trabalha pela salvação das almas. Fazei que seja sempre desvelado pastor, segundo o Vosso divino coração, que consagre inteira e constantemente sua vida, o melhor de suas energias e de seus talentos, ao fiel cumprimento de sua nobre missão e dos deveres inerentes ao cargo, a fim de que, no dia em que vierdes a julgar rebanhos e pastores, nós sejamos sua alegria e sua coroa e ele receba das mãos divinas a coroa incorruptível da vida eterna. Assim seja.

Colaboração da Equipe 01 Nossa Senhora Auxiliadora- Setor B Fortaleza, CE

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MEDITANDO EM EQUI PE O Evangelho de Lucas (4,14-9,50) apresenta -nos Jesus como o Salvador que vem com a força do Espírito para salvar não apenas a nossa alma, mas a nossa realidade humana como um todo . Para os de seu tempo, o espantoso era que ele fosse um homem como os outros, "filho de José" . Como Jesus, toda a sua Igreja é enviada, com o poder do Espírito, para salvar a realidade humana, levando-a para a fraternidade e de volta para Deus .

... .. .. ... ..... . . .... . . ...... . .....

Leitura: Evangelho de Lucas 4,1 4-22 • • • • •

Ou ai é a minha missão pessoal, ou as minhas missões de salvação? Deixo-me guiar totalmente pelo Espírito Santo? Sei distinguir as inspirações do Espírito Santo? Como vou agir no futuro? Louve, agradeça, peça, decida .

........ .. ..... . .... .. .. . .. .... .. ... .. ... Ora~ão

litúrgica:

A Alegria da Salvação (Isaías 61, 10-11) "De todo o coração, alegro-me no Senhor! A minha alma exulta em meu Deus, pois revestiu-me dos trajes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça, como noivo que se adorna com diadema, como noiva que se enfeita de jóias. Sim . Como a terra faz germinar as plantas, e o jardim faz germinar suas sementes, assim o Senhor Deus faz germinar a justiça e o louvor diante de todas as nações" .

.. . .. .. . .. . . . .. . .. .. .. .... . ... .. . . Pistas para a "regra de vida " • A regra de vida deve ser adequada, realista, persistente . • Tente cada um apontar por escrito suas próprias falhas e as do outro . Troquem depois os papéis e, a sós e em clima de oração, leiam o que o outro escreveu . • Num "dever de sentar-se" conversem sobre o que descobriram . • Cada um estabeleça sua regra de vida, os meios e os mecanismos de controle que irá usar.


PRIORIDADES DO MOVIMENTO DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA • Vida de Equipe •

Forma~ão

• Comunica~ão •

Presen~a

no Mundo

• Pastoral Familiar • Experiência Comunitária

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone : {011) 256 .1212 • Fax: (011) 257 .3599 E-mail: equipes@virtual-net.com.br


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