EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°348 • Setembro/1999
EDITORIAL .... .. .......... .. .... .. ........ .. O1 Ap ena s uma Pequena Gota ......... O1 Carta do Conselheiro da ECIR ..... 02 EC IR ........................................... 03 A EC IR Co nversa com o Pai ......... 03 VIDA NO M O VIMENTO .............. Sessão de Formação ............ ....... O Senti do Cristão do Sigilo .. , .... .. M uitos São os Dons, Porém um Só o Espírito ............... Sessão de Formação ................... Instalação da Nova Região ......... Mini Retiro com os Filhos .... .. ....... Pilotagem ........ .. ....... .. ................
05 05 06 07 08 09 1O 11
Catequese Rumo ao Novo Mi lênio .. .......... ... .......... 23 SO LIDARIE DADE ................ ......... 24 Solidariedade, no Âmago do Problema .... .... ...... 24 ENCONTRO S INTERNACI O NAIS 26 1959, Mil Casais em Roma ......... 26 TESTEMUNHO ........ .. ... .... .. .. ....... 29 Padre Roger Tandonnet ........... .. .. 29 Nossos Últimos Momentos .......... 31 É Bom Servir .... ........................... 33 Pingos nos "is" ........ .................... 34 NOTÍC IAS E INFORMAÇÕES ....... 35
MARIA .. ......... .. .. ......... ...... .... ...... 12 Eles Também Gostam de Maria .... 1 2 MÊS DA BÍBLIA .... ............ .. .... ...... 14 Parabéns a Você! Obrigado Senhor! ................ .. ..... 1 4 Leitura O rante e Diária da Bíblia .................... .. ..... 16 PCE'S .......................................... 18 Algumas Coisas Que Faltam ....... 18 FORMAÇÃO ........ ...... ...... .. ......... 20 Eventos ................ .... ... ..... .... ....... 20 Movimentos .............................. .. 22
ORAÇÃO .................................... 38 Rosa Mística do Amor ................. 38 Prece da Maturidade ................... 39 REFLEXÃO .................................. 40 O Paradoxo de Nosso Tempo ...... 40 A Igreja Doméstica ..................... 42 O Rabino de Rovidok .................. 43 A Fábula da s Três Árvores .. .... .. ... 44 Um Novo "Novo Mil ênio" ........... 45 Cometa e Estrelas ....................... 46 PALAVRA DO LEITOR .......... .. .... .. . 48
Carta Mensal é uma publicação mensal da'i Equipes de Nossa Senhora
Wilma e Orlando S. Mendes Pe. Flávio Cavalca de Casuv, CSsR (co ns. espiritual)
Alessandra Carignani
Canas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens de~·em
Capa:
ser e11viatlas para:
Edição: Equipe da Carta Mensal
Jornalista Responsável:
Dorival Moreira Lucinda
Silvia e Chico Pontes (responsáveis) Rita e Gilberto Canto Maria Cecília e José Carlos Sa/es
Cathe1ine E. Nadas (mlb
Diagramação:
19835)
Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Produções
Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres, 931 - SP Fone: (011) 3873. 1956
Impressão:
Edições Loyola R. 1822, 347 Fon~: (011) 6914.1922
Carta Mensal
R. Luis Coelho, 308 5° antlar . conj. 53 O1309-000 • Süo Paulo - SP Fone: (011) 256.1212 FtLr: (011) 257.3599 carramensa/@en.Lorg.br
Tiragem desta edição: 13.300 exemplares
A/C Silvia e Chico
Apenas uma Pequena Gota· I~~
Olá, gente amiga!
Uma simples gota de chuva perdida na imensidão. Na imensidão da terra, ou do mar, na imensidão das matas ou das muitas coisas grandiosas quando comparadas ao seu tamanho: apenas uma pequena gota. Porém, se a gota não se derramasse vertíginosamente na caída da chuva, ou após o espreguiçar teimoso, pendurada nos talos da vegetação, não pudesse chegar delicadamente ao seu destino, a terra já não seria tão fértil, nem o rio tão caudaloso, nem o mar tão solene. Enfim, apenas uma pequena gota disposta a cumprir o seu papel: cair e dar vida! É interessante quando, celebrando este mês da Bíblia, e colocando-nos em atitude de escuta, descobrimos que a Palavra de Deus é como uma gota da chuva que cai, que não volta ao céu de onde proveio sem cumprir a sua missão de fecundar o terreno pretensioso do nosso coração. E onde ela cai floresce a vida! Será que não há espaço para cada um vivenciar mais profundamente a Escuta da Palavra? Vê-se com que facilidade e com que sem-cerimônia as gotas se unem entre si, formando pequenos filetes d'água, que, felizes por seu encontro, deslizam céleres rumo ao seu destino. E assim se pode sonhar que cada nova edição da nossa Carta Mensal seja instrumento de unida-
li
de, de encontro e de comunhão dos equipistas, que se atraem pelo mesmo ideal de serem gotas de água viva dispostas a cair e se unir para irrigar o deserto de um mundo tão desesperançado. Gotas de sabedoria derramadas pelos artigos da seção Formação, gotas de alegria quando nos deparamos com a Vida no Movimento sempre fervilhante de realizações, gotas de comprometido esforço da descoberta da mística e da vivência dos Pontos Concretos de Esforço, gotas de ação de graças diante das Notícias e Informações, gotas de gratidão a ...__ Deus na Seção de Oração, do Meditando em Equipe, gotas, enfim , que respingam das cotidianas chuvas do Norte ou das esperadas chuvas do Nordeste, gotas que vem carimbadas pelos equipistas das planícies centrais, que caminham do Sul ou do Leste, formando o manancial que esta Carta Mensal espalha de volta a você de todo o Brasil. A nossa Carta Mensal sem você também é apenas um pequena gota. Junte-se a ela e veja a maravilha que é chover juntos. Desejando a todos uma feliz e proveitosa leitura, deixamos, como de costume o nosso mais caloroso abraço. Com todo o nosso carinho,
Silvia e Chico, CR da CM
Carta do Conselheiro da ECIR Queridos Casais e Conselheiros Espirituais! Paz e Bem! Neste nosso encontro mensal, gostaria de partilhar com vocês o editorial do "Equipista" de junho/99 dos setores de Ribeirão Preto, pois acredito ter sido momento privilegiado na vida de uma das equipes da qual sou Conselheiro Espiritual. "As reflexões foram decorrentes do estudo do tema do Capítulo 3 do 'Ele está no meio de nós! ' Algumas bem-aventuranças do Casal: • "Bem-aventurados os casais unidos no amor, porque são presença de Deus no mundo. • Bem-aventurados os casais que se deram em matrimônio conscientes de que este sacramento lhes confere graças especiais, porque podem valer-se delas para melhor se conservarem fiéis um ao outro e aos filhos. • Bem-aventurados os casais que dialogam, porque conhecendo-se cada vez mais um ao outro, podem aj udar-se mutuamente. • Bem-aventurados os casais que, assumindo seu Batismo e seu Matrimônio tomam-se casais missionários, porque neles o Senhor se alegra e deles colhe frutos. • Bem-aventurados os casais que se unem para orar ao Senhor, porque sendo dois a orar, Jesus está entre eles. • Bem-aventurados os casais que recebem e amam os filhos que
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Deus lhes confiou, saudáveis ou especiais, social ou moralmente doentes, porque assim também somos nós, imperfeitos, e nem por isso menos amados pelo Pai. Bem-aventurados os casais que vestem de ternura o relacionamento de seus corpos porque neste abraço estão humanizando e aprofundando mais seu amor. Bem-aventurados os casais que se solidarizam com os necessitados, porque assim agindo põem-se ao lado de Cristo na construção do Reino. Bem-aventurados os casais que constróem sua casa sobre aRocha-Cristo, porque ela jamais desmoronará sob as tempestades da vida. Bem-aventurados os casais abertos à hospitalidade para com seus irmãos, porque um dia também se hospedarão na casa do Pai."
Pensem na riqueza e profundidade das palavras acima ! Foram reflexões que nos desafiam a continuar na caminhada." Vocês estão vivendo essas bem-aventuranças? Que tal ser um roteiro para o Dever de Sentar-se este mês ?
Abraços e orações,
Pe. Mário José Filho, css ECIR 2
-A ECIR Conversa com Vocês "Aprouve a Deus fazer habitar Nele toda a plenitude e tudo reconciliar por meio Dele e para Ele, na terra e nos céus tendo estabelecido a paz pelo sangue de Sua cruz".
(Colossenses 1, 19-20) Reconcilia~ão e dever de sentar-se
Caros amigos, a paz de Jesus!
Estamos no mês de setembro, mês da Bíblia. Iniciamos destacando uma passagem bíblica que nos fala da reconciliação que Jesus veio nos trazer a preço bem alto: seu sangue derramado na cruz. Também queremos colocar em evidência, neste mês, a Palavra de Deus que nos tem reconciliado a cada dia ao fazermos a nossa Escuta da Palavra e Meditação, incluindo aqui os demais PCEs. O PRNM deste ano dedicado a Deus Pai e a Caridade, fonte do amor eterno, mostrado na Parábola do Filho Pródigo, é o tempo de experimentarmos o amor do Pai no Sacramento da Reconciliação, que tem de especial o mistério da piedade de Deus, da misericórdia, e da compaixão, que nos dá a possibilidade da reconciliação. Ele tem uma graça própria, que dá condição de nos ver melhor, de ver o outro melhor, e o outro, no matrimónio, é o cônjuge; dá condições de nos entusiasmar para superar, corrigir. 3
O Dever de Sentar-se, a que o Movimento deu ênfase, neste ano, como espaço para exercer a caridade em casal, família, equipe, Igreja e mundo, é o momento propício de preparação para o Sacramento da Reconciliação. Esta proposta do projeto foi levada aos EACREs e cabe a nós a concretização daquilo que foi apresentado: priorizar compromissos, conciliando os decorrentes da função de Casal Responsável de Equipe com os compromissos profissionais, sociais, responsabilidades familiares etc. O Dever de Sentar-se deve estar na linha prioritária desses compromissos. Ele é específico nosso. Falamos de nós, e, naquele momento as palavras são ouvidas, os gestos acatados, os sentimentos verba-
lizados, nossa conjugalidade valorizada, o amor demonstrado, Regra de Vida estabelecida, isso tudo não pode ficar só nas boas intenções ou só em projetas. É tão pouco o que se precisa para reconciliar o espírito: na Escuta da Palavra e Meditação, Deus é refrigério; no Dever de Sentarse é o cônjuge, que nos fala algo de bom, de belo, de confortador, de esperança, de amor. Quando as palavras fazem morada em nós, descobrimos que, mesmo vivendo tudo em casal, sem estes momentos, o nosso coração se torna morada da solidão e, coração só, fecha-se para o outro, cria barreiras até para Deus, não se reconcilia, impede a nossa conversão. O Dever de Sentar-se é a chave do coração, quebra barreiras e o Deus da vida encontra lugar junto do casal. Nas palavras do cônjuge estão contidas sementes de vida. Nelas mora a alegria, como na semente mora a flor. A palavra do nosso cônjuge é uma seara preciosa em que encontramos a força que vence a solidão; nela nos abrimos para Deus. O preço da reconciliação pago por Jesus vai se amenizando em cada Dever de Sentarse e vamos convertendo-nos, fazendo jus ao amor misericordioso do Pai que é o Deus reconciliador. Missão cumprida, projeto concluído, Terceiro Milénio com a paz estabelecida, Palavra de Deus plenificada. Abraços.
O Dever de Sentar-se é a chave do coração, quebra barreiras e o Deus da vida encontra lugar junto do casal.
Rosinha e Anésio ECIR 4
Sessão de Forma~ão Nível I - Região São PAulo Centro 11 a nossa alegria, aconteceu, os dias 24 e 25 de abril prómo passado, mais uma Sessão de Formação Nível I, em nossa Região São Paulo Centro II, desta vez em Piracicaba, nas dependências do Centro de Pastoral da Igreja Matriz Imaculada Conceição, com a colaboração dos Setores A e B desta cidade. Participaram 24 casais, pertencentes às Regiões S. Paulo Centro II, III e IV, tendo como pregador o SCE da Equipe Nossa Senhora da Luz - Setor B de Piracicaba, padre Claudinei Souza da Silva, diocesano, com apenas quatro meses de sacerdócio e dois meses como Conselheiro Espiritual de Equipe. Cremos ser ele, atualmente o mais novo SCE a pregar uma Sessão de Formação para as Equipes. Padre Claudinei, mesmo com todas as suas atribuições de pároco, não hesitou em atender prontamente o nosso convite, colocandose inteiramente disponível àquilo de que dependesse o sucesso deste Encontro. Os temas abordados foram colocados de maneira clara, objetiva
e sucinta, despertando a motivação e o interesse dos participantes. O clima reinante foi de muita alegria e descontração, inclusive nos momentos de reuniões de grupo e também de plenário, onde adotamos uma dinâmica de dramatização, explorando a criatividade de cada um. Acreditamos que isso possibilitou uma maior conscientização, assimilação e, conseqüentemente, um maior crescimento espiritual para todos, atingindo o objetivo do Encontro. Com este artigo, o nosso objetivo não é apenas de informar o êxito de nossa Sessão, porém, de despertar em outros casais a importância e a alegria de participar deste momento de formação tão forte e valioso que o nosso Movimento propicia para nós, casais cristãos. À medida que conhecemos mais o Projeto de Deus, passamos a vivenciá-lo de maneira mais fiel e verdadeira. Gostaríamos, também, de lembrar aos nossos SCE o papel imprescindível que eles têm na formação de nossas equipes nesta caminhada de Igreja.
Eliana e Aldo, CRR São Paulo Centro II 5
O Sentido Cristão do Sigilo aria "sobe apressadamen- ciso bendizer, abençoar o irmão de te a uma cidade de Judá", equipe, e nunca deixar transparecer porque sua prima Isabel que conhecemos mazelas que ele está no sexto mês de gestação de nos tenha confiado na reunião menJoão Batista. O que acontece entre sal ou fora dela. elas é maravilhoso: "Donde me vem Às vezes, no afã de querer ajuque a mãe do meu Sedar um irmão, uma nhor me visite? Bendiirmã, é possível que se ta és tu entre as muacabe falando demais. lheres ... " diz Isabel A caridade impele-nos (Lc 1, 43.42). E Maa guardarmos sigilo soria: "A minha alma enbre a vida de nosso segrandece o Senhor..." melhante, quer de seus A caridade (Lc 1, 46ss). problemas, quer de Isabel não fica anatos de virtude que ele não queira tornar públisiosa por saber como impele-nos a aconteceu a gravidez cos. Temos tendência de Maria, ou preocua ser repórteres da despada como esta iria graça alheia, mas se guardarmos explicar o acontecido a nos "policiarmos" consJosé ou à sociedade. cientemente, em vez sigilo sobre a Ela se ocupa, antes, em de difundir fatos ou bendizer a Deus e a opiniões indevidas, benprópria Maria. A visidiremos o irmão semvida de nosso ta de Maria a Isabel é pre, porque o Pai Benrepleta de bênção, pe dito o abençoou com a "bem-dizer". adoção de filho de semelhante Nas visitas realizaDeus . das entre nós equipis("Fomos chamatas de Nossa Senhora dos para abençoar!" (a reunião mensal é - convite a ler 1Pe 3, uma visita), este é o 8-12). espírito que deve reinar: o de "bem-dizer". Graciete e Gambim ENS de Guadalupe Bendizer a Deus pelo encontro de amigos/irmãos, pela amizade, pela Casal Responsável Setor A (Extraído de Mensagem busca comum da santidade conjuBoletim Regional das ENS gal com coragem, confiança e caridade. Como Maria e Isabel, é preRegião RS - Mar/mai/99)
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Muitos São os Dons, Porém um Só o Espírito
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ob esta epígrafe, foi organiza do, pela Diocese de Osasco, o seu primeiro encontro de Movimentos e Associações ligados à Igreja Católica. Foi um acontecimento maravilhoso, uma jornada de trabalho onde contamos com a presença sempre transformadora e renovadora do Espírito Santo. Estivemos lá, Equipes de Nossa Senhora. Foi-nos reservado um horário para que expuséssemos, ainda que de maneira muito rápida, o que é o nosso movimento. Foram 12 minutos durante os quais tentamos dar uma idéia da beleza do movimento das ENS. Acreditamos que tivemos algum sucesso. Fomos procurados por inúmeros casais que se interessarann enn nnelhor conhecer as Equipes e, eventualmente, virenn a participar. Pensannos que este encontro foi unn passo nnaravilhoso, no sentido da nnelhor divulgação de nossa Igreja. Quanta coisa que, nnesnno nós que estannos nnais "ligados", desconhecíannos sobre o trabalho de nossos irnnãos! Quanta gente dando testennunho de vida cristã. Que desprendinnento! "Vós sois a luz do nnundo. Não se pode esconder unna cidade situa-
da num monte. Quando se acende um lâmpada, não é para pô-la debaixo do alqueire, mas sobre a luminária e ela brilha para todos os que estão na casa." Nosso movimento tem uma luz intensa, acesa pelo carisma do Espírito Santo. Precisamos mais e mais divulgá-lo. Pensamos que a Diocese de Osasco iniciou algo que não irá mais parar: a divulgação das "luzes" de muitos dos movimentos da Igreja Católica, para que todos tenham seu caminho clareado e a estrada de Jesus iluminada para todo o povo de Deus. Estiveram presentes: Focolares RCC- ECC- Mãe Peregrina- Legião de Osasco - Legião de Cotia - CenáculoKolping- Congregados Marianas- Equipes de Nossa Senhora- Apostolado da Oração - Associação Sagrada Família - EAC - Irmandade do . Santíssimo. Sacramento, Gr. Miser - Neo-Catecumenato, totalizando, com outros movimentos e associações, uma presença de cerca de 700 pessoas.
Belo e Fabiano Equipe N.Sra. da Paz- Setor C Alphaville, SP 7
Forma~ão
Sessão de
Níveii-Astorga
a cidade de As torga, reunin- tistas da fé, através de artesanato do casais equipistas do se- sugestivo, teatros e até poesias e pator D, envolvendo Astorga, ródias. Quem não participou desta Pintangueiras e Munhoz de Mello, Sessão de Formação perdeu muito, realizou-se em abril último, na Cre- com certeza. Dentre os momentos fortes de che João Paulo II, a Sessão de Forliturgia, destaca-se a Via Sacra mação de nível I. O pregador foi o Frei Avelino enfocando os Pontos Concretos de Pertile, de FlorianópoEsforço. lis, que veio nos trazer Agradecemos a Deus por tão grande com sabedoria a cergraça alcançada pelo teza do amor de Deus crescimento das ENS por nós e a orientação segura para a camiem nossa região, após Quem não nhada dos casais rumo 22 anos de caminhada em Pitangueiras e à santidade. participou Através das pala20 anos em As torga, e por termos aqui, bem vras abordando os teao nosso alcance, tão mas que o Movimendesta Sessão importante evento, tão to propôs para as Sesvalioso instrumento de sões de Formação, de Formação evangelização: a Sesfoi-nos dada a certeza de que "sem Jesus, são de Formação Níperdeu muito, vel I. caminhamos no escuro", que "tudo é pela Agradecemos a graça de Deus" e que todos os que se dedicom certeza. caram tanto, especial"Deus usa o homem como ele é". mente os casais das Salienta-se a refieENS de Londrina, os nossos conselheiros xão sobre a passagem bíblica que nos fala de Zaqueu e que espirituais, à equipe de trabalho, e foi muito tocante, deixando-nos uma enfim, a todos os que colaboraram grande lição de amor, paciência e e trabalharam para o sucesso e o da misericórdia de Jesus, que não bom aproveitamento desta Sessão nos condena por nossos defeitos. de Formação. Os casais participantes demonsAi varina traram ter entendido as mensagens Equipe 1 - Setor D através do resultado das dinâmicas Astorga, PR que foram apresentadas como ar-
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lnstala~ão
da Nova Região Rio Grande do Sul 11
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omo resposta a uma necessidade que vinha se evidenciando há alguns anos, operou-se a multiplicação da Região Rio Grande do Sul, autorizada pela ECIR e oficializada no dia 03 de julho passado. Pelo projeto do Colegiada Regional, aprovado pela ECIR, a nova Região Rio Grande do SulII ficou composta a partir do Setor "D" (da Grande Porto Alegre), mais os Setores Leste, Litoral, Serra-Mar, e Coordenação Costa da Lagoa, compreendendo as equipes situadas nos municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha, Cará, Osório, Tramandaí, lmbé, Capão da Canoa, Maquiné, Viamão e Mostardas, além de uma em Porto Alegre. A nova Região conta com 255 casais, 27 Conselheiros Espirituais e 45 equipes. Na cerimônia de instalação da Região, em Capão da Canoa, com a presença do Casal Ligação da ECIR, assumiu oficialmente as suas funções, o Casal Responsável Regional, Evani e Marco Antônio Schoeller, que já havia tomado posse no encontro do Colegiada Nacional em maio. A instalação contou com Missa em ação de graças, concelebrada por diversos sacerdotes e presidida pelo Bispo-Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, Dom Eduardo Rodrigues, que abençoou o novo Casal Regional e seu Colegiada. Participaram também da celebração o atual Casal Responsável Regional da Região Rio Grande do Sul I, e os ex-responsáveis regionais anteriores que muito deram de si, cada um a seu tempo, num somatório de dedicação na sustentação e crescimento da Região. Na cerimônia, foi lida a mensagem enviada pelo Casal Responsável da ECIR .. Ao encerramento, houve um jantar de confraternização que culminou com um "fandango", baile animado por um conjunto nativista, para toda a gauchada dançar. Começou bem a nova Região, num clima da bastante oração, alegria e saudável festejo. Assim é a vida de casais cristãos das Equipes de Nossa Senhora, que trabalham na construção do Reino de Deus e "celebram na alegria seu encontro com Maria", na festa das Bodas, no encontro e comunhão que se renovam a cada dia.
Maria da Graça e Eduardo Barbosa Casal Ligação da ECIR 9
Mini Retiro com os Filhos
eparamos uma celebração de Páscoa para nossos filhos. Nossa equipe conta com 5 casais e 8 crianças sendo que as idades vão de alguns meses a até onze anos. Imaginem nossas reuniões! Mas, por isso mesmo tivemos a idéia do "mini-retiro de Páscoa" para as crianças, pois temos buscado, na medida do possível, realizar nossas reuniões sem as crianças, mas para compensar, realizamos este Domingo para elas. Em um primeiro momento, contamos uma histórinha para elas sobre a transformação da lagarta na borboleta, mostrando para elas que Jesus um dia também parecia morto numa caverna, mas depois "apareceu" lindo e vivo para todos! Depois fizemos uma gincana com alguns símbolos pascais (o cordeiro, o girassol, o círio, o peixe, o coelho, o ovo) onde explicamos a
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elas o significado de cada um e depois escondemos a figura para elas acharem; conforme iam achando, também as crianças (do jeitinho delas) explicavam o sentido dos símbolos. Que lindo vê-las explicar do jeitinho simples, mas concreto o que entenderam! Logo após, realizamos o almoço e depois fizemos várias brincadeiras envolvendo as crianças e os pais num momento de muita descontração e fraternidade entre as famílias. Partilhamos com vocês para que possa servir de inspiração a todos de como envolver nossos filhos (mesmo que pequeninos) no nosso Movimento.
Cláudia e Luiz Fernando Equipe 1O - Nossa Senhora da Imaculada Conceição Teresópolis, RJ 10
Pilotagem Nossa querida Equipe 1 8!
Q
uando começamos não sabíamos o que nos esperava. Não conhecíamos uns aos outros, as expectativas eram diversas, as histórias de vida também, mas todos procuravam chegar mais perto de Jesus. Aos poucos fomos descobrindo que tínhamos ganho um grande presente: uma família. Irmãos de coração com quem nunca sonhamos contar e que de repente estavam lá, prontos para o que der e vier, para emprestar o ombro ou ainda para ter a chance de se sentir melhor por poder ajudar alguém. Já éramos uma equipe. Na verdade, uma comunidade que foi se formando com a participação de cada um. Com o comando de rédeas curtas da Marina e a profundidade do Rachid, nosso casal Piloto, fomos conquistando etapas fundamentais para a formação da equipe e então nos chegou outro presente: nosso Conselheiro Espiritual, o padre Aurélio Mariotto-SCJ. Veio sob encomenda, porque, como
sal na comida, ele se integrou ao grupo e nos deu o tempero necessário para continuar a caminhada. Próxima tarefa: escolher o nome da equipe. Padre Aurélio olhou para a nossa profusão de crianças, das quais dois com nome Gabriel, e perguntou: Que tal Nossa Senhora da Anunciação? Pronto o nome já tinha sido escolhido. Três dias depois a Igreja comemorava o dia da anunciação de Nossa Senhora, e nós então estávamos em festa com direito a missa, pizza e tudo mais. Logo começou a procura da imagem. Recebemos mais um presente: uma Nossa Senhora linda, jovem, simples que foi recebida por todos com amor, carinho e uma oração espontânea que cada um dedicou a Ela. Foi um momento muito especial, me atrevo a dizer que foi uma graça, uma bênção e um privilégio que partilhamos em equipe.
Regina e Sérgio Eq. 18 - N. Sra. da Anunciação São José dos Campos, SP
Eles Também Gostam de Mari a
U
tero e Calvino- dois pais da hamada igreja evangélica ão economizaram elogios a
sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade" (Comentário ao Magnificat). "Não há honra, nem beatitude que, por sua elevação, se aproxime sequer da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste" (Deutsche Schriften, 14, 250). Diante desses textos, uma autora luterana, M. Basilea Schlink, comenta: "Lutero honrou Maria até o fim de sua vida; celebrava suas festas e cantava diariamente o Magnificat ( ... ). Em tempos posteriores à Reforma, perderamse na igreja evangélica as festas a Maria e tudo o que nos trazia sua lembrança ( ... ). Estamos padecendo as conseqüências dessa herança de receio e temor. Entretanto, Lutero nos diz que nunca poderemos exaltar suficientemente a mulher que constitui o maior tesouro da cristandade depois de Cristo". E conclui: "O temor de diminuir a glória de Jesus foi a causa de que, em nossas igrejas evangélicas, se negasse a Maria a veneração e os louvores devidos. E, entretanto, temos de afirmar que, através da justa veneração que aos apóstolos e a ela corresponde, multiplica-se a gló-
Maria. Calvino escreveu: "Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus" (Comm. Sur I 'Harm. Evang., 20). Lutero falou de Maria mais de uma vez. E sempre com palavras cheias de piedade. Assim, por exemplo: "Ser Mãe de Deus é uma prerrogativa tão alta, coisa tão imensa, que supera todo e qualquer intelecto. Daí lhe advém toda a honra e a alegria, e isso faz com que ela seja uma pessoa única em todo o mundo, superior a quantas existiram, e que não tem igual na excelência de ter com o Pai Celeste um filho comum. Nestas palavras, portanto, está contida toda a honra de Maria. Ninguém poderia pregar em seu louvor coisas mais magníficas, mesmo que possuísse tantas línguas quantas são na terra as flores e as folhas nos campos, as estrelas nos céus e os grãos de areia no mar". "Que são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais 12
ria e o louvor do Senhor, porque foi Ele que a elegeu e a fez, pela sua graça, um instrumento seu. Jesus espera que veneremos Maria e a amemos. Assim nos diz a palavra de Deus e esta é, portanto, a sua vontade. E só aqueles que
guardam a sua palavra amam verdadeiramente a Jesus (lo 14, 23)".
Pe. Flávio Cavalca de Castro CE da Carta Mensal e de equipes de Aparecida e Guaratinguetá, SP 13
Parabéns a Você! Obrigado Senhor!
etembro é o mês da Bíblia, pois convencionouse que no dia 30 deste mês é o seu dia. Para nós, entretanto, todos os dias são seus, porque ali está a Palavra revelada, o azimute para nossa caminhada em Cristo. É um mês em que procuramos exercitar, de maneira especial, a vivência dos nossos Pontos Concretos de Esforço, especialmente a Escuta da Palavra e a Meditação. É claro que ao longo dos séculos, a Bíblia é o mais importante dos livros e o livro mais lido do mundo! Apesar de sabermos disso, não raras vezes, deixamos de beber nessa fonte milenar, que nos conta histórias de pessoas, de famílias, reis, escravos, pobres e ricos, santos e pecadores, reino dos homens e Reino de Deus. Por isso pensamos homenageá-la em seu mês, pedindo as bênçãos divinas para aqueles que a fizeram chegar até nós. Obrigado Senhor!
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B em-aventurados os que a conhecem, procuram entendê-la, procuram vivê-la, procuram sentir sua importância para sua vida, procuram difundi-la na sua caminhada! I luminados os que a escreveram, os que foram chamados a registrar a história de um povo, a história de uma filosofia religiosa, este modo de vida que constrói o homem todo e todo homem e o projeta para Deus! B enditos foram os profetas que revelaram à humanidade suas projeções na história futura, no futuro do homem, primícias da criação divina. Benditos os apóstolos, os discípulos de Cristo. Bendita Aquela que, em sua magnânima grandeza, presenteou-nos com seu Filho!
L ouve-se por isso a Maria, ao Senhor, a Cristo e ao Espírito Santo, que através do amor, infunde nos homens a graça de poder caminhar com Cristo para seu Fim Último, para Deus, a felicidade! I rmanados na fé, no amor de Cristo e de nossa Mãe Santíssima, trilhemos nosso caminho, na certeza de que Deus nos ama, antes de tudo, seja qual for nossa condição social, intelectual, profissional! Assim sendo, Ele nos pede incessantemente que A memo-nos uns aos outros como Ele nos ama. Que sejamos irmãos em Cristo como Ele deseja. Que na simplicidade do ser, na harmonia do agir, possamos viver os ensinamentos de sua Palavra e levar a outros a Boa Nova do Evangelho. Que sejamos, na nossa modesta condição humana, uma luz, ainda que pequena, a ajudar na caminhada dos irmãos em busca de suas realizações em Cristo! Amém!
I olanda e Teixeira Eq. N. Sra. Aparecida - Setor E Porto Alegre, RS 15
Leitura Orante e Atitude do 1. Leitura: O que diz o texto?
Tomar a Bíblia e ler com a convicção de que Deus nos fala. Numa atitude de interiorização silenciar-se para ouvir Deus.
2. LE.IIURA LENTA E AJEN"TA
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·. VER BEM O SENTIDO OE CADA J:RAftE .
2. Medita~ão:
O que o texto me diz? Refletir, ruminar, aprofundar. Repetir as palavras significativas. Aplicar a mensagem hoje.
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Diária da Bíblia discípulo fiel 3.
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6. AlJI>P.~ A VI
O que o texto me faz dizer a
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O TEXTO COM OUTROS TEXTOS oA e(SL&A .
Deus? Conversar com Deus a partir do texto. Responder às interpelações . Atitude de adoração, louvor, agradecimento, perdão
LER DE NOVO REZA NDO O TEXTO E RESPONOENDO A DEUS •
8-FORMULAR VM I r:;::s-.:t<--o._ COMPROMI$~
DE V I~ .
9. REZAR UM ~ALMO ÁPQOPRIADO
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4. Contempl~o:
Vera realidade
com os olhos de Deus
Mergulhar no mistério de Deus. Saborear Deus . 17
Algumas Coisas Que Faltam FALTA DE VIG ILÂNCIA: "E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e quando despertaram, viram a sua glória ... " (v. 32).
ocê já sentiu o peso da pala vra de alguém em sua vida? Palavra impregnada de força que transforma a nossa vida, quando vinda do mai s profundo da alma, quando vem repleta da plenitude de vida de quem a pronuncia, escreve e sobretudo testemunha? Um dos nossos Pontos Concretos de Esforço é justamente a PALAVRA, a ESCUTA DA PALAVRA. Sempre que vamos viver este PCE colocamo-nos em atitude de escuta e pensamos: E Deus falou ... e assim lendo, meditando, percebemos que a Palavra de Deus é sempre nova, sempre atual e ainda ... ela gera o novo em nós, gera sempre uma nova vida, uma forma diferente de viver o dia a dia, enfrentando obstáculos, testemunhando, enchendo de alegria o nosso viver hoje tão permeado de angústias. A Palavra de Deus é fonte de Esperança. Recentemente lendo um capítulo do Evangelho de Lucas 9, l56, ficamos impressionados ao constatar, que mesmo estando dia a dia com o Senhor, os discípulos não eram homens perfeitos e, que, em vários momentos de suas vidas, o Senhor teve que tratar deles através de sua Palavra e de seu bom Espírito. E assim encontramos, neste Evangelho, algumas pistas do que estava faltando na vida dos Apóstolos de Cristo:
FALTA DE PODER: "E roguei aos teus discípulos que os expulsassem, e não puderam ... " (v. 40). FALTA DE ENTENDIMENTO: "Mas eles não entendiam esta palavra ... " (v. 45). FALTA DE CORAGEM: " ... e temiam interrogá-lo ... " (v. 45) . FALTA DE DISCERNIMENTO: "Mestre, vimos um homem que em teu nome expelia demônios, e lhe proibimos, porque não te segue conosco" (v 49). FALTA DE HUMILDADE: "Houve uma discussão entre eles sobre qual deles seria o maior" (v. 46). FALTA DE AMOR: "E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?" (v. 54) .
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Assim meditando, deixemos que o Espírito Santo trabalhe em nós no decorrer dos nossos momentos de ESCUTA DA PALAVRA e nos revele áreas em que precisamos de um tratamento de Deus. Depois que examinamos as coisas que faltavam na vida dos discípulos, paramos e perguntamos a nós mesmos: O que está faltando em nossas vidas? Deixemos que o Espírito de Deus venha mostrar-nos, e, ao mesmo tempo, permitamos que Ele venha burilar-nos com a sua graça e poder. A Palavra é o brilho de Deus no coração de homens e mulheres destemidos. A Palavra efetivamente vivida se faz gente, transformase em história, sacia corações de amor, fé, esperança, faz-se pelo testemunho eternidade! É a Palavra que deve inspirar a nossa vida, assim como inspira a muitos ao gri-
to de Paz, Justiça, Alegria e Fraternidade. Será Deus, e somente Ele, quem dará o paladar daquilo que ouvirmos, falarmos e formos testemunhar. Somente a Palavra de Deus poderá purificar os nossos ouvidos, nossa boca e inteiramente o nosso ser... Ela será nosso alimento, assim como de nossa família e de nossa comunidade. Que possamos continuamente pedir: "Senhor, dá-me constantemente a Tua Palavra vivificadora e serei salvo. Dá-me, Senhor, a Palavra certa, em todos os momentos, seja aonde for ... pois a Tua Palavra Senhor é fonte, é manancial de vida, é caminho, é verdade, é Vida".
Beth e Scalzo Equipe 5 - N. Sra. da Glória Belo Horizonte, MG 19
Eventos ecente palestra de Dom Cláudio Hulmes, proferida no IV Encontro de Marketing Católico, levou-me a refletir sobre nossa caminhada como cristãos, como participantes do Movimento das ENS. Num contexto de marketing católico, colocava Dom Cláudio que "o cerne do discurso de Cristo que cativou, conquistou o público, é que Ele prometia a felicidade". Não apenas a fe licidade da vida eterna, mas a felicidade que se iniciava no nosso momento na terra. Isto acontecia há 2000 anos e se realiza ainda hoje. É óbvio, pelo exposto, que se o Movimento busca viver a experiência do cristianismo, a exemplo dos primeiros cristãos, o que se procura, na verdade, é atingir a busca suprema do ser humanoser feliz. Continuando, Dom Cláudio citou a necessidade de eventos- momentos fortes para levar o nosso ser, nosso espírito ter impresso em si como numa fotografia a marca daquele momento. Essas ocasiões devem ser secundadas por processos, ou seja, como vivenciamos o pós evento, o que colocamos em prática, o modo, o entusiasmo advindo daquele evento. Para nós, do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, quais seriam esses eventos? As celebrações semanais, a missa mensal do Movimento, os Encontros, as Sessões de Formação e outros.
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O impacto do "evento" nascimento, morte e ressurreição de Cristo foi de tal forma intenso, inusitado, que deixou marcas indeléveis na alma humana e somos frutos desse "evento". Como tem sido para nós os eventos do Movimento? Se não abrimos nosso coração à ação do Espírito Santo, não há como a chapa do nosso espírito ficar gravada com as coisas boas que o evento deveria suscitar. Em conseqüência, muitas das vezes, os pós-eventos para nós são estéreis, não produzem os frutos que deveriam, de conversão, de crescimento espiritual, de abertura para o outro, para aceitar o Movimento, sua metodologia própria e vivê-la no dia-a-dia. Há, portanto, uma interação muito forte, onde uma ação retroalimenta a outra. Abrindo nossos corações aos eventos, produzimos frutos representados por ações concretas de uma vida que se deixa conduzir por aquilo que o evento propôs, fundamentado na Palavra de Deus . Em contrapartida, dá-se o nosso crescimento espiritual, permanecemos abertos a eventos futuros e à ação do Espírito Santo nos diversos níveis de nossa vida. Pergunto-me se esta esterilidade não seria decorrente do fato de não nos termos convertido efetivamente. A conversão requer um mínimo de fé. Fé que tem seu alicerce no 20
componente racional, mas funda- em casal, em família, fazendo desmentalmente, estruturada pelo emo- sa oração instrumento de unidade cional, pelo sentimento, pela vida. A familiar e com Deus. Por último, conversão a Deus é como dois ena- colocamo-nos em casal, perante morados. O que os leva a buscar, Deus para repensar nossa vida intensamente, estar juntos, é a pai- conjugal e familiar, celebrando os xão. Um sentimento forte que os faz bons momentos vividos e somanenfrentar tudo e todos para estar do forças para superar as dificulcom o parceiro. A paixão por Deus dades do caminho, Essa converleva-nos a enfrentar com entusias- são, assim vivida, é caminho de femo, com persistência e licidade aqui na terra determinação nossos e semente da mesma condicionamentos infelicidade na vida A construção teriores e culturais, que eterna. nos amarram ao egoEventos, portanto, do Reino ísmo, à indiferença, ao para nós, como Movide Deus conformismo, à acomento das ENS, são modação. celebrações, enconrealiza-se com Nesse processo tros inspirados por de conversão, não sopaixão e amor Deus, e o tijolo da mos nós que nos conconversão que colosim. Mas não vertemos espontanecamos na construção amente. É Deus que da vida pessoal e do se esses nos chama. Se resReino de Deus, com pondemos afirmativasentimentos paixão e amor. mente, a nossa conA construção do ficam versão viabiliza-se Reino de Deus realiquando buscamos za-se com paixão e confinados escutá-lo no dia-aamor sim. Mas não se ao nosso dia, através das Saesses sentimentos figradas Escrituras e cam confinados ao pequeno grupo meditamos no coranosso pequeno grupo ção aquilo que Ele nos casais ou àquele de de casais. fala, procurando viver próximo dos que amade conformidade com mos. Deus nos pede o que ouvimos . mais, muito mais, principalmente Para tanto, estabelecemos me- a nós do Movimento, que tanto re-tas, regras, para direcionarmos a cebemos . A nossa conversão tem nossa vida. Procuramos imitá-lo, de se traduzir em gestos de miseretirando-nos, pelo menos uma vez ricórdia, caridade e solidariedade. por ano, para refletir, confrontar nosso viver à luz dos seus ensinaElisa e Hélio mentos. Procuramos, ainda, orar CR Pré-Região BAISE 21
Movimentos O s Desafios da Comunhão
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0 de maio de 1998. Milhares de representantes de 56 movimentos eclesiais se encontraram com João Paulo II na praça de São Pedro, em Roma; um fato inédito na História da Igreja. Respondiam ao apelo papal de um grande testemunho comum no ano dedicado ao Espírito Santo em vista do Jubileu do Ano 2000. O nascimento e a difusão dos movimentos "trouxeram à vida da Igreja uma novidade inesperada, e por vezes até explosiva", disse o papa, reconhecendo em seguida que isto "não deixou de suscitar interrogativos, dificuldades e tensões", que foi "um período de prova para a sua fidelidade, uma ocasião importante para verificar a genuinidade dos seus carismas". Mas hoje abre-se para eles "uma etapa nova: a da maturidade eclesial": João Paulo II não hesitou em lançar-lhes um desafio: "A Igreja espera de vós frutos maduros de comunhão e de empenho". Passado pouco mais de um ano daquela "autêntica celebração da riqueza dos carismas", além darecordação daqueles que estiveram em São Pedro, o que há de concreto? É verdade que o novo caminho foi apenas enveredado; ainda muito há por seguir, ainda está despontando a consciência do potencial do testemunho de "unidade na diversidade" dos movimentos para a humanidade. Ante os fenômenos de globalização, pós-modernidade, no-
vas formas de misticismo e muitos ou- .....,,..,, ··~~~.:~~ tros, os movimentos "são a resposta, suscitada pelo Espírito Santo, a este dramático desafio do final do Milênio", como lembrou o papa. Um primeiro passo neste sentido já está sendo dado em algumas dioceses brasileiras, mediante o conhecimento recíproco dos movimentos e associações leigas. No Jubileu do Ano 2000, acontecerá um grande encontro nacional de testemunho comum, organizado pela CNBB e pelo CNL. Um instrumento indispensável para aprofundar a importância dos Movimentos na Igreja e crescer na estima recíproca, é o pequeno mas consistente livro (apenas 80 páginas!) preparado pelo Pontifício Conselho para os Leigos e lançado no Brasil pela Editora Cidade Nova. Com fotografias, é um documentário do encontro dos movimentos e das novas comunidade eclesiais com o papa. Traz as palavras de João Paulo II e de expoentes da Igreja, além do precioso de quatro fundadores (Chiara Lubich, dos Focolares, Kiko Argüello, do Caminho Neocatecumenal, Jean Vanier, de A Arca, e Luigi Giussani, de Comunhão e Libertação). Estudar, ou melhor, meditarestas páginas é contemplar a ação do Espírito na Igreja, é tomar consciência do apelo-desafio de João Paulo II aos movimentos, é viver de
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modo mais maduro o "perfil carismático" da Igreja- representado pelos Movimentos-, que é tão essencial na Igreja quanto o "perfil hierárquico" - representado pelos Pastores e pelas estruturas pasto-
rais. Enfim, contribui para que os movimentos produzam os ansiados "frutos maduros de comunhão e de empenho".
Klaus Brüschke
Catequese Rumo ao Novo Milênio
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missão da Igreja é evangelizar. A Ação Evagelizadora se desdobra em três etapas : ação missionária, ação catequética e ação pastoral (cf. DGC 49). Depois do anúncio missionário, a catequese ajuda o cristão, ao longo da vida, a crescer no processo de amadurecimento da fé e na vivência em comunidade. Nos diferentes contextos culturais e momentos da história, a catequese assume características próprias. Neste final de milênio, a catequese será cada vez mais afetiva, bíblica, que ajude a pessoa a cultivar a espiritualidade e o diálogo com o diferente. Hoje, as relações são dominadas pela técnica da competição, lucro, concorrência e "vantagens". A catequese deve ser o espaço no qual a pessoa se sinta acolhida como é, na condição em que está, com suas qualidades e defeitos; como Jesus fez com a samaritana (Jo 4, 4-26), respeitada como indivíduo, na sua história e vontade de ser feliz. Aqui se inicia o ato catequético: acolher a pessoa com sua história e buscas e estabelecer com ela um
processo, que vai relacionando suas experiências com a proposta do Reino. A catequese conduzirá o cristão à vivência comunitária, para que ali encontre Deus presente nos irmãos: "todas as
vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes" (Mt 25, 40). Para o cristão chegar a esta profissão de fé, é necessário que tenha uma formação básica, centrada na experiência de fé no Deus de Jesus Cristo e fundamentada nos valores evangélicos. A celebração dos sacramentos torna-se um momento místico, que põe o cristão em contato com o mistério de Cristo, sua encarnação, morte e ressurreição. Realizada a iniciação cristã, novos passos serão necessários no processo de educação da fé. Quem fez a experiência de Deus, ao viver uma nova fase da vida, necessita refazer sua experiência.
Pe. Domingos Dorigon SCE da Equipe 2B Nossa Senhora das Vitórias Brasília, DF 23
Solidariedade, no Amago do Problema Ao
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e é meu filho mais novo", do e revoltado. Revoltado, porque o ssim apresentava o padre governo tirou toda ajuda que dava ornas Feliu Amengual, Con- para seus meninos, relatou-nos o seselheiro Espiritual da Região Nor- guinte diálogo, com o preposto da deste II e das equipes 15 e 17 e fun- autoridade governamental: dador da CEPAN- Comunidade Es- O que vou fazer com eles? tudantil Pe. Anchieta, que com suas - Devolva para os pais. 12 casas espalhadas na capital e no - Mas, se boa parte não tem interior do Ceará já abrigou simul- farru1ia? taneamente 1200 entre Eis a insensibilidacrianças e jovens, muide pecaminosa de tos com a credencial de quem não tem nada meninos de rua, "Este com isso: Nós o é meu filho mais novo", Devolva-os referindo-se ao Marpara a rua. encontramos celino que chegara aos -Como? I...:..,_ seus braços no dia de -Isto mesmo, se desolado, nascido, porque a mãe não gostar vire-se. biológica, num momenComo pode um transtornado, to de desespero arrepai abandonar tanto~ messara-o contra a pafilhos se sabe por excom o coração rede do hospital. periência que se tornaSeria uma loucura riam marginais no fupartido e deste sacerdote-pai, turo? Padre Tomas que já fizera tantas ouestava desolado e irrerevoltado. tras ... Loucuras que fiquieto, com seu sancarão no anonimato, gue espanhol maioraté o dia em que o Sequino. Como pode hanhor do capítulo XXV, ver tanta inconsciência 31 e seguintes, de Mateus, achar dessas autoridades! oportuno revelar: Eu tive fome, sede, As Equipes de Nossa Senhora, estava nu, doente, no cárcere ... compostas de pessoas ativas que já Nós que conhecemos o padre o ajudavam, poderiam por acaso Tomas, que tanto faz pelas equipes abandoná-lo nesta hora? De modo e ainda diz que seus momentos de algum. Depois de alguma reflexão repouso são as reuniões, formações da Equipe Regional, surgiu a idéia e retiros das Equipes de Nossa Se- concreta da solidariedade, patentenhora, nós o encontramos desolado, ada no testemunho objetivo do transtornado, com o coração parti- apadrinhamento. Padrinhos para as
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crianças. Com R$30,00 (trinta re- Colares (085) 234.5253; (085) ais) por mês um padrinho mantém 262.3355 ou CEPAN (085) uma criança. 235.5843 e telefax (085) 235 2500. Começou a campanha. EquiNão tem jeito, nossa vocação pistas pobres de uma mesma equi- de cristãos é para a solidariedade e pe adotam uma criança. Outros estamos sequiosos de nos doar semem melhores condipre mais aos irmãos na ções adotaram três, e hora certa, como tesainda dizem brincantemunho de nossa fé. As Equipes de do, queremos que um São os equipistas que seja padre. Pois, palutam pela própria condre Tomas já tem dois versão e realizam um Nossa Senhora, padres e seis seminagesto concreto pedido ristas que passaram neste ano do Pai nos compostas pela CEPAN, como EACREs. Não fugioutros tipos de profismos a nossa missão, de pessoas sionais , nesses 28 daremos as mãos em anos de existência. mutirão para não esfaativas que Haverá tantas cricelar uma grande faanç~ amparadas quanmília e um coração de já o ajudavam, tos forem os padrinhos. sacerdote. Por esta razão não poA verdade é que o poderiam deríamos esconder no padre Tomas recebeu baú esta oportunidade um forte alento das por acaso magnífica que o Pai do equipes e vai ficar maCéu nos dá, de coravilhado quando comungarmos com o pameçar a chegar a forabandoná-lo dre Tomas, a solidarite corrente da solidariedade das equipes do edade das outras reginesta hora? Brasil. Se você que ões do Brasil, cujos coestá tomando conherações vêm sendo De modo cimento, sentir-se imdiuturnamente trabapulsionado a entrar na lhados pelo Espírito algum. campanha e tomar um Santo, sob a proteção afilhado, mandaremos de nossa madrinha e o retrato com os daMãe, que não quer ver dos dele e mais informações. É mais seus filhos abandonados. Nenhum que uma questão de honra, é o nos- dos seus será posto na rua para as so testemunho. feras, disto temos certeza. O Conselho Tutelar da CEPAN é formado por equipistas. Todos eslvanilde e Brandão tão comprometidos. Ainda podem Setor A usar o seguinte telefone: Elen e Fortaleza, CE
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obelisco da Praça de São Pedro. Adentrando a Basílica, ajoelham-se diante da tumba do Pescador da Galiléia, a "pedra sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja". Na missa, celebrada por Pe. Caffarel, a homilia de Pe. Rouget lembra aos presentes que ali se encontravam na "grande casa da família". Terminada a celebração, os ônibus conduzindo os peregrinos, partem em direção a São Paulo-forados-muros, onde vão orar sobre o túmulo do outro grande Apóstolo a quem, nós também como "gentios", devemos a nossa fé. Naquele local, Pe. Carré profere a sua palestra "A Santidade através do Matrimônio". À noite, nos próprios locais onde se hospedavam, os equipistas participam de um jantar fraterno e de uma "reunião de equipe", o que iria repetir-se por quase todas as noites do Encontro.
Mil casais cristãos, oriundos de 14 países diferentes, reunindo-se em Roma. Turistas em busca de sensações? Não. Mais peregrinos em busca de Deus. Eles compreenderam que "não pode ter Deus por Pai, aquele que não tem a Igreja por mãe". Então, eles vêm à Cidade Eterna pedir para si próprios, para todos os membros das ENS de quem são os delegados, a graça de compreender a Igreja e de ser filhos e filhas a ela inviolavelmente unidos. Durante oito meses se haviam preparado, estudando em suas reuniões de equipe o tema "O Mistério da Igreja". No Sábado, 2 de maio de 1959, logo pela manhã, vindos das onze casas de acolhimento onde se achavam hospedados, aqueles casais, muitos dos quais estavam pela primeira vez em Roma formam uma massa impressionante diante do
I Uma descrição detalhada da Peregrinação, incluindo o texto integral de todas as alocuções palestras e homilias encontra-se em L'anneau d'Or, no 87-88, maio-agosto de 1959.
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Domingo, 3 de maio. A partir das 8 horas da manhã, os casais voltam a agrupar-se na Praça de São Pedro, e, atravessando a Porta de Bronze, ingressam no Palácio Pontifício para a audiência com Sua Santidade João XXIII. Às 9 horas em ponto, o Papa atravessa o grande salão em direção ao trono papal, sob a aclamação de todos. Pe. Caffarel, tomando a palavra, pronuncia então sua alocução de apresentação das Equipes de Nossa Senhora ao Sumo Pontífice2. Com bom humor, o Santo Padre agradece e anuncia o seu discurso com as palavras: "Eis a resposta do meu coração" 3• Essa acolhida, esse discurso e a Bênção Apostólica que se seguiu, têm para o Movimento, um valor inestimável. O Vigário de Jesus Cristo outorga às ENS o "direito de cidadania" dentro da Igreja. Aquilo que poderia ser apenas uma aprovação, mais ou menos explícita, é agora um reconhecimento oficial e, pode-se dizer, "com conhecimento de causa". A todos impressionou a compreensão do nosso Movimento -tanto de sua orientação, como de seus métodos - revelada pelas palavras do Santo Padre. Importantíssima, também, essa ocasião para toda a cristandade. É a primeira vez que um Papa reconhece um movimento de espiritualidade conjugal cuja célula básica é o pequeno grupo de casais e cuja animação vem de uma espiri-
tualidade familiar profunda. Após a alocução de João XXIII, e representando todos os casais peregrinos, e por extensão, os equipistas de todo o mundo, Nancy e Pedro Moncau Jr, do Brasil, entregam ao Sucessor de Pedro dois álbuns encadernados e um cofre4 • Ele, comovido, declara: "Estes serão a alegria dos meus olhos e de meu coração". Pareceu apropriado, aos organizadores do Encontro, que os peregrinos retomassem a consciência da fé que receberam através do batismo. Para tanto, dirigiram-se todos à Basílica de São João de Latrão. No encerramento de uma breve cerimônia, os casais ali presentes pronunciaram as palavras: "Nós pedimos à Igreja o dom da fé; nós prometemos aderir ao Cristo para sempre". A seguir, Mons. Veuillot, da Secretaria de Estado do Vaticano, celebra a Santa Missa, cuja homilia "O Casal, Célula da Igreja", foi feita por Pe. Caffarel, e os equipistas, representantes de cada país, assumem o compromisso de trabalhar em prol da difusão da espiritualidade conjugal. O programa do dia 4 de maio inicia-se com a celebração da Santa Missa nas Catacumbas, onde os cristãos primitivos celebravam seu culto, numa penumbra de chamas tremulantes. A sobriedade das sepulturas, a fraternidade cristã na morte e a fé na vida eterna vêm à
2 Texto integral, em português, no livro A Missão do Casal Cristão. 3 Texto integral, em português, na Carta Mensal das ENS Brasil, junho de 1959 4 D. Nancy Moncau narra esse momento, com riqueza de detalhes e em tom comovente, no seu livro O Sentido de Uma Vida, o qual também traz fotografias tiradas naquela ocasião.
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da pelo Pe. Pierre de Locht, conselheiro das equipes da região de Bruxelas, Bélgica. Finda a conferência os casais são convidados a renovar as promessas do seu casamento. No sábado, 7 de maio, os peregrinos deixam Roma, dirigindo-se para Assis. Após breve visita a algumas igrejas da cidade, detêm-se junto à tumba do "Pequeno Poverello", na Basílica de São Francisco. Ali participam da última missa da peregrinação. Mons. Bonifazi, Vigário Geral de Genebra, Suíça e conselheiro de equipes naquela cidade, profere uma homilia apropriada à festa do dia: "Ide e evangelizai todas as nações". É a última mensagem que os peregrinos recebem. Dali eles irão retornar a seus lares e às suas vidas, mas agora como enviados e como testemunhas. Que o "Pequeno Irmão" de Assis possa ajudá-los nas dificuldades que encontrem em seu caminho! Na plataforma da estação de Assis, três trens aguardam os peregrinos para o início de sua viagem de regresso. É preciso dizer adeus. Momento de extraordinária emoção. Após viverem como irmãos e irmãs durante alguns dias, em união de coração e em intimidade de pensamento, é chegada a hora da separação. As lágrimas rolam. Cada vez que um trem parte, milhares de mãos agitamse em sinal de adeus, enquanto é entoado um último e vibrante canto: "Envia teus mensageiros ... ".
lembrança de todos. Após o almoço, todos se reagrupam novamente na Basílica de São Paulo para ouvirem do Pe. Caffarel a "Vocação e Itinerário das ENS"(2), na qual ele evoca a história do Movimento, referese à sua situação presente e antecipa suas perspectivas futuras. Isto dá aos ouvintes uma melhor noção da extensão e solidez das Equipes e os enche de otimismo quanto ao seu futuro. Ao final da sessão, o casal Simpson, responsável pela Equipe Dirigente lê o texto de uma carta enviada ao Papa, em agradecimento pela audiência concedida. À noite, a multidão silenciosa dos peregrinos participa da Via Sacra, no Coliseu e evoca a memória dos mártires que ali deram testemunho de sua fé. A jornada de 5 de maio começa com um giro por vários locais de Roma. Não se trata de fazer turismo, mas sim de enriquecer a vida cristã dos equipistas pela descoberta da Roma ancestral. À tarde, repartidos em vários grupos menores, eles têm a oportunidade de ouvir de pessoas experientes, explicações sobre o funcionamento da administração eclesiástica da Santa Sé. E à noite, todos os casais, esposa e marido, são convidados a um "dever de sentar-se". Sexta feira, 6 de maio. Na Igreja de Santa Maria Maior, celebrase a Santa Missa, centrada na Inspiradora do nosso Movimento e rezada nas intenções confiadas aos peregrinos, e a Bênção da Maternidade. À tarde, em São Paulo-forados-muros, a 3" grande conferência, "A Vida Cristã no Lar", é ministra-
Maria Thereza e Carlos Heitor Seabra, Equipe 04-E São Paulo, Capital
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Padre Roger Tandonnet Um grande amigo das ENS do Brasil
i em 1969 que conheci o Pe. andonnet. Quando, juntamene com Francoise e Jacques Laplume, ele foi enviado ao Brasil, a pedido da direção internacional, para visitar nossas equipes, então atravessando um período bastante difícil. Claro que nós brasileiros, como os franceses, nos olhávamos com muita curiosidade e uma certa dose de apreensão. Serviu para quebrar o gelo o fato de o padre, como Jacques, haverem desembarcado falando português. Para tanto, dois ou três meses antes puseram-se a estudar a língua, sem professor, pelo método "Assimil -o português sem custo". Isso exigiu-lhes um enorme esforço e dedicação. O certo é que, apesar do sotaque muito carregado, conseguiam falar. O esforço imediatamente granjeou nossa simpatia. Para a primeira reunião geral, com os equipistas de São Paulo, trouxeram suas palestras devidamente escritas. Com muita humildade pediram-me para ler e corrigir o português de suas falas. Confesso que fiquei surpreso, pois não encontrei erros graves. Sugeri apenas umas poucas mudanças, alterando expressões ou palavras pouco usuais entre nós. Com o passar dos dias, entretanto, o Pe. Tandonnet ganhou fluência, deixando como lembrança seu riso franco e sonoro.
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É preciso dizer, contudo, que o aprendizado de nossa língua não lhe foi nada difícil: era um poliglota na verdadeira acepção da palavra. Basta dizer que conhecia e falava todas as principais línguas usadas na Europa. Inclusive o russo, idioma que cultivava com carinho. Dada a sua aptidão lingüística, trabalhou muitos anos no Grande Centro de Estudos dos Jesuítas em Paris, onde acompanhava e auxiliava os estudantes estrangeiros. Quando o Pe. Caffarel deixou de ser Conselheiro Espiritual da direção internacional, coube ao Pe. Tandonnet substituí-lo. Incumbência nada fácil por quanto, com a saída do fundador, criava-se uma situação extremamente difícil, sobretudo pe29
las incertezas. Além do mais o Movimento estava passando por uma rápida internacionalização. Nos 13 anos que atuou como Conselheiro internacional deixou, como Esther e eu pudemos constatar inúmeras vezes, um extraordinário exemplo de dedicação e humildade. Apesar de sua vasta cultura e competência teológica sempre fez questão de comportar-se como verdadeiro Conselheiro, respeitando escrupulosamente o enquadramento leigo do Movimento, sem nunca interferir ou antecipar-se às decisões dos dirigentes. Era e sempre fez questão de portar-se como Conselheiro para as questões teológicas, bíblicas ou espirituais. Foi, inclusive, este um dos aspectos de sua vida que Marie e Louis D'Amonville, antigos responsáveis internacionais das Equipes, fizeram questão de ressaltar na missa de corpo presente, em 20/02/99. Como na equipe de direção era o único que conhecia nossa língua, foi encarregado de ler e traduzir a nossa papelada, o que fazia com muito gosto. Durante mais de 12 anos mantivemos estreito contato com ele. Como todo ano tínhamos que assistir à reunião dos Super-regionais, ele sempre reservava um tempo para estar conosco. Ou almoçando em algum restaurante, ou nos encontrando em algum lugar. Nessas ocasiões ele nos dizia, sorrindo: "agora podemos falar português; assim vocês descansam do francês" . Então passávamos a conversar sobre as nossas equipes e os problemas da
Igreja no Brasil, que ele acompanhava sempre com vivo interesse. Como em 1975 voltou ao Brasil, com o casal d' Amonville, teve a oportunidade de visitar as principais cidades em que as equipes se desenvolviam , de Porto Alegre a Manaus. Depois disso, quando nos encontrávamos, lá na Europa, ele punhase a perguntar das pessoas que aqui conhecera, recordando fatos e passagens. Um episódio que recordava sempre, com visível satisfação, foi o passeio, proporcionado pelos equipistas de Manaus, pelo rio Negro até o Amazonas, para assistir ao majestoso "encontro das águas". No sermão que fez, nas exéquias do Pe. Tandonnet, um seu antigo aluno destacou que os 13 anos que passou servindo à direção internacional do Movimento, foram dos mais felizes de sua vida. E não se esqueceu de sublinhar que, dentre as muitas línguas que falava, o português ocupava um lugar especial. Sem dúvida pelo muito que se interessou pelas equipes do Brasil. E agora, lá no seio do Pai, nosso irmão Roger Tandonnet estará intercedendo pelo Movimento, em todo o mundo e, de modo particular pelo Brasil, ao qual dedicou tanto tempo, interesse e, acima de tudo, amor. E em tudo que fez sempre procurou ser fiel ao lema da sua Ordem: Ad Majorem Dei Gloriam.
Luiz Marcello (da Esther) Equipei- Nossa Senhora do Sim - Setor A, São Paulo, SP 30
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Nossos Ultimos Momentos
Q
ue saudade de minha infância, que saudade de meu querido e amado pai. Éramos oito em nosso lar, eu a caçula, meus cinco irmãos, minha mãe e meu pai. Amáveis, bonitos, educados, inteligentes, honestos, fiéis, amigos, felizes. Com amor a Cristo e devotos de Nossa Senhora Aparecida, tínhamos todas as qualidades que uma família cristã poderia ter. Certo dia meu pai trocou-nos pelos prazeres da vida, pelo álcool, pelos amigos de bar, por mulheres. Deixou-nos quando eu tinha 5 anos de idade. Transformouse em um pai que não conhecíamos, estava descrente de tudo, surrava-nos, levava amigos e mulheres a nossa casa, dava festas e nos alimentava com resto da mesa de seus amigos. Minha mãe tornou-se a empregada e nós os filhos da empregada. Certo dia, achou que nós tínhamos muito conforto, pediu o divórcio e expulsou-nos de sua casa, pois atrapalhávamos suas recepções e não suportava imaginar que tinha uma farrulia. Deixamos nossa casa, nossas roupas, nossos brinquedos e reco-
meçamos nossas vidas com meus avós. Saímos somente com nossos registras de nascimento, Cristo no coração e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Passaram-se verões, invernos e ele nunca mais apareceu. Sentíamos sua ausência e ficávamos muito tristes; às vezes em algumas viagens de trem nos encontrávamos. Nós o abraçávamos, clamando por um pouco de amor. Ele era esguio, ficava muito bonito com sua farda de maquinista; seus olhos eram tristes e nos parecia arrependido ... mas não manifestava intenção de voltar. Meus irmãos deslumbravam-se, sentíamos nossos corações acelerados ... Era nosso pai! Passaram-se anos. Todos os dias, sem sabermos a importância da unificação em Cristo, fazíamos a Oração Familiar com minha mãe, que chegava em casa já à noite, exausta por trabalhar o dia todo para nosso sustento. Cuidava ainda dos seis filhos com amor, fidelidade ao meu pai, a quem ela sempre amou e ama. Comentávamos do meu pai e a cada palavra e gesto dela, nós o amávamos ainda mais. Sempre com 31
estava amolecendo. Meu pai voltou a ser como era antes. Casou-se novamente com minha mãe, que sempre lhe dedicou muito amor, pediu-nos perdão por tudo e implorava que pudesse recuperar o tempo perdido, mas, mal sabia ele que estava sendo uma despedida. Na fase terminal sentia dores fortes, os medicamentos não faziam efeito, ele não reclamava de nada. Sentíamos a impotência do ser humano, por não haver meios para amenizar o sofrimento de um amado pai. Como sempre tínhamos e temos confiança em Deus, ajoelhávamos (minha mãe, eu e meus irmãos) e clamávamos a Deus pelo sofrimento de meu pai. Depois disso ele caía em sono profundo. E dizia que Nossa Senhora o embalava em seu manto. Era como se tivesse ingerido algum sedativo, o remédio divino que toma tudo possível e tudo ameniza. Cristo preparou para acolhê-lo em seus braços. Nós sempre o esperamos, para voltarmos a brincar, dar gargalhadas, fazer nossas orações familiares, para o amar... somente isto ... Louvo-te, Senhor, por estes últimos momentos, pela conversão de meu pai, pelo discernimento de minha mãe, que, como uma serva fiel de Deus, soube conduzir-nos, pois somos seus filhos e ela sabe a responsabilidade de educar os filhos de Deus.
esperança e fiel a Deus, ela nos falava: "Se Deus quiser um dia ele voltará, e seremos muito felizes!" Com minha mãe, seu esforço, trabalhando muito, famílias amigas ajudando-nos e Cristo no coração, conseguimos recuperar nossas vidas. Estudamos, casamo-nos dentro dos princípios e mandamentos de Deus e minha mãe, já aposentada, aproveitava seus preciosos momentos com seus netos. Depois de 20 anos ele voltou! Tínhamos confiança em Deus e a certeza que isto aconteceria. Recebemo-lo com muita alegria e amor. Voltou pálido, abatido, descrente de tudo. Não tinha mudado muito, continuava transformado pelos seus prazeres. Voltou apenas por estar necessitando de ajuda. Com a perda de tudo o que possuía, perdeu também seus melhores amigos ou melhor, os que diziam ser seus amigos. Levamolo ao médico e ele nos deu a triste notícia que nosso esperado e amado pai tinha câncer no estômago. Minha mãe o acolheu em sua casa e passamos o resto de sua vida com ele, dedicando-lhe amor, carinho, o aconchego de nosso lar. Ainda restavam anos, dias, horas, quem sabia? Só nos restava oferecer tudo o que tínhamos: nossa atenção, nosso carinho, o amor de sua esposa e de seus netos somente para ele. Ele se assustou com o recebimento, achava que nós não o acolheríamos e o de ixaríamos desabrigado. Passaram-se alguns meses e já estávamos sentindo sua mudança, já se sentia confiante e seu coração já
Maria José (do Otávio) Equipe 10- Nossa Senhora da Rosa Mística Casa Branca, SP
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,
E Bom Servir "A messe é grande, mas poucos os operários." (Lc 10, 2)
E
diversas áreas médicas e humanas, nós da equipe 3B também nos sentimos gratificados pelo trabalho, seja pela doação de nossos conhecimentos profissionais nas áreas de psicologia, música, direito, seja pela doação de nosso tempo no trabalho de evangelização atuando no Encontro de Noivos, Liturgia ou representando as ENS na Pastoral Familiar Arquidiocesana. Neste mês de junho, como acontece todos os anos, a equipe viveu um momento especial de congraçamento, descontração e alegria ao trabalhar na "Festa Junina" da paróquia, fazendo um delicioso "cachorro quente". A Deus rendemos graças pelos diversos dons, pois como "servos inúteis, fizemos somente o que devíamos fazer" (Lc 17, 10). Por tudo isso dizemos ... é bom servir.
ta afirmação continua sendo atual, embora já se tenham assado quase dois mil anos. Sabedores da obrigação que temos com a "messe", nós, que compomos a Equipe 3B, de Londrina, procuramos cada dia mais servir ao próximo, não só no trabalho assistencial, mas, principalmente, no trabalho de evangelização. Nosso trabalho, porém, é imensamente facilitado em razão de todos os membros da equipe pertencerem à mesma com unidade, ou seja, à Paróquia Coração de Maria, tendo como Conselheiro Espiritual o padre Irio Rissi que, por sinal, é o pároco. O padre Irio, inspirado pelo Espírito Santo, teve a idéia de construir um Centro Social de Pastoral, orgulho dos membros da comunidade do Coração de Maria, onde se desenvolve todo o trabalho de evangelização e assistência social. Embora haja uma centena de profissionais que atuam em
Edna e Gilberto, CRE 3B Londrina, PR
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Pingos nos 11is''
S
omos equipistas há 4 anos e Marcela, que expôs suas dificuldades fazemos parte da primeira e partilhou-nos suas tristezas e alegriequipe de nosso município (há as. Então, chegou a minha vez. Fiz outras duas em pilotagem), e per- questão de deixar muito clara a mitencemos ao Setor de Assis, SP. nha alegria em realizarmos aquele Assim como outros casais, te- momento; expressei também a felicimos dificuldades ainda na realiza- dade por formarmos uma farru1ia tão ção dos Pontos Concretos de Es- abençoada. O Márcio começou faforço, mas não desistimos. Nesse lando do seu orgulho por ter cada um sentido também a Carta Mensal tem de nós. Falou também de suas ocunos ajudado muito. As pações diárias que lhe sugestões que têm apaocupam quase que o dia recido, estamos setodo. O Thiago questioColocados guindo todas. nou o pai porque ele às Neste mês, não povezes não nos acompatodos os pingos dia ser diferente, resolnha à missa e ele precivemos seguir as sugessa sempre ir. O papai nos "is" tões da página 15 e 16. ' pediu ajuda aos filhos Somos casados há para que cobrem dele concluímos 13 anos, temos dois fimais perseverança lhos: Marcela (lO anos) quanto aos seus deveque seria o e Thiago (6 anos). res familiares. Motivamos as crianPor fim, colocados ·momento de ças, marcamos horário, todos os pingos nos ainda receosos por "is", concluímos que cada um fazer achar que nossos filhos seria o momento de não entenderiam nada. cada um fazer a sua a sua Regra Iniciamos com a Regra de Vida. As criOração Familiar, como anças se comprometede Vida. de costume, e a leitura ram e nós também. Foi do Evangelho do dia, do muito interessante porqual fizemos alguns comentários. que nossos filhos sugeriram as nosExplicamos então como aconteceria sas regras de vida. aquele momento, dizendo que cada Encerramos com nossas oraum a seu tempo participaria, falando ções e pedindo a Nossa Senhora o que quisesse e o que pensava dos que nos ajude a ser melhores e a outros, sem ser interrompido. realizar nossos propósitos. Começamos com o Thiago que abriu seu coraçãozinho, dizendo do que Silvia (do Márcio) gostava e do que não gostava em cada Equipe Nossa Senhora da Paz um de nós. Depois foi a vez da Paraguaçu Paulista, SP 34
Expansão do Movilnenlo
Santiago 2000 Olá, pessoal, tudo bem, tudo certo? "") O grupo que / vai a Santiago de Compostela continua firme, pagando as suas cotas mensais para a taxa de inscrição. Somos quase 1600 pessoas. Vamos começar a fazer o pagamento para a equipe responsável pela organização do Encontro logo que a situação cambial nos favoreça. Porém, uma coisa nos preocupa: como vai a situação da parte aérea? Os equipistas interessados já estão se agrupando para comprar as passagens em conjunto, a fim de usufruir das vantagens que as agências oferecem? Os casais regionais e os responsáveis de setor estão fazendo um trabalho para que isso aconteça? Não se esqueçam que, no próximo ano, por ser um ano especial, cheio de acontecimentos internacionais, "o tráfego aéreo vai ficar congestionado". Não podemos deixar para a última hora. Quem ainda não se organizou que o faça rapidamente. Vamos para frente, minha gente! Um abração, hl _.
Oriundas das Experiências Comunitárias: • Eq. 12 - N. Sra. da Luz Lages, SC II , • E. 27 - N. Sra. do O Sorocaba, SP • Eq. 28 - N. Sra. da Divina Graça - Sorocaba, SP
.J!1
40 anos das ENS no Rio de Janeiro Com grande alegria, participamos no dia 26 de junho de 1999 da festa de aniversário dos 40 anos da equipe 1 do Rio de Janeiro (Região Rio I), consagrada à Nossa Senhora das Vitórias. Com emoção, ouvimos testemunhos marcantes do início da vida de equipe, como também do trabalho de expansão que logo iniciaram no Estado do Rio. A equipe, hoje composta por três casais e cinco viúvas, com muito fervor recebeu a Eucaristia das mãos dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais Pe. Paulo D'Elboux e Pe. Nelson Dendena, partilhando assim este momento de comunhão com muitos irmãos equipistas que lá estavam. Que o Senhor continue abençoando-os na caminhada!
Vera e Paulo Casal Responsável Regional Rio I
Orlando (da Wilma) 35
Ecumen ismo- Dia de Atendendo à proposta do Patriarca Ortodoxo Bartolomeu I, o Papa João Paulo II pediu para que seja introduzido no calendário das celebrações católicas do Jubileu,
um dia de orações e de jejum na vigília da festa da Transfiguração. Foi o próprio João Paulo II quem revelou a notícia, recentemente, à delegação do patriarcado
ecumênico de Constantinopla, recebida em audiência no dia da festa de São Pedro e São Paulo, 29/06 . "O Jubileu, disse o Papa, nos oferece a ocasião de elevar pa-
EJNS: Movimento É com muita alegria e satisfação que venho falar com vocês por meio da Carta Mensal. Tenho 22 anos, sou jornalista e atual Responsável Nacional do Movimento das Equipes de Jovens de Nossa Senhora (EJNS). Neste primeiro contato, gostaria de explicar o que são as EJNS, não somente aos filhos de pais equipistas, mas sim para todos aqueles que se sentem chamados a se aprofundar na espiritualidade mariana. Somos um movimento que existe há mais de dez anos no Brasil e estamos nos organizando e crescendo a cada dia. Por isso, estamos reunidos atualmente nos setores Bauru, Belém, Brasília, Juiz de Fora, Recife, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Sul e Taubaté e nas coordenações Guaratinguetá e Rio de Janeiro. O Secretariado Nacional grupo que zela pelo bem-estar de todas as equipes do Brasil - está localizado em Sorocaba até o ano 2000. Estimam-se mais de 800 equipistas 36
em todo o Brasil. É também um movimento internacional, presente em Portugal (Secretariado Internacional), Espanha, Síria, Líbano, França, Itália, Bélgica, Colômbia etc. Uma equipe é formada de 8 a 12 jovens solteiros, com idade igual ou superior a 16 anos, além de um casal e um padre acompanhador. Uma vez por mês, no mínimo, a equipe deve realizar sua reunião, tempo forte da vida em equipe, formada de quatro partes essenciais: Oração - Aqui se incluem a Oração do Espírito Santo, um texto bíblico para meditação e o "Magnificat", que é a oração dos equipistas, além de outras orações que a equipe quiser; Tema de estudo - A equipe escolhe, a cada ano, um tema entres aqueles propostos pelo Movimento, de preferência acompanhando a liturgia da Igreja Católica, a fim de que os seus membros estudem em casa e façam uma reflexão conjunta na hora da reunião. Visa à
Jeium com os Ortodoxos ra o Senhor uma doxologia comum e universal bem como de implorar juntos seu apoio, a fim de sermos capazes de anunciar a uma só voz sua glória e sua força
transformadora" . O Papa disse também que o diálogo teológico entre católicos e ortodoxos previsto na primavera passada, por causa dos eventos da guerra dos Bálcãs,
foi adiado de comum acordo para o mês de junho do ano 2000.
do Boletim Semanal da CNBB 08/06/99
paratodososiovens busca de uma fé adulta e de uma identidade cristã; Partilha- É o momento em que os membros da equipe se põem na presença de Deus e partilham as tristezas e alegrias do mês, em atitude de confiança, escuta e correção mútuas. Essa parte da reunião é caracterizada pelo extremo sigilo, o que garante uma maior facilidade de abertura; Ponto de Esforço - É o com- · promisso de transformar em uma atitude concreta aquele ponto da vida que está precisando mais urgentemente de uma mudança. Ele é fimdamental para a transformação diária do equipista e deve ser substituído por outro ponto assim que o equipista atingir aquele objetivo. Em todo o mundo, as EJNS são um movimento de jovens, para jovens e por jovens, com documentos e identidade próprios. Mas uma equipe não pode ser formada sozinha e isoladamente. É preciso que as várias equipes cresçam juntas, realizem ati vida-
des e construam um movimento forte e uniforme. Assim, todos aqueles que desejarem conhecer melhor as EJNS podem entrar em contato com o Secretariado Nacional ou com cidades onde já existam as EJNS. Nossos endereços: Anelar (Cal): Rua Ipiranga, 245 • Mangai • Sorocaba - SP • 18040480 • fone: (OXX15) 221.8815 • email: cal @cruzeironet.com.br • Sandra (secretária): Rua Prof. Benedito Gonçalves Campos, 135 • Mangai • Sorocaba - SP • 18040520 • fone: (OXX15) 221.8433 • email: pontesfa@splicenet.com.br Muito obrigado às ENS, que tanto têm ajudado as EJNS nas diversas cidades em que elas existem. E que Maria abençoe todos os equipistas, jovens e casais.
Anelar Patric Crippa Mendes Reponsável Nacional do Movimento das Equipes de Jovens de Nossa Senhora
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Rosa Mística do Amor N assa Senhora e nossa mãe, que O seu olhar nos envolva 5 amos casais peregrinos em busca da 5 abedoria que nos levará A Deus Pai! 5 empre sob sua proteção
E ncontramo-nos na equipe, N H O R A
os ajudamos mutuamente, omens, mulheres, Conselheiro, crianças seu Filho sempre presente, eforçando nossa vida espiritual conjugal, limentando nossas almas, acalentando nossos sonhos.
D entro da equipe somos uma grande família
-
A migas verdadeiros, ligados pelo seu amor de mãe! R O 5 A
osa singela, somos um rebanho protegido com o seu perfume, com seu cheiro de amor e com ua delicadeza de mulher, sempre nos nimando a seguir em frente, derrubando as barreiras,
M ovendo montanhas, I nvestindo no amor, 5 olidificando a fé, T rocando experiências, I ntercedendo por nós, C ultivando com carinho, A rosa mística do amor!
Rute e Vilson Equipe Nossa Senhora da Rosa Mística Setor A Piracicaba, SP
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Preceda Maturidade I, agora que não estou mais no tempo de alimentar usões, aguça meus sentimentos para que eu perceba a beleza das realidades. PAI, agora que as opções foram feitas e tantas portas se fecharam em definitivo, dá-me as aceitações para que as renúncias não me sejam um fardo pesado demais. PAI, agora que tantos desenganos, tantas incompreensões repetiram lições de ceticismo, conserva minha disponibilidade frente às criaturas. PAI, agora que forças do meu corpo começam a faltar, alerta meu espírito, livra-me do comodismo, redobra a minha vontade. PAI, agora que já aprendi a precariedade de todas as coisas, as limitações de todas as lutas, as proporções de nossa pequenez, afasta-me do desânimo. PAI, agora que já alcancei o ponto da perspectiva que me dá a exata visão do pouco que sei, desvia-me da defesa fácil de colocar viseiras e ajuda-me a envelhecer com a abertura dos corajosos, dos que suportam revisões até a hora da morte. PAI, agora que aumenta o círculo das criaturas que me olham e esperam alguma coisa de mim, dá-me um pouco de sabedoria; ensina-me a palavra certa, inspira-me o gesto exato, norteia minha atitude. PAI, agora que perdi a abençoada cegueira da juventude e só posso amar de olhos abertos, protege-me da amargura. DEUS PAI, concede-me a graça de não chorar o passado, de continuar disponível, de não perder o ânimo, de envelhecer jovem e de chegar à morte com reservas de AMOR.
Lembrança do encontro comemorativo dos 40 anos das Equipes de Nossa Senhora no Rio de Janeiro junho de 1999 39
O Paradoxo de Nosso Tempo paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, porém pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, porém pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, porém temos menos; nós compramos mais, porém desfrutamos menos.
O
Temos casas maiores e failll1ias menores; mais conveniências, porém menos tempo; temos mais graus acadêmicos, porém menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, porém menos saúde. Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos.
Multiplicamos nossas posses, porém reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, porém não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, porém não vida à extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos coisas maiores, porém não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, porém aprendemos menos. Planejamos mais, no entanto realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, porém menor padrão moral. Temos mais comida, porém menos apaziguamento. Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, porém temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade. Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, porém menos diversão; maior variedade de tipos de comida, porém menos nutrição. São dias de duas fontes de renda, porém de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.
É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Dei.
Autor desconhecido (enviado pela Internet) 41
Algre{a Domést1ca
a
vimos dizer que as Equipes dos ou nos domingos. As casas de e Nossa Senhora surgiram família foram os primeiros templos á cerca de 60 anos, na cristãos e PAULO, agradecendo a França, chegando ao Brasil em me- hospedagem que lhe fora dada por ados de 1950. A história próxima Priscila e Aquila, fez expressa reaconteceu assim. Percebemos, po- ferência à "Igreja que está em sua rém, que suas origens são muito casa" (1 Cor 16, 19). mais remotas. Há vinte séculos, O Evangelho não nos fala, mas algumas mulheres como Maria, é válido imaginar que a primeira Lidia e Prisca, prestimosas donas Equipe, formada por casais ou fade casa, recebiam parentes e ami- mílias cristãs que se reuniram perigos, para juntos fazerem suas ora- odicamente em suas casas, para a ções e refeições e para ouvirem e partilha do pão de Cristo ( com orajuntos estudarem temas ligados aos ções, refeição comum, debate de ensinamentos de Cristo que lhes tema, co-participação etc .. . ), tenha eram ministrados em palestras fa- sido verdadeiramente instituída por miliares. Maria, a mãe de Jesus, que um dia Não conhecemos os pormeno- se reuniu com eles, na casa de alres dessas reuniões, mas elas nos gum deles, para celebrar o Filho que são relatadas por Lucas, nos Atos havia prematuramente partido. Nados Apóstolos. Após a morte de quela reunião, talvez se tenha consCristo, as primeiras comunidades tituído literalmente a primeira Equicristãs não dispunham de templos pe de Nossa Senhora. ou de lugares destinados, com exPassados os anos, construíramclusividade, ao culto ou às orações, se os templos de oração e os católirazão pela qual encontraram, nas cos dividiram suas vidas, tornandoresidências ou nas casas de famí- se cristãos apenas dentro do temlia, o ambiente propício para per- plo, enquanto, fora dele, alienavammanecerem reunidos , em comu- se da fé. Graças a Deus nós hoje, nhão fraterna. Maria, a mãe de sem saber o porquê, mas sentindo o João Marcos, Lidia, em Filpos, e sopro quente do Espírito, voltamos Prisca, carinhosamente chamada a nos reunir em Equipes, sob a proPriscila, mulher de Aquila, eram teção de Maria, para reconstituir a apenas algumas das mães de fa- Igreja doméstica que há de permamília honradas com citação nomi- necer para sempre em nossa casa nal nos Atos dos Apóstolos, em · e nossas vidas. cujas casas a comunidade cristã se reunia para a "fração do pão", or]unia e Mauro dinariamente à noite, ou nos sábaEquipe 28- Setor B, RIO I 42
O Rabino deRovidok
E
·as Wiesel, prêmio Nobel da Paz de 1986, no seu 1vro "Sinais do Êxodo", conta a história do Rabino e Rovidok, aqui resumida:
"Um dia, os discípulos do rabino de Rovidok avisaramno que o Messias o esperava. O rabino saiu de casa, andou um pouco e, de repente, parou: "Ouço uma criança chorando ... ". Os discípulos do rabino se tornaram impacientes. "O Messias está esperando e o senhor se preocupa com uma criancinha?" Mas o rabino de Rovidok teimou: uma criança estava chorando. Talvez tivesse fome ou sede ou estivesse doente. Precisava verificar! E como seus discípulos protestassem, explicou tranqüilamente: "Alimentar uma criança faminta é mais importante do que abraçar o Messias". Os anos passaram e o rabino morreu. Perguntaram no céu se tinha vivido na espera do Messias. O Rabino confessou que não e contou o que havia acontecido com a criança faminta ... De repente, o Messias mesmo exclamou: "Tenho coisas importantes a revelar! Queria ver o rabino. Sabia que tinha saído ao meu encontro ... De repente, ouvi o choro de uma criança. Estava com fome e com frio. Então fui visitar a criança. Sabia que o rabino ficaria esperando ... mas como fazer? Essa criança chorava, chorava ... Quando cheguei lá, sabem quem encontrei? O rabino de Rovidok. .. " Ao ler este texto, fico pensando em quantas vezes deixamos de estar com Cristo. Quantas vezes deixamos de fazer caridade! Irmãos devemos ficar sempre atentos nas coisas simples da vida, nelas Ele sempre estará presente.
Paulo e Ana Lúcia Equipe Nossa Senhora do Rosário Região Centro Oeste II - Setor A 43
A Fábula das , Três Arvores a~ia,
no alto d~ montanha, res pequenas arvores que onhavam o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando as estrelas, disse: "eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada". A segunda olhou para o riacho e suspirou: "eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas". A terceira árvore olhou o vale e disse: "quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em DEUS". Muitos anos se passaram e certo dia vieram três lenhadores pouco ecológicos e cortaram as três árvores, todas ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam. Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos! ... Que pena! A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de feno. A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito. E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes: "para que isso?" Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném nascido naquele coxo de animais. E de repente, a
H
primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo ... A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem levantou e disse: "PAZ!". E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos Céus e da Terra. Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantouse quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas, logo no Domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de DEUS e de seu filho JESUS CRISTO ao olharem para ela. As árvores haviam tido sonhos ... Mas as suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado. Temos nossos sonhos, nossos planos e por vezes, não coincidem com os planos que Deus tem para nós; e, quase sempre, somos surpreendidos com a Sua generosidade e misericórdia. É importante compreendermos que tudo vem de Deus e crermos que podemos esperar Nele, pois Ele sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós.
Neusa Cristina e Vicente Equipe 9D - São Paulo, SP 44
Um Novo 11 Novo Milênio''
. . 1999,
ísmo, nosso comodismo .. . e terminar bem este milénio, viver com fraternidade e solidariedade estes meses que ainda restam dele ... Como é bom para a equipe responsável pelo Retiro Anual preparálo e ver os casais saindo de lá esperançosos, fortalecidos, acreditando que podem fazer muito mais por um mundo melhor... Como é bom ver os equipistas, numa "Semana das Famílias", juntando seus esforços e levando conforto, assistência, carinho a tantas famílias, gente que pode acreditar num mundo melhor... Como é bom ver equipistas trabalhando junto a creches, idosos, na catequese, nos cursos de noivos e, com isto, ajudando a construir um mundo melhor. Como é bom ver nossos jovens, após retiros e várias reuniões, despertando para a necessidade de também fazer algo para outros jovens e dizendo a eles: "Eu encontrei Deus, o mundo não é tão ruim quanto propagam e podemos fazê-lo ainda melhor..." Como é bom preparar a "Casa de Nazaré" (retiro para casais de baixa renda) e ver os casais voltando para casa cheios de vontade de construir um mundo melhor... Estamos tentando, Maria, com sua ajuda! Queremos que você possa dizer, hoje, ao seu Filho: "Vede, eles ainda se amam!"
e continuamos falando, e prevendo, e esperando o ano 2000. É muito bonito! É interessante mesmo, pensar que vamos concluir um século, um milénio ... Gostamos de pensar nisto e até sentimos uma certa ansiedade. Como gostamos de viver poesia, fugir ao comum, do dia-a-dia, estar além da realidade ... ! Sem fantasias, sem alienações, coloquemos os pés no chão. O tempo continua passando, seja ano 1000 ou 2000. Para o tempo será apenas a continuação ... ritmada, monótona seqüência de dias, noites, anos, séculos ... Para nós, o futuro! E não esqueçamos que este futuro por que tanto ansiamos, nós o estamos construindo agora. Com nossas ações ... e nossas omissões! Ele será, com certeza, o que fizermos dele. E não precisamos temer. A passagem dos anos 1000 para os anos 2000 certamente foi bem mais triste, mais sem perspectiva. Hoje temos uma nova sociedade, bem esclarecida ... Verdade que ainda acontecem injustiças, interesses particulares sobrepõem-se à vida e aos direitos de muitos. É que continuamos humanos e imperfeitos ... Mas o PAI sabe ... ELE tudo vê e é paciente ... E nós, que nos colocamos sob a proteção de Maria, precisamos procurar ser melhores mesmo, superando nossas dificuldades, nosso ego-
Tery e Odomir CRS, Lages - SC II 45
I ="lcarta Mensal para
tenham desbotado tanto as cores de seus ideais da juventude que aquele que está no espelho não reconheça mais o seu retrato original para comparar-se com ele. Passou por tantas transformações que nada mais tem a dizer senão elogios, repudiando qualquer crítica, e, mais ainda, qualquer auto condenação. Pode acontecer que o homem no espelho tenha ouvido tanta bajulação, tantas falsas exaltações que terminou por crer nelas e jamais lhe dirá que é um impostor, embora o seja. Seu veredicto lhe será sempre favorável posto que envolto em ilusórias desculpas. Por isso convém lembrar do homem que está para além do homem que está no espelho. É Ele quem vai pagar o derradeiro salário. É Ele quem vai julgar, separando os cabritos das ovelhas. É Ele quem vai nos convidar a receber por herança o Reino que nos foi destinado ou nos declarará eternos deserdados. BJJúlio (da Auxilium) - Equipe 2 - Manaus, AM
os Bispos Como Casal Expansão/Fonnação da Região Nordeste I para o litoral sul do Estado de Pernambuco cumulativamente com a de Ligação de Palmares com a Região, recebemos com muito entusiasmo a notícia de que a Carta Mensal está sendo encaminhada também a todos os Bispos; essa iniciativa veio facilitar em muito a apresentação do Casal Expansão, notadamente nas cidades do interior, e, conseqüentemente a entrada das ENS nessas cidades. BJErenita e Attanazio - Eq. N.S. da Boa Viagem - Recife, PE
I ="I
O homem para além do homem no espelho Li a reflexão enviada por Jussara e Daniel publicada na Carta Mensal de Junho/99, sob o título de "O homem no Espelho" de autor estrangeiro. Meditando sobre ela ocorreume a lembrança do homem que está para além do homem que está no espelho. O homem que está no espelho pode ter tido uma história tão envolvida em tentações de poder, tão corrompida pelo dinheiro, tão manchada de infidelidades que perdeu completamente a voz. Distanciouse tanto da verdade, da pureza e do amor que pensamentos profundos brotam da consciência, mas esbarram em uma língua paralítica. Pode ser que a vaidade e o orgulho
I ="IQue a paz
esteja com todos! Esplêndido o texto publicado na página 29 da Carta Mensal no 346. Parabéns à Glória do João. Carinhosamente, em Cristo, Pe. Luiz Eduardo de Avila Eq. 28 - Setor A Juiz de Fora, MG
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MEDITANDO EM EQUIPE Vivemos a salvação numa comunidade de vida nova: Igreja, família cristã, equipe . Nessa nova comunidade a importância de cada um não pode ser julgada por critérios mundanos . O pequeno, o fraco, o sem-importância, o que apenas carrega cargas é muitas vezes o mais importante para a nossa felicidade . Muitas vezes o mais importante que podemos fazer é fazer o menos importante que ninguém quer fazer.
........................................... Leitura: Evangelho de Mateus 1 8, 1 -5 •
Na minha família, na minha equipe, na minha comunidade mais ampla quem é "menos importante"?
• Aceito ser "menos importante"? • Aceito quem é "menos importante" como salvação que Deus me envia? •
Peça compreensão, agradeça, adore, veja o que vai fazer.
....... .. .... .. ... ............... ..... ..... Ora~ã o
litúrgica:
Deus sabe o meu tamanho (Salmo 130) Senhor, meu coração não é orgulhoso, nem se eleva arrogante meu olhar; não ando à procura de grandeza, nem tenho pretensões ambiciosas . Fiz calar e sossegar a minha alma; ela está em grande paz dentro de mim, como criança bem tranqüila, saciada, no regaço acolhedor de sua mãe .. .
Convidados às Bodas de Caná -
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Eies não têm mais vinho
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Fazei tudo o que Ele vos disser
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Enchei de água as talhas11
EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (011) 256.1212 • Fax: (011) 257.3599 E-mail : secretariado@ens.org .br • cartamensal @ens.org.br