EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°355 • Junho - Julho I 2ooo
EDITORIAL .... ..... .......... .... ............ O1
Demonstrações
A Alegria do Encontro ....... ... .. .... .. O1
Financeiras de 1999 .. .. .......... ..... 24
Conselheiro Espiritual da SR ........ 02 PALAVRA DA SUPER-REGIÃO ....... 03
EACRE 2000 ....... ......................... 30 Flashes dos EACREs ..................... 30
Entusiasmo e Paz! ............... .... ..... 03 VIDA NO MOVIMENTO .......... .. ... 34 CORREIO DA ERI ..... ........ ........ .... 04
Encontro de Leigos ..... ............ ..... 34
Santiago-
Goiânia , um Velho Sonho ...... .. .... 36
Caminho de Conversão ............ ... 04 Carta do CE ..... ..... ...... ........ .... ... . 05
PASTORAL FAMILIAR ........ ...... ...... 38
Notícias Internacionais .. ... .......... . 07
Sexualidade Humana ........ .. .. ...... 38 Namorados .. .
SUPER-REGIÃO ..... ......... .. ... .. ... ... 08
Esposos Enamorados ........ ........... 41
À Imagem da Trindade ..... ......... .. 08 TEMPOS DA IGREJA .. .... .. .. .. ...... .. 42 ENCONTROS INTERNACIONAIS . 1O
Festa de Corpus Christi .......... .. .... 42
1982 - Mais uma Vez, Roma ....... 1O
Junho : Mês do Coração ...... .. .. .... 44
JUBILEU DAS ENS ...... .. .... .... .. .. .. . 1 4
NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ...... . 45
Cravos Vermelhos em ltaici ..... .... 14 Província Leste .. ...... ... ....... ....... .... 1 6
MARIA ....... .. .... ............... ........ ... .. 46
Maria, um Encontro Marcado ..... . 19
Maria - Plena do Espírito! .. .......... 46
Pena que vocês não foram! ........ . 20
38<~ ASSEMBLÉIA DA CNBB ....... ... 22 Reflexões da Carta Brasil 500 Anos .. .... .. ... ... ... 22 BALANÇO ............ .. .... ... .. ...... ..... . 24 Carta Mensal é 1mU1 publicação mel/Sal das Equipes de Nossa Se1Ú10ra Ediçiío: Equipe da Garra Menwl Cecília e José Carlos (respousáveis)
Wilma e Orlando Riw e Gilberto Lucinda e Marco
Janete e Nélio Pe. Ernani J. Angelini (cous. espiritual) Jomalislll Respousá••el: Catherine E. Nadas (mrb 19tU51 Editoraçiío Eletrôuica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Prodttções Editoriais Lula. R. lleuâucio Avres, 93 1 - SP Fone: (Oxxl/ j 3873.1956
PALAVRA DO LEITOR .. .. .... .. ... ...... 47 PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO .. ...................... .. .... 48 Ação de Graça s pelos PCEs .... ....................... .... .. . 48 Oiagramaçiío: Alessandra Carignani
Impressão: Edições Loyola R. 1822, 347 Fone: (011) 691-f./922
Cartas. colaborações. 110tfcias. tesremunhos e imagens de\•em ser enviadtL'I para:
Carta Mensal R. Luis Coelho. 308 5., wular · conj. 53 01309-000 • Süo Paulo - SP Fone: (Oxx /1 ) 256.12 12 Fax: (Oxx /1 ) 257.3599
carta menscl!@ens.org. br
Tiragem desta edição: 14.000 exemplares
A/C Cecília e José Carlos
AAlEGRlA DO ENCONTRO
A
inda sentindo em nossa mente e em nosso coração os momentos de emoções vividos durante a peregrinação à Casa da Mãe, é que escrevemos para vocês, nossos queridos equipistas e Conselheiros Espirituais. Alegria, entusiasmo, partilha, amor foi o que sentiram os equipistas que participaram da peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida. Como Maria deve ter ficado feliz em ver seus filhos reunidos, louvando e agradecendo a Jesus por tudo aquilo que as Equipes de Nossa Senhora nos dão de graças e bênçãos. Neste edição publicamos alguns flashes do que foi a peregrinação comemorativa do Jubileu de Ouro das Equipes de Nossa Senhora em nosso país. Na edição de agosto, vocês terão outros testemunhos dos participantes deste acontecimento. Queremos agradecer, de coração, as manifestações de simpatia em relação à Carta Mensal de maio 2000 que recebemos através de telefonemas, cartas e e-mail e pedimos que o Espírito Santo nos ilumine para podermos continuar servindo nossos irmãos. Gostaríamos também de pedir um pouco de paciência aos equipistas que nos enviaram material para publicação, pois este é um ano muito especial, com acontecimentos e comemorações que merecem nossa atenção praticamente o ano
todo. Vocês já sabem que o material que recebemos é tratado com muito carinho pela nossa equipe para possível publicação. Neste ano o Projeto Rumo ao Novo Milênio dá ênfase à glorificação da Santíssima Trindade. Esperamos que a nossa capa ajude na reflexão deste mistério. Neste mês de junho, mês dos namorados, vêm bem a propósito os artigo "À imagem da Trindade" e "Namorados ... esposos enamorados" que nos permitem fazer uma boa reflexão sobre nossa vida conjugal. O Correio da ERI, por sua vez, nos fala de "Santiago, caminho de conversão" e nos traz as primeiras informações sobre o conteúdo do encontro. É uma parte da Carta Mensal que merece nossa atenção porque nos fornece subsídios que, junto ao tema que já estamos estudando, constitui um bom preparo para esse grande acontecimento. Temos ainda saborosos momentos da história das ENS, um artigo interessante sobre o "Encontro de leigos", onde as ENS estiveram presentes e muito mais, que vocês poderão descobrir... Que este mês seja para nós todos um tempo de conversão e de maturidade espiritual. Boa leitura para todos! Equipe da Carta Mensal
CONSELHElRO ESP1R1TUAL DA SR Caros casais e Conselheiros Espirituais. No passado dia 13 de maio, celebramos o cinqüentenário das Equipes de N. Senhora no Brasil. Por toda a parte houve inúmeras celebrações. Entre elas penso podemos destacar a Peregrinação ao Santuário Nacional de N. Senhora Aparecida. Nessas celebrações houve muitos aspectos que nos poderiam fazer pensar. Fico apenas com um: o Movimento e suas propostas tiveram uma divulgação muito grande, até mesmo no plano nacional. Foi muito bom. Mas também comprometedor, exigindo das Equipes uma vivência mais profunda, uma autenticidade maior, um testemunho mais convincente. O cinqüentenário, solenemente celebrado, é boa oportunidade para renovar a vida de Equipe como vivência de comunidade-Igreja, a vivência conjugal da vocação cristã, a alegria de amar e dar vida. A Equipe que é verdadeira comunidade de casais, partilhando a fé, a caridade e oração, infalivelmente se torna um foco de atração e irradiação de vida para todos os casais a seu redor. A união, a fraternidade, o apoio confiável, a ajuda mútua em todas as necessidades, mais do que as palavras, mostram qual seja na prática a vida que o Cristo nos torna possível. O casal equipista pode e deve realizar, aos olhos de todos, a vivência conjugal da vocação cristã, assumindo a caridade conjugal em todos os seus aspectos e com todas as suas exigências e possibilidades. Vivendo intensamente essa caridade conjugal, poderá expandir seu amor nos filhos, sobre os familiares, sobre a Sociedade e a Igreja. Finalmente, neste cinqüentenário as ENS devem viver a alegria, comunicar a alegria, salvar a alegria. Os equipistas, como cristãos, sabem que receberam do Senhor todo o bem, toda a vida, toda a paz: pois a alegria é o sentimento de quem sabe que possui o bem, um bem que não lhe pode ser tirado. E o casal, de fato casal, tem além do mais a alegria de se ter e de se amar, dom que lhes vem do próprio Deus: é preciso que deixem essa alegria florir diante de todos, principalmente dos filhos e filhas. Os equipistas poderiam tentar, sem ficar esperando pelo centenário. Deus nos ajude.
Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr 2
ENTUSIASMO E PAZ! Olá, gente amiga!
mento das ENS no Brasil, incitandonos a levar adiante o seu ideal. E - não podemos nos calar - que lição de vitalidade nos deixaram os irmãos equipistas mais distantes vindos de Porto Alegre, Belo Horizonte, Londrina, Vitória etc, sem falar na festiva turma de Belém, cujas 41 horas de viagem em ônibus, só pra chegar, em nada arrefeceu o ânimo. Tenham certeza, queridos peregrinos de Belém, que seu vibrante testemunho de amor ao Movimento não ficará sem produzir frutos. A segunda característica foi a paz. Não poderia ser outra a sensação que invadiu nossa alma, ao nos aconchegarmos na casa da Mãe das Mães, para unidos a ela, entoarmos um grande hino de ação de graças. Com Maria, já na celebração eucarística de abertura, entregamos a Jesus as preocupações, os medos, as inseguranças próprias daqueles que se põem a caminho, em busca e em missão. Junto a Maria, na celebração de encerramento, renovando nossa consagração, permanecemos na confiança de que ela nos apontará os caminhos, nos fará afrontar os novos desafios e melhor servir o Reino de Deus. Entusiasmo e Paz. Dois presentes na festa do nosso Jubileu de Ouro. Que eles incendeiem os corações equipistas por todo este imenso Brasil. Com nosso carinhoso abraço,
Ao final da Peregrinação a Aparecida, no último dia 13 de maio pp., ao olhar as quatro alas da Basfiica, em formato de cruz, inteiramente tomadas por equipistas e seus familiares, tivemos a oportunidade de dizer aos presentes que, se pudéssemos resumir o que foi aquele evento, usaríamos apenas estas duas palavras: ENTUSIASMO E PAZ! Entusiasmo da alegria que brotava do olhar dos peregrinos, no calor do nosso encontrar-se como irmãos de caminhada. Entusiasmo do milagre de nos sentirmos tão próximos uns dos outros, embora vindos de lugares distintos ou distantes, e, na maioria esmagadora, pessoas que nunca se viram ou se falaram. Entusiasmo de sermos tantos (mais de 3.600 peregrinos) reunidos num mesmo lugar e no mesmo tempo, trazendo à tona a consciência da grandeza da nossa pertença e das nossas potencialidades como Movimento. Entusiasmo daqueles que ousaram se desinstalar, pondo-se em viagem, na véspera do Dia das Mães, levando aberto o coração e um sorriso nos lábios. Entusiasmo vibrante dos equipistas das Regiões SP/Leste I e II que abraçaram o peso da organização com uma dedicação de causar inveja. Entusiasmo na vibrante mensagem de Dona Nancy, no lançamento do "Ensaio" sobre a história do Movi-
Silvia e Chico 3
SANTIAGO- CAMINHO DE CONVERSÃO
N
o capítulo 6 de São Marcos, Jesus chama os doze pela primeira vez e os envia dois a dois: Ele lhes dá o poder sobre os espíritos maus. Ele lhes recomenda que não levem nada pelo caminho, somente um bastão; nem pão, nem dinheiro, nem sacola na cintura. Manda que andem de sandálias e que não levem duas túnicas. Somos dois a dois, em casal, marido e mulher; dois a dois nós somos, se, como sacerdotes, pelo nosso batismo, levamos a Igreja; dois a dois nós somos se, como viúvos, viúvas ou divorciados levamos na prece e no coração o nosso cônjuge, aquele que não está mais conosco. Dois a dois, somos chamados pelo Cristo a nada levar pelo caminho, a nos deixar guiar com confiança, a nos deixar arrebatar pelo Cristo, a nos deixar transformar por Ele. É uma chamada à conversão, à conversão radical.Nosso caminho para Compostela é uma oportunidade para nós de nos desembaraçarmos de tudo o que nos sobrecarrega, de tudo que nos impede de "ser" realmente. Nosso caminho para Santiago de Compostela, para esse Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, é uma ocasião que nos é dada para fazer um balanço de nossa vida e tentar a aventura da conversão, conversão do coração: transformar nosso coração de pedra em coração de carne. Esse caminho para Santiago, é um tempo para que nós nos transformemos, para que nos tomemos
seres novos, repletos do Espírito. Neste ano do Jubileu, ano santo, o Senhor nos chama ainda mais para um espírito de caridade, vivido na esperança e enraizado numa fé profunda. As Equipes de Nossa Senhora nos dão essa chance de ser os enviados de nossas equipes, de ser aqueles que rezam pela multidão de casais que estarão reunidos nesse lugar santo da Europa e em todo o mundo cristão. Converter-se é experimentar, a cada dia, a presença do Senhor e se deixar levar por Ele, nutrir-se de sua Palavra e testemunhar o seu amor. Nossa conversão passa pelo nosso encontro cotidiano, em casal, com nossos filhos, para rezar a Deus. É também escolher regularmente um aspecto de nossa vida que precisa ser melhorado e, uma vez por mês nos encontrarmos, sob olhar de Deus, para conversar, para escutar um ao outro e assim melhorar ainda mais o nosso amor. Então, como o Senhor nos convida, poderemos nos retirar para o deserto (e Santiago é uma oportunidade para isso) a fim de melhor discernir a sua vontade sobre nós. Em comunhão com os equipistas de todo o mundo, que encontraremos em Santiago de Compostela, poderemos retomar, se o tivermos abandonado, o caminho, de cada dia, do louvor de Maria. Magnificat.
Gérard e Marie-Christine de Roberty Eq. Responsável Internacional 4
CARTA DO CONSELHElRO ESPlRlTUAL SANTIAGO 2000: UM GU1A
Q
uando se pensa em Santiago de Compostela, e se procura um livro para conhecer os detalhes dessa cidade considerada como um lugar importante de conversão, são tantos os textos que tratam do assunto que temos até dificuldade para escolher um. Mas o título é quase sempre o mesmo: Guia. Sabemos que Santiago era o ponto final de uma longa viagem. Os peregrinos que lá chegavam vinham de toda a parte, mas precisavam chegar sem muitos entraves e desvios. E então, podemos entender que, para chegar a Compostela, era necessário ser guiado. A princípio eram as estrelas da Via Láctea (o "campo das estrelas"!), depois, os relatos dos antigos peregrinos: hoje, são os "guias" que nos traçam os itinerários, e nos fazem conhecer, pelo caminho, os lugares típicos, ou os que têm uma história. Não há nada de estranho nisso. Estamos habituados a ser guiados na vida. Mas não podemos ser desconfiados. Ser guiado e aceitar supõe ter confiança naqueles que nos guiam. Seria desastroso se aceitássemos uma orientação qualquer com desconfiança ou pensássemos que nosso guia não tem autoridade ou capacidade suficientes. Na nossa vida familiar, sabemos bem até que ponto é necessária essa confiança mútua. Aceitar a opinião do outro no cotidiano, mas manter
uma constante troca de idéias sobre pontos de vista dos dois cônjuges; viver, de urna certa maneira, em constante "dever de sentar-se" que encontra seu sentido, evidentemente, nessa confiança que sabe dialogar, sem que um ofusque o outro ... E, a respeito das crianças, aceitar o trabalho e o dever de ser guia de seu crescimento físico e espiritual. Essa disciplina se aprende dia após dia, pois ela é feita de tato, polidez, firmeza, generosidade e profunda reflexão. Na vida das Equipes de Nossa Senhora, aceitamos, desde o primeiro dia de nossa pertença, como "guias" os nossos estatutos (Carta) e a inspiração de nossos fundadores. E mais de cinqüenta anos de vida nos 5
tante é ir e chegar lá com um profundo sentido de conversão ... Face a essa evolução necessária, queremos aceitar de boa vontade, com uma visão crítica positiva, o sentido das responsabilidades daqueles que receberam o encargo do serviço. Nós não queremos questionar essa evolução, por saudade do passado, gratidão ou emoção, em nome de uma história pessoal antiga de serviço, mesmo que ela seja digna de gratidão. Estamos convencidos de que as orientações tomadas para nos guiar e nos ajudar a seguir o caminho começado não são jamais fruto da improvisação superficial, mas decididas com maturidade e responsabilidade, depois de uma longa reflexão e muitas horas de oração. Desejamos todos ser positivos e entusiastas, ajudando as Equipes de Nossa Senhora a caminhar para frente. Deixemos agir o Espírito através daqueles que são conscientes de suas responsabilidades e sejamos suficientemente humildes e fiéis para não nos considerarmos donos da verdade. Os itinerários das Equipes de Nossa Senhora são complexos, mas com a autoridade da Igreja, eles se tornam sempre claros. Como os peregrinos de Santiago de Compostela fazem há séculos, aceitemos caminhar com aqueles que nos guiam e olhemos, com otimismo, um futuro que se anuncia fecundo, pois tem como fundamento uma fé inabalável em Jesus Cristo, sob o olhar amoroso de Maria, Nossa Senhora.
dizem, bem claramente, que essa primeira inspiração foi certamente válida. Eis aí uma das razões que nos fazem compreender que estamos no caminho certo da espiritualidade; caminho inspirado por Deus aos primeiros membros das Equipes de Nossa Senhora (sacerdotes e casais) que, tateando, talvez, mas com plena confiança na ajuda e na condução do Espírito, nos deixaram um caminho ao qual aderimos com fidelidade e do qual saboreamos os frutos incontestáveis. E, certamente, na dinâmica das Equipes de Nossa Senhora, existe uma maneira de agir que se refere às responsabilidades daqueles que aceitaram o serviço de fazê-las avançar em direção à Terra Prometida da espiritualidade conjugal, pela inspiração dos textos, pelas orientações e pela organização das estruturas. Questionar a evolução das Equipes de Nossa Senhora, sob a condução daqueles que têm as responsabilidades, é questionar, em primeiro lugar, a possibilidade da ação do Espírito. Do mesmo modo que a Igreja evolui ao ritmo dos tempos, as Equipes de Nossa Senhora têm o direito, mais do que isso, têm a obrigação de evoluir. Trata-se de uma primeira intuição do Pe. Caffarel, convencido da necessidade de uma constante acomodação aos sinais dos tempos. Ele queria que o itinerário das Equipes de Nossa Senhora fosse um itinerário sempre aberto ... Podemos ir a Santiago a pé, como os primeiros peregrinos, mas podemos ir também com os modernos meios de transporte. O impor-
Cristóbal Sàrrias, sj. 6
NOTÍClAS lNTERNAClONAlS Um bom conselho:
Isso quer dizer que nós podemos usar manga curta durante o dia e uma blusa de agasalho à noite; podemos também precisar de uma capa impermeável, se chover.
Nlio deixem de visitar o site do Encontro Internacional de Santiago (http:/1 www. ens2000.org)
A Agenda do Encontro- A agenda
Neste site encontrarão:
prevê a participação nas palestras e Eucaristias que serão realizadas, de manhã, no pavilhão SAR de Santiago de Compostela e às reuniões de equipes mistas, que terão lugar nos hotéis, à tarde.
As últimas notícias do Encontro "Temos recebidos muitas perguntas sobre o tempo em Santiago de Compostela. Segundo o "Centro meteorológico da Zona da Galícia", os dados registrados entre 1961 e 1990 mostram que: •
• •
Segunda-Feira 18:Chegada aos hotéis, apresentação, reunião de amizade. Terça-Feira 19:Tema do dia: "Ser Pessoa". De manhã, Eucaristia e palestra/debate. À tarde, reunião de equipes mistas. Quarta-Feira 20:Tema do dia: "Ser casal". De manhã, Eucaristia e palestra/debate. À tarde, reunião de equipes mistas. Quinta-Feira 21:Tema do dia: "Ser Casados". De manhã, será feito um trecho do Caminho de Santiago; depois, Eucaristia na Catedral e Botafumeiro (turíbulo). À tarde, visita livre a Santiago. Sexta-Feira 22: Tema do dia: "Ministério Conjugal". De manhã, Eucaristia e palestra/debate. À tarde, festa em ambiente galego. Sábado 23:Tema do dia: "Ser casal, hoje, na Igreja e no Mundo". De manhã, Eucaristia e debate. À tarde, despedida e envio.
Setembro é o mês que tem as maiores diferenças entre as precipitações (chuvas) máximas e mínimas: entre 60 e 140 lt/m2. A média dos dias sem nuvens é de 4-8 dias por mês. A temperatura média máxima é de 22,4°C e a mínima é de 11, 7°C. A temperatura média do mês é de l7°C.
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ÀlMAGEM DA TRINDADE r estes dias esamos celebrando Dia dos N amorados. Ainda que renovemos e celebremos nosso amor todos os dias, esta festa tem um apelo especial, trazendo à mente os primeiros tempos e tudo vivido desde então. Ao se lançar os olhos sobre a nossa e tantas histórias de amor, como não se maravilhar com esta estranha e imensa força que atrai e une um homem e uma mulher? Força, movimento e energia, que gera e alimenta a vida, que supera dificuldades, limites e regras. Tamanha maravilha, o amor humano só pode ter sua fonte em Deus. Ele próprio não é solidão, mas relação, comunhão perfeita de pessoas divinas. Deus é Amor e sua imagem e semelhança está marcada, em nós, em nossa capacidade de amar. Contemplar o amor humano nos remete ao mistério da Trindade; sondar o mistério do Deus trinitário, ilumina e alimenta o amor humano. Em Deus, as distintas pessoas Pai, Filho e Espírito Santo- se relacionam e se comunicam pelo amor, de tal modo que se tornam uma só, a perfeita unidade. Tão perfeita que onde age uma pessoa, nela estão
Ao se lançar os olhos sobre a nossa e tantas histórias de amor, como não se maravilhar com esta estranha e imensa força que atrai e une um homem e uma mulher? 8
este Ponto Concreto de Esforço é espaço de diálogo e comunhão, instrumento de construção da unidade do casal. Homem e mulher, participando juntos da comunhão trinitária, não apenas falam de suas vidas, mas a comunicam um ao outro. Saem de sua solidão. Despem-se e dão-se a si mesmos. Fazem-se um. Na alegria e na tristeza ... sim, porque, às vezes, este encontro é dolorido. A verdade revelada nem sempre é doce, as mudanças provocadas, nem sempre fáceis. Seja como for, é caminho de felicidade, pois realiza o profundo desejo de comunhão impresso em nossa alma pela participação no Amor de Deus. Olhando a história da salvação, vemos Deus se revelando a nós como Trindade, verdadeira comunhão. No início das Escrituras, um Deus solitário; na plenitude dos tempos, em Jesus, um Deus solidário. Nossa própria história é assim. Quanto mais nos aprofundamos na comunhão com Deus, mais participantes nos fazemos da comunidade divina. E "quanto mais íntima é nossa união, mais forte a exigência de traduzir essa comunhão em solidariedade real, dentro de nossa vida, dentro da história e da sociedade" (Fr. Carlos Josaphat). Vivendo nossa conjugalidade no Deus-Trindade, somos levados a uma comunhão ainda maior, com todos os irmãos, aquela comunhão que os Atos dos Apóstolos mostraram realizada na comunidade cristã primitiva.
agindo as outras. Na Trindade, existe uma total circulação de vida e amor, de modo que existe uma plena igualdade, não uma relação de superioridade ou autoridade. Deus nos fez pessoas distintas, homem e mulher, não por acaso. Se Ele é relação de pessoas, em plena comunhão, também esse é seu plano para nós. Somos, homem e mulher, chamados ao encontro e à comunhão pelo amor, chamados a fazer-nos "uma só carne". A construção de tal unidade é um desafio a todos os casais. Nossa experiência cotidiana- mescla de profundo amor com toques de egoísmo, limites, infidelidades, dominação - está aí a nos mostrar que a construção da unidade conjugal não é apenas tarefa humana. Ela se constrói no seio da comunhão divina. Deus nos convida a partilhar do laço de amor que faz una a Trindade. Comunica-nos o Espírito Santo, para que entremos na comunhão trinitária. E é participando juntos deste mistério que construímos nossa própria unidade conjugal. Quando se pensa sobre essas coisas, se nos evidencia clara e inequivocamente a presença do Espírito Santo na origem das Equipes de Nossa Senhora. Ao propor aos casais a vivência de uma espiritualidade conjugal, nosso Movimento nos convida a beber da própria fonte do Amor. Ao propor os Pontos Concretos de Esforço, as ENS nos oferecem instrumentos eficazes para nossa comunhão com o Deus-Relação de Amor. Chama-nos a atenção, sobretudo, o Dever de Sentar-se. Por si só,
Lourdes e Sobral CR - Província Centro-Oeste 9
1982 - MAlS UMA VEZ, ROMA SE CONHECESSES O DOM DE DEUS!
A
escolha de Roma para sediar mais uma vez (a segunda consecutiva, e a terceira na história dos Encontros) o Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora deveu-se a uma razão muito especial. O papa João Paulo II, bem no início de seu pontificado, em audiência particular concedida à Equipe Responsável Internacional, a 17 de setembro de 1979, havia externado sua firme confiança no Movimento. 1 Assim, além de proporcionar ao maior número possível de equipistas a oportunidade de viver a internacionalidade das ENS no próprio "coração da Igreja", desejou-se que o próximo Encontro Internacional marcasse uma presença forte junto ao novo ocupante da Cátedra de Pedro, cuja exortação apostólica Sobre a Função da Família Cristã no Mundo de Hoje, acabava de vir à luz. Como fio condutor para a preparação do encontro, o Movimento propôs à reflexão de todos os casais um conjunto de temas 2 cuidadosamente elaborados, baseados no episódio dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35). A organização da participação dos equipistas brasileiros foi conduzida de forma a minimizar as preocupações dos peregrinos com as providências de viagem e liberar os quadros
do Movimento das tarefas administrativas, assim permitindo que se concentrassem mais na preparação espiritual não só dos que viajariam mas também para que todos os equipistas do nosso país estivessem com os peregrinos "em espírito e oração" . Um fato , não relacionado com o Encontro, causou forte impacto nas ENS no Brasil. Em 17 de agosto, Dr. Pedro Moncau Jr., o introdutor do Movimento em nosso país "voltava à casa do Pai". Na manhã de domingo, 19 de setembro de 1982, cerca de 400 brasileiros chegavam a Roma, usando seus chapeuzinhos e seus lenços verde e amarelo, que haviam recebido ainda durante o vôo e que os distinguiria durante todo o Encontro, para juntar-se aos equipistas vindos de todos os continentes. Transportados para seus locais de hospedagem lá tiveram, ainda no domingo, a sua primeira reunião de equipe.
Segunda-feira, 20- Logo pela manhã dirigem-se todos às catacumbas de São Calixto, onde sentados em seus banquinhos sobre o grande gramado, participam da cerimônia de abertura, com a apresentação das delegações: um casal de cada país presente levando uma
L Carta Mensal de novembro de 1979. 2 No Brasil, o fasc ículo foi editado sob o títul o "Cristo caminha conosco".
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tabuleta com o nome do respectivo país sobe ao palco. A alocução do bispo português é ouvida no mais profundo silêncio, embora a maioria dos 5000 presentes nada entenda. A seguir, por grupos lingüísticos, visita às catacumbas, onde em fila indiana percorrem em clima de recolhimento alguns daqueles 17 km de subterrâneos onde se acham sepultados os primeiros cristãos de Roma, muitíssimos deles mártires da Igreja. De volta à superfície, tempo para um lanche ao ar livre, dever de sentar-se e confissões. À tarde, uma vez que a liturgia do dia é toda em português, celebração eucarística presidida por D. Lucas Moreira Neves.
cânticos, recebe os peregrinos no centro da cristandade. Acomodados no imenso salão de audiências, ouvem Mons. Cox, Secretário da Pontifícia Comissão para a Fanu1ia falar-lhes de Matrimônio e Eucaristia. Depois do piquenique debaixo da formosíssima "colunnata" de Bernini, volta ao salão onde, após serem brindados com danças típicas espanholas pelos equipistas de lá, retomam o tema da manhã: Matrimônio e Eucaristia, dons de Deus aos homens, a cargo de dois teólogos. O programa encerra-se com a apresentação da Equipe Responsável Internacional e as palavras de Marie e Louis d' Amonville sobre a internacionalização do Movimento e as orientações para os próximos anos. De volta às "casas", depois do jantar realiza-se mais uma reunião de equipe.
Terça-feira, 21 - O esplendor da Basílica de São Pedro, com a imponência da liturgia, a beleza dos 11
Quarta-feira, 22 - Partindo de Roma, às 7 horas da manhã, os ôni-
Os brasileiros ensaiam
bus percorrem 70 km para levar os peregrinos a Assis. Visita à Basílica de São Francisco, a São Damião e outros locais ... a cidade toda imyregnada da alma do grande santo. E algo que paira no ar, tão puro, na paisagem tão serena, algo que emana daquelas paredes antigas, daquelas construções tão delicadas ... O dia em Assis termina com a celebração eucarística, em italiano, em Santa Maria dos Anjos, junto à Porciúncula.
cantar "A bênção João de Deus"3 , mas estão muito dispersos e quando alguém tenta puxar o canto, ele logo é abafado pelo belíssimo canto: "Ecce!... Fiat!... Amen!... Amen!... Aleluia!", que os brasileiros
Quinta-feira, 23- É o dia do Papa ...
acabam cantando junto
Após a concelebração na Basílica de São Pedro é a corrida em direção ao salão de audiências para assegurar um bom lugar. Começa a expectativa. Os brasileiros ensaiam cantar "A bênção João de Deus"3 , mas estão muito dispersos e quando alguém tenta puxar o canto, ele logo é abafado pelo belíssimo canto: "Ecce! ... Fiat!. .. Arnen!. .. Arnen!. .. Aleluia!", que os brasileiros acabam cantando junto com a multidão. De repente, o órgão, as trombetas, o coral cantando mais forte ... Sua Santidade surge no fundo do salão! Vem vindo sem pressa, apertando mãos, sorrindo, dizendo uma palavrinha, afagando um rosto, uma cabeça. Os brasileiros notam menos vigor físico 4 do que quando ele estivera no Brasil, mas é a mesma figura ao mesmo tempo carismática e simpática. Para que to-
com a multidão. dos possam vê-lo, o Pontífice sobe num pequeno pódio rodante e acena para todos os lados. Quando chega ao palco, depois de quase meia hora, o delírio é completo: o canto, as palmas estão no auge; os brasileiros agitam os lenços verde e amarelo, os espanhóis uma enorme bandeira ... João Paulo, visivelmente emocionado, acena agradecendo. Marie e Louis d' Arnonville e o Pe. Tandonnet aproximam-se e dirigem-lhe uma saudação em nome de todo o Movimento. Agora, novamente, a expectativa é grande: o Papa vai falar... 5 Após a alocução, o Santo Padre que falara em francês, dirige algumas palavras aos equipistas de ou-
3. Música composta e muito cantada por ocasião da J• visita de João Paulo TI ao Brasil, em 1980. 4. O atentado à vida do Papa ocorrera em 198 1. 5. A íntegra da alocução de João Paul o II às ENS acha-se pub licada na C.M . de novembro , 1982, pg. I a 9.
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tros grupos lingüísticos. Dirigiu uma saudação especial aos jovens das EJNS que o ovacionavam entusiasticamente. Ao despedir-se, como que pensando melhor, parou e disse: "Venham de novo ... sempre mais numerosos!. .. E digam aos vossos filhos que o Papa lhes manda um abraço". E saiu, pelo lado esquerdo, enquanto o imenso auditório vinha novamente abaixo com o mesmo canto solene e jubilante da entrada: "Ecce!. .. Fiat!. .. Amen!. .. Amen!. .. Aleluia! " Após esta verdadeira apoteose, os peregrinos retornam às "casas" para o almoço. À tarde, visita a locais históricos de Roma. Depois do jantar, a última reunião de equipetroca de endereços, promessa de cartas, de fotos, e principalmente de orações.
e as respostas pastorais que a Igreja procura dar. O casal lê na sua língua, alguém traduz em seguida. É bem apropriado que ressoem línguas estranhas na basílica dedicada ao Apóstolo dos Gentios. Os poloneses comovem a todos. A religiosa que os acompanha lança um dramático apelo: "Rezem por nós!" 6 No fim da concelebração, os casais ficam todos no altar e o sacerdote ergue a tabuleta com as cores do país acima de suas cabeças. É lindo! Louis d' Amonville agradece e deseja a todos uma boa viagem. Então os peregrinos se despedemcomo não podia deixar de ser- com o que melhor traduz o que lhes vai na alma: "Ecce!. .. Fiat!. .. Amen!. .. Amen!. .. Aleluia!" Os ônibus levam todos à estação Termini, onde os casais são distribuídos de acordo com o rumo que vão tomar. Acabou a peregrinação. Para alguns vai começar outra, à Terra Santa; para outros, é um passeio que vai se iniciar; para outros ainda, é a volta para casa dentro de algumas horas. Todos um pouco tristes com o encerramento desses dias inesquecíveis de espiritualidade e fraternidade. Mas unânimes: houve algum sacrifício e cansaço, mas valeu a pena! 7
Sexta-feira, 24- Os peregrinos já descem para o café da manhã de malas prontas: é o último dia. Depois da paraliturgia feita nas casas, é hora da despedida. Momentos fortes de grande amizade: todos emocionados, muitos choram. Ainda comovidos entram nos ônibus para mais um breve roteiro de visita. Após o almoço, rumam para São Paulo Fora-dos-Muros. A celebração final do Encontro é em espanhol. Em procissão, sobem ao altar um casal e um sacerdote de cada país levando um cartaz com os principais problemas de seu país
Maria Thereza e Carlos Heitor Seabra Equipe04ENossa Senhora Luz dos Povos São Paulo - Capital
6. A Po lônia, nessa época, achava-se sob o reg ime com uni sta. As celebrações religiosas estavam proibidas e os católi cos eram perseguidos. 7. Fo nte de consul ta: Cartas Mensais de março a deze mbro de 1982.
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CRAVOS VERMElHOS EM lTAlCl PARTElll
Q
uando Cidinha e Igar deixa ram a responsabilidade da Equipe de Coordenação Inter-Regional (ECIR) e foram escolhidos para Casal Responsável da ERI (Equipe Responsável Internacional), Beth e Romolo (foto) já estavam prontos para continuar o trabalho. Com muita garra e coragem assumiram esse serviço em novembro de 1989, momento em que todo o Movimento recebia as graças da SEGUNDA INSPIRAÇAO, acolhida de braços abertos, porque vinha ao encontro de nossas aspirações mais profundas. Vamos ouvir o que de precioso eles têm para nos contar dessa experiência: "A ação do Espírito Santo nos
fez tomar consciência de um aspecto de nosso Carisma, necessário para os dias em que vivemos e que sempre esteve lá, mas que não víamos claramente: a missão de transformarmos a cultura do casamento. Para vivê-la em toda a sua plenitude, adotamos e trabalhamos as seguintes prioridades: • Reunião de Equipe • Ir ao Encontro da Realidade • Experiências Comunitárias • Pastoral Familiar • Formação • Comunicação Essas prioridades, foram vivenciadas para darmos corpo ao objetivo das ENS, cuja fmmulação deixa clara nossa compreensão da Segunda Inspiração:
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•
a participação, no campo da comunicação de massa e na vida política do nosso país, se intensificou; • o Movimento todo se debruçou sobre o casal e a farru1ia, na busca dos valores permanentes do amor e do casamento, em uma profunda leitura dos sinais dos tempos. A vida interna do Movimento também se viu balançada e renovada em decorrência do sangue novo que a compreensão das três atitudes que perpassam os PCE, trouxe, dando-lhes unidade e nos aj udando a vivenciá-los de uma maneira mais integrada e abrangente. Também foram momentos fortes de revitalização a compreensão da Reunião de Equipe como Celebração e da Co-participação como momento privilegiado de auxílio mútuo da comunidade que se esforça por encontrar a coerência entre a fé e a vida. Esta foi uma das mais belas experiências de nossa vida, e nossa equipe de ECIR um presente de Deus." Tempo fértil esse, em que, conduzida pela Segunda Inspiração, a ECIR procurou organizar toda a estrutura do Movimento, como especial oportunidade de servir de forma colegiada, buscando colocar todos em comunhão com todos, nas tarefas de ligar e construir a unidade aproveitando toda a riqueza da diversidade. Nossa gratidão por tudo que fizeram, com tanto entusiasmo!
"Corno Igreja, participar e comprometer-se com a construção do Reino, vivendo o Sacramento do Matrirnônio, buscando a Vontade de Deus, a Verdade, o Encontro e a Comunhão na vida em comunidade proposta pelo Movimento". Padre José Carlos e Padre Mário, conselheiros da ECIR, nos incentivaram a lançarmos, a cada ano, um lema que catalisasse todo o esforço do Movimento em direção ao objetivo e dando especial destaque à missão. Foram eles: 1991 "Daí vós mesmo de comer" 1992 "Filho, vá, hoje, trabalhar na vinha" 1993 "Àquele a quem muito se deu, muito será pedido" 1994 "As Bodas de Caná" Foram surgindo, então, muitas iniciativas protagonizadas pelos equipistas de todas as regiões, "que vestiram a camisa das ENS" e se entusiasmaram com o seu projeto de transformar a cultura do casamento: • as Experiências Comunitárias que permitiram um crescimento sustentado, ampliaram enormemente o número de casais equipistas, principalmente no Norte e Nordeste do país e também ocasionaram a evangelização de muitos casais; • o projeto Evangelização da Sexualidade que colaborou com a Igreja em seu esforço de "aggiornamento"; • o trabalho de muitos equipistas na Pastoral Familiar, representando um grande avanço do Movimento quanto à ua postura eclesial;
( No próximo número: os últimos anos da ECIR)
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PROVÍNClA LESTE PRlMElRAS EQUlPES DAS REGlÕES
N
margo, encontrou um terreno fértil na Congregação Mariana Nossa Senhora das Vitórias. A congregação, sob a orientação espiritual do padre Caetano de Vasconcelos S.j., foi a primeira a admitir a participação das esposas nas atividades antes exclusivas dos congregados. Oito casais constituíram a primeira equipe do Rio de Janeiro, sendo que atualmente dois casais fundadores continuam na Equipe: Elza e Ludovic Szenészi e Maria Célia e Ivan Bustamante. Os outros membros da Equipe 1 são viúvas. A primeira reunião foi em 30 de junho de 1959, sendo Casal Piloto
a Carta Mensal do mês de maio/2000, publicamos a história do início das primeiras equipes em nosso país. Continuando a divulgação da nossa história, nesta edição, vamos contar resumidamente um pouco da história da primeira equipe de cada região que compõe a Província Leste que é formada pelos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
REGIÃO RIO I- O Movimento surgiu no Rio de Janeiro em junho de 1959. A semente, lançada pelo padre Melanson, a convite do casal Maria Theresa e Laudo Ca16
Glória e João Payão de São Paulo. O Movimento foi se expandindo no Rio de Janeiro e aos poucos atingiu Niterói, Valença, Recife, Brasília, Manaus, Belém, etc, sobretudo graças ao casal Malvina e Edgard que, como funcionário do Banco doBrasil, fazia freqüentes viagens ao Norte e Nordeste, podendo assim dar uma enorme contribuição para a expansão das Equipes.
REGIÃO RIO ll- No final dos anos 50, Magdalena e José Carlos Ferraz vieram morar em Petrópolis. Casados há 5 anos, buscavam um movimento de casais que os ajudasse a crescer espiritualmente. Quando solteiros, haviam pertencido a Congregação Mariana e à Ação Católica. Nada conseguiram, até que em 1963 indo a São Paulo, ao casamento de uma sobrinha, Ferraz conversou com o irmão e a cunhada e soube da existência das Equipes de Nossa Senhora. Após alguns desencontros, muita procura e contando com o apoio do cônego Gastão, do Colégio São Vicente, conseguiram formar a primeira equipe de Petrópolis, tendo realizada a primeira reunião no dia 25 de abril de 1964, a Equipe 1 Nossa Senhora do Amor Divino. Hoje, depois de 36 anos, é bom lembrar daqueles 7 casais se reunindo, pessoas de temperamentos diferentes, mas que aos poucos foram percebendo a grandeza daquele chamado e a bênção que em cada lar foi penetrando. Foram lindas descobertas para
muitos, descobertas que marcaram defmitivamente nossas vidas. Amaioria dos membros da equipe havia sido educada na fé do medo de um Deus que castiga e descobrimos a alegria de um Deus Amor, a alegria de caminhar com Cristo sob as bênçãos de Maria. E o AMOR DE CRISTO NOS UNIU ... Vivemos momentos intensos de alegria, momentos de laços que se estreitavam, de novos e verdadeiros irmãos que se uniam através de um profundo amor fraterno: Dever de Sentar-se... , Regra de Vida ... , Retiros ... Nossos Filhos ... Diálogo, compreensão ...
REGIÃO RIO ill - A Equipe mais antiga da Região Rio III, surgiu em 1974, de uma Caminhada com as comunidades das Paróquias Maria Mãe da Igreja e São Judas Tadeu, tendo como coordenadora a Irmã Tereza e depois a Irmã Ana Maria e contando com a ajuda dos casais do Setor B - Rio I. Surgiu, então, como resultado dessa caminhada, no dia 07 de junho de 1975 a Equipe 16 tendo como padroeira Maria Mãe da Igreja, tendo como SCE padre José dos Santos Almeida, e Casal Piloto Leda e Carlos da Equipe 22B - Rio I Como toda caminhada, já passamos por várias etapas, momentos de alegrias e tristeza, mas não desanimamos. Nós perseveramos, por isso estamos completando o nosso Jubileu de Prata, num período rico de espiritualidade, quando comemoramos o Jubileu de Ouro do Movimento no Brasil e o Ano Jubileu dos 2000 anos de Jesus Cristo. 17
REGIÃO RIO IV - Entramos (Carminha e Carlos) para o Movimento das ENS em 1967, na Equipe 18 do Rio de Janeiro, permanecemos por um ano, mudando depois para Niterói. No início, continuamos a freqüentar as reuniões mensais de nossa equipe, porém, naquela época, não havia a ponte Rio-Niterói e, por Carlos ser médico, foi ficando cada vez mais difícil nossa participação. Afinal, chegamos à conclusão de que seria impossível, morando em Niterói, continuar participando da equipe no Rio de Janeiro. Resolvemos então procurar a direção do Movimento e comunicar nosso afastamento. Eles, porém, nos pediram que, em vez de sairmos da Equipe, trouxéssemos o Movimento para Niterói, e nos aconselharam a procurar o Frei Aurélio Stalzer, na Igreja da Porciúncula. Após vários contatos, convites, visitas, conseguimos formar a Equipe 1 -Nossa Senhora das Farru1ias, no dia 16 de dezembro de 1969. Hoje nossa equipe é composta por 6 casais, todos eles participando da equipe desde o seu lançamento.
os casais Lilian e Quadra e Elfie e Dragan (de Petrópolis). Atualmente a equipe consta de sete casais e uma viúva, sendo que 3 casais - Maria Esméria e Lomar, Leda e Edson, Gilda e Gigi, são fundadores.
REGIÃO MINAS II- As Equipes mais antigas da Região começaram em Belo Horizonte, no ano de 1976, através dos casais Olga e José Rocha e Zelly e José Geraldo, que mudaram de Juiz de Fora, onde eram equipistas, para aquela Capital. Contando com o auxílio do padre Edmundo, de Juiz de Fora, e do padre José Couto, de Belo Horizonte, vários casais foram convidados para conhecerem as Equipes de Nossa Senhora. Em novembro de 1976, fez-se uma Reunião de Informação, contando com a presença de 14 casais, surgindo daí duas equipes: Equipe 1.- Nossa Senhora da Conceição e Equipe 2 - Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. REGIÃO MINAS III - Em setembro de 1979, aconteceu a primeira reunião do Grupo de Casais, denominado Grupo de Diálogo de Casais, em Varginha. Em 17 de maio de 1980, deu-se o lançamento da Equipe 1, Nossa Senhora do Amor, de Varginha, sendo Casal Piloto Irene e Geraldo, de Juiz de Fora. No dia 20 de junho de 1980, aconteceu a primeira reunião oficial da Equipe. Continuam na equipe os casais fundadores: Juscenira e Elinor, Arilma e Mauro, Cordélia e Ivo.
REGIÃO RIO V- A equipe mais antiga dessa Região é a Equipe 33B, iniciando sua caminhada no dia 14 de maio de 1973, tendo como Casal Piloto Ana Maria e Harvey. Atualmente, a equipe conta com 4 casais e o SCE padre Jan, não tendo nenhum casal fundador. REGIÃO MINAS I - Foi fundada em 20/0311971, sendo Pilotos 18
MARlA, UM ENCONTRO MARCADO
N
parada em Coruputuba (antiga Fazenda Cícero Prado) onde as crianças da catequese coroavam Nossa Senhora, numa cerimônia tocante. O fermento estava lançado na massa. As equipes de Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá, Caçapava, São José dos Campos e também J acareí tomaram parte, e ônibus de romeiros se reuniam ao pessoal de Taubaté, ora no Cooventinho (Igreja Sagrado Coração de Jesus), ora na Praça Santa Terezinha ou na Paróquia São Pedro. Escolheram-se organizadores para disciplinar o movimento. Combinouse um lanche comunitário após a missa, nas dependências da Basílica. Muitos Conselheiros Espirituais e componentes de outras regiões e de outros movimentos tomaram parte conosco. Todos esses anos passados, Nossa Senhora foi nossa Estrela guia, inspirando datas escolhidas no mês de maio, roteiros e confraternização de todos. Chegou o Jubileu do ano 2.000, quando foi programado, não uma pequena romaria, mas, uma grande peregrinação, na qual tomaram parte muitos equipistas e católicos de várias cidades de São Paulo e outras cidades do Brasil. Nossa Senhora é a mesma de sempre. Ouve nossas preces, nossos pedidos, nossos louvores e como mãe de Jesus e nossa advogada, transmite ao seu Filho amado, nossas necessidades e aspirações.
ós, os casais da Equipe Nossa Senhora Mãe do Corpo Místico, costumávamos visitar Nossa Senhora Aparecida, participar da missa (em geral a das 9 da manhã) tomar um café e voltar para Taubaté. Não tínhamos compromisso de dia certo, nem saíamos em conjunto. Era somente uma devoção. Escolhíamos o mês de Maio, por ser dedicado à Maria e Dezembro, para agradecer as bênçãos recebidas durante o ano. Numa reunião mensal, surgiu a idéia. Por que não sairmos juntos, em 3 carros, no mesmo dia e na mesma hora, transformando a visita habitual, numa pequena romaria? Poderíamos dividir o Rosário, os ocupantes de cada carro rezariam um terço, meditando os mistérios, e assim evitaríamos, durante a viagem, as conversas fúteis e já estaríamos em clima de oração. A idéia foi aceita e fizemos o que planejamos. Deu muito certo e voltamos felizes. Foi há muitos anos!. .. Nossa experiência foi comunicada a outras equipes e em breve, o cortejo de carros era muito grande. A viagem era sempre feita pela antiga estrada São Paulo - Rio, muito pitoresca e menos perigosa. Foi aceita a idéia de pararmos na Igreja de Nossa Senhora do Socorro, para um café em comum com equipistas de Pindamonhangaba. A seguir, Pe. João, que era naquele tempo nosso Conselheiro Espiritual, sugeriu urna
Nina, Eq. I A - Taubaté, SP 19
PENA QUE VOCÊS
NÃO FORAM! Querido irmãos:
Logo à entrada, o acolhimento festivo dos que trabalharam na organização, fazia com que nos sentíssemos em casa. Bandeirinhas coloridas e agitadas nos saudavam alegremente ... E, por falar em organização, que belo exemplo deu a todos nós toda a turma de Província São Paulo- Leste, com destaque para o Setor de Guaratinguetá e a Coordenação de Aparecida que, por estarem mais próximos do local tiveram uma maior responsabilidade! Conversamos com o casal coordenador da peregrinação, Eurico e Cidinha e suas duas filhas: Aline e Alexandra, que foram incansáveis e entusiastas colaboradoras. Eles nos contam que, a princípio preocupados com o pequeno número de adesões, viram maravilhados esse número crescer vertiginosamente nos últimos dias, tiveram bastante trabalho e preocupa-
Mesmo na última hora, ocupando o último espaço, eu não poderia deixar de escrever a vocês, na nossa Carta Mensal, essa carta feita com carinho e amor e onde todos os equipistas se encontram a cada mês. Sabem por quê? É que estou sentindo uma ensação maravilhosa- aquela vontade que a gente sente de contar as coisas boas às pessoas queridas. Preciso falar a vocês sobre a peregrinação das Equipes de Nossa Senhora a Aparecida, que representou um louvor e um agradecimento a Maria pelos cinqüenta fecundos anos do Movimento no Brasil. Vocês não podem imaginar, que coisa grandiosa! Fazia frio quando chegamos. Um ventinho teimoso atravessava facilmente os nossos leves agasalhos. Mas ele não conseguia tirar o calor do acontecimento.
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ção, mas acharam que Nossa Senhora facilitou tudo. "As coisas foram acontecendo, as tarefas surgindo e as pessoas assumindo tudo com naturalidade e coragem. As portas estavam sempre abertas para nós ... " E foi realmente um evento de grande envergadura! Sim, senhores: 3620 pessoas do Movimento estavam reunidas na grande Basílica mais da metade do que se espera em Santiago, para onde irão equipistas do mundo inteiro. E houve gente que veio de bem longe, todo muito animados e comunicativos. De Belém do Pará, chegaram 40 pessoas. Roberto e Vera, do setor B, responsáveis pelo grupo, ar descansado e rostos abertos num sorriso feliz, nos disseram que a viagem durou 41 horas, mas foi muito agradável. Pararam somente duas vezes: para almoçar e para jantar e, quando chegaram, foram alojados em casas de equipistas da região. E declararam: "Estamos extasiados diante de tanta gente, tanto movimento, tanta beleza. Viemos aqui para agradecer a Maria pela formação e consolidação das Equipes de Nossa Senhora na região Norte." Alguns grupos eram bem grandes, mas nenhum como o da Província Minas Gerais I. Eram 395 pessoas! Luiz e Enilda de Juiz de Fora, foram incisivos: "Só a devoção a Maria e a alegria de participar das Equipes poderiam nos fazer sair de casa para participar com tanto entusiasmo deste momento forte da Igreja e do Movimento. A inspiração, o calor e a luz de Maria tornaram fácil nossa viagem e alimentam
a vibração do nosso espírito." Antes de terminar, não po so deixar de falar sobre a missa, que foi o ponto alto da nossa peregrinação. A grande basílica estava lotada. Perto do altar, nossos Conselheiros Espirituais testemunhavam seu amor pelas Equipes. Toda uma história de partilha, solidariedade e ajuda mútua, vivida no Movimento, se espelhava nos rostos serenos e concentrados dos casais. Os momentos de silêncio eram um tempo de reflexão, louvor e agradecimento pelas maravilhas que Deus fez por nós. Na verdade, vocês sabem que é difícil transmitir numa carta o que se sente num momento como este. É preciso estar presente e deixar-se levar pela graça de Deus. Pena que vocês não foram! Mas saibam que foram lembrados com carinho por todos e que sentimos muito porque não pudemos viver juntos essa experiência fabulosa. Poderíamos falar muito mais: sobre os momentos vividos durante a viagem; o encontro com amigos que há tempos não víamos; os lanches repartidos, que nos fizeram entender melhor e bem concretamente o milagre da multiplicação dos pães; o momento em que Dona Nancy lembrou os equipistas que nos ajudaram e já estão com o Pai; a colocação forte e vibrante de Chico e Silvia... mas outros falarão ao seu modo e talvez muito melhor. Nós ficamos por aqui, esperando sua resposta. Com todo o carinho, Wilma, do Orlando - CM 21
-
REFLEXOES DA CARTA BRASll 500 ANOS
A
Carta Brasil 500 anos aprovada na 38a Assembléia Geral dos Bispos do Brasil realizada em Porto Seguro - Bahia tem como destinatários a sociedade brasileira e as comunidades. Presente durante o evento, pudemos sentir, em cada palavra desse documento
histórico, um desafio que clama a participação de todos os cristãos com consciência moral. Tomado com referência a pessoa, vida e mensagem de Jesus Cristo, a Igreja celebrou o grande jubileu elevando a Deus o agradecimento pelo dom do Evangelho e os inúmeros benefícios
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concedido no decurso dos cinco séculos. Destacamos alguns dos pensamentos da carta para reflexão dos irmãos equipistas: em Jesus Cristo, nossa esperança, manifesta-se o rosto autêntico do Mistério que envolve nossa vida. Jesus Cristo, concebido pela Virgem Maria por obra do Espírito Santo, nos traz uma imagem nova de Deus, ensinando-nos a chamá-lo de Pai. É o Deus que ama e acolhe homens e mulheres sem impor condições, considerando todos como filhos e filhas. Acolhendo a todos, rompendo barreiras e discriminações sociais, Jesus Cristo revela um Deus apaixonado pelo ser humano. Recordando o passado: apesar de muitos aspectos positivos do passado, ficaram marcas negativas, fruto também de erros dos cristãos. Assim, precisamos, sem pretender culpar nossos antepassados, pedir perdão daquilo que objetivamente foi contra o Evangelho e feriu gravemente a dignidade humana de muitos irmãos e irmãs nossos. Tomando consciência do presente: preocupa-nos a população mais pobre e sofrida. Surgem novas realidades que pedem nossa atenção urgente. Entre elas sobretudo a globalização. É necessário distinguir, como nos advertiu João Paulo II, no sínodo da América, realizado em 1997, entre uma globalização econômica dirigida só pela lei do mercado, aplicada conforme a conveniência dos mais poderosos, e uma globalização da solidariedade, que deve ser incentivada. Quanto ao futuro, a sociedade brasileira dispõe de recursos,
conhecimentos e pessoas para a construção de um mundo de dignidade e esperança para o seu povo. Não basta delegar simplesmente ao governo ou à classe política, mas todos devemos ser parceiros na busca do bem comum e do desenvolvimento do país. Finalizando, consideramos um dos pontos importantes do documento, o fortalecimento da consciência ética. Os bispos do Brasil manifestaram que, para que isso aconteça, é preciso atingir dimensões pessoais e familiares, como o fortalecimento da sacralidade do casamento que, por iniciativa divina, acontece entre um homem e uma mulher. Assistimos a uma avalanche de divulgação devalores antagônicos à natureza humana. São dessa ordem a chamada "produção independente", a mentalidade antinatalista, a esterilização voluntária, a aprovação da eutanásia, dentre outros. Chamados à conversão e santidade, unidos em oração, com a Mãe de Deus, a exemplo dos apóstolos no Cenáculo, os bispos invocaram o Espírito Santo para que neste Ano da Graça, sejam santificadas sempre mais as comunidades e a cada um de nós, configurando-nos a Jesus Cristo, a fim de que possamos ser "sal, luz e fermento" no mundo. Que cada um de nós,em sua equipe, em sua fanu1ia e comunidade, possa viver esta reflexão para a Pátria que todos queremos.
Claudete e Vanderlei José Testa Equipe 4 NS de FátimaSorocaba, SP
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DEMONSTRAÇOES ANANCElRAS DE 1999 " .. .Jesus perguntou: 'quantos pães tendes?' ... responderam: 'cinco pães e dois peixes' ... tomando os cinco pães e os dois peixes, abençoou, repartiu... todos comeram e ficaram saciados. E ainda recolheram doze cestos dos pedaços de pães e peixes... (Me 6, 35- 44)
veis de Setor e Região nos encontros de formação e unidade (considere aí as enormes distâncias do nosso país), etc. A análise fmanceira de 1999 que segue, mostra um desequilibrio: as despesas estão maiores que as receitas. O Movimento vem crescendo aproximadamente 10% a cada ano, nos últimos anos. No entanto não verificamos o mesmo crescimento nas contribuições. Por que? Refletimos e encontramos possíveis causas: desemprego, perda do poder aquisitivo, expansão para regiões mais humildes, etc. Acreditamos que somos todos responsáveis para reverter este quadro. Será que estamos contribuindo de forma justa como o movimento nos pede? O que fazer? Este ano além dos gráficos, com o objetivo de maior transparência dos nossos números, optamos pela publicação do Demonstrativo de Resultado com a abertura das receitas e despesas, e o comentário dos valores mais expressivos. O detalhamento das contas estão registradas nos livros contábeis, arquivados no Secretariado e adisposição de todos. Para assegurarmos a saúde financeira das ENS nos próximos anos, fizemos alguns estudos. Mais uma vez Deus se fez presente mostrando os caminhos. A reestruturação em Províncias mostrou-se viável, pois possibilitará a redução das despesas com transporte dos encontros - serão rea-
Caro casal,
É sempre uma alegria muito grande estar em contato com vocês, através da Carta Mensal, desta feita para apresentarmos o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício de 1999. A nós foi confiada a missão de gerenciar as finanças do Movimento. Dentro da nossa humilde capacidade, assim o fazemos, contando com a participação da equipe da Super Região, e com o aval dos responsáveis Silvia e Chico. As finanças tem um palavreado que dificulta o entendimento aos que não são da área. O importante é saber que a principal entrada de recursos no Movimento (Receitas) é a sua contribuição mensal, e que todo centavo dela é empregado com muito critério para não faltar com o respeito ao seu esforço em cumprir com o que é pedido. A contribuição é usada para sustentar a expansão em lugares distantes, na circulação da seiva através da Carta Mensal, edição de documentos e livros, para possibilitar a participação dos Casais Responsá24
ESPEClAL APAREClDA Mais de 3.6oo equipistas presentes nas comemorações dos so anos das ENS em Aparecida
Visto principal do Basílica- Acolhido
Concentração
2
AEquipe mais antiga
Equipistas caminham com oandor de Nossa Senhora Aparecida D.AloĂsio lorscheider, Conselheiros Espirituais 3
Entrega da placa comemorativa dos 50 anos das ENS para Dna. Nancy, pelos Responsáveis da Província Sul I, Paulo (da Altimira)
<IIII Procissão ao final da
missa. Dna. Nancy caminha com símbolo dos 50 anos
Lancamento do li;ro "ENS no Brasil- Ensaio sobre seu histórico", de Dna. Nancy, no salão de palestras 4
lizados no território das Províncias. Para o ano 2.000 elaboramos um planejamento financeiro para cada Província, contando com a conscientização da importância da contribuição; a redução e o equilíbrio das despesas no que for viáyel, porém sem prejuízo do que é importante e fundamental para a formação e unidade do Movimento. Caro casal, volte à citação do Evangelho no alto da página. Somos chamados à coerência: cada um dê
do que tem, assim, com a graça de Deus, poderemos repartir e ainda sobrar. Muitos de nós não gostam de misturar finanças com espiritualidade. O novo milênio pede ainda mais que o cristão seja coerente em todas as circunstâncias. Agradecemos a confiança e nos colocamos à disposição. Fraternalmente,
Vera e Renato Tesouraria/SecretarUufo
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercido (forma reduzida) BALANÇO PATRIMONIAL (em R$) 31.12.97
31.12.98
31.12.99
ATI VO Circulante Permanente TOTALATIVO
441.376 12.703 454.078
502.094 14.581 516.675
880.666 14.581 895.247
PASSIVO Circulante Patrimônio Líquido TOTAL PASSIVO
16 454.062 454.078
1.332 515.344 516.675
1.894 893.353 895.247
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (em R$)
RECEITAS Contribuições Fraternas Inscrições p/ Santiago 2000 Receitas Diversas TOTAL DAS RECEITAS DESPESAS Despesas c/ Encontros Desp.c/inscrição Santiago Despesas c/ Adm. Equipes Despesas c/ Pessoal Despesas Gerais TOTAL DAS DESPESAS
31.12.99
s/Rec.
114.861 873.486
735.259 885.199 13,1% 196.220 100% 1.816.678
40,5% 48,7% 10,8% 100%
46,8%
375.188
46,2%
12,9% 10,8% 29,4% 94,5%
111.345 78.174 247.187 811.894
13,7% 9,6% 30,4% 92,9%
34,6% 29,0% 10,3% 5,5% 20,5% 79,2%
31.12.97
s/Rec.
31.12.98
s/Rec.
635.642
90,6%
758.625
86,9%
66.258 701.900
9,4% 100%
310.631 85.822 71.877 195.018 663.348
25
497.745 417.920 148.871 79.423 294.708 1.438.668
-+
-+
RESULTADO Resultado do Exercício Fundo Patrimonial Resultado Acumulado
38.551 412.311 450.862
61.592 454.062 515.654
64,2%
378 .010 5 15.343 893.353
59,0%
49,2%
ENS - Receitas Totais vs. Despesas Receitas Totais: (em mil reais) 702
1996
1996
1997
E1 Contribuições
874
1997
1998
O Recuperação Desp.
O gráfico demonstra a evolução das CONTRIBUIÇÕES, das RECEITAS totais e da participação das DESPESAS em relação a esse dois itens, destacando os anos de 97, 98 e 99. Contribuicões: de 1997 para 1998 evoluiu 19,34 o/o de 1998 para 1999 houve um descrécimo de 3,16 %. Receitas totais: de 1997 para 1998 evoluiu 24,50 o/o de 1998 para 1999 evoluiu 0,57 %. Participação das despesas: 1997- 94.5 o/o das receitas; superando as contribuições em 4,2 %. 1998- 92.9 o/o das receitas; superando as contribuições em 6.9 %. 1999- 116,0 o/o das receitas; superan-
879
1998
1999
1999
•Despesas
do as contribuições em 38,6 %. Nota-se que em 1997 e de forma crescente nos anos 98 e 99, as despesas foram maiores que as contribuições, gerando, a cada ano, uma dependência das Receitas Diversas (receitas financeiras + recuperação de despesas) Os principais fatores que contribuíram para a evolução das Despesas são os mesmos apresentados no ano anterior ou seja: crescimento quantitativo de aproximadamente l 0% do Movimento; subsídio às sessões de fonnação; contribuições ao Projeto Vocacional; maior número de participantes no Colegiado e Encontro Nacional, em função da multiplicação dos setores e regiões; edição de documentos, principalmente da Pilotagem.
26
Distribuição das despesas -
Vocações 7% Carta
1999
Pessoal 8%
Admin istração 15%
Relatório Demonstração do resultado do Exercido (completo com a abertura das contas) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
31.12.97
31.12.98
31.12.99
635.642 635.642
758.625 758.625
1.620.458 735.259
RECEITAS CONTRIBUIÇÕES Contribuições Fraternas Contribuições Específicas Contribuição p/ Encontros
885.199
RECEITAS PATRIMONIAIS Receitas de Investimentos
23.214 23.214
60.342 60.342
123.069 123.069
RECEITAS EVENTUAIS Recuperação de Despesas Receitas Diversas Receita na Venda de Bens Variação Monet. Ativa
43.044 42.644
54.519 54.519
73.151 73.031
TOTAL DAS RECEITAS
120
400 701.900
873.486
1.816.678
310.631 55.357 194.018 14.525 1.372 9.945 34.996
375.188 84.052 214.467 24.304 4.370 5.637 40.779 1.544
915.665 72.674 287.501 25.136 21.068 19.502 71.168 696 417.920
DESPESAS DESPESAS COM ENCONTROS Diárias Transportes Esportulas e Gratificações Materiais Diversos Outras Despesas Desp. Encontro Colegiada Encontro Nacional em ltaici Despesas de Viagens/Santiago Devo!. Cont. Esp. E Fraternas DESPESAS ADM. EQUIPES Carta Mensal lmpr. Doutrinarias Outras Despesas
418
35
85.822 73.232 10.750 1.839
111.345 80.816 30.511 18
27
148.871 97.233 46.469 5.169
~
-+
DESP. ADMINISTRATIVAS
266.895
325.361
374.132
DESP. C/ PESSOAL Ordenados 13º Salário Férias Abono de Férias lndenizações INSS Cota Patronal Seg. Acid. Do Trabalho PIS FGTS Vale Transporte Contrib. Sindical Patronal Serviços de Terceiros Vale Refeição Assistência Técnica Cesta Básica
71.877 24.776 2.246 2.462 52 960 10.949 299 252 2.201 1.178 10 15.291 7.385 3.817
78.174 29.756 2.738 2.403
79.423 29.900 2.600 1.389
574 8.763 340 390 3.284 1.992 10 14.813 10.770 2.053 287
1.014 8.738 319 344 3.120 1.603 12 14.360 14.484 1.540
DESPESAS GERAIS Aluguéis Passivos Despesas de Condomínio Telefone Correio Condução
195.018 12.945 2.574 6.545 41.434 3.585 523 20.254 865
247.187 14.232 2.964 8.325 67.305 3.804 1.679 30.218 606 3.947 2.158 27.079 461 227 1.128 122 1.222 22.023 17.892 47
294.708 12.924 3.734 5.839 68.355 3.918 1.315 34.461 574 2.358 8.250 45.221 520 1.175 315 52 769 35.202 29.080
Copa Material de Expediente Assinatura e Publicações Manutenção do Imobilizado Limpeza e Conservação Contrib. Outras Entidades Agua, luz e gás Fretes e Carretas Outras Despesas Medicamentos e Hospitalização Impostos e Taxas Despesas Financeiras Jornais, Revistas e Livros Desp. Legais e Documentação Multas p/ lnfr. Fiscais Utensílios Diversos Contribuições e Doações Ajuda de Custo Donativos Roupas IRRF s/ Aplicações Perdas do Ativo Imobilizado Conversão Monetária TOTAL DAS DESPESAS RESULTADO DO EXERCÍCIO
2.925 34.513 425 1.017 851 10.932 1.046 16.606 8.926 21 572 427
25.856 2.175
549 31 .302
984 29 302 25.920
738 8.411 750
13.324
663.348
811 .894
1.438.668
38.551
61 .592
378.010
28
86
Com o objetivo de dar conhecimento a todos. apresentamos a seguir a abertura das contas que compõe a Demonstração do Resultado do Exercício. seguidos de comentário dos valores mais expressivos.
conta Contribuições p/ Encontros. DESPESAS ADM. EQUIPES: I. Carta Mensal - R$ 97.122.0 l: a confecção, anual. de aproximadamente I I7.000 exemplares de Cartas Mensais. 2. Impressos Doutrinários - R$ 46.469,00: material da Pilotagem (Manual do Casal Piloto e as IOunidades Vem e Segue-me) R$ 30.000.00 + Manual do Casal Ligação+ reedições de documentos. É importante ressaltar que essas despesas retornarão ao movimento como recuperação de despesas, na medida em que forem adquiridos.
RECEITAS: I. Contribuições p/ Encontros - R$ 885.199.05: inscrição de casais e conselheiros para o Encontro Internacional de Santiago. 2. Receitas de Investimentos - R$ 123.069,0 I: saldo do ano anterior+ inscrições acima + excedente de caixa mensal (quando ocorrem), visando não a obtenção de lucros financeiros, mas sim a manutenção do valor monetário. 3. Recuperação de despesas - R$ 73.031,31 : vendas efetuadas, a preço de custo, de livros, documentos e outros materiais.
I.
2.
3.
4.
5.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS: l. Serviços de Terceiros- R$ 14.360,00: manutenção de micro computador, manutenção/atualização do programa conforme as necessidades, escritório de contabilidade, serviços de limpeza e manutenção do secretariado. 2. Correio- R$ 68.355,07: expedição da Carta Mensal, aproximadamente R$ 5 I .000,00 e outros documentos.
DESPESAS c/ ENCONTROS: Diárias - R$ 72.674,30: aproximadamente 40 sessões de formação, nos três níveis (50% das diárias com a casa) nos três níveis, e reuniões da Ecir ( 06 durante 1999). Transportes- R$ 287.501,00: viagens de avião, ônibus, peruas e carros. subsidiadas envolvendo aproximadamente 800 pessoas para os dois encontros do Colegiado e um Encontro Nacional. Espórtulas de Gratificações - R$ 25.136,00: aos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que efetivamente participam das Sessões de formação + gratificação ao Sacerdote Conselheiro Espiritual do Movimento pelo acompanhamento e direcionamento espiritual. Materiais Diversos- R$ 21.067,57: cópias, material de escritório e outros utilizados nos encontros Colegiado e Nacional. Parte dessas aquisições retornaram como recuperação de despesas ( R$ 17.000,00 vendas efetuadas no Encontro Nacional de livros e outros materiais). Despesas de Viagens/Santiago - R$ 417.920, 13: pagamento da primeira parcela das inscrições do encontro internacional. Esse recurso foi sacado da
DESPESAS GERAIS: Material de Expediente- R$ 34.460,96: são vária~ despesas classificadas nesta conta, destacamos, xerox, material de escritório. envelopes e impressos timbrados, etc ... 2. Contribuições Outras Entidades - R$ 45.221, 40: Projeto Vocacional R$ 45.000,00 ( 9 seminários atendidos)+ contribuição trimestral de R$ 40,00 ao Conselho Nacional de Leigos pela nossa filiação. 3. Jornais, Revistas e Livros - R$ 29.079,99: edição do livro, "Um homem arrebatado por Deus" Pe. Caffarel (R$ 13.994,00) e o tema de estudo para 2.000 "Rumo ao Terceiro Milênio" (R$ 8.697,00) e outras despesas menores realizadas com as livrarias Vozes, Paulinas. Paulus etc. 1.
Observação: nos dois gráficos, as Receitas e Despesas com o Encontro de Santiago 2000, não foram computadas, pois trata-se valores eventuais que poderiam prejudicar a análise. •
29
FLASHES DOS EACREs 1.
REGlÕES RlO 111 E RlO V - PROVÍNClA lESTE
Além das palestras constantes em todos os EACREs: Eucaristia e Matrimônio, Campanha da Fraternidade e Reestruturação do Movimento, foi destacada a preocupação do Movimento no sentido de orientar os casais para que a unidade seja fortalecida, evitandose os desvios que podem ocorrer no seio de nossa Equipe, destacando: • Casais para os quais o Movimento se limita à equipe de base; • Equipes que acabam sendo lideradas pelo SCE ou por um equipista que gosta de liderança; • Reunião formal sem reunião preparatória; • Ausências e atrasos freqüentes; • Troca de partes essenciais da reunião, por outras que não são essenciais; • Celebração da Santa Missa em todas as reuniões; • Equipes excessivamente místicas e equipes excessivamente ativistas (comprometimento com vários movimentos e/ou pastorais ao mesmo tempo), impedindo a participação ati va, especialmente na equipe.
Nos dias 18 e 19 de março, as Regiões Rio III e Rio V realizaram em conjunto, o EACRE 2000 (foto abaixo). Estiveram reunidos 104 casais e 16 Conselheiros Espirituais. Dona Nancy, mostrou que aos noventa e um anos, ainda tem muito a dar ao Movimento e ajudar os casais a vivenciarem os Pontos Concretos de Esforço.
Estes sete pontos que não são exaustivos, mas meramente ilustrativos tem como causa freqüente os seguintes pontos: • Falta de formação inicial, bem como falta de atualização docasal no Movimento (falta de for30
mação constante); • Discórdia das orientações dadas pelo Movimento. Por exemplo: Para que refeição? Para que Co-participação? Para que resposta ao tema por escrito? • Falta de vocação equipista (ex.: estou na equipe só porque sou amigo do fulano). Tais desvios devem ser evitados com correção fraterna, muita oração e a insistência da Equipe juntamente com seu Conselheiro Espiritual para a vivência dos Pontos Concretos de Esforço.
••• 2 -REGIÃ O SÃO PAULO LESTE H - PROVÍN CIA SUL I
O EACRE da Região São Paulo Leste II, Província Sul I, aconteceu nos dias 12 e 13 de fevereiro, no Colégio João Gomes de Araújo, em Pindamonhangaba, com a participação de oitenta e quatro casais e quinze Conselheiros Espirituais. As palestras, desenvolvidas por casais de muita vivência no Movimento, foram colocadas em nível de simplicidade, mas de muito conteúdo, que serviram para reabastecer a talha de cada casal equipista. Todos puderam sentir o pulsar do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, centrado no seu Carisma: "a espiritualidade conjugal", e na sua Mística: "o testemunho e o auxílio mútuo". Portanto, todos saíram conscientizados da grande responsabilidade do casal equipista: a vivência do Matrimónio como meio de santificação do casal, sempre alicerçado na Eucaristia, a fonte e o ápice da vida cristã. O encontro viveu momentos marcantes, destacando um painel do qual participaram dois sacerdotes (SCE), um diácono (CE) e dois equipistas, giran-
Com espírito jovem e uma experiência de 50 anos de Brasil, nossos equipistas, após cantarem o MAGNIFICAT, voltaram renovados para suas Equipes de base. Penha e Viriato Equipe 52 - Rio III
31
com o Jubileu de Ouro do Movimento, foi programada uma confraternização.
do em torno do papel do SCE nas Equipes de Nossa Senhora. Pelas reuniões de grupo transcorridas, a iniciativa foi de total aprovação.
Delônia e Oli Responsável Setor Litoral, RS
Cidinha e Luiz Equipe 5 - Guaratinguetá Região SP Leste II
••• 4- REGlÃO NORTE 11PROVÍNClA NORTE
••• 3 - REGlÃO RlO GRANDE DO SUlll PROVÍNClA SUL111
O EACRE aconteceu nos dias 18 e 19 de fevereiro (foto na página seguinte). Foi um EACRE em que além das palestras, tivemos muitas festividades, pois temos muito que celebrar. Estamos no ano do Jubileu de Jesus Cristo das ENS, e também do nosso Arcebispo que completa 50 anos de ordenação sacerdotal. Percebia-se no rosto de nossos queridos Casais Responsáveis de Equipe, Ligações, Pilotos, Sacerdotes Conselheiros Espirituais e casais que estavam trabalhando, alegria, entusiasmo e compromisso com a missão.
O primeiro EACRE desta Região aconteceu nos dias 18 e 19 de março, em Porto Alegre, RS (foto acima). Os SCE de todos os Setores, Coordenação e da Região lá estavam e destes, três sacerdotes fizeram palestras com os temas: Santíssima Trindade, Retiro e Sacramentos do Matrimônio e Eucaristia. A Região Rio Grande do Sul II é composta de 4 Setores e uma Coordenação. No sábado à noite, em sintonia 32
EACRE Região Norte
Todas as colocações muito iluminadas pelo Espírito Santo. Sílvia e Chico (Casal Responsável da Super-Região Brasil), apresentaram a Reestruturação do Movimento com muita firmeza e simplicidade. Sandra e Jaime CRR -Região Norte II
do Encontro Nacional/99. Participaram do EACRE 32 Casais Responsáveis de equipe, 2 viúvas, 8 Casais Ligação, 3 Casais Pilotos, 3 Casais Acompanhadores Espirituais e 2 Irmãs Conselheiras Espirituais. Como uma maneira de comemoração do Jubileu das ENS, foram convidados para receberem as homenagens dos atuais dirigentes, os casais que tiveram a missão de Coordenação ou de Responsáveis de Setor na nossa Região São Paulo Oeste II, desde 1961 até a presente data. Foi um momento marcante para os convidados, bem como para os participantes.
•••
s- REGIÃO SÃO PAUlO OESTE 11 -PROVÍNCIA SUlll Foi realizado nos dias 12 e 13 de fevereiro de 2000, na cidade de Araçatuba, SP. A Liturgia foi muito rica, procurando viver parte do Encontro do Colegiada de agosto/99 e parte
Maria Tereza e Laerte CRR - São Paulo - Oeste II
33
ENCONTRO DE lEIGOS
N
os dias 5 a 9 de abril de 2000 foi realizado, em Ilhéus (Bahia) , um E ncontro de Leigos do Cone Sul, promovido pelo Departamento de Leigos do CELAM -Conselho Episcopal Latino-americano. Participaram, além do Brasil, cerca de 70 leigos da Argentina, Parag uai e Uruguai.' Ao CNLConselho Nacional de Leigos 2 coube a organização do evento e a mobilização de leigos do Brasil, representativos de setores organizados da Igreja católica, como movimentos, serviços e pastorais, que atuam, à luz do Evangelho, nas diversas comu nidades eclesiais, com vistas à construção de uma sociedade mais justa e fraterna. O Encontro teve como objetivo principal a troca de experiências, informações e documentação a respeito da formação política e em economia solidária dos leigos, como também de sua atuação concreta em tarefas temporais, sempre iluminados pelo Evangelho e pela Doutrina Social da Igreja. Nesta linha, foi apresentada a proposta do Instituto Teológico Pastoral para a América Latina, de um
O Encontro teve como objetivo principal a troca
de eqetilncills,
curso a distância sobre Doutrina Social da Igreja, cujo objetivo é a formação de agentes de pastoral para a evangelização das relações sociais e políticas, com vistas à construção de comunidades solidárias e participativas. Outras propostas de formação de agentes de evangelização foram apresentadas, como também de experiências de redes solidárias de profissionais, que têm por motivação e
I. Nos di as 5 e 6, o Encontro esteve restrito aos presidentes e secretários executi vos das comi ssões epi scopais dos respecti vos países, quando anali saram o papel do leigo ante o novo mil ênio e a reali dade pastoral de cada país, como também programas de fo rmação políti ca e em economi a solidária de leigos e leigas. 2. O C L é um organismo da C NBB que bu sca co ngrega r e representar o la icato bras il e iro. Foi fund ado e m 1976, através de um a asse mblé ia de mov ime ntos. De manei ra gradativ a, passam a pa rti c ipar as pasto ra is e os le igos presen tes nas com unidades ecles ia is de base . De ntre as 29 organi zações fili adas es tá o mov ime nto das Equipes de Nossa Senho ra. (Ve r Dire tó ri o 2000, do CNL.)
34
carisma prestar solidariedade e atendimento às pessoas com necessidades sociais e pastorais. Cabe destacar a apresentação de três experiências de Economia de Comunhão por parte de empresários do Movimento dos Focolares, como também do Programa P r ovidência, que é um trabalho voluntário de leigos da Arquidiocese de Brasília, liderado por Elza e Renato Botaro, das Equipes de Nossa Senhora, que tem por objetivo proporcionar crédito a micro-empreendedores, a fim de fortalecer suas atividades econômicas e permitir a geração de trabalho e renda. Pe. Gilson de Camargo fez uma reflexão sobre a espiritualidade cristã, que implica num compartilhamenta do estilo ou forma de viver segundo as exigências cristãs, repre-
O Programa Providência e um trabalho voluntário de leigos da Arquidiocese de Brasl1ia, liderado por Elza e Renato Botaro,
senta uma vida em Cristo e no Espírito, que se aceita pela fé, que se expressa no amor e na esperança e que é conduzida pela vida na comunidade eclesial. (Ver n° 29, da Exortação Apostólica sobre a Igreja na América.) D. Mauro Montagnoli, presidente do CNL, afirmou na sua palestra durante o Encontro que o estatuto teológico dos cristãos leigos deve ter em conta a LG n° 31, que fala da índole secular dos leigos e de sua relação com a hierarquia. O vocábulo leigo é definido pelo Concílio Vaticano 11 em sentido positivo, a partir de sua inserção em Cristo pelo Batismo e sua índole secular diz respeito ao seu papel de fazer presente a Igreja no mundo da política, da cultura, dos meios de comunicação social, etc. O Encontro teve um comunicado final, em que os leigos presentes assumem o papel de protagonistas da presença transformadora da Igreja no mundo, no marco da eclesiologia apresentada pelo Concílio, baseada na comunhão e participação. Para isto, propuseram uma melhor organização para criar a necessária sinergia de ações, e assim ser atares e difusores de uma nova cultura, capaz de gerar solidariedade e partilha. Foi destacada a necessidade e urgência de uma maior inserção dos leigos nas estruturas sociais, políticas e econômicas.
das Equipes Mariola e Elizeu Representantes das ENS no Encontro Eq. 3E- Brasz1ia, DF
de Nossa Senhora.
35
,..
GOlANlA, UM VELHO SONHO
D
esde que entramos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, há doze anos, sempre alimentamos a esperança de ver as Equipes serem implantadas em Goiânia; afinal, nossas raízes estão lá. Vimos o Movimento chegar a Anápolis, a Luziânia, a Água Boa, em Mato Grosso e sentimos que a cada dia estávamos mais próximos de alcançar Goiânia. Foram muitas tentativas, intensificadas principalmente nesses dois últimos anos. Porém como homens, nos esquecemos que a hora e o tempo pertencem a Deus. V árias pessoas nos ajudaram
nesta busca. Primeiro foi o casal Lucilene e Nelson, que eram equipistas em São José do Rio Preto e foram transferidos para Goiânia. Lá chegando, e não encontrando o Movimento, recorreram a nós em 1998. Nessa época éramos responsáveis pela Coordenação do Entorno de Brasília. Chegamos a fazer duas informações; alguns casais mostraram interesse em aderir ao Movimento. Tivemos grande apoio do Pe. Geraldo Dias, da Paróquia São Paulo Apóstolo, ex -Conselheiro em Juiz de Fora, MG, que se dispôs a ser Conselheiro Espiritual da primeira equipe que fosse lançada, mas infelizmente a concretização não aconteceu. 36
Em 1999, nova tentativa. Edna e Estevam, equipistas em Brasília, também se mudaram para Goiânia. Ficaram bastante tristes ao saber que naquela capital não existia as ENS. Muito interessados em iniciar o Movimento naquela cidade, nos procuraram e, com muito amor, juntaramse a nós na empreitada de divulgar e fazer nascer a semente. Muitas dificuldades, limitações, novos contatos e outra reunião de informação na Igreja São Paulo Apóstolo, dia 11 de março, com o casal Creuza e Caroba. Dessa vez, conseguimos a confirmação imediata de 5 casais, sendo que outros pediram um tempo para pensar. Novamente contamos com o sim e o apoio do Pe. Geraldo. Ficamos radiantes, pois encerramos a reunião de informação com a data de lançamento da Primeira Equipe de Goiânia, agendada para dia 07 de abril. Nesse período de um mês, continuamos tentando, com a ajuda de Edna e Estevam, Lucilene e Nelson, contatar novos casais e receber a confirmação daqueles que ficaram pendentes. Conseguimos a adesão de mais um casal. Também durante esse período, confirmamos com Áurea e Boros, Casal Responsável pelo Setor "A" da Região Centro Oeste II, o convite para pilotar essa equipe. Com muito amor, eles deram o seu sim e, conforme o combinado, partimos dia 07 para Goiânia, para realizarmos a reunião de lançamento da Equipe O1 de Goiânia. Em um clima descontraído, aconteceu a reunião, na casa do casal Dé-
bora e Marquinhos. Durante a reunião, foi proclamado o Evangelho de Jo 15, 12-16 e a maioria das meditações contemplaram a coincidência de que o Evangelho meditado era bem apropriado à situação de implantação da equipe naquela cidade. Todos ali foram chamados pelo nome por Jesus, para juntos serem sementes férteis, no tempo e na hora determinada por Deus. Neste clima, nasceu então o Movimento das Equipes de Nossa Senhora em Goiânia, Go, no dia 07 de abril de 2000, sendo composta por seis casais: Beatriz e Hamilton, Débora e Marcos e Tereza e Jurandir (irmãos de equipistas), Edna e Estevam, Lucilene e Nelson e Telma e Paschoalão (equipistas oriundos de outras cidades), tendo como C.E. Pe. Geraldo Dias, Pároco da Igreja São Paulo Apóstolo e, como piloto, o casal Áurea e Boros, CRS "A" da Região Centro Oeste II. A padroeira escolhida para a equipe foi Nossa Senhora da Divina Providência. Hoje, felizes, sabemos que este sonho tão esperado só se tomou realidade, por Nossa Senhora mãe e protetora que, com seu jeito amoroso humilde e silencioso, providenciou, através de sua intercessão junto a Deus pai, a criação dessa equipe. Que Goiânia seja uma semente que produza muitos frutos. Amém. Obs: Caso você tenha casais a indicar para pertencer às Equipes de Goiânia, favor contatar com Rita e José Adolfo- (61) 356-3883.
Rita e José Adolfo CRR-Centro Oeste II 37
SEXUAllDADE HUMANA lendo um texto sobre sexuall'iW."l:.::t~ 1dade humana, preparado or mim e pelo meu marido (Carlos) em maio de 1996, quando o nosso grupo de casais ainda não pertencia ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, senti que deveria compartilhá-lo com outros casais equipistas. Desejo que ele possa, ao menos, despertar em alguns de nós um questionamento sobre o assunto. Texto baseado no livro "Educação Sexual" de Paul-Eugene Charbonneau. A sexualidade humana é expressão, é comunicação do amor. Não há sexualidade verdadeiramente humana a não ser quando, em seu exercício, ela é sinal do amor. E, para ser vivida na dignidade do amor, ela deve ser liberta. Porém, a liberdade humana não é um dom, é uma conquista. Ela exige de nós um esforço para ser alcançada, pois somos facilmente escravizados pelos nossos desejos de afeto, de prazer, de poder, de conforto, etc. Limitamos a nossa liberdade, não quando buscamos a satisfação normal dos nossos instintos ou desejos, mas quando nos deixamos dominar por eles, quando perdemos o controle sobre nós mesmos e nos tornamos seus escravos. Tudo o que é humano tem um caráter sexual e a grande dificuldade em se compreender isto, está em que muita gente confunde grosseiramente o exual com o genital. Podemos dizer que no homem, em seu aspecto psíquico, a sexualidade pode ad-
Analisando a pricologia
sexual e a aiUtltJmia hu11Ul1Ul percebe-se essa
verdade incontestável: tudo está organizJ,ulo para
a união homsmhnulher e a reproduçãtJ tlll vUltL 38
quirir um desenvolvimento considerável sem a colaboração do sistema genital. Outra triste confusão que a sociedade nos apresenta é a de reduzir o amor ao "sexo": comumente se diz "fazer amor" quando alguém se refere a relação sexual. Educar um ser humano sexualmente é lhe ensinar não apenas a biologia da reprodução, mas também a psicologia do sexo oposto e de seu próprio sexo. Contudo, o mais importante na preparação para a sexualidade é a educação para o amor. Devemos cuidar para que não haja inversão de valores na educação de nossos filhos, que o amor seja colocado como finalidade maior e não o prazer. Porém será inútil toda e qualquer tentativa educacional formadora neste sentido se, ao olharem para nós pais, a realidade for outra. Para serem capazes de amar, os filhos precisam aprender o amor vi vido em seu próprio lar, por seu pai e sua mãe. Para a vida conjugal, pode-se dizer que o conhecimento da natureza particular do homem e da mulher auxilia a esposa e o esposo a melhor compreenderem os seus cônjuges. A chave da alma feminina é a maternidade enquanto a do homem é a sua missão de protetor e provedor do lar. Quando o homem experimenta tristezas ou alegrias ele tem mais facilidade de não se deixar dominar e, mesmo quando profundas, é muitas vezes incapaz de manifestá-las exteriormente. Não conclua a esposa pela indiferença de seu marido frente a esta sensibilidade muitas vezes
incompreensível para ela, pois na calma e na pequena medida da sensibilidade do homem, o lar encontra freqüentemente seu equilíbrio e conserva a paz. O esposo deverá esforçar-se, no amor, para compreender as variações súbitas de humor que sua esposa experimentará muitas vezes. Ela será particularmente sensível no período pré-menstrual: certa irritabilidade, melancolia, uma estranha negligência entre outros sintomas. Além disso, para a mulher as pequenas coisas têm seu valor e, quase sempre, a linguagem dessas pequenas coisas toca mais profundamente a alma feminina que as palavras mais sonoras. A mulher, por sua vez, deverá esforçar-se para falar uma linguagem simples, sem rodeios, acessível ao marido, pois é sua característica gostar de ser compreendida sem expressar-se, ser entendida sem falar, ser adivinhada sem revelar-se. É preciso que marido e mulher aprendam a falar um ao outro, pois as maiores dificuldades do casamento provêm de cada um dos cônjuges pedir o que não deseja e desejar o que não pede. E nisso nós, casais equipistas, levamos vantagem: alguns Pontos Concretos de Esforço, como o Dever de Sentar-se, a Oração Conjugal e o Retiro Espiritual, promovem, auxiliam e facilitam esse exercício de comunicação conjugal. Deus criou o homem à sua imagem (Gen 1,27) e visto que "Deus é amor" (lJo 4,8), o homem foi mar39
cado em seu próprio ser para e pelo amor. E assim chamado ao amor ele foi criado "homem e mulher" (Gen 1, 28), o que significa que a dualidade dos sexos no gênero humano se situa na perspectiva do amor. A origem da sexualidade é portanto divina e sua finalidade, por natureza é a união - "Por isso, um homem deixa seu pai e sua mãe, e se une à sua mulher, e eles dois se tornam uma só carne" (Gen 2, 24)e a procriação - "Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a Terra ... " (Gen 1,28). Analisando a psicologia sexual e a anatomia humana percebe-se essa verdade incontestável: tudo está organizado para a união homem/mulher e a reprodução da vida. Para nós, seres humanos, reproduzir-se não significa apenas procriar, significa também criar. Um filho, ao ser posto no mundo tem o direito de se tornar "gente", consequentemente, deverá encontrar as condições básicas e necessárias para tal. Condições que surgem naturalmente dentro de um lar cuja união conjugal é uma expressão de amor. Assim, desde criança precisamos aprender que, com um certo esforço, podemos e devemos disciplinar nossos instintos e desejos e submetêlos à nossa vontade. Essa disciplina será importante para a nossa realização como seres humanos, como filhos de Deus e também para a felicidade conjugal. Se não aprendermos a controlar nossos impulsos, teremos dificuldades em conviver com as pessoas que estão a nossa volta e com as reservas que a vida
conjugal poderá nos impor em diversos momentos. Mas, para que isso possa ocorrer mais facilmente, é preciso que cada um de nós colabore para mudar a idéia de homem e mulher que nos é passada pela sociedade desde a nossa infância, principalmente, pelos meios de comunicação: a mulher e o homem não são seres para se desejar, provocantes em sua maneira de vestir e de se expressar, mas pessoas para se compreender, se respeitar e amar. E não há caminho mais seguro para conquistar o respeito do outro do que o respeito por si mesmo. No plano sexual também estamos a procura do nosso ser livre. Se nos deixarmos escravizar pelos nossos desejos nunca atingiremos a plenitude do nosso ser, ou seja, jamais nos realizaremos como pessoa. Este é o projeto de Deus para cada um de nós: sermos plenamente livres e felizes.
Questões para reflexão: 1) Temos vivido a nossa sexualidade como expressão do amor? 2) Na educação de nossos filhos podemos usar como exemplo a maneira como nós vivemos a nossa sexualidade? 3) Como podemos expressar o amor através da sexualidade? Que Nossa Senhora, Nossa Mãe e Mãe da Igreja, abençoe todos os lares.
Kátia S. M. Braga, do Carlos Equipe JOA- Jundiaí, SP 40
NAMORADOS ... ESPOSOS ENAMORADOS
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"O ração dos esposos Senho r, aqui estamos diante de teu infinito amo r/ tu és o Deus da vida e o Senho r do amor./ Desde sempre selaste nossa união, ligaste nossas vidas, derramaste em nós o fogo do teu amor./ Neste instante colocamos nossas vidas diante do teu amor previdente e generoso./ Nós te damos graças pelo amor que uniu nossas existências, pelo bem que podemos fazer um pelo outro, pelo dom de nossas vidas que fizemos um ao outro./ Tudo começou tão mansinho, inesperada e inopinadamente./ A chama do amor nasceu em nosso interior e percebemos que não podíamos mais viver um sem o outro, e tomamos a decisão de ligar para sempre nosso destino e nossa história./ Somos gratos pelos frutos de nosso amor; a compreensão permanente e cheia de caridade, a alegria de nossos encontros, a comunhão de tantos momentos e os filhos de nossa história./ Nós te pedimos insistentemente neste momento: que o silêncio do gelo não se instale entre nós, que a indiferença não venha morar entre nossas paredes, que superemos todas as dificuldades e atravessemos ilesos certos vales tenebrosos./ Que respeitemo-nos mutuamente, numa constante e sempre nova fidelidade./ Revigora nossa vontade e robustece nossos esforços de compreensão./ Que saibamos generosamente cobrir com o manto da misericórdia nossas mútuas fraquezas e fragilidades."
proxima-se o dia 12 de junho- Dia dos Namorados. O apelo comercial é muito grande. Campanhas publicitárias são feitas para atrair homens e mulheres, de todas as idades, para a compra do presente para o seu namorado ou para a sua namorada. E a população atingida pela flecha do cupido acorre às lojas para escolher o presente que deverá ser "a cara dele"(a). Alguns acostumaram-se a dizer que o Dia dos Namorados é apenas mais um apelo comercial para fazer aumentar o volume de vendas do comércio. Tudo bem, pode até ser mesmo uma jogada comercial. Mas tem uma virtude que deve ser lembrada: a de lembrar a alguns casais que algum dia eles formavam realmente "um casal de namorados" e mais ainda, que eles deveriam, depois de tantos anos de casados, ainda estar vivendo aquela deliciosa fase de namoro. Se o casal (esposa e esposo) tem a felicidade de permanecer enamorado, então essa data passa a ter a conotação de mais um motivo para se exercitar o romantismo em tom de festa. Com estas considerações em mente, lembramo-nos de trazer aos companheiros equipistas uma oração que há algum tempo encontramos em um livro do Frei Alrnir Ribeiro Guimarães que se intitula "E eles se deram as mãos" (Ed. Vozes). Tratase da "Oração dos Esposos", que a seguir transcrevemos e para a qual sugerimos a leitura e reflexão:
E acrescentamos: Que sejamos sempre um casal de namorados redescobrindo e renovando as alegrias e esperanças do amor. Tânia e Guilherme Equipe 08 - Salvador, BA 41
FESTA DE CORPUS CHRlSTI
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o longo do século XII, desabrochou poderosamente a devoção ao Santíssimo Sacramento. Um grande desejo de contemplação apoderou-se das almas mais devotas, e em Paris, no ano 1200, iniciou-se a elevação da hóstia, após a Consagração. Uma religiosa, Juliana de Liege, foi persuadida por seus conselheiros espirituais a irnpetrar ao bispo de Liege a introdução de uma festa especial em honra ao Santíssimo Sacramento. O bispo Roberto de Liege, concordando com às persistentes ~~,'~ súplicas de Juliana, em 1246 intropg'4"''"1 .-- - duziu a festa em sua diocese. No ano de 1264, o papa Urbano IV pediu a São Tomás de Aquino e São Boaventura que compusessem uma seqüência especial para a missa da festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. No dia marcado o papa Urbano IV, convidou São Tomás de Aquino a iniciar a leitura de seu trabalho. Enquanto São Tomás, proclamava com entusiasmo, e fé profunda a seqüência, São Boaventura, postado ao lado e, mantendo entre os dedos a folha de sua redação, começou a desfazê-la em pedacinhos. Quando Santo Tomás finalizou, São Boaventura conservava tão somente pedacinhos de papel na mão. Fora uma atitude de orgulho? Não! Pelo contrário! Tratavase de verdadeira humildade de um santo! São Boaventura, assuntando o trabalho de Santo Tomás, conclu-
íra que a um ser humano, inteligente e livre, seria impossível produzir um hino eucarístico teológico mais profundo e mais sublime do que aquele, por isso, nem sequer julgou que sua composição ainda merecesse ser ouvida. Até nossos dias, a seqüência elaborada por Santo Tomás de Aquino, continua facultativa na Missa da Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. O papa Urbano IV, em 1264, através da Bula "Transiturus" homologou e estendeu a Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo a toda Igreja. Houve quem se manifestasse contra a introdução da Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, alegando a Festa da Instituição da Eucaristia já existente, na Quinta-feira Santa. A Igreja, no entanto, considera a celebração na Ceia do Senhor o início do solene Tríduo Pascal, e, por cons·eguinte, consoante com uma lógica natural, não avançaria espaço suficiente para grandes demonstrações de júbilo que a eucaristia tanto merece. Uma celebração mais solene e pública era realmente aconselhável e, sem dúvida, sumamente almejada pelo próprio Cristo. Na Bula "Transiturus" do papa Urbano IV, não consta qualquer referência a uma procissão. Essa é atestada; pela primeira vez, em Colônia-Alemanha, entre os anos 1274 e 1279. Ainda no século XIV, a pro-
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cissão encontrou calorosa acolhida, na maioria dos países. Levava-se o Santíssimo em precioso ostensório recoberto por um véu. A procissão do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo foi incluída por Roma no rol dos exercícios de piedade, e sua celebração ficou reservada a critério de cada bispo, em sua diocese. Após o Concílio Vaticano II, a Igreja, como Povo de Deus em marcha, tornou a reafirmar a validade da Procissão, pois, a vitória será nossa se soubermos superar os perigos que nos espreitam, com a salvadora presença do Senhor. A Procissão do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, celebrada de forma correta, no autêntico espírito litúrgico, poderia, com toda certeza,
transformar-se, muito mais do que qualquer outra procissão, num instrumento eficaz para levar os homens de nosso tempo, demasiadamente engolfados na luta pela sobrevivência, a sentir, através do símbolo real, que não se encontram tão sozinhos na caminhada terrestre, mas avançam sustentados pelo Senhor Eucarístico dentro deles, diante deles e atrás deles, na comunhão da Igreja, a caminho com o Cristo na Parusia, que retornará para ser glorificado na pessoa de seus santos e, contemplado por todos quantos nele creram ou nele tiverem acreditado.
Pe. Otto Seidel SCJ (extratos) SCE Equipe 70 Rio de Janeiro, RJ 43
JUNHO: MÊS DO CORAÇÃO
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ntecostes abriu neste ano, o mês de junho, o mês dos namorados, de Santo Antônio, de São João, de São Pedro, e so retudo, do Coração de Jesus. Tradicionalmente, este Jesus é apresentado com aquele olhar bondoso e compassivo, que tem no peito aberto ou em uma das mãos, um coração que emana raios de luz. É a forma humana do Amor de Deus: no Coração de seu Filho está simbolizado o jeito humano de Deus nos amar. Ao estudarmos o evangelista São Lucas, vamos percebendo como ele via Jesus. Não tem a preocupação messiânica de Mateus, o profeti mo missionário de São Marcos ou o misticismo de São João. Para ele, Jesus é a imagem do homem do sentimento de afetividade. Desde a anunciação, passando por Zacarias, por Ana e Simeão, ele é que transmite esperança, mudança nas relações com o pecador. Há carinho para a Mulher que toca e envergonhada se sente descoberta, há ternura para Madalena, há sensibilidade na parábola do Filho Pródigo, e é o paciente peregrino para os discípulos de Emaús. Fala dos lírios do campo, da o velhinha perdida, das crianças, como aquele que chora sobre Jerusalém, a capital de sua Pátria. Deus, ftlosófica e teologicamente um puro espírito, eterno e criador, ao enviar o Filho, faz com que se revista integralmente da humanidade. Com isso, transforma o amor humano de Jesus em sacramento do amor divino. Torna-se nele um gesto, um sinal real do amor de Deus. Por isso, em todos os lares, onde os membros da fanu1ia acolhem e se deixam envolver pelo amor de Jesus, há fé, esperança e caridade: um clima de paz e harmonia, construída com base no amor maior. Não é sem razão que, além da promessa das 9 primeiras sextasfeiras, existe uma outra que diz: "Em todos os lares onde minha imagem ocupar lugar de honra de veneração ali eu estarei abençoando". Durante esta mês, digamos muitas vezes à Maria, como fazia Santo Inácio de Loyola: Senhora, põe-me junto ao coração de teu Filho!
Pe. Paulo D'Elboux, S.]. SCE Setor C- Rio de Janeiro, RJ (do Boletim "Notícias do Setor C"- Regüio Rio I) 44
FALECIMENTOS Lembremo-nos, em nossas orações, dos nossos irmãos falecidos:
• Lotar (da Edite), ocorrido no dia 14/12/1999 - Equipe Nossa Senhora da Boa Viagem Santo Antônio da Patrulha, RS • Celso dos Santos (da Suely), ocorrido no dia 27/0112000- Equipe 14B- N. Sra. do Perpétuo Socorro -Juiz de Fora, MG • Adair (da Getel), ocorrido em 29/02/2000Equipe 9B- Nossa Senhora dos Navegantes - Criciúma, SC • Marylena Ferraro (do Mário), ocorrido no dia 29/02/2000 - Equipe 2B - Nossa Senhora da Paz - Petrópolis, RJ • Ismael (da Mercês), ocorrido dia 07/03/2000 eNivaldo (da/vete), ocorrido no dia 10/03/ 2000, pertenciam a Equipe 05C- Nossa Senhora da Boa Vontade, Recife, PE • FuadAbiDaud (da Yedda), ocorrido no dia 15/03/2000 - Equipe 11 - Petrópolis, RJ • Enedir (da Sueli), ocorrido no dia 04/04/ 2000 - Equipe Nossa Senhora da Conceição- Osório, RS
NOVAS EQUIPES ORIUNDAS DAS EXPERIÊNCIAS COMUNITÁRIAS • Equipe 30B- Nossa Senhora dos Remédios - Sorocaba, SP • Equipe 4C- Nossa Senhora Mãe das Vocações - Londrina, PR
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MARlA - PLENA DO ESPlRlTO! "Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceram-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas. " (At 2,1-4) fletindo sobre Pentecostes, não podemos deixar de "ver" Maria entre os apóstolos de Jesus, e também sobre ela endo derramada a força do alto. Imediatamente os apóstolos são revestidos de todos os dons do Espírito Santo e anunciam com sinais e prodígios o Evangelho. Mas as Sagradas Escrituras não nos trazem mais nada sobre Nossa Senhora e sua atuação junto à Igreja, que se inicia em Pentecostes. Não era ela cheia do Espírito Santo? Não pousara sobre ela o fogo do mesmo Espírito? E como usou destes dons em favor da Igreja de seu Filho? Somente voltando à oração do Magnificat encontraremos a resposta: "porque olhou para a humildade de sua serva". (Lc 1,48) Maria nunca buscou para si a glória, a honra, pois se colocava como a mais humilde serva do Senhor, e ela sabia que a maior graça é viver em Sua presença e em tudo fazer Sua vontade. Maria, sendo plena do Espírito Santo, trazia em si todos os dons, mas vivia no mais excelente de todos esses dons: o Amor. (veja 1Cor 13, 1-13) Neste amor, serviu a Deus, aceitando a missão a ela confiada. Serviu, neste mesmo amor, a José e a Jesus, na casa de Nazaré, mas não se fechou ao seu redor, pois quem ama é sensível às necessidades do yróxirno, dos irmãos e isso ela nos ensina nas Bodas de Caná. E ainda na força desse mesmo amor que se une e sustenta os apóstolos até Pentecostes. Neste mês, olhando para Nossa Senhora, aprendamos a viver o maior dos dons que o Espírito Santo nos dá: o dom do amor, conscientes de que é por ele que seremos julgados. Peçamos a intercessão de Maria para que o nosso coração seja possuído e movido pelo verdadeiro amor.
Rosa Maria F. A . Aguirre publicado na revista "Brasil Cristão" - fev/2000
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Extratos da correspondência que foi enviada à Revista "Veja" sobre a matéria "Aprendendo a casar"
por quem gosta de deixar tudo para a ''última hora". O curso pode ser feito até um ano antes. c) A articulista, sugere que apreparação para o casamento, através de um curso de noivos ministrados pela Igreja é dispensável, pois os noivos já têm outras preocupações como "convites, bufê, convidados, música e lua-de-mel". Essas preocupações, revelam que ajornalista não distingue o essencial do acessório, pois essas preocupações, valem apenas para a "festa do casamento", sem nenhuma repercussão para a vida prática dos dois. Diria, são "superficialidades", para impressionar a mídia e alguns curiosos por alguns momentos, sem nenhuma influência para aquilo que é mais importante: consciência do que é um casamento cristão, paternidade responsável, diálogo, educação dos filhos, economia doméstica, psicologia do homem e da mulher, alerta quanto a problemas, formas de evitá-los e contorná-los etc., enfim, tudo o que contribui para a felicidade docasal e bem-estar da sociedade. Por fim, minha reação ao ler tal matéria foi cancelar imediatamente minha assinatura de Veja e procurar por todos os meios ao meu alcance, rádio, periódicos, salas de aulas na Universidade, movimentos da Igreja Católica desestimular cristãos católicos a apoiar um veículo, que pela matéria em questão, objetiva contribuir com a falta de seriedade na estruturação de novas famílias em total oposição a tudo aquilo pelo qual trabalha a Igreja Católica.
Há mais de 20 anos sou assinante de Veja. Na edição 1642 de 29 de março do corrente, uma matéria publicada na página 204, com o título "Aprendendo a casar", assinada por Tatiana Chiari, compromete a habitual seriedade e equilibrio de Veja, pelo menos para mim e para mais de duas dezenas de leitores de Veja, com os quais conversei, que reprovaram totalmente a matéria, por ser tendenciosa e revelar os propósitos e o estado de espírito de quem escreve. Justifico minha forma de pensar: a) O maior problema da sociedade brasileira modema é a desestruturação da família, ocasionada pela falta de seriedade e despreparo da maioria dos que casam; pelo comodismo, egoísmo, mídia que, com trabalhos semelhantes a esses, conseguem "destruir...", contribuindo, consideravelmente para que a nossa realidade seja de crianças abandonadas, pivetes e bandidos a atormentar a sociedade, prisões superlotadas, mortes, medo, angústia etc. b) Vivemos numa sociedade que é necessário preparar-se para fazer qualquer coisa, como seja: fazer pacotes, engraxar sapatos, ser empregada doméstica etc. Apenas, segundo a matéria, a preparação para o casamento pode ser dispensada já que os dias do curso de preparação ''vão provavelmente contribuir para o mau humor de quem já está enfrentando uma série de afazeres e burocracia na reta final". É bom que a jornalista saiba que o referido curso só é feito, junto com outros afazeres,
Ivo Adamatti (Eq. 01 - N. S. da Rocca, Caxias do Sul, RS)
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AÇAO DE GRAÇAS PELOS PCEs
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enhor, nós queremos vos agradecer pela graça que nos concedestes, em nos chamar para as Equipes de
Nossa Senhora e, de maneira especial, por nos pro-
por a vivência dos Pontos Concretos de Esforço. Eles são uma riqueza em nossas vidas de casados. Fazei-nos Senhor, estar atentos à vossa Vontade e ao vosso Amor para com cada um de nós. Abri nossos corações para podermos conhecer com toda a lealdade a nossa Verdade frente ao Vosso projeto para conosco. Fazei-nos disponíveis para o Encontro e a Comunhão, entre nós casal, dentro de nossas famílias, e principalmente para com aqueles que são excluídos da dignidade humana. Fazei com que sejamos verdadeiramente casais missionários. Senhor, queremos ser vossos servidores e que, assim, a cada dia, possamos vivenciar com mais disposição os Pontos Concretos de Esforço, que são caminhos para a nossa conversão. Permiti que desta forma possamos ser agentes de transformação, para que tenhamos um mundo mais cheio de amor e fraternidade. Amém.
Maria Regina e Carlos Eduardo Equipe 5- Nossa Senhora do Rosário Piracicaba, SP
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Medite1ndo em Equipe 2ooo • Ano da Eucaristia Neste mês de junho, a Liturgia da Igreja celebra a festa de Corpus Christi (Corpo de Cristo) .
Éuma
festa que nos convida a testemunhar publicamente o mistério da Eucaristia .
Leitura: Evangelho de Lucas 24, 28-35 •
Os discípulos de Emaús abriram a casa e o coração para Jesus . E Jesus celebrou a Eucaristia com eles . Como nossa família está aberta para viver o mistério da Eucaristia?
•
Os discípulos saíram e testemunharam Jesus ressuscitado na "fração do pão" (Eucaristia) . Partilhemos a nossa experiência da Eucaristia .
Oração Litúrgica: Cristo, Pão partido
O teu sonho a gente aqui descobre :
Para o mundo, neste altar :
Preferi o pobre, sem odiar ninguém .
Teu povo é unido, Se vem aqui cear.
Pão é puro assim como a inocência :
Teu povo vai unido,
Este pão, Maria, a Mãe, nos deu ...
O mundo renovar!
Oue teu povo acabe essa violência, E nos traga o amor, e nos traga a paz! ...
Pão partido é dar-se inteiramente, Aceitar a cruz na doação
Pão também é vida para o povo :
O teu pão, Jesus, ensina a gente :
Este dom a todos Deus nos faz!
Como amar o Pai e como amar o irmão!
Teu altar exige um mundo novo, Onde toda a gente tenha voz e vez!
Pão na mesa é refeição do pobre: Nosso Pão Tu queres ser também .
(Letra do Pe . Lúcio Floro) Pe. José Ernani Angelini
MAGNlACAT O PODEROSO FEZ EM MIM MARAVILHAS, E SANTO É O SEU NOME!
- A minh'alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador! - Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita! - O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é o seu nome! - Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem! - Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos; - Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; - sacia de bens os famin tos, despede os ricos sem nada. - Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, - como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém . O PODEROSO FEZ EM MIM MARAVILHAS, E SANTO É O SEU NOME!
EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movim ento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 256.1212 • Fax: (Oxx11) 257 .3599 E-mail: secretariado@ens.org.br · • cartamensal @ens.org .br Home page : www.ens.org.br