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Equ pes de Nossa Senhora
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EQU1PES DE NOSSA SENHORA
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Carta Mensal • n°365 • Agosto/
2001
EDITORIAL Do Cort Mensal ...... ........ ...... ... .. O1
BALANÇO 2000 Demonstrações financeiros ....... ... 22
SUPER-RBGIÃO BRASIL Irmão entre irmãos ...... ..... ......... .. 02 Podemos ter luz próprio! .. ........ .. .. 03 Pai, Palavra vivo de Deus aos vocacionados ..... ..... 04
VOCAÇÃO Vocações ............... ... .... ..... ... .. ..... 2 7 Yéchouo ben Yôséph e o vocação à santidade .... .. .... ... ... 28
CORREIO DA ERI Corto de Priscillo e Jean-Louis Simon is .......... .. ....... 06 Corto do Conselheiro Espiritual : Viver e amor como pessoa .. ... ... .. 08 Notícias nternocionois ...... ..... ..... 1O Número ae Equipes no mundo ... . 11 VIDA NO MOVIMENTO Sessão de Formação : Nível I ....... 1 2 Sessão de Formação: Nível III ... .. 14 15° Peres ri noção à Aparecido .... . 15 A coso dCDs nossos sonhos .. .......... 1 7 DIA DO PADRE Célula mãe ..... ... ..... ........... .... ... .. 18
PASTORAL FAMILIAR A decisão é suo ........ .... ... .... ...... .. 30 Cosais em segundo união ..... ...... 31 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ............. ..... ..... ... 33 MARIA Assunção de Nosso Senhora ... ... . 40 PARTILHA E PCE No verdade, eu não me esforcei ....... .... .. .. ....... 4 1 TESTEMUNHO Moradores de ruo .... ..... .. .. .. ........ 43 PALAVRA DO LEITOR
DIA DOS PAIS Por um filho, por um pai ... .. ...... ... 19 Paternidade responsável ... ....... .... 20
REFLEXÃO Ver o rosa .. ........ ...... .... ... .... ...... ... 4 7
Carta Mensal é wna publicaçiio mensal das Equipes de Nossa Senlwra
Janete e Nélio Pe. Ernani J. Angelini (cons. espiritual)
Projeto Gráfico: Alessandra Carignani
Edição: Equipe da Carta Mensal
Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)
Cedlia e José Carlos (responsáveis)
Edüoração Eletrônica, F otolüos e 1/ustrações: Nova Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres, 93 1 - SP Fone: (Oxxll ) 38 73./956
Capa: Bartolomé E. Murilo "A Conceição Imaculada de Maria"
Wilmo e Orlando Soely e Luiz Augrtçto Lucinda e Marco
Tiragem desta edição: 15.300 exemplares
Cartas, colaborações, norteias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:
Carta M ensal R. Luis Coelho, 308 5" anda r · conj. 53 01 309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxx ll ) 256.1212 Fax: (Oxxll ) 257.3599 cartamensal@ens.org.br A/C CecOia e José Carlos
Queridos equipistas: Trabalhar na Carta Mensal é apaixonante. Estamos em contato com todos os estados do nosso querido Brasil, sentimos o pulso do Movimento vivo, atuante e os equipistas esperançosos apesar das dificuldades, iluminados, mais do que nunca, apesar da crise de energia, ativos na construção do Reino, no seguimento do Cristo. Temos também a alegria de receber cartas sempre amigas, fazendo as necessárias críticas construtivas ou trazendo palavras de amizade e incentivo. Por tudo isso, obrigado, Senhor; obrigado, queridos irmãos. Após a empolgação diante do mistério da Eucaristia, por ocasião do 14° Congresso Eucarístico Nacional, paramos para refletir: O Cordeiro pascal nos convida a servir, a doar a própria vida pelos irmãos: "Quem doar a própria vida vai ganhá-la e quem fechar egoisticamente sua vida, vai perdê-la". Agosto é um mês em que a Igreja convida seus membros a repensar sua vocação batismal. Somos chamados por Deus para uma missão que transforme a farm1ia, a comunidade cristã, a sociedade. O caminho da felicidade, passa pela doação, pelo serviço desinteressado aos irmãos. Eis a nossa vocação. Precisamos de formação para melhor_servir. É o que nos atesta a seção "Vida no Movimento com suas Sessões de Formação. Como é importante lembrar de nossos Conselheiros Espirituais! O
dia do padre (4 de agosto) é para rezarmos por eles e dizer como nos sentimos melhores com sua presença em nossa caminhada. Cada vez mais cresce a preocupação dos pais na sua missão familiar. Não é fácil ser pai hoje. Mas, quando se tem uma esposa e filhos solidários, quanta alegria e esperança nessa missão. Nesta edição da Carta Mensal, divulgamos o Balanço do Movimento, referente ao ano de 2000. É importante observarmos os dados constantes desse demonstrativo financeiro, procurando analisar os destinos da quantia arrecadada, e também aproveitar para fazer uma reflexão, sobre o valor da nossa própria contribuição. No Correio da ERI, uma novidade: a palavra do novo conselheiro espiritual da Equipe Responsável Internacional, o Pe. François Fleischmann, que sucede ao Pe. Sàrrias. Nas Notícias Internacionais, algumas coisas interessantes sobre sua caminhada, que fazem com que o conheçamos melhor e já comecemos a admirá-lo. Sem demonstrar cansaço ou rotina, nosso Movimento vai, com toda sua juventude, alegrando nossa Igreja, nossas farm1ias. Seus 51 anos de Brasil foram lembrados com muita ação de graças em várias regiões. Reanimemos nossas forças e ardor missionários, olhando para o alto com Maria Assunta aos céus e glorifiquemos o Senhor que faz maravilhas entre nós.
Com nosso carinho, Equipe da Carta Mensal
lRMÃO ENTRE IRMÃOS Prezados casais e Conselheiros Espirituais! Em agosto, celebramos o dia do padre. Talvez fosse o caso de lembrar a importância que as ENS dão à presença do padre, e o esforço que fazem ou deveriam fazer para que, nas farm1ias equipistas, se crie um ambiente favorável ao surgimento, à acolhida dessas vocações. Mas, se me permitem, estou pensando é no que as ENS significaram em minha vida de padre. Nos últimos quarenta e quatro anos, foram muitos os ministérios que pude desempenhar, passando pelo ensino de teologia, atividades em rádio e tudo o mais. Nesse conjunto, insere-se meu encontro, em 1984, com as ENS, das quais já ouvira falar no selninário, lá por 1956. TenhoconvividocomEquipes de Base, de Setor, da Carta Mensal e agora da Super Região; tenho tido contato com muitíssimos equipistas em encontros nacionais, EACRE e retiros. Pois bem, como presbítero e como missionário redentorista, fui grandemente beneficiado pelo encontro com as ENS. O contato com tantos casais, que descobriram e continuam aprofundando o sentido do seu sacramento do matrimónio, ajuda-me a valorizar ainda mais minha própria vocação ao celibato, à vida redentorista e ao presbiterato. A generosidade com que vivem a proposta do Movimento cobra generosidade também de minha parte na vivência de minha comunidade religiosa e na dedica-
ção ao ministério. A seriedade e a alegria com que vivem seu amor conjugal ajudam-me a intuir um pouco mais como deve ser encarnado, concreto e exigente o amor a ser vivido nas comunidades cristãs. Suas lutas, seus altos e baixos na vida matrimonial, vistos e acompanhados muito de perto, ajudam-me a corrigir uma visão nascida apenas . de leituras ou, quando muito, de contatos menos pessoais no confessionário e na pastoral mais ampla. Minha família sempre me apoiou. O inesmo suporte tenho encontrado nas Equipes. São minha segunda farm1ia, minha segunda comunidade. Sabem valorizar meu ministério presbiteral, cobram que em primeiro lugar eu seja padre, colocam-me sempre diante de novos desafios; mas também me aceitam pura e simplesmente como pessoa, até com minhas limitações, que sabem disfarçar sem se trair nem com um sorriso de paciência. Acolhem-me na fé, mas sem cerimônias nem distâncias; acolhem-me de fato em casa, e não apenas na sala de vis itas. Ajudam-me a ser, como se deve, irmão entre irmãos e irmãs. Talvez houvesse ainda mais coisas a dizer. O certo é que um balanço geral me mostra que se pude ajudar as equipes, muito fui ajudado. O mais provável é que estejamos empatados. Que Deus nos ajude.
Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE da Super-Região 2
PODEMOS TER LUZ PRÓPRlA! Olá, gente amiga,
afetar a nossa esperança para lutar por.aquilo que cremos. Temos em nós a luz própria do nosso Batismo, que nos mergulha no brilho do Ressuscitado. Temos em nós a força geradora dos Pontos Concretos de Esforço, que vêm em socorro das oscilações na voltagem do nosso ardor. Temos o calor da conjugalidade pela graça do sacramento do matrimônio, a fagulha da amizade fraterna experimentada e enriquecida na vida de equipe. Temos a Eucaristia, fonte inesgotável do amor de Jesus, água viva que não cessa de fazer girar as turbinas do coração humano para ali produzir o amor mais puro, e que incentiva a que ele seja gasto, partilhado, sem cobrança de tarifaços, sem reduções de consumo, sem medo de que venha a faltar. É certo que a vivência nas equipes pode levar-nos a enfrentar qualquer tipo de apagão espiritual, convencer-nos de que seremos capazes de fazer brilhar a luz de Cristo diante da sociedade. Há muita gente esperando por essa nossa luz. Nossa missão é fazer com que ela brilhe, afrontando com criatividade os desafios da vida, lançando raios de alegria, de fé e de esperança ao nosso redor. Não entre na era do apagão. Lembre-se: podemos ter luz própria!
Abrimos o jornal da cidade e ali vimos na primeira página: ''Projeto Luz Própria". O que seria? Era uma iniciativa para levantar o moral dos empresários e do povo em geral, que vive a crise do desânimo provocado pela ameaça do apagão. Realmente, vivemos todos o mal estar provocado pela escuridão nas ruas, nas casas, na redução das atividades, nas incertezas do futuro. E essa campanha pretende fazer surgir a criatividade, vencer com esperteza esse tal de apagão. Sim, em que pese a escassez da energia, a verdade é que podemos lembrar as pessoas que podemos ter luz própria. Começamos então a refletir: quem levantou por primeiro a bandeira da luz própria foi o próprio Jesus. Há dois mil anos ele já dizia "vós sois a luz do mundo". Aproveitando o tema da eletricidade, podemos derivar para tantas outras espécies de apagão: o da ética, o do compromisso com a verdade, o da busca do bem comum, o do respeito à dignidade do ser pessoa. Mas queremos ir mais longe: refletir e questionar se, como equipe, não estamos vivendo à meia luz, quase parando, tristes, improdutivos. Como anda nossa vibração com as propostas da fé, a alegria de buscar como casal e em equipe a nossa santidade? Os desafios deste novo Milênio para a Igreja e para a sociedade não poderão destruir em nós a alegria, nem
Com nosso carinhoso e fraterno abraço.
Silvia e Chico C. Resp.da S.-Região Brasil 3
PAl, PAlAVRA VlVA DE DEUS AOS VOCACIONADOS Amados irmãos deste imenso Brasil das Sete Províncias! Agosto nos inspira a falar de vocações. Temos por vocação primeira, viver a plenitude da vida. O amor é a vocação fundamental e originária do homem. Deus é Amor e nos chama como pessoa para amar e ter comunhão com Ele. Deus nos cria para viver a experiência do seu amor e felicidade. Ele nos cria à sua imagem e semelhança e nos convida a manifestar a imagem dele ao mundo, amando. Em Deus vivemos a plenitude da nossa vida. A fidelidade de Deus é a que mais convence do seu amor por nós. "Fiel é Deus que nos chamou à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor" (!Cor 1,9) Temos a comunhão de Jesus Cristo. Temos de Deus o mesmo amor que amou seu Filho, conseqüentemente somos seus filhos amados. Agosto, mês dos pais, e a paternidade é uma vocação ao amor. Cada filho que nasce é um sinal do amor de Deus, é bênção que convoca o homem e a mulher a assumir a grande responsabilidade de ensinar os filhos a se amarem e conduzi-los no caminho que leva a Deus. Ensinar com palavras, exemplos de vida e testemunho cristão, cons-
truindo com eles e para eles um lar sólido. A solidez da rocha, pela presença ativa, sóbria, solidária e amiga do pai, para criar e educar os filhos para a segurança, firmeza, coragem e formar a parte forte da personalidade deles. Ao lado do pai, a presença da mãe, para formar e educar os filhos para o carinho, afeto, gentileza, mansidão. Ensinando e vivendo com eles, nesse lar sólido, uma escala de valores: • a indissolubilidade do matrimônio, um dos maiores valores a ser transmitido; • a vivência da verdade, o trabalho, a honestidade, a honradez, a justiça, a alegria, a moral, a sobriedade; • Ser Pessoa: os filhos precisam perceber e acreditar que não é o ter que valoriza a pessoa, mas o ser. Que este lar seja uma verdadeira Igreja Doméstica, na vivência da fé: • Deus, colocado em primeiro lugar, seja a razão da sua esperança; • A fé, a que "remove montanhas"; • Nós, pais equipistas, temos uma espiritualidade conjugal expressa na Escuta e Meditação diária da Palavra de Deus, na Oração Conjugal, no Dever de Sentar-se, na Regra de Vida, no Retiro Anu4
al, nas missas dominicais, na participação dos Sacramentos, na acolhida aos bispos e sacerdotes, etc. Uma espiritualidade que transborda para outras famílias, é a missão da Igreja Doméstica. É na solidez dos lares de farru1ias cristãs bem constituídas que devem nascer as vocações sacerdotais e religiosas. Vivência do Amor no lar como reflexo do Amor de Deus: • A vivência do amor, condição fundamental para a formação dos filhos. Ela é escola do amor em gestos: demonstração de carinho, delicadeza e respeito entre os pais; • Amor que os filhos sentem quando são acolhidos, acatados, valorizados. Essa vivência-é para os filhos a certeza de que Deus nos fez por amor e para o amor; • Somos batizados e como tal temos uma vocação comum:·avocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. Nossa farru1ia é uma célula da sociedade humana, do mundo. Comecemos por esta célula e chegaremos aos confms da terra. A pessoa do pai, no lar, se traduz, para os filhos, na esperança de um mundo evangelizado do ')eito" que Jesus mandou. Comece dizendo a seus filhos que "jeito" foi esse: Marcos 16, 15 ss. "Ide por todo o mundo, proclamando a boa notícia a toda a humanidade... " Feliz dia dos pais!
Rosinha e Anésio CR - Província Sul II 5
CARTA DE PRlSClllA E JEAN-lOUlS SlMONlS Queridos Amigos das Equipes, Muito emocionados por nos dirigirmos, pela primeira vez, como novos membros da ERI, a mais de 40.000 casais e Conselheiros Espirituais espalhados pelos cinco continentes, queremos, antes de mais nada, apresentarnos resumidamente. Originários do sul da Bélgica, onde se fala a língua francesa, vivemos numa pequena cidade ao norte, onde a língua falada é a holandesa. Desde 1972, casamo-nos todos os dias, e o Senhor nos deu a grande alegria de nos confiar duas filhas: Tatiana, 27 anos, casada há dois anos, e Gaelle, 24 anos. Devido a nossa situação um pouco isolada, falando francês num território em que se fala holandês, o Movimento logo percebeu que estávamos bastante disponíveis para o serviço nas Equipes de Nossa Senhora. Ao longo dos 27 anos de vida de equipe, fomos assumindo, sucessivamente, várias responsabilidades no seio do Movimento; a última, foi a de casal responsável da Super Região belga. O Encontro Internacional de Santiago de Compostela mergulhou-nos, mais urna vez, nesse imenso entusiasmo de casais e padres de origens
Como cristãos, devemos "ser o fermento na massa", devemos navegar contra a corrente, como os salmões na época da desova.
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e culturas tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão próximos, não apenas pela pertença às ENS, mas também como irmãos e irmãs em Cristo. Prolongando de certa forma esse momento forte do Encontro Internacional para os próximos três anos, essa unidade vai se revelar através da orientação proposta pelas Orientações do Movimento:
meios sociais e sócioculturais, sem exclusão de raça ou de língua. O Encontro Internacional de Santiago foi um testemunho vivo disso. Além do mais, as Equipes nos ajudam a manter a nossa consciência aberta. Mas devemos "ser" mais. Como cristãos, devemos "ser o fermento na massa", devemos navegar contra a corrente, como os salmões na época da desova. O tema de estudo proposto pelo Movimento para nos acompanhar ao longo destés três anos de tomada de consciência, pretende, pela sua dinâmica própria, que incita os equipistas à uma participação ativa, levar-nos a uma mudança no nosso comportamento, nos nossos hábitos, na nossa maneira de viver. Nesta caminhada, sustentemo-nos uns aos outros na oração. Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos guie na missão que nos espera: restituir a cada ser humano a dignidade que ele jamais deveria ter perdido. Tenhamos a coragem de afirmar que somos cristãos, "estando sem-
"Ser casal cristão hoje na Igreja e no mundo" . Num primeiro momento, somos assim convidados, cada um em particular e em casal, a nos interrogarmos sobre o que significa para nós hoje "Ser pessoa". Num mundo que, em nome do princípio do direito à realização individual' da pessoa humana, tolera que sejam desrespeitados os direitos fundamentais da liberdade e da igualdade dessa mesma pessoa humana, que temos nós a apresentar como alternativa cristã? Como restituir a cada ser humano a sua dignidade de filho do mesmo Pai? Que atitudes adotamos em farm1ia, no nosso ambiente de trabalho, face aos grandes debates que movimentam a nossa sociedade hoje: o aborto, a eutanásia, a clonagem humana (reprodutiva ou terapêutica), as manipulações de embriões humanos em nome da ciência... ? Vamos continuar a assistir, quase sempre impotentes, à degradação da pessoa humana, à exploração do homem pelo homem? Parece-nos que as Equipes de Nossa Senhora, mesmo não sendo o único e perfeito caminho, podem nos ajudar. Pensemos que o nosso Movimento está aberto a todos os
pre prontos a dar a razão da nossa esperança a todo aquele que nos peça" (lPd 3,15). Contudo, sozinhos, seremos incapazes. Assim, apoiemo-nos no Pai de quem somos, ao mesmo tempo, imagem, na nossa humanidade, e filhos e filhas, por Jesus Cristo. Em união com cada um de vocês, rogamos ao Senhor que nos dê, a cada um, a força para estarmos sempre prontos ...
Priscilla e Jean-Louis Simonis 7
CARTA DO CONSElHEIRO ESPlRlTUAl
VIVER E AMAR COMO PESSOA
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hamado, recentemente, para acompanhar a Equipe Responsável Internacional, quero saudar cordialmente todos os membros das Equipes de Nossa Senhora, bem como os seus conselheiros espirituais. Sinto-me feliz por iniciar esta caminhada com todos vocês. A orientação que nos é proposta para os próximos anos, "Ser casal cristão hoje na Igreja e no mundo", convida-nos a um primeiro olhar sobre nossa condição de pessoas. Um casal- como uma equipe ou uma assembléia eclesial- é, antes de tudo, urna comunidade de pessoas. Não se trata de um jogo de palavras quando insistimos em falar de pessoas e não de indivíduos. Os indivíduos formam uma multidão e alimentam as estatísticas, enquanto que cada pessoa é única. Cada pessoa, mesmo a mais fraca e desfavorecida, deve ser respeitada, pois, como diz o Concílio Vaticano II, o homem é "a única criatura sobre a terra que Deus quis por si mesma" [Gaudium et Spes, no 24]. Digamos mesmo que cada pessoa deve respeitar a si própria, fiel aos seus compromissos, na sua consciência, onde Deus escreve a sua Lei, para estar aberta aos outros [cf. Gaudium et Spes, no 16]. Casais, vocês sabem bem que a sua felicidade resulta da união de duas pessoas, do respeito que cada um tem à pessoa do outro, das con-
vicções que partilham, dos projetas que realizam em comum, de todas as formas de dons de amor que vocês se oferecem mutuamente e que fazem com que cada um ultrapasse seus limites. Pais, vocês observam o desenvolvimento da personalidade de cada um de seus filhos, pessoas sempre novas, com tudo aquilo que os preo· cupa e os encanta neles. Atores da vida social, sentem perfeitamente que o individualismo é um verdadeiro câncer. O bem comum só pode ser assegurado e construído no respeito pela dignidade das pessoas. E agora, eis que surge a palavra dignidade, de tal maneira relacionada à noção de pessoa, que se tornou uma coisa extremamente comum; e, contudo, no mundo, quantos atentados a essa dignidade! 8
Sobre que fundamentos poderemos falar da dignidade da pessoa humana? A Revelação nos diz nas célebres palavras do livro do Gênesis: "Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele os criou; e os criou homem e mulher (1,27). Falar de imagem de Deus, seria bastante inexpressivo se tivéssemos de Deus uma noção abstrata e impessoal; mas é Deus Pai, Filho e Espírito, Deus Vivo; é Deus na comunhão de Pessoas. E é à imagem desse Deus que fomos criados. O melhor sinal é o fato de que a qualidade da imagem de Deus é realizada na condição do ser humano, homem e mulher. Na relação e união dos esposos, está um dos mais belos reflexos do Deus vivo, que é amor. Juntos, os seres humanos formam a imagem de Deus. É nesta capacidade de não viver só para si, mas no dom de si mesmos que se fundamenta a dignidade das pessoas. Então, ser casal cristão hoje na Igreja, é difundir a vocação das pessoas para amar e dar, para servir e partilhar, à imagem de Deus que ama e partilha a sua vida. Do batismo ao matrimônio, as pessoas dos esposos que se revestiram do Cristo, são purificadas, reconciliadas, estimuladas a refletir sempre mais sobre a presença de Deus criador e salvador. O Vaticano II nos diz: _"pela sua encarnação, Cristo, o Filho de Deus, uniu-se de algum modo a cada homem" [Gaudium et Spes, no 22]. Casais cristãos, lares habitados pela graça, com os outros fiéis, os
padres, as pessoas consagradas, os celibatários,ossolitários,osjovens e os velhos, os desfavorecidos e os pobres (cada um segundo a sua vocação), todos somos membros de um mesmo Corpo, pedras no imenso mosaico do rosto de Cristo, que se apresenta ao mundo através de nós todos. As suas pessoas constituem essas Igrejas domésticas às quais as nossas equipes são tão ligadas, integradas na Igreja diocesana, na Igreja universal. Sendo testemunhas dos dons de Deus e da confiança no homem, ser casal cristão hoje, na sociedade, supõe o desdobramento de todas as riquezas que constituem a pessoa do casal. É a partir do lar, fonte de irradiação, que se alargam as relações construtivas com os vizinhos, os colegas, os contemporâneos de todas as tradições espirituais, para viver o respeito à dignidade daqueles que temos ao lado, ficando animados pelo amor que é fonte de vida. Ser casal cristão hoje, na sociedade, é, para os esposos, assumir a sua parte de responsabilidade pelo bem comum, com todos os recursos de sua personalidade. O casal sabe que as riquezas da pessoa são inesgotáveis. Meditemos ainda nestas palavras do Concílio: "O mistério do homem só se esclarece verdadeiramente no mistério do Verbo encarnado ... Cristo revela o homem para o próprio homem e lhe descobre a sua altíssima vocação" [Gaudium et Spes, no 22].
Padre François Fleischmann Conselheiro Espiritual da ERI 9
NOlÍClAS lNTERNAClONAlS Obrigado, Padre Cristobal Sàrrias e até logo. Bem-vindo, Padre François Aeischmann.
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om as responsabilidades e os serviços no seio das Equipes de Nossa Senhora, acontece o mesmo que na vida: o tempo passa, as estações se renovam, uns deixam as suas funções, outros os substituem. Os nossos serviços não nos pertencem; são oferecidos ao Senhor e aos casais que em nós confiam. O mesmo acontece com os Conselheiros Espirituais. O Padre Cristobal Sàrrias, que muitos conhecem pessoalmente, pois visitou as ENS pelo mundo inteiro, ou através das cartas no Correio da ERI, terminou o seu tempo de trabalho na Equipe Responsável Internacional. Gostaríamos, neste momento, de agradecer-lhe do fundo do nosso coração por tudo o que trouxe ao nosso Movimento ao longo dos seis anos de serviço. Quantas situações delicadas, quantos problemas difíceis ele conseguiu resolver! Quantos casais puderam se beneficiar dos seus conselhos, da sua escuta ou das suas palavras! Por detrás de um temperamento catalão, por vezes sem rodeios nas suas colocações, esconde-se um homem de grande coração, que soube, em muitas circunstâncias, imprimir um toque amigo, espiritual, justo e autêntico, e que foi sempre de uma grande disponibilidade para encontrar os homens e as mulheres a quem foi enviado durante todos estes anos. Padre Cristobal, sabemos que
continuará fiel às Equipes de Nossa Senhora; primeiro, às suas equipes de base, depois, a todos os seus amigos espalhados pelo mundo. MUITO OBRIGADO por tudo! Bem-vindo, Padre François Fleischmann! Deveríamos dizer Monsenhor François Fleischmann, já que as suas responsabilidades na Secretaria de Estado, junto ao Papa, lhe mereceram ser nomeado, por João Paulo II, Capelão de Sua Santidade e Prelado de Honra em 1997. Nasceu em 1934, em Estrasburgo, França. É formado em filosofia e tem também uma licenciatura em inglês, tendo lecionado esta língua. Foi ordenado padre em 1962 e assumiu muitas responsabilidades junto aos jovens e nas paróquias, antes de seguir para o Vaticano. Foi responsável da seção francófona da Secretaria de Estado dos Assuntos Gerais e, nessa qualidade, participou na preparação das numerosas viagens do Papa aos países de língua francesa. 10
Ao longo dos quinze anos passados no Vaticano, junto ao Santo Padre, esteve sempre atento aos assuntos internacionais da Santa Sé. O seu grande conhecimento dos problemas do mundo será para todos os equipistas, a quem doravante é enviado, uma ajuda preciosa para a compreensão de tudo o que diz respeito ao casal e à farru1ia. Sabemos que é um homem preciso, discreto e atento, que a sua
palavra é verdadeira e a sua espiritualidade é profunda. Contamos com a sua ajuda. O senhor pode contar, também, com a oração de todos os equipistas! Padre François Fleischmann, muito obrigado por ter aceitado a responsabilidade desse serviço e seja bem-vindo!
Marie-Christine e Gérard de Roberty
I NÚMERO DE EQUlPES NO MUNDO 01.01.2001
África Central ......... 6
Estados Unidos .... 408
Luxemburgo ......... 15
África do Sul ........ 23
Fidgi ........................ 2
Mali ......................... 6
Alemanha ............. 56
Filipinas ................... 3
México .................. 44
Argentina ............. 48
França:
Mônaco ................... 1
Austrália ............. 176
Metrópole ... 2.149
Nova Zelândia ......... 5
Áustria .................. 14
Guadalupe ........ 6
Paraguai ................. 8
Bélgica ................. 392
•Guiana ............... 2
Peru ....................... 23
Bénin ....................... 4
La Reunion ........ 4
Polônia .................... 3
Bolívia ...................... 2
• Martinica ......... 11
Porto Rico ............. 51
Brasil ... .............. 2.080
Nova Caledônia .. 2
Portugal .............. 736
Burkina Faso ........... 5
Polinésia ............ 2
Camarões .............. 15
Gabão ................... 12
República Dominicana .......... 16
Canadá .................. 60
Guatemala ............ 18
Romênia .................. 3
Checoslováquia ...... 1
Hungria ................. 15
Ruanda .................... 4
Chile ........................ 3
Ilhas Maurício ....... 40
Senegal ................... 7
Colômbia ............ 179
Índia ...................... 29
Singapura ............... 2
Congo ................... 41
. Inglaterra ............ 133
Síria ....................... 34
Costa Rica ............. 23
Irlanda ................... 38
Suíça ...................... 72
EI Salvador .............. 1
Itália .................... 617
Togo ...................... 18
Equador ................ 25
Japão ...................... 1
Trinida e Tobago ... 22
Espanha .............. 925
Líbano ................... 25
TOTAL ............ 8.666
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SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEl I a. Belém - Pará Trinta e três casais tiveram o privilégio de serem chamados a participar da Sessão de Fonnação Nível I, nos dias 1 a 3 de junho de 2001 A alegria dos casais esteve presente durante todo o encontro. É assim que devemos proceder com as coisas de Deus. Ficar alegres, entusiasmados, sempre com o coração aberto, buscando aprofundar a fé em Jesus Cristo, para melhor atuar na Igreja e nas ENS. Vale ressaltar as palestras dos nossos queridos Conselheiros. Eles se prepararam muito bem para proporcionar aos casais crescimento em todos os sentidos. Os
estudos nos grupos favoreceram trocas de experiências, através de partilhas vivas e transparentes. Os participantes, temos certeza, saíram com a fé fortalecida, mais comprometidos com o seu batismo, com o sacramento do matrimônio e com a Igreja.
Sandra e Jaime CR - Região Norte II •••
b. Rio cle Janeiro No fim de semana de 1 a 3 de junho de 2001, foi realizada no Centro de Estudos da Arquidio-
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cese do Rio de Janeiro, no alto do Sumaré, Capital, uma Sessão de Formação Nível I. A novidade esteve no fato de que este evento foi patrocinado e realizado conjuntamente pelas 5 Regiões do Estado do Rio de Janeiro, sob a Coordenação Geral do CR da Província Leste. Participaram 45 casais, pertencentes a todas as Regiões, incluindo alguns do Espírito Santo, que fazem parte da Região Rio IV. Houve pois uma variedade bastante grande de casais, e ao mesmo tempo a oportunidade de se testemunhar a unidade do Movimento entre equipistas de tantos ambientes diferentes. O condutor da Sessão foi o Padre Tarcísio, Conselheiro Espiritual da Província Leste e também de um dos Setores de Niterói. O tema oficial de toda Sessão Nívell, "Ser Cristão", foi desenvolvido através de uma metodologia por ele sugerida à Equipe Coordenadora e cuidadosamente preparada. Padre Tarcísio escreveu cinco livrinhos, especificamente para servir de base às reflexões do evento. Eles foram projetados de forma que permitissem a divisão de trabalhos em grupos com assuntos complementares, e desenhados para permitir depois apresentações ou encenações das conclusões dos grupos em plenários. Quatro destes livrinhos foram distribuídos aos participantes com algumas semanas de antecedência, para estudo prévio e familiarização com o material e assunto. O quinto
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livrinho foi distribuído durante o próprio evento. Um fator importante desta Sessão foi a formação dos grupos de reflexão: para cada etapa a composição dos grupos era inteiramente modificada. Isso propiciou uma interação e integração muito grande entre todos os casais, sendo utilizadas dinâmicas diferentes, para que se mantivesse um clima de motivação, de interesse em todos os trabalhos. Pe. Tarcísio· dava uma curta introdução a cada assunto, para então os grupos discutirem seu tema designado e prepararem sua participação nos plenários, onde cada grupo transmitia ao auditório os pontos fundamentais do tema estudado. Assim, as mensagens iam sendo complementadas. No fim do evento Padre Tarcísio fez uma palestra abordando os pontos de destaque, dúvidas e opiniões colocadas nos plenários, completando, com muita propriedade, o aproveitamento do tema central. Os estudos foram acompanhados de belas liturgias. Os 5 Casais Regionais participaram como equipe de trabalho. Foi sem dúvida uma ótima Sessão de Formação Inter-Regional, que enriqueceu a todos, participantes ou coordenadores, cumprindo totalmente com seu objetivo de nos fazer cristãos melhores e mais conscientes, e equipistas mais unidos e entusiasmados.
Josefina e Roque CRR Rio V - Rio de Janeiro
SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEl 111
a. Regido Minas 11
contros e reuniões, à presença do Cristo Ressuscitado, amando-nos como somos. Missão do Equipista: Durante toda a Sessão, fomos Ser Apóstolo privilegiados com ensinamentos "... há no meio desses casais reu- transmitidos por nosso Regional nidos na sala de um apartamento Aparecida e Saleh, pelos Sacerdoa presença intensa do Ressuscita- tes Conselheiros Espirituais e outros do, vivo, atento a todos, amando casais da região. Nessa oportunidacada um tal como é, com seu mal de fomos também brindados com a e o seu bem, com pressa de ajudá- gentileza da visita do casal Cecilia e los a tornarem-se como Ele quer Zé Carlos, CR da nossa Carta Menque sejam" sal, que por feliz coincidência encon(Pe. Henri Caffarel) trava-se em nossa cidade. Todo este conjunto de ensinaNosso casal provincial, Regina e mentos, reflexões e discussões em Cleber, a partir do texto acima, ini- grupo, trouxe um grande enriqueciciou sua primeira palestra na Ses- mento para nossa vida de equipista. são de Formação - Nível III, Mais que isso, entretanto, foi conacontecida em 19 e 20 de maio, em cluir que ser equipista, nos tempos Belo Horizonte, para os casais da atuais, tem a mesma conotação e a Região Minas II. Tudo que se se- mesma realidade dos apóstolos dos guiu, mesmo não se tratando do primeiros anos do cristianismo, resmesmo tema, mostrou a importân- peitando-se, evidentemente, as difecia que devemos dar em nossos en- renças dos contextos histórico-culturais. Este é um grande desafio para todos · nós: conscientizarmonos de nossa missão.
Adriana e Francisco Equipe 3 N. Sra. da Glória Belo Horizonte, MG
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b. Região Nordeste lV Bahia e Sergipe Realizou-se em Salvador, BA, nos dias 26 e 27 de maio, a Sessão de Formação Nível m, sob a responsabilidade do Casal Provincial Márcia e Luiz Carlos. Participaram 24 casais dos dois estados da região, bem como os SCE Valdson e João, respectivamente, das cidades de Itabaiana, SE e Feira de Santana, BA. A Celebração Eucarística, pre-
sidida pelo SCE da Região, foi também concelebrada pelos Conselheiros mencionados e pelo padre Edson Baraúna, de Salvador. Os participantes foram unânimes em dizer da satisfação em ter participado deste evento e ressaltaram a qualidade das palestras proferidas, destacando a fé, vivência religiosa e o amor às Equipes.
Elisa e Hélio CR - Região Nordeste IV
..... . .... . .. ... . ...... . . . .. 1
sa PEREGRlNAÇAO AAPAREClDA
a. Guaratinguetá
nimos para mais uma peregrinação. Rezamos, agradecemos e nos colocamos a caminho para a próxima parada que seria na Igreja de São Judas. Lá chegando, entramos com o andor de N. Sra Aparecida, cantamos, rezamos e continuamos para Paróquia de São Roque ... Qual não foi nossa surpresa ao nos depararmos com a cena ao lado (foto). Agredidos em nossa Fé encontramos o pároco, padre Paulo, muito abatido e transtornado por tamanho ultraje. Agradecido por nossa presença e ato de desagravo, disse: "Jesus poderia ter evitado tudo isso; ter seu sacrário violado, seu
Como acontece todos os anos, a Região São Paulo Leste II (Taubaté A e B, Pindamonhangaba, Aparecida e Guaratinguetá) promovem uma visita a casa da Mãe Santíssima. No dia 26/05, em Guaratinguetá, na praçada Vila Alves, às 08:30h, nos reu-
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Corpo espalhado pelo chão ... mas Ele permitiu, tal como fez quando o pregaram na cruz ... Que este silêncio sirva para reforço da nossa Fé. Rezem por nós". Em Aparecida, encontramo-nos com os demais setores, no auditório da Basílica, onde, numa bonita cerimônia coroamos Maria e lhe entregamos nossas vidas. Às 12:00h participamos da Eucaristia celebrada pelo Pe. Roberto e concelebrada pelo Pe. Flávio Cavalca, encerrando assim, o mês de Maria e as celebrações pelos 51 anos das ENS no Brasil. Nosso encontro terminou com um gostoso lanche comunitário. Unamo-nos em oração para um Brasil melhor. Magnificat!
Vera e Dutra CRS - Guaratinguetá, SP
iniciaram-se as atividades com a reflexão sobre o tema "Ser Pessoa em Cristo", com as considerações do Frater Claudinho e animação do Diácono Renan. Salientaram a importância do encontro entre as pessoas , citando o exemplo da samaritana que, só após se encontrar com Cristo, pôde, através de suas palavras, descobrir o seu lado bom, a sua importância como ser humano. Partindo para Aparecida, num percurso de 40 km, continuamos pelo caminho as reflexões e orações. Chegando, nós nos encontramos com os equipistas dos demais Setores das Regiões Leste I e II. No auditório da Basílica Nacional, sob a animação do Diácono Renan, vivemos momentos de grande alegria, que culminou com a coroação de Maria, a nossa Mãe .
••• Nair (do Cláudio) Equipe 8B N. Sra. do Bom Conselho Taubaté, SP
b. Taubaté Na concentração dos casais na Igreja de São Pedro, em Taubaté,
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A CASADOS NOSSOS SONHOS
O
dia estava muito bonito. Era 12 de maio, véspera do aniversário de 51 anos das ENS no Brasil. O sol das dez horas estava forte, mas todos os que estavam ali reunidos estampavam em seus rostos a alegria de um momento muito importante. Iríamos dar início à celebração da bênção do terreno onde está sendo construída a sede da Associação Comunitária de Assistência à FalTI11ia (ACAF). Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, criada pelos equipistas em Manaus, para um trabalho concreto de assistência às falTI11ias carentes, com atendimento de profissionais equipistas nas áreas de saúde e direito, e também para termos um local próprio para as nossas missas mensais, retiros, encontros e demais eventos promovidos pelas ENS em Manaus. Faziam-se presentes ao evento o Casal Responsável da Província Norte, Graça e Encarnação, o Responsável da Região Norte I, João Paulo, o Conselheiro da Província Norte, Pe. Cânio Grimaldi, o Conselheiro da Região Norte I, Pe. Genaro, a Diretoria da ACAF e vários equipistas. A cerimônia foi ecumênica, pois contou com a presença de dois Pastores Luteranos, Ingo e Arno, convidados especiais, em razão da parceria firmada com a ULBRA (Universidade Luterana do Brasil), no ano passado, quando a ACAF efetuou uma troca de terreno com aquela entidade, que se comprometeu em construir os dois módulos centrais do nosso projeto no novo local. Uma salva de -fogos deu início a cerimônia dirigida pelo Conselheiro da Província e contando com a participação do Pastor Ingo. Como não poderia deixar de ser, num momento de tamanha importância, falaram emocionados o Presidente da ACAF, o Provincial e o Conselheiro Provincial, todos ressaltando o significado do evento para nós equipistas. Também se manifestou o Pastor Ingo, falando sobre a importância daquela obra em prol das famílias desassistidas da sociedade e que estariam sempre dispostos a formar parcerias como esta que fortalecem a família e levam o amor de Cristo a todos. Ao final foi rezado um Pai Nosso de mãos dadas e cantado o Magnificat.
Graça e Gilmar Eq. 2A - N. Sra. Aparecida Manaus, AM 17
CÉLULA MÃE "Como seria bom e agradável se os sacerdotes consagrassem um pouco do seu tempo trabalhando como Conselheiros Espirituais de, pelo menos, uma Equipe de Nossa Senhora. Eles se premuniriam contra os muitos perigos que existem no caminhar da vida sacerdotal." Esse depoimento do cônego Antônio, de Jacareí, SP, Sacerdote Conselheiro Espiritual de três equipes, alicerçou meu conceito sobre esses homens maravilhosos que saíram do meio do povo para servir a esse mesmo povo. Desde os bons tempos do Seminário Menor, até hoje percebo a importância do padre em nossa vida de cristãos. Como pessoa humana e como um ser especial, escolhido para ser as mãos de Deus em nossas mãos. Evidentemente que não são extraterrestres . São normais, portanto, sujeitos às mesmas "chuvas e trovoadas" que fazem parte ativa de nossa vida e, portanto, acabam sendo muito mais alvo do que os profissionais que conhecemos. Aprendi a entender muitos deles. Consegui fazer com alguns uma correção fraterna, porque tenho certeza que é o nosso dever e obrigação como cristãos batizados e, em todas as vezes senti de perto a humildade, o reconhecimento. Eles precisam desse retorno. Comentei uma vez com meu querido bispo que nós somos o reflexo do trabalho de evangelização do padre e ele concordou que, só sabendo
o resultado ele tem uma avaliação real de sua atuação apostólica. Mas sinto que uma coisa falta a esse homem: uma família no seu dia a dia. Eles deixaram a deles por amor a Deus e a nós, e sua casa acaba ficando grande demais ... Sinto com muita realidade a importância que a Equipe tem para seu Conselheiro Espiritual. Além de fazer parte integrante . da equipe e viver seus altos e baixos, o SCE passa a ser da fanu1ia e além das reuniões e eventos do Movimento, está presente nas atividades das fanu1ias da equipe, trocando experiências e partilhando a sua própria vida humana. É algo que não tem preço porque tenho tido oportunidade de constatar isso com meu conselheiro, e com todos aqueles com quem, felizmente convivo. Nós temos consciência de todos os problemas que enfrentamos em nossa vida. O padre não é diferente. Ele também tem que administrar essa gangorra. Então meu recado, não é mais um pedido, mas um conselho de um jovem de 52 anos que já conseguiu viver pelo menos um pouquinho, dos dois lados ... Você que teve a honra de ser chamado e depois escolhido, pense um pouco nisso tudo, converse com alguns colegas que são Conselheiros e depois venha nos ajudar a tomar a Igreja mais Santa do que pecadora. Isso é forte mas é real.
Zé Vi (da Maísa) Equipe 7 - Sorocaba, SP (Extraído do "Jornal das ENS") 18
POR UM AlHO, POR UM PAl
H
oje quero te oferecer, Senhor a minha alegria e gratidão por essa difícil missão de ser pai! Foi uma responsabilidade que assumi iluminado por teu Santo Espírito, confiante de que cada filho que me entregaste era também uma bênção sobre meu matrimônio, significava tua presença em nossa farm1ia e um chamado para amar mais. Ser Pai! Representa uma caminhada cheia de alegria, Senhor! Penso que até recebo mais do que dou e que a existência do meu filho foi mais uma forma que encontraste para eu compreender-te como Pai. Mas, nem sempre tem sido fácil, meu Deus, entregar-me por inteiro a esta causa a que me chamaste. O mundo lá fora é inclemente, os valores com os quais me deparo me confundem e o silêncio que faço para ouvir teus conselhos é tão pouco ... Por isso eu temo, Senhor, e venho neste momento pedir para que eu possa olhar nos olhos do meu filho e jamais encontrar a insegurança pela ausência da minha mão amiga. Consultar seu álbum de recordações e me ver presente em seus momentos importantes. Lembrar das dores do meu filho, das suas perdas e desilusões, e junto às marcas das suas lágrimas, reconhecer as minhas próprias, por termos chorado juntos. Pedir ao meu filho que me fale sobre suas crenças e nelas enxergar humildade e fraternidade que minhas atitudes tenham despertado. Verificar que entre as coisas que o incomodam, estão o egoísmo e a competição que dividem os homens que queres ver irmãos. Propor que ele fale sobre o amor, e vê-lo buscando inspiração na tua bondade e misericórdia. Perceber enfim, Senhor, que a imagem que ele guarda de mim, é uma imagem de imenso amor, compreensão e paciência, semelhante a que guardo de ti no meu coração. Se isto eu puder sentir, ao longo desta trajetória, terei certeza de que cumpri a tua vontade, através desta difícil e maravilhosa missão que me confiaste. Assim seja, meu Pru!
Mônica e Caio Eq. 30D - N. Sra. Peregrina Fortaleza, CE 19
PATERNIDADE RESPONSÁVEl
O
mês de agosto, segundo do; mingo, é o dia dos Pais. E um dia que merece ser bem comemorado no mundo inteiro, pois, relembra a importância da missão do pai, na família, na comunidade, · na Igreja! Deus, na sua infinita sabedoria e bondade, quis contar com os homens para o seu plano de habitar a terra, e, nela implantar o amor, a bondade, a fraternidade; quis que o homem construísse sua Igreja e a difundisse aos quatros cantos do mundo. Criou-nos, Deus à sua imagem! De todas as criaturas visíveis, só o homem é capaz de conhecer e amar o seu criador; ele é, "a única criatura na terra que Deus quis por si mesma" só ele é chamado á compartilhar, pelo conhecimento e o amor, a vida de Deus. Foi para este fim que o homem foi criado e aí reside a razão fundamental de sua dignidade. A partir de Adão (Adam), homem da terra, começou a construção da frum1ia humana, e a beleza da paternidade com nuanças característica de cada povo, de cada raça, de cada cultura. Ah Senhor! Como é belo ser pai! É indescritível a sensação do amor de Deus quando, pela primeira vez, ouvimos dos filhos a palavra pai, papai! Voltamos os olhos e o coração para Deus e louvamos a graça concedida, por poder, com nossa esposa, dar à luz uma vida, para nossa felicidade e
glória divina. Em cada nascimento uma bênção, em cada filho o desígnio de Deus! A dignidade paterna, que nos foi concedida, traz consigo, a par da alegria e da felicidade, muita res-
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ponsabilidade no desempenho desta missão a nós confiada; missão de construir uma família, a exemplo da família de Nazaré, dentro dos princípios cristãos, na fraternidade, no amor, na fidelidade, na coerência entre a fé e a vida. Que, nas bênçãos diárias a nossos filhos, possamos espelhar um pouco da face de Deus, e que, em seus corações, pos-
sam sentir a chama da fé que tanto nos ajuda a vencer as dificuldades que se apresentam em nossas caminhadas. Deus criou o homem para a felicidade, e por ser a imagem de Deus, o indivíduo humano tem a dignidade da pessoa: ele não é apenas alguma coisa, mas alguém. É capaz de conhecer-se, de possuir-se e de doarse livremente e entrar em comunhão com outras pessoas, e é chamado por graça, a uma aliança com seu criador, a oferecer-lhe uma resposta de fé e de amor, que ninguém mais pode dar em seu lugar! Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado para servir e amar a Deus e para oferecer-lhe toda a criação! Não deixemos, portanto, que as dificuldades culturais, sociais,.econômicas e outras tantas, nos roubem a dignidade de filhos diletos de Deus, porque ele deve ser nosso parâmetro, assim como nós somos para nossos filhos! Que o Espírito Santo ilumine todos nós, pais, para que possamos ser dignos desse santo amor e que possamos também, dar um pouco de nosso "escasso tempo" e muito de nosso amor a nossos filhos! A felicidade da fann1ia está, com toda certeza, na presença diária de Cristo e Nossa Senhora nos corações de cada um! Feliz dia dos Pais! Obrigado, meu Deus, pelo seu amor! Dê-nos sua bênção!
lolanda e Teixeira Equipe N. Senhora Aparecida Poá, RS 21
DEMONSTRAÇÕES ANANCEJRAS DE 2000 "De fato, se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?" ( Lc 14, 28)
Caro casal, Aqui estamos novamente para prestar contas do nosso trabalho, apresentando o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício de 2000 das Equipes de Nossa Senhora. Com a reestruturação, cada Província está trabalhando com um planejamento financeiro- despesas com a Expansão sustentada, Sessões de Formação, Encontro Provincial e do Colegiado Provincial. No ano passado fizemos uma reflexão e um questionamento: "por que nossas contribuições não aumentam proporcionalmente ao crescimento do Movimento?" Esta preocupação ecoou em cada Encontro, onde foi ressaltada a importância da cotização e a sua aplicação. Os frutos podem ser verificados nas Demonstrações a seguir. Em 2000, o crescimento da cotização acompanhou o crescimento das equipes. Temos uma grande missão: anunciar a todos os casais que seu amor humano é um reflexo do Amor da Trindade. Para isso, precisamos continuar com os encontros de Formação, com a Carta Mensal, os encontros dos Colegiados, e outros. O planejamento e a execução dessas atividades dependem da nossa contribuição mensal. Apesar das grandes dificuldades sócio-político-econômicas que enfrentamos, somos uma grande família e juntos podemos continuar a missão. Contamos também com o Espírito do Senhor que caminha ao nosso lado. Agradecendo a confiança, continuamos à disposição. Fraternalmente,
Vera e Renato Tesouraria/Secretariado 22
I
Balanço Patrimonial 31.12.98 ATIVO Circulante Permanente TOTAL ATIVO PASSIVO Circulante Provisões Património Uquido TOTAL PASSIVO
31.12.99
(em R$)
31.12.00
502.094 14.581 516.675
880.666 14.581 895.247
325.816 16.371 342.186
1.332
1.894
515.344 516.675
893.353 895.247
1.616 5.786 334.785 342 .186
Demonstl"ação do Resultado RECEITAS Contribui ões Inscrições Santiago 2000 Receitas Diversas TOTAL DAS RECEITAS DESPESAS Despesas c/ Encontros Desp.c/inscrição Santiago Despesas c/ Adm. Equipes Despesas c/ Pessoal Despesas Gerais TOTAL DAS DESPESAS RESULTADO Resultado do ExercíCio Fundo Patrimonial Resultado Acumulado
(em R$)
31.12.99
s/Rec.
31.12.00
s/Rec.
114.861 873.486
735.259 885.199 13,1% 196.220 100% 1.816.678
40,5% 48,7% 10,8% 100%
798.248 136.973 186.898 1.122.120
71,1% 12,2% 16,7% 100%
375.188
46,2%
111.345 .78.174 247.187 811.894
13,7% 9,6% 30.4% 92,9%
497.745 417 .920 148.871 79.423 294.708 1.438.668
34.6% 29,0% 10,3% 5,5% 20,5% 79,2%
337.224 755 .581 160.486 85.926 341.471 1.680.688
20,1% 45,0% 9,5% 5,1% 20,3% 149,8%
61.592 454.062 515.654
378.010 515.343 59,0%
(558.568 893.353 893.353
49,2%
334.785
29,8%
31.12.98
s/Rec.
758.625
86,9%
Publicação do Balanço e Demonstração do Resultado do Exercido (forma reduzida) Com o objetivo de dar conhecimento a todos os equipistas, apresentamos a seguir as contas de Receitas e Despesas, mais representativas, bem como suas variações e comentários. Obs: os valores referentes ao Encontro Santiago 2000 (receitas e despesas) não foram computados em nossa análise, pois trata-se de um evento específico, que distorce a avaliação dos números do Movimento, sendo valores (receitas e despesas) que dizem respeito apenas àqueles que se inscreveram.
Receitas Evoluíram aproximadamente 6% (2000 I 1999), desconsiderando as inscrições para o Encontro de Santiago. 1. Contribuições - R$ 798.248,00: resultado de nossas cotizações, houve uma evolução em relação a 1999 de 8,5%, proporcional ao crescimento do n° de equipes no Brasil. 23
2. Receita de Investimentos - R$ 47.507,00: visando a manutenção do valor monetário, são realizadas aplicações financeiras das disponibilidades eventuais de caixa. 3. Receitas diversas - R$ 95.449,00:- vendas efetuadas, pelo secretariado, de livros, documentos e todo tipo de material usado pelo Movimento, a preço de custo, principalmente nos EACRE, Encontros Provinciais e outros eventos.
Despesas Decresceram aproximadamente 9% (2000 I 1999), desconsiderando as inscrições para o Encontro de Santiago.
Despesas com Encontros Houve redução de 32,2 % em função da reestruturação do Movimento ocorrida em 1999, refletida principalmente nos gastos com Diárias e Transportes. 1. Diárias - R$ 50.820,00:- gastos realizados com Sessões de Formação, nos três níveis (50% das diárias com hospedagem) e com o Encontro do Colegiado Nacional. 2. Transportes- R$ 221.482,00:- gastos com viagens de avião, ônibus, peruas e carros, subsidiadas pelo Movimento, para a participação de aproximadamente 500 casais nos Encontros Provinciais (07), Encontro do Colegiado Inter Regional (07) e Encontro da Equipe de Super Região (04). 3. Colegiada Nacional - R$ 52.493,00:- despesas com a participação de aproximadamente 50 casais+ 20 sacerdotes conselheiros espirituais de todo o Brasil, no Encontro do Colegiado Nacional (01).
Despesas Aàm. Equipes Evolução de 7,8 %, com o crescimento do Movimento. Algumas despesas cresceram proporcionalmente; as principais comentamos abaixo: 1. Carta Mensal - R$ 118.168,00:- produção de 15.300 exemplares por mês de nosso principal veículo de comunicação. 2. Impressos Doutrinários - R$ 27.898,00:- várias publicações de documentos internos do Movimento.
Despesas Administrativas Despesas com pessoal: Evolução de 8,2 %, referente à variação salarial e encargos sociais, com quadro de pessoal e serviço de terceiros (escritório de contabilidade, limpeza, manutenção do secretariado, e outros serviços específicos).
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Despesas Gerais: Evolução de 15,8 %, representados principalmente pelas contas a seguir: 1. Material de Expediente - R$ 45.297,00: despesas com diversos materiais utilizados no secretariado (papéis timbrados, envelopes de diversos tamanhos, etc.) e materiais como chaveiros, adesivos e outros, vendidos em diversos eventos (EACRE - Colegiada Provinciais). 2. Correio- R$ 100.691,00: expedição de Carta Mensal (aproximadamente 15.300 por mês) e outros documentos do Movimento. 3. Contribuição outras entidades - R$ 26.346,00: referente ao projeto vocacional (atendimento aos seminários) e contribuição trimestral ao Conselho Nacional de Leigos. 4. Jornais Revistas e Livros- R$ 38.210,00: representados principalmente pela publicação do livro "ENS no Brasil, Ensaio Sobre seu Histórico" (R$ 23.480,00) e outras publicações. 5. Contribuições, Doações e Espórtulas - R$ 36.397,00: contribuição para com as enchentes no Nordeste (R$ 5.000,00), ao Lar Nossa Senhora das Mercês e aos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que, efetivamente, participaram das sessões de formação e Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região pelo acompanhamento e direcionamento espiritual do Movimento.
ENS - Evolução cfas Despesas, Contribuições e Receitas Totais
~
~7 925,1
'
v
2000
798,2
.... ,
,
()
1999
~
.
985,1
'
.... 735,3
,
931,5
811,9 758,6
~
1998
F
spesas
OContribuição
'873,5
v 0 ,0
1020,7
DR aceitas Totais ~
200,0
400,0
600,0
25
800,0
1000,0
1200,0
O_gráfico tem por objetivo demonstrar a evolução das DESPESAS, CONTRIBUIÇOES e RECEITAS TOTAIS, destacando os três últimos anos (1998, 1999, 2000). 1999
2000
Contribuições
{3,0 %)
8,5%
Receitas Totais
6,6%
5,7%
1998
Despesas vs. Contribuições Despesas vs. Receitas Totais
7,3% {7,3 %)
38,8%
15,9%
9,5%
(6,0 %)
Comentários •
as Contribuições, que em 1999 foram menores do que em 1998, em 2000 apresentam uma evolução de 8,5% em relação a 1999. • as Receitas Totais praticamente não apresentam grandes variações. Fazem parte dessas receitas as Contribuições, Receitas com Investimento e Receitas Diversas, que contribuem com o pagamento de nossos compromissos. • comparando a participação das Despesas com Contribuições e Receitas Totais, nota-se que os esforços em conter as despesas, associado ao aumento de contribuições, permitiram um melhor resultado no ano de 2000.
ENS -Distribuição das Despesas -
Vocações 7%
2000
Encontro da Equipe de Super-Região 5%
20% Encontros: 31% Colegiada Nacional Provinciais e Colegiada lnter-Regional
Pessoal
9%
26
VOCAÇOES
A
palavra "vocação" vem do • Vocação Laical: ser apóstolo leigo. Os leigos são todos os crisverbo latino vocare, "chatãos, exceto os membros da Ormar". É, pois um chamado dem Sacra e do Estado Religiode Deus. Se há alguém que chama so. Foram incorporados a Cristo deve haver outro que "escuta" e pelo batismo e, a seu modo, feito responde. partícipes do múnus sacerdotal, No mundo da fé, essa escuta e profético e régio de Cristo. Asesta resposta somente podem aconsim, todo cristão, solteiro ou catecer na oração. Por isso, somente sado batizado em Cristo, tomana pessoa de fé, participante de uma do-se membro de sua Igreja, é comunidade eclesial, tem condições convocado a ser um apóstolo, de ouvir o chamado e dar uma resanunciador do Reino de Deus, posta a Ele. exercendo funções temporais. A ela se destina e ela tem o di• Vocação ao Ministério Ordereito de verificar a "autenticidade" nado: o ministério ordenado (diádessa predileção de Deus, em relacono, padre, bispo) é uma vocação à pessoa humana. ção de carisma particular. O EsEm nosso trabalho vocacional, pírito Santo faz esta escolha, fazemos uma distinção entre os chaque se converte em função e mados. Vocação Humana, Vocação serviço. Cristã e Vocação Específica, não são vocações distintas, uma sobre- • Vocação à Vida Consagrada: ser irmão religioso ou irmã relipondo-se a outra, mas três dimengiosa. O religioso é chamado a sões do mesmo chamado. testemunhar Cristo de uma ma• Vocação Humana: somos chaneira radical, vivendo uma conmados a existência, à vida como sagração total nos votos de poseres humanos. Foi o primeiro breza, castidade e obediência e momento forte em que Deus com seu testemunho vivo de pesmanifestou todo o seu amor a soa consagrada a Cristo e a sua cada um de nós. Igreja. • Vocação Cristã: Todo batizado, A Vocação Humana e Divina como ensinou a Igreja, recebeu a graça de se tomar filho adoti- consiste em viver numa relação de vo de Deus (Gl4, 5-7), membro amor ("ser para") entre o eu (você), de Cristo (lCor 6, 15) e templo o tu (Deus) e o nós (irmãos). do Espírito Santo. Quem receIrmã Bárbara beu o batismo foi chamado, Conselheira Espiritual vocacionado por Deus para fa(do Boletim "Mensageira"zer parte de seu povo eleito, de Setor José Bonifácio, SP) sua Igreja. 27
YÉCHOUA BEN YÔSÉPH* E A VOCAÇÃO À SANTIDADE
N
o célebre e inspirado livrinho que escreveu às margens no rio Cardoner, quando não passava de um simples leigo de formação militar e cortesã, Inácio de Loyola dizia em seus "Ejercícios espirituales" que quem não conhece Jesus como homem não pode ser um verdadeiro cristão. A larga influência da filosofia grega, sobretudo a platônica, aliada ao maniqueísmo e outras doutrinas, fez com que os cristãos atenuassem e não acreditassem, com verdadeira convicção, que em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade. A conseqüência é que as Igrejas não estimulam os seus fiéis a lerem os Evangelhos procurando descobrir o Jesus homem, "o filho do carpinteiro", aquele que, na sua cidade, era conhecido como "o filho de Maria" e "ali tinha muitos parentes, como qualquer outra pessoa" (MT 13, 53-56) Como se relega a um plano quase esquecido a humanidade "do filho do homem", desapercebidamente somos levados a vê-lo, muito mais, como um "super-homem" ou como alguém parecido com uma daquelas deidades que povoam as mitologias. Sublinhando, assim, muito mais a face divina de Jesus em detrimento de sua personalidade humana quando - é verdade de fé - "ele se fez plenamente homem e habitou entre nós", "esvaziando-se de sua condi-
* Jesus filho
ção divina". O risco é, de certa forma, o pobre cristão, ao ouvir o apelo de seguir a Cristo, ficar com a idéia, lá no fundo, que deverá, ele também, realizar coisas extraordinárias para tomar-se um verdadeiro cristão. No nosso caso, um católico autêntico, daqueles imbuídos do ideal da santidade. De uma visão desta para contentar-se com uma vida religiosa medíocre, é um passo. Ou achar que a busca da santidade é algo que só uns "seres especiais" - os monges, as freiras ou os padres - são capazes, é uma idéia subjacente na cabeça de boa parte dos católicos. É verdade que as doutrinas espirituais da Idade Média, como assinala Romano Guardini, não deixaram de ter uma influência acentuada para ligar a noção da santidade à existência de carismas extraordinários, insólitos na vida comum. Ainda de acordo com o famoso teólogo, foi só na idade modema que começa a aparecer "uma outra imagem de Santo" . Santos que não fazem verdadeiras proezas, tidas como espirituais, como aquelas que aparecem nos livros que contam e fazem, o panegírico da vida de muita gente canonizada. Quantos não nos foram apresentados exalando "odor de santidade" porque chegavam a arrancar sangue do corpo pelo uso do
de José
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cilício ou se flagelavam, todas as sextas-feiras, até perder as forças. Não, o homem ou a mulher de hoje, ou o casal de nossos dias, para buscar o ideal de seguir à Cristo, não necessita fazer coisas extraordinárias, nem praticar as tais "proezas espirituais" nem ser arrebatado por vôos místicos. Seguir a Cristo no mundo atual, é expressão sinônima, equivalente a procurar a santidade na complexa dinâmica de um mundo cada vez mais trepidante e repleto de mutações de toda ordem. Se em nossa civilização, comparada com outros tempos, existem cois11s extraordinárias, seguramente não é no campo das "façanhas" espirituais atribuídas aos Santos, mas no terreno da tecnologia e do progresso científico, coisas que, para nós, os mais velhos , chegam a embasbacar. É precisamente neste tempo dos prodígios da técnica e das profundas transformações sociais que o cristão ouve o apelo do Senhor: "sede santos pois eu sou santo" (Lv 19,2). Mas o apelo não é feito fora da realidade concreta que cada um vive. Bem pelo contrário, se existe algo profundamente realista e pessoalmente encarnado, tão intimamente personificado como o nosso DNA ou nossa impressão digital, é a vocação à santidade. A minha só é minha e de mais ninguém, exclusivamente minha pois "Ele me escolheu antes da fundação do mundo para ser santo e irrepreensível diante dele no amor" (Ef 1,4). 29
A minha vocação, só em parte posso compartilha-la. Ou melhor, isso ocorre quando a vocação que é minha, com todas as conotações e colorações que me são peculiares, se entrecruza com uma outra vocação, ela também exclusiva. Quando isso ocorre, as duas, entrando em íntima comunhão, dão origem a uma nova que é, ao mesmo tempo comum, minha e do outro, sem que nem a minha nem a do outro desapareça ou deixe de ser exclusiva: é a vocação do casal. Esta vem bem a propósito para deixar mais claro a nossa vocação de seguir a Cristo. A simples idéia de casal traz à tona um tipo de vida bem preciso, sem ilusões ou quimeras. Melhor dizendo, bem encarnado no mundo, cercado de problemática bem concreta, com os pés bem no chão, impossibilitado de fugir da realidade de todo o dia para devotar-se a sonhos utópicos ou "proezas espirituais" à moda daquelas apresentadas na literatura edificante. É aí neste mundo de realidades vivas, complexas e até, às vezes, conflitantes, que o cristão casado é chamado a ser santo. Como também aquele que não é casado. É o exemplo - o único a ser seguido - de um homem que, no seu tempo, foi identificado pelo nome, até comum de Yéchoua Ben Yôséph e que vivendo plenamente a realidade sócio-cultural de seu tempo realizou os desígnios de seu Pai, a sua vocação na terra.
Esther e Luiz Marcello Equipe lA - São Paulo, SP
A DECISÃO É SUA
A
ida é um dado pacífico! Coocamos em dúvida tantas oisas, exceto a nossa existência! De fato , existimos! E, ao aprofundar a consciência dessa existência nos encontramos com uma outra surpresa maravilhosa: não pedimos para nascer! Nenhum de nós pediu para nascer e, no entanto existimos! A partir dessa constatação concluímos que nossa vida é um dom gratuito, um presente! Sim, somos um presente. Você reconhece isso? Somos endividados com Alguém! Alguém nos chamou à vida e nos encheu de bens: consciência, inteligência, afeto, liberdade, vontade ... Quando nos apaixonamos pela vida descobrimos que somos uma maravilha, mesmo se revestida de relativa feiúra! E daí, o que fazer!? Se temos consciência daquilo que nos faz ser pessoa então cresce em nós a convicção de que a vida, além de um dom, é uma responsabilidade. A felicidade está intimamente relacionada à responsabilidade pessoal! O desejo mais nobre e íntimo que cada um de nós traz dentro de si é aquele de ser feliz. Temos sede de felicidade, de bem-estar, de vida sadia, de harmonia, de paz e eternidade! Você é feliz? Está no caminho da felicidade? Alegra-se e vibra com a beleza da vida ou ainda não a descobriu? Somos todos convocados à felicidade! Esse convite é inato dentro de nós! Todavia, lembre-se, para ser
feliz, você tem que viver e não somente existir! Você está vivendo ou simplesmente existindo? O viver é profundamente criativo, subjetivo e dinâmico! Existir é sinônimo de vegetar: dar manutenção de si mesmo! Viva a vida abrindo-se ao desafio da felicidade! Abrindo-se ao ser sujeito da própria história capaz de construir o novo, de renovar o velho e de assumir o que de bom e justo já existe com otimismo e alegria! A história da nossa felicidade começa com as escolhas que fazemos. A felicidade é a meta final! Todavia os caminhos são muitos. De que modo você vai ser feliz? Já decidiu por uma via, por um caminho? O que você teria a dizer a si mesmo, sinceramente, sobre o matrimônio, sobre a vida sacerdotal, sobre a vida religiosa, sobre a vida laical consagrada? Apesar da variedade de caminhos, o objetivo é um só: "Amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou, sonhar como Jesus sonhou, sentir como Jesus sentiu, viver como Jesus viveu!" Em Cristo encontramos uma certeza: o caminho da nossa felicidade passa inevitavelmente pelos outros. Quem de dentro de si não sai, vai morrer no próprio egoísmo, na própria esterilidade. Perdeu tempo! Desperdiçou tempo que tinha para ser feliz! É um infeliz! Esta é a sua única chance! A decisão é sua!
Padre Antônio (Bira) SCE Eq. 20B - Manaus, AM 30
CASAlSEM SEGUNDA UNlÃO
C
ertamente Ana Maria e Osmar (Eq. 3B - Jundiaí), na época responsáveis pela Pastoral Familiar, não esperavam tanta repercussão quando, atendendo a solicitação de Dom Roberto Pinarello, então Bispo Diocesano de Jundiaí, convidaram alguns casais em 2a união, para iniciarem uma caminhada, adaptada da Experiência Comunitária das Equipes de Nossa Senhora. Cedendo aos constantes pedidos de um casal em 2a união, Fátima e João Bosco, inspirado pelo Espírito de Deus, Dom Roberto acolheu os apelos da Exortação Apostólica "Familiaris Consortio", do papa João Paulo II: "Exorto vivamente os pastores e toda a comunidade dos fiéis a ajudarem os divorciados, promovendo com caridade solícita o seu acolhimento pela Igreja, fazendo com que participem de sua vida, ouvindo a Palavra de Deus, perseverando na oração, cultivando as obras de caridade e as iniciativas comunitárias a favor da justiça! Reze por eles a Igreja, encoraje-os, mostre-se Mãe Misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança ". Assim, há quase 8 anos, uma tímida equipe de casais em 2a união iniciava uma caminhada de Igreja, não na busca da sacramentalização, mas querendo ter uma segunda união estável dentro da Igreja, na-
quilo que lhes é permitido. Essa primeira equipe se multiplicou e hoje temos uma sólida Pastoral de Casais em Segunda União que, pelo acolhimento efetivo dos casais, faz renascer suas esperanças, dá sentido às suas renúncias, leva-os ao crescimento na fé, na espiritualidade, na conjugalidade, na vida comunitária e no renascimento pelo Espírito. É uma Pastoral de Acolhimento, de Misericórdia e de Verdade, e a mão estendida de Cristo e da Igreja vem oferecer aos casais em 2a união um caminho fraterno e misericordioso, para que possam superar o quadro de desilusões, triste31
za, complexo de culpa, depressões; a sensação de fracasso e perda de Deus e da Igreja. Esses casais são convidados a voltarem ao seio da Igreja que, de certa forma os baniu, para que vivam essa nova realidade em espírito e verdade na renúncia consciente da recepção dos Sacramentos do Matrimônio, da Penitência e da Eucaristia, dando, com suas renúncias, o exemplo de valorização desses Sacramentos no seio da Igreja. É certo que muitos leigos e sacerdotes ainda não aceitam essa nova realidade da Igreja, não levando em consideração a ação misericordiosa de Jesus Cristo que veio para salvar os pecadores e não condená-los; mas, é certo também que a ação do Espírito Santo impulsiona muitos bispos, padres e leigos a conhecerem a Pastoral de Jundiaí, para implantarem em suas dioceses Uá são aproximadamente 100 no Brasil e América Latina). Talvez vocês ainda não se aperceberam dessa realidade de casais em 28 união. São muitos, estão à nossa volta e precisam ser aceitos por nós e pela Igreja, pois, embora pecadores (e quem não é), continuam batizados e Igreja como nós. Escrevemos, não para fazer a apologia da Pastoral de Casais em 2a União, mas, para alertá-los da nossa responsabilidade diante dessa realidade que se alastra aos nossos olhos. Na medida em que somos casais cristãos, pertencentes às Equi-
pes de Nossa Senhora, conscientes da indissolubilidade do Sacramento do Matrimônio, nada mais justo esperar que sejamos agentes desse Sacramento junto aos novos casais, para que não aconteçam tantas separações. Nada mais justo também esperar que, como casais cristãos, saibamos acolher esses casais que por motivos diversos se separam. Rezemos, queridos amigos equipistas, para que, pela nossa ação e nossas orações consigamos evitar separações de tal forma que, com o tempo, essa Pastoral deixe de existir, mas no momento vamos acolher os casais em 28 união e integrá-los nas nossas paróquias.
Dina e Chico Equipe 3B - ]undia~ SP
Iii.
NOTA DA CARTA MENSAL
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Na seção "Nossa Biblioteca" da Carta Mensal de Junho/200 1, há informações sobre o livro publicado pela Pastoral de Casais em 2a União. Num Encontro de lnformação e Formação de novos grupos de casais em 2a união realizado no mês de maio/200 1, em Jundiaí, participaram 48 casais.
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'1\ Fami1ia Pela Vida! Drogas, Não!" estivemos representando. As conclusões gerais sempre convergiam para a necessidade de um engajamento comprometido e verdadeiro da família na sociedade, o que nos sensibilizou bastante e que deixamos para você, equipista, refletir: O que você está fazendo em prol deste tema? Alguém está precisando de você! Sejamos presença na vida e na história de um irmão dependente e de seus familiares, pois, Cristo está clamando através da nossa juventude. Vamos pensar nisso e agir.
A belíssima frase de Dom Damasceno: "A fruru1ia é o espaço privilegiado para a humanização da pessoa", fechou com chave de ouro o 3° Fórum de Debates, organizado pelo Setor Fruru1ia e Vida da CNBB, no dia 2 de junho último, aberto a toda comunidade para uma "reflexão de ação pastoral", e que contou com a abertura de Dom Falcão. O evento foi desenvolvido a partir do atualíssimo e preocupante tema das drogas e seus diversos e principais aspectos. Foi de grande valia e bem prestigiado pelas diversas pastorais e movimentos, inclusive pelas Equipes de Nossa Senhora, as quais
Bela e Ronaldo Equipe 32A- Brasz1ia, DF
Alterações na Organização àas Províncias a. Reestruturação da Província Nordeste Na reunião da Super-Região Brasil, realizada em abril/2001, o casal Márcia e Luiz Carlos, responsável pela Província Nordeste, apresentou a proposta fmal de reestruturação da Província Nordeste, assunto que já vinha sendo objeto de muitas reflexões. Após a exposição de motivos, foi aprovada as mudanças necessárias, passando a Província a ter a seguinte estrutura: • Pré-Região Bahia/Sergipe passa à categoria de Região • Região Nordeste 3- foi duplicada, dando origem à Região Paraíba e Região Rio Grande do Norte • Região Nordeste 2- foi duplicada, dando origem à Região Ceará e a Pré-Região Piauí/Maranhão • Região Nordeste 1 - foi duplicada, dando origem à Região Pernambuco 11Alagoas e Região Pernambuco 2
b. Pré-Regiões passam a Regiões Ainda nessa mesma reunião da Super-Região Brasil, ficou decidido que as Pré-Regiões Goiás Sul, São Paulo Centro II, São Paulo Centro III e São Paulo Centro IV, passam à categoria de Região. 33
ENS - 51 Anos no Brasil a. Região Rio III No dia 12 de maio de 2001, a Região Rio ID, comemorou os 51 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Foi gratificante ver os equipistas da Região Rio m, após subirem os 365 degraus do Santuário de Nossa Senhora da Penha de França (o bondinho não estava funcionando), participando animadamente da Celebração Eucarística, presidida pelo SCE da Região - padre Nelson Dendena e concelebrada pelo padre Izahu (SCE do Setor C). Na homilia, padre Nelson falou sobre os 51 anos do Movimento no Brasil e destacou a possibilidade de ser vivida a santidade do casal, nos dias de hoje. Após a celebração, os equipistas participaram de um fraternal e animado café da manhã, onde todos puderam partilhar as emoções vividas e os momentos de alegria.
b. Região Santa Catarina I Estiveram reunidos equipistas dos quatro setores de Florianópolis, no último dia 13 de maio, no Santuário Nossa Senhora de Fátima para louvar, agradecer e bendizer à nossa Mãe Maria pelos 51 anos de proteção e graças que ela nos tem propiciado. Fazíamos parte, tanto como casais quanto como farru1ias que somos, desse grande universo de outros equipistas que estiveram celebrando, na mesma data, por todo Brasil afora, com tantas nuanças diferentes, mas com a mesma devoção de filhos muito amados de Maria. Para homenageá-la foi preparada, com muito carinho, uma Hora Santa, especialmente para o evento, pelo casal Mafalda e Álbio, Casal Responsável do Setor D. Foi mais um momento de júbilo que os casais equipistas tiveram para estar irmanados nesta festa de aniversário, com o Santuário lotado, pois também estava sendo celebrado o dia de N. Sra. de Fátima e, coincidentemente, para a alegria de todos, o dia de todas as mães do Brasil. Logo após nossa Hora Santa especial, foi celebrada uma missa pelos padres Chico e Cardoso.
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Reunião da Super-Reqião em Manaus, AM
Novas Equipes
Continuando com o projeto elaborado no ano passado, visando o contato direto com os equipistas do Brasil, a próxima reunião da Super-Região Brasil, acontecerá em Manaus, durante os dias 24, 25 e 26 de agosto de 2001. Na edição da CM de outubro, noticiaremos este acontecimento.
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Eq.94B-N.Sra.dolmaculadoCoração de Maria- Blumenau, SC Eq. 142E- N. Sra. das Graças -Rio de Janeiro, RJ Eq. 8- N. Sra. das CandeiasSalvador, BA Eq. 9 - N. Sra. da Soledade Salvador, BA
Falecimentos As ENS agradecem a Deus pela vida destes equipistas e renova, neste momento, com toda a Igreja, a certeza da ressurreição:
José Aparecido Pizol (da Maria Leonice) ocorrido no dia 19.10.2000Equipe 3- N. Sra. do Caminho- Pederneiras, SP
Élida Gianini Constantino (do Rubens), ocorrido no dia 30.11.2000Equipe 3 - N. Sra. do Caminho - Pederneiras, SP
Leandro Frare (da Leopoldina), Valdir Bauer (da Sueli) e seu filho Jocinei, de acidente de trânsito, ocorrido no dia 30.12.2000. Leandro e Valdir pertenciam à Equipe 92B - Blumenau, SC Louri (da Janice), ocorrido no dia 14.01.2001 -Equipe 1C- Água Boa, MT Inácio da Costa Ramos (da Geruza), ocorrido no dia 27.01.2001- Equipe 1 - Campina Grande, PB lgnez (do Toninho), ocorrido no dia 04.05.2001 - Equipe 3 - N. Sra. Imaculada Conceição - Mogi das Cruzes, SP Dercaio José dos Santos (da Nilza), ocorrido no dia 06.05.2001- Equipe N. Sra. da Paz- Florianópolis, SC Arilda Pires do Prado, ocorrido em 02.06.2001 -Equipe lA- N. Sra. do Amor - Varginha, MG lvoni Anselmo Ramos (do Deolindo), ocorrido no dia 09.06.2001, Equipe 6F - N. Sra. das Graças Infinitas - São Paulo Dulce Guedes de Figueiredo Silva (do Célio), ocorrido no dia 14.06.2001, Equipe 1- N. Sra. da Candelária- Itu, SP Glória (do Payão), ocorrido no dia 18.06.2001. O casal Glória e João Payão Luz, foram responsáveis pela ECIR, no período de 1965 a 1969, sucedendo ao casal Nancy e Pedro Moncau Jr. Geraldo Luíz de Farias (da Léa), ocorrido no dia 23.06.2001- Equipe 7 - N. Sra. de Lourdes - Criciúma, SC Edson Sousa (da Vera), ocorrido no dia 28.06.2001 -Equipe 1G- N. Sra. de Lourdes - São Paulo, Capital
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Sagração
Episcopal a. No dia 18 de março de 2001, em Brasília, DF foi sagrado Bispo, padre Augustinho Petry. Por 22 anos ele foi SCE da Equipe 15 de Florianópolis, se. O Santuário Dom Bosco esteve repleto: só de Santa Catarina, perto de duzentos amigos. Da República, altas autoridades presentes: da Igreja, o Cardeal de Brasília, o Núncio Apostólico, Arcebispos e Bispos, padres e diáconos. E o povo de Deus. Que cerimônia bonita! A simplicidade do novo Bispo, a ternura que dele emanava, o estar com Deus - que nele se via - foram contagiantes. Quando todos aguardavam seu pronunciamento, ele veio sorridente, cutucou as costas de um amigo da equipe e pediu-lhe que o fizesse em seu lugar, entregando o escrito que havia preparado. A emoção não lhe permitiu falar! Grande dom, o Dom Augustinho. Deus continue a cumulá-lo de bênçãos. E a Mãe continue a carregá-lo no colo e no coração, para que seu episcopado seja tão fecundo quanto o tempo em que foi "simplesmente" padre!
b. No dia 2 de junho de 2001, aconteceu a Sagração Episcopal do monsenhor José Francisco Rezende Dias, SCE da Equipe Nossa Senhora das Graças, de Pouso Alegre, MG. Ao longo da história das ENS em Pouso Alegre, monsenhor José Francisco é o quinto bispo a participar do Movimento como SCE (D. José d' Ângelo e D. João Bergese- falecidos; D. João Bosco e D. Ricardo Pedro- atual Arcebispo).
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Jubileu de Prata Sacerdotal No dia 19.03.2001, foi celebrado o jubileu de prata de ordenação sacerdotal do padre Manoel de Paula Borges, SCE da Equipe 42C de Juiz de Fora, MG. Foi comemorado com muito amor e carinho nas cidades de Belmiro Braga, Bicas, Bias Fortes, Pedro Teixeira, Lima Duarte e Olaria, onde deixou marcas de seu trabalho e reviveu na cidade de Bicas as emoções daquele 19 de março de 1976. Em Belmiro Braga, onde agora exerce seu ministério, recebeu calorosa homenagem de seus paroquianos e dos casais da equipe 42C.
lançamento de Equipes em Parintins, AM No dia 21 de abril de 2001 foi feito o lançamento das duas equipes em Parintins. A Equipe 1 - N. Sra. do Carmo e a Equipe 2- N. Sra. de Fátima. Estiveram presentes: pe. Genaro, Conselheiro da Região Norte I (que celebrou a missa), concelebrada pelo Conselheiro da Equipe 2 -padre Mauro e pelo padre Sócio, responsável pela Pastoral Familiar. O Casal Regional: Nazira e João Paulo e o Casal Expansão: Fátima e José Antonio estiveram presentes no evento. Com alegria, participou da celebração junto com a assembléia o bispo diocesano, Dom Jiuliano Frigeni.
Ordenação Presbiteral • Foi ordenado sacerdote, no dia 19 de março de 200 I, na Catedral Metropolitana de Natal, o diácono Inácio Henrique Araújo .--~---""' Teixeira. Padre Inácio, é Conselheiro Espiritual de duas equipes do Setor A de Natal, RN • Setor C, da Região Rio V, está em festa! Dois dos seus Conselheiros Espirituais receberam no último dia 9 de junho de 2001, pelas mãos de Dom Eugênio Sales, sua ordenação sacerdotal. São os diáconos: Luiz Cláudio Baraúna Pessanha - Equipes 80 e 144 e Gleuson Gonçalves Farias GomesEquipe 63- Rio de Janeiro. • Na mesma cerimônia, realizada na Catedral de São Sebastião (RJ), também foi ordenado sacerdote, o diácono José Eugênio Evangelista Moura Souza, Conselheiro Espiritual da Equipe 99E- N. Sra. da Penha - Rio de Janeiro. • No dia 29.06.2001, na cidade de Montes Claros, MG, pela imposição das mãos de Dom Ricardo Chaves, O. Praem., Arcebispo de Pouso Alegre, MG aconteceu a cerimônia de ordenação presbiteral do Cônego e Diácono Premonstratense, Vicente Paulo Cruz, Conselheiro Espiritual das Equipes 7, 8 e 9 do Setor de Contagem, MG.
Ordenação Diaconal
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Foi o;denado Diácono Permanente João Olímpio com Iride. fazendo parte da Equipe 3 -Nossa Senhora do Perp~t~t() j Socorro. A cerimônia aconteceu no dia 26.12.2000, presidida pelo Bispo D. Joviano, na Catedral de São Carlos. SP · • Em 06.01.200 I. o semimu·ista Theófanes S. ele Holanda. Conselheiro Espiiitual ela Equipe 7- N. Sra. da Luz. de Salvador, BA, foi ordet~tidQ ?1 Diácono. Sua ordenação sacerdotal estü marcada p~t~ax?. ~J3.gs.08.~?9fj 37
Coral de Equipistas Era um sonho muito grande: formamos um coral das ENS, de Limeira, SP. Depois de muito empenho, esforço (somos todos amadores), conseguimos nos reunir para rezar, cantando. Nosso coral chama-se "Mater Dei" e dele fazem parte as ENS de Lourdes, do Rosário, de Fátima, e também filhos e netos de equipistas. O amor e o nosso envolvimento com o coral é muito grande. Assim, já nos falou uma equipista: "Vocês cantam com o coração". Realmente é essa a nossa intenção: transmitir amor. Temos cantado em todos os eventos do Movimento em nossa cidade e também em outras igrejas. Está na nossa agenda a participação em uma missa que será realizada pelo padre Maurício, SCE do Seto r Limeira/Araras, em uma casa de recuperação de jovens dependentes. A homilia será feita através de círculos de ajuda-mútua, dos quais participaremos. A nos. sa presença é uma das muitas maneiras de vivermos a nossa missão. Quando cantamos, estamos rezando, sob a regência de nossa Mãe; é mais um modo de dizermos o nosso "sim". Enfim conseguimos!
P ))
Talma (do Serra) Eq. 6 - N. Sra. do Rosário - Limeira, SP
Bodas cle ' Ouro àe Casal Equipista
A Carta Mensal seguia a orientação de não divulgar as noticias de bodas de ouro de casais equipistas, temendo que o número fosse muito grande, tornando difícil a utilização do espaço disponível. Graças a insistência do casal Alice e Aurélio. que não se conformou com a não divulgação desse acontecimento. e a partir da correspondência e contato telefônico mantidos com esse casal. a equipe da Carta Mensal fez uma reflexão sobre o assunto e, aprovou a publicação da notícia das Bodas ele Ouro de casais equipistas. Assim. embora com uma demora considerável, iniciamos esta seção com a publicação da..-; Boda..<> de Ouro do casal Alice e Aurélio. que aconteceu no dia lo de dezembro de 1999. O casal pc11ence a Equipe SA de Manaus. AM.
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Conselho Nacional de leigos É uma experiência diferente e muito rica representar Sílvia e Chico -Responsáveis pela Super Região Brasil, nas reuniões e assembléias do CNL- Conselho Nacional de Leigos e Leigas Católicos do Brasil, juntamente com outros representantes de Movimentos, Pastorais e dos Conselhos Regionais. O CNL é um organismo que reúne diferentes expressões e carismas de leigos comprometidos com a transformação do mundo. São diversas nuanças de engajamentos em parceria, fazendo a experiência de comunhão, construindo a identidade do leigo católico brasileiro. Recentemente, vivenciamos a força do leigo, participando da V Assembléia dos Organismos do Povo de Deus, que aconteceu de 28 a 30 de abril p.p., no Mosteiro de Itaici - Indaiatuba, SP. Conviveram representantes dos leigos, membros das congregações e institutos de vida consagrada, diáconos, presbíteros e bispos. Foi muito bom ser Igreja reunida para cantar e louvar a Deus, refletir sobre os próximos passos da caminhada e encontrar-se com padres, bispos, religiosos e freiras, conselheiros das nossas equipes! Outra boa experiência é participar das Assembléias Gerais do CNL que acontecem na Festa de Corpus Christi. Infelizmente não pudemos participar da última, a XX Assembléia Geral que aconteceu em Nova Iguaçu, RJ, de 14 a 17 de junho p.p. celebrando os 25 anos
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Anos de História
do CNL. A reflexão foi um estudo em preparação à 1a Conferência Nacional, evento que acontecerá em novembro deste ano, em Fortaleza, CE, e que está contando com a participação efetiva dos nossos casais cearenses. Aconteceu a eleição da nova presidência para o próximo triênio, sendo reeleito Presidente Wolmir T. Amado, Regianal Centro Oeste, (que juntamente com sua esposa Sueli, participaram do nosso Encontro do Colegiada Nacional de 2000); Vice-Presidente, Antonio Carlos Motta, do Movimento Focolares, do Regional Leste I; e Secretário, José Francisco de Medeiros, do Regional Leste TI (até então Vice-Presidente). Particularmente, o clima próprio das assembléias é uma novidade para nós e acreditamos que para a maioria dos equipistas, tomando a nossa participação no CNL muito diferente das demais. A diversidade tomase um estímulo para buscar a unidadenarnissãode santificaromundo. Dar da nossa riqueza, espiritualidade conjugal e a presença organizada em todo o país é uma boa maneira de participar. Contamos com os Regionais e Responsáveis de Setores para incentivar a presença equipista nos Conselhos Regionais e Diocesanos e nos fortalecer na representação. Fraternalmente,
Vera e Renato CR - Secretaria/Tesouraria Super-Região 39
ASSUNÇAODE NOSSA SENHORA
O
papa Pio XII, em 1950, de clarou dogmaticamente, que Maria não precisou aguardar, como as outras criaturas, o ftm dos tempos para obter a graça da ressurreição corpórea. Baseou-se o Papa nos escritos apócrifos, especialmente o Prato-evangelho de Tiago e a narração de São João, o teólogo, sobre a passagem da Santa Mãe de Deus. Quis ele evidenciar o caráter único da sua santificação pessoal, pois, o pecado nunca ofuscou nem por um instante, o brilho de sua alma. A união definitiva, espiritual e corporal do homem com Cristo glorioso é a fase ftnal e eterna da redenção. Assim os santos, que já têm a visão beatífica, estão de certo modo aguardando a plenitude da redenção, que em Maria já havia acontecido com a singular graça da preservação do pecado. Sem sombra de dúvida, quis o Pai eterno, através do papa Pio XII, associar Maria à ressurreição de Cristo Jesus. Os Evangelhos e as Cartas de Paulo aos Apóstolos nada dizem a respeito da morte de Maria, nem mesmo se houve morte (dados que não são essenciais à nossa fé) , pois, todo o foco dos Evangelhos está direcionado para o amor de Deus Pai e para os atos e os ensinamentos do então protagonista Jesus , e não os de Maria. Sobre Maria, a fé nos ensina que ela já é o que seremos chamados a
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NA VERQADE, EU NAO ME ESFORCEI
ser, após a ressurreição da carne. Essa crença acompanhou a vida do povo cristão, povo este que tem a assistência do Espírito Santo! Em 1870, no Concílio Vaticano I, alguns padres conciliares chegaram a pedir a proclamação desse dogma. Em 1946, o papa Pio :xn consultou bispos do mundo inteiro, perguntando-lhes se acreditavam ser verdade de fé o que a tradição ensinava a respeito da Assunção de Maria. Desejava saber também o que o povo pensava a esse respeito, e se era chegado o momento de uma declaração oficial. A resposta quase unânime a essas perguntas foi positiva. Então em lo de novembro de 1950, o dogma foi definido: "Proclamamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, cumprido o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial". Assim como a redenção de Cristo tem sua conclusão com a ressurreição do corpo, também a vitória de Maria sobre o pecado, com a Imaculada Conceição, devia ser completa, com a vitória sobre a morte mediante glorificação do corpo, com a Assunção, pois a plenitude da salvação cristã é a participação do corpo glorificado no reino celeste.
N
ão raras vezes, nas reuniões de equipe, o momento dedicado á partilha, passa a ter resultados desastrosos. Há casais que, inclusive, deixam as Equipes de Nossa Senhora, porque chegam a conclusão que, para estar num Movimento, andando para trás, não se dispondo a fazer os Pontos Concretos de Esforço, não vale a pena continuar - é o que dizem. Então, este momento passa de um estágio de realização e de crescimento para uma situação de sofrimento. Na, verdade, não sabemos se os casais que saíram do Movimento, por causa dos PCE, melhoraram no seu relacionamento e na sua vida cristã. Muitos se esquecem de que o casamento só se toma constante se os casais vivenciarem, de alguma forma, os PCE, mesmo não pertencendo às ENS . Os Pontos Concretos de Esforço são, portanto, iniciativas essenciais ao crescimento pessoal e conjugal. São Tiago, quando em Compostela, decidiu fazer a grande caminhada, deve, com certeza, ter se investido de uma grande dose de iniciativa, desprendimento, dedicação, compromisso com a salvação do povo e muito esforço; caso contrário, não valeria a pena tanto esforço. Parece-me tratar-se de um grande PCE de sua parte. Na vida e no casamento é as-
Do jornal "Comunidades em Foco" - Sorocaba, SP 41
Não façamos como os que não conhecem a Deus, "rezemos, hoje e sempre". (Tb 8, 4) Lembremo-nos também da leitura da palavra do "Eles não tem mais vinho". Maria, na sua infinita bondade e caridade, manifesta nesta passagem um grande PCE: "façam tudo o que Ele vos disser". Isso não vale somente para as bodas de Caná. Vale também para nós, para o nosso casamento e para nossas bodas diárias. Façamos tudo o que Ele nos disser. As ENS têm, em seus objetivos e em sua mística, a espiritualidade conjugal (espírito adulto de casais). Nosso Conselheiro nos alerta de que, muitas vezes, nos comportamos como crianças. Temos nossos deuses e deixamos de lado o nosso compromisso com a verdade, com a santificação do outro; somos vaidosos demais, teimosos demais. Por isso, deixamos de praticar os PCE, ou melhor, não fazemos tudo o que Ele nos disse. Poderíamos nos estender muito mais, mas vamos ficar por aqui, lembrando, ainda que, vivenciar os PCE é também uma forma de se respeitar os membros de nossa equipe. Alegações como: não posso, estou cansado, não tenho jeito, não me acostumo, tive uma formação familiar diferente, ... tudo não passam de alegações, pois na verdade "EU NÃO ME ESFORCEI".
sim: precisamos de dedicação, desprendimento, abnegação, compromisso com a salvação do outro e muito esforço. Caso contrário, não vale a pena. Como dissemos nosso sim, é necessário que nos esforcemos nesta caminhada conjugal para, juntos, chegarmos a "uma ditosa velhice" (Tb 8.10). Esta passagem é, para mim, a primeira oração conjugal.
Na vida e no casamento é assim: precisamos de dedicação, desprendimento, abnegação, compromisso com a salvação do outro e muito esforço. Caso contrário,
Edgar (da Celita) Equipe Nossa Senhora do Sagrado Coração Setor C - Florianópolis, SC
não vale a pena. :
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MORADORES DE RUA
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numerosas vozes. No final do encontro, houve a celebração da penitência, e cada um pôde se confessar na sua própria língua. Do meu confessor ouvi o conselho: "Ponha o Magnificat em sua vida". Não entendi como poderia pôr em prática o conselho recebido, mas comecei a meditar sobre o texto do Magnificat. Depois da missa, eu disse ao padre, que não concordava com o aviso dado. Achava que devíamos evitar o incômodo que os mendigos nos causavam, mas não expulsando-os simplesmente de nossa porta, com fome. Disse-lhes que nós devíamos também buscar uma solução para a
missa já estava para terminar, quando um dos presentes pediu ao padre para dar um aviso. Com a anuência do celebrante, ele tomou o microfone e recomendou: "Estes mendigos estão atrapalhando a celebração. Ninguém deve dar esmola para eles, para que vão embora daqui e nos deixem em paz". Fiquei surpreendido com a recomendação. Eu tinha acabado de chegar de Fátima, onde tinha participado, com Lúcia, do Encontro Internacional do Movimento, em 1994. Tinha ouvido emocionado, muitas vezes, o cântico do Magnificat, orquestrado e cantado por coral de 43
vida deles. E que, para tanto, a paróquia devia criar uma pastoral do mendigo. O padre ouviu o que eu disse, mas permaneceu calado. Poucos dias depois me convocou para participar de uma reunião com todas as pastorais da paróquia, em que eu representaria a pastoral do mendigo. Convidei mais de 20 casais para integrar a nova pastoral. Alguns vieram para a primeira reunião em minha casa. Mas só uma pessoa permaneceu. Outras pessoas se interessaram depois. Algumas só para oferecer uma contribuição financeira mensal; outras para participar das reuniões e tomar decisões conosco. A pastoral teve início em agosto de 1994, com a abordagem diária dos mendigos, pelos voluntários. Nesta primeira fase, procuramos nos aproximar de nossos "clientes", oferecendo a cada um, diariamente, um pão de milho. Conversávamos um pouco e fomos aprendendo seus nomes: Gustavo, Carminha, Péricles, Jaciara, João, Luís, Mariluce ... Enxergamos, logo de saída, que havia um grande problema comum a ser encarado de frente - o alcoolismo. Vários trabalhos foram feitos para ajudar as pessoas a vencerem esse vício. Alguns já deixaram o vício. Com a ajuda da pastoral, o casal Gustavo e Carminha mora há 4 anos, em uma casinha de alvenaria. O casal se libertou dos cuidados da Pastoral e, hoje, se mantém graças ao trabalho diário de Gustavo, como guardador
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Como em todos os trabalhos, de vez em quando amargamos algum dissabor. Mas, o próprio Jesus que está no pobre não nos
deixa desistir. de carros, na porta da Igreja Nossa Senhora da Luz, na Pituba, e Carminha trabalha como empregada doméstica. E o trabalho continua. Além do acompanhamento contínuo dos que permanecem, buscamos um meio de conseguir uma moradia condigna para o Luís, que agora começa a freqüentar a escola, afastando-se das drogas. Como em todos os trabalhos, de vez em quando amargamos algum dissabor. Mas, o próprio Jesus que está no pobre não nos deixa desistir. Graças a Deus!
Francisco (da Lúcia) CR Setor A - Salvador, BA
Já faz um bom tempo que desejo escrever-lhes, para que vocês soubessem que esta Carta Mensal faz um bem muito grande de reflexão, oração e estudo para todos aqueles que são cristãos. Eu a tenho usado muito em minhas palestras, cursos, reflexões, retiros e tenho utilizado também as histórias em minhas homilias, creio que este é um caminho para ajudar a todos, os simples e os intelectuais a encontrarem e entenderem o projeto de Deus. Agradeço imensamente pelo trabalho que foi realizado há alguns anos, sobre o tema amplo e complexo da Sexualidade Humana. Tive a graça de receber uma síntese deste material que foi de grande utilidade em meus estudos, na área de psicologia e em meu trabalho de conclusão da faculdade de Filosofia. Vocês, casais, têm contribuído muito para a minha formação rumo ao sacerdócio. Creio que não me tomarei padre no dia da minha ordenação, mas, vou me tomando dia a dia, e tenham certeza, em minha vida ministerial terei sempre a família como prioridade em meus trabalhos pastorais. Nossa Senhora, com certeza, no alto dos céus proclama: "A minha alma engrandece o Senhor", pois existem casais que descobrem e resgatam os valores da vida, derrubando os poderosos que pregam a degradação familiar. Enfim, rezo por todos os casais. Que Nossa Senhora da Cruz e da Luz esteja sempre ajudando e iluminando na difícil tarefa de servir a Igreja como família. Um abraço fraterno. Que a paz de Deus esteja presente na sua fann1ia.
Seminarista Eduardo Calandro Diocese de Santo André, SP
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6cmdem,_&vk~ cvF~ 1. Li o encarte da Carta Mensal deste mês sobre a Fé e gostei muitíssimo. Clareou-me algumas dúvidas. Se for possível gostaria de recebê-la em meu e-mail, para poder passar para alguns amigos que não são equipistas. Falei que o teor da mensagem é muito bom e eles desejam ler também.
reza e objetividade do texto, que trata de um assunto de grande profundidade com inspirada simplicidade. Esperamos que seja possível dar continuidade a esse projeto do encarte especial, pois será de grande ajuda para os equipistas. Saudações,
Equipe 01 - N. Sra. da Piedade Campo Largo - Paraná
Eliane e Toniasso - Eq. 6A Eq. 6B - Eq. N. Sra. da Abadia Campo Grande, MS
••• Sou filha de equipista e professora de Ensino Religioso num colégio particular de freiras em Salto, SP. Todos os meses, leio a Carta Mensal e muitos artigos, reflexões, textos, eu utilizo em sala de aula. Cheguei a conclusão que a Carta Mensal é uma ótima biblioteca para qualquer ocasião . Obrigada a todos que colaboram para que mais uma Carta Mensal venha nos enriquecer!
2. Queremos parabenizá-los pelo Tema de Formação "A Fé". Realmente o padre Flávio Cavalca é 10. Continuem com este empenho, somos todos gratos por isto.
Ismênia e Vicente Monte Eq. 15- Setor B Manaus -AM
••• 3. ... queremos parabenizá-los pela iniciativa de incluírem o encarte especial "Temas de Formação". O texto é brilhante e nos ajudou a esclarecer algumas dúvidas que muitos tínhamos desde a juventude. Nossos parabéns ao Pe. Flávio pela ela-
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Nádia (filha de Vera e José Renato Equipe 10- ltu, SP
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VERA ROSA
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ra manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e muito sol. Um bispo de uma determinada região da grande São Paulo, dirigia-se para o seu local de trabalho. Passando em frente a uma igreja, resolveu entrar. Ajoelhou-se no último banco, no vazio do templo. Fazia sua oração cheia de vida, dialogando com o divino pastor de seu rebanho. Ouviu, então, ressoar uma voz de alguém, cuja presença não tinha percebido: - Escute, venha aqui. Venha ver a rosa. Ele olhou para os lados, para a frente e viu uma pessoa sentada nos degraus do altar. Levantou-se para averiguar melhor e ouviu novamente: - Escute, venha aqui. Venha ver a rosa. Embora sem entender, dirigiu-se até a frente e percebeu que sobre o altar havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa. Parou e pôs-se a observar. O homem maltrapilho, vendo-o hesitante, insistiu: - Venha ver a rosa. O bispo não conseguindo atinar com o que ele queria, respondeu-lhe: - Sim, estou vendo a rosa. Por sinal muito bela. Mas o homem apelou mais uma vez: - .Não. Sente-se aqui, e veja a rosa. Diante daquela insistência, o bispo ficou um pouco perturbado e perplexo. Quem seria aquele homem maltrapilho? O que desejaria ele com aquele convite? Seria sensato sentar-se ali, nos degraus do altar, junto com ele? Qual poderia ser a reação de quem fortuitamente entrasse na igreja e visse aquela cena? Vendo, porém, na pessoa daquele homem um irmão seu, quebrando o protocolo de sua posição episcopal, sentou-se ao lado do homem. Este então exclamou: - Veja, veja agora a rosa. De fato, era um espetáculo todo diferente, constatou o bispo. Exatamente daquele lugar onde se sentara,
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daquele ângulo, via-se a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de um arco-íris. Dali podia-se perceber um raio de luz do sol, que vinha de uma das janelas do altar da igreja e se refletia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projetando um colorido peculiar sobre aquela rosa, conferindo-lhe os fascinantes efeitos visuais de um arco-íris. O bispo então exclamou: -Foi a única rosa em cores de arco-íris que eu já vi até hoje. Convenceu-se, entretanto, de que só poderia vê-la assim, daquele ângulo, sentado nos degraus do altar, junto daquele homem simples e enigmático. Se não tivesse tido coragem de se deslocar de onde estava, de romper preconceitos, jamais teria conseguido ver a rosa, num espetáculo tão maravilhoso. Esse fato nos traz uma mensagem, para as nossas reflexões. É preciso saber olhar o outro de um prisma diferente do nosso. O amor assume coloridos diversos, se tivermos coragem de nos deslocar de nosso comodismo, de romper com preconceitos, para podermos ver a pessoa do outro, de modo diferente e novo. Há uma rosa escondida no próximo, em toda pessoa, que você não está sendo capaz de enxergar. Há necessidade de sair de si mesmo, de dispor-se a sentar em lugar incômodo, de deixar de lado os preconceitos, para poder "ver a rosa" do outro, desse ângulo diferente, até então despercebido. Você, em sua vida, no amor construído ou a construir, é agora convidado a realizar essa experiência. Sem dúvida, isso pode custar um pouco. Não é fácil modificar os nossos arraigados preconceitos. Às vezes, é aparentemente impossível aceitar que se possa ver um colorido diferente onde, para nós, nada havia antes. Talvez, de acordo com nosso modo de pensar, jamais poderia haver outras cores. Mas... não é demais fazer essa experiência. /'"' Hoje, em sua vida, você é convidado a ver uma { l rosa diferente. Meu amigo, eu insisto no convite, venha. Venha ver a rosa!
Sandra e Zuim CR - Setor B - Taubaté, SP 48
M editando en1 E quipe De 13 a 19 de agosto, celebramos a Semana Nacional da Família . É um momento de ação de graças. Vamos bendizer a Deus pela nossa família; pelos valores que existem em nossa convivência de casais; pelas maravilhas que a presença de Deus provoca em nosso matrimônio .
Meditemos um pouco Leia Colossenses 3, 1 2-21
Sugestões para a Meditação • • •
Partilhe com os equipistas os grandes valores da vida de sua família . Agradeça a Deus a ajuda do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, na convivência de vocês . Louve a Deus com Maria, citando a expressão que mais lhe toca no Magnificat. Padre Ernani
Oração Lirurqica Salmo 128 Felizes todos os que temem a lahweh e andam em seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, tranqüilo e feliz : Tua esposa será vinha fecunda, no recesso do teu lar; Teus filhos, rebentos de oliveira ao redor de tua mesa . Assim vai ser abençoado o homem que teme a lahweh . Oue lahweh te abençoe de Sião, e verás a prosperidade de Jerusalém todos os dias de tua vida; E verás os filhos de teus filhos . Paz sobre Israel!
Província Norte 2
n n2 n2 n2 nº
Regiões ..... ..... .. ............ 0 2 Setores ..... ... .... .. . ..... .. .. 09 Equi pes ...... .. ..... ..... ... 1 00 Casais .. ........ ...... ... .. ... 609 Conselheiros ... ...... ..... ... 7 5 Dados: maio/2001
EQUIPES DE NOSSA SENHORA
Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 256.1212 • Fax: (Oxx11) 257 .3599 E-mail : secretariado@ens.org .br • cartamensal @ens.org.br Home page: www.ens.org .br