ENS - Carta Mensal 369 - Dezembro/2001

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°369 • Dezembro/

2001

EDITORIAL

MAR IA

Da Carta Mensal .... ....... .......... ..... .. ... 01

Maria, Mãe da Esperança! ..... .......... 2 5

SUPER-REGIÃO BRASIL

PASTORAL FAMILIAR

Gratidão para com Deus ....... :... .... ... 02 I Encontro Nac. das ENS do Brasil ..... 03 Mensage de Natal ..... ..... .. ... .......... 05

Voca ção Familiar .............. ................. 26 Caridade e Perdão .... .. ................. .... . 28

I ENCONTRO NACIONAL DAS ENS • 2003

A Escuta da Palavra ........... ......... ...... 30

PCE

Vamos pra Frente! .... ......... ... .. .......... 06

VIDA NO MOVIMENTO

Início da Missão do Casal Responsável Regional .. ......... .. ... .... ........ .... .. .... .... .. 07 Um Retiro Distante ..... .... ...... .. ..... ... .. 09 Retiro no Meio da Floresta Amazônica ....... .. ....... ... ....... 1O Expansão Sustentada ... ..... .. ... ..... ... .. 1 2

ATUALIDADE

Paz .. . Paz .. . Onde Estás? .... .. ........ ..... 31 Juventud e .... .. .. ........ ...... ...... ......... .... 32 Lazer em Família .......... ............. .... .... 34

TESTEMUNHO

11 Semana Brasilei ra de Catequese de Adultos ...................... 35 A Caridade na sua Forma mais Pura ................ ...... ........ . 37

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ... ... ... .. 14 NOSSA BIBLIOTECA ........... .......... .... 38 ADVENTO E NATAL

Advento : mais que um Tempo Litúrgico .. ... ..... .. ......... .... 21 Prepara Teu Natal ......... .......... ..... .. ... 23 Natal, Manjedoura de Nossas Alegrias ... ..... ....... .......... ... 24

Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Edição: Equipe da Carta Mensal Cecília e José Carlos (responsáveis) \Vi/ma e Orlando Soely e Luiz Augusto Lucinda e Marco

Jcmete e Né/io Pe. Emani J. Angelíni (com. espiritual) Jomalísta Responsável: Cmherine E. Nadas tm1b 19S35) Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres. 93 I - SP Fone: (Oxx/1) 3873. 1956

REFLEXÃO

O Construtor ........................... ...... .... 3 9 ENCARTE: ÍNDICE 2001

Projeto Gráfico: A/essandra Ca rignani Capa: 7irlnw Serra Impressão: Quebecor IVord Seio Paulo Tiragem desta edição: 15.300 exemplares

Cm1as, colaiXJrações, notícias. testemunhos e imagens de\•em ser em•iadas para: Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° wular · conj. 53 0/309-000 • Seio Paulo - SP Fone: (Oxx /1 ) 256.1212 Fax: (Oxx /1 ) 257.3599 cartamensa/@ ens.o rg. br A/C Cecília e José Carlos


Olá amigos!! O final do ano chegou e, com ele, passamos a vivenciar o Advento, tempo da Igreja que nos remete aos momentos que cercaram o nascimento de Jesus e o início de sua caminhada missionária entre nós. É, também, ocasião para uma reflexão profunda de nossa vida neste primeiro ano de novo milênio, tão conturbado por apagões, atentados e guerras, e, ao mesmo tempo, de alegria pela beatificação por Sua Santidade, o papa João Paulo II, do casal Quatrocchi, o primeiro casal santo. Trata-se de algo muito importante para nós, que nos esforçamos no caminho da santidade. Temos notícia de outros casais, na história da Igreja, que se tornaram santos pelos méritos próprios de cada cônjuge; este, santificou-se como casal, tornandose modelo para todos nós equipistas de Nossa Senhora. Neste momento, a equipe da Carta Mensal gostaria de lhes dizer, queridos irmãos, que foi muito bom, no decorrer deste ano, sentir a presença de vocês através dos artigos enviaAo lado: Pe. Ernani. Abaixo, a partir da esq.: Zé Carlos, Cecília, Nélio, Janete, Soely, Luiz Augusto, Wilma, Orlando, Lucinda e Marco

dos (mesmo dos que não foram publicados) e das palavras amigas que, criticando construtivamente e incentivando, tornaram o nosso trabalho uma coisa muito agradável e gratificante. Temos certeza que cada um de vocês, aí onde Deus o colocou, soube multiplicar e completar, através de gestos concretos, os ensinamentos e, principalmente, os testemunhos que deram vida e colorido à nossa Carta. Agradecemos, de coração, a todos. Contamos com vocês para o ano de 2002! Temos consciência de que o Natal que se aproxima tem aspectos bastante díspares, mas podemos, todos, fazer alguma coisa, como seguidores de Cristo, para que as pessoas se sintam mais felizes. Que Deus nos ajude! Enfim, gostaríamos de desejar a todos aqueles que têm contato com nossa Carta Mensal que as bênçãos do Menino Deus se derramem sobre todos e sobre suas fanu1ias, a fun de que 2002 seja ainda mais pleno de alegrias e realizações, tanto pessoais como familiares e profissionais e que o mundo desperte para as palavras do coro de anjos na noite do nascimento de Cristo- "PAZ NA TERRA AOS HOMENSDEBOA VONTADE".


GRATIDÃO PARA COM DEUS Prezados casais e Conselheiros Espirituais! No mês passado, tivemos o balanço em nossas equipes. Imagino que, como sempre, notamos acertos e falhas, avanços e recuos. Agora já estamos pensando em Natal e fim de ano. Isso leva-nos a algumas atitudes, entre elas a de gratidão para com Deus. Motivos não nos faltam para agradecer. Pena que nem sempre nos lembremos. E quando nos lembramos, nem sempre agradecemos os favores maiores. O primeiro desses favores é a vida, o existir, a possibilidade da aventura humana com possibilidades exclusivamente nossas. O dom da existência que vai além do limite da morte. Uma existência que tanto é dom que nem a podemos anular por mais que o tentássemos. Existência que nos coloca diante de Deus em direta relação de dependência e partilha. Vida, primeiro favor que torna possíveis todos os outros. Como se não bastassem as possibilidades que nos oferecia a vida humana, Deus ainda nos oferece vida mais alta, de participação em sua própria vida divina. E quando nos vemos totalmente incapacitados para essa nova aventura, temos o Cristo que, pelo seu poder, nos faz passar da morte para a vida, abrindo-nos todas as possibilidades da vida nova na justiça. Por dom de Deus podemos conhecer a verdade, amar e fazer o bem para todos. Talvez agradecer o poder fazer o bem seja mais importante que agra-

decer os bens recebidos. Quase sempre nos esquecemos de agradecer o bem que fazemos, esquecidos que, por nós mesmos, nada de bom podemos fazer. Não poderíamos acudir a fome e a sede dos necessitados, abrigar os andantes, vestir os nus, visitar os encarcerados. E, no entanto, um pouco sempre fazemos, e muito mais fazem outros, graças a Deus. Bendito seja o Senhor por tanto bem que é feito no mundo por homens e mulheres de todas as religiões, ou até mesmo de nenhuma, como às vezes se imaginam. Depois do favor de podermos fazer o bem, quantos bens o Senhor concedeu-nos durante este ano. Precisa enumerá-los? Aliás, seria possível enumerar todos, um por um, pequenos e grandes? É certo que não. O mais que podemos é juntar todos numa única e fundamental atitude de gratidão ao Pai, por Cristo nosso Senhor. E, se quisermos, podemos concretizar nosso agradecimento fazendo uma visita ao presépio. Não ao presépio poético, cheirando a infância, de lagos de espelho e nuvens de algodão. Mas o presépio descolorido das ruas, das periferias, das carências, das desesperanças, das crianças sem futuro, dos idosos esquecidos, das vítimas da guerra... Bem possível que nesse presépio nos encontremos frente a frente com Jesus. Boa oportunidade para pedir que agradeça por nós ao Pai. Pe. Flávio Cava/ca de Castro, cssr SCE da Super-Região 2


I ENCONTRO NAClONAl

DAS ENS DO BRASll Brasília Olá, gente amiga! A Equipe da Super-Região, após a Peregrinação Nacional a Aparecida, ao ensejo da comemoração do nosso Jubileu de Ouro, em 13/maio/ 2000, passou a sentir com maior vigor a necessidade de um grande Encontro aberto a todos os equipistas do Brasil. Muitas foram as solicitações para que se procurasse periodicamente repetir tal evento, ou que se pensasse numa outra forma de reunir equipistas dos quatro cantos do país. Não pensem que foi uma decisão fácil de ser tomada: um desafio e tanto, realizar em Brasília, de 17 a 20 de julho de 2003 , o I ENCONTRO NACIONAL DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA DO BRASIL.

2003

Mas aceitar correr os riscos, deixando-se levar nas asas de Deus, é algo que transcende a simples vontade de criar, é um ato de fé. Acreditamos que a graça de Deus, que sempre veio em socorro dos nossos medos e preocupações, nunca nos faltará. Acreditamos na força da união que nos levará a superar uma a uma as dificuldades, obstáculos e incertezas. Acreditamos na capacidade criativa da Comissão Organizadora designada para preparar nossos caminhos. Acreditamos na força do trabalho das equipes das Regiões Centro-Oeste I e II que, como anfitriões, não medirão esforços para o acolhimento e nos esperarão de bra-

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ços abertos. Enfim, de atos de fé em atos de fé, seguramente chegaremos ao ainda distante julho de 2003 para esta grande oportunidade de nos sentirmos partes de um mesmo e único Movimento. Mas precisamos que vocês, queridos irmãos das Equipes de Nossa Senhora, sonhem conosco este mesmo ideal: tomar realidade o estar juntos durante esses três dias. Acreditem: será um encontro de irmãos, para selar o compromisso de nossa unidade como Movimento no Brasil. Acreditem: iremos celebrar o grande dom da pertença a um Movimento que nos oferece, nada mais nada menos, a oportunidade de ser felizes, porque acreditamos no sacramento do matrimônio como fonte e caminho de santidade. Acreditem: será uma oportunidade ímpar para nos conhecermos melhor, para trocarmos nossas experiências, para nos amarmos como verdadeira fallli1ia. Acreditem: será um momento especial para nossa formação e crescimento humano, e voltaremos deste Encontro com ânimo renovado, descobrindo maiores razões para ir mais adiante. Acreditem: ali se realizará uma grande liturgia para celebrar diante de Deus as maravilhas que Ele constantemente realiza nas nossas vidas e dizer-lhe: Obrigado, Senhor! Acreditem: poderemos fazer da nossa presença um testemunho vibrante diante da sociedade e da Igreja em prol do amor conjugal, da ins-

tituição matrimonial e da fallli1ia, como instrumentos de transformação da nossa realidade. Acreditemos na força e na capacidade de nos unir em torno dos princípios da solidariedade e da entre-ajuda fraterna para que, em nível de nossos setores e das nossas equipes de base, possamos estabelecer propósitos para ajudar a levar para esse Encontro aqueles que, talvez atravessando um momento financeiro pouco propício, sintam dificuldade ou impossibilidade para fazer sua inscrição. Acreditemos: sem esta solidariedade ficará faltando alguma coisa fundamental a este evento. Não sabemos se estamos sonhando alto demais acreditando que ao menos um casal ou conselheiro(a) de cada uma de nossas 2.171 equipes se fará presente a este Encontro Nacional. Mas já imaginaram vocês que maravilha, se conseguirmos nos reunir em número maior, quem sabe 5.000 pessoas, 7.000 ou mais que isso em Brasília/2003? Diziam os antigos romanos: "alea jacta est" (A sorte está lançada) . Nosso Encontro está aí, lançado não ao acaso incerto e perigoso, e sim entregue à solicitude da Mãe e Padroeira do nosso Movimento. Parafraseando Pe. Flávio, nosso conselheiro de todas as horas, terminamos: Deus nos ajude. Com nosso carinhoso e fraternal abraço, Silvia e Chico 4


MENSAGEM DE NATAl Queridas irmãs, queridos irmãos! Neste ano, a superfície do mar da vida esteve deveras agitada. Mas nós, membros das Equipes de Nossa Senhora, somos chamados a procurar águas mais profundas, onde a serenidade e a paz não se deixam turbilhonar pelas ondas revoltas; somos chamados a imitar Maria de Nazaré que, mesmo diante das adversidades, sempre manteve sustenido o seu cântico de ação de graças. Temos, também nós, motivos de sobra para cantar as maravilhas divinas. "Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo". Diante desta exortação do Senhor não temos o direito de desacreditar, temos o dever de seguir confiantes na esperança de um mundo melhor. Feliz Na tal! Que mais uma vez o menino Deus renasça em nossos corações, tome-se Jesus adulto, Cristo ressuscitado e glorioso. Feliz Ano Novo! Com a certeza de que Deus continuará a fazer em nós maravilhas. Com o carinho da

Equipe da Super Região

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VAMOS PRA FRENTE! Oi minha gente! Estamos chegando ao final de 2001 e, lendo os jornais, olhando para a TV, parece que o mundo está chegando ao fim. São tantas as notícias negativas que a gente se assusta, a gente desanima. Mas, no meio de todo esse caos, já se ouvem murmúrios, já se notam expressões, palavras, anseios que só ouvíamos em pequenas comunidades. Nunca, em níveis oficiais, se falou tanto em solidariedade e de uma melhor distribuição de renda entre os povos; nunca foi tão lembrado que somos todos irmãos, independentemente da religião que professamos. Nunca o modelo neoliberal, a globalização, o FMI, a hegemonia, foram tão combatidos. Temos certeza que a humanidade vai, mais uma vez, vencer esse grande desafio que é a busca da construção de uma sociedade mais justa. E nós também, equipistas, em sintonia com o mundo de hoje, devemos nos colocar em alerta para ajudar a construir esse novo mundo que logo irá despertar. A vida não pára, é primavera. Em quase todo o Brasil, as chuvas chegaram e, com elas, as sementes já foram lançadas. Cultivemos com esperança que a colheita será grande ... É com o coração cheio dessa esperança que queremos lembrar a todos vocês que as inscrições para o nosso grande encontro- o I EN-

CONTRO NACIONAL DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA DO BRASIL - já estão abertas. Procurem, com o seu casal responsável, conhecer todos os detalhes, todas as condições para essa inscrição. Juntem-se aos seus irmãos de equipe, aos seus irmãos do setor. Vamos nos reunir, alegremente, para descobrir qual a melhor forma de participar, e como vamos chegar a Brasília em 2003. Vocês não acham que é nesta hora tão cheia de pessimismo que nós devemos ter um plano, ter um sonho e nele colocar toda a nossa força, todo o nosso empenho, vencendo as pequenas dificuldades que, na certa, vamos encontrar pela frente? Vocês não acham que, nesta hora, devemos proclamar ao mundo que o Deus da Vida mais uma vez será o vencedor? Se, de fato, nós acreditamos nisso, coloquemo-nos, juntos, em marcha! Vamos pra frente!

Wilma e Orlando Comissão Organizadora 6


lNlClO DA MlSSÃO DO CASAL RESPONSÁVEL REGlONAL

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ontinuamos em estado de graça após tantas informações, roca de experiências, novas amizades, testemunhos, reflexões e orações que fizemos nos dias 28, 29 e 30 de setembro, no Centro Pastoral Santa Fé, por ocasião da realização do Colegiado Nacional das Equipes de Nossa Senhora. Nesse Colegiado, esperávamos encontrar apenas casais equipistas buscando o mesmo objetivo, mas foi muito mais: fomos acolhidos com muito carinho, sentíamos como nos fosse dada a missão mais prazerosa e responsável de nossas vidas, e que todos os outros casais estavam torcendo por nós e nos apoiando em nossa nova caminhada.

No início até nos sentíamos um tanto egoístas, muito mimados, ansiosos e desconfiados ... mas logo fomos contagiados pelo ambiente que reinava, poderíamos até lembrar do "vejam como eles se amam ... eram um só coração, uma só alma ... " e fomos nos transformando já nas primeiras horas. Na chegada, já fomos recepcionados pelos casais Regionais e Provincial, e sentimos uma sensação que estávamos chegando para uma reunião de família, com nossos pais e irmãos. Logo no jantar, outros casais foram se apresentando a nós, e a sensação continuava como uma grande família que se reúne em alguma comemoração familiar. Fomos depois para a ca-

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pela, o ponto alto desse primeiro dia, onde a liturgia nos colocou como se ficássemos nus: "eles estavam nus e não se envergo~ nharam ... " Estávamos nós, no meio dos outros casais, longe de nossa família, longe de nossa segurança e não nos sentíamos sozinhos. O clima de oração, de amizade e de colegialidade, nos despojou, e nós nos sentimos pertencentes a uma família, à mesma família, uma comunidade de casais que estão todos juntos a caminho. A liturgia, desde o início do encontro até a cerimônia do envio, na medida certa, ajudou-nos a estarmos atentos e abertos às mensagens que nos foram passadas. As palestras que esperávamos não aconteceram. O que realmente aconteceu foram pessoas, seres humanos iguais a nós, que se dispuseram a relatar suas experiências pessoais de como Ser Pessoa e Ser Casal, mensagens tiradas do seu coração, transmitidas para nós como quem tem certeza, confiança e experiência naquilo que está passando para todos. Recebemos até algumas mensagens, nessas "palestra ", em forma de poema, em forma de testemunhos, em forma de lágrimas. Tudo estava tão bom, que esquecemos o lugar onde estávamos ... A organização do encontro foi perfeita. Como missão, entendemos que a responsabilidade do Casal Regional é como a de um jardineiro para um canteiro de flores, semeadas com muito amor. Preci amos cuidar desse canteiro,

já com muitas flores em nossa Região, com trabalho de abertura de coração, disponibilidade, correção fraterna (podar para ter frutos mais fortes) e, principalmente, com muito amor. Nós devemos manter este canteiro florido, com o carisma e mística do Movimento, na harmonia (unidade), na diversidade das flores (equipes) e cuidando para que o aumento das plantas não sufoque as existentes (expansão sustentada). Devemos manter acesa a chama (espiritualidade) do amor entre as equipes, pelas equipes e, principalmente, entre os casais. Ficamos felizes com mais essa delicadeza de Deus e voltamos com o coração fortalecidos para a missão de continuidade nesta caminhada onde Jesus e Nossa Senhora caminham conosco. Parabéns casais da Super-Região! Que este Colegiada sempre seja assim: " ... não passa por mim sem deixar um sinal. .. ", preparado com muito carinho, amor, solidariedade e sob a inspiração do Espírito Santo. Que o Senhor, que sabe tudo e vê tudo, continue derramando bênçãos na missão desses casais que têm algum tipo de responsabilidade, e que Nossa Senhora esteja sempre atenta, fazendo-nos enxergar e agir, quando estiver faltando o vinho para os casais que buscam a espiritualidade conjugal pelo sacramento do matrimônio.

Sheila e Francisco CRR São Paulo Centro I 8


UM RETIRO DlSTANTE

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ma missão a cumprir. É com muita alegria que transmitimos a todos os irmãos equipistas a sensação de vivenciarmos um Retiro Espiritual distante de nossa área de atuação. No dia 27 de agosto de 2001, com um calor típico de Manaus, saímos de nossa casa em direção ao porto e tomamos o barco de nome "São Tomé". Às 18:00h, iniciamos a nossa viagem com destino a Maués, cidade distante 267 quilômetros de Manaus (mais de 18 horas de barco). Nossa missão: organizar e orientar os irmãos das Equipes de Nossa Senhora na realização do Retiro Espiritual2001 daquela localidade. À noite pegamos nossas redes (nossas camas) e atamos entre tantas outras. Fizemos nossas orações de entrega a Jesus Cristo e Maria e

nos preparamos para o descanso. O vento soprava suavemente, amenizando o calor. O barco corria tranqüilamente, singrando as águas dos rios; primeiro, as escuras do rio Negro e a seguir as barrentas do rio Amazonas. No amanhecer do dia 28, contemplávamos o raiar do sol espalhando seu brilho de luz, demonstrando toda a grandeza da obra divina. Às 12:30h, chegando em Maués, fomos recepcionados por alguns irmãos que já nos aguardavam com a condução para nos levar ao local do encontro. O lugar se chama "Paraíso", nome a que faz jus pela beleza de suas paisagens naturais, às margens do grande rio Maués-Açu, de águas escuras, cercado por lindas praias, distante 5 Km da cidade. Ao chegarmos ao referido local, agasalhamos

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nossas bagagens e fomos para o almoço. A seguir, fomos para um pouco de descanso e concentração, enquanto aguardávamos o momento do encontro com aqueles irmãos que, pouco a pouco, vinham chegando, perfazendo um total de 28 casais, muitos do quais se encontravam ali pela primeira vez. O Retiro em si foi muito bom, transcorreu na mais perfeita normalidade, conforme a programação, obedecendo a vivência do tema proposto pelo Movimento. As palestras foram bem elaboradas, profundas e bem aplicadas, com clareza e segurança, partilhadas com testemunhos de casais que já vi venciam o movimento na experi-

ência da vida conjugal e familiar; os pregadores foram excelentes. Houve momentos de reflexão pessoal e em casal, momentos de adoração ao Santíssimo com meditações, orações e cantos. Foi uma benção de Deus para todos, sentimos que o Espírito Santo estava presente em tudo e em todos. Retornamos felizes e agradecidos a Deus, a Jesus Cristo e a Maria Santíssima, que nos cumularam de bênçãos para cumprirmos a missão em favor dos irmãos.

Tereza e Manoel CR Setor A - Manaus, AM Juliana e Euzir Ligação - Maués/Manaus

RETIRO NO MElO DA FLORESTAAMAZÔNlCA

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m local apropriado, a alguns quilômetros da cidade de Juruti realizou-se o Retiro das ENS, lugar onde a natureza reina; no silêncio, só ouvimos o sussurrar do vento nas folhas das árvores, o assobiar dos macacos, o cantar das aves e o desenrolar da água do igarapé, dando tom ao clima de beleza do que foi o nosso retiro. De folhas de palmeiras na ti vas construiu-se uma capelinha, onde

foram colocadas as imagens das padroeiras das equipes. N. Sra. da Saúde, Aparecida e do Perpétuo Socorro. E assim, nos dias 21 , 22 e 23 de setembro de 2001, reunimo-nos no sítio, em plena floresta amazônica, 20 casais e o pregador o SCE padre Alfon o Blumenfeld. O tema do retiro foi: O Homem no projeto de Deus. Todos com espírito de retiro, che1o


gamos e preparamo-nos para a celebração de abertura que teve como ponto de referência o Evangelho segundo Lucas, 9, 28-36. A exemplo de Jesus, os equipistas retiraram-se para orar e transformar seus corações. No momento das palestras, em baixo das árvores, tínhamos a felicidade de sermos tocados com pequenas flores que caíam das árvores, ao serem sacudidas pelo vento. Somos felizes sim, pois, entrar em contato com Deus, admirando a sua criação, é um-privilégio que nem todos têm. Para nós foi tão gratificante, em pleno silêncio, ouvir a palestra do Conselheiro Espiritual, meditar e conhecer a nossa identidade imatura, para transformá-la em madura e nos conscientizarmos de que da identidade evangélica do casal

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brota a felicidade matrimonial. As colocações do conselheiro foram de suma importância, dentro do tema escolhido e voltado para o carisma e a mística das ENS. As celebrações foram cuidadosamente organizadas por casais das equipes e todos participaram bastante. Tivemos espaço para, individualmente, pensar sobre como Deus quer a nossa convivência como esposo e esposa. Logo após, os dois juntos para o Dever de Sentar-se e descobrir o que ainda não alcançamos bastante. E todos cheios do Espírito Santo, voltamos para nossas casas.

Antonia e Elias Equipe 1 - N. Sra. da Saúde ]uruti, PA


EXPANSAO SUSTENTADA

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ois vizinhos compraram duas casas num bairro muito antigo da cidade. As casas estavam um pouco depreciadas e desgastadas pelo tempo. Mesmo com um alicerce sólido, algumas estruturas estavam fracas e precisando de reforço. O primeiro homem tratou logo de dar uma pintura por fora para dar uma nova aparência e iniciou de prontamente, uma reforma no sentido de ampliar o imóvel. Desejava construir mais alguns andares, pois assim poderia receber os amigos e familiares. E assim o fez. O outro vizinho, mais prudente, pensou: - Estas estruturas estão enfraquecidas, os alicerces desta

casa podem estar sólidos, porém algumas vigas estão desgastadas e podem a qualquer momento perecer. Vou reforçar as estruturas, as linhas mestras, as paredes, enfim, antes de aumentar a minha casa vou fortalecê-la. Pouco tempo depois, a primeira casa, que foi ampliada e reformada sem nenhum planejamento anterior e eficaz, não agüentou as intempéries e, após uma séria tempestade, ruiu, desmoronou. Por sorte, não feriu ninguém, mas alguém poderia ter se machucado . A segunda casa, reforçada em suas bases, fortalecida, agüentou firme e sobreviveu aos maus tempos . Queridos irmãos, nesse sentido deve ser promovida a expansão

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dentro do nosso Movimento, como já diziam nossos antepassados: "com rédeas curtas". A nossa casa é o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. As nossas regiões, nossos setores e coordenações são vizinhos de uma mesma comunidade fraterna e solidária. Porém, às vezes, nos preocupamos em aumentar em quantidade sem nos preocuparmos em fazer um reforço do que já existe. Antes de sairmos, ansiosos à procura de expandir o nosso Movimento, vamos fortalecer os seus alicerces, que são as nossas equipes de base, e as nossas vigas mestras, que somos nós os casais equipistas. Equipes enfraquecidas, com a quantidade de casais abaixo do número ideal, com problemas de uma pilotagem inadequada, podem até caminhar, pois a graça de Deus está em toda parte, porém não estão enquadradas dentro do que se propõe no nosso Movimento. As "pinturas externas" só mostrarão o real significado do Movimento, se quem estiver de fora olhar para nossa casa e dizer: "Vejam como eles se amam". As Equipes só sobreviverão às dificuldades se estiverem coesas, com verdadeiro sentido de pertença ao Movimento, praticando e vivendo a ajuda mútua. Portanto, irmãos equipistas por todo o Brasil, sabemos o quanto é gratificante para nós, trazermos para o nosso meio, novos casais. Ficamos ansiosos por servirmos e conseguir concluir as "obra de construção" (experiências comunitárias, pilotagens, etc), para rece13

Vamos sustentar

nossa expansão. Vamos fortalecer nossas equipes àe base. Correção

fraterna, soHàarieàaàe, pertença, fjàeHàaàe, compromisso, fé, oração, formação e acima àe tudo muito amor. bermos em nossas equipes, mais irmãos. Porém, é preciso nos conscientizarmos que, muitas vezes, inchaço é crescimento doentio. Crescer saudável, com qualidade, é a meta de todo o corpo vivo. Como movimento eclesial, somos parte do Corpo Vivo de Deus, a Igreja. Vamos sustentar nossa expansão. Vamos fortalecer nossas equipes de base. Correção fraterna, solidariedade, pertença, fidelidade, compromisso, fé, oração, formação e acima de tudo muito amor, são componentes indispensáveis para colocarmos na "argamassa" de nossa construção. Continuando fiéis ao carisma, estaremos realizando o projeto de Deus, iniciado um dia pelos nossos fundadores. Que Deus nos abençoe, nesta responsabilidade.

Jussara e Daniel Chacon Equipe 3B - João Pessoa, PB


Jubileu de Prata do Movimento em Belo Horizonte No início de 1976, radicaram-se na capital mineira os casais Olga I José Rocha Filho e Zely e José Geraldo Resende, que faziam parte do Movimento em Juiz de Fora. Inspirados pelo Divino Espírito e com o impulso do casal Maria Alice e Adelson, casal da ECIR, que respondia pela Região Minas, lançaram a semente do Movimento das Equipes de Nossa Senhora no solo belo horizontino. Convidaram cerca de 15 casais e fizeram em novembro de 1976 a reunião de informação. No início de 1977, começaram a funcionar duas equipes. Atualmente temos 24 equipes em Belo Horizonte. Em ação de graças por tantos benefícios recebidos durante esses anos, foi celebrada no dia I O de novembro de 200 I, às 18:00 horas, uma missa presidida pelo cardeal Dom Serafim Femandes de Araújo, na Igreja de Nossa Senhora da Divina Providência, em Belo Horizonte, MG.

Falecimentos There;:a Iracema Waeny Pessoa de Mel/o (do Elgo), ocorrido no dia 8 de março de 2001 - Eq. I N. Sra. Rainha do LarSantos, SP Jair Graneiro Porto (da Lucilda). ocorrido no dia 26 de maio de 200I - Eq. 9A- N. Sra. de Lourdcs- Rio Claro. SP Edérgia (do Marco Antônio). ocorrido no dia 05 de junho de 200 I - Eq. 22A- N. Sra. da Ajuda- São Carlos. SP. Maria Helena (do Oswaldo). ocorrido no dia 6 de agosto de 2001 -Equipe 1 - N. Sra. Rainha da Paz- São Paulo. Walter Bruno (da Mariinha), ocorrido no dia 4 de outubro de 200 I - Eq. 2- N. Sra. Aparecida- Valença- Rio de Janeiro. Padre Freddy Servais, ocorrido no dia 7 de outubro de 2001, SCE da Equipe I6 - Belém. PA. Monsenhor Arnaldo Beltrami, ocorrido no dia II de outubro de 200 I - Foi Conselheiro Espiritual da equipe 2 de Brasília. DF

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Novas Equipes • • • •

Jubileu cle Prata cle Equipe

A Equipe 498 - N. Sra. ele Nazaré- Rio de Janeiro. comemorou no dia 19 de novembro de 200 I Jubileu de Prata. Atualmentc estão na Equipe dois casais fundadores: Myriam/Paulo c Lcda/Luiz Victor.

Eq. 9 - Nossa Senhora das Dores - Caçapava - SP Eq. I O- Nossa Senhora Auxiliadora - Caçapava - SP Eq. IOC - N. Sra. da Porta do Céu - Fortaleza, CE Eq. 09A - N. Sra. de Lourdes- Jundiaí - SP Eq. liA- N. Sra. do Sorriso - Jundiaí- SP Eq. II B - Nosa Senhora de Schocnstall (Mãe Peregrina)- Jundiaí- SP

Ordenação Diaconal O dia I O de agosto de 200 I , foi um dia festivo para o Setor "B" de Natal, RN, da Região Nordeste III, porque marcou a ordenação diaconal de Ednaldo Virgilio da Cruz, Conselheiro Espiritual da Equipe 15 - N. Sra. da Rosa Mística. A celebração foi presidida por Dom Heitor de Araújo Sales, na Catedral Metropolitana de Natal. Além da presença em massa da Equipe 15. contamos também com muitos equipistas que foram levar seu abraço ao diácono Ednaldo. Vamos orar por todos os diáconos ordenados neste dia e pelos seminaristas que ainda se preparam para um dia ser nossos pastores.

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Vida Conjugal Beatifica o Primeiro Casa1! O papa João Paulo II beatificou, no dia 22 de outubro de 2001, na Basílica do Vaticano, o primeiro casal da história da Igreja formado pelos cônjuges italianos Luigi Beltrame Quattrocchi (1880-1951) e Maria Corsini (1884-1965). Maria e Luigi Quattrocchi: a dona de casa e o advogado casaram-se em 1905 e construíram uma família. O que os dois fizeram de tão especial para merecer a santidade? "Nada de especial, mas fizeram de forma especial as coisas mais simples", responde padre Tarciso. "O que eu admirava na minha mãe era a força e a coragem diante das dificuldades", diz Enriqueta. Eles começavam o dia participando da Santa Missa e encerravam rezando o rosário. Os irmãos contam que sempre acharam que os pais fossem meio santos. Nas paróquias de Roma, o casal era conhecido por sua bondade e conduta imaculada. O papa João Paulo II tinha um sonho, que era beatificar um casal, marido e mulher, e o Vaticano uma preocupação, a crise na família. Na cerimônia, estiveram presentes três dos quatro filhos dos cônjuges beatificados (a segunda filha, que foi monja, faleceu): monsenhor Tarcisio e o padre

Paolino, que concelebrou com o papa, e Enrichetta. Na homilia, João Paulo II disse que os novos beatos "assumiram com plena responsabilidade a tarefa de colaborar com Deus na procriação, dedicando-se generosamente aos filhos para educá-los, guiá-los, orientá-los no descobrimento de seu desígnio de amor". Luigi e Maria "viveram uma vida ordinária de modo extraordinário. Entre as alegrias e preocupações de família nomwl, souberam viver uma vida extraordinariamente rica de espiritualidade." O milagre - Dr.Gilberto Grossi sofria de uma doença grave, um tipo raro de artrite e quase não andava. Também tinha ferida<; pelo corpo que há anos não cicatrizavam. "Eu nunca tive uma vida de criança. Quando era pequeno, perdi metade dos intestinos. Às vezes eu acordava de noite com o corpo paralisado: só conseguia mexer a cabeça. Quando conheci a fama de santidade do casal Quattrocchi, pedi a eles a graça que queria alcançar. Pedi por minha saúde, para que eu pudesse me formar em medicina e me casar. No ano seguinte, tudo aconteceu: eu já andava sem dificuldade, consegui me formar e me casei. O primeiro sinal de cura l'eio muito rápido: no dia seguinte, as feridas estavam fechadas e nunca mais se abriram".

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Ordenação Sacerdotal Aos cinco dias de agosto de 2001, pela imposição das mãos do Arcebispo Dom Luiz Soares Vieira e do Bispo Auxiliar Dom Mário, na presença de vários presbíteros, familiares, amigos da comunidade e das Equipes de Nossa Senhora, na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Aparecida, foi ordenado Padre Diocesano, o Diácono Flávio Gomes dos Santos. Padre Flávio é um entusiasta das Equipes de Nossa Senhora. Ainda seminarista, assumiu como conselheiro a equipe 3A, dedicando-se com bastante empenho nas orientações àqueles irmãos. É também SCE do nosso setor. Parabéns Padre Flávio! Que Deus Trindade e Maria Santíssima o cumule de santas e copiosas bênçãos na sua caminhada sacerdotal.

Luigi Beltrame Quattrocchi e Maria Corsini

Viveram uma vida

ordinária de modo extraordinário. Entre as ale9rias e preocupações de familia normal,

souberam viver uma vida extraordinariamente rica de

Tereza e Manoel CR Setor A Manaus, AM

espiritualidade.

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Bodas de Ouro de Casal Equipista O casal Nelly e Levaldo Vieira, completaram 50 anos de vida conjugal no dia 23 de junho de 2001 . Pertencem à Eq. 2 N. Sra. das Graças. Iniciaram o Movimento das ENS em Recife, PE em 1980.

No dia 16 de dezembro, completará 50 anos de vida conjugal o casal Nilza e Armando Athayde. Eles fazem parte da Equipe 14 - N. Sra. Rainha da Paz - Sorocaba, SP

Um Retiro Especial Nos dias 22 e 23 de setembro de 2001, aconteceu o primeiro Retiro das Equipes de Nossa Senhora, em Goiânia, GO. A graça de Deus permitiu que tivéssemos como pregador o Padre Manoel Godoy, SCE da Região Centro Oeste II Brasília, DF, que com sabedoria, muito contribuiu para o nosso crescimento. Foram dois dias de orações, momentos de aprofundamento e discernimento da Escuta da Palavra, assim como também, com simplicidade, nos mostrou os vários meios que muito nos ajudarão na nossa caminhada. Esse Retiro veio ao encontro dos nossos anseios. Ficamos muito felizes, pois pudemos perceber que o Movimento está criando raízes aqui em Goiânia. A cada dia, Deus nos presenteia com a amizade de pessoas maravilhosas que também estão em busca de uma espiritualidade conjugal, caminho para um verdadeiro encontro com o Senhor. Lu e Nelson Equipe 1 - Goiânia, GO 18


Equipista é Ordenado Padre Na Carta Mensal de setembro de 200 I , informamos a ordenação presbiteral do diácono Jayme Aguiar Costa. Agora completamos a notícia que nos foi passada. Padre Jayme, médico aposentado, foi casado com Hilda S. Costa durante 24 anos. Não tiveram filhos. Ficou viúvo em 1996. Continuando como equipista. sentiu reacender a chama da vocação sacerdotaL pois na mocidade havia freqüentado o seminário. Além de continuar como Conselheiro Espiritual da equipe de base, padre Jayme acaba de aceitar ser o SCE do Setor B de Campo Grande, MS. É mais um da família equipista que oferece a Deus e a Nossa Senhora a sua vida e serviço para a construção do Reino, com especial carinho às Equipes de Nossa Senhora.

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11 Encontro clos Filhos cle Equipistas em )uncliaf Aconteceu o Encontro com filhos de equipistas de nossa cidade. O tema desse Encontro foi baseado no Evangelho de Mateus 25, 14-29: "Conhecendo meus talentos". O Encontro aconteceu na chácara de um casal equipista, sendo que de manhã tivemos a parte espiritual com reflexões, grupos e dinâmicas. Ao meio-dia, tivemos a santa missa, na capela existente no local, celebrada pelo padre Fernando, Sacerdote Conselheiro Espiritual do Setor A de Jundiaí. Logo após, tivemos a refeição, recreação, confraternização, jogos etc. Pedimos a Deus que nos ajude a continuarmos realizando esses encontros e que nossos filhos perseverem sempre no caminho que Ele preparou para cada um. Vi/ma e João Paulo Eq. 7B - Jundiaí, SP

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ÍNDICE2001

Apresentamos o índice dos artigos publicados pela Carta Mensal durante o ano de 2001. Este índice abrange as edições de número 361 a 369 .

ADOLESCENTES - CRIANÇAS - FILHOS • • • • • • •

Antes que eles Cresçam .................................................. 367-31 Assist. Relig. Adolesc. Priv. Liberdade (Seminário) .............. 368-38 Equipes de Jovens de Nossa Senhora .............................. 367-28 Experiência Marcante, Uma (Saúde do Adolescente) ........ 362-39 Juventude ........................................................................ 369-32 Virgindade em Questão, A .............................................. 368-43 Você pode fazer a Diferença (s/ ensino) ........................... 367-33

ATUALIDADE • •

Amazônia para Todos ..................................................... 363-40 Atrevida e Confiante (s/Oração) ...................................... 368-35

• •

Comunicação: A Graça de Comunicar-se (Oração) ......... 363-35

Comunicação: Programa "Momento da Família" ............. 366-34

Brincando de Deus .......................................................... 368-37


Comunicação: Rede Milícia SAT ....................................... 366-35

Congresso Eucarístico Nacional, 14° ............................... 363-39

Congresso Eucarístico Nacional, 14°- Evento .................. 366-26

Congresso Eucarístico Nacional, 14° - Oração ................. 364-35

Conselho Nocional de Leigos (CNL)

Conselho Nacional de Leigos - 1° Conf. Nacional ...

• • •

• • • • •

• • • • • •

• • • •

365-39 368-30 Cultura da Globalização x Dignidade Humana .............. 362-37 Encontro Nacional Movimentos Eclesiais, 1° ..................... 361-27 Ensino Religioso nas Escolas .... 368-40 Finados (Peo Flávio) ooo o ooo o oo oo oo oooooo oo ooo o oo 368-02 Finados: Direito de Bem Morrer, O ........ 368-26 Finados: Morte e Ressurreição ......................................... 368-25 Igreja Comprometida com os Pobres ............................... 366-28 Lazer em Família ...... 369-34 Manifesto pelo Concórdia e Paz ooooo ooooo oooo ooo ooo oooo368-42 Não Tenho Tempo) .......................................................... 363-44 Onde Está o Rosto de Cristo .............. ............. ................. 364-30 Paz ... onde estás? ............................................................ 369-31 Quando Vamos Entender? .................... ... ................. ... .... 366-30 Ser Igreja no Novo Milênio .............................................. 362-35 Trabalho é Bênção, O o363-25 Vamos Envelhecer? ooooooooo ooooo oo ooooooooo o oooooo o oo366-32 Velhice Sexuado oooooooooooooooooooooooooo 364-28 Vida Conjugal Beatifico 1° Casal ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo 369-16 000000000

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EACRE2001

Região e Pré-Região:• • •

I

362-13 SP Capital I SP Sul 11 I RS I I SC I ..................................... 363-19 SP Centro IV I Minas 11 I Norte I ...................................... 363-16 Nordeste 11

Norte 11 ................................

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ENCONTRO NACIONAL DAS ENS- 2003 •

• 2

Encontro para todos, Um ................................................ 369-03 Vamos pro Frente! oooooo oo o ooooooooooooooooooooo oo oo oo ooooo369-06 000

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ERI •

Ou c in Altum (Fazer-se ao Largo) ..................................... 363-06

Encontro de Santiago 2000 ............................................. 361-07 Encontro de Santiago: Ação de Graças ............................ 361-11 Encontro de Santiago: Depois do Encontro ...................... 361-09

Encontro de Santiago: Sessão de Formação lntern . .......... 362-11

• •

Equipes no Mundo (quantidade de) ................................. 365-11 Fidelidade e Perdão (Pe. Sàrrias) ...................................... 363-09

• •

Lituânia (chegada do Movimento ao País) ........................ 363-1 O Padre Sàrrias e Padre Fleischmann ................................... 365-1 O

Pessoa Humana no Proieto de Deus ................................ 367-16

Pessoa Humana, quem é você? ....................................... 367-18 •

Prioridades no Coração do Movimento ............................ 362-06

• • •

Ser Pessoa ....................................................................... 365-06 Viver a Compaixão .......................................................... 362-09 Viver e Amar como Pessoa ............................................... 365-08

FORMAÇÃO • •

Casal como Revelação da Trindade (Pe. Flávio) ................. 361-23 FÉ, A (encarte) ...................................................................... 364 Matrimônio e Eucaristia (do livro "Ensaios ... ") .................. 368-23

MARIA • •

Árvore que dá bons Frutos, A .......................................... 367-39 Assunção de Nossa Senhora ........................................... 365-40 Caminho de Fé, Um ........................................................ 368-32

Espírito Santo e Maria, O ................................................ 364-15

Mãe da Esperança .......................................................... 369-25

Pessoa de Maria, A .......................................................... 363-04

Roga por nós, Ó Maria ................................................... 362-28

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO •

Dever de Sentar-se .......................................................... 368-33

Dever de Sentar-se: O Abraço ......................................... 364-20

~

3


Escuto do Palavra (Pe. Flávio) ............ .. ............................. 366-02

Escuta da Palavra, A .......................... .............................. 369-30

Meditação ....................................................................... 363-38

• • •

Oração Conjugal, A .......................... .............................. 364-19 PCE: Na Verdade eu não me Esforcei ............................... 365-41 Regro de Vida ................................................................. 363-36 Retiro: Distante, Um (Moués, AM) .................................... 369-09 Retiro: Floresta Amozônico ............................................... 369-1 O Retiro: Pentecostes é Aqui ................................................ 364-17 Retiro: Silêncio .......... .. ..................................................... 362-27

• •

PASTORAL FAMILIAR •

Caridade e Perdão .......................................................... 369-28

Casais em Segunda União .............................................. 365-31

• • • • • • •

Celebrar a Vida a Dois .................................................... 362-30 Cultive a Paz na Família ................................................... 367-41 Decisão é Suo, A (s/ o Vida) ............................................ 365-30 Família, Âncora p/ Superar a Violência ............................ 363-42 Família pela Vidal Drogas, Nãol ......... ............................. 365-33 Filho Adotivo (testemunho) .............................................. 363-28 Graça do Sacramento do Matrimônio, A ......................... 363-30 Mãe: Oração (Pe. Flávio) ................................................. 363-02 Mãe: Palavras poro os Filhos ........................................... 363-27 Matrimônio e os Equipes, O ............................................ 362-32 Namorados (Pe. Flávio) ................................................... 364-02 Namorados: os Dois Formarão uma só Carne .......... ...... 364-03 Pois ................................................................................. 365-04 Pois: Paternidade Responsável .......................................... 365-20 Pais: Por um Filho, por um Pai .......................................... 365-19 Pastoral Familiar: 24° Assembléia Gera l ........................... 361-03 Políticas Familiares ........................................................... 363-23 Preparação p/ Motrimônio - 1° Encontro Nocional .......... 367-37 SOS Família .................................................................... 361-42 Vocação à Santidade, A ................................................... 365-28 Vocação Familiar ............................................................. 369-26 Vocações .................... .................... ................................. 365-27

• • •

• • • • • • • • 4

~


REFLEXÃO •

Cartas ............................................................................. 361-46

Construtor, O ................................................................. 369-39

• •

Conto ............................................................................. 364-34 Dando Sentido à Vida ..................................................... 362-48

Delicadezas ..................................................................... 36 7-48

• •

Eu ................................................................................... 366-47 Grande Graça, A ............................................................ 362-46 Mendigo e a Pedra, O ..................................................... 361-47 Meu Nome é Felic1dade ................................................... 364-33 Pedras Grandes, As ......................................................... 368 .. 48 Sapo Fervido, O .............................................................. 366-46 Sentido da Vida, O .......................................................... 363-46 Ursos, Onças e Morangos ................................. o o.. oo... 366-48 Ver a Rosa ....................................................................... 365-4 7

• •

• • • •

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SUPER-REGIÃO • •

Assembléia da Pastoral Familiar ...................................... 361-03 Colegiada Internacional, Reunião .................................... 366-04

• •

Conversão Pessoal o·•·o····o·········o···················· ............... o.. 362 .. 04 Dois Formarão uma só Carne, Os ............. 364-03

Dom de Deus, Um .. o. •oo•· .............. o• .. o• ........ o.................... 368-04

Encontro das Águas, O ................................................... 367-03

o ••••••••••••••••••••

369-03 Feliz Reunião ···················o··············································· 362-03 Foi Preciso mas ... é Preciso .............. o, ................... o.o ........ 363-03 Guia das Equipes de Nossa Senhora ............................... 368-03

Mensagem de Natal ........................................................ 369-05

Missões ........................................................................... 367-14

Pessoa de Maria, A .......................................................... 363-04

Podemos ter Luz Própria .

Ser Pessoa ....................................................................... 361-05

Ser Pessoa, com muitos Fatos ..

Vocacionados .................................................................. 365-04

• •

Encontro Nacional das ENS- 2003 ··········o···················o··

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TEMPOS DA IGREJA •

Advento: Mais que um Tempo litúrgico ............................. 369-21 Bíblia, A .......................................................................... 366-18 Campanha da Fraternidade 2001 ................................... 361-32

Campanha Fratern.: Droga x Valorização da Vida ........... 361-34

Campanha Fratern.: Oração 2001 .................................. 361-48 •

Campanha Fratern.: Testemunho .................................... 363-32

• •

Comunidade Trinitária, A ................................................ 364-12 Natal, Manjedoura de nossas Alegrias ............................ 369-24

Natal, Prepara o teu ........................................................ 369-23

• •

Palavra e a Vida, A (Sant. Trind.) ...................................... 364-11 Páscoa ............................................................................ 362-20

Páscoa: Um Acontecimento de Salvação .......................... 362-21

Presença do Espírito Santo, A .......................................... 364-1 O Quaresma: Viver bem ..................................................... 361-36 Semana Santa {Pe. Flávio) ................. ............................... 362-02

TESTEMUNHO •

Anjo no meu Caminho, Um ............................................. 366-39 Caridade na sua Forma mais Pura .................................. 369-28 Carinho da Mãe, O ......................................................... 36 7-42 Catequese de Adulto- li Semana Brasileira de ................ 369-35

Confiança no Senhor ...................................................... 362-43

• •

Correr com Fé ................................................................. 361-43 •

Dia Especial e Uma Reunião Diferente, Um ...................... 368-46

• • • • •

Guguinha ....................................................................... 366-40 Milagre de Santo Antônio, Um ........................................ 366-36 Missão de Deus, Uma ..................................................... 366-42 Missões Populares ........................................................... 368-47 Moradores de Rua ........................................................... 365-43 Na Aflição, a Paz ............................................................. 368-45

VIDA NO MOVIMENTO • • 6

Acolhida (Pe. Flávio) ......................................................... 367-02 Ânimo (Silvia e Chico) ...................................................... 365-03

~


Aniversário do Movimento (51 anos) ................................ 363-03

• • •

Arte de Viver em Equipe, A ............................................... 366-1 O Balanço Bom Você Tem, Que ........................................... 368-13 Balanço nas ENS ............................................................. 368-12

• • •

Balanço Patrimonial das ENS (Financeiro) ........................ 365-22 Carta Mensal - Orientação ............................................. 367-20 Casa dos nossos Sonhos, A (ACAF) .......... '....................... 365-1 7

• •

Casal Ligação ................................................................. 361-29 Casal Ligação ................................................................. 366-12

Casal Resp. Equipe- Eleição ............................................ 367-22

Casal Resp. Equipe- Eleição ............................................ 367-23

Colegiada Internacional .................................................. 366-04

• • •

Colegiada Nacional da Super-Região Brasil ..................... 368-07 Correção Fraterna ........................................................... 363-15 Correção Fraterna ........................................................... 367-24

Criação da Coordenação de Vitória, ES ........................... 366-17

Dia do Padre: Célula Mãe ................................................ 365-18

Dia do Padre: Irmão entre Irmãos (Pe. Flávio) ................... 365-02

Dificuldades na Caminhada do Equipista ......................... 364-08

• •

Dom de Deus, Um (D. Nancy) .......................................... 368-04 Encontro das Águas, O (Silvia e Chico) ............................ 367-03

Encontros Provinciais 2000 .............................................. 361-15

Equipistas das Primeiras Horas (D. Nancy) ....................... 363-12

Equipistas que Abandonam o Barco ................................ 368-21

Espírito Santo Envia para onde quer, O ............................ 368-20

Exigência p/ Casais Equipistas ......................................... 364w-07

Expansão Sustentada ...................................................... 369-12

• • • •

Feliz Experiência, Uma (Exp. Comunit.) ............................. 368-18 Gesto Concreto de Amor (Doadores de Sangue) .............. 367-44 Guia das Equipes de Nossa Senhora ............................... 368-03 História de uma Equipe (D. Nancy) .................................. 366-08

Início de Missão- CR Regional ............

ltabuna, BA - Início do Movimento ..................................

Jubileu de Prata de Equipe I Movimento:

n

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369-07

366-22

• Belo Horizonte, BH ...................................................... 369-14 • Criciúma, SC ............................................................... 362-17 7


• Rio de Janeiro: Equipe 47 ............................................. 366-20 • Rio de Janeiro: Equipe 49B ........................................... 369-15 • Sorocaba, SP ............................................................... 362-16 •

Missões ........................................................................... 367-14

Missões: Decálogo do Missionário ................................... 367-35

Mutirão ........................................................................... 366-14

Parábola Equipista ........................................................... 364-06

• •

Pederneiras, SP Quarenta anos de ENS ............................ 361-31 Peregrinação à Aparecida, 15° ........................................ 365-15

Pilotagem ......................................... ............................... 366-13

Presença no Mundo ........................................................ 367-46

Província Norte: Visita da Super-Região ............................ 367-06

Rastros e Pegadas (p/ os mais experientes) ...................... 363-13

Reunião de Equipe (Super-Região) ................................... 362-03

• • • • • • • •

SCE- 1° Encontro- Região Minas 11 ................................ 368-16 Ser Pessoa ....................................................................... 361-05 Ser Pessoa ....................................................................... 362-18 Ser Pessoa ....................................................................... 365-06 Ser Pessoa ....................................................................... 366-06 Ser Pessoa: Canto - Letra e Partitura ................................ 364-26 Ser Pessoa: Conversão Pessoal ........................................ 362-04 Ser Pessoa: Projeto de Vida .............................................. 364-24

Sessão de Formação: • Bahio e Sergipe (Nodeste IV) ........................................ 365-15 • Belém, PA .................................................................... 365-12 • Belém, PA .................................................................... 366-16 • Fortaleza, CE ............................................................... 367-26 • Minas 11 ....................................................................... 365-14 • Rio de Janeiro .............................................................. 365-12 • São Paulo- Centro 11 ................................................... 368-15

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ADVENTO: MAlS QUE

UM TEMPO l1TÚRG1CO

O

Advento é o tempo litúrgico que marca o início do calendário das festas e dias cristãos. A palavra "advento" quer dizer vinda, começo, chegada. Para nós, cristãos, essa vinda é o resultado da ansiosa espera que fazemos daquele que é a plenitude da revelação de Deus: Jesus. Seria impossível encontrar uma palavra para expressar todo o conteúdo do que realmente quer dizer a encarnação de nosso Deus na história. Não é à toa que o advento, pelo seu significado, marca o início de um novo ano litúrgico. Esse sentido de celebrar, de tornar presente o memorial do Cristo, é o que chamamos de liturgia. Santo Efrém nos diz: Ele disse que viria, mas não declarou o momento e por isso as gerações e todos os

séculos o esperam ardentemente. Essa espera é que dá sentido à nossa liturgia, ou seja, celebrar, fazer a memória de Jesus Cristo é atualizar, é fazer presente a cada dia o mistério divino na história. O tempo e o espaço, como realidades humanas, são os lugares da manifestação do mistério. O advento é, assim, o início deste tempo no decurso anual; ele é, assim, o começo de um ciclo que nos remete à realidade divina, e não apenas humana. Isso se chama kairós - um tempo em que não medimos cronologicamente como num relógio, mas que vivenciamos seja num instante, seja horas a fio. Este início de ano litúrgico que, se dá com o advento, marca o início de uma nova vida junto de Deus; por


isso o advento é caracterizado como um tempo de penitência, de conversão: todos os que esperam o Messias devem se propor uma vida diferente, uma vida que tenha como único caminho, o Cristo. Assim, advento não quer dizer somente vinda, chegada ou início, mas quer significar a conversão, pois os filhos que esperam a chegada de seu Salvador não o podem aguardar como se aguarda um ônibus, mas devemos estar preparados, ou, como nos diz o Evangelho de São Mateus, na parábola das dez virgens: "vigiai, portanto, pois não sabeis o dia nem a hora" (Mt 25,13). Sendo o advento um início e, para nós cristãos, início da redenção, seu significado se estende para a vida da fé. A vivência do mistério celebrado leva os fiéis a adentrarem o mistério de Cristo e participarem de sua vida. Isso requer perseverança, catequese, continuidade no tempo. Advento, então, quer dizer também catequese, ou seja, uma formação permanente que se inicia ao se iniciar o tempo da presença do redentor. É importante saber que este tempo de advento tem dois significados muito profundos. Ao dizermos que o advento é o tempo da vinda, da espera, da chegada, do início, falamos de dois significados: o primeiro é o advento natalício - o nascimento de Deus na história, Jesus que se . manifesta em nossa carne; o segundo é o advento escatológico- o tempo da espera da 2• vinda de Cristo, a manifestação da glória e da majestade de Deus no final dos tem-

pos. Todo o segundo tempo nós celebramos do início do advento até o dia 16 de dezembro como forma de preparação, de catequese, de conversão pelo Cristo que voltará. O primeiro tempo, o advento natalício, celebramos entre os dias 17 e 24 de dezembro, já próximos da celebração do Natal, fazendo memória da encarnação, do Cristo que assume a condição humana. A vinda de Cristo é o clamor que conclui o livro do Apocalipse: Maranatha : Vem, Senhor Jesus (Ap 22,20). Essa vinda é a vinda na encarnação, é a vinda no final dos tempos e é a vinda na celebração do memorial. É por isso que a vinda de Cristo não é apenas uma circunstância do ano litúrgico, mas tem incidência direta na vida atual dos fiéis. É o advento que nos abre o caminho para a concretização do reino de Deus na história, é o tempo propício de revisão pessoal e eclesial, pois nos preparamos para o Noivo, o Senhor Jesus. É também um forte momento mariano, pois é por meio de Maria que a encarnação se toma realidade. Por isso, mais que um tempo litúrgico, mais que um simples vocábulo, o advento é o tempo que nos faz comprometer com Deus por meio de nosso testemunho, é o tempo que nos leva a um outro tempo: o tempo divino.

Pe. Fernando Rocha Sapaterro SCE- Eq. 14

N. Sra. do Carmo Santo André, SP 22


PREPARA TEU NATAL

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quatro primeiras semanas o ano litúrgico são um temo de preparação para a festa do Natal. Esse tempo é chamado Advento- vinda, chegada. Um tempo que predomina nas ações litúrgicas do tempo do Advento, é penitência. Ninguém se assuste com a palavra penitência! A liturgia da Igreja quando emprega o termo penitência em suas orações e textos sagrados, apenas quer nos convidar para uma mudança de vida, de mentalidade e de conduta. Numa palavra, quer nos convidar à conversão. Converter-se não significa apenas mudar de caminho, tomar novo rumo, arrepender-se de faltas cometidas por medo de castigos. Antes de mais nada, significa, principalmente para os cristãos, mudança interior, do coração; significa dar a Deus uma resposta de amor ao amor com que ele sempre nos amou e nos ama. No antigo testamento, penitência tinha o sentido de mudar de caminho, acertar o passo, retomar; significava também deixar um erro, abandonar um vício, corrigir-se de uma falha para não ser castigado. Os profetas do antigo testamento não cessavam de falar ao povo de Israel dos castigos de Deus, que poderiam vir sobre eles, se não se convertessem. Em suas pregações predominavam a ameaça e o medo. João Batista não foi menos cáustico em suas pregações. Dizia a todos: "Convertei-vos de vossos

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pecados". Cristo foi a mais estupenda manifestação do amor de Deus aos homens. Ele também falou da necessidade da penitência, só que num sentido mais profundo, de volta para o amor. Basta lembrar a parábola do filho pródigo. O pródigo voltou atrás, para a casa do pai. Voltou, pelo fato de ver-se na miséria e abandonado pelos falsos amigos, mas, sobretudo, pelo fato de lembrar-se do amor do pai, e por crer que o pai ainda o amava. Foi assim que ele disse em seu coração: "pai,

pequei contra o céu e contra ti". Foi recebido com um amor que, além de perdoar, faz festa. Faz bem lembrar as palavras de Cristo: "Há maior alegria no céu

por um pecador que se converte do que por 99 justos que lá estão". Era imensa a alegria dos miraculados do Evangelho quando Cristo, além de curá-los de seus males físicos, dizia a cada um deles: "Os

teus pecados te são perdoados". Faz pensar o caso de Zaqueu. Ele se converteu. E, em conseqüência de ter se convertido, devolveu tudo que tinha roubado e parte dos bens que lhe sobraram entregou aos pobres. Eis aí um caso típico de conversão sincera! Na verdade, quem se converte sente-se levado a fazer obras de amor. Prepare-se assim para o Natal!

Pe. Orlando Gambi, C.Ss.R. do Jornal "Santuário" de Aparecida, SP


NATAL, MANJEDOURA DE NOSSAS ALEGRIAS

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atai é sempre tempo de redescobrir as alegrias, de colher os frutos de um ano vivido com a presença do amor de Deus em nossas vidas. É perceber o amor gerado em atitudes e realizações de projetas. É constatar que os nossos esforços em buscar a santidade nos revelam os mistérios de que a humildade é terreno preferido de Deus, para que o seu Filho nasça em nossos corações. E para nós equipistas, este foi um ano diferente. Um ano que possibilitou-nos ir ao encontro do nosso eu, conhecer o nosso interior, buscar as luzes e dissipar as sombras. Não foi muito fácil, olhar para dentro é ato de coragem, desnudamento e perseverança. Mas, os instrumentos que Deus utiliza é de alta precisão. "O Senhor fez em mim maravilhas", nos dá a dimensão da obra suprema criada por Deus e que por egoísmo tentamos negá-la. Os PCE bem vividos só poderão ser coroados com nossa conversão diária. Como é gratificante a lição da mudança de vida operada pela graça de Deus! Ela nos aponta nossas capacidades para fazer brotar vida, discernir novas leituras da realidade, novas luzes e novos propósitos. Descobrir-nos como pessoa única, querida e amada, trouxe-nos grandes responsabilidades; nossos gestos de amor, de partilha e de solidariedade são o nascimento do Menino Jesus na vida do nosso cônjuge, no cora-

ção dos filhos e de nosso próximo. Foram tantos momentos fortes este ano, frutos do estudo e da vivência do tema! Hoje, podemos encarar nossas dificuldades e nossos esforços com mais suavidade, pois, a consciência de que Deus deposita confiança em nós, de que é só nos entregarmos como instrumento e a obra será realizada. Pudemos nos sentir como luzeiros quando fomos testemunhar nossa vida conjugal às 60 moças de 18 a 25 anos, num encontro de igreja. A repercussão da possibilidade de viver um matrimônio feliz, foi muito marcante. Nos depoimentos, ficou muito forte o encantamento delas em conhecer as maravilhas do Sacramento do Matrimônio e poder celebrá-lo no dia a dia. Muitas brincaram: "Eu. quero um Messias para mim" e, assim descobrimos o verdadeiro sentido do Natal. É este Menino Jesus do matrimônio que nós equipistas temos de levar ao mundo, à Igreja. Fomos testemunhas também de casais equipistas sendo preparados para receberem o sacramento da Confirmação, depois de vários anos de casados. É imensa a alegria de como equipistas, sentindo-nos amados por Ele e partilhando nossas riquezas, podermos fazer o Natal acontecer!

Vera e Messias Equipe lA - N. Sra. do Amor Varginha, MG 24


MARlA, MÃE DA ESPERANÇA!

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este início de milênio, guardamos muitas esperanças em nosso coração! Esperamos por um mundo melhor, onde a paz, a harmonia, a alegria e a justiça reinem. Esperamos tudo isso e muito mais, como se, pelo simples fato de mudança de milênio, tudo isso pudesse acontecer... É nesse momento da história da humanidade e da nossa própria história pessoal, que devemos parar e refletir sobre tudo o que esperamos. Certamente enfrentaremos dificuldades e sofrimentos nesse novo tempo, mas é exatamente nesse momento que devemos olhar para Maria e para sua vida. Como Abraão, ela esperou contra toda esperança, confiou sempre no impossível, pois acreditou no poder de Deus que, do nada, tudo criou. Como todo o povo de Israel, Maria esperava o Salvador sem imaginar que seria seu ventre a primeira morada do filho de Deus. Nós também esperamos o Salvador. Esperamos a ação do Senhor em nossa vida, mas, muitas vezes, não sabemos esperar o tempo dele. Queremos que Ele aja em nosso tempo e ao nosso modo. Maria, porém nos ensina a esperar na paz interior, na confiança, colocando-se ao nosso lado nesse tempo de espera. Ela é a mãe dos aflitos e seu 25

coração é abrigo para os fracos e abatidos. Ela, que experimentou também a dor, não se deixando envolver pelo abatimento, mesmo sem compreender os caminhos de Deus, ajuda-nos a olhar para o Senhor e nele confiar. Maria é a Mãe da esperança num mundo onde a esperança e a fé estão quase se apagando. Por isso, se nesse momento nos sentimos pobres, fracos e sem esperança, roguemos a nossa amada Mãe: "Ó Maria olha para mim, este pobre e fraco filho teu . Trago em meu coração dores, angústias, temores, pois me sinto impotente diante das situações de minha vida. Em alguns momentos sinto minha fé esmorecer e até não sei mais como rezar, e pedir... Mas tu és minha Mãe, e porque neste mundo também experimentaste o sofrimento, podes compreender o que sinto agora. Vem, Mãe e Senhora, ajudar-me a enfrentar as dificuldades de cada dia, na paz e na confiança da ação de Deus. Ajuda-me a compreender que tudo concorre para o meu bem, mesmo nas dificuldades e tribulações. Ensina-me a enxergar além das aparências e descobrir em tudo o amor de Deus por mim. Mãe da esperança, roga por mim. Amém!"

Rosa Maria F. A. Aguirre (Extraído da revista "Brasil Cristão - RCC")


VOCAÇÃO FAMlllAR

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sejo partilhar com vocês, ma visão da vocação à vida arniliar, destacando os atributos fundamentais desse chamado de Deus feito a todos. A vocação, quando entendida no sentido cristão, é um chamado de Deus, uma proposta que Deus, com muito amor, dirige a todo ser humano, através do diálogo, da comunicação. Deus chama, convida, convoca, interpela. Ora, todo chamado, pede uma resposta. É onde entramos nós com nossa liberdade de dizer sim ou não ao chamado de Deus. Mas como é que se dá este apelo de Deus em nossa vida? Somos primeiramente chamados à vida. Deus nos chama à viver. E isto é um gesto sublime de salvação. Deus nos convida a sair do nada em que estávamos para entrar para a vida, para a história. Quer salvação maior que esta? Quer proposta mais interessante que essa? Deus chama a gente para um momento novo de vida. A vida é a grande novidade. A novidade fundamentaL Mas Deus não nos chama a qualquer vida. Deus nos chama à vida humana. Somos chamados a viver como seres humanos. Pessoas, somo chamados a ser. E pessoa é relação, é comunhão. Somos chamados a viver com os outros no mundo. Que salto de qualidade no chamado de Deus, não? A vida das plantas e dos animais carecem deste "mais" vida que a vida humana pos-

sui. Por que Deus quis assim! Vivendo com os outros no mundo, nós somos chamados a vi ver humanamente de uma forma especial. Segundo um modelo específico. Seguindo um paradigma eterno. Criados à imagem e semelhança de Deus, somos chamados, espelhando-nos na Santíssima Trindade - a melhor comunidade -a assumirmos a vida comum com características bem próprias: aquelas reveladas pela segunda pessoa da Santíssima Trindade, o filho encarnado, Jesus Cristo. Assim, somos chamados a ser cristãos. E todos nós sabemos o que isso significa. Sabemos? Viver a vida como cristãos é procurar viver como Jesus Cristo viveu, assumindo a sua liberdade de filho de Deus e o seu desprendimento diante das realidades terrestres. Jesus foi um homem livre e nenhuma estrutura humana o prendia. Nem mesmo a sua farru1ia. Não existe nada mais sublime que a vida familiar. É na família que se desenvolve a alteridade. É no seio de uma farm1ia que nós descobrimos quem somos. O amor da mãe e do pai é fundamental para o desenvolvimento da criança. A família é, a sim, o habitat natural e seguro para o crescimento sadio de uma pessoa. É, portanto, o lugar privilegiado de resposta ao chamado de Deus - à vida, a ser pessoa. Mas, a família não pode deixarse atrair por esta imagem tão boni26


ta de si mesma e, como Narciso, ficar olhado só para si. Isto não a levará a lugar algum e não deixará que se desenvolva em seu seio a plenitude da vocação humana que é, para nós, ter a vida mais plena em Cristo Jesus. Esta vida em Cristo aponta para aquilo que é realmente último e definitivo em nossa vida. Para o único absoluto de nossa existência. A vida em Cristo aponta para Deus - o Deus de Jesus Cristo, o Deus Jesus Cristo, o Deus em Jesus Cristo. Aponta para o Pai -princípio de tudo, de onde viemos e para onde voltamos. Aponta para o Filho - alfa e ômega, em quem nos movemos, respiramos e somos. Aponta para o Espírito - luz a nos mostrar o que devemos falar e pensar, de acordo com a vontade do Pai. Aponta para a Trindade, o grande outro, o Deus em nós. Aponta para o Reino da Trindade: de comunhão, de amor, de união, de intercessão, de intercâmbio, de comunicação, de abertura. A vida plena em Cristo, começa na família. Deus escolheu a farm1ia de Nazaré para entrar na humanidade. Mas, vai além dela. "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que fa zem a vontade de meu Pai, que está no céu" (Me 3, 35), disse Jesus. E disse também "Se alguém vem a mim e não me prefere a seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo" (Lc 14, 26). 27

A farm1ia não é fim em si mesma. Ela é meio, é lugar privilegiado de vivência da vocação, mas, como meio, aponta para um fim, é passagem, é caminho para algo que está além dela. Ser farm1ia é responder ao chamado de Deus para valorizar a vida humana, na união dos corações e corpos. Ser farm1ia é ser comunidade, é ser com os outros no mundo, ajudando na formação do eu de cada ser humano. Ser família é responder ao chamado de Deus a ajudar cada ser humano a desenvolver suas potencialidades, tendo como meta a vida plena. Ser farm1ia é capacitar os seres humanos a ser mais, a compreender que somos feitos para participar ativamente da construção do Reino de Deus entre nós. O reino da grande farm1ia, da grande comunidade, que tem um único Pai. O Reino de Deus, único verdadeiro e absoluto objetivo da nossa caminhada aqui na terra. Ser família é ser "mais que demais", como dizem nossas crianças, desde que entendamos o seu verdadeiro significado de sementeira de homens e mulheres novos para um mundo novo. Homens e mulheres fraternos e abertos à realidade que se processa para além dos limites de um lar e, sem perder sua identidade e vocação, alcança o infinito em vôos suaves e seguros. Vôos de eternidade. Que o Deus que nos chama e convida a participar do seu Reino,


Deus brilhando, em nossa resposta consciente ao chamado de Deus.

nos ensine também a compreender o real valor da família e nos inspire ações concretas em defesa do verdadeiro sentido da vocação familiar, para que os nossos apegos e afetos desordenados não nos impeçam de enxergar a luz por traz dos muros, de ver a glória e o esplendor de

Padre Beto SCE Equipe 7 e 9 Salvador, BA (de "A Boa Nova" ENS - Salvador)

CARlDADE E PERDAO

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ntre seus princípios fundamentais estão a cooperação mútua e a aprendizagem da doação sem espera de contra-partida ou retorno. Aquele que quer ser o maior tem que se fazer menor. Aquele que quer ser grande, deve ser o que mais serve. Aquele que quer ter posição privilegiada, deve ser o que mais valoriza e honra as pessoas desprezadas. Onde vemos um modelo social como esse? Nem os socialistas, no ápice de seus pensamentos, sonharam com uma sociedade tão solidária. O ser humano ama ser servido e reconhecido pelos outros. Ama estar acima de seus pares, aprecia o brilho social. Não apenas a solidariedade, a capacidade de se doar, de cooperar, de considerar as necessidades do outro, deveriam regular as relações humanas, mas também o sentimen-

to mais nobre da tolerância. A tolerância é uma das características mais sofisticadas e difíceis de se incorporar à personalidade. É mais fácil adquirir cultura do que aprender a ser tolerante. Uma pessoa tolerante é compreensiva, aberta e paciente. Já o intolerante é rígido, implacável, tanto com os outros, como consigo mesmo. É prazeroso conviver com uma pessoa tolerante, mas é angustiante conviver com uma pessoa rígida, excessivamente crítica. Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Com essas palavras Cristo atingiu os limites mais altos e ao mesmo tempo mais impensáveis do amor, da tolerância e do respeito humano. Como é possível amar os inimigos? Quem tem estrutura emocional para isso? Como é possível amar alguém que nos frustrou, decepcionou, falou injustamente de nós? Al-

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gumas pessoas nem conseguem amar a si mesmas, pois não têm o mínimo de auto-estima, vivem se destruindo com sentimentos de culpa e inferioridade. Outras amam seus amigos, mas com uma emoção frágil e sem raízes, pois ao menor sinal de frustração elas os excluem de suas vidas. Mas existem outras que têm uma emoção mais rica e estável e constróem amizades duradouras que suportam os invernos existenciais. Todavia, são incapazes de amar alguém além do seu círculo de amizades. Se não poucas vezes vosso amor é condicional, instável e exclusivista, como é possível amar os inimigos? Nenhum humanista chegou a tal ambição. Provavelmente ninguém que proclamou a necessidade de preservar os direitos humanos foi tão longe quanto Cristo, estabelecendo um padrão de relacionamento tão alto como o que ele propôs. Se tivéssemos a capacidade de amar as pessoas que nos frustram, prestaríamos um grande favor a nós mesmos. Deixaríamos de ficar angustiados por elas e as veríamos sob 29

outra perspectiva, não mais como inimigos. Diminuiríamos os níveis de "stress". O diálogo, o respeito e a solidariedade floresceriam como um jardim. A compreensão do comportamento do outro seria mais nobre. Que técnicas de p icologia poderiam nos arrebatar para tal qualidade de vida se, freqüentemente, queremos que o mundo gravite primeiro em torno de nossas necessidades para depois considerarmos a necessidade dos outros? Cristo viveu a arte do perdão. Perdoou quando ofendido, quando rejeitado, quando incompreendido, quando ferido, quando zombado, quando injustiçado; perdoou até quando estava morrendo na cruz. No ápice da sua dor disse "Pai perdoaos, eles nãos sabem o que fazem". Que cada um de nós saiba não somente "escutar" os ensinamentos da Palavra, mas acima de tudo colocá-la em prática.

Úrsula e Paulo Barsi Equipe 16A - N. Sra. Mãe de Deus Fortaleza, CE


A ESCUTA DA PAlAVRA Escutar com assiduidade a Palavra de Deus 'f.\ Palavra de Deus é viva e eficaz". (Hb 4, 12)

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eus fala aos homens porque Ele os ama. Quer estabelecer com eles, com cada um deles, uma relação de amor, uma relação de pessoa a pessoa. Ele fala para se fazer conhecer por eles, para lhes revelar o seu grande projeto de amor; para lhes comunicar seus pensamentos, sua vontade em relação a eles; para lhes propor sua Aliança. Deus fala pelas Escrituras, pela Criação, pelas suas intervenções na história humana, pelos profetas e, sobretudo, por seu filho Jesus. A escuta regular da Palavra permite aos equipistas, não somente conhecer a Deus, mas, acima de tudo, enraizar-se melhor no Evangelho. Essa escuta faz com que cada pessoa do casal entre em contato direto com a pessoa do Cristo. Esse contato pessoal é o pilar de toda a vida espiritual pois "A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo". (João Paulo II) A Palavra criadora de Deus é sempre uma fonte indispensável de motivação e de energia para o nosso crescimento pessoal, para o nosso crescimento como casal e para a construção de um mundo melhor. É por isso que as Equipes de Nossa Senhora convidam cada um a ouvir, quotidianamente, a palavra de Deus, reservando um tempo para ler uma passagem da Bíblia, em particular os Evangelhos, e refletir sobre essa passagem, em silêncio, para melhor compreender o que Deus fala através das Escrituras.

Fonte: Guia das Equipes de Nossa Senhora 30


PAZ... PAZ... ONDE ESTÁS?

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Paz ... ela está no meu caminho, na minha rua, na minha casa, na minha cidade, na minha equipe, na minha fanu1ia, no meu próximo. Ela está na minha vida, na minha alma ... ela está dentro de mim, porque Deus está em mim ... e só Deus é paz. · Se queremos encontrar a tão sonhada paz, busquemos descobrir o Deus que está soterrado sob os escombros do nosso orgulho, do nosso egoísmo, do nosso desamor. Se o encontrarmos ... encontraremos a tão procurada e ambicionada paz.

o mundo conturbado em que vivemos, cheio de conflitos, de guerras e desavenças, já no Novo Milênio, deveríamos estar conscientizados sobre a importância e a necessidade de se ter a tão almejada paz com a qual sonhamos. Há séculos, apregoa-se a fraternidade, o amor, a compreensão, a tolerância, a justiça e a paz, em todos os recantos deste mundo de meu Deus. Mas, como definir ou encontrar a paz? Para mim, a paz está no azul do céu, na nuvem branca que corre e dança no infinito, no vôo do pássaro que baila no espaço ... A paz está nos vales, na relva, no canto dos riachos, na chuva mansa que cai suavemente sobre a minha janela. Encontro a paz na orquestra dos pássaros, no sorriso inocente e puro da criança, na face enrugada do velhinho que perambula pelas ruas, no sonho dos jovens, no afeto e na segurança das mães. Ela está no riso e na dor, no barulho e no silêncio, no trabalho árduo do operário, na luta incansável do professor, na oração contrita de cada irmão, no semblante triste do menino de rua, no suspiro do jovem aidético, no rosto triste da criança sem pai.. .

Rosemary e lvanildo Equipe 10- Lages, SC

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JUVENTUDE

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stou sempre em contato com jovens de diferentes realidades. Este relacionamento faz bem para a pessoa do padre e também para os jovens. Tenho, nestes anos, observado a juventude, seus traços, suas contradições, desilusões e esperanças. Com o intuito de ajudar todos que atuam junto aos jovens nas comunidades em diferentes áreas pastorais como a catequese, a pastoral da juventude, a animação vocacional e também todos os pais preocupados com a educação e desenvolvimento dos filhos e demais educadores, resolvi passar para o papel, de forma simples, espontânea e em nada sistemática, minha visão panorâmica sobre os jovens da atualidade. Tomei como referencial o jovem da classe média, cada vez menos média, ficando para outro momento as considerações sobre a juventude da elite e aquela maioria excluída que vive nas favelas ... A juventude é filha do seu tempo. Recebe as influências boas ou negativas da época que estamos vivendo. Não podemos esperar dos jovens de hoje os mesmos sentimentos, reações e atitudes daqueles da década de setenta que preocupavam os mHitares, ou ainda os "cara pintada" que exigiam a renúncia do presidente da República. Os rapazes e moças de hoje conservam a generosidade no serviço aos carentes quando são motivados pelo pároco ou qualquer outra lide-

rança. São disponíveis para ajudar nas campanhas de solidariedade em prol dos excluídos, flagelados das enchentes ou das secas ... Gostam de participar dos grupos ou movimentos e estão abertos para os temas relacionados à religião, à sexualidade, às drogas, à pornografia, entre outros. São tolerantes diante de alguns problemas familiares como o alcoolismo do pai, o stress da mãe, o irmão viciado nas drogas, as dificuldades econômicas, a falta de trabalho, a luta pela vaga na universidade ... Crescem em meio a ambientes familiares fragmentados sem o vigor dos tempos passados. Não é fácil ser jovem. O futuro é incerto, há muita insegurança, cobrança e pressão da sociedade, da farru1ia e do próprio jovem. Eles recebem diariamente uma enorme quantidade de informações e nem sequer têm tempo ou possibilidade de assimilar. A mídia, onde os jovens aparecem com freqüência nas publicidades, nas novelas e filmes, impressiona e manipula a juventude. Ela promove o consumismo, exibe cenas pornográficas e relativiza os valores humanos e cristãos. A religião dos pais nem sempre é a mesma dos filhos. Recentemente, um rapaz me disse que sua avó é católica, sua mãe é espírita, tem uma irmã ligada ao grupo da renovação carismática, outra pentecostal e seu pai não pratica nenhuma religião. Ele mesmo se decla32


rava católico não praticante. Percebe-se a "salada" e a multiplicidade de idéias religiosas que circulam em nossa sociedade afetando diretamente os jovens. O momento presente da história, é o único reconhecido e valorizado pelos jovens. Eles buscam viver intensamente as emoções do momento presente, ignorando ou desconhecendo o passado e as lutas familiares. Diante da insegurança e da falta de horizontes, os jovens também evitam considerar ou pensar no futuro. Estão carentes de sonhos e esperanças, concentrando toda atenção ao aqui e agora da caminhada. Alguns slogans que eram fortes para os jovens do passado como a "libertação" e a luta pela "justiça social" foram esquecidos. O jovem atual busca garantir apenas sua liberdade pessoal ou individual deixando de lado as lutas coletivas ou comunitárias. Outra realidade que se percebe neste vôo panorâmico sobre a juventude, é a luta pela sobrevivência pessoal ou familiar. A falta de emprego e a competição pelas vagas universitárias, entre outras causas não menos complexas, levam os jovens a buscar, sem muitas ambições, algum lugar na sociedade. Não optam pela profissão que gostariam, mas por aquela que se apresenta ao alcance das próprias e reduzidas possibilidades. A necessidade econômica condiciona a opção vocacional. Paralelamente à luta pela sobrevivência e as dificuldades financeiras das fa-

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Ill11ias, está a iniciação sexual precoce. A vida sexual começa cada vez mais cedo e quase sempre sem nenhuma orientação dos educadores e pais. A ausência de ideais, a falta de valores e a carência de modelos em quem realmente possam se espelhar fazem do jovem da atualidade um verdadeiro mártir. É complicado ser jovem saudável numa realidade violenta, com tantos traficantes oferecendo drogas ou ameaçando em cada esquina da vida. Considera-se também a tendência natural dos jovens para tudo que é excitante como a velocidade, as drogas ou até mesmo o simples curtir de músicas em alto volume. Nota-se ainda uma variação de atitude do jovem quando está sozinho ou em grupos. Geralmente, sozinhos são mais tranqüilos e serenos. Em grupo, tendem à violência, sentem-se protegidos e poderosos, chegando, às vezes, à formação de gangues. A realidade conflitiva e complexa exige de todos uma dilatação da paciência, uma abertura para o diálogo, a capacidade de escutar e, sobretudo, um amor muito grande da parte dos educadores, dos pais e da Igreja. O jovem de hoje, precisa sentir-se amado e querido. Estou convencido, que é mais pelo coração do que pela razão, que devemos nos aproximar deles, amando, ajudando os jovens, caminhando com eles, para que consigam assumir as rédeas da história.

Pe. Gilson Luiz Maia, RCJ, SCE - Equipe 25 - Brasl1ia, DF


lAZER EM FAMÍllA "É possível fazer das férias uma oportunidade inesquecível de convivência e construção da unidade em família".

Queridos irmãos, encontrem tempo para este prazer. Em estudo sobre relacionamento familiar, a psicóloga Suely Campazzo faz a seguinte abordagem: na era dos avanços tecnológicos e da busca desenfreada do "prazer" e do "sucesso pessoal", fala-se muito do "eu" e quase nunca do "nós". Num mundo onde se afirma que já não existem fronteiras e que o futuro já chegou, a solidão assalta a todos de maneira implacável. No corre-corre diário os membros da fanu1ia já não se encontram. Vale a pena parar e refletir um pouco sobre o "espírito de família", clima de fraternidade e amor que envolve o ser humano e impede que ele seja vítima da modernidade. O espírito de farru1ia consegue, antes de tudo, que todos os seus membros permaneçam determinada parte do tempo juntos, participando ativamente da vida familiar, seja nas tarefas domésticas, comendo, rezando, rindo, brincando, ou até mesmo passeando, mas tudo sempre em perfeita harmonia. É pensando nisto que queremos lembrar que este período, geralmen-

te destinado a férias, pode criar oportunidades para desenvolver e fortalecer a convivência em família. Período mais prolongado de lazer que pode ser preparado, planejado para que satisfaça todos em suas expectativas, proporcionando atividades que venham romper a rotina e levar a ver lugares e encontrar pessoas diferentes. É também uma ocasião para um maior contato com a natureza e um bom motivo para despertar o respeito por tudo aquilo que Deus criou e colocou à disposição do homem. Assim as férias podem se transformar em ocasião de aprofundamento, de uma busca conjunta em família, de como estar mais perto de Deus. Ou, de como servir melhor aos outros, dividindo atribuições, discutindo algum assunto, observando um fato, enfim, unidos alegremente e em liberdade. Isto é buscar prazer! Boas férias!

Anna Maria e Manoel CR Setor B - Região Rio I (do Boletim "ComunicAção B" -Rio de Janeiro) 34


II SEMANA BRASllElRA DE CATEQUESE DE ADUlTOS alizou-se em ITAICI, na ciade de Indaiatuba, SP, nos ias 08 a 12 de outubro de 2001 a 2a Semana Brasileira de Catequese, promovida pela Dimensão Bíblico-Catequética da CNBB, sendo Bispo responsável, Dom Francisco J avier Hernandez Amedo, OAR. O Tema: "Com Adultos, Catequese Adulta" desafia a centrar forças na ação evangelizadora e catequética, visando, sobretudo os adultos, e o Lema: "Crescer rumo à maturidade de Cristo" (Ef 4,13). Os objetivos buscados: "descobrir caminhos para a Catequese e Formação Permanente de Adultos, que os ajudem a viver o compromisso com Jesus e sua proposta, numa Igreja de comunhão e participação". Representando as Equipes de Nossa Senhora, nós Rosinha e Anésio, participamos deste evento, atendendo ao convite feito pelo Casal Responsável pela Super-Região, Silvia e Chico. Na chegada, a expectativa: Alguém conhecido? Quem seriam os participantes? Recepção acolhedora por pessoas que víamos pela primeira vez. Que alívio, quando a irmã Ercília, que foi Conselheira de Equipe em Itumbiara, GO, nos entregou as chaves do quarto, reservado para o único casal, num universo de 455 pessoas.

A cada momento sentfamos a alegria de sermos reconhecidos como equipistas. Uma semana de convivência, foi suficiente para podermos divulgar nosso Movimento.

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No primeiro momento de nossa chegada, até as apresentações, éramos como as demais pessoas representantes de algumas Dioceses do Regional Sul I. Na manhã do dia seguinte, estávamos vestidos "a caráter" com as camisetas das ENS e assim fomos sendo identificados como representantes de um Movimento de casais, até então desconhecido pela grande maioria presente naquele Encontro. O primeiro grupo que participamos (separados), foi a grande oportunidade, quando chegou a nossa vez de falarmos do Movimento que estávamos representando e do trabalho que seus membros realizam nas pastorais, serviços e ministérios, principalmente na catequese. Falamos como as ENS preparam seus casais para essas lideranças com sua metodologia e organização, dizendo dos temas que pós-Santiago propôs para estudo: SER PESSOA, SER CASAL e CASAL MISSIONÁRIO. Os participantes dos nossos grupos não conheciam o nosso Movimento. Alguns já tinham ouvido falar, mas como grupos de casais que se reuniam mais socialmente e que nunca tinham visto equipistas de Nossa Senhora nas comunidades paroquiais. Nos grupos ficamos separados, pois escolhemos temas diferentes para estudos; Rosinha: "Catequese para adultos e afastados" e Anésio: "Catequese com adultos e Bíblia " . Por causa da nossa presença como casal, tanto no auditório ou-

vindo as conferências, como na capela, refeitório, sempre vestindo as camisetas das ENS, fomos sendo identificados por muitos Sacerdotes Conselheiros Espirituais presentes no Encontro. A cada momento sentíamos a alegria de sermos reconhecidos como equipistas. Uma semana de convivência, foi suficiente para podermos divulgar nosso Movimento. V árias pessoas se mostraram interessadas e receberam de nós as informações necessárias para saber onde existem as nossas Equipes. Para o Bispo de Coxim, MS, passamos o telefone do CR Regional, pois, está muito interessado em iniciar o Movimento em sua Diocese. Já conhecia as ENS desde quando era sacerdote, pois tinha sido SCE de equipe. Se vestir a camiseta é divulgar as ENS, por que não fazer esta divulgação enquanto trabalhamos nas nossas comunidades? As atividades da 2a SBC foram marcadas por um intenso clima litúrgico, de muita oração e dócil escuta da Palavra do Senhor na Bíblia, que foi o texto por excelência da catequese. Este Encontro contou com a participação de 16 Bispos, 106 Padres, 118 religiosas/os, 212leigos/as, 1 diácono e 2 seminaristas.

Rosinha e Anésio. Equipe lA N. Sra Mãe Imaculada. São José do Rio Preto, SP 36


A CARlDADE NA SUA FORMA MAlS PURA

H

á pouco tempo, fiquei sabendo que uma equipista (que já havia saído de nossa equipe há uns 9 anos), havia extirpado um rim, no início do ano, para combater um câncer. Mas, essa doença, traiçoeira como é, apesar dos exames não mais mostrarem sinal dela, surgiu no pulmão por metástase. Iniciou-se então o tratamento com quimioterapia e imunoterapia, com todos as conseqüências que os mesmos acarretam no organismo da pessoa. A esta altura, eu já havia retomado contato com ela, Géssia, e me mantinha informada dos acontecimentos. Soube então que o oncologista lhe havia comunicado que iria interromper o tratamento, pois os efeitos do mesmo a estavam enfraquecendo muito e, inclusive, prejudicando o seu coração. Ao mesmo tempo, disse-lhe que havia um medicamento experimental sendo desenvolvido em Porto Alegre e que ele faria contato com o Hospital das Clínicas da cidade e agendaria uma consulta para ela. Ao saber disso, procurei me comunicar com o Casal Regional de Porto Alegre, Graciete e Avelino. Foi com o marido que falei. Expliquei o que estava havendo e pedi um suporte, uma ajuda, para quando ela fosse para lá, acompanhada da filha Heloísa. Avelino, recebeu a minha solicitação com a maior naturalidade, tal 37

como se fosse algo corriqueiro na sua vida diária. Disse-me apenas "a gente dá um jeito; só me informe o número do vôo, data e hora de chegada e o nome das duas". E pronto! Lá estava esse casal maravilhoso no aeroporto, às 23:30h (!), com uma placa nas mãos, com os nomes das duas e levando-as direto para sua casa. Não permitiram que fossem para nenhum hotel; hospedaram-nas carinhosamente; levaram-nas a conhecer a cidade; acompanharam as duas ao médico e esperaram a consulta terminar; mostraram-lhes um santuário da cidade e até acabaram levando-as a conhecer o sacerdote de sua equipe. E ainda por cima, elasreceberam uma bênção especial de saúde dada pelo mesmo padre. No mesmo dia, à noite, já de posse do medicamento fornecido pelo Hospital, retomaram para Itu. Logo no 4° dia do tratamento, ela já começou a sentir uma certa melhora e em mais alguns dias, começou a ganhar peso. O motivo de eu estar lhes enviando este testemunho, é reafirmar a caridade na sua forma mais pura que existe entre nós, equipistas de Nossa Senhora.

Carmen Lucy (do Sérgio) Eq. 13- N. Sra. de Fátima Itu, SP


O Casamento: 7 respostas Xavier Lacroix • Editora Santuário

Como aceitar ligar sua vida, toda a sua vida, a qualquer um por melhor ou pior que seja? O amor não é o suficiente? O casamento na Igreja e no civil é verdadeiramente útil? Muitos casais se perguntam: "Se casamos porque nos amamos, por que casamos? Por que se casar se é para divorciar-se alguns anos mais tarde? A viagem que Xavier Lacroix empreende através de "O casamento... ". leva em conta as experiências e as dúvidas dos casais hoje: os que escolheram coabitar, os que enfrentam crises, que se questionam sobre a finalidade do casamento. Mais do que se contentar em apontar normas, o autor conta a história do casamento, fala sobre a origem das aspirações contemporâneas, sobre as chances e os riscos de uma união fundada no amor. Para ele, o casamento é uma formidável

aposta no outro e em Deus: ele não subjuga, ele une. O laço que deve unir um homem e uma mulher é mais profundo que o amor, e o amor é por si mais forte que o sentimento. Xavier Lacroix é diretor do Instituto de Ciências da Família em Lyon. Membro do Conselho Nacional de Pastoral Familiar da Igreja Católica. No Encontro Internacional de Santiago de Compostela proferiu a conferência "O Nó de Três Fios", publicada na íntegra na Carta Mensal de dezembro/2000.

Pastoral Familiar na Paróquia Guia de Implantação

Subsídio importante para a implantação da Pastoral Familiar na Paróquia, o GIPFP foi concebido e estruturado para ser elemento de valiosa ajuda ao Agente de Pastoral em seu trabalho de evangelização. Reúne condições e recursos para se desenvolver um trabalho importante de valorização e promoção da família na paróquia. Como adquiri-lo: Setor Fanu1ia e Vida - CNBB Av. L2 Sul, quadra 606, lote 42 Brasília DF - cep 70 200- 660 Telefone: (61) 443 2900 Fax: (61) 443 4999 e-mail família@cnbb.org.br

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O CONSTRUTOR

C

onta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fa zendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda vida, trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro. Durante anos, eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poder atravessá-lo e desfrutar da companhia um do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu bater em sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão. - Estou procurando trabalho - disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar. -Sim! -disse o fazendeiroclaro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Está ven39

do aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta, ao longo do rio, para que eu não precise mais vê-lo. - Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que o deixará satisfeito. Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente


Agora, construa

você a sua ponte. Desfaça antigas

desavenças. Só ndo esqueça: "Vá de braços abertos".

durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia, quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: - Você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei. No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante, permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte. O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas, quando o irmão que o contratou pediulhe, emocionado: - Espere! Fique conosco mais alguns dias. E o carpinteiro respondeu: - Eu adoraria ficar, mas tenho muitas outras pontes para construir. Agora, construa você a sua ponte. Desfaça antigas desavenças. Só não esqueça: "Vá de braços abertos".

Beth e Scalzo Eq. 3 - N. Sra. da Glória Belo Horizonte, MG 40


Meditando em Equipe Natal é a oportunidade que a Liturgia da Igreja nos oferece para agradecermos a misericórdia de nosso Deus. Sem mérito nosso, o Pai enviou seu Filho para nos salvar. Somos um povo amado por Deus. É preciso celebrar esse acontecimento com alegria e fé. Testemunhemos, com nossa família, este conteúdo do Natal de Jesus.

Meditemos um pouco Leitura : Mateus 1, 18-25

Ne1te1l de Jesus é um mistério de fé Comente o gesto de fé de Maria na Anunciação (Lc 1, 26-38) . Comente o gesto de fé de José, no texto acima . Celebrar o Natal é manifestar alegremente a nossa fé no plano amoroso do Pai .

Ore1ção litúrqice1 (da Carta a Tito)

A bondade de Deus se manifestou a todos nós. Ele manifestou o seu amor por nós, não por mérito nosso, mas por sua grande misericórdia. A graça salvadora de nosso Deus não foi dada só para alguns, mas para toda a humanidade. A bondade de nosso Deus nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas. Ela nos leva a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade.

É Jesus que se entregou por nós e nos resgatou de toda a iniqüidade. Ele purificou para si um povo que lhe pertence e que deve ser zeloso em praticar o bem . Ele nos faz caminhar na feliz esperança da manifestação da glória de nosso grande Deus e Senhor. Padre Ernani


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Super-Região Brasil - Composição Província

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Sul li

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380

2.222

218

Sul III

06

31

306

1.651

218

Totais

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199

2.171

13.035

1.477

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade ConJugal

R. LUis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - ~P Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 E-mail: secretanado@ens.org.br • cartarnensal@ens org br Home page: www ens org.br

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