ENS - Carta Mensal 372 - Maio/2002

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n ° 372 • Maio I 2002

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ..... .. ........ 17

EDITORIAL

Da Carta Mensal .................... ....... .... 01 MARIA E JOSÉ SUPER-REGIÃO

Nossa Senhora na Vida da Família ... 19

02 Padre Flavio SCE Mais um 13 de Maio .. ....... .... ........... 03

São José, Operário, um Homem de Bem ........ ... ... .. ......... 21

Ser Casal é ... Saber Dialogar ......... ... 04 DIA DO TRABALHO

Mãos Amigas Inseparáveis ........ ....... 23

CORREIO DA ERI

Sinais e Presença do Amor de Deus no Mundo ...... .. ......... 06 Juntar-se àqueles que estão à beira do caminho ..... .. .. .. .... . 09 Notícias Internacionais ..... .. .. ............ 1 O

REFLEXÃO

Assembléia na Carpintaria .... ........... 24

Especial: Encctrte VIDA NO MOVIMENTO

Encontro Nacional de Brasília ....... .. . 13

EACRE

2002

Jubileu de Prata de Equipe .............. 16

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Errata:

A foto da capa da Carta Men sal do mês de abril 2002 , refere-se à cidade de Nova Petrópolis, RS .

Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Edição: Equipe da Carta Men sal Cecília e José Carlos (responsáveis) Wilma e Orlando Soely e Luiz Augusto Lttcinda e Marco

Janete e Nélio Pe. Ernani J. Angelini (cons. espiritual) Jomalista Respon sável: C(ll/zerine E. Nadas (m<b 19835) Editoração Eletrônica, Fotolilos e 1/ustrações: Nova Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres, 93 1 - SP Fone: (Oxxll) 3873. 1956

Projeto Gráfico : Alessandra Carignani F oto de Capa: José Ca rlos Sales S. José Operário Santuário N. Sra. Mãe de Deus, Porto Alegre, RS Impressão: Gráfica Benjica Tiragem desta edição: 15.500 exemplares

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas f>ara:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar · conj. 53 0 1309-000 • São Paulo · SP Fone: (Oxx /1 ) 3256. 1212 Fax: (Oxx li) 3257.3599 cartamensal @ens. org. br

A/C Cecília e José Carlos


Queridos irmãos equipistas! Aqui estamos nós, ainda cheios de emoção pelos EACRES de que participamos, contagiados pela força, pelo entusiasmo e pela vibração dos casais equipistas, os "maduros" e os jovens, de todas as partes de nosso país. Imaginem que nosso Movimento é de uma tal grandeza que precisamos fazer um encarte especial nesta edição da nossa Carta, pois não poderíamos perder, de maneira nenhuma, os testemunhos de nossos irmãos . Através deles, aqueles que não estiveram presentes poderão sentir pulsar, de uma maneira vibrante o coração generoso das Equipes de Nossa Senhora. Para vocês terem uma idéia, temos aqui alguns dados: foram realizados 44 EACREs, envolvendo mais de 2200 Casais Responsáveis, aproximadamente 700 Casais Ligação e 500 Conselheiros Espirituais, num total de mais ou menos 6300 pessoas. Vejam quantas cidades, com nomes pouco conhecidos por nós, muitas delas pequenas ... Mas também aí, nesse terreno fértil, foi lançada a semente boa do nosso Movimento e aí também sentimos a unidade que o caracteriza. Mais uma razão para que comemoremos, neste mês, com maior satisfação ainda, os 52 anos da implantação das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Queridos Casais Responsáveis, que vocês possam passar para as suas equipes, com o mesmo calor e entusiasmo, tudo aquilo que tiveram a graça de receber e que sintam durante todo este ano a força desse encontro como um estímulo no seu trabalho de doação e amor. Mas na Carta temos muito mais ainda, como, por exemplo, a homenagem a São José, operário (nossa capa neste mês de maio), o homem discreto e bom, que "superou o mistério com a tranqüilidade de sua fé". Não percam também a oportunidade de conhecer, através do Correio da ERI, o maravilhoso casal italiano Carlo e Maria Carla Volpini, que, na Equipe Responsável Internacional, anima as Equipes Satélites, isto é, as equipes que ajudam, na reflexão, a Equipe Responsável Internacional". São 5 equipes nas quais temos dois casais do Brasil, Helene e Peter, de São Paulo (equipe "A missão na Igreja e no mundo") e Graça e Eduardo, de Porto Alegre (equipe "Formação dos equipistas"). Finalizando, gostaríamos de deixar para todas as mães, no mês em que são especialmente lembradas, uma palavra de carinho e agradecimento. Mulher coragem e ternura, mulher firmeza e doçura, fragilidade e ousadia, riso cheio de alegria que enche o mundo de luz, que Deus a abençoe e ampare em todos os momentos de sua missão de mãe. Com um grande abraço,

Equipe da Carta Mensal


Prezados casais equipistas e conselheiros espirituais.

Mês de maio, não se pode fugir ao assunto Maria e mães. E Maria de José encarna em si o melhor que podemos pensar sobre as mães e o melhor do que podemos encontrar em todas as mães. Maria amou intensamente e na medida desse amor foi sua maternidade. Primeiro o dar à luz o Filho de Deus, na mais total entrega, na mais completa confiança, na mais sublime renúncia a todos os planos que podia ter, na alegria tanto mais surpreendente quanto mais esperada. Depois, sendo virgem foi mãe, sendo mãe de um único filho tem filhos e filhas mais numerosos que as estrelas do céu e os grãos de areia do mar. Nada que•- - . . rendo e, em tudo aceitando os planos do Senhor, fez-se totalmente pobre, no vazio completo que a abria à plenitude que só do alto pode vir. Tu mulher, minha irmã, auxílio à nossa medida vindo de Deus (Gn 2, 18), és mãe, plenamente mãe, sabendo amar e assumindo as conseqüências todas do amor, da fecundidade que é sempre morrer um pouco para dar muita vida. És mãe seguindo os passos de Maria de José, prenunciada no amor de todas as mães desde as origens dos tempos. És mãe, tendo unicamente o amor por anjo anunciador e guia, que te leva pela mão, por entre névoas e raramente à luz, pelas estradas todas da montanha, de Belém, do Egito, de Caná e do Calvário, pelas estradas sem volta do sim. És mãe de filhos e ftlhas, muitos ou poucos não 2

importa, que dizes teus, mesmo sabendo que nasceram para serem de si mesmos, tomando rumos que não esperas, fazendo-te aprender que amor é mais doação que posse. Tu, também, mulher, minha irmã, segundo as palavras do Cristo, és bem-aventurada porque, sendo mãe, inevitavelmente terás de ser pobre e mansa, muitas vezes haverás de chorar, viverás sempre faminta de justiça e bondade, serás capaz de compreender e perdoar sempre, e aos poucos terás o coração purificado, descobrindo e fazendo florir a paz. Não posso esquecer-me de ti, mulher minha irmã, que não recebeste a bênção dos filhos da carne, ou a ela renunciaste por amor também, e soubeste abrir-te para os filhos do coração, numa fecundidade não menos abençoada e gratificante. Penso em ti, mãe de tantos adotivos, de tantos órfãos, de tantos alunos, de tantos enfermos e idosos, de tantos abandonados, para os quais em ti Deus se manifesta. És também bemaventurada, ainda que menos lembrada, na tua pobreza mansa, nas lágrimas que não precisarias chorar, na tua ânsia de fazer um mundo melhor, no perdão compreensivo que ofereces, na pureza que nasce da renúncia, da paz fartamente semeada. Maria de José, hoje lembro apenas que és mãe. Mãe, mulher minha irmã, hoje me lembras um pouco Maria de José.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr CM 372


MAlS UM 1 3 DE MAlO Olá, gente amiga! em cada ocasião da vida equipista. Há quem não goste de fazer aniÉ hora de celebrar os dias, ou que versário, mas é pouca gente. sejam as horas, ou que sejam os Há quem goste, faz festa, mas minutos, em que cada um, como faz questão de esconder a idade. casal, se encontrou consigo na verHá quem comemore, mas não dade e aí descobriu um lampejo real vibra com o presente (não a coisa, do amor de Deus em nossas vidas mas o tempo presente) e fica so- limitadas e tão frágeis. nhando com aquele dos 20 anos: É hora de fazer memória, ou seja, aquele tempo sim, era bom! fazer novamente presente o entusiasHá quem pare e pense apreensi- mo, a apaixonante busca dos que desvo: este ano passou muito depressa cobriram nas Equipes de Nossa Senhoe eu não saí do lugar. ra um imenso tesouro, e para conseguiHá quem fique contando o que lo se dispuseram a tudo, sem restrições. falta, como se pudesse adivinhar o É hora de se alegrar, pois que, em futuro. Há quem olhe para as flores mais um aniversário, nos foi descolhidas na existência, há os que pre- cortinada a beleza da espiritualidade ferem lembrar as pedras encontradas. conjugal, foi-nos revelado o segredo de Enfim, o tempo não pára de rodar penetrar na alma do cônjuge e dizer: e, neste 13 de maio, nosso Movimen- "você é o sentido da minha vida, o cato comemora seus 52 anos de exis- minho que me conduz ao Criador; obritência no Brasil. Tirando os poucos gado por partilhar a vida comigo". que não gostam, é hora de festejar, de Por estes 52 anos das ENS no Bracelebrar, de comemorar, de alegrar- sil, pelo bem derramado em nossos se, de dizer a Deus muito obrigado. casais e espalhado pelo testemunho e É hora de festejar se nós, como pelas obras ao mundo faminto e semembros deste Movimento, come- dento de razões autênticas de alegria e çamos a perceber que a nossa vida paz, pelo privilégio de tantos Conselheide casal teve um sentido novo, dife- ros Espirituais a nos orientar, é hora de rente, duradouro. agradecer ao Senhor, que continua a É hora de festejar se nós come- operar suas maravilhas no coração dos çamos a perceber que nunca esti- que se deixam por Ele guiar. vemos sozinhos, e que uma graça O aniversário é de todos nós. especial de Deus nos iluminou em Quem souber aproveitar tudo o que cada momento difícil da inter-rela- o Movimento das ENS pode nos dar, ção do amor humano, e que cora- será um feliz aniversariante! ções amigos e irmãos estiveram Com nosso carinhoso abraço, atentos a estimular nosso crescimento ou a nos amparar em nossos Silvia e Chico fracassos, em cada reunião mensal, CR- Super-Região Brasil CM 372

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Palavra do Provincial

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SER CASAL É... SABER DlALOGAR

Este ano nós membros das Equipes de Nossa Senhora, somos convidados a nos interrogarmos e a discernirmos sobre o que fazer, como casais, para assumir o controle de nossa própria história de amor, não deixando morrer nossos sonhos e nossos ideais, como casal cristão. Motivados pelo tema n° 2, Ser Casal, que propõe um itinerário de questionamentos e de reflexão, seremos conduzidos a uma conversão do coração, para respondermos às necessidades da Igreja e que encontramos a justificativa bído mundo atual. Hoje, estamos frente a uma cri- blica para praticar o Diálogo Conjuse do matrimônio e da fanu1ia. Como gal acompanhado de um verdadeiro casais equipistas devemos ser roteiro para facilitar a prática deste exemplo, na vivência desse amor Ponto Concreto de Esforço. É tamconjugal, dando testemunho do va- bém de Padre Caffarel a recomenlor do sacramento do matrimônio, dação à prática do Dever de Senmostrando que, como casal e como tar-se, hoje, no século das velocidacristãos, devemos ser coerentes en- des vertiginosas. O diálogo conjugal deve ser um tre nossa fé e vida. Encontraremos subsídios para tempo reservado para a conversa a esta vivência em nossa própria equi- dois, desde os primeiros tempos de pe, que é uma pequena comunidade casamento, já que isto contribui para cristã, que encontra seu fundamen- um melhor conhecimento, para a to na caridade e no esforço para vi- construção do amor, e parece ser ver o amor que cristo viveu por seu um dos ingredientes mais importanPai e pelos homens, nos fortalecen- tes na preparação para a terceira do na vivência dos Pontos Concre- idade conjugal. Ao se casar, um homem entrega tos de Esforço, especialmente nasua própria liberdade a uma mulher e queles vividos em casal: Oração e vice-versa. Esse gesto de entrega, Diálogo Conjugal. aproxima-os do próprio Deus que tamUm número especial da Carta bém se entrega de modo livre, total e Mensal publicado em 1945, falava definitivo a eles. Pois, fazem a opção ricamente sobre o Dever de Senpela vida conjugal, modificando seu tar-se e foi no Editorial desta Carta relacionamento com os amigos, coMensal, escrito por Padre Caffarel, 4

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nhecidos e parentes, buscando então a salvação, um através do outro. Durante a caminhada o casal sofre alguns desgastes e também, muitos enriquecimentos. É isso que constrói a sua história. Daí a importância do exame de consciência a dois, sobre alguns passos dessa história, buscando relembrar o que foi que o atraiu no outro, para manter sempre vivo o amor. Esta caminhada é uma conquista permanente e quem, por acaso, se cansar nessa busca, já desistiu de amar. É importante examinar se Deus entrou nessa história de amor, de que modo, e se Ele ainda nela permanece. O casal deve estar atento aos obstáculos que surgem nessa caminhada. As maiores ameaças ao casamento são: as críticas ásperas dirigidas ao cônjuge, o desprezo, a postura sempre na defensiva e o fechamento em si mesmo. Tais atitudes levam ao isolamento de um ou dos dois, criando uma tensão que toma inviável qualquer diálogo. Xavier Lacroix, (em sua palestra proferida em Santiago de Compostela -2000- O Nó de Três Fios) também faz um alerta sobre a necessidade do diálogo na vida conjugal ao dizer que: "é necessário aos casais saber dizer sim, mas também ter a arte de saber dizer não. Saber pedir e saber dar a conhecer ao outro os seus desejos, as suas aspirações, as suas decepções, sem que isso pareça um queixume, uma censura ou uma acusação". lluminados e inspirados pelo tema deste ano, possamos, portanto, enriquecer ainda mais nossa conjugaCM 372

lidade permitindo-nos, mensalmente, reservar um momento privilegiado, passado calmamente juntos, marido e mulher, para eliminar as causas de desunião e para construir o próprio lar sob o olhar e ajuda de Deus. Que tal começar agora? Façam um exame de consciência, e exercitem o prazer do dialogo. Não existe para isto nenhuma receita. Cada casal, através da prática de dialogar, vai encontrando e construído seus próprios caminhos. Mesmo assim, algumas dicas e sugestões sempre ajudam a dar um sabor especial. Pensando nisso, aqui vai a nossa sugestão: • Iniciar sempre com a leitura da Palavra; • Fazer uma reflexão seguida de oração; • Dialogar fazendo questionamentos sobre a vida conjugal, espiritual, econômica, social, os filhos, seu engajamento na Igreja e a participação no Movimento; • Concluir, propondo a partir dessa reflexão, uma regra de vida que possa contribuir para o fortalecimento do amor e harmonia conjugal. Ao final, agradecer a Deus por tudo que receberam nessa caminhada e fazer juntos uma oração de agradecimento. Vivam verdadeiramente o sacramento do matrimônio, procurem repartir os dons recebidos, pois assim, certamente, estaremos contribuindo para um mundo melhor.

Rita e José Adolfo CR Província Centro-Oeste 5


S1NA1S E PRESENÇA DO AMOR DE DEUS NO MUNDO Desejo de infinito Nossa condição humana, nossa consciência de finitude nos leva a viver no perpétuo desejo de atingir uma plenitude de vida, de preencher o vazio do que nos falta no mais profundo de nosso ser, de nos aproximarmos do infinito que, nós bem sabemos, existe. Temos um desejo imenso de infinito que só Deus, infinito e eterno, pode transformar em realidade. O cotidiano, com todas as obrigações em nível da farru1ia, do trabalho, do social nos devora e faz com que nossos dias passem muito depressa mas, além de tudo, experimentamos sempre, como seres humanos, o desejo de procurar o sentido profundo das coisas, de buscar esse Deus que é o único que pode dar uma significação a tudo. O de-

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sejo de Deus se transforma em fome e sede: fome de palavras e fome de silêncio. As palavras, para tentar conhecer e compreender; o silêncio, para buscar no mais profundo de nós mesmos, a identidade de seu rosto. Uma busca que pode durar toda uma vida, até que descubramos que Deus se revela a nós por meio das coisas mais humanas, mais próximas, mais simples, justamente naquilo que jamais pensaríamos descobrir sua divindade.

Os lugares do encontro: ausência, busca, presença A vida é alimentada pela esperança, e nossa esperança mais forte é conhecer e encontrar nosso Deus. Mas podemos, de fato, encontrar Deus? Nós, que pertence-

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mos ao mundo humano, podemos conter em nós o "infinito"? Podemos, como criaturas que somos, pensar em compreender o Criador? A ausência: a distância infinita entre o homem e Deus aparece como um vazio que não se pode preencher e, entretanto, nessa ausência, podemos viver a experiência de Deus. Os discípulos de Emaús compreenderam que haviam encontrado o Cristo somente quando Ele já estava longe e havia desaparecido no horizonte. É, às vezes, uma simples reflexão posterior sobre os acontecimentos da vida, que nos permite compreender que em determinado momento encontramos o Cristo. Mas, também, quando, com simplicidade, queremos, de todo o coração, encontrar Deus, nossa invocação e nossa prece tornam possível a experiência do encontro. A oração é, com efeito, a experiência profunda de uma ausência que se torna presença. A busca: procurar alguém significa pôr-se a caminho, sair de sua casa e de si mesmo para ir em busca daquele que se deseja encontrar; é se pôr na situação de ser encontrado. A cultura do consumo pode nos conduzir à tentação de um desejo de Deus que deve ser realizado na mesma hora, mas, para que um desejo continue vivo, ele deve ser alimentado, nutrido, cultivado; desejar demanda tempo, disciplina, espera. Engajar-se numa constante busca de Deus, como nosso Movimento nos recomenda, através de seu método, torna-se o lugar do encontro, pois Deus está sempre além, CM 372

jamais atingido e requer nosso êxodo permanente. A presença: hoje, é a própria fé que nos chama a uma tomada de consciência bem diferente daquela que tínhamos antigamente; hoje, a busca de Deus significa procurá-lo no rosto do outro; a Palavra de Deus "é o rosto do outro", como falou Emanuel Lévinas; sobre esse rosto, o Senhor nos coloca perguntas, interrogações, reflexões ... e espera respostas. A Palavra de Deus se torna letra morta se ela não passar de caracteres impressos num papel, mesmo que se trate de um livro sagrado como a Bíblia; ela se torna, ao contrário, poderosa e salvadora para cada um de nós e para a humanidade, se for alimentada por olhares que trocamos, por gestos que partilhamos, por escolhas que fazemos. Longo é o caminho que o homem deve percorrer para que possa compreender que Deus, Criador do Universo e Pai do homem, não está fora da história, não habita os céus longínquos, mas está em cada canto da terra. Ele não se apresenta como um ídolo, tão afastado de nós que não dá para sentir sua presença. Não é um Deus que deve ser adorado nas igrejas, mas um Deus que se manifesta a nós, todos os dias, no sorriso de uma criança que dorme, tranqüilamente, nos braços de sua mãe, e nas lágrimas de desespero de uma outra criança, faminta, que mesmo o carinho da mãe não consegue consolar; na ternura de dois jovens que, de mãos dadas, buscam juntos o caminho de um futuro 7


comum e no jovem que morre de overdose, sozinho e marginalizado; no olhar cúmplice e profundo de um homem e de uma mulher que se amam e no olhar sombrio daquele que vive o fim de seus projetos de amor; na pessoa idosa que exprime sabedoria e disponibilidade para aqueles que o cercam e no velho bêbado, cambaleando na noite e arrastando, pelas ruas, a sua solidão. O rosto de Deus é o outro e, é no outro, que eu posso contemplar, buscar, encontrar, abandonar, recusar ou acolher Deus. O rosto do outro me analisa, me observa, me interroga, me chama a uma plenitude de humanidade, onde posso encontrar o sentido da vida e o significado da fé. O rosto do outro é o lugar profético aberto a todas as possibilidades, onde posso sentir os pequenos e os grandes

acontecimentos da História, os pequenos e os grandes sinais do Reino de Deus que se aproxima. O rosto do outro me é ofertado como um lugar de humanidade onde buscar a presença e a Palavra de Deus, onde posso contemplar e responder com a grande profecia da gratuidade de amor de que somos capazes. Deus não tem um rosto só, pois Ele tem o rosto da humanidade inteira. Ele não está num lugar determinado, pois habita o universo que criou. Ele não possui um nome só, pois seu nome é o nome da esperança que se toma promessa fiel de todos os nossos desejos. Ele não tem começo nem fim, Ele não é de uma determinada época, pois é o Eterno; Ele não nasce nem morre, pois permanece na vida.

Carlo e Maria Carla Volpini

Quem somos nós? Nós somos um casal italiano. Moramos em Roma, bem à sombra da Cúpula da Basílica de São Pedro e somos casados há 30 anos. Maria Carla é professora de grafologia na Faculdade de Psicologia, onde trabalha, principalmente, com o período da adolescência. Carlo é conselheiro financeiro. Giuliano e Gabriele, que adotamos em I 978 e que têm hoje 25 e 24 anos, têm sido o mais belo dom da nossa realidade de casal. Outro grande dom foi a descoberta das Equipes de Nossa Senhora. Entramos no Movimento com dois meses de casados e ele tem sido o fio condutor de nossa vida, acompanhando-nos na nossa caminhada conjugal sem impedir que vivêssemos outras belas experiências sociais, religiosas, políticas. Nas Equipes de Nossa Senhora, exercemos já vários tipos de serviço, e cada um deles, foi fonte de riqueza e de alegria. Hoje, depois que deixamos a responsabilidade da Super-Região Itália, começamos uma nova aventura: ser, na Equipe Responsável Internacional, o casal que anima as Equipes Satélites, isto é, as equipes que ajudam a reflexão da Equipe Responsável Internacional. Agradecemos ao Senhor por mais essa oportunidade de crescimento, agradecemos também a todos vocês equipistas, por sua presença e porque são vocês que dão sentido ao nosso novo serviço.

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Pa1avra do Conse1heiro

JUNTAR-SE ÀQUELES QUE ESTÃO À BElRA DO CAMlNHO Maravilhoso segredo do casal: dois seres por mais que estejam unidos pela vida em comum, não se desenvolvem verdadeiramente se não se abrirem a outros seres. Os esposos acolhem as crianças que lhes são dadas no seu amor; e nós sabemos que somente encontrarão toda a sua vitalidade se forem capazes de partilhar também sua felicidade além do seu círculo íntimo. Conhecemos a samaritana do Evangelho: ela soube olhar para a beira do caminho. Casais das Equipes, quantas vezes vocês já foram chamados para ver, para ir ao encontro, para valorizar aqueles que encontram à beira de seu caminho? Se, pela graça de Deus, vocês avançarem na vida pelo caminho certo, ou, pelo menos, sem muitos obstáculos, terão tempo para lançar um olhar à direita ou à esquerda. E poderão parar por um instante para ir ao encontro dos feridos pela vida. Entre aqueles com quem vocês convivem no seu dia a dia, alguns são pessoas feridas no seu amor: eles perderam a coragem. Não reconhecem mais a fonte inesgotável do amor infinito com que Deus os ama e se afastam um do outro. Outros, são feridos na sua saúde física, no seu dinamismo psíquico. Alguns sofrem por não poderem ter filhos, ou se deixam dominar pela angústia quando seus filhos se desenvolvem de uma maneira indesejada. CM 372

Outros, se debatem numa pobreza material manifesta ou escondida. Outros ainda, perdem de vista os fundamentos da esperança ou não podem mais se apoiar na fé. Cada um de vocês - feliz ou infeliz -pode colocar rostos e nomes nas linhas da lista acima e mesmo ter uma visão ainda mais ampla dos problemas. Não devemos recuar porque, às vezes, não é fácil ir realmente ao encontro daqueles que chamamos os feridos pela vida. Ver, em todo o ser humano, um irmão ou uma irmã, ouvir sua voz ou aquilo que a pessoa pode expressar, estender a mão quando for preciso, abrir sua porta e, muitas vezes, simplesmente estar presente ... Não é essa, justamente, a vocação do casal que reflete a Aliança de amor do Cristo com a humanidade? Não seria essa, a maneira mais certa de ser casal cristão na Igreja e no mundo? Vocês sabem muito bem que o "bom samaritano" é a figura do próprio Cristo, Ele que está presente na sua vida de casal e que os torna capazes de amar além das possibilidades humanas. Vocês sabem ainda que o "ferido à beira do caminho", é também o Cristo, que se reconhece no menor de nossos irmãos. Que vocês não passem por Ele, sem notar a sua presença no caminho que percorrem!

François Fleischmann 9


NOTfClAS lNTERNAClONAlS O guia das Equipes de Nossa Senhora

GUIA DAS EQUIPES

DE NOSSA SENHORA

rem se engajar nelas, no seguimento de Cristo. Esse documento é um excelente instrumento para melhor conhecer as Equipes de Nossa Senhora e explicar o que elas significam, sem o perigo de errar. É um texto de referência único para o nosso Movimento. Todos os equipistas deveriam possuir o Guia das Equipes de Nossa Senhora. •••

Encontro dos Responsáveis Roma 2003 Desde 1995, a Equipe Responsável e o Colégio Internacional se dedicaram à redação de um Guia das Equipes de Nossa Senhora. Esse documento, que se apoia na Carta das Equipes (Estatutos), na "Segunda Inspiração", no "O que é uma Equipe de Nossa?" e no conjunto de textos fundadores de nosso Movimento é uma síntese explicativa do que são as Equipes de Nossa Senhora. Depois de uma introdução que lembra o começo das Equipes, como foram recebidas e que nos descreve a ação do Pe. Caffarel e dos primeiros casais, para discernir os sinais dos tempos, o Guia retoma os Estatutos e sua razão de ser, explica qual é o espírito das Equipes de Nossa Senhora, quais as suas propostas e descreve os meios que o Movimento dá aos casais que que1o

Por ocasião da reunião, em Houston, em julho do ano passado, o Colégio Internacional decidiu convidar, em janeiro de 2003, todos os Responsáveis das Regiões, das Super-Regiões do mundo e seus conselheiros espirituais, para um encontro excepcional em Roma. Essa importante reunião, que se situa a meio caminho entre dois encontros internacionais, permitirá fazer um balanço sobre a situação das Equipes de Nossa Senhora em todo o mundo, sobre sua evolução espiritual e, também, fazer um discernimento sobre as orientações do Movimento a partir de 2006. O Papa nos convida a navegar para alto-mar. Todos os responsáveis de super-regiões e de regiões, CM372


os conselheiros espirituais e a Equipe Internacional serão chamados a refletir sobre a maneira pela qual nosso Movimento responderá ao apelo feito pelo Papa, no Jubileu do ano 2000. Será também um tempo forte de oração e de partilha entre todos os países do mundo e uma ocasião de celebrar o centésimo aniversário do nascimento de nosso fundador, o padre Caffarel.

O conjunto do Movimento está, portanto, fazendo uma reflexão sobre o casal cristão casado no começo deste terceiro milênio, reflexão essa que deve nos levar a atos concretos, individuais ou coletivos (nas paróquias, nas dioceses, nas comunidades de base) e contribuir para mudar o nosso mundo, pois a reflexão intelectual, mesmo conduzida dentro de um espírito de oração, sozinha, não é suficiente.

... Tema "Ser Casal"

Uma grande parte das equipes do mundo aderiu à orientação decidida pelo Movimento: "Ser casal cristão na Igreja e no mundo". Alguns países estão começando o estudo do primeiro tema, "Ser pessoa". Outros, como a Bélgica, a Espanha e também o Brasil, estudam este ano o tema "Ser casal". A equipe Internacional está terminando a redação do terceiro tema "Ser casal cristão casado na Igreja e no mundo". CM 372

"Homem e mulher Ele os criou" - Reflexão cristã sobre a sexualidade A partir da pesquisa e da reflexão sobre a sexualidade, conduzidas pelas Equipes de Nossa Senhora, em 1991 e da síntese apresentada após o Encontro de Fátima, em 1994, o Colégio Internacional acaba de publicar um tema de estudo sobre o homem, a mulher e a sexualidade. Inscrevendo-se na perspectiva da salvação, esse tema propõe a cada casal redescobrir maravilhado que, desde a origem, Deus uniu num mesmo ato, ao mesmo tempo, a expressão do amor do homem e da mulher e o poder de dar a vida. Pelo estudo desse tema, que pode ser largamente promulgado fora do Movimento, cada um é convidado a se deixar interrogar pela Palavra de Deus e pela Igreja e a formar sua consciência sobre questões tão delicadas e essenciais. 11


As "Equipes Satélites" A Equipe Responsável Internacional tem ao seu redor, desde o Colegiado de Houston, cinco "equipes satélites" que irão ajudá-la na tarefa de reflexão e de ação para fazer progredir o Movimento das Equipes de Nossa Senhora nos seguintes domínios: • da reflexão sobre o casal e o casamento; • da pedagogia do Movimento das Equipes de Nossa Senhora; • da formação dos responsáveis e de todos os equipistas no Movimento; • da missão das Equipes de Nossa Senhora no Movimento e na obra de evangelização no mundo; • da comunicação interna e externa no Movimento. Essas equipes, pilotadas por Carlo e Carla Maria Volpini, membros da Equipe Responsável Internacional, são animadas por casais australianos, americanos, portugueses, espanhóis e franceses . Eles começaram seu trabalho no mês de fevereiro de 2002, e nós convidamos a todos vocês a rezar por elas, pois sua tarefa é imensa e nossa expectativa é grande.

Colegiado Internacional pudesse se desenrolar no seu país que é um verdadeiro continente. Devido às distâncias, não pudemos, até agora, satisfazer esse desejo de nossos irmãos. Mas isso acontecerá, finalmente, neste ano, e temos certeza de que nosso encontro contribuirá para dar a essa super-região mais dinamismo para que as equipes australianas se desenvolvam.

lnternet

EQUIPES NOTRE-DAME

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Queremos relembrar-lhes o endereço do site internacional das Equipes de Nossa Senhora na Internet. Ele está melhorando e crescendo, a cada dia, graças à nossa webmaster e à equipe comunicação do Secretariado .

Colegiado lnternacional 2002 em Melbourne

Participem: www.equipes-notre-dame.com

Há muitos anos, nossos amigos australianos, responsáveis pela Super-Região que reúne quase 200 equipes, sonhavam que o 12

Lá vocês são sempre bem-vindos. Gerard e Marie-Christine de Roberty CM372


EACRE 2002

Região Pernambuco I I Alagoas Mais um EACRE e surgia para nós outra oportunidade de sentir a vida do Movimento das ENS, bem de perto. Assim foi com muito calor no coração que chegamos ao Colégio Marista, em Recife. Logo estacionou uma carnionete fechada trazendo os equipistas de Chã Grande, distante 100 quilômetros de Recife com 6 equipistas e o padre Adriano. Eles viajaram duas horas, mas chegaram muito animados; logo, outros casais foram chegando. Éramos ao todo 40 casais, 6 SCE e uma irmã Conselheira. Tivemos o privilégio de contar

com a participação ativa e vibrante do Casal Responsável pela Província Leste, Regina e Cleber, que agradaram a todos com suas palestras sobre os temas "Ser Casal", "Os PCEs na linguagem do Guia das ENS" e "O Encontro Nacional de 2003," em Brasília. Frei Evilásio, SCE da Região, acompanhou todo o Encontro e suas homilias aumentaram em todos nós, a vontade de crescer no nosso relacionamento como casal e como cristãos. Durante o Encontro, várkos casais apresentaram flashs sobre assuntos como: Bibliografia do Movimento, o Guia das ENS, Reunião de Equipe, Mutirão e uma encenação


feita pelos equipistas de Olinda, abordando a problemática da Contribuição Mensal. No EACRE ficamos sabendo como caminham as Equipinhas e as Equipes Jovens de Nossa Senhora. Ouvimos testemunhos bonitos e tocantes de jovens e adultos envolvidos nesse trabalho. Porém, é preciso dizer algumas palavras sobre a Liturgia do Encontro, que envolveu a todos e nos alertou para a necessidade de dar um testemunho vivo e autêntico do nosso amor conjugal. Os Casais Responsáveis deixaram o Colégio Marista, bem prepa~ rados para colocar em prática tudo aquilo que ouviram, sentiram e viveram nesse caloroso Encontro. Maria Lúcia e Plínio Equipe 28 - Recife

li

Região Ceará Nos dias 2 e 3 de março, realizou-se o 1o EACRE em Quixadá, no sertão central do Ceará, reunindo casais das cidades de Pindoretama, Baturité, Limoeiro do Norte, Quixadá e Banabuiú. Foram momentos riquíssimos de formação, informação e espiritualidade, em que todos os casais participantes tiveram a oportunidade de descobrir mais uma vez os tesouros que o Pai tem para nós, através do nosso Movimento. Destacamos nesse acontecimento a forma dinâmica e criati va como todas as atividades foram apresentadas, incluindo-se representações, mímicas, vídeo e palestras - ecos do Encontro Provincial Nordeste, em novembro de 2001 - proferidas com simplicidade, porém bem dentro da nossa realidade.

EACRE 2002


Contamos com a preciosa ajuda de casais equipistas, que se dispuseram a acolher em suas casas os irmãos visitantes, e de nossos familiares que, com muito carinho, prepararam no domingo uma refeição para esses irmãos que iriam retornar às suas casas no final do evento. O nosso EACRE contou com a presença de Eneida e Álvaro- CR Região Ceará - de vários SCE, do padre Gustavo, reitor do Seminário de nossa cidade, que encerrou o nosso EACRE celebrando a santa Eucaristia. O EACRE foi um presente de Deus para todos nós que moramos aqui tão distantes, nesse cantinho abençoado, cuja mãe e padroeira é também Maria. Socorrinha e Marcélio CR Coordenação, Quixadá, CE

... Região Paraíba Seguindo as orientações gerais das ENS, a Região Parmba, realizou o seu EACRE 2002

EACRE 2002, nos dias 9 e 1O de março, em João Pessoa. O Encontro contou com a participação de casais e Conselheiros Espirituais que vieram das diversas cidades que compõem a Região (Santa Luzia, Pocinhos, Campina Grande, Itabaiana, Salgado São Félix e João Pessoa). O tema geral "Ser Casal Cristão hoje na Igreja e no mundo" foi bem refletido e bastante proveitoso para os casais presentes. O SCE Regional, padre Miguel, abriu o EACRE com a palestra "Ser Casal", que levou a todos a compreenderem o valor desse tema para ser trabalhado em suas equipes de base em 2002. Nossa protetora foi homenageada na denominação de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina e Mãe dos povos indígenas. Na palestra do padre Erismar, todos foram despertados para o tema da Campanha da Fraternidade e convidados ao engajamento, na nossa Igreja a fim de assumirmos, através de gestos concretos, uma luta firme contra todas as formas de exclusão. 111


No nosso EACRE, contamos com a presença do casal Cecília e Zé Carlos, responsáveis pela Carta Mensal e representando a Super-Região, que falaram para nós sobre os 1Opontos de unidade do Movimento e, como não poderia deixar de ser, sobre o fimcionamento da Carta Mensal. Houve momentos dedicados ao ''Mutirão", "Guia das ENS" e uma en-

cenação sobre a Contribuição Mensal. A Região Paraíba, a partir deste Encontro, renova o compromisso de levar as bem-aventuranças de Jesus a todos os casais necessitados de amor e reforçar o sentido de pertença ao nosso Movimento. Jussara e Daniel CR Reg. Paraíba, João Pessoa

Um Testemunho: um EACRE Abençoado O Setor de Santa Luzia, com 9 equipes, na visão de olhos humanos e sem demonstrar confiança na providencia Divina, achava que não tínhamos condições de participarmos do EACRE, considerando os gastos que teríamos. Fizemos uma reunião do Setor para avaliarmos o impasse e resolvemos fazer uma "FESTA'' (incluindo a rifa de um bode) para arrecadar fundos e concretizar o nosso objetivo. A partir daí Deus foi abrindo as portas. Conseguimos arrecadar a quantia que precisávamos, contando com o apoio do comércio e ainda mais, fomos até o Prefeito de nossa cidade e pedimos autorização para que o ônibus da prefeitura nos levasse até João Pessoa, local do EACRE. Conseguimos também uma doação para comprarmos o combustível necessário. Com o dinheiro da festa pagamos as inscrições dos onze casais e também a diária do motorista. Dois casais, para poderem participar do EACRE tiveram que levar seus "bebês" de cinco meses, nesta santa viagem de 280 quilômetros. Saímos às três horas da madrugada do sábado e chegamos em João Pessoa às 7:30 horas (quatro horas e meia de viagem). Nesse dia, à tarde, o Setor de Santa Luzia tinha uma missão, que era falar sobre o "MUTIRÃO". Iniciamos apresentando em uma cartolina quatro talhas derramando o Vinho representando a pertença ao Movimento: vocação cristã, animação, nossa missão, e duas alianças entrelaçadas demostrando a vida de equipe, lembrando que são pontos que um CRE deve sempre trabalhar para motivar os casais da equipe. E foi uma maravilha este EACRE! Saímos dali numa adrenalina espiritual espantosa e um entusiasmo maior ainda pelo nosso Movimento. Terminado o EACRE, pegamos o ônibus para voltarmos para Santa Luzia, por volta das 15:00 horas. Depois de viajarmos uns 1 O minutos o motorista parou o ônibus e todos nós ficamos surpresos. Ele nos disse que estava esperando três pessoas que pegariam uma carona. Alguns casais ficaram irritados com a demora dessas pessoas. A maioria ficou pedindo calma e começaram a rezar. A preocupação era com o horário de chegada, pois no domingo o trânsito é muito intenso nessa rodovia. Seguimos viagem, andando aproximadamente uns dez quilômetros, quando o ônibus foi parando. O motorista explicou que o ônibus havia quebrado.

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Região Rio Grande do Norte Nos dias 2 e 3 de março, realizou-se em Natal, RN, o primeiro EACRE da Região Rio Grande do Norte, da Província Nordeste. Participaram deste Encontro os Sacerdotes Conselheiros Espirituais e 68 casais dos 4 Setores de Natal,

1 de Parelhas e das Equipes Distantes das cidades de M. Alegre, V. Cruz, Equador, Santana do Seridó e Ouro Branco. Também participou do nosso EACRE o Casal Responsável pela Província Nordeste, Márcia e Luiz Carlos. Nosso Arcebispo, Dom Heitor de Araújo Sales esteve presente e em sua palestra ele nos falou do seu

Ficamos aflitos e alguns disseram, lembrando que há poucos quilômetros estávamos reclamando da demora das pessoas que iam de carona, e agora? ... O motorista disse: "Tem uma solução. Vamos arranjar um botijão para colocar o combustível e viajarmos na gravidade" (a bomba do combustível não estava funcionando). Conseguimos! Quando secava, parávamos e abastecíamos o botijão e continuávamos. Na primeira cidade paramos e sa1mos à procura de garrafas de refrigerante de dois litros. Juntamos umas quinze garrafas para abastecer o botijão e assim foi a rotina de toda nossa v1agem. 1\Jós dizíamos que o motorista nos levou e Jesus nos trouxe. Meus irmãos equipistas! Estamos aqui dando o testemunho de uma lição de> vida que Deus nos mostrou nesta viajem: que precisamos vivenciar a nossa espiritualidade, a paciência e o perdão no dia a dia, porque Deus foi misericordioso com todos nós. Os bebês vieram com suas mães dormindo e em paz. Nossa querida Irmã Terezinha (CE das 9 equipes), de saúde frágil, tmha ficado em João Pessoa para tratamento de saúde e por aí fomos sentindo a mtercessão de Nossa Senhora, rogando pelos seus filhos a Deus para que chegássemos bem em Santa Luzia às 23:30 horas, depois de oito horas e meia de viagem. Gláucia e Toinho, CR Setor Santa Luzia, PB

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carinho pelo Movimento das Equipes de Nossa Senhora, desde quando era Bispo em Caicó, e lembrou do seu empenho para trazer o Movimento para o Rio Grande do Norte, que teve início em 1987, na cidade de Parelhas. Destacamos a palestra feita pelo padre Alfredo SCE da Região que nos falou sobre "Ser Casal", com uma abordagem direta da vivência do casal e outra sobre a Campanha da Fraternidade dada pelo padre Robério SCE do Setor A, de Natal, na qual ele convoca os casais equipistas para descobrirem meios de trabalhar a questão no nosso cotidiano. Tivemos flash abordando o tema de Estudo deste ano "Ser Casal", Contribuição, Mutirão e Encontro Nacional. As liturgias foram muito marVI

cantes com momentos forte de inspiração e de encontro da família com Cristo. Conceição e Macedo CR Reg. Rio Grande do Norte

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Pré-Região Maranhão I Piauí Nos dias 23 e 24 de fevereiro, realizou-se o primeiro EACRE em Barra do Corda, da nossa Pré-Região.

No dia 22, dois microônibus, partiram das cidades de São Luis e Teresina, levando os casais que apesar da distância, estavam ansiosos para cruzar as fronteiras, pisar a terra desconhecida e abraçar os irmãos equipistas maranhenses e, assim, vivenciar a mística do Movimento, que congrega a todos no amor e na hospitalidade. Além dos casais, contamos com a presença de vários Sacerdotes Conselheiros Espirituais (SCEs), que enriqueceram o Encontro com suas sábias colocações feitas sobre os temas estudados, especialmente o "Ser Casal" e sobre o tema da Campanha da Fraternidade. Tivemos ainda a presença amiga do nosso Casal Provincial Márcia e Luiz Carlos, que nos falaram sobre os PCEs, ajudando-nos a vivendarmos melhor e com mais propriedade o nosso carisma - a Espiritualidade Conjugal. Agradecemos ao Senhor e à nossa mãe do céu, pela oportunidade que nos deu de vivenciarmos momentos fortes de oração e formação, bem como aos nossos casais anfitriões, pelo acolhimento cheio de amor e delicadezas, que fizeram com que nos sentíssemos em casa. Finalizando, terminamos com as palavras do padre Rui, exSCE Província Nordeste: "Obrigado Senhor, por tudo, por todos e por tanto". Maria e Souza CR Pré-Região MNPI

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PROVÍNCIA CENTRO-OESTE Região Centro-Oeste I e 11 Foi com muita alegria que recebemos o convite de Alcina e Terra e Áurea e Boros para participarmos dos EACREs das Regiões CentroOeste I e li, em Brasília. Após quase trinta anos de Movimento, ainda somos capazes de nos surpreender e emocionar com o que nos é passado nestes Encontros, e é isto que tentaremos passar a vocês, muito embora sabendo que a letra fria do papel nem de longe será capaz de transmitir um pouco do que lá vimos. Vamos abordar os assuntos comuns aos dois EACREs. Primeiramente foram colocados os objetivos desse Encontro, dos quais destacamos: animar o CRE em sua missão, refletir e discernir sobre a caminhada do Movimento e da equipe; ser momento de evangelização, formação e troca de experiências; celebrar a unidade do Movimento e passar as diretrizes específicas para este ano. Rita e José Adolfo, Casal Provincial, nos falaram sobre o tema para este ano, o "Ser Casal". Após o estudo do "Ser Pessoa" seria necessário e quase que obrigatório que o Movimento nos levasse a refletir sobre aquilo que é a sua unidade, o Casal; como casal o tema no leva a interrogar e discernir o que fazer para assumir a nossa própria história de amor; somos levados a enxergar, ouvir e partilhar melhor numa atitude de coerência entre fé e vida, dando testemunho constante com as nossas vidas. Ao VIII

falar sobre os PCEs, Rita e José Adolfo propuseram que na Província Centro Oeste, assunússemos este ano como prioridade o Dever de Sentarse e a Oração Conjugal. Houve um flash sobre o Mutirão, cuja tônica principal foi no sentido de incentivar os casais a participar daquela atividade que tem por objetivo dar novo ânimo ao casal, sistematizando os pontos básicos e fazendo uma reflexão ampla sobre a vida de equipe. Em ambas as regiões foram feitos sociodramas sobre a Contribuição, buscando sempre que esta reflita a realidade dos casais do Movimento, pois como todos sabemos, "a parte mais sensível do corpo humano é o bolso". Houve uma palestra sobre os projetos da CNBB e foi dividida em duas partes, uma feita pelo Pe. João Roque que falou sobre as "Exigências éticas evangélicas da superação da miséria e da fome", tendo como eixos a ecologia, produção de alimentos, cultura de morte, dimensão ética, mudança do coração e da cabeça das pessoas, a dimensão política e o papel da Igreja. A outra parte foi feita pelo Pe. Manoel Godoy que apresentou algumas propostas para reflexão, com ênfase à responsabilidade dos casais cristãos católicos para as eleições deste ano. Já, na Centro Oeste I, D. Raimundo Damasceno discorreu sobre as relações da CNBB com as dioceses e, ainda, sobre as prioridades EACRE 2002


da nossa Diocese, dando ênfase àquelas que são também do nosso Movimento, como Família, Formação e Unidade para união dos cristãos. Outro flash ressaltou a importância do Guia das ENS como documento que resgata as outras publicações do Movimento das ENS, e foi apresentado uma série de questões cujas respostas estão no Guia e que fazem parte do dia a dia do equipista. Lourdes e Sobral estiveram presentes no dois EACREs falando do Encontro Nacional de 2003 a se realizar em Brasília e, na oportunidade, ressaltaram a importância da participação de todos os casais, das duas regiões, fazendo ver a força que nos une às 7000 pessoas que aqui são esperadas. Reafirmaram que o principal objetivo do Encontro é reafmnar a unidade e a troca de experiência, a formação e a vivência de momentos fortes de oração e celebração em conjunto, que certamente produzirão frutos para o Movimento, para os participantes e todos os equipistas. Ressaltaram, ainda, que cabe aos CREs incentivarem a inscrição dos casais de sua equipe e, o serviço durante o Encontro, nas mais diversas tarefas que se farão necessárias. Outra palestra que chamou muito a atenção de todos os participantes dos dois EACREs, foi a do Pe. Vanzella sobre a Campanha da Fraternidade 2002, afmnando que o objetivo geral é motivar a conversão das pessoas, da sociedade brasileira e da própria Igreja para a solidariedade, a justiça, o respeito e ao amor aos povos indígenas. O último flash foi sobre a ComuEACRE 2002

nicação, nos seus diversos aspectos dentro do Movimento, destacandose de modo especial o relacionamento com o Casal Ligação, a Carta Mensal, o jornal das regiões, os relatórios, e os outros meios utilizados. Ao visitar o Encontro da Região CO I, o Cardeal Arcebispo de Brasília, D. José Freire Falcão, falou-nos da importância que o Movimento das ENS desempenha na diocese como catalizador e evangelizador das fanu1ias, devendo os seus casais assumirem sempre o papel de protagonistas em prol dos casais e da formação de seus filhos. Uma das palestras que mais chamou a atenção dos casais da CO I foi proferida por D.Hugo Cavalcante OSB, que nos orientou sobre o Sacramento do Matrimônio à luz do direito Canônico, enfatizando os aspectos da indissolubilidade e de sua importância na formação da sociedade, mostrando que o Matrimônio é de direito Divino, mas, também, Eclesiástico, estando aberto à vida e orientando para o bem dos cônjuges. Por todo o exposto, como se pode ver, fomos presenteados com a participação nos dois EACREs, os quais além do aspecto formador foram encontros descontraídos e denso em emoção, com grupos de trabalho que, certamente, produziram frutos que aparecerão no corrente ano equipista levando crescimento aos casais das duas regiões. Lícia e Artu r Extratos do Boletim " O Equipista " Brasília, DF IX


Região Mato Grosso do Sul Nosso EACRE da Região Mato Grosso do Sul foi realizado pela primeira vez na cidade de Maracaju, com a presença de 31 Casais Responsáveis de Equipe, Casais Piloto, Casais Ligação, Casais Responsáveis de Setor, Casal Regional Nilza e Nivaldo e o Casal Provincial Rita e José Adolfo. Acolhemos nossos irmãos equipistas de Campo Grande e Dourados. Contamos também com a presença de 9 Conselheiros Espirituais, das cidades de Campo Grançie, Dourados e Maracaju. Como Casal Responsável do Setor de Maracaju, sentimos-nos honrados com a realização deste EACRE em nossa cidade. Nós nos preocupamos bastante, trabalhamos muito, mas sentimos muito forte a presença do Espírito Santo em nosso meio, o que aquietou nosso coração. As equipes de trabalho nos surpreenderam pela dedicação, união X

e humildade pelo que fizeram, mostrando-nos que quando estamos unidos, tudo podemos realizar. Os casais hospedeiros se sentiram privilegiados e felizes por terem feito novas amizades, acolhendo em suas casas um casal equipista, fazendo fruir o amor fraterno, o amor de Deus. Sabemos que sempre foi um sonho a realização de um EACRE aqui, cremos que agora, como nos disse o casal provincial, "diminuiu a distância entre Maracaju e Campo Grande". Temos certeza que, quanto mais nos encontrarmos, mais estaremos zelando pela unidade do nosso Movimento, tendo oportunidade de exercer a ajuda mútua e a correção fraterna. Provamos que podemos formar unidade, trabalhando juntos, trilhando os caminhos que nos leva ao Pai. Esperamos que Nossa Senhora não deixe apagar esta chama de unidade, que vimos nascer. Marilourdes e Fortunato Alves CR Setor Maracaju, MS EACRE 2002


PROVÍNCIA LESTE Rio III Foi grande a nossa alegria ao ver o auditório da Universidade da Força Aérea, que comporta 120 pessoas, sendo tomado pelos equipistas da Região Rio III, para participarem do EACRE. Estiveram presentes durante todo o EACRE, o Capelão Nelson Dendena, SCE da Região e o Capelão Newton, SCE do Setor D,que foi o Setor anfitrião. Foram diversos os pontos marcantes deste EACRE, realizado nos dia 9 e 1O de março, no Rio de Janeiro . Começou com o Casal Provincial Regina e Cleber, que fez a apresentação do Guia das ENS. O casal Graça e Brady destacou que devemos nos questionar se realmente somos casais equipistas, como o Movimento espera, ou somos apenas caricaturas de equipistas, incen-

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tivando a todos para um grande esforço, no sentido de participarem do mutirão esse ano. Silvia e Chlco, Responsáveis pela Super-Região Brasil, fizeram uma reunião com os Conselheiros Espirituais e em seguida falaram sobre o tema proposto para o ano 2002 - Ser Casal. Como o Movimento está em sintonia com a Igreja, não pudemos abrir mão das colocações feitas pelo Capelão Newton que, dentro do tema da Campanha da Fraternidade, nos incentivou à valorização do Sacramento da Penitência. Ele também proferiu a palestra "O Casal e as bem-aventuranças" e nos levou a refletir que devemos viver o SER CASAL com amor na plenitude que nos é possível para podermos mostrar ao mundo o valor do SER CASAL CRISTÃO. Janete e Jorge CR Região Rio 111

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Região Rio V Realizou-se nos dias 9 e 1O de março deste ano, no Rio de Janeiro, nas dependências do Colégio Santa Marcelina, o EACRE 2002 da Região Rio V. O evento contou com a presença de Sílvia e Chico, Casal Responsável da Super-Região Brasil e de Regina e Cleber, Casal Responsável pela Província Leste. Sílvia e Chico fizeram as apresentações: "Ser Casal", e "Mensagens da Super-Região" e participaram de uma animada reunião de Casais Ligação, Pilotos, Casais Responsáveis de Setores e Conselheiros de Setor. Regina e Cleber fizeram a apresentação sobre o novo documento "O Guia das Equipes de Nossa Senhora", e fizeram parte, junto com o Casal Regional, do Painel querespondeu perguntas da platéia no fim do EACRE. Muitos Conselheiros Espirituais XII

compareceram em diversos momentos da programação. As celebrações, todas focalizando o casal, foram muito bonitas e cheias de simbologias, que propiciaram reflexões sobre "O Casal Ameaçado", "O Casal e as Bem-aventuranças", "O Casal de Caná" e "O Casal Levado nas Asas de Deus". Houve momentos em que se falou de "2002- Ano do Mutirão"; do Encontro Nacional de 2003, da Campanha da Fraternidade 2002, da representação das Equipes junto a entidades ligadas a família e a leigos do Rio de Janeiro. Tivemos também uma encenação sobre a importância da Contribuição para o Movimento. Entre uma palestra e outra, vários casais fizeram depoimentos, cada um contando sobre o que achavam importante nos EACREs, em sua Equipe de base, no seu Conselheiro Espiritual, nas suas Reuniões Mensais, no seu Setor, e na Carta Men ai. EACRE 2002


Em resumo, foi um EACRE bem quente, porque o fogo do Espírito Santo esteve inspirando tanto os organizadores quanto os palestristas e os participantes. Josefina e Roque CR Região Rio V Rio de Janeiro

••• Região Minas I Nos dias 23 e 24 de fevereiro foi realizado, em Juiz de Fora , o EACRE da Região Minas I, com a participação de 90 casais dos Setores de Juiz de Fora, Barbacena e da Coordenação de Além Paraíba e 3 Conselheiros Espirituais em tempo integral. Iniciamos com a Celebração Litúrgica presidida pelo Padre João Carlos Theodoro, Conselheiro Espi-

ritual da Região. A liturgia permeou o tema do EACRE, "SER CASAL", levando os participantes a refletirem nos vários momentos, sobre o casal criado à imagem de Deus, contando com símbolos e mais a reflexão magnífica sobre as Bodas de Caná, ressaltando a importância do Sacramento do Matrimônio. Dentro do tema central, SER CASAL, duas palestras foram proferidas e refletimos bastante sobre elas. Outros temas de unidade propostos para o EACRE, foram apresentados ao longo do evento, sendo que o tema Reunião de Equipe foi bastante explorado. Pelo seu valor para a vida de equipe, houve a realização de reunião, com as partes essenciais, tendo sido um dos momentos mais importantes nesse encontro, quando as 12 equipes formadas tiveram a oportunidade de se reunir em nome de Cristo. Todo o EACRE transcorreu num

Região Rio li Um Testemunho: Objetivo Alcançado Fomos pela primeira vez escolhidos como casal responsável de Equipe, e estivemos no EACRE em Valença, da Região Rio 11 (cidades de Petrópolis, Valença, Piabetá e Teresópolis) que foi muito bom, pois voltamos motivados, conhecendo mais o Movimento e agora o estamos amando ainda mais. Muitas pessoas relataram a importância das Equipes de Nossa Senhora em suas vidas. Observamos que com a vivência de equipista e a prática dos Pontos Concretos de Esforço, é que sentimos o crescimento espiritual que vamos obtendo: participando das reuniões de equipe, dos retiros e quando colocamos em prática o que nos é pedido. Não é fácil, é um exercício constante e devemos perseverar sempre, afinal os maiores beneficiados somos nós mesmos. Queremos agradecer o carinho e o cuidado com que nossos irmãos de Valença nos receberam e prepararam tudo com muito amor. Sintam-se realizados em mais esta empreitada divina. Nós nos sentimos em casa! Raquel e Mário, Eq. 28- Petrópolis, RJ

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clima de fraternidade, alegria, amor, doação e crescimento espiritual. Podemos ressaltar a Reunião de 12 Conselheiros Espirituais com o Pe. João Carlos, momento em que se pode fazer um balanço da atuação do CE nas ENS da Região Minas I. Rosalina e Adilson Juiz de Fora, MG CRR Região Minas I

Região Minas II Nos dia 02 e 03 de março, em Divinópolis, vivenciamos o EACRE da Região Minas ll. Como sempre acontece nos eventos entre irmãos equipistas, pudemos viver o encontro e a comunhão em casal e entre casais com a presença viva de Cristo entre nós. Mais uma vez nós, casais equipistas de Divinópolis, abrimos nosXIV

sas casas e nossos corações à alegria de acolher os irmãos que vieram das cidades de Belo Horizonte, Contagem, Lagoa Santa e Pará de Minas. Tivemos, ainda, a grande alegria de contar com a presença do Casal Responsável pela Carta Mensal, Cecília e José Carlos, que nos visitou em nome da Super-Região. Com sua simpatia e simplicidade, Cecília e José Carlos nos trouxeram informações importantes sobre essa "correspondência" recebida a cada mês, que tanto contribui para fazer circular a seiva do nosso Movimento em diferentes regiões do país. O EACRE foi marcado por três importantes linhas: • Formação sobre o tema do ano (Ser Casal), desenvolvida pelas palestras "O Casal - Ideal, Limite e Esperança", "O Casal Imagem de Deus Trinitário" e "Conjugalidade - Fidelidade e Perdão", além da vivência do Dever de Sentar-se e da Oração EACRE 2002


Conjugal, partilhados em reunião de grupo. As celebrações e orações também favoreceram as reflexões sobre o tema. • Nosso compromisso de pertença ao Movimento, desenvolvido pelas palestras "Os 1O Pontos de Unidade e a Carta Mensal" e "Revitalização", bem como a importância da concretização do Ano dos Mutirões e o incentivo à participação no 1o Encontro Nacional, em Brasília, traduzem o apelo da Super-Região para uma reflexão mais profunda sobre a expansão e a necessidade de aprofundamento (de uma volta às origens). • Finalmente, o nosso compromisso com a inserção na Igreja, através da Campanha da Fraternidade.

Terminado o encontro, fortalecidos, com o coração cheio de esperanças, fomos enviados a viver, em casal, aquilo que Deus espera de nós. Dulce e Daniel CR Setor Divinópolis, MG

••• Região Minas 111 Dias 16 e 17 de Março, aconteceu em Varginha, MG, nosso EACRE com a presença de 67 casais e os Conselheiros Espirituais que pertencem aos Setores de Varginha, Pouso Alegre, Borda da Mata e Três Corações.

Os grupos de aprofundamento foram momentos de grande ajuda mútua.

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Foram dois dias de intensas reflexões sobre o Movimento, com os temas de unidade explorados com muita sabedoria e espiritualidade. Presenças marcantes foram o ponto alto de nosso Encontro: Padre Dimas nos falou com muita propriedade sobre o "Ser Casal'; Neuza e Hélio nos mostraram a necessidade dos Mutirões; Rita e Luiz nos apresentaram o "Guia das ENS"; a contribuição ficou a cargo de Alessandra e Paulo César que apresentaram uma encenação digna dos melhores teatros; Padre José Antônio falou-nos da Campanha da Fraternidade; Irmã Odete nos deu uma aula sobre Partilha e vivência dos PCEs; sempre simpática, disponível, alegre, acolhedora e qualificada foi a presença de nosso estimado Casal Provincial Regina e Cleber, que abrilhantou o evento com coloca-

ções que foram verdadeiras aulas sobre os temas: Reunião de Equipe, 1o Encontro Nacional, e o tema de estudo Ser Casal. Foi realizada dentro do EACRE uma reunião com os Conselheiros Espirituais onde estavam presentes o Casal Provincial, Casal Regional, Sacerdote Conselheiro Espiritual Regional, nove Sacerdotes Conselheiros Espirituais, um Irmão Conselheiro e duas Irmãs Conselheiras. A liturgia, preparada pelos seis setores de nossa Região, foi muito rica, conduzida na sua maioria pelo nosso querido Cônego João Faria que permaneceu conosco, os dois dias. Foram dias de muitas graças recebidas e intercessões de nossa querida Mãezinha. Vera e Messias CR Reg. Minas 111, Varginha, MG

Um Testemunho: aos Conselheiros Espirituais Nos dias 16 e 17 de março, realizamos o EACRE da Região Minas 111, em Varginha. Com muita alegria nos reunimos para uma troca de experiências, convivência com casais cristãos, chamados a ser fermento na massa, na Igreja que caminha para a casa do Pai. Contamos também com a presença de 11 Conselheiros Espirituais. A presença doCE no Movimento e nas equipes, traz a presença de Cristo, Sacerdote e Pastor (Jo 19, 34). Assim quero me dirigir a todos os Conselheiros Espirituais que com carinho e dedicação traduzem a caridade pastoral de Cristo, que deu a vida pelo rebanho (Jo 1 O, 11 ). A riqueza do Movimento das Equipes de Nossa Senhora está em ser um Movimento de espiritualidade conjugal, que tem por objetivo, sustentar o casal em sua caminhada pelos Pontos Concretos de Esforço, de modo que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora não é um movimento de massa, mas um fermento na massa. Assim o sacerdote, compreendendo bem a sua missão de Conselheiro Espiritual, busca juntamente com sua equipe, o cresci-

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Região São Paulo - Capital Nos dias 2 e 3 de março, no Colégio Santo Américo, no Morumbi, foi realizado o EACRE da Região São Paulo- Capital e contou com a participação de aproximadamente 250 pessoas. Iniciamos com a celebração Eucarística, presidida por Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo auxiliar da Diocese de São Paulo - responsável pela Região Belém (Dom Pedro é conselheiro da equipe 2B e conselheiro do Setor F) e concelebrada por mais 12 Sacerdotes Conselheiros Espirituais. Esteve presente o Casal Responsável pela nossa Província Sul I- Altimira e Paulo que nos agra-

ciaram com a excelente palestra sobre o tema "Espiritualidade Conjugal". Durante a manhã do sábado, paralelamente, estiveram reunidos cerca de 30 Conselheiros Espirituais, para troca de experiências e sugestões de como melhor motivar suas equipes e incentivar os casais a viverem os PCEs. A primeira palestra do EACRE foi proferida pelo Pe. Dalton Brandão, nosso Conselheiro Regional, que falou sobre o tema "Casal Cristão" e, Dom Pedro Luiz nos falou sobre o tema da Campanha da Fraternidade. Também foram abordados temas sobre: Responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, Retiro, Mutirão e Sessão de Forma-

mente espiritu al, não só da equ ipe, mas, de si próprio como sacerdote, com a sua missão dentro do Movimento. Sua presença não é como a do pároco, na administração do Movimento, ou distribuindo t rabalhos pastora is para os casais de sua equipe, mas isento de cargos administrativos, será o Conselheiro Espiritual, presença de Cristo Mestre. Cumpre-se a palavra de Jesus que diz: "Aquele que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pa i de fam ília, que do seu tesouro tira coisas novas e velhas". (MT 13, 52) E a do profeta Isa ías: "Até os jovens se fatigam e cansam, e os moços também t ropeçam e caem, mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como águias, correm e não se fatigam, podem andar que não se cansam ". (ls 40, 30-31) A você, meu irmão Sacerdote Conselheiro Espiritual, o meu abraço amigo e que o Cristo Ressuscitado, vencedo r do pecado e da morte, nos anime em nossa caminhada . Padre José Dimas de Lima , SCE Setor 8- Pouso Alegre, MG

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ção, e a importância de todos estudarem, neste ano, o tema "Ser Casal". Pelos resultados dos grupos de estudo e pelas avaliações finais, podemos concluir que este EACRE atendeu aos anseios de todos. Agradecemos a Deus, por mais

este encontro, e também a todos que estiveram em oração conosco (em especial aos 120 casais que participaram da Vigília) para que tudo se realizasse de acordo com as orientações propostas. Rose e José Luiz CR Região São Paulo - Capital

Um Testemunho: Ser Casal, Ser Casal Cristão, Ser Casal Responsável e o EACRE 2002 Nosso EACRE foi realizado em ltaici, na cidade de lndaiatuba, SP, preparado pela Região São Paulo Sul 11 e pelos Setores de ltu, Jundiaí, Louveira e Sorocaba e com a participação de 103 casais e 20 Conselheiros Espirituais. A criação é uma obra maravilhosa. Ela nos mostra a integração de cada partícula, de cada ser, de cada detalhe .... Tudo nela se complementa ... tudo interage ... há um equilíbrio perfeito. O homem, parte integrante dessa criação vive buscando esse equilíbrio para ser feliz. Crescemos, homem e mulher em busca do conhecimento, do SER PESSOA. Alguns, em determinado momento, sentem a necessidade de ter um

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companheiro (a) nessa caminhada. Define-se então nossa vocação pessoal SER CASAL. E, através do sacramento do matrimônio, caminhamos em busca da perfeiçao, para a qual fomos criados: viver em harmonia, tal qual a natureza. Para nos ajudar nessa caminhada escolhemos viver em comunidade, escolhemos participar das Equipes de Nossa Senhora, que com sua metodologia nos oferece condições, ferramentas para ser casal cristão em busca da santificação Essa caminhada tem alguns momentos muito fortes, a criação dos Estatutos, a Segunda Inspiração, os Encontros Internacionais, como o de Santiago. O tema de estudo proposto: "Ser Casal Cristão Hoje na IgreJa e no Mundo", com o prime1ro tema: SER PESSOA, e agora SER CASAL, nos leva a perceber que precisamos estudar, conhecer, mudar. O EACRE nos levou justamente a essa conclusão: precisamos mudar, precisamos nos aprofundar, estudar com muita dedicação esse tema SER CASAL. Com uma apresentação totalmente diferente dos EACREs anteriores, com uma dinâmica totalmente nova e atual nos motivou plenamente para aprofundar o tema SER CASAL. Levou-nos a uma sintonia mais consciente com as d1retrizes do Movimento e nos encheu de entusiasmo, para junto com nossa equipe de base, viver o SER CASAL CRISTÃO. Entusiasmo bastante para usar em equipe nossos recursos naturais, ou seja: ser menos repolho, que sabe de tudo, nasce aberto e à med1da que cresce se fecha, e se fechando cheira cada vez mais. Ser mais rosa, que nasce fechada, cresce e se abre, espalha e partilha seu perfume. Muito ma1s bonita. Não é para deixar ninguém muito curioso, isso nós VIveremos no decorrer desse ano. Ser Casal Responsável de Equipe não é um peso, não é sacrifício, é mais uma ajuda na cammhada. Participarmos mais, procurarmos vivenciar ma1s os pontos concretos de esforço, vivermos ma1s o "Ser Casal", enfim, conversarmos ma1s. Ser Casal Responsável de Equipe é mais uma graça. Maraiza e Zé Alfredo, Eq. 11 A- N. Sra. da Alegria, Sorocaba, SP

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PROVÍNCIA SUL 11 Região São Paulo - Oeste I Com a participação de 100 casais, pertencentes aos Setores de Assis, Bauru, Garça, Marília e Pederneiras, realizamos nosso EACRE durante os dias 26 e 27 de janeiro, em Bauru. A missa de abertura contou com

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a presença do Bispo de Bauru, Dom Luís Antonio Guedes que, em sua homilia, destacou a importância das ENS na vida do casal, fator de resposta ao chamamento de santidade que Deus nos faz. Tivemos também a participação dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais de todos os setores da nossa região, e o nosso Casal Provincial

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Sul li, Teresinha e Agostinho. O tema central trabalhado foi o "Ser Casal" e todas as implicações que decorrem desta opção de vida, inclusive a vivência dos PCEs, que mais diretamente estão ligados à vida conjugal. As reuniões de grupo se constituíram em momentos de partilha e de crescimento, aumentan-

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do ainda mais a confiança de que, se realmente quisermos, poderemos nos dispor a caminhar em direção à santidade que Deus quer para nós. Maria Teresa e Odir Bauru, SP Casal Responsável Região São Paulo-Oeste I

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Região São Paulo - Oeste II Com a presença dos casais responsáveis dos Setores de Araçatuba e Valparaíso, o nosso EACRE aconteceu nos dias 17 e 18 de fevereiro em Araçatuba, SP. Tivemos a presença de D. José Carlos Castanho de Almeida, nosso Bispo Diocesano, que celebrou a missa de abertura, auxiliado pelo SCE da Região, padre Guabiraba. O clima de oração, alegria e descontração, levou os casais participantes a refletirem sobre os assuntos abordados: "Ser Casal, o Guia da Equipes de Nossa SenhoXXII

ra e Mutirão". Tivemos também rápidas abordagens sobre o Encontro de Brasília, Partilha (vivência das 3 atitudes), Pontos de Unidade, Oração Conjugal e uma representação sobre o tema "Contribuição Mensal" Também estiveram presentes o casal Teresinha e Agostinho - Provincial Sul II, que nos falou sobre o "Guia das ENS" e o casal Rosinha e Anésio, de São José do Rio Preto, que falou para nós sobre o tema de estudo deste ano "Ser Casal". Dalci e João Carlos Araçatuba CRR - São Paulo-Oeste 11 EACRE 2002


P OVÍNC A SUL I Região Paraná - Norte O EACRE realizado em Londrina, nos dias 23 e 24 de fevereiro deste ano, contou com a presença de grande número de Casais Responsáveis de Equipe, Ligações, Pilotos, Tesoureiros das cidades de Londrina e região, dos Conselheiros Espirituais Frei Braz, da cidade de Toledo e Irmã Geni, da cidade de Bandeirantes, como também do Casal Provincial, Graça e Roberto, que veio nos falar sobre o Guia das ENS. Após a celebração da missa, nosso Encontro teve a honrosa presença do Arcebispo de Londrina, Dom Albano Cavalin, que fez a palestra de abertura, sobre a Campanha da Fraternidade. O tema central do EACRE, foi o "Ser Casal", muito bem trabalhado pelo SCE da Região, padre Fiori, que

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enfatizou o Casal humano e o Casal ameaçado. Foram realizados flashs e palestras versando sobre: Comunicação no Movimento, Ligação, Mutirão, Retiro, Contribuição, Guia das ENS, enfatizando-se os PCEs, papel do CR de Equipe, reunião preparatória, tema de estudos para 2002, Encontro Nacional em Brasília em 2003 e reuniões de grupos. No sábado realizou-se a reunião com os Conselheiros Espirituais e no Domingo, após a celebração da missa, na qual foi destacado o tema "O Casal e as bem-aventuranças" sob o olhar do Espírito Santo, o EACRE foi encerrado com a celebração do "Envio", intitulado "O Casal levado nas asas de Deus". Marlen e e Carlos Lo ndrina CR Região Paraná-Norte

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Região Rio Grande do Sul I A Região Rio Grande do Sul I realizou o seu EACRE nos dias 22, 23 e 24 de março, na cidade de Veranópolis, 170 km distante de Porto Alegre. Tivemos a alegria de contar com a presença do Conselheiro da SuperRegião, Pe. Flávio Cavalca de Castro, que presidiu a celebração Eucarística onde o tema foi o "Casal Humano" e proferiu a palestra "Ser Casal", muito elogiada como motivadora da compreensão das demais atividades e comunicações do Encontro. O Casal Graça e Roberto, CR da Província Sul III, apresentou o Guia das ENS, falando especialmente sobre os PCEs. Graça, Roberto e Pe. Flávio nos deixaram, após o almoço de sábado, para também participarem do EACRE da Região RS li. O Conselheiro da Região, Mons. Lorenzatto, nos falou como respeitar e promover os povos nativos. As demais comunicações - Mutirão, Reunião Preparatória, Expansão Sustentada, Encontro de Brasília, Contribuição - acompanhadas de significativas dinâmicas, foram apresentadas pelos casais do Colegiado

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da Região. Na última comunicação se ressaltou a importância do Casal Responsável de Equipe e do Casal Ligação para a vida da Equipe e se falou sobre o Tema de Estudo, onde o essencial é a reflexão em casal. As celebrações foram marcadas por dinâmicas que permitissem seu melhor entendimento e vivência. Em O Casal Humano, durante a leitura de Gn 2, 18.20-24, homem e mulher se procuram e se encontram carne e ossos um com outro, como Adão ao descobrir Eva. As folhas secas das ameaças ao casal foram penduradas em uma árvore seca, num exame de consciência para o ato penitenciai. Celebrando o domingo de Ramos, lembramos o casamento como dom de Deus e, em ação de graças pelo Cristo que se dá, as "bem-aventuranças" foram penduradas como frutos numa árvore viva, (árvore da vida - Cristo). Por fim, confiantes no Espírito Santo, de quem somos templo, fomos convidados a alçar vôo em suas asas, para que, como profetas da santidade do amor conjugal, evangelizemos casais e famílias. Graciete e Avelino Gambim Porto Alegre CR Região RS I

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ENCONTRO NACIONAL DE BRASÍLIA 1

7 a

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de julho de

Olá pessoal, tudo bem? Então, como vão as inscrições para o nosso grande Encontro? Tudo certo? Temos recebido algumas perguntas com dúvidas que gostaríamos de poder aclarar, como por exemplo:

P: O que compreende o valor de R$ 350,00? R: Vamos deixar bem claro que esse valor POR PESSOA (será pago em 14 parcelas de R$ 25,00 cada uma e a 15a parcela que corresponderá à correção do período), compreende a hospedagem, a alimentação, o translado e o material do Encontro em BRASÍLIA. A viagem de ida e volta da sua cidade até Brasília é por conta de cada equipista. Procurem planejá-la juntos, em equipe ou setor, com ônibus, vans ou carros para diminuir esse custo. Mesmo na compra de passagens aéreas, se a compra for feita com antecedência e em grupo, elas sairão muito mais baratas.

P: Qual o período de hospedagem nos hotéis? R: Os hotéis ficarão a nossa disposição da sa feira (dia 17) a partir das 14 horas até domingo (dia 20) ao meio dia. Qualquer prolongamento de estadia, a partir do domingo, deverá ser contratado diretamente com a gerência de cada hotel. NÓS NÃO TEMOS ESTRUTURA CM 372

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PARA FAZER ESSA RESERVA.

P: Os equipistas de Brasília pagarão o mesmo valor da inscrição? R: NÃO. Quem mora na região de Brasília ou alguém que vai ficar na casa de parentes ou amigos e não vai usar hospedagem nos hotéis, pagará somente R$ 150,00 por pessoa. Fica claro, contudo, que nessa taxa não está incluído o café da manhã e o translado entre as residências particulares e o ginásio, onde acontecerão os eventos, e a volta para as residências. Esse valor será dividido em 14 parcelas de R$ 10,00 e mais uma parcela final reajustada. Atenção: os equipistas de Brasília também têm, se assim o desejarem, a opção de ficarem hospedados nos hotéis, pagando, é claro, o valor integral da taxa de inscrição. Isso seria o ideal pois, dessa forma, poderiam participar mais plenamente do espírito do Encontro.

P: Como identificar essas inscrições sem hospedagem na ficha de inscrição? R: Por favor, coloque um asterisco na frente dos nomes desses equipistas e escreva na linha "OUTRAS INFORMAÇÕES": FICA-

RÁ HOSPEDADO EM RESIDÊNCIA PARTICULAR 13


P: De que forma devo pagar a inscrição de minha equipe? Vocês, Casais Responsáveis de Equipe, vão receber via correio um carnê do Banco do Brasil, com 15 parcelas. Mensalmente deverão preencher o valor correspondente ao número de pessoas inscritas da sua equipe, pagando até o vencimento em qualquer banco.

P. Como incluir ou excluir um participante de equipe já cadastrada? R: Depois de ter confirmada a inscrição, você, CASAL RESPONSÁVEL DE EQUIPE, receberá uma ficha para exclusão de algum equipista que queira desistir e outra de inclusão para alguém que decidiu se inscrever. P: Os casais de uma equipe que

ainda esteja em pilotagem podem se inscrever para o encontro? R: Sim, podem, mesmo porque uma equipe em pilotagem já é uma Equipe de Nossa Senhora, com todos seus direitos e responsabilidades. Mas é importante não esquecer de preparar essa equipe para o espírito que deve prevalecer nesses Encontros, que é de oração, confraternização e de aceitação e não de passeio ou turismo.

P: Posso levar filhos ou algum parente? R: NÃO. Não temos estrutura para acolher e organizar esses casos. Aproveitem esse tempo para vocês, como casal, viverem um tem14

po especial, de namoro e aprofundamento. Nós todos temos esse direito.

P: Se alguém tiver uma situação muito peculiar, há possibilidade de ser aberta alguma exceção? As exceções somente poderão ser consideradas se algum casal tiver um caso muito especial (mas muito especial mesmo), a ser analisado caso a caso. Assim o interessado deve entrar em contato com a Comissão Organizadora Nacional, para que se possa estudar o assunto e verificar se é possível dar uma solução ao caso. P: Até quando poderemos fazer a inscrição? R: Nós aceitaremos as inscrições enquanto houver disponibilidade de alojamento. Dentro de nossas projeções, estamos trabalhando com a adesão de 5000 a 7000 equipistas. Após esse número, a inscrição ficará sujeita a confirmação pela Comissão Organizadora Nacional. Queremos deixar bem claro que, a partir de 30/4/2002, as novas inscrições serão reajustadas e divididas em parcelas iguais equivalente ao período restante, conforme tabela que será publicada nas edições da Carta Mensal. Assim, por exemplo, quem se inscrever em agosto pagará o total em 11 parcelas (e não mais em 15).

P: De que modo podemos prati-

car a solidariedade? R: Solidariedade é parte integrante do espírito do nosso Encontro. Cada equipe vai descobrir de que CM 372


jeito poderá ajudar algum casal ou conselheiro espiritual a participar. As equipes que, por problemas fmanceiros, não possam ir deveriam se cotizar, no Setor ou na Região e sortear ou indicar um casal para representá-las no evento. Cada Setor ou Região deve ter uma preocupação para trabalhar esse assunto com muita criatividade, procurando encontrar outras fórmulas, além das já sugeridas.

Se porventura houver mais alguma dúvida, queiram, por favor, entrar em contato com a gente. VAMOS PRA FRENTE!

Orlando e Wilma Pela Comissão Organizadora Nacional Fone (11) 4587.4684 orlandoewilma@uol.com.br

ATENÇAO: Encontro Nacional de Brasília Valores a serem pagos para novas adesões de equipistas: meses de MAIO e JUNH0/2002

1. COM hospedagem em Brasília

Inscrições enviadas

-

n" Parcelas

------~-:--::--~~~----,

Valor

até 05/05

13

R$ 30,72 e a 14a parcela com os ajustes necessários.

até 05/06

12

R$ 33,28 e a 13a parcela com os ajustes necessários

2. SEM hospedagem em Brasília

Inscrições enviadas

n" Parcelas

Valor

até 05/05

13

R$ 12,29 e a 14a parcela mais os ajustes necessários

até 05/06

12

R$ 13,31 e a 13a parcela com os ajustes necessários

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JUBllEU DE PRATA DE EQUlPE 2

5 Anos de Vida em Comum

No dia 26 de fevereiro deste ano, a Equipe 4B -Nossa Senhora de Fátima, de Sorocaba, comemorou suas Bodas de Prata, período em que nossa família equipista foi se consolidando, crescendo, tornado-se adulta na fé, na amizade, na vivência do carisma do Movimento, como também passando por momentos de crise, com a saída de alguns de seus casais. Hoje, nossa equipe jubilar mantém o mesmo grupo de casais, já há alguns anos, empenhada em sempre cultivar a assiduidade em nos abrirmos à vontade e ao amor de Deus, desenvolver a capacidade para a verdade e aumentar a capacidade de encontro e comunhão, cada qual com seus dons peculiares. Desde a nossa fundação, quando éramos sete casais desconhecidos, nosso amor mútuo foi crescendo, ao tempo em que vinham nossos filhos que se integravam à vida de todos os casais. Tivemos 5 conselheiros espiri16

tuais, D. Antonio Maria Mucciolo, D. João Evangelista Marinho Falcão, Pe. Isaac Isaías Valle, Pe. Ricardo Dias Neto (desde seminarista), Pe. João Carlos Orsi, e novamente Pe. Ricardo, cada um contribuindo com seus ensinamentos e orientações para que pudéssemos chegar onde estamos. Dos casais fundadores quatro permanecem na equipe (Sílvia e Chico- Casal Responsável da Super Região Brasil, Sandra e Paulo, Zélia e To ninho e Janete e Nélio ), aos quais vieram somar Brasília e Armando e Claudete e Vande, formando um grupo que se apoia e se aceita sempre, tanto nos momentos de alegria como nos momentos de dificuldade. Que a Virgem de Fátima permaneça nos protegendo e nos dando forças para continuar nossa missão de equipista no mundo.

]anete e Nélio Equipe 4B - N. Sra. de Fátima Sorocaba, SP CM 372


Ordenação Episcopal

Ordenação Presbiteral No dia primeiro de janeiro de 2002, tivemos a Ordenação Sacerdotal, do diácono Edilberto Cavalcante Reis, conselheiro da Eq. 3 - N. Sra. das Graças, da Coordenação de Quixadá. Edilberto é filho do casal Oleida e Reis (in memoriam), equipistas por longos anos em Fortaleza, CE. A cerimônia de ordenação aconteceu na Catedral de Jesus, Maria e José, em Quixadá e Edilberto foi ungido pelas mãos de Dom Adélio Tomasin, nosso bispo diocesano. As Equipes de nossa cidade participaram da organização da grande festa, tanto na liturgia, como na confraternização, após a belíssima celebração. Socorrinha e Marcélio CRC Quixadá, CE

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A Diocese de Santo André e os equipistas de Nossa Senhora da Região São Paulo Sul I, viveram momentos de muita alegria e emoção com a sagração de seu novo bispo, Dom Airton José dos Santos, que foi nomeado Bispo auxiliar de Dom Décio Pereira, na diocese de Santo André. SP A cerimônia de sagração aconteceu no Ginásio Poliesportivo, em São Bernardo do Campo, às 17:00 horas do dia 2 de março de 2002. Dom Airton há 15 anos acompanha as Equipes de Nossa Senhora como conselheiro de Equipe e também como SCE da nossa Região. Ele é um entusiasta do Movimento e sabe valorizar tudo aquilo de bom que os casais equipistas fazem para o bem da farm1ia.

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Bodas de Ouro No dia 19 de abril de 2002, o casal Norma e João Evangelista da Silva, da Equipe 1 N. Sra. Auxiliadora, de Niterói, RJ, celebrou suas Bodas de Ouro.

falecimentos Floriano (da Natália), ocorrido no dia 19 de dezembro de 2001Eq. llB - N. Sra. das Graças- Rio de Janeiro. Padre }avier Saez de Ybarra, ocorrido no dia 22 de fevereiro de 2002- SCE da Eq. 12B- N. Sra. da Alegria- São Paulo João Guilherme Coutinho Braga (da Alceste), ocorrido no dia 6 de março de 2002- Eq. 1D-I- Brasília Carlos Alberto Estrela (da Oneide), ocorrido no dia 18 de março de 2002- Eq. 95E - Rio de Janeiro. Waldir Lima Torres (da Rosane), ocorrido no dia 19 de março de 2002- Eq. 56A- Rio de Janeiro

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NOSSA SENHO~ NA VlDA DA FAMlllA O que significa Nossa Senhora para a família? Nossas considerações não pretendem esgotar o assunto. O papel que Nossa Senhora desempenhou é muito mais vasto do que aquilo que conhecemos e do que foi dito a respeito dela. Aliás, os títulos que, freqüentemente, e tradicionalmente nós católicos atribuímos a Nossa Senhora, na verdade, podem até obscurecer um pouco o papel desempenhado por ela. A sensação é a de que a colocamos longe demais de nossa existência e da existência que efetivamente ela viveu. Quantas vezes nós a

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chamamos de Rainha, por exemplo. Que sentido tem chamá-la de Rainha? Não quer dizer que Nossa Senhora não seja Rainha, ela é. Mas, não é verdade que esse título pode nos levar a considerá-la como uma criatura que não conheceu a dor, o medo, a impaciência, a dúvida? Não é verdade que somos levados a imaginar Nossa Senhora caminhando pelas ruas de N azaré, pelas estradas da região, com uma visão lúcida e clara de todas as coisas, enquanto ao redor de si, centenas de mulheres viviam, como hoje, na dúvida, na doença, na pobreza,

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carregadas e carregando filhos? Mulheres, vítimas dos homens ou da sociedade machista, engravidadas e abandonadas, rejeitadas dentro da própria casa, consideradas como objeto, sofrendo falta de apoio, de compreensão, de amor e de perspectiva de vida? A exaltação de Nossa Senhora, colocando-a fora da realidade por ela vivida e, portanto, distante darealidade que nós vivemos, é esvaziar o conteúdo teológico autêntico da devoção àquela que é tudo, porque é Mãe de Jesus. A Encarnação de Jesus deu valor à nossa matéria, deu sentido à nossa vida. Com a Encarnação de Jesus, a realidade humana como que divinizou-se porque Jesus entrou nela e nós, ao tocarmos a realidade, tocamos o instrumento da manifestação da divindade, tocamos o mistério. "Se o Verbo se fez carne, toda a carne se fez Verbo, isto quer dizer que todo o universo se tornou Palavra de Deus". A fanu1ia de Nossa Senhora não era rica, mas também não era pobre, pois José tinha uma profissão, era carpinteiro, portanto, tinha uma fonte de renda. Do ponto de vista material, Nossa Senhora não fugia à normalidade de vida das mulheres da sociedade em que viveu no seu tempo: trabalhava, visitava parentes e amigas, rezava em casa e no templo, freqüentava as festas religiosas etc. O que realmente distinguiu Maria, em relação às outras mulheres e aos homens do seu e do nosso tempo, foi o seu relacionamento com Deus. Nisso ela se distinguiu! 20

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O que realmente distinguiu Maria, em relação às outras mulheres e aos homens do seu e do nosso tempo, foi o seu relacionamento com Deus. Dizem que orar é "estar com Deus". Maria foi alguém que "esteve com Deus" o tempo todo. O Evangelho de Lucas (2, 51) diz que Maria "guardava no seu coração" o que acontecia com Jesus, e as coisas que ele fazia. Nossa Senhora estava sempre com Deus. Estando com Deus, o seu trabalho era sagrado e o seu esforço tornava-se oração. Deus estava sempre presente no coração de Maria, portanto sua casa era verdadeira Igreja doméstica, lugar onde se cultivava o amor, a oração e a escuta da palavra. Nesse contexto, os acontecimentos tornavam-se manifestação do Verbo, e a vida assumia um sentido plenificador, de esperança e fé. Este é o exemplo de Maria para a fanu1ia: uma mulher que viveu um profundo relacionamento com Deus, como mulher, como esposa, como mãe e como membro de uma sociedade que tinha problemas e expectativas. Maria lutou e superou tudo porque tinha fé e esperança inabaláveis.

CNBB - Setor Família CM 372


SÃO JOSÉ, OPERÁRlO, UM HOMEM DE BEM Trata-se de uma das figuras importantes do Novo Testamento e, no entanto, as escrituras nos contam pouca coisa sobre ele. Mas, se refletirmos um pouco, poderemos conhecer a grandeza de seu espírito e a fibra com que assumiu sua missão. Segundo nos contam os escritos apócrifos, isto é, os que não são considerados inspirados e, portanto, não aparecem na Bíblia, São José, o operário, que Deus considerou como a pessoa certa para receber seu filho e cuidar de sua formação, era homem de muita sabedoria e também grande conhecedor do ofício de carpinteiro. Escolhido por Deus, deve ter tido, devido à sua condição humana, muitas preocupações. Em primeiro lugar, a gravidez de Maria que o deixou aturdido, até o momento em que recebeu a palavra esclarecedora que Deus lhe enviou em sonho. Depois, quando chegou a Belém, com a esposa, obedecendo ao edito do imperador Augusto, deve ter passado por momentos angustiantes, uma vez que o nenê estava para nascer, e que Maria, quase menina, precisava de um lugar onde pudesse ter seu filho. Ele até fizera um bercinho de madeira de cor delicada, com todo o capricho que sabia ter no seu trabalho. Na certa, sonhara em dar o melhor que podia a sua esposa e, agora, via que as coisas se passavam de uma maneira muito diferente. CM372

Mas, enquanto caminhava preocupado, pelas ruas, estrangeiro na sua cidade natal, não desanimou ante os olhares desconfiados dos que abriam a porta, e as palavras ásperas com que lhe negavam acolhimento não lhe quebraram a fibra. Aquele menino dependia dele. E lá vai o carpinteiro procurando um abrigo. A manjedoura que, finalmente lhe cederam não era, absolutamente o melhor lugar, mas estava quente e a palha com que a forrou, amorosamente, parecia macia e acolhedora. O rebento, agora, podia chegar... Depois do nascimento de Jesus, criança saudável, graças a Deus, quando os problemas pareciam re21


solvidos, eis que a mesma voz lhe aparece, de novo, quando dormia, e lhe sussurra que devia partir para o Egito, uma coisa que, definitivamente, não estava nos seus planos. Mas não teve dúvidas. Deixou para trás o lugar onde era conhecido e respeitado e teve de começar tudo de novo. Enfim, com paciência e serenidade, venceu o tempo de exílio, até que pode voltar para a Galiléia e continuar, em paz, a criação do seu menino. Mas a Bíblia nos conta que, além das preocupações naturais de um pai, passou por um momento de aflição quando, voltando de Jerusalém, onde fora com sua família para as festas da Páscoa, seu filho desapareceu e ele precisou voltar atrás, junto com Maria, para encontrá-lo. O garoto, então com doze anos, falou, com simplicidade, que estava tratando das coisas de seu Pai. José não entendeu direito, chegou a ficar intrigado, mas o importante é que o menino estava, agora, ali, ao seu lado, em segurança. Porém, enquanto caminhava silencioso, o carpinteiro pensava que aquele seu filho, definitivamente, era muito diferente dos outros ... E sabemos, com certeza, que São José continuou cuidando de Jesus, por uma frase que aparece depois

no Novo Testamento. Quando já homem feito, mergulhado na sua missão, Cristo foi um dia para "Nazaré, onde se havia criado" e encantou o povo com o que disse. Todos, então, se admiraram e diziam: "Este não é o filho de José?" (Lc 4, 22). Penso em São José, humilde na sua oficina, o coração, como o coração de todos os homens, cheio de indagações nunca respondidas e de planos nunca realizados enquanto as mãos experientes trabalhavam a madeira abençoada e surge no meu espírito a figura do pai. Ele nos faz pensar em todos os pais simples, humildes até, mas cheios de sabedoria e amor que acolhem com ·carinho seus filhos, procuram proporcionar-lhes tudo o que precisam, mesmo que isso signifique muito trabalho e despojamento. Não hesitam em mudar sua vida para que sejam felizes e permanecem presentes ao lado deles, ensinando-os pelo seu exemplo e amando-os até o fim. Heróis anônimos dos quais só Deus conhece o verdadeiro valor. Como disse um sacerdote mexicano, "José teve um sonho, e o sonho lhe bastou."

Wilma (do Orlando) Equipe 2A - ]undiaí, SP

"Nada se sabe a respeito dele, a não ser que aceitou o mistério no qual tomaria parte. Não fez perguntas, tampouco respondeu a perguntas. Fez apenas o que achava que devia fazer. O carpinteiro de Nazaré, justamente porque não questionou o mistério, superou o mistério com a tranqüilidade de sua fé". Carlos Heitor Cony

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MAOSAMlGAS lNSEPARÁVElS Neste mundo em que vivemos, sentimos que as máquinas realizam grande parte das atividades diárias que no passado eram estritamente feitas por mãos humanas. Com isto, os empregos estão ficando cada vez mais difíceis e concorridos. Não obstante, inúmeros ofícios e trabalhos, graças a Deus, ainda continuam sendo executados por mãos humanas, do homem e da mulher. O lar onde convivemos, os móveis, as vestimentas, os livros, os alimentos, o som, o computador etc. tudo isto e muito mais, se deve ao trabalho das laboriosas mãos humanas. O casal já refletiu sobre a beleza, a importância e o simbolismo eloqüente de suas mãos, dádivas de Deus? Obviamente, que as mãos prestam-se a tudo. Criam paraísos, destroem existências, umas afagam, outras castigam; mãos de jardineiro plantam flores, constroem canteiros. Mãos de sacerdotes traçam bênçãos, distribuem perdão, apontam para Deus; mãos de artistas que manipulam a cerâmica, distribuem as tintas na tela, escrevem um poema, um livro. Mão do idoso que sustenta uma bengala amiga e ampara seus passos; na mão da criança uma boneca de pano recebe abraços e afagos carinhosos de mãe; com as mãos as mães nos acariciam, enxugam nossas lágrimas; o pai conduz o filho. Mãos do agricultor que lavram o CM372

campo, jogam as sementes e colhem as safras para alimentar nossas mesas. Mãos responsáveis dos médicos, das enfermeiras nos hospitais salvando vidas. Mãos dos cegos que lêem o alfabeto braile. Mãos que se juntam nas preces do Pai Nosso, da Ave Maria, ou na linguagem do amor. As mãos são mens.ageiras da paz, no aceno de uma partida, de uma chegada, de uma alegria, Muitas mãos nos orientam, como as dos guardas de trânsito. Muitas nos protegem de possíveis quedas, outras se desviam, nos insultam, nos esbofeteiam e às vezes até demonstram um ar de arrogância, ou de violência. Bem ou mal, podemos acioná-las a qualquer momento. Lembramos das mãos humanas pregadas em um madeiro. São elas que salvaram o mundo, com suor na fronte, com dores pelo corpo inteiro. Estavam imobilizadas, maldosamente pregadas e lembremos que ali foi iniciada uma grande obra, até hoje inacabada que é a redenção de todos nós. Que nós equipistas possamos ser humildes, cheios de fé, orantes, disponíveis, sempre de mãos abertas para acolher nos cumprimentos, carinhosas nas tristezas, reconfortantes nas dores.

Shirley e Gerson Eq. N. Sra. do Perpétuo Socorro Campo Grande, MS shirgerson@bol.com.br 23


ASSEMBLÉIA NA CARPlNTARlA Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças. Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; e alem do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito. Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes." 24

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar aspereza, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos. Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrario, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades ... isto é para os sábios!

Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. 5 - N. Senhora do Rosário Piracicaba, SP CM372


Meditando em Equipe Celebrando, neste mês, a festa de Pentecostes, encerramos liturgicamente o Tempo Pascal. Foram cem dias de profunda espiritualidade cristã. A quaresma nos levou a transformar nossos corações . Celebramos a Páscoa com coração novo. E tivemos a alegria de viver a experiência de sermos batizados, revestidos de Cristo. A espiritualidade conjugal e familiar se espelha nesta vida ressuscitada. A Ressurreição de Jesus, participada por nós, é o poço do qual tiramos, continuamente, água viva . Invoquemos sempre o Espírito Santo para não nos desviarmos do caminho da espiritualidade que é Jesus.

Meditemos, após a leitura de Tobias 8, 6-7 e 1a Coríntios 11, 11-12 Sugestões para meditação: Tobias e Sara fizeram sua oração conjugal pedindo a Deus misericórdia . Como praticamos a misericórdia entre nós? "Tudo, afinal , vem de Deus", disse Paulo aos coríntios. O casal cristão constrói diariamente sua união espiritual e profunda de esposos na experiência com Jesus Cristo. De que maneira estamos unidos a Cristo? Padre Ernani

..... ... .. .. . .. . .... .. .. ... .. ..... ... . ... .. Oração em Comum (Tobias 8, 5-8) Tu és bendito , Deus de nossos pais, e é bendito o teu Nome pelos séculos dos séculos . Bendigam -te os céus e toda a tua criação por todos os séculos . Tu fizeste Adão e lhe deste, como auxiliar e amparo, Eva, e de ambos surgiu a descendência humana . Foste tu que disseste que não era bom o homem ficar só : façamos para ele uma auxiliar que lhe seja semelhante. Agora, não é por luxúria que me caso com esta minha irmã, mas com reta intenção. Tem misericórdia de mim e dela, e que possamos chegar, ambos, a uma ditosa velhice. Amém, Amém !



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