ENS - Carta Mensal 373 - Junho e Julho/2002

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°373 • Junho - Julho I

2002

EDITORIAL

TEMPOS DE IGREJA

Da Carta Mensal .... .. .... ...... ... .. ....... .. . 01

Campahha da Fratern idade .. .... .. ...... 23 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ........ .. .. .. 25

SUPER-REGIÃO

Padre Flavio SCE .... ...... .... ..... ......... .. . 02 Bem Mal Entendido .... ..... ... ........ ... ... 03 Ser Casal Orante ...... .. ........ .... .. .. .... .. . 04

Maria, a Mulher Carismática .. .. .. ...... 30 Disponível como Maria ........ .. .. ...... .. 32 PARTILHA E PCE

CORREIO DA ERI

Carta de John e Ela ine Cogavin ........ 06 Casais, Sinais pa ra o Mundo .... ........ 09 Notícias Internacionais .... .............. .. . 11

Concurso para Criação da Logomarca do 1° Encontro Nacional das ENS .... 12 Concurso para Criaçã o do Hino do 1o Encontro Naciona l das ENS .. ....... 14 VIDA NO MOVIMENTO

Instalação do Pré-Setor Vale do Rio Pardo .. ........ .. .... .... ... .. .... Jubileu de Prata de Equipe .. ...... .... .. Mutirão 2002 ............ ...... .... .. .... .... .... Mutirão Setor B - Niterói .......... .......

A Regra da Vida ...... .. ..... .. .... ......... .... 33 DIA DOS NAMORADOS

Palp ites Paternos! .. .. .. .. .. .. ...... .. .. .... .. . 34 PASTORAL FAMILIAR

ENCONTRO NACIONAL DE BRASÍLIA

SER

MARIA

16 17 18 19

Sessenta Anos de Harmonia e União .. .. .... .. .. .. .. .... .. .... .. 35 ATUALIDADE

O Fundamental Equ ilíbrio entre Ceder e Mudar ............ .. .. .. .. .. .. 37 Reconci liação .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .... .. .... .. 39 É Hora de Viver! ...... .. .. .... .... .... .... .. ... 40 TESTEMUNHO

Instrumento de Conversão .. .. .. .... .... . 41 Por que Pertencer a uma Equipe ? .. 42 Uma Verdadeira Equipe .... .. .... ......... 43

CAS~L

Tenis e Frescobol ...... .... .. .... .. .. ........... 20 Como Casal , Deixamo-nos Conduzir por uma Fé Incondicional ? ........ .. .. ... 21 "Nunca Deixeis de Vos Formar" .... ... 22

Carta M ensal é wna publicaç<io mensal das Equipes de Nossa Senhora Edição : Equipe da Carta Mensal Cecília e José Carlos (responsáveis) Wilma e Orlando Soely e Luiz Augusw Lucinda e Marco

Jane/e e Nélio Pe. Eman i J. Angelini (Co/IS. espiritual) Jornalista Respousável: Catherine E. Nadas (uub 19835) Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres, 93 1 · SP Fone: (Oxx/1) 3873.1956

PALAVRA DO LEITOR . ...... ........... .. ....... 44 REFLEXÃÓ

Não Tenham Medo .................... ....... 47 Galhos Secos .. ...... ......... .. .... .. .. .. .... .. .. 48

Projeto Gráfico: Alessandra Ca rignani Foto de Capa: José Ca rlos Safes

Carias, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar . conj. 53

Impressão: Gráfica Benfica

01309·000 • São Paulo · SP Fone: (O:u /1 ) 3256. 1212 Fax: (O:u /1 ) 3257.3599

Tiragem desta edição: 15.500 exemplares

A/C Cecília e José Carlos

ca rtamensal @ens.o rg.br


"Oi, pessoar!" Festas juninas: muita pipoca, fogueira e quentão! O friozinho das noites de inverno ... Dançar quadrilhas, o casamento caipira e a devoção de nossos santos mais populares. Tudo isso nos leva a um passado, onde as coisas eram mais simples, a tecnologia de hoje era uma ficção ... Bons tempos estes que padre Flávio, de um modo tão especial, nos faz recordar no seu artigo. Hoje, os tempos são outros. Em nossas festas, dificilmente temos fogueiras, pau de sebo, mastro de Santo Antônio, São João, São Pedro, mas, em nossas vidas ... temos nossos computadores, que pluglados em rede mundial - a internet- nos ligam ao mundo instantaneamente; temos o mapeamento do DNA, que possibilitará a cura de muitas doenças que afligem a humanidade; a modernidade está aí para qualquer um ver. Só a dureza do coração do homem, como vemos no "Meditando em Equipe", em Mateus 19, 1-9, continua a mesma, desde a época de Moisés. Continuamos nos matando em nome de Deus, por esse mundo afora; continuamos pecando por omissão, por egoísmo ... Como equipistas, temos muito a fazer. Se na equipe de base nos fortalecemos espiritualmente, através dos meios proporcionados pelas Equipes de Nossa Senhora, que isso nos sirva para sairmos e transformarmos o mundo! Neste mês, temos alguns teste-

munhos sobre o tema "Ser Casal" (vejam a diferença entre o tênis e o frescobol); palavra da Super-Região, reflexões, a descrição de um Mutirão, um texto para os eternos namorados e a meditação do Pe. Ernani. Um destaque especial nesta edição são as manifestações de nossos leitores, inclusive da Guatemala, falando sobre a Carta Mensal, além de outros artigos, que estão aí para nos ajudar em nossa "Missão de Evangelizar o Mundo neste novo Milênio", à qual nos convida João Paulo II. Além disso, nossa Carta, que procura estar sempre presente nos momentos importantes do Movimento, foi até Brasília e, além de se encantar com as maritacas ta- - - -• garelas e os grandes espaços da Capital Federal, participou de duas reuniões sobre o Encontro Nacional de 2003 (4658 inscrições até 30/ 04). Reuniões longas e trabalhosas mas cheias de entusiasmo, em que brilharam a criatividade, a doação e a alegria de servir da Comissão Nacional e qa comissão Executiva (uma turma "quente" de Brasília, agora sob o comando de Mariola e Eliseu). Até um concurso para a escolha do hino e do logomarca do Encontro foi criado! E o regulamento está publicado nesta edição da Carta. Mãos à obra, equipistas com alma e talento de artista!

Boa leitura e "inté, pessoar!". Equipe da Carta Mensal


Prezados casais equipistas e conselheiros espirituais. Santo Antônio, São João, São Pedro. Basta isso, e logo a fantasia nos faz ver rezas, novenas, fogueiras, mastros, festões e bandeirolas, fogos, doces, milho e batatas assadas, quadrilha e quentão. E alegria, muita alegria no terreiro, à luz das estrelas e da lua, quando ela vem. Nessas festas e devoções, o nosso jeito de sermos cristãos encarnou uma liturgia alegre, que celebra a vida, o amor e a fraternidade. Um jeito de tratar os santos e santas, e até mesmo Maria, até mesmo Jesus e Deus mais ou menos como se fosse gente da família, sem formalidades e seriedades solenes. Sei que muita gente não se adapta a esse tipo de devoção e vê, nisso tudo, apenas religiosidade superficial e de tradição. Mais ou menos como aquele padre, do qual melembro muito bem, que vendo os romeiros em Aparecida fez a luminosa pergunta: "Será que essa gente tem noção da mariologia?" Será que esse povo, que dança à luz da fogueira, será que está de fato comprometido com Cristo? Não tenho dúvida que sim, e que lá do àlto, o Pai acompanha o ritmo batendo o pé naquele piso magnífico de que fala o Apocalipse, muito contente com a ·alegria de seus filhos. Sei que vocês muitas vezes já se perguntaram como fazer a oração familiar, sugerida nos PCEs. Talvez uma respos.ta esteja nas festas juninas. Em vez de insistir na repetição de fórmulas de oração, 2

mais ou menos consagradas, por que não tentar uma oração mais ligada à vida, ao momento, à festa que está sendo vivida pela farru1ia? Ajude seus filhos a orar com o corpo, com os gestos, comentando e recontando a alegria ou a tristeza que estão vivendo no momento. Mostrem como podem orar e louvar o Senhor saboreando alguma coisa gostosa, apreciando a forma e o perfume de uma flor, mergulhando na cachoeira e abrindo o rosto ao sopro do vento. Afinal, se orações fossem palavras, poderíamos inventar modernos moinhos de oração, melhorando a idéia de alguns tibetanos. Acontece que oração é atitude, é jeito de estar diante do Senhor, em comunhão com ele, vendo, escutando suas palavras e os grilos que cantam, conversando, sentindo os cheiro das pessoas e das coisas, o calor do sol ou o frio da noite, as nossas fraquezas e as nossas esperanças, apreciando as maravilhas que fez e saboreando as pequenas vitórias que tivemos. Não sei, imagino que suas crianças, seus adolescentes e seus jovens compreendem esse tipo de oração, e podem até ensiná-lo a nós, tão seguros com as nossas orações tão certas. Santo Antônio, São Pedro, São João estão chegando. Oportunidade para tentar uma festa diferente, ou um outro jeito de rezar.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr CM 371


BEM MAl ENTENDlDO Olá, gente amiga, Engraçada a nossa língua portuguesa. As palavras podem confundir, levar-nos a interpretar as coisas de forma diferente, principalmente se a gente se preocupa mais com o nome do que com a função, com o que salta à vista do que com o sentido. "Bem mal entendido" pode ser um tremendo de um mal-entendido e causar confusão, desgostos e, por vezes, até brigas. Mas "bem mal entendido" pode ser entendido como uma coisa (um bem enfim) que não se compreendeu bem, mas que, justamente por não ter sido bem compreendida, acaba, às vezes, relegada a segundo plano, perdendo seu valor, não tendo mais importância. É um bem assim, nem sempre bem compreendido no seio das Equipes de Nossa Senhora, que queremos enfocar: o Casal Ligação. E o mal-entendido desse bem tem urna dupla mão de direção: a dos Casais Ligação que não acreditam no seu valor e a das equipes que não lhes dão a merecida importância. A LIGAÇÃO é urna função vital no nosso Movimento. É ela que faz circular a seiva, a vida, as experiências; que toma a comunicação algo concreto e pessoal. Se tomarmos a história das ENS, veremos que este serviço de levar e trazer a vida que se partilha em cada equipe é fruto de urna LIGAÇÃO. Se pararmos para pensar que, após 63 anos de existência, o Movimento chega forte aos nossos corações, isto se deve muito aos elos das ligações CM 371

que teceram, num incansável ir e vir ao longo dos anos, o ideal abraçado por 4 casais e um padre, a partir dos idos de 1939. Não há razão alguma para deixar de acreditar, não na palavra CASAL LIGAÇÃO, mas no seu sentido ftmdamental, no vigor desse serviço ao Movimento. Não dá para entender, e aqui é um grande mal-entendido, CASAIS LIGAÇÃO desmotivados diante de suas equipes, achando que não têm nada a fazer, nem a acrescentar. Não dá para entender, e aqui é um "BEM'' mal entendido, certa rejeição, certa apatia, certo desinteresse dos equipistas em relação ao olhar de fora que o CASAL LIGAÇÃO lança sobre nossa equipe, e que permite descobrir certos descarninhos, acomodações que, pela solicitude amorosa, o CASAL LIGAÇÃO pode ajudar a equilibrar. Aos CASAIS LIGAÇÃO e às equipes de cada LIGAÇÃO, não deixemos que esse bem seja mal-entendido. Que pela dupla mão da direção na qual trafegam as riquezas do nosso Movimento não se percam as forças, não deixem de ser apontados os perigos, não se obstrua o entusiasmo. Que tenha trânsito livre o ideal da construção de uma sociedade que encare o rnatrirnônio cristão corno urna possibilidade de vivência plena do amor e caminho de santidade. Enfim, que tal bem não seja malentendido, que ligações e ligados não fiquem à beira do caminho. Com o nosso carinhoso abraço,

Silvia e Chico 3


Palavra do Provincial

SER CASAl ORANTE Para nós, uma das passagens mais comoventes dos Evangelhos é aquela de Lc 11,1-4, na qual um discípulo de Jesus, vendo-o rezar, pede: "Senhor, ensina-nos a rezar". É a criatura humana desejosa de transcendência, mas consciente da impossibilidade de, por si só, dar vôos mais altos. E Jesus nos legou, então, o "Pai Nosso". Em Mt 6, 6, antecedendo o ensino do "Pai Nosso", Jesus ensina: "Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á". É como nos dizia, certa vez, uma criança: "Uma formiga preta, numa pedra preta, numa noite escura ... Deus vê!" Frei Ignácio Larrafíaga, no seu livro "Mostra-me o teu rosto", comentando esta passagem de Mateus, escreve: "É fácil fechar as portas de madeira e puxar as cortinas das janelas de vidro. Trata-se aqui, de algo muito mais impalpável. Este aposento interior é outro 'aposento', esta porta é outra 'porta', e este en4

trar é outro 'entrar' É um encontro singular, de duas pessoas singulares, que se fazem mutuamente presentes em um aposento, particularmente singular: em espírito e verdade" Remete-nos, certamente, aJo 4, 21-23, ao encontro de Jesus com a samaritana: "Mulher, acredita-me, vem a hora em que não adorareis o Pai, nem neste monte, nem em Jerusalém. Mas o

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tanto, incluiu essa "obrigação" na "Carta", sendo traduzida, no Brasil, por "Meditação" (Um homem arrebatado por Deus - páginas 97 a 100). O mais novo documento do MoContinua Frei Larrafí.aga: "Para que Deus 'apareça', para que sua vimento, o "Guia das Equipes de presença, na fé, se torne densa e Nossa Senhora", define de maneiconsistente, é necessária uma aten- ra precisa este Ponto Concreto de ção aberta, purificada de todas as Esforço: "Encontrar o Senhor, toaderências circundantes, a fim de dos os dias, numa prece silenciopreparar uma acolhedora 'sala de sa". Consiste em ter um tempo para visitas', vazia de pessoas. Quanto estar a sós com Aquele que nos mais silenciarem as criaturas e as ama. É um tempo de escuta silenimagens, quanto mais despojada es- ciosa, de coração a coração, um tiver a alma, tanto mais puro e pro- tempo de descoberta e de acolhimento do projeto que Deus tem para fundo é o encontro". Este encontro profundo com Je- nós. Não existem regras rígidas sus Cristo, Pe. Caffarel o vivenciou para rezar. Cada pessoa decide o quando tinha vinte anos: "Isso me que é apropriada para ela (quando, marcou e, desde esse dia, só tenho . onde e como). O que parece mais um desejo: poder entrar mais nessa importante para desenvolver essa intimidade com Cristo, e outro de- profunda união com Deus é a persejo mais: trazer outros para ela, por- severança e regularidade. A oração conjugal será mais fáque isso foi capital em minha vida, isso deu-me a alegria de viver, a gra- cil, mais autêntica e profunda quança de viver, o impulso para viver. do a Escuta da Palavra de Deus e a Por isso, não posso deixar de dese- oração silenciosa são uma prática jar aos outros esse encontro com regular dos dois esposos (Guia das Cristo vivo, essa descoberta de que Equipes de Nossa Senhora - págiDeus é amor" (Um homem arreba- nas 24 e 25). Isto não é perda de tempo, ativitado por Deus - página 20). dade estéril, alienante. "É uma neO meio, para tanto? Este profeta do século XX nos indica, a ora- cessidade vital, sem a qual permação, e principalmente a oração si- neceremos sempre infantis, ou melenciosa, denominada "oração inte- lhor definharemos" (Um homem rior". Essa "oração interior", tão arrebatado por Deus - páginas 100 necessária espiritualmente, o Pe. e 101). É dom de Deus, graça Caffarel não ousou inscrevê-la en- santificante, a nos cobrar reverêntre as "obrigações" dos casais das cia respeitosa, responsável e fiel. Equipes de Nossa Senhora. Mais Márcia e Luiz Carlos tarde, lamentou não tê-lo feito. A CR Província Nordeste Equipe Dirigente, em 1970, entre-

vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja".

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CARTA DE JOHN E ElAJNE COGAVJN Caros amigos das Equipes: Nós somos John e Elaine Cogavin. Vivemos na Irlanda com nossos três filhos de 25, 23, e 17 anos. Somos membros das Equipes de Nossa Senhora há 16 anos e pertencemos à Equipe Responsável Internacional desde julho do ano passado. Com esperança, pedimos a Deus que possamos executar nossa tarefa, no serviço das Equipes, com muito amor, sinceridade, enfim com o melhor de nós mesmos sob a conduta do Espírito Santo. Esta nossa primeira carta que estamos enviando a vocês do mundo inteiro é inspirada no atual tema

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de estudo "Ser Casal Cristão hoje na Igreja e no Mundo". Ele nos encoraja a nos interrogarmos sobre a maneira de ser pessoa humana e cristã. Achamos importante refletir sobre o fato de que pessoalmente, em certas ocasiões, nós não temos sido uma pessoa segundo a vontade de Deus; em outras, experimentamos o sofrimento da exclusão, da solidão, do desespero ou da ferida. Pensando nesses momentos, nós nos lembramos da ajuda, do apoio ou do encorajamento que nos foram dados por um amigo atencioso que conseguiu nos envolver na sua ternura e na sua doçura quando tivemos necessidade disso. Isso pode se

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manifestar sob a forma de um olhar de apoio ou de um sorriso, de um gesto de solidariedade em tempos de solidão; uma tal compaixão nos tocou e nos libertou do isolamento em que vivíamos. Pensamos nessas pessoas como um impacto em nossas vidas. Eles transformaram nossos receios, nossa solidão, nosso sentimento de estar perdidos, em um espaço de liberdade, de esperança, de reconhecimento pessoal. Então, nós percebemos como cada um de nós é chamado a cumprir uma missão como pessoa.

Nosso desafio Freqüentemente, no nosso mundo tão confuso, é fácil não prestar atenção nas rupturas, nas feridas , na solidão que existem em torno de nós. Nosso primeiro desafio é tornarmo-nos conscientes daqueles que têm necessidade de apoio. A necessidade pode se encontrar muito perto, no lugar em que vivemos, na nossa família, no nosso ambiente de trabalho, na nossa comunidade. Hoje, cada vez mais, as pessoas sofrem por: • falta de confiança em si mesmas; • rupturas de relação e divisões; • medo do desemprego ou de passar a pertencer a um nível de vida inferior; • doenças que impeçam de levar uma vida normal na sociedade; • alienação da Igreja, da Comunidade ou da sociedade. Jesus nos disse no Sermão da Montanha: "Tudo, portanto, quando desejais que os outros vos faCM 371

çam, fazei-o, vós também, a eles". (Mt 7, 12)

Nossa resposta Como podemos responder a essas situações? Em primeiro lugar devemos tomar consciência dos problemas. Para conseguir isso, devemos nos libertar das preocupações mundanas. Devemos nos tornar disponíveis para responder às necessidades que descobrimos à nossa volta de uma maneira tranqüila, com sensibilidade e imaginação. Com espírito de humildade, devemos amparar os outros e encorajá-los a se libertarem, mas também, ter o cuidado de deixar-lhes o espaço necessário para que possam progredir na liberdade. Foi dentro desse espírito que o Pe. Caffarel evocou o dever da hospitalidade.

Nosso Guia Existem muitos modelos desse espírito de hospitalidade, mas o maior de todos é o próprio Jesus, que ensina esse espírito no mais alto nível. Ele passou uma grande parte do seu tempo na terra nos ensinando e mostrando a melhor maneira de nos aproximarmos realmente daqueles que encontramos. Temos muitos exemplos tais como: • Zaqueu, que queria fazer parte dos seguidores de Cristo e mudar de vida. A resposta de Jesus foi, para ele, uma tomada de consciência, uma abertura, um chamado, um convite e uma pertença. "Com efeito, o filho do homem veio procurar 7


e salvar o que estava perdido". (Lc 19, 10) •

A mulher surpreendida em estado de adultério, considerada culpada e excluída. A resposta de Jesus foi criativa, objetiva, uma resposta que não condenava, mas perdoava e que levava à reconciliação. "Eu tam-

bém não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais". (Jo 8, 11) •

Os leprosos, devido à sua doença, eram segregados. Jesus respondeu ao rejeitado com abertura e ao estrangeiro com disponibilidade, atenção, força e afirmação. "Levanta-te e vai! Tuafé te salvou". (Lc 17, 19) • Maria e Marta na hora da morte de seu irmão Lázaro. A resposta de Cristo foi: tomada de consciência, encorajamento, humanidade, atenção, esperança e profunda compaixão. "Jesus derramou lágrimas". (Jo 11, 36) Jesus respondeu a cada um deles de uma maneira diferente, mas ensina a todos a necessidade de uma tomada de consciência, de abertura, de uma atitude que não condena. Importante também era o espaço que Ele deixava a cada um para que a pessoa pudesse se curar e o amor que demonstrava nas diversas situações.

Noss a missão Como Jesus, precisamos ter uma resposta para o mundo em que v1vemos. Como Henri Nouwen diz no seu livro "Nous atteindre": "Do ponto de vista da espirituali8

Com espírito de humfldade,devemos amparar os outros e encorajá-los a se libertarem, mas também, ter o cuidado de deixar-lhes o espaço necessário para que possam progredir na liberdade. dade cristã, é importante sublinhar que cada homem é chamado a ser alguém capaz de curar os outros." As Equipes de Nossa Senhora nos ajudaram muito no desenvolvimento de nossa espiritualidade cristã, ao longo dos anos. Hoje, nossa equipe e nosso tema "Ser Pessoa" e "Casal Cristão no mundo" podem nos inspirar para nos aproximarmos dos outros com um novo espírito de amor. Dessa maneira, podemos viver nossa missão de ser pessoa, como o profeta Miquéias escrevia no Antigo Testamento: "Já te foi indicado, ó homem, o que é bom, o que o Senhor exige de ti. É só praticar a justiça, amar a misericórdia e viver humildemente com o teu Deus" (Mq 6, 8). Que Deus os abençoe.

John e Elaine Cogavin CM 371


Palavra do Conselheiro

CASAIS, SlNAlS PARA O MUNDO Queridos amigos das Equipes: Nosso "Correio da ERI" , trata de assuntos que constituem o tema de conjunto "Ser Casal Cristão na Igreja e no mundo", cuja redação está quase terminada. No centro da perspectiva, temos hoje o casal, sinal e presença concreta do amor de Deus no mundo. Não é o centro da vocação -ou da missão - dos casais cristãos dar testemunho do amor de Deus? Mas isto é uma realidade? Podemos nos interrogar: no nosso mundo sacudido pela violência, como reconhecer que Deus nos ama, uma vez que tantos hesitam ou vacilam na fé? Deus está presente? Ele está próximo ou afastado? Ou, pelo menos, Ele nos faz algum sinal? · No seu precioso livrinho "Orar 15 dias com Henri Caffarel" (que deve ser traduzido nas diferentes línguas dos equipistas), Jean Alemand reproduziu uma passagem maravilhosa em que o nosso fundador, à maneira do poeta francês Péguy, faz com que Deus fale sobre o sentido que Ele dá à criação do casal. Assim, Deus disse: "Agora acordou em mim a necessidade de revelar o melhor de mim mesmo ... eu te criei, casal humano, à minha imagem e semelhança ... enfim havia surgido o amor para revelar o meu amor. Casal humano, minha testemunha privilegiada ... " (em Roma, no dia 15 de maio de 1970). Casais, no seu amor, vocês são a imagem de Deus que é Amor, voCM 371

Podemos nos interrogar: no

nosso mundo sacudido pela violência, como reconhecer que Deus nos ama, uma vez que tantos hesitam ou vacilam na fé?

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cês revelam que Deus é, Ele próprio, uma perfeita união das Pessoas divinas. Imagem de Deus? Talvez pode ser, quando tudo está tranqüilo, mas, e quando nada vai bem? E quando o amor perde o sabor, quando o amor é ferido? A imagem é desfigurada, o sinal não se manifesta. O amor de Deus, nesse caso, está ausente? Eu deixo que a liturgia que se dirige a Deus, Pai santo, criador responda a essa pergunta: "Quando, pela desobediência, perderam a vossa amizade, não os abandonastes ao poder da morte, mas os socorrestes com bondade ... e ainda mais, oferecestes muitas vezes aliança aos homens e mulheres ... E de tal modo, Pai santo, amas-

tes o mundo que nos enviastes o vosso próprio Filho ... " (Prece eucarística IV). E nós sabemos que o Filho se fez um de nós. Ele não hesitou em se fazer servo dos homens; aceitou a condição de servo sofredor, de rosto desfigurado. Ao lado de todos os feridos no seu amor e na sua vida, Ele não cessa de reconciliar, de oferecer a Aliança de Deus com os homens. Mesmo no sofrimento, mesmo lá, onde o pecado nos atinge, o casal continua sendo chamado a viver a Aliança de amor na qual Cristo se doa. Na felicidade ou nos momentos de dor, os casais são chamados a permanecer na Aliança, habitados pela presença fraterna de Cristo Salvador. Eles serão verdadeiros sinais de sua presença se perseverarem num amor fiel, fecundo, um amor de dois corações unidos no coração de Deus. Nas nossas sociedades às quais muitas vezes faltam parâmetros, ou, melhor dizendo, esperança, vocês, casais, têm a vocação de ser testemunhas das fontes sempre vivificantes de seu amor, de ser sinais preciosos da imagem e da presença de Deus. Testemunhas daquele que nos chama a dar nossa vida por aqueles que amamos, a amar como Ele nos ama. E isso é possível porque o amor de Deus desde sempre e para sempre é para os que guardam sua Aliança. ( Sl 103, 17)

Pe. François Fleischmann Sacerdote Conselheiro Espiritual da ERI CM 371


NOTÍCIAS 1NTERNAC10NA1S As Equipes satélites

As Equipes na Polônia

Na reunião do Colégio Internacional, em Houston, no mês de julho de 2001, ficou decidido que ao lado da Equipe Responsável Internacional (ERI) fossem constituídas equipes encarregadas de trabalhar um ponto particular da vida de nosso Movimento, a fim de estar mais perto das preocupações dos equipistas e de fazer propostas de crescimento sobre temas escolhidos pela ERI em conformidade com o colégio. São cinco equipes voltadas para: 1. A pedagogia e a ética das Equipes; 2. A formação; 3. A pesquisa e a reflexão sobre o casamento e a espiritualidade conjugal ; 4. A missão das Equipes no mundo e sua expansão; 5. A comunicação. As quatro primeiras equipes são coordenadas por Cario e Maria Carla Volpini, membros da ERI e a equipe de comunicação é coordenada pelo Secretariado Geral Internacional. Cada equipe é pilotada por um casal responsável pertencente a um país que não está representado, atualmente, na Equipe Internacional (Austrália, USA, Espanha, Portugal e França para a comunicação). Elas são formadas por equipistas de diferentes Super-Regiões, o que assegura uma verdadeira internacionalidade no trabalho. Todas essas equipes estão, desde 23 de janeiro, data de reunião de seus responsáveis, trabalhando sobre os assuntos que lhes foram confiados.

No ano passado, por ocasião de uma sessão da qual participavam Gerard e Marie Christine de Roberty, responsáveis da ERI, um grupo de casais poloneses, empenhados em desenvolver a espiritualidade conjugal no quadro de um movimento de leigos, pensaram em criar as Equipes de Nossa Senhora na Polônia. Nesse país, já existe o movimento "Igreja Doméstica", largamente inspirado na pedagogia e na Carta das ENS, mas que evoluiu recentemente para uma direção que não corresponde mais àquela desejada por seus fundadores. A partir da idéia do grupo de casais poloneses, mais de 150 pessoas se reuniram durante um fim de semana e 12 equipes foram formadas. No mês de maio, Jean-Louis e Priscilla Simonis, membros da ERI, responsáveis pela zona Europa Central estarão na Polônia para participar da animação da primeira sessão de formação sobre o tema da pilotagem das equipes. Queremos cumprimentar, de maneira especial, os nossos irmãos e irmãs poloneses pelo seu trabalho cheio de entusiasmo num contexto bastante difícil. Rezemos pelo sucesso de sua iniciativa. Eles têm um site na internet: www.end. win.pl

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Gérard e Marie-Christine de Roberty 11


Regu1amento Concurso para Criação da

LOG01\11ARCA DO 1 o ENCONTRO NAClONAl DAS ENS Super-Região Brasi1 A comissão organizadora do 1o Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, que se realizará em Brasília de 17 a 20 de julho de 2003, apresenta o Regulamento do Concurso para a criação da logomarca do encontro.

Objetivo do Concurso O Concurso visa o envolvimento dos equipistas do Brasil para criar uma logomarca a ser estampada nos documentos e propagandas do encontro.

Habilitação O concurso está aberto à participação de todos os casais equipistas e conselheiros espirituais de equipes. O concurso permite a participação de filhos de casais equipistas.

Normas de Apresentação das Peças Gráficas As propostas de logomarca deverão retratar os objetivos do Encontro Nacional, que se encontram listados na parte final deste regulamento. O candidato deverá apresentar, em um envelope identificado somente pelo seu pseudônimo subscrito, a sua proposta de logomarca. O candidato deverá enviar um segundo envelope, lacrado e igualmente subscritado com o seu pseudônirno, onde fará constar seus dados de inscrição relacionando nome (ca alou SCE), nome do autor (ape12

nas quando for o filho), endereço, telefone, e-mail e identificação da equipe a que pertence (número, invocação, setor, e região). A logomarca deve ser apresentada em colorido. A logomarca deve ser apresentada em 2 folhas tamanho A4 (29,7cm x 21 ,0 cm), sendo uma cópia da logomarca em tamanho máximo de 15 cm x 15 cm e uma cópia da logomarca em tamanho pequeno, na qual uma dimensão (altura ou largura) seja no máximo 2,5 cm, para fins de teste de impressão. Poderá ser apresentada uma terceira folha com a logomarca em tamanho livre.

Inscrições As inscrições deverão ser encaminhadas para o endereço abaixo e estarão encerradas em 15 de setembro de 2002, sendo aceitas as postadas até aquela data. Endereço: LOGOMARCA EN-2003 SHIS QL 16 Conjunto 5 Casa 9 Brasília- DF • 71640-255

Premiação O resultado será divulgado na Carta Mensal de dezembro de 2002. O autor da logomarca vencedora receberá um diploma que certifique sua classificação. Os prêmios se destinam a uso CM 37 1


exclusivo por casais equipistas e SCE. O vencedor será premiado com uma inscrição integral no 1o Encontro Nacional das ENS do Brasil (para o casal ou para o SCE) . Para o segundo e terceiro colocados, inscrição com desconto de 50% e 30%, respectivamente. Os prêmios não incluem o transporte da cidade de origem até Brasília. O vencedor deverá enviar, por meio eletrônico, um arquivo contendo a arte final da logomarca.

tro Nacional das ENS do Brasil.

Objetivos do Encontro Nacional •

Reafirmar a unidade e o sentido de pertença ao Movimento; • Possibilitar o encontro fraterno e a troca de experiências; • Formação; • Momentos de Oração e Celebração em comum; • Testemunho público da vivência do amor e da espiritualidade conjugal.

Esclarecimento de Dúvidas

Comissão Julgadora Os trabalhos serão julgados por uma comissão composta por 7 a 1O pessoas, de preferência equipistas, reunidas em Brasília para este fim.

Propriedade Todas as logomarcas inscritas passarão a ser propriedade do 1o Encon-

As dúvidas e questionamentos relativos ao concurso poderão ser esclarecidos via e-mail através do endereço eletrônico: en2003logo@ hotrnail.com ou pelo telefone (61) 347.6335 (Lourdes e Sobral).

Encontro Nacional de Brasflia Valores a serem pagos para novas adesões de equipistas: meses de JULHO e AGOST0/2002

1. COM hospedagem em Brasília 0 ll Parcelas In scrições Valor R$ 36,30 e a 12a parcela 11 até 05/07 10

até 05/08

com os ajustes necessários. R$ 39,93 e a 11a parcela com os ajustes necessários

2. SEM hospedagem em Brasília Inscrições até 05/07 até 05/08

tl

0

Parcelas 12 11

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Valor R$ 14,52 e a 13a parcela mais os ajustes necessários R$ 15,97 e a 12a parcela com os ajustes necessários

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Regulamento do Concurso para Criação do

HlNO DO 1 o ENCONTRO NACIONAl DAS ENS Super-Região Brasil A comissão organizadora do 1o Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, que serealizará em Brasília de 17 a 20 de julho de 2003, apresenta o Regulamento do Concurso para a criação do hino do encontro.

Objetivo do Concurso O Concurso visa o envolvimento dos equipistas do Brasil para criar um hino a ser cantado durante as atividades do encontro.

mente subscritado com o seu pseudónimo, onde fará constar seus dados de inscrição relacionando nome (casal ou SCE), nome do autor (apenas quando for o filho), endereço, telefone, e-mail e identificação da equipe a que pertence (número, invocação, setor, e região). O hino não poderá ultrapassar a 4 (quatro) minutos e deverá conter, no máximo, 3 (três) estrofes e 1 (um) refrão.

Inscrições Habilitação

Normas de Apresentação das Obras

As inscrições deverão ser encaminhadas para o endereço abaixo e estarão encerradas em 15 de novembro de 2002, sendo aceitas as postadas até aquela data. Endereço: HINO EN-2003 SHIS QL 16 Conjunto 5 Casa 9 Brasília- DF • 71640-255

As propostas de hino deverão retratar os objetivos do Encontro Nacional, que se encontram listados na parte final deste regulamento. O candidato deverá apresentar, em um envelope identificado somente pelo seu pseudónimo subscrito, a sua proposta de hino contendo uma cópia do texto digitado da letra, uma cópia da partitura da música e uma cópia da versão cantada gravada em fita cassete ou CD. O candidato deverá enviar um segundo envelope, lacrado e igual-

O resultado será divulgado na Carta Mensal no 379 de fevereiro/ março de 2003. O autor do hino vencedor receberá um diploma que certifique sua classificação. Os prêmios se destinam a uso exclusivo por casais equipistas e SCE. O vencedor será premiado com uma inscrição integral no 1o Encontro Nacional das ENS do Brasil (para o casal ou para o SCE).

O concurso está aberto à participação de todos os casais equipistas e conselheiros espirituais de equipes. O concurso permite a participação de filhos de casais equipistas.

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Premiação

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Para o segundo e terceiro colocados, inscrição com desconto de 50% e 30% respectivamente. Os prêmios não incluem o transporte da cidade de origem até Brasília.

Comissão )ulqadora Os trabalhos serão julgados por uma comissão composta por 7 a 1O pessoas, de preferência equipistas e músicos, reunidas em Brasília para este fim.

Propriedade Todas as letras e as músicas dos hinos inscritos passarão a ser propriedade do 1o Encontro Nacional das ENS do Brasil.

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Objetivos do Encontro Nacional • • • • •

Reafirmar a unidade e o sentido de pertença ao Movimento; Possibilitar o encontro fraterno e a troca de experiências; Formação; Momentos de Oração e Celebração em comum; Testemunho público da vivência do amor e da espiritualidade conjugal.

Esclarecimento de Dúvidas As dúvidas e questionamentos relativos ao concurso poderão ser esclarecidos via e-mail:: en2003hino@ hotmail.com ou pelo telefone (61) 347.6335 (Lourdes e Sobral).

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lNSTAlAÇÃO DO PRÉ-SETOR VALE DO RlO PARDO A diocese de Santa Cruz do Sul, até pouco tempo, não desejava novos Movimentos em sua área pastoral. Mas, em 1994, um casal equipista de Porto Alegre, que se mudara para a pequena cidade de Pântano Grande, passou a incentivar os casais e o pároco local, para que introduzissem ali as Equipes de Nossa Senhora. Dois anos depois, teve início uma Experiência Comunitária. No ano seguinte, uma Pilotagem e mais uma Experiência Comunitária. Ao final de 2001, são quatro equipes já pilotadas na cidade e um grupo de Experiência Comunitária em fase final, na vizinha cidade de Rio Pardo, com projeção para outras Experiências Comunitárias em Santa Cruz do Sul, sede da diocese. A decisão de se criar ali um présetor das Equipes de Nossa Senhora foi amadurecida na Região RS I, juntamente com o conhecimento do Provincial. A sua instalação, no dia 29 de dezembro de 2001, em Pântano

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Grande, contou com a colaboração animada dos equipistas locais e com o entusiasmo do pároco e SCE, padre Laudenor Teloken, bem como do padre Hilário, SCE da Experiência Comunitária de Rio Pardo, com aprovação do Bispo diocesano, D. Aloísio Sinésio Bohn, que presidiu a festiva Eucaristia, quando pedia que as Equipes "invadissem" a sua diocese. Que Maria acompanhe a caminhada deste novo núcleo do Movimento, em uma nova diocese, e que os equipistas possam testemunhar o casamento cristão na diocese que acolhe as Equipes de Nossa Senhora.

Graciete e Gambim CR - Região RS I Porto Alegre, RS

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JUBILEU DE PRATA DE EQUIPE Pela primeira vez, há 25 anos, reuniram-se oito casais, da Equipe 4 -Nossa Senhora da Paz, no dia 5 de março de 1977, na residência do casal Inês Terezinha e Geraldo, que, depois, foi nosso primeiro Casal Responsável. Tivemos, na oportunidade, a assistência espiritual do padre Sylvio Fernando Ferreira, até hoje, nosso Sacerdote Conselheiro Espiritual, sendo Casal Piloto Adelaide e Thimo (este, já falecido). O sucesso da nossa caminhada, está, sem dúvida, na fidelidade ao carisma do Movimento, no amor mútuo, na transparência, na abertura, na verdade, na seriedade; no espírito de renúncia, aceitação e perdão, que sempre reinou entre os casais da Equipe; tudo isso, aliado, no amor exigente do sempre presente padre Sylvio. Atualmente somos 5 casais, sendo que 4 são fundadores: Neusa e Luiz, Leda e Hamilton, Inês e Terezinha, Elza e Toninho e mais o casal Natalina e Roberto. Dizer que esses 25 anos transcorreram na calmaria de um "mar de rosas", seria faltar com a sinceridade. Tivemos, sim, alguns problemas e obstáculos: uns banais e corriqueiros, outros mais sérios e doloridos. Fatos e acontecimentos alegres foram muitos, mas, tivemos também, momentos difíceis. O maior deles, sem dúvida, foi a doença e a morte prematura do nosso querido irmão Nicolau. Apesar de tudo, continuamos firmes na caminhada que nos foi proposta pelo Movimento. Como valeu a pena! Apesar dos anos, dos cabelos ralos e brancos e de uns quilinhos a mais, não desanimamos, não perdemos o entusiasmo, continuamos firmes na nossa colaboração com o Setor, com a Igreja e a comunidade, procurando, sempre, testemunhar com coerência de fé e vida, não só como cristãos, mas como casais. Dentre os vários serviços já prestados ao Movimento, nós temos os casais Leda e Hamilton, Natalina e Roberto, que vêm atuando como Casal Acompanhante Espiritual. E, com esse espírito jovem e cheios de entusiasmo, no dia 8 de março, comemoramos festivamente o Jubileu de Prata de fundação da nossa Equipe, que se iniciou com a celebração da Santa Missa, seguida de jantar. Sem dúvida foi uma data marcante para nós. Por tudo isso queremos louvar ao Pai, sempre providente e presente nas nossas dificuldades, na nossa caminhada.

Elza e Antonio Hercules- Eq. 4- N. Sra. da Paz Catanduva, SP CM 371

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- 2002 MUTIRAO Seguindo as orientações gerais da Super-Região Brasil, e com o apoio do CR da Província Leste, Regina e Cleber, a Região Rio V iniciou sua programação de Mutirões 2002, com o objetivo de atingir a mais alta porcentagem possível de casais da Região com esta oportunidade de formação equipista básica. Nossa região conta com aproximadamente 250 casais distribuídos por 5 Setores e uma Coordenação. O Colegiada Regional julgou conveniente a realização de 3 eventos, cada um dirigido a 2 Setores que trabalhariam em conjunto na implantação do seu Mutirão, com a supervisão do Casal Regional, a saber: • 06/04/2002 - Setores A e D Ilha do Governador • 21104/2002- Setores C e F-Rio de Janeiro • 05/06/2002 - Setor B e Coordenação Barra-Recreio A agenda foi basicamente a mesma, de 1 dia completo de duração (entre 7:30 e 18 horas), com pequenas diferenças para acomodar horários dos palestristas e celebrantes convidados, e incluiu os seguintes momentos, com o uso de várias técnicas didáticas: • Missa - O celebrante, sempre um Conselheiro Espiritual de Setor, focalizaria durante a Homilia, os assuntos "Adultos em Cristo" e "Responsabilidades do Cristão". • Palestra "Missão e Carisma do Movimento" (feita pelo Casal Provincial, ou por outros casais convidados). 18

• Leitura e assimilação do Guia das ENS - em grupos, sobre o tema "Partilha e PCEs" (grupos mistos coordenados pelos Casais Responsáveis de Equipe). • Dever de Sentar-se - orientado, feito pelos casais.

• Dramatização sobre "Como não deve ser uma Reunião de Equipe" - Interpretada por equipistas de base dos setores envolvidos.

• Palestra sobre "A Reunião de Equipe" - feita por casais dos setores envolvidos, ou convidados de outros setores ou regiões. • Reunião de Equipe - rápida, feita pelos casais participantes. (grupos coordenados pelos Casais Responsávei de Equipes)

• Painel sobre a "Alegria do Serviço nas ENS", com minipalestras sobre temas vários (feitas por casais dos Setores envolvidos), como: • Experiências Comunitárias • O Casal Piloto • O Casal Ligação • O Conselheiro Espiritual • O Casal Responsável de Equipe • O Casal Animador

• Palestra sobre "A Unidade do Movimento" - feita pelo Casal Regional

• Sessão Aberta de Perguntas e ·Respostas - Coordenada pelo Casal Regional (para permitir a concentração das atenções dos participantes apenas no evento, o almoço foi terceirizado). Houve um clima de muita animaCM 371


ção e fraternidade, que demonstrou ter sido uma boa idéia e um momento oportuno, a realização do Mutirão. Queira Deus que o Mutirão de 2002 tenha colaborado para uma melhoria significativa na compre-

ensão e prática dos princípios e da disciplina do Movimento em nossa Região.

Josefina e Roque CR- Região Rio V

MUTIRAO Setor B - Niterói O Mutirão do Setor B - Niterói, aconteceu nos dias 13 e 14 de abril, no Colégio Salesiano, com a participação de 43 casais. O Mutirão é uma oportunidade de renovação. É uma parada estratégica, uma oportunidade de retomar o ânimo, de rever rumos, de recobrar forças para alçarmos vôos mais altos na nossa caminhada de equipistas em busca de nossa santidade conjugal. Foram abordados os temas: Adultos em Cristo; A Responsabilidade do Cristão; ENS- Ideal, C a-

risma e Missão; Reunião de Equipe: A Alegria do Serviço nas ENS; Partilha e Pontos Concretos de Esforço e a Unidade nas ENS. O evento transcorreu num clima de descontração e aprofundamento. As palestras, os trabalhos em grupos e a plenária contaram com bastante participação. O Encontro viveu momentos marcantes, destacando-se o depoimento da comunidade "Toca de Assis", que alertou os equipistas sobre a importância do "serviço" nas ENS. Acreditamos que todos saíram revigorados, reabastecidos e atualizados. Enfim, com novo ânimo e novo ardor para seguir a caminhada proposta pelo nosso Movimento.

Adelaide e Dimitrios Casal Responsável Setor B Niterói, RJ CM 371

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TENlS E FRESCOBOl Como o tema de estudo para este ano é "SER CASAL", aproveitamos para enviar um pequeno texto de Rubem Alves que poderá ajudar os equipistas de todo o Brasil, a ser MAIS CASAIS: "Depois de muito meditar sobre o assunto, concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de terem vida longa. Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?" Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar. Tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E

a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada (palavra muito sugestiva) que indica seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro. Frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois, o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começase de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos ... CM 371


COMO CASAL, Deixamo-nos Conduzir por uma fé lncondicional?

• A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá ... Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem ténis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Ténis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão ... O que se busca é ter razão, e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha, para que os dois ganhem. E se deseja, então, que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim ... "

Colaboração de Maria de Lourdes e Cândido Lorenzatto I:;q. N. Sra. da Medalha Milagrosa Porto Alegre, RS CM 371

Se vivermos da fé, somos verdadeiros cristãos que acreditam na Palavra de Deus, que se entregam a Ele em confiança total e que amam a Deus e procuram fazer o que ele pede. Nossa Fé é provada pelas palavras e atitudes de nossa vida. Temos que ter consciência clara que fé é vida. Não basta dizermos que temos fé, é preciso viver a fé. No decorrer de nossa vida religiosa, a fé é uma graça, um dom, um presente que a gente recebe de Deus, é um encontro com Deus. É uma resposta que damos a Deus. Fé não é sentimento, não é teoria, não é emoção e sim aceitarmos a pessoa de Jesus Cristo. No nosso dia a dia como casal, mostramos nossa vida de compromisso que nos leva ao testemunho da vida com Deus. Precisamos desenvolver, alimentar e fortalecer nossa fé com instrução religiosa, com meditação e oração. Nunca colocarmos em dúvida nossa fé e sim sempre dizer: "Senhor, aumentai-nos a fé". Na nossa visão como casal, ter fé não quer dizer que tudo vai correr bem na vida. Para todo o ser humano existem momentos difíceis, mas quem tem a verdadeira fé, vê a vida diferente, acredita que Deus existe e está sempre ao seu lado.

Sileide e Luiz Antônio Ladislau Eq. 17- N. Sra. da Sabedoria Garça, SP 21


"NUNCA DElXElS DE VOS FORMAR" É através da reflexão do tema de estudo pela Equipe e da busca dos mesmos ideais que se dá o crescimento de cada um dos casais. Nesse sentido o Pe. Caffarel exortava a todos: "Nunca deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa formação, a ação vos perderá". Assim, neste ano, daremos ênfase ao estudo do tema "Ser Casal", com as reflexões sobre o casal nos dias atuais, aprofundando nossos conhecimentos sobre o sacramento do matrimônio e a imagem do Deus Trinitário, para que possamos viver e fazer viver as bem-aventuranças.

Se faz necessário queotemade estudo saia do papel e se transforme em

ação. É preciso vivenciar o tema e

dar testemunhos.

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Com o auxílio do Tema de Estudo, é possível realizar os Pontos Concretos de Esforço, ou seja, estudando o tema estaremos nos preparando para o Retiro e poderemos fazer a Oração Conjugal baseada no que desejamos transformar em nossa vida conjugal. Seguindo os textos bíblicos poderemos fazer a Escuta e Meditação da Palavra. Aceitando as sugestões do livro, poderemos fazer um maravilhoso Dever de Sentar-se e melhorar nossa Regra de Vida. Portanto, se faz necessário que o tema de estudo saia do _papel e se transforme em ação. E preciso vivenciar o tema e dar testemunhos. Precisamos sair do comodismo e colocar o Tema de Estudo em prática, com o compromisso de nos engajarmos nessa batalha pela santificação de outros casais que não possuem a mesma graça por nós recebida. Vale lembrar a seguinte frase extraída do Livro Tema, na página 14: "Tudo que temos recebido não é para ser guardado para nós, mas sim para dar aos outros. Somos convidados a estar sempre prontos a prestar contas da esperança que está em nós a todos aqueles que, de certa maneira, nos cobram".

Edna e Gilberto ]achstet CRS "B" - Londrina, PR jachstet@sercomtel.com.br CM 371


CAMPANHA DA FRATERNlDADE Um Testemunho A Campanha da Fraternidade deste ano, tem como objetivo a con cientização dos cristãos sobre o problema dos índios brasileiros. O Concílio Vaticano II (1962-1965) convocou toda a Igreja Católica a voltar às fontes da vida cristã e ao seguimento de Jesus de Nazaré, enviado pelo Pai e conduzido pelo Espírito Santo para evangelizar os pobres, curar os doentes e libertar os oprimidos da terra, proclamando o Jubileu. Dentro deste espírito, em 1968 fui convidado a me juntar à missão do PIME no Amapá, na época, território federal de segurança máxima. Como piloto, junto com um outro missionário leigo, partimos de Columbus- Ohio, com um teco-teco Cesna, carregado de instrumentos de telecomunicação, doados pelas Forças Armadas dos EUA, até a Prelazia de Parintins na Amazônia. Como engenheiro especializado CM 371

em telecomunicação, assumi a recém fundada Rádio Educadora São José, da Prelazia de Macapá, uma cidade pequena, porém, com uma história muito grande. Como responsável da rádio, treinei técnicos, locutores, programadores ... Um dos rapazes que treinei, hoje é um famoso profissional em telecomunicações e responsável da Embratel, de Amapá e Santarém. Com a turma da rádio, e durante as férias escolares, com os estudantes voluntários do Projeto Rondon, íamos dar assistência social e médica aos índios do território federal. No grupo nunca faltava um dentista da prefeitura e sempre nos acompanhava, o repórter preferido da rádio, Hélio Guarany Pennafort, nascido em Oiapoque e falecido em fevereiro de 2001. As nossas viagens eram sempre cheias de aventuras, e uma vez acabamos naufragando perto do Cabo 23


Orange. Nestas viagens pudemos conhecer os índios da Área do Uaça, do Tumucumaque, do Waiâpi, Karipuna, Palikur, Waiapi e Marworno. Parávamos dias nas aldeias, dando orientações e assistências médica e dentária, e aproveitávamos para gravar seus cantos e danças. Estas gravações eram depois usadas num programa da rádio, com a finalidade de difundir a cultura indígena. O que mais nos impressionou foi a maneira dos índios se relacionarem com o meio ambiente. Eles se consideram uma grande família com o mundo e a natureza. Há uma sociabi!idade entre eres humanos, animais e vegetais. Assim, a subsistência, os roçados, não são apenas fonte de alimento ou de prestígio, mas são parte de uma realidade que é ao mesmo tempo material e espiritual. Dessa forma, a visão do mundo que eles têm, representa a união entre as relações econômicas e espirituais, celebradas em rituais, cantos e festas. Hoje, os índios do Amapá, são os únicos que tiveram as próprias terras demarcadas pelo governo, de acordo com a constituição de 1988. Esses índios não vivem isolados, recebendo todo tipo de apoio governamental: da assistência à saúde, à orientação para melhorar a qualidade de vida, através de novas alternativas econômicas. No entanto, o respeito à cultura de cada grupo vem em primeiro lugar. O melhor exem24

plo desse compromisso é a instituição da escola bilingüe, na qual as crianças aprendem primeiro sua língua original, condição importante para manter viva a tradição indígena com seus mitos, lendas, artes e costumes. O índio gosta muito de aprender e a sua gratidão pelo mestre dura toda a vida. Até hoje, o grupo da ex-Rádio Educadora se comunica comigo, mantendo-me informado de todos os acontecimentos relativos aos mesmos. Hoje, a cidade do Oiapoque, é a primeira a ser dirigida por um prefeito índio. O trabalho realizado pelo governo do Amapá chamou a atenção de governos estrangeiros, como o alemão e de personalidades como Danielle Miterrand, viúva do ex-presidente da França, que visitou o Amapá em abril de 1996, oferecendo apoio político. E nós, o que precisamos fazer? Primeiramente, como equipistas precisamos amar os índios e rezar por eles, e mais concretamente, precisamos apoiar suas reivindicações junto ao governo e às forças que monopolizam suas riquezas em benefício próprio, e reconhecê-los não apenas como um resto de um "passado glorioso", e sim como povos distintos com direito a identidade étnica e cultural.

Eq.

Domênico (da Áudia) 12- N. Sra. Medianeira do Jornal das ENS Sorocaba, SP CM 371


Novas Equipes • Equipe 11 C- Nossa Senhora da Sagrada Família Fortaleza, CI::. • Equipe No~sa Senhora da Conceição Lagoa de Pedras, RN • Equipe 34B- ~-Sra. Mãe, Rainha e Vencedora Três vezes Admirável de Schoenstatt - Sorocaba, SP Setor E • Equipe • Equipe • Equipe

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Bra5ília. DF 64 - Nossa Senhora Mãe Admirável 65 Nossa Senhora de Lourde 66 Nos-;a Senhora das Graças

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Um Sonho que se Realiza O sonho do nosso querido Arcebispo Dom Pedro Fedalto é uma escola de agentes de Pastoral Familiar, cuja principal finalidade é formar líderes para implantar ou aperfeiçoar a Pastoral Familiar em suas paróquias. É um sonho de famílias bem constituídas a partir do sacrametno do matrimônio. E, nós, das Equipes de Nossa Senhora, de Curitiba, juntamente com mais alguns casais comprometidos com a construção do Reino, estamos realizando este sonho. Com a invocação "Sagrada Família" as bênçãos de nosso Pastor e do nosso Sacerdote Conselheiro Espiritual. Luiz Gonzaga, a missão não pára! Já estamos com a 7• turma, com a qual abrangemos aproximadamente 26 paróquias, com 46 inscritos. É uma experiência maravilhosa e gratificante, pois, é tempo de "Ser Igreja", caminhar juntos e participar!

Terezinha e Daniel Equipe 40 - N. Sra. da Fraternidade - Curitiba, PR

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Jubileu de Prata Sacerdotal Em I Rde dezembro de 2001, o SCE da Equipe N. Sra. das Graças Infinita<;, padre Roberto Augusto Santos Albuquerque, comemorou seu 25° aniversário de vida sacerdotal.

Bodas de Ouro de Equipista Dirce Machado Demarchi e Vicente Demarchi, da Equipe 9A - N. Sra. de Lourdes, de Rio Claro, SP, comemoraram suas Bodas de Ouro no dia 19 de abril de 2002.

Falecimentos Bast1io Ferreira de Oliveira (da Benedita), oconido no dia 05 de novembro de 2001 - Eq. 1- N. Sra. de Lourdes- Nova Friburgo, RJ Naylor Sales Gontijo (da Noêmia), ocorrido no dia 3 de março de 2002 Eq. lA- N. Sra. do Amor- Varginha, MG Adhemar (da Nadir), ocorrido no dia 4 de março de 2002- Equipe 6B- .N. Sra. do Caminho- Araçatuba, SP João Guilherme Coutinho Braga (da Alceste), ocorrido no dia 6 de março de 2002- Equipe OID/I- Brasília, DF Waldir Lima Torres (da Rosane), ocorrido no dia 19 de março de 2002- Equipe 56A- Rio de Janeiro Padre Paul Milcent, oconido no dia 04 de Abnl de 2002, em Paris, França, tendo sido um dos pioneiros do Movimento das ENS na França com orientação do Pe. Caffarel No BrasiL foi reitor e Conselheiro Espiritual do Seminário Nordeste I e em Fortaleza foi Conselheiro Espiritual da Equipe 16A- N. Sra. Mãe de Deus.

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Publicações da Pastoral de Casais em 2a União A Coordenação Diocesana da Pastoral de Casais cm 2" União, ela Diocese de Jundiaí, SP, comunica o lançamento de mais um livro. intitulado "A Ação de Graças''. Este livro tem por objetivo complementar as fases e os livros anteriores com a expressão da admiração e agradecimento dos componentes da Pastoral, pelas maravilhas realizadas por Deus na História da Salvação. Os livros já publicados formam um conjunto de 5 obras que reúnem as principais vias da Pastoral, visando o I0 • 3° e 5o livros ("Uma Experiência Pioneira". "O Caminho da Salvação·· e ''A Ação de Graças"). uma real efeti vação dos passos iniciais da Caminhada da Experiência Comunitária dos Grupos de Casais cm projeção aos vindouros itinerários: o 2° livro ("Questões e Critérios sobre a Pastoral"). uma ponderada exposição dos grandes princípios e critérios sobre a Pastoral de Casais em 2" União, e, o 4° livro (o opúsculo "Visão Geral sobre a Pastoral"), um resumo sobre toda a Experiência Comunitária e as obras editadas. Contato pode ser feito pelo telefone (Oxx li) 4521 8440 João Basco e Fátima e (Oxx li) 4586 5028 - Francisco e Dina.

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Falando para os Jovens Por iniciativa do Casal Lídia e Dehon, o SCE Pe. Erismar, da Coordenação da cidade de Salgado de São Félix, realizou um encontro com jovens adolescentes, filhos dos Equipistas de João Pessoa. O evento foi realizado no dia 05 de abril, no Ginásio do Colégio Carl Rogers e contou com a participação de cerca de 60 jovens adolescentes. Os assuntos debatidos pelo Pe. Erismar com os jovens foram: A influência da Televisão na vida das pessoas: O fenômeno da Globalização: Sexualidade; Sexo pela Internet: Pais. espelhos dos filhos. Com estes temas o Padre Erismar conseguiu despertar os jovens presentes para os perigos que existem em relação à Televisão e a Internet, quando substituem o relacionamento humano afettvo por efeitos virtuais. Também conclamou os jovens para procurarem resgatar o poder de indignação diante de um mundo tão desajustado. Concluindo o SCE deixou uma palavra de Esperança e Fé em dias melhores, bastando para isso cada um de nós dar a nossa parcela de contribuição.

Jussara e Daniel Chacon CRR- Paraíba

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Ordenação Presbiteral ;..lo dia 21 de abril de 2002, no Ginásio de Esportes "Cava do Bosque", em Ribeirão Preto, SP, foi realizada a ordenação presbiteral do diácono Fábio Renato Brazolin de Carvalho e de mais 8 padres, para a lgrejd de Deus, a serviço da Arquidiocese de Ribeirão Preto, que tem como Arcebhpo Dom Arnaldo Ribeiro. O padre Fábio Renato é filho do ca'ial equipista Célia e Norberto, da Equipe 12, de São José do Rio Preto, SP

Equipe Nossa Senhora do Silêncio - Manaus, AM "''o mê-; de abril de 2002, a Equipe de Nossa Senhora do Silêncio (Equipe do), Casais Surdos) em Manaus completou 5 anos de vida de equipe, e o seu Conselheiro Espiritual, Padre Carlos Steiner completou 75 anos da vida. Yara e Szlvio silvíomarcio@ globo. com

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MARlA, A MULHER CARISMÁTICA O tempo que estamos vivendo mostra-nos, mais uma vez, na morte e ressurreição de Cristo, o papel destinado a nossa mãe, Maria Santíssima, no plano de Deus. Aquela, que no dizer do Anjo Gabriel era "cheia de graça", foi escolhida e preparada para um papel bem maior do que, com seu sim, dar uma forma humana ao Verbo Divino. Para muitos irmãos cristãos, Maria, apenas, disponibilizou seu ventre para que Deus nascesse como homem. Deus precisaria disso? Ele poderia ter surgido no meio do povo, já com 30 anos de idade e cumprir sua missão. Afinal, isto era simples para Deus, e forasteiro era o que não faltava naquele tempo ... O plano de Deus era bem mais amplo. Era preciso que o Messias fosse um de nós: tivesse uma família, nascesse, crescesse e vivesse, como nós. E para Maria, sua Mãe, estava reservado um papel importante, que não se limitava, simplesmente, a gerar e criar um filho. O próprio Jesus, nas Bodas de Caná, nos mostra que Maria era mais que sua mãe: "Mulher, isso não compete a nós. Minha hora ainda não chegou". Ele não a chama de mãe e sim, de mulher! Questiona, porém antecipa sua hora, a pedido da mulher, e faz seu primeiro milagre. Na Semana Santa, a igreja recorda os últimos momentos do Filho 30

de Deus como homem e, depois, as suas aparições como o Cristo Ressuscitado. Preso, julgado, flagelado, humilhado e crucificado, após ter carregado sua cruz, aquele homem desfigurado, exau to, agonizante, vê, ao pé da cruz, sua mãe e o "discípulo que amava". Em um esforço sobre-humano diz a sua mãe: "Mulher, eis ai teu filho." E ao discípulo: "Eis ai tua mãe." E, logo depois, pede água e, dizendo: "Tudo está consumado", morre. Não diz: "Mãe, eis ai teu filho." E nem: "João, eis aí tua mãe." Chamá-la de mãe, seria mais delicado, mas Ele não pretendia dizer a Maria que João o iria substituir como


filho e cuidar dela. Não era somente isso. Maria tinha parentes próximos que cuidariam dela. E nem tão pouco quis dar a João uma outra mãe para cuidar dele. João era filho de Salomé, uma das mulheres que seguiam Jesus, e que também ali estava. Além do mais, João tinha Tiago, seu irmão, e outros parentes próximos. Jesus não cuidava de problemas materiais. João é apresentado, nesta cena do evangelho, escrito por ele mesmo, como discípulo. Ele representava, ao pé da cruz, todos os discípulos. Jesus queria expressar, com suas últimas palavras humanas, alguma coisa muito mais importante, muito mais definitiva dentro do Plano da Salvação. Ele proclamava uma "nova e sobrenatural maternidade a Maria: ser a Mãe de todos os discípulos do Redentor". Antes de sua ascensão, Jesus apareceu aos apóstolos reunidos no Cenáculo e, soprando sobre eles, disse: "O Espírito Santo virá sobre vós e sereis minhas testemunhas". E Maria estava com eles. Nascia, ali, a nossa Igreja e Maria, a mãe dos discípulos de Jesus, com seu carisma, por certo, mantinha viva a fé dos apóstolos. Afinal, como disse Isabel, ela era a mais abençoada de todas as mulheres. Ela que já era, ao mesmo tempo, a filha do Pai, a esposa do Espirita Santo e a mãe do Filho, se tomava, agora, a mãe de todos os cristãos. Vemos, pois, no Cenáculo, apresença central de Maria no nasciCM 371

menta da Igreja, reforçando a importância desta Mulher dentro do plano de Deus. Por não ter compreendido isso, alguns se escandalizam com o "exagero" católico na devoção a Maria: temos Igrejas com seus vários títulos, imagens, rezas, novenas, procissões etc. Acham que nos afastamos da pureza do Evangelho e adotamos superstições, desvirtuando as palavras da Sagrada Escritura. O que de fato interessa não é o que pensamos mas, o que Deus, pela Sagrada Escritura, nos diz a respeito de Maria. O que encontramos nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos nos autoriza a concluir que o papel de Maria não era ser simplesmente a mãe humana de um homem Deus. Essa mulher já havia sido prometida no primeiro Livro Sagrado, o Gênesis, quando, após o pecado original, Deus diz à serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher". Esta mesma mulher é anunciada no último Livro Sagrado, o Apocalipse: "Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher, vestida de sol, a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas na cabeça". Esta mulher grávida luta com o dragão vermelho que se irrita com ela e vai "fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus". Com a lua, astro que preside a noite, simbolizando as trevas, Lúcifer, debaixo dos pés, esta mulher domina o mal. Somos criticados, como católi31


co , quando recorremos à mãe para buscar um milagre do Filho, a consolação do Espírito ou o conforto do Pai! Mas não foi esta mulher, esta mãe, que Deus nos prometeu e Jesus nos mostrou e confirmou? Não foi esta mulher que, na anunciação, o anjo disse ser cheia de graça? Não foi para ela que sua prima Isabel, inspirada por Deus, fez a saudação: "Bendita és tu entre as mulheres"? Não foi ela própria, no Magnificat, que disse: " ... desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo"? Isto tudo está na Bíblia! Maria, é pois a mais carismática das pessoas: porque ela possui, mais abundantemente, as graças divinas. Ela é a mulher prometida no Gênesis, acatada nas Bodas de Caná, confirmada ao pé da cruz e anunciada no Apocalipse! Erramos, sim, quando usando uma linguagem, no mínimo, confusa, dizemos: "A virgem me curou, Nossa Senhora fez um milagre". Quem cura é Deus. Nossa Senhora intercede por nós, pede por nós, como quando faltou vinho. Maria é nossa intercessora! Quando precisamos, recorremos a ela. Vamos pedir a Nossa Senhora Aparecida que diga a seu Filho: "Eles não têm mais " e Ele há de atendê-la.

Enio (da Therezinha) Equipe 3A - N. Sra. Aparecida Belo Horizonte, MG 32

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DISPONÍVEL COMO 1V1AR1A Nada foi pedido a Maria. O anjo disse-lhe apenas que sua prima Isabel estava no sexto mês. Maria imagina que ela precisa de auxílio e não perde tempo. Corre para onde o seu auxílio pode ser útil. Anoto esta presteza de Maria em servir. A mesma disponibilidade que ela teve para com Deus, tem agora com o próximo. É sempre aquele "sim" total... aquela inteira doação de si mesma. Exemplo e modelo pam a nossa! Isto é amar ao próximo. É esta atitude habitual de disponibilidade e atenção, de doação de si que deve ser o normal do cristão. Disponibilidade particularmente para com os filhos. Atitude nom1al freqüente de atenção quando nos procuram. Mais do que isso, ir adiante de suas necessidades. Não esperar que se tomem patentes neles, sobretudo, as de ordem moral. Advinha-se em Maria um permanente sorriso de bondade aflorando-lhe aos lábios. Disponibilidade alegre. dizer "sim", sorrindo.

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Nancy Moncau do livro "Quando a Palavra se torna Vida"

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A REGRA DE VlDA O documento "A Regra de Vida", à primeira vista, parece ser um texto simples: fininho, letras pequenas, apresentação gráfica despretensiosa. Mas, a aparência de ser um daqueles textos que se lê de uma vez só, desaparece logo que o folheamos. Como o próprio nome já diz, este livreto se propõe a ser uma Regra, um texto que tem por objetivo reger, guiar nossa vida espiritual. É como se fosse um passo-a-passo do que devemos fazer, para manter em alta nossa comunhão com Deus. Muitos são os cristãos que levam sua vida espiritual numa atitude de "fiz, não fiz", sem levar em consideração que a vida cristã exige de nós não só um compromisso, como um exercício contínuo. Ou seja, eu devo levar minha vida espiritual a sério. Isto significa levar Deus à sério. Neste sentido o documento "A Regra de Vida" é de um valor inestimável. Ele propõe alguns passos básicos para dar um salto de qualidade na vida cristã e a desmistificar alguns elementos importantes de uma regra para a vida. Discute o que é assumir e ser obrigado; o lugar e o momento do auxílio mútuo na aplicação de uma regra à vida e mais, nos permite perceber e compreender que uma Regra de Vida é um compromisso pessoal que varia de pessoa para pessoa quanto a sua forma e conteúdo, trazendo alguns exemplos de situações concretas que podem ser CM 371

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mudadas com a aplicação dessa Regra de Vida. Em suma, "A Regra de Vida" é um documento essencial e básico para todo equipista, mesmo porque este não é aquele tipo de texto que se esgota numa única leitura, tornando-se uma referência para cada momento da vida. Assim, parabenizamos a iniciativa do Movimento de ter publicado texto tão fundamental. Só nos resta, como equipistas, adquirir este auxílio para a vida e aplicá-lo para o nosso maior proveito. Eneida e Álvaro Fortaleza CR - Região Ceará 33


PAlPITES PATERNOS!

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Pegando carona no artigo de Padre Flávio: " ... do Bom para Melhor (CM n. 0 370)", veio à lembrança uma colocação de meu pai, que ele sempre usava como palestrista nos Cursos de Noivos, promovidos pela igreja na Holanda. É algo dos anos 50 - 60 do século passado! Dizia ele aos noivos, invariavelmente: "Amigos, me permita dizer-lhes uma coisa: Tantas vezes verificamos que com o casamento termina o namoro. Parece que o homem, a partir do enlace matrimonial, acha: 'ela é agora minha mulher', como se fosse uma propriedade que não precisa ser mais conquistada. Da mesma forma há tantas esposas que parecem dizer: 'Tenho agora meu homem, e chega de fricotes e fre curas!' " Pois eu lhes digo com toda a firmeza: "A partir do casamento, ou seja, da vida a dois, nunca mais pode faltar o namoro. Tem que haver namoro até 25 horas por dia! E, namoro não é somente paquera, beijinho, contato físico, namoro é aquela disposição pela qual a gente manifesta para sempre, de maneira consciente, saber existir para o outro, para a outra, de corpo e alma, com tudo que se tem, com tudo o que a gente é, fonte de felicidade, contentamento, prazer e alegria, segurança e confiança. Assim, até o trabalho, a profissão, representa um ato de namoro!" Outra coisa que ele repetia inúmeras vezes: "Amigos, não se preocupem no início com a chega34

da de filhos. Quando a gente fala sobre o matrimônio como a instituição na qual se assegura a propagação da vida não se deve pensar somente em dar a luz, mas também em promover a vida um do outro. O marido seja mais homem, homem mais completo, graças à esposa. A esposa sinta-se mais mulher, mulher mais completa, graças ao marido. Quando existir esta preocupação com a vida, ou seja a felicidade e bem estar da companheira, do companheiro, o resto na vida do lar será sempre presente, surpresa agradável e bonita. E ... problemas que porventura apareçam, encontrarão sempre uma solução, até muitas vezes, surpreendente". Queridos equipistas, e tas duas colocações de um homem sábio se deixam encaixar perfeitamente no tema geral deste ano 2002: "Ser Casal..." estou convicto de que falando em espiritualidade conjugal, os casais encontrarão nas colocações acima, pontos bem concretos, pelos quais vale a pena lutar e esforçar-se, para pôr em prática. Não será uma prática gostosa e prazerosa? E, esta prática não vai assegurar um convívio matrimonial cada vez mais forte e seguro, o que talvez ajude a entender a sentença do Senhor: "O que Deus uniu, o homem não separe?"

Pe. ]ac. P. Zwaanenburg - mSC SCE Equipe 33 e 102 Rio de Janeiro CM 371


SESSENTA ANOS DE HARMONIA E UNlAO

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No primeiro capítulo de nosso Tema de Estudo deste ano, página 27, podemos ler a seguinte frase: "O amor não chega pronto. Ele se faz ... " (texto de Michel Quoist). Eu me lembrei dos meus pais: ele, José Pires Cordeiro (85 anos), ela, Quitéria Pires da Silva (81 anos), que no mês de maio completaram 60 anos de vida matrimonial. Na situação histórica em que

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vive a família hoje, onde as "sombras" são mais evidentes, mais propagadas que as "luzes", realmente é um momento de render graças a Deus por essa união. Um casal simples, ele, eletricista e ela, dona de casa, tiveram 16 filhos (hoje 9 estão vivos), 19 netos e 4 bisnetos . Uma vida inteira dedicada ao trabalho e educação dos filhos, do jeito simples deles, que cursaram até a segunda série primária, mas, que foram verdadeiros mestres, porque Deus revela a sua sabedoria aos simples . No seu jeito de educar não era necessário dialogar, como procuramos hoje manter essa prática em casal e com os filhos, o exemplo fala e convence. Durante todo esse tempo de convivência nunca presenciamos brigas, discussões ou falta de respeito; pelo contrário, até hoje sempre estão juntos na igreja, na feira, em viagens, e em qualquer outro lugar, nunca se separam, é uma união muito bonita, de amor verdadeiro. 35


Graças a essa união de amor e de fé é que estamos engajados na Igreja há 8 anos (sendo 4 anos como equipistas). Procuramos dar esse testemunho de fé e amor aos nossos filhos, mesmo sabendo do grande desafio que a família enfrenta hoje, onde muitos, na sociedade em que vivemos, banalizam o sacramento do matrimônio. Sentimos o peso da nossa responsabilidade como casal cristão hoje na Igreja e no mundo. Temos um papel importante a desempenhar no ambiente em que vivemos, para formar as consciências, para educar para o amor, principalmente à juventude que está angustiante com a sociedade descristianizada. É preciso ter coragem para denunciar tudo que agride a família. Temos que divulgar mais e resgatar os valores da família, pois assim como meus pais e os pais do

Josias, com 46 anos de vida matrimonial, existem milhares de casais testemunhando uma vida santa em casal. Existem milhares de boas árvores que estão dando bons frutos, porque são fundamentadas no amor de Deus.

Betinha e Josias Equipe 04- N. Sra. de Fátima Pesqueira, PE

" .. .o amor conjugal e o amor de Deus, longe de competirem entre si, estimulavam-se um ao outro. O amor conjugal, reflexo do amor divino, pode conduzir à plenitude desse amor que, por sua vez, enriquece, fortifica e anima o amor humano" . Pe. Caffarel do livro "Um Homem Arrebatado por Deus"

"O casamento é a imagem do amor que Deus tem pela Igreja, uma aliança que compromete toda a vida . É um amor único, durável e fecundo" . do livro "Ser Casal Cristão Hoje na Igreja e no Mundo"

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O FUNDAMENTAL EQU1l1BR10 ENTRE CEDER E MUDAR na Vida a Dois A vida em comum exige capacidade de mudança dos parceiros, devido às situações em que aparecem diferenças de pensamentos, hábitos, atitudes e valores que desgastam a união. Viver com o diferente é adaptar-se, minorando o efeito das posturas diversas. É preciso que os dois operem transformações em si, por meio de um consenso construtivo.

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O maior desafio que um casal enfrenta, após unir-se, é conviver com as diferenças. Por mais que se amem, as pessoas não têm capacidade igual de mudar o comportamento com o fim de ajustar-se ao outro. Alguns resistem mais às mudanças . Outros , menos rígidos, adaptam-se melhor. Mas a habilidade de mudar é requisitada sem cessar na vida em comum, devido às situações em que aparecem diferenças de pensamentos, hábitos, atitudes, valores que geram cobranças e desgastam a relação. Por isso, viver com o di- ___1 ferente é adaptar-se continuamente, diminuindo o efeito das posturas diversas. Quando os dois conseguem operar transformações em si que minimizam a diferença, chegando ao consenso, o resultado costuma satisfazer a ambos . Em algumas situações não cabe consenso. Alguém tem de ceder e se tomar o que o outro propõe. Por exemplo, o homem perde o emprego e decide não aceitar outro de remuneração mais baixa. A partir daí, só a mulher trabalha e sustenta a casa. Surgem então os problemas e o casal se per37


gunta: até que ponto ceder e permitir que a forma do outro prevaleça? Quando se deve abrir mão daquilo que parece correto em detrimento da verdade do outro? Vale a pena superar o limite pessoal para atender ao desejo e à expectativa que são do outro, não a própria? Essas questões costumam ser foco de conflitos e desgastes. Mudar-se é passar por processos difíceis, que exigem esforço. Muitos resistem e defendem-se: "Ela (ou ele) me conheceu a sim e gostou; por que vou ter de mudar agora?" Ou: "Por que sempre eu tenho de mudar e ele (ou ela) está sempre com a razão?" Os argumentos indicam que a pes oa não aceita mudar. Talvez não veja sentido na posição do parceiro: parece-lhe injustificável, ou representa uma violência. Será preciso, pois, algo mais do que a simples diferença para convencer-se de que a mudança se justifica. Costumo sugerir o seguinte critério: se alguém precisa ceder, deve ser quem tem mais a ganhar com isso. Ou seja, o ideal é que mude aquele cujo jeito de ser pode ser melhorado pela proposta do outro. Por exemplo, com freqüência notamos que um dos dois descuida da aparência: engorda e relaxa após alguns anos de união. Se casou com alguém zeloso da própria saúde e aparência, surgirá uma diferença e cobranças. Quem preza a saúde cobrará do outro exercícios físicos e a perda de peso. O outro pode concordar em algum momento, mas nada faz para mudar. O parceiro continua cobrando, 38

mas, diante da inércia do parceiro, desiste; assim, convive com quem não mais admira, e até lhe causa vergonha. A diferença gerou conflito e mudança sem benefícios. Ocorreu na pessoa que deixou de fazer pressão e se distanciou, comprometendo a relação. Conclui-se: geralmente as mudanças ocorrem em pessoas mais flexíveis e não nas que deveriam empenhar-se em mudar. Conheço gente que mudou para pior após uma união; por serem inseguros, abriram mão de características adequadas quando houve choques. Abandonaram amigos ao se unirem a alguém anti-social; deixaram de exigir qualidade, pois o companheiro só e norteava pelo preço; tomaram-se incrédulos devido à descrença do outro; afastaramse da cultura, porque escolheram um medíocre. Quando proponho o critério acima, não tenho a intenção de que seja uma regra. Critérios são recursos do bom sen o, e às vezes servem apenas como reflexão para a mudança necessária. Ligar a própria vida a alguém só tem sentido se for para melhorarem juntos. Se a união, em vez de agregar valor, tira a dignidade, não há o que a justifique. O ideal é que o ca al estabeleça critérios para mudar, em um consenso construtivo. Não faz sentido alguém mudar para pior se o companheiro pode mudar para melhor, não é mesmo? Rosa Avello psicoterapeuta e psicodramatista CM 371


RECONClllAÇÃO Estender as mãos! Eis o grande Outro dia, eu estava lendo, num livro de espiritualidade, algo sobre gesto que salva. Assim, um dia, em reconciliação. Comecei a pensar Belém, uma criancinha estendeu sobre o assunto e a sensação que suas pequenas mãos a seus pais e logo tive foi: como é difícil reconci- àquela gente simples que o rodealiar-se com alguém. Quanto amor va. Mais tarde, adulto e maduro, próprio tem que ser vencido! Pode estendeu as mãos para se reconciliconstituir aos olhos dos outros uma ar com todos os homens, de todas as nações e línguas. humilhação? Uma fraAo ser pregado na queza? Aos olhos dos cruz também estava de outros e aos da gente mãos estendidas para mesmo. Por outro perdoar aqueles que o lado, uma grande reaSem imolaram: "Eles não lidade: você pode ter sabem o que fazem". paz interior se alimenreconciliação Seus seguidores fitar rancor no coração? éis, ou obedecendo a Sem reconciliação não não há paz idêntico impulso, têm há paz na família, no saído pelo mundo preambiente de trabalho, na familia, no gando a reconciliação na comunidade, na como única fonte equipe, e nem mesmo ambiente de salvadora da paz entre no mundo. os homens. Uma certrabalho, na O que mais nos imteza: não existe outro pede - e impede o caminho. Nós estamos comunidade, mundo - de se reconvendo isto cada dia, em ciliar? O orgulho, a todos os lugares do na eqwpe, e ambição, a sanha do mundo. Um dos vilões poder, certamente esé o poder que tudo cornem mesmo tão presentes entre os rompe, divide, separa. fatores que afastam O outro, num total conno mundo. os homens, os grupos, tra-senso, como vimos, as religiões (um parasão as religiões, quandoxo), e as nações. do falta o principal: Foi assim, provavelDeus. mente, que se extinReconciliação ou guerra, vida ou guiram civilizações no passado, do que não estamos livres em nossos morte. Os homens escolhem. tempos, a considerar que hoje os José Maria (da Zélia) meios de destruição são cada vez JE- São Paulo Equipe mais eficientes.

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É HORA DE VlVER! "O que você fez hoje é muito importante porque você está trocando um dia de sua vida por isso". Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito num mundo que só nos dá um dia de cada vez sem nenhuma garantia do amanhã. Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo. Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo. Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente. Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora. Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe quão logo será tarde demais? Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma. Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã. Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenhar no palco. Deus também está esperando que paremos de esperar. Esperando que comecemos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados. É hora de viver!

Colaboração de ]adna e Beto Eq 06A - N. Sra. Menina - Criciuma, SC 40

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Tema de Estudos

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Internacional de Santiago de Compostella, voltamos maravilhados e ansiosos para começarmos a estudar e vivenciar o tema proposto naquele Encontro. Dividido em três etapas, SER PESSOA, SER CASAL e SER CASAL MISSIONÁRIO, o tema mais uma vez era, a nosso ver, um grande e importante instrumento de conversão. No início do ano passado fomos apresentados ao primeiro dos temas propostos. O "Ser Pessoa" começava a dar uma sacudida na nossa vida pessoal. No primeiro contato que tivemos com o tema, o casal que o apresentou num encontro, deixou uma frase que acendeu uma fogueira nos nossos corações: "Não adianta chegarmos ao final do estudo do 'Ser Pessoa', sem que a nossa vida pessoal tenha melhorado, pelo menos um pouquinho". Estava iniciada uma caminhada de formação, muita reflexão e acima de tudo, de vontade de crescer espiritualmente, de ser mais pessoa, mais casal comprometido com o Reino de Deus. Logo na primeira reunião, com a nossa equipe de base, o debate nos fez enxergar que somos pessoas humanas, porém imagem e semelhança de Deus. Era como se abríssemos os olhos e começássemos a ver que somos das criaturas, a mais importante para o criador. Era como se sentíssemos Deus, nosso Pai, nos levando na palma de sua mão, nos peCM 371

nosso ouvido: "Eu sou o seu Criador. ~ Você é muito importante para mim. ~ Não jogue fora a vida que lhe dei". ~ Um dos maiores problemas pelo I~ qual estava passando era o vício da bebida alcoólica. Não vou contar a minha triste experiência com o áleaol, pois daria para escrever um livro, basta dizer que era um fator que atrapalhava em tudo, principalmente na harmonia conjugal. Mesmo com todo o esforço feito em alguns anos de caminhada, como equipista, como cristão, a bebida sempre causava desconforto na nossa vida familiar. Ali estava o desafio! De um lado o álcool, droga que mata aos poucos e que tira a moral, a dignidade, o respeito, o bom caráter, o bom senso e alegria de viver de qualquer pessoa humana. Um vício, ou melhor, uma doença compulsiva, progressiva e sem cura. Do outro, a Graça de Deus, que mais uma vez se fazia presente do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, através do Tema de Estudos "Ser Pessoa". Hoje, depois de um ano e quatro meses que começamos a estudar o tema "Ser Pessoa", e encontrar as maravilhas por ele apresentado, e atender ao "apelo" de Deus para que valorizasse mais a nossa vida, estou completando um ano e quatro meses de sobriedade. Um ano e quatro meses longe da bebida alcoólica. Nem mais uma gota! Nem mais a compulsão. Somente a alegria de refazer um tempo per-

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di do, de restabelecer a confiança com a minha esposa, com os meus filhos e com as pessoas que me amam. Estou cada vez mais convicto de que não voltarei a ingerir bebida alcoólica, pois o vício só negava cada vez mais a minha condição de pessoa humana, querida por Deus. Este presente de Deus na minha vida, eu devo às Equipes de Nossa Senhora, um Movimento divino, criado pela inspiração do Espírito Santo de Deus. o

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E deixo um apelo aos meus irmãos equipistas de todo o Brasil. Estudem com amor e procurem vivenciar os nossos temas de estudos. Eles são ricos. Tirem o máximo de proveito destes documentos. Se assim o fizermos estaremos, realmente, comprovando o valor deste grande instrumento de conversão.

Daniel Chacon (da ]ussara) Eq. 3B - N. Sra. Auxiliadora João Pessoa, PB •

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POR QUE PERTENCER A UMA EQUlPE? Meditando sobre nossa pertença a uma equipe, lembrei-me de uma passagem em Êxodo 17,11, onde encontramos : "Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque". Assim é que entendo que conosco se dá, exatamente, o mesmo. Pertencemos uns aos outros. Somos dádivas de Deus uns para os outros nas dificuldades da vida. Creio que ao longo de toda história da humanidade, descrita pelo Senhor no Livro Sagrado, este é o grande ensinamento: jamais se pretendeu que lutássemos a sós, sem a ajuda do Senhor e sem o estímulo dos outros. A batalha pertence ao Senhor, mas dela participam todos aqueles companheiros nossos de caminhada. Particularmente, o trecho acima reforça esta conclusão. À medida 42

que o povo de Israel adentrava o deserto, foi atacado pelos amalequitas. O Senhor deu a Moisés o segredo de lutar suas batalhas pelo povo. Tudo o que Moisés tinha de fazer era erguer a vara, e os exércitos de Israel ganhariam a luta. A vara de Deus usada para partir o Mar Vermelho, seria o símbolo da sua presença e do seu poder. A batalha, porém, foi longa e difícil. Os braços de Moisés se cansaram. Foi, então, que Aarão e Hur tornaramse agentes de fortalecimento. Seguraram os braços de Moisés enquanto Josué dirigia a guerra. Que grande equipe! Nas equipes se dá exatamente o mesmo. Nós desempenhamos os dois papéis. Às vezes, somos chamados para exercer o papel de Moisés, na liderança; outras vezes, tomamos o lugar de Aarão e de Hur, erguendo os braços cansados de um CM 371


líder exausto; ainda outras vezes, temos de lutar como Josué, enquanto outros oram por nós. É impossível ganhar as batalhas da vida sem amigos fiéis, que orem conosco, que nos sustentem e travem nossas batalhas como se fossem suas. Quem ergue seus braços? Quem precisa de que você erga os

seus braços hoje? A vida tem seus momentos difíceis em que precisamos de amigos. E o Senhor provê a pessoa certa na hora oportuna.

Beth e Scalzo Equipe 3 - N. Sra. da Glória Belo Horizonte, MG

UMA VERDADEIRA EQUlPE Saímos de nossa cidade ltumbiara, GO, há mais de 8 meses e viemos morar a 200 km de distância, em Rio Verde, GO. Sentimos muita falta de tudo e de todos, pois estávamos acostumados a encontrar com nossos irmãos equipistas, alguns quase todos os dias. Pensamos, então, como seria difícil a separação, não só da equipe, como também de nossos familiares e amigos. Pensamos até em deixar a equipe. Mas, graças a Deus e Nossa Senhora, que sempre está ao nosso lado, continuamos firmes e até hoje, nunca faltamos a nenhuma reunião formal. As reuniões de estudos nós fazemos em casa e passamos via fax para o Casal Responsável. A foto mostra a reunião realizada em nossa casa em fevereiro/2002. Nela sentimos verdadeiramente o amor da nossa equipe CM 371

por nós. Estiveram presentes 6 casais; apenas 2 casais e o Conselheiro Espiritual não puderam estar presentes, mas, temos a certeza que estavam presentes de coração. Firmamos ainda mais o nosso amor fraternal e o nosso compromisso com a equipe.

Nilia e Omar Eq. 12A - N. Sra. do Rosário ltumbiara, GO omarteixeira@uol.com.br 43


A Voz do filho Como filha de casal equipista, percebi o quanto é importante que nós Uovens, crianças e adultos) falemos de nossos sentimen~ tos, e nossas experiências. Hoje ~ vou falar, de como é ser uma falo! mília equipista. Percebo a dife• rença de relacionamento nos la• res das pessoas comuns e no das pessoas das Equipes de Nossa Senhora e da Igreja. Em minha casa, por exemplo, tenho muita liberdade para conversar com meus pais sobre todos os assuntos, trocamos experiências, e assim aprendo coisas muito importantes. Meus pais me orientam e procuram sempre fazer o melhor por mim, assim cada vez mais estamos unidos. Sintome muito feliz por fazer parte de uma família equipista, participar de terços, receber tantas bênçãos de Maria. Todos passamos por dificuldades e problemas, mas não desanimar e perceber o quanto somos importantes é muito reconfortante. Fico impressionada em ver como os casais equipistas são amigos uns dos outros e têm preocupações com as dificuldades alheias. Enfim, é muito bom fazer parte de uma família equipista, ter pais tão conscientes e de muita fé e amor a Maria, e ainda amigos tão verdadeiros e caridosos.

Cristiane (16 anos) filha de Solemar e Luiz - CRS Borda da Mata, MG 44

De Coração Aberto Aquela segunda-feira, quando o CR nos comunicou o retomo de um casal que havia deixado as ENS, trouxe para nós muita alegria. Foi então que observei que naquele mês era nós que fazíamos o Momento de Maria e o montamos voltado para o casal, onde eles seriam luz a acrescentar e fortalecer nossa equipe. O casal ficou emocionado e feliz com a manifestação de carinho de todos os membros da equipe. É importante ressaltar o depoimento do casal ao manifestar a falta que as ENS fizeram na vida dos dois. Nós, equipistas, temos que estar de coração aberto aos casais que por algum motivo não quiseram continuar nas equipes e que, depois de um certo tempo, perceberam a falta que as ENS fazem para o casal. Irmãos e irmãs, estejam sempre com o coração aberto para quem quiser retomar. Roseli e Adauto Equipe 16- Votuporanga, SP

••• Carta Mensal

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Sabemos que há irmãos que não dão o devido valor à Carta Mensal, como veículo de formação, informação e união dos equipistas entre si e com o Movimento, a nível nacional e internacional. Queremos testemunhar o quanto para nós ela é valiosa. A Carta Mensal é como um amigo que perioCM 371


dicamente nos visita, trazendo notícias de outros amigos queridos, que estão distantes. Os diversos artigos contidos nela têm nos ajudado acrescer na caminhada, e nós também temos nos utilizado diversas vezes dela na Igreja, em casa e no trabalho. Em 1996 fomos transferidos de Manaus, AM para Barbacena, MG e no ano passado viemos para Belo Horizonte. Durante este tempo de "exílio", a Carta Mensal tem sido o elo de união espiritual, principalmente quando lemos artigos enviados por irmãos equipistas que tivemos o prazer de conhecer ou ao vermos rostos queridos estampados em suas páginas, rosto de gente que desde o início de nossa caminhada nos ajudou (tínhamos 24 anos de idade e 3 anos de casados ao entrarmos para o Movimento). Somos muito gratos aos irmãos da equipe da Carta Mensal, que fazem esse maravilhoso trabalho. Que Maria os inspire cada vez mais.

Léa e Esmeraldino Eq. 8 - N. Sra. de Medjugore Belo Horizonte, MG

••• Carta Mensal 2 Quero agradecer à equipe da Car-

ta Mensal, pelos ótimos artigos publicados que tem me ajudado muito. Eu viajo a serviço e sempre tiro várias cópias das reflexões publicadas e entrego para as pessoas que encontro em minhas visitas. Vocês nem imaginam o sucesso alcançado e quantos problemas são resolvidos CM 371

entre os casais que receberam a mensagem, bem como também tem ajudado muitas pessoas individualmente. Fico muito emocionado com isso, pois, normalmente eu volto a esses lugares a cada dois meses e sinto as mudanças que estão acontecendo nessas pessoas. Eu sempre digo a elas: "Não sou eu que faço essas mensagens e sim a equipe que prepara a Carta Mensal". Digo ainda: "Os artigos dessa revista tem me ajudado muito a melhorar a minha vida também".

Jair (da Monike) Eq. 99E - N. Sra. da Penha Rio de Janeiro

••• Comentários sobre a CM de abril/2002 Como sempre a Carta Mensal é um veículo de informação/orientação complementar para nós equipistas, e muito contribui para melhor compreensão de temas e assuntos importantes na nossa caminhada. Esta CM de abril não fugiu à regra, e traz-nos belas mensagens, relatos e abordagens muito oportunas. Destacamos especialmente, o ensaio do Padre Cavalca ("O CASAL - Ideal, Limites, Esperança"). Todo ele é um apelo a nós, casais, para que busquemos bem viver o nosso matrimônio. O simbolismo das "asas quebradas" do passarinho, que tendo todo o imenso céu, não pode alçar vôo, foi muito feliz e, como toda a matéria, nos fez meditar muito. 45


Ele faz afirmações que deveriam ser escritas nas paredes de todo lar cristão: "Na maior parte das culturas, é pelo casamento que o homem e a mulher assumem seu papel definitivo na sociedade" . "É amor acima de tudo, colocando esse homem e essa mulher imediatamente abaixo de Deus ... ", pois "Deus está sempre presente no mistério do amor entre um homem e uma mulher... ". Padre Cavalca alerta, também, para as nossas fragilidades , nossa vulnerabilidade: "O casal humano, por si mesmo, é uma soma de carências e fraquezas". Adiante nos "conso-

la": " ... nem o melhor dos casamentos é sempre um leito de rosas". Na esperança de que nossas "asas" sejam consertadas, ele estabelece um "Plano de Vôo", fazendo paradas em cada "estação" das bem-aventuranças e, no finalzinho, ele louva o " ... casal que se deixa guiar pelo bem, pela verdade, pela justiça, pelo amor e resiste a todas as maldades ... ". Obrigado, Padre Cavalca, você nos ajudou muito! Elza e Emanuel Equipe 15D - Rio de Janeiro E-mail- emanuelza@bol.com.br

Leitora Vocacionada Sou uma apreciadora da revista "Carta Mensal". Tenho 19 anos. sou filha de encontreiros e neta de equipistas. Escrevo para parabenizá-los por esta maravilhosa revista. cujo conteúdo é muito rico nas reflexões e mensagens, que nos servem como grande apoio para as dificuldades de nosso dia a dia. Gosto muito de escrever e aprecio boas leituras, procurando sempre compartilhar o que me é transmitido, para que também os outros possam compreender a necessidade que temos, principalmente de buscar a Deus. pois é Ele quem pode ser o nosso maior conforto e nos preencher de amor. Em minha paróquia, faço parte da Fanu1ia 46

Canossiana; sou leiga e em breve serei aspirante da Congregação de Santa Madalena de Canossa. Devo agradecer também a vocês da Carta Mensal, que me ajudam muito nos momentos de interiorização e sobre minha vida religiosa. Que Maria Santíssima interceda por toda equipe da Carta e que esta obra continue dando bons frutos.

Waldirene Aparecida de Sou;:.a (neta de Abra e Adeydes Eq. 4- N. Sra. das Graças) Piabetá, RJ


NÃO TENHAM MEDO Lembro-me que aconteceu duran- na da Galiléia. Mas eis que Jesus te uma reunião com jovens. Conver- aparece na presença deles, mesmo sando sobre a presença viva do Se- com as portas fechadas. Imaginanhor Jesus nas celebrações litúrgicas se o que deve ter passado pelas suas perguntei, com a intenção de cabeças naquele instante. Jesus vai provocá-los, qual seria a sua reação nos dar a maior das broncas, merese o Senhor se fizesse presente em cida claro, e vai nos expulsar da sua pessoa durante uma missa, por exem- presença. Afinal, tinham falhado plo. Um deles imediatamente rea- feio! Foram covardes e pusilânimes. giu ... "eu sairia correndo ... " e admi- O Mestre, contudo, foi logo tranqüitiu que assim agiria por medo! Infe- lizando: "não tenham medo ... a paz lizmente, o sentimento do medo con- esteja com vocês!" Ao invés da tinua prevalecendo no relacionamen- bronca e do castigo, votos de paz! to com Deus. O medo continua pau- Ao invés de pragas e maldições, tando boa parte de nosso comporta- gestos de misericórdia! Momentos como estes precisam mento, inclusive, em assuntos relacionados com a religião! O rapaz foi ser lembrados e meditados com frefranco e espontâneo, assumiu seu qüência, até que todas as pessoas trauma. Outros, inclusive adultos, se convençam de que Jesus veio, sentem o mesmo medo, mas cuidam não para amedrontar e assustar, mas para cativar e atrair. Ele veio não de disfarçar ou de desconversar. O sentimento de medo com re- para condenar, mas para perdoar e lação a Deus não é novo. A Bíblia libertar. Esta sublime e alentadora apresenta vários exemplos de pes- verdade será mais facilmente assisoas que tiveram medo de Deus. O milada quando a Igreja, como instimais célebre é o caso de Adão e tuição, e os padres e pastores em Eva que, desobedecendo à ordem particular, se distinguirem pelas práde Deus se escondem, de medo, di- ticas da acolhida e da misericórdia, ante da sua aproximação. Outro mormente com quem mais precisa momento significativo é o encontro · delas. Infelizmente, é comum ver o de Jesus com seus discípulos no dia contrário! Pregadores e orientadores da ressurreição. Durante todo o pro- mal preparados e desprovidos de cesso da paixão, eles falharam feio. qualquer presença do Espírito SanAbandonaram o Mestre e sumiram, to recorrem, sistematicamente, ao justamente, na hora em que mais medo para dominar e manipular fideles precisava. Pensando que Ele éis! Nada mais anti-evangélico do estivesse definitivamente morto, que o pavor! Nada afasta mais de trancaram-se no cenáculo, aguar- Jesus do que o medo! Pois Ele veio dando o momento mais conveniente justamente acabar com o medo e para retornar, às escondidas, à roti- restabelecer, entre Deus e as pesCM 371

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soas, especialmente aquelas tidas como perdidas e pecadoras, um relacionamento de confiança, de entrega, de abrigo. Um relacionamento de Pai, de misericórdia eterna e infmita, com filhos reconhecidamente relapsos e presunçosos! Não tenham medo! Eis o Evangelho que deve ser anunciado em cima de telhados e no aconchego das casas. Deus é amor e o amor exclui o temor! Ninguém precisa se

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esconder de Deus, nem o mais infame pecador. Pelo contrário, todos devem se aproximar dele com confiança, porque Ele sabe compadecer-se das fraquezas, sua misericórdia é eterna e inesgotável e, acima de tudo, faz a maior das festas quando o filho, que estava perdido, retorna para casa!

Pe. Charles SCE Araçatuba, SP

CM 371


Meditand o en1 Equipe Deus tem um grande projeto para você! E Ele pensou em você casado(a) . Que bela realidade, vocês comprometidos um com o outro! E esse vínculo de amor torna vocês imagem e sinal da Aliança que une Deus a seu povo.

Meditemos, após a leitura atenta de Mateus 1 9, 1-9 Sugestões: Releia os versículos 5 e 6: "A própria essência do matrimônio, deve ser tal que nada deve ser separado de maneira egoísta . Esse dom implica a duração, o sim para sempre" . ("Ser Casal") Como nós testemunhamos em casa, na comunidade, na sociedade ... essa confiança, essa liberdade de sermos uma só carne? De alguma maneira agradeça agora a seu cônjuge a opção que fez por você. Agradeça também a Deus que tem abençoado e fortalecido esse amor mútuo. Padre Ernani

.... .. ...... ...... ......... .... ............ Oração em Comum Nós somos dois, Mas Tu estás aqui, Senhor, No caminho de nossa vida . Nós somos diferentes Mas, cada um no seu ritmo, Nós dois avançamos em tua direção. Aprofundando, ao longo dos dias, O dom total de um ao outro, Nós nos abrimos ao teu Amor: Ele espera um gesto meu, uma palavra Que lhe permita ser reconfortado e acolhido. Eu espero dele Um coração atento às minhas preocupações, à minha fadiga. Fechados na prisão de nosso egoísmo. Nós não conseguimos encontrar-te. Mas, sempre, a pequena chama da tua presença Libera em nós o Amor. Alimentados pela tua Palavra, Banhados pelo teu espírito Nós caminhamos para Ti . Abençoado sejas Tu, Deus conosco, Emanuel. Dominique (do Tema de Estudo: "Ser Casal")


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OBJETlVOS DA CARTA MENSAL • Ser um veiculo de comunicação da Super-Região • Ser um instrumento de circulação da seiva do Movimento .. ·j,

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• Ser um instrumento de formação para os equipistas • Ser a transmissora de noticias de interesse geral • Favorecer e manter a nossa unidade como Movimento

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal

R. Lu is Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 E-mail: secretariado@ens .org .br • cartamensa l@ens.org.br Home page: www.ens.org .br


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