ENS - Carta Mensal 375 - Setembro/2002

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°375 • Setembro I

2002

EDITORIAL Da Carta Mensal ...... .. ....................... 01

MÊS DA BÍBLIA Bíbl ia = Carta do Amor de Deus .. ... 26

SUPER-REGIÃO Padre Flavio SCE ............................. .. 02 Na Terra do Canguru ........................ 03 Editorial: "Escutai-o" ........................ 05

ORAÇÃO A Oração, o Verdadeiro Sacrifício .. .. 27 As Respostas que Deus nos Dá ........ 28 Notícias e Informações ............ .. ....... 30

CORREIO DA ERI Sempre Prontos a Enxergar a Esperança ........ .... .... ....... 09 Ministérios dos Casais ...................... 11 Notícias Internacionais .. .... ...... .... ..... 1 3 VIDA NO MOVIMENTO Uma Sessão de Formação Nível I e 11 .............. .. ...... .. . Jubileu de Prata de Equipe .............. Jubileu de Prata das ENS em José Bonifácio ..................... Aniversário de Equipe ........... ........... Mutirão .... .... .. ........ .... .. ....... .. ....... .. ...

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ENCONTRO NACIONAL DE BRASÍLIA Encontro de Brasilia 2003 .. .......... .. .. 23 Novas Adesões .......................... .... .. .. 2 5 Demonstra ção do Resultado .. .. .. ...... 25

Carta Mensal é unut publicação mensal dns Equipes de Nossa Senhora

Janete e Nélio Pe. Ernani J. Angelini

Edição: Equipe da Carta Mensal

Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas {mtb 19835) Ediloração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Produções Ediloriais Lida. R. Venâncio Ayres, 931 - SP Fone: (O_u 1J) 3873. 1956

Cecília e José Ca rlos (responsáve is) Wilma e Orlando Soely e Luiz Augusto Lucinda e Marco

MOMENTO DE MARIA As Equipes são de Nossa Senhora ... 34 PARTILHA E PCES Oração Conjugal ........ ........... : .. ......... 35 Retiro ................................................ 36 ATUALIDADE As Lindas Cores da Primavera ......... . 38 Ser ou Não Ser: Esta é a Questão! ... 39 TESTEMUNHO Oração, Sinônimo de Paz no Casamento ................ .. .. .. . 42 Coincidência ou Providência? .. ........ 43 Experiência de Vida .. .. ...................... 45 Uma Noite Especial ............ .. ............ 46 REFLEXÃO A Bíblia .................. .. ...... .................. .. 47 Problemas X Metas .. .. .................. .... . 48

Projeto Gráfico: Alessandra Ca rignani

(cons. espiritual)

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser em•iadas para:

Foto de Capa: José Ca rlos Sales Impressão: Gráfica Roma Tiragem desta edição: 15.600 exemplares

Carta Men sal

R. Luis Coe/110, 308 5" andar · conj. 53 O1309-000 • São Paulo - SP Fotte: (Oxxll) 3256.1212 Fax: (Oxxll) 3257.3599 cartamen sal@ens. org. br

A/C Cecília e José Carlos


Oi, pessoal!

Esperança! Uma das três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade, que compõem o tripé fundamental para a nossa espiritualidade. Como num banquinho de três pés, se faltar um ... E, estamos numa época do ano em que, para nós, brasileiros, a esperança toma contornos ainda mais importantes. Depois da euforia do "penta", aproxima-se a primavera, o tempo das flores, das cores, e a nossa Carta traz um artigo que nos ajuda a meditar sobre isso. Junto com a primavera, virão as eleições majoritárias de nosso querido Brasil, quando escolheremos nossos futuros dirigentes. Precisamos conhecer bem os candidatos, para que o nosso voto contribua para a escolha dos melhores. E quanto trabalho, quantos desafios os esperam! Um país de diferenças sociais enormes, onde milhões passam fome e vivem abaixo da linha da pobreza, não será fácil de ser bem conduzido! Desafios que em nossa visão humana, parecem intransponíveis. Mas, se acreditamos que para Deus nada é impossível e que nele tudo podemos, devemos dobrar nossos joelhos e orar, na esperança, para que nossos novos dirigentes sejam iluminados em suas ações pelo Espírito Santo. Para que essa oração tenha a eficácia desejada, além de todas as ferramentas que o Movimento das ENS propõem, nossa Carta Mensal traz uma série de artigos que, certamente, ajudarão a todos: artigos sobre a realização dos Mutirões pelo nosso país afora, a época dos retiros do 2° semestre, o mês da Bíblia, testemunhos, depoimentos ... vida! E, na esperança, de que tudo isso seja alimento para nosso Encontro Nacional de Brasília, em Julho de 2003, tenhamos fé de que, com nossa oração sincera e nossa ação corajosa, o Brasil será um país melhor. Que, depois do inverno, venha a primavera ... Para terminar, uma ótima notícia! De 13 a 15 deste mês de setembro, vai ser realizada mais uma dessas reuniões especiais, que a Equipe da Super-Região faz, uma vez por ano, numa determinada Província, para ter um contato maior e mais fraterno com os equipistas de todo o Brasil. Desta vez é a Província Sul I que terá esse privilégio. Esse Encontro acontecerá em São Paulo. A equipe da Super-Região, animada com as belas experiências do Rio de Janeiro e de Manaus, já está "esquentando os motores" para viver intensamente esses momentos de graça e de amizade. Teremos muita coisa boa, que relataremos na Carta Mensal de novembro. Ninguém perde por esperar. Ao contrário, todos ganharemos com os frutos dessa reunião. Vamos pra frente, confiantes em Deus.

Equipe da Carta Mensal


Prezados Casais Equipistas e Conselheiros Espirituais: Ainda me lembro da figura de Cafú, irreverente sobre o pedestal de cerimônia, que num gesto de triunfo erguia a taça do campeonato mundial. Muitas vezes deverá ter sonhado com esse momento, imaginado o que haveria de fazer, o que haveria de gritar, porque num momento assim é impossível não gritar. Vi que gritava para que todos o ouvissem, como se todos o pudessem compreender. No momento não consegui entender seu grito. Depois fiquei sabendo que gritara "Regina, eu te amo!" Se o primeiro impacto foi o da sua figura ereta, que encarnava num ar de garoto o triunfo de muitos, penso que mais forte foi o impacto quando se conheceram suas palavras. Foi muito bom ver como, nesse momento de glória, lembrou-se de sua mulher, e fez de seu grito de vitória uma declaração de amor diante de não sei quantos milhões de todos os continentes. Entre tantas coisas que poderia ter imaginado gritar, escolheu a que lhe parecia mais importante, a que mais lhe enchia o coração. Isso foi muito bom, agora que vemos como tantos colocam o amor e· o casamento, e mais ainda a pessoa amada, depois de muitas outras coisas consideradas mais importantes. Perdoem-me os casais que me lêem, mas não consigo deixar de lhes fazer uma pergunta: "É assim que vocês se amam? Logo 2

abaixo de Deus, ela ou ele é que, antes de todos os outros, vem à sua lembrança nos grandes momentos da vida?" Arrisco dizer que esse é um bom critério para você saber qual é de fato seu grande amor preferencial. Aquele que não pode ser dado à profissão, ao sucesso, às boas coisas da vida, nem aos amigos, nem a seu pai ou a sua mãe, nem a seus filhos , porque foi jurado a seu marido ou a sua mulher. Se a pretensa mediocridade de seu casamento é pretexto para outras preferências, é bom pensar que essa mediocridade nasce exatamente da falta de um amor assumido de maneira total e prioritária. Se você não é capaz de amar assim, ou se é capaz de se contentar com um amor menor, acho que não nasceu para o casamento. Se esse amor parecer exigente demais e quase heróico, é preciso reconhecer que sim. Que está acima de qualquer capacidade simplesmente humana de amar. Que pode desabrochar e arder somente num coração alargado, explodido e transfigurado pelo poder de Cristo. Mas não há por que desesperar. Se esse amor é o caminho traçado por Deus para a sua felicidade, jamais lhe faltará a graça necessária para ser capaz de amar assim. Basta que você não tenha medo de se deixar levar.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr CM 375


NA TERRA DO CANGURU Olá gente amiga! Pela primeira vez na história do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, o Colegiada Internacional (Equipe Responsável Internacional e Super-Regiões) reuniu-se na Oceania, mais precisamente na Austrália. Deixando de lado as peripécias de uma viagem bastante longa e diferença de 13 horas no fuso horário, eis que nos encontramos em Melbourne, entre os dias 22 e 27 de julho, para os trabalhos anuais onde foram tratados os grandes temas e as preocupações gerais em relação às equipes do mundo inteiro. Em que pesem as diferenças de culturas, as diferenças de antigüidade do Movimento em cada país, percebe-se com grande alegria que o espírito é um só: todos em busca da santidade conjugal. Percebe-se com segurança que o Movimento é o mesmo aqui ou acolá, e que a nossa unidade está sendo preservada na fidelidade aos carismas

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fundadores. Percebe-se com evidência o espírito de fraternidade, de acolhida, de bem querer entre pessoas que se encontram apenas uma vez por ano, mas que nem as distâncias, nem as ausências são capazes de arrefecer a amizade fraterna que nos vincula a todos. Seria desnecessário realçar o clima de alegria, de amizade, de ajuda-mútua, de busca de entendimento apesar das tantas línguas ali faladas, mas esta tem sido uma marca registrada das Equipes de Nossa Senhora em todo o mundo. Somos muito agradecidos a Deus pela oportunidade de estarmos ali representando o Brasil e nos a gente, levando o entusiasmo de nossas equipes, o nosso modo descontraído de celebrar a vida litúrgica, falando da vivência equipista nesta nossa querida Super-Região Brasil. Em contrapartida, colhemos as experiências das dificuldades enfrentadas com coragem pelos países que estão ainda em início de expansão,

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saímos fortalecidos com o crescimento no critério colegiado de avaliar as necessidades mundiais, na troca de informações, na entre-ajuda, no buscar juntos saídas e alternativas para nossos trabalhos como servidores do nosso Movimento em cada localidade. Neste ano, a Equipe da ERI centrou-se basicamente em três ternas fundamentais: • Uma retomada do espírito de COLEGIALIDADE no serviço de todas as Super-Regiões e nos vários níveis de responsabilidade. • Urna passagem pela visão atual de Igreja, com todos os seus desafios, mormente para o desempenho de nosso papel de leigos. • Um encaminhamento da nossa missão, já em preparação para os trabalhos de 2003 cujo ano será voltado para o papel missionário do casal na Igreja e no mundo. Para a reflexão desses três elementos fundamentais, tivemos a dinâmica de palestras, grupos de coparticipação, plenário e momentos fortes de liturgia e celebração eucarística. Fiéis à proposta do Papa João Paulo II, na exortação apostólica "Novo Millennio Ineunte", que convida todos "a lançar redes em águas mais profundas", cada Super-Região teve a oportunidade de fazer uma pequena palestra de 20 minutos sobre ternas relacionados a esta missão e ao desafio lançado pelo Papa. A nós, Brasil, coube uma exposição centrada no terna: "O Casal avança na caridade" onde procuramos refletir a idéia de que ao carisma é preciso somar um "coração que arde de amor", e que o 4

amor está no cerne do processo missionário e evangelizador. Na tarde de sexta-feira, durante três horas, e porque ninguém é de ferro, fornos levados a um passeio para conhecer um "santuário da natureza" para nos pormos em contato com a vasta fauna da região, e evidentemente com as duas grandes atrações locais: os sonolentos coaJas e os saltitantes cangurus. Finalmente, encerrando esta reunião, tivemos na parte do sábado um grande encontro com os equipistas locais de Melbourne e das adjacências, onde, após uma apresentação geral, e uma celebração eucarística, tivemos algumas falas sobre assuntos missionários (pois a Austrália comanda a Equipe Satélite sobre missão, na qual um casal brasileiro participa: Hélene e Peter Nadas, de São Paulo), e terminamos com um jantar oferecido pelos equipistas locais, num clima de grande entrosamento e amizade. Numa breve síntese, queridos irmãos, é o que podemos lhes relatar de nossa estada na terra dos cangurus. Resta-lhes pedir que em suas orações rezem pelo Movimento no mundo, pelas suas necessidades, pelos seus desafios, pela luta incansável de todos aqueles que se dispuseram a servir as Equipes de Nossa Senhora, e levar adiante o ideal de propagar a verdade sobre a beleza da espiritualidade conjugal e a grandeza do matrimônio cristão. Com o nosso carinhoso abraço,

Silvia e Chico Casal Responsável Super-Região CM 375


Palavra do Provincial

EDJTORJAl: "ESCUTAI-O" (Carta Mensal, setembro de 1984) Os Evangelhos, que nos oferecem inúmeras palavras de Cristo, só nos relatam três palavras do Pai. Como deveriam ser elas preciosas para nós! Uma delas é um conselho: o único conselho do Pai aos seus filhos. Com que infinita, filial reverência devemos recebêlo, com que solicitude atendê-lo! Tal conselho, que contém o segredo de toda santidade, é simples e pode ser expresso em uma só paLavra: "Escutai-o" (Mt. 17,5), diz o Pai, ao mesmo tempo que nos aponta o seu Filho Bem-amado. Meditar, é, assim, o grande ato de obedecer ao Pai. É, como Madalena, sentarmo-nos aos pés de Cristo para escutar sua palavra. É com efeito a Ele, mais ainda que

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às suas palavras, que devemos estar atentos. Entregar-se à meditação a partir de uma página do Evangelho é muito recomendável: com a condição de lermos, não como professores de literatura, mas como a noiva que, nas cartas que recebe, para além das palavras escuta o pulsar do coração de seu amado. Saber escutar é, sem dúvida, uma grande arte. O próprio Cristo nos adverte: "Cuidai, pois da maneira de escutar" (Lc 8,18). Se formos beira do caminho, rochedo, ou terreno espinhoso, a Sua Palavra não poderá crescer em nós. Precisamos ser terra boa onde as sementes encontram o que lhes é necessário para bro-

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tar, desenvolver-se, amadurecer. Escutar, aliás, não é somente atribuição da inteligência. É nosso ser por inteiro, alma e corpo, inteligência e coração, imaginação, memória e vontade que devem estar atentos à Palavra de Cristo, abrir-se a ela, ceder-lhe o lugar deixar-se por ela penetrar, invadir, apossar, dar-lhe adesão sem reserva. Compreendeis agora porque emprego a palavra escutar de preferência a meditar. Tem uma ressonância mais evangélica e designa um encontro, um diálogo, um contato de coração a coração: e nisto consiste essencialmente a meditação. Na verdade, sem a graça, ninguém poderia escutar o Cristo, pois somos todos surdos de nascença, filhos de uma raça de surdos. Mas, ao sermos batizados, Cristo pronunciou a palavra que, depois da cura do surdo-mudo da Decápole, abriu os ouvidos de milhões de discípulos: "Ephetha! Isto é, abre-te" (Me 7,34). Quando através da meditação, abrimos o nosso íntimo para que nele tenha acesso a Palavra de Cristo, ela nos converte, nos "faz passar da morte para a vida" (lo 5,24 ), nos ressuscita; torna-se em nós, para nós, fonte impetuosa, vida eterna. Contudo, escutar a Palavra não é suficiente: diz o Cristo "Feliz aquele que ouve a palavra de Deus e a guarda" (Lc 11, 28), com ela se rejubila, dela se alimenta, leva-a consigo como Maria a cri6

ança que havia concebido e que era a Palavra substancial. Através de Maria, Jesus santificava aqueles com quem sua Mãe se encontrava, fazia estremecer de alegria o Batista no seio de Isabel. Assim quer ele fazer por nosso intermédio. Não é ainda o suficiente. Esta Palavra ouvida, guardada, importa que "seja posta ativamente em prática" (Tg 1,25). Quer isso dizer que é preciso, ao longo do dia, estar atento à sua presença atuante em nós, aberto às suas sugestões, aos seus impulsos. É o seu dinamismo que nos levará a multiplicar as obras boas, trabalhar, afadigar-nos, viver, morrer, pelo advento do Reino do Pai. E se formos fiéis, grande será a nossa alegria, pois Jesus disse: "Aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática é que são minha mãe e meus irmãos" (Lc 8,21) Henri Caffarel Este editorial é um dos mais belos e de ensinamentos teológicos mais profundos, dentre dez editoriais do padre Caffarel pesquisados. Henri Caffarel seleciona sete citações do Novo Testamento e por meio delas, procura despertar no leitor o desejo de fazer a Escuta da Palavra e a Meditação, que fazem parte dos Pontos Concretos de Esforço (PCE), ou regras vividas pelos casais das Equipes de Nossa Senhora. O Catecismo da Igreja Católica diz que "na vida humana, sinais e símbolos ocupam um lugar imporCM 375


tante" 1• O ser humano precisa de sinais e símbolos para se comunicar, porque é um ser social e por isso precisa relacionar-se com os próprios homens como também, precisa de sinais e símbolos na sua relação com Deus. Pe. Caffarel usa o simbolismo do número sete, que tem no seu sentido mais profundo o significado teológico de "plenitude" "Deus concluiu no sétimo dia a obra que fizera" (Gn 2,2) para mostrar que a meditação é uma maneira plena e completa de oração. Neste texto, ensina a meditar a Palavra de Deus através de sete citações. Para ele, aprender a meditar é viver um processo em que cada passo é de grande importância. As sete citações são apresentadas na seguinte ordem: A primeira é a citação título, refere-se a uma ordem dada por Deus Pai, no episódio da Transfiguração: "Escutai-o " (Me 9,6) depois desta ordem, uma vez que a Palavra de Deus Pai é imperativa, Jesus é quem vai nos ensinar tudo o que Deus quer, sendo a partir dessa ordem o grande mediador do Pai. Na segunda citação, há uma advertência quanto à maneira de ouvir a Palavra, pois a Palavra de Deus pode cair na beira de estrada, no espinheiro ou no rochedo onde cai e não penetra e, por isso, morre. O próprio Jesus adverte: "Cuidai pois, na maneira de escutar" (Lc 8,18). Para ensinar como se deve fazer a meditação baseada na Escuta da Palavra Pe. Caffarel utiliza-se de

Pe. Caffarel usa o simbolismo do número sete, que tem no seu sentido mais profundo o siqnificado teolóqico de "plenitude". Neste texto, ensina a meditar a Palavra de Deus através de sete citações. duas comparações. Na primeira ele compara a meditação com a de Madalena que se senta "aos pés de Cristo para escutar a sua palavra", aqui o ato de sentar-se significa ter tempo, Madalena tinha um tempo reservado só para ouvir Jesus. Na segunda comparação Pe. Caffarel refere-se a uma noiva que ao receber as cartas do amado vai "para além das palavras e escuta o pulsar do coração do seu amado " o que mostra que além do tempo reservado à Meditação e à Escuta da Palavra precisa-se sentir o pulsar do coração divino. Tendo tempo e indo além das palavras Pe. Caffarel define meditação como "urri encontro, um diálogo, um cantata ·de coração a coração".

I. Catecis mo da Igrej a Católi ca, Economia Sacramental, Sinais e símbolos p.281 n° 1146.

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O núcleo do editorial está na

terceira citação, que é: "Ephetha, isto é, abre-te " (Me 7,34 ). Aqui Caffarel relaciona a surdez do pecado com a abertura pela graça do Batismo. O éphetha do Batismo é que possibilita escutar Cristo abrindo os ouvidos de milhões de discípulos. O abrir-se à Palavra é o abrir-se à graça de Deus, é tornar-se semente missionária da Boa Nova de Jesus Cristo. Uma vez abertos os ouvidos, a quarta citação mostra que a Palavra de Deus penetra em nosso íntimo de maneira modificadora, ela nos converte e nos ressuscita ''faz passar da morte para a vida" (Jo 5,24) A quinta citação refere-se ao episódio em que uma mulher do meio da multidão proclama Maria, a mãe de Jesus, bem-aventurada. Esse fato é muito expressivo para os israelitas, pois para eles ter um filho sábio é motivo de grande orgulho: "que teu pai e tua mãe se alegrem, e exulte aquela que te gerou" (Pr 23,25). A essa proclamação, bastante usual entre os judeus, Jesus responde de maneira surpreendente, afirmando que a grandeza de sua mãe não está apenas na sua maternidade, Maria é grande não só por ser a sua Mãe mas sim, porque "ouve a palavra de Deus e a guarda " (Lc 11,28).

Pe. Caffarel mostra a importância que existe em ouvir e guardar a Palavra de Deus. Maria, ao guardar a Palavra Encarnada, santifica todas as pessoas com quem se encontra, dá o exemplo de São João Batista que exulta de alegria no seio de Isabel. O processo de entrega à meditação continua. Além de ouvir e guardar, é preciso que a Palavra seja posta em prática, é do Apóstolo Tiago a sexta citação: "seja posta ativamente em prática" (Tg. 1,25). Esse editorial diz que a Palavra de Deus deve modificar a vida cotidiana a partir da meditação diária. A Palavra de Deus ouvida meditada e praticada "nos levará a multiplicar as obras boas, trabalhar, afadigar-nos, viver, morrer, pelo advento do Reino do Pai". A sétima e última citação sela todo pensamento teológico de Caffarel mostrando a universalidade do amor de Deus que nos leva à Salvação "Aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática é que são minha mãe e meus irmãos" (Lc 8,21). Sem sombra de dúvida esse editorial é uma aula de vida espiritual, de amor a Deus e de amor ao próximo.

Altimira e Paulo CR Província Sul I

NOTA: Altimira apresentou sua Dissertação de Mestrado em Teologia Moral: "Equipes de Nossa Senhora e seu Fundador - Henri Caffarel, um Profeta do Século XX", na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora de Assunção, no dia 13 de novembro de 2001.

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SEMPRE PRONTOS A ENXERGARA ESPERANÇA "Onde houver desespero, que eu leve a esperança." (da oração de São Francisco)

Queridas irmãs e queridos irmãos das Equipes de Nossa Senhora de todo este mundo de Deus! Países, continentes tão diferentes, um mesmo Deus que nos une e nos faz participantes da mesma redenção de Jesus Cristo. Portanto, estamos muito próximos uns dos outros. Falar de Esperança é revelar as maravilhas que Deus fez e faz em nossas vidas através da sua graça. Sentir, viver, amar e sonhar; querer e perseguir ideais, sempre foram e sempre serão desejos dos homens que, aliados ao desejo de Deus de vivermos felizes, nos fazem identificar que a Esperança é condição para continuarmos sempre na labuta diária. Pela Esperança, desejamos viver a felicidade prometida por Deus que se iniciou desde nossa concepção. Fomos chamados à vida para vivermos felizes. A Igreja, em seu caminhar com a humanidade, reforça este convite de Deus, derramando em nós a graça Sacramental em diversas ocasiões, em todos os momentos da vida e em qualquer idade. Quanta graça derramada em nós no Sacramento do Matrimônio, nossos sonhos, nossos planos, nossos CM 375

projetos! Isso é Esperança. Quanta graça derramada em nós quando Deus permitiu que gerássemos a vida de nossos quatro filhos! Isso é Esperança. Quanta graça derramada em nós quando iniciamos nossa caminhada no movimento das Equipes de Nossa Senhora, a disposição de amarmos mais, de fazer um ao outro feliz! Isso é Esperança. Tantas outras formas concretas podem revelar sinal de Esperança; é preciso sempre estar prontos a enxergar a Esperança, mesmo nos momentos mais difíceis. Quando, em uma reunião da ERI, fizemos uma distribuiçãó do que cada um iria escrever para o Correio da ERI, coube a nós falarmos de Esperança. Com certeza não imaginávamos que iríamos falar de algo tão concreto para nós. Esperança é viver em Deus e para Deus. 9


A Esperança é fundamentada no amor de Deus e na construção do seu Reino. Após um sofrimento grande, como nós tivemos recentemente, sentimos concretamente a certeza do amor de Deus. Maria Regina precisou fazer uma cirurgia para extrair um câncer de mama. Com este sofrimento, temos hoje a certeza de que participamos, como casal, um pouco mais de perto da redenção de Cristo. Para o ca al, todo sofrimento é dos dois e sempre os aproxima mais da dor de Jesus na cruz. Mas, com a certeza da ressurreição, vivemos a esperança de viver a vida a serviço de nosso único Senhor. A esperança na vida do casal, neste novo milénio, só pode estar apoiada no amor de Deus. Falar de esperança, hoje, neste mundo cheio de injustiças e desesperanças, é falar da graça de Jesus no meio do casal. O amor não é provisório. O amor fala de justiça e de solidariedade. Neste mundo tão conturbado, é preciso viver as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. "A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a vida eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças próprias, mas nó socorro do Espírito Santo" (Catecismo da Igreja Católica n°1817). "Continuemos a afirmar nossa esperança, sem esmorecer, pois aquele que fe.z a promessa é fiel" (Hb 10,23). "Esse espírito Ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim 10

de que fôssemos justificados pela sua graça e nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna" (Tt 3, 6-7). (Catecismo da Igreja Católica 1817) Pensar e viver a "Esperança" nos leva a compreender a necessidade de passarmos por uma conversão do espírito e do coração, acreditando na bondade do Criador, na bondade do casal, e aí, então, também acreditaremos na bondade do gênero humano. "A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as para ordená-las ao Reino dos Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade" (Catecismo da Igreja Católica 1818). Que a nossa caridade não seja cega e nem falsa, mas ajude a compreender melhor o outro, a Igreja e o mundo. Dentre as três virtudes teologais, talvez a mais complicada para se viver hoje em dia é a Esperança, porque vivemos muito mais a contra-esperança. Em Génesis (1, 27) encontramos na narrativa da criação: "Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele os criou. " Esta é uma citação muito importante, pois Ele nos criou, mas Ele é o Senhor, e nós o protagonisCM 375


tas da história. Pensamos que o amor do casal pode e deve ser sinal de Esperança para o mundo. O amor sempre vence o mal e é sempre um sinal de Esperança. Na pessoa de Jesus Cristo e na sua Boa Nova do Reino de Deus, visualizamos e concretizamos todas as esperanças. Aquilo que um dia nos foi proclamado e prometido; torna-se realidade visível e concreta. Esta salvação escatológica é tão dinâmica que já irrompe no presente.

Sendo assim, a mensagem do Reino de Deus amplia mais uma vez as dimensões da Esperança, acrescentando novas dimensões de Esperança para toda a humanidade. Depois de cada sofrimento ressurge nova Esperança. Tente outra vez. Somente chega, quem caminha. Desejando-lhes muita Paz e muito Bem,

Maria Regina e Carlos Eduardo Heise

MlNlSTÉRlOS DOS CASAIS Vocês, leigos casados, sabem que têm um ministério a exercer na Igreja e no mundo? Talvez a palavra ministério não seja freqüentemente associada aos· casais; pensamos normalmente em ministério sacerdotal... Mas esse termo também tem um sentido para vocês. Ministério significa serviço, significa serviço pedido pela Igreja, missão que os fiéis recebem. O ministério do casal é, sem dúvida, a missão de dar a vida, de cuidar do crescimento dos filhos, de assegurar a sua educação, de formálos para que possam ocupar plenamente o seu lugar tanto na sociedade como na Igreja. Mas não esqueçamos a missão primeira que está no interior do casal: um, estar a serviço do outro, para viver o amor consagrado e iluminado pelo amor de Deus. Isso toma CM 375

os esposos capa~es de testemunhar os dons recebidos do Criador, a fidelidade do amor salvador de Cristo, de fazer brilhar, fora do lar, uma esperança com base muito sólida. 11


Lembremos o que dizia Paulo VI às Equipes de Nossa Senhora, em 1970: "Um homem e uma mulher que se amam (. .. ), homilia sem palavras, mas tão espantosamente persuasiva, em que o homem pode já pressentir, como transparência, o reflexo de um outro amor e seu apelo infinito". E eu citarei ainda o Pe. D'Heilly: "O seu amor conjugal é muito, grande, é sólido e merece muita solicitude de vocês. O esforço que fizerem nesse sentido nunca será demais; mas esse amor só encontra a sua significação profunda, se faz com que vocês estejam totalmente disponíveis aos outros". Baseados nisso tudo, vocês podem receber missões que prolongam a graça própria do batismo e da confirmação, para a evangelização, para o serviço à sociedade. O casal ultrapassa o quadro particular e chega a um aspecto essencial do matrimônio que é de consagrar o status do casal na Igreja e na sociedade. Sem entrar em definições técnicas do que é esse ministério oficial, digamos que a missão começa pela hospitalidade do casal (e acredito que, como padre, posso afirmar como nós apreciamos a riqueza do acolhimento que os casais nos proporcionam). Sabemos também que, em se tratando de casais, o acolhimento ultrapassa os círculos dos que estão mais próximos e se abre aos "estranhos" pobres ou isolados, exprimindo da maneira mais completa uma verdadeira caridade, como uma resposta às palavras de Jesus: "Nisto conhece12

rão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros" (Jo 13, 35). Entre os serviços necessários à comunidade cristã, os casais são particularmente aptos a preparar os sacramentos - batismo e matrimônio, principalmente- a despertar as crianças e os jovens para a fé e para o sentido de sua vida adulta; a animar e formar os movimentos e os grupos; a participar dos conselhos pastorais. E poderíamos ainda prolongar esta lista. Em outras palavras, podemos dizer ainda que, pela sua presença e pela sua ação, os casais são os primeiros a constituir o povo de Deus. Certos serviços continuam específicos do homem ou da mulher, mas é bom que o cônjuge não fique por fora desse trabalho. Além do mais, lembremo-nos de que as Equipes de Nossa Senhora fazem parte de um dos movimentos da Igreja em que as responsabilidades são exercidas pelo marido e pela mulher, juntos, e não por um dos dois. Trata-se de uma preciosa especificidade dos ministérios dos casais que se beneficiam com a presença ativa e complementar dos dois esposos . Celebrado na Igreja, o sacramento do matrimônio envia vocês em ministério para a Igreja presente no lar, como também para a grande comunidade, a fim de sejam sal da terra e luz para o mundo. Pe. François Fleischmann Sacerdote Conselheiro Espiritual da ERI CM 375


NOTÍClAS lNTERNAClONAlS · A cada ano, os responsáveis pelas super regiões e pelas regiões ligadas diretamente à Equipe Responsável Internacional (ERl) se reúnem com os membros da ERl.para fazer um balanço sobre o Movimento no mundo e refletir sobre a missão que ele tem na Igreja e no mundo, a serviço dos casais e do matrirnônio. Este ano, e pela primeira vez, o Colégio foi realizado na Austrália. Essa jovem Super-Região conta com 190 equipes dinâmicas e inseridas numa Igreja jovem e cosmopolita e num ambiente religioso muito diferente, no qual o ecumenismo é uma prática corrente. É por isso que um dos temas do encontro foi sobre esse assunto e se juntou ao tema principal das reflexões, "Duc in Altum" (Caminhar para o largo) da carta de João Paulo II "Novo Millênio Ineunte". No plano mais prático, o Colégio das ENS se debruçou sobre o exercício da responsabilidade no Movimento, vivido como um serviço e compreendendo um espírito de colegialidade.

Notícias das Regiões No mês de maio aconteceram duas reuniões importantes:

1. A sessão anual da Equipe da Região da África Francófona, na França, perto de Valence. Foi uma oportunidade, para os responsáveis africanos, de troca de experiências frutuosas sobre o desenvolvimento das Equipes naquele vasto continenCM 375

te e de partilha sobre as alegrias e as dificuldades que os casais encontram para viver o casamento num contexto político, social e humano, muitas vezes, conturbado. A jovem região África vai progressivamente assumindo suas responsabilidades e nós devemos assegurar-lhes nossas orações e nossa ajuda fraternal. Os membros da Equipe Responsável vieram do Burkina Fasso, República Democrática do Congo (o casal responsável não pôde obter o visto de saída), dos Camarões, do Senegal. O responsável é um casal francês e o Conselheiro Espiritual vem da República Centro-Africana. 2. Uma sessão de formação de Casais Pilotos que reuniu numerosos casais em torno de Jean e Priscilla Simonis, responsáveis pela Zona Europa Central. Foi um tempo importante para esse novo setor das ENS que conta agora com mais ou menos vinte equipes e que se desenvolve de maneira rápida. As necessidades de formação na pedagogia do nosso Movimento são grandes, mas os equipistas poloneses se engajam de maneira radical e não hesitam em dar seu tempo para levar a seus compatriotas o melhor deles mesmos.

Marie-Christine e Gérard de Roberty Casal responsável da Equipe Internacional (ERI) 13


UMA SESS~O DE FORMAÇÃO

NlVEll E 11

Dizem que burro velho, não pega marcha, ledo engano! Eu aprendi ... Eu aprendi que, com muita alegria, aprendemos coisas muito sérias e que por Cristo uma pessoa tímida é capaz de virar um leão. Eu aprendi que um catecismo, árido, difícil de compreender, pode se tomar uma coisa fácil e transparente, quando explicado profundamente e com muita didática e sabedoria. Eu aprendi que com a palavra de Deus não se brinca e se eu creio e sigo as palavras do Evangelho, para mim nunca serão motivo de jocosidade ou brincadeira. Eu aprendi que uma missa simples pode levar 41 casais às lágrimas de emoção, sentindo que chegaram muito mais perto de Deus e conheceram uma felicidade tão grande, que se toma até difícil de explicar. Eu aprendi que a mistura de casais jovens com os "menos jovens" dá uma mistura maravilhosa, a troca de experiências é muito grande e a alegria maior ainda. Eu aprendi que rezar, juntos, é buscar, juntos, a força em Deus e que é uma grande honra ser equipista e pertencer a um Movimento tão maravilhoso. Enfim, com tudo isso, aprendi que somos casal cristão na equipe, na Igreja e no mundo e isso nos deixa muito envaidecidos. Padre José Roberto de Araújo, 14

de Jundiaí, SP, SCE da Região São Paulo Sul II, durante os dias 8 a 10 de junho de 2001, ministrou para a nossa Região São Paulo Leste I, a Sessão de Formação- Nível I, nos transportando ao céu, levando-nos um pouquinho mais perto de Deus e aprendemos a admirar e conhecer muito mais, o seu grande ídolo e amigo, Jesus Cristo. E a história continua ... Numa manhã de junho de 2002, tivemos a felicidade de receber, novamente, Padre José Roberto de Araújo, em nossa cidade, São José dos Campos, para um encontro especial, a Sessão de Formação Nível II: Vocação e Missão. O curso foi ministrado na UNIVAP, (Universidade do Vale do Paraíba), um lugar aprazível e muito confortável. Os objetivos específicos da Sessão de Formação - Nível II foram: • Formação teológico-pastoral na doutrina e nos fundamentos da fé e da Igreja. • Conhecimento e análise da evolução e desenvolvimento do pensamento da doutrina social da Igreja. Estudamos alguns documentos da Igreja, demos uma passada no Concílio Ecumênico Vaticano II, no Familiaris Consortio e na Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo. Temas esses, de difícil compreensão, mas o Padre José Roberto CM 375


usando da sua didática maravilhosa, deixou gostoso e ameno, fazendo com que o tempo passasse e não nos déssemos conta, tal interesse que esses temas despertaram nos participantes. Tivemos vários grupos durante os dois dias, para discutirmos sobre os documentos apresentados, que foram muito bons e proveitosos e para alegria de muitos, o Padre José Roberto não deixou de fazer o "seu jogo do milhão" com perguntas sobre os Concílios; foi um motivo a mais para que a sua dinâmica fosse tão apreciada pelos grupos.

Não poderíamos deixar de agradecer ao Padre José Roberto pelo muito que ele nos tem ensinado e pedimos a nossa querida mãe Maria, protetora de nossas equipes, que continue iluminando esse sacerdote tão querido por todos nós, na esperança de podermos contar com ele em outros eventos do nosso Movimento. Que Deus o abençoe sempre e muito, Padre José Roberto.

}oanita e Péricles Eq. N. Sra. do Rosário Setor B - S. José dos Campos, SP

JUBllEU DE PRATA DE EQUlPE Sob a proteção de Nossa Senhora do Carmo, no dia 25 de maio de 1977, nasceu a Equipe 12, hoje Equipe 5B, de Niterói, RJ. No transcurso destes 25 anos, alguns casais saíram, mas, deixaram sua marca e fizeram a nossa história; outros entraram e, juntos com casais que iniciaram e o SCE Mons. João Alves Guedes, comemoraram no dia 25 de maio, os 25 anos de existência, com um missa de ação de graças, preparada com muito carinho pelo Mons. Guedes e pelo Casal Responsável Graça e Brady, realizada na Igreja de São Sebastião do Barreto que, juntamente com Yone e Gabetto, CM 375

Maria Laura e William (in memoriam), lsa e Luís Henrique e Malu e Osvaldo, filhos e familiares, receberam os abraços de vários equipistas dos Setores A e B e do padre Tarcísio (SCE da Província Leste), que participaram deste momento:

Graça e Brady Eq. 5 - N. Sra. do Carmo Niterói, R} 15


JUBILEU DE PRATA DAS ENS EM JOSÉ BONlFÁClO Não pensávamos participar deste momento tão especial em nossa vida. Quatro sacerdotes concelebrando os 25 anos de Equipe, no dia 24 de maio de 2002. O mais emocionado, nosso primeiro Conselheiro Espiritual, padre Cesarino, falou de Nossa Senhora. Dizia que "promessas feitas à Nossa Senhora não falham, são atendidas". Ficamos pensando que há 25 anos não conhecíamos o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e ele já fazia pedidos a ela. Por isso chorou tanto e emocionou a todos. Devia ser de alegria e agradecimento. Os quatro sacerdotes concele-

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brantes: Pe. Cesarino, Pe. Mauro, Pe. José Antonio e Pe. Rubens, são nossos queridos SCEs, dão força e zelo pastoral ao nosso Movimento. Dos casais, eles recebem amizade, carinho e amor sinceros. Às vezes, somos seus filhos; outras vezes somos seus pais. Abrimos as portas de nossas casas para que eles recebam o calor de nossas farru1ias, e não se sintam sós. Auxiliamos no trabalho pastoral da Igreja. A primeira reunião de equipe, aconteceu no dia 24 de maio de 1977, sendo, portanto, a data da formação da primeira equipe de nossa cidade, bem como a data do início

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do Movimento em José Bonifácio. A Equipe 1 - N. Sra. Auxiliadora, teve como Conselheiro Espiritual, o incentivador e incansável padre Cesarino Pietra. Ela foi constituída pelos casais: Maria Helena e José Garcia, Hilda e Anísio, Josefina e Clarismino, Oracília e Décio, Alice e Matias, Esmenia e Hélio e nós Esmeralda e Maucyr, sendo que apenas os 3 últimos casais permanecem até hoje no Movimento. Na missa de ação de graças, tivemos no ato penitencial a entrega de "nossa água", pedindo a Jesus, mais uma vez o milagre das Bodas de Caná, que transformasse em vinho bom nossas pobres águas, que não faltasse o vinho do amor em nossas vidas. A celebração da luz, quando a Igreja às escuras foi iluCM 375

minada pelas velas acesas: "Vós sois a luz do mundo". No ofertório, a cruz, as flores e nossas Cartas Mensais. Rosas vermelhas aos pés de Nossa Senhora, em homenagem aos equipistas falecidos. Contamos também com a presença de muitos equipistas de outras cidades, com destaque para o nosso Provincial, Terezinha e Agostinho, da cidade de Bauru, e Sueli e Otávio Henrique, do Setor de Araçatuba, que tiveram a difícil e brilhante missão de realizar a pilotagem, ou seja, a implantação da primeira equipe, em José Bonifácio, há 25 anos. .

Esmeralda e Maucyr Eq. 12 - Nossa Senhora da Divina Providência José Bonifácio, SP 17


ANlVERSÁRlO DE EQUlPE: "40 Anos de uma Fe1iz Cam inhada"

Nós: Suely e Hélio; Maria Ignêz e José Maria; Marina e Geraldo; Léa e Armando; Adalgisa e José Fabri; Maria Lúcia e Ruy; Odete e Antônio, da Equipe 1 de Valinhos, que temos como intercessora Nossa Senhora Auxiliadora, nos sentimos felizes por comemorarmos no mês de junho, 40 anos de vida de Equipe. Uma equipe que continua fiel ao Movimento, tendo recebido durante todo esse percurso, graças abundantes e como principal testemunho a multiplicação do setor que hoje soma 11 equipes e uma experiência comunitária, num total de 60 casais e 6 Conselheiros Espirituais. Julgamos esse chamado de Deus um gran.de mistério, porque reuniu pessoas de diferentes origens e personalidades, transformando-as em um grupo coeso, forte e fraterno, imbuídos de um mesmo espírito, colocados a serviço da harmonia conjugal, familiar e da comunidade como um todo. Hoje, percebemos que o nosso grau de aproveitamento, aprendizagem e integração dentro da equipe foi tão grande que nos sentimos na obrigação de dividir ou passar a novos casais essa dádiva de Deus, que nos faz crescer cada vez mais na nossa fé que nos renova a cada dia. Tivemos a primazia de uma caminhada especial na década de 60, pois se iniciavam algumas renovações propostas pelo Concílio Vaticano II e a Paróquia de São Sebas18

tião, da nossa cidade, foi escolhida pela Diocese de Campinas como Paróquia modelo, tendo à frente o Padre Benedito Luiz Pessoto, nosso primeiro Conselheiro Espiritual, junto ao qual a equipe deu uma boa parcela de contribuição em quase todos os aspectos, inclusive na criação do Conselho e Economato Paroquial, além da participação em diversas pastorais . A marca implacável do tempo nos deixou fisicamente mais velhos, porém, espiritualmente, continuamos novos e mais experientes. Atualmente temos como Conselheiro Espiritual o Padre João Batista Silvestre, da Paróquia de São Cristóvão, de Valinhos. Creiam todos, queridos irmãos equipistas, que hoje nos sentimos recompensados e realizados, mas, com muita coisa ainda por fazer e que, apesar das nossas limitações e dos nossos defeitos, continuamos engajados buscando sempre um aprimoramento espiritual e também buscando os Pontos Concretos "de Nossa Vida como Cristãos", o que jamais terá fim. Queremos finalizar com uma mensagem de otirnismo dizendo que "ser equipista faz bem para a saúde mental e espiritual".

Maria lgnêz e José Maria CR Equipe 1 N. Sra. Auxiliadora Valinhos, SP CM 375


MUTIRAO Setor São Gonçalo Nos dias 1 e 2 de junho, foi realizado no Colégio Salesiano, em Niterói, o Mutirão do Setor de São Gonçalo, no qual estiveram presentes 35 casais. Como sabemos, é meta do Movimento que sejam realizados em todos os setores este evento, que tem a finalidade de buscar uma motivação a mais para os casais. Todos os temas apresentados despertaram grande interesse por parte dos participantes: "Adultos em Cristo", "ENS -Ideal, Carisma e Missão". Quando trataram da Reunião de Equipe, tiveram três momentos: uma dramatização de como não é possível fazer uma reunião de Equipe; o outro momento foi colocando como deve ser feita uma reunião formal de equipe e finalizaram com uma reunião de grupo para discussão desses dois momentos. Também tiveram colocações sobre "A Alegria no Serviço nas ENS", "Pontos Concretos de Esfor-

ço e Partilha", realizando em seguida um Dever de Sentar-se. Também falaram da "Unidade nas Equipes de Nossa Senhora". Tudo isso contribuiu para que o evento transcorresse em clima de paz e amor fraterno. O Encontro viveu momentos de grande espiritualidade, principalmente em seu encerramento, com a santa Missa, onde o padre Gregório deu destaque para o Mutirão que hora se encerrava, pois, ao iniciar a celebração, solicitou a todos os participantes que se dirigissem ao altar, para que fossem apresentados a toda comunidade de sua Igreja. Devemos registrar que o padre Gregório é Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe 8B de Niterói, RJ. Temos certeza que todos os participantes deixaram o Encontro plenamente satisfeitos com a grandeza do evento e prontos para continuar a sua caminhada em direção à espiritualidade conjugal, que é o carisma do nosso Movimento.

Maria da Graça e Elcio CR Setor São Gonçalo, RJ

••• Um Mutirão de Alegria No dia 06 de julho de 2002, realizou-se o Mutirão do Setor E, de CM 375

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Porto Alegre, no qual os casais equipistas e os Sacerdotes Conselheiros Espirituais, vivenciaram momentos de muita alegria e puderam rever os Temas da Pilotagem "Vem e Segue-me". O colegiado envolveu cada equipe do setor na prep~ração e apresentação das diversas atividades, palestras e dinâmicas do evento, motivando os equipistas e contribuindo bastante para a animação do Mutirão. Logo após a oração da manhã, iniciamos os trabalhos com o Frei Miguel Angel Fernandez Peiía, SCE, falando sobre a "Maturidade da Fé Cristã vivenciada pelo Casal no Matrimónio". Seguiram-se testemunhos dados pelos equipistas, sobre a graça de pertencer ao Movimento das ENS. Na seqüência, refletimos sobre a Vida de Equipe, através de dinâmicas realizadas sobre a reunião preparatória e a reunião mensal. Abordamos também, o tema sobre

a comunicação nas ENS e a correção fraterna. Estudamos o pontos concretos de esforço como o Dever de Sentar-se, Oração Conjugal e Regra de Vida, mediante trabalhos em grupo e exposição das conclusões em plenário. Contamos também com a presença do nosso querido Casal Regional, Graciete e Avelino Gambim, que nos falou sobre a importância da Formação. Encerramos com a Santa Missa, celebrada pelo nosso estimado SCE, Frei Rafael Santamaria, e concluímos com todos cantando o Magnificat. Durante o Mutirão todos se alegraram bastante, cantando canções feitas pelos próprios equipistas do Setor. Agradecendo o empenho de todos, e a Deus, pelo excelente Mutirão, finalizamos deixando a seguinte mensagem: "Quando sonhamos sozinhos, é apenas um sonho, quando sonhamos juntos, é o começo de uma realidade". (Dom Hélder Câmara).

Avani e Carlos A. F. Cardoso CR Setor E - Porto Alegre, RS

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Tuntum MA/Pl No dia 9 de junho de 2002, foi realizado o Mutirão da Coordenação de Tuntum Governador Archer, da pré-Região Maranhão/Piauí, vivenciado com muito canto e muita alegria. O sucesso foi notório, pois, dos 20 casais equipistas de Tuntum, 19 participaram e de Governador Archer, 11 participaram, do total de 14 casais equipistas da cidade. Contaram ainda com 5 casais do Setor Barra do Corda, que com o ardor missionário que lhes é peculiar, animaram o evento com um sociodrama sobre Contribuição para o Movimento e uma gincana, baseada no "Vem e Segue-me", deixando bem marcante a vivência da ajuda fraterna, gerando assim uma verdadeira ligação horizontal. Queremos destacar também a participação do Frei Deusivam, SCE da nossa Coordenação, que enriqueceu e encantou a todos com suas sábias e objetivas palavras sobre o tema: "Adultos na Fé e a Responsabilidade do Cristão". A Irmã Lizete, Conselheira Espiritual, colaborou juntamente com as equipes 2 e 3, na preparação da liturgia. Na abertura nos mostraram a força da Luz do Espírito Santo ao nos revestir com os sete dons. O encerramento, CM 375

que foi preparado tendo como tema a música do padre Zezinho "Se de mim depender", sensibilizou a todos para uma tomada de consciência sobre mudanças de atitudes. Se olharem a foto acima, certamente sentirão a mesma emoção que sentimos pela participação dos três casais com seus três filhinhos de 2, 3 e 5 meses, participando com muito interesse e alegria até o finál, em busca do seu crescimento como casais cristãos e como equipistas de Nossa Senhora, encontrando, entre os irmãos, a verdadeira fraternidade. Foi maravilhoso e gratificante estar lá com nossos irmãos. Mesmo tendo percorrido 2100 km, não nos cansamos e pudemos sentir muito as graças que Deus derramou sobre nós. Maria e Souza CR - Pré-Região MA/PI Fortaleza, CE 21


Mato Grosso do Sul "Como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam sem terem regado a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, dando semente ao semeador e pão ao que come, tal ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não torna a mim sem frutos; antes, ela cumpre a minha vontade e assegura o êxito da missão para a qual a enviei" (Is 55, 10-11).

Neste ano de 2002, realizamos três Mutirões em nossa Região Mato Grosso do Sul: em Maracaju, no dia 28 de abril, em Campo Grande no dia 05 de maio, e, em Dourados ' no dia 15 de junho. Foram dias de muito aprendizado para todos nós; tivemos momentos fortes de oração, estudo e confraternização. Foi um verdadeiro recordar para recomeçar. Temos certeza que devemos, a estes momentos proporcionados pelo Movimento das Equipes de Nossa

Senhora, o nosso crescimento espiritual e conjugal. Não medimos esforços quanto ao estudo, dedicação e vivência dos Pontos Concretos de Esforço. Hoje, à luz da fé e de melhor conhecimento da palavra de Deus, é possível correlacionar nossos mutirões, a esta citação de Isaías. Chuvas de graças regaram os corações dos casais que lá estiveram, ouvindo as palavras do Senhor. Estas, colocadas uma a uma, na boca dos queridos Conselheiros Espirituais Pe. Giulio, Frei Emidio, Pe. Totonho e Pe. Flávio, Irmã Márcia, e de cada palestrista, pelo Espírito Santo, fizeram os corações de todos pulsar mais forte para fecundar as sementes semeadas no ser criado à imagem e semelhança de Deus ... homem e mulher. Assim, corpo, mente e espírito, responderam ao chamado do Semeador. Nestes mutirões, todos foram despertados para a missão de equipistas, pais, fanu1ia e discípulos de Jesus Cristo. Que Nossa Senhora nos ajude a continuar cultivando a sementeira germinada com amor, dando frutos em abundância para saciar a fome e a sede daqueles que querem conhecer, por inteiro, o Deus do Amor. Caso isto ocorra, estará assegurado o êxito da missão pela qual Ele nos enviou.

Colegiado Regional MS 22

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ENCONTRO DE BRASlllA 2003 Esclarecimentos sobre a correção e os juros das parcelas mensais Caros equipistas, É com alegria que chegamos novamente até vocês através da Carta Mensal. Desta vez para esclarecermos sobre a correção e os juros das parcelas, que estão sendo pagas pela grande maioria das equipes inscritas no I Encontro Nacional das ENS do Brasil- Brasília 2003. Recordando, na Ficha de Inscrição o valor R$ 350,00 por pessoa, compreende a hospedagem, a alimentação, o translado e o material de participação no encontro. O pagamento das parcelas, de março/2002 até abril/2003, teria os reajustes necessários em maio/2003, visto que ainda não se tem condições de prever com segurança as despesas, principalmente com hotel e alimentação. Conforme a Carta Mensal de Maio/2002, por diferentes razões, os pagamentos foram adiados, iniciando em abril/2002 até maio/2003, com os reajustes em junho/2003. E os que moram em Brasília e aqueles que ficarão hospedados em casas de parentes e amigos, passaram a pagar R$ 140,00 por pessoa (e não R$ 150,00 como foi informado).

Correção das parcelas 2% ao mês: Alem dos reajustes necessários previstos na Ficha de Inscrição e acima explicados, a situação financeira do Brasil nos obriga ainda a aplicar no mercado financeiro os valores arrecadados mensalmente, para que se mantenham atualizados. CM 375

Para as adesões após abril/2002, a equipe organizadora avaliou os custos com a administração financeira: despesas (confecção dos carnês, taxa de cobrança) e receitas resultantes da aplicação dos recursos, e concluiu que o percentual de 2% ao mês seria o mínimo que se poderia acrescentar nas inscrições. A preocupação da comissão organizadora é de que todos, independente da data de inscrição, cheguem ao Encontro com o mesmo valor pago. A Carta Mensal vem publicando mês a mês a atualização dos valores das inscrições após 30/04/2002. Esclarecemos o processo de cálculo utilizado para atualização dos valores, através dos exemplos abaixo: a) Partindo de uma inscrição feita em abril - carnê de pagamento com 15 parcelas: • Com hospedagem em hotel: 14 parcelas de R$ 25,00 = R$350,00 • Sem hospedagem em hotel: 14 parcelas de R$ 10,00 = R$140,00 b) Este valor, corrigido a 2% ao mês, resulta num total de R$ 399,35 e R$159,74. Foi dividido emparcelas, de tal forma, que todos os participantes terminam o pagamento em Maio/2003. Por exemplo: • Inscrição em julho de 2002carhê de pagamento com 12 parcelas: 11 parcelas de R$ 36,30 = R$ 399,35 23


11 parcelas de R$ 14,52 = R$159,74 • Inscrição em setembro de 2002 - carnê de pagamento com 10 parcelas: 09 parcelas de R$ 44,37 = R$ 399,35 09 parcelas de R$ 17,75 = R$159,74 c) Nos carnês de pagamento, a última parcela, 30 de junho de 2003, é destinada aos ajustes necessários, que serão informados oportunamente. Juros das parcelas: As parce-

las vencem sempre no dia 30 de cada mês. Oferecendo uma alternativa sem nenhum acréscimo financeiro, autorizamos o pagamento até o dia 10 do mês subseqüente. Queremos reafirmar que o nosso objetivo é preservar o valor pago igualmente por todos nós e que juntos possamos participar do I Encontro Nacional das ENS Brasília 2003. Estamos esperando por vocês. Até Brasília-2003

Vera Lúcia e José Renato Casal Secretario e Tesoureiro

Manifestações A equipe não se fará presente fisicamente, mas, estaremos Olinda, PE em oração pelo sucesso do Encontro. Estamos aderindo e toda a equipe, e ansiosos por saber mais detalhes sobre as atividades previstas para o nosso Encontro. Durante o EACRE fomos motivados, agora gostaríamos de passar mais noticias e justificar a viagem, que afinal entusiasmamos sem muitas informações. Um grande abraço. Sorocaba, SP A equipe está em pilotagem, os casais não têm condições de ir, mas o SCE está disponível para participar, representando a equipe. Caruaru, PE A equipe sofreu reestruturação e nós assumimos agora, a responsabilidade da nossa equipe. Contem conosco para o que for necessário ao bom desenvolvimente> do trabalho de vocês. Itumbiara, GO Embora temos somente três casais inscritos, estaremos contribuindo para que algum casal que esteja impossibilitado, porrazões financeiras, possam participar do evento. Brasilia, DF

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ENCONTRO NAClONAL DE BRASÍUA Novas Adesões Valores a serem pagos para novas adesões de equipistas: meses de NOVEMBRO e DEZEMBR0/2002

1. COM hospedagem em Brasí=li= a ~no Parcelas Valor Inscrições R$ 57,05 e a 8a parcela 7 até 05111 com os. ajustes necessários R$ 66,56 e a 7a parcela até 05112 6 com os ajustes necessários 2. SEM hospedagem em Brasíl_ia_ __ no Parcelas Valor Inscrições R$ 22,82 e a 9a parcela mais 8 até 05111 até 05/12

os ajustes necessários R$ 26,62 e a 8a parcela mais os ajustes necessários

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ENCONTRO NAClONAL DE BRASÍUA Demonstração do Resultado março

RECEITAS Contribui ões p/ Encontro-ENS Receitas c/ Inscrições Receitas de Investimentos Recuperação de Despesas

DESPESAS

abril

-

Saldo Inicial

jun

julho

6 .668,98 17.080,1 s

mai

7.435,06

361,00 11.309,32 88.991,37 77.360,37 88.764,31 361,00 7.521,30 3.001,50 88.991,37 77.360,37 88.764,31

Cpmt Despesas c/ pessoal Despesas de correoo Despesas de hospedagem Despesas Financeiras Devolução inscrições Fretes Materiais de Escritório Materiais Diversos Xerox Informática (software) _ _ _ _....;;;.,. Telefone Transportes

4.640,34 5,86 150,00 357,00

266.786,37 7.882,30 258.117,55

786,52

786,52 361,00

Acumulado

1.580,20 297,27

2.005,46 378,68 150,00 6,60

297,50 10,20 100,00

1.948,38 323,60 400,00 20,90

10.535,38 1.005,41 700,00 384,50

1.068,88 135,00

5.463,77 135,00 297,50 160,00 182,10 250,00 384,00 1.573,10 256.250,99 146000,00 100.000,00 I

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BÍBllA = CARTA DO AMOR DE DEUS É próprio do amor se manifestar, se auto-comunicar. Quando o amor aparece na vida de duas pessoas, essas vidas se transformam. Por isso mesmo, cartas, bilhetes, gestos, presentes, se tornam o normal na liturgia do amor humano. Com Deus, não é diferente. Deus é amor, amor sem começo e sem fim, é amor eterno. A Bíblia é a Palavra de Deus, que nos revela o insondável amor de Deus Pai para seus amados, que é toda a humanidade. É o amor de Deus traduzido em palavras. É Deus nos falando e revelando seu amor, indicando-nos o caminho e o segredo da aventura da vida, a salvação. Pela Bíblia, tomamos consciência do valor que possuímos para Deus, apesar de todos nossos pecados e fraquezas. Ela nos revela a relação de Deus com o homem e deste com Deus; revela um Deus apaixonado pela vida humana, revela que Deus caminha conosco, que vive e assume nossas histórias 26

para nos fazer felizes. Em Êxodo 34, 29, nos diz que o rosto de Moisés brilhava quando ele desceu do Monte Sinai, depois de se encontrar com Deus. O mesmo pode acontecer conosco. O nosso brilho natural, de cristãos, pode ser ofuscado se não abrirmos nossos olhos e o nosso coração à Escuta da Palavra e Meditação. Façamos um esforço e neste mês da Bíblia, rezemos: Senhor Jesus Cristo, Verbo de Deus feito carne para nos salvar, conceda-me a graça de dar à sua Palavra o devido valor e atenção. Tire do meu coração toda a resistência e toda preguiça de me aplicar mais à leitura e à meditação da Sagrada Escritura. Meu Deus, ajude-me a viver de acordo com os seus ensinamentos. Amém.

Edi e Marcon Equipe 17- Catanduva, SP (do Boletim "Entre Nós" Setor Catanduva) CM 375


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AORAÇAO, , O VERDADElRO SACRlAClO A oração é o sacrifício espiritual que aboliu os antigos sacrifícios. "Que me importa a abundância de vossos sacrifícios", diz o Senhor. Estou farto de holocaustos de carneiros e de gordura de animais cevados; do sangue de touros, cordeiros e bodes, não me agrado. Quem vos pediu estas coisas?" (Is 1, 11) O Evangelho ensina-nos o que pede o Senhor: "Está chegando a hora, diz ele, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Deus é espírito" (Jo 4, 23-24), e por isso procura tais adoradores. Nós somos verdadeiros adoradores e verdadeiros sacerdotes, quando, orando em espírito, oferecemos o sacrifício espiritual da oração, como oferenda digna e agradável a Deus, aquela que ele mesmo pediu e preparou. Esta oferenda, apresentada de coração sincero, alimentada pela fé, preparada pela verdade, íntegra e inocente, casta e sem mancha, coroada pelo amor, é a que devemos levar ao altar de Deus, acompanhada pelo solene cortejo das boas obras, entre salmos e hinos; ela nos alcançará de Deus tudo o que pedimos. Que poderia Deus negar à oração que procede do espírito e da verdade, se foi Ele mesmo que assim exigiu? Todos nós lemos, ouvimos e acreditamos como são grandes os testemunhos da sua eficácia! CM 375

Nos tempos passados, a oração livrava do fogo, das feras e da fome; e, no entanto, ainda não havia recebido de Cristo toda a sua eficácia. Quanto maior não será, portanto, a eficácia da oração cristã! Talvez não faça descer sobre as chamas o orvalho do Anjo, não feche a boca dos leões, não leve a refeição aos camponeses famintos, não impeça milagrosamente o sofrimento; mas, vem em auxílio dos que suportam a dor com paciência, aumenta a graça aos que sofrem com fortaleza para que vejam, com os olhos da fé, a recompensa do Senhor, reservada aos que sofrem pelo nome de Deus. Outrora a oração fazia vir as pragas, derrotava os exércitos inimigos, impedia a chuva necessária. Agora, porém, a oração autêntica afasta a ira de Deus, vela pelo bem dos inimigos e roga pelos perseguidores. Será para admirar que faça cair do céu as águas, se conseguiu que de lá descessem as línguas de fogo? Só a oração vence a Deus. Mas, Cristo não quis que ela servisse para fazer mal algum; quis antes que toda a eficácia que lhe deu fosse apenas para servir o bem. Conseqüentemente, ela não tem outra finalidade senão tirar do caminho da morte as almas dos defuntos, robustecer os fracos, curar os enfermos, libertar os possessos, abrir as portas das prisões, romper os grilhões dos inocentes. 27


Ela perdoa os pecados, afasta as tentações, faz cessar as perseguições, reconforta os de ânimo abatido, enche de alegria os generosos, conduz os peregrinos, acalma as tempestades, detém os ladrões, dá alimento aos pobres, ensina os ricos, levanta os que caíram, sustenta os que vacilam, confmna os que estão de pé. Oram todos os anjos, ora toda criatura. Oram à sua maneira os animais domésticos e as feras, que dobram os joelhos. Saindo de seus estábulos ou de suas tocas, levantam os olhos para o céu e não abrem a boca em vão, fazendo vibrar o ar com seus gritos. Mesmo as aves

quando levantam vôo, elevam-se para o céu e, em lugar de mãos, estendem as asas em forma de cruz, dizendo algo semelhante a urna prece. Que dizer ainda a respeito da oração? O próprio Senhor também orou; a ele honra e poder pelos séculos dos séculos.

Do Tratado sobre a oração, de Tertuliano, presbítero Cap. 28-29: CCL 1, 273-274 - Séc. III (Corpus Christianorum L = autores da língua latina) Colaboração pe. Flávio Cavalca SCE da Super-Região

AS RESPOSTAS QUE DEUS NOS DÁ Sabia que Deus tem uma resposta positiva para todas as coisas negativas que nós dizemos para nós mesmos? Você diz: Isso é impossível. Deus diz: TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS. Lucas 18, 27 Você diz: Estou muito cansado. Deus diz: EU TE DAREI DESCANSO. Mateus 11 , 28 Você diz: Ninguém me ama de verdade. Deus diz: EU TE AMO. João .3, 16 e 13, 34 Você diz: Não consigo ir em frente. Deus diz: MINHA GRAÇA TE BASTA. 2Coríntios 12, 9; Salmo91 , 15 Você diz: Eu não consigo perceber as coisas. Deus diz: EU DIRIGIREI SEUS PASSOS. Provérbios 3, 5-6 28

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Você diz: Eu não consigo fazer isso. Deus diz: VOCÊ PODE TODAS AS COISAS. Filipenses 4, 13 Você diz: Eu não sou capaz. Deus diz: EU SOU CAPAZ. 2Coríntios 9,8 Você diz: Isso não vai valer a pena. Deus diz: ISSO VALERÁ A PENA. Romanos 8,28 Você diz: Não consigo me perdoar. Deus diz: EU PERDÔO VOCÊ. lJoão 1,9 e Romanos 8,1 Você diz: Não consigo o que quero. Deus diz: EU SUPRIREI TODAS AS SUAS NECESSIDADES. Filipenses 4,19 Você diz: Estou com medo. Deus diz: EU NÃO TENHO TE DADO UM ESPÍRITO DE COVARDIA. 2Timóteo 1,7 Você diz: Estou sempre preocupado e frustado. Deus diz: LANÇA TODA SUA ANSIEDADE EM MIM. !Pedro 5,7 Você diz: Eu não tenho fé suficiente. Deus diz: EU TENHO DADO A CADA UM UMA MEDIDA DE FÉ. Romanos 12,3 Você diz: Eu não sou inteligente suficiente. Deus diz: EU TE DOU SABEDORIA. lCoríntios 1,30 Você diz: Eu me sinto sozinho. Deus diz: EU NUNCA TE DEIXAREI, NEM TE DESAMPARAREI. Hebreus 13,5 Se pela Escuta da Palavra, no nosso dia a dia, dizemos que não conseguimos ouvi-lo, entendê-lo, provavelmente nossa sintonia não deve estar tão afinada assim, precisamos de mais fidelidade (quem sabe?) aos Pontos Concretos de Esforçocaminho de santidade ...

Beth e Scalzo Equipe 3B - N. Sra. da Glória Belo Horizonte, MG Bethscalzo@hotmail.com CM 375

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Sacerdote Conse1heiro Espiritua1 É Sagrado Bispo - 1 No dia 7 de julho de 2002, foi sagrado Bispo Coadjutor da diocese de Franca, SP, dom

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Frei Caetano Ferrari, OFM. A concelebração eucarística aconteceu no Ginásio Poliesportivo, da cidade de Franca, presidida por dom Frei Cláudio Hummes, Cardeal de São Paulo. O lema que ele escolheu foi "Evangelizar a toda criatura" (Me 16,15). Evangelizar significa fundamentalmente anunciar coisas boas ou levar o bem a alguém. A missão do bispo, chamado a ser pastor de uma Igreja Particular, é liderar e impulsionar a ação da Igreja na sua missão de "encher a terra com o Evangelho de Cristo". Dom Caetano é Sacerdote Conselheiro Espiritual de equipes de Bragança Paulista, SP, há vinte anos. Atualmente, além das duas equipes, é também SCE do Setor de Bragança/Morungaba. Nosso Setor regozija-se com a nomeação de seu querido amigo e pastor, rogando a Deus, e pela intercessão da Virgem Santíssima, que derrame abundantes e infinitas graças sobre o seu ministério episcopal. Cidinha e Gerson - CR Setor Bragança Paulista Morungaba, SP

Bodas de Bri1hante

de Equipista

J •

Novas Equipes

Equipe 02B - Nossa Senhora Desatadora dos Nós - Florianópolis, se • Equipe lOB -Nossa Senhora de Fátima- Florianópolis, SC 30

No dia 30 de julho de 2002, o casal Sodênia e Rui Santos, da Equipe I - Nossa Senhora da Luz, de Curitiba, PR, celebrou 60 anos de vida matrimonial.

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Reunido da Super-Regido Setembro/2002 Visando um contato direto com os equipistas do Brasil, a Equipe da Super-Região estará reunida com os equipistas da Província Sul I, em São Paulo, capital, no dia 14 de setembro de 2002. Esse Encontro terá início às 16:00 horas, com a celebração da Santa Missa, no Pátio do Colégio, local onde nasceu a cidade de São Paulo. Pedimos aos participantes deste evento que previnam-se com guarda-chuva e agasalhos. Temos certeza de que viveremos momentos de muita alegria nesse Encontro com a Província Sul I.

Sacerdote Conse1heiro Espiritua1 É Sagrado Bispo - 11 No dia 14 de julho de 2002, na Catedral da cidade de Pelotas, RS, foi sagrado Bispo Dom Jacinto Bergmann, como Bispo auxiliar de Dom Jaime Chemello (atual presidente da CNBB). Foi ordenante principal o próprio Dom Jaime, coadjuvado por Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre, e por Dom Erwin Kriiutler, Bispo prelado da diocese irmã do Xingu. A cerimônia contou com a presença de muitos bispos e presbíteros e uma multidão de fiéis, inclusive equipistas de Brasília. Dom Jacinto foi SCE da Equipe de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, do Setor D de Porto Alegre, nos anos de 1988 a 2000. Em 2001, foi nomeado Subsecretário Geral de Pastoral da CNBB, indo trabalhar em Brasília, onde uma Equipe local o acolheu como SCE e amigo. Dom Jacinto afirmou que dará apoio às ENS na diocese de Pelotas, para onde é pensamento da Região RS I, realizar a expansão. Que o Espírito Santo, com o qual foi ungido na plenitude do sacramento da Ordem, dê luz e força ao novo Bispo no desempenho da sua missão apostólica. Graciete e Avelino Gambim- CRR da Região RS I

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Volta ao Pai Orlando Pereira de Aquino (da Ivone), ocorrido no dia 16 de novembro de 2001 - Eq. N. Sra. da Luz - Pouso Alegre, MG Juarez Torres (da Terezinha), ocorrido dia 17 de junho de 2002Eq. 03 - N. Sra. das Graças- Guaratinguetá, SP. André Ximenes (da Michella), ocorrido no dia 14 de julho de 2002 - Eq. 40B - N. Sra. das Vitórias - Brasília, DF Edson Inácio (da Gilmar), ocorrido no dia 21 de julho de 2002Eq. 9A- N. Sra. da Soledade- Salvador, BA

)ubi1eu de Prata Presbiteral Um Sacerdote Apaixonado pela Missão Somos testemunhas da felicidade do nosso querido conselheiro espiritual Pe. Alfredo de Oliveira Costa Filho, ao comemorar seus 25 anos de vida presbiteral, no dia 3 de julho de 2002. As comemorações tiveram início bem antes da data, por parte de todas as comunidades que integram sua paróquia de Cristo Rei, em Natal, RN, e no dia 3 de julho, tivemos a missa solene com os casais da comunidade paroquial, que este ano também comemoram 25 anos de casados, unindo, assim, os dois sacramentos: a Ordem e o Matrimónio. As celebrações foram as mais calorosas, contando com a presença de muitos equipistas. O acontecimento foi um verdadeiro testemunho de vida sacerdotal, fruto de convivência em comunidade. Pe. Alfredo foi pioneiro em trazer o Movimento das Equipes de Nossa Senhora para Natal, sendo o primeiro Conselheiro Espiritual. Desde então tem continuado com sua missão junto aos setores e atualmente é o Conselheiro Espiritual da Região do Rio Grande do Norte. Obrigado, Pe. Alfredo, pela dedicação, pelo carinho, pelas suas orientações e por tudo o que temos aprendido com seus ensinamentos nesse tempo de caminhada. Conceição e Macedo - CR Região Rio Grande do Norte

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Dizimo do Movimento O Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, a título de dízimo, faz a doação de R$ 5000,00, oito vezes por ano, a Seminários Maiores espalhados pelo Brasil. Anualmente um Seminário Maior de cada Província recebe a contribuição do Movimento. No mês de maio de 2002, foi o Seminário N. S. do Sagrado Coração, da cidade de Juiz de Fora (Província Leste), que recebeu essa oferta. Após a santa missa, foi realizada uma breve cerimônia, na qual o casal Rosa e Cícero, casal responsável pelo Setor D dessa cidade, representando o Movimento, fez a entrega do cheque ao padre Gilberto, reitor do Seminário. Padre Gilberto é SCE da Equipe 120- N. Sra. de Lourdes e tem uma participação ativa nos eventos do Movimento; ficou bastante sensibilizado e agradecido por este gesto de carinho e confiança. Agradecemos a deferência que tiveram conosco e pedimos a Nossa Senhora que continue possibilitando a extensão desta ajuda a outros Seminários, para a formação de muitos vocacionados. Rosalina e Adilson - CR Região Minas I

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ASE NOSSA SENHORA As Equipes de Nossa Senhora cultivam de modo especial a devoção a Maria Santíssima como modelo de mulher e mãe. Trata-se de um aspecto que precisa ser levado muito a sério para que a espiritualidade do Movimento produza frutos. A devoção à Maria tem dois lados, dos quais, o primeiro é imitar seu exemplo de vida, o segundo é pedir-lhe a intercessão. Olhando os textos bíblicos, descobrimos a profundidade de sua fé, a grandeza de sua caridade, a impressionante obediência à vontade divina. Maria acreditou até o fim nas palavras de Deus; por isso foi louvada por Isabel. Amou o próximo, como se vê na visita que faz a Isabel e no pedido a favor dos noivos de Caná da Galiléia. Foi fiel a Deus até aos pés da cruz. É modelo para todos, em especial aos casais, pela vida doméstica de Nazaré. Foram trinta anos ao lado de Jesus e José. Lucas diz pouco dessa época; os outros evangelistas nada escreveram. "Terminando de fazer tudo conforme a Lei do Senhor, 34

voltaram da Galiléia, para Nazaré, sua cidade. E o menino crescia, tornava-se robusto, enchia-se de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele". (Lc 2, 39-40) Desse pouco dá para perceber o amor que reinava naquele lar. Os casais precisam olhar para Nazaré e buscar naquela casa o modo de viver conforme a vontade de Deus. A intercessão de Maria faz parte de nosso amor por ela. Junto a Deus, a mãe do Senhor, nossa querida mãezinha espiritual reza por nós. Não é ela que concede as graças, só Deus pode fazer. Mas ela pede por nós como pediu pelos noivos de Caná. Sabemos como Deus a ama; basta ler as palavras do anjo a ela, "cheia de graça, o Senhor está contigo". Aqui vai um apelo aos casais das Equipes de Nossa Senhora: aumentem sua devoção à Nossa Senhora. Ela é sinal de bênção e de paz.

Dom Luiz Soares Vieira Arcebispo de Manaus, AM (do Boletim "AmazonENS"abril 2002) CM 375


- CONJUGAl ORAÇAO Olho para trás e vejo como estou diferente, como estamos diferentes, como crescemos. Graças às Equipes de Nossa Senhora, podemos dizer, Carminha e eu, como encontramos o caminho para nossa realização como pessoa humana e, muito mais ainda, como casal. A cada dia, após nossa oração conjugal, somos mais felizes e conscientes da sua presença em nossas vidas, em nosso lar. Nossos filhos participam deste crescimento. Relembro aqui as palavras do padre Caffarel acerca deste PCE: "A Oração Conjugal é um desses

momentos privilegiados em que o casal se abre à ação do Espírito Santo. Com efeito, não devemos representar o casal como as duas metades de uma esfera que, ao se aproximarem, formam um todo cerrado, mas, sim como as duas metades de uma taça que se unem para oferecer-se à efusão do Espírito Santo (. .. ). É preciso ir mais longe ainda e acentuar o liame entre a oração do casal e o sacramento do matrimónio. A Oração Conjugal é o tempo forte do sacramento do matrimónio. (. .. )Não faltem, por motivo

Para captar os sinais emitidos pelo Espírito Santo, é preciso um aparelho receptor em bom estado e bem ajustado: o coração desempenha esse papel. 35


algum a esse 'encontro sacramental' que é a Oração Conjugal cristã: Deus lá está à sua espera". Lembrem-se sempre que, para captar os sinais emitidos pelo Espírito Santo, é preciso um aparelho receptor em bom estado e bem ajustado: o coração desempenha esse papel, e o coração é mantido acordado graças à oração interior. A oração interior é necessária ao indivíduo e, para o casal, o meio primordial é a Oração Conjugal. Ao entregar-se pela oração ao Espírito Santo, o casal torna-se cooperador de Deus, criador e redentor. E o padre Caffarellembra a fórmula luminosa: amar é dar-se um ao outro para dar-se juntos. Acres-

centa: "Se nos limitarmos ao dom

de um ao outro, os dois riachos formarão uma lagoa, bem depressa a água estagna; mas, se além de nos darmos um ao outro, damonos juntos, forma-se então um rio de água corrente." E, queridos amigos, bem sabemos nós, quantos casais precisam deste rio de água corrente. Coloquem-se, pois, a cada dia, na presença do Senhor, juntos, de forma, através da oração conjugal, a formar um grande rio de águas caudalosas. Sejam testemunhas vivas do "Ser Casal".

Rubinho (da Carminha) Eq. N. Sra. das Graças Mogi das Cruzes, SP

RETIRO É do conhecimento de todos a crise pela qual passaram os retiros, a partir dos meados do século XX, e que os retiros solicitados aos casais das ENS, pelo Movimento, não escaparam dessa situação. Muitos momentos que foram chamados de retiro foram momentos de encontros, de formação, de oração, de partilha etc., mas não retiros propriamente ditos. O retiro é um meio extraordinário que a Igreja dispõe para ajudar a pessoa na sua conversão e santificação. Na Igreja há diversas esco36

las de espiritualidade, e com isso mesmo diversas modalidades de orientar o retiro; mas nenhuma modalidade pode dispensar o fundamental que é a oração e o deserto do coração (o silêncio interior), para a escuta do Senhor. E para ajudar a dispor o coração para essa escuta do Senhor, é de suma importância o silêncio exterior. Essa realidade é inculcada no Antigo Testamento e no Novo Testamento. No Antigo Testamento os acontecimentos escatológicos estão ligados ao de erto (Is 35, 11; 40, 1; CM 375


41, 19; 51, 13 etc.). João Batista sabe que deve ser uma voz que clama no deserto para preparar o caminho do Senhor e aplainar suas veredas (Mt 3, 3). Também Jesus sabe que está vinculado ao deserto, não para permanecer aí, mas, para sua atividade posterior (Mt 4, 1-11). O deserto é escola do absoluto! O sentido do retiro é bíblico. A solidão do deserto é o lugar em que

O retiro é um momento forte de conversão. É tempo de silêncio,

de oração, de graça, de solidão, de abertura ao Espírito; é tempo de

percepção mais profunda dos apelos de Deus no momento histórico: aqui e agora!

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Deus se revela, com mais amor, preferencialmente, ao ser humano. Elias refugia-se no monte Horeb (lRs 19); Moisés retira-se, sobe a montanha, onde Deus se revela (Ex 33); João Batista permanece no deserto (Lc 1, 80). O próprio Jesus costumava retirar-se (Lc 5, 16), para estar com o Pai. O silêncio é um meio para a comunicação com o divino. É necessário recuperarmos essa riqueza vivida por tantos irmãos e irmãs nossos, que descobriram no retiro a intimidade com o Senhor. O retiro é um momento forte de conversão, de discernimento, de retomada do ritmo de oração pessoal, de encontro com Jesus Cristo e a vida própria. É tempo de silêncio, de oração, de graça, de solidão, de abertura ao Espírito; é tempo de percepção mais profunda dos apelos de Deus no momento histórico: aqui e agora! Não negamos o grande valor dos encontros, da partilha de fé, de orações comuns etc., mas tudo isso não substitui o retiro. Desejamos que os nossos retiros voltem a ser esse Ponto Concreto forte, onde a pessoa se confronta a sós com o Senhor e consigo mesma na verdade, para poder partilhar posteriormente essa experiência, seja com o cônjuge, seja com outros casais. Que o Senhor nos ajude a descobrir esse tesouro da vida espiritual que são os verdadeiros retiros.

Pe. Pedro Sallet SCE da Província Sul III e da Região Paraná Sul 37


AS llNDAS CORES DA PRIMAVERA .,. i:~

I~

Um domingo maravilhoso, um dia cheio de luz, uma manhã dessas em que a gente acorda sentindo a vida pulsar dentro do peito e que nos leva a louvar o Criador pela sua obra magnífica. Diante de mim, o caminho de terra que vai entrando no bosque, em curvas suaves e embaladoras, é uma tentação. Parece até que a minha alma está lá, na frente, me chamando para contemplar a beleza, e o meu corpo vai ao seu encontro, enfeitiçado. É um domingo de Primavera. Cantada, em versos e em prosa, pelos poetas dos países que vivem longos e fortes invernos, a Primavera é a esperança de tempos felizes, de continuação da vida .. Quanto a nós, vivemos num país privilegiado, colorido o ano todo, por flores de cores as mais diversas. Mas, também aqui, o começo da Primavera é um momento mágico. As chuvas generosas revitalizam a terra, as árvores se revestem de um verde novo, a pessoa que ainda tem os olhos abertos para a beleza do mundo sente correr nas suas veias uma seiva de juventude, seja qual for a sua idade. Os nossos corações, então, também podem florescer e encher de encanto aqueles que nos cercam. E, nesta atmosfera de alegria e renascimento, eu me lembro da Tânia. Moça, bonita, alegre, cheia de planos para o futuro, atuante na escola e na Igreja, é a Primavera em pessoa. Ama o mundo, as formas, 38

os cheiros, as pessoas. Só tem uma pequena dificuldade: entender as cores, porque ela é cega. Nasceu com olhos de brilho interno que parecem conhecer Deus melhor do que nós, mas não pode imaginar como são as cores. Como ninguém é capaz de uma explicação correta, ela associa as cores aos seus sentimentos. Um dia, compôs uns versinhos: "O azul é a bondade; o vermelho é a alegria, o branco, tranqüilidade; o preto, é companhia ... ". É pena que ela não possa ver esse mundo magnífico e sentir o impacto da beleza! Mas, na certa, ela tem uma percepção que nos falta e saboreia o que descobre de uma maneira mais completa. Tem dificuldades? É claro! Depende dos outros? Sem dúvida! Mas possui um entusiasmo contagiante e uma fé muito grande e nos faz lembrar da teimosia da natureza que continua a florescer fielmente, apesar das loucuras dos homens. Lembrem-se! Somente as árvores que crescem corajosamente, vencendo os problemas de clima e dos inimigos naturais, conseguem chegar um pouco mais perto de céu. Há sempre uma Primavera, sinal de renovação, que o amor do Pai nos oferece. Ele espera que seus filhos também se renovem e também dêem frutos na sua passagem pela terra.

Wilma (do Orlando) Equipe 2 - A - ]undiaí CM 375


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SER OU NAO SER: ESTA É A QUESTÃO! Este ano foi marcado pela Copa do Mundo, e o maior certame futebolístico internacional dividiu o nosso país, durante os meses que o antecederam, em um enorme dilema: se Romário devia ou não ser escalado para a seleção. Felipão não o escalou e, ainda assim, o time brasileiro chegou à final, contra a Alemanha e saiu vitorioso, obtendo o pentacampeonato. Mas, como anotou Rafael Ruiz (Interprensa, no 58), o interessante é observar as motivações que levavam as pessoas a darem esta ou aquela opinião. Os que eram contra a escalação, quase sempre davam argumentos que diziam respeito ao "ser", às qualidades intrínsecas do jogador: ele é indisciplinado, desobediente, muito "estrela", mau exemplo ... Já os que opinavam a favor de sua inclusão normalmente fundamentavam sua resposta no "fazer", nas qualidades extrínsecas do centroavante: ele faz gol, e isto basta! Este modo de pensar, de separar o "ser" e o "fazer" não é novidade. Aristóteles já afirmava que "o agir segue o ser", ou seja, aquilo que alguém faz é decorrência de sua forma de ser. Shakespeare também pensava assim, quando fez seu personagem Hamlet exclamar, ao ter dúvida se devia ou não fazer algo: "Ser ou não ser?" A questão primordial não era o que se "fazia" mas o que se "era". O mundo moderno, entretanto, CM 375

recebeu uma influência diversa e avassaladora do pensador florentino Maquiavel. Segundo ele, é irrelevante preocupar-se com o "ser", pois o que basta é a "aparência", ou seja, aquilo que se vê, que se pode tocar, medir, em suma: o produto. No nosso caso, o que interessaria então seriam os gols do atacante. Se repararmos, veremos que, de certa forma, o mundo pensa hoje desta maneira. Nossos contemporâneos acreditam que, para a construção da sociedade modema, não importa como as pessoas sejam, basta que cumpram suas obrigações, que desempenhem seus papeis, que façam o que se espera delas. . Isto nos leva a refletir sobre as conseqüências sociais deste modo de encarar a realidade. O último senso, realizado em todo o País, aponta que houve uma considerável diminuição de católicos no Brasil, enquanto registra o crescimento de adeptos de outras religiões e seitas. A que poderíamos atribuir isto? Dentre uma série de causas e indagações, destacamos uma para a nossa reflexão: quantas das pessoas que, possivelmente, deixaram a Igreja "eram" verdadeiramente católicas? Há uma quantidade grande de pessoas que "fazem" número em procissões, em celebrações de batizados, em cerimônias de primeira comunhão, em casamentos religiosos, que "parecem" mas, em realidade, não são católicas. Não basta passar pelo sacramento do Batismo 39


para "ser" um verdadeiro católico. Sabemos que até famosos líderes umbandistas (mães e pais de santos) se dizem católicos. Por que será que não pesou decisivamente para o Felipão a fama e a qualidade exterior de determinados jogadores? Pudemos observar neste último selecionado brasileiro que o técnico procurou formar, mais do que um fabuloso grupo de craques, uma verdadeira equipe de jogadores, com quem ele pudesse ter afinidade, que fossem empenhados e solícitos à sua autoridade, despojados, unidos e, sobretudo, fraternos. Esta "equipe" chegou a ser apelidada, muito apropriadamente, de ''família Scolari", justamente porque conseguiu uma integração tamanha que naturalmente aconteceu o auxílio-mútuo, a doação de cada um para o bem de todos, o estímulo para aprimorar, na busca do objetivo comum, respeitando as diferenças da individualidade de cada um. O técnico sabia que uma comunidade de verdadeiros amigos responde muito melhor do que um mero grupo de "estrelas". Os pais e as mães também são "técnicos" de juvenis jogadores . Estão preparando futuros craques para o jogo da vida. Cada um de nós, pais e mães, são formadores não só de futuros profissionais, mas, mais do que isto, de futuros cidadãos, dos homens e das mulheres que formarão a sociedade de amanhã. Não nos ba ta um simples agrupamento de pessoas bem dotadas, queremos e temos uma "equipe" que é, não apenas no apelido, uma verdadeira "fa40

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É urqente que tenhamos autênticos lares, onde os pais formem Cristo nos seus filhos, onde se viva a fé, a esperança e o amor.

mília Barbosa", uma "farru1ia Silva", para treinar e fazer nelas comunhão. A importância da família é, precisamente, um valor que podemos tirar desses festejos recentes da Copa. Aquela vibração que vimos na "farru1ia Scolari" devemos ter na nossa. Precisamos de lares vivos e vibrantes. O Papa João Paulo II tem insistido neste ponto desde o início de seu pontificado. Foi categórico com os dignitários da Igreja, ao afirmar: "Igreja Santa de Deus! Tu não podes realizar a tua missão, não podes cumprir a tua missão no mundo, senão através da família e da sua missão! " (Itália, 30/12/ 1988). Diante das sombras e dos problemas que afligem a humanidade, anunciou para o mundo inteiro : "Podeis estar certos de que são as famílias verdadeiramente cristãs que farão o nosso mundo sorrir de novo!" (Uruguai, 07/05/1988). Lares vivos! Insistimos na vida porque é a síntese de todo o cristianismo: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância " CM 375


(Jo 10,10). Se não estamos conformados com os sinais de morte que vemos por aí, correntes pelo mundo com aparência de normalidade: sociedades pagãs, ambientes nefastos, infestados de injustiças, convívio com a violência, diversões perniciosas, bailes funks embalados por drogas e sexo desordenado ... então, precisamos de lares vivos. Lares com um ambiente são, harmonioso, carinhoso, humano e sobrenatural, onde os filhos se formem para "ser" pessoas dignas, não apenas para "fazerem" resistência às mazelas do mundo, mas também para o transformar de acordo com os desígnios de Deus. Lares vivos e atuantes! Não é mais suficiente desejar formar lares mais ou menos bons, com fachadas de decência e de honorabilidade apenas externas. É tempo de nos propormos muito mais. É urgente que tenhamos autênticos lares, onde os pais formem Cristo nos seus filhos, onde se viva a fé, a esperança e o amor. Onde a justiça e o dar de si, em benefício de todos, sejam valores naturais. Onde a paz e a serenidade prevaleçam em face das contradições. O mundo não carece de lares em que, no processo educativo, se usem métodos agressivos e intimidantes, para inculcar de fora para dentro uma torrente de informações, a todo o custo, como se estivéssemos a armazenar dados em uma máquina, com o objetivo de fazer indivíduos que "agem porque agem", sem preocupação com o que possam vir a ser. Ao contrário, o mundo precisa de lares onde se considerem as crianças e os jovens CM 375

como "seres" humanos, que têm seus próprios sonhos e vontades, com suas qualidades a serem desenvolvidas e aperfeiçoadas e, então, teremos pessoas que "agem porque são". Sobretudo, os filhos têm o direito de serem contagiados pelo bom exemplo dos pais. Se não houver seiva cristã no pai e na mãe que fazem florescer a árvore familiar, nunca nascerão bons frutos, apenas folhas estéreis. "Aquilo que queremos implantar na terra tem de enxertar-se primeiro no lar" (J. Urteaga). Não temos noção da enorme influência que tem um lar cristão! Não imaginamos o que ele pode fazer! "O futuro da humanidade passa pela família!" (FC 86). Se Cristo contou apenas com aqueles "Doze" para semear vida nova pelo mundo, o que não realizará se puder contar com todas as nossas farm1ias unidas num só coração! Acreditamos que a Copa do Mundo nos deixou, ao menos, uma pálida idéia do efeito poderoso de uma "família" no enfrentamento dos desafios que se sucedem em uma grande competição. A vida é o maior dos certames. A "equipe Scolari" tentou ser o que, de fato, não é uma família. Que bom que as nossas farm1ias Barbosa, Silva, Pontes, Brasil... tornem-se o que devem ser: verdadeiras e vivas famílias!

Maria da Graça e Eduardo Barbosa, Equipe N. Sra. do Bom Conselho Setor B - Porto Alegre, RS 41


ORAÇAO, SlNÔNlMO DE PAZ NO CASAMENTO Éramos casados há 18 anos e Ele. O amor que sentíamos um pelo sempre nos relacionamos maravilho- outro não era forte o bastante, sem o samente bem, até que, sem que per- amor de Deus. Nosso Pai, que é só cebêssemos, as coisas começaram amor, precisa estar presente para que a se modificar: as briguinhas aumen- possamos nos amar, através dele. Ele taram, uma certa insatisfação com . é a nossa lente, os nossos óculos. Sem tudo, uma tristeza constante, as di- Ele, tudo fica embaçado, os defeitos ferenças se acentuando, ... e nós, na sobressaem. correria do dia a dia, nem percebíaXinguei-me por ter sido tão tola, mos o que estava acontecendo. ao ter permitido que o inimigo se Um dia, conversando com minha aproximasse do nosso lar, vedando mãe, esta me perguntou o que havia nossos olhos, impossibilitando-nos, mudado em nós, onde estava a mi- assim, de ver o amor. nha alegria, a empolDiante disso, no gação do Kleber, o aroutro dia fui converdor do nosso amor. Foi sar com o Senhor: ali, naquele instante, pedi desculpas, contei que o Senhor abriu o que havia acontecimeus olhos. Lembreido, agradeci por seu me que há 3 meses amor, falei a Ele da éramos diferentes e de grande saudade e do que nos últimos temgrande vazio que senpos tentávamos nos timos. Desde aquele entender e não consedia, todas as manhãs, guíamos, não sabíamos o que esta- voltamos a conversar, a sorrir, achova acontecendo: amávamo-nos, mas, rar, a partilhar, a agradecer, a pedir não nos entendíamos. Era inex- e principalmente a entregar nossa plicável. Faltava-nos algo ou alguém. vida ao Pai. Estávamos incompletos. Existia um Preciso dizer-lhes mai alguma vazio. Era a ausência do Senhor. coisa? Se nossa vida mudou e se Éramos três desde o início e agora voltou a ser como antes? Acho que faltava um, o mais importante, o in- não. O óbvio não se diz, deduz-se. Porém, lembremo-nos: quem codispensável na vida do casal: Deus. Estávamos nos afastando um do nhece a Palavra de Deus, não outro porque estivemos longe do Se- pode ... não deve se afastar dele. nhor. Há quanto tempo não fazia mi- Rezemos sempre. nha oração, não colocava Deus em Stânia e Kleber nossa vida como centro? Percebi o Equipe 5 - Quixadá, CE quanto omos fracos e frágeis sem 42

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COlNClDÊj\JClA OU PROVlDENClA? Comprei um automóvel, de uma certa indústria estrangeira, que implantou uma fábrica no Brasil. Atraído pela qualidade e tecnologia estrangeiras, entrei na "onda". Ocorreu que, após seis meses de uso, sofri uma colisão na traseira do meu "automóvel nacional", que teve que aguardar dois meses para que suas peças fossem, vejam só, importadas! Depois de muitos telefonemas, broncas e idas à concessionária, resolvi finalmente denunciar a desfaçatez ao DECON, pois, como consumidor, eu estava sendo enganado. Enquanto aguardava a data da audiência, resolvi dirigir-me mais uma vez à tal concessionária, onde, indignado, procurei o gerente pós-

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venda para que me desse alguma explicação e, ao encontrá-lo, fui logo descarregando sobre ele toda a minha indignação. O dito cujo, um tal de Leonel Credidio, já não tinha mais desculpas para dar e o clima já estava ficando pesado. Ele tentava escapar das minhas investidas rodeando o carro, como se estivesse a inspecionar os danos. Em dado momento, olhou-me, com certo ar de surpresa e ao mesmo tempo de alívio e, apontando para o adesivo das ENS, que trago sempre em meus carros, perguntou-me: "Você não tem nada a ver com as Equipes de Nossa Senhora, tem?" Neste momento vocês podem imaginar o que me aconteceu, não é mesmo? Este reclamante veemente, que a esta altura já devia estar com aproximadamente uns dois metros de altura, sen-

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tiu-se repentinamente do tamanho de um passarinho ... Aí, meio sem graça, com cara de quem foi apanhado fazendo besteira, com um sorriso meio amarelo eu afirmei com um tímido aceno de cabeça: "S .. Si .. Sim, eu e a Lili, minha esposa, pertencemos às ENS, e s .. so .. somos Casal Responsável de Setor..." Quando eu disse isso, ele arregalou os olhos (lá vem sermão, pensei), e disse: "- Você disse Lili? Mas é o apelido da ininha esposa! Que coincidência!" Então, já completamente aliviado, ele pôs a mão em meu ombro e me levou para a sua sala onde, após contar-me que também pertencera às ENS em São Paulo e posteriormente em Recife, estava agora em Fortaleza, onde não tinha ainda estabelecido contato com nenhum equipista. Descobrimos, então, que ambos somos paulistanos, nossos telefones tem números bem parecidos (267 5557 I 2275775), temos o mesmo tempo de casados, temos uma filha e dois filhos, sendo que a mais velha, em ambos os casos é a garota, cujas idades são bastante próximas. É muita coincidên ... ôps! Não? Bem, já dá para imaginar o final da história, não é mesmo? Tudo acabou em "pizza" sim, mas numa reunião da minha equipe de base, a Equipe lOD - Nossa Senhora da Paz, pois a Lily e o Leonel agora fazem parte dela. Já faz um ano que isso aconteceu e, ao refletir sobre este fato, concluí que o Senhor "providenciou" para que tudo acontecesse assim, de tal maneira que alguém que queria 44

Em dado momento, olhou-me, com certo ar de surpresa e ao mesmo tempo de alMo e, apontando para o adesivo das ENS, que traqo sempre em meus carros,perquntoume: "Você não tem nada a ver com as Equipes de Nossa Senhora, tem?"

partilhar novamente da vida de equipe tivesse sua oportunidade, resolvendo ao mesmo tempo, o problema de outro filho seu, que já andava meio desesperançado. Isso também serviu para mostrar que nunca devemos perder o autocontrole, pois a Nossa Senhora, das nossas equipes, não deixa nunca de nos dar uma mãozinha. É só confiar! Sou grato, Senhor, por tua divina "coincidên ... ", digo providência!

Ademir (da Lili) Eq. JOD- Fortaleza, CE ademir@secrel.com.br CM 375


EXPER1ÊNC1A DE VlDA Sempre, no período quaresmal, fazemos um propósito em conjunto na nossa Equipe. Neste ano, fizemos jejum, e, nos terços, intensificamos nossas orações. Colocamos em prática um gesto concreto de solidariedade. Arrecadamos roupas e alimentos e doamos para uma fanu1ia que foi submetida a uma inseminação artificial, a qual resultou no nascimento de cinco crianças de uma só vez (uma delas morreu ao nascer, enquanto as outras possuem doenças sérias). Trata-se de uma fanu1ia carente e totalmente desamparada. Apesar das dificuldades, a mãe ama muito seus filhos e se empenha para sustentá-los. Essa experiência nos serviu de lição para aprendermos a dar mais valor ao que temos e também serviu para nos alertar que há muito que se fazer pelos carentes de nossa cidade. Não podemos nos acomodar e fugir de nossa missão cristã. Se não tomarmos a iniciativa de transformar nossa fé em gestos concretos, quem o fará? Pedimos a todos que rezem por essa família e que reflitam sobre essa nossa experiência.

Carla e Roberto Equipe 38A- Brasília- DF

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UMA NOlTE ESPEClAL Dia 30 de abril, 22 horas. Poucas pessoas ainda vejo em frente à Catedral; alguns jovens, religiosas, casais equipistas, um bom número de policiais cuidando da segurança e do trânsito. O carro, que transportaria a imagem da Virgem, estava pronto para sair. Por ser meu primeiro grande evento no Movimento, não me animava muito ver o pequeno número de pessoas concentradas para a abertura do mês mariano. Seria a caminhada, na verdade, um maratona de incontáveis quilômetros? Logo saberia. Alguém, entusiasticamente, convida os presentes à iniciar a caminhada. Confesso que até agora estou tentando descobrir de onde saíra tanta gente. Pareciam estar escondidos! De repente vi um mar de gente empunhando suas velas e iluminando a Esplanada num espetácolo de luzes. Padre Placimário nos incentiva a rezar o terço. A caminhada torna-se ainda mais bela. Ao final do percurso, a imagem é descida de cima do caminhão e, num belíssimo andor, é conduzida para dentro da Catedral, onde todos já a aguardavam. Uma entrada digna de uma Rainha, um espetáculo! E assim se inicia a Santa Missa, presidida por Dom Damasceno e concelebrada por Pe. Manoel Godoy, Pe. Placimário e Pe. Marconi. A Catedral se tornou pequena para tanta gente. Todos os lugares ocupados, pessoas sentadas no chão ... Sinceramente! Há muito 46

tempo não participava de um evento tão bem organizado e marcante como este. Calma! Se você perdeu, não precisa se lamentar. Haverá, com certeza, outra oportunidade. E, participando, garanto que não irá se arrepender. Sempre há um encanto, um valor, um milagre em cada evento.

}anderson (da Christiane) Equipe 48A- Brasília, DF CM 375


A BÍBllA Há muitos anos, existiu um homem muito rico que no dia do seu aniversário convocou a criadagem à sua sala para receberem presentes. Colocou-os à sua frente na seguinte ordem: cocheiro, jardineiro, cozinheira, arrumadeira e o pequeno mensageiro. Em seguida dirigindo-se a eles, explicou o motivo de os haver chamado até ali e, por fim, essa foi a pergunta feita: - O que você prefere receber agora: esta Bíblia ou este valor em dinheiro? -Eu gostaria de receber a Bíblia, respondeu pela ordem o cocheiro. Mas como não aprendi a ler, o dinheiro me será muito mais útil! Recebeu então a nota, de valor elevado na época, e agradeceu ao patrão. Esse pediu-lhe que permanecesse em seu lugar. Era a vez do jardineiro fazer a sua escolha e, escolhendo bem as palavras, falou: -Minha mulher está adoentada e por esta razão tenho necessidade do dinheiro: em outra circunstância, escolheria, sem dúvida a Bíblia. Como aconteceu com o primeiro, ele também permaneceu na sala após receber o valor das mãos do patrão. Agora pela ordem, falaria a cozinheira que teve tempo de elaborar bem a sua resposta: - Eu sei ler, porém, nunca encontro tempo para folhear sequer uma revista; portanto, aceito o dinheiro para comprar um vestido novo. CM 375

-Eu já possuo uma Bíblia e não preciso de outra; assim, prefiro o dinheiro, informou a arrumadeira, em poucas palavras. Finalmente chegou a vez do menino de recados. Sabendo-o bastante necessitado, o patrão adiantou-se em dizer-lhe: - Certamente você também irá preferir o dinheiro, para comprar uma nova sandália, não é isso meu rapaz? -Muito obrigado pela sugestão, disse o pequeno mensageiro. De fato estou precisando muito de um calçado novo, mas vou preferir a Bíblia. Minha mãe me ensinou que a Palavra de peus é mais desejável do que o ouro ... Ao receber o bonito volume, o menino feliz o abriu e nisso caiu aos seus pés uma moeda de ouro. Virando outras páginas, foi deparando com outros valores em notas. Vendo isso, os outros criados perceberam o seu erro e envergonhados deixaram o recinto. A sós com o menino, disse-lhe o patrão: - Que Deus o abençoe, meu filho, e também sua mãe, que tão bem o ensinou a valorizar a Palavra de Deus.

Autor desconhecido Colaboração de Eliane e Joaquim Equipe 07AN. Sra. da Rosa Mística João Pessoa, PB 47


PROBLEMAS X METAS Era uma vez um cocheiro que dirigia uma carroça cheia de abóboras. A cada solavanco da carroça, ele olhava para trás e via que as abóboras estavam todas desarrumadas. Então ele parava, descia e as colocava novamente no lugar. Mal reiniciava sua viagem, lá vinha outro solavanco e tudo se desarrumava de novo. Então, ele começou a ficar desanimado e pensou: "Jamais vou conseguir terminar minha viagem! É impossível dirigir nesta estrada de terra, conservando as abóboras arrumadas!". Quando estava assim pensando, passou à sua frente outra carroça cheia de abóboras, e ele ob"servou

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que o cocheiro seguia em frente e nem olhava para trás: as abóboras que estavam desarrumadas organizavam-se sozinhas no próximo solavanco. Foi quando ele compreendeu que, se colocasse a carroça em movimento na direção do local onde queria chegar, os próprios solavancos da carroça fariam com que as abóboras se acomodassem em seus devidos lugares. Assim também é a nossa vida: quando paramos demais para olhar os problemas, perdemos tempo e nos distanciamos das nossas metas.

(da Internet)

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Meditando em Equipe Estamos chegando ao final do estudo do tema "Ser Casal". Foi uma riqueza para todos os casais equipistas, certamente . Agradeçamos ao Senhor pela grande ajuda que recebemos . Ser participante do Movimento das Equipes de Nossa Senhora é um favor divino . Tanta graça nos leva também ao testemunho junto aos outros casais .

Meditemos, após a leitura atenta de Mateus

19, 16-22.

Sugestões : O jovem não se contentou em simplesmente observar os mandamentos. Quis ser mais perfeito. O que essa atitude lhe inspira? Jesus é radical. Seu Evangelho é mais que uma observância de preceitos. Cristianismo é uma vida de comunhão de amor com Deus. "Sejam imitadores de Deus como filhos bem amados" . Padre Ernani

. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ... . . ... . ... . . ... . ... . Oração em Comum "As Pequenas Bem-Aventuranças" Bem-aventurados aqueles que sabem rir de si próprios: eles terão sempre com que se divertir. Bem-aventurados aqueles que sabem distinguir uma montanha de um montículo de terra : a estes serão pou pados muitos aborrecimentos. Bem-aventurados os que são capazes de descansar, e de dormir sem procurar desculpas: eles se tornarão sábios . Bem-aventurados os que sabem se calar e escutar: eles aprenderão coisas novas! Felizes serão vocês se souberem valorizar um sorriso e esquecer uma grosseria: o caminho de vocês será sempre cheio de sol. Felizes serão vocês se forem capazes de sempre interpretar com benevolência as

atitudes do outro, mesmo que as aparências sejam contrárias: vocês passarão por inocentes, mas a caridade tem esse preço. Bem -aventurados aqueles que pensam antes de agir e que rezam antes de pensar: eles evitarão muitas tolices. Felizes serão vocês se souberem calar e sorrir mesmo quando lhes cortarem a palavra, quando alguém os contradisser ou lhes pisar os pés: o Evangelho começa, então, a penetrar no seu coração . Bem -aventurados, sobretudo, vocês, que sabem reconhecer o Senhor em todos aqueles que estiverem no seu caminho: vocês encontraram a verdadeira luz, vocês encontraram a verdadeira sabedoria . Joseph Folliet (do livro "Ser Casal. .. ")


Regiões

Setores

7 6

São Paulo ~ Centro 11

São Paulo - Leste I São Paulo - Leste 11

Total

SCE

87 50 49 48 25 43 48 350

6

60

41

502

2912

7 4 5

99

Casais Equipistas

585 447 473 433 317 326 331

6 São Paulo - Centro I

Equipes

71

85 77 51 59


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