EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°376 • Outubro I
EDITORIAL Da Carta Mensal ............................... 01 SUPER-REGIÃO
COLEGIADO NACIONAL Colegiada Nacional .......................... Bispo e Sacerdotes Falam no Coleg iada ..... ...... .. ............. ERI Representada no Colegiada da Super-Região .. ........ .. .. I Encontro Nacional de Brasília ........ Celebrações Euca~íst i cas ........ ..... ..... Animação no Colegiada ................... Palavra da Equipe da Super-Região .. ...... ........... ........ .... VIDA NO MOVIMENTO Eleição de Casal Responsável de Equipe ....... .......... .... Sacerdote Conselhei ro Espiritual ... .. Uma Inspiração .................. ... ............ Um Pouco da História do Movimento na Guatemala ........ .. Sessão de Formação ......................... Mutirão .............................................
Edição: Equipe da Carta Mensal Cecília e José Carlos (responsáveis) Wílma e Orlando Soe/y e Lui: Augusto Lucinda e Marco
NOTÍCIAS INTERNACIONAIS . ...... .. 24 MARIA Os Va lores do Terço .......................... 27
Comunicação ............ ........................ 02 Retiro ..... ........................... ... .......... .. . 03
Carta Mensal é uma publicação memal das Equipes de Nossa Senhora
2002
OS 06 08 09 1O 11 12
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Janete e Nélio Pe. Emani 1. Angelini (cons. espiriwal) Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas lnuú 19835) Editoração Eletrôuica, Fotolitos e llrlStrações: Nova Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres, 931 - SP Fone: (Ox.x /1 1 3873.1956
PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO O Gosto Alegre de se Amar .... ........ . 28 PASTORAL FAMILIAR O Sacramento do Matrimônio ........ . 32 Matrimônio Responsável .. .... ... ... ... ... 33 ATUALIDADE Viver na Esperança .............. ..... ........ É Só Começar .. .................... .............. Padre deve Casar? ............. ............... Primeira Escol a .. .......... ..................... Limites .............................................. Coisas Pequenas .. .. ...... ... .. .. ...... .... ....
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TESTEMUNHO Nosso Encontro com o Papa ............ 42 A Emoção Maior ....... ...... .. ... .. ...... ..... 43 Sair das Equipes ...... ............ ............. 44 REFLEXÃO A Tigela de Madeira .. ..... ....... .. ....... .. 46 A Águia e o Falcão ..... ....................... 47 A Bomba D'Água ..... ......... ...... ...... .... 48
Projeto Gráfico: Alessandra Carignani
Canas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens de\•em
ser enviadas para:
Foto de Capa: J. C. Sa /es
Carta Mensal
R. Luis Coelho, 308 5° andar . conj. 53
Impressão: Gráfica Roma
01309-000 • São Paulo- SP Fone: (Oxxll) 3256.1212 Fax: (Oxx 11) 3257.3599
cartamensa/@ens. org. br
Tiragem desta edição: 15.600 exemplares
A/C Cecília e José Carlos
Queridos irmãos equipistas: Até parece mentira! Já estamos em outubro de 2002! O tempo passa rápido, este novo século vem cheio de surpresas e de grandes mudanças para nós (gente do século passado ... ). E precisamos estar alerta para não nos deixarmos levar pelo turbilhão do consumismo e firmes para que os verdadeiros e grandes valores permaneçam intactos dentro de nosso coração. Mas as Equipes de Nossa Senhora não se deixam confundir. A Carta Mensal sabe disso melhor do que ninguém, pois recebe belíssimos testemunhos de todos os cantos de nosso país. Os casais equipistas, com alegria e esperança, continuam a ser aquilo que nosso tema "Ser casal" nos ensina: sinal de amor, acolhimento e fraternidade. Esses mesmos casais, participantes do seu tempo, vão neste mês, através de seu voto, tentar começar um Brasil melhor. Procurem ler o Documento n° 67 da CNBB- "Eleições 2002- Propostas para reflexão" e também o artigo que o padre Manoel Godoy escreveu na Carta Mensal de agosto de 2002, pg. 38. Que o Espírito Santo nos ilumine na hora do voto! Em outubro também, uma outra eleição importante, a do Casal Responsável de Equipe. Única regra para acertar: escolher aquele que, no momento, tem as melhores condições para se lançar na gratificante aventura de ser o responsável por amor maior na equipe. Alguém que veste a camisa do Movimento, que assume seu serviço com entusiasmo, compreendendo que se trata de uma oportunidade de crescimento pessoal e em casal, de uma possibilidade de dar vida nova à equipe e, por conseqüência, a todo o Movimento. E não venham nos dizer que se sentem incapazes de ser Casal Responsável. Deus olha por todos os seus filhos. Basta que nos abramos com generosidade e alegria para que Ele aja em nós. Nessa edição, vocês terão um artigo que relata os principais fatos ocorridos durante a reunião do Colegiada Nacional das Equipes de Nossa Senhora, que reúne os Casais Regionais do Brasil, juntamente com seus Sacerdotes Conselheiros Espirituais e a Equipe da SuperRegião. É um Encontro muito forte, que se realiza todo ano, mostrando a importância da nossa unidade. Outra riqueza dessa Carta Mensal é o artigo "O gosto alegre de se amar", que nos dá uma visão muito linda do Dever de Sentar-se. Temos muitas riquezas contidas nesta edição. Esperamos que vocês aproveitem bem.
Um forte abraço a todos,
Equipe da Carta Mensal
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COMUNlCAÇAO Prezados Conselheiros Espirituais e Casais Equipistas
a comunidade. A manifestação do pensamento, a troca de informações, a demonstração de intere se e preNeste mês de outubro não fal- ocupação mútua: aí temos concretam assuntos para reflexão e troca tizações práticas da vida de comude idéias. Permitam-me um tema nidade. E, ao mesmo tempo, aí tesem muitos atrativos. mos condições para que de fato cresApelo para sua experiência na ça e se aprofunde a comunhão. Equipe, no Se to r, na Região, na ProEsse contínuo intercâmbio nasvíncia, na Super-Região. Temos de ce do amor e do interesse. Do amor reconhecer que não vai muito bem que nos leva a contar até coisas de a comunicação entre nós. Mesmo · menor importância, a conversar em nossa pequena equipe as infor- nem que seja pelo telefone ou pela mações não circulam, os recados Internet - simplesmente para estar não são passados, os roteiros de reu- frente a frente, para ter a presennião chegam com atraso, aniversá- ça amiga, para conviver, isto é, para rios são esquecidos, promoções e partilhar a vida. Se temos intereseventos do Setor são ignorados. se pelos irmãos e irmãs equipistas Reconheço que são problemas me- -interesse: inter (entre) esse (ser, nores. A menos que os considere- estar) - vamos querer estar entre mos sob certo aspecto: sem comu- eles e que eles estejam entre nós. E ninguém está mais entre do que nicação não existe comunidade. A proposta das Equipes de Nos- quem está no coração. Comunicar sa Senhora não é apenas que os e informar faz que estejamos todos casais se reunam uma vez por mês, por dentro ou, se quiserem, unidos. ou de vez em quando, mas que for- Mas também é verdade que nada mem uma comunidade de casais. podemos comunicar a quem não Para isso não precisa que todos está interessado. A comunicação é que torna posmorem na mesma casa, nem mesmo no mesmo bairro ou cidade. Mas sível a união de forças para um mesé indispensável que mantenham en- mo objetivo. Não de alguns poucos tre si comunhão de vida: que tenham - o que geralmente é desanimador um só coração e uma só alma. Nem -mas de todos, de toda a Equipe, será preciso lembrar o modelo da de todo o Setor, de toda a Região, comunidade dos primeiros tempos de toda a Super-Região. Com mai(At 2,42; 4,32). Pois bem, para que or entusiasmo, maior eficácia e tamhaja um só coração e uma só alma bém com testemunho mais claro. - além da participação de todos na Comunicação é amor e comunhão. vida divina- deve haver a comunicação contínua entre os que formam Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr 2
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Palavra do Provincial
RETlRO Queridos casais equipistas!
É uma grande alegria desfrutarmos deste espaço na Carta Mensal para trazer-lhes uma mensagem sobre o Retiro Anual. O nosso desejo é transmitir-lhes o significado deste Ponto Concreto de Esforço para nós e também o que descobrimos através dele ao longo dos nossos 18 anos de pertença às Equipes de Nossa Senhora. O nosso ponto de partida será a exortação que nos é feita através do Guia das ENS que diz: "Ter, a cada ano, um tempo suficiente para se colocar num lugar isolado, diante do Senhor, se possível em casal, num retiro que permita uma reflexão sobre a sua vida, na presença de Deus." (Guia das ENS, pág. 27) Respondemos à essa exortação, ao longo da vida equipista, participando de todas as oportunidades que tivemos para vivenciar esse PCE. Sempre realizamos o Retiro anual em casal, mesmo quando não tínhamos ainda uma noção clara do seu valor. No caminho, superamos algumas dificuldades. Cremos que a maior delas foi a de dedicar, efetivamente, um final de semana só para o Retiro. Ao contrário do profeta Elias, que por medo de perder sua vida fugira para o deserto, indo esconder-se no fundo de uma caverna no Monte Horeb (lRs 19, 3.4.8-9), nós nos mantínhamos, como casal, esCM 376
condidos no anonimato que a cidade grande proporciona. Plenamente instalados, não tínhamos interesse em perder a "segurança" construída para atender novos interesses. O fato de nos retirarmos, de nos isolarmos ou de buscarmos a solidão para escutar a Deus, opunha-se ao nosso modo de viver. A experiência dos sucessivos Retiros, nos permite afirmar o mesmo que o Pe. Caffarel observava aos iniciantes em seus cursos de oração: "ninguém se torna marceneiro, músico, escritor, de um dia para o outro". A perseverança favoreceu-nos à descoberta, no e através do Retiro, de um caminho novo. 3
Aprendemos a explorar a fonte inesgotável do Amor, cuja riqueza só começamos a perceber, muito lentamente, à medida que a fé nos foi introduzindo de fato na experiência do encontro íntimo com Deus. A participação nos retiros ajudou-nos a superar algumas concepções erróneas que construíramos a seu respeito. Uma delas, por exemplo, era irmos ao Retiro simplesmente para atender uma exigência do Movimento. Bem mais do que isso, ele é uma oportunidade que facilita o auto-conhecimento, o crescimento espiritual, a renovação e a consolidação da vida conjugal. Através dele, revigoramos a alegria e o entusiasmo da nossa conjugalidade, pela renovação da mística conjugal que busca em Cristo a sua realização plena. O Retiro permitiu-nos também experimentarmos a segurança que brota da confiança depositada em Deus. Ensinou-nos a levarmos sempre em nossos corações a esperança de que Ele quer tão somente nos conduzir à felicidade plena, assim como fizera com o povo escolhido, levando-o " ... para uma terra excelente, cheia de torrentes, de fontes e de águas profundas que brotam nos vales e montes ... " (Dt 8, 7), por mais tortuosos que sejam seus caminhos. Permitiu-nos descobrir que a "terra prometida", neste nosso tempo e para sempre, é estarmos com Cristo, o lugar e o caminho pelo qual chegamos ao Pai. (Jo 14, 6). Descobrimos ainda que é o próprio Deus quem nos atrai para essa 4
oportunidade de purificação e de encontro. Toma a iniciativa em buscar-nos obstinadamente para reconduzir-nos à fidelidade dos primeiros dias da Aliança. Por isso, atrai-nos e guia-nos pelo deserto para falar aos nossos corações (Os 2,16). Quer que vivamos em casal o projeto de Amor, que fez especialmente para a nossa felicidade. Quer que o redescubramos; quer que redescubramos o Amor e possamos cantar a alegria da vitória sobre a morte irradiando a vida nova que o Cristo Ressuscitado oferece. Queridos irmãos equipistas: experimentem! Vivam ardorosamente este ponto concreto de esforço! Participem dele de coração aberto. Ofereçam-se a Deus generosamente, levando consigo as próprias dificuldades e dons. Retirem-se, não pelos amigos que lá acorrerão, nem pelo pregador, mas, pela oportunidade de colocar-se em sintonia com Deus, para conhecer a sua vontade realizadora, para experimentar um momento forte de amadurecimento das próprias opções de vida e focalizando-as segundo a Palavra. Descubram os benefícios que só a generosidade de Deus pode proporcionar. O Retiro anual é uma etapa integrante do itinerário espiritual de todo o equipista e pretende ajudar-nos a navegar, cheios de esperança, rumo a desejada santificação em Cristo, nosso Senhor.
Graça e Roberto CR Província Sul III CM 376
COlEGlADO NACIONAl 23, 24 e
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de agosto de
2002
Objetivos do Coleqiado Nacional "O Colegiada Nacional é formado pela Equipe da Super-Região, pelos Casais Responsáveis Regionais e seus respectivos Sacerdotes Conselheiros Espirituais e reúne-se uma vez por ano com o objetivo de: proporcionar conhecimento e convivência direta entre seus membros; desenvolver a formação de seus membros e vivenciar momentos fortes de oração em comum; zelar pela unidade e fidelidade ao carisma fundador; auxiliar no discernimento da caminhada das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, no exercício da colegialidade e assimilar as propostas do Movimento"
Na abertura do Colegiada Nacional, Silvia e Chico, Casal Responsável da Super-Região, nos deu essa mensagem: "Que reunidos neste dois dias possamos fazer a experiência de uma comunidade em festa, porque reunida em nome de Cristo, para celebrar a vida e as maravilhas que Ele realiza em nós e também através de nosso modesto trabalho. Que possamos juntos sonhar os mesmos sonhos de fazer do nosso Movimento uma comunidade forte, eclesial, unida em torrw dos mesmos ideais de santidade e de transformação da cultura do casamento. CM 376
Que cada um se sinta acolhido, se sinta amado, se sinta importante para que esses sonhos se transformem em realidade. E que assim, mãos e corações entrelaçados, sob as luzes do Espírito de Deus, e a bondosa proteção de Maria, possamos trilhar com tranqüilidade os nossos caminhos, simplesmente nos deixando guiar nos passos de Jesus. Amém." Dentro desse clima de muito amor e comunhão, transcorreu o Colegiada Nacional. Foram momentos importantes de formação dados por Sacerdotes Conselheiros Espirituais, por casais da Super-Região 5
e pelo casal ligação da ERI, Maria Regina e Carlos Eduardo. Silvia e Chico, Casal Responsável da Super-Região, enfatizou a importância das visitas pastorais feitas anualmente em uma das Províncias. É importante estar em contato com as bases. Este ano a visita da Super-Região será (foi) na Província Sul I e na cidade de São
Paulo. Essas visitas tem benefícios de mão dupla: conhecemos melhor as realidades das Províncias, e em contrapartida as equipes se sentem valorizadas e motivadas e se sentem irmãos com os mesmos problemas, as mesmas dificuldades e as mesmas alegrias. Essa troca de informações produz frutos concretos.
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BlSPO E SACERDOTES FAlAM NO COLEGlADO Dom Airton, bispo auxiliar de Santo André e SCE de equipe, muito amavelmente atendeu o convite da Super-Região e esteve presente no nosso Colegiado, falando sobre Política Eclesiástica e sobre os problemas que envolvem sacerdotes aqui no Brasil e no mundo todo. Deu destaque para o aspecto da formação, desde a entrada no seminário e também comentou, de um modo geral, os problemas acontecidos com os abusos sexuais, envolvendo sacerdotes. Como estamos bem próximo das eleições em nosso país, esse tema foi abordado pelo padre Manoel de Godoy, SCE da Região CentroOeste II (Brasília) e assessor da CNBB. Ele nos mostrou a importância do nosso voto consciente, para que possamos escolher muito bem as pessoas honestas e que querem 6
Dom Airton
Pe. Manoel
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melhorar o Brasil. Em especial falou sobre o documento da CNBB, "Eleições - 2002 - Propostas para Reflexão" - (Doe. 67). É um instrumento de trabalho para que as comunidades e pastorais reflitam sobre a presença e atuação dos católicos na política.
Padre Flávio Cavalca de Castro, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região nos proporcionou momentos fortes de formação, abordando o tema "0 casal cristão, sinal do amor de Deus, é enviado com uma missão específica na Igreja e no Mundo". Suas palavras ajudaram na reflexão do que significa ser casal missionário, os fundamentos teológicos dessa missão e as possibilidades que o casal pode desenvolver. Esse
Pe. Flávio
é o 3° tema de estudo pós-Santiago que será trabalhado pelos equipistas em 2003. Padre Flávio também coordenou a reunião com os SCE das regiões. Ressaltamos o bom número de conselheiros, de todas as partes do Brasil, que participaram deste Colegiado (mais de 50%).
Reunião com os Sacerdotes Conselheiros Espirituais CM 376
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ERl REPRESENTADA NO COlEGlADO DA SUPER-REGlAO Maria Regina e Carlos Eduardo, nosso casal ligação da ERI (três Super-Regiões: Estados Unidos, Hispano-América e Brasil, além da Região Canadá), nos falou sobre o Encontro de dirigentes do Movimento do mundo todo, que acontecerá em Roma, em janeiro de 2003. É a primeira experiência de um Encontro dirigido especificamente para os casais das SuperRegiões e Casais Regionais . Quando vemos a grandiosidade do nosso Movimento, colocamos mais garra no nosso trabalho.
Objetivos do Encontro de Roma • Troca de experiências das necessidades do Movimento • Preparar o Encontro Internacional de 2006 • Reafirmar o carisma do Movimento - Espiritualidade Conjugal que não pode ser perdido de vista, pois, sem isso não haverá Movimento. Zelar pelo nosso carisma. • Confirmar nossa unidade como Movimento Internacional, apesar das diferentes culturas. • Celebrar o centenário do nascimento do padre Caffarel. O tema desse Encontro é "Casais chamados por Cristo à nova aliança". 8
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I ENCONTRO NACIONAl DE BRASÍLIA Julho de SILVIA E CHICO apresentaram um esquema das atividades do I Encontro Nacional de Brasília, em julho de 2003, para conhecimento e aprovação dos Regionais, para que o mesmo seja encaminhado para a comissão organizadora do Encontro, procurando viabilizá-lo. Precisamos incentivar os equipistas de base e mostrar a impor-
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2003
tância desse congraçamento para o fortalecimento do Movimento das Equipes de Nossa Senhora e para testemunhar ao mundo a importância do Sacramento do Matrimónio.
JOSÉ RENATO E VERA, comentaram sobre as inscrições para o Encontro e também sobre o aspecto financeiro do mesmo.
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CElEBJSAÇOES EUCARlSTICAS As Celebrações Eucarísticas do Colegiada tiveram como tema central "O Casal - aliança de Deus", tendo como simbologia a arca de Noé, que prefigura todos esses momentos da liturgia, utilizados nas três missas: "O casal escolhido por Deus", "O casal, semente da vida" e "O casal, esperança em Deus". Durante a Celebração Eucarística de sexta-feira foi realizadá a posse dos novos casais provinciais Cida e Raimundo (Província Nordeste) e Josefina e Roque (Província Leste) e de 13 casais regionais. Na celebração do envio foi abordado o tema "O casal enviado por Deus para a vida". Dentro desse moLurdinha e Manoel- NE
Josefina e Roque- Leste
Cida e Raimundo- NE
menta, Silviá e Chico, em nome da Equipe da Super-Região, agradeceram os dois casais provinciais que cumpriram sua missão na direção do Movimento no Brasil: Márcia e Luís Carlos, da Província Nordeste e Regina e Cleber, da Província Leste.
Mônica e Júlio- Rio III
Regina e Fernando- Rio III
Graça e Juarez- Rio IV
Juçara e Henrique- Rio V
Vânia e Carlos- MG 11
Leda e Marcos- SP Leste I
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Ligia e Carlos- SP Sul li
Sônia e Cláudio- SPCentro 11
Glacye Silvino- SPCentro III
Silvia e Glauco- SC I
Rosa e Paulo- SC III
Márcia e Jairo- GO Sul
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ANlMAÇAO NO COlEGlADO Todo o Encontro do Colegiada foi apresentado e muito bem animado pelo Casal Responsável da Província Centro-Oeste, Rita e José Adolfo, que com dinâmicas muito interessantes levaram todos os casais presentes e os Sacerdotes Conselheiros Espirituais a momentos fortes de reflexão. No sábado à noite, após um dia de intensas atividades (palestra , flashs, grupos de trabalho), foi o momento da confraternização, onde saboreamos quitutes típicos de todas as regiões, trazidos pelos participantes, sendo que a animação ficou a cargo da Província Nordeste, que nos brindou com uma dança tígica. Que alegria e espontaneidade tem o pessoal dessa Província!
PALAVRA DA EQUlPE DA SUPER-REGlAO
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Altimira e Paulo
Censo
2000
Altimira e Paulo, Casal Responsável pela Província Sul I, falou sobre o censo realizado pelo IDGE fazendo uma análise sobre as questões familiares e matrimoniais correlatas, para que possamos ter uma noção do que está acontecendo no nosso Brasil e partir para a missão, sabendo como está a família em nosso país. A partir desse estudo sentimos a importância do trabalho dos casais equipistas na mudança dessa realidade. Os dados do IDGE poderão nos dar uma sensação de desânimo, mas, precisamos acreditar que Deus nos pede esperança e que entendamos os sinais dos tempos e todas as dificuldades por que passam as famílias.
Expansão sustentada Márcia e Luís Carlos falaram sobre Expansão sustentada. Para atingir esse objetivo foi pedido para esse ano de 2002, que fizéssemos o 12
Márcia
e Luís Carlos
ano do Mutirão, dirigido a todos os equipistas, num grande esforço para resgatarmos os valores fundamentais do Movimento. Reciclar as equipes, tentar tirar os ranços e acessórios que vamos juntando e que acabam por ocultar o verdadeiro espírito. A resposta a esse apelo está se fazendo ouvir. Encontramos na Carta Mensal testemunhos belíssimos de Mutirões realizados nas diversas regiões e muitos ainda estão sendo programados até o final do ano. As equipes serão melhores após esses mutirões. Os setores que não fizeram, ainda dá tempo de preparálo. Não deixar o ano terminar sem fazê-lo. O casal também falou sobre a importância da Reunião Prévia ou preparatória.
Engajamento dos equipistas Regina e Cleber falaram sobre o trabalho que eles realizaram sobre o levantamento de dados da particiCM 376
Regina e Cleber
Vera e José Renato
pação dos equipistas em atividades pastorais. Foi um trabalho muito bem elaborado, mas, que segundo eles precisa ser melhor estruturado na parte da coleta de dados. Mas, deu para sentir a grande atuação dos equipistas nos mais diversos segmentos e pastorais da Igreja.
Secretaria Vera e José Renato apresentaram algumas sugestões sobre as normas de padronização dos impressos que são utilizados, visando um melhor funcionamento do Secretariado das ENS
Comunicação
Cecília, Zé Carlos e pe. Ernani
Carta Mensal: Cecília e Zé Carlos responsáveis pela Carta Mensal, passaram algumas orientações, visando o envio dos artigos, bem como, sobre a melhor maneira de se enviar notícias por e-mail. Padre Ernani, SCE da Carta Mensal deu enfoque especial para o envio de testemunhos dos equipistas.
Site das ENS h ahy, (equipi<>ta) editor da Nova Bandeira Produções Editoriais apresentou o projeto para o novo site das ENS. muito mais dinâmico e fácil de acessar e navegar. Está na fase final de elaboração. Em breve daremos mais notícias.
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ElElÇ;\0 DE CASAL RESPONSAVEL DE EQUlPE Faça Opção!
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Estamos vivendo um grande e importante momento na nossa vida: é chegada a hora de escolhermos os nossos representantes. Escolher é preferir, fazer opção, isto quer dizer que temos o direito de decidir quem nós queremos. Representante é aquele que significa para você, que representa, se faz presente. Então, optamos por alguém que é significativo para nós, para nos representar. No mês de outubro vamos eleger as pessoas que vão nos representar no governo. Nas Equipes de Nossa Senhora não é diferente. Vamos escolher aquele casal que irá se responsabilizar por nós durante todo o próximo ano. Lembremos que não devemos escolher um casal somente para ele melhorar, pois se ele não está bem, como vai conduzir todos os outros? Não podemos ainda escolher um casal porque ele se destaca: não precisamos de imagens! O casal que deve representar a equipe é aquele que cuida, se preocupa, conhece a todos e, em especial, o Movimento. O principal em um Casal Responsável de Equipe é que ele seja como "um pastor que cuida de suas ovelhas". Que ame cada membro da equipe e ame também o Movimento e tenha, ainda, uma espiritualidade intensa. É importante que este casal saiba que a 14
prática dos Pontos Concretos de Esforço, o cultivo da rnistica e do carisma do Movimento são essenciais para a caminhada da equipe e o crescimento de todos. Vamos eleger com consciência! Escolha certo!
Gláucia e José Carlos Equipe 40B N. Sra. do Livramento Juiz de Fora, MG
A Carruagem Após uma reunião mensal, preparada e realizada com muito carinho, tendo esta ocorrida no momento em que a nossa equipe estava passando por alguma dificuldade, saí muito pensativa a respeito do desempenho do Casal Responsável. Naquela noite, embora muito cansada, dormi pouco e, acordei sem mais conseguir dormir. Resolvi, então, transpor para o papel esta comparação que, insistentemente, surgia em minha mente. O Casal Responsável de equipe é como um condutor que está segurando as rédeas da carruagem (equipe), numa viagem rumo à santificação. A ele foi dada por Deus a missão de durante aquele ano segurar, CM 376
com toda sua força, as rédeas para que a carruagem possa chegar ao seu destino com todos os seus passageiros. A carruagem, porém, passa por caminhos muitas vezes difíceis, cheios de buracos e pedras, fazendo-se necessário que todos os passageiros estejam bem seguros e segurem-se também uns nos outros para não caírem. Como Deus é bondoso, Ele nos oferece ajuda através do Conselheiro Espiritual, que faz o papel da bússola na nossa viagem. Cabe aos irmãos equipistas, um pouco de disciplina, assiduidade, pontualidade, para não perderem a passagem da carruagem em cada estação (reunião formal), o que significa atraso para eles e para os outros na viagem. Cabe também a eles cooperar com o condutor, servindo de apoio aos que estão caindo e segurandose uns nos outros para não caírem, unindo-se cada vez mais. Não desCM 376
viar a atenção do condutor, pois, o mesmo poderá soltar as rédeas e a carruagem virar. Ao chamar sua atenção para um caminho esburacado, devem imediatamente indicar o melhor caminho, para evitar tombos desnecessários. A vivência dos Pontos Concretos de Esforço é o "seguro de viagem", pois, se tombamos, eles nos ajudam a superar qualquer dificuldade. A cada ano, um novo Casal Responsável é escolhido para essa missão. Nesta ocasião, poderá colocar em prática, com sabedoria, todas as suas idéias, não deixando que nada o desanime. Ser Casal Responsável, não é privilégio, é missão dada por Deus. Privilégio sim, é a nossa certeza de missão cumprida, no final de cada ano.
Giovana (do ]ordane) Eq. 13- N. Sra. de Nazaré Fortaleza, CE 15
SACERDOTE CONSElHElRO ESP1R1TUAl Por ocasião do dia do Padre, no mês de agosto, reunimos nossos conselheiros espirituais para uma alegre confraternização, com direito a um delicioso churrasco e um microfone de karaokê. Pudemos nos conhecer melhor, conversar um pouquinho sobre nossas equipes e agradecer todo o bem que eles nos fazem. A seguir, transcrevemos a mensagem que entregamos a cada um deles. Queridos Conselheiros Espirituais! Em primeiro lugar, queremos extemar nosso agradecimento a todos vocês que aceitaram o convite de partilhar esses momentos aqui conosco. Em seguida, parabenizálos pelo dia do padre. Agradecemos a Deus todo o serviço que vocês prestam ao Movimento das ENS. Que Deus, por intermédio de Maria, recompense a todos vocês, por toda a vida que fizeram acontecer junto aos casais equipistas. Junto com o nosso agradecimento por todo o bem que fazem a nós, casais, vai um pedido muito sincero: queridos conselheiros, continuem nos ajudando para que todos os casais equipistas da nossa Região, consigam realizar o projeto que Deus dispôs para as Equipes de Nossa Senhora na Igreja. Vocês, mais do que nós, têm consciência da situação em que a família se encontrava nos meados do século passado, isto é, lá pelos anos 40. O Espírito Santo, então, suscitou na Igreja, por intermédio do Pe. Caffarel e um grupo. de casais, um meio para ajudar a fanu1ia nos de16
safios que a história da humanidade enfrentava. Sem dúvida, se esse impulso, dentro da Igreja, de um grupo de casais, fosse "invenção ou obra humana", não teria alcançado seu desenvolvimento. O próprio decreto de reconhecimento por parte da Igreja nos assegura dessa ação do Espírito Santo. Hoje, a situação das fanu1ias não é diferente daquela época. Vocês estão cientes dos grandes desafios, problemas e incertezas por que passam as famílias e, por isso mesmo, os casais. O Movimento das ENS propõe para os casais um grande e belo ideal: a espiritualidade conjugal. Propõe às equipes descobrir e viver os valores do sacramento do matrimônio como caminho de santificação. Por tudo isso, queridos conselheiros, sejam firmes, ajudem-nos a sermos fiéis ao espírito, isto é, ao carisma do nosso Movimento. Sejam exigentes conosco, se nos desviarmos desse objetivo. Não permitam que nossas ações sejam impulsionadas por outro espírito, que não seja a busca da santificação como casal. Auxiliem-nos para que nossas equipes não sejam meros CM 376
grupos de bons amigos, mas querealmente se esforcem por viver, sempre mais radicalmente, o sentido pelo qual existem, isto é, ajudar os casais a tenderem à santidade. De modo especial, solicitamos a cada um de vocês: fiquem atentos nas reuniões mensais, a fim de que os casais mantenham, com clareza, o significado cristão de uma reunião de equipe. Incentivem sempre os casais para que nas reuniões haja realmente um esforço comum para procurar e encontrar sempre mais Jesus Cristo! Que a reunião de equipe nunca se desvie de ser uma verdadeira comunidade de fé. Somos seres humanos e, por isso mesmo, sujeitos à tentação do mais fácil, do mais cômodo. Vocês, queridos conselheiros, quais sentinelas do Espírito, não permitam que nos acomodemos e deixemos de buscar com todo o esforço, a meta à qual CM 376
Ajudem-nos a sermos fiéis ao espírito, isto é, ao carisma do nosso Movimento. Sejam exigentes conosco, se nos desviarmos desse objetivo. nos comprometemos, para o nosso bem e para o bem da Igreja. Todos nós, casais equipistas, rezamos por vocês, pedindo a Deus que os façam crescer sempre mais na fé, na esperança e no amor. Deus os abençoe! Amamos vocês!
Colegiado da Região Paraná-Sul 17
UMA lNSPlRAÇÃO Como equipista há 11 anos e par- para participarem da expansão do Moticipante ativo de outros Movimen- vimento, e quero também salientar que tos da Igreja, sinto-me impelido a as Experiências Comunitárias não são obrigatoriamente pré-Equipes de Nosescrever esta reflexão. As Equipes de Nossa Senhora sa Senhora, mas sim um serviço cosão, sem dúvida, um meio eficaz para munitário de evangelização por nós o aperfeiçoamento pessoal e conju- prestado. Não é necessária a particigal e, por extensão, familiar. A vi- pação de um sacerdote ou religioso. É vência habitual e piedosa dos Pontos necessário ter muita disposição e boa Concretos de Esforço contribui efi- vontade para procurar fazer "na terra, cazmente à santificação. Estes, as- como no céu". É simples, não implica sociados à atividade comunitária (e complicações ... Welizmente, temos o não ao ativismo), com participação hábito de complicar as coisas simples. em pastorais, à missa dominical, e à Deus é simples, seu amor é simples, recepção dos sacramentos (Recon- seu fardo é leve e seu jugo é suave. Será que há limites para o amor? ciliação e Eucaristia), nos garantem Alguém poderia nos interpelar: "Cuium caminho bastante efetivo. dado! Você está amando em demaContudo devemos lembrar que a sia!" Ou ... "Não evangelize muito, santificação não compreende apenas hein!" Acaso, corremos o risco de a ascese pessoal mas, também a relação que procuramos ter com nos- "inchar" o cristianismo? É claro que precisamos ter um sos irmãos, dentro da Igreja ou não (horizontal). E é exatamente isto que mínimo de preparo para levarmos a catequese às pessoas, e para isso o Jesus continuamente nos pede: "ide, pois, e evangelizai... fazei a von- Movimento dispõe de um livreto-guia tade de meu Pai que está no céu... " simples e muito interessante. Ao térDevemos cumprir a vontade de mino de uma Experiência ComunitáDeus; desta forma nos tornamos ria, as pessoas e o casal coordenador seus filhos, por conseguinte, irmãos decidem qual caminho seguir. Se rede Jesus Cristo, assemelhando-nos sultar uma nova equipe, ótimo! Loua Ele e, como menciona São Tomás vado seja Deus! Se não resultar, ótide Aquino, se extrapolarmos este mo também, pois estaremos sendo mandamento e também abraçarmos agentes multiplicadores da fé cristã. Em nossas orações, peçamos a a missão de evangelizarmos o próDeus que nos inspire e nos faça coximo, daí geraremos Jesus em seu nhecer a sua vontade para cada dia coração, tomando-nos semelhantes de nossa vida. Amém! a mãe de Deus! Ser como Maria! Haveria aspiração maior para um Walter (da Sueli) Equipista? Por isso, quero, novamente, 17Sorocaba, SP Equipe convidar os irmãos e irmãs equipistas 18
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UM POUCO DA H1STÓR1A DO MOVIMENTO NA GUATEMALA Desejamos contar-lhes alguma coisa das Equipes de Nossa Senhora na Guatemala. A primeira equipe foi fundada em 2 de fevereiro de 1991, por iniciativa de Monsenhor Rodolfo Mendoza. Ele havia ouvido falar do Movimento numa viagem à França. Posteriormente, recebeu informações da Colômbia e, com pouco conhecimento, mas com muito entusiasmo foi formada a primeira Equipe de Nossa Senhora da Guatemala. Durante mais de dois anos, continuamos sendo somente uma equipe, até que, convidado pelo nosso Conselheiro Espiritual, chegou um casal do México, Nino e Hortência Duval de quem recebemos nosso primeiro dia de formação. Para aproveitar todo esse esforço, convidamos para esse dia mais de 20 casais, e assim foram formadas mais 4 equipes. Então, os casais da equipe 1 fizeram um curso intensivo de pilotagem. Assim, ao mesmo tempo em que aprendíamos, ajudávamos as novas equipes. Em 1995 recebemos o nome de Setor da região Mesoamérica, que incluía o México. Em setembro de 1997 formaramse dois setores e, desde maio de 2000, somos Pré-Região Centroamérica Norte, que é composta pela Guatemala, Salvador e Honduras. Apesar de não termos equipes em Honduras, formamos duas em El Salvador que só duraram dois anos. Por isso, estamos nos esforçando para tomar o Movimento CM 376
mais forte na nossa Pré-Região. Atualmente (dados de maio deste ano), somos 17 equipes formadas e uma em pilotagem; 91 casais, 16 Conselheiros Espirituais, na cidade de Guatemala. Além do mais, temos uma equipe ligada a nós em Puntulha, Baja Verapaz. Este é um vilarejo a 180 km da cidade de Guatemala, tipicamente rural. São 7 casais e um Conselheiro Espiritual. Está formada há 2 anos e continua com muita força. Portanto, no total, temos 18 equipes, 98 casais e 17 Conselheiros Espirituais, na Pré-Região. Agradecemos ao Senhor Jesus e a Nossa Senhora, o crescimento, lento e constante das Equipes em nosso país e pedimos a vocês, que são um grande Movimento, que se unam às nossas orações para que possamos ampliar o número de equipes em El Salvador e Honduras. A Carta Mensal, que recebemos pontualmente, sempre nos ajuda e nos fortalece, pois nos mostra o exemplo de vocês que, com entusiasmo, fizeram das Equipes de Nossa Senhora um Movimento muito grande. Esta é, em resumo a nossa história e a nossa realidade. Recebam um grande abraço deste pequeno país. Pedimos ao Senhor que continue derramando suas bênçãos sobre as Equipes do Brasil.
Juan José e Rosángela Pratdesaba Equipe 1 - Guatemala 19
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SESSAO DE FORMAÇAO NÍVEL 111 - Região São Paulo Centro 1 Aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de maio, em Siloé, Vinhedo, SP, a Sessão de Formação- Nível ill, da nossa Região. Com muita alegria, contamos com a presença do Casal Provincial, Altimira e Paulo e o SCE da Província, padre Elísio; Maria Regina e Carlos Eduardo, da ERI e do padre Sérgio. Vivenciamos o conhecimento do carisma fundador das ENS, sua pedagogia, as nossas responsabilidades e demais temas que vivemos na nosS\1 caminhada de equipista. Esses enfoques nos transmitiram a consciência da nossa missão, tanto no Movimento como na Igreja. Somos missionários ativos e precisamos nos colocar a serviço do Reino de Deus. As palestras foram ministradas pelo padre Elísio, Altimira e Paulo, Maria Regina e Carlos Eduardo, Sheila e Francisco. Foi um envolvimento com entu-
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siasmo, amor, carinho e dedicação de todos do Colegiada Regional. A unidade ficou evidente na Sessão de Formação. Foram palestras dinâmicas e participativas. Houve dinâmicas de grupo e até dramatização. Encerramos com a celebração do envio, nos deixando a mensagem de sermos convocados à conversão e seguirmos a missão de casal e família (povo de Deus).
Sheila e Francisco CR Região São Paulo Centro I
••• NÍVEL 1 - Região São Paulo Oeste 1 Em Assis, foi realizada a Sessão de Formação- Nível I, da Região SP Oeste I, nos dias 18 e 19 de maio de 2002, contando com a participação de 36 casais, das cidades de Assis, Bauru e Paraguaçu Paulista. Com a participação de três pre-
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gadores, os dois dias de estudo e convivência resultaram em momentos profundos de reflexão sobre a fé que professamos e de conscientização para assumirmos integralmente o nosso papel de cristãos católicos equipistas num mundo onde nem sempre os valores evangélicos são vividos na sua íntegra. Os trabalhos se iniciaram com as boas vindas do CR do Setor de Assis, Celeste e João Carlos. A liturgia foi muito bem elaborada e conduzida pelo casal Alaíde e Zé Reis. Aliás, é necessário ressaltar o entusiasmo deste casal, que está no Movimento há mais de 35 anos e que teve a graça de conhecer o padre Caffarel, quando ele esteve no Brasil Conforme relata Zé Reis, o olhar do nosso fundador era penetrante e transmitia sentimentos que só alguém com a vida centrada em Deus poderia transmitir. Só a presença do padre Caffarel já trazia algo novo no ambiente em que ele se encontrava. Os seus gestos, a sua postura ao orar, revelavam a presença do amor de Deus, indicavam que aquele homem estava totalment~ imerso na CM 376
vida plena que o Senhor traz para aqueles que o escolhem como prioridade em suas vidas. Será que nós, podemos pelo menos, ser uma centelha dessa presença no ambiente em que vivemos? Tivemos várias palestras, das quais destacamos: padre Silvio, SCE do Setor de Assis, falou sobre os "Sacramentos" e "Compromisso do Cristão"; Irmã Florinda, sobre "O Plano de Deus - História da Salvação", "Espiritualidade Cristã" e "Exigências da Fé Cristã"; Irmã Norma, CE de Equipe de Assis, discorreu sobre as implicações que o Sacramento do Matrimônio traz para a vida do casal. O que ficou de concreto para todos nós foi que ser cristão hoje, ano de 2'002, é um desafio, assim como o foi no inicio do cristianismo. Mas, que todos nós podemos vencer esse desafio porque viver é o maior desafio e, se Deus nos chamou a viver o Sacramento do Matrimônio, Ele vai nos dar a coragem e a força necessária para bem vivê-lo.
Maria Teresa e Odir CR Região SP - Oeste I 21
MUTIRAO Desafio e Graça Partindo da verdade incontestável de que cada um é possuidor de dons dados por Deus e de que todos temos muito para ensinar e muito mais ainda para aprender, é que realizamos, aqui no sertão central do Ceará, o nosso primeiro Mutirão. Espelhados no programa sugerido pela Equipe Regional e tendo presente as nossas necessidades locais, montamos e distribuímos as tarefas planejadas. Nossa preocupação inicial foi fazer com que todos os casais dessem sua contribuição, o seu ponto de vista, a sua forma de compreender cada tema sugerido. Então colocamos sob a responsabilidade das seis equipes, os temas a serem abordados, dando-lhes a liberdade de usarem cada uma a sua criatividade na hora de expor as suas idéias, recomendando-lhes o cuidado para que nenhuma equipe tomasse conhecimento do assunto da outra antes da hora oportuna. E, qual não foi a nossa alegria ao nos depararmos com tanta riqueza de expressão, descobertas, dinâmicas ... Temas já tão conhecidos como: Reunião de Equipe, Pontos Concretos de Esforço, e outros, colocados com uma nova cor, um novo 22
ardor, um outro olhar. Lançaram mão de tudo: teatro, desenhos, debates, paródias, tira-dúvidas, testemunhos. Tudo isso ricamente fundamentado nas liturgias e na celebração da Santa Eucaristia, com uma assistência toda especial do SCE da nossa Coordenação, padre José M. Loiola. Dessa experiência tira-se a lição de que, nada se repete, cada momento da nossa vida é uma linha a mais que escrevemos no livro da nossa história. Assuntos que julgamos conhecidos, nem sempre os temos bem resolvidos na nossa cabeça. Por isso devemos sim, estar sempre dispostos a ouvir e refletir, analisar as diferenças, da forma de ver do outro. Quem sabe ele não descobriu algo sobre um assunto que eu, na minha auto-suficiência, pensei ser um "doutor"?
Socorrinha e Marcélio CR Coordenação Quixadá/ Banabuiú, CE CM 376
Setor Três Corações O Mutirão do Setor de Três Corações aconteceu no dia 4 de agosto, na Escola Estadual Godofredo Rangel, contando com a presença de 38 casais e 1 viúva. O Mutirão é a oportunidade que temos para nos aperfeiçoarmos nas coisas do Movimento, adquirindo um ânimo maior para a nossa caminhada como equipista. Além dos momentos litúrgicos, destacamos as palestras: • Alegria do Serviço nas Equipes de Nossa Senhora • Adultos em Cristo e Responsabilidade do Cristão • Dramatização sobre "Como não deve ser uma Reunião de Equipe" (casais das equipes 1, 2, 4 e 10) e uma Reunião de Interequipes. Os trabalhos em grupo abordaram os temas: "O Espírito e a Organização das Equipes de Nossa Senhora", "A Missão", "O que é uma Equipe de Nossa Senhora". Nós acreditamos que este Mutirão tenha sido muito proveitoso para todos os participantes e esperamos que vivenciem cada vez mais o que o Movimento pede.
lsis e Ronaldo CRS - Três Corações, MG
••• Região Rio 111 No dia 28 de julho de 2002, nas dependências da Igreja Nossa Senhora das Graças, em Realengo, os CM 376
setores B, C e D, da Região Rio III, realizaram em conjunto, o Mutirão, que se iniciou com a missa celebrada pelo SCE da Região, padre Nelson Dendena, que na homilia falou sobre a importância do Mutirão, na vida do casal Equipista. Padre Nelson também falou sobre o "Casal Cristão" e ainda esclareceu as dúvidas dos participantes sobre os mais variados assuntos. As palestras foram sobre a unidade do Movimento, proferida pelo atual Casal Provincial Josefina e Roque e a palestra sobre os Pontos Concretos de Esforço pelo casal Regina e Cleber. Notamos um grande número de casais jovens, que levaram seus filhos ao Mutirão. Tal fato não prejudicou a participação; foi contagiante o exemplo de disponibilidade e amor ao Movimento que estes casais nos proporcionaram. Tivemos a oportunidade de flagrar duas crianças já cansadas, dormindo, enquanto na hora do almoço a jovem equipista alimentava seu filho.
]anele e Jorge CR Região Rio III 23
Novas Equipes
Equipe 40B -Nossa Senhora das Vitórias -Brasília, DF Bodas de Ouro
No dia 5 de junho de 2002. Ivone e Osvaldo Alves Pereira. da Eq. 9- N. Sra. dos Navegantes, comemoraram suas Bodas de Ouro, com uma bonita missa. celebrada na Igreja da Sagrada Família, em Três Corações, MG.
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Setor de Guaratinguetá, SP Nossa Senhora da Visitação Nossa Senhora Desatadora de Nós Nossa Senhora da Piedade Setor Santa Luzia, PB Eq. 4 - N. Sra. do Bom Parto Eq. 5 - N. Sra. Rainha da Paz Eq. 6- N. Sra. do Desteno Eq. 7- N. Sra. Aparecida Eq. 8- N. Sra. da Guia- Eq. Distante - Várzea, PB Eq. 9- N. Sra. de Guadalupe
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Jubi1eu de Ordenação Presbitera1 Dom Paulo Mascarenhas Roxo, bispo diocesano de Mogi das Cruzes, celebrou 50 anos de ordenação sacerdotal com uma missa de ação de graças no dia 25 de agosto, às 15 horas, no Clube Náutico de Mogi das Cruzes, SP. Dom Paulo, assumiu a Diocese há 13 anos. A celebração dos seus 50 anos encerra o ano vocacional diocesano que teve como tema: "Vocações e Ministérios construindo comunidades". Ele é Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe 06 - Nossa Senhora de Lourdes, Dom Paulo Mascarenhas Roxo nasceu em São Geraldo, MG, em 12 de junho de 1928, e residiu, desde os primeiros anos, no bairro do Brás, em São Paulo. No dia 20 de agosto de 1952, recebeu a ordenação presbiteral, em Pirapora do Bom Jesus, pela imposição das mãos de Dom Paulo Rolirn Loureiro, então bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Foi sagrado bispo em cerimônia realizada no ginásio de esportes "Dr. Neves" em Jaú, a 28 de janeiro de 1990, por Dom Cario Fumo, arcebispo titular de Abari e Núncio Apostólico no Brasil.
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Completará 50 anos de ordenação presbiteral, no dia 5 de outubro de 2002, o padre Guido Ceotto (foto à direita), SCE da Coordenação de Vitória. Ele também é SCE das Equipes 1 e 2 de Vitória. Ao nosso querido padre Guido, nossa gratidão pelo esforço dispensado às Equipes de Nossa Senhora. Um abraço dos equipistas de Vitória e Serra, ES.
No dia 29 de junho de 2002, o nosso SCE padre Cesarino Pietra completou 40 anos de sacerdócio, sendo que há mais de 25 anos está participando como SCE das Equipes de Nossa Senhora. Ele começou nas Equipes de José Bonifácio, SP e atualmente é SCE do Setor E de São José do Rio Preto e das Equipes 10, 11, 14, 15 e 19. Na foto, padre Cesarino com casais da Equipe 11.
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Ordenação Presbiteral No dia 20 de julho de 2002, na Igreja de N. Sra. do Perpétuo Socorro, em São Luís, MA, recebeu a ordenação presbiteral, o frei Eduardo Luís Queiroz, OFMCap. Frei Eduardo é SCE das Equipes 14C e 20D, de Manaus, onde tem prestado um excelente trabalho de acompanhamento e orientação dos casais e familiares.
••• No dia 17 de agosto de 2002, em celebração realizada na Igreja Matriz São José, em Itamonte, MG, o diácono Sérgio Roberto Monteiro, foi ordenado presbítero, pela imposição das mãos de Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, bispo diocesano de Campanha, MG. Padre Sérgio é Conselheiro Espiritual da Equipe N. Sra. dos Navegantes, em Três Corações, MG
••• No dia 24 de agosto de 2002, na Catedral de São João Batista, em Friburgo, assistimos a uma cerimônia linda, de Ordenação Presbiteral do nosso Frei Oswaldo Senna da Rocha Alves, Conselheiro Espiritual da Equipe 4 - N. Sra. dos Anjos. Naquele instante agradecemos à Deus e a Nossa Senhora porestarmos vivendo junto com o nosso Conselheiro e seus amigos, um dos dias mais felizes de sua vida. Pedimos a Deus e em especial à Nossa Senhora que abençoe Frei Oswaldo nesta sua nova caminhada e que continue sempre conosco, nos dando seu apoio, seu carinho e, principalmente levando à equipe a palavra de Deus.
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OS VALORES DO TERÇO 1. É uma oração bíblica: O Pai-nosso é a oração que Jesus nos ensinou. A Ave-Maria, na primeira parte, é a saudação que lemos no Evangelho àquela que seria escolhida para ser a mãe de Deus (Lc 1,28-42). O Terço repete as palavras do Evangelho. Quando o rezamos, realizamos a profecia de Maria no Magnificat: "Todas as gerações me chamarão bendita" (Lc 1,48). 2. Cristo está no centro do terço: O mais importante não é prestar atenção nas palavras. Elas apenas ajudam a mente a concentrar-se nos momentos da vida de Cristo. Nasce, cresce, anuncia o Reino. Realiza a vontade do Pai. Sofre a Paixão. Vence a morte. Vive. São os mistérios da vida de Jesus. 3. Rezar com a Igreja: Rezar o terço é estar sintonizado com a oração de toda a Igreja. Não é uma oração individualista. Não é alienante. O terço faz a gente se sentir Igreja. 4. Maravilhosa terapia: Se você vive cansado, se você está com insônia, se procura auxílio nos calmantes, tente rezar o terço. O terço descontrai, gera autoconfiança, acalma as tensões. O terço é fonte de bênçãos e de graças. Tente e você mesmo descobrirá! 5. Simples e profundo: Até as crianças podem rezar o terço e colher seus frutos . É uma oração simples. Parece que surgiu no meio do povo mais humilde. Mas, mesmo os grandes místicos perceberam nesta oração uma fonte inesgotável de benefícios espirituais. 6. Escola de oração: Precisamos aprender a rezar. Conheço muitas pessoas que não sabiam como se achegar a Deus. O terço foi uma verdadeira escola. 7. Atual: Cada dia se fala de meditação. Nosso mundo agitado está começando a dar sinais de cansaço. Cresce o interesse pelos métodos orientais de oração. O terço é de inspiração oriental. E é cristão. 8. Oração libertadora: O terço liberta porque nos põe em íntimo diálogo com o Libertador. Maria canta: "Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes" (Lc 1,52.53). Entre um mistério e outro repetimos: "Jesus, socorrei principalmente os que mais precisarem". 9. Popular: Na cidade ou no campo, todos têm uma simpatia especial pelo terço. Não é a oração oficial da Igreja. Nem podemos sub tituir um culto (celebração da Palavra) pelo terço. Mas sempre foi rezado por toda a Igreja, que encontra nele uma maneira prática de estar com Deus. 10. Oração cinematográfica: Enquanto repetimos as palavras, a imaginação vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo. Este modo de rezar é conhecido por "contemplação".
Texto de autoria do Pe. Joãozinho, SCJ Colaboração: Janderson (da Christiane), Eq. 48A- Brasaia, DF CM 376
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O GOSTO AlEGRE DE SE AMAR Num casal, unido pelo dom sagrado do Espírito, no sacramento do Matrimónio, deve estar sempre presente o gosto de se amarem mutuamente, num crescendo que prepara a plenitude do amor na eternidade. O casal sabe que, pelo matrimónio, constitui uma igreja doméstica e que deve ter o gosto de viver o melhor possível a "comunhão trinitária". Aliás, sendo o único sacramento em que o "ministro" é cada um dos noivos, que se tomam marido e mulher, assumem em plenitude o sacerdócio comum dos fiéis e exercem-no em dom e graça, com a dignidade própria de "ministros" do sacramento. Este amor, vai se concretizando, em muitas circunstâncias, mas um dos momentos mais felizes é aquele tempo especial de diálogo, aquilo a que nas Equipes se chama o "Dever de Sentar-se", que é, deve ser e deveria ser chamado o "gosto alegre de se amar", pois promove, corrige e ajuda a desenvolver talentos e qualidades. Quem se ama, corrige-se, promove o outro, faz com que o outro viva mais feliz e alegre. Naquilo a que chamamos dever de sentar-se, deve, segundo a minha opinião, haver alguns passos para que se realize o bem que se deseja: o crescimento do casal no seu amor mútuo e na sua relação com Deus; o crescimento humano e espiritual, o crescimento da vida em casal e da qualidade da vida da família etc. Por isso, gosto mais de dizer: o gosto alegre de se amar, 28
de ajudar a crescer no amor, de promover a vida em casal: 1. Começar esse tempo "sagrado" de diálogo, de escuta, de ajuda, com a certeza de fé, de que Jesus está ali presente, no meio dos dois. Afinal, são sempre três: Jesus, o marido e a esposa. Três, como trindade, que quer viver o melhor, e vivenciar mais e mais a comunhão. Partir deste princípio de fé, deste ensinamento evangélico (Mt 18, 20), é começar bem, começar com um instante de pausa, dizendo-se um ao outro: "Jesus está aqui, no meio de nós, como estava caminhando com os dois discípulos de Emaús ". Ele presente, com a sua graça, luz, paz, amor, força, é que dará a este tempo "santo" de ajuda mútua, um novo dinamismo. Trata-se de um diálogo de dois cristãos, unidos pelo matrimónio, trata-se, pois, de um diálogo na fé, da comunhão com Ele, sempre presente. Ter e viver esta consciência dará ao Dever de Sentar-se, uma dimensão absolutamente nova, diferente, evangélica. 2. Outra atitude indispensável ou, pelo menos, de uma riqueza muito grande, será atualizar a certeza que o outro, marido ou esposa, é Jesus Cristo, vivo. Além de ser "minha mulher", ela é Jesus. Além de ser "meu marido", ele é Jesus. Descobrir a pessoa de CM 376
Jesus em cada um, o rosto de Cristo em cada um, dará um sentido novo, uma dimensão ainda mais bela ao Dever de Sentarse. Vocês podem e devem declará-lo com fé e consciência cristã: "Você é Jesus. O que vou dizer, o que vou escutar, o que vou realçar como virtude ou corrigir como defeito, é com esta certeza de fé: é a Jesus que o digo, é a Jesus com quem falo. O bem ou o mal é a Ele que o faço ou que o digo" (cf Mt 25, 40)." Essa atitude interior, a vivência dessa certeza de fé, dará um conteúdo novo a tudo o que se vai dizer ou escutar. 3. Como é evidente, é bom formular uma oração, pequena que seja, talvez partilhada pelos dois, dita primeiro por um depois pelo outro, uma oração que nasce do coração naquele momento, que expressa os sentimentos que já existem no coração de cada um. Insisto na oração espontânea, improvisada, para não se cair na rotina de uma fórmula que se repete sempre e é dita sempre da mesma maneira e com as mesmas palavras. O sopro do Espírito Santo dará novidade à oração, fará dela um pequeno momento de graça, para que se atualize mais uma vez a comunhão trinitária, a presença atuante de Jesus. É tão importante rezar em casal, colocar em comum, em voz alta, o segredo da oração de cada um, inspirada pelo Espírito de Deus que está no coração, e que é mestre interior. CM 376
4. Depois, só depois desta pequena "liturgia introdutória", em que o casal exerceu a sua função de igreja doméstica, é que se deve começar a falar, a partilhar. Penso que é bom, talvez mesmo necessário, começar pelo positivo, por dizer o bem, as coisas boas, os êxitos de um e de outro. Realçar a riqueza do quotidiano, a riqueza e o talento descobertos no outro, o esforço que se sentiu, o carinho que se recebeu, a vida partilhada. Há mais coisas boas que más, há mais positivo que negativo. É importante que os olhos da alma e do coração descubram o positivo que o outro fez e, sobretudo, o positivo que o outro é. Temos ten-
Você é Jesus. O que vou dizer, o que vou escutar, o que vou realçar como virtude ou corrigir como defeito, é com esta certeza de fé: é a Jesus que o diqo, é a Jesus com quem falo. O bem ou o mal é a Ele que o faço ou que o diqo. (cf Mt 25, 40) 29
dência (de onde virá ela? ... ) de nos fixarmos mais no negativo, no que feriu, no que não foi bom. Começar por aí pode ferir, pode fazer sair as palavras com azedume. O positivo, que é ação do amor, é sempre o mais belo e o que deve ser dito e dialogado primeiro, com tempo, com paz, com amor. Olhos nos olhos, com Jesus no meio, dizer quanto se ama o bem e o bom que há no outro, pois no quotidiano nem sempre dizemos, nem sempre nos damos conta da riqueza que o outro tem ou é. 5. Depois, parece-me mesmo que só depois, se deve dialogar sobre o que foi menos bom, algo menos positivo, algo que feriu ou magoou, algo que surpreendeu, que não se esperava, pois o amor deseja sempre mais e melhor. Mas ... (é tão importante!) só corrige bem, quem corrige por amor e com amor. Se falo alguma coisa porque estou ferido, magoado, sai pedrada certeira, sai flecha que vai ferir. Se falo sobre o negativo com amor, com carinho, buscando palavras que não firam, então o outro sente que é amado, que aquela correção é feita por amor. E só o amor ajuda a crescer, ajuda a caminhar, ajuda a corrigir. Se é para atirar pedra, então é melhor ficar calado e não dizer, pois vai ferir ainda mais. É o amor que tenho ao outro que me deve levar a dizer aquele aspecto negativo, aquele defeito, aquela ação ou palavra menos boa que ele fez ou disse, para que ele cresça no 30
amor. É evidente que, quer nos aspectos positivos, quer nos negativos estarão também em causa os filhos, os familiares, o tempo gasto com a farru1ia, e tantos outros aspectos, mesmo que às vezes sejam pequenos e não pareçam tão importantes. Algo que nasce do amor e que levará acrescer no amor, é a capacidade de receber as colocações do outro com humildade, tanto no aspecto positivo, para não se ficar vaidoso, como no negativo, para não se ficar ferido ou amuado. Humildade que é a verdade, humildade que aceita o outro com amor e tudo que se vive em comunhão no dever de sentar-se. O amor gera sempre mais unidade e mais comunhão. Se há amor sincero, a humildade, a simplicidade é como que uma flor que vai embelezar a vida do casal, que vai ajudar a sair do dever de sentar-se com mais força, com outro ânimo, com outra consolação, com outro desejo de crescer, de mudar, de ser diferente, de ser melhor. 6. Não terminar este tempo "santo" de comunhão e de diálogo, sem uma avaliação, pequena que seja, para cada um dizer como se sente, como viveu este momento, como lhe parece que correu, com que disposições vai sair dele, que pequeno ou grande compromisso vai levar para a vida. Um compromisso em casal também pode ser o fruto deste tempo de graça, feito com paz e amor, com tempo e disponibilidade interior, com enCM 376
canto para não deixar nunca arrefecer o dom do amor. Algo que solidifique ainda mais a comunhão, a unidade, a fidelidade, o amor vivido em comum. 7. Terminar com uma oração de ação de graças, também partilhada pelos dois, colocando em comum o que sentem para dizer a Deus Pai, o obrigado sincero pelo dom, pela graça deste tempo de partilha e de diálogo. Penso que, uma vez ou outra, seria excelente, tomar o texto do ritual do matrimônio e repetir o compromisso, a fórmula do consentimento, com aquelas palavras ou com outras, para renovarem o dom neles feito pela ação do Espírito Santo. É um modo de atualizar o momento sagrado do matrirnônio e de o renovar com um coração alegre e purificado. Também seria bom, pelo menos uma vez ou outra, colocar na palma da mão do outro a sua própria aliança, e cada um voltar a repetir o gesto do ritual do matrimônio, dizendo "recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém". Também pode ser muito frutuoso que este gesto de voltar a colocar a aliança no dedo do outro seja acompanhado com palavras que brotem do coração, da tal novidade de Deus naquele momento. De fato é o gosto de se amarem, de crescerem no amor e na fidelidade, de alicerçarem, a cada dia, o deCM 376
Olhos nos olhos, com Jesus no meio, dizer quanto se ama o bem e o bom que há no outro, pois no quotidiano nem sempre dizemos, nem sempre nos damos conta da riqueza que o outro tem ou é. sejo de um maior amor, que fará deste "dever" do casal das Equipes, um "quase sacramento" renovado, atualizado, celebrado com um ritmo e uma periodicidade, que ajudem a ser igreja doméstica, a atualizar o dom do matrimônio. E este momento é de tal modo dom e graça, momento santo, que nunca deveria faltar na vida de um casal que pertence às Equipes. Daqui nascerá uma farru1ia cada vez mais renovada e alicerçada no amor. Se muitas, infelizmente, nem · sempre andam bem, tal vez uma das causas principais seja a falta de não levar a sério o gosto de se amarem, fazendo o dever de sentar-se. É que o amor precisa ser alimentado. Esta é uma das formas. Outra é, sem dúvida, a oração em farru1ia.
Padre Dário Pedroso, S.]. da Carta Mensal de Portugal out/dez/2001 31
OSACRAME}\JTO DO MATRlMONlO
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Através dos séculos o matrimônio não foi objeto de muita devoção por parte dos teólogos. O casamento, para ser reconhecido como um dos sete sacramentos, teve que enfrentar uma discussão tão grande que durou 1500 anos. No século ll, logo depois da morte do último dos apóstolos, nossos ancestrais na fé se casavam da mesma forma que se casavam os pagãos, sem qualquer tipo de cerimônia religiosa. Serve como prova uma célebre carta, escrita lá pelo ano 150 e enviada provavelmente ao imperador Adriano, interessado em conhecer o cristianismo. Ali se lê numa passagem: "os cristãos não se distinguem dos outros homens nem pelo país, nem pela linguagem, nem pelos costumes: casam-se como todos os outros". Os primeiros cristãos casavamse apenas no civil. Não necessitavam ir ao templo para contrair núpcias. Submetiam-se apenas ao que prescrevia a legislação vigente no Império Romano. No século IV, o cristão, para as núpcias, precisava da autmização do bispo. Não se discutia se devia usar este ou aquele rito litúrgico porque as núpcias continuavam sendo realizadas no cartório. No século VII aparece um rito que estava ligado ao matrimônio. Este pioneirismo cabe a um famoso Bispo da Espanha, Santo Isidoro de Sevilha (556-636). Foi ele que deu 32
o primeiro passo para a liturgia matrimonial. Santo Isidoro começou por introduzir, na sua comunidade, uma "benedictionem thalami" que era uma "bênção do leito nupcial". De Isidoro de Sevilha em diante passaram-se cerca de 400 anos até que, pelo século XI, teve início uma acirrada disputa: na realização da cerimônia matrimonial era necessária a presença do clero para que o casamento tivesse sentido cristão! Passou-se todo um milênio depois de Cristo para os cristãos darem início a um debate com o fito de saber, como dizemos até hoje, se o casamento religioso era necessário ou bastava o civil. Os teólogos se deram conta que uma outra questão estava por trás da necessidade ou não do casamento religioso: será que o matrimônio é um sacramento? A disputa pegou fogo sem que os entendidos em teologia chegassem a um acordo. Finalmente, já no século XIII, graças aos argumentos lançados por dois frades dominicanos, Santo Alberto Magno e seu discípulo Tomás de Aquino, aos quais se juntou o franciscano São Boaventura, o Concílio de Florença (1442) , proclamou a sacramentalidade do matrimônio. Um século depois o Concílio de Trento (1545-1563), encerrou adiscussão colocando o casamento na lista dos sete sacramentos admitidos pela Igreja. Mas, a união sacraCM 376
mental do homem com a mulher não foi acolhida, nos meios eclesiásticos, com muito entusiasmo e apreço. O próprio Santo Tomás dizia: "O matrimónio é o último sacramento, porque possui um mínimo de espiritualidade". Invocava o fato do "homem tornar-se bestial na cópula porque não consegue moderar com a sua razão o prazer do coito e a força da concupiscência". É de justiça, porém, dizer, que em outras passagens, o Aquinatense dei-
xou lições. A respeito, por exemplo, aos três fins do casamento proposto por Agostinho; o grande teólogo não tem dúvida em dizer: "o sacramento, no que toca à sua dignidade, é a realidade mais importante em confronto com os outros dois fins, a prole e a fidelidade".
Pe. Mauro Ziati SCE - Setor José Bonifácio, SP (do jornal "Mensageira" José Bonifácio)
1V1ATRlMÔNlO RESPONSÁVEl Recentemente, ao passar numa banca de jornais, a manchete de uma revista semanal de circulação nacional chamou-me a atenção: 34% das famOias brasileiras de classe média permitem que os(as) filhos(as) adolescentes tenham relações sexuais com suas( seus) namoradas( os) em sua própria casa, alegando que, dessa forma, pelo menos, os filhos não ficam expostos à violência das grandes cidades. Alguns pais até presenteiam seus filhos com camas de casal, para dar mais conforto aos namorados. Será que esta atitude pode mesmo ser considerada uma evolução comportamental? Ou é um grande comodismo dos pais, que, diante da forte influência da mídia, acabaram por desistir de ensinar os valores básicos para a constituição de uma família? Muita gente instruída e inteligente, grandes estudiosos da História da Humanidade, inclusive alguns que nem levam em conta a doutrina caCM 376
tólica, ao estudar o problema, têm afirmado exaustivamente que a farru1ia é a base de uma sociedade harmoniosa. Mas essas pessoas, como o Papa João Paulo II, têm pouco espaço nos meios de cqmunicação social para exporem suas opiniões. Esse tipo de reportagem, cada vez mais comum nas revistas e jornais, é grande chamariz para alavancar as vendas. Infelizmente, o povo brasileiro não e tá acostumado a analisar criticamente as propostas despejadas diariamente na imprensa e acaba aceitando passivamente os modismos que lhe são impostos, sendo que a grande maioria deles não contribui em nada para o engrandecimento das pessoas, seja individual ou coletivamente. Mas nós, católico , não podemos nos deixar influenciar por este tipo de ideologia. A proposta apresentada por Deus na Bíblia é que o homem e a mulher se unam para for33
mar uma só carne (Gn 2, 24), proposta esta que Jesus confirma em sua pregação (Mt 19, 5-6; Me 10, 8-9). A conquista da felicidade no casamento passa por uma fase de namoro consciente, em que cada um dos namorados busque conhecer ao máximo o outro, através do diálogo sincero, da atitude de apresentar-se sem nenhuma máscara, de modo a dar oportunidade total de conhecimento das virtudes e dos defeitos que cada um possui. É claro que não se pode esperar conhecer totalmente alguém somente durante o namoro, mas é fundamental que esse tempo precioso seja bem aproveitado para o conhecimento mútuo. É nesse tempo que assuntos importantes da vida futura, em casal, como fidelidade, religião, vida em comunidade e outros, devem ser amplamente debatidos. Às vezes, certas diferenças podem até levar ao rompimento do namoro, que, certamente, é uma decisão bastante difícil, mas muito menos complicada do que um casamento infeliz. O casamento não pode ser pensado como um simples contrato, que, conforme os interesses, venha a ser desfeito a qualquer momento. O matrimónio é sacramento indissolúvel, a serviço do amor, a serviço da felicidade e a serviço da santidade dos cônjuges. As palavras proferidas pelos noivos ao celebrarem seu matrimónio, quando prometem amor e fidelidade um ao outro, tanto nos momentos felizes quanto nos momentos difíceis, têm significado profundo e, não podemos nos iludir, trazem grande responsabilida34
de, pois nem sempre tais promessas são fáceis de cumprir. O homem e a mulher são seres criados por Deus, à sua imagem e semelhança (Gn 1, 26-27), que, ao se unirem pelo matrimónio, formam uma só carne, um só ser, o casal. Sendo assim, a sexualidade humana, criada e querida por Deus, assume uma função importantíssima na vida do casal, porque, diferentemente dos demais animais, possui uma dimensão humana e divina. É por isso que a sexualidade humana deve ser tratada com grande respeito, à luz do Evangelho. A vida em casal implica em querer o bem um do outro na sua vida pessoal, profissional, na sua paternidade/maternidade; preocupar-se com a felicidade um do outro, inclusive na vida sexual; viver uma vida de doação, que não limita ou oprime os cônjuges, mas leva-os a abriremse à felicidade. É através do testemunho que os casais poderão transmitir para seus filhos todos esses fundamentos sobre o matrimónio. E, assim, eles entenderão que o matrimónio não se constitui apenas de entendimento na vida sexual (que é necessário e importante). Tomemos o cuidado de passar esses conceitos aos jovens, para que eles saibam respeitar seus corpos, que são templos do Espírito Santo (1 Cor 6, 19), e não caiam nas tentações que o mundo apresenta, que podem até dar prazer momentâneo, mas que, no futuro, poderão trazer sérias conseqüências para suas vidas.
Marino (da Rozeli) Equipe 01 - Campo Largo, PR CM 376
VlVER NA ESPERANÇA A esperança é uma das três virtudes mais bela e poderosa da vida do ser humano e é também o ponto de partida em busca da luz que vislumbramos no futuro. A sociedade vem passando por uma série de transformações, seja na economia, nas finanças e principalmente no quadro político, que aos poucos se renova, fruto de um amadurecimento político, onde a Igreja tem trazido através da CNBB, reflexões profundas sobre a participação, o envolvimento e a responsabilidade que cada um de nós cristãos, tem em viver ativamente o nosso lado político no sentido de influenciar a sociedade, ou seja, sermos luz neste campo social da atividade humana, ainda tão obscuro para grande parte da população de nosso país. Neste período em que se aproximam as eleições, a Igreja nos convida a exercer um papel fundamental na transformação da sociedade em que vivemos. O nosso voto, consciente, deve ser dado ao candidato cuja proposta de trabalho mais se aproxime do projeto que vise banir as desigualdades sociais e, que estiver mais comprometido com a implantação de políticas públicas voltadas para a melhor qualidade de vida da população. Ser luz politicamente na sociedade não é acender duas velas, uma para mim, outra também, mas, acender sim, uma vela nova de esCM 376
perança em busca de justiça, da ld:::i·il;il paz e da fraternidade. É acender uma vela nova de esperança capaz de clarear os novos caminhos de uma sociedade ávida por mudanças, capazes de resgatar os valores éticos e morais em busca de uma nova cidadania. Ser sal politicamente é ter a capacidade de levar a comunidade a sentir o gosto de viver a sua cidadania, na esperança de celebrar a vida pela vitória sobre a morte. Ser fermento na sociedade, é ter a plena consciência do cumprimento de um dever patriótico que revele a vontade da maioria que luta na esperança de mudanças estruturais, que possa fazer com que cada um de nós sinta orgulho de viver em uma sociedade justa e fraterna. As equipes de Nossa Senhora estão totalmente comprometidas com o processo de desenvolvimento político e social da nossa sociedade, por isso devemos neste momento assumir a mesma postura de Jesus de Nazaré, Homem/Deus que "falava o que fazia e fazia o que falava", que testemunhava com sua própria vida, pois "vivia o que falava e falava o que vivia". Por isso, nós equipistas, precisamos ser luz para o mundo, sal para dar sabor à vida dos irmãos e fermento na sociedade levando a palavra de Deus a ser reconhecida e vivida por todos, para que todos tenham vida em abundância. 35
Vi ver na esperança é acreditar que tudo podemos, desde que tenhamos coragem de sermos agentes coerentes de mudanças e, imbuídos do espírito de Deus seremos capazes de fazer aqui e agora florescer o reino do amor. Viver na esperança também significa termos coragem de dizer não a esse modelo político que escraviza o povo de Deus, em prol de alguns que visam apenas o seu for-
talecimento no poder. Assim é que, nós cristãos devemos formar uma grande cruzada, onde a nossa melhor arma é a conscientização político-transformadora, o nosso escudo é a paz entre os homens e o nosso lema é a esperança em uma nova sociedade.
Eunice e Lúcio Eq. N. Sra. de Belém Belém, PA -
É SÓ COMEÇAR Em cada comunidade, casais e jovens deveriam se reunir para promover a solidariedade, conscientizando a população da importância do exercício da cidadania plena, começando pela coleta seletiva de lixo e das ações preventivas contra a dengue, entre outras. Reveja seu estilo de vida. Tenha uma atitude condizente com um mundo sustentável e mais justo; pense em como colaborar na vizinhança, na escola, na comunidade. Participe mais de tudo e difunda suas idéias sobre um mundo melhor; convide seus amigos e forme uma equipe de voluntários para desenvolver projetos que beneficiem a comunidade. Adote um idoso que viva sozinho num asilo, visitando-o periodicamente; leia livros e jornais para quem não pode ler; participe na redução do analfabetismo de jovens e adultos que estão fora da faixa escolar. Plante árvores: elas produzem oxigênio e servem de abrigos para as aves; economize energia, água. Prefira equipamentos que não prejudiquem a camada de ozônio; reutilize materiais: recicle o lixo caseiro, use menos o carro, ande mais a pé. Não jogue pilhas e baterias de celular no lixo comum; privilegie produtos de empresas que respeitam o meio ambiente e são socialmente responsáveis; estimule idéias inovadoras, renove sua crença de que tudo vai dar certo. Quanto mais pessoas acreditarem na paz, mais ela será possível. Para mudar é só começar. Faça a sua parte.
Eq. 3 - N. Sra. da Saúde Natal, RN 36
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PADRE DEVE CASAR? A divulgação pela rnídia de ca- da o celibato, também o homem e sos de pedofilia envolvendo sacer- a mulher adúlteros são infiéis em dotes católicos tem levado muitos a . relação ao cônjuge e infiéis a Deus se perguntarem se o padre deve e à Igreja. Homem e mulher unidos pelo casar. Também o jornal dos leigos da Arquidiocese de Porto Alegre, sacramento do Matrimônio são si"Versão Semanal", lançou essa per- nais do amor de Cristo por sua gunta e até uma influente emissora Igreja, isto é, de alguma forma reade televisão resolveu fazer uma en- lizam, constróem este mistério de amor. Sua traição à mulher é uma quete sobre o tema. Concordo com a manifestação traição ao Amor. E o amor entre de muitos, afirmando que o casa- marido e mulher brota do amor de mento ou não dos padres não resol- Deus. A infidelidade, pois, do paveria o problema dos padres pedó- dre e do casado ou da casada é filos. Sem tornar inocentes a estes, equivalente em gravidade. Em amos casos divulgados parecem, mais bos os casos acontece uma traição do que desvio de conduta, desvios à aliança entre Deus e o seu povo. psicológicos, que aconteceriam mes- A nós, porém, não cabe julgar nem mo que o autor fosse casado, quan- cônjuges nem padres infiéis, para do talvez viesse a usar menores da que o Cristo misericordioso possa própria família. Os fatos ocorridos, dizer a cada um deles: "Ninguém se por um lado escandalizam, por te condenou? ... Eu também não outro são um alerta à Igreja para o te condeno" (Cf. Jo 8, 1-11). Quanto a casados poder ou não cuidado na formação e seleção dos ser ordenados sacerdotes, é um asfuturos sacerdotes. Sobre padres que têm "casos" sunto da competência do Espírito com mulheres, quanto a estes, o Santo, que dirige .a Igreja na Histócasamento seria garantia de solu- ria. E quem recebe o dom do Espíção? Penso que a sua fraqueza rito para decidir nesse caso é o também se manifestaria, em ge- Papa em união com o Colégio dos ral, se casados fossem. Acontece Bispos. O ser sacerdote, hoje, está que a mesma opinião pública, ri- condicionado, entre nós, à vocação gorosa em relação aos padres que celibatária. Não é o pequeno ou o não guardam o celibato, é compla- grande número de sacerdotes orcente com a infidelidade conjugal denados que irá santificar a humae até a apoia. Entretanto, pecados nidade, mas a ação de Deus neles de uns e de outros têm gravidade e no seu povo fiel. semelhante, objetivamente. Se o padre é infiel a Deus e à sua coAvelino Gambim (da Graciete) CR Região Rio Grande do Sul I munidade de fé, quando não guarCM 376
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PR1ME1RA ESCOLA "Não consigo convencer meu filho a ir à igreja", exclamou, aflita, uma mãe durante uma reunião. Ele não se conforma, continuou, com as barbaridades que acontecem em Israel. "Como pode Deus permitir isso?" provoca o jovem. São mesmo muitos os questionamentos que jovens, e outras pessoas afastadas da Igreja, levantam para justificar o seu distanciamento. E a perplexidade que provocam nos pais parece diverti-los ainda mais. A sublime e intransferível tarefa do pai e da mãe é preparar os filhos para a vida. A questão crucial é saber definir e mostrar com clareza e convicção o que é viver genuinamente. Uma tarefa muitas vezes inglória e desigual. Inglória, porque os resultados costumam demorar para aparecer. Desigual, porque além de variadas, as propostas e teorias a respeito de uma existência feliz são, na maioria das vezes, apresentadas de uma maneira bastante atraente. Os pais cristãos, é preciso lembrar, levam, neste campo, uma enorme vantagem sobre os demais. Pois, para quem crê, somente em Deus se encontra a fonte da vida e da felicidade. Vive bem, portanto, quem de Deus se aproxima e por Ele se deixa instruir e conduzir. Crer em Deus é deixar-se moldar por Ele. Aos pais, compete não somente anunciar aos filhos este Deus, mas torná-lo presente e vivo, principalmente com o testemunho de sua vida. Eis o fiel da balança, o teste38
munho de uma vida pautada pela fé em Jesus Cristo. Ora, a fé é um contínuo processo de libertação e de amadurecimento. Ela não é uma virtude estática e neutra, parada no tempo e desligada da realidade. Nem é algo meramente sentimental. Pelo contrário, é um processo dinâmico e progressivo. E, no contexto cristão, a fé é um constante aprendizado no amor. Crer em Deus é, necessariamente, um contínuo progredir no amor, pois Deus é amor! Deus existe porque ama, ama sempre, ama plenamente, eternamente. Desta forma fica impossível crer e estar em comunhão com Deus sem que se busque, com afinco, imitar o seu amor, sem limites e sem condicionamentos. A educação no amor fraterno é a lição primeira que os filhos devem receber dos pais que crêem em Deus. Catequese, insistimos, não pode ficar reduzida a um aprendizado teórico e árido de dogmas e de obrigações. É a gradual conversão para os valores evangélicos da comunhão com Deus e da prática do amor e da solidariedade. O fato de um filho desistir de ir, temporariamente, à Igreja não é tão grave quanto se ele se fechar em si mesmo, ocupandose e cuidando apenas de seus próprios interesses. Se o jovem demonstra, na sua conduta, sentimentos legítimos de fraternidade e de solidariedade, os pais podem ficar tranqüilos. Mais cedo ou mais tarde, ele volta às origens. Todo caminho inspirado no amor, na misericórCM 376
dia e na compreensão conduz, terminantemente, a Deus. Os pais são os primeiros e insubstituíveis catequistas nesta escola de fraternidade, mesmo reconhecendo as múltiplas fraquezas e imperfeições inerentes à condição humana. Dos pais não se cobra a perfeição. De pais cristãos se es-
pera que passem para os filhos experiências genuínas de religiosidade, uma busca sincera de Deus e uma convicção de que a felicidade se encontra no cumprimento de seu mandamento do amor fraterno.
Pe. Charles, SCE de 2 equipes Araçatuba, SP
llMlTES O Fundamento de uma Boa Educação Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Os pais têm dificuldades em determinar o que é certo e o que é errado, pois, os costumes mudam tanto, que o que é errado hoje pode tornar-se certo amanhã. Muitos pais, desde que seus filhos são ainda muito pequenos, têm medo de colocar-lhes limites, temendo que eles fiquem de algum modo traumatizados, trazendo um grande sentimento de culpa para os pais. Há um momento na vida, quando o bebê é ainda bem pequeno, que tudo o que ele faz é permitido. Os pais acham bonito tudo o que ele faz. E nem poderia ser diferente, porque nesta idade a criança ainda não tem a mínima noção de limites, e jamais compreenderia o que é um não. Mas, à medida que o bebê cresce, vai compreendendo, aos poucos, o que pode e o que não pode fazer. Ele vai internalizando valores humanos, e começa a saber o que lhe é permitido e o que não é. Inclusive, Spitz, psicanalista americano, em 1992 coloca o "não" como o terceiCM 376
ro organizador do psiquismo, por volta dos 12 meses de idade. É claro que isto acontece somente se a família oferecer condições. Ou seja, se a criança nunca ouvir um não, jamais saberá que não pode fazer alguma coisa, que nem tudo é permitido. E há famllias que realmente se comportam assim. Desde muito pequenas, as crianças podem fazer tudo o que querem, livremente, e mesmo que o que elas façam esteja muito errado, os pais ainda acham bonito. Acreditam que quando elas crescerem descobrirão por si só que há certas atitudes que não convêm. Mas, eles estão equivocados, porque a aquisição de noções de limites deve começar muito cedo. Desde bebê elas já têm condições de compreender o que lhes é permitido. Aos poucos, internalizando estes "nãos" e estes limites, a criança vai observando e descobrindo que algumas coisas não podem ser feitas.
Fernanda Braga Maia, Psicóloga (do jornal "A Voz do Paraná") 39
COISAS PEQUENAS Muitos anos depois que morreu meu avô, perguntei um dia à avó querida: "V ó, de tudo que o vovô fez, do que é que a senhora gostou mais? A casa que ele construiu ou o cordão de ouro que lhe deu no dia das bodas?" Meio surpresa, meio envaidecida, vovó olhou para mim, parou um pouco para pensar e disse: -Nem uma coisa, nem outra, meu neto. Tudo o que ele fez pensando em mim foi bom, mas, o que mais me encantou em teu avô tu nunca viste. Era ele segurar minha mão toda vez que descíamos as escadas, juntos. Ele tinha medo que eu caísse, e ele fazia isso com tanto cuidado e carinho, me dava tanta segurança, eu me sentia tão bem ao seu lado!
Minha avó tinha razão em apreciar as pequenas coisas
na vida do vovô. Delas, certamente,
é feito o qrande
amor de cada dia. 40
Com o tempo, vim a entender melhor a resposta que me deu minha avó. Comecei a perceber que não é, forçosamente, nos grandes gestos que está a maior prova de amor. Ainda que, eu sei, o próprio Jesus tenha dito que "não há prova maior de amor do que dar a vida", como Ele mesmo fez. Cedo pude entender que é nas pequenas coisas que dou a conhecer o que na verdade eu sou. Que sentido tem levar hoje minha mulher ao redor do mundo no navio mais luxuoso do planeta, se em casa mal me apercebo da presença dela? Se no dia a dia não sei elogiar a comida que ela me prepara? Se não sou capaz de pedir-lhe desculpas quando entorno o caldo na toalha da mesa? Num mundo marcado pelo egoísmo e descaso dos homens, chega a encantar-nos o comportamento daqueles e daquelas que ainda prodigalizam atenções, até mesmo com estranhos. Aconteceu comigo. No ano passado precisei ir ao escritório da fornecedora de energia elétrica, para justificar meu direito a um consumo maior, por motivos de ordem médica. Mas, lá chegando, vi uma grande fila de clientes, os bancos todos ocupados e eu sem poder ficar de pé por muito tempo. Tinha acabado de passar por uma cirurgia no hospital. Para Luciene, simpática jovem que atendia o público, não houve dificuldade quando souCM 376
be do meu problema. Prontamente levantou-se da mesa em que trabalhava, apontou para a cadeira que ocupava e me disse: - Por favor, o senhor sente-se aqui. No metrô de que às vezes me sirvo para ir ao centro da cidade, não raro sou testemunha também de pequenas atenções. Elas me convencem de que neste mundo nem tudo está perdido. Existem os bancos reservados aos idosos, os tais da terceira idade. Eu, como já estou na quarta ou quinta idade, fico muito feliz quando entro nele e alguém mais novo me oferece seu lugar. Verdade que nem sempre, mas, acontece. Louvado seja Deus. Até quando se anda de ônibus neste "vale de lágrimas" em que tantas vezes se transforma o munCM 376
do em que vivemos, a gente tem oportunidade de certificar-se do valor das pequenas coisas que enchem nossa existência de alegria e encanto. Um dia, é o motorista que só arranca depois de, pelo espelho, se certificar de que já estou sentado. Outra vez, é o vendedor de bugigangas que entra também para anunciar seu produto, mas, sem esquecer de antes desejar uma boa tarde. Ele precisa disso para viver, mas, pede desculpas por importunar aqueles que gostam de viajar em silêncio. Minha avó tinha razão em apreciar as pequenas coisas na vida do vovô. Delas, certamente, é feito o grande amor de cada dia.
Emanuel (da Dulce) Equipe JOA -Rio de Janeiro 41
Quando dom Murilo anunciou que o Papa João Paulo II nos receberia, na manhã do dia 1o de julho, logo pensamos sobre o que dizer ao Papa, no precioso tempo que teríamos em sua presença. Era início da noite de sábado, 29 de junho. Na majestosa e mística Praça de São Pedro, o Papa acabara de presidir a solenidade de entrega do Pálio a 28 Arcebispos, numa cerimônia que se realiza somente uma vez por ano, na data em que a Igreja reverencia São Pedro e São Paulo. Entre os 28 bispos de várias partes do mundo que receberam o Pálio, símbolo da autoridade sobre a arquidiocese para a qual haviam sido recentemente nomeados, encontravam-se Dom Eusébio Scheid, novo Arcebispo do Rio de Janeiro, e d. Murilo Krieger, novo Arcebispo de Florianópolis. 42
Afinal, o que dizer ao Papa? Na segunda-feira de manhã, lá estávamos, junto com as demais delegações. Assim que o Papa chegou ao Auditório Paulo VI, precedido de um respeitoso silêncio, que ninguém pediu ou sugeriu que se fizesse, as delegações o homenagearam, umas com palmas prolongadas, outras com tocante reverência e outras, ainda, com um canto. Sem que nada tivesse sido combinado ou ensaiado, os brasileiros aplaudiram, reverencia-
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ajoelhamos em sua frente, não tivemos mais dúvidas. De fato, o que dizer, nessa hora, senão: "a sua bênção, Papa querido"? Recebê-la, já indicados, mas dois meses antes de assumirmos a missão de CRR SC I, foi uma graça imerecida, que partilhamos com o nosso Movimento.
ram e cantaram "João de Deus". Após registrar a importância, para a Igreja, das comemorações de São Pedro e São Paulo, e saudar a cada uma das delegações presentes em sua própria língua, apresentados pelos respectivos Arcebispos, o Papa acolheu carinhosamente a cada um dos convidados. Quando nos aproximamos, ainda pensávamos sobre o que dizer ao Papa. Mas, assim que nos
Silvia e Glauco CR Região - SC I • Florianópolis
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A EMOÇAO MAlOR
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É com grande satisfação que recebi o convite que me pedia a participação à Santa Missa do Jubileu de Prata do início do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, em José Bonifácio,SP, marcada para o dia 24 de maio de 2002, na Capela de Santa Teresinha. Aquela celebração foi para mim uma das coisas mais importantes da minha vida. Não quero só me referir à cerimônia litúrgica, que foi perfeita, mas, sobretudo pelas pessoas que estavam perto de mim, demonstrando aquela alegria e amor que eu só pude experimentar depois de muitos anos. Aquela Igreja me parecia um pedaço do céu e aquela assembléia um antecipar das alegrias do paraíso. Os casais que mais me comoveram foram os que comigo, Deus escolheu para lançar a sementinha das ENS em José Bonifácio, SP. Lembro com afeto dos casais Suely e Otávio, Esmênia e Hélio, Esmeralda e Maucyr e tantos outros. Quantos casais! Mais de cem! Muitos casais eu não conseguia reconhecer óu nunca tinha visto. Mas, isso pouco significava, só significava que o Movimento cresceu e tomou-se jovem. Ao voltar para a cidade de São José do Rio Preto eu cantava o hino do velho Simeão, do Evangelho, que dizia: "Agora, Senhor, deixa o teu servo ir em paz... " Agora eu poderia morrer tranqüilo porque vi a coisa mais bonita de minha vida. Obrigado, Casal Responsável de Setor, obrigado padre Mauro, obrigado a todos os casais do Setor de José Bonifácio, pelo convite e pela linda comemoração. Padre CesaritlO Pietra SCE Setor E - S. José do Rio Preto, SP -
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SAlR DAS EQUIPES Estamos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora há cerca de dez anos. Graças a Deus não ficamos um só ano sem assumir uma responsabilidade nas equipes. Isto não é e nunca foi mérito nosso, foi graça do Espírito Santo. Colocamo-nos a disposição do Movimento, esvaziamo-nos de nós mesmos e o Espírito Santo sempre nos acompanhou. Nestes anos, tivemos a oportunidade ímpar de pilotar casais e equipes, e como aprendemos a cada pilotagem! Tivemos o presente de Deus em poder trabalhar sob a orientação do Padre Nino Carta por quase quatro anos, levando o Movimento para Caraguatatuba, e como aqueles casais nos ajudaram acrescer na fé! Assumimos o Setor Jacareí, participamos do Encontro Internacional de Compostela e com estas participações e responsabilidades abrimos o canal de bênçãos. Hoje somos novamente Casal Responsável de Equipe, piloto, participamos da Equipe que promove as Experiências Comunitárias e a Expansão Sustentada do Movimento, em J acareí. Diante de inúmeros casais que se colocam à disposição de Deus e do Movimento, somos um "quase nada" em participação, mas cremos que o nosso sentimento de pertença ao Movimento das ENS é parte de nossa vida de casal cristão. Sabemos que o nosso Movimen44
to não é um fim, mas, um meio de santificação e é o que temos nos esforçado em passar aos casais que estão entrando nas Equipes de Nossa Senhora e também àqueles que há muito tempo participam desta comunidade eclesial tão especial. Porém, nem tudo são flores ... Existem inúmeras dificuldades na caminhada, mas como foi Ele que nos convidou a caminhar, sabemos que Ele atende também às nossas preces diante das dificuldades. Somos servos inúteis. Hoje, talvez com a alegria da entrada de novos casais em diversas equipes e a tristeza da saída de outros casais do Movimento, sentimo-nos inspirados a escrever, não para aqueles que já saíram das ENS (talvez até sim), mas para aqueles que por algum motivo, vez por outra, pensam em sair da sua equipe de base. Quantos testemunhos vimos, nestes dez anos de Movimento, das inúmeras graças recebidas. Todos nós, se fizermos uma retrospectiva fiel da nossa caminhada, sem dúvida reconheceremos as bênçãos de Jesus derramadas sobre nós através do Sacramento do Matrimônio. Já pensaram: quantas vezes a equipe nos ajudou a superar dificuldades? Lembram? Quantos irmãos sorriram com nossas vitórias e choraram, rezaram por nós diante das dificuldades? Ah! Como é bom ter irmãos de equipe! Isto é ótirno! CM 376
"Nós até sentimos que nossos irmãos de equipe são mais nossos irmãos e sabem muito mais sobre nós do que nossos próprios irmãos de sangue ... " Quantas vezes ouvimos isto? E agora ... Diante das dificuldades, sejam do casal ou da caminhada: sair do Movimento? Vocês se lembram da historia do avestruz e do buraco no chão? Quando você pensar em sair do Movimento, pense antes nisso e pergunte a si próprio: Será que não somos um "casal esponja" que se embebeda na equipe? A h ... ! Que bom que Deus nos propicia estas oportunidades ... Mas ficamos só nisto? Será que também, às vezes, não somos um "casal torneira" que ajuda a encher estas esponjas necessitadas? E por que, diante das dificuldades, nesses momentos preocupantes, pensamos em jogar tudo pela janela? Porque nos ofendemos com esta ou outra colocação? Porque não refletir? Jesus passou pelo calvário para ressuscitar... Isto não nos ensinou nada para a nossa vida de equipe? Será que neste momento em que vacilamos na pertença ao Movimen-
Quantos casais que, no verdadeiro momento de ajudar a equipe, olharam somente para os seus umbigos? to, não é o exato momento em que Deus está pedindo a nossa efetiva participação? Quantos casais que, no verdadeiro momento de ajudar a equipe, olharam somente para os seus umbigos? Levando tudo isto em consideração e diante das dificuldades de hoje, que tal olhar para as necessidades daqueles que nos ajudaram tanto a caminhar? O ouro se purifica no cadinho. Se somos instrumentos de Deus, e disto temos a certeza ab oluta, onde está o nosso SIM?
Berenice e Marcos Equipe 5 - ]acareí, SP
Errata I. As legendas das fotos da pg. 16 da CM 374. de agosto/2002, saí-
ram trocadas. A primeira foto é do Mutirão de Vitória. ES c a segunda foto é do Mutirão de Canoas, RS. 2. O nome correto do Casal Responsável do Setor de São Gonçalo é Graças e Elcio, publicado incotTetamente na pg. 19 CM 375. de setembro/2002 CM 376
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A TIGELA DE MADEIRA Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritavam-se com a bagunça. "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho. "Já tivemos suficiente lei te derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão" Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a farru1ia olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou a 46
comida cair ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: - O que você está fazendo? O menino respondeu docemente: -Estou fazendo úma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da farm1ia. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.
Colaboração de Renata e Luiz Equipe 23 - N. Sra. do Belém Ribeirão Preto, SP CM 376
AÁGUlA E O FAlCÃO Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo. - Nós nos amamos ... e vamos nos casar, disse o jovem. - E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho ou um talismã, alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos. Queremos algo que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer? E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse: -Há uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada ... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apena com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte ... e traze-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, continuou o feiticeiro, deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la, trazendoa para mim, viva! Os jovens abraçaram-se com ternura, e Jogo partiram para cumprir a missão recomendada. No dia CM 376
estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois jovens esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos. Viu que eram, verdadeiramente, formosos exemplares ... Perguntou o jovem: - E agora o que faremos? Devemos matá-las e depois bebemos à honra de seu sangue? Ou as cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? propôs a jovem. - Não, disse o feiticeiro; apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro. Quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres. O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros. A águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar. E o velho disse: Jamais esqueçam o que estão vendo ... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro. "Se qui erem que o amor entre vocês perdure, voem juntos ... mas jamais amarrados".
Colaboração de ]unko e Teruo CR Região São Paulo Leste II 47
A BOMBA D'ÁGUA Um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Eis que ele chegou a uma cabana velha, desmoronando, sem janelas, sem teto. Andou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico. Olhando ao redor, viu uma velha bomba d'água, bem enferrujada. Ele se arrastou até a bomba, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás. E notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia: -Meu amigo, você precisa preparar a bomba derramando sobre ela toda água desta garrafa. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir, para o próximo viajante. O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato lá estava a água. A garrafa estava quase cheia! De repente, ele se viu num dilema. Se bebesse aquela água, poderia obreviver. Mas, se despejasse toda aquela água na velha bomba enferrujada, e ela não funcionasse morreria de sede. Que fazer? Despejar a água na velha bomba esperar vir a ter água fresca, fria ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem? Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e co48
meçou a bombear... e a bomba pôsse a ranger e chiar sem fim. E nada aconteceu! A bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água, depois um pequeno fluxo e finalmente, a água jorrou com abundância! Para alívio do homem a bomba velha fez jorrar água fresca e cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota: "Creia-me, funciona. Você precisa dar toda água antes de poder obtê-la de volta". V árias lições preciosas podemos tirar desta história ... Quantas vezes temos medo de iniciar um novo projeto, pois, este demandará um enorme investimento de tempo, recursos, preparo e conhecimento. Quantos ficam parados satisfazendo-se com pequenos resultados, quando poderiam conquistar significativas vitórias. E você? O que falta para despejar esta garrafa d' água que você guarda e está prestes a beber para que possa conseguir água fresca em abundância de uma nova fonte? Pense nisso!
Cida e José Colnago Eq. 2 - N. Sra. Mãe Aparecida Guapiaçu, SP CM 376
Meditando en1 Equipe A Igreja nos convida, neste mês de outubro, a um novo ardor missionário. Nós nos enriquecemos neste ano, com o estudo e a reflexão sobre o "Ser Casal. .. ". Não podemos guardar só para nós tamanho tesouro. Abramos generosamente o coração, a mente e a boca e proclamemos de muitas maneiras essas maravilhas aos casais que estão ao alcance de nosso amor.
Meditemos, após a leitura atenta de Mateus 5, 13-16. Sugestões: O que significa, em nossa prática missionária, ser sal com sabor? Jesus pede: "que as pessoas vejam as vossas boas obras, e louvem o vosso Pai que está nos céus" . Que apelos Jesus está fazendo hoje, para nossa equipe, através desse pedido? Padre Ernani
Oração em Comum "Liturgia das Horas", Vol. IV - pg . 1847 Nossa alegria é saber que um dia, todo esse povo se libertará. Pois, Jesus Cristo é o Senhor do mundo, nossa esperança realizará! Jesus nos manda libertar os pobres, pois, ser cristão é ser libertador! Nascemos livres, pra crescer na vida, não pra ser pobre, nem viver na dor! Vejo no mundo tanta coisa errada, a gente pensa em desanimar. Mas, quem tem fé, sempre está com Cristo, tem esperança e força pra lutar! Não diga nunca, que Deus é culpado, quando a vida o sofrimento vem! Vamos lutar que o sofrimento passa, pois, Jesus Cristo já sofreu, também! Libertação se encontra no trabalho, mas, há dois modos de se trabalhar. Há quem trabalha, escravo do dinheiro, há quem procura o mundo melhorar! E, pouco a pouco, o tempo vai passando, a gente espera a libertação. Se a gente luta, ela vem chegando, se a gente espera , ela não chega não!
SUPER-REGIÃO BRASIL Casa1s Cons Esp . Equ•tmtas
Norte Nordeste Centro-Oeste Leste Su l I Sul li Sul III Total
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10 44 19 39 41 32 33
102 343 215 409 502 378 328
642 2100 1413 2534 2912 2173 1762
71 213 175 256 350 203 232
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218
2277
13536
1500
Dados de 30 de junho de 2002
EQUIPES DE NOSSA SENHORA Mov1mento de Casa1s por uma Esp1r tuahdade Con) .. gal
R Lws Coelho, 308 • 5" andar • c, '>3 cep 01309 000 Sao PaLJio - SP Fone: (Oxx11) 32561212 • Fax. (Oxx11) 3257 599 E mail secreta nado a ens org.b • carta mensal ens org br Home page www ens org.br