EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°386 • Novembro/ 2003
EDITORIAL Da Carta Mensal .. .. .. .... .. .. ...... ...... .. 01 SUPER-REGIÃO Dom, que Deus Envia, Não se Rejeita ...... ... .... ...... ............. 02 Fervor e Labor ....... ... ... ..... .. .. ....... ... 03 Contribuição do Casal Missionário na Vida da Igreja e na Sociedade .. ... ... .. ..... .... . 04
Brasília, um Pôr-do-Sol Diferente ....................... 27 Um Grande Investimento ........... ... 28 Aos Mestres com Carinho .. ... ........ 28 Vencendo os Obstáculos ... .. .. ..... ... 29 Lindo ou Maravilhoso? .. .. ... .......... . 31
BALANÇO FINANCEIRO - 2002 Demonstrações Financeiras de 2002 ...................... 32
COLEGIADO NACIONAL - 2003 Abertura ... .. ........... .......... ..... ...... ... . 06 Celebrações Eucarísticas ............... 07 Palestras e Flashs ... ...... .. ....... ... ...... 11 Confraternização ... ........ ....... ......... 14 Envio: Mensagem de Silvia e Chico ... ... ......... ...... ....... 1 5
MARIA As Tentações ..... .. .... ... .. .................. 36
VIDA NO MOVIMENTO Balanço Anual ........ .... ....... .......... ... 16 Casal Ligação .. .............. .. .. ... ... .. .. ... 1 7 Sessão de Formação ..... ..... ............ 1 9
PASTORAL FAMILIAR A Boa Nova sobre o Casamento ........................ 41 Família : um Projeto de Deus ......... 42
ENCONTRO DE BRASÍLIA Porque Tanta Ansiedade? ... ..... .. .... 21 Fortalecidos no Amor ............ .... .... 23 Sonho Realizado ......... ... ................ 24 Presença Concreta do Amor de Deus .... ... ........... .... ...... ... . 2 5
ATUALIDADE Finados .. ... .. .... .. .... ......... ... ... ........... 44 Um Convite Especial ........ ... ...... ... .. 45 A Estrela Maria ............ ... ... ... .... ..... 4 7
Wilma e Orlando Soely e Luiz Augusto Lucinda e Marco Registro "Lei de Imprensa" Janete e Nélio n" 2 19.336 livro B de Pe. Ernani J. Angelini 09.10.2002 (Conselheiro Espiritual)
Editoração Eletrônica, Cartas, colaborações, notícias, Fotolitos e Ilustrações: testemunhos e inwgens devem Nova Bandeira Prod. Ed. ser enviadas para: R. Turiassu. 390- 1 I" andar, Carta Mensal cj. 115- Perdizes- Süo Paulo R. Luis Coelho, 308 Fone: (Oxxll) 3873.1956 5o andar · conj. 53 Foto de Capa: 01309-000 • São Paulo- SP Fone: (Oxx /1) 3256. 1212 JC Salles Fax: (Oxx/1) 3257.3599 Impressão: Gráfica Roma cartamensal@ens.org.br Tiragem desta edição: A/C Cecília e José Carlos 16.300 exemplares
Carta Mensal é wna publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora
Edição: Equipe da Carta Mensal
]orna/i.<ta Responsável: Catherine E. Nadas (nub 19835)
Cecflia e José Ca rlos (re>ponstíveis)
Projeto Gráfico: Alessandra Carignani
REFLEXÃO Se Eu Soubesse ........ ................ ...... 37 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ...... 38
PALAVRA DO LEITOR . .... ... ....... ... 48
Queridos irmãos equipistas: Nossa, minha gente, já estamos no mês de novembro, penúltimo mês do 3° ano do novo século ... E, quando se fala em novembro, pensamos logo no dia de Finados. É um dia que pode provocar muita saudade, mas é também um tempo bom para refletir sobre o que deve ser a morte para o verdadeiro cristão. Como podemos ler na Bíblia: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer." E, como escreveu Rubem Alves, "a morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A reverência pela vida exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir". Lembremo-nos, pois, com carinho, de nossos mortos, agradecidos por tudo o que deles recebemos, pelos bons momentos que partilhamos, pelo exemplo de vida que iluminou nosso caminho. Estamos também em pleno mês de Balanço. Não vamos, desta vez, repetir as coisas de sempre, confessando nossas faltas e as aceitando porque, "infelizmente, assim é a natureza humana". Não nos conformemos com uma vida pacífica e sem sabor. Vamos ter a coragem da renovação, a garra da perseverança, a vontade sincera de crescer, apoiando-nos uns aos outros. Vamos ter a ousadia de, junto com a nossa equipe, dar aquele passo à frente que pode nos levar mais perto do Pai, sem medo da missão especial que Ele tem para seus filhos amados.
Uma coisa que pode nos ajudar muito no preparo do balanço e que vocês não podem perder, é a palavra inspirada do nosso casal responsável da Super-Região, Silvia e Chico, que nos fala desse assunto, resumindo em duas sonoras e significativas palavras o que é preciso para que o nosso balanço seja positivo. Mas, seja qual for a conclusão a que chegarmos, o que importa realmente é não desanimar. Só a fé, a coragem e o entusiasmo podem fazer com que progridamos no caminho da santidade. O Colegiada Nacional esteve reunido nos dias 26 a 28 de setembro. Na Carta temos um resumo dos trabalhos, que pode nos dar uma idéia de como essas reuniões, feitas - - -• num ambiente de amizade e alegria cristã, são produtivas e tão importantes para conservar a unidade e o dinamismo do Movimento. Antes de terminar, gostaríamos de agradecer, de coração ao casal Soely e Luiz Augusto, irmãos queridos que estiveram a serviço do Movimento na equipe da Carta Mensal. Com vocês, vivemos um tempo muito bom de amizade e de trabalho gratificante. Aprendemos muito com o seu talento, generosidade e acolhimento e com o sorriso bom que nos alegrava a todos. Que Deus os abençoe por tudo que fizeram com perseverança e despojamento. Até o próximo mês, gente querida.
A equipe da Carta Mensal
DOM, ,9UE DEUS ENVIA, NAO SE REJEITA
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Numa reunião de Setor, estávamos conversando sobre as reuniões de Equipes Mistas havia pouco realizadas, até com a participação de um Setor vizinho. Na avaliação, o que mais chamava a atenção era a alegria de muitos pela oportunidade de contato com casais que antes conheciam apenas de longe. A descoberta fora tão gratificante que algumas "equipes mistas" tinham até planejado mais alguma reunião extraordinária. Fiquei contente. Mas, ao mesmo tempo, fui para casa com uma pergunta que me incomodava. Se numa "reunião mista" é possível verdadeira e alegre partilha entre casais que antes não tinham nenhuma intimidade entre si, por que há tanta dificuldade em acolher um casal novo na equipe? Pelo menos durante todo este ano foi feito em toda a parte um grande esforço para completar as equipes, de modo que todas tivessem de seis a sete casais. Falou-se disso em todos os níveis, principalmente nos EACREs. Alguma coisa conseguiu-se. Mas, da parte de muitas equipes, com apenas três ou quatro casais, tem havido muita resistência ao acolhimento de novos participantes. Os motivos alegados são geralmente a "antiguidade" dos casais, que teriam dificuldade em conviver com casais mais novos; a intimidade e a confiança entre os casais da equipe que seriam perturbadas pela 2
admissão de gente nova e desconhecida. Além desses motivos alegados, penso que haveria ainda alguns reais: a rotina que já tomou conta da vida da equipe, a cumplicidade que há muito dispensa cobranças e correções fraternas, o esquecimento de uma verdade fundamental para as ENS: a base das equipes é a caridade. Sendo pequena comunidadeIgreja, a equipe não se forma a partir de simpatias, afinidades, amizades, identidades de nível social ou de faixa etária. A equipe é formada pelos casais que o Senhor escolheu e chamou, que ele mantém na unidade e na firme procura comunitária da perfeição cristã através da vivência do sacramento do matrimônio. Sendo assim, cada casal é para os outros dom gratuitamente oferecido por Deus, dom acolhido na fé e na gratidão. Presente, não conquista ou aquisição feita depois de longo e minucioso exame sob critérios meramente naturais . Exatamente por ser dom de Deus, cada novo casal acolhido na equipe trará consigo novo sopro de vida, estímulo (não esqueça: estimular vem de aguilhoar, esporear. .. ) para a renovação, será nova riqueza, nova possibilidade, nova graça de Deus. E quem somos nós para recusar nova graça? Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE da Super-Região CM 386
FERVOR E lABOR Olá, gente amiga! Chegamos ao mês dos balanços: tempo especial para uma retrospectiva da nossa equipe e de nós mesmos dentro dela. A partir daí, projetar o ano vindouro. Focos distintos e interligados: a equipe e nós mesmos, como casal. Talvez sejamos injustos ao dizer que as pessoas são hábeis na análise do primeiro aspecto. É fácil achar falhas na equipe, nos irmãos, nas propostas das ENS. Somos muito pouco críticos conosco mesmos, aliás, muito tolerantes com o nosso modo de viver em equipe. Na reunião de balanço não podeóamos passar sem uma reflexão: como casal, por que estamos na equipe? Favorecemos o seu crescimento? Entramos para receber ou para dar? Nosso balanço terá saldo positivo se as nossas respostas revelarem duas coisas: fervor e labor. Fervor é zelo, dedicação, grande desejo de fazermos a experiência do amor de Deus na vida em comunidade, de buscar a santidade e fazê-la deitar raízes no coração das pessoas, de ansiar que nossa equipe seja um bem para outros casais na Igreja e no mundo. E o labor, que se traduz pelo empenho, pelo esforço continuado. Sem fervor e labor é muito complicado discernir o apelo de De~s para viver mais autenticamente o amor-caridade, que é a alma de toda comunidade cristã. É difícil perceber o espírito que está atrás de toda a disciplina, CM 386
que explica as exigências do amor. Pe. Caffarel advertia-nos que estar reunidos em equipe pelo mero impulso da amizade gostosa e não mais em nome do Senhor é um perigo que nos pode conduzir a um declínio. Há outros perigos: o da rotina, o da satisfação frente ao pouco progresso conseguido, o desacreditar que as coisas podem ser melhores, que as pessoas podem mudar... É preciso ter fervor para purificar as intenções: por que ser equipista, para que ser casal santo? Por sua vez viver o amor-caridade, o mandamento novo (a grande orientação do Movimento), na equipe, no casal, na fallll1ia, não é algo simples de ser conseguido. É uma iniciação feita no trabalho diário, no esforço continuado e sem fim. No balanço é preciso que a verdade nos leve a enfrentar todos estes aspectos e, às vezes, as conclusões podem não ser muito satisfatórias. Não desanimemos! O fervor da nossa fidelidade à inspiração das ENS levar-nos-á a tomar posição de melhoria para o ano vindouro. O compromisso de labor necessário para alcançar esses ideais será sustentado pela graça de Deus, no amor vivenciado em equipe, na entreajuda fraterna, na partilha sem restrições da vida e do coração. Sucesso em seu balanço! Com nosso carinhoso abraço,
Silvia e Chico CR Super-Região Brasil 3
Palavra do Provincial
CONTRlBUlÇÃO, DO CASAL MlSSlONARlO na Vida da lgreja e na Sociedade ':4 ninguém é permitido permanecer i nativo" João Paulo 11
Jesus faz um convite a todos nós: "Ide vós também para a minha vinha" (Mt 20, 3-4). Esta frase, mais do que um convite, pode ser entendida, como: primeiro, um chamado de amor "Vem e segue-me " (Mt 19, 21); segundo, uma exortação de esperança: "Vão e produzam fruto" (Jo 15, 16). Atendendo a esse convite, nós nos colocamos em sentido de prontidão para seguir as pegadas do Filho de Deus, assumindo nosso batismo junto à Igreja e à sociedade, sendo um trabalhador da vinha, "que deve ser transformado segundo o plano de Deus em ordem ao advento definitivo do Reino de Deus" (CFL - Christifideles Laici, 1). Segundo Pio XI, os leigos são destinados pelo Senhor a participar da missão salvífica da "Igreja presente e operosa nos lugares e circunstâncias onde, só por eles, ela pode ser sal da terra " (Lumen Gentium, 33). Assim, é dado aos leigos e, em especial, aos casais das Equipes de Nossa Senhora, a oportunidade de viver um dos aspectos da graça e da dignidade batismal: a participação do tríplice múnus- sacerdotal, profético e régio- de Jesus Cristo. Como Sacerdote , Jesus Cristo 4
nomeia-nos para, seguindo seu testemunho, continuar o serviço na vinha do Pai, isto é, no mundo, mediante o oferecimento de nossas obras, preces, iniciativas apostólicas no lar, "a procriação e a educação querem ser uma oferenda a Deus" (Pe. Caffarel) e fora do lar (na Igreja e na sociedade), trabalho cotidiano, inclusive a oferenda de nossas dificuldades e incômodos que, suportados com paciência, nos tomarão verdadeiras "hóstias espirituais, agradá veis a Deus, por Jesus Cristo" (Lumen Gentium, 87). CM 386
Cristo, o grande Profeta, pede especialmente aos casais, considerando nosso estado de vida, matrimonial e familiar, que faça brilhar a novidade e a força do Evangelho no nosso cotidiano, doméstica e socialmente, com palavras e obras. Pois essa é a nossa vocação; isto é, ser testemunha da fé e do amor de Deus; ser luz onde prevalece a cultura da morte, denunciando corajosamente o mal. Como participantes do Reino em que Jesus é Senhor e Rei, compete-nos colaborar para a implantação da prática da justiça, do amor e da paz. Maria nos diz: "Fazei o que Ele vos disser" (Jo 2, 5). E o que nos diz o Rei? Que amemos e cuidemos dos pequeninos; que sejamos os primeiros a servir e, assim como Ele, tenhamos a coragem de depor nossas vestes, pegar de uma toalha e nos cingir com ela (Jo 13, 4); e que ajudemos a distribuir mais adequadamente os bens entre os homens; afinal, somos todos herdeiros do Reino. Num mundo de ambições desmedidas, de valores cristãos adulterados, de esperanças débeis e anêmicas, de problemas relativos à falta de ética, urge que nos coloquemos em posição de soldados de Cristo no cumprimento desta tríplice missão na vinha para a qual fomos contratados na hora e local onde nos encontrávamos. Deus se manifestou ao mundo através de seu filho Jesus. Hoje, Ele precisa de nós para se fazer presente entre os homens e fazer novas todas as coisas. Precisa de nós, CM 386
casais das Equipes de Nossa Senhora, para enchermos as talhas com a água de nossos talentos a fim de contribuirmos com a realização do seu projeto. Não precisamos ficar em altos muros para anunciar a Boa Nova da Salvação do Plano de Deus. Mas é lá, onde estamos, à maneira de um fermento, no nosso trabalho (imprensa, política, educação, ciência, família etc.), testemunhando uma vivência cristã baseada na justiça, na honestidade humana, na competência, na fidelidade, na retidão profissional, tudo com espírito cristão, espírito de serviço, caridade autêntica e exemplo de vida; e vivendo a coerência entre a fé que professamos e a vida que praticamos, que "colaboraremos no acabamento da criação divina" (CFL, 43). Portanto, "estar no mundo, ser apaixonado pela profissão, abraçar uma causa política" é, no dizer do Papa João Paulo II, "uma realidade, não só antropológica e sociológica, mas também e especificamente teológica e eclesial" (CFL, 15). É a relação intrínseca entre Evangelho e Cultura. É no mundo que nós, casais equipistas, sendo presença, encontraremos o ambiente e o meio de vivenciar plenamente nossa vocação. Pai, sabemos que somos do mundo; não pedimos que nos tire do mundo, mas que nos proteja do mal (adap. de Jo 17, 15).
Cida e Raimundo Casal Responsável Província Nordeste 5
Colegiado Nacional- 26 a 28 de Setembro
ABERTURA "Como é bom e agradável para os irmãos unidos viverem juntos. Pois ali derrama o Senhor a vida e uma bênção eterna." Salmo 132
Foi com grande alegria e com espírito de serviço que o Colegiado Nacional das Equipes de Nossa Senhora, composto pela Equipe da Super-Região, dos Casais Responsáveis Regionais e seus respectivos Sacerdotes Conselheiros Espirituais, reuniu-se no Centro Pastoral Santa Fé, em Perus, SP, no último fim de semana de setembro. Teresinha e Agostinho (jota ao lado), Casal Responsável da Província São Paulo Sul II ficaram incumbidos de fazer a apresentação e a anil ;.;....;....;,o.._. mação do Encontro. Como motivação inicial, foi passado um documentário "O Desabrochar de uma Semente", baseado na música "Planeta Água". A semente tem que morrer para dar vida. A semente explode todo o seu potencial e com isso ela vai modificando o meio, se modificando. É uma
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transformação total. E assim é a nossa caminhada. A gente pode se transformar como a semente. Nem sempre é fácil, encontramos dificuldades, mas aprendemos muito. Transformamos e crescemos juntos e com a ajuda de Deus e a proteção de Nossa Senhora, a nossa missão é lançar novas sementes. Silvia e Chico, Casal Responsável pela Super-Região fez a abertura do Colegiado Nacional dizendo: "Aqui estão reunidas as lideranças do Movimento em todo o Brasil. E não há nada que substitua esse cantata pessoal e direto, que vem ser um fato r de integração e de incentivo para a caminhada das ENS no Brasil. CM 386
O Movimento está plenamente convencido de que suas imensas riquezas e descobertas no campo da espiritualidade conjugal e do matrimónio cristão são um património a ser colocado a serviço de uma nova cultura do amor; do casamento e da famz1ia ".
CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS Nestes Encontros os momentos de celebração ganham importância fundamental para compreendermos o sentido da nossa responsabilidade, esse sentido de entrega alegre e confiante no aconchego de Deus, para que Ele nos conduza. O tema central da liturgia do Colegiada Nacional: "Casal, face alegre da Igreja Doméstica", foi desenvolvido nas três Celebrações Eucarísticas abordando os seguintes aspectos: • "Que o nosso amor seja um louvor a Deus"; • "Casal, sinal da alegria e da hospitalidade"; • "Casal, mensageiro da alegria cristã". No Envio a mensagem foi "Casal, portador da alegria da alvação". A humanidade neCM 386
cessita que nós, "Casais Cristãos, mostremos a face alegre da Igreja doméstica". Nessa liturgia do Envio foi enfatizada uma das características essenciais dos tempos messiânicos: a alegria. Não se trata aqui de um simples sentimento que se acresce a outros, mas, de uma alegria que é a própria fé. A nossa missão é levar a alegria ao mundo que está triste, porque se afastou de Deus.
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Posse dos novos casais regionais (à esq.); Círio Pascal do I Encontro de Brasília (à dir.).
Cerimônia do Envio
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Durante a Celebração Eucarística da sexta-feira tivemos a cerimônia de posse de 13 novos Casais Responsáveis Regionais, sendo que foi criada a pré-Região Santarém e a Região São Paulo-Capital multiplicada, passando a ter a SP Capital I e II.
Marta, Pedro e seu SCE Reg. Amazonas- Prov. Norte
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Registela, Claudionor e seu SCE Pré-Reg. Santarém- Prov. Norte
Mércia, Aguiomar e seu SCE Reg. Centro-Oeste 1- Prov. Centro-Oeste
Marlene, Fernando e seu SCE Reg. Rio I - Prov. leste
Carmen e Antônio Reg. Minas Gerais I- Prov. leste
luzia e Paulo Reg. SP-leste 11- Prov. Sul I
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Virgínia, Marcos e seu SCE Reg. SP-Capitall- Prov. Sul i
Neusa e Manoel Reg. SP-Capitalll- Prov. Sul I
Wilsa e Aloísio Reg . SP- Norte 11- Prov. Sul li
Lisa e lco Reg . SP-Nordeste- Prov. Sul li
Marize e Genaro Reg. SP-Centro IV- Prov. Sul li
Juciane e Vitor Reg. Paraná-Sul- Prov. Sul III
Maria Inês e Vitor Hugo e seu SCE Reg . Rio Grande do Sul li Prov. Sul III
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PALESTRAS E
ILVIA e (HICO ftzeram uma rápida retrospectiva dos últimos 4 anos da caminhada do Movimento no Brasil e, em seguida, comentaram as orientações para o ano de 2004, que mantém a reflexão sobre a missão do casal como fruto da espiritualidade conjugal. PADRE FLÁVIO, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região, falou que, neste Encontro, iniciaríamos o primeiro passo de uma reflexão que deverá se irradiar às Províncias, Regiões, Setores e equipes de todo o Brasil. De uma maneira simples, objetiva e profunda ele nos explicou esse início de retomada de uma reflexão mais sistematizada sobre a Espiritualidade Conjugal. Padre Flávio também coordenou
Padre Tarcísio CM 386
s, que dJsctttirani as diversas maneiras de colaborar com o Movimento. Participaram dessa reunião 21 SCEs.
PADRE TARCÍSIO, SCE da Província Leste, fez uma rápida explanação sobre padre Caffarel, cujo centenário de nascimento comemoramos este ano, abordando os principais aspectos da sua vida e da sua obra. JOSEFINA e ROQUE, CR da Província Leste, juntamente com seus Regionais, prepararam um teatrinho, onde mostraram as várias dificuldades que existem nos setores. Os "atores" desempenharam bem os seus papéis. Na l • reunião de grupo, foram
Josefina e Roque 11
apresentadas questões relativas às dificuldades encontradas nos setores, comentando as que já foram trabalhadas e as que pretendem trabalhar, procurando superá-las. Na 2a reunião os Casais Responsáveis Regionais e os SCE abordaram os vários aspectos do serviço Graça e Encarnação, José Adolfo e Rita, que estão realizando Graça e Roberto junto ao Movimento, partilhando os êxitos obtidos, as diGRAÇA e ROBERTO, CR ficuldades (fracassos), que enfren- Província Sul III, RITA e JOSÉ tam, bem como as suas expectati- ADOLFO, CR da Província Cenvas e aspirações. tro-Oeste e GRAÇA e ENCARNAÇÃO, CR da Província Norte CIDA e RAIMUNDO, CR da deram testemunhos a respeito do Província Nordeste, falaram a chamado à missão. respeito do trabalho elaborado pelo casal equipista de sua ProALTIMIRA e PAULO, CR da víncia, Solange e Pedro, sobre o Província Sul I, falaram das orienacompanhamento de recém-ca- tações sobre o Tema de Estudo, sados, noivos, namorados. É um mostrando a sua importância. Como bom material que poderá ser uti- o Movimento não vai propor um lilizado como instrumento de evan- vro específico para ser trabalhado gelização. como tema em 2004, na próxima Carta Mensal será apresentada uma bibliografia dos livros e documentos que poderão ser estudados.
Altimira e Paulo
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D. NANCY- Tivemos a presença de D. Nancy Moncau, que está desenvolvendo um projeto específico para viúvas, viúvos e pessoas sós. Para dar conhecimento aos participantes do que já foi feito, ela veio acompanhada do casal Cleide e Valentim. Esse grupo, coordenado por D. Nancy e que é composto de CM 386
mais três viúvas e dois casais equipistas está preparando o material que servirá de experiência para encaminhamento desse projeto. D. Nancy pede que os equipistas do Brasil rezem para que esse projeto se tome realidade e que venha ajudar as viúvas, os viúvos e pessoas sós em sua caminhada.
Valentim e Cleide, com D. Nancy
VERA e JOSÉ RENATO, responsáveis pela Secretaria e Tesouraria do Movimento, apresentaram a avaliação do Encontro Nacional de Brasília com base nas fichas de avaliação preenchidas pelos participantes e analisadas pela coordenação de Brasília. Esta avaliação está registrada na Carta Mensal de outubro. Um dos aspectos mais salientados foi o desejo da maioria dos participantes de que sejam realizados novos Encontros. O Colegiada Nacional, conside-
Zé Renato e Vera CM 386
rando o tempo necessário de preparação e também a ocorrência dos Encontros Internacionais, aprovou por unanimidade a proposta de que esses Encontros ocorram a cada 6 anos, proposta que será encaminhada ao novo Casal Responsável da Super-Região que assumirá em agosto de 2004, para que ele com sua equipe possam avaliar as condições para tal realização. Vera e José Renato também teceram comentários sobre a situação financeira do Movimento e deram algumas informações sobre a elaboração dos boletos bancários para o recebimento das contribuições dos equipistas. CECÍLIA e ZÉ CARLOS, responsáveis pela Carta Mensal, falaram da importância desse meio de comunicação na vida do Movimento, pois é um documento que chega até os equipistas e conselheiros, fazendo circular a seiva do Movimento. Também deram algumas orientações sobre a elaboração da Carta Mensal e sobre o envio de material. 13
CONFRATERNlZAÇAO Sábado à noite tivemos a nossa tradicional confraternização, ficando com a Província Norte a responsabilidade da animação. Foram apresentados diversos números musicais, com letras adaptadas das músicas populares e contando com a participação de todas as Províncias. Foi um momento importante para os casais e conselheiros se conhecerem melhor, bem como saborearem algumas guloseimas e frutas características de cada Região.
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ENVIO: MENSAGEM DE SllVlA E CHlCO "Nesta última palavra conservamos dentro do peito a esperança que todos nós, casais e conselheiros, saiamos motivados e cativados. Motivados pela presença enriquecedora do que cada um foi para o outro. Motivados pelo conhecimento partilhado, pela entre-ajuda fraterna, na preparação e execução de nossos trabalhos. Cativados com o projeto de Deus para o casal humano. Cativados pela fidelidade de Deus que nunca nos abandona. Cativados pela esperança de poder vislumbrar a força de Deus vencendo todas as barreiras de um poder que insiste em querer destruir o seu indestrutível Amor. CM 386
Motivados e cativados. Parece que a chave do nosso dinamismo evangelizador está simplesmente na entrega do nosso coração, como nos testemunharam Graça e Roberto. É o coração que o Senhor quer de nós. Um coração aberto para que Ele penetre e preencha os espaços. Um coração generoso que nada retém para si. Portanto, um coração que bate aos acordes do amor do Deus que vem e que por isso é capaz de emitir a mais bela canção da alegria que invade o vazio do coração do mundo. Ao voltarmos para nossas Regiões e Províncias entreguemos nas mãos de Deus os anseios do nosso coração". 15
BALANÇO ANUAl Num mundo ávido do poder, o capitalismo gritante, o Balanço como forma de verificação de Lucros e Perdas tornouse mais que em outros tempos, prioridade imprescindível nas indústrias e comércio. Se cuidamos da vida temporal, porque não cuidamos da vida espiritual? Temos que colocar Deus em nossas vidas e, para isso, temos que priorizar o tempo dele e para Ele. Será que o fazemos realmente? Na vida das Equipes de Nossa Senhora é chegada uma hora de grande importância: o tempo do Balanço. É a oportunidade de rever a caminhada durante o ano.
É necessário que sejamos autênticos ao avaliar nossa vivência e convivência no meio de nossos irmãos equipistas. Não deixemos passar este precioso momento de crescimento pessoal, conjugal e em equipe. O Balanço deve se apoiar no planejamento do ano em curso e ao mesmo tempo oferecer subsídios para o planejamento do ano vindouro. O Balanço das Equipes tem como base o objetivo geral do Movimento. Deve ser um questionamento sobre como cada equipista se comprometeu: como Igreja, na construção do Reino, na vivência do Sacramento do Matrimônio, na busca da verdade, no encontro e comunhão, na vida e na comunidade. Portanto, é preciso acreditar, refletir, favorecer, a abertura do coração, descobrir a vontade de Deus e orar para que Ele faça acontecer em nós maravilhas desejadas pelo próprio Deus.
É preciso que estejamos com o coração aberto e receptivo à ação do Espírito Santo, sendo humilde para receber as fraquezas e limitações. Ser verdadeiro é, por fim, ser corajoso para prosseguir na busca da perfeição e santidade, como o próprio Cristo nos propôs: "Sede perfeitos como o vosso Pai do céu é perfeito!". lva e Dilson Eq. 2- N. Sra. da Piedade Barbacena, MG (do Boletim "ReEncoNtroS"- Região Minas I) 16
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CASAl llGAÇAO Temos vários serviços dentro da responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, e um dos mais importantes para o fortalecimento das equipes é o de Casal Ligação. O Casal Ligação é aquele casal que está sempre disposto a ouvir, escutar, orientar e ajudar nas dificuldades da vida de equipe e nos esclarecimentos sobre os objetivos, os métodos ou as orientações do Movimento. É um casal que se doa, que se dispõe a ajudar e que se preocupa muito com os casais da sua equipe ligada. Pode ser um casal com menor ou maior tempo de equipe, isto não impedirá o crescimento mútuo e a evolução dos casais, já que este serviço oferece também a grande oportunidade de sermos aprendizes, pois é exatamente nestes momentos que a nossa criatividade aflora na maneira de animar, de incentivar, de sentir as dores ou de carregar os fardos uns dos outros. Como Casal Ligação, podemos estabelecer vínculos que favorecem maior estímulo para que todos mergulhem a fundo nesta proposta de vida: "ajudar os casais unidos pelo matrimônio a viver plenamente segundo o Evangelho, com o suporte dos membros de uma equipe e a força do Movimento como um todo" (Guia das ENS pg. 19), propiciando momentos em que experimentamos verdadeiramente tudo o que o Movimento pode nos oferecer para nosso desenvolvimento pessoal e conjugal. Para tanto o Casal Ligação tem CM 386
que estar em sintonia com o Evangelho do Bom Pastor (Jo, 11-18) pois ele é aquele que conduz com amor, com zelo e com carinho. Ele está consciente de que é necessário tempo, paciência para se criar laços de afetividade, de confiança, tendo como característica o mútuo conhecimento entre ovelhas e pastor. O pastor dá sua vida pelas ovelhas e, portanto, preocupa-se em passar tudo o que sabe, para que se viva a unidade numa comunhão de vida fundada no amor. O Casal Ligação representa ainda a consciência de que não há re-
Se Ele nos confiou uma responsabilk~ade,
é porque sabia o tamanho do nosso amor por Ele e que podia contar com a nossa determinação, ânimo e coraqem.
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lação mais nobre do que a dos verdadeiros amigos. Amigos que desfrutam do prazer de estarem juntos (num mesmo Retiro, Missa Mensal, Sessão de Formação, Mutirão etc.), amigos que partilham a fé, os erros, as lágrimas e as alegrias. É uma doação sem cobrança, sem submissão porque são amigos canrinheiros da mesma estrada, do mesmo objetivo e da mesma meta. Este serviço é um presente de Deus, porque você, Casal Ligação, é alimentado pela eucaristia semanalmente, movido por uma força incalculável, a força do amor e da doação. Você é aquele que deve sempre estar ligado a Deus pedindo forças para melhor realizar a obra de Deus. "Quem se dedica ao serviço, faça-o com as forças que Deus lhe dá" (lPd 4, 11), e, através de sua missão, Deus nos passa um testemunho de vida de amor ao Movimento, do prazer em servir e em ser equipista. Precisamos lembrar "que uma Equipe de Nossa Senhora não pode viver isolada. Uma equipe de base funciona, em primeiro lugar, graças ao engajamento de seus membros e, depois, porque ela é ajudada e nutrida pelo Movimento com o qual vive em comunhão" (Guia das ENS - pg. 33). Neste sentido, seu amor apaixonado pela mística, carisma e pedagogia do Movimento o ajudará a superar, com tranqüila e segura dignidade, as frustrações de um convite não correspondido. Assim, quando as equipes entenderem o papel de elo do Casal Ligação, que faz correr a seiva da 18
unidade, seiva que faz com que nosso espírito de pertença cresça para que haja fidelidade aos objetivos do Movimento e ao carisma fundador... Muitas serão as bênçãos, tudo será uma maravilha, porque em tudo existe este amor gratuito de Deus que faz com que todo esforço valha a pena. Nada poderá se comparar à alegria de um Casal Ligação vivenciando,junto com as suas equipes ligadas, os eventos do Movimento. Ser casal ligação é prestar um serviço que nos leva a fazer várias reflexões e uma dessas nos fala muito de perto. É quando Jesus pergunta a Pedro: "Pedro, tu me amas? Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. Jesus lhes disse: Apascenta as minhas ovelhas". (Jo 21, 15-17) Conhecedor profundo da natureza humana, Jesus sabe melhor do que ninguém que é facílimo dizer: "eu te amo". O que realmente Ele quer sentir é este amor testemunhado em serviço, em não medir esforços, em não poupar nada de si. Devemos pois, ir além da confissão fácil de amor. Se Ele nos confiou uma responsabilidade, é porque sabia o tamanho do nosso amor por Ele e que podia contar com a nossa determinação, ânimo e coragem. Esperamos que cada um de nós esteja ansioso para dar a sua contribuição, para a construção de um Movimento que reflita a vontade de Jesus: "Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti". (Jo 17, 21)
Eneida e Álvaro CR Região Ceará CM 386
SESSÃO DE FORMAÇÃO Nível 111 - Região São Paulo leste 1 ':4s Equipes de Nossa Senhora têm por objetivo essencial ajudar os casais a buscar a santidade. Nem mais nem menos". (Pe. Caffarel)
Nesta frase o nosso querido fundador, padre Caffarel, resume a essência da pedagogia do nosso Movimento, que pode ser compreendida como um conjunto de métodos, maneiras e ferramentas de formação que o Movimento põe à disposição de seus membros, para ensinar a cada casal a vivência da espiritualidade conjugal e auxiliá-lo a caminhar para a santidade no e para o casamento. As Equipes de Nossa Senhora são uma escola de formação de casais cristãos. Dentro desse espírito nos reunimos, 50 casais da Região São Paulo Leste I, que abrange os setores das cidades de Caçapava, Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos, na Universidade do Vale do Parafba CM 386
(Univap), em Jacareí, nos dias 17 e 18 de maio de 2003, para discutirmos e partilharmos em profundidade, experiências e conhecimentos sobre os temas previstos na Sessão de Formação - Nível ID, que é uma preparação voltada para a compreensão do Movimento e das funções de responsabilidade na sua estrutura. Na manhã de sábado, tivemos uma palestra sobre os 45 anos da história do nosso Movimento no Vale do Paraíba. Tivemos também uma profunda reflexão com o padre Elísio de Oliveira, SCE da Província Sul I, falando sobre o papel do SCE nas Equipes e no Movimento. As várias palestras, trabalhos em grupo e dinâmicas diversas, estavam sempre sob a orientação do Casal Provincial Altirnira e Paulo.
Hermelinda e Arturo CRS B São José dos Campos, SP 19
SESSÃO DE FORMAÇÃO Nível 1 - Tuntum, MA "Que vossos grupos sejam de pessoas ativas, mas, nunca deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa formação, a ação vos perderá. Só há apóstolos na medida em que há almas de oração, de estudo e de meditação." Pe. Caffarel
Esta Sessão foi realizada nos dias 7 e 8 de junho de 2003, na cidade de Tuntum, MA, estando presente o Casal Responsável pela Pré-Região Maranhão-Piauí, Maria e Souza, da cidade de Fortaleza, 2 Sacerdotes Conselheiros Espirituais, Frei Ribamar e Frei Arilson, a Conselheira Irmã Eliana e 20 casais equipistas. Os temas propostos pela programação do evento vieram ao encon-
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tro de nossas necessidades e expectativas. Na palestra sobre "O Plano de Deus na História da Salvação", frei Arilson nos fez sentir realmente a presença de Deus na caminhada da Igreja, bem como a importância dos Sacramentos na nossa vida. Maria e Souza falaram sobre a Espiritualidade Cristã e Conjugal; Irmã Eliana e o casal lvonete e José Gerônimo falaram sobre as "Exigências de Jesus - Compromisso Cristão e Ser Igreja". Tivemos vários grupos de assimilação, que foram de grande proveito.
Ozinete e Dim
Eq. 2 - N. Sra. do Perpétuo Socorro Tuntum, MA
CM 386
POR QUE TANTA ANSIEDADE? Esse nosso primeiro grande Encontro Nacional, sonhado por nossos irmãos de equipe, Silvia e Chico, foi vivido por toda nossa Equipe 4B de Sorocaba, SP, pois desde o início dos trabalhos, todos nós rezamos muito para que todos os envolvidos no planejamento e desenvolvimento tivessem saúde e ânimo para sua efetiva realização. O tempo foi passando e, a cada reunião, vibrávamos e ficávamos imaginando que maravilha seria reunir os equipistas do Brasil todo na capital do nosso país. Quando chegou a grande semana de espera, nossos corações estavam ansiosos pelos dias que iríamos viver. Tudo nos animava. Surgiam então os questionamentos:"Por que tanta ansiedade?" e "Por que fomos escolhidos para lá participar?" Como bênçãos surgidas do céu, fomos tendo as respostas. Nossa chegada ao Aeroporto de Brasília, a acolhida nos hotéis e no ExpoBrasília, foi uma festa: rostos queridos, sorrisos abertos e abraços saudosos. Não podemos esquecer de agradecer a "essa brava gente brasileira" (como disse a Sílvia) que arregaçaram as mangas para o grande trabalho. Como foi lindo perceber com que alegria cada um fazia a sua parte. Que disponibilidade! Nós pensávamos: "Que povo de Deus aqui reunido!" E, um santo orgulho tomou conta de nós, pois também fazemos parte desse povo escolhido. Somos agraciados pelo SacraCM 386
menta do Matrimônio que nos une, fazemos parte dessa grande farru1ia das Equipes de Nossa Senhora. Uma grande alegria foi tomando conta de cada um, comovidos e agradecidos por Padre Caffarel, pelo casal D. Nancy e Dr. Pedro Moncau que um dia, inspirados pelo Espírito Santo nos presentearam com as Equipes de Nossa Senhora em nosso país. É pela graça de Deus que chegamos até aqui, é pelo esforço de muitos irmãos que dedicaram a sua vida toda para que o Movimento se tomasse essa grande riqueza, essa imensa bênção. Para santificar ainda mais o nosso Encontro, Jesus se fez presente, ainda na presença de 21
nossos amados Conselheiros Espirituais. Quantas bênçãos! Em todos os momentos (liturgias, palestras, testemunhos, reuniões mistas, dever de sentar-se, Ato Público), Deus nos chamava: "Casal cristão: sacramento do amanhã" e nos estimulava "Lançai as redes em águas mais profundas" e, tudo foi calando em nossa alma. Meditávamos que somos escolhidos por Deus, mas percebíamos que Deus nos interpelava:- "Vocês estão recebendo muitas graças não para que fiquem dentro de vocês, mas para que cuidem do mundo lá fora, olhem tantos casais e famílias que se despedaçam a cada dia; mostrem ao mundo que o sacramento do matrimônio que os une, os santi-
É pela 9raça de Deus que
che9amos até aqui, é pelo esforço de muitos irmãos que dedicaram a sua vida toda para que o Movimento se tornasse essa ·9rande riqueza, essa imensa bênção. 22
fica cada vez mais no meu amor; dei tudo o que precisam, fiz brilhar seus olhos de emoção quando perceberam a grandeza e a unidade do seu Movimento. Vi seus braços abertos ao encontro de irmãos que comungam o mesmo ideal". A cada momento Deus ia falando mais alto, nos tocando e abençoando e na grande Cerimônia de Envio, Ele nos diz: "Vai, casal cristão equipista, vai pelo mundo afora e apascenta as minhas ovelhas; vai sem demora pois o mundo precisa do seu amor e do seu testemunho de casal, mostrem as alegrias de seu matrimónio, abram seus braços e seus corações e lancem as redes em águas mais profundas. Não tenham medo, Eu estarei até o fim com vocês. Contagiem os seus irmãos para a grande missão de cuidar da minha Igreja Doméstica. Cuidem do amor e da vida ... " Tudo ficou muito forte em nosso coração. Hoje estamos renovados na sublime missão de evangelizar com renovado ardor missionário a todos os que se aproximarem de nós, com muito mais amor, porque sentimos a grande graça e os tesouros que recebemos a cada dia no nosso Movimento e, juntos pela força do Espírito Santo e a proteção de nossa Mãe Santíssima nós vamos até o fim, com a graça de Deus guiados pela mão de Jesus que nos diz:- "Filhos é por aqui!".
Brasília e Armando Eq. 4B - N. Sra. de Fátima Sorocaba, SP CM 386
FORTAlEClDOS NO AMOR Quanta alegria por participarmos deste Encontro, onde revimos amigos queridos e aprofundamos nossa formação! Deus tem para nós, como casal, um projeto de amor, e nós temos o compromisso de caminharmos lado a lado para ajudarmos na construção do Reino a partir da partilha, fidelidade e amor. No nosso caminhar a dois, estamos sempre titubeando; por isso, precisamos de encontros como este para nos fortalecer, para levarmos, por um bom tempo, com entusiasmo, nossa missão e, principalmente, sermos testemunhas do sacramento do amanhã, adquirindo forças para lançarmos nossas redes em águas mais profundas. Foi nosso primeiro encontro com os irmãos equipistas após deixarmos o serviço da ECIR nas regiões Sul e Nordeste. Sentimo-nos em estado de graça no convívio com todos os participantes. Abraçamos muitos e fomos bastante abraçados. Irmãos de todos os recantos do Brasil, de todas as Províncias. Irmãos que esperávamos encontrar e os que tivemos a grata surpresa de rever, vindos dos recantos mais longínquos, que viajaram de avião, de carro, de ônibus, de barco ... Pudemos tocálos, senti-los vibrantes, fortalecidos depois de tantos anos afastados, irradiando felicidade, aquela que vem de Deus, apesar da dureza da vida. iluminados, transmitem a certeza de estarem no caminho certo, com as pessoas certas. CM 386
Pudemos agradecer ao Casal Responsável Internacional, MarieChristine e Gérard, o acolhimento que deram à Andréia e ao Marcos, nossa nora e filho, durante a permanência deles de 1999 a 2001. Pudemos sentir o coração transbordar de alegria pela fala de Márcia e Luiz Carlos, Graça e Eduardo, os quais indicamos para nos substituir como responsáveis pelas regiões Nordeste e Sul, respectivamente. Nosso abraço em especial a Mariola e Elizeu, juntamente com seus companheiros de trabalho, que fizeram com que tudo transcorresse na mais perfeita ordem: horários, refeições, reuniões de grupo, e pela escolha do lugar apropriado para o 23
evento. Eles foram perfeitos! Enfim, tudo foi maravilhoso. Nossa convivência com os casais de nossa região Paraná Norte foi repleta de orações, testemunhos, histórias, o que tomou nossas 18 horas de viagem mais agradável. A benção dos três padres que ficaram conosco fez com que não sentíssemos o cansaço da longa jornada. Agradecemos a Deus pela possibilidade e a coragem que tivemos
de participar e dizermos: "Meu Senhor e meu Deus, nós vos oferecemos o corpo e o sangue· do Vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, como oferta de nós mesmos. Tomai-nos, bendizei-nos, parti-nos e entregai-nos, para que possamos Vos servir, nutridos de Vossa graça".
Maria Cecília e Gaspar Equipe lA - Londrina, PR
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SONHO REALIZADO Há um ano e meio, quando soubemos que iria haver o 1o Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, os nossos corações bateram mais forte, até porque lembramos da experiência que tivemos em Aparecida do Norte. Começamos a imaginar a grandeza que seria este Encontro. Somos seis casais e mais o nosso con-
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selheiro, Pe. Mário, e seria muito difícil, com esta crise econômica que o nosso país está vivendo, podermos viajar todos para Brasília. Foi quando tivemos a idéia de trabalharmos juntos, para concretizarmos este nosso sonho. Passamos então a fazer bingos, rifas, chás, no intuito de arrecadar fundos para nossa viagem e fomos nos empolgando, cada dia mais unidos no trabalho e na vontade de participarmos desse Encontro. Em cada evento, sentíamos a força do Pai a nos impulsionar. E assim o nosso sonho foi concretizado. Partimos no dia 17, aqui de Teresópolis, em direção ao Rio, onde pegamos o avião CM 386
rumo à "Brasília 2003" (este era o slogan dos nossos eventos!). Nós olhávamos e não conseguíamos acreditar que todos estavam ali. E foram momentos de inexplicáveis emoções que tivemos: a recepção no aeroporto por nossos irmãos de Brasília, a chegada na Expo Brasília, com aquele número enorme de equipistas e aquela alegria que víamos em todos os olhares; quando nos vimos sentados (toda a nossa equipe) um ao lado do outro e, lá na frente, o nosso querido Conselheiro Espiritual Pe. Mário junto com 180 sacerdotes; quando ouvimos tudo o que D. Nancy e todos os casais palestrantes e sacerdotes nos diziam; quando rezamos nas missas e celebrações; quando participamos do Ato Público, que fez da praça da Esplanada dos Ministérios um grande tapete branco, onde só existia paz e
percebemos que as famílias de verdade são as responsáveis em promover a paz e um mundo melhor. Só nos restava então agradecer a Deus por esta oportunidade, por este presente que Ele nos deu em nos escolher para pertencer às ENS. Saímos deste Encontro, com certeza, mais fortes, mais alimentados na fé e na esperança e com vontade de nos "lançarmos em águas mais profundas". Agradecemos hoje a Deus por tudo isto que vivemos nesses dias, a Nossa Senhora por sua proteção e força e pedimos que nos ajudem a trilhar sempre este caminho que sabemos que é o caminho que nos levará à santidade ...
Dayse e Quintella Eq. 2 - N. Sra. das Graças Teresópolis, R.]
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PRESENÇA CONCRETA DO AMOR DE DEUS O 1o Encontro Nacional teve por objetivo desenvolver, em cada casal participante, atitudes para uma caminhada que não termina em Brasília com o final do Encontro, mas que chegue às Equipes de Base, aos Setores, às Regiões, às Províncias e os contagie. Sob a proteção de Maria Santíssima, venerada sob o título de NosCM 386
sa Senhora Aparecida, todos os casais foram conclamados a buscar dons e luzes necessárias a uma sincera abertura de coração para ouvir a fala de Deus. Na reflexão sobre a grandiosidade do Sacramento do Matrimônio, cada casal foi levado a pensar sobre a presença concreta do amor de Deus refletindo sobre o signifi25
cado da união de Cristo com a Igreja, o que dá aos esposos cristãos a graça de se amarem com o mesmo amor que Cristo amou a sua Igreja. O 1o Encontro Nacional despertou no coração de cada casal o sim reforçado de quem está disposto a mergulhar com coragem nas palavras do Evangelho e a buscar, no coração, a humildade de Maria para viver plenamente a vontade de Deus no serviço à Igreja e aos irmãos. O 1°Encontro Nacional convidou cada casal a ofertar toda a sua vida a Deus como um compromisso de testemunhar o amor de Deus, com verdadeiro ardor missionário em que o casal se torna verdadeiro agente transformador da cultura do casamento. No 1o Encontro Nacional, Maria, a preferida do Pai, na força do Espírito Santo, reuniu os casais das Equipes de Nossa Senhora para um encontro com seu Filho na comunhão, dispostos a se comprometerem a viver o serviço com humildade e amor na farm1ia, no trabalho, no lazer, na comunidade. A presença de Cristo chama cada casal a escutar a vida; chama cada casal para um relacionamento novo num mundo machucado pela pobreza, pela injustiça, pela guerra, pelo ódio, pelo poder opressor do ter cada vez mais. O 1o Encontro Nacional levou a todos os casais das Equipes de Nossa Senhora a repensar sua posição frente à missão e, olhando para a cruz, com coragem, dizer: "Senhor, sob tua Palavra, lançaremos as redes". Para isso, há um barco que espera cada casal para levá-lo às águas 26
EQUIPES DE NOSSA SENHORA BRASIL
17 a 20 de julho de 2003
mais profundas, onde existe um escuro que precisa ser iluminado pelo amor que Deus, sabiamente, colocou no coração da mulher e do homem. Há uma barco esperando cada casal porque é nele, quando singrar os mares em busca de águas mais profundas, que o casal cristão equipista vai viver as propostas das Equipes de Nossa Senhora, dentro do contexto inspirado pelo Espírito Santo a Pe. Caffarel, que conduz o casal à santidade por meio da vivência dos Pontos Concretos de Esforço. Finalmente, o 1o Encontro Nacional conduziu os casais cristãos equipistas a se tomarem o Sacramento do Amanhã na medida em que vivam concretamente as propostas das Equipes de Nossa Senhora, e se sustentem na Eucaristia, para que o seu testemunho seja um forte fermento na massa, capaz de mostrar ao mundo que o caminho da santidade e da felicidade "é vivido no e pelo sacramento do matrimônio, nem mais, nem menos". (Extratos)
Adair e Wilson Eq. 04 - N. Sra. Aparecida CM 386
BRASlllA, UM PÔR-DO-SOl DlFERENTE Esplanada dos Ministérios, aquela soberba largueza que cidade nenhuma conhece igual. O imenso gramado, que se estende desde os edifícios do Congresso até a altiva torre da TV, já acomodou diversos tipos de eventos, quase sempre pouco tranqüilos (gente que não estava satisfeita com alguma coisa). Mas, desta vez foi diferente. Numa sexta-feira de julho, aquela amplitude foi parcialmente inundada por mais de 4000 pessoas. Camisetas brancas lembrando paz, hinos religiosos entoados por todos, elevando-se em graças aos céus de Brasília. Sendo todos casais do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, de norte a sul do país, não podia faltar o cântico do Magnificat, que fora pela primeira vez pronunciado pela própria Virgem em sua visita à prima Isabel. A certa altura, surge um helicóptero sobrevoando a área. Eis que dele se desprendem pétalas de rosas vermelhas que caem suavemente sobre aquelas cabeças e mãos elevadas. Todos ficam extasiados com a cena. Em seguida, alguns milhares de pequenos balões sobem às alturas, levando bilhetes com mensagens de fraternidade. Cairão aqui e ali, quem sabe em terreno fértil, e a mensagem terá atingido a sua finalidade. Dezoito horas, céu vermelho no horizonte, destacando o perfil dos CM 386
edifícios do Centro Comercial de Brasília, espetáculo quase que diário, diz alguém da cidade. Os sinos da catedral, cartão postal da Capital Federal, tocam as seis badaladas da Ave Maria. Que emoção! Emoção maior foi quando o sol se escondeu e começaram a aparecer e se multiplicar as luzes das velas. Um mar de velas acesas, piscando como vaga-lumes. Toda aquela gente formando um só bloco, irmanados pelo mesmo espírito que os moveu até lá. De fato, foi um pôr-do-sol diferente, também para os brasilienses que tiveram a ventura de por ali transitar na sua rotina normal de fim de dia. Eles se perguntavam provavelmente: "Que manifestação diferente é essa?" Muitos ficaram sabendo: "Tratase do JD Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, um testemunho de que a família é o melhor caminho para a paz e harmonia no mundo". Tudo isto foi algo inesquecível para todos nós e ficará bem nítida na lembrança dos participantes. Brasília e seu pôr-do-sol, uma harmonia que encanta. Maria, mãe do Salvador que, com o seu "sim", permitiu que esse espetáculo da natureza tivesse aquele toque sobrenatural.
José Maria Duprat (da Zélia) Eq. JE- São Paulo 27
UM GRANDE lNVESTIMENTO Estivemos, eu e Guia, em Brasília, participando do lo Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, Movimento do qual fazemos parte há um ano. Mesmo com tão pouco tempo, alguma coisa fez com que tomássemos a decisão de participar desse Encontro. Foi um grande investimento em nós mesmos, e estamos muito felizes e agradecidos a Deus pela oportunidade que Ele nos deu de podermos crescer, como casal cristão, como pais e como cidadãos. O entusiasmo por esta participação é o que nos motiva a falar das sensações que experimentamos, que variaram da euforia e alegria incontida à meditação e ao recolhimento silencioso. Formamos com outros casais um comboio de cinco carros, e os problemas surgidos na viagem, fossem de saúde ou mecânicos, deram-nos a oportunidade de praticar a solidariedade. A emoção de encontrar pelas estradas outros casais que viajavam, de carro ou de ônibus com o mesmo
objetivo nosso, dava idéia do momento grandioso que nos esperava. Na chegada em Brasília, a primeira alegria, ao vermos Cida e Raimundo, os responsáveis por nosso ingresso no Movimento, mais outros casais de João Pessoa que foram de avião e que já tinham chegado. O Encontro em si foi uma sucessão de momentos significativos, desde a recepção através dos out-doors e faixas espalhados pela cidade, aos trabalhos das equipes, onde trocamos experiências com pessoas de todo o Brasil, além das emocionantes celebrações litúrgicas. Foram milhares de casais das várias regiões do Brasil, com culturas e condições sociais diferentes, mas irmanados e animados por um objetivo comum, a busca da espiritualidade conjugal, inspirados no SIM de Maria e fortalecidos na oração diária do Magnificat.
Guia e Jair Eq. 2B- João Pessoa, PB
AOS MESTRES COM CARINHO Existem pessoas que são marcantes em nossas vidas. Glorinha e Moacyr Limongi, com quarenta anos de vida nas Equipes de Nossa Senhora aqui em São José dos Campos, encaixamse perfeitamente nesta definição. O ano de 2003 apenas começa-
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va e já sentíamos no ar, e mesmo através da Carta Mensal, uma certa expectativa para o grandioso Encontro de Brasília. Para nós particularmente, seria um outro importante evento das Equipes que, infelizmente, não poderíamos participar. CM 386
Os primeiros meses do ano foram passando, até que na missa mensal das Equipes, no mês de maio, fomos surpreendidos pela Glorinha e Moacyr. Eles nos chamaram, e disseram que estavam pagando as prestações para custearem hospedagem e alimentação, do 1° Encontro Nacional em Brasília, com o objetivo de oferecer um presente para algum casal que se dispusesse a ir no lugar dos dois. Então, eles nos contaram que éramos nós os primeiros em que haviam pensado, pois, tinham grande consideração e carinho pela Fátima e eu. Eles já nos conheciam há muitos anos e, devo dizer, que eles são para nós como grandes paizões. Nem é preciso falar que levamos um susto, ao mesmo tempo que ficamos muito felizes, com o oferecimento dos dois. Faltavam apenas dois meses para o evento, e mal podíamos acreditar que desta vez faríamos parte do grupo dos que iriam, graças ao gesto de amor e doação da Glorinha e do Moacyr.
E como valeu a pena ter ido à Brasília! Para nós, que no máximo havíamos estado em um EACRE (por sinal muito bom), não havia paralelo com nada do que havíamos participado antes no Movimento. Também, não é para menos, foram mais de 4000 pessoas, casais de todos os cantos deste nosso imenso e lindo Brasil, animados pelo Espírito Santo e mostrando ao mundo que o casamento cristão vale a pena, pois testemunhamos nossa santidade através da vida conjugal. Como foi dito no Encontro em Brasília, "as Equipes de Nossa Se-
nhora são uma escola de Amor", e vocês, Glorinha e do Moacyr, com quarenta anos de Movimento, continuam difundindo esse amor. Um beijo carinhoso, e que Deus os abençoe sempre! (Extratos)
Fátima e Márcio Eq. 8B- N. Sra. de Fátima São José dos Campos, SP
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VENCENDO OS OBSTÁCULOS Aposentadoria, diabetes, ostomizado (sem sistema excretor, com bolsa coletora), escola das crianças, remédios, enfim várias circunstâncias que nos desencorajam a fazer certas coisas. Mas, com a fé, a esperança e a certeza de que o Espírito Santo está sempre conosco, e seguindo o exemCM 386
plo de Maria, nossa mãe, que se manteve inabalável ao lado de seu filho Jesus Cristo, começamos a pagar a nossa parcela mensal para podermos participar do 1o Encontro N acional das ENS em Brasília. Do meio para o fim do caminho, tivemos vários percalços, mas sempre no momento último de pagarmos 29
mais uma parcela, eis que, por milagre, o necessário sempre aparecia. Chegou a hora de irmos, e novamente eis que se manifesta o Espírito Santo; e na véspera de partirmos, meu pai de 87 anos liga e diz que está se mudando para nossa casa naquela noite, e veio. Saímos na madrugada seguinte para a viagem, e deixamos nossos três filhos e o avô sozinhos, porém, sob a guarda de Nossa Senhora.
Testemunhamos a solidariedade, a bondade, a delicadeza, a disposição, a garra dos equipistas das mais diversas localidades do ·Brasil. 30
Lá em Brasília, nós nos entregamos de todo coração à programação, ressaltando o amoroso acolhimento e hospitalidade que os equipistas de Brasília nos dispensaram durante todo o Encontro. Testemunhamos a solidariedade, a bondade, a delicadeza, a disposição, a garra dos equipistas das mais diversas localidades do Brasil. Vale destacar a presença dos equipistas e a importância da família na manifestação realizada na Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral de Brasília, no ato público, às 18h de sexta-feira, com faixas em defesa da farru1ia e velas ao pôr-do-sol, com cânticos e o Magnificat. Um espetáculo de fé e esperança na farru1ia brasileira cristã. No encerramento de domingo, vivemos como um novo Pentecostes. A belíssima celebração eucarística e a cerimônia do envio foram de uma riqueza espiritual marcante, emocionando a todos os presentes e estimulando-nos a viver com muito maior intensidade a nossa missão de casal cristão em águas mais profundas. O grande espírito do Encontro foi o testemunho de inúmeros casais, que apesar da idade e limitações, eram a prova de disponibilidade, alegria e amor a Jesus Cristo, através das Equipes de Nossa Senhora. Este exemplo mostrou-nos que as nossas limitações e fragilidades não devem ser empecilhos para aderirmos ao projeto de Deus. Helô e Carlos Eq. 28B - N. Sra. da Divina Graça Araçoiaba da Serra, SP CM 386
llNDO OU MARAVllHOSO? Claro que maravilhoso! Se foram maravilhas que o Senhor fez em nós, não poderia ser de outro jeito. Já tivemos oportunidade de participar de dois Encontros Internacionais: o de Fátima (Portugal), em 1994 e o de Santiago de Compostela (Espanha), no ano 2000. Agora, participamos do nosso 1o Encontro Nacional em Brasília, em 2003. Todos com o mesmo objetivo, crescermos como gente, casal, equipe e comunidade. Mas, modéstia à parte, os nossos irmãos brasileiros deram um banho em organização. Tudo perfeito e emocionante; acredito que o fato de estarmos em casa e falarmos a mesma língua facilitou muito as coisas. Nós, tivemos a graça de fazer a primeira leitura na liturgia do primeiro dia do Encontro; quando estávamos lá no altar e olhamos aquela platéia com mais de quatro mil pessoas, calmas, tranqüilas, a emoção tomou conta de nós, porque sabíamos que todos estavam ali buscando crescer cada vez mais para dar testemunho de casal cristão. Tivemos tantos momentos emocionantes que seria impossível mencioná-los todos, mas, não poderíamos deixar de falar do riquíssimo Dever de Sentar-se que fizemos ao cair da tarde, com o pôr-do-sol deveras romântico, na Esplanada dos Ministérios, em frente a Catedral de Brasília. Nesse lugar, os encontros geralmente são tumultuados, intranqüilos e nós fomos levar a paz; através das nossas orações, das pétalas de rosas jogadas pelo helicóptero CM 386
que sobrevoava o recinto. Hora inesquecível e propícia para uma meditação profunda, para que todos vissem que podemos lutar para termos uma farru1ia e que ela é e será sempre a célula mãe da sociedade. Como de costume, na confraternização no sábado à noite, as Províncias apresentaram a sua dança típica, e nós, da Província Norte, claro que demos um show com a dança do boi (Parintins) e com a revelação de muitas equipistas "cunhã- puranga" e muitos equipistas "pajés". Afinal, os testemunhos, as palestras, o conteúdo do Encontro foi maravilhoso. Nossos irmãos hospedeiros de Brasília, irmãos organizadores do Encontro, estão de parabéns. Obrigada por tudo. Viva o Brasil! Viva as Equipes de Nossa Senhora!
Lourdes (do Dias) Eq. 8 - N. Sra. do Perpetuo Socorro Manaus, AM 31
DEMONSTRAÇÕES ANANCElRAS DE 2002 "O justo agradou a Deus, e Deus o amou". (Sabedoria 4, 1O)
Caros equipistas A nós foi confiada a administração financeira do Movimento. Conscientes desta responsabilidade e testemunhando a ação do Senhor, agradecemos a confiança e prestamos contas do nosso serviço, apresentando o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício de 2002, das Equipes de Nossa Senhora. Destacamos dois fatores : 1. O gráfico demonstra que apesar das dificuldades financeiras, os valores das contribuições aproximaram-se do esperado, os documentos do Movimento editados em 2002, tiveram boa aceitação e retomaram o investimento realizado. Portanto podemos concluir que houve maior conscientização e busca de formação. 2. Outro fator a destacar é a experiência de cada Província ter um planejamento financeiro anual e poder realizálo. A Província planeja as atividades necessárias, como as Sessões de Formação, os Encontros Colegiados, as visitas dos Regionais/Provinciais às equipes de base, favorecendo ao equipista crescer em santidade, de modo que dê frutos da espiritualidade conjugal. Graças às contribuições e demais receitas, o Movimento, através do caixa único, partilha os recursos para todas as Províncias, de acordo com suas necessidades. A proposta está bem assimilada, cada Provincial procurando empregar bem cada centavo recebido dos equipistas. Cada um fazendo a sua parte, estaremos garantindo os recursos para que as ENS continuem crescendo em quantidade e qualidade, levando aos casais de todos os tempos a grandeza do matrimónio e do amor de Jesus Cristo pela sua Igreja. Fraternalmente,
Vera e Renato Tesouraria/Secretaria 32
CM 386
BALANÇO PATRIMONIAL (em RS) 31.12.00 ~
10
Circulante Pe1man nte TOTAL ATIVO
Provisões Patrimônio Líquido TOTAL PASSIVO
325.816 16 371 342.186
329.788 14.544 344.332
576.273 16 381 592.654
1.616 5.786 334 .785 342 186
1.766 4.362 338 .204 344 332
21.645 4.067 566.942 592 654
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em R$} 31.12.00
s/Rec
31.12 01
s/Rec.
31.12.02
RECEITAS Contribuições 1nsc ções E Brasíl _ 1a --~-
TOTAL DAS RECEITAS
798 .248 381.465 39 .584 136.973 186.898 1 122 120
71,1% 908 .115 87,9% 968.199 24,3% 2,5% 12 2% 0,0% O,O'ro 16,7% 124.660 12,1% 182 .921 11,6% 100% 1 032 776 100% 1 572 169 100' o
DESPES, S Despesas c/ Encontros Desp.CJ
nse~1ção
Santiago
Desp.c/Encontro Roma Desoes s c Adm Equipes Despesas c/ Pessoal D
~s
Gorais
TOTAL DAS DESPESAS
337 .224 755.581 237 .185 160.486 85 .926 341 471 1.680.688
20,1% 398.624 45,0% 17,7% 9,5% 230.465 5,1% 81 .547 20,3% 318 721 149,8% 1.029.356
38.7% 0,0%
429 .535 32,0% 0,0%
22.4% 271.476 20,2% 7,9% 88.325 6,6% 3 0% 316.911 23 6°1 99.7% 1.343.432
RESULTADO Resultado do Exercício Fundo Pat1 mon1al Resultado Acumulado
(558.568) 893 353 334.785
Com o objetivo de dar conhecimento a todos os equipistas, apresentamos a seguir as contas de Receitas e Despesas, mais representativas, bem como suas variações e comentários. CM 386
29,8%
3.419 334 785 338 .204 32.7%
228 .738 338.204 566.942 36,1%
Receitas O total das receitas contempla o início do pagamento das inscrições para o Encontro de Brasília - R$ 381.464,79 e as contribuições espontâneas dos participan33
tes do Encontro de Roma - R$ 39.584,10. Desconsiderando estes dois valores, houve uma evolução de aproximadamente 11 ,5 o/o em relação à 2001. 1. Contribuições -R$ 968.199,40: evoluíram 6,6% em relação a 2001, acima do crescimento percentual do número de equipistas no Brasil, que foi de 3,5%. 2. Receitas Diversas R$ 182.921,00: esta conta é a somatória de duas outras, a Receita de Investimentos no valor de R$ 30.988,02, referente a aplicações financeiras das eventuais disponibilidades de caixa visando a manutenção do valor monetário e a de Reembolsos de Livros e Impressos no valor de R$ 151.933,11 referente as vendas efetuadas pelo secretariado, de livros, documentos e outros materiais do Movimento, a preço de custo, principalmente nos EACREs, Encontros Provinciais e outros eventos.
Despesas com Encontros (nacionais) Evoluíram 7,7% em relação a 2001.
1. Diárias - R$ 48.555,59: despesas realizadas com Sessões de Formação, nos três níveis (50% das diárias com hospedagem) e com o Encontro do Colegiada Nacional. 2. Transportes - R$ 295.069,19: despesas com viagens de avião, ônibus, peruas e carros, subsidiadas pelo Movimento, para a participação dos casais responsáveis, nos Encontros Provinciais (07), Encontro do Colegiada Provincial (02 por Província, totalizando 14 no ano) e Encontro da Equipe de Super-Região (04). 3. Encontro do Colegiado Nacional - R$ 51.523,59:- despesas com a participação de aproximadamente 51 casais responsáveis + 20 Sacerdotes Conselheiros Espirituais de todo o Brasil, no Encontro do Colegiada Nacional (01).
Despesas
Despesas adm. equipes
O total das despesas contempla o Encontro de Roma (R$ 237 .184,55), sendo que parte desse valor - R$ 39.584,10 foi reembolsado através de contribuições espontâneas pelos participantes do Encontro de Roma e outra parte será reembolsado em 2003 pelo rateio entre todas as SuperRegiões participantes. Desconsiderando este valor, houve uma evolução de aproximadamente 7,5% em relação a 2001.
Evoluíram 17,8 o/o em relação a 2001, pelo crescimento do Movimento, e aumento de custo no setor gráfico. 1. Carta Mensal- R$ 140.800,00: produção de 15.500 exemplares por mês de nosso principal veículo de comunicação 2. Impressos Doutrinários- R$ 130.676,00: publicações do Tema de Estudos 2002; Guia das Equipes e Pilotagem.
34
CM 386
Despesas Administrativas Despesas com pessoal: evoluiu 8,4% em relação a 2001, referente a variação salarial e encargos sociais, com quadro de pessoal e serviço de terceiros (escritório de contabilidade, limpeza, manutenção do secretariado, e outros serviços específicos). Despesas gerais: involuiu em 0,6% em relação a 2001. As principais despesas relacionamos abaixo:
e outros documentos do Movimento.
3. Contribuição Outras Entidades - R$ 46.276,40: referente ao projeto vocacional (atendimento aos seminários) e contribuição trimestral ao Conselho Nacional de Leigos.
4. Contribuições, Doações e Espórtulas - R$ 31.175,00: contribuição ao Lar Nossa Senhora das Mercês e aos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que efetivamente participaram das Sessões de Formação + o Sacerdote Conselheiro Espiritual do Movimento pelo acompanhamento e direcionamento espiritual.
1. Material de Expediente - R$ 35.761,38: despesas com diversos materiais utilizados no secretariado (papéis timbrados, envelopes, etc.) e materiais como chaveiros, adesivos e outros, vendidos em diversos eventos (EACREs- Colegiada- Provinciais). 2. Correio- R$ 112.590,38: expedição de Carta Mensal (aproximadamente 15.500 por mês)
O gráfico a seguir tem por objetivo demonstrar a evolução das despesas, contribuições e receitas totais, dos três últimos anos (2000-2001-2002 ).
ENS 2002 Evolução das Despesas - Contribuições e Receitas Totais
2000
o
CM 386
400
600
800
1000
-Despesas Contribuição Receitas Totais
2002 925 798 985
2001 1029
2000 1106
200
908
968
1033
1151
1200
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AS TENTAÇÕES Lucas e João, o Evangelista, narram da vida do Cristo duas passagens extremamente interessantes que, se confrontadas, tomam-se altamente reveladoras. Numa (Lc, 4, 1-13), depois de prolongado jejum, Jesus é tentado pelo demônio, primeiro, a transformar pedras em pão para saciar sua fome; depois, a dominar o mundo para curtir a glória do poder e, finalmente, a atirar-se do alto do precipício para que, por sua ordem, seus anjos viessem salvá-lo, demonstrando sua força. Jesus não sucumbiu a estas tentações, apropriadas para a satisfação de mesquinhos interesses do egoísmo demoníaco. Jesus, porém, não conseguiu resistir a uma outra tentação - se assim podemos chamá-la- muito mais doce e virtuosa, qual seja a proposta por Maria, sua mãe que, nas Bodas de Caná, sentindo as necessidades dos convidados, exortou o Filho, informando: "Eles não têm mais vinho" (Jo, 2, 1-3). Embora sem mais nada acrescentar, para aquele que se tinha recusado a transformar pedra em pão em seu próprio proveito, Maria talvez tivesse sugerido a prática do ato de poder que viria logo a seguir: "Transforme água em vinho, em proveito de outros, partícipes da festa nupcial". Jesus sentiu a diferença. Sabia que o Pai lhe havia conferido o poder de transformar pedras em pão e água em vinho, mas sabia, também, que este poder não podia, nem devia, ser usado em benefício pessoal, mas impu36
nha-se-lhe colocá-lo à serviço do outro, o irmão necessitado, porque esta era a sua sublime e sagrada missão. Maria também sentia isso e fez bom uso de sua capacidade medianeira, intercedendo junto ao Filho, não por Ele ou por si própria, mas pelos convivas necessitado . Quem pode resistir à doçura da força maternal? Jesus, como não podia deixar de ser, atendeu à súplica materna, embora fazendo questão de demonstrar que, somente na hora adequada, daria aos festeiros o verdadeiro vinho, o sublime néctar de Deus, a ser degustado após a visão beatífica, na glória do Pai e na·comunhão dos santos, ou seja, por todos nós, convidados ao eterno banquete nupcial divino, para o qual nós devemos nos preparar cuidadosamente ao longo de nossas vidas. Convenhamos que essa preparação é, muitas vezes, penosa, porque sofremos tentações a cada instante. Ter coisas, exercer o poder sobre outros, desfrutar os prazeres mundanos, tudo isso nos é sugerido e oferecido, comumente, a um preço muito cômodo: a exploração do outro. A facilidade do pagamento deste preço vil é tanta que os freios de nossos pequenos escrúpulos não nos impedem de sucumbir a tais tentações. E lá se vão manchando as nossas vestes, gratuitamente recebidas, com as quais deveremos comparecer às futuras núpcias celestes. Jesus nos mostrou que seu messianismo não era de dominação, CM 386
mas de serviço ao próximo. Fazer o bem e curar os doentes foi a síntese de sua tarefa, da qual Ele não se afastou um só instante durante toda a sua vida redentora. A Santa Mãe Maria está pronta a ajudar-nos, intercedendo por nós junto ao Filho mui amado. Peçamos, ~empre, sua ajuda para resistirmos às tentações egoísticas
e para nos dar a força necessária para limpar nossas vestes nupciais, a fim de que possamos beber aquele incomparável vinho que nos será ofertado, com a água que produzirmos até o fim de nossas vidas.
]unia e Mauro Equipe 28B - Região Rio I Rio de Janeiro
Reflexão
SE EU SOUBESSE ... Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você eu lhe daria um abraço mais forte. Se eu soubesse que seria a última vez a ver você ... eu lhe daria um beijo e a chamaria para dar mais um. Se eu soubesse que seria a última vez para ouvir a sua voz ... eu gravaria cada movimento e cada palavra, para revê-los depois todos os dias. Se eu soubesse que seria a última vez que eu pode1ia parar mais um ou dois minutos para dizer-lhe ''gosto de você" ... eu diria, ao invés de deixar que você presumisse. Se eu soubesse que hoje seria o último dia a compartilhar com você ... eu o sentiria muito mais intensamente em vez de deixá-lo simplesmente passar. Sempre acreditamos que haverá o amanhã para corrigir um descuido .. para ter uma segunda chance de acertar. Será que haverá uma chance para dizer ''posso fazer alguma coisa por você "? O amanhã não é garantido para CM 386
ninguém, seja para os jovens, ou os mais velhos, e hoje pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos. Então, se estamos esperando pelo amanhã, por que não agirmos hoje? Assim, se o amanhã nunca chegar, não teremos arrependimento de não termos aproveitado um momento para um sorriso, para um abraço, para um beijo, uma gentileza, porque estávamos muito ocupados para dar a alguém o que poderia ser o seu último desejo. Abracemos hoje aqueles que amamos, sussurremos em seus ouvidos, dizendo-lhes o quanto nos são caros e que sempre os amamos. Encontremos tempo para dizer: "Desculpe-me", "Perdoe me'', "Obrigado'', ''Eu perdôo você". Sempre há tempo para amarmos e, se não houver amanhã, também não haverá remorsos de hoje para carregarmos. Pense nisso AGORA ... Penha e Paulo Equipe JJSD- Rio III Rio de Janeiro 37
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Jubileu de Ouro Sacerdotal
"Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha ~~ vida presente na carne, eu a vivo pela fé no filho de Deus, que me ~:::~ amou e se entregou a si mesmo por t~ mim" (Gl2, 20). Estará comemorando seu Jubileu ' de Ouro Sacerdotal, no dia 30 de no~ vembro de 2003, nosso querido Sat~ ~~ cerdote Conselheiro Espiritual Padre !! Luiz de Almeida Castro. Há mais de 20 anos vem se dedicando ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, sempre orientando e incentivando os casais a viverem o Amor de Deus. I; Atualmente acompanha as Eq . N. Sra. de Lourdes (Setor A) e Mãe Rainha (Setor B) , da cidade de Piracicaba, SP. É com muito carinho que pedimos a Deus que o abençoe e ilumine sempre em sua caminhada.
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Novas Equipes Setor ABC I Reg. São Paulo Sul I Eq. 10- N. Sra. do Rosário Eq. 13- N. Sra. de Lourdes Eq. 14 - N. Sra. do Carmo Eq. 15 - N. Sra. da Esperança Eq. 16-N. Sra. Desatadora de Nós Eq. 17 - N. Sra. do Caravaggio Eq. 18- N. Sra. do Bom Parto Eq. 19- N. Sra. Mãe dos Homens Eq. 20- N. Sra. dos Apóstolos Eq. 21 - N. Sra. da Defesa
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I Falecimentos • Francisco Bleggi Júnior (da Zilda), ocorrido no dia 16 de agosto de 2003- Eq. lA- N. Sra. da Luz - Curitiba, PR. O casal foi um dos iniciadores do Movimento no Estado do Paraná. • João Batista EI Moor (viúvo), ocorrido no dia II de setembro de 2003 - Eq. 13C - Região Centro-Oeste I - Brasília, DF • Emanuel Mota Gesteira (da Li sane), ocorrido no dia 20 de setembro de 2003 - Eq. 37A - Região Centro-Oeste I- Brasília. DF • Eulália Amaral (do José Raposo), ocorrido no dia 25 de setembro de 2003 - Eq. 2B - N. Sra. do Rosário - São Paulo, Capital
Presença no Mundo Os setores A e B de Criciúma, SC, mantêm com o Bairro da Juventude, entidade filantrópica que abriga crianças carentes, uma padaria comunitária, que produz mensalmente 18000 pães. Dessa produção, a metade é consumida pelas próprias crianças e a outra metade é distribuída para 11 entidades carentes da nossa cidade. Os casais equipistas fazem a doação mensal da farinha e outros ingredientes e a entidade Bairro da Juventude participa com a mão de obra realizada pelos próprios internos, pois, esta entidade, além de abrigá-los, promove diversos cursos profissionalizantes, inclusive o de padeiro. Os setores A e B de Criciúma, para viabilizar es e projeto, organiCM 386
zaram uma comissão, elegendo como coordenador, um casal equipista, que recolhe os valores necessários para a produção mensal dos pães. CRS A - Marta e Itamar CRS B - Vera e Salvio Criciúma, SC
••• Centenário Nascimento
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Pe. Caffarel Os Setores A e B de Salvador, sob a coordenação da Equipe Regional Bahia/Sergipe, comemoraram o centenário de nascimento do nosso fundador, com uma festiva concelebração Eucarística, presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, D. Dominique You. No ofertório, foram colocados no altar alguns dos inúmeros frutos da ação apostólica do Pe. Caffarel: o início da ua vida sacerdotal na Juventude Operária Católica e os Encontros e Retiros que pregou para jovens estudantes de Paris, representado por um casal de equipistas, simbolizando a sua visão profética do amor conjugal; o fruto maior de sua ação apostólica- as Equipes de Nossa Senhora, presentes hoje nos cinco continentes, simbolizadas por uma rede com seis peixes, representando os PCEs e conduzida por dois casais equipistas; a âmbula e as galhetas conduzidas por duas viúvas equipistas, simbolizando o seu trabalho em prol das viúvas de guerra, através da Fraternidade Nossa Senhora da Ressurreição e do Agrupamento Espiritual das Viúvas. D. Dorninique brindou a assemCM 386
bléia com belíssima homilia sobre o Sacramento do Matrimônio e sobre o sacerdócio do homenageado. Antes da bênção final, tivemos a alocução do CRR Lourdinha e Manoel, destacando pontos importantes da ação apostólica do Pe. Caffarel, com ênfase nas Equipes de Nossa Senhora. Abrilhantou a liturgia o Coral Intermezzo, com a participação de equipistas e de ex-equipistas. Lourdinha e Manoel CR Região Bahia/Sergipe
•••
Ecos de Brasflia No dia 31 de agosto de 2003, a Região Rio mfez ecoar a voz ouvida em Brasília, por ocasião do 1o Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora. Casais que tiveram a graça de participar deste grandioso evento apresentaram os momentos vividos, acompanhados de muita emoção. Dedicamos um dia inteiro para partilharmos estes momentos com testemunhos e apresentações de fotos e vídeos, que fizeram com que os casais que não puderam participar tivessem um pouco do maravilhoso Encontro. O sopro divino recebido pelo nosso SCE da Região, Pe. Nelson Dendena, que idealizou 39
o momento regional, pode se espalhar com o apoio de todos. A intenção de fazer ecoar o evento de Brasília conseguiu atingir nossos ouvidos e corações. Eco é a repetição de som. "Ecos de Brasília" foi muito mais que repetição de sons. Fez ecoar o sentido das ações. Ações que nós, membros do Movimento das Equipes de Nossa Senhora temos que ter para contagiar, influenciar, espalhando pelo mundo que a santificação do casal e da farru1ia é possível com a graça de Deus e a proteção de Nossa Senhora. Marilene e Wanderley Eq. 36B - Região Rio III Rio de Janeiro
•••
Jornada da Espiritualidade
ou seja, cómo vive o seu carisma, a sua espiritualidade. Juntamente com outros equipistas, tivemos a grande felicidade, sob a proteção de Maria, de instalar o stand para, no domingo, estarmos a postos e apresentarmos a todos que nos visitassem, o Carisma e a Mística do nosso Movimento, a fim de que todos conhecessem o que é uma Equipe de Nossa Senhora. A Jornada foi um sucesso. Todos os Movimentos e serviços tiveram a oportunidade de entrosamento e conhecimento. A beleza da Jornada de Espiritualidade culminou com a Concelebração Eucarística presidida por D. Geraldo Majella, Cardeal Arcebispo de Salvador, e Primaz do Brasil, com a participação dos Bispos Auxiliares, D. Dorninique You e D. Walmor Azevedo, padres, seminaristas e diáconos. Na foto, stand das ENS com os equipistas Margarida e Zelito, Lílian (do Aurélio), Helena (do Gildásio), Tião e Joaninha .
Margarida e Zelito Eq. lA - Salvador, BA
Os equipistas de Salvador, que não puderam participar do Encontro Nacional, em Brasília, tiveram a oportunidade de, no mesmo período, receber também as graças dos céus, participando da Jornada da Espiritualidade, promovida pela Arquidiocese local, sob a coordenação do Bispo Auxiliar, D. Dorninique You. O objetivo primordial da Jornada foi o de cada Movimento eclesial mostrar à comunidade católica o "invisível", 40
CM 386
A BOA NOVA SOBRE O CASAMENTO Os casais cristãos de hoje devem ter a possibilidade de receber verdadeiramente a "boa nova" a respeito desta realidade discutida e frágil que é o amor conjugal. Esta boa nova nos revela que o sacramento do matrimônio está a serviço do amor, a serviço da felicidade e a serviço da santidade. Somente o casamento-sacramento pode satisfazer a dupla aspiração humana de amor e de felicidade e atender a inspiração inscrita no coração do homem e nem sempre percebida: o chamado à santidade. As Equipes querem ser um caminho que leve à descoberta das riquezas do sacramento do matrimônio e da profunda comunhão do casal. Pensamos que é precisamente deste anúncio que o mundo de hoje tem uma grande necessidade. O Senhor espera que o proclamemos por nossas palavras e pelo nosso testemunho.
O casamento a serviço do amor "Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou, homem e mulher Ele os criou" (Gn. 1,27) O homem e a mulher são seres da mesma natureza, mas segundo modalidades diferentes que são complementares; de maneira que, ao se unirem, formem um único ser, o casal. Esta convicção gera atitude de louvor a Deus, que inventou o amor humano; uma atitude, também CM 386
de humildade, na consciência da necessidade que se tem do outro para sentir-se um e uma atitude da vontade, a fidelidade, para formar uma só carne. Percebe-se, nesta realidade do casal, toda a riqueza da sexualidade querida e criada por Deus. Assim, torna-se importante que os casais cristãos se preocupem com a qualidade, ao mesmo tempo humana e cristã de sua relação sexual. A espiritualidade cristã é uma espiritualidade encarnada. A especificidade da espiritualidade conjugal decorre do caráter sexual inscrito no sacramento do matrimônio. 1
O casamento a serviço da fe1icidade O sacramento do matrimônio nos ajuda a viver os períodos de crise e de deserto, crises essas, necessárias para crescer no amor, e que permitem romper as barreiras, põem à prova nossa criatividade e levam a situações novas e a comportamentos novos. Tais crises passam a constituir um elemento positivo, na medida em que levam o casal a discernir a vontade de Deus naquele momento de sua vida. Querer o bem do outro, na sua profissão, na sua maternidade/paternidade, no seu equilíbrio psicológico; preocupar-se com a felicidade do outro, mesmo na sua vida sexual; descobrir que reconciliar-se não é resignar-se mas possibilitar um 41
reencontro; viver numa atitude de doação, tomar a decisão de continuar apaixonados ... Tais atitudes, longe de limitar-nos ou oprimir-nos, ao contrário, abre-nos ao outro, aos outros; abre-nos à felicidade.
O casamento a serviço da santidade Os cristãos casados são chamados à santidade. Para eles, não se trata apenas de um chamamento individual, ainda que a pessoa sempre conserve algo de irredutível e de incomunicável, mas de um caminho a ser percorrido em casal. Esta é a grande descoberta da espiritualidade conjugal: os dois amores, o amor conjugal e o amor a Deus, não se excluem mas podem conjugar-se e todas as exigências da vida cristã podem ser vividas em casal. No casamento, a sabedoria consiste em aprender a viver num atitude de "para ti" e não de "para mim". A comunhão surge deste flu-
xo recíproco de doação e acolhimento, e esta é a maior forma de unidade que pode existir no casal, porque decorre do fato de que os dois são um em Jesus. A comunhão não é somente o ponto culminante do amor conjugal, é também o grande dom que o casal pode oferecer. A fecundidade e a educação, a hospitalidade e a amizade, o trabalho e o engajamento são as manifestações deste impulso irresistível que toda comunhão tem, para converter-se em doação. O casal cristão que conhece este estado de graça conjugal, que se alimenta da Palavra de Deus e do Pão da Vida, participa verdadeiramente da vida eucarística. Transforma toda a sua vida em "hóstia santa". Marido e mulher são sinais, "sacramento" do amor de Deus um para o outro e, juntos, para seus filhos e para o mundo.
Extraído de: A Segunda inspiração - Lourdes, 1988
FAMÍllA: UM PROJETO DE DEUS A liberação dos costumes tem proporcionado transformações visíveis no comportamento social de seres humanos, abalando a estrutura clássica e até mesmo o significado de família, cedendo espaço às combinações mais diversas. Ainda assim, percebemos que o sentimento de fanu1ia continua exis42
tindo, apoiado em duas funções essenciais para seus integrantes: amor e respeito. Com a presença desses componentes, cria-se um vínculo entre seus membros, para que a farru1ia possa vitalizar-se. Sem ambos, o berço em que todo ser nasce e se desenvolve não se aperfeiçoa como uma comunidade de pessoas felizes. CM 386
O amor é a forma de apreender o outro, o mais profundo do seu ser, permitindo-nos experimentar adisponibilidade e a generosidade. O respeito, que também deve ser valorizado nas relações interpessoais, propicia-nos demonstrar consideração pelos demais ao aceitarmos as diferenças de conceitos e de preferências. Isso possibilita uma convivência harmoniosa na diversidade de pensamentos e na comunicação. A família, um projeto de Deus que nos criou homens e mulheres à sua imagem e semelhança, por amor e para o amor sem limites, consolida a sua vocação quando estruturada segundo o plano da criação. Esse amor, muito bom aos olhos do Criador e por Ele abençoado, é destinado a ser fecundo e realizar-se na obra comum de preservação da criação e educação da criatura, não esgotando aí as suas atribuições. É protagonista indispensável na história para que aconteçam mudanças sadias de mentalidade em nossa sociedade considerando-se que a aventura maravilhosa do encontro do homem com a mulher no matrimónio, a vida conjugal e a fanu1ia situam-se entre as realidades fundamentais da existência humana. "A farru1ia cristã, uma boa nova para o 3° milênio" foi o enfoque central da "Semana Nacional da Família" comemorada de 10 a 17 de agosto. O tema, inspirado na frase de autoria do Papa João Paulo II proferida em 23.01.2003 e tema do 4 o "Encontro Mundial do Papa com as Farru1ias", permitiu-nos momentos ricos de reflexão direcionados CM 386
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':A familia cristã, uma boa nova para o 3° milênio" foi o enfoque central da
"Semana Nacional da Familia ". para a redescoberta e promoção dos verdadeiros valores cristãos como o amor, o respeito, a amizade, a solidariedade, a partilha, a justiça e a comunhão entre as pessoas. Concedeu-nos também a oportunidade de acreditarmos que é viável a construção de um novo mundo sem egoísmo, sem violência, onde o reconhecimento universal da dignidade humana seja o verdadeiro alicerce da paz; o mundo sem fronteiras, tão sonhado pelos profetas e pelos poetas, pode concretizar-se com abundância para todos. A "boa notícia" da família em favor da vida foi anunciada, proporcionando-nos uma evangelização madura e um aprendizado atual dos ensinamentos de Jesus - o Caminho, a Verdade e a Vida: "afelici-
dade está mais em dar do que receber" (At 20, 35). Basta crer. Que o Espírito de Deus nos ilumine.
Sandra e Calil Eq. 2A- N. Sra. de Fátima Juiz de Fora, MG 43
A NADOS "É na morte que o enigma da condição humana atinge seu ponto mais alto", nos diz o Concílio Vaticano 11, em seu documento "Gaudium et Spes" (n° 18). O Catecismo da Igreja Católica repete esta frase (n° 1006).
De fato, o ser humano, por ser capaz de pensar reflexivamente, sempre se interrogou, com perplexidade, sobre o mistério da morte. Qual o sentido da morte? Existe algo que vai sobreviver à morte corporal? Por que viver para depois morrer? No dia dos Finados, que celebramos dia 2 de novembro, estas questões renascem, principalmente nas pessoas que têm entre os mortos alguns entes queridos. Pelo fato de sermos criaturas corporais, a morte é, em certo sentido, natural. Contudo, o magistério da Igreja, interpretando autenticamente as Sagradas Escrituras, diz que a morte é conseqüência do pecado. A morte entrou no mundo por causa do pecado. A morte não estava, portanto, nos planos originários de Deus. Ao contrário, sendo Ele um Deus da vida, quis, num gesto gratuito de seu amor paterno, subtrair a criatura humana da morte, garantindo-lhe, por graça, a imortalidade. O ser humano, assim, não teria que morrer, por graça especial de Deus. Infelizmente, pelo pecado, na origem da história, os homens perderam esta graça da imortalidade e a morte voltou a dominar sobre a vida 44
humana. A morte, deste modo, voltava como a perdição de tudo. De fato, escreve o apóstolo São Paulo: "Como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram... " (Rm 5, 12). E mais adiante o apóstolo acrescenta: "O salário do pecado é amorte" (Rm 6, 23). Ainda, segundo as Escrituras, o demônio induziu o homem ao pecado e o pecado trouxe como fruto a morte. Deste modo, a morte era o sinal do reino vitorioso do demônio. Por isso, Jesus, ao proclamar o Reino de Deus, dava como um dos sinais mais evidentes de que o Reino de Deus havia chegado, as curas de doentes e a ressurreição de mortos. Ele mesmo disse que o seu maior sinal, o supremo sinal da vinda do Reino de Deus e da vitória sobre o demônio, seria sua própria morte e ressurreição. O reino do demônio foi vencido definitivamente pela ressurreição de Cristo. Por estas razões, a fé católica traz a chave do enigma da morte e pode falar de esperança segura e de vitória certa da vida. De fato, Cristo ressuscitou dos mortos e venceu a morte. Como os ramos da videira estão ligados ao tronco e participam do destino e da vitalidade do tronco, assim nós, resgatados por Cristo ressuscitado, somos feitos membros de seu corpo místico pelo batismo, e deste modo, se permaneCM 386
cermos membros dele nesta vida terrena, também com Ele ressuscitaremos dos mortos para a vida "no último dia" (Jo 6, 39), "no fim do mundo" (Lumen Gentium n° 48). O dia de Finados não se curva diante da morte, mas denuncia sua aparente vitória, para anunciar que ela será vencida pela ressurreição dos mortos. O reino do demônio já foi vencido. O reino de Deus já chegou, embora somente no final da história, com a parusia, ele seja completamente revelado na ressurreição da carne e na vida eterna. O documento do Concílio Vaticano II, "Gaudium et Spes" (Alegria e Esperança), que fala do enigma da morte, também apresenta esta solução do enigma, a ressurreição de Cri to e nossa ressurreição, declarando: "Enquanto toda imaginação
fracassa diante da morte, a Jgre-
ja, contudo, instruída pela revelação divina, afirma que o homem foi criado por Deus para um fim feliz, além dos Limites da miséria terrestre. Mais ainda. Ensina a fé cristã que a morte corporal, da qual o homem seria subtraído se não tivesse pecado, será vencida um dia, quando a salvação perdida pela culpa do homem Lhe for restituída por seu onipotente e misericordioso Salvador. Pois Deus chamou e chama o homem para que ele, com sua natureza inteira, dê sua adesão a Deus na comunhão perpétua da incorruptível vida divina. Cristo, por sua morte, ressuscitando para a vida, conseguiu esta vitória, Libertando o homem da morte" (n. 18). Dom Cláudio Hummes Cardeal Arcebispo de São Paulo
UM CONVlTE ESPECIAL Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor. Há pouco tempo, decidi sair com outra mulher. Na realidade, foi idéia da minha esposa. "Você sabe que a ama", disseme minha esposa um dia, pegandome de surpresa. "A vida é muito curta, você deve dedicar especial tempo a essa mulher... ", insistiu. "Mas, eu te amo", protestei à minha mulher. "Eu sei. Mas você também a ama. Tenho certeza disto". A outra mulher, a quem minha CM 386
esposa queria que eu visitasse, era minha mãe, viúva há 19 anos. Mas as exigências do.meu trabalho e de meus três filhos faziam com que eu a visitasse apenas ocasionalmente. Naquela noite, eu a convidei para jantar e ir ao cinema. "O que é que você tem? Você está bem?", perguntou-me ela, após o convite. Minha mãe é o tipo de mulher que acredita que uma chamada tarde da noite, ou um convite surpresa é indício de más notícias. "Pensei que seria agradável passar algum tempo con45
Nesse momento compreendi a importância de dizer a tempo "te amo" e de dar a nossos pais o espaço que merecem. tigo", respondi a ela. "Só nós dois. O que acha?", perguntei. Ela refletiu por um momento. "Me agradaria muitíssimo", disse ela sorrindo. Depois de alguns dias, estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho; estava um tanto nervoso, era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro ... e, que coisa interessante, pude notar que ela também estava muito emocionada. Esperava-me na porta com seu casaco, havia feito um penteado e usava o vestido com que celebrou seu último aniversário de bodas. Seu rosto sorria e irradiava luz como um anjo. ''Eu disse a minhas amigas que ia sair com você, e ficaram muito impressionadas", comentou enquanto subia no carro. "Elas nem podem esperar para escutar a respeito de nosso passeio. Me aguardam amanhã". Fomos a um restaurante não muito elegante, mas, sim aconchegante; minha mãe agarrou o meu braço como se fosse "a primeira dama". Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu. Seus olhos só enxergavam grandes figuras. Quando estava pela metade do cardápio, levantei os olhos: mamãe es46
tava sentada do outro lado da mesa, e me olhava fixamente. Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios. "Era eu quem lia o menu quando você era pequeno", disse-me. "Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor", respondi. Durante o jantar tivemos uma agradável conversa. Nada extraordinário, só colocando em dia a vida um para o outro. Falamos tanto que perdemos o horário do cinema. "Sairei contigo outra vez, mas, só se você me deixar fazer o convite", disse minha mãe quando a levei para casa. Concordei. "Como foi teu encontro?", quis saber minha esposa quando cheguei naquela noite. "Muito agradável... muito mais do que imaginei ... " Pouco tempo depois minha mãe faleceu de um enfarte fulminante. Tudo foi tão rápido. Não pude fazer nada. Depois de alguns dias, recebi um envelope com a cópia de um cheque do restaurante onde havíamos jantado naquela noite, com uma nota que dizia: "O jantar que prometi, paguei antecipado. Estava quase certa de que poderia não estar ali novamente, por isso paguei um jantar para ti e para tua esposa. Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. Te amo". Nesse momento compreendi a importância de dizer a tempo "te amo" e de dar a nossos pais o espaço que merecem. Aprendi que nada na vida é mais importante que Deus e a família.
Clecí e Nonato Eq. 03C - N. Sra. do Perpétuo Socorro Fortaleza, CE CM 386
A ESTRElA MARlA É normal as pessoas não olharem para o céu ou só olharem para ver se vai chover ou não. E, no entanto, quanta beleza o céu encerra! Se, durante o dia, temos o sol vivo, clareando toda a natureza e as nuvens soltas, alegres, macias mostrando a liberdade tão sonhada por todos, quando chove, a chuva cai de tantas maneiras ... Eu gosto dos primeiros pingos, o cheiro de molhado na terra; e quando ela cai feito cortina, parecendo milhões de fios de cristal, vai formando uns riozinhos que se juntam e se transformam em uma profusão de água que dá vida à humanidade. Quando, em temporada de frio, a neve vem caindo silenciosa, parece carinho no rosto, nos cabelos. O dia fica mais claro. É um belo espetáculo e tudo vem do céu. Embora pareça mistério, a neblina também tem a sua hora; fica na mata, no campo, por cima dos rios e lagos, outro presente da natureza. Durante a noite o espetáculo é indescritível, um imenso tapete negro com milhões de pontos brilhantes: são as estrelas. Assim também é a nossa existência. Às vezes, vivemos nossa vida iluminados como o sol, sendo luz. Outras vezes, as tristezas e o sofrimento nos trazem aos olhos as lágrimas, como a chuva. Há ocasiões em que ficamos longe, o coração apertado, sem vontade, sem ânimo até para sofrer e a escuridão toma conta da situação. Não lembramos dos pontos brilhantes que estão por aí, tão longe, mas ao alcance da nossa vontade. CM 386
Mas, por que falar tudo isso? Temos a maior e melhor estrela a olhar por nós, somos amigas e o importante é procurar abrir os olhos e olhar para o céu, de dia e de noite, em um recinto fechado ou em plena natureza e encontrar, descobrir a Virgem Maria! Teremos luz, calor, vida, consolo nos momentos escuros, na fraqueza, no desânimo, na ingratidão, na ausência de amigos, na dor do corpo e da alma. A Virgem Maria é a estrela das manhãs e das noites nas nossas vidas. Ela olha por nós, chora e vive as alegrias que vivemos. É a nossa Mãe sempre pronta. Com aquele jeito dela, é só Amor! Quando o brilho da nossa existência esmorecer, não fiquemos olhando para o chão, mas tenhamos a coragem de olhar para o firmamento e encontrar a Virgem, a estrela cheia de calor e de luz que nos dá força para continuar nossa caminhada dando louvores a Deus. A Virgem nos dá essa luz que, acreditamos, é o caminho procurado para nossa salvação e conversão.
Cleusa A1aryrosa Antunes de Azevedo Equipe 04 B - Jundiaí Nota: Nossa doce e querida Cleusa escreveu esta mensagem para todos nós alguns dias antes do seu falecimento, ocorrido em 17.09.2003. 47
Agradecimentos Queridos amigos: No momento em que retomamos nossas atividades, após alguns dias de férias, queremos dizer-lhes e repetir, várias vezes, um grande "muito obri~ gado" para extemar toda a nossa grati~ dão pelo acolhimento que vocês nos ~ dispensaram durante nossa estada no ~ seu magnífico país. ... Tudo isso testemunha a vitalidade de sua fidelidade ao espírito da Carta das Equipes de Nossa Senhora, que coloca hospitalidade e acolhimento como virtudes a serem praticadas sem reservas. O calor de sua amizade, todas as atenções e delicadezas que recebemos estão definitivamente marcados no fundo de nosso coração. Não esqueceremos jamais o tempo que pa samos com vocês, pois esses momentos foram sempre oportunidade de verdadeiras e profundas partilhas. •----' Mais uma vez, nós queremos agradecer-lhes por tudo e assegurar-lhes nossa amizade e nossas orações em intenção de vocês e de todos aqueles que os rodeiam. Gérard e Marie Christine Casal Responsável da ERI
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Momento Mágico Desde nossa inscrição para o 1° Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, vivemos em clima de grande expectativa, porque sabemos que todas as atividades do nosso Movimento sempre nos proporcionam muitos ensinamentos, troca de experiências, muitas surpresas e, por conseqüência, grande crescimento na fé. Sabíamos que o Encontro nos daria mais motivação para a nossa caminhada como equipistas de Nossa Senhora. 48
Infelizmente das cinco equipes de nossa cidade, só a nossa pode ir ao Encontro. Mas as outras equipes, além das orações, colaboraram materialmente com o setor de Assis, que promoveu um evento a fim de arrecadar fundos para ajudar a fretar um excelente ônibus. No Encontro, tudo foi perfeitamente maravilhoso, desde o momento de saída até o retomo aconchegante do nosso lar. Tudo o que aconteceu por lá ficará para sempre em nossa memória e em nossos corações. Contudo, neste momento, queremos partilhar especialmente, nossa maior e melhor emoção no Encontro. Foi lá, na Esplanada dos Ministérios, naquele ato público, depois do "pequeno-grande" dever de sentar-se, onde sentimos nossos corações tocados pela mão generosa e abençoada de Nossa Senhora. Na hora do Angelus, no momento mágico, momento de êxtase do pôr-dosol, quando rezávamos ardentemente por nossos filhos e por todos os filhos da Mãe de Deus. Impossível foi segurar as lágrimas que foram de reconhecimento; foram lágrimas de gratidão pelos filhos, genro, noras e netos que Deus nos presenteou. Como foi boa a certeza de que nossa querida Mãe do Céu atendia nossos pedidos, visitando o coração de cada um deles, deixando gravado seu amor com a semelhante intensidade do momento do "SIM", que transformou a história da humanidade. Agradecemos no sa querida Mãe, a Nossa Senhora de todas as Equipes, pelo seu amor e pela oportunidade que tivemos de participar deste Encontro. Como é bom saber que o Senhor faz em nós, maravilhas! Maria Ignez e Mauri Eq. 93 - N. Sra. de Nazaré Paraguaçu Paulista, SP CM 386
Meditando en1 Equipe Com a festa litúrgica de Cristo-Rei, a Igreja encerra o seu ano de celebrações . Terminamos o ano litúrgico reafirmando nossa fé no Cristo Senhor. No Brasil, nesse dia, celebramos o dia dos cristãos-leigos. Nas pegadas de Cristo-servidor da humanidade, renovamos nossa missão de fermento e luz nos ambientes que vivemos. E o Movimento das Equipes de Nossa Senhora faz, neste mês de novembro, o seu balanço do ano equipista . ·
leia, com atenção, João 18, 33-37 Sugestões para a meditação: O que significa, no nosso dia a dia, aceitar Jesus como nosso Rei? Procure também Marcos 1O, 42-45 e partilhe com os irmãos como Jesus reina e nos quer seguindo seu exemplo. Pe. Ernani
Oração litúrgica Salmo 144 Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos . Todos os dias haverei de bendizei-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores, e ninguém pode medir sua grandeza.
Uma geração conta à outra vossas obras e publica os vossos feitos poderosos; proclamam todos o esplendor de vossa glória e divulgam vossas obras portentosas! Narram todos vossas obras poderosas, e de vossa imensidade todos falam. Eles recordam vosso amor tão grandioso e exaltam, ó Senhor, vossa justiça. Misericórdia e piedade é o Senhor, Ele é amor, é paciência, é compaixão . O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura. Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
SUPER-REGIÃO BRASIL Distribuição por Províncias Províncias
Regiões
Setores/ Coord.
Equipes
Casais Equipistas
SCE
Norte
02
11
104
630
75
Nordeste
07
40
375
2370
245
Centro-Oeste
04
19
220
1418
159
Leste
08
40
422
2607
267
Sul I
07
41
519
3003
388
Sul li
07
33
373
2175
199
Sul III
06
33
326
1718
227
41
217
2339
13921 Dados 30.06.2003