EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°396 • Dezembro
2004
EDITORIAL Da Carta Mensal .. .. .... .. .... .... ........ .. 01
Feliz Natal .. .. .. .... .... .. ............ .... ...... 25 O ano da Eucaristia .. .. ...... ...... .... .. . 26
SUPER-REGIÃO Feliz Natal! .. ........ .. .. .. .... ... .. .. .... ..... . 02 Jesus é o presente ........ .. ............ .. . 03 Mensagens da Super-Região .. ....... 04
NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ... .... 27 Vamos a Lourdes .. .. .. ...... ...... .. ...... . 29
CORREIO DA ERI Para conhecer Jesus .. .. ........ .. ......... 07 A vida da ERI e na ERI ...... .. .. .. .... .... 09 O Líbano, uma porta para o Oriente .... .. .. .. ... .... .... 11 TEMA DE ESTUDO Tema de estudo para 2005 .... .. ..... 13 Indicações bibliográficas ...... .. .. .. .. . 14 VIDA NO MOVIMENTO Retiros .... ............ .. .......... .. .. ...... ...... Dia de formação entre equipes .... Sessões de Formação Nível III ....... Estar Equipista ou ser Equipista ... Eis a Questão ........
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FORMAÇÃO Unidade e Partilha ........ .. .... .. ........ . 23 TEMPOS DA IGREJA Mais um ano se vai ..... .. .... .. ...... .. .. 24
Carta M en sal é wna publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa" n• 2 19.336 livro B de 09. 10.2002
Avani e Carlos Clélia e Domingos Helena e Tomaz Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz B. Hackman n
Edição: Equipe da Carta M ensal
Jomalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)
Graciete e Gambim (responsáveis)
Projeto Gráfico: Alessandra Carignan i
MARIA Imaculada Conceição .. .. .. .......... .. .. 30 PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Dever de Sentar-se .. .. ...... .... .. .. .. .. .. 31 TESTEMUNHO Experiência comun itá ria ...... .. ........ 33 Uma noite em oração .... .. .... .. ........ 34 Hospedar Santos .. .. .. .. .. .. .... .. ........ . 35 Hospitalidade e acolhimento .. ...... 35 Uma acolhida especial .... .. .......... .. 37 O importante é amar muito! ... .... . 38
NOSSA BIBLIOTECA . .... ............ .. 36 REFLEXÃO Me destes de comer .. .. .. .... ........ .... 39 ENCARTE . ..... .... .... ...... .. ÍNDICE 2004
Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390- IJ • andar, cj. 115 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxxll ) 3873. / 956 Foto de capa: Acervo Nova Bandeira Impressão: Laborprint Tiragem desta edição: 17.200 exemplares
Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem
ser enviadas para: Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar • conj. 53 O1309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxx /1 ) 3256. 1212 Fax: (Oxx /1 ) 3257.3599 cartamensal @ens.org. br A/C Graciete e Gambim
Queridos Irmãos Equipistas: Mais um ano está chegando ao fim. Já escolhemos nosso Casal Responsável de Equipe para 2005, já avaliamos nossa caminhada neste ano. Neste mês nos ocuparemos com muitas confraternizações em farm1ia, com os irmãos da equipe, com colegas de trabalho e outros grupos ... O ano litúrgico da Igreja, porém, já começou. Celebrando o Advento, nos unimos ao povo fiel do Antigo Testamento e, cheios de esperança, nos preparamos para a vinda do Salvador. Lembramos que, antes de Maria aceitar ser a Mãe de Jesus, Deus já dissera um "sim" de amor à Humanidade, e a fez conceber sem o pecado original. Da declaração desta verdade pelo papa, celebraremos os 150 anos no dia 8 de dezembro. Em breve Jesus nascerá. Ele traz felicidade, que é vida, santidade, amor. Por isso nós confraternizamos e nos dizemos mutuamente "Feliz Natal". Diante da árvore enfeitada, lembremos dos nossos amigos e agradeçamos o maior presente dos céus, Jesus, o Caminho de acesso à "árvore da vida" (Gn 2,9; 3,24). Através das mensagens do Sacerdote Conselheiro Espiritual e dos casais da Equipe da Super-Região, recebamos de cada equipista do Brasil o abraço da paz de Jesus. Por falar em Natal, Mons. Fleischmann pergunta-nos e a cada equipista do mundo se conhecemos Jesus. Nesta edição, constatamos que alguns o reconheceram, hospedando em suas casas irmãos equipistas chegados de cidades distantes, não permitindo que outra vez ele nascesse numa gruta. Além da mensagem de Mons. Fleischmann, o Correio da ERI apresenta a ERI "por dentro" e nos convida a nos alegrarmos com o crescimento das Equipes do Líbano e a orarmos por elas em suas dificuldades. As notícias do Brasil sinalizam a vida do Movimento nos mutirões, sessões de formação, retiros, encontros de estudo, vida de equipe, atividades de missão; Bodas, jubileus e falecimentos. Também nos é recomendado o dever de sentar-se na perspectiva da conversão e nos é recordado o significado da unidade nas Equipes de Nossa Senhora. Nos alegram belos testemunhos e há textos que nos levam à reflexão. Também convém que saibamos as razões de celebrar o ano Eucarístico. E o tema para 2005? Graça e Roberto nos orientam com detalhes e clareza, e indicam alguns livros sobre abnegação e sexualidade. Neste número, ainda, o índice geral das matérias publicadas neste ano. Que todos nós possamos cantar, com Maria, as maravilhas de Deus, pois o Menino que Ele nos deu nos dá a Vida. Feliz Natal, irmã! Feliz Na tal, irmão!
Equipe da Carta Mensal
FELIZ NATAL! Caríssimos casais e conselheiros espirituais! Que a paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja em cada um e em cada equipe! "Glória a Deus nasalturas e paz na terra aos homens que ele ama" (Lc 2, 14). Há mais de dois mil anos que Deus se fez Homem e veio morar entre nós (cf. Jo 1, 14). Que ele possa encontrar em cada pessoa humana um coração acolhedor, um berço amoldado à sua sensibilidade amorosa e possa sentir que sua vinda é esperada. O mundo secularizado nos dá uma lição e o mesmo Jesus nos adverte que precisamos aprender dele. Os filhos deste mundo são mais hábeis que os filhos da luz (Lc 16,8). Nosso mundo, descrito por Lucas, vive na escuridão por não abrir os olhos. A Luz veio, mas só brilha para quem tem olhos abertos. A Luz precisa ser acolhida. O mundo nos ensina e nos impele a nos mobilizar para preparar o Natal, a chegada da Luz. Vejamos o mundo do comércio: Com quanta antecedência se mobiliza para sensibilizar as pessoas. O objetivo dele é claro: vender e lucrar. O objeti vo dos filhos da Luz, os cristãos, será menos atraente e menos valorizado? Com arte, com audácia, precisamos usar meios que sensibilizem para que todos busquem Aquele que vem como Luz. O mercado oferece coisas e Deus oferece seu próprio Filho. O mercado consegue 2
seu objetivo e divulga o crescimento. E nós notamos o crescimento dos que se encontram com Jesus Salvador? O meio de comunicação para ir ao seu encontro é a escuta da Palavra de Deus anunciada pela santa Igreja. Quem será capaz de apresentar ó filho, melhor do que a própria mãe? Estamos tão presos à televisão, vendo a oferta do mundo e ficamos tão alheios e surdos à voz da Igreja Mãe, que tão maternal e belamente apresenta o melhor presente de Deus à humanidade: Jesus Cristo! Quando esperamos uma pessoa querida, quanta criatividade, quanta vontade de surpresas para o esperado! A mensagem de Jesus de aprender dos "filhos das trevas" continua válida. Que fazemos e como trabalhamos para que a oferta do Céu, Jesus Cristo, chegue à nossa casa como o mais belo presente? Este empenho é o que deveria existir em nós para que Jesus Cristo seja esperado como o melhor presente. Um paralítico pedia esmola à entrada do templo. "Não temos nem ouro e nem prata, mas o que temos te damos", responderam Pedro e João (cf. At 3). Queridos casais! Que nossas vidas sejam este ouro e esta prata para quem pede um presente neste Natal. O testemunho é um presente que todos sabem apreciar. Feliz Na tal!
Pe. Frei Avelino Pertile SCE da Super-Região
JESUS É O PRESENTE Amados irmãos! Uma frase encontrada inadvertidamente numa revista de negócios, presenteou-nos com uma "preciosidade" do mundo secular. Vejam o que diz: "O Natal vem aí, com a esperança natural de aquecimento nos negócios. Dada a conjuntura econômica, porém, esse que se aproxima vem enevoado de previsões pessimistas. Nada além de 'lembrancinhas', em vez de reais presentes". Ela manifesta com wna nitidez indiscutível wn campo propício à missão. E nos faz pensar... O Natal faz com que fixemos o olhar no acontecimento central e determinante da história Cristo solidariza-se com a natureza humana, ligando-se a ela indissoluvelmente na Encarnação. Voltando no tempo pelos arquivos da história pessoal, passeamos pelos natais da nossa existência. As ceias ... Os sapatos na janela... As missas do galo ... Os presépios ... Os preparativos ... A espera ... As lembranças ... Relembramos os profetas no Antigo Testamento em sua missão de despertar e manter a expectativa vigilante do povo eleito, prenunciando a vinda do Messias: "Preparai os
caminhos do Senhor" (Is 40, 3). Detivemo-nos wn pouco diante de Maria, que inseriu a humanidade inteira no cerne da vida cristã, com a sua pronta resposta à vontade de Deus: "Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1, 38). Por fim, lembramos João Batista expondo a pior forma de pobreza do CM 396
ser hwnano, a que ignora o que possui. ao dizer-nos: " ... no meio de vós está quem vós não conheceis" (Jo 1, 26). Eis o desafio! Saborear alegremente a certeza-esperança de que o Natal transcende qualquer possibilidade de aquecimento de negócios, pois Natal é tempo de viver e celebrar o maior "presente" recebido pela humanidade: a vinda de Jesus Cristo. O tempo do Advento lembra-nos: Jesus continua sendo esperado por aqueles a quem ainda não foi anunciado. Ele é esperança e alegria para os humildes, para os desamparados, para os doentes, para os oprimidos, para os que têm sede de justiça. As pessoas desejam ver realizados os seus anseios de paz, de segurança, de respeito à vida e de felicidade. As farm1ias clamam pelo dom do nascimento do Salvador prometido. O Advento também anuncia que Jesus chega à história cotidiana dos homens no coração daqueles que crêem. Por isso, ao invés de lembrancinhas, esperemos o melhor Presente, abrindo-nos ao mistério do nascimento de Cristo. Ofereçamos-Lhe morada digna em nossos "corações" e no ambiente em que vivemos. Façamos da nossa expectativa cristã a voz das esperanças da humanidade. Que o mistério do Natal seja fonte de graça e de bênçãos e nos ensine a viver neste mundo com sobriedade, justiça e piedade. Feliz Natal a todos!
Graça e Roberto CR Super-Região Brasil 3
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MENSAGENS DA SUPER-REGlAO
* * Que neste Natal nós equipistas possamos sair de nós mesmos e acolher o menino Jesus, na pessoa dos irmãos e irmãs, partilhando nossos dons, sendo solidários e amando sem medida. Só assim irradiaremos para o mundo a verdadeira felicidade. Feliz Natal e muita Paz, em todos os dias de 2005! Nazira e João Paulo CR Província Norte .
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Queridos Casais e Conselheiros: Desejamos que a estrela que guiou os Reis Magos até Jesus nos guie também para a Luz. A todos um Feliz e Santo Natal. Um carinhoso abraço! Cida e Raimundo CR Província Nordeste 4
Deus em seu infinito amor mais uma vez permite que possamos ser melhores. Em pleno século XXI, podemos reviver a alegria do renascimento de Jesus nosso Salvador. Que Ele com sua simplicidade possa renascer em cada lar e principalmente nos corações dos homens, fazendo com que superemos a idéia do temporário, do imediato para que na organização de nossas vidas retomemos a prioridade dos verdadeiros valores humanos: A Fé, a Esperança e a Caridade, recordando a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos( ...) se eu não tivesse amor, eu nada seria" . Que Nossa Senhora com a sabedoCM 396
ria de mãe possa nos ajudar a sermos protagonistas na formação de valores das nossas gerações. Um Feliz e Santo Natal e que 2005 nos tome verdadeiros irmãos. Rita e José Adolfo CR Província Centro-Oeste
Desejamos que, neste tempo de Advento, Maria e José encontrem alojamento na simplicidade e calor de nossos corações. Que Jesus possa ali renascer mais uma vez e continuar sua missão de redimir o mundo, agora acompanhado por nós, seus discípulos fiéis, também renascidos com Ele. Pedimos a Deus que todos os equipistas e nossas farm1ias tenhamos a graça de um Natal de paz e de alegria, que renove nossa disposição para servirmos à Igreja segundo sua vontade. Feliz Natal ! Josefina e Roque, CR Província Leste
É Natal de 2004 que se aproxima! Jesus sempre nos convida a "nascer de novo", para melhorarmos mesmo aquilo que está bom. No nosso casamento, é momento de nos reapaixonarmos novamente, redescobrirmos o Projeto de Deus em nossa vida. Queremos transmitir a cada Equipista o nosso carinho, nosso abraço fraterno, nosso apoio, nossa súplica para CM 396
que Nossa Senhora interceda junto a Jesus para a felicidade de todos. Natal é felicidade, mas também é momento de reflexão, mudança de vida, balanço da caminhada como equipista e de nos prepararmos para acolher e receber a grande visita que irá nos fortalecer durante o ano de 2005. Alegrai-vos, é Jesus que está chegando! Glória, glória, Aleluia! Sentimos nosso coração se aquecer. Feliz Natal! O objetivo de nossa mensagem é estar espiritualmente ao lado de cada equipista, abraçando-o e vivenciando fraternalmente o carisma do nosso Movimento. Sheila e Francisco CR Província Sul I
Queridos amigos: Natal! Tempo de esperança, reflexão e sonho. Tempo de festa, família, fraternidade, solidariedade e partilha. Tempo de presentes, celebração da vida, amor, paz e doação. Portanto vamos abrir nosso coração ao Deus Menino e vamos deixá-lo crescer em nós. E pela nossa vida vamos dar-lhe em 2005 uma resposta de amor, de fé e muita paz. Que Deus nos abençoe hoje, neste Natal e durante toda a vida. É o que lhes desejamos ardentemente. Com um abraço muito amigo. Teresinha e Agostinho CR Provínia Sul II
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Que o Menino Jesus possa renascer nos corações de todos nós casais equipistas, renovando nossos votos de amor e felicidade e fortalecendo o desejo de chegarmos juntos à santidade! Um Santo e Feliz Natal! Abraços fraternos! Angela e Luiz CR Província Sul III
É Natal! Tempo privilegiado para concentrar-se e descobrir nesse Menino, envolto em panos e restos de palhas, que os caminhos de Deus têm um traçado de simplicidade, humildade e pobreza que nós não entendemos. É Natal! Tempo de diálogo franco e amigo entre marido e mulher, onde a confiança mútua se transforma na alavanca capaz de afastar todos os obstáculos! É Natal! Tempo de parar, sentar-se, recolher-se, escutar e meditar sobre a infinita bondade de Deus. Assim como Deus Pai nos deu seu próprio Filho de presente, que cada casal presenteie sua fanu1ia com o testemunho de uma vida. Um Santo e Feliz Natal a todos os equipistas e seus familiares! Rosa e Paulo Casal Comunicação
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Queridos irmãos: Cristo vem! Com Ele, os céus se abrem, a esperança se renova e sua presença alimenta a fé até no que, às vezes, nos parece impossível. Continuemos, com alegria, a anunciar essa Grande Notícia! Feliz Natal! Feliz 2005! Eunice e Milton CR Secretaria e Tesouraria
Na fragilidade humana do Menino, Deus revela o seu rosto, para no rosto do Filho ver o nosso rosto. Feliz Natal! Graciete e Gambim CR Carta Mensal
"No mistério da Encarnação, Deus doador da vida manifesta-se inteiramente na pessoa de Jesus Cristo. Que este mistério seja para vocês uma fonte inesgotável de esperança. Feliz Natal!" Um abraço fraterno, Graça e Roberto CR Super-Região Brasil CM 396
PARA CONHECER JESUS Nós conhecemos Jesus? Os traços fundamentais da pessoa de Cristo precisam ser sempre redescobertos, na busca assídua da Palavra de Deus, essencial à espiritualidade das ENS. Nas minhas comunicações deste ano, irei propor a Vocês algumas pistas. Existem muitas maneiras de abordar a pessoa de Jesus. As gerações recentes têm feito clara distinção entre urna cristologia de baixo para cima, em que se parte da pessoa humana de Jesus para descobrir a grandeza de sua missão e a sua divindade, e urna cristologia de cima para baixo, em que se acolhe a revelação do Cristo que desceu e se fez homem entre nós, e se reflete sobre o que isto implica na história humana. É freqüente admitir e associar as duas abordagens, sendo natural e necessário fazê-lo. Hoje eu venho propor para vocês a reflexão sobre a primeira abordagem: retornar sempre aos testemunhos de São Paulo e de São João, complementares aos evangelhos sinóticos. Dito isto, o nó central é evidentemente o fato: o mistério da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, ponto de passagem obrigatória para a compreensão do Evangelho, do Novo Testamento e de nossa relação com o Cristo. CM 396
Se nós hoje falamos de Jesus, o Cristo, é porque um grupo de discípulos, no tempo da Páscoa, O reconheceu despertado da morte, liber- .___ _. tacto, exaltado, ressuscitado. Eles proclamaram esta Boa Nova, que é sua convicção e sua fé. As primeiras profissões de fé que têm chegado até nós resumem o essencial. Paulo escreve assim aos Coríntios (em torno do ano 54): Eu vos transmiti em primeiro lugar o que eu mesmo tenho recebido, a saber, que o Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, que ele foi posto num túmulo, que ele ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, que ele apareceu a Pedro ... (I Cor 15,3-5). Nesta passagem, Paulo nos mostra a sua certeza de que Jesus conheceu a morte corno todo o ser humano, mas que está vivo e permanecerá para sempre. Estes testemunhos não têm por 7
1 Os traços fundamentais da pessoa de Cristo . precisam sempre ser redescobertos na busca assfdua da Palavra de Deus
objetivo fazer uma biografia de Jesus. Os critérios deles não são os da nossa cultura histórica atual. Como anunciadores da Boa Nova de Jesus vivo, eles a desenvolvem retomando o ensinamento colhido junto dele durante sua vida terrestre: as suas palavras, gestos, milagres, conflitos em que se envolveu, sua Paixão. Em resumo, eles fazem um movimento do hoje para o ontem, sua memória iluminada pela Ressurreição os faz compreender a relevância das palavras e ações de Jesus. Os fundamentos históricos não são menos consistentes, se evitarmos os preconceitos que descartam a priori a veracidade histórica dos dados do Novo Testamento. Ninguém mais põe em dúvida a existência histórica de Jesus de Nazaré. Estão presentes nos quatro Evangelhos referências geográficas e cronológicas que situam bem a existência de Jesus no espaço e no tempo. As testemunhas parecem ser tanto mais dig8
nas de crédito quanto elas não se dão o trabalho mais fácil: elas não escondem suas próprias dúvidas, notadamente diante dos anúncios da sua paixão e da sua ressurreição. As abordagens dos quatro evangelistas são diferentes, mas eles coincidem no fundamental, sem contradições importantes, ao trazer à lembrança a imagem de Jesus, cuja condição humana obedece à lei comum, com exceção do pecado. É fácil realçar os seus traços principais nos Evangelhos: seu nascimento, seus sentimentos, como a amizade, a fadiga, seu sofrimento e ainda a sua morte. Outros elementos mostram que Jesus tinha também uma outra dimensão: pensamos espontaneamente em seus milagres, destacando sempre que os Evangelhos não insistem em seus aspectos espetaculares, mas os relatam pelo que eles significam. São João os chama de sinais. Não se deve, porém, negligenciar a intimidade de Jesus com o Pai dos Céus, intimidade que contém grande poder de revelação. Nosso conhecimento sobre Jesus alimenta nossa esperança, nossas razões de sermos ativos na Igreja, nossa fé com tudo o que ela implica. O crente é aquele para quem os fatos e as mensagens recebidas são outros tantos sinais de uma presença que se revela, sinais de Deus entre nós, que confere à nossa vida seu sentido último. (continua)
François Fleischmann Sacerdote Conselheiro Espiritual da ERI CM 396
A VlDA DA ERl E NA ERl Um pequeno grupo de sete casais e um sacerdote, provindos de diferentes partes do mundo, que se reúnem três vezes por ano, cada vez durante cinco dias: é a Equipe Responsável Internacional - ERI. Este editorial quer contar para vocês, com simplicidade, o que é a ERI e a sua atividade, para que todos possam conhecer melhor seus compromissos. Assim vocês poderão acompanhar o trabalho dela com amizade e com preces. Para compreender a maneira de viver da ERI, o mais simples é partir do sentido das palavras e aprofundar o seu significado, pois elas exprimem a intuição que levou à escolha delas.
"E" de Equipe: A ERI é antes de tudo uma equipe como qualquer outra entre as milhares de outras equipes que exisCM 396
tem em todas as partes do mundo. Ela é uma equipe semelhante à nossa, que acompanha o desenvolvimento de nossa vida conjugal. O fato de que esta equipe tenha um serviço eSpecífico a prestar não deve fazer esquecer que o serviço, dentro de nosso Movimento, só tem valor se vivido em espírito de fraternidade, de partilha e de prece: base de nosso "estar juntos". O tempo que os casais da ERI passam juntos, mesmo se mais longo que aquele de uma equipe de base, é organizado segundo o ritmo próprio de cada reunião de equipe e de acordo com o método de reunião específico das ENS. Cada novo dia começa e termina com uma oração, preparada e animada pelos diversos casais. Cada dia é também ocasião de celebrar a Eucaristia. É para nós uma exigência profunda que nosso trabalho seja mar9
cado por estes momentos de oração. Conhecemos o valor da partilha de vida e sabemos que o fruto de um trabalho pode ser muito mais valioso se ele se fundamenta sobre um conhecimento recíproco e um autêntico espírito de amizade. O primeiro dia de reunião é dedicado à alegria do reencontro e a um longo pôr em comum a respeito dos últimos acontecimentos que marcaram nossas vidas pessoais e familiares. Ele prossegue com a partilha sincera e humilde de nosso caminho espiritual que, como para todos, é vivido às vezes na serenidade e na confiança e, em outras, na dúvida e na fadiga. É somente depois de terillos vivido esse tempo de pôr em comum e de partilha que podemos nos dedicar ao verdadeiro trabalho da ERI. Ele começa pela partilha de problemas existentes nas diferentes zonas de ligação e nos diferentes países. Em seguida se faz a análise dos documentos produzidos pelas Equipes Satélites e, por fim, a organização de reuniões e eventos. Tratar dos problemas e das questões concernentes à vida do Movimento em todo o mundo é para nós "tema de estudo". "R" de Responsável: Para melhor compreender o valor desta palavra, "responsabilidade", que tantas vezes nos interpela, é oportuno conhecer a sua origem. Responsável é uma palavra que vem do verbo latino "responsare" que deriva do substantivo "responsus", uma forma do verbo "respondere" (responder), cuja raiz é com10
posta de dois elementos: "re" e "sponsus". Há aí uma referência direta aos esposos unidos por um laço esponsal, de outro modo dito conjugal. É admirável, portanto, que a palavra responsabilidade lembre nosso compromisso de esposos ao assumir nossas responsabilidades. Mas prossigamos com a comparação: sponsus é o substantivo de spondere que significa prometer, que por sua vez vem de um verbo utilizado na região hitita, "spendo". "Spendo" significa fazer libações ou "verter gota a gota". Do mesmo modo, a promessa dos esposos não é vivida somente no dia docasamento (não é uma libação só), mas ela se destila gota a gota, dia por dia. É assim também para o responsável, que não pode cumprir sua missão de uma só vez, ao contrário, deve vivê-la pouco a pouco, como se a cumprisse gota a gota. A responsabilidade da ERI é, então, de prever, projetar e organizar a vida do Movimento. Ela é, sobretudo, de manter constantes no tempo a promessa e o engajamento de todas as equipes e de todos os equipistas, para que todos sintam o mesmo sentimento de identidade de fé na mensagem evangélica de Cristo e na mensagem mais específica do Pe. Caffarel. "1" de lnternacional Será que o Pe. Caffarel teria imaginado que a semente lançada por ele e por alguns casais em uma simples paróquia de Paris iria se difundir até os países mais longínquos, em todas as partes do mundo? Quem CM 396
sabe ele tenha sonhado um Movimento como o nosso hoje em dia, lendo a passagem de João: "Levantem os olhos e vejam: os campos já estão maduros para a colheita (Jo 4, 35 ). No entanto, hoje, sob nossos olhos, a difusão do Movimento envolve as realidades mais diversas. O Movimento, com efeito, vive não somente de seu carisma original, mas se alimenta e se nutre dos pensamentos, das obras, dos gestos e das palavras dos equipistas que, por uma troca contínua e recíproca de dons e de serviços, continuam o caminho iniciado por Pe. Caffarel. O caminho, embora sempre com o mesmo objetivo, que é a realização do Reino, prossegue por vias que podem ser diferentes. As vias levam em conta a história particular de cada um de nós e de nossos países. Apesar disso, temos todos amesma fé no "Cristo Centro e Senhor da História", que nos acompanha
e nos cumula dos dons da amizade e da fé partilhada. Compreender a diversidade, respeitar a especificidade, desenvolver os pensamentos e os talentos de todos, velando com cuidado e amor pelas riquezas dos casais do nosso Movimento, em espírito de unidade: eis o desafio da vida internacional da ERI. Toda a vida da ERI é a de ser uma equipe a serviço dos irmãos equipistas do mundo inteiro, capaz de ser responsável com discernimento por decisões adotadas para o desenvolvimento presente e futuro das ENS. Toda a vida da ERI é a de estar a serviço da Unidade internacional do Movimento. Para isso se apóia sobre membros que desenvolvem um serviço fundado sobre o amor por Cristo e sobre o que o Evangelho nos anuncia dentro da História.
Cario e Maria Carla Volpini Casal Membro da ERI
Noticias lnternacionais
O LÍBANO, UMA PORTA PARA O ORlENTE O Líbano é mais que um país, é uma mensagem ... É assim que o Santo Padre descreve nosso Líbano ... Uma mensagem de pluralismo, tanto ao nível das religiões, quanto das culturas e das línguas .. . Depois de sua entrada no Líbano nos anos sessenta, o Movimento das Equipes de Nossa Senhora tem CM 396
formado numerosas comunidades eclesiais entre os casais. Em uma sociedade católica de língua francesa, o Movimento encontrou boa acolhida. Tudo era em francês: orações, temas, partilha, celebrações eucarísticas. Os casais, membros dessas primeiras equipes, faziam parte da classe 11
média burguesa e culta. A liturgia romana era adotada por todos: maronitas, latinos, gregos católicos e mesmo gregos ortodoxos. Isto durou até o início dos anos setenta. A partir de 1975, tudo se desestabilizou. Pela primeira vez os casais das ENS foram tomados por sentimentos nacionalistas e confrontados com o fanatismo religioso. Numerosos foram os casais das ENS que deixaram, então, o país em busca de paz e de estabilidade, já que não encontravam mais o Líbano que conheciam e ao qual pertenciam. No entanto, o Líbano permanecia em seus corações e eles acreditavam nele, apesar de tudo ... Em conseqüência, o Movimento, assim como o País, entrou em uma sonolência longa e dolorosa por mais de 15 anos. Os responsáveis pelo que tinha restado do Setor Líbano arriscavam suas vidas incessantemente para atravessar as linhas de demarcação e poder visitar os outros membros do Movimento. Ressurreição! Como o país em ruínas, era necessário que também o Movimento renascesse das cinzas. Entretanto, o pós-guerra trouxe um novo estado de coisas, uma configuração inédita: o Movimento deveria refazer sua fisionomia, para que pudesse atingir uma nova camada da sociedade libanesa, a dos casais jovens, que não necessariamente falavam francês . Surgiu, então, a necessidade imperiosa de traduzir tudo para o árabe literário. Pouco a pouco, o número de casais aumentou e passou 12
de 4 equipes, no fim da guerra, para 35 equipes em 2004. Além do mais, com o surgimento de equipes novas, foi necessário recorrer a outras congregações locais de diferentes ritos, além dos Jesuítas ou Dominicanos, para o recrutamento de Sacerdotes Conselheiros Espirituais. Com o passar dos anos, os encontros nacionais, antes todos em francês , começaram a ser preparados em árabe, que se tornou a língua oficial do Movimento a partir de 1990. A Carta das Equipes do Setor Líbano reuniu as duas línguas, o árabe e o francês , para responder às necessidades de todos. O nascimento da Região Líbano em 2003 consagrou este novo estado de coisas. Das 35 equipes que constituem a Região, dois terços falam árabe. Esta nova situação trouxe, por um lado, um enriquecimento espiritual ao Movimento, por outro, porém, representa um desafio não desprezível no que se refere à tradução, a fim de que todos os membros possam usufruir dos textos postos à sua disposição pelo Movimento. Toda expansão rápida exige um aprofundamento de sua pedagogia. É por isso que a orientação principal da Região consiste em trabalhar na consolidação da pedagogia do Movimento. Uma vez vencido o desafio da expansão, o Movimento das ENS terá contribuído para fazer do Líbano uma verdadeira mensagem para o oriente e para o mundo.
por Rita e Yussef Zgeib CM 396
TEMA DE ESTUDO PARA 2005 Fiéis à prioridade de reflexão proposta no Encontro Internacional de Compostela, "Ser casal cristão hoje na Igreja e no mundo", empreenderemos em 2005 um esforço de reflexão em tomo do significado humano e cristão da SEXUALIDADE E ABNEGAÇÃO. O tema de estudo terá como eixo esta mesma linha temática. Recordamos que a necessidade de estudo integra as inspirações do Movimento desde os seus primórdios. Pe. Caffarel evidencia essa necessidade ao incitar-nos a "conhecer melhor para poder amar":
"O amor conjugal declina quando os esposos renunciam a ir, cada dia, à descoberta um do outro. Isto acontece também nas nossas relações com Deus: o amor torna-se periclitante quando relaxa o esforço do conhecimento" (Cem cartas para oração, pág. 85). As Equipes de Nossa Senhora sempre ajudaram seus membros a caminhar rumo à santificação, animando-os a aprofundar seus conhecimentos religiosos e conformar suas vidas às exigências de Cristo. Os Estatutos de 1947 já expressavam que os equipistas sempre quiseram reagir à pouca vitalidade religiosa e à irradiação limitada da maioria dos casais cristãos. O conhecimento sumário e fragmentado do pensamento divino e do ensinamento da Igreja mantinha a fé medíocre e frágil. Também colaborava nisso o conhecimento superficial das realidades familiares, do casamento, amor, CM 396
paternidade, educação etc. (Cf. Estatutos das ENS 1947 - 1972. ln: Guia das ENS, anexo I, pág. 54.) O Guia das ENS, ao tratar da troca de idéias sobre tema de reflexão numa reunião de equipe, afirma que ele provoca um confronto de reflexões que permite aprofundar a fé dos seus membros. Essa troca de idéias é oportunidade para os equipistas desenvolverem e formarem a sua consciência pessoal. Não se trata apenas de uma atividade intelectual, mas também de uma atividade espiritual. Nesse sentido, o esforço de reflexão a ser realizado em 2005 ajudará os casais a melhor compreender o sentido humano e cristão da sexualidade e da abnegação, a fim de que essas dimensões da vida recuperem o seu papel como parte integrante da verdade sobre o ser humano. Destacamos que essa reflexão não pretende produzir qualquer documento, nem deseja definir a "posição oficial" do Movimento. Tampouco pretende discutir "o que é certo e o que é errado" ou mesmo "o que pode e o que
não pode ser feito". •
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Deseja-se essencialmente: Sensibilizar os casais equipistas a cuidarem generosamente do seu amor conjugal, permitindo que a espiritualidade os ajude a viver e a testemunhar uma autêntica vida matrimonial. Aprofundar a reflexão sobre o significado humano e cristão da sexualidade e da abnegação. 13
• Resgatar as conclusões do Projeto Evangelização da Sexualidade. Aos moldes do que foi realizado em 2004, a Equipe da Super-Região não indicará uma obra específica, única, para a realização do tema. Tampouco o fará a Equipe Responsável Internacional. (Esta decisão não se aplica às equipes saídas de pilotagem, que continuarão adotando o tema Amor, Felicidade e Santidade). Assim, com base nas Orientações para 2005, espera-se que cada equipe escolha a indicação bibliográfica que melhor atenda às necessi-
dades e aspirações de seus membros, ajudando-os a aprofundar sua experiência de amor conjugal. Que o Espírito Santo, que faz homem e mulher serem "coração" um para o outro na geração do amor, permita-nos viver uma sexualidade impregnada da espiritualidade conjugal, impulsionando-nos a assumir radicalmente a santidade como sustento de vida e força da ação missionária.
Graça e Roberto CR da Super-Região
lNDlCAÇÕES BlBllOGRÁACAS As obras sugeridas abaixo destinam-se aos equipistas que desejam conhecer melhor os recursos colocados por Deus no ser humano para realizar o Seu projeto de amor. Apresentam os fundamentos propostos pelo Magistério da Igreja e a própria caminhada histórica do Movimento quanto ao tema proposto.
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SEXUALIDADE HUMANA< Vl:RDADE E SIGNIFICADO
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A Missão do Casal Cristão
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Encíclica Humanae Vitae
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Sexualidade humana: Discurso de verdade e significado. Paulo VI às ENS Missão do Casal Cristão. Nova Bandeira, 2003 e ED Loyola, 1998: Págs. 82 a 101; Ed. Loyola 1990: págs.84 a 104. CM 396
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A SEXUALIDADE
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Evangelizar a sexualidade: reflexão das ENS sobre a sexualidade
Homem e mulher Ele os criou (Está sendo impresso. Será lançado no final de dezembro)
As indicações a seguir sugerem outras obras que oferecem oportunidade de aprofundar a reflexão do mesmo tema segundo outras perspectivas. Esta não é uma indicação exclusiva. Outras obras poderão ser utilizadas, desde que estejam no contexto da temática proposta e ajudem a alcançar os objetivos pretendidos. 1. BASSI, Gianni. E ZAMBURLIN, R. A Comunicação do casal. Santuário .. 80 pág. 2. BEGIN, Yves. A dinâmica da intimidade. Santuário. 112 pág. 3. BENETTI, Santos. Sexualidade e erotismo na Bíblia. Paulinas. 320 pág. 4. BOTERO, Sílvio. O amor conjugal: fundamentos do casal humano. Santuário. 269 pág. 5. CAVALCA, Flávio. Abnegação. ln: Carta Mensal no 388 - fevereiro/março de 2004. (Encarte) 6. CAVALCA, Flávio. Vivência cristã da sexualidade. ln. Carta Mensal no 394 - outubro de 2004. (Encarte). 7. CHARBONNEAU, Paul-Eugéne. Sentido cristão do casamento. Loyola. 268 pág. 8. CONTE, Hildo. A vida do amor: o sentido espiritual do Eros. Vo-
zes, 2001. 280 pág. 9. DADEUS GRINGS. Casamento, amor e sexo.Santuário. 200 pág. 10.DEBERGÉ, Pierre. O amor e a sexualidade na Btblia. Santuário. 136 pág. 11. DOMINIAN, Jack. Casamento, fé e amor. Edições Loyola. 264 pág. 12.IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja Católica. 13.JOÃO PAULO II. Exortação apostólica "A missão da família cristã no mundo de hoje". 14.MOSER, Antônio. O enigma da esfinge - a sexualidade. Vozes. 288 pág. 15. THELLUNG, A. Moral conjugal em conflito. Santuário.160 pág. 16.TROBISCH, WALTER. Caseime com você. Loyola. 168 pág. 17.VATICANO II. Gaudium et Spes. Constituição pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje.
Graça e Roberto CR Super-Região Brasil CM 396
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RETIROS Campo Granàe/MS Queridos irmãos equipistas: Tivemos, nos dias 11 e 12 de setembro, o nosso retiro anual do setor "A". Além de ser um dos pontos concretos de esforço, o retiro é um momento para que possamos parar, refletir e, com certeza, para que todos os participantes tenham um grande crescimento espiritual. O orientador foi o Pe. Osmar Bezutte, que com seu jeito manso, tranqüilo, conduziu de forma primorosa o retiro, desde o seu começo até o encerramento, com a santa missa. Com a celebração da abertura, começamos a ser "retirados" do nosso agitado cotidiano e alçados a um exercício espiritual, para que cada um tivesse um encontro consigo mesmo, com o casal equipista que somos, com os irmãos, com Deus, buscando os valores fundamentais que norteiam nossa vida, com muita oração, escuta da Palavra, meditação. Após refletirmos sobre o ser humano, um projeto infinito, Pe. Osmar nos conduziu por uma "leitura orante" da Bíblia, em seus quatro degraus: a leitura, que deve ser feita pausadamente, com muita atenção e acolhimento, e uma segunda leitura se preciso (o que o texto diz); a meditação, onde se verifica os sentimentos e apelos de conversão experimentados (o que o texto diz para mim); a oração (o que o texto me faz dizer a Deus); e a contem16
plação. Um dos exercícios de leitura orante foi concluído com o dever de sentar-se. A partir da afirmação dos bispos de que "o êxito da evangelização depende, em grande parte, da espiritualidade e da mística de quem evangeliza" (CNBB, doe 45, n° 186), também fomos chamados à consciência missionária. Outros momentos fortes do retiro foram o terço das virtudes de Maria, a vigília, a adoração do Santíssimo Sacramento, a celebração do Perdão e a Eucaristia. Podemos realmente afirmar que foi um tempo de muito aprofundamento, propiciando crescimento espiritual a cada casal. O Movimento, através do Setor "A", envidou esforços para que todos os casais de nossa Região fizessem o retiro. Da nossa equipe participaram do retiro três casais. Sentimos muito a falta dos demais, uma vez que parecíamos apenas "parte", quando na realidade a equipe é um todo. Temos fé que os casais que não puderam participar deste retiro se esforçarão para estar no que será organizado pelo Setor "B", pois a participação no retiro é um ponto concreto de esforço. O nosso Conselheiro, Pe. Ricardo, também esteve presente ao retiro, atendendo às confissões. Carmem e Erwin Eq. N. S. do Carmo - Setor A Campo Grande, MS CM 396
Vinhedo/SP O Retiro anual do Setor Vinhedo/SP foi realizado nos dias 10, 11 e 12 de setembro de 2004, compresença de 90% de nossos equipistas. Ficamos conhecendo mais sobre a vida de Jesus, ao aprofundar os mistérios do Rosário, principalmente, os Mistérios da Luz. Através do Rosário queríamos conhecer Jesus com os olhos de Maria, e encontrarmos uma nova dimensão de Cristo em nossa vida. O Retiro foi pregado pelo Padre Herman Van der Meer (Pe. Germano- indicado por Dona Nancy). Ele conduziu as meditações com muita experiência. A alegria do Espírito Santo inebriava a todos na missa de encerramento. Procurou-se seguir as normas emanadas de nosso CRR, realizando um retiro com cunho bem espiritual, com a celebração da santa missa nos dois dias, oração do terço, adoração do Santíssimo Sacramen-
to. Para a missa do perdão (sábado à noite), contamos com o auxílio de três padres nas confissões de quase todos os equipistas. Mantivemonos em retiro por 46 horas - 19 horas de sexta-feira até 17 horas de domingo. Maravilhoso! Outra grande alegria foi ter Dona Nancy fazendo o retiro conosco. Equipe Nossa Senhora do Rosário Eq. 7 do Se to r Vinhedo Região SP, Centro I
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OlA DE FORIV\t\ÇAO ENTRE EQU1PES Nosso dia de formação entre equipes foi realizado no dia 18 de julho, no Centro de Capacitação dos Professores, em João Pessoa, local bem estruturado e adequado para o evento. O CR do Setor "A", ao planejar as ações para o ano de 2004, iluminado pelo "Espírito Santo", percebeu a necessidade e a importância de que fosse realizado um evento dessa natureza, para que os EquiCM 396
pistas passassem a caminhar com mais firmeza, perseverança e determinação, à procura da santidade conjugal. Lançada a semente, foram surgindo os frutos, ou seja, os temas de interesse geral para serem discutidos, debatidos e pesquisados, como: O Espírito Santo, Abnegação, Amor e Abnegação, Pontos Concretos de Esforço, Casal Animador, Liturgia e Sacramento da Penitência. 17
Iniciamos o dia invocando o Espírito Santo e recitando o Terço do Espírito Santo. Na seqüência das pequenas palestras, percebíamos o quanto haviam sido pesquisados e estudados os assuntos para que fossem repassados com detalhes. Também tivemos sociodramas, engraçados, mas com grande conteúdo de informações para nossa reflexão, transparências, cânticos, lindos e comoventes testemunhos. Através deles foi possível refletir sobre o verdadeiro significado da palavra abnegação, que anda de mãos dadas com a palavra amor. Todos os temas foram bastante discutidos. Percebemos o empenho e a dedicação de todos na preparação e apresentação dos temas. Sentimos, e era possível ver no semblante de cada um, aquela sede do saber mais, do informar-se, do aprender e da necessidade de pôr em prática tudo o que estava sendo visto e ouvido naquele dia.
Tivemos também a visita do CR da Província Nordeste, Cida e Raimundo, que ressaltou a importância de um dia de formação para toda a farm1ia das Equipes de Nossa Senhora e nos parabenizou pela iniciativa. O ponto mais alto e mais importante do nosso dia de formação foi a celebração da Santa Missa, presidida pelo Pe. Francis Higdon (carinhosamente chamado Pe. Chico). O lanche e a refeição foram partilhados entre os irmãos em Cristo, como antigamente. Ao final do encontro, sentimos que se faz necessário organizar outros dias como este, para nos fortalecermos na caminhada de fé. Que Nossa Senhora interceda junto a Jesus Cristo pela grande família equipista e pelas famílias do mundo inteiro.
Elaine e Kelton Eq. 2/A- N. S. do Rosário João Pessoa/PB
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SESSOES l)E FORMAÇAO
NlVEllll Nas Montanhas
ào Rio de Janeiro Naquele tempo Jesus subia ao monte para orar, e segundo os evangelistas, era esta a atitude que o Senhor tomava sempre que era necessária uma ajuda de Deus. Também a Província Leste foi à montanha para aprender muito sobre o Movimento. As dificuldades habituais 18
na formação de seus quadros exige uma reflexão maior sobre a responsabilidade e a colegialidade: precisamos da luz do Espírito Santo e da presença viva do Senhor entre nós. Assim é que 58 casais das Regiões Rio I, III, N, V, seus Regionais, o CR Província Leste e Pe. Tarcisio, SCE da Equipe da Província Leste, se recolheram por dois dias CM 396
na cidade de Mendes/RJ, para uma Sessão de Formação Nível III, onde, após um aprofundamento sobre Carisma-Mística-Unidade, feito por nosso Casal Provincial, Josefma e Roque, nos entregamos totalmente ao desafio de conhecer melhor que o motivo que nos deve levar a assumir uma responsabilidade nas ENS é a considerarmos um chamado de Deus feito através dos responsáveis pelo Movimento. Saímos de Mendes convictos de que a aceitação desse convite não mais nos assustará, pelo contrário, nos encherá de alegria por sermos incluídos no plano de Deus, o qual temos certeza não nos faltará, dando-nos capacidade para animar e promover a unidade. Por longo tempo nos detivemos no estudo dos objetivos principais da Responsabilidade, com ênfase à animação, abordada nos mínimos detalhes, desde a busca da vontade de Deus na oração, a forma de compreender as necessidades espirituais dos casais, a maneira de compreendê-los, desculpá-los, valorizálos, admirá-los. Animar é ser o sal que dá vida e que move a caminhada com mais sabor, como disse Jesus em Mt 5,13. Também abordamos a unidade, CM 396
ajudados pela colocação do Casal Provincial, tomando-se o exemplo da nossa Igreja que se mantém firme graças à unidade observada desde Jesus Cristo, levando-nos a dar grande importância aos fatores que geram esta unidade: Estatutos, o Carisma, a Carta Mensal, o Magnificat etc .. A unidade consolidada nestes alicerces traz para nós equipistas os frutos da responsabilidade, como: fraternidade, humildade, hospitalidade, espírito missionário, tolerância, enfim coerência entre fé e vida. O exercício da responsabilidade no Movimento deve ser vivida pelo casal, de forma temporária, não nos dando chance de sermos donos e nem agirmos com autoritarismo, mesmo porque devemos ser auxiliados em colegiado, para que o discernimento seja total e consciencioso. Também refletimos que a nossa ótica de responsabilidade deve estar fundada em nossa especificidade, isto é, na realidade de que somos casais e não religiosos. A nossa atuação, apesar de ser na equipe se reflete em todo o Movimento, devendo haver uma vivência mais plena dos PCEs, tendo a Palavra de Deus como carro chefe. Isso é fundamental, visto que ela fortalece aqueles que se entregam ao seus ensinamentos.
Penha e Viriato Eq. 52 - Setor A, Região Rio III
••• Região São PatAlo Norte 1 Nós da Região SP Norte I tivemos a alegria de, nos dia 18 e 19 de setembro de 2004, na Casa de Retiros Santa Teresinha, na cidade de José 19
Bonifácio/SP, realizarmos a Sessão de Formação Nível ID, com a participação de 38 casais dos setores A e B de Votuporanga, A e B de Catanduva e do Setor de José Bonifácio. Contamos também com a presença do SCER, Pe. Rubens Carlos Sobrinho e das Irmãs Conselheiras Maria Inês, Bárbara e Maria. A sessão de formação nível III, dirigida a casais equipistas dispostos a se aprofundarem no compromisso com a Igreja e com as Equipes de Nossa Senhora, tem como objetivo preparar casais para assumirem responsabilidades nos quadros do Movimento. Iniciamos no sábado, com uma bela abertura na capela, onde, após darmos as boas vindas a todos, Pe. Rubens falou sobre os valores do Reino, do sacramento do Matrimônio e da formação. Foram abordados temas como o Carisma, a Mística e Espiritualidade Conjugal, o Exercício da Responsabilidade e outros. Além da parte expositiva, houve momentos de grande espiritualidade entre os casais. Foi acentuado que o serviço em prol do Movimento sempre nos traz muita satisfação e bênçãos, destacando-se que nas Equipes tudo deve ser decidido em colegialidade. Foi um encontro rico em dinâmicas, espiritualidade, estudo e trabalho em grupos de estudo. 20
As orações e as liturgias foram comoventes, nelas se percebendo a presença de Jesus e de Maria. Além de orações, houve adoração ao Santíssimo, leituras bíblicas, e em especial a Celebração Eucarística de encerramento, esta presidida pelo SCES Pe. Mauro Ziati Pereira, que com muita sabedoria conduziu o ato penitencial como o momento forte da celebração. Parabenizamos os casais que vieram de outras cidades e fazemos um agradecimento especial ao Casal Provincial, Terezinha e Agostinho que, com sua disponibilidade, amor, carinho trouxe para todos nós muitos ensinamentos, humildade e alegria. Que Jesus e Maria nos una no seu amor.
Angélica e Eduardo CR Região São Paulo, Norte I
••• Região Rio Grande do Sul I
A Região RS I realizou nos dias 15, 16 e 17 de outubro de 2004 a sua Sessão de Formação Nível III, na Casa de Retiros São Francisco de Assis, em Garibaldi/RS. Participaram vinte e nove casais, num clima de espiritualidade e fraternidade, e momentos férteis de formação. Os temas apresentados, ricos em conteúdo e informação para o fortalecimento de nossa caminhaCM 396
ÍNDICE GERAL DAS PUBLICAÇÕES DA CARTA MENSAL EM 2004 Este índice compreende as edições de número 388 a 396
ATUALIDADE Campanha da Fraternidade de 2004 ........................................... 388-32 Campanha da Fraternidade .......................................................... 391-40 Casal, Imagem Viva da Trindade, O ............................................. 391-41 Confiança ................................................................................... 389-25 Conselho de um Velho Apaixonado ............................................... 391-36 Coral das ENS- Belém ................................................................ 390-39 Equipes Jovens Agradecem .......................................................... 395-33 Intimidade, A ............................................................................... 390-40 Homenagem ao Santo Padre o Papa João Paulo li ......................... 388-31 Hora da Paz Interior, A ................................................................. 395-36 Ministério do Casal Cristão ........................................................... 391-39 Mudanças ................................................................................... 391-37 Pequena História do Casamento ................................................... 390-36 Raízes Profundas ......................................................................... 391 -38 Sonho e Um Desejo, Um .............................................................. 395-34 Sejamos Misericordiosos .............................................................. 389-26 Verdadeira Juventude, A .............................................................. 391-42 Região Paraíba se Apresenta ao Arcebispo .................................... 396-28
COLEGIADO NACIONAL Cerimônia de Posse ..................................................................... 394-16 Encontro de Ação de Graças, Um ................................................ 394-06 Flashes ........................................................................................ 394-13 Mensagem de Posse e de Envio .................................................... 394-20
COLÉGIO DA ERI Clima Especial Pairava no Ar!, Um ............................................... 393-06 Confraternização ......................................................................... 393-19
Evento Visto por Quem Trabalhou por Dentro, O .. .. .... ..... ....... .. .. ... 393-1 O Passeio Maravilhoso, Um ...... ...... ............ ..... .... ....... .. ..... .... ... ........ 393-14 Satisfação do Dever Cumprido, A ................. ........ ........ ... ......... .... 393-08 Sejam Bem-vindos, Irmãos! ... ..... ... .... ...... ... ...... ..... ........ .. ..... ...... .. 393-16 Testemunho: A Festa do Encontro .......... ... ........ .. .... ... ............. ... .... 393-20 Testemunho: Hospedagem .. ... ... ............ .. ... ...... ... ..... .. .... .... .... ..... .. 393-23 Testemunho: Uma Experiência que Ficará ........ .. ...... ..... ......... ... .... 393-22 Tinha lá a Mão de Maria ......... .... ... .. ... ... ... ... ... ... ... .... .... ........... .... 393-1 7
COMEMORAÇÕES DE AGOSTO Conselheiros, Nossos Amigos e Irmãos, Os ...... ............. ......... .... ... 392-23 Emoção de Ser Pai, A .... .............. .... ....... .... .. .... ..... ........ ... ........ ... 392-25 Mãe de um Sacerdote! ............... ........... ... .. .. ....... ... ...... .. .... ...... .... 392-21 Padre, O ... ..... ..... ...... .......... ..... .............. ....................... ............ .. 392-22 Sacerdote e as Equipes de Nossa Senhora, O ... ... .. .. .. ......... ... ... .. .. 392-24 Somos Vocacionados ........... .... ... .. ... ... ............ ........ .. ...... .... ........ .. 392-27
COMEMORAÇÕES DE OUTUBRO Como Viver o Evangelho na Família ..... .. ......... ..... ... .. ... ........ .. ...... 394-32 Filhos ... ......... .. .. .. ................. ............ .. ... ........................ ... ... .. ... ... 394-31
CORREIO DA ERI Casais Chamados por Cristo à Nova Aliança ... ... .... ....... ... ....... ...... 391-18 Conhecer Jesus, Para .... .......... .... ....... .. ..... ... ............ ................ ... . 396-07 Conquista de Bogotá, A .. .. ....... .. ........ .............. ......... ... .... .. ... .. ... ... 389-09 Corações Abertos para Amar .. .. ... ........ .... ..... .... .. .. ............ ........... 392-12 Equipistas de Todos os Países ... .. .................. ............... ................ .. 395-06 Líbano, uma Porta para o Oriente, O ... ... .... .... ........ .... ......... .. .. .. ... 396-11 Luz para Aqueles que Buscam a Verdade .... ..... ... .. ... .... ........... ... ... 392-1 O Meditemos Sobre Nossa Unidade ... ... .... ... .. ... .... ..... .. ..... ...... ... ...... 395-07 Mistério de Aliança e Comunhão ....... ... .. .... ....... ...... .... .. ..... .. ... .... . 389-06 Notícias Internacionais .. .... ... .... ... .................. ... ............. ... ............. 392-14 Vida da ERI e na ERI, A ... .... .... .. ... ... ... .... ..... .... .. ........ ...... .... .... ... .. 396-09 Viver a Eucaristia .................. ..... ...................... .... ........................ 389-07 Vós Sois Sinais da Aliança .. ... .. ....... ......... .. .. ............... ... ........ ....... 391-20
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstrações Financeiras de 2003- ENS ......... ... .................. ... . 392-06 2
lndice Geral 2004
DIA DAS MÃES
Mães ......... .. ........................................... ... ...... ... .... .... .......... ...... 390-31 Canonização de Gianna Beretta ..... .......... ....... ............. ... ........... .. 390-33 EACRE 2004 (Província I Região)
Norte: Norte I .. ... .... .... .. .... ..... ............... .... ....... ...... ............ ..... ... 390-07 Nordeste: Paraíba I Rio Grande do Norte I Maranhão-Piauí ....... . 390-08 Centro-Oeste: Goiás Sul I Centro-Oeste 11 I Moto Grosso do Sul .. .. . 390-11 Leste: Rio I /Rio III I Rio IV I Minas I I Minas 11 I Minas III ... ..... ....... 390-14 Sul I: S. Paulo Capital li I S.P. Sul I I S.P. Sul li I S.P. Centro I I S.P. Centro 11 I S. Leste I .... ....................... ........ .......... .. .. .... ..... 390-18 Sul li: São Paulo Norte I .... .. ..... ..... .... ............ .... .. ....... ...... .... ... ... 390-26 Sul III: Paraná Sul I Rio Grande do Sul I ......................... .... .. ....... 390-26 ENCARTES
Abnegação (Pe. Flávio Cavalca de Castro) ............................ .. ...... 388 Caridade, A (Pe. Flávio Cavalca de Castro) ...................... .... ......... 392 Espiritualidade Conjugal, Ensaio sobre a (Pe. Flávio Cavalca de Castro) .......... ..... ........... ......................... ... 389 Índice Geral de 2004 ..... .. .. .. ..... ...... ......... .......... ....... .............. .... 396 Vivência Cristã da Sexualidade (Pe. Flávio Cavalca de Castro) .. ............ ... ..... ... .. ......... .... ...... ... ..... 394 ENCONTRO INTERNACIONAL (DÉCIMO)- LOURDES
Vamos a Lourdes! ........... .......... ..... .. ..... ........ ...... ..... ... ....... .... .. .... 395-24 Vamos a Lourdes .................... ..... ... ........... .......... .... .... ....... .... ..... 396-29 ENCONTRO NACIONAL DE BRASÍLIA (2003)
Prestação de Contas ..... ......... .................................... ............. ..... 388-07 ENCONTROS PROVINCIAIS
Província Centro-Oeste ... ................... ............................... ..... ...... 388-1 7 Província Leste .............. ........................... ........... .... ... ... ....... ... .... 388-19 Província Nordeste ........... ..... ....... .... ...... ..... ........... ................ ..... 388-16 Província Norte ......... ... .... .. ........ ...... ... .. ........ .... ........... .. ............. 388-15 Província Sul I .................... ..... .. ..................................... .. ........... 388-20 Província Sul li .......... ..... .. .......... .......... .... ........ .............. ..... ... ...... 388-21 Província Sul III .......... ... .... .............................. ............. ...... ... ....... 388-22 lnd c
G ral 2004
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FORMAÇÃO Balanço: Tempo de Rever ............................................................. 395-14 Balanço- Por Que Fazê-lo? ......................................................... 395-15 Matrimônio ÉCoisa Séria ............................................................. 395-18 Santificação do Amor Conjugal ..................................................... 395-16
MARIA Convite a Jesus e a Maria ...... ...................................................... 389-20 Espírito Santo e Maria, O ............................................................. 391-26 Imaculada Conceição ................................................................... 396-30 Nossa Senhora de Nazaré ........................................................... 394-27 Papa Reza em Lourdes, O ............................................................ 395-26
MÊS DA BÍBLIA Bíblia, uma Carta de Amor de Deus .............................................. 393-30 Conhecer Deus ......... ........................................ .......................... 393-31
MISSÃO Notas Sobre a Missionariedade .................................................... 393-34 Casal Missionário ......................................................................... 394-30
PASTORAL FAMILIAR Acreditar na Família é construir o Futuro ........ .................... .......... 391-34 Mulher e a sua Participação na Vida da Igreja, A ........................... 391-31
PARTILHA E PCE Dever de Sentar-se ...................................................................... 396-31 Dever de Sentar-se, O - I (Dom Terra) ....................................... .. 388-28 Dever de Sentar-se, O -11 (Cont. Dom Terra) ............................... 389-21 Dever de Sentar-se Versus Dificuldades ......................................... 391-28 Escuta da Palavra, A .......................................................... .......... 394-29 Oração Conjugal ......................................................................... 390-34 Oração Conjugal ......... ............................ .......................... .......... 392-32 Oração Conjugal, A ..................................................................... 395-27 Pontos Concretos de Esforço ......................................................... 395-32 Rezar Juntos, Um Encontro Fundamental ....................................... 393-32 4
lndic
Geral 2004
REFLEXÃO Às Vezes nos Perguntamos ............................................................ 393-47 Aprofundar o Chamado ou Ficar à Margem .................................. 392-36 Cesto e a Água, O ....................................................................... 395-38 Deus que me criou só, não quer me salvar sozinho, O .................. 389-35 Homem de Idade Já Bem Avançada, Um ...................................... 393-48 Lado Não Humano da Vida, O ..................................................... 390-48 Me destes de Comer .................................................................... 396-39 Melhor Caminho, O .................................................................... 390-47 O Que Você É Fala Mais Alto ....................................................... 394-35 Parábola do Mar da Galiléia e do Mar Morto, A ............................ 388-35 ... Se o Amanhã Não Vier ............................................................. 395-39 Tem a Ver, Sim! ........................................................................... 391-48
SUPER-REGIÃO A ... Pesar! .................................................................................... 393-03 Abnegação no Amor Conjugal ...................................................... 392-04 Amor Conjugal Caminho de Santidade, O ..................................... 389-02 Amor Conjugal É Caminho e Dom para Você, O ........................... 389-04 Amor Conjugal, Experiência de salvação ....................................... 390-03 Amor Conjugal: Porta para a União-Aliança com Deus .................. 393-04 Amor Conjugal, Prelúdio para o Amor eterno, O ........................... 395-04 Amor Conjugal que Leva à doação, O .......................................... 391-04 Amor Conjugal, Sede do Amor à Trindade .................................... 394-04 Amor experiente e Experimentado ................................................ 391-02 Amor na Plenitude Tranqüila ........................................................ 393-02 Balanço, um Momento de Graça .................................................. 395-02 Bem-aventurada És Tu Que Creste ............................................... 394-03 Bênção desde o Começo .............................................................. 388-02 Contribuição I Cotização .............................................................. 389-03 É Tempo de "Rever a Vida" .......................................................... 395-03 Fazer a Diferença ........................................................................ 391-03 Feliz Natal .................................................................................. 396-02 Indicações Bibliográficas para 2005 ............................................. 396-14 Indo ao encontro dos Irmãos ........................................................ 390-05 Jesus é o Presente ....................................................................... 396-03 Mensagens da Equipe SR ............................................................. 396-04 Presentes .. .................................................................................. 388-03 Primeiro Passo É Sempre Difícil, O ............................................... 392-03 Redescobrindo o outro e a Alegria de Ser Casal ............................ 392-02 c
a
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Santidade e Perfeição, é Viver o Amor em Plenitude ..... ...... ........... Santidade pelos Caminhos da Fecundidade ...... .......................... ... Saudações ... ... ........ .. .... ................... .. ... .... .... ........... ...... .... ......... Tema de Estudo (Orientações para 2005) ......... ... ... ........ ........ ......
388-05 390-02 394-02 396-13
TEMPOS DA IGREJA Ação de Graças ................................................................ ..... ..... 395-21 Ano da Eucaristia, O .... ............ ......... ......... ...... .. .. .. .. ................. .. . 396-26 Campanha da Fraternidade: Água, Fonte da Vida .. .. ...... .......... .... . 389-13 Discípulos Após Pentecostes, Os .................. .......... .... .. .... .............. 391 -23 Feliz Natal (poesia) ........ ........................ .. .............. .. .. ............ ...... 396-25 Mais um ano se vai ............................ .. .. .......... .......... .............. .. .. 396-24 Mensagem para o Dia Nacional dos Cristãos Leigos ......... .. ...... ..... 395-19 Ressurreição ........... ......... .. .. ........................ ........ ............... ......... 389-14 Via-Sacra .. ............ ............... ............. ........ ...... .. ....................... ... 389-16
TESTEMUNHO Abnegação .. ............ .... ............ ............. ... ..... .. .. ..... .... ..... ...... .... .. . 393-44 Acolhida Especial, uma .. .. .. .. ........ ................. .. .. ....... .... .. ...... .. .. .... 396-37 Agora, Completos! .... ... ............ ......... ... ........ .... ....... ..... .. .... .. ........ 394-34 Aprendendo com a Experiência ....... ......... ........ ........... ................. 393-40 Bodas de Ouro .. ................ .... .. .. .. .. ...... .. .. .. ................ .. ... ... ....... .. . 390-42 Casal Missionário na Prática .................. .. ...... ........... .. .. .... ..... .... .. . 389-32 Cinqüenta Anos, uma vida ....... .. .. .. .......... ............ ............ .. ...... .... . 389-28 Coisas do Coração .... ..... .... ..... ........ ........................ .. .. .. ....... ...... . 390-45 Dia da Família Equipista .............. .. ... ................... ..... .. .. .. ........ ...... 388-33 Do Outro Lado do Mundo ................ .. .. .............. .... .. .............. .. .. .. 388-34 Equipe Diferente, Uma ...... .. .. .. .. .... ........ .. .... .... ................ .... .. ..... .. 392-34 Espiritualidade Conjugal : Esperança Contínua .. .. ...... .. .. ................. 393-42 Espiritualidade conjugal : Frutos de uma Missão ........ .. .... ............ .. . 391-46 Experiência Comunitária ..... .... ... ...... ................ ..... .. ... ...... ........... . 395-44 Experiência Comunitária, Uma .. .... .......... .. .. .................. .. .......... ... 389-29 Experiência Comunitária- Um Bem Necessário .......... .. .. .... ...... .. .. 396-33 Experiência de Amor, Uma .... .. ........ .................... .... .. ... .. ...... ........ 395-42 Experientes Sim, Velhos Jamais! .. .. .. ...................... .... .. .... .. ..... .. .... 393-46 Final de Semana em Equipe, Um .......... .................. .... .... .. ........... 395-47 Hospedar Santos ... ... ... ........ .... ........... ..... ........ .... ... .. .......... .. .... .. .. 396-35 Hospitalidade e Acolhimento ...... ... ............ .... .. ................ .............. 396-35 Hospitalidade, Um exemplo de ...... ...... .. ......... .. ........ ............ .. .. .. .. 389-30 Importante é Amar Muito, O .... .. .... ... ... .......... ........ ........ .. ...... ...... 396-38 6
lndice Geral 2004
Manhã de Formação em Família ........... ............ ... .. ........ ..... .... ..... 395 -40 Mãos à Obra .......... ................................................... ..... .. .... .... .. 395-41 Missão: Espiritualidade Conjugal ............ .. ....... .. ............................ 389-34 Padre Elísio de Oliveira ................. .... ............ .. ........... .. ... ...... .. ..... 390-43 Palavra Age Onde e Quando o Pai Quer, A .... .... ......... .. ........ .. .. .... 395-45 Participando de um EACRE .............. .... .. .. .......... .. ........ ........ ...... ... 392-35 Providência Divina por Intercessão de Maria ................ ...... .... ....... 389 -3 1 Providência que não Falta, A ....................................................... . 393-41 Receita Especial de "Sonhos", Uma ........ .. ... ................................. 391-43 Resposta de Deus, A .... ......... ...... .. .. ....................... .... ....... .. .. .. ..... 391 -45 Senhor fez em M im Maravilhas, O ................................ ...... .. ....... 395-48 Surpreso Agradável , Uma ... ................................................. .. .... .. 391 -44 Um "Sim" Abençoado .................................................................. 390-44 Uma Noite em O ração ........................................ ........................ 396-34
VIDA NO MOVIMENTO Aniversário do Movimento .... ........ ................................................ 392-15 Balanço ..... ............... ..... ... .. .. .. .. ................... ................... ..... ...... .. 395 -09 Carta-Resposta de um Casal Ligação .................... ...... ........... ....... 393 -25 Casal Piloto ..................... ........ ....................... ............................. 388- 14 Casais à Beira do Caminho .......................................................... 388- 13 Casais Ligação ....... ........... ....... ......... ............. ......... ... .. .. .. .. ......... 393-26 Confraternização: Fonte de Amizade e Unidade ............ ................ 389 -1 O Demorou mas Chegou ..... ...... ...... ...................... .. .. ............... .... ... 392-18 Dia de Formação Entre Equipes ... .. ............ .... ......... .... ......... .... .... . 396-1 7 Eleição do Casal Responsável de Equipe ....................................... 394-23 Eleição do Casal Responsável de Equipe ....................................... 394-24 Encontros Provinciais .................................................. ......... .... .. ... 388-15 Experiência Comunitá ria .......... .... .............................................. .. 391-22 Estar Equipista ou Ser Equipista ........................................ ...... ...... . 396-22 Importância do Casal Ligação, A .... .. .. ........................................... 390-29 Jubileu de Prata ENS .... .... ........................................ ............. ...... 392-20 Jubileu de Prata Equipe ..... ................................. ............ .. ........ .... 396-27 Missão Cumprida ...................... ...... ............................................. 393-24 Mutirão 2004, O Nosso ........ .... ...... .. ........................................... 392-19 Nosso Conselheiro Espiritual mais Antigo Volta ao Pai ............ .. .. .. .. . 388-1 O Mutirão em Campina Grande ...................................................... 396 -21 Nosso Pequeno Deserto Mensal ............ ........................................ 389-11 Oração do Filho Mais Velho ............... .. ........................................ 395-11 O Valor do Testemunho ...... .. ........................................................ 388-08 I d ce Geral 2004
I
Peregrinação a Aparecida ............................................................ 392-16 Retiros ......................................................................................... 388-24 Retiros ......................................................................................... 395-12 Retiros ......................................................................................... 396-16
Sessões de Formação Nível I - Província Nordeste - Bahia (29-30/08/2003) ........................ 388-11 - Sergipe (13-14/09/2003) .................................................... 388-12 -Três Corações/MG (outubro 2003) ........... ............................ 389-12 - Região São Paulo Leste I (05-06/06/2004) ........................... 393-27 - Região Pará (18-19/06/2004) ............................................. 393-28
Nível li - Província Leste- Minas I (junho 2004) ........................ .......... 395-13 - Rio I, III, VI e V (4-5/1 0/2003) ............................................. 388-12 -Região São Paulo Centro 1 ••••••••••••••••••••••••••..••••••....•..•••••••••••• 393-29
Nível III - Rio de Janeiro ...................................................................... 396-18 - Região São Paulo Norte I ...................................................... 396-19 - Região Rio Grande do Sul I ................................................... 396-20
VISITA PASTORAL Acolhendo a Super-Região ................................................ ........... 391-1 O Alegria do Encontro, A ................................................................. 391-12 Bênção Episcopal, A ..................................................................... 391 - 16 Super-Região Visita o CTG Tiarayu, A ............... ............................ 391- 13 Visita a Região Santa Catarina I ....................... ............................. 391-17 Visita Pastoral à Província Sul III .................................................... 391-06
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lndice Geral 2004
da equipista, foram aprofundados em animadas reuniões de grupos ao longo da Sessão de Formação. O Casal Provincial, Angela e Luiz, falou sobre a Visão Histórica do Movimento, os PCEs, sobre o Reconhecimento Canónico das Equipes de Nossa Senhora pela Igreja e os Pontos de Unidade do Movimento. Padre Sallet, SCE da Equipe da Província Sul li, carismático, alegre e comunicativo, discorreu sobre Espiritualidade e Espiritualidade Conjugal e sobre a Missão do Casal Cristão. O restante dos temas foi apresentado pelo SCE da Equipe Regional, Padre Rui Korbs, e pelos casais do Colegiada, com entusiasmo, criatividade e conhecimento. Houve ainda um painel sobre Formação das Equipes, Reunião Mensal e a Preparatória, e Vida em Equipe, seguido de animado debate com excelente interação de todo o grupo. Sábado à noite, uma bela e calorosa confraternização foi animada por envolvente dinâmica. As Celebrações Eucarísticas e a Cerimônia do Envio, entretanto, foram o ponto culminante, com os temas: Unidade, Cristo a videira, nós os seus ramos. No Envio, para simbolizar a continuidade da Sessão de Formação, cada casal recebeu uma muda de videira para plantar. A seu tempo, surgirão novos rebentos, ramagens e frutos, multiplicando os esforços com as bênçãos do Deus Uno e Trino. Novas amizades, novos conhecimentos, fortalecimento de nossa fé foram as sementes colhidas. Plantadas, certamente elas darão frutos multiplicativos. Carmen e Maurílio CR Setor F - Porto Alegre, RS CM 396
Mutirão em Campina Grande Campina Grande, na Parruba, foi onde surgiu a equipe n° 10 do Brasil, no ano de 1954 (cf.livro de D. Nancy, "Ensaios ... ", pág. 46). A primeira equipe da Paraíba e do Nordeste, porém, não sobreviveu. Hoje, 2004, Campina Grande e Pocinhas (um município vizinho) abrigam 09 equipes que já estão passando a setor. E com muita alegria que noticiamos o 1o mutirão realizado em Campina Grande, no dia 19/09/2004. Contou com a presença de vários casais, entre eles Jussara e Daniel (CRR) e Cida e Raimundo (CR Provincial) que se deslocaram de João Pessoa para dar apoio a Eneida e Luzardo (CR pela Coordenação Campinas/Pocinhas) e seu colegiado, na realização do evento, grande momento de formação para as nossas equipes. Saímos todos renovados. Padre Hélcio Testa, Conselheiro da Coordenação, em sua homilia, animou a todos a continuarem trabalhando com as equipes de Campina Grande, com zelo, criatividade e amor, sendo "administradores fiéis" do Movimento. Que Jesus e Maria iluminem os equipistas de Campina Grande. Jussara e Daniel CR Região Paraíba 21
ESTAR EQUlPlSTA OU SER EQUlPl~TA ... ElSA QUESTAO As Equipes de Nossa Senhora são um movimento que visa animar o casal a buscar o caminho da santidade conjugal. Um movimento que acredita na força do amor conjugal, esse amor frágil, mas que, inserido no plano da salvação, no Amor de Cristo, se torna força de santificação com a qual o Pai nos quer brindar. Se é um movimento, não pode de forma alguma estagnar, parar, esfriar. Deve sim a todo custo movimentar-se. Este Movimento só existe porque dentro dele estão os milhares de casais que o compõem. Casais e Movimento. Façamos agora uma pequena reflexão: Movimento das Equipes de Nossa Senhora e dos casais. Como anda a nossa caminhada? O que temos aprendido, o que temos crescido, o que temos melhorado, enfim, quanto temos recebido? Da mesma forma, quanto temos dado ao Movimento do nosso tempo, dos nossos dons, da nossa inteligência, da nossa mão de obra? Tentemos responder a questão acima com toda sinceridade: "eu estou equipista" ou podemos dizer "sou equipista"? A igreja conclama todos os católicos e em especial a nós que "somos equipistas" a sermos testemunhas vivas de que, pelo e no sacramento do Matrimônio, é possível 22
encontramos a felicidade plena, o amor verdadeiro semelhante ao amor de Deus por nós. Se já descobrimos esta verdade ou se estamos no caminho para descobri-la, devemos nos colocar a serviço, partilhando com outros casais e também dentro do nosso Movimento as descobertas que cada um faz. Está na hora de doarmos um pouco de tudo quanto recebemos do Movimento. Seja na comunidade farm1ia, seja na comunidade igreja, na comunidade movimento ou no mundo todo. O Movimento sempre clama por novos desafios: Quando o convite nos for feito, não busquemos desculpas, não nos coloquemos como incapazes, não deixemos de assumir nosso papel. A capacidade se faz pela disponibilidade e pela abertura à ação de Deus, permitindo que Ele faça suas obras através de nós. Casais equipistas, somos parte integrante de um movimento que tem condições reais e suficientes para provar ao mundo que vale a pena escolher o sacramento do Matrimônio como caminho de amor, salvação e santidade. Assim Seja.
Toninho da Cristin.a Equipe 1 D, N. S. da Divina Providência - São Paulo/SP CM 396
UNIDADE E PARTILHA Uma das preocupações da Super-Região é manter a unidade do Movimento. Durante algum tempo, nós relacionávamos unidade com estruturação, com o organograma nacional de funções. Agora, sabemos que a unidade essencial ao Movimento, e pela qual zelam os responsáveis nacionais, é anterior e mais profunda que a sua organização em províncias, regiões etc .. Pelo maior contato que passamos a ter com as equipes, quer através dos casais ligação ou diretamente com os responsáveis, percebemos que não haverá unidade se houver perda da identidade do Movimento, que acontecerá se forem alterados o seu carisma e a sua mística. E, um pouco mais atentos, pudemos constatar ser esta a preocupação de unidade da Super-Região, já manifestada no documento "Carisma, Mística, Espiritualidade - Pontos Fundamentais para a Unidade" , de 1988 e reeditado em 2001. Como podemos ser Equipe de Nossa Senhora, criando regras próprias para cada grupo? Como ser equipe, não aprimorando e valorizando os pontos concretos de esforço? Como ser equipe, não fazendo da partilha de cada reunião o seu ponto principal? É através dela que nos auxiliamos mutuamente no objetivo maior, que é o crescimento da espiritualidade na busca da santidade da vida conjugal. Do documento que mencionamos, no item 2 - Pontos FundamenCM 396
tais para a Unidade, transcrevemos o que consideramos ser muito importante que cada casal conheça:
Relativos ao Movimento: • O Movimento das Equipes de Nossa Senhora, embora tenha Nossa Senhora como patrona, não é um movimento Mariano, mas sim Cristocêntrico e da Igreja. • As responsabilidades exercidas no Movimento, sempre em casal, se caracterizam pela transitoriedade e gratuidade no serviço a ele e às Equipes. Relativos às Equipes: • São comunidades de 5 a 7 casais e um conselheiro espiritual, que se encontram ao menos uma vez por mês, em reunião constituída de momentos de: Oração, Partilha, Co-participação, Reflexão (Estudo) e Refeição. • Têm seus trabalhos e decisões definidos em Colegiado, nos diversos níveis de responsabilidade na estrutura do Movimento.
Relativos aos Participantes: • Os casais participantes são unidos pelo Sacramento do Matrimônio e mantêm fidelidade ao Carisma fundador e à Carta Fundacional (Estatutos) do Movimento. • Apóiam-se na vivência da Vida de Equipe, Pontos Concretos de Esforço e Orientações de Vida propostas pelo Movimento. • Rezam, diariamente, a oração do 23
Magnificat, para que Nossa Senhora, patrona das equipes, interceda pelos casais e conselheiros espirituais equipistas do mundo todo. • Recebem e lêem mensalmente a Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora. • Devem ter conhecimento dos documentos fundamentais do Movimento (Documento Fundacional, Estatutos, O Que é uma Equipe de Nossa Senhora, A Segunda Inspiração, Pontos Concretos de Esforço e a Partilha, A Responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora; acrescentese hoje o Guia das Equipes de
Nossa Senhora e outros). • Dão cada ano, a título de contribuição, o produto de um dia de rendimento do casal, para assegurar a vida material e a expansão do Movimento ao qual devem, de certo modo, o próprio enriquecimento espiritual. Desta forma, o Movimento possui uma expansão sustentada, traduzida pela fiel transmissão da sua metodologia e pedagogia.
Sônia e Ailton CRS Marília B, Região São Paulo Oeste I (Do Boletim no 30 - ENS Man1ia/SP)
Tempos da lqreja
MAlS UM ANO SE VAl. .. Tempo para refletirmos e dar um balanço geral em nossas atividades e redescobrir a cada dia a nossa missão de casal cristão. Analisemos minuciosamente o que deixamos de fazer de concreto para ajudar aquele que sempre bate à nossa porta, o nosso irmão que está muitas vezes à beira do caminho e nós simplesmente o ignoramos. Estou sempre a questionar no grupo de casais por que é tão fácil ver de longe e não compreender que é necessário ajudar de perto, quando muitas vezes estamos com a mesa farta e falta pão na mesa de pessoas tão próximas da gente. Sei que somos egoístas. Ainda falta muito para melhorar o nosso relacionamento com os mais simples e puros de coração. Pedimos ao bom Deus e a Maria Santíssima para nos abençoar sempre como casais equipistas, a ftm de podermos compartilhar, dividir e sermos mais solidários. Que Jesus Cristo envolva o nosso coração com planos e coragem para lutar por um mundo mais justo, mais fraterno e mais irmão. Possamos nós agir mais no ano vindouro, pois a nossa missão também é colaborar para uma sociedade mais justa. Que a fé e a esperança sejam constantes em nossas vidas. Feliz 2005! Meiry e Raimundinho CR Eq. 1 - N. S. das Graças - Cruz ICE 24
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FEllZNATAl Quisera, Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos! Os amigos de longe e os amigos de perto, os antigos e os recentes, os que vejo cada dia e os que raramente en<;<Jr:IBX~t ~;l~alli~l Os Os Os Os
sempre lembrados e os que, às vezes, constantes e os intermitentes. das horas difíceis e os das horas aleg~!L~~ que sem querer, eu magoei ou,
Aqueles a quem conheço prcttuildameM[er.;_., e aqueles de quem me são vV.lUII;..v!. . . . . .~ Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos jovens e meus arrug!~ll Meus amigos homens feitos e a.:>_.... Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
UUN'
Os nomes de todos os que já os que me admiram e me e os que amo e estimo sem No tronco da árvore, esculpido o nome de Jesus, o meu .........,J. Quisera, Senhor, neste Natal, armar uma árvore de raízes muito profundas, para que seus nomes nunca mais sejam a.uau•~a..,v., Uma árvore de ramos muito extensos, para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntarse aos já existentes. Uma árvore de sombra muito agradável, para que nossa amizade, seja um momento de repouso no meio das lutas da vida.
Margareth e ldésio Eq. 04- N. S. do Rosário de Fátima Setor A - Criciúma/SC CM 396
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O ANO DA EUCARISTIA Recentemente, o Papa João Pau- jovens ao redor da Eucaristia para lo II, com a Carta Apostólica Mane alimentar a sua fé e o seu entusiasNobiscum Domine (Permanece mo. Ainda está relacionado com o conosco, Senhor), convocou toda a Igreja Católica para celebrar, de triênio preparatório ao Grande Juoutubro de 2004 até outubro de bileu do ano 2000 e com o Ano 2005, um ano dedicado à Eucaris- do Rosário, para contemplar o mistério de Cristo a partir da perspectitia, ou seja, o ano da Eucaristia. O objetivo não é apresentar a dou- va Mariana. "Assim, o ano da Eutrina sobre a Eucaristia, sobejamente caristia coloca-se num horizonte que refletida em diversos se foi enriquecendo de documentos papais, parano para ano, embora ticularmente na Ecclepermanecendo sempre bem assente sobre sia de Eucharistia, mas dar continuidade ao "deo tema de Cristo e da contemplação de seu senvolvimento natural rosto" (n. 10). da orientação pastoral" É um ano para ceque o Papa quis imprilebrar, adorar e conmir à Igreja, "especialtemplar o mistério da mente a partir dos anos Eucaristia. Por isso o de preparação do jubileu, e que retomei dePapa sugere que se leia a Instrução Geral pois nos anos que o seguiram" (n. 4). do Missal Romano, que se cultive uma O ano da Eucaristia inicia com o Congresso Euca- consciência viva da presença real rístico Internacional, celebrado de de Cristo na Eucaristia, que se ado1Oa 17 de outubro de 2004, em Gua- re a Eucaristia fora da Missa e se dalajara, no México, e termina com celebre com especial fervor, em a Assembléia Ordinária do Sínodo 2005, a solenidade de Corpus Christi, dos Bispos, que acontecerá no com a tradicional procissão. Eis uma bela oportunidade para Vaticano, de 2 a 29 de outubro de 2005, sobre o tema "A Eucaristia que todos nós, como membros da fonte e ápice da vida e da missão Igreja, aprofundemos a consciênda Igreja". São dois acontecimen- cia do valor da Eucaristia para a tos marcantes, permeados pela Jor- vida cristã. nada Mundial da Juventude, a ser Pe. Geraldo Luiz realizada na cidade alemã de ColôBorges Hackmann nia, de 16 a 21 de agosto de 2005, SCE da Carta Mensal quando o Papa deseja congregar os. 26
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Bodas de Prata de equipe No dia 23 de setembro último, a Equipe Nossa Senhora do Espírito Santo comemorou seu jubileu de Prata. Iniciamos com a Santa Missa, na qual nossa Equipe, familiares e alguns convidados pudemos refletir sobre os benefícios que recebemos, dos quais destacamos a harmonia, o diálogo e a felicidade durante a caminhada. Agradecemos todos os dias a Cristo e a Maria Santíssima, que nos chamaram e nos impulsionam, por isso estamos neste Movimento há 25 anos, nos esforçando para vivenciar os PCE, que nos ensinam a rezar, a sermos fiéis, a dialogar e a partilhar nossa vida de casal e de Equipe. Mesmo que os casais atuais tenham entrado na equipe em tempos diferentes, não percebemos isso, pois há uma grande união e companheirismo entre todos. Foi uma noite especial onde, juntamente com nosso Casal Piloto, Sônia e Ângelo, relembramos com saudade nossa primeira reunião, nossos irmãos que por motivos diversos não estão mais conosco, nosso primeiro Casal Ligação, Lelena e Roque, e todos os que vieram depois deles. Somos hoje sete casais e nosso SCE, todos desejosos de colocar Cristo em nossas vidas, tendo Maria como modelo. Que Deus nos abençoe! Creusa e Caroba, CRR Região Centro Oeste TI
Falecimentos José Alves Pereira (da Maria), da Equipe 4 - N. S. Das Graças - no dia 20 de junho de 2004, na cidade de Piabetá/RJ -Região Rio II. Maria Ceci dos Santos Alves (do João Paulo), da Equipe li Código 630102, Setor A, Região Norte II, em Belém/PA - no dia 2 I de agosto de 2004. José Loures Guimarães (da Ducarmo). Eq. 29-D-I- N. S. do Pilar. no dia 4 de outubro. em Brasília/DE Padre Pancrácio Dutra, jesuíta, SCE de duas equipes na Ilha do Governador- RJ/RJ, no dia 22 de outubro. aos 94 anos. Por onde passava transmitia alegria e entusiasmo. Padre Mário Cavaretti Filho, SCE do Selor de Araraquara/SP e de duas equipes. em São Carlos e em Araraquara. Acidentou-se após uma reunião de equipe quando retornava para casa.
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Bodas de Ouro 38° Dia Mundial da Paz O tema da mensagem do Papa no dia primeiro de janeiro de 2005 será "Não te deixes vencer pelo mal; mas vence o mal pelo bem" (Rm 12,21).
Região se apresenta ao Arcebispo No dia 14.09.2004, a Região Panuba foi recebida em audiência oficial pelo novo Arcebispo de João Pessoa Dom Aldo Di Cillo Pagotto. Além do Casal Regional, Jussara e Daniel, outros casais do Colegiado Regional e também Cida e Raimundo, CR da Província Nordeste, em nome do Movimento na Região Parruba, se colocaram a serviço da Arquidiocese. Dom Aldo recebeu as Equipes de Nossa Senhora com muito carinho, falou dos seus projetos diante da Arquidiocese e exortou a todos a colaborar com o serviço em favor do projeto de Deus. As Equipes, com sua mística e seu carisma, se prontificaram a trabalhar com Dom Aldo a fim de destacar na evangelização que o matrimônio e a fann1ia são a "Boa Nova" para este terceiro milênio. 28
Aconteceu no dia 24/07/2004, na Capela de São José, em Piabetá/RJ, a celebração das Bodas de Ouro do casal Alzira e Adeydes, da Equipe 4, N. Sra. das Graças - Região Rio TI. No dia 29 de outubro Regina e João da Equipe 37 Nos- 1 ~,•._:w~ sa Senhora de Fátima do Setor D - Região Rio V, completaram 50 anos de vida matrimonial, --- - - recebendo a homenagem da Farru1ia e dos seus irmãos de Equipe.
Jubileu de Diamante No dia 01 de outubro último, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Fortaleza/CE, foi celebrado o jubileu de Diamante (60 anos) de vida sacerdotal do Frei Roberto Magalhães, atua1 Conselheiro Espiritual das Equipes 04 e 6 ~, além de SCE do Setor A. Urna nnssa especial, onde se fizeram presentes os casais Maria e Jeová, Solange e Pedro, Maiza e Emando, Conceição e Nairo, Sheila e Carlos, além de outros, marcou a passagem dessa data tão significativa para todos nós equipistas. Frei Roberto é um desses homens que passam em nossas vidas, aos quais sempre assoc~amos exemplos de piedade, de humildade e de grande ardor missionário. CM 396
Vamos a lourdes Hoje é o dia 21 de outubro de 2004. Ontem terminou, oficialmente, o prazo para as pré-inscrições por equipe, mas até hoje, via correio, fax ou e-mail, ainda recebemos algumas que chegavam em atraso por motivos diversos. Como foi bom conversar com tantos que nos saudavam como velhos amigos, tantos que nos disseram palavras tão animadoras, tantos que nos garantiram suas orações pelo Encontro Internacional, tantos que nos desejaram um bom trabalho, tantos a quem não ouvíamos há tanto tempo! Para nós dois esse momento tem sido muito especial e damos graça<> a Deus por isso. Temos certeza de que vocês devem estar curiosos quanto à adesão ao Encontro. Então, amigos, os números são os seguintes: cerca de 800 casais, 62 Conselheiros Espirituais, 320 equipes, 22 viúvos(as) e 19 cônjuges desacompanhados. Sem dúvida é bastante animador; parece tanta gente! Num primeiro momento sentimo-nos alegres diante de tantas adesões, mas logo constatamos que não é bem assim. Somos hoje 14.291 casais, mas somente cerca de 6% se inscreveram; são 1617 conselheiros espirituais, mas somente cerca de 4% estão inscritos; há 2.349 equipes, mas somente cerca de 14% delas estão representadas. Contudo, essa foi a primeira etapa, a das pré-inscrições por equipe, mas ainda temos até o final de abril de 2005 para receber adesões CM 396
individuais. Dessa forma, tão logo vocês forem se decidindo pelo Encontro, podem nos enviar suas préinscrições e procuraremos, na medida do possível, enquadrá-los no plano do maior número de parcelas cujo pagamento terá início a partir de janeiro de 2005. Continuamos à disposição via telefone, correio, fax ou e-mail para quaisquer esclarecimentos ou ajuda necessários. Contamos com vocês para que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil seja muito bem representado em toda sua alegria e vibração, que contagiam nossos irmãos equipistas de outros continentes. Acima de tudo, amigos, permaneçamos em oração, pedindo a intercessão da Virgem de Lourdes pelo nosso Encontro Internacional: Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes a aparecer a Bemadette no lugar solitário de uma gruta para nos lembrar que é no silêncio e recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com Ele, ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz de espírito para nos conservarmos sempre mais unidos a Deus. Nossa Senhora da gruta, dai-nos a graça que vos pedimos e que tanto precisamos. Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós! Fiquem com Deus. Com nosso carinho, Regina Lucia e Cleber Casal Coordenador para o décimo Encontro Internacional 29
11\MCUlADA CONCEIÇÃO Celebra-se a oito de dezembro deste ano o sesquicentenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição de Maria, a Mãe de Deus, pronunciada pelo papa Pio IX, em 1954. Um dogma é uma verdade de fé (que não se inventa!) contida na revelação divina, às vezes não muito claramente, e que o Sumo Pontífice, usando sua autoridade de mestre infalível, a declara integrante do depósito das verdades a crer. O arcanjo Gabriel, em nome de Deus, na anunciação a Maria, saúda-a: Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo"(Lc 1, 28). Se é cheia de graça e Deus está com ela, nas palavras do anjo está revelado que a mãe de Jesus ficou isenta de qualquer pecado, também do original. Também ela, porém, foi remida pelo Salvador, pois por antecipação lhe foram aplicados os méritos da redenção. Ela os obteve por crédito. O grande teólogo escocês, J. Duns Scotus (+ 1308), raciocinou assim a respeito deste mistério: Deus podia, era conveniente, logo o realizou. Esta crença sempre existiu na Igreja. Os Santos Padres exaltam Maria com expressões como: Toda bela e formosa, Cheia de graça, Mais pura que os anjos, Lírio de inocência, etc .. Comprovam esta afirmação as inúmeras igrejas dedicadas à Imaculada Conceição erigidas no Brasil bem antes da proclamação do dogma. A estatueta que em 1717 apareceu na rede dos pescadores de Guaratinguetá/SP é uma imagem da Imacu30
lada Conceição, que foi e é tão venerada pelo povo brasileiro sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e cujo centenário de coroação como Rainha e Padroeira do Brasil foi comemorado neste ano (8 de setembro de 1904). Em 1830, Nossa Senhora apareceu à religiosa, hoje santa, Catarina Labouré e pediu-lhe que cunhasse uma medalha (que é a milagrosa ou das graças) com a efígie da Imaculada Conceição e a inscrição da súplica' 'Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". No dia 25 de março de 1858 (festa da Anunciação e que lembra a saudação do anjo "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo"), a Vtrgem Maria aparece pela 163 vez à menina Bernardete, na gruta de Lourdes, na França, e lhe declara: ''Eu sou a Imaculada Conceição". A vidente não entendeu o significado de tais palavras, mas para o papa foi a confirmação vinda do céu daquilo que ele proclamara três anos, três meses e dezessete dias antes. A Igreja saúda a Mãe de Deus com as palavras: "Toda formosa sois, ó Maria! Em vós não há mancha original". Maria, Figura e Mãe da Igreja, já é o que esperamos ser: Ela nos espera acolher em seu colo, pois fomos "escolhidos para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor" (Ef 1,4).
Pe. Antônio Lor:enzatto SCE dos Setores C e F Porto Alegre/RS CM 396
DEVER DE SENTAR-SE Cristo nos pede "Amai-vos como Eu vos amei" (Jo 15,12). Pede isto especialmente a nós, casais cristãos, que fizemos diante do altar a promessa de nos amarmos sem restrições e sem limites, transformando-nos em parábolas vivas do amor, "especialistas em amor'' (CM 344, pág.3-5). Vendo-nos, as pessoas deveriam dizer: "Vede como eles se amam". O amor é o distintivo característico dos cristãos: "Nisto conhecerão que sois meus discípulos ... " (Jo 13,35).
Como Cristo Amou? Ele fez do amor doação total de si (cf. Jo 13,1; F1 2,6-8). Para Cristo, amar é doar-se, pôr-se a serviço, sem reservas, até o extremo (cf. Mt 20,2428). Segundo Santo Agostinho, a medida do amor é amar sem medidas. Que é, então, em sua essência, o amor? É um ato de vontade, decisão de nos doarmos e nos pormos a serviço da felicidade e realização plena de outra pessoa. Em nosso caso, primeiro a felicidade do cônjuge e depois a nossa. Deus conhece a nossa natureza e buscou tornar mais fácil esta decisão, adicionando o tempero gostoso da atração mútua, do sentimento, da paixão, que devem durar a vida toda. Em sua essência, porém, o amor é sempre uma decisão da vontade. Por isso a fidelidade é uma das características fundamentais do amor. Sendo decisão da vontade, pode ser mantida indefinidamente. É o que Deus faz: ama-nos sempre, CM 396
apesar de nossas freqüentes infidelidades. Por ser decisão minha, posso manter-me sempre fiel e devotado, mesmo se quem amo não me retribui fielmente. O contrário do amor é o egoísmo, a busca de si, o procurar colocar o outro a nosso serviço. Nós, "especialistas em amor'', muitas vezes nos iludimos. Pensamos estar amando nosso cônjuge, quando, na verdade, estamos amando a nós mesmos. Usamos o outro para nossa felicidade, o colocamos a nosso serviço. Como casados, não nos pertencemos mais a nós mesmos, não porque nos escravizamos mutuamente, e sim por nos doarmos livremente um ao outro. O amor se toma fonte de realização, de felicidade, amostra grátis de céu. Para tanto, necessitamos continuamente de vigilância sobre nós mesmos, de conversão, isto é, de retomar o rumo certo.
Dever de Sentar-Se: Meio de Conversão O Espírito Santo suscitou na Igreja o movimento das Equipes de Nossa Senhora, com seu carisma próprio: a espiritualidade conjugal, como 31
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caminho de santificação para os casais. O Espírito Santo inspirou também meios adequados para a santificação dos casais. Assim o dever de sentar-se é: • Instrumento de conversão. A conversão deve ser um processo contínuo, que dura a vida inteira. Nunca estaremos convertidos definitivamente neste mundo. No dever de sentar-se encontramos um precioso instrumento de conversão pessoal e do casal. • Maravilhoso meio de santificação a dois, ponto de apoio na caminhada que fazemos a dois como os discípulos de Emaús. Juntos vamos em busca da verdade, da vontade de Deus, e assim crescemos no espírito de comunhão conjugal. • Momento especial de vivência do sacramento do Matrimônio. Este não é um fato do nosso passado. Atualiza-se cada vez que renovamos nosso sim, nossa doação. Somos, neste momento, no agora, um para o outro canais da graça. Comunicamos um ao outro o próprio Cristo. • Modo concreto de viver a conjugalidade (CM 335, pág. 3-4), isto é, de nos conhecermos melhor, de acertarmos os passos, de compartilharmos as belezas e as dificuldades do caminho, de rever as etapas percorridas, de olhar para o futuro, de carregarmos os fardos um do outro, que, assim, se tornam mais leves. • Expressão positiva de fidelidade. A fidelidade não pode ser vista só no lado negativo: não 32
fazer, não trair. É muito maior e mais importante o seu aspecto positivo: amar, servir, promover. O amor e a fidelidade precisam ser traduzidos em serviço mútuo na busca da santidade • Momento de aceitar e exercer a correção fraterna entre os cônjuges. O cônjuge não é nossa alma irmã? O dever de sentarse é o momento de tirar a pedrinha do sapato, de aceitar que o cônjuge tire a trave dos nossos olhos, a fim de vermos bem para tirar o cisco do olho do outro. Com certeza a caminhada será mais fácil e agradável. • Sinal concreto de amor, acolhimento, misericórdia e perdão mútuos. Realizamos, assim, concretamente, a parábola do Bom Samaritano, pois somos um para o outro o próximo mais próximo que Deus mesmo uniu com um sacramento. Não podemos "passar adiante". Precisamos parar, sentar ao lado, curar as feridas, carregar nos braços. "Vai e faze tu o mesmo", pede Jesus a todos, mas muito mais a nós que prometemos amar sempre, sem condições ou reservas. E é fundamentalmente o momento do perdão mútuo. Como somos dois imperfeitos, só podemos vi ver em comunhão de vida se estivermos dispostos a nos perdoar sempre, quantas vezes forem necessárias, mais que setenta vezes sete ...
Sola e Sérgio Croccoli Eq. N. S. Medianeira - Setor C Porto Alegre!RS CM 396
EXPERJÊNCJA COMUNJTÁRlA Um bem necessário Quando entramos para as Equipes de Nossa Senhora, há dez anos, sentimos a necessidade de uma formação maior, já que não tínhamos participado de uma Experiência Comunitária. O Movimento nos oferecia e nos oferece subsídios para esta formação. Fomos Casal Responsável de Equipe e logo após assumimos o Setor Varginha. Foi aí que começamos a ver a necessidade de participarmos mais ativamente das Experiências Comunitárias. Ao iniciarmos o Movimento em Alfenas, assumimos a coordenação da primeira Experiência Comunitária, naquela cidade. Não paramos mais, assumindo também a segunda e em outras cidades de nossa Região, sempre que convidados. E o fizemos com alegria, pois notamos que a Experiência Comunitária, além de ser uma boa forma de evangelização de casais em geral, é a porta de entrada para muitas Equipes de Nossa Senhora. É um período que tem de ser vivido com muito critério, em que o casal já começa a fazer parte de uma comunidade de fé, amor e partilha, tendo a noção do que é grupo e equipe. Março de 2004, quase ao término do nosso serviço como Casal Responsável pela Região Minas III, revendo as avaliações do recente EACRE realizado em Cambuquira, percebemos que alguns equipistas de anos de caminhada ainda pensam na equipe como grupo, vendo CM 396
os membros como apenas uma equipe de trabalho, e não como uma comunidade de amor e partilha. Como diz no texto do livro de experiência comunitária: "A comunidade é o lugar em que cada um está saindo das trevas do egocentrismo para a luz do amor verdadeiro". Como casal coordenador, temos no pensamento que iremos ensinar alguma coisa aos casais, mas sempre recebemos e aprendemos mais com as experiências comunitárias do que damos. Criamos um vínculo muito grande e sentimos, quando terminamos esse período, a grande amizade, unidade e pertença a esses grupos, cada qual com suas características próprias, tendo a necessidade do casal coordenador adaptar-se a elas para o bom caminhar destas experiências. Há momentos em que temos de agir como conselheiros, como pais, como amigos, mas sempre como companheiros da caminhada. Constatamos um crescimento enorme em nossa vida conjugal e pessoal, pois a experiência de vida, as dificuldades conjugais, as realizações dos casais participantes nos levam sempre a uma reflexão sobre nossa missão de casal cristão e equipista. Esta vivência contribui, e muito, na formação de quadros do Movimento, pois, havendo formação, teremos casais mais disponíveis para o serviço de evangelização e 33
criação de novas equipes com qualidade, conscientes da responsabilidade que o Movimento exige. Já coordenamos várias Experiências Comunitárias e pilotamos várias equipes, e com isto nosso crescimento como casal foi tão grande que ao surgimento da Região Minas III, assumimos com muita confiança a função de Casal Regional. Tudo isto é conseqüência da graça de Deus primeiramente, da participação nas experiências comunitárias e da pedagogia do Movimento.
Sejamos casais equipistas conscientes de nossa responsabilidade, colocando-nos à disposição para o serviço do Movimento, principalmente nas experiências comunitárias e pilotagem, pois, quando estamos disponíveis a ocupar funções dentro de nosso Movimento, através de intercessão de nossa Mãe Maria, Deus vai prover todas as nossas dificuldades e carências.
Vera e Messias Eq. N. S. do Amor - Setor A Varginha, MG
UMA NOlTE EM ORAÇAO Olá, amigos, leitores equipistas de todo o Brasil, um forte abraço! Queremos relatar para todos uma experiência vivida pela nossa equipe, Nossa Senhora Auxiliadora. Na noite de quatro de setembro de 2004, realizamos uma vigília com muita oração. Éramos sete casais e o nosso Conselheiro, querido Pe. Nazareno. Iniciamos às 23 horas, com a seguinte programação: • 1 o Momento: Adoração ao Santíssimo exposto. • 2° Momento: Encerrada a adoração, foi feita uma explanação sobre o dever de sentar-se e, em seguida, os casais tiveram a oportunidade de realizá-lo. Enquanto isso, o nosso Conselheiro Espiritual permanecia na capela, aguar34
dando os casais que concluíssem seu dever de sentar-se para individualmente se confessarem, se o desejassem. • 3°Momento: Momento com Maria, com muitas orações e bonitos cânticos marianos. • 4° Momento: Foi celebrada a Santa Missa já por volta das cinco horas, todos nós, porém, estávamos revigorados, animados e cheios do Espírito Santo. Vivemos momentos tão fortes que a palavra cansaço parecia não existir no nosso dicionário. Obrigado Deus! Obrigado Nossa Senhora!
Joana e Osir Eq. 7 , N. S. Auxiliadora, Setor D Natal/RN CM 396
HOSPEDAR SANTOS Nossa farru1ia teve o privilégio de hospedar alguns "santos dos nossos dias", dona Nancy Moncau, Alessandra sua acompanhante e o casal Cleide e Valentim. Pudemos saborear a disponibilidade, a organização, a fraternidade e o carinho do casal, escolhido por Deus para acompanhar D. Nancy na implantação da Comunidade Nossa Senhora da Esperança mundo afora. Escrever algo sobre D. Nancy me assusta, pois tão grandiosa, mas tão simples, natural, humilde, corajosa, lúcida e paciente. Constatei sua vontade firme na concretização dos seus objetivos e projetos. Observei e senti, nos pequenos detalhes, a preocupação de D. Nancy com o desabrochar dos irmãos de jornada (sua acompanhante, o casal, a viúva hospedeira que vos escreve ... ). De mansinho ela vai nos ensinando a ser o que o Senhor deseja que sejamos. Foram dias alegres e felizes, onde trabalhamos, passeamos e nos diver-
timos. Falamos aos viúvos, viúvas e pessoas sós, no Rio de Janeiro, em Petrópolis e em Niterói. Por todos fomos carinhosamente acolhidos. Penso que a receptividade advinda decorreu da proposta apresentada, qual seja, a de levar Jesus aos companheiros sós, de uma maneira simples e que lhes tocou o coração. O apoio recebido do Casal Provincial, dos Casais Regionais, dos Casais de Setores, dos Bispos Diocesanos e de vários casais amigos e equipistas solidários deu a todos nós, envolvidos no projeto Comunidade Nossa Senhora da Esperança, coragem e expectativa de realização. Agradecendo a Deus pela oportunidade dessa convivência irmanada, peço a graça da perseverança, a fim de dar continuidade à minha missão "até os confins da terra". "O amor é inventivo ao infinito" (São Vicente de Paulo).
Anna Maria (do Manoel) Equipe 48-B, Rio I
HOSPlTAllDADE EACOlHIMENTO Moramos em Indaiatuba-SP e, em março/2004 meu marido iniciou um trabalho no Mato Grosso. Ficava muitos dias fora de casa e em especial visitava as cidades de Barra do Garças e Água Boa. CM 396
Lendo a Carta Mensal de abril/ 2004, encontramos nela mensagem de uma equipe de Água Boa/MT. Ficamos curiosos em saber quem seriam os equipistas. Conseguimos o telefone do casal responsável pela 35
equipe de Água Boa, Ana e Eugênio. Quando Rogélio viajou para lá em final de abril, procurou-o e se sentiu muito bem acolhido. Mensalmente faz essa viagem e em junho teve a oportunidade de apresentar-se ao Pároco e SCE da Equipe, Pe. Adenir, e este o apresentou ao Bispo, que passava alguns dias pela Região. No mês se~uinte eu iria com Rogélio para Agua Boa trabalhar numa exposição e não havia mais vagas nos hotéis locais. Teríamos que nos hospedar em outra cidade, distante 80 kilômetros. Conhecendo o acolhimento das Equipes, sugeri pedir ao Padre para ficarmos na casa paroquial. Este nos acolheu e,
tendo que viajar a Brasília, entregou-nos as chaves da casa. Conheci também o casal equipista e seus familiares. Estivemos juntos por várias vezes naquela semana. Pe. Adenir retomou na sexta-feira e nos honrou ainda mais com a sua gentil hospitalidade. Encerramos a nossa semana de trabalho no domingo com um almoço na casa de Ana e Eugênio, onde o Padre, apesar de outros compromissos, participou da sobremesa. Nos despedimos como se fôssemos bons e velhos amigos . Que Deus os abençoe sempre. Carmen e Rogélio Eq. 95 - Indaiatuba/SP
Nossa Biblioteca
Homem e Mulher Ele os Criou Reflexão cristã sobre a sexualidade Equipes de Nossa Senhora Nova Bandeira Produções Editoriais
Homem e Mulher Ele os Criou tem na base o estudo "Evangelizar a Sexualidade", realizado em 1991 e 1992, a partir de respostas oferecidas por 11 mil equipistas. Nascido do amor criador de Deus, o amor conjugal une um homem e uma mulher na totalidade do seu ser, do qual é inseparável a sexualidade masculina ou feminina. Inserido na sexualidade, o ato sexual de marido e mulher se inscreve na perspectiva da salvação, como expressão do amor do casal e do poder de dar a vida. Organizado em 8 temas para serem trabalhados em casal e em equipe, propõe refletir sobre o amor conjugal em amplitude, especialmente na sua dimensão mais íntima. Aborda a consciência da verdade do ser casal, a fecundidade e a santificação do amor conjugal. É um livro para ser estudado em diálogo conjugal, inserido na pedagogia das Equipes de Nossa Senhora.
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UMA ACOLHIDA ESPECIAL Cada vez mais nos surpreendemos como o amor de Deus é tão grande por nós. Éramos um casal cristão, mas cada um vivendo sua vida, com suas orações, seus contatos com Deus, quando surgiram em nossas vidas as Equipes de Nossa Senhora, como uma surpresa, pois nunca tínhamos ouvido falar de tal movimento. Começamos a participar. Fizemos muitas amizades e percebemos como nossa família cresceu, pois em cada lugar a que chegávamos encontrávamos uma verdadeira família. Recentemente passamos por um problema de saúde: meu esposo precisava fazer uma cirurgia e encontrávamos dificuldades, pois, não havia anestesista (disponível para o médico) no hospital da cidade onde moramos. Um dia, participando de um EACRE e conversando com um casal, ele ortopedista e ela anestesista, ambos se colocaram à disposição para nos ajudar. A partir daquele momento, ela organizou tudo e 21 dias depois meu esposo já estava operado e passando bem. Como a cidade onde foi feita a cirurgia era distante de onde morávamos, o casal com muito amor nos ofereceu sua casa para ficarmos até o dia da revisão, e nos acolheu com carinho, nos deixando muito à vontade. Era como se estivéssemos em nossa casa. Voltamos para casa agradecidos ao casal e a Nossa Senhora por tudo. Uma complicação na cirurgia fez meu esposo voltar às pressas CM 396
para o hospital, fomos mais uma vez ajudados e acolhidos pelo casal, passando mais uma semana em sua casa. Durante esses dias rezávamos e refletíamos como Nossa Senhora está sempre presente em nossas vidas, nunca nos deixando sós. Fez tudo isso por nós no amor daquele casal. Estamos muito agradecidos e pedimos a Nossa Senhora que sempre os proteja e guarde em seu coração de Mãe. Temos certeza de que ela estará sempre presente na casa e na família deste casal muito especial, Mirian e Mário, do Setor Palmares - PE. Que Jesus esteja cada dia mais presente em suas vidas. Eternamente gratos.
Maria José (do José Brito) Equipe 1 N. S. da Paz Belo Jardim/PE 37
O lMPORTANTE É AMAR MUlTO! Queridos Amigos e Irmãos. A noite do último dia 17 de setembro foi marcada por três gestos distintos, que dificilmente esqueceremos: • O gesto de violência, que levou um ser humano a tirar a vida de outro, de um irmão equipista, Gildo, uma pessoa dócil e boa, pacífica, esposo carinhoso e pai abnegado. Um batalhador. Que misteriosos desígnios levaram o assaltante até a casa onde a equipe, reunida, fazia a sua vigília mensal? Quem saberá responder? • O gesto desarmado de proteção do Gildo, o seu agudo sentimento de ajuda-mútua aos irmãos de equipe, próprio do coração dos que amam. O gesto que não conhece limites, que vai além da compreensão humana. O gesto que se oferece em holocausto. O gesto de quem não teme correr riscos por uma boa causa. O gesto de quem está preparado. O gesto corajoso, mas sereno, de paz! Mmal, "Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade" (2Tm 1,7). • O gesto de fé e de esperança da equipe. Naquela noite, não se ouviu da Mariliana, sua esposa, e dos irmãos de equipe uma só palavra de revolta, uma só palavra de indignação, um só gesto de desespero. Gestos de dor e de tristeza, sim! Surpresa e choque, sim! Mas 38
nenhuma revolta. Em todos , a certeza de que Gildo estava sendo acolhido pelo Pai e Senhor da Paz. Que testemunho vivo de fé e de adesão incondicional a Deus. Naquela noite, no seio daquela pequena Igreja formada pela Equipe Nossa Senhora Mãe, Rainha e Vencedora Três vezes Admirável, descortinava-se, em sua plenitude, o mistério pascal da morte e da ressurreição, "na paz de Deus, que ultrapassa toda a inteligência" (Fl4,7). Queridos Amigos e Irmãos: muitas perguntas invadem o nosso coração. Deixemos, no entanto, que o Espírito Santo nos conduza à resposta verdadeira. Como bem nos diz o Pe. Caffarel: "o importante não é pensar nem perguntar muito ... é amar muito!". Em uma de suas preces, Dom Helder assim orava ao Pai: "Diante do colar - belo como um sonho admirei, sobretudo, o fio que unia as pedras e se imolava anônimo para que todas fossem um ... " Gildo, durante a sua vida, foi esse fio que unia a sua farm1ia e a sua equipe. Aprendamos como o Gildo, a ser o fio que une.
Silvia e Glauco CR Região Santa Catarina I (Proferido na· Missa Mensal das Equipes de Florianópolis, realizada em 2110/04) CM 396
ME DESTES DE COMER Passava do meio dia, o cheiro de pão quente invadia a rua. O sol escaldante convidava para um refresco ... Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou: - Pai, tô com fome! Agenor, sem um tostão no bolso, desde muito cedo procurando trabalho, com os olhos marejados de lágrimas, olha para o filho e pede mais um pouco de paciência ... - Mas pai, desde ontem, não comemos nada, eu tô com muita fome, pai! Agenor entra na padaria à sua frente: - Meu senhor, estou com meu filho de seis anos na porta, com muita fome. Peço em nome de Jesus que me forneça um pão para matar a fome do menino. Em troca posso varrer o chão, lavar os pratos e copos, ou outro serviço. Amaro, o dono da padaria, sur-
preso com aquele homem de semblante calmo e sofrido pedindo comida em troca de trabalho, faz os dois sentarem-se ao balcão e manda servir-lhes dois pratos de comida. Para Ricardinho era um sonho comer após tantas horas na rua. Para Agenor, a satisfação de ver o filho devorando a comida e a lembrança da mulher e mais dois filhos em casa, com apenas um punhado de fubá, foram muito para seu coração cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades. Amaro percebendo a emoção de Agenor, brinca para relaxar: - Ô Maria! Sua comida deve estar muito ruim! Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato? Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa e agradecia a Deus por esse prazer.
Amaro diz para sossegar seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho. Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa. Este conta que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem especialidade profissional e sem estudos, estava vivendo de pequenos "bicos aqui e acolá", mas há 2 meses não recebia nada. Amaro contrata Agenor para serviços gerais e faz-lhe uma cesta básica de alimentos. Agenor agradece a confiança. Ao chegar em casa com toda aquela "fartura", Agenor é um novo homem, sentia esperanças, sua vida iria tomar novo impulso. Deus lhe estava abrindo mais do que uma porta. No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria, ansioso por trabalhar. Amaro chega em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando. Tinham a mesma idade e histórias diferentes, mas algo dentro dele o chamava para ajudá-lo. E não se enganou. Durante um ano, Agenor foi o seu mais dedicado trabalhador, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres ... Um dia, Amaro lhe fala da escola que abriu vagas para alfabetização de adultos, um quarteirão acima da padaria, e que fazia questão que Agenor estudasse. Este nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta. Doze anos se passaram desde 40
aquele dia. Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo seu escritório para seu primeiro cliente e depois outro e depois mais outro. Mais dez anos. Dr. Agenor Baptista, com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma instituição que oferece um prato de comida no almoço aos desvalidos da sorte, os que andam pelas ruas, desempregados e carentes de todos os tipos. Mais de 200 refeições são servidas, diariamente, naquele lugar administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista. Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade de Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um. Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, placidamente, com um sorriso de dever cumprido. Ricardinho, o filho, mandou gravar na frente da "Casa do Caminho", que seu pai fundou com tanto carinho: "Um dia, eu tive fome e você me alimentou. Um dia, eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia, acordei sozinho e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E que lhe sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!"
(História verídica) Lourdes e Faria CR Setor B - São Carlos/SP CM 396
Meditando em Equipe É impossível falar do mês de dezembro sem pensar, imediatamente, no Natal. A celebração do nascimento de Jesus ini cia com o cristianismo, quando o "Verbo se fez carne" (Jo 1, 14). Contudo, nem sempre se tem consciência do sentido cristão do Natal, porque ele passou a ser celebrado com espírito consumista. Por isso, urge retornar ao seu significado primordial, para vivê-lo com uma verdadeira mentalidade cristã .
Escuta àa Palavra em lc
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Sugestões para meditação: 1. No Natal, Deus cumpre suas promessas. Como se percebe, hoje, o cumprimento das promessas de Deus? 2. Somos capazes de assumir nossas limitações humanas, assim como o Verbo ao se fazer carne? 3. O que representa para a humanidade o mistério da encarnação de Deus? Pe. Geraldo
... .. . . . .. .... . . . . . ....... . . . . . .......... . . Oração Litúrqica "Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou seu povo, e fez surg ir em nosso favor um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo. Foi assim que ele prometeu desde séculos pela boca de seus santos profetas que nos salvaria dos inimigos e do poder de todos que nos odeiam, que usaria de misericórdia com nossos pais e se lembraria de sua santa aliança. O juramento que fez a Abraão, nosso pai, foi de conceder-nos que, sem temor e livres do poder dos inimigos, o sirvamos, com santidade e justiça, em sua presença, todos os dias. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor preparar-lhe os caminhos, e dar ao povo o conhecimento da salvação, pelo perdão dos pecados. Graças ao coração misericordioso de nosso Deus, o sol do alto nos visitará, para iluminar os que estão sentados nas trevas e nas sombras da morte, e dirigir nossos passos para o caminho da paz" (Lc 1,67-79).
EquipeS de NoSsa Senhora
HOMEM E MULHER ELE OS CRIOU Uma proposta para compreender a sexualidade no amor conjugal, utilizando a pedagogia das Equipes de Nossa Senhora.
Preço: R$ 3,50
EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 E-mail : secretariado@ens .org .br • cartamensal@ens.org .br Home page: www.ens.org .br