ENS - Carta Mensal 401 - Agosto/2005

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EQU1PES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n °4 01

EDITORIAL Da Carta Mensal .. .. ..... ...... ........ .. ... 01 SUPER-REGIÃO Vocação ... .. ... ... .... .. .. ... .. .... .... .. ...... .. 02 Vocação ao amor .. ... .. .. ..... ....... .. .... 03 Casados para sempre... .... .. .. .. ....... 04 TEMA DE ESTUDO SEXUALIDADE E ABNEGAÇÃO A palavra do Papa .. .. ... ....... ..... ..... . 06 Sexualidade do casa l .... .... ...... ... .. .. 06 Sexualidade .... ..... ...... .... .. .. ...... .. .. .. 08 Sexualidade e missão dos pa is .. .... 1 O Muito bom ...... .. .... ... .. .. ........ .... ...... 12 Oração .. .. .... .. .. .... ....... .. .... .... .... .... .. 13 VIDA NO MOVIMENTO 55 anos de presença das ENS no Brasi l .. ... ....... .. .. ... .... ... . 1 5 Retiro ...... .... ...... .... .. .. ... .. .. ... .. .. ... .... 17 SECRETARIA TESOURARIA Demonstrações Financeiras 2004 .. .. .. .... .... .. ........ .... 18 FAMÍLIA A missão do pa i .......... .. ..... .. .. ...... .. 20 Feliz imitaçã o .... .... ... .. ......... ........... 21 Vivendo em fam ília .. .. .. .. .... ...... .... . 22 Ação de graças .. ..... .. ... .. ..... .. ......... 23 Nossas regrinhas de ouro .. ...... .. .... 24

Carta M emal é uma publicaçüo mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa" n" 219.336 livro B de 09.10.2002

Avani e Carlos Clélia e Domingos Helena e Tomaz Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz 8. Ha ckmamz

Edição: E quipe da Carta M ensal

J ornalista R esp o11sá vel: Catherine E. Nadas (mtb 19835)

Graciete e Gambim (respon sáveis)

Proj eto Gráfico: Alessandra Carignani

Agosto zoos

SACERDOTES CONSELHEIROS Nossos conselheiros .. ......... .. .. ....... 26 SCE - Presente Divino às Equ ipes ... . 27 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ..... . 28 MARIA A mãe de Deus morreu ? .. ... .. .... .. .. 35 ENCONTRO DE LOURDES Vamos a Lourdes ! ....... .... .. .... ... .. .... 36 Estaremos lá ! .. ..... .. .. ... ...... .. ....... ... . 37 PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Regra de vida ............... ...... .. ........ .. 39 O Dever de Senta r-se e a Reg ra de Vida ... ...... .. ... .... ... ... .. ... 41 Pa rtilha .. .. .... ... .... .... ...... ...... .... .. ... .. . 42 TESTEMUNHOS Pe rdão .. .. .... .. .. ..... .. ... .. ... .. .. .... .. .. ..... 43 Semana da fam ília .. .. ..... ....... ......... 45 ATUALIDADE Bento XVI .. .. ...... ..... .. ... .... .... ........... 46 Assembléia geral do CNLB .. .. ........ 47 NOSSA BIBLIOTECA . .... ......... ...... 47 REFLEXÃO Carvão ou brasa ... .. .. .. .......... ... ... .. .. 48

Editoração E letrô11ica, Fotolitos e T/u strações: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390 - I r andar, cj. 115 - Perdi~es - Süo Paulo Fone: (Oxxll) 3873.1956 Capa : Fotomontagem de Roberta S. Gambim Imp ressão: Laborprint Tiragem desta edição: 17.500 exemplares

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar . conj. 53 01309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxx ll ) 3256. 1212 Fax: (Oxx /1 ) 3257.3599 cartamensal@ens.org.br A/C Graciete e Gambim


Queridos Irmãs e Irmãos: A Igreja no Brasil dedica o mês de agosto à reflexão sobre as vocações. A Carta Mensal, fazendo eco aos nossos bispos, dá a esta edição um enfoque vocacional, para refletir, homenagear, recordar. Frei Avelino medita conosco a vocação fundamental de todo ser humano, que é chamado por Deus à vida, a escutar a Palavra Viva e a ser igreja. Vocação que, para nós casais, é um chamado a amar também com nossos corpos, templos de Deus, como dizem Graça e Roberto, regozijando-se com os frutos que já são colhidos na reflexão do tema "sexualidade e abnegação", pois "a vida sexual se transforma em vida caritativa em Cristo". Isto poderemos conferir na seriedade e clareza dos artigos sobre o assunto e no estudo do tema, dizendo como a sua reflexão vem sendo positiva para a vida conjugal. A Vocação matrimonial deve ser vivida na fidelidade mútua "até que a morte nos separe", lembram Rita e José Adolfo, ponderando que, para isso, o casal deve buscar a realização e satisfação sexual mútuas, no que têm o aval de São Paulo (Cf. lCor 7, 2-5). É a mesma direção apontada pelo Papa Bento XVI: "A vocação ao amor é o que faz do homem uma autêntica imagem de Deus: Ele se torna semelhante a Deus na medida em que se converte em alguém que ama". Para sermos fiéis ao chamado de Deus, é preciso lembrar, com São

Paulo, que nós "carregamos esse tesouro em vaso de argila", motivo para confiarmos ainda mais na graça de Deus, propõe Pe. Geraldo para nossa meditação na Reunião Mensal. Podemos conferir as notícias da alegria pela realização vocacional, em ordenações e jubileus sacerdotais, profissão religiosa, bodas de ouro e diamante, e pela caminhada fiel das equipes pioneiras de Recife e de Fortaleza. Nesta edição, ainda, poderemos recordar nosso conhecimento sobre a Regra de Vida e quanto ela nos ajuda a dar passos na busca da santificação. Temos também o estímulo de belos testemunhos. O mundo orou e Deus lhe deu um novo papa, "humilde trabalhador da vinha do Senhor", cujo programa de trabalho "é não fazer a minha vontade, não perseguir idéias minhas, pondo-me, contudo, à escuta, com a Igreja inteira, da palavra e da vontade do Senhor e deixar-me guiar por Ele, de forma que seja Ele mesmo quem guia a Igreja nesta hora da nossa história". Parabéns aos que vivem sua vocação: pais, famílias, sacerdotes conselheiros espirituais e religiosas, homenageados nesta edição. Parabéns, pai, pelo teu dia! Carinhosamente!

Graciete e Avelino Gambim CR Eq. Carta Mensal


VOCAÇAO Queridos casais e conselheiros! Louvado seja aquele que nos chamou! "O homem é, por natureza e por vocação, um ser religioso. Vem de Deus e para Deus caminha. Sua vida só é plenamente humana se, livremente, vive esta relação com Deus" (Catecismo, 44). "O aspecto mais sublime da dignidade humana está na vocação à comunhão com Deus" (GS 19). Antes da criação do mundo fomos chamados para sermos santos e irrepreensíveis (cf. Ef 1, 4-5). Vocação é chamamento. E, se fomos chamados, é porque alguém nos chamou. A vocação, portanto, supõe Alguém que chama e alguém capaz de escutar e responder. Vocação é diálogo permanente. "É um convite para uma comunhão mais profunda de amor" (Paulo VI). Chamados à vida: é a primeira vocação. Nada existe sem voz; tudo fala para quem sabe escutar. Mas a vocação à existência mostra seus limites e imperfeições. "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade" (Ecl 1, 2). A existência terrena não satisfaz. "Inquieto é o coração do homem". Deus chama para algo mais. Não se é feliz apenas por existir. Vem então o segundo chamado: A vocação evangélica. É o chamado à escuta da Palavra daquele que nos criou com um destino definido. Deus chama, mas deixa livre, tanto para escutar como para responder. Este segundo chamado é decisivo. Lendo a vida dos 2

santos e convertidos, percebe-se o fenômeno de como a Palavra do Evangelho, secretamente, entrou no coração e transformou suas vidas. É a Palavra de Deus misteriosamente entrando no coração e iluminando a consciência, tomando o coração sensível e a vontade disponível. Entra secretamente e misteriosamente, transforma mente e coração, deixando uma interrogação inquietante. Os dialogantes sentem-se sempre mais próximos, e a voz começa a ser ouvida cada vez mais nitidamente. É neste ponto do diálogo onde mais precisamos parar. É o momento mais decisivo do chamado, quando queremos descobrir o rumo da vida. É o namoro entre Deus e o homem. Deus mostra o lugar a ser ocupado, segundo sua vontade. Chega um terceiro chamado: A vocação eclesial. Começamos a descobrir nosso lugar na Igreja. Chamados à existência, à escuta do Evangelho e, por fim, chamados à missão. A vida humana, na concepção cristã, é um diálogo permanente: Deus chama e o homem escuta e responde todos os dias da vida. A vida se toma serviço e compromisso e não uma aventura solitária. Senhor, faça-nos dóceis e humildes, sempre dispostos a escutar, para que a vida seja uma constante resposta, uma obediência filial permanente!

Pe. Frei Avelino Pertile SCE SR Brasil CM 401


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VOCAÇAO AO AMOR Queridos e amados irmãos: No filme Cruzada, depois de muitas batalhas e tantas vidas perdidas, diante das muralhas semidestruídas de Jerusalém sitiada, a sensatez conduziu os líderes a uma reconciliação. Um deles pergunta ao seu opositor: "O que vale Jerusalém para você?" A resposta é lacônica: "Nada ... e tudo!". As muralhas de Jerusalém tinham sido insuficientes para superar a insegurança causada pela ausência de Deus nos corações. Lembramos o Pe. Caffarel e sua carta de oração "Na casa do Senhor''. Jerusalém fora a Cidade do Senhor. Cristo manifestou seu amor por ela. Também manifestou respeito pela casa do Pai e declara que o templo de Salomão perdera o seu significado. Um templo novo, imperecível, "edificado em três dias", vai substitui-lo: o Templo do seu Corpo místico. Nele os homens poderão encontrar Deus, e quem entrar nesse Templo também se torna morada de Deus. "Se alguém me ama, guardará a minha Palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos a nossa morada" (Jo 14, 23). "Deus habita o interior dos que O amam". Mergulhando nas profundezas do coração do homem e da mulher, descobriremos o Seu projeto de amor. Aí habita o mistério de Deus que faz comunhão de toda a pessoa no Espírito Santo. O Movimento sempre quis ajuCM 401

dar os seus membros a viver a graça do Matrimônio. De longa data, oportunizou a reflexão sobre a sexualidade vivida no amor conjugal, como caminho de participação dos cônjuges no infinito amor de Deus. Essa foi a intuição da Equipe da Super-Região ao convidar os casais e equipes a refletirem sobre o tema: "Sexualidade e abnegação: caminho do amor conjugal". Tendo percorrido parte do caminho previsto para 2005, sentimos a alegria contagiante dos corações que se deixaram interpelar pela Palavra de Deus e ampliaram a visão da dimensão sexual da espiritualidade conjugal. Começamos a ultrapassar a "muralha" que nos protegia das ameaças da sexualidade. O homem e a mulher, imagem e semelhança de Deus, trazem impresso em seus corpos o dinamismo da sexualidade, que é impulso, é Dom de Deus e é abertura ao outro. Mas, a verdadeira imagem de Deus não é constituída pela presença da sexualidade em todo o ser humano, nem por ela realizar-se como relação interpessoal, mas sim porque a vida sexual se transforma em vida caritativa em Cristo. O amor é a vocação originária de todo o ser humano. Que Deus nos permita testemunhar, através do amor conjugal, como a Igreja alimenta o amor nupcial com Cristo (cf. Ef 5, 32)".

Graça e Roberto CR Super-Região Brasil 3


Pa1avra do Provincia1

CASADOS PARA SEMPRE ... Este tema tem alimentado uma demonstração e testemunho de amor dos casais equipistas da Região Goiás Sul, que há alguns anos reúnem-se com a comunidade local para celebrar o "Dia dos Namorados das Equipes de Nossa Senhora". Afmal o amor conjugal deve ser permanentemente alimentado com pequenos detalhes. Devemos estar vigilantes, evitando que nossa relação venha a se tomar uma momidão, com conseqüente separação. Infelizmente, às vezes somos surpreendidos com separações inexplicáveis em nossas farru1ias, círculo de amigos, vizinhos e até em equipes. São contra-testemunhos de casais que durante anos assumiram funções de destaque em movimentos de Igreja e até nas Equipes de Nossa Senhora, onde eram tidos como modelos a serem seguidos. Fica a pergunta: onde está a falha? Que fazer para evitar que casais cristãos cheguem a este extremo? A Bíblia apresenta o matrimônio como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher (Gn 2, 24; Mt 19, 4-6). O divórcio só foi permitido a Israel devido a sua "dureza de coração" (Mt 19, 8). 4

O amor é como uma fogueira. No início, grandes labaredas alimentadas pela paixão. Com o passar dos anos ficam as brasas, que produzem um calor gostoso, avivadas na troca permanente de atenção e delicadeza de pequenos gestos. O que fazer para manter as promessas do dia do casamento: "Eu te prometo ser fiel na alegria e na tristeza ... na saúde e na doença ... amando-te e respeitando-te todos os dias de minha vida"? A revista VEJA, edição de 227-2005, publicou a nota: "Precisamos Conversar", uma pesquisa da Universidade de São Paulo, mostrando que 75% dos casais já discutem a relação. Aponta que no casamento os assuntos mais delicados a CM 401


serem discutidos entre o casal são infidelidade, gostos diferentes e formas de tomar a relação mais interessante. Quanto ao relacionamento sexual, 83% dos homens e 79% das mulheres acham fácil falar sobre o assunto. Confessamos que os dados otirnistas deixaram-nos com dúvidas, pois a prática nos mostra realidades diferentes, quando vemos jovens e velhos casais separados, que após anos de convivência revelam ter descoberto possuírem incompatibilidades intransponíveis, sendo a realização sexual uma delas. Nós somos privilegiados. Como casal equipista estamos constantemente buscando o crescimento conjugal e recebemos do Movimento subsídios primordiais. Nestes últimos quatro anos tivemos a oportunidade de nos conhecer melhor e de pararmos para pensar na grandeza de sermos casais. Este ano, especificamente, o Movimento nos convidou a corajosamente ousarmos rever a sexualidade, aspecto do matrimônio ainda não aprofundado. Estamos lentamente, em casal e em equipe, aprendendo que a vida sexual impregna permanentemente os outros momentos de nossa vida e, na plenitude sexual, descobrimos que o júbilo desse encontro é uma manifestação de Deus, pois "Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom" (Gn 1, 3), portanto, o ato sexual fruto de nosso amor conjugal é bom. Para que seja bom, o sexo deve estar temperado de muito amor, carinho, compreensão e sobretudo de cumplicidade. São necessárias pequenas delicadezas de um para com CM 401

o outro. É fundamental conhecer e respeitar as diferenças que hoje são motivo de estudos e pesquisas. Deus criou o homem e a mulher semelhantes, para completarem-se, porém, devemos estar cientes de que somos diferentes, pensamos e sentimos de modo particular. Precisamos compreender que as mulheres são seres mais complexos, afetivos e sensíveis, o que deve ser valorizado pelos homens. São os detalhes que fazem a diferença. Gestos simples, telefonemas, elogios, reconhecimentos, podem ativar as chamas do amor. Afinal, para a mulher, sexo quer dizer várias coisas: que é amada, valorizada e respeitada pelo marido. Eles por outro lado esperam que as mulheres mantenham a doçura, a atenção e o cuidado do tempo da conquista. É necessário inovar, cultivar, surpreender e saber que o que vale na vida sexual é buscar a qualidade e satisfação mútua nas relações. A infidelidade só terá lugar se deixarmos nosso casamento tomarse tedioso, devido a nossas indiferenças. Só se busca fora aquilo que não encontramos no cônjuge. Aproveitemos para vivenciar intensamente nosso dever de sentar-se neste ano, pois sabemos que ele é uma grande alavanca para fortalecer nosso sacramento do Matrimônio e testemunharmos que estamos casados para sempre. Quem ama cuida e não deixa o amor conjugal morrer. Com carinho,

Rita e José Adolfo CR Província Centro-Oeste 5


• • • • Sexualidade e abnegação • • • •

A PAlAVRA DO PAPA O homem é criado à imagem de Deus, e Deus é amor. A vocação ao amor é, portanto, o que faz do homem uma autêntica imagem de Deus: Ele se torna semelhante a Deus na medida em que se converte em alguém que ama. Deste laço fundamental entre Deus e o homem deriva outro: a união indissolúvel entre espírito e corpo: o homem é, de fato, alma que se expressa no corpo e corpo que é vivificado por um espírito imortal. Também o corpo do homem e da mulher tem, portanto, por assim dizer, um caráter teológico, não é simplesmente corpo, e o que é biológico no homem não é somente bioló-

gico, mas a expressão e o complemento da nossa humanidade. Do mesmo modo, a sexualidade humana não está ao lado do nosso ser pessoa, mas pertence à pessoa. Somente quando a sexualidade se integra na pessoa é que ela consegue dar sentido a si mesma.

Bento XVI Discurso no Congresso da Família da Diocese de Roma, 7-6-2005

SEXUAllDADE DO CASAL Fomos criados por Deus para sermos felizes, mas Ele não nos dá a felicidade pronta, no entanto nos oferece todos os meios para conquistá-la. Há pilares que são fundamentais para que o casamento dê certo. O primeiro é o Amor. Amor que faz com que substituamos o coração de pedra 6

por um coração de carne, que compreende, que respeita, que valoriza, que elogia, que cuida, que protege, que chora e que ri, esse amor que faz com que desejemos a felicidade do outro, mas que precisa ser cultivado todos os dias, para poder crescer, tornar-se forte. O segundo é o Diálogo. AtraCM 401


vés dele nos damos a conhecer, encontramos a solução para os conflitos, para as diferenças, buscamos o consenso. O terceiro é o Perdão. Devemos reconhecer nossas imperfeições e às vezes nos expressamos mal, ofendemos, magoamos. É preciso pedir e conceder perdão. Sem ele acumulam-se as mágoas, vem o ressentimento e o afastamento do casal. O quarto é a Oração. Envolvendo todos os pilares, existe um maior e fundamental que é a presença de Deus. Sem Ele nada somos e não vamos a lugar algum. É Deus quem nos dá forças para cultivar o amor e aperfeiçoar o diálogo e quem nos ensina o valor do perdão. Todo casal que puser em prática esses quatro pilares, com certeza, terá um casamento feliz. Quando o relacionamento do casal não vai bem, a primeira coisa que se altera é a vida sexual. O contrário, também é verdadeiro. Vemos nos dias de hoje um número cada vez maior de separações, divórcios, desestruturação familiar com sérias conseqüências para as pessoas, cônjuges, filhos e também para a sociedade. Uma das principais causas do divórcio é um relacionamento sexual deficiente, problemático, na maior parte das vezes devido ao desconhecimento da sexualidade, de como funcionam homens e mulheres, confundindo os conceitos: CM 401

sexo: identidade sexual, masculina ou feminina; é a primeira denominação que recebemos ao nascer; a que vem anotada na certidão de nascimento; • sexualidade: é a manifestação da identidade; é como o indivíduo se comporta e se vê. Seus gestos, comportamentos, maneira de sentar, falar, andar, comunicar. • ato sexual: qualquer ato que envolva a sexualidade, tais como afeto, carícia, olhar, variantes sexuais e até mesmo a penetração; • coito: penetração propriamente dita, que muitos confundem como sexo ou ato sexual único. Sexo é algo que é aprendido, e se é aprendido pode ser reaprendido de uma maneira certa. Há diferenças na sexualidade de homens e mulheres. Para o homem é muito importante "o momento", mesmo que ele esteja cansado, às vezes até aborrecido, o encontro sexual é algo tão forte para ele que, rapidamente, encontra disposição; enquanto que para a mulher a preparação para o ato sexual começa

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já no "bom dia", para ela é o "re-

sumo das 24 horas". Um outro ponto importante é lembrar que a excitação masculina é rápida. O primeiro sinal é a ereção, basta uma visão excitante ou que escute algo estimulante. E uma vez com o pênis ereto, ele pode ter uma relação. A mulher não é assim. A excitação feminina é lenta, não basta ver ou ouvir algo excitante, ela precisa ser tocada, para que sua excitação progrida e ela se prepare para o ato. Uma outra diferença importante é que o homem é genitalista, ou seja, para ele é muito importante a penetração. Isso é devido à presença no cérebro de um núcleo sexual que é maior que o da mulher. Seu prazer está representado em cerca de 70 a 75% nos genitais. Enquanto que na mulher, apenas cerca de 35 a 40% e o restante em todo o corpo. Por isso, a sexualidade da

mulher é mais difusa, a penetração não tem a mesma importância que tem para o homem. É preciso que homem e mulher busquem aprender mais sobre a sexualidade, especialmente aqueles homens que não se instruem a este respeito, pois acreditam que nada têm a perder. A farm1ia começa com um homem e uma mulher. Os filhos nascem desse amor, crescem e voam, como nós fizemos, e outra vez o homem e a mulher ficam sós. Se não cultivarem o amor ao longo dos anos, esse amor se desgastará, podendo acabar e, com ele, toda a beleza dos sonhos do início e o compromisso e a aliança feitos diante de Deus e dos homens deixam de ser cumpridos.

Zadi, da Ana Ginecologista, Obstetra sexólogo Eq. SA - N. S. do Sim Blumenau!SC

SEXUALIDADE O Movimento nos leva ao estudo do tema Sexualidade. Por quê? Para quê? Na nossa idade ... ? E aí vão as dúvidas. Os questionamentos. Mas é tema de estudo proposto pelo Movimento, uma orientação sábia e oportuna. Precisamos responder às nossas dúvidas e questionamentos. Vamos estudá-lo. No Discurso de Chantilly, Pe Caffarel, dizia: "segundo ponto que 8

não foi visto de maneira suficientemente clara: a sexualidade no matrimônio.( ... ) não aprofundamos o sentido humano e o sentido cristão da sexualidade. Não ajudamos suficientemente os membros das ENS a alcançar a perfeição da sexualidade, a perfeição cristã da sexualidade". Se existem questionamentos sobre o porquê do tema, se alguns CM 401


acham o tema difícil nos dias de hoje, se há retraimento em abordar o assunto, inspiradas foram as palavras de Pe. Caffarel, correta está a SuperRegião na proposição deste tema. Podemos observar que sexualidade envolve o estudo das estruturas ou das formas da vida social (morfologia) e o estudo das funções dos órgãos nos seres vivos (fisiologia). Mas não fiquemos surpresos, vamos chegar lá. Achamos que o primeiro susto já começa a se desfazer: a sexualidade não está restrita ao ato sexual. A Super-Região nos ajuda quando nos dá o tema "Sexualidade e Abnegação", aproximando ambas. "A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na sua unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão a criar vínculos de comunhão com os outros" (Catecismo, 2332). "A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte" (Familiaris Consortio, 11). Todas as fontes de conhecimento, os estudos científicos, ao voltarem-se para a sexualidade, serão ilusórios se não considerarem que CM 401

"uma leitura atenta dos profetas, dos livros sapienciais, do Novo Testamento mostra-nos a significação desta realidade fundamental e ensina-nos a não reduzi-la ao desejo físico e à atividade genital, mas adescobrir nela o caráter complementar dos valores do homem e da mulher, a grandeza e as fraquezas do amor conjugal, a sua fecundidade e a sua abertura sobre o mistério do desígnio de amor de Deus". Aprofundar o tema sexualidade em nossas equipes, na busca de maiores esclarecimentos, ajudar-nos-á a testemunhar e abordar o assunto também fora das Equipes de uma maneira correta. Com este estudo, poderemos oferecer os tesouros da formação que recebemos em nosso Movimento. O tema sexualidade é muito oportuno para época em que vivemos, quando a sociedade se deixa induzir pelos meios de comunicação que o passam de maneira errada, com efeitos nocivos às famílias e aos jovens. É preciso que nos esclareçamos quanto à sexualidade, para que saibamos avaliar os descaminhos anunciados pelos meios de comunicação social e possamos alcançar "uma plena maturidade tanto afetiva como sexual". "Não pode haver uma verdadeira moralidade da sexualidade se não houver uma qualidade da sexualidade" (Pe. Caffarel).

Edir e João Eq. 43 - N. S. do Sagrado Coração - Setor A Região Rio III 9


SEXUALIDADE E MlSSAO DOS PAlS 1. Senhor, temos tanto a te agradecer. Reconhecemos o quão pequenos somos, possuídos por fraquezas, egoísmos ... que seria impossível vencer todas as nossas limitações sem a tua ajuda. E para nos ensinar a amar e a aprender o que é o amor, nos deste um ao outro. E assim, não mais sozinhos, descobrimo-nos amados, desejados, valorizados e engrandecidos. No início, ainda não sabíamos que eras Tu que manifestavas teu amor por nós através do outro. Com o tempo, trabalhaste nosso coração para que também aprendêssemos a amar. Vieram as desavenças, que nos ensinavam a ceder; os desencantos, que nos ensinavam a descobrir valores escondidos no outro que superariam aquilo que nos desagradava; fomos rudes, muitas vezes dissemos coisas que nosso coração não queria e aprendemos a controlar nossos impulsos; ouvimos palavras que nos machucaram e outras que nos corrigiram e descobrimos que é necessário certo sofrimento para nos moldar à Tua vontade, que só quer o nosso bem. Mas sempre estiveste presente no meio de nós; e sentimos isto pelas graças e alegrias incontidas que preenchiam nossa existência e nosso aprendizado. Era o reconforto de uma reconciliação, o ombro amigo na perda de nossos pais, o apoio nas dificuldades, a certeza de não es10

tarmos sós. Partilhamos alegrias, férias, passeios ... e as graças foram tantas: O nascimento de nossas filhas, o crescimento delas - a vida desabrochando e precisando de nós para formar, informar, ajudar, apoiar... e ensinar a amar. Senhor, hoje entendemos o valor do amor e o quanto é fundamental para dar sentido à nossa existência. Sabemos o valor de partilhar, sofrer, ceder, renunciar, fazer planos, rir e chorar juntos. Tudo isso nos faz amar-Te cada vez mais. Senhor, dá-nos o privilégio de envelhecermos juntos e de nos apoiarmos quando chegar o momento de um partir. Dá-nos a esperança de permanecermos juntos e ao teu lado, na eternidade. Amém. 2. O mundo, hoje, apresenta uma sexualidade muito distorcida em seus mais diferentes aspectos e banaliza irresponsavelmente o sexo. Sem desanimar ante a contra-força da marcha desta sociedade por demais consumista, coube e cabe a nós, adultos despertos pela história de nossa cultura e religiosidade e pela nossa boa vontade, não deixar que os jovens, mais em particular os nossos filhos e aqueles que nossas relações alcançam, cresçam sem a visão realista e otimista da sexualidade. O desafio de como transmitir isso a eles é muito grande e só é eficaz quando feita de forma responsável e amoCM 401


rosa e em ações que visem, de verdade, à educação e formação integral. Ao não se deixar levar, com excessos, para as ofertas da vida fácil, do prazer imediato, e de tantas outras tentações antigas ou modernas, os adultos podem ajudar pelo seu testemunho. Mas isso não basta; é preciso acompanhar a vida deles e ir plantando diuturnamente as sementes dos valores e critérios que levam à felicidade verdadeira. Nesse particular é que o caminho que escolhemos e que nos faz estar aqui agora, com Cristo e com vocês, irmãos de boa vontade, tem nos encharcado de graças, de lucidez, de ânimo e de inspiração para sabermos melhor enfrentar este e outros desafios com os filhos. Na verdade, nossos filhos foram identificando naturalmente, através da vivência familiar, o valor do homem e o da mulher e foram, também com nossa indicação velada, constatando e valorizando as diferenças, reconhecendo melhor a especificidade de cada sexo. E isso aconteceu porque nós pais nos preocupamos, também, em proporcionar a eles as escolas e ambientes que favoreceriam uma visão semelhante à nossa. E isso nos custou algum sacrifício que foi oferecido em favor da educação deles. Não nos omitimos e nem priorizamos o nosso lazer. Sabemos, porém, que os jovens em geral só conseguem incorporar e encarnar em suas vidas os bons valores e a religiosidade, através de suas próprias experiências , com suas quedas e com suas frustrações. CM 401

I

Senhor, hoje sabemos o valor de partilhar, sofrer, renunciar, fazer planos, rir e chorar juntos. lsso nos faz amar-Te cada vez mais. Nosso trabalho de pais, portanto, é e foi para que estas experiências aconteçam ainda quando os resultados frustrados não causem traumas muito fortes, mas sim sirvam para confirmar a palavra dos pais e da Igreja e para fazer brotar as sementes antes plantadas. Por fim, temos que dizer que, enquanto o assunto for sexualidade, nosso diálogo com os filhos é natural e profícuo, mas quando se trata de sexo, o assunto não flui com tanta naturalidade e tranqüilidade. Em geral, nos aproveitamos e nos apoiamos em situações e casos de terceiros, para transmitir a nossos filhos o que pensamos. Foi o que nossos pais fizeram conosco. Deu mais ou menos certo, então é só não piorar.

(Reflexão do casal partilhada na equipe sobre o cap. 3 de Homem e Mulher Ele os Criou)

Regina e Mazzotti Eq. N. S. das Graças Setor E - Porto Alegre/RS 11


MUlTO BOM "E Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom." (Gn 1, 31)

Se há algo de menos bom na relação homem/mulher, deve-se ao homem e à mulher, que preferiram escutar outras vozes à voz de Deus. Escolheram o "eu" em vez do "nós". E Deus é "Nós" (Façamos o homem à nossa imagem ... -Gn 1, 26). O Filho de Deus, se fez "Filho do Homem" para restabelecer o "nós" humano, fazendo-se um com a humanidade ("Eu sou a videira, vós os ramos"- Jo 15, 5; "Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo, pois ninguém jamais quis mal à sua própria carne, antes alimenta-a e dela cuida, como também faz Cristo com a Igreja, porque somos membros do seu Corpo ... é grande este mistério... " - Ef 5, 28-30.32). São Paulo descreve um mistério em dinâmica: Cristo que santifica a Igreja (nós) e marido e mulher que se devem amar, tornando-se um para o outro auXIlio de santificação, para serem imagem da relação de Cristo com a Igreja. Como Cristo e a Igreja são um só corpo, também o casal é uma só carne. E Deus pensou a relação sexual de homem e mulher como expressão maior desse mistério na espiritualidade do casal: O desejo de um pelo outro levará o casal a gestos de ternura, começando pela carícia, em que os dois, mais do que os corpos, vão revelando a intimidade do coração 12

um ao outro. Descobrem-se unidos e ao mesmo tempo "o outro", na alteridade feminina e masculina. Ambos vão se tornando íntimos e a promessa de ontem vai se cumprindo no acolhimento e na entrega. Então, aconchegam-se num abraço, envolvem-se e se protegem contra a intrusão do mundo exterior, em busca de uma unidade maior, da fidelidade e pertença mútua. Então o corpo de um já não é só seu e o beijo acontece, num desejo incontida de assimilação de corpos e de almas, uma busca intensa de intimidade que induz à conjunção dos sexos, acolhendo-se e entregandose mutuamente, não em busca do prazer, mas da felicidade, uma manifestação de amor pleno, de comunhão, de unidade. E como o amor é criador, homem e mulher se realizam, porque seu amor abrese para participar do poder criador de Deus, para que os dois se perpetuem no filho. Sem esquecermos os tabus e puritanismos do nosso passado, como o falso pudor de esconder das crianças o conhecimento da maravilha do surgimento da vida; Sem esquecermos aprendizados de nossa infância, adolescência e juventude, que marcam até hoje o nosso comportamento em relação a sexo e casamento e que podem levar homem e mulher a se fazerem objetos de prazer e não sujeiCM 401


tos de felicidade mútua. Hoje percebemos que sempre é tempo de dar passos em direção a um ajustamento conjugal-sexual que conduza o casal à realização mútua, tempo para sentir o ato sexual como um antegozo do céu, como algo que alimenta nossa esperança e nos dá alegria e fortaleza para carregar as cruzes do dia-adia. Mesmo quando a periodicidade da junção carnal se alargue ou já não conta, pode acontecer um amplexo íntimo de dois corpos a se tornarem um só. Isso será possível se o nosso corpo tiver alma e nossa alma tiver corpo. Se Deus quis desposar a Igreja - a humanidade - no seu Corpo, nós glorificaremos a Deus em nosso corpo, superando no casal os

dois "eu" para sermos um "nós".

Reflexão do tema de estudo o Casal não se identificou

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ORAÇAO Como o tema de estudo deste ano de 2005 é Sexualidade e Abnegação, gostaríamos de compartilhar uma das respostas do 3° capítulo (O ato sexual é bom), do livro Homem e Mulher Ele os Criou. A sugestão era que cada casal fizesse sua oração conjugal por escrito. Em nossa equipe, na reunião preparatória, elaboramos uma dinâmica, e a idéia era unir parte das CM 401

orações de cada casal. À medida que íamos lendo cada oração, elas se complementavam, e assim elaboramos uma única oração para utilizarmos na reunião mensal. No 1° capítulo (o encontro nos cria), falava-se sobre a valorização das diferenças entre homem e mulher, que não devemos querer mudar o outro, mas sim compreendê-lo e complementá-lo. Fazendo uma 13


Que a cada dia nós aprendamos que, para sermos mais felizes e superarmos os obstáculos, devemos viver a fé. analogia com essas abordagens das diferenças entre homem e mulher, assim aconteceu nas orações dos casais da nossa equipe: cada casal elaborou uma oração conjugal diferente e valorizando cada uma delas, conseguimos fazer uma nova oração, muito mais completa. Quando a lemos, em cada linha encontramos uma palavra de gratidão a esse grande Deus que faz maravilhas em nossas vidas: Senhor, certo dia olhaste para nós, duas pessoas, e nos escolheste para que fôssemos um só. A Tua infinita sabedoria nos aproximou e, quando nossos olhos se encontraram, sabíamos que tínhamos sido feitos um para o outro. Obrigado pelos momentos felizes que compartilhamos a partir da descoberta um do outro e também pelos momentos em que a nossa união se fez necessária e fundamental para a superação dos desafios encontrados no decorrer da nossa caminhada. Agradecemos pela serenidade e pela complementaridade que senti14

mos quando estamos juntos. Cada momento que passamos mais próximos, percebemos que por Tua graça encontramos um no outro a satisfação completa. Obrigado por ter-nos criado homem e mulher, para juntos conhecermos a plenitude do Teu amor, através da nossa sexualidade. Perdoa-nos pelos momentos de dúvida que tivemos quando alguns percalços nos mostraram o quanto somos frágeis sem a Tua presença. Obrigado pela demonstração de amor e de confiança que depositaste e depositas em nós, na criação de nossos filhos e daqueles que nos confias. Dá-nos discernimento para educá-los na fé e os incentivarmos a serem verdadeiros cristãos. Senhor, continua iluminando-nos e dando-nos sabedoria para que através da nossa vida conjugal possamos incentivar outros casais a abraçar o sacramento do Matrimónio. Que nosso lar seja um exemplo de união, felicidade, cumplicidade, amor, respeito e amizade. Que a cada dia nós aprendamos que, para sermos mais felizes e superarmos os obstáculos, devemos viver a fé, e que nossas orações não sejam somente em silêncio, sozinhos, e sim em casal, para juntos fortalecermos nosso casamento e nossa confiança em Ti. Nós te louvamos e agradecemos por nos teres escolhido e por nos teres unido. Amém.

Cíntia e A bel Eq. 19-b - N. S. Rainha da Paz Curitiba/PR CM 401


55 ANOS DE PRESENÇA

DAS ENS NO BRASll O 55° aniversário da presença das ENS no Brasil foi comemorado pelas Equipes de todo o País. Muitas foram as comemorações programadas pelos Setores e Regiões. Destacamos algumas relatadas à Carta Mensal:

Na Região Paraíba, por propositura do vereador Amorim (da Bernadete), equipista, a Câmara de Vereadores da Capital, João Pessoa, promoveu uma Sessão Especial em homenagem às Equipes de Nossa Senhora. Além das Palavras dos Vereadores Amorim e Pe. Adelino, que exaltaram o bem que as Equipes fazem às farm1ias e à sociedade, o plenário tomado pelos equipistas ouviu um histórico sobre o Movimento,

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feito pelo Casal Regional. Vários casais, inclusive o Casal Provincial, foram chamados para compor a mesa. A sessão foi transmitida ao vivo pela TV Câmara para mais de cem mil lares, programa que ficou sendo reprisado por mais de uma semana (Jussara e Daniel Chacon - CRR Paraíba).

Os Setores ABC II e III, da Região São Paulo Sul I, festejaram com muita oração, vigília e Missa. Tiveram o privilégio de contar com a presença de D. Nancy Moncau. Com seus 96 anos de idade, 55 dos quais dedicados às Equipes, ela encantou a todos com seu amor ao Movimento, seu entusiasmo e vibração. Sua presença fez a diferença

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na festa, que não será esquecida pelos que estavam presentes, pelo grande exemplo que ela é para os equipistas. (Arlete e Osvadir - CR Setor ABC II).

Os Setores A e B, de Jaboatão dos Guararapes, e o Setor C, de Recife/PE, juntaram-se para comemorar a data com uma celebração eucarística, na capela da Base Aérea de ·Recife. Após a celebração, os três setores vivenciaram uma bela confraternização, coroando com muita alegria as festividades. (Glória e Bartolomeu - Eq. 33/A - N. Sra de Guadalupe - Jaboatão dos Guararapes/PE) . Os equipistas da Região Rio IV, reunidos no Auditório do Colégio Salesiano de Niterói, comemoraram a data com um grande louvor a Nos-

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sa Senhora, que incluiu a recitação do terço, com meditação e encenação dos mistérios gozosos pelos equipistas e seus filhos. Participaram casais de Niterói, São Gonçalo e Cabo Frio. A celebração se encerrou com a coroação da Padroeira da Região, N. S. de Fátima, e o canto do Magnificat (Graça e Juarez - CRR Rio IV) . A Região Rio ill realiza anualmente, no 2° sábado de maio, uma romaria ao Santuário de N. S. da Penha, em comemoração ao aniversário das Equipes. Neste ano foi dado destaque aos 55 anos da presença das Equipes no Brasil, com terço meditado na subida dos 365 degraus, celebração eucarística e confraternização festiva. Contou com grande número de equipistas. (Penha e Viriato - Eq. 52 A - Rio III).

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RETIRO Ponto concreto de esforço que permite realmente nos retirarmos e parar para ouvir o que Deus tem a nos dizer. Nos dias 23 e 24 de abril, tivemos a oportunidade de fazer o nosso deserto com Deus. O tema Eucaristia contribuiu de maneira feliz para reflexão sobre este mistério de fé. Fomos convidados pelo pregador, Pe. Edvaldo, a nos colocarmos no lugar dos discípulos de Emaús. Avaliamos adisplicência em não reconhecer Jesus presente ao nosso lado, em todos os momentos da nossa vida. Mas reconhecemos, durante o dever de sentar-se vivenciado no retiro, o modo como ele entra discreto na nossa vida, através das pessoas, dos fatos e dos acontecimentos. Avaliamos também que a sua palavra aquece o nosso coração e assim desejamos que ele fique sempre conosco. Reconhecer o Cristo no "partir o pão" é o ápice da vivência da nossa espiritualidade conjugal, essa experiência de "Cristo em mim e eu nele" é o que nos dá forças e esperança para prosseguir na caminhada cristã. Além das orações e exercícios de piedade, tivemos a oportunidade de aprofundar alguns aspectos da Eucaristia, ápice de toda vida cristã, mistério da comunhão de vida com Deus e unidade do seu povo. Essa unidade implica na participação da vida eclesial e do mundo, sendo "fermento, sal e luz". A Eucaristia desinstala o cristão CM 401

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Reconhecer o Cristo no "partir o pão" é o ápice da vivência da nossa espiritualidade conjugal, essa experiência de "Cristo em mim e eu nele" é o que nos dá forças e esperança para prosseguir na caminhada cristã. ~·

e o coloca em missão permanente, porque comungar o corpo e o sangue de Cristo requer comunhão com o irmão. Esse mistério é um banquete que celebra, ao mesmo tempo, a proclamação da morte e ressurreição de Cristo e a espera da sua vinda escatológica ( 1Cor 11 ,26). Apesar de todos ficarem com vontade de armar tendas, o nosso conselheiro fez o envio dos casais para que continuem a missão de evangelizar e converter-se. "Fica conosco, Senhor"!

Ledijane e João Eq. 3 A - N. S. da Conceição João Pessoa!PB 17


DEMONSTRAÇÕES ANANCElRAS 2004 Equipes de Nossa Senhora Estimados irmãos: Agradecidos a Deus pelas bênçãos concedidas neste ano de trabalho da Secretaria-Tesouraria, levamos ao conhecimento de todos os equipistas as Demonstrações Financeiras de 2004 do nosso Movimento. Elas contêm o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado e as Notas Explicativas relativas aos fatos mais relevantes do ano que passou. Ficamos ao inteiro dispor de todos para esclarecer as dúvidas que eventualmente possam existir. Nosso muito obrigado a todos aqueles que tanto nos ajudaram, em especial, ao casal Vera e José Renato que nos antecedeu. Agradecemos todo o empenho e o trabalho dedicado de Thereza, Nilza e Yuri no Secretariado Nacional. Fraternalmente, Eunice e Milton, Casal Secretário-Tesoureiro BALANÇO PATRIMONIAL (em R$) 31.12.04

31.12.03

31.12.02

260.993

717 .612

809 .996

20.058

17.031

16.631

281.051

734.643

826.628

21 .895

ATIVO Circulante Permanente Total Ativo PASSIVO Circulante

2.533

501

Provisões

3.451

2.789

4.067

Património Líquido

275 .067

731 .353

800 .666

Total Passivo

281.0S1

734.643

826.628

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em R$) RECEITAS Contribuições

1.117 .187

84,2%

1.025 .091

46,0%

Enc.Nacional Brasília Encontro de Roma

837.642

37,5%

632.425

34,9%

35.978

Receitas Diversas

1,6% 13,1%

39 .584 133.659

Receitas Financeiras

174.197 34.678

2,6%

Total das Receitas

1.326.062

100,0%

954.828

52,8%

6,0%

151.933

198.403 2.230.773

8,9% 100,0%

30 .988 1.809.758

8.4% 1.7% 100,0%

2,2%

DESPESAS Despesas com Encontros 511.600 Desp. Enc.l ntern. Lou rdes- 20064.096

28,7% 0,2%

367 .854

16,0%

429 .535

31,9%

Desp.c/Enc. Na c. Brasília

378.584

21,2%

1.303.962

56,7%

27 .137

2,0%

Desp.c/Enc.de Roma

237.185

17,6%

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Desp.c/Adm.Equipes Despesas co m Pessoal Despesas Gerais

Total das Despesas

305.661 109.893 472.515

17,1% 6,2% 26,5%

219.920 94 .31 7 314 .032

9,6% 4,1% 13,7%

271.476 88 .0 1 o 293.953

20,1% 6,5% 21,8%

1.782.349

100,0%

2.300.085

100,0%

1.347.296

100,0%

RESULTADO

731.35 3

(69.313) 800 .6 66

462.462 338.2 04

Resultado Acumulado 275.067

731. 353

800.666

Resultado do Exercício (456.286) Fundo Pat rimoni al

Notas explicativas Receitas 1. Contribuições - as contribuições espontâneas de 2004 aumentaram 9% em relação a 2003. 2. ReceitasDiversas-R$174.197,10: ressarcimento de livros e documentos do Movimento- R$ 140.086,97; reembolsos diversos e outras receitas- R$ 34.110,13. Despesas 3. Despesas com Encontros- R$ 511.599,59, estão contemplados os seguintes eventos: os Encontros da Super-Região- R$ 59.608,91; o Encontro do Colegiado Nacional em ltaici- R$ 123.057 ,60; as Sessões de Formação - R$ 76.563,04; os Encontros Provinciais e dos Colegiados Provinciais- R$ 252.370,04. 4. Despesas com o Encontro Nacional de Brasília, no valor de R$ 378.584,06, corresponde à devolução, neste exercício, de contribuições para este fim efetuadas em 2003 e 2002. 5. Despesas com Administração das Equipes- R$ 305.661,02, incluem: As edições da Carta Mensal, sem as despesas de postagem- R$ 200.549,1 O. - Confecção de livros e impressos doutrinários- R$ 105.111,92. 6. Despesa com Pessoal - R$ 109.893,29, inclui:

I

os salários e ordenados, férias, 13° salário e benefícios dos três funcionários do Secretariado Nacional, no valor deR$ 72.613,94; Serviços de Terceiros no valor de R$ 18.399,54; Encargos Sociais- INSS, SAT, PIS eFGTSemR$18.879,81. 7. Despesas Gerais, abrange os gastos gerais administrativos, entre os quais destacamos: Despesas de Correio da Carta Mensal e outros- R$ 116.771 ,52; contribuições ao Projeto Vocacional e a outras entidades- R$ 83.988,44; Despesas Bancárias, financeiras e tributárias- R$ 65.559,48; Aluguéis, água, luz, telefone e despesas patrimoniais- R$ 76.002,85; Impressos e materiais de escritório -R$ 30.499,58; Xerox, material de expediente e outras despesas do Secretariado - R$ 10.733,67; outras despesas gerais- R$ 88.959,23.

Resultado 8. No Resultado do Exercício está computado R$ 378.584,06 relativo às devoluções de contribuições recebidas em exercícios anteriores para o Encontro Nacional de Brasília.

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Eunice e Milton Casal Secretário-Tesoureiro 19


Ser pai é uma vocação. Não importa ser pai de poucos ou de muitos filhos. Vale a vida, a qualidade dos seus atos e o significado dos seus gestos. Importa ser uma presença viva de fé, de esperança, de lealdade. "O pai de família é a melhor referência que Jesus encontrou para nos fazer entender o amor e a inesgotável misericórdia de Deus para conosco: 'Se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas para vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo àqueles que o pedem!' E a criança! Se todas as criaturas falam do Senhor e em nome do Senhor, mais que todas fala a criança a seus pais. Ouçam esse pai de família meu amigo: 'Obrigado, meu pequeno homem. Eu o ajudo a aprender as primeiras noções do catecismo, mas você, a cada instante, é para mim uma palavra viva de Deus. Quando, brincando, eu o coloco de pé sobre a mesa e lhe digo: Salte, você salta rindo a mais não poder. Você sabe muito bem que vou apanhá-lo no ar! Quando você está deitado, já não são seus risos que eu ouço, mas a voz divina que me diz: "Você tem uma fé semelhante à desse pequeno? Que é que você arrisca, que é que você acha que pode arriscar por mim? E no entanto, meus braços são imensamente mais fortes que os seus!. ..' 'Quando, à noite, eu o deixo, você grita: Tenho medo! Você sabe muito bem, no entanto, que estou no quarto ao lado, mas quer minha 20

presença junto de sua cama.' 'Obrigado, meu pequeno homem, porque é tão fraco, tão desajeitado, por precisar sempre de mim para tudo: para amarrar os calçados, arrumar as rodas de seu carrinho, partir a carne para você. Obrigado por correr, aos gritos de alegria, quando volto para casa. Obrigado pelos seus olhos que brilham quando lhe faço um pequeno presente. Obrigado, obrigado!" Um pai enfrenta muitos desafios que podem ser importantes, mas nenhum será tão grande quanto o de formar uma pessoa. É certo que os filhos aprendem mais pelos olhos do que pelos ouvidos. O que entra pelos olhos vai ao coração e fica para a vida.

Pe. H. Caffarel - "Nas Encruzilhadas do Amor", págs. 122-123 CM 401


FEllZ lMlTAÇÃO Meus queridos Pai e Mãe! Missa solene. Festejávamos os 50 anos do Movimento em Florianópolis e em Santa Catarina. Muitas histórias e recordações foram contadas nessa celebração ... Estávamos muito felizes, mas de uma maneira muito especial eu estava muito emocionada. Sou filha deste Movimento! Primeiramente da Mãe Caravággio, depois de Nossa Senhora do Sagrado Coração. Lembreime das muitas vezes em que participei, ainda menina, das Missas Mensais no Colégio Catarinense, das vezes em que a missa se alongava ... Lembrei-me das missas festivas de fim de ano em que levávamos brinquedos para serem distribuídos às crianças pobres. Também das tantas vezes em que ficamos na casa da vó Mosa, enquanto vocês iam aos retiros ou nos EACRE e os aguardávamos ansiosas nos domingos à tarde. Lembrei-me das reuniões mensais em que íamos com vocês e ficávamos brincando com os filhos dos outros casais equipistas. Chega-

mos a formar uma equipinha que não foi muito adiante ... Foram tantas as lembranças durante esta missa ... E ali estávamos Daniel e eu, com nossa Equipe Mãe da Ternura, sendo apresentados ao Movimento ... Às vezes os filhos imitam os pais ... Feliz imitação esta que conta com a benção e a proteção de nossa Mãe do Céu! Quando, do altar, encontrei os olhos atentos dos casais da equipe de meus pais, tive mais consciência do quanto esses casais fizeram e fazem parte de minha vida! Todos reunidos formam uma grande família para todos nós! Pai e Mãe, obrigada pelo testemunho de vocês! Obrigada por todo o amor com que vocês nos amaram e nos amam! A nossa resposta a vocês só poderia ser de amor. Amo vocês! No passado ... Era filha das equipes! No presente ... equipista, com muita honra! Obrigada!

Maria Tereza do Daniel Eq. 470317- N. S. da Ternura Florianópolis/SC

Existe algo ilimitado no amor de um pai, algo que não pode falhar, algo no qual acreditar mesmo que seja contra o mundo inteiro. Nos dias da nossa infância, gostamos de pensar que nosso pai tudo pode; mais tarde, acreditaremos que seu amor pode compreender tudo. Frederick Faber

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VlVENDO EM FAMlllA Se queremos ter um bom relacionamento familiar, necessitamos nos esforçar para isso. Um relacionamento familiar gostoso precisa ser buscado com sinceridade e empenho. Precisamos seguir certos princípios para nortear nossos relacionamentos, especialmente na farru1ia. Deus nos deu dicas muito claras em Sua Palavra sobre como fazer isto, seja em palavras, seja em atitudes. A felicidade no casamento e na fanu1ia depende de diversos fatores e um deles é o diálogo. Por meio das palavras, como elas são expressas, como os componentes da família conversam, revela-se o desejo de edificar ou de destruir. E isso pode até acontecer inconscientemente. Palavras que edificam são ditas com paciência, amor, calma, no tempo certo. Estas sempre constroem, mesmo que tenham por objetivo chamar a atenção de quem errou. Grande parcela da felicidade no lar provém das palavras, do conteúdo que trazem e da maneira como são ditas. Palavras ditas com rancor, agressividade, ódio, sentimento de vingança, aos berros ... destroem, revelam falta de bom senso e muito contribuem para desfazer lares, suscitar filhos rebeldes e desrespeitosos e tomar cônjuges apáticos e revoltados, ocasionando um clima de constante mal-estar. Deus quer a felicidade da família e condena essas coisas. Em Ef 4, 29.31-32, Paulo ad22

moesta: "Que nenhuma palavra inconveniente saia da boca de vocês; ao contrário, se for necessário, digam boa palavra, que seja capaz de edificar e fazer o bem aos que a ouvem. Afastem de vocês qualquer aspereza, desdém, raiva, gritaria, insulto, e todo tipo de maldade. Sejam bons e compreensivos, perdoandose mutuamente, assim como Deus perdoou a vocês em Cristo". Superaremos essas dificuldades, cultivando princípios positivos, como estes: a) Minha família em primeiro lugar: se não posso dispor de tempo em quantidade, dedicarei tempo em qualidade, tempo bem aproveitado quando estiver na comunhão dafanu1ia; b) Ser transparente: não esconder queixas e sentimentos, mas ser honesto; c) Usar e abusar da prática do perdão: pedir e dar perdão não é sinal de fraqueza nem de falta de hombridade, como pregavam os gregos. Vingança e revanches não convivem com o perdão. Ficar batendo na tecla do "eu sou assim mesmo e ninguém me muda" é uma porta para o erro e p~a o fracasso. As coisas boas são aprendidas e conquistadas com esforço e boa vontade. Os nossos lares e o relacionamento familiar são conseqüência daquilo que fazemos e dizemos no dia-a-dia. Por isso é bom promover em nossa família conversas alegres, CM 401


palavras amigas, diálogos construtivos ... O que destrói precisa ser combatido pelo arrependimento e pela busca do perdão em Cristo. E o que constrói, estimulado pela escuta da Palavra e pelo "trabalhar de joelhos".

Deus quer um lar feliz para todos e espera que nós permitamos que Ele instale a felicidade em cada uma de nossas farm1ias.

Eliane e João Carlos da Silva CR Eq. 4 - N. S. do Equilzôrio - Campo Largo/PR

..... . . . ..... . . ....... . . ..

AÇÃO DE GRAÇAS Pela nossa alegria de casal em nossa aventura conjugal, deixamos brotar em nós uma oração de louvor e de ação de graças: Senhor, queremos hoje bendizer e santificar o vosso Nome, em primeiro lugar, pelo dom da vida. Vós nos colocastes um pouco abaixo dos anjos, à vossa imagem e semelhança, capazes de conhecer e amar. Encontramo-nos um dia por vossa graça e nos unimos em matrirnônio. É por vossa graça que temos cumprido a promessa de estarmos unidos até que a morte nos separe. É por vossa graça que nos preocupamos um com o outro e que aceitamos nossas diferenças. Senhor, o véu de noiva que coloquei naquele 24 de julho tomou-se, com vossa ajuda, atadura, avental e lenço para as necessidades de cada dia, que só o amor transfigura. Obrigado Pai, pelos quatro filhos amados que não nasceram apenas do nosso sangue e da nossa carne, mas também da vossa vontade. Eles nasceram, amadureceram e agora CM 401

Senhor, queremos hoje bendizer e santificar o vosso Nome, em primeiro lugar, pelo dom da vida.

vemos a chama do nosso lar começar a propagar-se para acender outros lares ... Somos uma farm1ia cristã, uma farm1ia simples, uma farm1ia alegre. Por todos os benefícios que recebemos de vossas mãos, ó Deus de Amor, ajudando-nos a realizar a nossa vocação matrimonial, nós vos louvamos, vos glorificamos e vos agradecemos. Amém.

Abigail do Fernando Eq. 28 B - Região Rio I 23


NOSSAS REGRlNHAS DE OURO Todos os pais se preocupam com a criação dos filhos e procuram fazer o melhor que está ao seu alcance. No entanto observamos que nem sempre os resultados são os esperados. Nós não somos diferentes, e a preocupação com as nossas quatro filhas é constante, apesar de a mais nova já ter 18 anos. Para nossa felicidade, tivemos no Curso de Noivos uma palestra que foi muito importante para as nossas vidas. Eram regras simples, mas que se mostraram ao longo dos anos de extrema sabedoria. Temos procurado segui-las e até acrescentamos algumas nossas. Aproveitamos para partilhá-las com vocês: 1) Confiar sempre em Deus. Fazer a nossa parte, e Ele proverá o necessário. Somos participantes da obra da criação. Os filhos perceberão, então, que Deus é importante na casa deles. Fazer pelo 24

menos uma oração familiar por dia; 2) Reconciliar-se antes de dormir. Uma briga, um problema são mais fáceis de serem resolvidos no seu início. Procurar dialogar até resolver a pendência é essencial para a harmonia conjugal. O diálogo é indispensável para o bom relacionamento do casal e da farm1ia. No trato com as diferenças, ter em mente o seguinte pensamento: "Senhor, dai-me ousadia para mudar o que pode ser mudado e sabedoria para distinguir o imutável"; 3) Ser o apoio do outro. Os cônjuges devem estar atentos às necessidades e dificuldades um do outro, tanto materiais como psicológicas e espirituais. Nunca esquecer que um é responsável pelo crescimento do outro. 5) Ter a coragem de dizer não aos filhos. Fixar limites é de extrema CM 401


necessidade, eles esperam isso dos pais. Nessas ocasiões, manter a calma, não levantar a voz. Gritar não adianta, as pessoas não respeitam pelo medo; 6) Procurar responder aos filhos o que foi perguntado, num linguajar e numa profundidade adequados à sua idade. Nunca deixar uma pergunta sem resposta, para que eles tenham confiança de sempre perguntar; 7) O casal deve ter coerência absoluta no que diz aos filhos. Conversar sobre a forma como educar os filhos. Mesmo que num determinado momento um discorde do outro, não o fazer enquanto estão falando aos filhos. Quando um aplica uma correção ou faz uma proibição, o outro não pode mudar, mesmo que não concorde. Se, após, chegarem à conclusão de que algo precisa ser mudado, quem a aplicou é que deve falar. 8) O casal não deve ser escravo do dinheiro. Para evitar a dependência, ter sabedoria para priorizar e reconhecer o que é realmente essencial, ser cuidadoso com o que se tem e evitar o desperdício. O dinheiro e os bens são do casal, devem ser administrados em conjunto, não deve existir "o meu", mas "o nosso" ... Ensinar estas coisas para os filhos não é fácil, o mundo atual é muito consumista e eles são bombardeados com uma grande quantidade de informações que os levam a pensar de forma errada e a considerar muitos supérfluos como essenciais e indispensáveis. Por isso, CM 401

é preciso evitar o desperdício ... O que sobra na nossa mesa ou em nosso guarda-roupa deve estar faltando para muitos pobres! Também é importante ser cuidadoso com o que se tem, coisas que mesmo velhas podem ser concertadas e doadas ... 9) Acompanhar os estudos dos filhos, sem fazer as tarefas para eles, somente tirar-lhes dúvidas, e, se não souberem, deixar para esclarecer na escola. Os pais devem acompanhar o ensino da escola e participar das reuniões e atividades em que a sua presença é solicitada, procurando não ser um pai/mãe omisso; 10) Conhecer os amigos e as amigas dos filhos. Acolhê-los em casa ou, então, ir à casa deles para conhecer as suas fanu1ias. "As más companhias corrompem os bons costumes" (lCor 15,33). É bom também saber os locais que eles freqüentam. Com a nova tecnologia, agora existem os amigos da Internet. Procurar saber com quem nossos filhos se relacionam dessa forma e quais os "sites" que eles acessam. Criar regras de segurança. O acesso à televisão também deve ser orientado, em tempo e conteúdo. Quando os filhos são mais crescidos, ver juntos os programas escolhidos por eles, esclarecendo e colocando os verdadeiros valores de uma vida cristã.

Lucia e Arry Eq. 7B - N. S. do Loreto São José dos Campos!SP 25


NOSSOS CONSELHEIROS Agosto, mês das Vocações. Uma homenagem especial aos queridos Sacerdotes de todas as equipes e de todos os colegiados (Setor, Região, Província, Super-Região, Carta Mensal), pela importância da sua presença em nossas reuniões, trazendo para a equipe a graça insubstituível de seu sacerdócio e transformando-a em verdadeira comunidade de Igreja, pois "ele torna presente o Cristo como Cabeça do Corpo" (Sínodo dos Bispos de 1971 -Guia das ENS). Os casais das Equipes de Nossa Senhora guardam uma íntima e profunda relação com os seus SCE, pois ambos os sacramentos, Ordem e Matrimónio, contribuem para a salvação pessoal própria, mas acima de tudo têm como fmalidade a salvação do outro, através do serviço. Nesta missão particular na Igreja, ambos servem para ajudar na edificação do Povo de Deus (Catecismo- 1534). Incluímos nesta homenagem também as Religiosas e outros conselheiros provisórios de equipes. Nós casais cristãos, sacramentos do amor de Cristo pela Igreja neste mundo, temos nas pessoas de vida consagrada as testemunhas vivas da caridade universal da Igreja. Elas evocam para nós "a intimidade com a qual Deus se une a cada um de nós e que se há de manifestar no século futuro, quando a Igreja estará plenamente unida a Cristo como a seu esposo" (Perfectae Caritatis, 12). Cristo é amor. "O Senhor disse claramente que cuidar de seu reba26

nho é uma prova de amor para com Ele". "Esta missão que o Senhor confiou aos pastores de seu povo é um verdadeiro serviço" (Catecismo 1551). E os vocacionados ao Sacerdócio e à vida Religiosa nos revelam uma vida dedicada a amar Cristo através do amor aos irmãos. A presença do SCE nas reuniões, além de dar à equipe a conformação de pequena igreja, é a imagem do pastor que cuida de um pequeno rebanho, alcançando o alimento espiritual através de esclarecimentos e conselhos sempre muito pertinentes e oportunos, os quais orientam, iluminam e motivam a nós, casais, pais, filhos, amigos e cidadãos do mundo. Ele é o mestre que nos ajuda a percorrer a jornada da santificação matrimonial, permitindo-se, através dos laços de amizade, amor, respeito e quase intimidade que nos une, corrigir-nos quando necessário. Quantas vezes suas palavras fortes e ao mesmo tempo amigas evitaram que fraquejássemos na fé e que nos desgarrássemos da equipe! E nas reuniões dos colegiados, quantas decisões a serem tomadas e quantas dúvidas surgidas ... e o sacerdote está ali, presente, orientando-nos, iluminando e lembrando que devemos humildemente reconhecer nossas limitações e deixar que Deus haja em nós. Como é tranqüilizador contar com o seu apoio e como é gratificante servir aos irmãos por amor a Jesus Cristo. Por outro lado, sabemos que o CM 401


amor não é egoísta, não é só receber, é sobretudo dar e retribuir todo o bem que recebemos. Temos, os casais, retribuído ao SCE todo o carinho, disponibilidade, acolhida, sabedoria e bondade recebidas? Quantas vezes os procuramos quando estamos aflitos, não importando se estão disponíveis para nos ouvir ou não. Passada a tempestade, lembramos de lhes dar retomo e agradecer? Quantas graças recebemos com essa convivência! Cabe a nós equipistas, neste mês dedicado às vocações, também à sacerdotal, darmos um forte abraço em nos-

so SCE, agradecer-lhe o amor que o toma disponível por tantas horas de dedicação à equipe, apesar de tantos compromissos. Por tudo isso, agradeçamos a Deus pelo nosso SCE e por nos ter dado Padre Caffarel, nosso fundador, e suscitado no coração dele intuir a necessidade do aconselhamento de um SCE em cada equipe. Peçamos diariamente a Deus que derrame muitas bênçãos e graças sobre os nossos SCE, dando-lhes muita saúde e alegria no cumprimento do sagrado ministério.

SCE Presente Divino às Equipes Homem comum que entre todo o rebanho foi escolhido por Deus para ser pastor. Homem comum e frágil que certamente teve dúvidas, momentos de incerteza, mas que, como Maria, não hesitou em dizer Sim. Homem comum que, diante da importante decisão de deixar para trás sua fallli1ia, os amigos e a proteção dos pais, teve a coragem de seguir a Deus, sem olhar para trás. Homem comum que, diante das dificuldades e sacrifícios diários para se formar sacerdote, não sucumbiu e prosseguiu até o fim. Homem comum que, diante do sonho real de um dia ser pai, de ter uma companheira amiga, amante esposa que poderia envelhecer ao seu lado, e de dar adeus à solidão, teve a coragem de seguir sua vocação. Homem comum que, iluminado CM 401

pelo Pai, conduz o rebanho ao caminho do próprio Deus, passando por tantos espinheiros e perigos. Homem " maravilhosamente" comum que, inserido numa Equipe de Nossa Senhora, pode fazer maravilhas .. . Homem "maravilhosamente" comum que, como amigo, não é comum, expressando sabedoria, caridade e disponibilidade que poucos amigos sabem ter. Homeni "maravilhosamente" comum que tem paciência inesgotável para ouvir, compreender e auxiliar, mesmo sem disponibilidade de tempo ou de se fazer presente.

Extraído do Boletim Enviamos Colaboração de Diná e Marco Aurélio Eq. N. S. da Rosa Mística Setor B - Pouso Alegre!MG 27


Ordenação Episcopal Com alegria, partilhamos que no dia 21 de maio, na cidade de Jundiaí/ SP, nosso Sacerdote Conselheiro Espiritual, Monsenhor Joaquim, foi ordenado bispo e designado para a Arquidiocese Metropolitana de São Paulo - Região Santana - como auxiliar do Exmo. Cardeal Dom Cláudio Hummes. Dom Joaquim Justino Carreira nasceu aos 24 de janeiro de 1950, em Santa Catarina da Serra, Leiria, Portugal. Com dez anos transferiuse com sua farm1ia para o Brasil, vindo residir em Jundiaí/SP. Desde garoto teve vida religiosa intensa e com apenas quinze anos já era ministro extraordinário da distribuição da Comunhão, presidindo celebrações da Palavra em capelas da zona rural. Precoce foi sua notável e constante preocupação com os marginalizados: participando também da Legião de Maria, exercia atividades na cadeia e na Pastoral Carcerária. Liderou o movimento de jovens, o que o levou ao questionamento vocacional e à decisão de se tornar padre. Cursou Filosofia nas Faculdades Anchieta, em São Paulo, e, concluída essa etapa, foi enviado a Roma por Dom Gabriel Paulino Couto, onde fez o Curso de Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, como aluno do Pontifício Colégio Pio Brasileiro. Foi ordenado presbítero aos 19 de março de 1977, na Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí/SP. Como presbítero, Dom Joaquim 28

desempenhou várias atividades na Diocese, completando 16 anos como Vigário Geral e 23 anos no Colégio dos Consultores e, além dos trabalhos realizados em paróquias, sempre esteve envolvido em buscar soluções para as questões sociais da comunidade. Em 1990, o papa João Paulo ll contemplou-o com o título de monsenhor capelão, em reconhecimento ao seu zelo pastoral e dedicação às coisas da Igreja. Retornou a Roma no ano de 2000, para fazer mestrado em Teologia do Matrimônio e da Farm1ia, junto ao Pontifício Instituto "João Paulo ll" da Pontifícia Universidade Lateranense, onde permaneceu até julho de 2002. Dom Joaquim abraça com entusiasmo contagiante tudo o que faz e é um grande privilégio tê-lo como pastor nessa caminhada em busca do Reino. A ele, nossa gratidão por esses anos de verdadeira amizade. Que o Espírito de Deus o ilumine e Maria o proteja e conduza no exercício do ministério episcopal. Equipe 4 - Setor A - Jundiaí/SP CM 401


Ordenações Sacerdotais No dia 28 de janeiro de 2005, na Catedral de Sobral/CE, aconteceu a ordenação sacerdotal do Padre Aristides de Oliveira Carneiro. Foi um momento de muita alegria para as seis equipes de Morrinhas. Serão agora dois os Sacerdotes Conselheiros Espirituais das Equipes de Nossa Senhora nessa cidade, pois Padre Aristides trabalhará com o Cônego José Alves Saraiva, já há 40 anos na paróquia. Regina e Diassis Eq. 1- Imaculado Coração de Maria - Morrinhos/CE

••• No dia 18 de dezembro de 2004, foram ordenados presbíteros pelo Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro,

Dom Wilson Tadeu Jonk, numa linda celebração, na cidade de Lavras/ MG, os então diáconos Jorge de Paula Monteiro, Edson Pacheco de Almeida e Heitor Aparecido Rafael. Pe. Jorge foi Conselheiro Espiritual da Equipe 9A- Nossa Senhora de Akita, e Pe. Edson da Equipe 6C - N. S. do Santíssimo Sacramento, ambas de Taubaté/SP, cidade onde concluíram a preparação para o presbiterato. Queremos parabenizá-los e registrar a valorosa contribuição dos padres e fráteres do Sagrado Coração de Jesus - Dehonianos, para o Movimento das Equipes de Nossa Senhora em nossa cidade. Ana e Hissashi Eq. N. S. de Akita - Taubaté/SP

Da esquerda para a direita: Pe. Rafael, Pe. Edson e Pe. Jorge

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Bodas de Ouro De Maria Auxiliadora (Dôra) e Luiz (foto à direita), da Equipe 39- N. Senhora de Loreto - Ilha do Governador/RI, no dia 2 de abril de 2005. Foi uma ocasião suprema para quantos estiveram presentes. Nós os equipistas, seus amigos, seus parentes, filhos e netos, fomos agraciados com tamanho testemunho vivo. Tudo foi maravilhoso, a festa, a missa, a bênção das alianças e novamente confraternização. Duas pessoas tão joviais unidas por mais de meio século, vivendo uma tão feliz vida a dois, sempre nos brindando com aquele sorriso espontâneo e aquela serenidade que só nos dão, aos que estão no meio da caminhada, força, conforto e exemplos a serem seguidos. Parabéns ao casal, equipista há mais de 30 anos, por essa tão grandiosa graça. Edir e Mário CRE Eq. 39, N. S. de Loreto Ilha do Governador/R]

••• De Cetina e Deoclécio Vidor, da Equipe N. Senhora da Salete, no dia 23 de abril de 2005 , 30

comemorado na Igreja São João Batista, a mesma em que há 50 anos casaram. Com quatro filhos e seis netos, declaram-se muito felizes e que não saberiam mais viver um sem o outro, como também sem a Equipe. Recitando o Magnificat, agradecem a Deus todos os dias o sacramento do Matrimônio e a graça de estar no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, "o movimento que mais realiza a vida dos casais" e que muito os ajudou a crescer durante todos esses anos. Confessam a alegria de serem um para outro uma bênção maravilhosa de Deus, companheiros, conselheiros e amigos. Testemunham isso pela sua atuação na Igreja. Que Deus os abençoe sempre. CM 401


Jubileu - 25 anos das ENS no Ceará

Bodas de Diamante Glorinha e Moacyr, com a graça de Deus, há 40 anos membros atuantes da Equipe 01-A, Nossa Senhora do Amor, desta cidade, no último dia 9 de maio, cercados de todos os seus sete filhos, seis noras, um genro, catorze netos e uma bisneta, além de um contingente enorme de amigos equipistas e admiradores, comemoraram com imensa felicidade os seus 60 anos de vida matrimonial, em comovente Missa celebrada por Dom Moacir Silva, Bispo Diocesano de São José dos Campos, até recentemente SCE da Equipe 01-A, por cerca de três lustros. Após a cerimônia religiosa acontecida na Igreja de Nossa Senhora do Amor, e como lembrança da linda festa de ação de graças, os presentes receberam bonitos cartões com a imagem da Sagrada Família, tendo no verso um lindo soneto, composto especialmente para o inesquecível evento.

No mês de Julho, no dia 17, a Região Ceará estará comemorando seu jubileu de prata. Está sendo preparado um dia de confraternização, com missa na Catedral Metropolitana de Fortaleza, seguida de carreata pelas principais avenidas da Capital, durante a qual proclamaremos aos fortalezenses que vivemos intensamente o Sacramento do Matrimônio e lutamos pela estruturação da falll11ia como base fundamental da sociedade. Terminaremos com um churrasco e apresentação de músicos equipistas e testemunhos dos fundadores do Movimento no Ceará. Queremos partilhar essa nossa alegria com os equipistas do Brasil inteiro e agradecer àqueles santos missionários que acreditaram, há vinte e cinco anos, que seria possível um braço do Movimento em terras tupiniquins, trazendo com muito sacrifício a graça das Equipes de Nossa Senhora para as famílias do Ceará. Lili e Ademir CRR Ceará

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)ubi1eu -

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anos da primeira Equipe de Recife

Já se passaram 25 anos ... Nós já vínhamos de uma caminhada de 9 anos nas Equipes do Rio de Janeiro. Alguns casais, ávidos por uma espiritualidade que os ajudasse a crescer como casal, surgiram no nosso caminho, pedindo que com eles iniciássemos uma Equipe de Nossa Senhora, mas adiávamos esta iniciativa, por não encontrarmos um sacerdote que pudesse acompanhar a equipe. Afinal, em 16 de julho de 1980, com o apoio de Pe. Filipe Mallet, iniciamos a caminhada da primeira equipe do Recife, a Equipe Nossa Senhora das Graças. Éramos oito casais: nós como pilotos e seus integrantes. Eram casais pioneiros e entusiasmados que absorviam ávidos todas as diretrizes e orientações; liam as cartas mensais, participavam dos dias de estudo, retiros e foram aos EACRE no Rio de Janeiro e em Brasília, embora a equipe permanecesse única, por alguns anos. Ao longo do tempo, alguns casais procuraram caminhos diversos, mas outros vieram usufruir das bênçãos do Movimento, trazendo o compartilhar de suas vidas. Como Pe. Mallet voltasse para a França, Pe. Barros Leal

(já falecido) veio substituí-lo. Com mais de setenta anos, ele foi de ônibus a um EACRE no Rio de Janeiro, onde participou ativamente, deixando marcas do seu entusiasmo pelas ENS. Atualmente contamos com a orientação do Pe. Jaques Trudel, umje uíta dinâmico. Continuando nossa caminhada, atendemos aos apelos de Dona Nancy Moncau: "É preciso renovar". Recebemos mais dois casais, bem mais jovens que a maioria, que trouxeram sangue novo, alegria e vibração à Equipe. Todos os casais da Equipe são ativos: ou participam do Setor, ou são engajados na Pastoral Familiar: Encontros de noivos, preparação para o Batismo, ou "Retrouvaille". Da Equipe inicial permanecem Inês e Adaucto, Nelly e Levaldo e nós. Agradecemos a Deus o privilégio de testemunhar as sementes lançadas germinarem e o Movimento se expandir pelo Nordeste. Isso nos enche de gratidão e nos permite afmnar: o Senhor faz em nós maravilhas ...

Maria Lúcia e Plínio Equipe de N. S. das Graças, Setor A - Recife/PE !

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Profissão Religiosa Irmã Marinalva, Franciscana do Coração de Maria, no dia 27 de fevereiro de 2005, fez sua profissão perpétua de vida religiosa, no Santuário São Francisco de Assis, em Penápolis/SP. Esteve presente ao ato toda a Equipe N. Senhora de Fátima, de Votuporanga, da qual era Conselheira Espiritual.

Partiram para a casa do Pai 1. Jacy Louzar Villaça, do Rubens, no dia 01 de abril de 2005. 2. 3. 4. S. 6. 7. 8.

Integrava, há 31 anos, a Equipe N. S. do Desterro- Setor A, Bauru/SP. Nadyr do Nascimento Serra, da Olanda, aos 16 de abril de 2005. Era membro da Equipe 6-B- Nossa Senhora do CarmoBauru/SP, da qual foi um dos fundadores há 37 anos. Maria Conceição Martini Auler, do José Otávio, no dia 21 de abril de 2005. Integrava a Equipe 8-B- Nossa Senhora do Carmo, de Jaú/SP. Manoel Aloísio Adriano de Jesus, no dia 3 de maio de 2005. Pertencia à equipe 3 - Nossa Senhora de Fátima. - Morrinhos/CE Nelson Alfredo M. Garrafa (era viúvo de Elynir), no dia 24 de abril de 2005. Era equipista desde 1960, membro da Equipe 5N. S. da Imaculada Conceição- Setor A- São Paulo Capital II. Caetano Parizi (era viúvo de Eunice- Tutti), no dia 27 de abril de 2005. Era membro da Equipe Nossa Senhora da Consolata Setor B da Região São Paulo Capital II. Antonio Ruiz Fernandes (Niquinho) da Lionete, no dia 20 de fevereiro de 2005. Fazia parte da Equipe Nossa Senhora Mãe do Belo Amor - Pederneiras/SP. José Omar Abdo, da Anda Zigrida, no dia 24 de maio de 2005. Pertencia à Equipe 8 -Nossa Senhora da Paz- Bauru/SP.

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Ordenação Diaconal Aos 19 de abril de 2005, na Catedral de São Sebastião, Dom Eusébio Scheid, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, conferiu a Ordem do Diaconato a Adenilson Correa de Campos e William Moreira Coelho, Conselheiros Espirituais, respectivamente, das Equipes N. S. da Penha e N. S. Rainha da Paz, do Setor E, Região Rio V. Que Deus os abençoe e ao seu ministério e que em breve possam receber o presbiterato.

Retificação O texto de 50 Anos da Equipe Nossa Senhora do Sim, publicado nas páginas 34 e 35 da Carta Mensal N° 400 Qunho/julho 2005), continha algumas incorreções. Para restabelecer a verdade histórica dos fatos, Monique e Gerard escreveram à Carta, agradecendo a publicação e esclarecendo que: • A matéria não foi escrita nem assinada por eles, mas adaptada de texto escrito anteriormente. Eles não foram responsáveis de Setor ou de Coordenação; nem foram responsáveis pela ECIR, embora tenham ideado o nome ECIR (Equipe de Coordenação Inter-Regional) e tenham sido seus membros, nas "gestões" do casal Nancy e Pedro Moncau e do casal Glória e João Payão Luz, respectivamente. Foram Casal Responsável Regional duas vezes, das então Região São Paulo Interior (o estado de São Paulo, menos a capital) e Região Outros Estados (MG, PR, RJ, RS, SC), e depois foram Casal Responsável pela Carta Mensal no período de 1970 a 1985. • Além dos citados no artigo, integraram a Equipe os casais: a) Doris e Nelson, que foi o primeiro Casal Responsável pelo Secretariado e Carta Mensal, de 1956 a 1966. Deles é o desenho que ornou as capas da Carta Mensal e simbolizou o Movimento. Pilotaram várias equipes, inclusive a primeira de Araçatuba, enfrentando 9 horas de ônibus e trem, levando junto os filhos. Foram também responsáveis pelo Setor São Paulo D. b) Maria Lúcia e Jorge Cintra, que foram casal ligação de diversas equipes no interior de São Paulo. Estes deixaram as Equipes para serem co-fundadores de um outro movimento que chegava ao Brasil. I

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A MAE DE DEUS MORREU? O papa Pio Xll, quan-

era necessário que a parte mortal de Maria fosse deposta para se revestir da imortalidade, a exemplo de seu filho Jesus, que não rejeitou experimentar a morte; Deus. Ele apenas afircom sua morte destruiu mou: "Terminado o cura morte e revestiu-se da so de sua vida sobre a t::.::1=i=•IL.l~i:llllíd•• imortalidade". terra, foi elevada em corpo e alma João Paulo ll, na audiência geral para a glória celeste". A partir desse das quartas-feiras, a 25 de junho de momento todo o católico deve crer 1997, disse: ''Dado que Cristo morreu que a Virgem Maria está no céu com seria difícil afirmar o contrário no que seu corpo e sua alma. Mas ela mor- concerne à sua Mãe( ... ) Para ser parreu ou foi arrebatada à pátria celeste ticipante da ressurreição de Jesus, sem passar pela morte? Maria deveria compartilhar da morte", A Bíblia silencia sobre tudo isso. em tudo assemelhando-se ao Filho. Apenas sabemos que a Assunção Para poder participar da imensa honra de Maria é a mais antiga de todas da ressurreição, como Cristo, passaria as festas marianas, remontando aos antes pela humilhação da morte. Ela primeiros séculos do Cristianismo. quis assemelhar-se a Cristo em tudo: É tradição constante na Igreja que foi a imitação mais perfeita de Jesus. a Virgem faleceu e pouco depois Qual terá sido a causa da morte ressuscitou, como também persiste de Maria? Provavelmente o amor e a tradição de que Maria apenas te- a saudade do Filho. Com São Paulo, ria adormecido. Em Jerusalém existe após a Ascensão de Jesus, ela terá a igreja do adormecimento de Ma- repetido: "Desejo desvincular-me do ria (Dormitio Mariae); ao sopé do corpo para poder estar com Cristo" Monte das Oliveiras, no vale de (Fl 1, 23). A morte da Virgem cerJosafat, pode-se ver o sepulcro va- tamente foi tranqüila e serena como zio de Nossa Senhora. São Tiago de um adormecer, mas não há unaniSarug (+ 521) afirma: "O coro dos midade quanto à sua data. Segundo 12 apóstolos reuniu-se para enterrar alguns "entendidos", quando ela paro corpo virginal da Bem-aventura- tiu deste mundo deveria encontrarda". Igualmente São Modesto de Je- se na faixa dos 60 anos. rusalém (+634) diz: "Jesus a ressuscitou do túmulo para recebê-la conPe. Antônio Lorenzatto sigo na Glória". São João DamasSCE Setor C e 4 equipes ceno (+704) escreve: "Certamente Porto Alegre/RS CM 401

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VAMOS A lOURDES! Somos equipistas há 29 anos; ingressamos logo nos primeiros anos de nosso casamento, graças a Deus, trazidos por um casal muito querido: ele, Haroldo, já nosso intercessor junto ao Pai; ela, Naomy, na equipe 46-D Rio I, de onde nunca se afastou. Eles estão sempre presentes em nossas orações e terão nossa gratidão eterna por nos terem apresentado toda essa riqueza e o tesouro que, à época tão jovens, não tínhamos idéia do valor. Pertencer às Equipes de Nossa Senhora, procurar seguir sua proposta de trilhar o caminho para a santidade através do sacramento do Matrirnônio, viver o casamento como lugar de amor e de felicidade. Em todos esses anos, quantas maravilhas o Senhor tem realizado em todos nós! Quantas descobertas, quantos encontros, quantas trocas de experiência de vida, quanta seiva circulando e alimentando a todos! Precisamos disso: de alimento que possa nutrir nosso espírito e que nos torne cada vez mais entusiasmados, participativos, comunitários! Podemos contar com muita ajuda para nossa formação e informação, mas dentre elas, hoje gostaríamos de destacar a nossa Carta Mensal. Como foi , por exemplo , o EACRE no Sul? Como estão as pilotagens no Norte, com todas as dificuldades que nossos irmãos de lá precisam enfrentar? São muitas horas de barco, em condições por vezes adversas, mas enfrentadas com 36

garra e a certeza de que são soprados pelo Espírito Santo de Deus. E mais gente vem chegando! São as equipes novas! Sejam muito bemvindas! E quantos casais e sacerdotes comemorando bodas e jubileu de prata, de ouro. Puxa! Que legal! É aquele casal e aquele conselheiro com quem já estivemos uma vez! Mas onde? Itaici? Sessão de Formação? Encontro do Colegiada? Isso não importa, o que conta é que lembramos deles com carinho e que estão sempre presentes no nosso Magnificat. Queridos irmãos, temos acesso a essa viagem pelo nosso Brasil e pelas nossas equipes através da nossa Carta Mensal. Thdo isso e muito mais: artigos preciosos, estudos profundos que muito ajudam na nossa construção do ser pessoa e do ser casal. Queremos agradecer a existência da nossa Carta Mensal e de todos os casais e Conselheiros que já se dedicaram e se dedicam a ela. Sempre fomos seus leitores assíduos, mas agora, na responsabilidade assumida em relação ao Encontro Internacional de Lourdes CM 401


estamos sentindo ainda mais perto e mais fundo a sua importância e a sua necessidade. Assim, é com tristeza que recebemos telefonemas de casais que, ressentidos, não se inscreveram ao Encontro de Lourdes porque não tinham recebido nenhuma informação. Queridos irmãos, desde o mês de outubro de 2004 a Carta Mensal vem, em todas as publicações, fornecendo notícias atualizadas que temos recebido da Coordenação Internacional. Somos gratos à equipe da Carta Mensal; sem vocês, como poderíamos fazer a nossa convocação mensal: "Vamos a Lourdes!"?

Novas lnformações • Ficha complementar de inscrição: Em virtude de ter sido reformulada, pedimos aos que já preencheram que complementem os dados, acessando a Ficha Complementar de Inscrição que está

disponível na Internet, entrando com o n° da inscrição e senha no título "Acompanhe sua Inscrição I Cadastro - 2a parte".

• Envio de carnê complementar para os inscritos no plano de 17 parcelas de R$ 85,00 por pessoa - Será enviado em julho um camê complementar com os boletos referentes às 11 parcelas restantes (parcelas 07 a 17) dos inscritos nesse plano. Os inscritos da Província Leste desta vez receberão os camês com a informação do n° de inscrição e senha para consulta à Internet. • Novas Inscrições - Apesar de terem se encerrado as inscrições para o Encontro de Lourdes no final de maio, os interessados deverão nos consultar, pois ainda está aberta a possibilidade de inscrições por um tempo ainda não definido.

Regina e Cleber Casal Coordenador para o Encontro de Lourdes

ESTAREMOS lÁ! Ah! Esses Encontros Internacionais! Quanta formação, quanta alegria de reencontros! Quantos momentos maravilhosos, graças de Deus, onde reforçamos os nossos sentimentos de pertença ao Movimento. Nós fomos agraciados por Deus com poder participar dos dois últimos encontros internacionais. Em CM 401

1994 éramos Casal Responsável pelo então Setor Santarém/PA. Tínhamos apenas três anos de equipe, quando ouvimos as primeiras notícias sobre o Encontro de Fátima. Nosso coração se encheu de desejo de participar daquele evento, seja de que forma fosse. Entregamos (como tudo que fazemos) a Deus, mas sem deixar de fazer a nossa parte ... 37


Como não tínhamos condições financeiras para ir ao Encontro, dobramos os joelhos e rezamos muito. Um dia recebemos um telefonema do nosso Casal Regional, dizendo que tínhamos sido escolhidos pela Solidariedade Internacional como um dos casais brasileiros que iria ao Encontro com as despesas pagas. Foi emocionante. Estávamos maravilhados com o Poder de Deus e com a bondade dos irmãos que nos ajudariam a realizar o sonho de ir a Fátima. Em 1999 retornamos ao nosso Estado, a Paraíba. E, é óbvio, continuamos nas Equipes. Estávamos já pensando no Encontro de Santiago de Compostela em 2000. Não poderíamos jamais cruzar os braços. Tínhamos que nos esforçar para pagar o evento e colaborar também com uma pequena parcela da nossa contribuição a fim de que outros casais, como nós o fomos um dia, fossem ajudados pela solidariedade. Seria mais um momento de fortalecimento da nossa caminhada de Equipista, já que tínhamos voltado para a nossa terra. Nos esforçamos. Trabalhamos. E novamente entregamos à vontade de Deus. Fomos a Santiago de Compostela. Fomos pelo esforço e pelo amor ao Movimento. Retornando de Santiago, pouco tempo depois, fomos convidados pélo Casal Provincial para assumirmos a Responsabilidade da Região Paraíba, e assumimos. Faltando aproximadamente um ano para Lo urdes 2006, criamos um "slogan" para nos servir de estímulo: Vamos pela fé! E qual a trans38

portadora aérea, terrestre ou marítima seria melhor que a Fé? Reconhecemos que a Fé remove montanhas, mas também atravessa oceanos. Vence obstáculos, desânimos, leva-nos ao encontro de Deus e dos irmãos. Comparando os momentos de Fátima até aqui, talvez seja este o de maiores dificuldades em vários aspectos de nossa vida. Contudo, o principal motor de nossos sonhos é inabalável, é a nossa Fé. Vamos lá Pessoal! Vamos a Lourdes. Vamos pela fé. E que possamos fazer deste próximo Encontro Internacional um verdadeiro encontro com o Espírito Santo de Deus, presente em todos os irmãos equipistas que lá estarão e iremos abraçar, e também naqueles que não poderão ir, mas que encontraremos em nossas orações.

]ussara e Daniel Chacon. CRR- Paraíba


REGRA DE VlDA Toda espiritualidade cristã é busca de santidade. O grande apelo de Jesus é "sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48). Ser cristão é, pois, buscar viver este apelo, cuja prática Jesus sintetiza no seu mandamento novo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15, 12). E ser equipista é buscar viver em casal este chamado à santidade, com a ajuda da equipe. Padre Caffarel ensinava: "As Equipes de Nossa Senhora têm por objetivo essencial ajudar os casais a tender para a santidade. Nem mais nem menos". Sermos cristãos ou casais equipistas, portanto, é colocarmo-nos em disponibilidade à ação do Espírito Santo para que ele nos santifique. Por isso o Movimento- que é meio e não fim - nos propõe a mistica da presença de Cristo, da ajuda mútua e do testemunho. E para nos deixarmos penetrar por esta mistica, é necessário termos atitudes decididas de querer caminhar para a santidade: a atitude de nos abrirmos sinceramente e assiduamente à vontade de Deus; a atitude de desenvolvermos a capacidade para a verdade sobre nossos atos e sobre Deus, para que não nos enganemos a nós mesmos; e a atitude de aumentar a capacidade para o encontro e a comunhão. Este posicionamento nos põe no caminho em direção à santidade e os PCE são meios colocados à nossa disposição para nos auxiliar nessa caminhada. No início, o Movimento propunha CM 401

só uma "obrigação", que era ter uma "Regra", ou seja, o equipista comprometia-se a tomar uma decisão de melhorar neste ou naquele ponto de sua vivência cristã. Depois, alguns daqueles pontos sobre os quais mais incidia a Regra, também se tomaram obrigações. Em 1976, com o documento "O que é uma Equipe de Nossa Senhora", ficam definidos os seis Pontos Concretos de Esforço. O Movimento pede que os cumpramos, pois se estamos nas Equipes é porque desejamos ser auxiliados com a sua pedagogia na busca da santidade. A Regra de Vida é meio que as Equipes nos oferecem para nos auxiliar na busca de uma santidade .__........,_, própria de pessoas casadas, de um homem e de uma mulher que se amam, casais que vivem a sexualidade de marido e mulher, casais que têm filhos ... Casais que avançam em idade, se tomam avós, curtem a beleza e sentem os problemas do tempo já vivido ... Casais que buscam sua força na Eucaristia, no Sacramento da Reconciliação, na oração. Casais 9ue são missionários do amor... E nessas circunstâncias, na realidade de nossas vidas, que pediremos que o Espírito Santo nos santifique. Com certeza, percebemos que somos imperfeitos em muitos desses pontos. Mas nós já temos um plano inicial e fundamental: O seguimento de Jesus. Também já decidimos assumir atitudes de vida que nos colo39


Se todo mês conseguirmos acrescentar uma virtude à nossa vida ou derrubar um defeito, aos poucos nos veremos vencendo etapas maiores e com mais facilidade, pois a

"sopa vai ficando no ponto", estaremos mais dóceis à ação do Espírito Santo em nós. cam sob a ação da graça de Deus. Numa terceira etapa do nosso programa, vamos particularizar a nossa ação.

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Se formos tomar um prato de sopa quente com avidez, vamos nos queimar. Mas se comermos de colherada em colherada, pelas beiradas do prato, saborearemos a sopa por inteiro. Assim é com a nossa vida cristã. No exemplo da sopa, nós tínhamos a intenção de tomá-la toda, mas o fizemos lentamente. Também em nossa vida, nós temos a intenção, o desejo sincero de sermos santos, a perfeição, contudo, não a conseguimos de imediato. Nós somos limitados, não podemos atacar todas as "frentes" ao mesmo tempo. Assim cada um, cada uma, vai escolher um ponto, onde precisa e quer melhorar. Para não esquecer, vai escrever sua "Regra de Vida", de preferência mensal. Que não seja um ponto amplo e difícil. Que seja bem específico e concreto, simples como comer pelas beiradas. Se todo mês conseguirmos acrescentar uma virtude à nossa vida ou derrubar um defeito, aos poucos nos veremos vencendo etapas maiores e com mais facilidade, pois a "sopa vai ficando no ponto", estaremos mais dóceis à ação do Espírito Santo em nós.

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O DEVER DE SENTAR-SE E A REGRA DE VlDA Estamos nas Equipes porque queremos ser santos. Somos cristãos e nos reunimos em nome de Cristo. Aceitamos livremente viver nossa conjugalidade. Ser equipista impõe que nos esforcemos para viver a mística do Movimento, procurando doar-nos uns aos outros, exercitando a ajuda-mútua. Aliado a esta mística está o nosso carisma: viver a espiritualidade conjugal. A espiritualidade própria daqueles que buscaram no sacramento do Matrimônio as bênçãos e as graças de Deus para realizar com sucesso o plano de Deus. Por isso, aceitamos participar das Equipes de Nossa Senhora, sabendo exatamente, ou quase, os esforços que teríamos de fazer. Viver os PCE não é tarefa fácil, mas é condição para pertencermos ao Movimento. Por quê? Porque estes são os meios que as Equipes oferecem para ajudar-nos a ser santos. Não podemos escolher participar apenas da parte que nos agrada e deixar de lado a que nos aborrece! É preciso querer viver a mística e o carisma do Movimento integralmente, caso contrário estaremos nos enganando. No Dever de Sentar-se, reunimonos na presença de Deus para aprofundar nosso amor. Encaramos este momento do Dever de Sentarse como uma celebração do amor. Não é o momento de corrigir diferenças, apontar erros e defeitos, fazer cobranças, enumerar reclamaCM 401

ções e esperar promessas de melhora etc .. O Dever de Sentar-se precisa ser um momento em que estejamos livres de qualquer amarra, de qualquer idéia pré-concebida, para podermos ouvir o outro e falar-lhe com amor e por causa do amor que vivemos e temos um pelo outro. Dissemos ser um momento de celebração do nosso amor, porque Cristo está conosco, e com Ele o Espírito Santo, que faz acontecer o encontro, que auxilia e ilumina nosso diálogo. Será um momento para namorar? Pode ser, mas é principalmente o momento para sermos verdadeiros, objetivos, carinhosos, sinceros. É tempo para dar amor transformado em diálogo e receber o que nos é oferecido. Este momento é tão importante na vida do casal que deveria ser preparado com antecedência, como uma de nossas reuniões mensais. Deveríamos fazer uma "preparatória". Faríamos uma abertura, um momento de oração conjugal, depois partilharíamos o nosso amor, coparticipando nossas vidas. Encerraríamos, após a refeição, com o Magnificat. Preparar um roteiro para o Dever de Sentar-se parece burocrático, mas não é. É preciso sentarse, o casal, na presença do Senhor. Escutar o que Cristo tem a dizer, depois partilhar os dois. O Dever de Sentar-se não é uma conversa mais prolongada do dia-a41


dia, mas uma celebração. Nele temos a liberdade de falar um ao outro coisas que ninguém mais falará, pois dizem respeito apenas a nós dois. Ninguém mais pode participar dele. Foi Deus que no-lo deu. Por amor e com amor, precisamos nos mostrar e nos ajudar. É comum ouvirmos que o Dever de Sentar-se é momento de "aparar as arestas". Pode até ser, mas é principalmente o momento de aprofundarmos o amor, de nos revelarmos e nos doarmos. Celebrar um Dever de Sentar-se bem preparado com certeza ajudará, e muito, na caminhada do casal para a santidade. Os pontos a

serem corrigidos, se surgirem nesta celebração, podem tornar-se uma Regra de Vida - pessoal ou conjugal - com repercussão até mesmo na fanu1ia ou na equipe. O Dever de Sentar-se não é um momento de ajuste de contas e a Regra de Vida não tem como meta principal corrigir defeitos, mas crescer nas virtudes, no amor. Esses dois PCE são por demais importantes para o crescimento do casal.

Éster e Renato CR Setor B - Niterói/RJ Extraído do Boletim Enfoques Rio IV

PARTilHA Até a última Reunião, limitávamo-nos a ouvir os relatos dos outros casais sobre a realização ou não dos PCE e a expor e discutir as nossas dificuldades na lida com eles. Acreditamos que estávamos, de certa forma, negligenciando o verdadeiro sentido dessa parte da Reunião, que é o de colocar em comum como foi a nossa relação com Deus durante o mês; como a observância dos PCE contribuiu para o nosso crescimento espiritual conjugal ou individual, enfim ... A partir de agora, que estamos compreendendo a essência da Partilha, vamos procurar acolher

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com mais atenção e amor o que os outros têm a dizer, e teremos maior abertura para expor nossas experiências. Essa postura certamente propiciará a prática da entre-ajuda, levando-nos a assumir, de verdade, os nossos irmãos de equipe.

Michelle e William Equipe 9C - N. S. Rainha dos Apóstolos, de Divinópolis!MG (Resposta ao Tema de Pilotagem - "Vem e Segueme", Unidade VII - Enviado por Aparecida e Saléh Casal Piloto)

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PERDA-O A minha reflexão sobre a verdade de meu cristianismo é constante, enquanto procuro avaliar em que medida estou envolvida nas lições da Boa-Nova. Questionava-me muito, no passado, sobre a vaidade que tinha em pensar ser melhor do que os outros casais que não têm a oportunidade e o dever de realizar diariamente a Escuta da Palavra. Por esse motivo tentava colocar-me no lugar do próximo e concluí que, se estivesse fora das obrigações equipistas, talvez eu fosse bem mais necessitada de perdão do que aqueles a quem eu censurava. Sempre soube que perdoar é estar aberto, desarmado, compreensivo e paciente em relação aos que nos magoam. Mas como era difícil! Estava sempre pronta a perdoar desde que o outro reconhecesse seu erro. Um perdão, portanto, humilhante. Nosso perdão é freqüentemente desagradável ao perdoado, porque dele saímos vitoriosos. Não somos capazes de fazer como o pai do filho pródigo. Queremos sempre a retratação do filho mais novo ... Também nem sempre faço como CM 401

Jesus, que escrevia na areia- símbolo da temporariedade, efemeridade - enquanto os fariseus condenavam a mulher adúltera (Jo 8, 3-4). Às vezes eu demorava um pouco para chegar à compreensão do "erro" alheio. Escrevia com tinta e minha "borracha" era de má qualidade. Apagava superficialmente, deixando marcas escuras e feias. Como nem sempre estava contente comigo mesma, fui ficando mais maleável, por meio do exercício da busca da compreensão e dos problemas surgidos na rotina conjugal e na educação dos filhos. O que 43


muito me ajudou foi que, no dia de nosso casamento, prometemo-nos nunca dormir em camas separadas e sem um beijo de boa-noite. Essa promessa, que foi cumprida, permitiu-nos a reconciliação inúmeras vezes, porque o beijo já dava ocasião ao diálogo, levando ao perdão. Já fui muito mais intransigente, tanto na profissão como na vida particular. A sabedoria da idade, porém, foi-me modificando. Agora, sem grandes esforços, não quero mais que o próximo- também noras, genros e seus familiares - se paute pela minha convicção de certo e errado. Julgo tudo com mais condescendência, avaliando os atos passíveis de perdão - se é que tenho mérito para isso - como tradutores da imaturidade emocional, das circunstâncias íntimas alheias ao meu conhecimento e procuro relevá-los. Do alto de meus 62 anos, sei que errei bastante e fui, na maioria das vezes, perdoada por quem era mais cristão que eu, portanto, mais caridoso. Começo a errar outra vez, palpitando, sem perceber, na educação dos netos. Aprendi, em definitivo, que nossos limites humanos são superáveis exclusivamente pelo amor de Deus. Atualmente, sei escutar mais e entender até o silêncio dos amigos. Não uso as falhas dos outros para me promover, pois antes deixava claro nas entrelinhas que EU não tinha cometido o mesmo erro. Que eu era melhor... Compreendi que quase todas as pessoas usam, inconscientemente, dessa defesa psicológica, desse artifício para fixar sua boa imagem. 44

Depois de muita regra de vida e oração, libertei-me para ter autoaceitação de minhas próprias falhas, também do pecado da presunção e assim perceber que vivemos, diariamente, de pequenas "fraturas" e pequenos perdões, sem os quais jamais haverá paz. Nas Equipes, onde nos mostramos sem máscara social, o esforço em aceitar as diferenças leva-nos a um paulatino aperfeiçoamento. O convívio prolongado nos faz enxergar virtudes e defeitos. É difícil ser sempre agradável, porque quando há divergência, queremos que o outro fale exatamente o que queremos ouvir. Na equipe, chegamos a um ponto tal de amizade e amor entre nós que os "defeitos" de cada um são vistos como intrínsecos a ele (e até esperados), não necessitando de perdão, porque o amor já chegou antes. Por tudo isso tento ser autenticamente solidária com quem convivo, que também atura e aceita as minhas manias, sem, porém, deixar de me esforçar para vencê-las. A Regra de Vida, as orações, a Carta Mensal e o material das reuniões informais levaram-me, no decorrer de todos estes anos, a um aperfeiçoamento de atitude cristã, com muitas quedas, é verdade, mas sempre com retomadas mais consistentes. Tudo isso é sinal da presença e da graça de Deus e do exemplo de Nossa Mãe.

Maria Inês (do Luiz) Eq. N. S. Aparecida Limeira/SP CM 401


SEMANA DA FAMÍLIA

Reunimos o colegiado para resolver o que faríamos na semana da farru1ia, pois como equipistas sentimos a obrigação de comemorar esta data tão importante para nossas fami1ias. Decidimos que iríamos fazer três outdoors para colocar na cidade, um dia de panfletagem com decalques sobre a fallli1ia e uma missa campal em ação de graças. Estávamos preocupados com os custos, mas certos de que Nossa Senhora estava à nossa frente e tudo se encaminharia, como de fato aconteceu, pois não só ganhamos os outdoors como os decalques para fazermos a panfletagem. Com muito entusiasmo, fomos para as ruas em plena época de campanha eleitoral, não para falar de política, mas de um bem maior que Deus nos concedeu, nossa farru1ia. Ficou combinado que as equipes iriam às missas realizadas nas capelas convidar os participantes para a missa campal em ação de graças e sortear uma imagem da Sagrada Farru1ia. Muitos foram os que aceitaram o convite para hospedar uma farru1ia que CM 401

estaria de passagem pela cidade. Foi maravilhoso ver a caridade de nossos irmãos, disponibilizando-se a acolher a suposta farru1ia, que nem conheciam. De fato, receberam a visita da imagem da Família de Nazaré. Com o entusiasmo de todos os equipistas, resolvemos fazer antes da missa uma carreata pela cidade, com músicas sobre a farru1ia e convidando toda a população para a missa. Foi maravilhoso. Houve a adesão de 80% dos equipistas e emocionamos nossa cidade, terminando a programação com uma grande celebração em ação de Graças por tantas bênçãos alcançadas. Certamente que somente isso não basta. Não tenhamos medo, porém, de proclamar o Reino de Deus. Se entregarmos nossas decisões em suas mãos, ele encaminhará suas obras. O Poderoso faz em nós maravilhas!

Marilourdes (do Fortunato) Eq. N. S. Auxiliadora Setor Maracaju!MS 45


Na tarde romana de 19 de abril, na Praça de São Pedro, a fumaça branca, a princípio duvidosa, sai pela chaminé da Capela Sistina, na cidade do Vaticano. Logo a seguir, os sinos da Basílica de São Pedro se fazem ouvir. Temos Papa! E quem será? Da loja central da Basílica, após o anúncio, surge o sucessor do grande João Paulo II, o recém eleito pelos seus pares, o Papa Bento XVI. E o povo, aglomerado na Praça e arredores, aclama "o humilde trabalhador da vinha do Senhor", como ele mesmo se autodefiniu. A eleição do Cardeal alemão Joseph Ratzinger, nascido a 16 de abril de 1927, em Marktl am Inn, no território da Diocese de Passau, na região da Baviera, não foi isenta de crítica. Os quase 27 anos como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé deram a ele a imagem de conservador e inquisidor, além de ser considerado o inspirador teológico de João Paulo II. Contudo, esse não é o Cardeal Ratzinger que conheci, em outubro de 2004, em Roma. Ele é um homem gentil, atencioso e aberto, além de uma profunda vida espiritual, como concordam todos as pessoas que o conhecem. Ele é, sem dúvida alguma, um dos maiores teólogos vivos da atualidade. Pensador perspicaz, ele saberá analisar a situação atual do mundo e da Igreja. Seus inúmeros escritos e palestras, proferidas em locais e ocasiões diversas, têm encontrado repercussão positiva. 46

Bento XVI tem uma grande missão a sua espera. Ele saberá conduzir a Igreja em meio aos desafios atuais, sem negligenciar a verdade imutável do Evangelho de Jesus Cristo, a quem ele segue com fé e devoção. Sua inteligência aguda o ajudará a interpretar os sinais dos tempos e apontar para a Igreja as formas adequadas de evangelizar no mundo de hoje. Na homilia de início de seu ministério petrino como Bispo de Roma, no dia 24 de abril de 2005, apresenta seu programa de governo da seguinte maneira: "Queridos amigos! Neste momento não temos necessidade de apresentar um programa de governo.( ... ) O meu verdadeiro programa de governo é não fazer a minha vontade, não perseguir idéias minhas, pondo-me, contudo, à escuta, com a Igreja inteira, da palavra e da vontade do Senhor e deixar-me guiar por Ele, de forma que seja Ele mesmo quem guia a Igreja nesta hora da nossa história". Haverá programa melhor do que esse? Neste momento, devemos pedir ao Espírito Santo que ilumine o novo Papa, a fim de que ele possa conduzir a Igreja, hoje, e marcar seu pontificado com a contribuição para a qual foi chamado a ser mais um sucessor do apóstolo Pedro, na sede de Roma.

Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann SCE Eq. Carta Mensal CM 401


ASSEMBlÉlA GERAl DO CNLB Nos dias 26 a 29 de maio de 2005, em São Luís/MA, aconteceu a XXIV Assembleia Geral Ordinária do CNLB. Estiveram presentes representantes de vários movimentos e dirigentes dos Conselhos Regionais do CNLB, 80 pessoas ao todo. As Equipes de Nossa Senhora participam do Conselho Nacional de Leigos do Brasil como associação de abrangência nacional e foram representadas nesse evento por Rosa e Paulo Mafra, Casal Comunicação da Super-Região Brasil. A Assembléia tratou de temas importantes, como a questão da bioética, destruição da Amazônia,

fé e política, e outros em que o leigo tem papel preponderante. Falou-se também da necessidade urgente de todos os movimentos, pastorais, etc. estarem ligados ao CNLB, por ser um organismo de articulação do laicato brasileiro. Percebe-se que há um longo e difícil caminho a ser percorrido pelo leigo. Nossa Igreja necessita da presença atuante do leigo e, especialmente, de organizações bem estruturadas como as Equipes de Nossa Senhora. Onde há equipista, acontece o acolhimento. Rosa e Paulo agradecem a Girlane e Salú que os hospedaram em São Luís e a acolhida recebida dos irmãos maranhenses.

• • • Nossa Biblioteca • • •

O CASAMENTO, RESPOSTA DE DEUS Uma proposta às Equipes de Nossa Senhora Finalmente poderemos adquirir e ler o tão esperado livro do Pe. Flávio Cavalca de Castro, uma coletânea de textos publicados na Carta Mensal e de outros até então inéditos, organizada com carinho por pessoas muito queridas no Movimento. A obra é um convite a que olhemos o futuro com olhar missionário, animados pela fé , caridade e esperança, na certeza de que não nos faltará a graça divina. Incentiva a vivermos no

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amor e para o amor, alicerçados no matrimônio sacramental, superando nossos limites pela abnegação e vivência cristã da sexualidade. O Casamento, Resposta de Deus será oficialmente lançado no Encontro do Colegiada Nacional, no mês de agosto/2005. Editado por Nova Bandeira Produções Editoriais, para as Equipes de Nossa Senhora, já está à venda no Secretariado. Vale a

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CARVAO OU BRASA ... Era uma vez um homem que trabalhava numa equipe. Um dia, sem nenhum aviso, deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder daquela equipe decidiu visitá-lo . Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o à sala da lareira e lá ficou, quieto, esperando. O líder acomodou-se, mas não disse nada. No silêncio que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno da lenha, que ardia. Passados alguns minutos, o líder examinou as brasas. Cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas , empurrando-a para o

lado. Voltou então a sentar, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto . Aos poucos , a chama da brasa solitária diminuía , até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagouse de vez. Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: - Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio da equipe.

Autor desconhecido Colaboração de Eliane e Toniasso Eq 6- N. S.

da Abadia Setor B Brasília-DF 48

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Meditando en1 Equipe O tempo em que vivemos acarreta a necessidade de viver cada dia com confiança inabalável no Senhor Jesus Cristo, pois a nossa fé está em constante provação. O mesmo vale para a vocação, que será tanto mais vivenciada quanto mais nos imbuirmos do espírito de Jesus Cristo . Como se fortalecer para cultivar a vocação cristã e matrimonial?

Escuta àa Palavra em zCor 4, 7-15 Sugestões para a meditação: 1. Qual é o tesouro que carregamos em vasos de argila? 2. O que faz vencer as tribulações, sem desanimar? 3 . Como se manifesta, hoje, a morte de Jesus em nossa vida de casados? Pe. Geraldo

Oração Litúrgica (Salmo 97)

Aclamai a Javé, terra inteira, servi a Javé com alegria, ide a ele com gritos jubilosos! Sabei que Javé é Deus, ele nos fez e a ele pertencemos, somos seu povo, o rebanho do seu pasto. Entrai por suas portas dando graças, com cantos de louvor pelos seus átrios, celebrai-o, bendizei o seu nome. Sim ! Porque Javé é bom : o seu amor é para sempre, e sua verdade de geração em geração.


XI CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL FAMILIAR Dias 9, 1 o e 11 de setembro de zoos São Paulo/SP Pai de ternura, Deus da Vida e da Paz, somos a vossa família, a família do vosso coração.

Enchei-nos com o vosso Espírito, fazei-nos sempre mais fiéis ao vosso Filho Jesus, e, através de nós, comunicai ao mundo o vosso Amor. Com o carinho de Maria, Mãe de famflia, a vossa e nossa famflia será sempre, fonte de Vida e construtora de Paz. Amém. D. Paulo Antonino Mascarenhas Roxo


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