ENS - Carta Mensal 402 - Setembro/2005

Page 1


EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°402

EDITORIAL Da Carta Mensal .. .... ..... ..... ..... ....... 01 SUPER-REGIÃO Bíblia fonte de oração .. ... ....... ... ... . 02 Colégio da Ilha Maurício .... ...... .. ... 03 A consciência .... .. .. .... .... .. ...... .... .... . 05 CORREIO DA ERI Em memória de João Paulo li .... .. .. 07 O Secretariado Internacional ....... . 08 Uma experiência de vida dentro da ERI ...... ............ ............ ... 1O VIDA NO MOVIMENTO Fidelidade ao carisma ................... Que passo! ..... .. .. ...... ............ .......... muito por amar .. ........ ...... ............. Retiro em Belém ................ .. .... ...... Sexualidade e Abnegação .. .. .. ...... .

Setembro

2005

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ... .... 23 MARIA Presença de Maria ...... ................... 28 Ave, cheia de graça! ...... ..... .. .. ....... 29 ENCONTRO DE LOURDES Vamos a Lourdes! .. ...... .... .. ............ 30 Uma grande família ..... .......... .. ...... 31 PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Bicho de sete cabeças? .. .. .... .. ....... 32 Dever de sentar-se .. .. .. .......... .. .. ..... 33

12 13 13 14 15

TESTEMUNHOS Valor da palavra .... .. .. .. .... .. ...... .. .... 36 Ponto Concreto de Graça ... ....... ... . 37 O Casal Piloto .... .. .................. .. .... .. 38 Aleg ria de ser equipista .. ...... .. .... .. 39

SECRETARIA TESOURARIA Demonstrações Financeiras 2004 - Errata .. .... .. .. .. .. 16

ATUALIDADE A graça de pertencer às Equipes de Jovens de Nossa Senhora .... ..... 40 Intercessores .. ........ .. ............ .... .... .. 41 O Sentido Cristão do Trabalho .. .... 44

FORMAÇÃO O que faz a diferença .... .. .. .. .. .. .. .... 17 TEMPO DA IGREJA Bíblia palavra de Deus ...... .. .... .... .. . 20 O que é a Eucaristia? ...... .. ........ .. ... 22

Carta Mensal é wn11 publicação mensal dos Equipes de Nossa Senhora

Registro "Lei de Imprensa" n• 2 19.336 li vro 8 de 09. 10.2002

Avani e Carlos Clélia e Domingos H elena e Tomaz

Sola e Sergio Pe. Geraldo Lu i: 8 . H ackmarm

Edição: Equipe da Carta Mensal

Jornalista R esp011Sável: Catherine E. Natlas (mtb J9815J

Graciete e Gambim (responsáveis)

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

REFLEXÃO O cam inho lá de casa ......... .. .. .. .. .. . 46 É como açúcar .. .. .............. .. ...... .... . 48 A pedra .. .. ................ .. ... ......... .. .. .. .. 48

Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: No va Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390- I I" andar, cj. I 15 - Perdi;;J!s - São Paulo Fone: (Oxxll) 3677.3388 Foto capa: A. Gambim Impressão: Laborpri11t Tiragem desta edição: 17.850 exemplares

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Me nsa l R. Luis Coelho, 308 5° andar . conj. 53

O1309-902 • São Paula - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 Fax: (OxxJJ ) 3257.3599 ca rta mensa /@ens.org.br

A/C Graciete e Gambim


"Como tivesse amado os seus...

amou-os até o extremo." (Jo 13, 1)

Queridos Irmãos: O amor de Deus dá seu Filho para nossa salvação. O Filho deu sua vida na cruz e, Palavra eterna, continua dandose a nós em palavras humanas e na Eucaristia - "a Palavra se fez carne". Conhecendo a nossa fraqueza, Ele nos fortalece com a Palavra e com o Pão Eucarístico, para que, em comunhão com Ele, façamos o caminho da santificação. Para nós que fazemos diariamente a Escuta da Palavra será ainda necessário celebrar um mês da Bíblia? E precisamos que ainda nos falem de Eucaristia? Certamente! E Frei Avelino nos entusiasma a fazer da Bíblia um meio de oração, de diálogo com Deus, pois só a oração fará crescer em nós a semente da Palavra. Através da Bíblia Deus se deu a conhecer à humanidade, revelação concluída na pessoa de Jesus Cristo. Nada mais precisamos saber sobre Deus além do que está na Bíblia, na interpretação correta do Magistério da Igreja. E neste ano da Eucaristia podemos ainda aprofundar o conhecimento do Cristo Eucarístico. Graça e Roberto, retomando da Reunião do Colégio Internacional, realizada na Ilha Maurício, falamnos da importância desse encontro, e nos dão a conhecer algo dos irmãos mauricianos. Refletindo neste ano sobre sexualidade e abnegação, atitudes interiores estão mudando em nós. Criado

por Deus, o sexo é bom. Será, porém, tudo permitido? Todo comportamento humano é portador de um valor ou de um desvalor. "Podeis comer de todas as árvores do jardim, mas da árvore da ciência do bem e do mal não comereis ... " (Gn 2,16). Há uma lei a ser obedecida. Ela está escrita nos Mandamentos da Lei de Deus e inscrita em nosso interior, a consciência. Disso falam Nazira e João Paulo: Dóceis e fiéis aos ensinamentos da Igreja, é à nossa consciência honesta e bem formada que devemos obedecer. No Correio da ERI, Mons. Fleischmann recorda a pessoa de João Paulo II; o casal Delacroix abre o Secretariado Internacional para nós e Constanza e Alvarado contam como se doaram pelo serviço dos irmãos na ERl. Se para alguns o Dever de Sentar-se é ainda um "bicho de sete cabeças", um belo artigo recorda o valor e os aspectos importantes deste PCE. Podemos ler também belos testemunhos e reflexões para animar nossa caminhada equipista, saber da importância dos intercessores no Movimento, conhecer mais sobre as EJNS, nos entusiasmar de novo a irmos ao Encontro de Lourdes. E muito mais. Boa leitura! Com carinho!

Graciete e Avelino Gambim e Equipe da Carta Mensal

L....:...---'-1


BÍBllA FONTE DE ORAÇÃO Caríssimos casais e conselheiros!

,'·

•~--'

A Palavra de Deus alimente nossa vida e ilumine nosso caminho! "Em religiosa escuta da Palavra de Deus, o Vaticano II abre e fecha a meditada questão sobre a revelação divina ( ... ), formulando votos de um novo impulso para a vida espiritual". A Bíblia, para Jesus, foi o livro de oração. Este comportamento deveria tomar-se norma para os discípulos do Senhor. "As palavras da Bíblia são como a semente: Só revelam o que contém se descem no terreno da vida" . Escuta e meditação são dois momentos de um só ato: oração. A Escritura é palavra de Deus inspirada e não palavra humana. Orar é, essencialmente, dialogar. O diálogo supõe dois interlocutores, um frente ao outro, comunicando-se com palavras. O mais importante neste diálogo é Ele. Por isso, orar é, acima de tudo, escutar. Duas condições necessárias para esta escuta: Saber perceber a presença de Deus na Palavra e escutá-la como mensagem dirigida pessoalmente a mim. A primeira, perceber a presença de Deus na palavra, exige fé. Sentir alguém presente é condição para um diálogo autêntico. A palavra é colhida da sua boca. "Cristo está escondido atrás da letra", dizem os santos, por isso sabiam encontrá-lo em cada palavra; sentiam palpitar o coração 2

de Deus em cada palavra e nela descobriam o seu amor. "O coração de Deus é conhecido nesta escuta". Se Ele está presente, escutamos uma voz viva e não um recado. O que parte do coração tem como destino outro coração. "A Escritura é uma carta, e uma carta sempre traz uma mensagem pessoal" (S. Gregório). Com o livro sagrado na mão, sinto-me diante do "tu divino", falando-me palavras de amor. Quanta força se descobre em suas palavras, quando colhidas dos seus lábios! Perante uma mensagem tão viva e pessoal, a atenção toma-se vigilante. "Fala Senhor, teu servo escuta". Lucas apresenta-nos um modelo do como escutar: Maria, sentada aos pés do Senhor, escutando avidamente suas palavras. Naquele momento, nada havia mais importante que lhe pudesse tirar a atenção. E o Senhor lhe dá razão. "Uma só coisa é necessária!" "Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada". A Escuta da Palavra e a Meditação nos levam aos pés de Jesus, meta de quem escuta. A vida torna-se obediência à vontade de Deus para a pessoa de oração. Valorize o "Sacrário da Palavra": A Bíblia. Não vemos Jesus, mas podemos escutá-lo. Descubra o gosto deste alimento. "Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus!"

Pe. Frei Avelino Pertile SCE SR Brasil CM402


COLÉGIO DA IlHA MAURÍCIO Queridos e amados irmãos: Motivados pelas palavras de acolhida de Mari Anne e Max (Casal Responsável pelo Movimento na Ilha Maurício), desejandonos uma boa estada em seu país, participamos de 24 a 30 de junho da 20" edição do Colégio Internacional. A Equipe Responsável Internacional (ERI) promove anualmente uma reunião desse Colégio numa das Super-Regiões (ou Região a ela ligada), a fim de orientar a caminhada do Movimento e aprofundar o espírito de internacionalidade. Essa oportunidade é a ocasião apropriada para que os responsáveis pela direção do Movimento possam "descobrir" um país onde haja ENS e também se deixar descobrir por ele. Os membros natos do Colégio são os membros da ERI (6 casais e um SCE) e os Casais Responsáveis pelas 11 Super-Regiões (África de língua francesa, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Hispano-América, Itália, Oceânia e Portugal). Neste ano foram convidados para o evento os CR e SCE das Regiões Grã-Bretanha, Índia, Irlanda, Maurício e Síria. No próximo ano já contaremos com a presença da Super-Região Transatlântica. No Colégio Internacional tivemos oportunidade de participar de mom~nCM402

tos de oração, de formação, de grupos de reflexão e de confraternização. Claro que o Encontro Internacional de Lourdes foi um dos temas profundamente tratados. O nosso grupo de trabalho contou com a participação de irmãos da Espanha e Portugal. Após o Colégio, realizamos o encontro da Zona de Ligação América, cujo Casal Ligação é Maria Regina e Carlos Eduardo, com a participação das Super-Regiões que a compõem: Brasil, Estados Unidos e Hispano-América. Nestes seis dias, aprofundamos o sentido e o valor da internacionalidade, a entre-ajuda e a troca de experiências sobre as realidades vividas pelo Movimento nos diversos países. Também experimentamos a riqueza do Espírito que nos une num Movimento da Igreja para que, como missionários do amor conjugal, edifiquemos o novo povo de Deus, cujas características ultrapassam fronteiras, distâncias, diversidade de raças e de línguas. Por isso, apresentamos a seguir alguns aspectos do País que carinhosamente nos acolheu. 3


Nele encontramos um povo alegre, acolhedor, fervoroso e de muita musicalidade. O mauriciano vibra ao ritmo do "séga", música e dança típica "créole" (dos nativos da llha) derivada da música africana caracterizada por um gingado e um balanço que bem demonstram sua alegria de viver. A generosidade desse povo manifesta-se também no acolhimento à diversidade de raças, idiomas e religiões. A língua oficial é o inglês, mas nas ruas fala-se predominantemente o "créole" e o francês. O Hinduísmo, o Cristianismo, o Islamismo e o Budismo coexistem pacificamente. O "tempero" da diversidade também está presente nos hábitos alimentares e nas ruas onde, ao lado do hábito de vestir ocidental, sempre nos deparamos com trajes típicos indianos ou árabes. Por fim, "conhecemos" um país dotado de muitas belezas naturais que lhe permite fazer do turismo uma fonte de riqueza que concorre com a extração e industrialização da cana de açúcar na formação da economia. O Movimento chega à Ilha Maurício em 1953, levado pelo Cardeal Margéot (então vigário geral da diocese), num momento em que o País vi via uma situação sócio-econômica muito difícil. As ENS tornam-se o viveiro da formação de casais com uma profunda espiritualidade. Mais tarde, quando a Igreja rejeita uma política governamental de controle artificial de natalidade, lançando como alternativa uma campanha nacional de educação para a paternidade responsável e a formação de casais para 4

utilização de métodos naturais, o Movimento disponibiliza os casais necessários para sustentar e desenvolver o trabalho da Ação Familiar. A participação efetiva do Movimento nessa política da Igreja permitiu a tomada de consciência de que o sucesso dos métodos naturais de regulação de nascimentos depende não só de uma formação técnica, mas também de uma espiritualidade profunda que favoreça o diálogo conjugal, o respeito e a acolhida mútua das psicologias e das necessidades diferenciadas do homem e da mulher. A contribuição das ENS foi essencial para que a Ação Familiar e os Cursos de Preparação para o Casamento desempenhassem um papel relevante nesse momento decisivo da história do País (Conferência do Mons. Maurice E. Piat c.s sp. [Bispo de Port Louis] - A pastoral Familiar na história da Ilha Maurício. Pág. 2). Por tudo isso, afirmamos que um Colégio Internacional é sempre uma abertura de coração ao mistério do amor que vem de Deus através dos irmãos. É também uma abertura de coração à diversidade presente na pluralidade de vida cristã presente no seio da Igreja pelo mundo afora. Por fim, é uma experiência que fortalece em nós a esperança de que somos enviados aos homens do nosso tempo, levando no coração uma mensagem capaz de ajudar outros casais a descobrirem a riqueza da vida conjugal vivida na fé e no amor a Deus.

Graça e Roberto CR Super-Região Brasil CM402


Palavra do Provincial

A CONSC1ÊNC1A "Cada um prestará contas a Deus de si próprio. " ( Rm 14, 12)

Hoje, algumas perguntas ecoam no ar: Os homens perderam a cabeça? Não têm mais moral? Não têm mais consciência? Mas, afmal, o que é consciência? No documento "Gaudium et Spes" do Concilio Vaticano II está escrito: Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e a fazer o bem e evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei soa aos ouvidos do coração... É uma lei inscrita por Deus no coração do homem... A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua voz (GS16). O ser humano foi criado por Deus para fazer o bem, perseguir sua felicidade e bem estar e conduzir sua fanu1ia e a sociedade para o bem maior, que é a felicidade de todos. No entanto, ao lado dessa vocação, os seres humanos se vêem fragilizados pelas suas múltiplas imperfeições. O pecado individual e social, a injustiça e o egoísmo parecem não ter limites e desafiam as nossas forças e criatividade. Por vezes, parece haver um caos na sociedade, com uma completa inversão de valores a desafiar os cristãos que se propõem a prática de uma vida autenticamente evangélica. Às vezes tem-se a impressão de que Deus testa nossas forças. CM402

Na intimidade

da consciência, o homem descobre uma lei ... chamando-o sempre a amar e a fazer o bem ... É uma lei inscrita por Deus no coração ... é o núcleo secretíssimo do homem onde ele está sozinho com Deus ... 5


Os problemas crescem e exigem uma postura cristã sólida e eficaz. Uma proposta. Como dar uma resposta ao mundo de hoje, quando sentimos em nossa carne a fragilidade e em nossas mentes a ignorância da ciência divina? Caminhamos por vezes trôpegos, sem saber ao certo onde está a verdade e o que Deus espera de nós. O simples conhecimento teórico da palavra de Deus não nos capacita para responder a tantas perguntas, nem para explicar fatos inexplicáveis. Sócrates em um de seus discursos filosóficos dizia: "conhece-te a ti mesmo". Ele desafia todos a fazerem a bela viagem para dentro de si. Viagem para dentro de nós, casais equipistas. A consciência cristã não se faz de um dia para o outro, e para mudar é preciso coragem, persistência e força para mergulhar no interior de si mesmo, mergulhar no cônjuge e viver a profundidade da vida que é o amor. Neste universo de incertezas é preciso descobrir a presença criadora de Deus e a força redentora de Cristo na Eucaristia, alimento sem o qual a vida cristã não tem nenhum sabor, nenhum sentido. A intimidade e oblação da entrega de marido e mulher - lugar sagrado onde a criatura humana se aperfeiçoa - é onde se revela e se experimenta o mistério do amor Criador expandindo-se na criatura. É no mistério dessa relação que Deus se revela. É no doar-se consciente que a reta consciência desabrocha. Jamais teremos uma consciência acabada ou, talvez, satisfatória de nós mes6

mos, nem do mundo. Em Deus, porém, percebemos a consciência reta do bem, do belo, do artístico. A quem a procura, Deus dará o discernimento correto no momento certo. Mas não de forma mágica e instantânea. O conhecimento de Deus se faz no silêncio, na interiorização, no desejo ardente de entrar no coração Dele e senti-lo pulsar dentro do nosso próprio coração. Ninguém entra na intimidade de Deus, porém, sem se esforçar para ouvir o seu chamado de amor. Também é verdade que, nesta procura, ninguém chega ao discernimento do procedimento correto sem sofrer. Há decisões dolorosas a serem tomadas, quando as "evidências" do mundo conflitam com o Magistério da Igreja e parecem passar ao largo do caminho que conduz à salvação. Há mistérios insondáveis. Não é possível sondar os pensamentos do Senhor, nem se aproximar do seu lugar infinitamente santo. Moisés, tira as sandálias porque o lugar em que pisas é um lugar sagrado (Ex 3, 5). Entretanto, não conhece Ele todas as nossas misérias e mesmo assim não nos ama com amor eterno? Confiantes no amor infinito de Deus, nós, equipistas, devemos sempre alicerçar a nossa consciência nas Escrituras e nos ensinamentos da Igreja, pois sobre estes alicerces a nossa consciência nos direcionará para a vivência cristã da sexualidade e da abnegação, na busca da nossa santidade conjugal.

Nazira e João Paulo CRP Província Norte CM402


EM MEMÓRlA -

DE JOAO PAULO 11 A morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI nos têm marcado. Numerosos foram os comentários. As Cartas Mensais das ENS, especialmente, têm-nos trazido sempre de novo as mensagens que este Papa dirigiu a nós. Passados alguns meses, que me seja permitido evocar alguns traços de sua memória e tomemos esta palavra no sentido forte que ela tem para nossa vida eclesial. Uma certa familiaridade com os escritos e as palavras de João Paulo II permite-me partir de algumas passagens da Escritura, que ele citava freqüentemente: Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou, homem e mulher Ele os criou (Gn 1, 27). Ficamos impressionados com a insistência do Papa sobre a dignidade do homem, que se baseia precisamente nesta semelhança com o Criador, com Deus Trindade. A capacidade do dom mútuo para o intercâmbio de amor entre o homem e a mulher faz eco à vida de amor infmito em Deus. Esta é também a fonte de exigência moral: que o homem seja digno da sua condição de ser criado à imagem de Deus. João Paulo II voltava reiteradamente a comentar o encontro de Jesus com o jovem que possuía muitos bens e que observava os mandamentos. Jesus fixou sobre ele seu olhar e o amou (Me 10, 21). O jovem, porém, não tinha suficiente generosidade para, renunciando à próCM402

pria riqueza, seguir Jesus. E nós? Ficamos também à margem, muito tristes? (Cf. Lc 18, 18-23). Outro episódio evangélico muitas vezes comentado: o Bom Samaritano. Jesus propôs esta parábola para esclarecer nossa relação com o próximo. O Bom Samaritano, prestativo e misericordioso, é figura de Jesus, modelo a nos convencer a amar o próximo como a nós mesmos (Lc 9, 25-37). Quantas vezes João Paulo II nos convidou a sermos Bons Samaritanos? De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, a fim de que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3, 16). A salvação do homem e toda a vida da Igreja decorrem do dom fundamental da Encarnação. Cristo Jesus é o centro, unido de algum modo a todo homem (Cf GS n° 22, 2). Que possamos nós acolher sempre melhor sua presença no coração dos lares. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos introduzirá na verdade completa (Jo 16, 13). O Papa nos tem convidado constantemente a conhecer a verdade de Deus, do homem ... Não seria proveitoso para nós meditarmos, de tempos em tempos, sobre como acolhemos a verdade, quando ela vem de Deus, quando ela nos é transmitida pela Igreja? No Cenáculo, onde os Apóstolos reunidos aguardavam a vinda do Espírito, eles eram assíduos à ora7


ção com algumas mulheres, entre as quais Maria, Mãe de Jesus (At 1, 14). Recordemos aqui o homem João Paulo II, para quem a oração era vital, em união com Maria, a quem Jesus tinha investido da maternidade universal. Equipes de Nossa Senhora, olhemos para a imagem deste Papa, totalmente devotado a Maria, aquela que conduz seus filhos para Cristo Salvador. Acima, citei espontaneamente uma frase do Concílio Vaticano II, constantemente presente nos textos de João Paulo II. Esta é a ocasião de recordar a sua fidelidade aos ensinamentos do Concílio. Ele nos convi-

dava ao arrependimento pelo pouco esforço que fizemos para acolher o Concílio. Esta tarefa deve continuar. O entusiasmo dos fiéis levou à abertura do processo de canonização de João Paulo II. Nós nos juntamos a este movimento, com o desejo de sermos fiéis a suas intuições fundamentais, das quais não fiz mais que esboçar apenas alguns traços. Sabemos que doravante é o Papa Bento XVI quem nos conduz pelo mesmo caminho. Nós o escutamos com a mesma confiança.

François Fleischmann SCE da ERI

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . .

O SECRETARIADO lNTERNAClONAl Para quê serve mesmo um secretariado internacional? Sem dúvida nenhuma, todos os responsáveis de secretariados das Super-Regiões e Regiões se defrontam com a mesma pergunta. Eles sabem quanto este trabalho, que não aparece, é indispensável e quanto esta tarefa, como serviço aos equipistas, permite uma vida harmoniosa ao Movimento como um todo. Quando tudo parece natural e fácil para os equipistas, é porque o trabalho do secretariado está sendo eficaz. Imaginemos, porém, quanto esforço é preciso desenvolver para organizar uma reunião de responsáveis de setores, de equipes, ou para editar o tema de estudo, em tempo, no co8

meço de cada novo ano! ... Uma das primeiras missões do Secretariado Internacional é a organização das reuniões da ERI, que se realizam 3 vezes por ano (2 em Paris, na Rue de la Glaciere, 49 sede das ENS desde que ele foi criado em 1988) e a reunião do Colegiada Internacional, que reúne o conjunto dos responsáveis do Movimento, aproximadamente 50 pessoas, que se encontram cada ano em um país diferente, acolhidos pelos equipistas locais. No decorrer destes encontros, são elaborados documentos de trabalho e de conferências, cuja tradução para as 4 línguas oficiais do Movimento (francês, inglês, espaCM402


nhol e português), precisa ser efetuada e coordenada. Aproveitando a ocasião, se vocês que lêem estas linhas têm alguma competência nesta matéria, não esqueçam de se manifestar, porque o trabalho é muito e os trabalhadores, poucos. O uso dos meios de informática modificou consideravelmente a organização de nosso trabalho. Os numerosos intercâmbios se fazem agora exclusivamente via Internet, o que representa considerável ganho de tempo, contatos mais fáceis e freqüentes , graças à rapidez das comunicações, mesmo com o outro lado do mundo. Por exemplo, nossos tradutores se encontram na Inglaterra, no Brasil, na Colômbia, na Austrália, na Argentina, nos EUA etc ... e nós nos comunicamos com eles por e-mails. Vocês compreendem, portanto, que não é necessário morar em Paris para nos ajudar. Constituem igualmente o pão cotidiano de nossas ocupações: A organização material comum a um secretariado de associação, sua vida estatutária (conselhos de administração e assembléias gerais), a montagem do calendário, o controle estatístico dos membros, o acompanhamento das nomeações e das substituições de responsáveis . .. Não seríamos completos se omitíssemos o acompanhamento das contribuições e das finanças do Movimento, que nos permitem viver e também ajudar os países mais desprovidos de recursos para desenvolver as suas equipes e também para participar das reuniões internacionais, assim como manter atualizado CM 402

o site internacional das ENS, o arquivamento de toda a documentação e publicações do Movimento em todos os países. Nossa missão inclui igualmente o acolhimento, e nós temos grande prazer em receber os equipistas estrangeiros de passagem por Paris que vêm nos visitar. Como todo serviço nas ENS, o nosso é também uma missão temporária, de 6 anos. Nós exercemos a coordenação do Secretariado Internacional, composto por nós mesmos, e por uma pessoa assalariada em tempo parcial. Neste momento, porém, Astrid acaba de nos deixar para acompanhar seu marido a Nova Caledônia ... e sua substituta não chegou ainda. Aproveitamos esta ocasião para agradecer a todos os equipistas com quem mantemos contato em todo o mundo, aos membros da ERI, aos responsáveis de Super Regiões, Regiões e Setores ligados diretamente à ERI, responsáveis dos secretariados, tesoureiros, responsáveis pela comunicação, e aos equipistas em geral, por sua gentileza, 9


seu acolhimento e sua disponibilidade às nossas solicitações. Sentimos, através deste serviço, que um mesmo espírito nos anima e que é só por Ele que nós trabalhamos. Com nossa fraternal amizade por

todos vocês, equipistas do mundo inteiro, e unidos em oração,

Brigitte e Philippe Deney-Delacroix Casal Secretário Tesoureiro da ERI

UMA EXPER1ÊNC1A DE VlDA DENTRO DA ERl Após 6 anos a serviço das ENS como membros da Equipe Responsável Internacional (ERl) e ao término de nossa responsabilidade, nos parece importante uma visão retrospectiva. Tudo começou com um "apelo" de parte do casal responsável internacional. Uma grande surpresa! Sentimentos opostos se atropelaram em nós: satisfação, incapacidade, receio ... Por que nós? Muitos outros casais em todo o mundo são bem mais capacitados que nós. . . Por fim, um sentimento de serviço trouxe-nos a calma de volta. Obrigado, Senhor, por nos teres olhado com amor! ... Muitas preces e diálogos, seguidos de grandes momentos de silêncio, não poucas noites de insônia, fmalmente nos veio a luz do Espírito Santo: não fostes vós que me escolhestes, Eu é que vos escolhi. Aceitamos então, com humildade, com plena confiança no Senhor e, ao mesmo tempo, cheios de alegria. As primeiras reuniões foram muito difíceis. Face ao desconhecido, o medo nos dominava. A dificuldade da língua foi um obstáculo difícil de ultrapassar. O conhecimen10

to dos outros: quantas coisas incompreensíveis e inimagináveis ele nos proporcionou! Pessoas, culturas, países, métodos de trabalho muito diferentes, boas e más experiências! Nós, porém, tínhamos aprendido a aceitar os outros com suas fraquezas e a apreciar seus pontos fortes. E, então, quando nos aceitamos mutuamente, quando a confiança venceu a desconfiança ... uma amizade profunda nasceu, tendo Cristo como centro. Cresceu um sentimento fraterno e se criou uma afeição recíproca. É a comunidade de fé! Como tudo isso foi possível? Temos certeza de que tudo foi fruto de duas práticas fundamentais: a oração e o pôr em comum. Com efeito, o Casal Responsável desde CM402


o início insistiu sobre a importância delas para dar ritmo às nossas jornadas de trabalho: uma oração para começar o dia e outra para encerrálo, e o ponto mais alto, a Eucaristia. É o que tem garantido a presença do Espírito. Por outro lado, um longo tempo dedicado ao pôr em comum permitiu um conhecimento mútuo e profundo. Neste campo é necessário sublinhar a relevante participação de nosso querido Conselheiro Espiritual. E o trabalho ... ? Os 4 dias restantes de nossas reuniões, que se realizam 3 vezes ao ano, são dedicados a longas sessões de trabalho, fatigantes com certeza, mas muito produtivas. E aqui é necessário dizer que aprendemos a trabalhar em colegialidade na internacionalidade, isto é, a tomar decisões à luz do Espírito Santo. Uma experiência magnífica! O Colegiada Internacional, que se reúne uma vez por ano, tem sido outra experiência marcante sob vários aspectos: de ordem espiritual, religiosa, cultural, intelectual, de conhecimento geográfico, histórico, folclórico e, por que não, gastronômico! Conhecemos personalidades importantes nos mais diferentes países, mas também pessoas notáveis por sua humildade e espírito de serviço. É impossível não fazer referência à nossa experiência como Casal Ligação da Zona Euráfrica. Foi oportunidade para experimentar a força do Espírito. Cada visita a uma Super-Região ou a uma Região ligada à ERI fez sentirmo-nos realmente conduzidos pela mão de Deus. O Senhor tem feito maravilhas! Nós nos temos manifesCM402

tacto em diferentes línguas que não dominávamos. Enriquecemo-nos com a diversidade das culturas, e, ao mesmo tempo, ficamos maravilhados com a unidade reinante entre todos os equipistas dos diversos países da Zona: Portugal, Espanha, Itália, Síria e vários países da África de fala francesa. As ENS são um verdadeiro milagre! O amor, a amizade, a hospitalidade dos responsáveis, dos equipistas e dos conselheiros espirituais são um testemunho vivo do espírito de Cristo. Não poderemos jamais esquecer todos esses amigos que nos acolheram nos diferentes países. Todos estão em nosso coração e em nossas preces. Um grande obrigado a todos! Para encerrar, uma palavra para expressar a magnífica recordação que temos do encontro da Super-Região Hispanoamérica em Bogotá, nossa cidade natal, em 2004. Nós nos reunimos lá com nossos caros amigos da ERI. Foi outra experiência inesquecível, muito importante para as equipes desta Super-Região. A presença da ERI foi tida em alto apreço. Lá se fala ainda hoje de um antes e de um depois deste encontro. Em resumo, começamos a fazer parte da ERI, perguntando-nos o que poderíamos dar a ela. Isso nós não sabemos. Temos consciência somente do muito que temos recebido! Um grande agradecimento ao Senhor que nos chamou e a nossos amigos da ERI que nos acolheram!

Constanza e Alberto A/varado Membros da ERI e Casal Resp. da Zona Euro-África 11


ADEllDADE AO CARlSMA Recebemos nos dias 4 e 5 de junho, o Casal Provincial Cida e Raimundo, que veio trazer à Região Bahia/Sergipe uma palavra sobre o verdadeiro espírito do nosso movimento. Falaram a respeito da doação de cada membro do Movimento, onde, na verdade, acontece um grande aprendizado, pois, ao nos doarmos não nos estamos subtraindo à nossa fann1ia, ao contrario, estamos nos tomando melhores para nossos filhos, e o que vamos receber em troca não é mensurável aos nossos olhos, pois Deus não se deixa vencer em generosidade... Não devemos ter medo de perder o que temos para seguir a Deus. Ser equipista implica em servir, por que é Deus quem nos chama. Ser equipista é não ter medo da caminhada, é seguir o exemplo de Maria que, mesmo grávida, fez longa viagem por regiões montanhosas para ajudar sua prima Isabel. Devemos ter não somente a fé em Maria, mas a fé que teve Maria, para dizer sim quando chamados a servir, crendo que é Deus quem nos chama. Precisamos ouvir mais o coração e ser surdos para as coisas do mundo. Fomos animados a dar valor á reunião da equipe, com suas reflexões e troca de experiências, um ajudando o outro no compromisso de servir. Na equipe não precisamos ser eficientes, pois o eficiente não precisa de ninguém; Não devemos ser eficazes, pois o casal eficaz divide 12

todas as tarefas e não faz nada. Sejamos sim efetivos, porque o casal efetivo é aquele que divide as tarefas e também trabalha para o bem da equipe. É o casal participativo. Devemos refletir sobre o nosso compromisso com cada membro da nossa equipe e com o Movimento. O Casal Provincial também lembrou-nos que os PCE não devem ser simplesmente feitos, mas vivenciados, para nos tomarmos um casal melhor. O que nos levou a refletir sobre se somos obrigados ou temos a obrigação de fazê-los? Quando percebermos os PCE nas nossas vidas como necessidade, aí sim nós nos sentiremos "obrigados" a vivenciá-los. Assim entendendo os PCE, o momento da partilha na reunião será um momento de abrirmos o coração e colocarmos para os nossos irmãos o crescimento espiritual que tivemos de um mês para o outro, é momento de partilharmos o que mudou em nossas vidas. Ao final da palestra foram dados depoimentos a respeito da hospitalidade e acolhimento dos membros das Equipes de Nossa Senhora e sobre o privilégio que é fazer parte Movimento, onde em cada equipe temos à nossa disposição um padre, uma freira, um diácono ou um seminarista para nos acompanhar e orientar.

Ivone e Josué Equipe 9 A - N. S. da Soledade Salvador/BA CM402


QUE PASSO! Aconteceu no dia 29 de maio do corrente ano, na cidade de Pocinhos, a 180 KM de João Pessoa/PB, um encontro que deixou os equipistas locais radiantes de felicidade. Com a presença de 42 novos casais, marcou o início de seis experiências comunitárias. Foi um encontro com orações, louvores e uma palestra sobre o tema "Espiritualidade Conjugal". Pe. Severino, SCE das Equipes N. S. de Fátima e N. S. Aparecida de Pocinhos, ressaltou a importância da família na sociedade atual e o apoio que os equipistas dão à Paróquia, nos

trabalhos de evangelização. O objetivo proposto ao encontro foi atingido. Os casais, quando em grupos com seus respectivos casais coordenadores, testemunharam sua acolhida ao objetivo do encontro .. Os equipistas de Pocinhos estão felizes, ansiosos para verem as sementes destas experiências germinarem e produzirem frutos em abundância. Agradecemos a Deus por sermos seus instrumentos de evangelização. Que Ele abençoe a nossa caminhada.

Lindalva e Ronaldo Eq. N. S. de Fátima - Pocinhos!PB

... .. .. . .. . .. . ... . . ...... . ... .... . .. . . .. MUlTO POR AMAR Realizou-se nos dias 25 e 26 de junho o Retiro Espiritual das Equipes do Setor de Paraguaçu Paulista/ SP. O tema desenvolvido foi "Há muito por amar", meditação de Cântico dos Cânticos, capítulos de 1 a 3. Frei Roan, OAR, veio especialmente da cidade do Rio de Janeiro ~~'-~">"'~ra·~· O Retiro foi pre~&.~~~ru;a preparação. prina ais equipistas e

participação de 100% dos casais equipistas neste retiro, também da totalidade dos casais que participam da Experiência Comunitária e de outros casais convidados.

Odete e Edilberto Eq. N. S. de Nazaré Paraguaçu Paulista/SP


RETIRO EM BELÉM Partilhamos com os irmãos equipistas a beleza do retiro realizado nos dias 3 a 5 de julho, na Cúria Metropolitana de Belém, proporcionado pelo Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Quem apostou nele teve o prazer de viver belos, fortes, ricos, descontraídos e emocionantes momentos de comunhão fraterna, de espiritualidade fervorosa, de paz e de felicidade com tudo o que pôde assimilar. As cinco Meditações proferidas pelo Arcebispo Emérito de Belém, D. Vicente Zico, centraram-se no tema Sacramento e Matrimónio. Ele falou sobre o "casal no seu testemunho cristão, no seu testemunho eclesial, no seu testemunho eucarístico e no seu espírito missionário". Expôs para nós como deve ser a caminhada de um casal católico, comprometido com o Reino de Deus. Comungamos do seu entusiasmo ao citar-nos Lacordaire, Santo Agostinho, Santa Terezinha, São Paulo, Paulo VI e João Paulo ll e ao nos levar a estabelecer a diferença entre ser casal que se assemelha com o Lago de Genezaré (de águas límpidas, transparentes e produtivas) e o que se parece com o Mar Morto, como diz o nome, insistindo em que sejamos sinais vivos e concretos de amor, de

renúncia, de piedade, de atenção ao outro, aos filhos, ao mundo. Como casal equipista deveremos fazer de nossa família uma verdadeira Igreja doméstica, que busca ser "santa, pura, irrepreensível, imaculada, sem manchas e sem rugas", como a Igreja esposa do Cristo, animada pelo Espírito Santo, para que os que nos vêem possam admirar e imitar. Momentos fraternos foram vividos por ocasião das refeições e da acolhida carinhosa de todos os que contribuíram para que o Movimento em Belém pudesse nos proporcionar o cumprimento desse Ponto Concreto de Esforço, indispensável para a caminhada de cada um de nós. A celebração da Eucaristia foi o ponto mais alto do retiro. Obrigado, Senhor, por esses momentos passados tão perto de Ti. Obrigado pela oportunidade de voltarmos aos nossos lares repletos do Espírito Santo. Um pensamento para Maria, nossa mãe e protetora, se fez pelo canto do Magnificat. Deus operou maravilhas em nós!

Flor e Vallinoto Eq. 18- N. S. Rainha dos Apóstolos - Setor "A" Belém/PA

ELEIÇÃO- Na Reunião de Equipe do mês de outubro elegeremos o Casal Responsável de Equipe para o ano de 2006. O documento O Casal Responsável de Equipe, no item 2.2, orienta-nos como proceder. Que o Espírito Santo nos ilumine na preparação da escolha do novo CRE. 14

CM402


-

SEXUALIDADE E ABNEGAÇAO Assunto audacioso e palpitante, mas que é do interesse de muitos casais, dentro das equipes, os quais se manifestam com muito entusiasmo por este tema. Nos sentimos numa encruzilhada, revivendo o paraíso do Éden e a concupiscência. "O homem e a mulher estavam nus e não se envergonhavam" (Gn 2, 25). Todavia, a astúcia da serpente os levou a conhecer o pecado, e o homem e a mulher tomaram consciência do bem e do mal. Hoje, o sentido destas palavras das Escrituras parecem antagônicas. rágeis são as atitudes dos casais

CM402

perante a sexualidade, e a concupiscência se faz presente na união conjugal. A fim de melhor compreender o valor e o sentido cristão da sexualidade, o amor oferecido por Deus nos revela: sejamos fiéis a este amor! Entendemos que a abnegação consolida o verdadeiro amor, quando compreendemos o seu significado: abnegação - renúncia e desapego em favor do bem do outro. "O verdadeiro amor conjugal não prospera sem abnegação".

Nazí e Léo CR Equipe 8 B - Salvador!BA

15


DEMONSTRAÇÕES ANANCBRAS 2004 Errata Por algum problema, na Carta Mensal n° 401 - agosto/005, alguns valores das "Demonstrações Financeiras 2004 (páginas 18 e 19), saíram impressos em colunas indevidas. Desta forma, nas RECEITAS, na conta ''Enc.Nacional Brasília", o valor de 837.642 corresponde ao ano de 2003 e não a 2004. Igualmente 632.425 pertence ao ano de 2002 e não a 2003. Na conta "Encontro de Roma", 35.978 corresponde ao ano de 2003 e não a 2004. O valor de 39.584 se refere a 2002 e não a 2003. Nas DESPESAS, na conta ''Desp.Enc.Intern.Lourdes-2006", o valor correto é 4.096. Na conta ''Desp.c!Enc.de Roma" o valor de 237.185 é referente ao ano de 2002 e não a 2004. Abaixo estamos publicando a "Demonstração de Resultado" devidamente corrigida. Atenciosamente, Eunice e Milton - Casal Secretário-Tesoureiro

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em R$)

31.12.03

31.12.04

31.12.02

RECEITAS

Contribuições

1.117 .187

84,2%

Enc.Nacional Brasília Encontro de Roma Receitas Diversas Receitas Financeiras Total das Receitas

174.197

13,1%

34 .678

2,6%

1.326.062 100,0%

1.025.091

46,0%

954.828

52,8%

837.642

37,5%

632.425

34,9%

35 .978

1,6%

39.584

2,2%

133.659

6,0%

151.933

8,4%

8,9% 198.403 2.230.773 100,0%

1,7% 30 .988 1.809.758 100,0%

DESPESAS

Despesas com Encontros

511 .600

28,7%

Desp. Enc. Lourdes-2006

4.096 378.584

0,2%

Desp.c/Enc. Na c. Brasília Desp.c/Enc.de Roma

21,2%

429.535

31,9%

56,7%

27.137

2,0% 17,6%

367 .854

16,0%

1.303.962

Desp.c/Adm .Equipes

305.661

17,1%

219 .920

9,6%

237.185 271.476

Despesas com Pessoal Despesas Gerais

109.893

6,2%

94.317 314.032

4,1%

88.01

Total das Despesas

RESULTADO Resultado do Exercício

472.515

26,5% 1.782.349 100,0%

13,7% 2.300.085 100,0%

6,5% 293.953 21,8% 1.347.296 100,0%

(456.286)

(69.313)

462.462

Fundo Patrimonial

731 .353

800.666

Resultado Acumulado

275.067

731.353

338 .204 800.666

16

20,1%

o

CM 402


O QUE FAZ A DIFERENÇA Certa vez, um grande escritor isolou-se em uma praia sossegada para melhor desenvolver o seu trabalho. A intervalos, descia até o mar para caminhar na areia. Um dia, ele viu ao longe alguém que parecia praticar uma estranha dança, colocando as mãos no chão e fazendo gestos para o mar. Aproximando-se, viu um jovem que catava estrelas-domar e as jogava na água. Curioso, perguntou o significado daquilo. O jovem respondeu que se as deixasse na areia quente elas morreriam em pouco tempo, por isso as jogava de volta ao mar. O escritor retrucou que a tarefa era inútil, porque a praia era longa e não conseguiria dar conta de salvar todas, de modo que milhares morreriam. A esta observação o garoto respondeu que, ao menos, "para algumas ele fazia a diferença". No dia seguinte, o escritor juntou-se ao rapaz e as duas pessoas pareciam praticar uma estranha dança na beira do mar. Vivemos tempos bicudos. É verdade. Hoje estamos inseridos em uma sociedade que se orienta pelo "evangelho" da relatividade e da competitividade (na feliz expressão do Pe. Sallet), evangelho esse que "sacraliza" o princípio da exclusão e reforça a primazia da lógica da guerra nas relações entre empresas, comunidades e povos. Prega também a onda da liberalidade , com seus frutos indigestos como a ideologia do bem-estar a qualquer custo, o neo-individualismo, a busCM 402

ca desenfreada pelo prazer, padrão da felicidade subjetiva, frutos que, por sua vez alimentam o egoísmo pessoal e coletivo. Basta olhar para a realidade que nos cerca: de dramas humanos como a violência, mesmo dentro dos próprios lares, crimes hediondos, redes de exploração sexual infantil, abortos, eutanásia, injustiças sociais, drogas, epidemias, terrorismo- e tragédias naturais - como terremotos e outras catástrofes - que abalam o planeta. Diante de tudo, não faltam agressões à Igreja, enquanto instituição, e aos fiéis em geral. Surgem provocações do tipo: "se Deus existe e é amor, por que não dá ouvidos às preces de tantos sofredores"? Que respostas temos para as provocações deste tipo? Em última análise, quais as razões de nossa fé e o que temos a oferecer ao mundo como cristãos e como membros de um movimento de espiritualidade? Para chegar a essas respostas, precisamos passar pelas razões que nos fazem pertencer às ENS e pelo sentido que impulsiona a caminhada neste Movimento, portanto, passando pela reflexão da MÍSTICA das ENS e verificando qual, afinal, a sua vocação no mundo de hoje. Coletamos subsídios do Pe. Caffarel, na conferência que pronunciou no Encontro Internacional de Lourdes de 1965, intitulada: "As Equipes de Nossa Senhora ao serviço do Mandamento Novo". Justo o que o mo ti vou foi a realidade vi vi17


da e os desafios próprios do tempo. Julgava de uma importância capital, tanto para os movimentos como para as pessoas, refletirem sobre sua vocação. E ele, então, se fazia a pergunta: qual é a vocação das ENS? Em outras palavras, o que é que

Deus espera das ENS e de seus membros? A reflexão leva a uma experiência religiosa, que busca fundamento nas Escrituras: Evangelho de São Mateus (18,20):

"Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles". É certo que Cristo nem sempre torna sensível a sua presença, mas o importante é não duvidar, se as duas condições claramente indicadas neste versículo forem preenchidas. Uma delas encontra-se em um pequeno detalhe da frase do Senhor: "quando estiverdes reunidos em meu nome". Por outras palavras, Ele diz: se quiserdes que se verifique a minha promessa, não basta que estejais reunidos por um motivo qualquer, por melhor que ele seja; é preciso que vos encontreis reunidos por minha causa, por

amor de mim, para me procurar. A segunda condição é indicada pela palavra "reunidos". Efetivamente, podemos nos encontrar sem estarmos unidos. Reunir é mais do que agrupar. É ligar de novo, congregar, incorporar-se. E o que faz com que esta nova união tenha um elo especial com Cristo é o pôr em comum, entre dois ou mais filhos de Deus, daquilo que têm de melhor: o seu conhecimento e o seu amor pelo Senhor. É o partilhar. De outro 18

modo, eles ficam simplesmente juntos, mas não reunidos. Acontecendo estas duas condições, por uma promessa infalível do Senhor, Ele se faz presente, ressuscitado, no meio de nós. Se em Mateus temos a chave que nos permite estar com Cristo, em João o próprio Senhor convida os discípulos para se tornarem permanentes na sua Pessoa. É Jesus que fala durante a última noite passada com os seus: "Permanecei no

meu amor. Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor. .. Eis o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo... O que vos mando é que vos ameis uns aos outros .. . " (Jo 15, 9b-10, 12, 14, 17). Ou seja: no Evangelho de S. João o Senhor nos dá a fórmula para nos mantermos ligados à sua pessoa. Mas que fazer, então, para "permanecer no Seu amor"? A resposta já conhecemos: "Se guardardes

os meus mandamentos, permanecereis no meu amor". E quais são esses mandamentos? "Eis o meu mandamento, responde Cristo: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo". É importante a mudança do plural para o singular. Jesus começa dizendo: "Se guardardes os meus mandamentos ... " E, logo em seguida: "Eis o meu mandamento ... " Isto é muito significativo. Toda a lei, para aqueles que amam e seguem a Cristo e querem permanecer no seu amor, se reduz a um único preceito: o amor mútuo. É o Mandamento Novo. É pegar ou largar: se a observamos, permanecemos unidos a CM 402


Ele e produzimos frutos; se a transgredimos, separamo-nos d'Ele e secamos. Como os ramos da videira. Sobretudo, não se pode deixar de salientar uma palavrinha do texto de S. João, pequena, mas fundamental: como. O Senhor especifica: "que vos ameis como eu vos amo". Prontamente os apóstolos compreenderam esse "como". Com efeito, Cristo acabava de lhes lavar os pés e tinha dito:

"Dei-vos o exemplo, para que vós façais como eu fiz convosco" (Jo 13,15). Para amar "como" Ele, é preciso pormo-nos ao serviço uns dos outros: auxiliarmo-nos mutuamente. Que os seus se amem entre si e que testemunhem o auxílio mútuo é o anseio do coração de Cristo. Ele ainda falou nisso, nessa mesma noite, precisamente antes de rezar ao Pai: "Como eu vos tenho amado,

assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos reconhecerão que sois meus discípulos: por esse amor que tereis uns pelos outros (Jo 13, 34-35). Portanto, não se reconhecem os cristãos por um distintivo na lapela, mas por esse testemunho: sinal do amor mútuo. Aí tem origem a mística das ENS, Movimento que se propõe levar os casais a "tender à santidade" - nem mais nem menos. Este processo, segundo o Catecismo (n° 2014), implica em uma união sempre mais íntima com Cristo. E esta união recebe o nome de "mística" - que vem de mistério - e dela decorrem, naturalmente, as suas outras duas dimensões: o auxílio mútuo e o testemunho, os quais, por sua vez, dão condições para a CM402

união sempre mais íntima e permanente com Cristo. O que faz a diferença nas ENS é que a prática do "mandamento novo"- que fundamenta sua mística - é sua razão de ser e o sentido que impulsiona a vivência no Movimento. As ENS foram fundadas para isso. Tudo- estrutura, métodos, pedagogia, PCE - tudo foi ordenado para este fim. Na medida em que, na equipe, nos tivermos iniciado nas exigências do auxílio mútuo, no convívio da presença de Cristo, levaremos este testemunho para fora dela, vivendo-o sempre com maior perfeição: primeiro entre esposos e, também, entre pais e filhos; a seguir, na sociedade, no trabalho, nos meios de comunicação etc. Esta é a resposta que podemos dar ao mundo como casais pertencentes às Equipes de Nossa Senhora. Não nos impressionemos com tempos bicudos. O que precisamos ter presente é que o mundo tem uma grande carência deste espetáculo de cristãos que se amem entre si. O amor é a única moeda forte a que todos têm acesso. E se o nosso Movimento se aplicar, com todo o ardor e entusiasmo a promover este intercâmbio, podemos acreditar, então, que, como fermento na massa, ele corresponde a uma das necessidades mais urgentes do nosso tempo. Nós podemos, sim, fazer a diferença. E faremos, com a graça de Deus.

Graça e Eduardo Eq. N. S. do Bom Conselho, Setor B - Porto Alegre/RS 19


BÍBllA PALAVRA DE DEUS Deus nos fala. Que fato extraordinário! Ele nos fala para nos salvar, para nos fazer viver, para nos comunicar sua vida em abundância. Fala-nos hoje. Interpela-nos na realidade do nosso cotidiano. Acreditamos nisso? Não será necessário partirmos para a descoberta ou redescoberta desta Palavra? Que lugar tem a Palavra de Deus em nossa vida? Qual a sua influência? Somos levados a repetir a oração de Samuel: "Fala, Senhor, teu servo ouve!" A Bíblia narra a epopéia da Palavra de Deus entre os homens. Nela está contido tudo o que Deus disse e não cessa de dizer ao homem, toda a sua revelação. Nela encontramos a preparação para a vinda do Cristo. Nela encontramos o Cristo anunciado vindo até nós, estabelecendo conosco a nova e eterna Aliança, fundando a Igreja e enviando a ela o seu Espírito "para santificar todas as coisas, levando à plenitude a sua obra" (O E IV). O Deus único que nos fala é um Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. E sua Palavra é seu Filho: Palavra eterna, Palavra encarnada, Palavra total e definitiva. Na unidade trinitária, o Filho é a Palavra interior e eterna do Pai, atra20

vés da qual Ele se exprime perfeitamente a si mesmo: "No princípio era a Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus" (Jo 1, 1). No princípio, isto é, antes da criação e na sua origem, porque esta Palavra de Deus aparece como criadora do mundo e da história: "Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito" (Jo 1, 3). A Palavra é "luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem" (Jo 1, 9). Deus nos amou e se comprometeu conosco através da sua Palavra. E foi mais longe: Enviou-nos o seu próprio Filho. "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1, 14). O Cristo é a Palavra de Deus encarnada, que se fez um de nós. (... ) Toda a sua vida, seus ensinamentos, seus gestos, seus milagres, seu comCM402


portamento, sua Paixão, sua Morte e sua Ressurreição são Palavra de Deus aos homens. Palavra que revela. Palavra que salva. No Cristo, Deus se revela plenamente: "Quem me viu, viu o Pai" (Jo 14, 19). "Em Jesus, Deus doou-se a nós completamente - isto é - deu-nos tudo. Além disto, ou paralelamente a isto, não pode haver outra revelação capaz de comunicar em maior medida ou de completar, de certa forma, a Revelação de Cristo. Nele, no Filho, tudo nos foi dito, tudo nos foi dado. Mas a nossa capacidade de compreensão é limitada; por isso a missão do Espírito é introduzir a Igreja na grandeza do mistério de Cristo, de maneira sempre nova, de geração em geração. O Espírito nada acrescenta de novo nem de diverso ao lado de Cristo; não há qualquer revelação do Espírito Santo ao lado da de Cristo- como dizem alguns - nenhum segundo nível de Revelação. Não! "Receberá do que é meu", diz Cristo no Evangelho (Jo 16, 14). E como Cristo diz apenas aquilo que sente e recebe do Pai, assim o Espírito Santo é intérprete de Cristo. "Receberá do que é meu". Não nos conduz a outros lugares, distantes de Cristo, mas conduz-nos cada vez mais dentro da luz de Cristo. Por isso, a Revelação cristã é, ao mesmo tempo, cada vez mais antiga e nova. Tudo nos é sempre e já dado. Ao mesmo tempo, cada geração, no encontro inexaurível com o Senhor - encontro mediado pelo Espírito Santo- aprende sempre algo de novo" (Bento XVI). CM402

A Palavra de Deus nos chega através da palavra humana, fixada por escrito- a Bíblia- conjunto de livros de gêneros variados. Sendo escrita em palavra humana, veículo da revelação divina, a Bíblia necessita de um estudo segundo os métodos críticos, históricos, literários etc. ( ... ) Jamais se farão esforços suficientes para compreender essa expressão humana da Palavra de Deus. Mas é preciso evitar o perigo de ficar no nível do humano e na reflexão intelectual. O saber seria acumulado sem haver comprometimento com a Palavra. Não seria uma verdadeira escuta. A inteligência deve invadir o coração. Mesmo quando temos boa disposição de acolher a Palavra, as dificuldades permanecem. Como receber a Palavra de tal modo que ela alimente o coração e transforme a vida? Podem ser indicados três caminhos que devem vir juntos: O estudo (preparação), uma leitura lenta e meditada (escuta autêntica) e uma conversa íntima com Deus, alimentada pela Palavra escutada. Se a Palavra de Deus é o Cristo, vemos o quanto a sua escuta ultrapassa a simples leitura de um texto: ela nos relaciona com a pessoa viva de Cristo, presente, agindo em nosso mundo e em cada um de nós, para atrair-nos ao coração da Trindade.

Extraído de: Escutar a Palavra de Deus - Suplemento n° 1 da Carta Mensal, páginas 1, 9, 10, 13 e 29; e L'Osservatore Romano de 14-5-2005, pág. 3 21


O QUE É A EUCARISTIA? A Eucaristia é a consagração do pão no corpo de Cristo e do vinho em seu sangue que renova mística e sacramentalmente o sacrifício de Jesus na cruz. A Eucaristia é Jesus real e pessoalmente presente no pão e no vinho que o sacerdote consagra. Pela fé cremos que a presença de Jesus na hóstia e no vinho não é só simbólica, mas real; isto se chama o mistério da transubstanciação, já que o que muda é a substância do pão e do vinho; os elementos - forma, cor, sabor, etc. - permanecem iguais. A instituição da Eucaristia aconteceu durante a última ceia pascal que Cristo celebrou com seus discípulos. Os quatro relatos coincidem no essencial: Em todos eles a consagração do pão precede a do cálice, embora devamos lembrar que na realidade histórica, a celebração da Eucaristia (fração do pão) começou na Igreja primitiva, antes da redação dos Evangelhos. Os sinais essenciais do sacramento eucarístico são pão de trigo e vinho da videira, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e o presbítero pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus na última Ceia: "Isto é meu corpo entregue por vós ... Este é o cálice do meu sangue ... "

Encontro com Jesus amor - Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, 22

impossível generalizar sobre eles, porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, devemos transluzir em nossa vida a transcendência do encontro íntimo com o amor. É lógico pensar que quem recebe esta graça está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que, além disso, alimentado com o pão da vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Enfim, para levar a feliz término a missão, a vocação que o Senhor lhe dá. Se apreciássemos deveras a presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco" Lc.22, 15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa celestial servida? E nós, por que o deixamos esperando? Por acaso, quando vem alguém de visita à nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas? É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo".

Retirado da Internet (Jornal O Sul de Minas - 8 jul 2005) CM402


Expansão cheqa à Serra da 1biapaba A Expansão Sustentada chega à Serra da Ibiapaba, distante 380 Km. de Fortaleza. O CRR Ceará- Lili e Ademir, juntamente com o Casal Expansão Serra Grande - Socorro e Lino e o CRC Ceará Norte estiveram na Cidade de Tianguá, onde foi feito um momento de informação aos casais componentes de três Experiências Comunitárias das Cidades de Viçosa do Ceará, Ibiapina e Tianguá. Foi muito gratificante sentir o carinho dos casais e a acolhida pelos SCE que juntamente com o Bispo local, Dom Javier, fizeram uma linda celebração eucarística. Que o Espírito Santo Ilumine nossos missionários. Lili e Ademir, CRR Ceará

ENS Ceará comemora 25 anos (17.7.2005)

CM 402

23


Jubileus de ordenação presbiteral Padre Carlos Alberto Brandão Ferreira (Pe. Teto) Dia 25 de janeiro de 2005 Padre Teto: Gostaríamos de dizer-lhe hoje algo que, ao ouvir, seu coração pudesse pulsar mais rápido, seus olhos brilhar mais e seus lábios sorrir comovidos. Uma mensagem singela, espontânea, que o deixasse mais feliz e realizado, neste dia tão importante de sua vida. É muita pretensão nossa, sem dúvida, mas nós quereríamos, porque lhe queremos muito bem. Gostaríamos que soubesse que o Movimento das ENS tem muito para lhe agradecer. Agradecer porque você acolheu com muito carinho e muito amor, na cidade de Luziânia - Goiás, este Movimento. Agradecer porque graças a você nós casais passamos a conhecer e a amar mais a Cristo e a Nossa Senhora e, também, a amar 24

mais o nosso cônjuge e o nosso irmão. Queremos agradecer-lhe por tudo, querido amigo. Pelo seu carinho, sua paciência, sua sabedoria, pelos seus conselhos amigos, pelo seu escutar, falar e calar, pela sua total dedicação às Equipes desta cidade. Com o seu incentivo e apoio, todos nós estamos sempre nos esforçando para vivenciar bem, todos os Pontos Concretos de Esforço. Encanta-nos seu amor pelo Movimento. Parabéns, querido amigo sacerdote! Que esta felicidade que lhe desejamos o acompanhe sempre e, seja ainda maior quando juntos agradecermos a Deus pela sua existência, pela sua vocação sacerdotal, pelo seu imenso amor a Cristo e a Maria. Que bom que você existe! Que bom ser tão importante para nós! E CM 402


' I

A comemoração foi enriquecida com a honrosa presença e saudação carinhosa de Dom João Braz, Arcebispo de Brasília. Também estiveram presentes Pe. Francisco Lellis e famílias dos equipistas. Agradecemos a Deus pelo dom da vida c da vocação do querido Padre Jorge. pela generosidade de seus queridos pais e pelo seu imenso amor. fidelidade e serviço ao longo desses 60 anos de vida sacerdotal. São 60

anos dizendo sim. oferecendo-se por inteiro para que Jesus Cristo. o Pão da Vida. chegue até nós. São 60 anos proclamando a Palavra. perdoando, consolando, orientando. abençoando ... trabalhando na construção do Reino de Deus ... São 60 anos do mais puro amor. de uma vida colocada nas mãos do Senhor. Com amor e gratidão da Eq. N. S. do Consolota Setor A - Brasílio/DF

como é maravilhoso estar sempre com você e poder usufruir sua sabedoria e seus ensinamentos. E como é maravilhoso o bem que você planta ao longo de nosso caminho. Deus seja louvado por tudo. Pelo dom de sua vida, pelos seus vinte e cinco anos de vida sacerdotal. Para você, o nosso abraço, nossas preces e nossa gratidão. Parabéns, Padre Teto. Esta é uma data muito importante para você e para nós também, porque afinal, você faz parte de nossas vidas. Equipes N. S. da Graças e N. S. Aparecida - Luziânia/GO

atuou na catequese. Durante o curso de Filosofia, também em Tubarão e Teologia em Florianópolis, sempre participando de diversas pastorais. Foi ordenado em Órleans/SC. Exerceu seu ministério em diversas cidades de Santa Catarina, Bahia, CNBB em Brasília. Foi Coordenador da Pastoral da Terra, e coordenador de pastoral diocesana de Joaçaba/SC e Tubarão/SC, sendo atualmente Secretário Executivo da CNBB Sul IV, em Florianópolis, onde desde 2004 é SCE da Eq. N. S. de Guadalupe e do Setor A. A celebração Eucarística pelos 25 anos de ordenação aconteceu na capela Santo Antônio, em Barracão/Se, à qual estiveram presentes representantes das comunidades onde trabalhou, a comunidade local em grande número e toda a sua Equipe. Ana Paula e Eduardo Eq. N. S. de Guadalupe

••• Padre Domingos Dorigon Dia 3 de maio de 2005 Domingos nasceu a 8 de fevereiro de 1973. Fez o curso secundário no Seminário de Tubarão/SC, e CM 402

25


Bodas de Ouro Santa e Roque - um dos casais fundadores das Equipes na Bahia, festejaram seus cinqüenta anos de vida conjugal no dia 11 de junho de 2005, na Basílica de São Salvador da Bahia, com celebração Eucarística presidida por D. Ceslau Stanula, Bispo da Diocese de Itabuna. Durante a bonita festa em que o casal recepcionou parentes, amigos e irmãos equipistas, todos puderam perceber o carinho que os filhos, nora, genro, netos e os demais parentes devotam ao simpático casal, confirmando o que já sentíamos ao longo de muitos anos: A união da farm1ia fundada no amor cristão. Que o Espírito Santo, por intercessão de Maria, continue a iluminar esse casal fecundo em amor e fé. Lourdinha e Manoel CRR Bahia/Sergipe

••• Odete e Edilberto - no dia 2 de julho de 2005, em Eucaristia presidida por Frei Graciano, OAR, Conselheiro Espiritual da Equipe e do Setor, o casal recebeu bênção es-

pecial. Frei Graciano lembrou o testemunho que o casal dá à Comunidade e louvou a Deus e a Nossa Senhora pelo fato de esse casal ter feito chegar o Movimento das Equipes à cidade. Estavam presentes todos os seus filhos, netos, parentes e grande número de casais equipistas que vieram abraçá-los. O casal pertence à Equipe N. Senhora de Nazaré, e é o atual CR do Setor da cidade de Paraguaçu Paulista.

Ordenação Presbiteral Pe. Flávio Ferraz de Assis foi ordenado presbítero no dia 25 de junho de 2005, na Catedral Metropolitana de juiz de Fora/MG, pela imposição das mãos do Arcebispo D. Eurico dos Santos Veloso. Pe. Flavio é Conselheiro Espiritual das Equipes 30 e 39, N. Senhora Auxiliadora e N. Senhora da Penha, cujos casais agradecem-lhe o carinho e pedem a Maria que interceda junto ao Filho para que o abençoe e ilumine na sua nova caminhada de pastor. Aparecida e Márcio, Eq. N. S. Auxiliadora, Juiz e Fora/MG 26

CM 402


)ubi1eu de Prata de Equipe Celebramos, na fé e no amor, com uma Santa Missa e uma confraternização os 25 anos de criação da nossa Equipe 23/D, da Região Centro Oeste I. Dos casais da primeira hora (16/0811980), ainda perseveram Nilza e Marcos, Cármem e Leo e Marly e Francisco, aos quais vieram juntar-se, para compor a Equipe na hora presente, Regina e Célio (atual CRE), Susana e Mocelin, Rosângela e Francisco (atual CRS do Setor D da RCO I) e Ana Margarida e Antônio Carlos. Nosso SCE é o zeloso Pe. Antônio Edmilson, que nos acompanha desde quando era seminarista. Como acontece nas Equipes, também a nossa tem conhecido momentos edificantes, momentos esfuziantes, momentos de incompreensão, contrição e perdão ... momentos de chorar falecimentos e saída de irmãos ... momentos de mal-entendidos ... momentos de paz nas celebrações de Na tal e Páscoa em equipe. Regozijamo-nos com os serviços prestados ao Movimento por integrantes da nossa equipe ao Movimento: três CRS, um é o atual, dois Casal Ligação, um Casal Tesoureiro em três gestões,

um Casal Piloto e também Casal Expansão. Sinal de vitalidade da Equipe e de seu empenho em perseguir os objetivos das ENS! Por tudo damos graças a Deus, confiando em que nunca nos há de faltar proteção e a animação de Nossa Senhora do Bom Conselho, para seguirmos, de modo mais fiel, a Jesus Cristo, seu Filho e nosso Senhor, servindo-o na adoração ao Pai e no serviço de amor aos irmãos e ao nosso Movimento. Irmão equipista, reze também por nós, para que a nossa Equipe de vinte e cinco anos realize o voto que, em carta de 07/06/1983, o nosso saudoso fundador, Padre Caffarel, com sua "sacerdotal e afetuosa amizade", formulava a um dos nossos casais da primeira hora: "Que o seu lar (sua Equipe) seja uma 'pequena Igreja', em que Cristo, no meio de vocês e por vocês, não cesse de adorar o Pai de imensa majestade e de infinita ternura, e de interceder por este mundo enlouquecido". Magnificat! Magnificat! Marly e Francisco. Eq. 23D - N. S. do Bom Conselho Brasília/DF

Partiram para a casa do Pai • Laércio, da Nininha, no dia primeiro de junho de 2005. Integrava a Equipe N. Senhora Mãe Rainha, de Pesqueira/PE. • Veriato da Silva, da Iracema, no dia 8 de julho de 2005. Integrava a Equipe N. Senhora das Graças, do Setor D de Porto Alegre/RS. CM402

27


PRESENÇA DE MARlA Para compreender o lugar de Maria em nossa vida de oração, é mister considerar a prece de Maria. Presunçosa seria a nossa empresa se pretendêssemos imiscuirnos na intimidade de amor entre Deus infinitamente perfeito e a Virgem puríssima, neste inviolável Santo dos Santos. Tudo o que podemos fazer é conservar-nos no limiar, adorar em silêncio. Mas, sem profanar o mistério, não é interdito procurar entrever alguns aspectos dessa oração da mais santa das criaturas. E sobretudo, não julgueis a oração de Maria uma realidade perdida no tempo e no espaço. Nada é mais atual, mais ao nosso alcance. Ousemos aproximar-nos, penetrar na sua oração como se penetra no recolhimento de uma capela. Na presença da Augustíssima Majestade, ela, a pequenina filha dos homens, adora. Recolhamo-nos; aqui roçamos o Mistério ... Ela canta também, canta um puríssimo canto de louvor Àquele que se dignou inclinar-se para a sua pequenez e operar nela e por ela grandes coisas. Ela ora por seus inumeráveis filhos, ou antes, ora em nome deles o que é uma maneira excelente de orar por aqueles que se ama. Quantos desses filhos se esquecem do seu Deus, não se lembram de agradecer as suas liberalidades, de solicitar o seu perdão, de reconhecer a sua soberania. Felizmente a Mãe está aí e o que negligenciam fazer ela o faz em seu lugar. 28

Inteiramente atenta a cada um, ela intervém junto de seu Filho em favor de cada um, oferecendo a oração balbuciante de uns, a boa vontade tateante de outros; intercede por todos: pelo que sofre ou se acha ameaçado pela tentação, por aquele que resiste a Deus, por aquele que se aproxima da morte ... Ela ora à maneira das mães. Quero dizer que ela leva ao seu Deus os seus filhos, oferece-os à divina bondade, como outrora lhe apresentava nos braços aquele pequenino que era o Filho do Todo Poderoso. CM 402


À pergunta: que lugar ocupa Maria na oração dos católicos? Respondo, como se vê, falando primeiramente no lugar que ocupamos na sua. É que a nossa melhor oração é aquela que a Virgem faz em nosso nome e por nós. O cristão que quer orar comece, pois, por se ajoelhar junto de sua Mãe orante. Quando arrastado pelo recolhimento desta, entrar pela oração na companhia de seu Deus, é a vez de Maria de se fazer presente

na oração de seu filho. Porque se há um espetáculo na terra que comove e arrebata o seu coração maternal é ver um dos seus tentar falar ao Senhor e esforçar-se por ouvilo. E assim como se protege com as duas mãos a fragilidade de uma chama exposta ao vento, assim Maria, com a sua prece onipotente, protege a oração de seu filho.

Pe. Henri Caffarel em Cem Cartas Sobre a Oração

AVE, CHElA DE GRAÇA! Abençoa nossos lares e nossas famílias e faz delas a Igreja de Cristo, para que o mundo transborde de amor, compaixão, paciência, tolerância, verdade e alegria! Ampara-nos e protege-nos, Mãe! Acolhe-nos em teus braços matemos, pois somos como crianças amedrontadas e perdidas em sonhos e aflições! Ensina-nos a compartilhar, a cuidar, a perceber nosso irmão e a amá-lo com o mesmo amor incondicional com que nos amas! Mostra-nos, Mãe, o caminho que devemos seguir para encontrar a Cristo, bendito fruto de teu ventre! Alivia-nos as dores, Mãe, para que encontremos forças para continuarmos nossa caminhada e merecer a alegria de cumprirmos

CM 402

o que esperas de nós! Ensina-nos sempre a fazer o que Cristo nos disser e a perceber-nos construtores do Reino de Deus em nosso meio. Que tua presença seja sempre a nossa força e a nossa direção, para que possamos estar sempre mostrando àqueles com quem estivermos a tua face e o teu amor. Querida Mãe de amor, consagro-te minha família, meu trabalho e toda a minha vida, pois sou teu filho e quero, hoje e sempre, entregar-me totalmente a ti. Amém!

Geraldo Damiani da Dominique Eq. 14B N. S. do Bom Conselho Região São Paulo/Capital I

29


VAMOS A lOURDES! Como é bom quando, no nosso quotidiano apertado e pleno de coisas a fazer, conseguimos abrir espaço para nos debruçar sobre a história do nosso Movimento. São momentos maravilhosos em que podemos viajar através do tempo e viver, junto com casais irmãos da época, as emoções, desafios, dificuldades e sucessos próprios de cada momento da trajetória de nossas equipes brasileiras. Estamos falando de "Equipes de Nossa Senhora no Brasil - ensaio sobre seu histórico", escrito por D. Nancy Moncau. Não é um livro para ser lido somente; nele pulsa a vida do Movimento no Brasil. Nós o ganhamos da própria autora quando ainda integrávamos a antiga ECIR. Quantos depoimentos, testemunhos, reflexões, experiências relatadas, como é admirável a vida de nosso Movimento! Somos equipistas há quase 30 anos e cada dia confumamos nossa pertença: aqui é o nosso lugar, foi Deus que nos chamou para caminharmos nas equipes e com as equipes. Conta-nos D. Nancy sobre a 1• Peregrinação Internacional das Equipes de Nossa Senhora a Roma, em 1959, que sua participação e a de Dr. Pedro "foi uma vitória do auxilio mútuo", tiveram aí a "oportunidade de verificar o quanto esse ponto da rrústica do Movimento foi assimilado e vi vido desde os primeiros anos". Graças à solidariedade, própria de almas de oração e coração sincero, 30

D. Nancy e Dr. Pedro Moncau puderam participar do Encontro deixando seus filhos com outros casais da equipe que se prontificaram a cuidar deles. Conta-nos ainda D. Nancy que nada lhes faltou nem a sua faml1ia; tudo foi providenciado. O auxilio mútuo, ou entreajuda, foi vivenciado por aqueles primeiros equipistas na França durante a guerra. Eles carregavam os fardos uns dos outros para enfrentar aqueles tempos difíceis e situações dolorosas. Queridos irmãos, nosso Movimento nasceu na solidariedade e na partilha e sobrevive graças à contribuição de todos e de cada um de nós, do nosso serviço, da nossa adesão e, sobretudo, das nossas orações. Nas Cartas Mensais sempre são apresentados relatos de casais e conselheiros que puderam vivenciar a solidariedade dentro das Equipes e não poderia ser diferente! Nossa filiação divina nos chama à solidaCM 402


riedade. O Pai Nosso nos chama à partilha do nosso pão de cada dia. Agora, mais uma vez, aparece para nós a oportunidade de sermos solidários. Nós, inscritos para o Encontro Internacional de Lourdes, estamos contribuindo com uma taxa para a solidariedade para que a situação financeira de tantos irmãos, casais e conselheiros, não seja im-

pedimento à sua participação. Peçamos ao Pai do Céu, por intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, que a nossa generosidade contribua para a grandeza desse Encontro.

Regina e Cleber Casal Coordenador para o Encontro de Lourdes

. . .. .. .. ...... .. ... . .. ..... . .. . .. ... ... .

UMA GRANDE FAMlllA Estávamos comemorando grande bênção do Senhor, as bodas de coral, com uma viagem à França, mais precisamente em Reims, junto de nosso filho, nora e netinho. Aproveitamos para contatar com equipistas do berço do Movimento, e a bondade de Deus logo nos levou a conhecer Véronique e Jérôme, casal responsável pelo Setor, que nos presenteou com a "Carta Mensal" deles e nos recebeu para jantar, reunindo-nos com outro casal equipista, François e Marie Odile. Sentimo-nos em casa. Parecia que éramos velhos conhecidos; tínhamos tantas experiências a compartilhar (Como é o trabalho do equipista brasileiro na sua comunidade? Como levamos aos irmãos as graças recebidas no Movimento? Como são as Experiências Comunitárias? ...), tantas identificações que, mesmo de países tão distantes, línguas diferentes, culturas e costumes diversos, eles nos mostraram que somos uma mesma farru1ia ... parte da grande família das CM 402

"Equipes Notre Dame". O sentimento de pertença às Equipes nos toma realmente irmãos. Além da refeição, compartilhamos tantas experiências! Parecia estarmos em reunião de equipe, principalmente porque conosco estava o Senhor Jesus! Só Ele poderia dar-nos momentos tão ricos. Só mesmo sendo filhos da mesma Mãezinha alguém pode sentir-se assim tão em casa, mesmo longe do lar e da equipe de base. Que nosso testemunho possa incentivar todos a irmos a Lourdes, para vivermos esse sentimento de irmãos peregrinos no país onde nosso fundador, Pe. Caffarel, iluminado pelo Espírito Santo, reuniu-se com os primeiros casais que buscavam como nós a santidade no e pelo matrimônio. Iremos a Lourdes, nossa Mãezinha nos aguarda!

Ana e Adilson Eq. N. S. Mãe das VocaçõesFlorianópolis!SC 31


~ Ql a. ·:;

r:r

UJ

"'o

"O

'"'"' ·~ u

o

'"'"'~ t;

ª

BlCHO DE SETE CABEÇAS? Queridos irmãos equipistas: Estivemos reunidos nos dias 4 e 5 de junho para uma Sessão de Formação. Em um de seus pronunciamentos, Pe. Orivaldo falou que o Dever de Sentar-se é um projeto do Amor de Deus para nós, e nós, como casais, não podemos não aceitar esse projeto. Em um certo momento, chamou um casal para que desse um testemunho. Eles nos relataram, que em mais de 20 anos de equipe, o Dever de Sentar-se sempre foi um "bicho de 7 cabeças" para eles. Foi através dos ensinamentos do Pe. Orivaldo que puderam reconhecer a riqueza de estarem reunidos em casal na presença de Deus. O testemunho ficou registrado em meio a muitas 32

lágrimas, principalmente depois que o casal pediu perdão a Deus por ter passado tantos anos sem utilizar a graça do prazer do Dever de Sentar-se. Disse o esposo: "Se eu tenho tempo para jogar truco com meus amigos, pescar, assistir a futebol, e outras coisas ... por que não ter um tempo para realizar este importante PCE com minha esposa?" Foi depois de 20 anos que conseguiram entender e assimilar o verdadeiro sentido deste PCE. Portanto queridos amigos, nunca é tarde para começarmos.

Adriana e Eduardo (Dri e Du) Eq. 12 - N. S. Mãe de Deus e da Amizade - CRS Araçatuba/SP CM402


DEVER DE SENTAR-SE Vamos refletir um pouco sobre o que é e como se pode fazer o Dever de Sentar-se, que poderia chamar-se Prazer de Sentar-se, de acordo com o espírito, a mística e o carisma do Movimento. Já em 1945, assim se expressava Pe. Caffarel: "Cristo, no cap. 14 de São Lucas, convida seus ouvintes à prática do Dever de Sentarse. Um dever ignorado, neste século das pressas vertiginosas, que se torna oportuno preconizar. Antes de empreender a construção do seu lar, vocês confrontaram seus pontos de vista, pesaram recursos materiais e espirituais, elaboraram um plano. Mas, depois que lhe deram início, não teriam vocês esquecido de sentar para examinar a tarefa realizada, reencontrar o ideal previsto, consultando o Mestre da obra, Nosso Senhor Jesus Cristo? Conheço bem as objeções e dificuldades, mas sei também que a casa um dia acaba por desabar, quando não se cuida bem de sua conservação. Nos lares onde não se reserva tempo para refletir, a desordem material e moral se introduz e se instala freqüentemente. A rotina apodera-se da oração em comum, das refeições e de todos os ritos familiares. A educação reduz-se a reflexos dos pais, mais ou menos nervosos. A união se enfraquece. Essas deficiências e muitas outras se observam não somente em casais em formação, mas também naqueles que se consideram CM402

entendidos, e, na verdade, o são teoricamente". Pe. Caffarel fmaliza dizendo que, para evitar a rotina do lar, existe um meio poderoso: o Dever de Sentarse. Recomenda ao casal reservar em sua agenda, com antecedência, um encontro exclusivo do casal. E que considerem como sagradas essas horas, pois estará presente o Senhor Jesus Cristo.

Que é, então, o Dever de Sentar-se? É um momento especial que o casal desfruta para: • Celebrar o amor, renovando a graça do Sacramento do Matrimônio, o entusiasmo do amor inicial, soprando as cinzas acumuladas, reavivando as brasas do amor, consolidando a união; • Escutar a voz do Senhor, pela oração, leitura e meditação da Palavra de Deus, pela escuta e acolhida ao cônjuge; • Refletir sobre a caminhada do casal, dos filhos, da farru1ia; • Examinar, junto com o "Mestre da obra", as reformas de que a construção de nosso casamento necessita, para ela permanecer firme sobre a rocha, mesmo durante as tempestades; • Louvar e agradecer pela caminhadajá realizada, pelo progresso feito, pelas dificuldades vencidas, pelos dons que temos e colocamos juntos à disposição do Senhor; 33


• Traçar metas e objetivos para o futuro, para as próximas etapas da caminhada a dois, metas e objetivos que serão revisados; • Desfrutar o momento de comunhão, quando houver tempo, em silêncio, lembrados das palavras de Maeterlinck: "Ainda não nos conhecemos o suficiente, pois não tivemos ainda a coragem de nos calar juntos".

O Dever de Sentar-se não será nunca: • Um duelo entre dois oponentes, do qual só um, ou nenhum, sairá vencedor ... • Um escritório de cobrança, onde se é chamado a prestar contas ... • Uma oportunidade para que o mais esperto, inteligente, espiritualizado ... saia sempre ganhando, anulando o outro ... • Um tribunal, onde há juiz e acu-

Para refletir sobre a nossa caminhada com proveito, precisamos: • Conhecer-nos mutuamente, o que nunca terminaremos de fazer nesta vida. A pessoa humana sempre será um mistério e um mistério em transformação. • Saber escutar o outro, ouvindo-o com atenção, com amor, procurando compreender suas necessidades, angústias, alegrias, anseios. É bom cada um se perguntar: até que ponto estou sendo apoio para meu cônjuge, companheiro(a) de caminhada? Em que posso ser melhor? • Respeitar o outro, procurando entender o seu jeito de ser e de ver as coisas. Em primeiro lugar vamos valorizar as qualidades do cônjuge, sua doação, sua dedicação. Sempre haverá alguma coisa a corrigir, e o faremos com simplicidade, com amor, aceitando, primeiro, "tirar a trave que temos no nosso olho". • Lembrar sempre da presença de Jesus em nosso meio e de suas palavras: "Amai-vos como Eu vos amei" e 'Thdo o que quereis que os outros vos façam, fazei-o vós a eles." 34

CM402


sado. Mesmo Jesus, que está entre nós, não está como juiz.

Como podemos fazer o Dever de Sentar-se? Não há regras nem roteiros. Cada casal pode fazer do seu jeito. Estas são apenas sugestões: 1. Podemos começar com uma oração espontânea, pedindo ao Pai o dom do Espírito Santo, e a Je-

2.

3.

4.

5.

6.

sus que esteja presente, como prometeu, e nos ilumine. Pediremos ao Espírito Santo que abra nossos ouvidos, nosso coração, nossa mente e nos faça crescer em caridade conjugal. Podemos fazer, em seguida, a escuta da Palavra, que iluminará nossa vida e nosso Dever de Sentar-se, e uma breve meditação: Como estamos vivendo esta Palavra? Passamos, depois, a refletir sobre nossa caminhada de cristãos, casal, farm1ia, equipe, Igreja. Revisamos as metas e objetivos do Dever de Sentar-se anterior e os renovamos e reforçamos, ou estabelecemos novos. É interessante escrevê-los, para rever no próximo encontro. Podemos renovar nossas promessas mútuas de amor, fidelidade, doação. Jesus é testemunha e abençoa, com certeza. Encerramos com nosso louvor e agradecimento, que pode ser o Magnificat.

Deste modo, o Dever de Sentar-se poderá ser realmente um momento de graça, meio de crescimento do casal e de santificação a dois. Poderá ser prazer de sentar-se. Como é pelos frutos que se conhece a árvore, é pelos resultados que sentiremos quanto este PCE é importante, um dom do Espírito Santo ao Movimento.

Lurdes e Clemir Eq. N. S. da Saúde - Setor C Porto Alegre!RS CM 402

35


VALOR DA PAlAVRA Nos momentos de dor e preocupações Deus se nos revela, nos dá a graça de conhecê-lo mais, através de seus dons e testemunhos. Nada melhor do que procurar os seus ensinamentos no Livro Sagrado, a Bíblia. É nela que encontramos a firmeza e o consolo de que necessitamos. Nos momentos de angústia fui procurá-la; nos momentos de alegria e agradecimento fui procurá-la. Como é bom nos confortarmos com seus dizeres e mensagens. Como foi naquela noite em que meu filho estava em coma no hospital, com meningite, e eu esperando a noite passar para poder revê-lo na manhã do outro dia. O seu cérebro estava muito inchado e a febre não baixava ... Durante minha insônia daquela noite, procurei algum texto que me falasse alguma coisa, que me iluminas-

se. Na rrúnha procura encontrei em Mateus 8, 14-17 o relato da cura da sogra de Pedro que estava com febre e de outras curas de enfermidades ... No fmal da semana ó meu filho superou as horas de extremo perigo, a febre baixou e logo ele pode deixar a UTI, recebendo alta uma semana depois. Ainda hoje damos glória e louvor a Deus por Ele ter permitido que nosso filho voltasse para casa, sem seqüelas, sadio e forte. Hoje, meu filho, está com vinte e um anos, estudando, trabalhando, vivendo com saúde e vigor. Na Bíblia encontramos a Palavra de Deus. A ela podemos nos entregar e dela nos abastecer sempre.

Maria do Socorro do Edivanil Eq. 8 C, Maria Mãe Educadora Londrina!PR

Querido irmão Equipista: Nossos irmãos leitores da Carta Mensal esperam por seu testemunho de vida equipista. Se a prática do Dever de Sentar-se produziu uma mudança profunda na sua vida conjugal, você poderia partilhar conosco, sem revelar segredos, é claro. Ou quem sabe, depois de anos fazendo a Regra de Vida a cada mês, você teria um valioso testemunho para a edificação de todos nós. Ou talvez tenha sido através de um retiro que Deus lhe fez sentir o chamado forte de conversão. Um depoimento sobre a Oração Conjugal, a Escuta da Palavra ou a Mediação com certeza também ajudará a muitos. Estaremos aguardando o seu artigo.

Equipe da Carta Mensal 36

CM 402


PONTO CONCRETO DE GRAÇA Queridos irmãos equipistas: É com grande alegria que partilhamos a nossa primeira participação em um retiro espiritual das Equipes de Nossa Senhora. Louvamos a Deus por esta oportunidade, fonte de graça e conversão! O retiro organizado pelo Setor C da Região Minas I aconteceu nos dias 17,18 e 19 de junho de 2005, em Juiz de Fora. Fizemos parte de uma família composta por 51 casais, do setor C e outros setores, sob a orientação do Padre Roberto. Nossa expectativa era grande: Como seria essa experiência? Sobre o que refletiríamos? Já na chegada, a acolhida, cada detalhe tão cuidadosamente preparado logo nos cativou. Um ponto já estava claro para nós: não sairíamos daquele lugar da mesma forma que chegamos. Nossa alegria também se estendeu ao fato de estarmos participando do Retiro, junto com os outros cinco casais de nossa Equipe, que tanto nos incentivaram. Padre Roberto trabalhou conosco o tema O Itinerário da Fé Pascal, buscando na leitura gradativa do Evangelho de São Lucas 24,13-35 (Os discípulos de Emaús) colocarnos neste caminho: fazer a leitura de nossa vida à luz da Palavra de Deus. A cada reflexão e deserto sentíamos, com emoção e intensidade, a voz do Senhor nos chamando a experimentar sua presença viva, num momento de extrema intimidade com o Ressuscitado. CM 402

---O clima de silêncio e oração, simplicidade e alegria foram marcantes. O Momento Mariano e a Santa Missa foram momentos fortes de oração. Percebemos que o Retiro é um tempo privilegiado para passarmos com o Senhor, para falar-lhe de nossas vidas sim, mas, principalmente, para escutá-lo. Participar do Retiro foi um presente maravilhoso para nós.

Cátia e Robson Eq. 1O - N. S. do Rosário Setor C - Juiz de Fora!MG 37


O CASAl PllOTO Deus tem sido muito bom conosco. dois casais que saíram de nossa Pilotar, para nós, é um presente de equipe: um porque mudou de cidaDeus. A cada momento Ele nos sur- de, outro porque Deus abriu-lhe novo preende com novas descobertas. Pi- caminho. Nossa equipe não deixou lotamos equipes há alguns anos, em de amá-los. Nós continuamos a nossa cidade e em outras também. visitá-los ou telefonamos para eles A cada equipe pilotada ganhamos nas datas mais importantes e nas novos irmãos. Como é bom vê-los suas dificuldades. O amor que nascaminhando e perceber as maravi- ceu entre nós não pode morrer, telhas que o Pai faz no Movimento. mos que alimentá-lo. Sabemos que somos Ao sabermos do desapenas "servos inúteis" ligamento de um casal, à Sua disposição, mas quase sempre fazemos O amor que Ele que nos perdoe, pois contato com eles. Pronasceu isto nos dá um sentimencuramos não invadir a to tão gostoso de ter sua privacidade, mas nos entre nós participado deste Seu colocamos como casal serviço. Que bom que amigo. Com raríssimas não pode esses casais descobriexceções, percebemos morrer, ram as maravilhas que que eles sofrem com a Deus pode fazer nas perda da equipe, muito temos que suas vidas, como o oleimais pelo abandono do ro que molda o barro. que pelo fato de terem alimentá-lo. As equipes pilotadas saído do Movimento. O por nós nunca foram desligamento da equiperdidas aos nossos olhos e às vezes pe deve ter sido causado por um um ou outro casal nos visita ou os en- motivo relevante, mas não há justicontramos ou mesmo os visitamos. Se ficativa para que o abandonemos. É claro que estes casais desligaalgum se desliga das Equipes, ficamos muito tristes. Há casais que saem do dos não devem saber o que aconteMovimento porque não é este o seu ce em nossas equipes, pois o nosso caminho, buscam outros. O Pai do sigilo é imperioso, existem, porém, Céu, que acolhe os corações since- outros assuntos que podem contiros, o encaminhará a outra forma de nuar compartilhados. busca da santidade. Visitemos nosso ex-irmão de equiSabemos de inúmeros casais que pe... Isto também faz parte do espírito saíram de suas equipes, mas estas de acolhida aprendido no Movimento. nunca os abandonaram e ficamos Berenice e Marcos felizes por isto, pois é o que aprenCasal Piloto - ]acareí/SP demos no Movimento. Nós temos 38

CM402


AlEGRIA DE SER EQUlPlSTA "Tu, porém, continua firme no que aprendeste e de que tens certeza. Tu sabes quais foram os teus mestres." (2Tm 3 14)

Nossa vivência como equipistas já vem de longa data ... Recebemos o convite para começar uma caminhada, que depois se tomaria a Equipe Nossa Senhora das Graças. Recordar é trazer a vida de volta ao coração ... e hoje, recordando todos esses anos de troca de experiências, de oração, de partilha, percebemos a beleza do estar junto e do quanto é gratificante conviver com quem tem um ideal: o ideal de viver a busca da santificação. A equipe é este espaço que nos foi presenteado por Deus para viver nossa santidade. E queremos voltar o nosso olhar para o Criador, procurando enxergar quantas maravilhas Ele nos deu. Quanta coisa aconteceu para que nossa história de marido e mulher na equipe viesse a se concretizar. Quantas graças recebemos junto a nossos amigos, nossas famílias. Percorremos esse caminho equipista, saboreando a doçura do amor que vem carregado da estima, amizade, companheirismo. Caminho que vem pavimentado de afeto e carinho. Caminho construído pela transparência da vida dos casais, companheiros e amigos! Caminho carregado de espiritualidade conjugal, que brota da fé vivenciada nas alegrias, tristezas, realizações, dificuldades da vida a dois. CM 402

Grande companheira, nossa Mãe Maria! Fiel caminheira no seguimento de seu Filho Jesus. Educadora de nossa fé e primeira catequista. Com ela aprendemos a fazer o caminho de Jesus. Com ela humildemente cantamos: O Senhor faz em nós Maravilhas, quando, sem muitas hesitações, lhe dizemos o nosso sim. Equipe de Nossa Senhora: Lugar do "Sim"! No coração de nossas equipes está Maria, a grande mulher e mãe, e com ela todos os que testemunham a fé na mensagem de Jesus! Queremos continuar vibrando de alegria pela nossa equipe. A beleza da amizade, do encontro ... a bela proposta da espiritualidade conjugal. .. Que o Senhor seja nossa força nesta caminhada! Que nós e os outros casais continuemos entoando unidos um canto de esperança. Esperança que leva a atos de solidariedade, paciência, amor mútuo, perseverança.

Rita de Cássia e Carlos Henrique Eq. N. S. das Graças I Setor C Pouso Alegre-MG Extraído do Boletim "Enviamos", Região Minas III ]an-maio 2005 39


A, GRAÇA DE PERTENCER AS EQUIPES DE JOVENS DE NOSSA SENHORA O movimento das EJNS de Niterói começou em maio de 1996, sob a orientação de jovens do Setor Juiz de Fora. E de lá para cá, tivemos participação como casal formador das EJNS em Niterói, casal acompanhador do Setor Rio e casal acompanhador da primeira equipe de base, Nossa Senhora Rainha da Paz, da qual tivemos a felicidade de cumprir um período de intensa participação. Ajudamos a formar mais equipes em Niterói, incentivamos a criação de equipes em São Gonçalo, Rio de Janeiro, Piabetá e Teresópolis. Foi um crescimento intenso, aprendemos muito com todos os jovens, suas dúvidas, questionamentos, retiros e riqueza espiritual, assim como com os sacerdotes orientadores que estiveram conosco nesta experiência de vida e graça através do Movimento. Quando, após cinco anos, a nossa equipe acabou, em razão de todos os participantes (jovens de 25 a 30 anos) terem contraído matrimônio, pensávamos que havíamos concluído nossa missão. Mas Nossa Senhora nos chamou para acompanharmos outra equipe, a Equipe de Jovens de Nossa Senhora Aparecida. Não foi possível dizer não ... Estamos felizes por mais uma oportunidade que Deus nos dá de agradecer pela graça de conviver com jovens de uma espiritualidade forte, na 40

caminhada pela fé e partiCipação na Eucaristia e na Igreja. Na Equipe há 3 jovens ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, urna benção! Obrigada Mãe Santíssima por nos acolheres sempre através dos jovens que te amam e a teu filho Jesus. O casal acompanhador é preferencialmente um casal das Equipes de Nossa Senhora. Fazemos um convite aos casais das ENS para que também aceitem ser casal acompanhador de uma equipe de jovens. Com certeza, graças não lhes faltarão. Salve Maria!

Agnes e João Francisco Casal acompanhador da Eq. Jovem de N. S. Aparecida Niterói!RJ CM402


INTERCESSORES Em 1960, o Pe. Caffarel, certamente inspirado pelo Espírito Santo e preocupado com a fidelidade do Movimento ao carisma fundamental das Equipes em face de sua crescente expansão pelo mundo, fez um apelo para que se oferecessem voluntários como "Vigilantes", pararezar pelas intenções do Movimento. Aqui no Brasil, cremos que as adesões começaram por volta de 1970. Eram casais que participavam dos quadros do Movimento e que, da meia-noite às seis horas da manhã, em casal ou individualmente, sucediam-se na oração. Era uma oração de uma hora, uma vez por mês. Em 1978, Marie d' Amonville, que com o Louis, eram os responsáveis pela ENS no mundo, deu-nos o seguinte testemunho: "São três horas da manhã, soa um despertador e uma luz acendese na noite! Porque será que Jean e Béatrice se levantam? Para que encontro urgente foram convidados a esta hora da noite? Quem vão encontrar? E por quê? Levantam-se para tomar a vez, no turno que se encarregaram de fazer. Eles vão silenciosamente, sem que ninguém os perceba, vigiar durante uma hora; durante uma hora vão orar; eles obrigaram-se a ter todos os meses este encontro com o Senhor. Porquê? Porque ouviram esta palavra: 'Não podeis velar uma hora cornigo'? ... e porque eles sabem que são ouvidos pelo Senhor. CM402

Mas, por quem vão pedir? Por todos nós. Para que cada um dos nossos casais saiba que pode, em caso de necessidade, contar para si e para os seus filhos, para todos os amigos com a prece contínua dos irmãos e, igualmente, para que o Movimento corresponda à sua vocação no Mundo". Mas essa oração, como um ruído no grande silêncio da noite, vai ouvir-se muito longe ... Se eles pedem por nós, que nos propomos ser testemunhas do Amor, que queremos que o nosso amor seja o reflexo dum outro Amor; eles pedem também por todos aqueles que não compreendem o pensamento de Deus sobre o amor humano, para a multidão dos "pobres" espalhados no universo que, sem o saber, necessitam desta oração. Se vos falei de turno, é porque Jean e Béatrice não estão sozinhos: mais de 400 intercessores - casais, pessoas individuais, sacerdotes, religiosos e religiosas - aceitaram voluntariamente cumprir esta missão. E desde os idos de 1970, estacadeia de oração noturna é assegurada sem descontinuidade. Estes mais de 400 intercessores -só no Brasil- pedem-nos, presentemente, não que os substituamos, mas que aumentemos o seu número. Eles são e conservam-se uma minoria, não representando mais que uma pequena porcentagem no Movimento. Mas no mundo que nos rodeia, eles sentem quanto o amor 41


Esta humilde oração,

aparentemente pobre, vai permitir que se realizem maravilhas. humano é desprezado, quanto está em perigo e pretendem que reforcemos com eles a muralha para proteger a nossa geração. O Intercessor não é, com efeito, o que vigia a muralha, na brecha, como o refere admiravelmente Ezequiel? Ouçamo-lo: "Procurei entre eles alguém que construísse um muro e que se conserve de pé, sobre a brecha, à minha frente, para defender o País, e impedir-me de destruí-lo ... " (22, 30) Os nossos vigilantes são essas mulheres e esses homens de pé sobre a brecha à frente do Senhor. Mas, vendo a situação degradar-se, pedem-nos reforço. Eles perguntamnos se, dentro do Movimento, não poderemos encontrar outros voluntários que se encarreguem de assegurar, com regularidade, uma hora de oração noturna com eles, voluntários para fazer um dia de jejum por mês, voluntários entre os "sofredores" para oferecer a sua prova temporária ou defmitiva? Alguns entre nós sentem-se, certamente, chamados a um apostolado mais ativo, é normal, é indispensá42

vel. Mas que não esqueçam que a ação é indissociável da oração. Sem esta, caímos no ativismo. Outros, pelo contrário, não podem agir como desejariam porque a doença, os filhos ou alguns encargos os paralisam temporariamente ou defmitivamente. Mas todos temos sempre à nossa disposição o meio eficaz - aqui podemos falar de eficácia - a oração. Esta humilde oração, aparentemente tão pobre que por vezes a julgamos "ralada", vai permitir que se realizem maravilhas. Não esqueçamos: "Orar é simplesmente dizer "sim", contemplar, dar graças e conservar-se de pé, e estar presente na brecha". Aqueles que se associarem a esta grande cadeia de oração, receberão, de tempos em tempos, uma carta para ajudá-los na oração, e esta carta será acompanhada de intenções particulares que lhes serão confiadas. Paralelamente, propomos a todos aqueles para quem o fardo é demasiado pesado que enviem as suas intenções ao: Secretariado das Equipes de Nossa Senhora Rua Luis Coelho, 308 so andar - cj 53 • São Paulo E-mail: secretariado@ens.org.br Telefone: (11) 3256.1212. Às vezes são casos urgentes. Para estes, utilizar-se do e-mail: djesus@ osite.com. br Os que atenderem a este apelo podem inscrever-se no endereço acima, informando o dia e horário CM402


escolhidos e qual será a sua intercessão: uma hora de oração noturna, ou qual o dia de jejum ou a oferenda de um sofrimento. Também podem optar pela junção de duas ou das 3 modalidades. É importante salientar que poderão inscrever-se pessoas casadas ou não, façam ou não parte do Movimento. Assim procedendo, estaremos respondendo ao desejo que o Papa Paulo VI nos dirigiu em 1976: "Um número incalculável de casais ficarvos-á reconhecido pela ajuda que lhes proporcionais". Não podemos, com efeito, atingir cada vez um maior número de casos, para testemunhar a Boa Nova de Jesus Cristo, a não ser aumentando, paralelamente, o número dos intercessores. A inscrição dos interessados é indispenável, a fim de que possamos ter noção da distribuição notuma dos intercessores, além de poder remeter-lhes, de três em três meses, a "Carta aos Intercessores" juntamente com as intenções que lhes são confiadas. Esta Carta vem da França, é traduzida e é sempre muito rica de doutrina e ajuda-nos muito a perseverar na nossa missão. Ser intercessor na Igreja, hoje, é crer e manifestar que tudo é possível a Deus, é ocupar CM402

um lugar- certamente oculto- ser uma lâmpada acesa. É entrar nessa grande corrente de homens e mulheres de oração que rezam para a glória de Deus e para a salvação do mundo. Pensamos que essa pequena chama da nossa humilde oração percorre o mundo, passando de mão em mão, acesa e mantida pela mão do próprio Espírito Santo. Vivemos assim o mistério da comunhão dos santos. Somos um elo da enorme cadeia daqueles que nos precederam e daqueles que virão depois de nós. De seus irmãos em Cristo,

Dirce e Rubens de Moraes Responsáveis pela Coordenação dos Intercessores no Brasil

43


-

O SENTIDO CRlSTAO DO TRABALHO Desde tenros anos aprendi que é preciso trabalhar. Seja dentro de casa, como fora, na criação de animais, na lavoura. Há cinqüenta anos atrás jamais alguém interrogou sobre a legitimidade de menores trabalharem. Mas posso garantir que era um prazer estar ajudando os pais, aprender a se defender na vida e junto com eles ver os animais crescerem, as plantações produzirem abundantes frutos. E ninguém pense que os estudos eram negligenciados. Naqueles tempos se aprendia desde cedo que é preciso ter respeito a Deus, adorá-lo, pedir-lhe perdão dos pecados e obter pela oração a bênção para os empreendimentos. A vida era visceralmente religiosa, embora a oração de louvor não merecesse tanta atenção. Olhando retrospectivamente sobre essas atividades nos albores da vida, praticadas nas comunidades rurais, reconheço que a vida religiosa e as atividades produtivas eram consideradas ocupações distintas, onde uma tinha pouco a ver com a outra. Assim, o "culto" dominical, a oração da noite, a oração antes das refeições eram olhados antes como deveres e não como agentes motivadores da vida. Hoje a Igreja nos exorta a unirmos fé e vida. Nos dias atuais, olhando a vida que os fiéis levam, percebo que há alguns que têm uma visão empobrecida da religiosidade, como também outrora havia uma sintonia incom44

pleta entre o crer e o agir prático na vida. A impressão que me dão alguns irmãos de caminhada é que eles empatam toda a sua religiosidade em cima do louvor a Deus. "Aos que me honram, eu os honrarei" (1 Sam 2,30). Esta verdade, afirmada pela Bíblia, parece levar muitos a uma simplificação redutora. Parece que querem obter a misericórdia divina e a bênção para suas vidas através de uma simples atitude oracional. Jesus já havia explicado que dessa forma não se

Mulheres e homens que trabalham diariamente para obter seu próprio sustento e de suas famílias desenvolvem a obra do Criador, favorecem seus irmãos e contribuem para a realização do desfgnio de Deus na história (GS, 34). CM402


atinge a bênção para a vida de farru1ia, nem a pessoa se torna útil para o semelhante. "Não é todo aquele que me diz Senhor, Senhor que entrará no Reino de Deus" (Mt 7, 21). Então, o que falta? Não se deve considerar que o Pai Celeste é alguém que se deixe "enrolar" com belas palavras, ou até seduzir. O perdão existe. A bênção poderá ser dada em abundância. Poderá haver prosperidade e uma sociedade dinâmica e organizada. Mas não na conversa, ou até na enganação. Neste ponto Deus é intolerante. O que precisa haver é um grande amor pelo trabalho, colocado em paridade ao lado da oração. É o louvor perfeito. Só assim o fiel se poderá considerar um protegido do Altíssimo e destinado para a salvação. A bênção só virá, a par da religiosidade, através de um trabalho diligente, honrado e incansável. Se alguém quer alcançar as promessas bíblicas da prosperidade, alcançar um bom nome e ser útil para os outros, é somente através de uma dedicação permanente. Assim, o ser humano se torna sócio do Criador, "dominando a terra" (Gen 1, 22). Sem trabalho honrado, livre de roubos, distante da corrupção, o fracasso é certo. Sem o amor perCM402

manente pela laboriosidade, haverá a indolência, a cobiça "pelas coisas alheias", o jogar a culpa das desgraças em cima dos que trabalham. E como resultante indireta, o bom trabalhador terá em si a autoconfiança, porque se sabe protegido do Alto. "Do trabalho de tuas mãos comerás tranqüilo e feliz" (Sl128, 2). E como não se sensibilizar pelo exemplo divino? "Meu Pai continua trabalhando até agora, e eu também trabalho" (Jo 5, 17).

Dom Aloísio Roque Oppermann scj Arcebispo de Uberaba, MG Extraído de www.arquidiocesepoa.org.br 45


O CAMlNHO lÁ DE CASA ... Hoje eu passei por um caminho margeado por uma imensidão de flores. Automaticamente me transportei para os verdes anos da minha infância. Aquelas florzinhas eram idênticas às que marginavam o caminho lá de casa ... Curiosamente o que mais me marcou não foi a lembrança das florzinhas violeta, mas o menino que as contemplava. Ele tinha um olhar pleno de satisfação, ao mesmo tempo fagueiro e leve como uma pluma. O coração daquele menino era tranqüilo e seguro, na sua inocência própria de menino. E ele observava, atento, as abelhinhas no seu trabalho de entrar em cada flor para extrair o adocicado néctar; as borbo46

letas esvoaçantes e, aqui e acolá, um beija-flor com seu longo bicode-agulha a "beijar" as flores. Segui o meu caminho margeado de florzinhas violeta, mas aquela sensação de segurança e tranqüilidade já não estava mais presente em meu coração. Ficou apenas uma angústia, um incômodo. Uma necessidade de ser cada vez mais rápido. Um sentimento de impotência diante de tantas coisas que tenho que fazer e que não "dou conta". Uma insegurança, um medo de perder o que já foi conquistado. Medo de arriscar, medo de ousar. São tantas as barreiras, tantos os empecilhos, tão longos os caminhos! Para onde terá ido aquele menino? Por que ele se foi? Por que ele CM 402


não pára mais para contemplar as flores e os pássaros? Será um contra-senso? Justo agora que ele cresceu, passou a ter medo das abelhas, medo de cobra, medo do sol, medo, medo, medo ... Para onde terá ido sua inocência? Será que a perda dela é que lhe causou tudo isso? Aquele menino era ávido por observar tudo. Quanto mais observava mais consciência tinha, quanto mais consciência, mais vontade de conhecer... Será que foi a consciência que acabou por tirar-lhe a inocência? Na sua inocência ele apenas se entregava, pois confiava no papai, na mamãe, nos titios, nos professores, nos anjos, em Deus ... Mas, todos estes sentimentos não deveriam ter crescido junto com o menino? Parece que ele perdeu também a sua fé. O mundo deu-lhe dúvidas e incertezas e ele foi deixando de lado sua fé plena, de menino, e passou a ter uma fé superficial, uma fé intelectual. A pressão negativa da mídia através de todos os meios de comunicação, somada à pressão da sociedade, acabaram enjaulando o pobre menino nas suas próprias conjecturas e cismas. O trecho de caminho margeado por flores ficou para trás, o que me fez voltar à realidade, mas a imagem daquele menino não me sai da mente. Enquanto sigo o meu caminho, penso agora nas pessoas com quem convivo em minha casa, no meu trabalho, na Igreja, nas Equipes de Nossa Senhora ... CM402

Onde andarão os meninos e meninas que cada um foi outrora? Estarão igualmente enjaulados e atolados em cismas, preconceitos, receios, temores e dúvidas? São tantas as dificuldades ... Sinto que é necessário que todos deixemos "sair para fora" os meninos e meninas que estão dentro de nós. É preciso que recobremos a nossa confiança no "Papai do Céu". É preciso que voltemos a acreditar na "Mãezinha do Céu", para assim, seguros, voltarmos a ousar sem temor, por sabermos que estaremos sempre amparados e protegidos por Deus, seu Filho Jesus e todos os anjos dos céus. Não podemos esquecer que Jesus disse: "Deixai vir a mim as criancinhas" ... Sim, as criancinhas. Elas são rápidas em perdoar e em aprender. Fáceis em se socializar, autênticas ao se comunicarem, puras nos sentimentos, objetivas na busca e criativas em tudo que fazem. É preciso que recobremos a capacidade de nos alegrarmos pelo simples fato de estarmos vivos. É preciso que voltemos a acreditar em um mundo melhor, mais pacífico. Como nos faria bem recuperarmos a tranqüilidade e a serenidade para podermos parar um pouco e nos encantarmos novamente com a beleza das "florzinhas" que enfeitam o "caminho lá de casa".

Ademir (da Lili) Eq. JOD- N. S. da Paz Fortaleza/CE 47


É COMO AÇÚCAR "Um certo dia, a professora querendo saber se todos tinham estudado a lição de catecismo, perguntou às crianças quem saberia explicar quem é Deus? Uma das crianças levantou obraço e disse: - Deus é o nosso pai, Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele. A professora, querendo buscar mais respostas, foi mais longe: -Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viram? A sala ficou toda em silêncio ... Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse: - A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs, eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor.

I

Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica sem sabor. A professora sorriu, e disse: -Muito bem Pedro, eu ensinei muitas coisas a vocês, mas você me ensinou algo mais profundo que tudo o que eu já sabia. Eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida!" A sabedoria não está no conhecimento, mas na vivência de DEUS em nossas vidas, pois teorias existem muitas, mas doçura como a de DEUS não existe ainda, nem mesmo nos melhores açúcares ...

Colaboração Vitalina e Paulo Equipe 9 - N. S. das Graças Pederneiras/SP

A PEDRA O distraído nela tropeçou ... O bruto a usou como projétil. O empreendedor, usando-a, construiu. O camponês, cansado da lida, dela fez assento. Para meninos, foi brinquedo. Drummond a poetizou. Já, David matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura... E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem! Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.

l 48

Autor Desconhecido - enviado por Maria Emt1ia e Luiz Antonio Região Rio III- Eq. 250403 CM 402


Meditando em Equipe É interessante aproveitar o mês de setembro, dedicado à Sagrada Escritura, para refletir sobre a Palavra de Deus. Livro inspirado, a Bíblia nos comunica a palavra da vida, além de mostrar os desígnios de Deus para com a humanidade. Daí, é proveitoso cada um se questionar sobre a repercussão da Palavra de Deus em sua vida pessoal e, também, na de casal.

Escuta cla Palavra em Ez 3, 1-4. Sugestões para a meditação: 1. Qual é a importância que dou para a Palavra de Deus em minha vida? 2. Qual é a repercussão da Palavra de Deus em minha vida? 3. Como a Bíblia ilumina a nossa vida de casados e a vida familiar? Pe. Geraldo

........ ..... .. .. .... .... ...... ...... ...... Oração litúrgica (Salmo 119,9-24)

Como poderá um jovem manter conduta irrepreens ível? Cumprindo tua palavra . Procuro-te de todo o coração : não deixes desviar-me dos teus mandamentos! No coração conservo tua palavra para não pecar contra t i. Bendito és tu, Senhor: ensina-me tuas prescrições! Enumero com os lábios, todas as sentenças de tua boca . Encontrei alegria no caminho de tuas leis, como no acúmulo de riquezas. Meditarei em teus preceitos e contemplarei tuas veredas. Deleito-me em tuas prescrições, não esquecerei tua palavra .

Concede este favor a mim, teu servo: deixa-me viver na observância de tua palavra! Abre meus olhos para eu ver as maravilhas de tua lei . Sou um peregrino na terra: não me ocultes teus mandamentos! Minha alma se consome, sempre ansiosa de teus decretos. Advertiste os soberbos, os malditos que se desviam de teus mandamentos . Aparta de mim o insulto e o desprezo, porque tenho observado tuas leis. Ainda que os príncipes se assentem para confabular sobre mim, teu servo medita em tuas prescrições. Tuas leis são minha delícia, minhas conselheiras .


Feliz a inspiração de reunir numa só obra os ensinamentos e reflexões com que o Padre Flávio brindou os equipistas quando Conselheiro Espiritual da Super-Região. Agora todos poderão deleitar-se com suas sábias palavras sobre amor humano e amor divino, sexualidade e espiritualidade ... O livro está à disposição no Secretariado Nacional das ENS. Adquira-o e boa leitura!

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-902 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 E-mail: secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br Home page. www.ens.org.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.