EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°408 • Maio 2oo6
EDITORIAL Da Carta Mensal .... ..... ...... ... ....... ... 0 1 SUPER-REGIÃO O Rosário ................ ........ .... .... ....... 02 Anos de Graças e Bênçã os! ........... 03 O Alcance Un iversa l da Fé ............. 04 VIDA NO MOVIMENTO A Experiência dos EACRE.... ........... 06 FORMAÇÃO Retrato de Crist o Jesus ............ ...... 22 TEMPO DA IGREJA Celebrando o trabalho .... .... .......... 26 Retrato de mãe .............................. 27 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ........................... 28
Testemunho de um Peregrino ...... ............ ........ .. 34 Preparando o Espírito ............ ........ 34
PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Escutar com o Coração ............ ...... 3 5 Escuta da Pa lavra ........ .... ............... 37 Esforço com amor ...... .. ........... .. .... 40 Leite e Mel? .... ...... .............. .. ........ . 41 TESTEMUNHOS Casal Responsável .. .......... .. ............ 42 Só para Pessoas Fenomenais .... .. .. . 42 Acred itar, Confiar, Agir .. .. .. .. .... ...... 43 Quem dizem os homens que eu sou? .. .. ........................ .. ..... 44 Descoberta de Cristo pelas mãos de Maria ........ .. .... ....... 45
MARIA O Nome de Maria ...... .. .......... .. ...... 31 Sacrário de Jesus ...... .. ... ........ ........ 32
ATUALIDADE A Cruz do Matrimônio ................... 47
ENCONTRO DE LOURDES Vamos a Lourd es! .. .. ...... .... ............ 33
REFLEXÃO Rotina ............................................. 48
Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa" n• 219.336 livro 8 de 09. 10.2002
Avani e Carlos
Clélia e Domingos Luciane e Marcelo Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz 8.
Ha ckmann
Edição: Eq uipe da Carta Mensal
Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (nul> 19835)
Graciere e Gambim (responsáveis)
Projeto Gráfico: Alessandra Carignani
Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turia ssu, 390 - /I" andar. <:i- 115- Perdizes- São Paulo Fone: (Oxxll) 3677.3388 Foto capa: Avelino Gambim. Maria Imaculada Rainha do Sertão. Quixadtí/CE Impressão: Cly Tiragem desta edição: 18.400 exemplares
Canas, colaborações, notf·
cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:
Carta Mensa l R. Luis Coelho, 308 5° andar . conj. 53
01309-902 • Siio Paulo- SP Fone: (Oxx /1) 3256. 1212 Fax: (Oxx /1) 3257.3599 cartamensal@ens.org.br
NC Graciete e Gambim
Queridos Irmãos e Irmãs:
Apresentamos mais uma edição Cristo nos faz constantemente: da Carta Mensal, enriquecida esta "Quem dizem os homens que eu com as vivências e ensinamentos ex- sou?" e "E vós, quem dizeis que eu perimentados nos EACRE pelo Bra- sou?". A terceira parte da palestra sil inteiro. Nem todas as 45 regiões o "Retrato de Jesus", que Pe. Frei escreveram, e nem era necessário, Avelino vem apresentando para nós, pois os testemunhos, as reflexões e com certeza ajudará nosso coração as resenhas sobre estes encontros a dar as respostas a Jesus, em nossão representativos das sete provín- sas confidências com o coração de cias, levando-nos a sentir quão im- Deus. Quanto melhor a segundaresportantes são estes encontros de for- posta, mais nos sentiremos impulsiomação e orientação à vida do Movi- nados à missão, a fim de que mais mento, ou melhor, para a caminha- pessoas possam, iluminadas pelo da dos casais equipistas na busca Espírito Santo, responder corretamente à primeira pergunta, pois toda da santidade conjugal. Estamos no mês de maio, dedi- a humanidade é chamada à fé, nos cado a Maria, Mãe de Jesus- o Cris- escrevem Sheila e Francisco. Os PCE são-nos auxílio para to, Homem e Deus - e nossa Mãe. Frei Avelino nos conduz à reflexão conhecer o Cristo, particularmente sobre o Rosário e nos motiva a con- a Escuta da Palavra, a Meditação e templar os mistérios de Cristo, dos o Retiro. Nesta edição, artigos aniquais são inseparáveis os mistérios mam a nos determos sobre os texde Maria. Graça e Roberto lembram tos sagrados para, ultrapassando as os 56 anos das Equipes de Nossa letras, escutar o próprio Deus que Senhora no Brasil, ocasião para lou- nos fala, tomando o nosso interior var e agradecer a Deus as bênçãos disponível aos apelos do seu amor. Edificam-nos, ainda, os belos por Ele derramadas através do Motestemunhos de vida equipista e vimento. Em maio, ainda, comemode engajamento pastoral. Por fim, ramos o Dia das Mães. Toda mãe evoca saudade de um colo acolhe- Padre Geraldo, ao ensejo do mês dor e ergue-se para nós como sinal de maio, convida-nos a refletir de esperança. Parabéns às mães sobre a relação de Jesus com a equipistas, às mães dos equipistas, mulher, parâmetro de nosso comàs mães dos Sacerdotes Conselhei- portamento. Que a leitura da Carta possa ser ros Espirituais e às mães filhas de um escutar os irmãos. equipistas! Animados pelo EACRE, estamos Graciete e Avelino Gambim mais empenhados neste ano em resEq. da Carta Mensal ponder a duas perguntas que Jesus
OROSÁRlO Caríssimos casais e conselheiros: Paulo VI, entregando um Rosário a uma pessoa devota, disse: "Esta é nossa força!". Em 2002, João Paulo II lançava a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae para o mundo católico. Foi surpresa geral: Negativa para quem pensava ser uma oração ultrapassada. Mas para muitos, surpresa feliz. A falta de compreensão do que é o Rosário, tão estimado por João Paulo II, que fez dele sua devoção predileta e fonte de sua piedade e amor a Maria, foi a única razão das diferentes surpresas. O Tatus tuus explica tudo. Um Papa contemplativo e fidelíssimo na prática da oração, alimentada nos mistérios do Rosário, fez dele um apóstolo incansável. Os apelos a essa devoção foram muitos em seu pontificado! Mas o maior vem do testemunho pessoal. Um papa que já tinha exortado a começar tudo "a partir de Cristo", a "avançar para águas mais profundas", agora pede que nos coloquemos na Escola de Maria, pela oração do Rosário, contemplando os mistérios de Jesus, inseparáveis dos mistérios de Maria. E, para que chegássemos a um conhecimento mais profundo das riquezas do Rosário, proclamou o Ano do Rosário. Paulo VI já dizia: Embora o Rosárjo não seja uma oração litúrgica e oficial da Igreja, contudo, é tão estimada que merece ser cultivada na espiritualidade 2
contemporânea (cf. Paulo VI, 21.09.66). Apoiados no Vaticano II, que privilegia a Liturgia, onde o primado cabe a Cristo, muitos deixaram de cultivar essa devoção, recomendada pela Igreja e pedida pela mesma Mãe de Deus nos dois grandes centros marianos: Lourdes e Fátima. Subestimar o Rosário, pela razão que for, será sempre um sinal de que se ignora a essência e o conteúdo espiritual desta devoção. O Vaticano II lembra o Rosário como a devoção mais popular, juntamente com o Escapulário, e recomenda que todos tenham uma especial estima por todas as práticas e exercícios de piedade que dizem respeito a Nossa Senhora, recomendadas pelo Magistério ao longo da história (LG 69). Muitos documentos oficiais da Igreja existem sobre o Rosário, entre outros, 12 encíclicas. Nenhum outro exercício de piedade popular foi mais recomendado pela Igreja do que a oração do Rosário, fonte de riquezas espirituais. Para muitas famílias foi o instrumento que manteve viva a chama da fé e uma forma de recordar o Evangelho e os grandes passos da vida de Jesus. O cristianismo entrou e encontrou acolhida em muitos lares pelo Rosário. É a síntese do Evangelho! Ó Maria, fique conosco! Pe. Frei Avelino Pertile , SCEISR CM408
ANOS DE GRAÇAS E BÊNÇÃOS! Amados irmãos equipistas: No dia 13 de maio estaremos completando 56 anos de presença no Brasil. Como protagonistas e testemunhas privilegiadas da história do Movimento, façamos memória deste dia de louvor pelos frutos que a graça nos permitiu colher na condição de cristãos casados. O Papa Bento XVI, numa das primeiras alocuções marianas deste ano, lembra-nos que "a história da Igreja é história de santidade, animada pelo único Amor que tem sua fonte em Deus". Por isso, somente a caridade sobrenatural, como a que brota sempre nova do coração de Cristo, pode explicar o seu prodigioso florescimento, ao longo dos séculos ... Essa mensagem do Santo Padre incita-nos a refletir sobre a historia das Equipes de Nossa Senhora. São 56 anos de graças e bênçãos a revelar a alegria que sentimos por sermos uma verdadeira escola de comunhão e santidade conjugal. São 56 anos de graças e bênçãos a iluminar o itinerário de fé e o testemunho dos casais, orientando-os para um renovado compromisso de presença, de solidariedade e de serviço. Essa consciência de pertença à Igreja é para nós sinal de comunhão e de unidade em Cristo, além de assegurar-nos que nunca estaremos sós. "Eis que estou convosco todos os dias, até o final do mundo" (Mt 28,20). A história da Igreja mostra como Deus fez e faz nascer, ao longo do CM408
tempo, pessoas que sem muito falar, sem dispor do poder político, acabam transformando o mundo à sua volta pela proclamação do realismo desconcertante das bemaventuranças. Lembramos que o Movimento no Brasil tem sua origem numa singela semente de amor plantada por Deus no coração do casal Moncau. Nesse tempo, essa pequenina semente transformou-se num belo e imenso jardim que se espraia Brasil afora. E nos enche de esperança! Por isso, tantas celebrações! Por isso, a tradicional peregrinação ao Santuário de Aparecida, realizada anualmente por equipistas de São Paulo. Por isso, as "caminhadas com Maria" em várias cidades do país e as centenas de celebrações eucarísticas, expressando a nossa gratidão a Deus-Amor, que nos elegeu e nos quis conduzir pelos caminhos da perfeição na vida conjugal. É a manifestação do desejo de partilhar o tesouro imenso da espiritualidade conjugal e testemunhar os laços que nos ligam incondicionalmente a Cristo. É bom revermos a própria história e verificar os critérios sobre os quais alicerçamos a nossa vida. É importante (re )descobrirmos o quanto amamos e somos amados e como o "ser conjugal" que constituímos foi sendo transformado gradativamente pela graça, até que Deus fizesse de nós Sua morada. Na origem dessa caminhada comum a tantos e tantos casais, está 3
um homem arrebatado por Deus, no dizer de Jean Allemand. Um homem a quem as aventuras da fé permitiram experimentar o poder do Amor, cujas delicadezas o levaram a perceber, corno poucos, os primores de Deus presentes no amor humano. Sem dúvida, falamos do Pe. Henri Caffarel, a quem a inspiração divina concedeu um ministério fecundo, ao mesmo tempo criativo e desafiador. Cada século tem seu tipo de santidade, dizia ele. "Por que não se pode pensar que o
século XX abra a era da santidade dos leigos casados?" (Amor e graça - pág. 274). Eis o nosso desafio e a nossa esperança! Por isso, nos dirigimos à Santa Mãe, Maria Santíssima, padroeira do nosso Movimento, para pedir a sua ajuda maternal, na esperança de que o seu testemunho de amor nos impulsione pelos caminhos que conduzem à santidade conjugal.
Graça e Roberto - CRSR
... .... ... . ... . ... .... . .... ... ...... . ... Pa1avra do Provincia1
O AlCANCE UNIVERSAl DA FÉ A fé é a resposta do homem a Deu s , em busca de um sentido para sua vida. Deus suscita no coração do homem urna inquietude, um braseiro que arde e não se consome, e faz com que somente o crer não o satisfaça. Ele procura o conhecimento e a verdade, e sempre chega ao mesmo lugar e à mesma conclusão: a comunhão com Deus. Mas corno? Parece tão inacessível. Essa fé não pode ser somente de conhecimento teórico ou mero sentimento interior, mas o compromisso 4
que se manifesta concretamente em atos e fatos visíveis (cf. Mt 7,21). A parábola do Bom Samaritano nos apresenta o caminho de nossa conversão para essa comunhão com Deus: A solidariedade de um estranCM408
geiro. A nossa recompensa não está único, Pai, Filho e Espírito Santo, a em amar os iguais, pois em nosso unidade trinitária. É o amor que cria dia a dia sempre encontramos pes- unidade. A Unidade é o sinal de soas que pensam de maneira dife- amor pleno. A desunião é falta de amor. (Frei Avelino) rente de nós. Jesus Cristo instituiu uma única Na comunhão dos santos, ao longo da história da Igreja, desenvol- Igreja, na qual todos os seus seguiveram-se diversas espiritualidades. dores são chamados a viver unidos. O Apóstolo Paulo fala desta unida(cf. CIC 2684) Precisamos viver o sentido da de, comparando-a ao corpo, com a alteridade: de nos colocarmos no diversidade de seus membros (cf. 1Cor 12,12-29). lugar do outro na relação interpes"A Igreja é, pois, o povo unido soal, com consideração, valorização, pela mesma unidade do Pai, do Fiidentificação e dialogar com o oulho e do Espírito Santo". (LG,4) tro, sem que haja a preocupação de A unidade é um apelo, uma orimpor nossas idéias. "Ou aprendemos a viver como irmãos, ou vamos dem, um pedido, um desejo de Jemorrer juntos como idiotas". (Martin sus Cristo. Dessa forma, através de nosLuther King) De um autêntico diálogo entre sos atos, nós nos vamos sentindo pessoas honestas e corretas nunca pertencentes à mesma família, à sai um vencedor e um vencido. No mesma comunidade de irmãos em fim da discussão serena e objetiva Cristo. Mas ainda não terminam nossas de uma questão controversa por causa de opiniões divergentes, to- ações. Jesus faz-nos mais um pedidos os que participam do debate, em do, através de seu diálogo com o Pai: termos de diálogo, sentem-se ami- "Eu não te peço só por estes, mas gos. Percebem-se fraternalmente também por aqueles que vão acreunidos pelo laço da verdade. (Pedro ditar em mim por causa da palavra deles" (Jo 17 ,20). Finkler) Nessa oração somos compromeNesse diálogo , o respeito à tidos a levar aos outros (que penidentidade de cada um é muito imsam ou não diferente de nós), atraportante. Quanto maior for a diversidade, vés de nossa fé, a palavra de vida, maior será a oportunidade de cresci- de amor, de felicidade, com respeimento. Não temos mérito nenhum em to, principalmente através da nossa tratar bem a quem também nos trata coerência entre fé e vida, para que bem. Numa relação alteritária se tor- acreditem em Jesus Cristo, pelo nosna possível estabelecer uma convi- so testemunho e pela nossa maneira de anunciá-Lo. vência solidária entre os aparente divergentes. (Maurício da Silva) Sheila e Francisco O ponto que nos deve unir está CR Província Sul I no reconhecimento, pela fé, do Deus CM408
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A EXPERIÊNCIA DOS EACRE PROVÍNCIA NORTE Manaus/AM Unidade, compromisso e ajuda mútua. Nos dias 18 e 19 de fevereiro, em Manaus, foi realizado o EACRE de 2006, com a presença dos Setores e seus colegiados, do SCE Regional e do querido Casal Provincial Nazira e João Paulo. Com linda liturgia de abertura feita na presença do Santíssimo, quando nos foi repassado o objetivo do EACRE, iniciamos o Encontro, atentos às palavras do Casal Provincial, que nos aletiava a bem vivenciar o ano equipista, com as orientações para 2006. Enfatizou que estamos em missão, mas que não somos a missão, ou seja: a missão não começou e nem termina conosco, e, com isso, solicitou maior participação de todos os casais na busca das metas a serem cumpridas.
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Dando continuidade, Pe. José Albuquerque (SCER) acrescentou, em seu diálogo conosco, que devemos fazer o estudo do tema "À Descoberta de Cristo", em casal e em equipe. V árias presenças importantes abrilhantaram o nosso Encontro, entre elas Dom Mário Pasqualotto, Bispo Auxiliar, falando-nos sobre a "Fraternidade e pessoas com deficiência", e Pe. Adelson (filho de Terezinha e João Batista - Eq. OlB) que falou sobre o Retiro. Bem acolhidos pelos participantes foram os assuntos Expansão Sustentada e Contribuição apresentados pelos casais: Martha e Simão Pedro (CRR) e Bebeta e Maurino (CRS/ A), quando foram dirimidas dúvidas relativas à contribuição financeira e à expansão do Movimento. As demais informações foram passadas pelos Casais Setor, que com muita simplicidade explanaram os assuntos: Escuta da Palavra, Meditação e Encontro Internacional- Lourdes. Todos estão de parabéns. Fomos agraciados com a presença de 13 SCE e uma Conselheira, para os quais houve uma reunião exclusiva. Liturgia, Grupo de Assimilação, Vigília ... tudo foi feito com muito amor. Ao fim, fomos enviados, na certeza de CM 408
que Jesus é o Caminho a Verdade e a Vida e convictos de que precisamos vivenciar esses momentos com aceitação e como motivação para a busca da santidade ... "nem mais, nem menos", como nos dizia Pe. Henry Caffarel. Martha e Simão Pedro CR Região Norte I
••• Parintins/AM Abençoada cidade de Parintins, que teve a graça de realizar nos dias 04 e 05 de março o I EACRE. Abençoados todos os que animaram e os que participaram deste Encontro e os SCE que nos acompanham na caminhada equipista. Abençoadas as ondas revoltas do Rio Amazonas que em certo momento da viagem, em frente à cidade de Parintins, causaram pânico e medo para os casais do Setor Maués, mas que, confiantes em Jesus e Nossa Senhora dos Navegantes, seguiram em frente até aportarem no local onde foi realizado nosso Encontro. Abençoado o local escolhido ... sob as bênçãos de nosso Pastor Dom Giulliano! Abençoados os casais das equipes que ajudaram com amor... Abençoados nós, que confiamos aos cuidados de Jesus e Maria o nosso pequeno Angel Rafael (02 anos), deixando-o doente em casa e CM408
fomos participar do EACRE! Enfim, abençoados somos os Casais das Equipes de Nossa Senhora, pelo privilégio de participar de tão maravilhoso momento. Fátima e Josias Eq. 2 - Parintins/AM
••• )uruti e Santarém/PA O tema de estudo proposto pela Super-Região Brasil, "Quem dizem os homens que eu sou?" ressoa como um questionamento muito forte de Jesus aos seus apóstolos, há dois mil anos, e volta-se para nós hoje, homens e mulheres do século da informática e da globalização, perguntando: "E vós quem dizeis que eu sou?". A resposta a Jesus vem sendo dada pelos casais das Equipes de Nossa Senhora já na participação do EACRE. Em nossa Região Norte III, no oeste do Pará, realizamos o EACRE em Juruti, nos dias 18 e 19 de fevereiro, e em Santarém. O grande testemunho de 7
dedicação, esforço e responsabilidade veio dos casais das equipes do interior do município de Juruti, um dos quais perdeu o barco, mesmo assim chegou, em uma canoa, remando por quatro horas. Mesmo cansados, participaram com muito entusiasmo, como todos, fazendo suas anotações para repassá-las aos casais da sua equipe. No termino do EACRE, para cada casal que ali se encontrava ficou o compromisso de voltar às suas equipes e animá-las ao longo do ano e motivá-las para que nenhum membro da equipe deixe de fazer o retiro anual. Pe. Ruy Barbosa, SCE do setor B de Santarém, participou de todos os momentos do EACRE e, nas homilias e palestras, convidou os casais a um compromisso maior de ver o rosto do Cristo e fazer acontecer as orientações recebidas no Encontro. Em Santarém, o EACRE foi realizado nos dias 10 a 12 de março. A celebração Eucarística de abertura, na sexta feira à noite, teve a presença também de casais que não participaram do EACRE, aos quais 8
Nazira e João Paulo (CRP) convidaram a fazer uma vigília pelo sucesso do evento, encorajando-os a colocar em prática as orientações que seriam levadas pelos CRE. Dois momentos fortes: A palestra de nosso Bispo Auxiliar Dom Severino, sobre a importância do retiro na vida de cada cristão, principalmente para os casais das Equipes de Nossa Senhora, chamados a contemplar a face de Cristo; e a confraternização realizada sábado à noite, em que foi homenageado Dom Lino Vombommel, Bispo Diocesano de Santarém, pelos seus vinte e cinco anos de Episcopado. Momentos como este nos fortalecem na caminhada e nos ajudam a compreender o sentido do encontro e comunhão com a Igreja local. O EACRE foi um momento de fortalecimento espiritual para todos os casais que assumem uma responsabilidade. Vamos descruzar os braços e colocar em prática as orientações propostas pela Super-Região Brasil. Na celebração de abertura, Pe. Ronaldo, SCE da Região, pediu que os casais olhassem um no outro para descobrir o Cristo. Na sua palestra sobre Jesus nos mostrou as várias faces do Cristo, alertando que precisamos primeiro nos conhecer para nos deixarmos seduzir por Ele. Na celebração de envio, pediu que alguns casais dessem testemunho da sua participação e o que os ajudou CM408
no EACRE. Os testemunhos de vida transformada e as avaliações nos dão a certeza de que o EACRE foi ocasião de oração, formação, informação e de fortalecimento espiritual. O envio nos lançou à ação, para que os dons recebidos frutifiquem e cresçam. E cada casal ficou responsável para que não haja nenhum equipista sem fazer o retiro em 2006.
Registela e Claudionor Rocha CR Região Norte III
••• PROVÍNClA NORDESTE
Região Pernambuco 1 Realizamos nesta Região dois EACRE, por questão de espaço físico. O primeiro nos dias 04 e 05 de março e o segundo nos dias 11 e 12 de março. No primeiro, contamos com a presença de 65 Casais e 1O Conselheiros( as) dos Setores de Olinda, Jaboatão e Chã Grande.
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No segundo, estiveram presentes 62 casais e 13 Conselheiros(as), dos Setores A, B e C de Recife, como também casais das cidades distantes: Caruaru, Surubim, Pombos e Vitória. Neste, tivemos a alegria de contar com a presença do Casal Responsável Provincial, Cida e Raimundo, que muito nos enriqueceu com o seu espírito de fé e de adesão ao Movimento. Nos EACRE realizados, constatamos que a animação foi uma constante, com aceitação dos objetivos apontados e dos assuntos apresentados, das dinâmicas desenvolvidas e das reuniões de grupos. Tudo isto aos nossos olhos foi bem saboreado pelos Casais e Conselheiros(as), como se degusta um bom vinho. Esperamos que as transformações sejam operadas e se transformem da água para vinho, como ocorreu nas "Bodas de Caná", no milagre operado pelo Mestre.
Ma de Lourdes e Francisco Falcão CR Região Pernambuco I
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Região Bahia/Sergipe
PROVÍNCIA CENTRO-OESTE Região Mato Grosso ào Sul
Por questões físicas, a região realizou dois EACRE. Nos dias 28 e 29 de janeiro foi realizado o primeiro, em Itabaiana/SE (cf. CM 407, pág 16). Nos dias 11 e 12 de março, no CTL da Arquidiocese de São Salvador, realizamos o EACRE da Bahia, reunindo os CRE dos Setores A e B de Salvador, do Pré-Setor de Feira de Santana e das Equipes Distantes de Itabuna e Cruz das Almas. Abrindo o Encontro, ouviu-se o Hino Popular do Senhor do Bonfun. Contamos com a presença do CR da Super-Região, Graça e Roberto, que encantaram a todos com sua simplicidade e abertura de coração e pelas palestras que proferiram: Orientações para 2006 e Mística das ENS. Muito aplaudida a palestra do Pe. Francisco, SCER, sobre o tema "Quem dizem os homens que eu sou?", assim como o testemunho do Pe. Giovanni, SCE do Setor Feira de Santana, que, ao nos falar do PCE Retiro, revelou que sua vocação sacerdotal surgira num retiro feito na sua adolescência. Merecem destaque, também, as liturgias, com as homilias dos Pe. Francisco e Giovanni, bem como a noite de confraternização. Enfim, o EACRE 2006 foi coroado de pleno êxito, conforme o confirma a unanimidade das avaliações feitas pelos seus participantes. Exultantes, dizemos como Maria: "O Senhor fez em nós maravilhas"!
Lourdinha e Manoel CR Região Bahia/Sergipe 10
Com vibrante união, fraternidade e muita alegria, nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2006, na cidade de Maracaju, realizou-se o EACRE da Região Mato Grosso do Sul, com a presença de 95 casais e 12 Conselheiros(as) Espirituais. Os anfitriões, de forma calorosa, com amor, hospitalidade, alegria e disponibilidade acolheram a todos os casais e conselheiros vindos dos Setores A e B de Campo Grande, Dourados e Maracaju, assim como fraternalmente receberam o Casal Regional, Olga e Nei, e o Casal Provincial, Nilza e Nivaldo. Todos puderam sentir e ver fortificar a integração entre os presentes e entre os setores, Região e Província, na unidade do Movimento. As celebrações Eucarísticas, as orações e a celebração do envio encantaram os presentes e neles geraram fortes reflexões, corno também as palestras, que seguiram os pontos de unidade sugeridos pelo Movimento. Pe. Geraldo Grendene abordou o terna: Jesus Cristo: "E vós quem dizeis que eu sou?". Levou todos à reflexão e a se perguntarem se realmente conhecem profundamente Aquele que veio à terra para nos salvar e nos remir de nossos pecados. O Casal Provincial Nilza e Nivaldo indicou-nos as orientações CM408
para 2006 e falou sobre o Encontro Internacional de Lourdes, conclamando todos a que participem dessa peregrinação, quer fisicamente quer em orações. Pe. Osmar apresentou-nos a "Campanha da Fraternidade" e um breve flash sobre liturgia. Ainda, durante o evento, os participantes puderam ouvir e refletir sobre: "Escuta da Palavra, Meditação, Retiro, intercessores, liturgia e ouvir um Testemunho de Missão do Casal Responsável de Equipe. Valeu a Pena! Cabe a cada um dos CRE, conselheiros espirituais, casais ligação e pilotos contagiarem os equipistas de base, fortalecendo o sentido de pertença ao Movimento e à Igreja. Sirlei e Luiz CR Setor Maracaju/MS.
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Região Centro-Oeste 1 Envoltos pela ação do Espírito Santo, a Região Centro-Oeste I realizou nos dias 11 e 12 de março o XXIV EACRE, coordenado pelo casal Valéria e Ederaldo, da Equipe 44 do Setor D, que com alegria, mesclada com breves sessões de alongamento, animaram e incentivaram todos os que lá estavam. Foram muitos momentos de incentivo e renovação da fé que, com certeza, contribuíram para a formação de todos. Pedir ao Pai Celeste um "coração que escuta" foi uma das mensagens do flash Escuta da Palavra. No flash sobre Retiro, fomos motivados a tornar nosso coração mais vivo e cheio do amor de Deus. Já o flash sobre Meditação trouxe-nos a oração interior como forma de meditar, além da idéia de que precisa11
mos nos esforçar em propiciar um ambiente agradável para bem vivenciarmos este PCE. Após o flash Meditação, fomos convidados a orar como intercessores e a rezar o terço diariamente. Tivemos também palestras sobre a Igreja em Brasília, Orientações Litúrgicas e a Campanha da Fraternidade, as quais reforçam a ligação do Movimento com toda a Igreja. Como um gesto de verdadeira partilha, foi-nos apresentada a palestra sobre Contribuição Mensal. Em reflexão conjunta, trabalhamos em grupos sobre os temas Jesus Cristo: "Quem dizem os homens que Eu sou" e Ser Casal Responsável de Equipe. Nossos Conselheiros e Conselheiras também estavam lá. Para nós é sempre emocionante ver a dedicação desses filho e filhas de Deu · ao Movimento. Mércia e Aguimar, nosso Casal Regional, apresentaram o vídeo das ENS no Brasil. Nilza e Nivaldo, Casal Provincial, além de discorrerem sobre as Orientações para 2006, conclamaram-nos ao Encontro de Lourdes. Por fim, durante a celebração do Envio , foi divulgado o nome do casal contemplado com um ato de solidariedade promovido pela Região Centro-Oeste I para participar do Encontro Internacional de Lourdes . Agradecemos a Deus e a todas as orações pelo sucesso do evento, bem como, a cada um daqueles que, nos bastidores, se empenharam em nos acolher. Foram muitos os detalhes de carinho para 12
nos proporcionarem um momento de verdadeira graça.
Luciana e Marcos CR Setor C Região Centro-Oeste I
••• Região Goiás-Sul Com muita alegria e entusiasmo, os CRE, CL, CP encontraram-se para mais um EACRE da Região Goiás-Sul, realizado nos dias 18 e 19 de fevereiro, em Itumbiara-GO, que contou com a presença dos casais Regional e Provincial e de alguns SCE e Irmãs Conselheiras. Após a celebração da Eucaristia, a abertura foi conduzida pelo Casal Regional Márcia e Jairo, com muita animação. Foi apresentado à nos a Região o novo Casal Provincial, Nilza e Nivaldo, que nos falou sobre a temática para 2006 (Jesus Cristo: Quem dizem os homens que eu sou? - Me 8,27) e sobre o Lema (Casal, chamado a contemplar a face de Cristo), dizendo também dos objetivos e das ações a realizar pelos casais e pelas equipe . O Casal Provincial enfatizou a importância dos PCE para os casais, ressaltando que em 2006 se procure entender e realizar melhor a Escuta da Palavra, a Meditação e o Retiro anual, finalizando com a seguinte frase: "Em 2006, nenhum equipista sem retiro". Durante o EACRE, foram apresentadas várias palestras: "Quem é Jesus?", "A Carta Mensal", "PalesCM408
tras em vídeo com Dona Mancy Moncau", "Liturgia", "o Terço em família", "Viagem a Lo urdes" e, com o casal Rosário e Hudson, a Campanha da Fraternidade/2006, incluindo um lindo vídeo de testemunho de perseverança na vida. Enfim, podemos dizer que aprendemos ainda mais sobre o Movimento. O EACRE enriqueceu muito nossa vida conjugal. "Foi maravilhoso". Juliana e Marcos Eq. 8 - N. S. da Rosa Mística Setor Ituiutaba/MG
••• Região Centro-Oeste 11 Nos dias 11 e 12 de março, em Brasília/DF, aconteceu o VIII EACRE da Região Centro-Oeste II. Estiveram presentes cerca de 150 casais (CRE, CL, CP) e 30 Conselheiros Espirituais, de todos os Setores e Pré-Setores da Região, incluindo Luziânia, Anápolis e Goiânia/GO e Água Boa/MT. Nilza e Nivaldo, Casal Provincial, ficaram conosco durante todo o primeiro dia do evento e nos transmitiram as orientações do Movimento para o ano de 2006. O tema central do Encontro "Quem dizem os homens que Eu sou?" esteve presente em toda a programação, constituída de palestras (tema central, orientações para o Movimento no ano de 2006, Igreja em Brasília, Campanha da Fraternidade 2006, Orientações Litúrgicas, Pastoral Familiar), flashes (Escuta da Palavra, Meditação e Retiro; Encontro Internacional de Lourdes, CM408
Contribuição, Intercessores), trabalhos de grupo e Reunião por Setor/ Pré-Setor, e também reunião dos Conselheiros Espirituais. A liturgia, com a oração da manhã abrindo os trabalhos do dia e as Celebrações Eucarísticas, conduzidas pelo SCER, Pe. Pedro Bassini, ao final dos dois dias, constituíram o ponto alto de comunhão e fortalecimento da fé. Rogamos ao nosso Pai que abençoe cada casal das equipes de trabalho, as quais contribuíram para a melhor realização do EACRE. Neste ano, a Região criou a Equipe Orante, que, antes e durante todo o evento, realizou orações, momentos de adoração ao Santíssimo e Missas, intercedendo para que o Espírito Santo iluminasse a todos os envolvidos no Encontro. Pedimos a Deus que os frutos e as bênçãos derramadas possam chegar a todos os casais e conselheiros(as) espirituais das equipes. Que cada casal, chamado a contemplar a face de Cristo, possa- como Maria- dizer o sim na missão de animar a sua equipe, para fortalecer sua conjugalidade, a família, o Movimento e a Igreja no Brasil e no mundo. Agma e Gilmar Equipe 43/B/RCO II
••• PROVÍNCIA LESTE Região Rio lll Tendo como pano de fundo o tema "Quem dizem os homens que eu sou", a Região Rio ill, realizou nos dias 11 e 12/03 o EACRE/2006, 13
em Jacarepaguá. Dele participaram 45 CRE, 5 CRS, o Casal Regional, 8 SCE, 2 Conselheiros seminaristas e uma Conselheira religiosa. Começamos pela celebração Eucarística, especialmente preparada sob a luz do tema e festivamente participada por todos. Na homilia, Pe. Adilson, SCER, foi muito feliz, em sua reflexão sobre o Evangelho (Me 8,27-29), a qual complementou na primeira palestra proferida por ele. Regina e Fernando, Casal Regional, repassaram para nós as orientações para 2006, com ênfase ao tema do ano, ao Encontro Internacional de Lourdes e à oração. Complementando a apresentação do tema, Pe. Nilton, SCE - Setor D, orientou-nos como estudar o livro terna, enriquecendo em muito as experiências que tínhamos. A Campanha da Fraternidade foi esplanada pelo Pe. Jaime, que trabalha junto a deficientes, com ricos detalhes, motivando os casais a dar maior apoio a esta solicitação da Igreja no Brasil. Nos grupos de partilha, Jesus
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Cristo foi sempre colocado como nosso Mestre, Orientador e Testemunho de como agir em nossas equipes. No seu Evangelho encontraremos apoio para o nosso crescimento espiritual. A beleza da Liturgia, em especial a oração da tarde de sábado, que chamou nossa atenção para o "sim" de Maria, parâmetro para a resposta que devemos dar a Deus a cada dia. Durante a programação, foram apresentados flashes sobre os PCE, Comunidade N. S. da Esperança e testemunhos quanto ao poder da oração. Também a equipe de animação enriqueceu-nos com rápidas e bonitas reflexões sobre N. S. Aparecida, o sorriso, o abraço, a relação CRE/CL. Concluímos o EACRE com o Envio, quando Pe. Nilton refletiu conosco o versículo bíblico "Não se perturbe o vosso coração" (Jo 14,1), incentivando os CRE à coragem de lutar e trabalhar com afinco junto aos casais de suas equipes, pois Deus irá na frente. Penha e Viriato Equipe 52 - A - Rio III
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••• Região Rio 1V Realizado nos dias 11 e 12 de fevereiro, no Colégio Salesiano de Piratininga, emNiterói, o EACRE da Região Rio IV contou com a presença de 104 casais, entre Responsáveis de Equipe, Ligações, Apoio e dos Casais Responsáveis dos 5 Setores que compõem a Região: Niterói A e B, São Gonçalo, Espírito Santo e Lagos. Contamos também com a presença efetiva do Pe. Guido Ceotto, que veio do Espírito Santo e do Frei Ivo Teiss, do Rio, que nos brindou com a palestra "Quem dizem os homens que eu sou?". Os casais que vieram do Espírito Santo e de Cabo Frio foram hospedados nas casas de equipistas de Niterói e São Gonçalo, aos quais agradecemos tão generosa hospitalidade. Vivenciamos momentos fortes de oração, através das liturgias, trocas de experiências, principalmente nos grupos de estudo e na confraternização, bem como muitas orientações recebidas nas palestras. Graça e Juarez CR Região Rio IV
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Região Minas 1 Nos dias 18 e 19 de fevereiro, com a presença de 90 casais, aconCM408
teceu o EACRE da Região Minas I, nas dependências do Seminário Santo Antônio. As palestras nos enriqueceram, aprofundando o tema de estudo: "À descoberta do Cristo", e o tema da Campanha da Fraternidade de 2006: "Fraternidade e pessoas com deficiência". Após as palestras, foram formados grupos de assimilação, com o propósito de reflexão sobre os pontos relevantes da palestra, proporcionando, pela heterogeneidade dos participantes, riqueza de percepções dos assuntos. As informações atualizadas sobre o Encontro Internacional de Lourdes e as Orientações da Super-Região para 2006, realçando as ações a serem realizadas, foram transmitidas através de flashes. Os testemunhos vivenciais de casais equipistas sobre Escuta da Palavra e Meditação constituíramse em momentos marcantes de formação. A presença dos Conselheiros Espirituais demonstra o interesse deles em viver uma experiência de aprendizado e partilha com os irmãos 15
equipistas, para juntos prosseguirem na missionariedade de suas vidas dedicadas aos irmãos. Tivemos ainda a visita do Casal Provincial, Josefina e Roque, que nos proporcionou a alegria da sua presença, a segurança de seus conhecimentos e a oportunidade de um contato pessoal, contribuindo para estreitar ainda mais os laços de amizade e reconhecimento. A celebração do envio no final de nossos trabalhos deixou em todos a confiança no fiel compromisso da missão, alicerçada nos momentos de oração, no encontro com os irmãos e nos conhecimentos obtidos. Também um momento de confraternização proporcionou maior aproximação e integração entre todos os participantes. Por todas estas maravilhas, louvamos e agradecemos a Deus. Carmen Lúcia e Antônio CR Região Minas I
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Região Minas H O EACRE da Região Minas II aconteceu nos dias 11 e 12 de março, em Belo Horizonte. Participaram os CREdos Setores de Divinópolis, Belo Horizonte e Contagem, além de Casais Ligação, num total de 72 casais. Pe. Mundinho abordou em profundidade o tema "E vós, quem dizeis que eu sou?", enfatizando que oconhecimento da Pessoa de Cristo tem que ser buscado nos Evangelhos, a fonte real e reveladora do Mestre, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, incentivando a todos ao aprofundamento da Escuta e Meditação da Palavra. Com todo entusiasmo da sua fé, mostrou os aspectos marcantes da personalidade de Jesus, cuja grande lei é o Amor e cujo alimento é a Vontade do Pai. A troca de experiências nos grupos, cada grupo estudando um PCE e dois grupos a partilha, foi muito proveitosa, sobretudo pelo envolvimento e efetiva participação de todos, para o que contribuiu a
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dinâmica adotada. Frater Nicácio, de Belo Horizonte, fez a palestra sobre a Campanha da Fraternidade/ 2006, analisando seus objetivos gerais e específicos. O Casal Provincial, Josefina e Roque, durante a mesa redonda, fez comentários sobre vários assuntos e depois respondeu com solicitude a todas as perguntas formuladas . Exemplo de compromisso com as ENS foi a presença do CRE Deise e Adriano, de Divinópolis, que compareceu ao EACRE levando seu filhinho Raul, de apenas 5 meses, que "participou" tranqüilo de todo o evento. Terezinha e Mota CR Setor C de Belo Horizonte/MG
••• Região Minas lV Aconteceu em Varginha nos dias 18 e 19 de março o primeiro EACRE da Região Minas IV. Foram dois dias de muito estudo, momentos fortes de oração e meditação, informação e orientações para o ano equipista. Após a missa de abertura, celebrada pelo Pe. Everaldo, Conselheiro Espiritual do Setor B de Varginha, tivemos as palestras sobre a Campanha da Fraternidade e o tema de Estudo do ano de 2006, proferidas pelos SCE dos dois Setores de Três Corações, Pe. Douglas e Pe. CM408
Franck. Foram momentos de muito enriquecimento espiritual para todos os presentes. Digna de nota a presença de vários sacerdotes conselheiros espirituais, que se reuniram com entusiasmo para refletir e estudar sua atuação nas equipes. Aconteceram também momentos de descontração, como uma encenação a respeito dos retiros e apresentação de dinâmicas. Neuza e Hélio, Casal Regional, falaram sobre o Encontro de Lourdes e deram orientações precisas sobre as atividades a serem desenvolvidas no ano de 2006. No domingo, houve mesa redonda coordenada pelo Casal Provincial, Josefina e Roque. Todos os participantes tiveram a oportunidade de trocar idéias e receber esclarecimentos. Eles mostraram, com muita segurança e sabedoria, os caminhos para seguir e vivenciar o carisma do Movimento. As atividades foram encerradas com uma missa, ao final da qual todos receberam o envio para trabalhar e dar testemunho ao mundo do 17
amor conjugal, levando os irmãos a encontrar Cristo - Caminho, Verdade e Vida. Hélia e Ivan Casal Responsável - Setor A Três Corações/Me e Ziza e José Carlos Eq. N. S. das Graças Alfenas/MG
••• PROVÍNClA SUL 1 Região São Paulo Centro 1 Também o da Região São Paulo Centro I, realizado nos dias 11 e 12 de fevereiro, em Itaici- Indaiatuba, pois cada participante trouxe no coração o Cristo, e Nossa Senhora nos conduziu para que os objetivos do Encontro, que são animar, refletir, discernir, ser momento de evangelização, formação e de troca de experiências e, também, celebrar a unidade, fossem vivenciados com muito empenho.
Como ponto de unidade do Movimento, a programação foi desenvolvida atendendo às orientações para 2006, sugeridas pela SuperRegião Brasil. Destacamos os momentos de reflexão sobre a missão do CRE de ser um "líder servidor", como também as virtudes necessárias para assumir a responsabilidade com amor aos irmãos de equipe, estimulando os casais a perseverarem nos PCE, principalmente animando-os à participação no Retiro, orando por eles e esforçando-se para que suas vidas sejam coerentes com a fé. Desejamos que o entusiasmo e alegria que receberam neste EACRE sejam levados às suas equipes e que as orientações para 2006 sejam trabalhadas e vividas com amor e fidelidade. Desta forma seremos esse "Casal chamado a contemplar a face de Cristo". Tereza e Tiago CR Região São Paulo Centro I
••• Região São Paulo leste 1 Nos dias 28 e 29 de janeiro, foi realizado o EACRE da Região São Paulo Leste I , reunindo os Setores A, B, C e D de São José dos Campos e os Setores Caçapava, Jacareí e Caraguatatuba, contando com a totalidade dos CRE,
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CL e, na manhã de sábado, com alguns SCE. Tivemos também a presença do Casal Provincial, Sheila e Francisco que, através de uma parábola, deixou-nos a mensagem: "seja qual for a pergunta, Jesus é a resposta". A alegria dos participantes era contagiante, fruto do trabalho de amor do CRR Leda e Marcos e seu colegiado. Em destaque, partilhamos com vocês que aqueles que estão a serviço do Senhor através do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, sentem-se felizes em transmitir para os irmãos toda a riqueza a eles concedida em conhecimento e vivência. Salientamos a participação do Pe. Flávio Cavalca e a prontidão do seu sim ao convite para vir falar-nos sobre o tema de estudo deste ano. Também a alegria com que o casal Rita e Armando partilharam conosco tudo o que têm vivido a respeito de peregrinação: "peregrinos somos todos nós, CM 408
os que irão à Lourdes e os que ficarão em intercessão por aqueles que lá estarão". Altimira e Paulo, com grande profundidade, alertaram para a disciplina que devemos exercer sobre nós para cumprirmos os PCE com eficiência. Encerramos o EACRE com a Santa Missa, presidida por Dom Moacir Silva, o qual, antes de ser bispo, foi SCE de três equipes do nosso Setor. Ana Lúcia e Amilton CR Setor B - S. J. dos Campos/SP
••• PROVÍNClA SUL 11 Reqião São Paulo Centro N Como Casal Responsável de Equipe participamos do nosso EACRE, realizado nos dias 18 e 19 de fevereiro em São Carlos. A tônica do encontro foi o otimismo, a alegria, vivacidade, júbilo que o CRE deve transmitir aos irmãos da equipe. A cada mês, o CRE será auxiliado por um Casal Animador, e terão a incumbência de transmitir otimismo com alegria, promover encontros e criar laços mais fortes de amizade, dar ânimo, dar alma, vigor e força à sua equipe. Animar é unir, fazer com que a equipe tenha vida. 19
Num clima de alegria, transcorreram as palestras, as celebrações litúrgicas, as reuniões de grupo e as encenações, estas carinhosamente preparadas pelos Casais Ligação. Nenhum EACRE é igual ao outro. Mesmo porque, nós, que já participamos de vários outros, também não somos como éramos antes. A cada ano há uma orientação do Movimento a ser trabalhada nas equipes, são novos enfoques, novas pessoas a fazerem a apresentação dos temas e uma sempre nova abertura dos participantes para ouvir. No EACRE, nós revigoramos nossas forças, aprofundamos o carisma do Movimento e reafirmamos nossos compromissos. Podemos entender ainda mais a razão de ser das Equipes de Nossa Senhora, cujo objetivo principal é a ajuda aos casais para descobrir as riquezas do sacramento do Matrimônio e vivenciar uma espiritualidade conjugal, para serem casais santos. Saímos, temos certeza, como os demais casais, abençoados por tantas graças recebidas. Cientes de nossa responsabilidade como CRE e CL na esperança de fortalecermos ainda mais nossa Equipe, pois é isto o que Cristo espera de nós, que caminhemos a cada dia rumo à santidade.
Elisabeth e José Antônio da Silva Eq. N. S. Rainha da Paz Araraquara!SP
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Região São Paulo Oeste 1 Vivenciamos mais um EACRE, como cada EACRE anterior, diferente. O tema abordado superou as expectativas, fazendo-nos refletir muito sobre nossas vidas: Quem sou eu? O que procuro em minha vida? O que faço como equipista neste movimento? Como viver cada PCE, se minha condição humana é frágil? Como contemplar a face de Cristo e transfigurá-Lo na pessoa de meu esposo (a)? Esta reflexão nos leva à oração e à meditação, restaurando a nossa aliança com Deus e com a Humanidade. Como casal que caminha rumo à santidade, nós devemos fazer um processo de conhecimento pelo convívio, só assim iremos contemplar a face de Cristo no outro. Não nos podemos deixar levar pelas ameaças e perigos que ocorrem em nossas vidas. Antes, devemos ser um casal aberto aos obstáculos que possam vir de encontro a nossa felicidade e caminharmos para um crescimento espiritual que atenda à nossa atuação como casal de equipe, sabendo que Maria está sempre intercedendo por nós junto ao seu filho Jesus, como nas Bodas de Caná. Devemos trazer a Eucaristia para o centro de nossas vidas, em busca de uma intimidade maior com Deus, e fazer da Escuta da Palavra e da Meditação atos que nos induzam à oração e à ação. Para isso é necessário regularidade e perseverança. Outros EACRE virão. É de suma importância para a vida da equipe e para a vida do Movimento a particiCM 408
pação do CRE nesses encontros. Que, pela ação do Espírito Santo, possamos caminhar rumo à santidade, sabendo que este caminho é como a Coroa de Cristo: muitas vezes nos traz dor e sofrimento, mas estaremos sempre sob o olhar materno de Maria.
Roseli I José Carlos, CR Setor B Marilia/SP
••• PROVÍNClA SUL 111 Região Paraná Norte É de se supor que todos os equipistas saibam qual a finalidade desse Encontro Anual de Casais Responsáveis de Equipe. Se perguntados, a maioria diria, com razão, que se trata de um momento importante do Movimento, quando são transmitidas aos CRE - para posterior repasse aos membros de sua equipe as diretrizes das ENS para o ano que se inicia, de forma que todo o Movimento caminhe em sintonia e unidade. E a resposta estaria certa. Contudo, essa resposta poderia ser mais profunda se contivesse a finalidade última do Movimento, da qual o EACRE é uma etapa importante. O objetivo do EACRE, em última análise, é ajudar a nos tornarmos santos. Para isso foram instituídos nas Equipes os PCE, as reuniões e missas mensais, os temas de estudo, as sessões de formação, tardes/noites de estudo, os mutirões etc. Por isso nossa justificada alegria, pois, das avaliações do EACRE, apenas uma dizia que o encontro CM408
atendeu mais ou menos as expectativas, porque, segundo suas palavras, esperava uma receita pronta, que não precisasse ser trabalhada. E nossa alegria se justifica pelo esforço do Colegiada e equipes de serviço, pois entenderam que os ensinamentos contidos nas diretrizes se destinam a todos nós, cristãos equipistas. Sem dúvida, o convite de Jesus à santidade - "sede perfeitos como o Pai Celeste é perfeito" - foi e continua sendo dirigido a todos. Mas a perfeição tem como premissa o amor; e "o amor jamais alcança a perfeição enquanto os que se amam não se igualam de maneira tal a transformar-se um no outro; somente então o amor é sadio", afirma S. João da Cruz. Por isso Jesus diz "sede perfeitos como o Pai". A santidade é a condição para a união com Deus. Poderíamos, então, retificar a afirmação inicial: o objetivo do EACRE, que se confunde com o do Movimento, é fornecer meios para nossa união final com o Criador. Não esmoreçamos diante dessa tarefa gigantesca, pois Cristo, que conhece nossas limitações, é nosso arrimo. Ao tempo em que ensina o caminho da caridade, da humildade e do desapego do mundo para chegar ao Pai, estimula-nos com a notícia de que o "reino já está no meio (dentro) de nós" (Lc 17,21 ), a significar que Caridade/Amor é, ao mesmo tempo, caminho e chegada, viagem e destino. Que o Amor esteja no coração de todos!
Nanci e Rubens Chiaroti CR Região Paraná Norte 21
RETRATO DE CRISTO JESUS Terceira parte Qualquer aventura é válida para conhecer o Homem Jesus! "O coração do homem está inquieto enquanto não descansa em Ti!" É o grito de todo coração humano. "Mais do que nunca, os homens sentem necessidade de saber o sentido da vida. O mundo está ameaçado de morte, não apenas pelas guerras atômicas, mas por não encontrar o sentido da vida, pela falta de esperança. O homem busca respostas (droga, sexo ... ), mas não encontra. João Paulo II responde: "O Redentor do homem, Jesus Cristo, é o centro do cosmo e da história" (RH, 1). Só Ele dá sentido à vida. "Senhor, tu me envolves por trás e pela frente ... Para onde ir, longe do teu sopro? Para onde fugir, longe de tua presença?" (Sal 139). É este o Jesus, é este o Mestre da Verdade que queremos conhecer. Interessanos a verdade! "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Se Deus me conhece, como diz o salmo, e declara que um dia o veremos tal como Ele é, ir ao seu encontro é compromisso hoje, enquanto estamos no mundo (cf. lJo 3,2). Neste terceiro passo, queremos conhecer Jesus nos seguintes aspectos:
a) Jesus, um peàaqoqo Jesus é o Mestre só comprometido com a verdade que Ele revela pela palavra e a testemunha com a vida. Ele é a Palavra eterna e a Testemunha viva. Mas Ele é também o Mes22
tre da ciência divina que ilumina o caminho que leva à vida plena: a santidade. "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não anda nas trevas" (Jo 8,12). "Vós me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem ... " (Jo 13,13). Quando os discípulos perguntaram onde Jesus queria que preparassem o lugar para celebrar a Ceia Pascal, Jesus respondeu: "Ide à cidade, à casa de alguém e dizei-lhe: 'O Mestre' diz: o tempo está próximo!" (Mt 26,18). Os discípulos, ouvindo Jesus, perceberam que estavam diante de alguém diferente e misterioso, chegando ao ponto de discutir sua origem. "Este é verdadeiramente um Profeta", diziam uns. "É o Cristo", diziam outros. "Da Galiléia poderá vir algo bom?", duvidavam outros. CM 408
As autoridades decidiram prendê-Lo e enviaram guardas para trazê-Lo preso. Estes, voltando aos chefes dos sacerdotes e interrogados do motivo por que não o trouxeram preso, responderam: "Jamais um homem falou assim!" (Jo 7,46). Jesus revelava-se como Mestre, conversando com o povo, em qualquer lugar. Na Sinagoga, nas montanhas, na praia, no deserto, na barca dos pescadores ... Onde houvesse quem escutasse, aí era o lugar onde se revelava como verdadeiro Mestre. As multidões vinham de longe para ouvir sua pregação, esquecendo-se até do alimento. Sua palavra sempre despertava interesse e curiosidade. A inquietação tomava conta dos que O escutavam. Suas palavras eram simples e as sentenças, profundas. Muitos, depois de escutá-Lo, decidiam segui-Lo; outros O abandonavam. A decisão de segui-Lo ou abandoná-Lo sempre nascia depois de escutá-Lo. Sua palavra obriga a tomar partido!
freqüentou escola, mas da sua boca saíam "palavras de vida eterna" que ninguém podia contestar. Jamais foi surpreendido pelos doutores da Lei em qualquer ponto que comprometesse sua palavra. É um verdadeiro pedagogo. Fala a linguagem dos ouvintes, usando a simbologia da vida cotidiana. Sempre muito concreto e surpreendente. Nas parábolas e máximas breves, distingue-se de todos os "mestres" da época. "E nada lhes falava a não ser em parábolas" (Me 4,34). "Abrirei a boca em parábolas; proclamarei coisas ocultas desde a fundação do mundo" (Mt 13, 35). Quem alguma vez falou como Ele? Quem, como Ele, conhece o coração humano, chamado "abismo" pela mesma Escritura? Quem jamais conseguiu tocar o coração de tanta gente! "Donde lhe vem todo esse conhecimento?" "Não é ele o filho do carpinteiro?" - Será que Jesus é apenas um, entre tantos?
Sermão da Montanha: Jesus iniciou sua pregação com o "Sermão da Montanha", o "Evangelho das Bem-aventuranças", utilizando uma linguagem totalmente desconhecida. A multidão que escutou este sermão não estava habituada às afirmações de Jesus, que proclamava felizes os pobres, os puros de coração, os perseguidos .... A linguagem do novo Mestre: Falava em parábolas, que fluíam de seus lábios com os mais diferentes temas e no meio das mais variadas culturas. Provavelmente nunca
b) Jesus, um moralista.
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Muitos têm a idéia de um Jesus moralista, um homem que aponta para os erros e incoerências, como quem está à espreita, esperando ver o homem cair para condená-lo; ou como alguém que nos diz como devemos viver, que mostra o caminho da felicidade, sem ter em consideração a fraqueza humana. Um moralista com a função de surpreender e condenar. Jesus é sim um moralista! Ele veio para mostrar o caminho da felicidade. Mas Jesus não precisava 23
apontar para o erro. Quem se encontrava com Ele também se encontrava consigo mesmo e isto bastava para perceber o próprio pecado. Ninguém foi mais sensível à fraqueza humana que Jesus! Os pecadores que se encontraram com Ele experimentaram e testemunharam o profundo humanismo de Jesus. "Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?" É a pergunta do jovem do Evangelho e a pergunta que todos fazem aos moralistas. Jesus é um moralista porque é luz. De fato, o que ele ensinou, e como ensinou, jamais alguém tinha ensinado. Mostrou o Pai com um rosto paterno e cheio de ternura, misericordioso para com todos, bons e maus. ''Ele faz nascer o sol igualmente sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos" (Mt 5,45). Jesus mostrou a fonte do bem e do mal, ensinando uma moral não ligada ao exterior, mas gravada no coração. "O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado" (Me 2,23-28). "É lícito fazer o bem ou o mal em dia de sábado?" (Lc 6,9). Jesus é o Homem da interioridade. O bem e o mal nascem do coração. "Não é o que entra pela boca que mancha o homem, mas o que sai do coração é que mancha o homem" (Me 7,14.21). Maldade e bondade vêm do coração. Jesus é o homem de grande abertura. A prática do bem não tem limites. O crescimento não tem fronteiras fechadas. A generosidade do coração é infinita. Existe um limite inferior, definido pelos "mandamentos negativos": "Não matarás, não rouba24
rás ...". Descer mais baixo desta base, os mandamentos negativos, significa desviar-se do caminho. Mas, para o alto, o limite é a estatura de Cristo. "Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres ... Depois, vem e segue-me". Esta foi a resposta de Jesus ao jovem que já cumpria todos os mandamentos (Mt 19,21). O Jesus moralista é este que pede um mínimo para chegar à santidade: Observa os mandamentos! Mas, para quem quer mais também tem uma proposta: "Dar tudo". A moral de Jesus mostra os limites que não devo ultrapassar. Ultrapassar os mandamentos que proíbem equivale comprometer a mesma estatura humana. Os mandamentos não barram o caminho do homem, apenas canalizam as forças para crescer em dignidade humana e como filhos de Deus. O homem feliz é aquele que compreende o sentido do "vender tudo". Significa ter descoberto o tesouro maior, significa assemelhar-se mais Àquele que deu tudo por mim. "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos" (Jo 15,13). Jesus promete a felicidade. Em promessa já a possuímos, mas tem preço: são as exigências do deixar, do abandonar tudo, até a vida, por causa dele. Mostra-se extremamente rigoroso quando fala da fidelidade dos esposos e do escândalo para os pequenos. "Foi por causa da dureza do coração que Moisés deu carta de divórcio, mas antes não era assim!" (Dt 24,1; Me 10,4-9). Jesus prega uma moral libertadora CM408
de tudo o que impede o crescimento interior, uma moral que declara felizes os que por Ele têm coragem de abandonar tudo, para que o Cristo se possa formar em nós livremente. Abandonar coisas e formas de pensar e agir são exigências interiores de quem escolheu o mais perfeito. Nenhuma proibição, nenhuma ascese terá sentido se não for para dar lugar ao melhor. São João da Cruz fala dos "nada, nada, nada... ", mas sempre em função do "Tudo". De quem aprendemos tudo isso! Quem nos poderia dizer: "Sede perfeitos como eu sou perfeito?" A beleza moral de qualquer ação está escondida no coração, onde só Deus vê. O caminho do amor desce às profundidades; chega até à exigência de amar os inimigos, ao perdoar até setenta vezes sete! (cf. Mt 18,21-22). -Neste caminho, a que altura te encontras? c) Jesus é o Mestre ào caminho àos que querem segui-lo
Como nos consolam as palavras que muitas vezes ouvimos: ''Nem tudo está perdido para quem sabe levantar os olhos para ver Jesus". Jesus tirou do fundo do poço tanta gente! É animador ver jovens e adultos voltando da aventura, filhos pródigos, marcados pela amarga experiência de ter abandonado a casa do Pai, seguindo um caminho onde as setas da lei foram desprezadas e derrubadas! Só Jesus é o Caminho! São os que voltam á procura de Deus que garantem: Só Jesus é a esperança que não desilude! O retomo se faz: CM408
• buscando o caminho da oração profunda; • buscando espiritualidade; • buscando um mestre que conheça o caminho. Precisamos de suas mãos e de sua luz. Precisamos tomá-Lo como guia para que nos ensine a viver e a agir como Ele vivia e agia. Tomemo-nos discípulos, para nos tomarmos pessoas de oração e, assim, sabermos dar mais tempo para quem nos deu uma vida e nos promete e oferece uma eternidade; para que nos estimule a estar com Ele, como Ele está com o Pai. Como era o relacionamento de Jesus com o Pai, quando estava a sós com Ele, em oração? Sabemos que era prolongado, e isto já diz tudo! O contato com o Pai estreitava o relacionamento com o povo. O contato com o Pai gera amor aos irmãos. Por isso Jesus se preparava, estando a sós com o Pai, antes de qualquer atividade. Senhor, Vós sois o Caminho! Sede para nós, aquela nuvem e aquela coluna de fogo que guiava o povo na marcha para a terra prometida! Em todos os momentos sede: • Voz viva, através da Palavra, • Bom Pastor, através de Pedro de Roma, • Alimento, através da Eucaristia, • Companheiro, através dos nossos irmãos de Equipe! -Irmãos, recon truamos a imagem de Cristo!
Pe. Frei Avelino Pertile, SCE SR 25
CELEBRANDO O TRABALHO Caros irmãos e irmãs, a Celebração Eucarística de hoje [... ] oferece-nos a oportunidade de considerar, à luz do mistério pascal, um outro aspecto importante da existência humana. Refiro-me à realidade do trabalho, colocada no âmago de mudanças rápidas e concretas. A Bíblia mostra, em várias páginas, como o trabalho faz parte da condição originária da pessoa humana. Quando o Criador plasmou o homem à sua imagem e semelhança, convidou-o a trabalhar a terra (cf. Gn 2,56). Foi por causa do pecado dos progenitores que o trabalho se tomou fadiga e castigo (cf. Gn 3,6-8), mas no projeto divino ele mantém inalterado o seu valor. O próprio Filho de Deus, ao fazer-se em tudo igual a nós, dedicou-se por muitos anos a atividades manuais, tanto que era conhecido como o "filho do carpinteiro" (cf. Mt 13,55). [ ... ] O trabalho se reveste de fundamental importância para a realização da pessoa humana e para o desenvolvimento da sociedade. É necessário, por isso, que ele seja organizado e executado com pleno respeito à dignidade humana e a serviço do bem comum. Ao mesmo tempo, é indispensável que a pessoa humana não se deixe subjugar pelo trabalho, que não o idolatre, pretendendo encontrar nele o sentido último e definitivo da vida. A respeito disto, chega-nos o oportuno convite contido na primeira leitura do dia: 26
"Recorda-te do dia de sábado para santificá-lo: durante seis dias te fatigarás e farás todo trabalho, mas no sétimo dia é o sábado em honra do Senhor, teu Deus" (Ex 20,8-9). O sábado é dia santificado, isto é, consagrado a Deus, no qual se pode compreender melhor o sentido da própria existência e também da atividade laborativa. Pode-se, portanto, afirmar que o ensinamento bíblico sobre o trabalho encontra seu coroamento no mandamento do repouso. Com muita oportunidade, destaca a respeito o Compêndio da Doutrina Social da Igreja: "Ao homem, que necessita do trabalho, o repouso abre a perspectiva de uma liberdade mais plena, aquela do sábado eterno (cf. Hb 4,9-10). Orepouso permite aos homens recordar e reviver as obras de Deus, da Criação à Redenção, reconhecer-se a si mesmos como obra Dele (cf. Ef 2, 10), render graças a Ele, que é o autor da própria vida e da própria subsistência" (N° 258). A atividade laboral deve estar a serviço do verdadeiro bem da humanidade, permitindo "ao homem, como indivíduo ou como membro da sociedade, cultivar e realizar plenamente a sua vocação" (Gaudium et Spes, 35). Para que isto aconteça, não basta a necessária qualificação técnica e profissional; não é suficiente nem mesmo a criação de uma ordem social justa e voltada ao bem de todos. Mas é sim necessário vi ver uma espiritualidade que ajude os que crêem a CM 408
santificarem-se através do trabalho, imitando São José, que teve de prover, cada dia, com suas próprias mãos, as necessidades da Sagrada Família, e que, por isso, é apontado pela Igreja como padroeiro dos trabalhadores. O seu testemunho mostra que a pessoa humana é sujeito e protagonista do trabalho. Quero confiar a ele os jovens, que têm muita dificuldade de se inserirem no mundo do trabalho, os desempregados e aqueles que sofrem privações devido à crise ocupacional generalizada. Que, com
Maria, sua Esposa, São José vele sobre todos os trabalhadores e obtenha, para as famílias e para a humanidade inteira, serenidade e paz. Olhando para este grande Santo, aprendam os cristãos a testemunhar, em qualquer ambiente de trabalho, o amor de Cristo, fonte de solidariedade e de paz estável! Amém.
P. Bento XVI homilia. 19 de março de 2006 Site do Vaticano Tradução de Sola e Sergio Eq. da Carta Mensal
RETRATO DE MAE Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus e, pela constância de tal dedicação, tem muito de anjo. Que, sendo moça, pensa como anciã e, sendo velha, age com as forças todas da juventude. Quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças. Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre, ferido pelos ingratos. Forte, entretanto, estremece ao choro de uma criancinha e, fraca, se alteia com a bravura dos leões. Quando viva, talvez não saibamos dar-lhe o devido valor, porque, à sua sombra, todas as dores CM 408
se apagam, mas, morta, daríamos tudo o que somos e o que temos para vê-la de novo e dela receber um aperto em seus braços, uma palavra de seus lábios. Não exija de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum, porque eu a vi passar no meu caminho. Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página; eles lhes cobrirão de beijos a fronte e dirão que um pobre viandante, em troca da hospedagem, aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe.
Dom Ramon Angel ]ará Bispo de La Serena Chile Cowb. de Sow e Sergio, Eq. CM Encontrado num álbum 27
Ordenação Presbiteral Padre Anderson Ricardo da Silva foi ordenado presbítero, no dia 12 de dezembro de 2005, pela imposição das mãos de Dom Gil Antônio Moreira, Bispo da diocese e Jundiaí. A cerimônia aconteceu no Santuário Nossa Senhora Aparecida de Vila Rami, em Jundiaí/SP. Que Deus o abençoe e Nossa Senhora guie seus caminhos, Padre Anderson. Lurdes e Durval Eq. N. S. das Graças - Louveira/SP
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Padre Marcelo Villanova Vieira foi ordenado presbítero no dia 08 de janeiro de 2006, na Igreja Santa Rosa de Lima- Rio de Janeiro/RJ, pela imposição das mãos do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Scheid. Desde os tempos de seminarista o Pe. Marcelo foi Conselheiro Espiritual das equipes 150 e 153 do Setor F. Parabenizamos este amigo tão querido que sempre esteve ao nosso lado. Danielle e Sebastião Eq. N. S. da Divina Providência - Setor F - Rio V
••• Pe. Everton dos Santos Carvalho: Nós da Equipe Nossa Senhora de Nazaré, de Taubaté-SP, estamos em festa, pois no dia 1 L de março de 2006, na Paróquia Divino Espírito Santo, em Varginha/MG, nosso Conselheiro Espiritual, Diácono Everton dos Santos Carvalho scj, recebeu a ordenação presbiteral pela imposição das mãos de Dom Aloísio Roque Oppermann. Seu lema: "Quem nele crê não será confundido". Estamos louvando a Deus por esta graça. Que a luz do Espírito Santo o ilumine, para que faça do ministério que assumiu a razão da sua vida e, com alegria, persevere e seja sempre fiel na sua caminhada ministerial. Que Nossa Senhora sempre o inspire e conduza. 28
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Jubileu de Ouro A Diocese de Caruaru esteve em festa no dia 25 de janeiro de 2006, quando Mons. João Bosco Cabral comemorou jubileu de ouro de ordenação presbiteral. A celebração eucarística, presidida por ele, contou com a presença de Dom Bernardino Marchió, nosso bispo diocesano, do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, e de outros bispos, presbíteros, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, familiares, amigos, autoridades civis e massiva presença de fiéis. O nosso querido e incansável Mons. Bosco foi o primeiro Sacerdote Conselheiro Espiritual das Equipes em Caruaru/PE. Preocupado com a caminhada dos casais, tenta conscientizá-los da importância da vivência do verdadeiro matrimónio. Conhecedor da estrutura do Movimento, é defensor e propagador apaixonado das Equipes, participando de todos os seus eventos. Estará presente ao X Encontro Internacional, em Lourdes. Agradecemos ao Monsenhor Bosco a sua dedicação, perseverança, entusiasmo e doação a nós equi~·----------------------pistas. Parabéns! Que Deus lhe conceda mais saúde, para que posRetiro em nosso convívio por sa continuar Setor de Valparaiso muito tempo. Os Casais do Setor de ValJosé/ia e Fortunato Filho paraíso, no dia 4 de março de Eq. 1 - N. S. do Rosário 2006, realizaram seu Retiro anuCaruaru/PE al. Tendo como fundo o tema "Quem dizem os homens que eu sou"? e o lema "Contemplar a Bodas de Ouro face de Cristo", foram levados Ondina e Guilherme Eckel. a viver momentos de intimidano dia 18 de janeiro de 2006, cede com Cristo. No Dever de lebraram 50 anos de união conSentar-se, foram instados pelo jugal, numa comunhão do casal, pregador a descobrir maneiras com Deus e com a família. Esde caminhar juntos na tiveram presentes sua família e espiritualidade conjugal, em busmuitos amigos. Parabéns! Que ca da santificação do casal, reDeus os abençoe e lhes dê forfletindo o texto do Evangelho de ça para caminhar conosco, senJoão 4, 6-15 "Jesus sacia a sede do sempre este casal exemplo do homem". para o nosso Movimento. PerObrigado Senhor. por tantas tencem à Equipe Nossa Senhomaravilhas! ra Aparecida, Setor Mafra-Rio Santina e José Lui::_ Pistori Negro, Região Paraná Sul. CR Regiüo São Paulo Oeste II CM408
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Novas Equipes A) Curitiba • Eq. 33 - N. S. da Conceição Aparecida • Eq. 38 - N. S. do Perpétuo Socorro • Eq. 39 - N. S. de Fátima B) Ponta Grossa • Eq. 01 - N. S. do Perpétuo Socorro C) Litoral
• Eq. 03 - N. S. de Nazaré 1
Nota Na página 12 da Carta Mensal de abril de 2006 Edição N° 407 - consta o artigo A Novidade doCasamento. Trata-se de uma adaptação do artigo O Se-
gredo do Casamento. de Stephen Kanitz, publicado na revista Veja de 14 de setembro/2005. i
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Falecimentos • Maria de Lourdes Pellegrino P. de Andrade. do Raul, no dia 02 de outubro de 2005. Pertencia à Eq. 02- N. S. das Famílias, Setor Jacareí - Região São Paulo Leste I.
• Wanderley Patrocínio, da Vanda, no dia 08 de janeiro de 2006. Era membro da Equipe 10, N. S. Protetora das Famílias. Setor B da Região São Paulo Capital I.
• Isaias Baldin, da Sandra. no dia 8 de fevereiro de 2006. Integrava a Equipe N. Senhora do Rosário, Setor B de Porto Alegrc/RS. • Nice Maria Miceli da Silva, do Enildo. no dia 24-3-2006. Integrava a Equipe Nossa Senhora de Nazaré do Setor C de Porto Alegre/RS.
• Zélia Justo, do Pedro, no dia 11-1112005. Integrava a Equipe N. Senhora de Fátima de Pântano Grande/RS (correção).
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O NOME DE MARlA Não são poucas as pessoas que levam o sublime nome de Maria. Não sei e as muitas Marias das Equipes conhecem a origem do nome com que foram batizadas. Pelo sim, pelo não, aqui vai a explicação que dei para as minhas quatro filhas. É fácil perceber a origem latina do nome. Na verdade, não é puro latim. O nome foi traduzido do hebraico para o grego adotado pela chamada Septuaginta, versão feita por 70 sábios, por volta de 250 a.C dos textos hebraicos do AT. Àquelas alturas, os judeus da diáspora, espalhados pelo império Romano, eram mais numerosos que os da Terra Santa. Sua etimologia é incerta. Talvez provenha do egípcio, onde significava amada. Pode ter recebido o seu sentido do aramaico, onde Mara significa senhora. Mas também pode ter provindo do hebraico, onde aparecem mar, que quer dizer gota, e miryam: mar de amargura. Da combinação das palavras hebraicas mar e miryam teria surgido o nome Maryam: gota do mar. Levado este nome para o latim, o prefixo mar (gota)- em latim stilla - virou stella (estrela), recebendo o nome Maria o significado de estrela do mar. São Jerônimo, apoiado em outros, fez a versão latina da Bíblia, a qual, pelo uso universal no Império, ficou conhecida como Vulgata, e nela inscreveu o nome Maria. Não foi Nossa Senhora a que por primeiro usou este nome. Moisés tinha uma irmã chamada Maria, CM408
aquela que, à frente das mulheres, cantava um cântico de vitória para celebrar a saída do Egito (cf. Ex 15,20-21). É claro, então, que deve ter existido muitas outras Marias (ou Myrians/Maryans) no meio do povo judeu. Nos livros do Novo Testamento aparecem várias, além da mãe de Jesus. Uma é a de Magdala, mais conhecida como Maria Madalena, a qual foi curada por Jesus e que os evangelhos registram como quem teve a honra de ter sido a primeira pessoa a encontrar-se com o Ressuscitado (cf. Lc 8,2; 24,10; Jo 20, 1.11-16). Outra era mãe do apóstolo Tiago (cf. Me 14,47; Lc 24,10). Outra Maria é aquela que, segundo relata o evangelista Lucas, sentada aos pés de Jesus, escutava-O, enquanto Marta desgastava-se no serviço da casa (cf. Lc 10,38-42). Eram ambas irmãs de Lázaro, ressuscitado por Jesus. Fora dos Evangelhos, destaca-se uma outra Maria, que morava em Roma e a quem São Paulo faz referência em sua Carta aos Romanos ( 16,6), provavelmente pelo seu trabalho junto aos cristãos. Depois da era apostólica, na Igreja, muitas mulheres receberam o nome Maria, várias delas canonizadas. E ainda vão surgir muitas outras. A imensa devoção a Maria pelos quatro cantos do mundo faz com que, como forma de carinho, acrescentem-lhe o nome dos lugares em que Ela pode ter aparecido a alguém. Dos que visitei o mais impressionante é o de Lourdes, onde 31
no descampado da gruta sente-se uma atmosfera toda especial, tão convidativa à oração que o silêncio impera absoluto. Ali estivemos Esther e eu, na peregrinação de 1965, das 3 às 4 horas da madrugada, quando um temporal nos apanhou sem que os milhares de peregrinos que ali estavam arredassem pé. Se Deus quiser, lá estaremos em setembro de 2006, em outra peregrinação dos casais das Equipes.
E aí fica o esclarecimento do nome que fizemos questão de colocar em todas as nossas filhas e em um dos filhos, o José Maria. Que Ela, pois, continue abençoando muito a todas as batizadas com o mesmo nome daquela que, em seu seio, gerou o Filho de Deus.
Luiz Marcello da Esther Eq. 1 - N. S. do Sim - Setor A São Paulo Capital I
SACRÁRlO DE JESUS Em sentido bíblico, sacrário significa Tenda do encontro de Javé com seu povo e também Tenda do Testemunho, pelo fato de conter a arca com as tábuas da Lei. Na Igreja, o sacrário é o lugar onde se conservam as hóstias consagradas para a comunhão e adoração dos fiéis. [... ] Maria é chamada sacrário de Jesus no sentido de ter sido a pessoa em cujo interior Deus quis tomar a forma de pessoa humana, para ser um dos nossos e ser, ao mesmo tempo, Deus conosco. O Pai a escolheu, o Espírito Santo a fecundou para nela encarnar-se o Verbo, o Filho. Através dela Deus entrou no mundo para ser vida e salvação da faiTIJ1ia humana e para fazer de todos os povos um só. O sacrário que Maria é não foi feito por mãos humanas. Foi Deus mesmo quem o ornamentou antes 32
que o tempo fosse tempo, fazendo-a imaculada [... ]. Sob o impulso do Espírito Santo, ela vive sua maternidade divina numa progressiva caminhada de fé, de esperança, de obediência e de amor, pela consagração de toda sua pessoa à obra do Filho. Ser mãe de Deus não foi tudo na vida de Maria. Sua missão de mãe tem também a dimensão bíblica do serviço, na linha religiosa do Servo de Javé, como serviço para toda a humanidade, para que se realize em sua vida a vontade salvífica de Deus. Por sermos Igreja, todos temos também um lugar, como Cristo tem, no sacrário do coração de Maria. Entremos aí, para aprender o amor que serve e para aprender que a vida de quem serve por amar é que se torna vida em plenitude!
Pe. Orlando Gambi (Excertos) Extraído do Jornal "O Santuário" CM408
VAMOS A LOURDES! Queridos casais equipistas: Estamos em maio, muito próximos do tão sonhado Encontro de Lourdes. Ao final de maio, mais uma etapa estará vencida: as inscrições serão encerradas após cerca de um ano e sete meses deduração. Em breve a Organização Internacional para o Encontro terá números precisos para detalhar seu planejamento para o evento. Já poderão começar a trabalhar na distribuição dos equipistas pelos hotéis e formar os grupos de reunião de equipe por línguas faladas. A propósito, você já preencheu seus dados sobre línguas faladas e preferência pela língua falada no grupo? Sem essa informação eles não conseguirão fazer o trabalho corretamente e irão colocá-los em grupos que poderão não corresponder à sua preferência. Também a equipe de acolhida já estará trabalhando para recebê-los em Lourdes, onde e quando vocês chegarem. A propósito, vocês já informaram quando e onde chegarão a Lourdes para o Encontro? Eles certamente não irão adivinhar esse seu "segredo", pois só vocês o sabem. Assim, preencham o mais cedo possível o formulário na Internet. Vocês sabiam que o Brasil é o segundo país com maior número de peregrinos? Incrível, não! Apesar das distâncias e da renda dos brasileiros, este nosso povo maravilhoso, com seu entusiasmo, alegria e fé, estará participando com quase CM408
dois mil peregrinos. Aqueles que tiveram a oportunidade de estar em Santiago/2000 puderam se emocionar com aquela multidão de 800 brasileiros vestidos de camisa amarela, os "amarelinhos" (somente os brasileiros tiveram a ousadia de vestir um uniforme). Imaginem em Lourdes , quase 2000 brasileiros com a camisa amarela! A propósito, a SR Brasil vai fornecer as camisas por conta da taxa de inscrição. Mas ... qual o tamanho? Você já informou seu tamanho de camisa no formulário da Internet? Cuidado, você pode correr o risco de ter que emagrecer rapidamente ou ser engolido por uma camisa bem maior que seu tamanho! Não vamos mais cansar vocês com aqueles caminhos complicados de acesso a Internet para preencher seus dados complementares do cadastro, informações sobre chegada e saída de Lourdes e também para consultar seus pagamentos e dados cadastrais. Acho que 33
vocês já sabem. Caso ainda tenham dúvidas, consultem as Cartas Mensais anteriores ou , se preferirem, entrem em contato conosco, ou com seu Casal Regional. Ah, antes de terminar, lembramos que só até 15 de junho os desistentes serão contemplados com devolução de 90 % do valor pago.
Estaremos em contato permanente com vocês através da Internet, onde atualizaremos as notícias sobre o nosso Encontro. Fiquem com Deus. Nosso carinho,
Regina e Cleber Casal Coordenador para o Encontro de Lourdes
TESTEMUNHO DE UM PEREGRlNO Tivemos a oportunidade, Áurea e eu, de peregrinar a Lourdes, com a intenção principal de obter melhora da Áurea na doença crônica que sofre. O que presenciamos é indescritível: Os doentes fisicamente defeituosos são trazidos em carrinhos pretos e completamente cobertos, pois seus aspectos são horripilantes. Eles têm preferência na procissão e na missa. Ficamos tão impressionados que oramos por eles e apenas pedimos à Virgem que nunca deixasse faltar remédio para a Áurea. Quem vai a Lourdes e participa da procissão notuma, acompanhada por 50
mil fiéis, jamais esquece. A emoção de muitos peregrinos chorando copiosamente não se pode descrever. O museu lotado de muletas e tantos outros objetos e fotos atestam os milagres. Na gruta há missa de hora em hora e em vários idiomas. Quem vai a Lourdes não volta igual, pois algo de extraordinário lhe acontece. Vale a pena fazer um esforço maior para ir ao Encontro/peregrinação em Lourdes.
Ênio da Áurea Eq. N. S. de Guadalupe - Setor D Porto Alegre/RS
PREPARANDO O ESPlRlTO As equipes Nossa Senhora Auxiliadora e Nossa Senhora da Confiança, de Santos, acompanhados pelo SCE Mons. Joaquim, na noite de 21 de fevereiro de 2006, realizaram uma procissão até a gruta N. S. de Lourdes, no Bairro José Menino, onde permaneceram em vigília, rezando e meditando os mistérios da Luz, animando os equipistas à participação no espírito da peregrinação a Lourdes, na França.
Mirinha e Ubaldo I Ordélia e Sérgio Eq. N. S. Auxiliadora e N. S. da Confiança - Santos/SP 34
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ESCUTAR COM O CORAÇÃO "Então desceu uma nuvem e os cobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: Este é o meu Filho amado. Escutai-o!" (Me 9,7).
Por que a Escuta da Palavra como Ponto Concreto de Esforço? Porque somos filhos muito amados de Deus. E Ele nos chama, Ele nos quer falar, Ele nos quer envolver em seu amor. Ele mandou seu filho Jesus para nos resgatar para o seu Reino. Por que não escutá-Lo? É isto. Por que não nos deixar abandonar em seu colo? Por que não nos envolver no seu amoroso carinho por filhos necessitados de sua proteção? Penso que é muito fácil se dei-
xar levar. .. Um coração vazio de amarguras e de rancores, um coração livre que, apesar das dificuldades, tem fé, tem esperança e tem alegria de ser filho amado de Deus. Nosso coração precisa estar vazio das coisas do mundo, como o ódio, o orgulho, a inveja, a ganância, a injustiça ... É preciso que nos abandonemos Nele. Então Ele nos abastecerá com tudo o que é preciso para segui-Lo: amor, caridade, paciência, justiça, abnegação, fé, esperança, alegria ...
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Por que Escuta da Palavra?
Porque somos filhos amados de Deus. Ele nos chama e nos quer falar. Ele nos quer envolverem seu amor. Por que não escutá-lo?
Como não segui-Lo? Como não escutá-Lo? Como não procurá-Lo? Sim, para segui-Lo é preciso escutáLo, é preciso conhecê-Lo profundamente. Como faremos? Através da abertura de coração, para que Ele o preencha com o seu amor, com suas palavras, com se us ensinamentos ... E aí leremos a Bíblia, os documentos da Igreja, ouviremos outros falando dele, pregações, livros, programas de TV e Rádio, Jornais, Revistas ... Enfim, tudo que traga suas mensagens. Mas só isto não basta, é preciso ouvir o próximo, é preciso ouvi-Lo. Ouvi-Lo no silêncio, buscá-Lo nas multidões sofridas, buscá-Lo numa 36
manhã de domingo ... ou mesmo numa tarde de temporal ... É preciso vê-Lo na lágrima do próximo, mesmo de um desconhecido. É preciso vê-Lo na travessura inocente de um filho, ou num afazer doméstico, no irmão de equipe que nos confia seus problemas ... É preciso senti-Lo em uma melodia nostálgica ou mesmo em uma valsa estonteante nos braços do amado. É preciso escutar Deus em qualquer lugar e circunstância. A Escuta não se restringe a ler um trecho da Bíblia por alguns minutos e depois meditá-lo rapidamente. A Escuta eficiente é a que fazemos com o coração repleto de vida, vida conduzida por Deus, ou melhor, vida abandonada nas mãos de Deus. É saber que o nosso coração está repleto de alegria, pois temos um grande Bem, o qual não poderemos perder. O aprendizado resultante de nossa Escuta será o amor, com o qual Deu s enche o nosso coração. Então, é deixar transbordar o amor em palavras e açõe , deixar transbordar o coração repleto, na alegria de sermos filhos amados de Deus. "Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-vos o Reino! Vendei vossos bens e dai de esmola. Fazei bolsas que não fiquem velhas, um te ouro inesgotável nos céus, onde o ladrão não chega, nem a traça rói. Pois onde está o vosso tesouro, aí também estará o vosso coração". (Lc 12, 32-34).
Luzia do Paulo CR Região São Paulo Leste II CM 408
ESCUTA DA PAlAVRA 1. Um dos pontos concretos de esforço espiritual na vida dos equipistas de Nossa Senhora é o que se convencionou chamar de Escuta da Palavra. Quase todas as espiritualidades cristãs insistem nessa familiaridade com as Escrituras, na assiduidade em ouvir a Palavra de Deus. O livro Atos dos Apóstolos, em suas páginas inaugurais, descrevendo a vida dos primeiros cristãos, diz: "Eles freqüentavam com perseverança a doutrina dos apóstolos" (2,42). 2. Sabemos que a Escritura está densamente presente na vida da Igreja. Em nossos tempos, tivemos a alegria de ver valorizada a Mesa da Palavra na liturgia eucarística. Por ocasião da administração dos sacramentos são proferidas leituras bíblicas. Pede-se que até mesmo por ocasião da recepção do sacramento da Confissão haja uma leitura. Na Liturgia das Horas, oração oficial dirigida pela Esposa Igreja ao seu Amado, os orantes entram em contacto com a Palavra. Os monges faziam uma leitura continuada das páginas das Escrituras que denominavam em latim de Lectio divina. 3. Quando dizemos Escuta da Palavra, pensamos imediatamente no texto dos livros do Antigo e do Novo Testamento impressos em papel. Na realidade Palavra, com p maiúsculo, é o Pai ou Cristo. CM408
Através das Escrituras Deus fala diretamente aos seus, Cristo se torna presente na interioridade de cada um. Não estamos simplesmente diante de uma leitura, mas de uma escuta com as entranhas. Às vezes, o Cristo ressuscitado se serve de acontecimentos importantes para nos falar. 4. A Escuta da Palavra não é uma atividade livresca, mecânica ou meramente intelectual. Tratase de uma visita profunda que Deus faz ao nosso interior e ao coração dos cristãos para revelarlhes seu amor, tornar-se presente em suas vidas, confirmá-los em seu bom propósito e corrigir os desvios de rota. Os que se abeiram das Escrituras saberão "tirar as sandálias dos pés", porque a terra em que pisam é santa. Não se trata, evidentemente, de entender os caracteres impressos no papel proclamados por alguém, mas de acolher em si o Deus que quer arrancar um assentimento ao seu bem querer por nós. 5. Um texto dos salmos sempre nos impressiona: "Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor e não endureçais os vossos corações! (Sl 94,8). Catástrofe sem nome pode ocorrer a uma pessoa que não tenha mais a capacidade de fazer lugar em si para ouvir aquele que tem coisas essenciais a lhe dizer. O seu cora37
ção tornou-se pedra. Não poderá tornar-se santo. 6. Escuta da Palavra ainda não quer dizer meditação, embora seja um primeiro passo para tanto. A escuta pode ser pessoal, em casal ou na assembléia reunida. Escutar supõe que alguém leia a Palavra ou então nós mesmos percorramos o texto com os olhos atentos e o coração sequioso. Nossa época não sabe mais o que significa ler. Devoramos afoitamente o texto em papel impresso, este papel impresso escrito rapidamente para ser lido no jornal de hoje que amanhã servirá de tapete para o chão do carro que acaba de ser lavado. Um monge escrevia mais ou menos o seguinte: para saber ler antes de mais nada é preciso compreender o que vem a ser um texto: um monumento vivo, uma mensagem, um testemunho que merece infinito respeito. As mais das vezes, o autor colocou nessas páginas o melhor de seu pensamento, a substância de sua vida. Necessário concentrar o que há de melhor para perscrutar uma tal confidência. Tudo ganha mais amplitude quando pensamos que se trata de ouvir a voz do Senhor. Por isso, não é qualquer leitura apressada que os equipistas poderão designar de Escuta da Palavra. Este ponto concreto merece especiais cuidados. Ele nos leva à conversão, se devidamente realizado. 7. Há certas condições que devem ser buscadas, embora nem 38
sempre atingidas. Calma: não querer fazer da leitura uma corrida contra o relógio, dar tempo ao tempo, entrar numa atmosfera de recolhimento e de eternidade, porque o texto vem da eternidade de Deus. Silêncio: exterior e interior. Não dá para ler com a televisão ligada ou no meio de barulho. Que sentido terá a escuta quando estamos agitados, pensando em nosso ego, em nossas coisas, cobertos de desejos, tramando retaliações e alimentando desejos impossíveis? Essa berraria não nos deixa escutar. Esses ruídos interiores são mais perniciosos do que os barulhos exteriores. Atenção: padecemos hoje a grande doença da incapacidade de fixar nossa atenção. O resultado é que ficamos na casca das coisas, sem atingir o cerne do texto. Ou então fazer bordados interiore em torno de pormenores da leitura que não são relevantes. Necessário tomar providências: atitude do corpo, boa claridade, ler devagar, deixar a alma se tocar. 8. A Escuta da Palavra conjugal, feita cotidianamente ou freqüentes vezes, ilumina o momento atual da vida a dois, da vida da família, da doença de um membro da família, da morte de um ente querido, da busca da santidade a dois. Nem sempre é possível separar Escuta da Palavra e Meditação. Os que ouvem atentamente a Palavra são mergulhados na oração meditativa. CM 408
9. Três pensamentos de homens espirituais podem nos ajudar a compreender o sentido e a prática da Escuta da Palavra: • "A leitura, por assim dizer, apresenta um alimento substancial, a meditação a mastiga (a tritura), a oração percebe o seu sabor, a contemplação é esta doçura (que rejubila e restaura)". (D. Guilgues, o Cartuxo)
Os que se abeiram das Escrituras saberão •tirar as sandálias dos pés porque a terra em que pisam é santa. Não se trata de entender os caracteres impressos no papel, mas de acolher em si o Deus que quer arrancar um assentimento ao seu bem querer por nós. 11
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• "Por que te distrais com tantas coisas variadas, preocupado com o comer, o beber, com a cama, com a roupa que vais vestir, instado apenas por necessidades corporais, enquanto podes tudo isto encontrar numa só coisa, ou seja, na Palavra de Deus? Esta última é o verdadeiro maná, contendo todos os sabores, todo delicioso perfume; nela se encontra o autêntico repouso, toda fragrância deliciosa, suave e salutar, alegre e santa". (São Bernardo de Claraval) • "Recolhidas com zelo (as palavras sagradas), cuidadosamente guardadas ou etiquetadas nos escaninhos da alma, marcadas com o carinho do silêncio, com elas acontecerá o que sucede com vinhos de perfume suave, que alegram o coração do homem. Amadurecidas por longas reflexões e nas lentidões da paciência, havereis de derramar essas palavras sagradas a partir do vosso peito, como ondas de perfume de bálsamo; como uma fonte que não cessa de jorrar elas se transformarão em caud ais de experiência, riachos transbordantes de virtudes: tais palavras brotam do vosso coração, como rios que não deixam de manar". (João Cassiano, monge do deserto)
Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM, SCE Setor B Petrópolis/RJ 39
ESFORÇO COM AMOR Desde que entramos nas ENS, no início de 2001, procuramos vivenciar os Pontos Concretos de Esforço. Nunca foi fácil para nós cumpri-los com perfeição. Sabemos que seguir a Deus exige esforço, perseverança. Mas não imaginávamos que fosse algo exigente o simples fato de reservarmos um pouco do nosso tempo (que na verdade pertence a Deus) para fazer algo simples como ler sua Palavra, meditá-la, o casal orar junto, pedindo luzes para viver as graças do sacramento do Matrimônio, conversar com o cônjuge na presença do Senhor, escolher uma regra para a santificação de nossa vida e nos retirarmos durante algum momento no ano para nos avaliarmos e meditarmos sobre nossa vida. Nós temos sempre a sensação de que somos donos da nossa vida, de nosso nariz. Esquecemos que Deus é o nosso Senhor, o nosso Pai. Muitas vezes achamos que temos que nos esforçar para conseguir coisas e nos esquecemos que antes precisamos ser alguém. Os PCE nos ajudam a retomar o rumo, a rever nossa caminhada. No contato diário com nosso Pai, através da escuta da sua Palavra, poderemos observar se estamos no caminho certo e o que ainda precisamos melhorar. Muitas vezes, somos pedras pontiagudas e a Escuta da Palavra, a Meditação e o diálogo com o nosso cônjuge, atra40
vés do Dever de Sentar-se, vão nos lapidando, tornando-nos pedras mais lisas. No ano que terminou, passamos por um momento de intensa reflexão. Revimos nossas vidas, nossos defeitos, nossas virtudes, nossa vontade de nos aproximar de Deus. Tivemos dificuldade em nos comunicar, em sentarmos juntos e nos centrarmos para uma conversa, em casal, diante de Deus. Mas, com Ele tudo é possível. E, aos pouquinhos, com bastante esforço, retomamos a Escuta da Palavra com maior intensidade, o que restaurou entre nós a paz de espírito e o equilíbrio necessários para uma vivência a dois. Depois, a dar mais atenção à Regra de Vida, que é um ótimo caminho para a correção de imperfeições ou aperfeiçoamento de virtudes. O Dever de Sentar-se foi se tornando um prazer de sentar-se, e a Meditação e a Oração Conjugal passaram a fluir com mais facilidade. Porém, o PCE que mais nos ajudou, coroando o nosso ano com um banho de Deus, foi o Retiro. Como é bom estarmos mais próximos de Deus! O Retiro fez por nós o que vários Dever de Dentar-se não conseguiram: que falássemos a mesma linguagem. Percebemos, através da meditação do caminho de Emaús, que com amor, por amor e no amor tudo é possível, ou melhor, em Cristo, por Cristo e com Cristo tudo é possível. Jesus Cristo realmente CM 408
caminhou conosco naqueles dias e pudemos nos encontrar com Ele. Que durante este ano de 2006 possamos, todos nós, ter força suficiente para realizar
os nossos PCE com amor.
Germara e Wellington Equipe 48 A - N. S. dos Anjos - RCO II
LElTE E MEL? Moisés, preocupado com o futuro do povo de Deus, alerta para que todos prestem atenção a si mesmos, pois sabe que o povo tem memória fraca. Relembra a eles a saída do Egito e os quarenta anos de permanência no deserto, onde Deus se manifestou a eles com sinais e prodígios. Assim mesmo, muitos se esqueceram e duvidaram, não merecendo entrar na terra prometida. Até ele próprio se inclui entre os que duvidaram (Dt 8). De fato, o povo, numa terra onde corre leite e mel, sem a experiência do deserto, acaba poresquecer o Deus da libertação. Mas Deus nos ama tanto que nos envia o seu Filho, para nos mostrar que a terra prometida é mais do que um lugar na geografia do mundo. É um lugar preparado para nós por Ele, onde mais do que leite e mel, teremos a vida eterna. "Existem muitas moradas na casa de meu Pai ... Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo14 2-6). Novamente, para entrarmos também nesta terra prometida por Deus, temos que, da mesma forma que Moisés nos alertou, prestar atenção a nós mesmos. Realmente estamos seguindo o Cristo? Somos verdadeiros? Somos portadores da vida? Para nós, o Retiro é sempre esta CM 408
experiência de deserto que precisamos fazer, para não ficarmos só à procura dos nossos interesses. Apelos que o mundo nos faz de conforto, de progresso, de liberdade, de prazer e de segurança, que são legítimos, mas muitas vezes nos tornam prepotentes, orgulhosos e autosuficientes, limitando-nos como no Antigo Testamento à procura de uma terra física, onde corre leite e mel e onde existe pouco amor e paz. Só quando o Israel se voltava para Deus é que havia paz durante algum tempo. Nós também, quando saímos do retiro, ficamos em paz interior durante algum tempo. Pelas nossas vivências, percebemos que continuamos a ser um povo de memória fraca, apesar dos esforços que fazemos nos outros PCE, para viver durante o ano suas normas e estatutos. Precisamos prestar atenção a nós mesmos em um retiro anual e assim, Deus nos protegerá, como fez a nossos antepassados na fé, e nos dará sinais e prodígios. Caminhemos todos para a santidade, fortificando-nos com a graça de Deus em um retiro.
Tereza e Tiago CR Região São Paulo Centro I 41
CASAl RESPONSÁVEl "Confia os teus cuidados ao Senhor e ele te sustentará" (SI 55).
Em 2005, Deus nos chamou por meio dos nossos irmãos equipistas para assumirmos a função de Casal Responsável de Equipe. Encaramos esse chamado à responsabilidade como uma oportunidade de crescer como casal e Igreja e principalmente de conhecer mais o nosso movimento. Junto com nossos irmãos de equipe e o apoio do SCE, Pe. Marcos, crescemos e vivenciamos os nossos PCE. Dificuldades? Sim, as tivemos! Mas valeu a pena. Demos o nosso sim para a equipe, com muito entusiasmo e, principalmente, muita oração e perseverança. Embora muitas vezes não queiramos, devemos aceitar que dificuldades sempre existirão. Tudo, porém, depende de nós,
não do destino. Nós fomos ao trabalho com alegria e rezamos com amor. Nos dedicamos mais um ao outro, como casal, aos nossos filhos, à farru1ia, à nossa equipe. Com o propósito de sermos melhores, de ajudar e de amar, não desanimamos, ciente de que para chegar às rosas precisamos passar pelos espinhos. Nada cai pronto do céu, não há felicidade sem esforço e perseverança. Graças a Deus, nos esforçamos para sermos mais amigos, mais irmãos, mesmo nos desentendimentos. E a vida nos sorriu.
Carmem e Cleber Equipe 48 A - N. S. dos Anjos RCO II
SÓ PARA PESSOAS FENOMENAIS Tenha sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos ... Mas o que é importante não muda; a tua força e convicção não têm idade. O teu espírito é como qualquer teia de aranha. Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida. Atrás de cada conquista, vem um novo desafio. Enquanto estiveres viva, sente-te viva. Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo. Não vivas de fotografias amarelecidas ... Continua, quando todos esperam que desistas. Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti. Faz com que em vez de pena, te tenham respeito. Quando não consigas coner através dos anos, trota. Quando não consigas trotar, caminha. Quando não consigas caminhar, usa uma bengala. Mas nunca te detenhas!
Madre Teresa de Calcutá 42
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ACREDlTAR, CONAAR, AGlR Quem pertence às Equipes de Nossa Senhora e acredita nas mensagens do Evangelho não pode ter receio de iniciar um trabalho comunitário, por maiores que sejam as dificuldades. O Evangelho de João, no capítulo 14, em diversos versículos, nos dá esta certeza. No versículo 6, Jesus Cristo afirma que "é o Caminho, a Verdade e a Vida" e, mais adiante, no versículo 12: " ... quem crê em mim fará as obras que faço e fará até maiores do que elas". Pura verdade. Este último trecho nos faz confiar que teremos pleno êxito em qualquer atividade a que formos convidados a atuar, seja numa entidade filantrópica, nas inúmeras pastorais existentes ou em qualquer trabalho comunitário. Conscientes ou não das palavras de Cristo, os equipistas de várias equipes de Valinhos, associados a outras pessoas igualmente otimL tas e determinadas, ingressaram na APAE de Valinhos como voluntários. A tarefa a executar não era tão simples, pelo contrário, exigia do grupo muita disponibilidade, garra e coragem: construir a sede própria da APAE, projeto de 2000m2 de construção, para substituir a sede provisória situada no centro da cidade, local cedido pela Arquidiocese de Campinas. O projeto da nova casa foi elaborado gratuitamente pela Faculdade de EngenhaCM408
ria da Unicamp, especialmente dimensionado para um terreno de 11.000m2 que fora doado à APAE de Valinhos. A diretoria da entidade, formada por equipistas e outras pessoas, aceitou o desafio, mesmo ciente do arrojado projeto e das dificuldades financeiras que acompanham todas as entidades filantrópicas do País. Foi iniciado em julho de 1999, com o lançamento da pedra fundamental, com término previsto para 2008. Dentro de 6 meses, seguramente, estaremos colocando em funcionamento a obra completa em benefício de 230 alunos com deficiência que serão atendidos pela APAE. Isto significa que em 6 anos a nova sede está disponível para oferecer uma assistência de melhor qualidade em diversas áreas, tais como: Centro de Capacitação Profissional, artes, reciclagem de papel, pintura, tear, Silk-Screen, fanfarra, musicalização, teatro "Vem Ser", grupo de percussão e esportes em geral. As razões deste sucesso? Os integrantes da diretoria da APAE afirmam com absoluta certeza que foi a crença nas palavras do Cristo, contidas no Evangelho segundo João. Nunca nos faltou ajuda da comunidade, do poder público, das empresas e de centenas de pessoas que, no anonimato, contribuíram para a entidade. 43
Parece até, em algumas ocasiões, que o maná caiu do céu, inesperadamente, sob forma de doações financeiras e outras espécies. Quando os cofres estavam vazios, surgiam recursos surpreendentes, muitos sem se saber a origem. Estes fatos só podem ser ex-
plicados pela fé que depositamos nas palavras de Cristo: "E o que pedirdes em meu nome, eu o farei ... . Se me pedirdes algo em meu nome, eu o farei" (Jo 14,13-14).
Rui Meirelles Eq. 1 - Valinhos/SP
QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU? Este é o nosso tema em preparação para o Encontro Internacional de Lourdes. Cristo será o centro da nossa reflexão. Toda nossa vida cristã deverá concentrar-se em Cristo, a quem devemos conhecer, amar e dar nossa adesão, para Nele viver e assim nos transformarmos em pessoas e casais melhores. Vivemos numa época em que se fala pouco de Deus, já dizia o nosso fundador, Pe. Caffarel. Fala-se pouco porque se O conhece pouco. Para amá-Lo, precisamos conhecê-Lo mais. Este tema é uma excelente oportunidade para que isto aconteça. Será importante reforçar e aprofundar o nosso conhecimento na fé e mergulhar na intimidade de Cristo. Responder simplesmente "Tu és o Messias" não é
suficiente, porque a nossa resposta exige conversão. Cristo pede de nós uma resposta madura, a Igreja espera de nós uma fé coerente e consistente. É preciso aprender a ver Deus, que também nos fala através das pessoas, principalmente do nosso cônjuge. O tema proposto pelo Movimento muito nos ajudará a vivenciar melhor os PCE, durante todo este ano. Conhecendo melhor o Cristo e seguindo o lema: Casal, chamado a contemplar a face de Cristo, progrediremos no amor de Deus, para podermos tornar presente o rosto de Jesus Cristo para o nosso cônjuge, a família e a comunidade.
Fernanda e José Carlos Equipe 48 A - N. S. dos Anjos RCO II
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DESCOBERTA DE CRlSTO PElAS 1V1ÃOS DE MARlA "André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram a Jesus. Ele encontrou primeiro o seu irmão Simão, e lhe disse: "Nós encontramos o Messias (que quer dizer Cristo). E o conduziu a Jesus ... " (Jo 1,40-42)
O Apóstolo André, assim que viu Jesus, teve a certeza de que tinha encontrado o Messias e, como nos conta São João, foi levar essa boa notícia a seu irmão Simão. Por quê? Por que essa necessidade de contar aos outros que Jesus Cristo é o Senhor? O que André sentiu sentimos também nós, quando descobrimos Jesus. A experiência da descoberta do Cristo, que a cada dia se renova em nós, impele-nos a comunicar aos outros, com alegria, essa boa nova, essa notícia fantástica que muda nossa vida para sempre e nos abre o caminho para o encontro com o Pai. E é essa ação missionária a essência da missão da Igreja dada pelo próprio Cristo: "Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tomem discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei. Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mt 28, 19-20) É esta a ação missionária da Igreja, a nossa missão, como casais seguidores de Cristo. Mas para realizáCM408
la precisamos, a cada momento, descobrir e redescobrir o Cristo, como pessoas e como casais. O que Jesus Cristo significa para nós, no nosso dia a dia, no nosso trabalho, no convívio diário com tantas pessoas que têm idéias tão diferentes sobre quem é o Cristo? No nosso convívio familiar, na educação e no diálogo com nossos filhos, na nossa vida de equipe e na comunidade paroquial? Cristo é Rei e Senhor de nossas vidas, todo o tempo e em todos os lugares, em nossa casa e fora dela, quando estamos próximos de pessoas estranhas ou não. Precisamos descobrir e redescobrir Jesus Cristo. Precisamos estar sempre atentos, porque Ele se revela a nós em todos os momentos de nossa vida. Mas não basta descobrir o Jesus histórico, o grande profeta, o Filho enviado por Deus, o pregador supremo do Amor e da Justiça. Precisamos descobri-lo na intimidade, como Aquele que se fez nosso irmão, e nos faz chamar seu Pai de nosso Pai. Precisamos descobrir o Amigo sempre disposto a nos dar o per45
Se nós nos deixarmos
levar pelas mãos de Maria, descobriremos Jesus Cristo, o Salvador.
dão e que promete testemunhar a nosso favor diante do Pai: "Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante do meu Pai que está no céu" (Mt 10,32). Cristo também é exigente, pedenos fidelidade e trabalho, não admite falsidade nem que descuidemos de nossos irmãos. "Porque eu estava com fome, e vocês não me deram de comer; eu estava com sede, e não me deram de beber; eu era estrangeiro, e vocês não me receberam em casa; eu estava sem roupa, e não me vestiram; eu estava doente e na prisão, e vocês não me foram visitar... " (Mt 25,42). Jesus veio ao mundo, foi crucificado, morreu e ressuscitou dentre os mortos, fazendo a vontade do Pai para sal var todos os homens, para libertar toda a humanidade de todo pecado e injustiça. E nós, como casais cristãos, vivendo neste século, 46
participamos ativamente de sua obra de salvação. Unidos a Ele pelo Batismo e sendo sacramentos da sua união com a Igreja, pelo sacramento do Matrimônio, seremos casais que cumprem a vontade do Pai, amando os irmãos e, profeticamente, denunciando com palavras e com nosso viver toda forma de opressão e marginalização, buscando construir a justiça e a paz. Cristo nos deixa a sua Paz e essa paz tão desejada deve ser construída a cada momento em nossa vida de casal, na farru1ia, na equipe, na comunidade. Edificada na comunhão ecumênica entre os cristãos e, sobretudo, buscada nas pequenas coisas do dia a dia, no relacionamento com o próximo, na defesa do pobre e do oprimido, na nossa opinião e ação política. O Magnificat é um hino cantado por Maria, porque se cumpriu a promessa de Deus de realizar a salvação, cumprir toda a justiça, que se concretiza plenamente em Jesus Cristo, na sua vida missionária, na sua paixão, morte e ressurreição e que Ele continua a realizar pelos séculos, na missão dos cristãos. O SIM de Maria permitiu que a vontade de Deus fosse realizada, que a justiça e a paz fossem restauradas. É por isso que nós, se nos deixarmos levar pelas mãos de Maria, descobriremos Jesus Cristo, o Salvador.
Ilka e Geraldo Eq. 12-C - N. S. da Paz Granja Viana - Cotia/ SP travassos@isomed.com.br CM408
A CRUZ DO MATRlMÔNlO Há dias, li uma história com uma mensagem belíssima que transcrevo: "Em Siroki Brieg, com 13 mil fiéis, não há um único divórcio. Será que a Herzegovina goza de um favor especial do céus? Existe algum truque mágico contra o demônio da divisão? A resposta é muito simples. Durante séculos sob domínio turco, e depois comunista, os croatas sofreram cruelmente, porque queriam tirar-lhes a fé cristã. Eles sabem, por experiência, que a salvação lhes vem da cruz de Cristo. Por isso, ligaram o casamento que dá a vida humana, à cruz de Cristo, que dá a vida divina. Quando um jovem casal se prepara para o casamento, não se lhe diz que encontrou a pessoa ideal. Não! Que diz o Padre?- "Você encontrou sua cruz. E é uma cruz para amar, uma cruz para carregar, uma cruz que você não deve rejeitar". Quando os noivos se dirigem para a igreja, levam consigo um crucifixo que é abençoado pelo padre e reveste-se de suma importância na cerimônia. A noiva pousa a mão direita sobre a cruz e, por sua vez, o noivo põe a mão sobre a da noiva e as duas mãos ficam assim reunidas sobre a cruz. O sacerdote coloca a estola sobre as mãos dos noivos, que pronunciam seus compromissos e prometem mútua fidelidade, segundo o rito da Igreja. Depois, os noivos não se beijam, mas beijam a cruz. Eles sabem que CM408
beijam a fonte do amor. Quem vê as mãos deles estendidas sobre a cruz compreende que, se o marido abandona a esposa ou ela abandona o marido, é a cruz que eles abandonam. Quando se deixa a cruz, perde-se tudo, perde-se Jesus. Depois da cerimônia, os noivos levam o crucifixo e dão-lhe um lugar de honra na casa. É o centro da oração familiar, porque têm a convicção de que a família nasceu desta cruz. Se sobrevém um problema, se há um conflito, é diante de Jesus na cruz que os esposos vão encontrar o socorro. Diante de Jesus derramarão suas lágrimas, chorarão seus sofrimentos e, sobretudo, trocarão o perdão. Eles ensinarão os filhos a abraçar a cruz de cada dia e a não se deitarem sem ter agradecido a Jesus." Pensemos: em que lugar colocamos a cruz no nosso amor matrimonial? Ao assistirmos a celebração de um casamento, desejamos aos noivos que Cristo siga com eles e permaneça em suas vidas?
José Adriana Gonçalves do Jornal O Lutador 47
ROTINA Estou cansada de trabalhar e ver todos os dias as mesmas pessoas. Em casa, encontro a mesma comida para o jantar, meu marido do mesmo jeito, com o mesmo mau humor. Entro no banho e logo ele reclama. Quero descansar e assistir minha novela, mas meus filhos não deixam. Querem brincar comigo e conversar. Meus pais também me irritam algumas vezes e entre trabalho, marido, filhos, pais e cuidar da casa, eles me deixam louca. Quero Paz! A única coisa boa é dormir. Ao fechar os olhos sinto um grande alívio .. . Ao dormir.. . - Olá, vim te ajudar. -Quem és tu? - Deus ouviu tuas queixas ... - Isso não é possível, para isso eu teria que estar... - Isso, tu estás. Não terás mais de ver sempre as mesmas pessoas, agüentar o teu marido, suas reclamações e mau humor, teus filhos que te irritam, escutar os conselhos de teus pais, nem qualquer casa para cuidar. - Mas .. . Que acon tecerá com todos? Com meu trabalho? Minha casa? - Não te preocupes. No trabalho já contrataram outra pessoa para o teu lugar e ela certamente está muito feliz porque estava sem trabalho. - E meu marido, meus filhos? Teu marido casou de novo. E sua mulher admira as qualidades dele, respeita seus gostos e é tolerante com os seus defeitos e suas reclamações. Além disso, ela se preocupa com teus filhos como se fossem filhos dela. E isso lhe dá uma alegria muito grande, 48
já que é estéril. Por mais cansada que chegue do trabalho, sempre encontra tempo para brincar com eles e para conversar com o marido. Todos estão muito felizes. -Mas não quero isso! - Sinto muito, a decisão foi tomada. - Mas isso significa que jamais voltarei a beijar o rostinho dos meus filhos, nem dizer "eu te amo" ao meu marido, nem dar um abraço nos meus pais e mostrar a todos eles o quanto são importantes na minha vida. -Não, não quero morrer! Quero viver, envelhecer junto ao meu marido, fazer a viagem que há muito planejamos, colocar aquela roupa que comprei há mais de um ano, levar meus filhos ao passeio que sempre prometi. Não quero morrer ainda .. . - Mas era o que tu querias .. . Descansar. Agora tens teu descanso eterno. Dormes para sempre. - Não, não quero! Por favor, Deus! -Que aconteceu, amor? Tiveste um pesadelo? Perguntou meu marido, acordando-me carinhosamente. - Sim, um pesadelo horrív ... Parei a frase ao meio, olhei seu rosto preocupado comigo, ali do meu lado, e sorrindo, falei: - Não meu amor ... não tive pesadelo nenhum, mas um encontro com Deus, que nos adora, e que acaba de me dar uma nova oportunidade.
André e Camila Equipe 48 A - N. S. dos Anjos RCOII CM 408
Meditando en1 Equipe O mês de maio é dedicado a Nossa Senhora e às mães. Nos dias de hoje, enquanto a mulher luta pelo reconhecimento de seu valor e de sua igualdade, há a degradação de sua dignidade pelo uso comercial do corpo feminino e de outras formas de abuso e exploração. Jesus Cristo teve uma relação muito amistosa e construtiva para com as mulheres. O paradigma dessa relação é sua mãe. Por isso, vamos aproveitar esta oportunidade para não só valorizar a mulher, mas também para promover a sua dignidade, usando os meios que nos são acessíveis, por mais simples que sejam.
Escuta da Palavra em )o 4,1-2 5 Sugestões para a meditação: 1. Quais são as lições dadas por este texto quanto à relação homem e mulher? 2. Qual o ensinamento de Jesus para a samaritana? 3. Que ensinamento traz este texto para a vida de casados e a vida familiar? Pe. Geraldo
Oração litúrgica (Oração final da Encíclica Deus carítas est de Bento XVI)
Santa Maria, Mãe de Deus, Vós destes ao mundo a luz verdadeira, Jesus, vosso Filho - Filho de Deus. Entregastes-Vos completamente ao chamamento de Deus e assim Vos tornastes fonte da bondade que brota dEle. Mostrai-nos Jesus. Guiai-nos para Ele. Ensinai-nos a conhecê-Lo e a amá-Lo, para podermos também nós tornar-nos capazes de verdadeiro amor e de ser fontes de água viva no meio de um mundo sequioso .