ENS - Carta Mensal 417 - Maio/2007

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CARTA MENSAL Equipes de Nossa Se nhora

EDITORIAL Da Carta Mensal .. .... .... ... ... ... ......... 01

SUPER-REGIÃO Maria busca um lar .... ... ...... .... .... .. 02 É preciso acreditar no amor! ...... .. 03 A espiritualidade conj ugal e o sacramento do mat rimônio ..... .. 04

CORREIO DA ERI Um novo Conselheiro Espiritual para a ERI ..... ... ... .. .... ... ...... ..... ........ 06 Jesus estava sentado junto ao poço ... ............ ......... ..... ... 07 Notícias internacionais: Zona américa .. .. ......... .... .. .. .... ........ 09

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ...... 36

MARIA A anunciação do senhor .......... ...... 40

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Regra de vida ...... ...... ..................... 42 Oração conjugal .. .......................... 43

TESTEMUNHOS Caminhando juntos ...... ............. .. .. 44 Alegre missão .. .... .... .. .. .... .. ............ 44 Perseverar sempre .... ..................... 45

VIDA NO MOVIMENTO Os EACRE de 2007 ........... ..... ..... .... 1 2

ATUALIDADE Um santo para todos os tempos .... .. .. .. ............ ...... 46

FORMAÇÃO Ser equipista ..... .. .... .. ... ..... ........... .. 30

REFLEXÃO O catador de papel .. ...................... 48

TEMPO DA IGREJA Pentecostes .... ... .. .. .. .................. .... . 32 Ser mãe é escolher um caminho .. . 34

EdiJoração Eletrônica e Produção GráfiCa: Nova 8a11deira Prod. Ed. R. Turiassu, 390 - I1• andar. cj. I 15 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxxll ) 3677.3388

Registro "Lei de Imprensa " ,.. 219.336 livro 8 de 09.10.2002

Avani e Carlos Clélia e Domingos Luciane e Marcelo Sola e Sergio Pe. Geraldo Lui: 8. Hackmann

Edição: Equipe da Carta Mensal

Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)

lmpressiW: Cly

Graciete e Gambim (responsáveis)

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

Tiragem desta edição: 19.200 exemplares

Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora

Fotomontagem da capa: Roberta S. Gambim

Canas, colaborações, notí-

cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar · conj. 53 OI 309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxxll) 3256. 1212 Fax: (Oxxll) 3257.3599 cartamensa l@ens.org.br

NC Graciete e Gambim


Queridos Irmãos e Irmãs: Apresentamos a Edição 417 da Carta Mensal. Maio, Mês de Maria, a cheia de graça, por cujo sim nos veio Jesus Cristo Salvador. Do sim de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, falanos Frei Avelino e também Pe. Caffarel, em palavras resgatadas de um livro seu. Maio, mês do aniversário das ENS no Brasil. 57 anos são motivo para "nos ocuparmos em refletir sobre os meios que a pedagogia do Movimento oferece aos equipistas para ajudá-los a buscar a graça no fundo da própria união conjugal" e, assim, cada casal venha a ser uma base de evangelização, orientam Graça e Roberto. Maio do Dia das Mães, as heroínas do dom da vida. Luciane faz um depoimento e Pe. Geraldo, em meditando em Equipe, nos convida a refletir sobre o ser mãe. Neste ano, em maio (13 a 31) acontece a V Conferência Geral do Episcopado da América-Latina e Caribe, a realizar-se em Aparecida/ SP. Acompanharemos esse encontro, principalmente com orações, atentos às orientações que os bispos reunidos nos proporão para que todos sejamos mais discípulos e missionários de Jesus Cristo. Na senda da V Conferência do CELAM, vem até nós o Papa Bento XVI, para a abertura daquela importantíssima reunião. O Papa presidirá, ainda, a primeira canonização de santo nascido no Brasil, Frei Gaivão. Para coroar CM 417

o mês, a celebração do Pentecostes, a solene festa do Espírito que anima a Igreja e as ações boas de cada coração humano. Os testemunhos dos EACRE retratam a vitalidade do Movimento: um ardor pascal de renovação e um novo esforço na animação dos casais para que entendam a espiritualidade conjugal e, vivendo-a, com a ajuda dos PCE, possam melhor realizar a própria vocação à santidade. Cada EACRE transmitiu as orientações do Movimento para este ano, com as peculiaridades próprias da Região, através das quais os CRE já animam os casais de suas equipes, onde realmente o Movimento acontece. É na santificação de cada casal que o Movimento adquire razão de existir. Nesse viés, em Palavra do Provincial, Eunice e Milton refletem: O casamento não é uma cerimônia linda certo dia realizada numa igreja, mas é a vida do casal celebrando continuadamente o sacramento do Matrimônio, que atualiza para os cônjuges as graças batismais de salvação e de santidade, como esposos e como pais. O Movimento não é uma reunião de amigos, mas lugar onde amigos mutuamente se ajudam, com esforço, na caminhada progressiva da santificação. A todas as mães, parabéns! Que a Mãe de Deus as proteja!

Graciete e Avelino Gambim Carta Mensal


MARlA BUSCA UM LAR Caríssimos Casais e Conselheiros: Maria é a Mãe do Senhor, a Mãe de Deus. Esta é uma verdade de fé. Isabel, diante de Maria já grávida do Filho de Deus, exclamou: Donde me vem que a Mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1,43). Ser Mãe do Filho de Deus feito homem para que os homens pudessem ser filhos de Deus, eis a grandeza de Maria! O mistério escondido do amor de Deus tomou-se visível no Filho de Maria. Sem Maria, não teríamos Jesus Cristo, a última palavra do Pai, nem a Redenção operada por Ele. Por Maria, o Pai deu tudo e disse tudo. O Tudo é o Jesus de Maria. Este é meu Filho amado: escutai-o! A vida de Maria foi uma longa caminhada e uma longa experiência de fé . Meditava e conservava no coração o que via e o que ouvia acerca do seu Filho e de si mesma. Maria foi a porta e a casa da primeira morada do Filho de Deus na terra. Em tudo semelhante ao homem, sua chegada foi velada e desapercebida, mas naquele corpo escondia-se o maior mistério de amor. O primeiro passo, em seu caminho de vinda, foi dado com o auxílio da mãe. Maria, ao dizer "faça-se em mim segundo sua palavra" estava estendendo suas mãos para acolher Jesus em seus primeiros passos. Maria foi a porta para Deus chegar até nós e a porta para o homem chegar até Deus. Até aqui tudo foi obra 2

da graça e da humilde e generosa colaboração de Maria. No alto da cruz, Jesus, olhando à sua volta, viu sua mãe e o discípulo amado. Aos dois dirigiu uma palavra: Com o olhar voltado para João, disse: "Eis a tua mãe!" E, olhando para sua Mãe: "Eis o teu filho!" A partir daquela hora, João levou Maria para a sua casa. A vontade explícita de Jesus, revelada solenemente do alto da cruz, foi: Dar sua M ãe para que guardasse os redimidos pelo seu sangue. Quando Maria é acolhida como mãe, já estamos sob a sua proteção e o relacionamento com seu Filho toma formas diferentes. A história da espiritualidade e a experiência dos santos destacam o peso que o amor a Maria tem na vida cristã, que consiste essencialmente em seguir Jesus Cristo. Maria assume sua materna missão, tomandose mestra e guia neste caminho, força na fraqueza, luz nas horas escuras, presença materna diante das necessidades e presença atenta para encorajar quando diz: Fazei tudo o que Ele disser. Queridos casais! Que Maria seja marca distintiva da vida espiritual matrimonial! Com Maria em casa, as palavras "Este é meu Filho amado, escutai-O" soam mais docemente aos nossos ouvidos. Senhor, queremos ouvir-Vos para seguir-Vos.

Pe. Fr. Avelino Pertile SCE/SR CM 417


É PREClSO ACREDlTAR NO AMOR! Saudai Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus, que para salvar minha vida expuseram a cabeça ... Saudai também a Igreja que se reúne em sua casa. (Rm 16, 3.5)

Amados irmãos equipistas: O Papa Bento XVI, em recente alocução na Audiência Geral das quartas-feiras, relata o testemunho de fé cristã de um casal de esposos no alvorecer da Igreja. Trata-se do protagonismo de Priscila e Áquila, cuja vida conjugal fora colocada a serviço de toda a comunidade cristã. O Apóstolo Paulo, no epilogo da Carta aos Romanos, enfatiza o destemor e o compromisso desse casal no apostolado insubstituível da hospitalidade cristã, destacando, inclusive, o fato de ele reunir irmãos de fé em sua casa para ouvir a Palavra e celebrar a Eucaristia. O anúncio apostólico e a fé dos casais e fam11ias foram fundamentais na expansão do cristianismo, permitindo-lhe radicar-se no mundo e se inculturar no seio dos povos, até chegar aos nossos dias. Motivados pelos 57 anos das ENS, que celebraremos no dia 13 de maio próximo, nos ocupamos em refletir sobre os nossos "áquilas e priscilas" e sobre os meios que a pedagogia do Movimento oferece aos equipistas para ajudá-los a buscar a graça no fundo da própria união conjugal. Lembramos Nancy e Pedro Moncau, sensíveis e dóceis à inspiração divina, confirmando em 1980, o que no início apenas anteviam: CM 417

A 'seiva interior que circula no seio da Igreja' já se encarregara de preparar o caminho. Suscitara nos casais cristãos o desejo de jazer o seu amor conjugal, pelas graças do sacramento do Matrimônio, um caminho que nos aproximasse cada vez mais de Deus. (História das ENS no Brasil, p.22) Lembramos que as ENS trazem "vida nova" aos casais. Somos um número elevado de cônjuges conscientes de que a santificação passa pelo cotidiano da vida conjugal. Cremos que Cristo assume e transfigura o amor do homem e da mulher vivido no matrimônio e os faz participar do mistério da graça, que dEle flui no seio da Igreja. Mesmo assim, faltam "áquilas e priscilas". "A colheita é grande, mas poucos os operários!" (Mt 9, 37) A receita do Pe. Caffarel é simples. É preciso acreditar no Amor e na sua ação. Só a fé descobre a ação santificante de Deus e só ela nos dispõe à entrega total a essa ação. (Presença de Deus, Cartas n° 11 e 16). Confiemos a nossa união conjugal aos cuidados de Nossa Senhora, Mãe de Deus, e peçamos que ela nos ajude a viver o matrimônio como missão confiada aos esposos cristãos em favor da humanidade.

Graça e Roberto - SR Brasil 3


Palavra do Provincial

A ESPlRJTUAUDADE CONJUGAl E O SACRATv1ENTO DO 1\1\ATRJMÔNJO Um sistema de valores, uma comunidade, um itinerário espiritual Estimados irmãos equipistas. No mês de Maria, nós os saudamos com o amor e a ternura da Mãe. Desejamos que a sua intercessão nos conduza a descobrir caminhos para viver o sacramento do Matrimônio. Com estas palavras de Xavier Lacroix, iniciamos a nossa reflexão: "O casal cristão começa a se formar assim que recebe o sacramento do Matrimónio e continua a sua formação à medida que responde aDeus". Toda a vida do casal é sacramental! O sacramento não é apenas uma cerimônia, não é apenas um rito. É uma situação de vida. "O sacramento do Matrimónio, que retoma e especifica a graça santificante do Batismo, é a fonte própria e o meio original de santificação para os cônjuges" (João Paulo II- Exortação Apostólica A Missão da Família Cristã no Mundo de Hoje). Portanto, o casal é chamado à santidade com tudo o que constitui a sua vida de casados: vivendo a sua rotina diária, sendo marido, sendo mulher, sendo pai, sendo mãe, sendo filhos ... (pois muitos casais assumem, em seu lar ou fora dele, o cui4

dado de seus pais), sendo profissionais. É aí que o casal se santifica. A espiritualidade conjugal é o esforço para chegar à perfeição cristã no casamento. É a procura de crescer na união com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Consiste em atitudes que favoreçam a ação da Santíssima Trindade no nosso ser, na nossa vida, no nosso agir. Perceber que nós, homem e mulher, somos habitados pelo Espírito Santo e que recebemos do Pai uma semente de vida, que deve crescer, desenvolver-se e dar frutos de santidade. E para crescer na santidade precisamos resistir às investidas do mal. Como? Crescendo cada vez mais no amor e decrescendo no egoísmo. Na vida conjugal, muitas vezes, para crescer no amor, é necessário CM 4 17


um despojamento da própria vontade, para fazer a vontade do outro; do próprio desejo, para colocar-se a serviço da expectativa do outro. Quando isto não ocorre, as vontades se confrontam e o egoísmo pode prevalecer. Então, Cristo, que caminha conosco, nos ensina o perdão.

Diante dos momentos difíceis que surgem, diante do que ameaça e afasta, o perdão aproxima, acolhe, trata, revigora e cura. Para assumirmos em nossa vida de casal a promessa de Jesus à sua Esposa, a Igreja, "Eis que estou

de que não é fechada em si mesma, porque chamada a dar origem a algo maior do que a comunidade casal: uma farru1ia. Que nela nos sintamos responsáveis uns pelos outros, principalmente, quanto à inalienável responsabilidade pela salvação daqueles que o Senhor nos confia. Que façamos desta comunidade um laboratório de vivência dos verdadeiros valores evangélicos e os levemos ao mundo. É o lugar, por excelência, para exercitar o acolhimento entre os cônjuges, com os filhos , com os nossos amigos e com os amigos que os filhos aproximarem de nós; com nossos pais e com nossos irmãos; enfim, com todos. Que este acolhimento em nós se alargue e nos torne hospitaleiros, pois: "Não vos esqueçais da hospi-

convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28,20),

talidade, porque graças a ela alguns, sem saber, acolheram anjos"

é preciso viver à sua imagem: na fidelidade.

(Hb 13,2). Nesta comunidade em que acolhemos a chegada de tantas vidas, também tenhamos a abertura e o desprendimento de ver, aos poucos, os filhos tomarem seus próprios caminhos. Tenhamos, neste momento, a serenidade de esperar que uma humanidade mais plena e mais madura se realize. Acolhamos com alegria os preciosos dons que o Senhor nos dispensa pelo sacramento do Matrimônio. Com amor fraterno,

"O perdão é 're-dom ', é doar-se novamente, até mais do que antes. O perdão é o que dá duração ao amor". (Pe.Charles Bonnet) E quantas vezes devemos perdoar? Até sete vezes? "Não te digo

até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mt 18,22).

"Amor e fidelidade andam de mãos dadas" (Sl 89). E na vida conjugal, a fidelidade é um valor fundamental. O amor conjugal supõe exclusividade. Daí a necessidade de uma constante busca da verdade, decisão de amar e renúncia em nossa relação. E o sacramento do Matrimônio nos conduz a uma dinâmica comunitária. O casal que se ama deve desenvolver em si uma comunidade espelhada na Trindade Santa, por isso, um lugar onde se partilham valores, projetas, anseios, sonhos, objetivos comuns ... Uma comunidaCM 417

Eunice e Milton Casal Secretário-Tesoureiro/SR 5


UM NOVO CONSElHERO ESPlRlTUAl PARA A ERl Aos responsáveis das Super-Regiões e Regiões ligadas à ERl Caríssimos amigos: Em janeiro, tivemos o nosso primeiro encontro da ERI e, nessa ocasião, o Padre Fleischman terminou o seu serviço como Conselheiro Espiritual da ERI. Em nome de todos vocês, o cumprimentamos e lhe agradecemos com muito carinho por tudo aquilo que ele deu ao Movimento durante esses anos. A sua presença foi preciosa pelo grande amor e interesse que demonstrou pelas equipes do mundo todo, pela grande disponibilidade e atenção com que acompanhou o caminho das ENS nesses seis anos, pela sua competência em nível teológico: dons estes que colocou sempre à disposição do trabalho da ERI e de todo o movimento das ENS. A ele vai o nosso forte e grande obrigado. Na mesma oportunidade, tivemos a graça de poder acolher entre nós o novo Conselheiro Espiritual da ERI, que acompanhará o nosso caminho até 2012: o Padre Angelo Epis. O Padre Angelo Epis nasceu em Bérgamo (Itália), em 1955, é sacerdote e religioso, membro da Congregação dos Missionários de São Luiz Grignon de Monfort. O Padre Angelo Epis está presente como conselheiro espiritual nas ENS italianas há mais de 20 anos e desempenhou, nos anos 1998-2003, o serviço de Conselheiro Espiritual 6

da Equipe Responsável da Itália. Temos a certeza de que a sua grande experiência no serviço aos casais, à farru1ia, às necessidades das diferentes realidades sociais, seu forte sentido pastoral, a sua fidelidade à Igreja, a sua riqueza no plano humano e a sua intensa espiritualidade serão de grande ajuda para a Equipe Responsável Internacional do Movimento e para todos os casais das Equipes de Nossa Senhora. Nós o acolhemos com grande alegria neste novo serviço e, ao agradecer-lhe sua disponibilidade em viver conosco, especialmente nestes próximos anos, desejamos assegurar-lhe que não faltarão as orações de todos nós, para que o Senhor esteja sempre perto dele e o Espírito ilumine a sua mente e o seu coração.

Maria Carla e Cario - CRIERI CM 417


JESUS ESTAVA SENTADO JUNTO AO POÇO ()o 4, 6b)

Nesta imagem de Jesus sentado à beira do poço de Jacó, quero resumir a minha primeira carta dirigida a todos os equipistas e dar uma indicação dos itinerários que nos esperam. Antes de tudo, saúdo todos os equipistas e agradeço calorosamente o Padre Fleischmann que, durante todos esses anos, traçou para as Equipes de Nossa Senhora, com inteligência e competência, um caminho no qual quero inserir-me para o serviço que me espera. Ao dirigir-lhes esta primeira re- ganização. É para este objetivo que flexão, gostaria, caros equipistas, de devemos, desde já, dirigir o olhar. O confiar-me às suas orações . O objetivo global é a verdadeira noviMagnificat, que encerra o dia do dade do Encontro! cristão e do equipista é, para mim, o "Equipes de Nossa Senhora, comomento em que apresento a Deus munidades vivas de casais refletina vida e a história de cada um de do o amor de Cristo". vocês. Com o auxílio e a humilde e Com este objetivo, queremos favigilante maneira de ser de Maria, zer desabrochar os brotos de uma entro nos seus lares e na suas vidas, nova sociedade, sóbria, solidária, para louvar Deus e para ler, à luz da fraterna, que seja um sinal evangéfé, os grandes e pequenos aconteci- lico alternativo para a lógica do sismentos do nosso mundo. tema mundial atual. Vários meses já decorreram desMais do que um objetivo precide nosso Encontro de Lourdes 2006. so, este texto carrega uma visão que Aquele evento e as conclusões pro- as Equipes desposaram e uma oppostas nos tocaram pessoalmente e ção que, em conseqüência, elas esem equipe. O Encontro propôs mui- colheram. Uma visão e uma opção tas coisas, é verdade, mas ele nos oriundas da atenta escuta da Palaconfiou uma orientação que pode- vra de Deus e da "benevolente e crímos definir como objetivo global. · tica" observação da situação do Tudo o mais decorre desta expres- mundo. É deste ponto que devemos são e é uma releitura de todos os partir para melhor compreender e campos de nossa vida e de nossa or- ajudar a compreender a razão do CM 417

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objetivo traçado, em função de três indicadores: comunidade, serviço e acolhida-testemunho. Isto implica, por um lado, em relermos a atual situação do mundo e, por outro lado, em prestarmos atenção à nova sociedade, "sinal evangélico alternativo" que avança e que queremos ajudar a construir, a partir de uma atenta e fiel escuta da Palavra de Deus, lida com os olhos dos "pobres". O objetivo indica conclusões, mas também metas a serem atingidas. Não podemos, com certeza, deixar que um momento tão importante de nossa vida seja apenas marcado pela emoção. No Encontro de Lourdes, tivemos a mais alta expressão da vontade de Deus para este momento da caminhada das Equipes. Ela caracterizou-se por um olhar atento e profundo sobre a obra do Padre Caffarel e um olhar também atento e profundo sobre o mundo, no qual somos chamados a viver a riqueza dos sacramentos da Ordem e do Matrimônio. Podemos dizer que vi vencíamos uma experiência mística, ou seja, um tempo e um lugar em que Deus falou às Equipes de Nossa Senhora do mundo inteiro e as Equipes o ouviram. Deus nos deu "sua Palavra", para nós ... hoje! Foi, ao mesmo tempo, uma forte experiência de encontros e uma forte experiência espiritual. Um percurso de conversão do coração e do espírito, ao fim do qual os novos responsáveis e todos os equipistas deram a sua adesão. O Encontro se tomou, também, momento pastoral, na medida em que esta adesão uníssona e partilhada fez surgir uma renovada decisão por um 8

caminho para os casais na Igreja. O sentido pastoral do Encontro não se esgota em si mesmo. São as vivências locais das super-regiões, das regiões, dos setores e de cada equipe, que lhe darão conteúdo e visibilidade, por meio de suas escolhas operacionais mais adequadas às exigências locais. A riqueza de nossas equipes se faz presente na variedade das escolhas e das opções que se fazem na vida de cada dia. Creio que é importante que, de minha parte, eu estimule essa riqueza, para que se traduza em projetos concretos e viáveis, com atenção especial para o novo e o futuro. O novo e o futuro nem sempre coincidem com as novidades e as originalidades, mas encontram-se sempre onde existe coragem, onde existe escuta pessoal e em equipe da Palavra de Deus, onde existe atenção para o clamor dos pobres. Em conseqüência, ao escreverlhes esta carta, eu os convido a se porem à escuta da Palavra de Deus. A ERI quis escolher, para estes três primeiros anos, o texto de João 4,1-42: a Samaritana. Nós nos aproximamos, pela imaginação, do poço onde Jesus se senta, para nos deixarmos questionar sobre nossa sede de Deus, sobre a verdade de nossa fé, sobre os maridos e as mulheres que tomaram o lugar do esposo único e da esposa única e sobre nosso testemunho. Nós nos achegamos a este poço com o desejo de escutar Jesus, mas, através dele, escutar também a realidade de nosso mundo, das aldeias de onde viemos, as quais tendem a CM 417


se tornarem, cada vez mais, uma aldeia global. O sistema mundial no qual as equipes estão se expandindo coloca, cada vez mais, exigências de justiça, de verdade, de fidelidade a Deus e à Igreja. São exigências que não podemos ignorar, se quisermos permanecer fiéis ao carisma que o Padre Caffarel nos deixou. Com os primeiros casais, ele se pôs à escuta de Deus, para encontrar respostas às perguntas sobre o casamento, a sexualidade e a vida espiritual. A fidelidade cotidianamente vivenciada nos ajudará a acolher as perguntas de muitos homens e mulheres que querem viver a riqueza do matrimónio. Nossa vida nas cidades nos pede que sejamos sentinelas atentas em colher o desejo de amor da humanidade. Este, freqüentemente, está deformado ou mal orientado. O amor nos leva a não excluir e a ten-

tar curar o amor enfermo com um amor autêntico e fiel. Nosso papel não se esgota num Encontro, mas se transforma num canteiro, num livro aberto, onde se constrói e se escreve a história dos homens. Na medida em que as nossas equipes souberem traduzir em iniciativas concretas e viáveis as histórias do amor de Deus para os homens, elas permitirão que os habitantes de nossas aldeias digam, junto com os vizinhos da Samaritana: "Já não é por causa daquilo que contaste que cremos, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo" (Jo 4,42). Que a alegria de cantar o Magnificat seja sempre viva em nós: "Olhou para a humildade de sua serva".

Pe. Angelo Epis - SCE/ERI

................................................... NOlÍClAS lNTERNAClONAlS: ZONA AMÉRlCA Queridos amigos: Nos dias que antecederam o memorável X Encontro de Lourdes, participamos da Reunião do Colégio Internacional, já como membros nomeados da ERI, recebendo também a incumbência de fazer a ligação da Zona América. Antes de falar sobre nossa Zona de Ligação, convém que nos apresentemos. CM 417

Somos Silvia e Chico, brasileiros, casados há 34 anos e há 30 anos nas ENS. No Brasil, como é de costume, cada equipe se identifica pelo nome de uma invocação de Nossa Senhora. Assim, pertencemos à Equipe de Nossa Senhora de Fátima. Moramos em Sorocaba, uma cidade de mais ou menos 600.000 habitantes, distante 100 km de São Paulo. Temos dois filhos: Sandra e Flávio (casado com a Patrícia). No mo9


mento em que escrevemos, estamos aguardando ansiosamente o nascimento de nossa primeira neta. Passado o medo inicial que todo convite de Deus provoca em pessoas comuns como nós, sentimonos felizes de poder assumir mais este serviço. A nossa Zona América é um grande desafio, a começar pelo fato de que aqui estão concentradas 40% das Equipes no mundo. Há outras duas características marcantes: 1) Nesta Zona América, composta de 3 super-regiões (Estados Unidos, Hispano-América e Brasil) e uma região (Canadá), falam-se quatro idiomas: inglês, espanhol, português e francês. Pode-se ter uma idéia de como as reuniões de nossa Zona exigem esforço redobrado de atenção, de verdadeiro amor, para podermos nos compreender e nos comunicar. 2) Temos a situação toda particular da Super-Região HispanoAmérica, que é composta de 12 países, num território imenso, que vai da Argentina até o México. São 11.000 km entre os pontos mais distantes, e por isso fica fácil compreender as exigências e os altos custos para os encontros e contatos. Mas estamos muito tranqüilos, pois sabemos que nossos queridos Casais Super-Regionais Eileen!fed (USA), Lila e Carlos (Hispano-América), Graça/Roberto (Brasil) e o Casal Regional Lucie/Robert (Canadá) e seus Conselheiros Espirituais não só nos receberam de braços abertos, como são verdadeiramente 10

dedicados, responsáveis e comprometidos com o bem estar e o crescimento do Movimento. A nós fica, então, a tarefa fácil de rezar por eles, pelo Movimento, e por nós mesmos, a fim de que sejamos capazes de nos colocar à disposição para o que for necessário e tentar insuflar a seiva vital que percorre o Movimento em todas as partes do mundo. É uma Zona de Ligação onde podemos perceber a vitalidade do Movimento, que cresce não somente em quantidade, ocupando novos territórios, mas que amadurece no seu entusiasmo e na fidelidade aos ideais propugnados pelo Pe. Caffarel em favor dos casais equipistas, da Igreja, e da sociedade em geral. Cremos ser importante apresentar, também, algumas notícias que representam essa vitalidade:

Região Canadá Em Edmonton, Alberta, há uma nova equipe formada há um ano e uma outra está se iniciando. Os equipistas falam espanhol e inglês. Seu conselheiro espiritual pertenceu às equipes no Brasil durante oito anos. Ele traduz do português para CM 417


o espanhol ou para o inglês os documentos que tem. Graças a um entendimento de cooperação com a Super-Região Estados Unidos, esta lhes fornecerá os documentos do Movimento em inglês ou espanhol, enquanto as cotizações futuras pertencerão à Região Canadá. Podemos, portanto, dizer que agora existem Equipes de Nossa Senhora de língua inglesa fora de Québec.

Super-Região Estados Unidos Foi feita a revisão do livro 1 de Pilotagem para atualizá-lo de acordo com as necessidades de hoje. Este trabalho foi discutido com os Casais Regionais, que contribuíram com seu pensamento e suas experiências. A redação final foi aprovada durante a Reunião da Super-Região em Santo Antonio, no Texas, emjaneiro/2007 e já foram editadas 500 cópias. Foi aprovada a sua edição em língua espanhola. Foi criado um livreto sobre Reunião de Equipe, em língua portuguesa. Está em fase de preparação o Congresso Nacional de 3 a 6 de julho/2007, em Minnesota. Serão três dias em que, além de palestras, liturgias, reuniões, serão também programadas atividades paralelas para os filhos dos participantes.

Super-Região Hispano-América Na Super-Região Hispano-América houve a criação da Pré-Região República Dominicana e da Região Porto Rico, em substituição à Região Caribe. Isto vai permitir um CM 417

contato mais próximo, favorecendo a animação e um melhor desenvolvimento das equipes em cada ilha.

Super-Região Brasil As ENS acabam de marcar sua presença na 248 das 27 unidades da Federação, ao lançar a primeira Experiência Comunitária na cidade de Palmas, capital do Estado de Tocantins. Palmas está a 1.822 km de São Paulo, 2.093 km do Rio de Janeiro, a 1.288 km de Belém do Pará e a 847 km de Brasília, Capital Federal do Brasil. O Estado de Tocantins localizase numa área geográfica que está sob a animação dos casais da Província Norte. Entretanto a proximidade e a facilidade de acesso levou a Equipe da Super-Região a atribuir essa responsabilidade aos responsáveis da Província Centro-Oeste. Já está sendo preparado o início da Pilotagem, visto que a Experiência Comunitária encontra-se em fase de conclusão, e já se prepara também o lançamento de mais um grupo de Experiência Comunitária. Assim, colocando-nos sob o protetor olhar de Maria Santíssima, unimo-nos em oração a todas as equipes do mundo, para que, na diversidade das culturas, raças, línguas e costumes, possamos ser, cada um a seu modo, um testemunho vibrante de amor a Deus e da riqueza da vida matrimonial. Com nosso caloroso abraço,

Silvia e Chico Casal Membro da ERI Ligação da Zona América 11


OS EACRE DE 2007 PROVÍNClA NORTE Região Norte 11 Todos os anos, acontece um evento dos mais importantes para a vida das Equipes de Nossa Senhora: o Encontro Anual dos Casais Responsáveis de Equipe- EACRE. Em nossa Região, o encontro reuniu os CREdos Setores A, B, C e do Setor Pará-Nordeste, eleitos no ano anterior. Congregados durante um fim de semana, celebraram, ouviram palestras e refletiram, preparando-se para animar cada qual a sua equipe de base e com ela viver o carisma das ENS, segundo sua pedagogia, seguindo as orientações e prioridades do Movimento para o corrente ano, cujo tema é: "Espiritualidade Conjugal - Compromisso nas Equipes", e o lema: "Matrimônio e ENS: Caminho para a Santidade. A organização e acolhida eram visíveis em cada detalhe. No auditório, flâmulas nos lembravam os dons do Espírito Santo e, na capela, próximo ao Cristo Sacramentado, uma imagem nos indicava também a presença de nossa mãe: Nossa Senhora de Nazaré. Entre nós esteve o Casal Provincial, Nazira e João Paulo, que veio repassar para todos os presentes as Orientações para 2007. Também falou sobre o sentido do novo logotipo das ENS . Merecem destaque: o painel sobre os PCE: Regra de Vida e Dever de Sentar-se, que, juntamente com a 12

Oração Conjugal, deverão ser mais enfatizados neste ano; o apelo a revigorar a vivência da Reunião Mensal (refeição, oração, partilha dos PCE, co-participação, troca de idéias sobre o tema); as Palestras sobre Espiritualidade Conjugal- Compromisso nas ENS, Informações sobre a Igreja local e Campanha da Fraternidade, a V Conferência Episcopal Latino-Americana e do Caribe, a Obra e Associação dos Amigos do Pe. Caffarel e sobre a Visita Pastoral da Equipe da Super-Região Brasil a esta Região. As Celebrações e Vigílias dispensam comentários. Dirce e Mourão Eq. 15 - N. S. da Glória - Setor A Belém/PA.

••• PROVÍNClA NORDESTE Sergipe As orientações, testemunhos, palestras e celebrações eucarísticas deixaram saudades nos casais resCM 417


ponsáveis de equipe de 2007 dos Setores de Itabaiana, Nossa Senhora Aparecida e Aracaju, que participaram do EACRE, em Itabaiana, nos dias 13 e 14 de janeiro. Além do Casal Regional, acompanhou o Encontro o querido Casal Provincial, Cida e Raimundo e o SCE da Região, Pe. Lázaro, além de outros conselheiros espirituais de setor. Nas palestras, grupos de assimilação e momentos de motivação, nos foram passadas principalmente as orientações do Movimento para 2007, como também flashes sobre os PCE a serem enfatizados neste ano, o logotipo oficial das ENS e a Associação Internacional de Apoio à Causa da Beatificação do Padre Henri Caffarel. O fim de semana pareceu curto para as maravilhas pronunciadas e vivenciadas por todos os casais presentes. Genilde e Veríssimo CR Setor Itabaiana/SE

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Região Pernambuco 1 Nos dois primeiros fins de semana de março de 2007, porrazões de distância e de espaço físico, a Região Pernambuco I realizou dois EACRE. O primeiro teve a participação de 75 casais e 8 Conselheiros(as) Espirituais dos Setores A e B de Olinda, A e B de Jaboatão, Chã Grande e de equipes distantes de ltamaracá e Itapissuma. O segundo, com 77 casais e 12 Conselheiros(as) Espirituais, dos Setores A, B e C de Recife, Pré-Setor Caruaru e equipes distantes de Surubim, Pombos e Vitória. Um ponto alto foi a acolhida pelos equipistas locais dos seus irmãos de equipes distantes. Os eventos foram bem sucedidos, não só pela participação, mas também pela motivação de cada participante. Os temas apresentados foram sorvidos como se fossem uma taça de néctar das mais belas flores. O semblante de cada equipista presente refletia a alegria pela participação. Os conselheiros e conselheiras presentes demonstraram, na reunião de seus grupos, que estão verdadeiramente envolvidos com o carisma, a mística e a metodologia do Movimento. Eles debateram como poderão colaborar com o Movimento, para que este possa melhor viver sua identidade eclesial. Nós, CRR, estivemos pre13


sente a esta reunião e saímos contentes com a manifestação de um apoio mais intenso às equipes. Lourdinha e Falcão CR Região Pernambuco I lourdes.falcao@ uol.com.br

que o amor de Deus permaneça em nossos corações. Isabela e Tito CR Setor Pesqueira/PE

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Região Rio Grande do Norte A Região Rio Grande do Norte, neste ano, realizou dois EACRE: O primeiro, nos dias 10 e 11102, reunindo todos os setores e Equipes Distantes da Zona do Seridó, com a participação de 67 casais e 15 SCE. Foi com muita alegria e responsabilidade que os CRS e SCE assumiram as suas atividades em palestras, flashes e animações com contagiante entusiasmo. O Segundo EACRE aconteceu em Natal, nos dias 24 e 25/02. Participaram 81 casais e 5 SCE de Natal e Monte Alegre e Equipes Distantes de Mossoró e Ceará Mirim. Pe. Nazareno, SCE da Região, presidiu a Eucaristia de abertura. Pe. Carlos, SCE da Província, nos enriqueceu com a palestra Espiritualidade Conjugal - Compromisso nas Equipes, e Pe. Robério falou sobre a Campanha da Fraternidade. O Casal Regional apresentou Orientações para 2007- Prioridades de Reflexão e Ações a Realizar, enquanto coube aos casais setor enfatizar os PCE Oração Conjugal, Regra de Vida e Dever de Sentar-se e falar sobre o novo

Região Pernambuco 11 O Nosso EACRE foi realizado nos dias 3 e 4 de março de 2007 , em Pesqueira/PE. Contou com a participação de 70 casais. Nele se fizeram presentes a união, a partilha e a doação dos casais. As orientações foram vivenciadas de forma motivadora e com fortes testemunhos. Outro ponto positivo foi a presença e participação dos conselheiros dos quatro setores . Na simplicidade, construímos um caminho de unidade muito antes do encontro, com divisão de tarefas, ajuda mútua e muita oração. A organização e participação do nosso Casal Regional foi traduzida em exemplo de missão. Agradecemos a Deus por cada um e cada uma, e

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logotipo, a obra do Pe. Caffarel, e a Comunidade N. Senhora da Esperança. Alimentados pela Palavra de Deus, tivemos a oportunidade de crescer no amor à Igreja e aos irmãos e, fortalecidos, retomarmos ao nosso cotidiano, na certeza de que o Senhor nos fortalecerá e iluminará na caminhada de animação das nossas equipes.

Dalva e Paulo CR Região Rio Grande do Norte

••• PROVÍNCIA CENTRO-OESTE Centro-Oeste 1 Realizou-se no segundo final de semana de março o XXV EACRE em Brasília. Um encontro onde pudemos contemplar casais de várias idades vivendo a alegria do encontro. Com apenas 2 anos de equipe, estávamos preocupados em não conseguir desempenhar bem o serviço de CRE. Vimos, porém, que não há o que temer. Sentimos que os casais mais antigos estão plenamente disponíveis a nos ajudar. Um verdadeiro auxílio mútuo. Isso fez surgir um novo amor nos casais equipistas. Muitos podem achar que as ENS são um movimento muito exigente. Só que Pe. Caffareljá dizia: "O que

constato é que foi o movimento exigente que perdurou e se desenvolCM 417

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EAJ~..:.~ 07

veu" (A Missão do Casal Cristão, p. 12). A vivência dos PCE pelo casal equipista faz com que a vida normal se transforme em vida à procura da comunhão com Deus. O encontro nos mostrou que, assimilando os PCE e pondo-os em prática, pouco a pouco a nossa vida vai se transformando, preparando-nos para cada vez mais realizarmos um verdadeiro encontro com o Senhor. Essa comunhão com vários casais nos fez retomar cheios de coragem, entusiasmo e determinação, para contagiar a nossa equipe de base com o fogo do Espírito Santo que incendiou nossos corações. Levaremos para eles uma frase do nosso fundador "Que Deus esteja na sua casa e seja o primeiro a ser buscado, o primeiro a ser amado, o primeiro a ser servido". Levamos do encontro a alegria de sermos verdadeiramente um casal equipista, em quem o Senhor fez, faz e fará maravilhas.

Paula e Humberto Eq. 22 - N. S. do Pepétuo Socorro Setor A - RCO I 15


.... e havia a Lindinha e o Lindinho (bonecos) ... Não podemos ser equipista faz-de-conta. Ao final do EACRE, eles deram este testemunho: - Quando entramos nas ENS, optamos pelo caminho da santidade através da espiritualidade conjugal... a vivência dos PCE deve ser perseguida incessantemente. Eles ainda provocaram os CRE: - Vocês são o espelho das suas equipes neste ano ... Tatiana e Rubens Coimbra CRS A - RCO I- Brasília/DF rrcoimbra@yahoo.com.br

••• Região Goiás-Sul O EACRE da nossa Região foi realizado nos dias 3 e 4 de fevereiro, em Itumbiara/GO, com participação ativa dos 6 setores. A partir do lema "Matrimónio e ENS: Aliança na Busca da Santidade", os objetivos do Encontro foram transmitidos com amor e clareza, buscando capacitar todos os níveis de responsabilidade da Região para o bom desempenho da missão. O Casal Provincial, Nilza e Nivaldo, apresentou as orientações da Super-Região Brasil para 2007. Com propriedade, explicou o processo de beatificação do Pe. Caffarel e o novo Logotipo das ENS. O tema Espiritualidade Conjugal, compromisso nas Equipes foi explanado por Pe. Antônio Pires Gaivão, SCE da Região. O Dever de Sentar16

se, a Oração Conjugal e a Regra de Vida, pontos a serem destacados neste ano, foram apresentados com criatividade e motivação. As celebrações foram bem preparadas. Nas homilias, os sacerdotes, com muito carinho pelos equipistas, manifestaram sua preocupação com a prática correta dos PCE e da vivência da espiritualidade conjugal. Outras palestras e testemunhos foram de grande valor para a formação e informação dos CRE, CL e pilotos. Todos os casais setor da Região tiveram participação ativa na organização do Encontro, marcado pelo trabalho e dedicação. Foram momentos de aprendizagem, fraternidade e oração. Rosária e Húdson CR Região Goiás-Sul

••• Região Mato Grosso ào Sul Em um ambiente de muita paz, compromisso e fraternidade, foi realizado nos dias 24 e 25 de fevereiro o nosso EACRE, que reuniu em torno de 80 Casais, 17 conselheiros espirituais (sacerdotes, diáconos e freiras) e o Casal Provincial, Nilza e Nivaldo. Participaram os 4 setores

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da Região: Dourados, Maracaju e Campo Grande (A e B), confmnando a unidade. A Celebração Eucarística de abertura, com o lema "Matrimônio e ENS: Aliança na Busca da Santidade, enfocou a necessidade de alicerçarmos na rocha (Mt 7 ,21-29), cada vez mais, o nosso sacramento do Matrimônio, para vivermos o amor-doação, o amor-caridade e o amor-santidade. Com muita clareza, foram-nos repassados os objetivos do encontro e as orientações para 2007. Pe. Geraldo Grendene (SCE da Província e do Setor B), falando de Espiritualidade Conjugal- Compromisso nas Equipes, levou-nos a refletir sobre o corpo, o espírito, valores, virtudes, o que é espiritualidade e os tipos de espiritualidade. Enfatizando espiritualidade cristã, dissenos: " ... não é possível entendê-la sem conhecer o Reino de Deus, porque o valor supremo de nossa espiritualidade tem que ser o Reino de Deus e é preciso fazer comunhão com a Trindade". E é uma íntima CM 417

comunhão de amor, e nela Cristo deve tomar conta de nossa vida, preenchê-la por inteiro. O caminho que leva o casal ao amor é o próprio casamento, portanto, é preciso santificar a relação do casal. Nas colocações sobre a vivência dos PCE, destaque especial para Regra de Vida, Oração Conjugal e Dever de Sentar-se. Pe. Ricardo Carlos (SCE do SetorA) levou-nos a refletir sobre nossas atitudes, ao falar sobre a Campanha da Fraternidade, quando disse:" ... é preciso que façamos a nossa parte, cuidando do nosso ambiente, senão as conseqüências deste desleixo serão desastrosas para as gerações futuras". E na certeza de que a messe é grande, mas somos enviados por Deus como casais e sacerdotes, sacramentos do amor para fortalecermos nossas comunidades e formarmos outras novas, demos nosso sim, dizendo: Eisme aqui - Envia-me, Senhor! Marly e Jairo Mina Colegiada Setor B Campo Grande/MS 17


••• PROvlNClA LESTE Região Rio l Matrimônio e ENS: Aliança na busca da Santidade Com esse lema, a Região Rio I realizou o EACRE nos dias 3 e 4 de março, no Rio de Janeiro. Mais uma vez subimos ao Colégio Regina Coeli, na Tijuca, para crescimento na fé, partilha de experiências de vida, rezar juntos, enfim, para aprofundar nossa missão de CRE. Subimos para pedir ao Senhor a fidelidade ao Carisma, que com toda a certeza nos conduzirá à santidade pela vivência do sacramento do Matrimônio. Houve, durante todo o evento, um clima de fraternidade , abertura, entrosamento e solidariedade. No sábado, a Celebração Eucarística nos incitou a nos esforçarmos sempre para viver a vocação a que fomos chamados. Precisamos fortalecer-nos com o Pão da Vida, a Eucaristia e assim resistirmos às ameaças do mundo. Deixamo-nos invadir pela exortação do canto: "Oh! Aceita agora o Salvador Jesus e deixa a luz do Céu entrar... " Os assuntos tratados nos permitiram momentos de reflexão, de troca nos grupos, de aprofundamento em temas que nos parecem antigos, mas são sempre novos: Encontros Internacionais, em especial o Encontro de 18

Lourdes; novo logotipo das ENS; Espiritualidade Conjugal- Caminho para a Santidade; Prioridades de Reflexão para o período 2007/2012 e Orientações para 2007; ênfase aos PCE Regra de Vida, Dever de Sentar-se e Oração Conjugal, esta vivenciada numa linda celebração; enfoque sobre a vida do Pe. Caffarel; Mística dos PCE e Partilha, e Campanha da Fraternidade. A Celebração Eucarística de domingo, cujo tema: "Casal Cristão, testemunha de Cristo, Resplendor da Glória de Deus", nos lembrou que, para termos uma visão geral e bonita de um mundo mais humano e mais feliz, temos de subir a montanha, às vezes de maneira penosa. Para transfigurarmos o mundo, precisamos de dedicação e amor. A cerimônia do envio conclamounos a sermos mensageiros do Evangelho de Jesus Cristo e testemunhas de seu amor no mundo, casais e sacerdotes, sacramentos do amor, "reflexos do amor de Cristo". Abigail e Fernando CR Setor B - Região Rio I

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••• Região Rio 111 Em clima de muita unidade, nossa Região realizou, nos dias 17 e 18 de março, o EACRE 2007, no Centro de Espiritualidade Conjugal Maria, Mãe da Vida- Joari- Campo Grande/RJ. Contamos com a presença maciça dos CRE, CL e CP, bem como de vários conselheiros espirituais que, apesar das muitas obrigações, estão sempre dispostos a servir o Movimento. O Casal Regional, Emília e Luiz, fez a abertura com "Orientações para 2007", destacando a importância de sermos, como comunidades de casais, o reflexo do amor de Cristo. OSCE da Região, Pe. Roque, falando de santidade, destacou que, para sermos santos, devemos ser amigos de Deus, pois Deus é fiel e permanece fiel para sempre, apesar de nossa infidelidade. Um dos pontos altos foi a palestra de nosso Casal Provincial, Josefina e Roque, que nos falou sobre a obra de Pe. Caffarel e sobre Prioridades e Unidade, despertando nos casais a vontade de estar sempre prontos para o serviço. Terezinha e Arcanjo falaram-nos da Campanha da Fraternidade. Uma Santa Missa, celebrada pelo Pe. Thomas, seguida da Celebração do Envio, encerrou o encontro. Ao final, o clima era de harmonia, com os casais conscientes da CM 4 17

missão a eles confiada para o ano de 2007. Beth e Albino CR Setor C- Região Rio III

••• Região Rio lV O EACRE, além de um encontro onde tratamos dos assuntos relacionados à nossa vida equipista, é uma oportunidade para um maior congraçamento entre os CRE, CL e SCE dos vários setores da Região. É fundamental ouvirmos juntos as orientações do Movimento, poder trocar idéias sobre elas nos vários grupos de estudo, com casais que nem sempre vivem a mesma realidade que nós, além, é claro, de podermos participarde valiosos momentos de formação. Com este espírito, realizamos nos dias 3 e 4 de fevereiro último, em Niterói, o EACRE da Região, com casais dos setores de Niterói, São Gonçalo e Cabo Frio. Iniciamos no sábado, com a Eucaristia presidida por Dom Alano Maria, Arcebispo de Niterói. Em sua 19


homilia, fez referência à importância das ENS como movimento da Igreja e o que elas representam para as famílias. Na abertura, visando enfatizar o espírito de serviço que devemos ter ao assumirmos uma função de responsabilidade, os casais do Colegiada da Região apresentaram-se de avental, vestimenta de serviço. Apresentamos as orientações do Movimento para o ano de 2007, ressaltando a importância de trabalharmos bem nosso tema, Espiritualidade Conjugal- Compromisso nas Equipes, mantendo em mente o lema para 2007, Matrimónio e ENS, caminho de santidade. Um dos pontos fortes do encontro foi a reflexão de Frei Ivo Theiss, SCER, sobre a espiritualidade conjugal e a santidade. Ao longo dosábado, foram apresentados flashes sobre Regra de Vida e Dever de Sentar-se; foi destacada a vida e obra do Pe.Caffarel. No fim da tarde, todos os casais reuniram-se numa oração de encerramento, nos moldes de uma Oração Conjugal. No domingo, A Unidade do Movimento e as Prioridades da Super-Região foram temas apresentados pelo Casal Provincial Josefina e Roque. Na avaliação dos participantes, 20

todos aprenderam e ensinaram, assim como todos receberam e deram algo uns aos outros neste importante evento. Como conseqüência da expansão do Movimento em nossa Região, foi realizado, neste ano, o primeiro EACRE no Estado do Espírito Santo. Os que participaram dele foram unânimes em afirmar que o EACRE foi fundamental para consolidar em cada casal equipista presente o verdadeiro espírito de pertença ao Movimento. Destacamos a grande alegria e determinação de nossos irmãos capixabas em participar na organização, inclusive na preparação, e na vivência de cada momento do Encontro. A presença dos SCE, em especial do Pe. Anderson, SCE do Seto r, além da participação do Senhor Bispo Auxiliar de Vitória, Dom Mário, enriqueceu os momentos de oração e formação espiritual. Foram dois dias de muita oração, meditação, reflexão e discussão das orientações do Movimento para o ano de 2007. Com certeza, as Equipes no Espírito Santo ganharam um novo ânimo. Ester e Renato CR Região Rio N esterenato@ globo.com CM 41 7


••• Região Rio V A Região Rio V realizou nos dias 1O e 11 de março o seu EACRE/ 2007, reunindo 76 casais e 4 conselheiros. Num clima de animação, alegria, fraternidade e vontade de participar, os casais receberam novos conteúdos de aprofundamento, reforçando o conhecimento da fé e da metodologia do Movimento. Na Celebração Eucarística de abertura, presidida por Pe. Newton, SCE da Região, o enfoque foi Casal, espelho da aliança de Cristo com a Igreja. Foi um momento forte a sua palestra sobre Espiritualidade Conjugal- Compromisso nas ENS. Cada casal despertou para a importância de seu conteúdo e à prioridade de retomar a reflexão sobre o carisma do Movimento. Repercutiu muito bem a palestra do Casal Provincial, Josefina e Roque: Unidade e Prioridades. Ressaltou a unidade do Movimento, sua expansão, frisando que a unidade deve ser fortalecida na riqueza da diversidade. Sobre a importância das equipes de base no Movimento, enfatizou: sem equipes de base, não há movimento! Citou as prioridades e projetos da Super-Região Brasil: Formação, Integração, Casais Novos, Internacionalidade e Unidade, dissertando sobre cada uma. Ao final, Josefma e Roque abriram uma CM 417

sessão de perguntas e respostas . Outras atividades se sucederam: Ecos de Lourdes, explanação sobre o Pe. Caffarel e o processo de sua beatificação, por Pe. Avelino, SCE dos Setores A e D; Orientações Gerais para 2007, pelo Casal Regional; Campanha da Fraternidade, testemunhos sobre os PCE e troca de experiências nas reuniões de grupos. Foi um evento de celebração, formação, integração e confraternização. Após a Missa de Envio, o Casal Regional pediu aos CRE o compromisso de levar às suas equipes todas as orientações recebidas durante o EACRE. Cada casal saiu mais fortalecido, disposto a animar suas equipes de base para a missão de transformar sua vida, sua farru1ia e ser testemunho na Igreja e no mundo. Maria José e Floriano CR Setor F- Região Rio 5

••• Região Minas I ... Levantou-se da mesa tirou o manto, tomou uma toalha e cingiu-

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a em volta da cintura. Em seguida derramou água em uma vasilha e começou a lavar os pés de seus discípulos (Jo 13,4-5). Com este testemunho iniciou-se o EACRE dos setores A, B, C, D de Juiz de Fora e o Setor Barbacena, realizado nos dias 10 e 11 de março. Celebrando o serviço, teve como sinal o avental. Participaram 87 casais, o CR Regional, Carmem e Antônio, o padre David e o Pe. Gilberto, os quais proferiram palestras, cujo conteúdo nos ajudará na animação das equipes de base. Foram dois dias de muita reflexão, troca de experiências e convívio fraterno, revigorando em nossos corações o carisma e a mística do Movimento. Foi dada especial atenção aos PCE, com ênfase para a Oração Conjugal, o Dever de Sentar-se e a Regra de vida. O objetivo foi atingido. O encontro fez com que o Espírito não "sopre" em vão. As velas certamente estarão abertas para que o barco da espiritualidade seja impulsionado. Como disse o Pe.

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Gilberto: Não adianta o sopro se as velas permanecem fechadas. Este encontro nos preparou para servir mais e melhor. Certamente estaremos preparados para melhor servir aos nossos irmãos de equipe e continuar nossa caminhada para um amor maior, a busca da verdade e santidade no matrimônio. Sônia e JoaquimEq. 16, N. S. das Graças - Setor D Região Minas I

••• Região Minas 11l Disponibilidade, dedicação e coração foram os ingredientes utilizados pelos organizadores do EACRE da Região Minas m, ocorrido nos dias 3 e 4 de março. A acolhida ao chegarmos demonstrava o espírito de família das Equipes de Nossa Senhora. Dos participantes, a maioria ali pela primeira vez, podíamos sentir a emoção durante a cerimônia de abertura, conjugada com a liturgia, quando ouvíamos "Deixa-me servir-te ... ", enquanto os casais ligação entregavam aos casais responsáveis de equipe um avental, símbolo do serviço a nós ensinado por Jesus. Com uma pauta abrangente, cada palestrante fazia aumentar nossa bagagem, crescendo a nossa responsabilidade por partilharmos com nossos companheiros de equipe a força transformaCM 417


dora do Amor de Deus. Como não atendermos ao chamado à perfeição, não crescermos em nossa espiritualidade, não nos comprometermos com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, após sermos brindados com a Palestra do Padre Flávio Cavalca? Como não nos revestirmos do Espírito Santo e seguirmos Cristo pobre, humilde, crucificado, buscando no Matrimônio nosso caminho de santidade? Como não ter responsabilidade para a missão à qual fomos chamados, depois de ouvirmos Padre Dimas? Como ignorarmos os objetivos da Campanha da Fraternidade, após as colocações do Pe. Paulo Adolfo? Como não nos curvarmos diante do exemplo e vida de Padre Caffarel, que buscou colocar-nos mais perto de Cristo, através de caminhos que, com muita propriedade, nos foram colocados por Luiz Marcelo e Ester? Padre Vonilton, detalhando a Reunião de Equipe, o Painel dos PCE, os grupos de assimilação, como não fazer com que a mística CM 417

do Movimento seja incorporada ao nosso cotidiano? Como não sermos disponíveis, após os testemunhos daqueles que participaram do Encontro Internacional deLourdes? Foi gratificante ver os Conselheiros Espirituais reunidos, percebendo a grandeza de ser equipista e tendo uma visão mais ampla do papel do SCE nas Equipes de Nossa Senhora. Por fim, como não aprofundar as graças do nosso matrimônio, através de nossa identidade, simbolizada pelo peixe e pelas alianças, a indicar-nos a presença de Deus em nosso Matrimônio? Nosso CRR, Maria Rosa e Luiz, nas falas do Envio, deixou claro que a nossa missão apenas começava no EACRE, devendo continuar através do trabalho de motivação de cada um, junto à equipe, indicando que sementes foram plantadas e frutos deverão ser colhidos. Se todos se revestirem do avental de servir, mais facilmente será encontrado o caminho para se chegar até Jesus. Márcia e Sérgio Eq. N. S. do Pilar - Setor C, Pouso Alegre/MG

••• Região Minas lV Realizamos nosso EACRE no Cenáculo de Varginha, nos dias 3 e 4 de março de 2007. 23


Participaram 60 casais (CRE e CL) dos 5 setores: Alfenas, Três Corações, Varginha, e 12 conselheiros espirituais, que tiveram seu momento de encontro, partilha, troca de experiências e participação efetiva nos principais momentos de formação, oração e celebrações eucarísticas. O nosso simpático e incentivador Casal Provincial, Josefina e Roque, não mediu esforços para estar junto de nós. Alegres e comprometidos com a construção do Reino de Deus, eles animaram e orientaram os casais para o exercício da responsabilidade. Reavivamos em nossa memória a -· pessoa carismática do Padre Caffarel, suas palavras, seus ensinamentos e sua proposta para que o sacramento do Matrirnônio seja de fato caminho de santidade para o casal. Aprofundamo-nos no conhecimento da espiritualidade conjugal, através das palavras de nossos SCE, Padre Pepê, Padre Franck e Padre Walter, que nos levaram a reflexões e a assumir compromissos com nossa fé, nosso movimento e nosso matrimônio. Os casais responsáveis de equipe e ligação viveram momentos de par24

tilha e troca de experiências, muita oração, formação e esclarecimentos sobre a caminhada de 2007. Irmão Edinho nos ensinou como viver e praticar o serviço comunitário no contexto da Campanha da Fraternidade 2007. Na Celebração Eucarística, como casais cristãos chamados à santidade, nós fomos convidados a subir o Monte Tabor e buscar nas "três tendas" nova expressão da beleza espiritual e moral da nossa vida com Cristo, através da vivência dos PCE. Ouvir o chamamento do Pai para seguir Jesus: recebei-O, acolhei-O, ponham nele toda a confiança, fazei dele o centro da vida, deixando-se transfigurar por Ele. Os casais responsáveis devem manter as tendas armadas em seus corações, animar as equipes, conhecer e aprofundar o compromisso de viver intensamente a espiritualidade conjugal, razão de ser das Equipes de Nossa Senhora. Neuza e Hélio CR Região Minas IV

••• PROVÍNCIA SUl 1 São Paulo leste l Nos dias 27 e 28 de janeiro de 2007, os setores da Região São Paulo Leste I (Caraguatatuba, Caçapava, Jacareí e A, B, C, D de São José dos Campos) se reuniram para o CM 417


EACRE, que teve início na manhã de sábado, com missa celebrada pelo SCE do Setor de Caraguatatuba, Pe. Messias. Hermelinda e Arturo, CR da Região, abriram o encontro com a entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida, levada pelos CRS da Região e, em seguida, o SCE da Região, Pe Paulo Renato, nos falou da importância e significado da espiritualidade conjugal e como o casal equipista pode vivê-la. Todos se emocionaram com o testemunho dos casais Mo nique e Gerard, Helene e Peter e Ester e Luiz Marcello, os quais contaram a história do nascimento das ENS no Brasil. Estiveram presentes, também, nesse momento, os equipistas da Equipe Nossa Senhora do Amor, a mais antiga da Região, fundada em 1959, e de outros pioneiros do Movimento no Brasil. Ainda no sábado, houve a reunião dos Conselheiros Espirituais, dezessete ao todo, com os responsáveis da Região e o Casal Provincial, Sheila e Francisco. Irmã Vicentina, Conselheira Espiritual de equipes do Setor de Jacareí, conduziu a oração que encerrou as atividades do sábado. A manhã de domingo se iniciou com missa celebrada pelo Bispo Diocesano de São José dos Campos, Dom Moacir Silva. O Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno, também esteve presente para falar da V Conferência do Episcopado CM 417

da América Latina e do Caribe. Os participantes, cheios de entusiasmo, partiram para a missão de animar suas Equipes e zelar pela unidade do Movimento. Cristiane e Brito Eq. N. S. do Bom Conselho Região São Paulo Leste I

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Bc:nAru/SP O Encontro Anual dos Casais Responsáveis de Equipe tem por finalidade a animação de um novo ano na vida do Movimento, dando formação e informações sobre as orientações do Movimento para a caminhada equipista no ano em curso. Neste ano, o tema Espiritualidade Conjugal, Compromisso nas Equipes de Nossa Senhora tem a expectativa de uma revitalização nas equipes, do compromisso de viver o carisma e a mística do Movimento. A cooperação, a animação e o entusiasmo reinantes em todos os

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organizadores e participantes foram contagiante . O EACRE foi realizado em Bauru, cujos dois setores tiveram asatisfação de acolher os casais de Pederneiras, Garça, Marília, Assis e Paraguaçú Paulista, nos dias 27 e 28 de janeiro. Além dos CRE, compareceram os CL, SCE, CE, CRS. Os temas propostos - Espiritualidade Conjugal - Compromisso nas Equipes; Casal Responsável de Equipe; Casal Ligação; Regra de Vida; Intercessores; Contribuição; Campanha da Fraternidade, e Oração Conjugal- refletiram a riqueza e a vivência dos palestrantes. Destacamos o "Compromisso nas Equipes", tão bem explanado por Frei Ernani: a busca da santidade no cumprimento, com responsabilidade, dos deveres no matrimônio e no Movimento, visando à qualidade da espiritualidade conjugal. Houve proveitosa reflexão e troca de experiências nos grupos sobre a vivência dos temas. O Casal Provincial, Glacy e Silvino, honrou-nos com sua simpática presença. Com muita clareza e objetividade, passou-nos as orientações para 2007. O Encontro foi oportunidade para vivenciar a acolhida, revigorar forças e viver momentos fortes de oração e bem participada liturgia. Foi aprofundado o carisma do Movimento, reforçando nossos compromissos e dispondo-nos a caminhar com ânimo e coragem rumo à santidade. Terezinha e Nero CR Região São Paulo Oeste I Marilene e Arnaldo- Equipe 8 Bauru/SP 26

••• Os setores de Araçatuba e Valparaíso, também da Região São Paulo Oeste II, reuniram-se para o EACRE 2007, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2007, na cidade de Araçatuba. Estávamos em 40 casais e contamos com a presença de 4 SCE. Tivemos a honra de receber o casal Provincial, Glacy e Silvino, na tarde de sábado, quando nos transmitiram as orientações para o ano de 2007 e falaram sobre o processo de beatificação do Pe. Caffarel. As palestras proferidas pelos casais foram muito importantes, principalmente a feita pelo casal Maria Tereza e Laerte, que nos falaram a respeito da importância da participação na vida do Movimento, fazendo com que as pessoas refletissem sobre sua pertença ao Movimento e o que podem estar melhorando no ano de 2007. Pudemos, nestes dois dias, aprofundar mais em nós o conhecimento da importância da vivência dos PCE e refletir, com compromisso de verdadeiros equipistas, a Espiritualidade Conjugal, tema de estudo deste ano de 2007. Adriana e Eduardo CR Setor de Araçatuba/SP

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PROVÍNClA SUl 111 Região Santa Catarina 11 Aconteceu, nos dias 23, 24 e 25 de março, no Lar Rodeio 12, o CM 417


EACRE dos setores A e B de Blumenau, A e B de Lages e os setores de Itajaí e Brusque, os quais compõem a Região. Tivemos a honrosa presença do Bispo de Blumenau, D. Angélico Sândalo Bernardino, que nos brindou com uma palestra sobre "Fraternidade e Amazônia", além de cinco Conselheiros Espirituais e, ainda, a presença animadora do Casal Responsável da Província, Ângela e Luiz, que emocionou a todos com a apresentação da entrevista de Pe. Cavalca com a inesquecível Da. Nancy Moncau. Eligia e Carlos CR Setor A Blumenau/SC

rio. Quase metade dos CRE participava pela primeira vez de um EACRE. As palestras, flashes, dinâmicas objetivaram transmitir a pedagogia e métodos do Movimento, instrumentos para a santificação dos casais. O ardor pelo Carisma do Movimento foi reforçado pelo novo SCER, Pe. Leandro Chiarello, em sua palestra Espiritualidade Conjugal Compromisso nas Equipes. O Casal Provincial, Angela e Luiz, apresentou as propostas para o novo ano. Os painelistas e palestrantes, todos do Colegiada da Região, primaram pela objetividade, simplicidade e convicção. As três reuniões de grupo oportunizaram troca de experiências e ajuda mútua entre os casais .

••• Região Rio

Grande do Sull Realizou-se em Veranópolis, a 170 Km de Porto Alegre, o EACRE da Região RS I. Com a presença de 82 CRE, 7 SCE e 14 casais do Colegiada Regional, o Encontro foi avaliado pelos presentes como plenamente satisfatóCM 417

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Ressaltem-se as inspiradas homilias dos SCE Mons. Antônio, Mons. Tarcisio, Pe. Leandro e Pe. Avelino Pertile. Deste, ainda ecoa em nossos ouvidos, a propósito da parábola da figueira estéril, a mensagem: "Jesus nos está dando mais um ano ... O amor semeia e espera; o amor ajuda e espera; o amor ensina e espera; o amor confia e espera. o Amor tem fome de frutos, o Amor tem fome de uma resposta positiva do amado, mas é preciso decidir". Graça e Roberto, CRSR, juntamente com Frei Avelino, nos visitaram e também nos deixaram sua mensagem. Todos nós saímos do encontro animados e orientados para o novo ano equipista. No dia 25 de março, os Casais Ligação realizam o seu Encontro, pois as limitações de espaço impediram que participassem do EACRE. Graça e Aristeu CRR da Região RS 1

••• Região Rio Grande ào Sulll Nos dias 18 e 19 de março aconteceu, em Porto Alegre, o EACRE da Região RS II. Mais um maravilhoso encontro! Ficamos orgulhosos com o empenho de todos em fazer desse momento mais um ato de amor às ENS. Foi uma graça para nós a presença de D. Jaime Kolh, que havia 28

assumido nossa Diocese há apenas uma semana. Ele abençoou o nosso encontro, deixando como mensagem a sua profunda confiança na farru1ia cristã e convicção de que é na vivência humana do amor conjugal que recebemos a força para sermos reflexos do amor de Deus em toda a vida da Igreja e da sociedade. O Casal da Super-Região, Graça e Roberto, também esteve presente durante todo o encontro. Além de proferir palestras, participou ativamente das discussões em grupo. Nas manhãs e finais de tarde, recolhíamo-nos aos nossos corações para que pudéssemos falar com Deus, através das Celebrações Eucarísticas. Tivemos a alegria da presença de vários sacerdotes. Foi possível perceber Cristo presente conosco em todos os momentos do encontro. Estamos felizes por iniciar um ano equipista com tanto fervor e entusiasmo. Maria Inês e Vitor Hugo CRR- RS II

••• Região Paraná Sul Uma equipista me perguntou por que ir ao EACRE, depois de tantos anos de equipe, se as informações não podiam ser repassadas via caCM 417


sal ligação ou mesmo através de telefone ou e-mail. Estávamos no início do encontro, e eu disse para ela que no decorrer do EACRE ela procurasse a resposta. No domingo, às 13 horas, ela apareceu com uma folha na mão e me disse: leia quando chegar em casa e desculpa a minha "santa ignorância". Na folha estava escrito: "Mesmo depois de tantos anos de equipe, descobri que, participando do EACRE, tive a oportunidade de: 1. Rever amigos especiais, que demonstram gostar muito de você e ficam extremamente felizes ao revê-lo; 2. Participar de celebrações litúrgicas ricas, que elevam o espírito e permitem momentos de profunda reflexão; 3. Ouvir palestras de pessoas que podem não ser experts em comunicação, mas que de forma transparente e amorosa nos falam como melhorar na vivência dos Pontos Concretos de Esforço e mais, ver na cara deles que, realmente, estão sendo coerentes com o que falam; 4. Receber orientações de forma competente e detalhada de pessoas que amam ser equipistas e

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têm zelo pelo Movimento; 5. Dar muita risada com o casal animador, que de maneira inocente e espontânea demonstrou que só pode sorrir assim quem põe sua alegria no Senhor; 6. Ver que casais muito jovens se inspiram a investir na vida a dois no exemplo de casais, que, mesmo após muitos anos de casamento, ainda assistem a uma palestra de mãos dadas. 7. Ouvir irmãos de equipe que passam por duras provações e chegam ao EACRE curvados pela dor e vão embora aliviados, porque têm com quem dividir o fardo; 8. Contemplar a bondade de Deus na beleza dos hibiscos de todas as cores que vi na casa; 9. Comprar livros, que darei para meus colegas de equipe e procurarei ler para conhecer e amar mais o Movimento; lO.Constatar que uma das coisas mais lindas que eu já vi foi o espírito de serviço, a incansável dedicação, o entrosamento, a linda convivência e a alegria dos casais responsáveis pela organização de um encontro como este. Isto realmente não se faz através de multiplicadores, telefone ou e-mail. Obrigado por me responder uma pergunta com outra pergunta". Confesso que eu não tinha atentado para todos estes aspectos e quem se sentiu ignorante fui eu. Cleusa do Otamir Eq. 28-B- N. S. da Penha Cutitiba/PR 29


SER EQU1P1STA Sou SCE das Equipes de Nossa Senhora, desde o ano de 2001, portanto, há bem menos tempo que muitos dos que lêem esta mensagem. Embora há tão pouco tempo nas Equipes, sinto-me equipista, sou um SCE equipista e, tomo a liberdade de observar alguns pontos para reflexão.

1) Ser Equipista não é mérito, mas antes um compromisso. Compromisso que livremente o casal (não apenas um dos cônjuges), assume diante de Deus e de uma pequena comunidade de até sete casais. Certamente imprevistos acontecem, mas quando é uma constante que um cônjuge vá só à reunião mensal, é preciso repensar o caminho do casal na equipe. Relembro que o compromisso foi assumido livremente. Vocês foram convidados, homem e mulher, o casal, a participarem do movimento das ENS, e quando se aceita um convite feito na liberdade, espera-se também que a resposta seja livre. 2) A Espiritualidade. Aqui está um ponto essencial no Movimento e, talvez, alguns casais ainda não despertaram para a sua importância. É fundamental para um casal equipista que ele se alimente na espiritualidade conjugal. O casal se fortalecerá espiritualmente nas reuniões mensais, nos momentos de vida do Movimento, nas missas, nos retiros anuais. 30

É a espiritualidade conjugal um diferencial para o equipista, pois é ela que favorece a mútua compreensão do casal sobre os desígnios do Deus Amor Misericordioso para o seu matrimônio cristão. Sem a espiritualidade conjugal, faltará o fermento que favorece o crescimento em santidade do casal, na vida a dois e no lar.

3) Os Pontos Concretos de Esforço. Todos os anos, em todas as suas reuniões, talvez, casais lamentam não ter cumprido a contento os PCE. No entanto, faz-se necessário um questionamento: Por que todos os anos lamentamos as mesmas coisas e não mudamos nosso agir? Talvez estejamos frisando apenas os pontos concretos e esquecendo o esforço! Para a realização dos PCE, exige-se um esforço, uma vontade viva, um desejo de melhorar, um impulso que nos leve a sair do comodismo e praticar o compromisso assumido, não pelo compromisso, mas porque é meio de santificar-nos, motivo pelo qual nos tornamos equipistas. ~ Me pergunto: como um casal equipista pode pertencer ao Movimento se ele não faz a Oração Conjugal? Não disponibiliza tempo para o Dever de Sentar-se? Não procura colocar para a vivência cotidiana uma autêntica Regra de Vida? Não procura se esforçar para participar do Retiro Anual? Descuida da Escuta da Palavra e, mais CM 4 17


ainda, da Meditação? Será este um casal equipista? Sabemos que os PCE não são a meta. A meta é viver melhor o batismo numa espiritualidade que brota do sacramento do Matrimónio. Mas os PCE são meios qu f Yorecem ao casal uma constante reflexão e atuação na vida conjugal dos compromissos batismais. Não deveriam ser tratados como um peso, mas como um impulso a constantemente nos lançarmos para frente, para favorecer a caminhada a dois. Por isso, os PCE não são opcionais, mas fazem parte da vida de quem quer ser equipista de Nossa Senhora. Casais que não participam da vida de equipe, não fazem o Retiro Anual, não se esforçam para cumprir os demais PCE, serão ainda equipistas, ou apenas estão no Movimento, distantes, porém, da sua mística e carisma? 4) Voltar ao primeiro amor. Quando o casal foi convidado a participar do Movimento, foi pilotado e passou a integrar as Equipes, certamente terá experimentado o primeiro amor ao Movimento. Foi como aquele primeiro amor de juventude, a descoberta de algo novo e bom. Passaram-se os anos. Vieram as alegrias, as dificuldades, os sofrimentos, as angústias, as esperanças, as luzes e as trevas, o amadurecimento. Tudo isto vivido em equipe. Também vieram os muitos outros compromissos, os filhos, as obrigações com trabalho, Igreja e, assim, o cansaço, o comodismo e, CM 417

por vezes, o esquecimento do primeiro amor. É necessário, a cada Reunião de Equipe, uma volta ao primeiro amor. Retomar o que foi vi venciado naqueles primeiros anos de Movimento. Faz-se necessária uma volta ao princípio e, ainda hoje, perguntar-se: Por que entrei no movimento das Equipes de Nossa Senhora? E uma pergunta ainda mais profunda: desejo continuar equipista? É importante que os casais possam responder com sinceridade de coração a estas perguntas. Possam fazer uma reflexão séria sobre a sua pertença ao Movimento. Que a resposta não seja de comodismo ou desânimo, mas um redescobrir o primeiro mor e voltar a assumir seus compromissos com a equipe e com toda a família equipista. As Equipes de Nossa Senhora estão espalhadas por todo o mundo, mas precisamos continuar a levar a espiritualidade conjugal a tantos outros casais (não é necessário fazê-los equipistas para isso), para que eles possam descobrir a importância do matrimónio, onde os cônjuges se valorizem e se santifiquem mutuamente e possam ser testemunhas vivas de um verdadeiro amor a dois, e os dois vivam o amor com seus filhos e sejam evangelizadores, neste mundo que ainda não conhece Jesus Cristo. Que o Deus, rico em misericórdia, abençoe a todos!

Pe. Sérgio Rodrigues SCE Setor B Juiz de Fora!MG 31


PENTECOSTES Homilia de Bento XVl no Pentecostes de Queridos irmãos e irmãs! No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu com poder sobre os Apóstolos. Começava aí a missão da Igreja no mundo. O próprio Jesus preparara os onze para esta missão, aparecendo-lhes em várias ocasiões depois da ressurreição (cf. At 1,3). Antes da ascensão ao Céu, "ele mandou que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai" (cf. At 1,4-5). Pediu-lhes que ficassem juntos, para se prepararem para receber o dom do Espírito Santo. E eles, então, permaneceram reunidos com Maria no Cenáculo, à espera do acontecimento prometido (Cf. At 1,14). Permanecer juntos foi a condição requerida por Jesus para o acolhimento do dom do Espírito Santo; o pressuposto da harmonia entre eles foi a oração prolongada. Deste modo, é-nos oferecida uma excelente lição para cada comunidade cristã. Pensa-se, às vezes, que a eficácia missionária depende, principalmente, de uma programação atenta e de sua sucessiva aplicação inteligente, através de um compromisso concreto. Certamente, o Senhor pede nossa colaboração, mas, antes de qualquer outra resposta, é necessária a iniciativa dele: seu Espírito é o verdadeiro protagonista da Igreja. As raízes de nosso ser e de nosso atuar estão no silêncio sábio e providente de Deus. 32

2006

As imagens que São Lucas utiliza para indicar a irrupção do Espírito Santo - o vento e o fogo reportam ao Sinai, onde Deus se havia revelado ao povo de Israel e concedido a ele sua aliança (cf. Ex 19,3ss). A festa do Sinai, que Israel celebrava cinqüenta dias depois da Páscoa, era a festa do Pacto. Ao falar de línguas de fogo (cf. At 2,3), São Lucas quer representar Pentecostes como um novo Sinai, como a festa do novo Pacto, no qual a aliança com Israel se estende a todo os povos da terra. A Igreja é católica e missionária desde o seu nascimento. A universalidade da salvação se manifesta com a lista das numerosas etnias às quais pertence quem escuta o primeiro anúncio dos apóstolos (cf. At 2,9-11). O Povo de Deus, que havia encontrado no Sinai sua primeira configuração, amplia-se hoje até superar toda fronteira de raça, cultura, espaço e tempo. De forma diferente de como aconteceu com a torre de Babel, quando os homens, querendo construir com suas próprias mãos um caminho para o céu, acabaram por destruir a sua própria capacidade de se compreenderem reciprocamente, o Pentecostes do Espírito, com o dom das línguas, mostra que a sua presença une e transforma a confusão em comunhão. O orgulho e o egoísmo do homem sempre criam divisões, CM 417


levantam muros de indiferença, de ódio e de violência. O Espírito Santo, pelo contrário, capacita os corações para compreenderem as línguas de todos, pois restabelece a ponte da autêntica comunicação entre a Terra e o Céu. O Espírito Santo é o Amor. Mas como é possível entrar no mistério do Espírito Santo? Como compreender o segredo do Amor? A passagem evangélica nos leva hoje ao Cenáculo, onde, terminada a última Ceia, os apóstolos sentemse tristes e desconcertados. O moCM 417

tivo é que as palavras de Jesus suscitam interrogações inquietantes: Ele fala do ódio do mundo para com Ele e para com os seus, fala da sua misteriosa partida e afirma que ainda há muito por dizer, mas naquele momento os apóstolos não são capazes de suportar essa carga (cf. Jol6,12). Para consolálos, explica-lhes o significado da sua partida: irá, mas voltará. Entretanto, não os abandonará, não os deixará órfãos. Enviará o Consolador, o Espírito do Pai, e será o Espírito quem os fará conhecer que a obra de Cristo é obra de amor: amor dele próprio que se entregou, amor do Pai que o deu. Este é o mistério de Pentecostes: o Espírito Santo ilumina o espírito humano e, ao revelar Cristo crucificado e ressuscitado, indica o caminho para chegar a ser mais semelhante a Ele, ou seja, ser "expressão e instrumento do amor que dele provém" (Deus caritas est, 33). Reunida junto a Maria, a Igreja, como no seu nascimento, hoje implora: Veni Sancte Spiritus! Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Amém.• 33


SER MÃE É ESCOLHER UM CAMINHO Ser mãe é uma escolha que requer muito amor, abnegação e fé. Uma escolha que, de certa forma, molda o nosso destino, indicandonos um caminho.Uma vez que se opta por gerar um filho , vivemos uma responsabilidade da qual não poderemos abrir mão. Segundo Bruno Bettelheim, a tarefa mais difícil na criação de uma criança é ajudá-la a encontrar o significado da vida. Isso quer dizer que, ao gerar um fllho, precisamos ajudálo a dar sentido para a sua vida, algo

Que Deus conceda

a todas as mães o dom do discernimento, pois nós mães e mulheres, por vezes, estamos tão atarefadas, envohndas em tantas atividades, que esquecemos do principa1: cuidar dos tesouros que o Senhor nos confia.

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que o faça querer crescer, querer viver. É preciso que ele possa sentir que a vida vale a pena ser vivida, é preciso ensiná-lo a enfrentar as dificuldades e frustrações da vida com tranqüilidade e fé . Será essa uma tarefa fácil? Respondo, como mãe que sou, que talvez seja o desafio mais importante das nossas vidas e também o mais difícil. Porque não nascemos "mães", nascemos "filhas". Apesar do instinto materno que se manifesta em nós bem cedo, ainda na primeira infância, através das nossas brincadeiras e dos nossos ensaios com as bonecas, só nos tornamos mães diante do parto. A cada parto nasce não só um fil ho: com ele nasce também uma mãe. A partir da experiência do parto, o filho é apresentado à mãe e a mãe ao filho . Nasce uma relação amorosa baseada em troca de olhares e afetos. Acontece o amor à primeira vista! Que mãe consegue expressar o sentimento de olhar pela primeira vez o seu filho e ao olhá-lo sentir algo tão grandioso? Como explicar a riqueza dos primeiros afagos, os primeiros toques, o prazer mútuo da amamentação? Olhamos para este filho ideal, aquele que existia na nossa idéia e ficamos imensamente felizes. Porém, com o passar do tempo, descobrimos que existe também o filho real, que não é perfeito, que requer de nós esforço, que exige cuidados, que desperta em nós sentiCM 4 17


mentos ambivalentes e que nos desafia a crescer junto com ele. Como lidar com a nossa idealização e a nossa realidade? Eu, pessoalmente, não tenho resposta, porém tenho tido a graça especial de conviver, através da minha atividade profissional, com algumas mães que podem esperar muito pouco de seus filhos. São mães que precisam lidar, diariamente, com a possibilidade da perda, da imperfeição e da frustração: mães que têm filhos especiais; que talvez não tenham a oportunidade de vê-los adultos, mas que desfrutam de cada fase, de cada dia com amor, fé, esperança e alegria. A cada diálogo com essas mães, sinto-me fortalecida e aprendo com elas a lidar com as minhas frustrações de mãe. Diante delas me sinto pequena. Sempre pensei que Deus só entrega uma cruz para quem pode carregá-la e a cada dia me convenço mais disso. Sinto que Ele escolhe algumas pessoas e lhes entrega uma missão e um tesouro especial. Às vezes, a missão é aparentemente simples e requer a simples ação de enxergar onde está o tesouro. As mães que conseguem "ver" o tesouro nos mostram uma tranqüilidade e uma esperança que só podem vir do céu. Que Deus conceda a todas as mães o dom do discernimento, pois nós, mães e mulheres, por vezes, estamos tão atarefadas, envolvidas em tantas atividades, que esquecemos do principal: cuidar dos tesouros que o Senhor nos confia.

Luciane do Marcelo Equipe da Carta Mensal CM 417

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Padre Rubens Oliboni Nos dia 06 de janeiro e 02 de março de 2006, comemoramos com muita alegria 60 anos de ordenação e 83 anos de vida do nosso querido Padre Rubens Oliboni, Conselheiro Espiritual da Região São Paulo Centro III, dos Setores A e B de Jaú e seis Equipes de Base. Padre Rubens, com sua alegria e exigência, é a presença viva de Cristo no meio de nós, amando-nos e dedicando-nos precioso tempo não só a nós, como aos nossos filhos. Sua vida é expressão de serviço, espiritualidade, humildade, solidariedade, fraternidade e fidelidade. É muito, muito bom mesmo, termos o Padre Rubens em nosso meio. Ele é um grande presente para nós. Que Deus lhe dê muita saúde e disposição para continuar conduzindo o seu rebanho, servindo de exemplo e motivação para todos nós dos setores A e B de Jaú, que lhe temos muito carinho. Dóris e Adalberto Bega Eq. N. S. de Fátima- Jaú!SP 36

Jubileu Sacerdotal Padre José Valter Rossini celebrou Jubileu de Prata em 15 de janeiro de 2007. Pe. Rossini é SCE das Equipes N. S. Auxiliadora (2A), e N. S. de Fátima (3A), de Araras, Setor de Limeira-Araras/SP. As equipes, que têm o priviléoio de contar com o •querido b sacerdote em seu meto, sempre incentivando os casais a buscarem a santidade, agradecem a Deus pela sua vocação, disponibilidade em servir o Movimento com alegria e por tantas bênçãos durante todos esses anos de sacerdócio.

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MUTIRÃO Com a finalidade de relembrar e solidificar a caminhada dos equipistas, o Setor C de NataVRN realizou um Mutirão, no dia 12 de novembro de 2006, do qual participaram 47 casais. Foram abordados os temas A Organização nas Equipes de Nossa Senhora e Amor e Conjugalidade. Os grupos de reflexão trabalharam os PCE, o papel do Casal Animador e a Reunião de Equipe. O evento iniciou com uma oração e encerrou com uma celebração Eucarística. Edfania e Carlinhos, CR pelo Setor C- Natal/RN

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Bodas de Ouro Dionísio e Irene, da Equipe 7 A, Nossa Senhora do Rosário, no dta 5 de janeiro de 2007, comemoraram 50 anos de vida matrimonial, uma alegria não só para sua família, mas também para nós da sua equipe, da qual o casal é o único remanescente entre seus fundadores, há quarenta anos. Quando da nossa primeira reunião do ano, Irene nos mostrou, sutilmente, a jóia que havia recebido do marido como presente do aniversário de casamento. Lindíssima! Ela, porém, acrescentou: mais linda foi a carta que ele escreveu para mim. Realmente muito significativa e expressando a vida dos dois com tal profundidade, que mereceu leitura solene na reunião, como cu-participação. Um conteúdo riquíssimo. Cidinha e Nelson, Eq. N. S. do Rosário - Taubaté/SP

••• Theresa e Landim, no dia 2 de fevereiro de 2007, comemoraram suas bodas de ouro, com solene Eucaristia, celebrada na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Lago Sul, em Brasília/DE A Missa foi presidida por Dom Raimundo Damasceno, SCE da Equipe 13, e concelebrada por Dom Odilo Sherer, Monsenhor André Camurça, Dom Hugo Cavalcante-OSB e Dom Luís Soares-OSB. Participaram da celebração, além de seus três filhos. noras, genro e quatro netos - que acompanham e alegram suas vidas - muitos familiares e amigos, inclusive todos os integrantes da equipe 13, que os irmana há cerca de 30 anos. Após a missa, houve jantar de confraternização. Ao longo desse anos de vida em comum, o casal vêm dando testemunho de como é possível perseverar no amor conjugal, vivendo sob a proteção de Maria e convivendo com ternura, solicitude e respeito mútuo. CM 417

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Jubileu de Ouro de Vida Religiosa Irmã Alexandrina, Conselheira Espiritual das Equipes Nossa Senhora Aparecida, N. S. das Graças e N. S. da Abadia, em Goiatuba/ GO, celebrou seu jubileu de ouro de vida consagrada, no dia 19 de março de 2007. As comemorações contaram com tríduo e missa em ação de graças, esta presidida pelo bispo diocesano, D. Antônio Lino. Há sete anos ela se dedica às Equipes de Nossa Senhora. Muito tem feito pela expansão de novas equipes nesta cidade. É muito querida por todos os equipistas, com bondade e esforço contagiantes. Irmã Alexandrina, que as bênçãos de Deus estejam sobre sua pessoa, pela sua dedicação ao nosso Movimento, à Pastoral da Criança e a outros movimentos da Igreja, nos quais trabalha com muito carinho e amor a Deus e a seu povo. Rosária e Húdson, CR da Região Goiás-Sul

Ordenação Diaconal

Silvio Cardoso Dos Santos, no dia 6 de janeiro de 2007, em cerimônia realizada na Paróquia Sant'Ana de Araçatuba/SP, recebeu das mãos de Dom Sérgio Kezywy o sacramento da Ordem, no grau do diaconato. Silvinho, como é chamado carinhosamente, concluiu seus estudos no seminário Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Man1ia/SP. É Conselheiro Espiritual da Equipe 190105. N. S. do Rosário de Fátima. Os equipistas só têm a agradecer a sua dedicação e amor ao Movimento. Adriana e Eduardo, CR Setorde Araçatuba/SP

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PARTIRAM PARA A CASA DO PAI Alonso Braz Faria, da Dirce, no dia 17 de fevereiro de 2007. Participava da Equipe Nossa Senhora de Guadalupe, Rio Claro, Região São Paulo Centro II. Naylôr Carlos Domingos de Morais, da Neusa, no dia 23 de janeiro de 2007. Pertencia à Equipe Nossa Senhora da Santíssima Virgem, de Rio Claro/SP. Marcelo Henrique de Souza, da Márcia, no dia 11 de fevereiro de 2007. Pertencia à Equipe II A- Nossa Senhora Mãe de JesusSorocaba/SP. Sebastião Aferri, da Maria Luiza, ocorrido no dia 03 de março de 2007 - Integrava a Equipe 5B - N. Senhora Medianeira Sorocaba/SP. lvanildo, da Laurita, no dia 13 de março de 2007. Era membro da Equipe 1 -Nossa Senhora das Graças, Setor B de Parelhas/RN. Padre José Paula de Araújo, no dia 12 de janeiro de 2007. Nasceu em Ttumbiara/GO, no dia 28 de dezembro de 1954. Fez o Seminário Menor em Rio Bonito/RJ e o Maior em lpameri/GO. Ordenou-se diácono no dia 26/07/1987 e presbítero, pela imposição das mãos de Dom José Castanho, no dia 24/01/1988, na Catedral de Santa Rita de Cássia, em ltumbiara. Era o SCE da Equipe Nossa Senhora Aparecida, em Panamá/GO, do Setor "B", da Região Goiás-Sul. Padre Maurício Silva Ferreira, (foto abaixo) no dia 27 de janeiro de 2007. Pertencia à Equipe 7, N. S. de Lourdes, Setor de Limeira-Araras/SP. Sacerdote há 18 anos, tomou-se SCE em 1980. um ano após sua ordenação sacerdotal. Pastor dedicado, seus braços estavam sempre tão abertos que ele não recusou acolher um grupo de ovelhas pertencente a outra paróquia. Por 17 anos desfrutamos de seu convívio. Por todo esse tempo ele nos guiou como um pai carinhoso. Animava-nos muito, provocava-nos sempre mais e, acima de tudo, era nosso apoio. Foi SCE do Setor LimeiraAraras no período de 2001 a 2003. Ele viveu pouco, 48 anos, mas temos certeza de que seu ardor missionário não foi em vão. O homem público, o homem religioso, de uma fé inquebrantável, soube preparar a seara do Senhor. Seu exemplo continuará nos guiando.

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- DO SENHOR A ANUNClAÇAO

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A cena que vai fazer de Maria, a Mãe de Deus e colocá-la no ponto mais alto da Criação e da Redenção, desenrola-se numa simplicidade absoluta. (... )Maria está em casa e, como faz todos os dias, arruma, limpa e cozinha.( ... ) Está ocupada, mas seu coração está livre para o que ela mais gosta: a conversa com Deus. Para nutri-la, basta recordar os textos da Bíblia, que ela conhece muito bem, os salmos que cantam em sua memória e em seus lábios as profecias que, século após século, anunciavam o Messias que haveria de vir e que embalam Israel com uma imensa esperança. Maria, porém, nelas acreditava com fervor, misticamente, e queria colaborar com a vinda do Salvador. Como? Nem ela sabia. Os caminhos de Deus são insondáveis. Ela ama a Deus acima de tudo. Mas ama também um jovem simpático e viril, que se chama José, já comprometido com ela. e com o qual ela também está comprometida. Como não pensar nele ao mesmo tempo em que pensa em Deus, já que seu casamento é querido por Deus? Quando o anjo a ela se manifesta, Maria tem o coração repleto de Deus, mas também entregue a José. ( ... ) Para engajar-se mais lucidamente no plano de Deus e colocar sua inteligência no mesmo nível do consentimento profundo de sua vontade, ela pergunta: "como se fará isso, pois não conheço homem?" (Lc 1,34). Não é uma objeção, uma serni-incredulidade, como aquela de Zacarias. 40

( ... ) Sua pergunta significa: "se devo ser mãe, como conservarei minha virgindade?" A virgindade, em eu pensamento é decisão defmitiva. Ela não consegue ver compatibilidade entre sua virgindade e a missão proposta. Ela quer ver isso para entrar totalmente nos desígnios de Deus. Por outro lado, quando ela fala de "homem", fala do homem que ela ama ternamente, José. O homem "que ela não conhece" (no sentido bíblico e físico da palavra), mas a quem ela ligou seu destino e em quem ela pensa sem cessar, não estará também envolvido neste mistério? Por trás da pergunta de Maria está presente seu amor por José. O anjo responde à pergunta: "O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá; por isso o santo filho que nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1,35). A José, mais tarde, ele dará a resposta complementar. As palavras do anjo têm para Maria uma profunda ressonância bíblica. "O Espírito virá sobre ti" como sobre os homens escolhidos por Deus, como sobre o Messias, o Emanuel, como sobre a comunidade do fim dos tempos. "A força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra", como a nuvem que precedia os hebreus no deserto e que envolvia a Tenda da Reunião, onde se encontrava a Arca Santa. Maria compreende que uma intervenção especial de Deus vai fazer de seu seio virginal uma nova Tenda da Reunião, uma nova Arca da AlianCM 417


ça, pois dele nascerá o Messias, sem que seja preciso um homem aproximar-se dela. Terá ela compreendido que o "Santo" que nascerá dela é o "Filho de Deus", no sentido absoluto do termo? Provavelmente não, porque o Antigo Testamento não tinha jamais dito que o Messias seria Deus, e nada autorizava uma hipótese tão audaciosa. Ela percebe bem que seu filho, o Messias, estará mais próximo de Deus que qualquer outro libertador de Israel. Seriam necessários, porém, meses ou anos para que ela pudesse perceber que sua maternidade messiânica seria também uma maternidade divina. E Maria pronuncia as palavras que Deus esperava dela, que o universo inteiro, sem o saber, estava esperando: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra". A submissão é incondicional .... ela, de antemão, concorda com tudo. Não de forma passiva, mas com toda a energia do seu ser. O "fiat" é imperativo, é uma ordem que ela dá a si mesma( ... ). O anjo partiu. Maria continua lá, em casa. No entanto, é uma outra Maria. Ela medita sobre a mensagem do anjo, que pouco a pouco a invade e transfigura. Como todas as mulheres de Israel, ela terá um filho e estará assim na tradição da grande via da bênção divina. Seu ftlho não será semelhante a qualquer outro. Ela mesma não se parecerá com nenhuma outra mãe. E de repente tudo se esclarece e coordena. Deus lhe havia inspirado permanecer virgem. Agora Deus lhe pede para ter um filho. Deus não se contradiz, mas era necessário que, CM 417

optando pela virgindade, ela renunciasse a ser mãe, para poder vir a ser mãe agora, dum modo especial. Ela descobre que não podemos possuir jamais a não ser aquilo que doamos. Como renunciou livremente às alegrias puras e fortes da maternidade, ela as reencontrará e experimentará como jamais outra mãe as conheceu. Seu filho será o Messias. À sua alegria de mãe junta-se a de doar ao mundo um Salvador. A expectativa de Israel e a espera milenar da humanidade obtiveram enfim uma resposta. Maria, a Serva, é a depositária desta esperança que se realiza. Nesse momento, na casa de Nazaré, sua alegria ultrapassa tudo o que se possa imaginar e Maria imerge num abismo de silêncio e adoração.

(Henri Caffarel, do livro Prends chez toi Marie, ton épouse) Tradução de Sola e Sergio Carta Mensal 41


REGRA DE VIDA Anotações de uma equipista, em 1954, ouvindo palestra proferida pelo Pe. Caffarel sobre a Regra de Vida Finalidade da Regra de Vida: Fazer com que Deus seja soberano na vida dos nossos lares. É isto uma obrigação. Nossa vocação sobrenatural consiste na caridade que nos une a Jesus Cristo e nos conduz até o Pai. Ao pensar na Regra de Vida, considerar: Do que nos devemos desembaraçar, para não apagar a vida de Deus em nós? Alimentamos suficientemente esta vida? Exercitar-se em amar e servir a Deus. Nenhum de nós vai se exercitar, na prática, em todas as virtudes ao mesmo tempo. Cada um de nós deve ter a sua estratégia pessoal, com percepção de certos detalhes. Não confundir programa de vida (comunhão, orações, leituras, deveres) com os pontos particulares deste programa, sobre os quais é preciso fazer um esforço especial. Praticar determinada virtude para não permitir o desequilíbrio na vida. Esforços bem determinados. Como organizar uma Regra de Vida? Principalmente, interrogar o Senhor. Quando estabelecer a Regra de Vida? Em momentos em que tenhamos a possibilidade de rever a nossa vocação cristã. Qual deve ser o conteúdo da Regra de Vida? Regra de Vida é pessoal: Orientação geral: abandono à pro42

vidência. Dizer sim a Deus. Caridade. Exemplos: - A importância de ver no próximo que abordamos, um membro de Cristo (ver os trabalhadores, não como braços, mas como homens criados por Deus). - Pode-se fazer Regra de Vida comum aos dois cônjuges. - Fisionomias sorridentes. O sorriso, quaisquer que sejam as circunstâncias, por mais que custe ... Incluir a oração na própria vida (por exemplo, um médico que, entre duas consultas, faz dois minutos de recolhimento: a acolhida aos doentes fica assim beneficiada). - Esforços também no plano natural; A graça se apóia sobre a natureza.

Primeira qualidade de uma Regra de Vida: Escrita e curta. Fixar o essencial. Regra de Vida mínima: impor-nos um mínimo abaixo do qual nunca deveremos descer. Concretizar. Nada significa dizer apenas "devo ser mais caridoso". Descer até os detalhes (por exemplo, a falta de pontualidade que leva ao enervamento e, conseqüentemente, à falta de caridade). Quando pensar na Regra de Vida? Todos os dias, no fim da oração. Controlar a sua execução, por exemplo, por ocasião do exame de consciência diário. Observar a Regra de Vida por amor a Deus. Porquenãoseau~liariam,marido

e mulher, em praticar a Regra de Vida? No Dever de Sentar-se, troca de CM 417


idéias franca sobre a prática da Regra de Vida (Haverá entretanto pontos sobre os quais poder-se-á não falar ao cônjuge). Pode haver troca de idéias sobre a Regra de Vida, na própria equipe.

A revisão da Regra de Vida: Cuidar da Regra de Vida, como o jardineiro cuida do jardim. Saber fazer a sua revisão, quando é pouco precisa. Saber refundi-la, se por acaso era por demais pretensiosa ... Adaptá-la também ao tempo litúrgico (Quaresma, Advento ... ). Perigos a evitar na Regra de Vida:

A Regra de Vida não convém da mesma maneira a todos os temperamentos. Cada qual deve escolher uma Regra de Vida "sob medida". A Regra de vida deve nos impor um rrúnimo de exigências. Desconfiar de uma vida feita de regulamentos. O Cristianismo não é uma religião de regras, mas de caridade. Se quiserdes fazer comparações é com Cristo que devereis vos comparar. Cuidar para que o espírito não seja abafado pela letra. Desconfiar do formalismo.

Extraído da Carta Mensal de agosto de 1954

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- CONJUGAl ORAÇAO

Temos observado em nossa caminhada que muitos equipistas fazem sua oração pessoal diariamente. Para muitos casais, porém, por vários motivos, a oração conjugal é de difícil realização. Sendo o matrimônio uma vocação e um apelo à santidade, a oração conjugal deve fazer parte do dia-a-dia do casal e estender seus reflexos sobre os filhos. Portanto, é muito importante que o casal, sem deixar a oração pessoal, abrace a oração conjugal, diariamente, para louvar e agradecer a Deus pelas graças recebidas, pedir bênçãos sobre aqueles que amamos e pelos que nos pedem orações e também pedir perdão por nossas faltas e forças para corrigi-las. Pedir o amu1io divino para viver no dia-a-dia o amor conjugal, sendo apoio e estímulo mútuo ria busca da santidade pessoal e do casal ... Por outro lado, a realização deste PCE implica na realização dos deCM 417

mais, pois todos estão intimamente ligados entre si. Para a busca da santidade em casal, o Movimento nos dá todas as ferramentas necessárias para atingirmos este objetivo, um exemplo disso é o livro tema de estudo que, muitas vezes, não é adequadamente explorado. Nele encontramos pistas para a Escuta da Palavra e a Meditação e, nestas, ajuda e fundamento para nossa Oração Conjugal diária. A cada novo capítulo do tema, podemos renovar a Regra de Vida e ter um ponto de partida para o Dever de Sentar-se. O uso do livro de tema como subsídio para nos ajudar na realização dos PCE para nós tem se revelado muito importante.

Edna e Gilberto ]achstet Eq. 3 B - Londrina/PR jachstet@calcweb.com.br 43


CAMINHANDO JUNTOS Fomos agraciados por Deus com a presença em nossa equipe de um padre que passou a fazer parte dela quando ainda era seminarista. Quantas coisas dividimos em equipe nas partilhas! Juntos fomos crescendo e amadurecendo. Tivemos a felicidade de participar de sua ordenação diaconal e presbiteral e de conhecer seus amigos e familiares. Hoje, como padre, podemos dizer que encontramos nele alguém que se apaixonou pelas Equipes e de toda a sua mística e carisma, alguém que a cada reunião nos faz sentir na sua pessoa a presença de Jesus em nosso meio, dando-nos força e coragem para continuarmos na caminhada equipista, e a cada mês faz com que, como casais, cresçamos na espiritualidade. Mostra-nos que pode-

mos, sim, amar nossos irmãos equipistas, respeitando cada um na sua maneira de ser, e, olhando-os, ver Cristo. Fez-nos sentir que nos tomamos uma família e perceber que é difícil não nos vennos juntos onde quer que estejamos, porque todos fazem parte das nossas vidas. Se o SCE percorre os 40 km que separam sua cidade da nossa, sem nunca perder uma reunião, não é possível nós não nos esforçarmos, em busca do nosso crescimento em santidade, com o exemplo de dedicação e amor de alguém que nos tem a todos em suas orações e pensamentos.

Ana Flávia e José Maria Eq. 9- N. S. da Medalha Milagrosa - Casa Branca/SP

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ALEGRE MlSSAO Já estou começando a gostar da missão de ser Casal Responsável... Amei o EACRE. Nosso Movimento é compromisso muito sério ... Foram essas e muitas mais as observações de entusiasmo da minha esposa na última reunião que tivemos com nossa equipe. Todos percebemos a alegria e a sinceridade estampadas em seu rosto. Essa missão que Deus nos concede, só nos beneficia. Crescemos na medida que nos doamos ao Movimento. E Deus, como recompensa, nos cobre com toda graça, sabedoria e firmeza, 44

para que possamos, cada vez mais, conduzir nossas ovelhas ao caminho da santificação. Eu também estou feliz com essa nossa missão. E, aproveitando, convido todos os casais responsáveis para juntos somarmos forças e oferecennos gratuitamente nossos dons. Sejamos todos bem vindos a esta magnífica missão de Casal Responsável, com Deus, amém!

Luís da Ana Eq. N. S. das Graças - Setor G Fortaleza/CE CM 417


PERSEVERAR SEMPRE Ao convidarmos um casal para fazer parte de uma pastoral em nossa comunidade, eles falaram que estavam fazendo a experiência comunitária das Equipes de Nossa Senhora. Logo imaginamos tratar-se de um movimento mariano ... Passados alguns meses, fomos convidados a ingressar nas ENS. Com mais seis casais, começamos a nossa experiência comunitária. Após a terceira reunião, um casal saiu. Na experiência comunitária, aprendemos a viver em comunidade. Terminada a experiência, iniciamos a pilotagem. Formamos a Equipe 7 Nossa Senhora de Nazaré, do Setor B. Sabíamos que enfrentaríamos altos e baixos na equipe e que deveríamos perseverar. Começamos a entender o que o Movimento nos proporciona e o que ele propõe aos casais. Para entender melhor, nós nos demos conta de que precisávamos muito ler e participar de tudo e assimilar as ENS. Entendemos que seria uma forma de melhorarmos como casal cristão. Ao fmal da pilotagem, outro casal nos deixou. Ficou a pergunta: Por quê? Mas a vida e nossa equipe tinham que continuar. Sentíamos que nem todos haviam entendido a mística e o carisma das Equipes. Terminada a pilotagem, começamos a caminhar sozinhos, sempre com o carinho e a abnegação do nosso SCE, que esteve do nosso lado em todos os momentos que precisávamos. No final do ano aconteceu algo que já terníaCM 417

mos: Alguns casais não colocavam em prática os PCE, nem buscavam se aprofundar no entendimento do Movimento. A correção fraterna feita não deu o resultado esperado. A equipe se resumiu a dois casais. Nós sentamos juntos, choramos juntos, entregamos o problema a Deus e a Nossa Senhora, e decidimos que a Equipe 7 era maior que suas dificuldades. Tínhamos que perseverar e continuar. Com a graça de Deus e a intercessão de Nossa Senhora de Nazaré, depois de algum tempo, cinco casais completaram novamente a nossa equipe. Caminhamos juntos por mais um ano. Mas Deus chamou para junto de si um membro muito querido de nossa equipe. Por motivo de viagem, outro casal nos deixou. Ficamos em quatro casais e a viúva, sempre com o pensamento, as ENS fazem parte de nossa vida, vamos entregar novamente nas mãos de Deus e de Nossa Senhora de Nazaré. Não passou muito tempo e nos vieram dois casais maravilhosos. Hoje somos cinco casais e a viúva que continua firme e forte conosco, somos novamente urna equipe. Tudo é possível quando, tendo Deus no coração, fazemos tudo com amor. Amamos a nossa equipe e as Equipes e hoje vemos como é maravilhoso este Movimento.

Niedja e Junio Eq. 7- N. S. de Nazaré- Setor B Natal/RN junioperesg@bol.com.br 45


UM SANTO PARA TODOS OS TEMPOS ( ... ) o Papa Bento XVI canonizará o Beato Frei Antonio de Santana Gaivão em São Paulo, durante sua estadia, antes de chegar a Aparecida, para presidir ao início da V Conferência Geral dos Bispos da América-Latina e do Caribe. Canonização é a inscrição no rol dos Santos de pessoas que se distinguiram, de modo exemplar, na santidade de vida por seguir de perto a Cristo Jesus. Todo a criatura humana e chamada à santidade, por isso é desconhecido o excepcional número dos que são santos. Alguns se destacam e podem ser colocados como exemplos a seguir. O Beato Antônio de Santana Galvão nasceu em Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, em 1739, de família de prática cristã, que lhe transmitiu a fé e a busca de fidelidade a Cristo. Aos treze anos, foi enviado ao Colégio dos Padres Jesuítas, no distrito de Belém da cidade de Cachoeira, no Estado da Bahia, onde permaneceu de 1752 a 1756. Voltando a Guaratinguetá, desejava entrar na Companhia de Jesus, mas o pai opôs-se, por causa da perseguição do Marquês de Pombal às 46

congregações religiosas e de modo particular aos jesuítas, que acabaram sendo supressos. Assim, Antônio foi encaminhado aos Padres Franciscanos, os quais exercitavam ministério pastoral na vizinha paróquia de Taubaté. Em 1760, entrou no noviciado em Macacu, Estado do Rio de Janeiro, e no ano seguinte já fez a profissão religiosa. Em 11 de junho de 1762 foi destinado ao Convento de São Francisco, na cidade de São Paulo, para estudar Filosofia e Teologia, ser ordenado sacerdote e ajudar, ao mesmo tempo, seus confrades no trabalho apostólico. Trabalhou como pregador, confessor e também porCM 417


teiro do Convento de São Francisco, em São Paulo. Fundou, em 1774, o Recolhimento de N. Senhora da Conceição da Luz da Divina Providência, hoje conhecido como "Mosteiro da Luz", na cidade de São Paulo. Este "Recolhimento", sob pressão do capitão geral D. Martim Lopes Lobo de Saldanha, foi fechado no mês de junho de 1775, reaberto em agosto do mesmo ano, graças à permissão do Bispo de São Paulo, Dom Manuel da Ressurreição. Em 1780, foi condenado ao exílio, porque tinha protestado contra a morte cruel de um soldado. Partiu imediatamente a pé para o Rio de Janeiro, porém, com a rebelião do povo, o capitão revogou a sentença, e Frei Antônio voltou ao convento. Frei Gaivão foi reconhecido como "homem da paz e da caridade". Na carta da Câmara do Senado de São Paulo ao Ministro Provincial dos Franciscanos, em 17 de abril de 1798, se lê: "Este homem, Frei Gaivão, é preciosíssimo a toda esta cidade e vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssirno e prudente conselheiro ao qual todos vão ao encontro para ter luz e conforto; é homem da paz e da caridade". No Registro dos Religiosos Brasileiros, ao fim do currículo da vida (1802-1806), se afirma: "Seu nome, em São Paulo, mais que em qualquer outra localidade, é escutado com grande confiança; muitas pessoas de regiões longínquas vêm procurá-lo em suas necessidades, uma e mais vezes". Em 1939, dele escrevia Dom Frei Henrique Golland Trindade: "ConCM 417

selheiro, ouvido por leigos e porreligiosos, sabia dizer a palavra justa ao pecador como também à alma de grande perfeição. Pacificador das almas e das famílias, dispensador de caridade sobretudo aos pobres e aos doentes. Foi um frade de muita caridade, de muita vida espiritual". Outro historiador assim escreveu: "Procurado para as confissões, para pacificar nas discórdias, para ajustar problemas temporais, além de ser zeloso, era sábio e prudente". Voltando da fundação de Sorocaba, o Beato viveu ainda dez anos, sempre em seu Convento de São Francisco. Quando as forças já não lhe permitiam mais andar do Convento ao Recolhimento, com a permissão dos Superiores e do Bispo, passou a morar nas dependências da obra por ele fundada. Na última doença, foi transferido para um quartinho atrás do tabernáculo, no fundo da igreja por ele construída e inaugurada em 1802, onde as religiosas podiam oferecer-lhe assistência. Morreu em 23 de dezembro de 1822, assistido pelo superior e pelos confrades e sacerdotes, que admiravam suas virtudes e a sua vida apostólica. Foi sepultado diante do altar mo r da igreja do Recolhimento da Luz. Assim morreu um santo, suscitado por Deus para ser testemunha do seu amor. ( ... )

Dom Geraldo M. Agnelo Cardeal Arcebispo de Salvador - Presidente da CNBB Extraído do Site www.cnbb.org.br 47


O CATADOR DE PAPEL Era uma tarde muito quente e há dias que eu e alguns funcionários vínhamos trabalhando no paisagismo de um condomínio. Eu estava tão cansada que tudo era motivo para reclamação. Sentei numa pedra e, de repente, ouvi um barulho de sacola de plástico bem próximo.Olhei e avistei um senhor de olhar vivo, a quem a falta de dentes não impediu de sorrir ao dizer: - Oi,fia! (Eu não imaginava que dali sairia um diálogo tão bonito). - Oi tio, o senhor está com calor? - Tô, né fia, mas que posso fazê? Tenho que trabalhá, senão fico sem janta. - O senhor vende papel? - Vendo papel de dia e à noite eu trabalho de varredor. - Quantos anos o senhor tem para agüentar esse pique? - Tô chegando nos 80 anos, com vida e saúde, graças a Deus. Senti-me pequena diante daquele homem, tão desprovido de bens materiais e, por isso talvez, tão sem valor aos olhos do mundo, e tão rico aos olhos de Deus. Eu nada tinha para lhe oferecer no momento, além da minha atenção. - Tio, essa carriola deve ser muito pesada, não? -Não é não,fia, eu tenho ajuda. Dei uma olhada ao redor e vi somente dois cachorros que ele levava na parte de baixo da carriola. -Sabe fia, eu carrego a carriola 48

de um lado e Jesus carrega do outro, por isso não é pesado. Meu dia a partir daquele momento teve outro sentido. Ao fim do dia, fomos buscar nosso filho na casa de um colega. Ali avistei uma carriola cheia de papel que descia a rua, puxada por um velho homem. Reconheci nele o catador de papel com o qual tivera o interessante diálogo daquela tarde. Ele conversava sozinho, enquanto puxava a carriola, segurando bem no cantinho direito. Ele certamente estava na melhor companhia: A promessa de Jesus: "Vinde a mim todos os que estais cansados e eu vos aliviarei" (Mt 11,28) estava acontecendo ... Pedi perdão a Deus por ter reclamado de calor naquele dia. Um homem sem estudo, sem beleza física, sem instrução, deu-me uma grande lição de vida ao apresentar-me um Cristo tão próximo, tão amigo, tão íntimo. Um ancião, catador de papel, que passou por mim e deixou um rastro de Deus, que evangelizou o meu dia com seu testemunho de fé, amor e esperança. Certamente, o velho homem, ao chegar ao céu, vai poder ouvir do Pai: Filho, tu não mudaste o mundo, mas, por onde passaste, fizeste tudo o que foi possível para tornálo melhor.

Tati do Rui Eq. N. S. da Santissima Trindade Dourados/MS CM 417


Meditando en1 Equipe O mês de maio está repleto de acontecimentos importantes. Em primeiro lugar, o Dia das Mães, que é uma ocasião para a família se reunir e manifestar sua gratidão à geradora da vida , no lar. Para a Igreja Católica, a realização da V Assembléia do CELAM, em Aparecida, e a canonização do brasileiro Frei Gaivão significam o fortalecimento do paradigma do Evangelho para a vida do cristão, particularmente, da família, a educadora da fé por excelência.

Escuta àa Pa1CIVYa em }o 14,1-7 Sugestões para a meditação: 1. Qua l é o sentido da missão e da presença da mãe na família cristã? 2. Que modelo ou modelos de vida são adotados pela família cristã? 3. Como podemos participar da Assembléia do CELAM em Aparecida? Pe. Geraldo

................................................... Oração litúrqica (SI 118/ 119,89-96) Javé, t ua palavra é para sempre, ela está f irmada no céu; tua verdade continua, de geração em geração: f ixaste a terra, e ela permanece. Tudo existe até hoje conforme tuas normas, pois todas as coisas te servem. Se tua lei não fosse o meu prazer, eu já teria perecido na miséria. Jamais vou esquecer teus preceitos, pois é por eles que me fazes viver. Eu pertenço a ti : salva-me, po is busco teus preceitos . Que os ímpios esperem a minha ru ína: eu sei discernir teus testemunhos. Eu vi limite de toda perfeição: t eu mandamento é muito amplo.


ORAÇÃO PARA A CONFERÊNClA DE APAREClDA Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos. Vinde ao nosso encontro e guiai nossos passos para seguirvos e amar-vos na comunhão de vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando nossa cruz, e ungidos por vosso envio. Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, que ilumine nossas mentes e desperte entre nós o desejo de contemplarvos, o amor aos irmãos, sobretudo aos aflitos, e o ardor por anunciar-vos no início deste século. Discípulos e missionários vossos, queremos remar mar adentro, para que nossos povos tenham em Vós vida abundante, e com solidariedade construam/a fraternidade e a paz. Senhor Jesus, vinde e enviai-nos! Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém . Papa Bento XVI o

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Equipes de Nosllôl Senhora

Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 secretariado@ens.org .br • cartamensal@ens.org.br • www.ens .org .br


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