CARTA MENSAL no419
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Agosto
2007
Equ i pes de Nossa Senhora
EDITORIAL Da Carta Mensal .. .... ... ...... ... .... .... .. O1 SUPER-REGIÃO Voltar à fonte! .. ............................ . 02 Eu vos chamo de amigos .. .. .... .. .... 03 A espiritualidade conjugal e a reunião de equipe .. .. .................. 05 CORREIO DA ERI A carta das Equipes de Nossa Senhora faz 60 anos .... .... ... 07 Notícias da Zona Eurásia ....... ... .... . 09 Relançamento das esquipes satél ites ........ .. .. ...... ........ 12 TEMA DE ESTUDO Resposta ao tema .... .. .... .... ...... .. .... 1 5 VIDA NO MOVIMENTO Demonstrações financeiras 2006 .... 16 Casal ligação: um chamado do amor! ................. 19 ENS Brasil: 57 anos ... .. ............... .. .. 20 Sessões de formação .... .. .............. . 21 TEMPO DA IGREJA Assunção da bem-aventurada Virgem Maria ............................. .... 24 VOCAÇÕES Ser padre: uma vocação e uma graça . Ser conselheiro espiritual : uma bênção .......... ... ...... .. ........ .. .... 25 Carta Me11sal é w llll publicação me/ISal das Equipes de Nossa Senhora Regisrm "Lei de lmprema" n• 219.336 livro 8 de 09.10.2002
Avani e Carlos
Clélia e Domingos Luciane e Marcelo Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz 8.
Hackmann
Uma caminhada para Deus .. ........ . 26
FAMÍLIA Vós sois sal da terra e luz do mundo .... .......... .. .............. .. 27 A emoção de ser pai .... .... .... .......... 29 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . .. .... 30 PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO A espiritualidade conj ugal e os PCE .. .... .... .. .... ... .......... .. ........ .. ... 35 TESTEMUNHOS Uma experiência de amor ! .... .. ...... 36 O exemplo arrasta .. . ............... .. .... . 38 O chamado ........ .. ........ .. ... .. .... .. ..... 39 ATUALIDADE A V Conferência do Ceiam em Aparecida .... .. ............... 40 Perseverança ... .......................... ..... 41 Ela partiu há um ano ...... .......... .... . 42 Terço com o Papa .......................... 43 Um serviço para o Papa ....... .......... 44 REFLEXÃO Jóias devolvidas ............ ..... ............ 45 Fazei tudo o que Ele vos disser ..... 46 Ficha de inscrição .. .. .... .. .............. .. 47 Oração pela beatificação de Henri Caffarel .. ...... ............. .. .. .. 48 Editoração Eletrô11ica e Produção Gráfica: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390 - I I" andat; cj. 115- Perdizes- Selo Paulo Fone: (O.xx 1/ ) 3677.3388
Edição: Equipe da Carta Mensal
Jornalista Respo11sável:
Fotomo11tagem da capa: R aberra S. Gambim
Carherine E. Nadas
Impressão: Cly
Graciete e Gambim (responsáveis)
Projeto Gráfico: Alessandra Carignani
(mtb 19835)
Tiragem desta edição: 19.500 exemplares
Canas, colaborações, notícios, testemunhos e imagens de\•em ser enviadas para:
Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar· conj. 53 01309-902 • Siio Paulo- SP Fone: (Oxxl/ ) 3256. 1212 Fax: (Oxx 11 ) 3257.3599 c a rta men sa I@ens. org. b r A/C Graciete e Gamb im
Queridos Equipistas: Apresentamo-lhes, com alegria, a Edição 419 da Carta Mensal. Vem e segue-me é o apelo amoroso do coração de Jesus Cristo a cada coração humano. Ele realizou sua vocação ao extremo, dando a vida na cruz por amor a nós, para glorificar o Pai. Ele nos revelou o Pai, para que, conhecendo-O, tenhamos a vida eterna e, assim, o Filho seja glorificado pelo Pai (cf. Jo 17,13). Esta sua missão, porém, só se conclui para nós se respondermos livre e positivamente ao seu chamado para amar. Chamados à vida, estivemos mortos pelo pecado. Renascemos, porém, do alto (cf. Jo 3,3). Redimidos por Cristo, nele somos criaturas novas que buscam, com esforço, amar na intensidade do infinito amor do Senhor. O chamado amai-vos uns aos outros como eu vos amei nós o viveremos, concretamente, em outras vocações específicas, às quais dizemos sim. No mês das vocações, a Carta Mensal fala especialmente sobre o ministério sacerdotal e o ministério conjugal, vocações consagradas pelo sacramento da Ordem e do Matrimônio. Como escreve Frei Avelino, duas fontes de santificação, duas vocações a serviço do amor de Cristo. É em nossa vocação específica que viveremos o nosso amor a Cristo e aos irmãos. Nesta perspectiva, vamos ler os artigos sobre a alegria de ser Sacerdote e CM 419
também Conselheiro de Equipe e nos enriquecer com os testemunhos de vida conjugal e de vida de família. Coincidentemente, temos várias notícias de bodas de ouro, sinais vivos de fidelidade à vocação, do amor que vence dificuldades e ultrapassa o tempo. Porque Jesus Cristo nos chama de amigos, recebemos também a vocação para sermos amigos, em especial, motivam-nos Graça e Roberto, amigos daquele a quem devemos a redescoberta do sacramento do Matrimônio como caminho de santidade, Padre Caffarel. Para melhor vivermos a vocação matrimonial, tornamo-nos equipistas, para nos valer da pedagogia do Movimento. É nesse intuito que Josefina e Roque refletem conosco sobre a Reunião de Equipe, esclarecendo a sua importância para o apoio mútuo dos casais na vivência da espiritualidade conjugal. A ERI também nos diz sua palavra, da qual destacamos Pe. Angelo Epis, falando sobre os 60 anos da Carta fundacional das ENS (8/ 12/1947-2007). Artigos sobre a V Conferência do CELAM em Aparecida, sobre a visita do Papa, sobre Dona Nancy e outros escritos muito atuais contribuem para a nossa reflexão e ação. Padres, Esposos, Religiosos e Famílias: Parabéns pela sua vocação!
Graciete e Avelino Gambim Equipe da Carta Mensal
VOLTAR À FONTE! Caríssimos casais e conselheiros! Voltemos às fontes que alimentam nossas vidas! A Ordem e o Matrimônio consagram as pessoas para santificarem-se, servindo. O Matrimônio, grande sacramento, e a Ordem foram instituídos e confiados à Igreja para Cristo continuar agindo. Ordem e Matrimônio, consagrando pessoas para um novo estado de vida, são dons do Espírito Santo para garantir a consistência e estrutura social, a espinha dorsal da Igreja. Sacerdócio e Matrimônio estão erguidos sobre o mesmo pilar do amor. Sacerdócio, sacramento de serviço do amor santificador, Matrimônio, sacramento de serviço do amor gerador de unidade, fidelidade e fecundidade. Ordem e Matrimônio tomam-se dom e missão, fonte de vida e programa de ação. Sacerdotes e esposos, selados pelos seus sacramentos, são as artérias que irrigam o corpo da Igreja com um único sangue: o sangue do amor que Cristo ofereceu pela Igreja Esposa no altar da cruz. Os sacerdotes e os esposos são valores indispensáveis à vida da Igreja. A Ordem toma o sacerdote imagem, ícone do Cristo Cabeça, e o Matrimônio toma os esposos imagem, ícone do amor de Cristo pela sua Igreja, revelado no sacrifício da cruz. Dois sacramentos que se completam pela semelhança em dispor a própria vida para uma finalidade exclusiva: o sacerdote é ordenado para colocar sua vida exclusiva2
mente ao serviço do amor redentor de Jesus. Os esposos colocam as suas vidas ao serviço do amor de Cristo, expresso na fidelidade e na fecundidade. O amor, o zelo e as preocupações pela grande Igreja são a razão de tudo o que o sacerdote faz. A Igreja doméstica, a famJ1ia, é a razão última de tudo o que os esposos fazem. É nesta Igreja doméstica que os esposos são chamados a refletir o amor que Cristo tem pela grande Igreja, pela fidelidade e exclusividade no amor conjugal. A fidelidade à sua Igreja levou Jesus até o sacrifício da cruz. O amor é mais forte que a morte. Por isso não poupou a vida. Cristo prometeu estar presente, na tempestade e na bonança, com a mesma força, tanto na vida do casal como na vida do sacerdote. É deste amor de Cristo que os esposos são chamados a ser sinal neste mundo, onde o sacerdote é chamado a ser sinal vivo do Cristo vivo, disposto a entregar a vida, se o amor à Igreja o exigir. Nenhum peso se toma insuportável quando o amor é verdadeiro. É a fidelidade o instrumento apropriado para talhar a imagem de Deus em cada vocação. Deus alimenta um sonho e confia em ti. Coragem! Ele te chama! Pe. Frei Avelino Pertile SCESR CM 419
EU VOS CHAMO DE AMIGOS Amados irmãos das ENS: Em Lourdes, para júbilo de todos nós, a ERI anunciou a abertura do processo de beatificação do Padre Caffarel, ocorrida em abril de 2006 na Arquidiocese de Paris. É evidente que um acontecimento de tamanha importância para a Igreja e para as ENS, tão intimamente ligado às obras plenas de vida do Padre Caffarel, repercutisse em nós, seus filhos espirituais. Pelo menos três apelos da Associação dos Amigos do Padre Caffarel nos conclamam a apoiar a gestão desse processo. Primeiro, foi-nos concedida a graça de podermos emprestar a voz e o coração para orarmos, em casal, unidos espiritualmente aos equipistas de todo o mundo, pela beatificação do Padre Caffarel. Afinal, com ele aprendemos que o casamento é caminho para Deus e que a oração leva-nos a imitar Jesus naquilo que ele tem de mais íntimo: a sua profunda comunhão de amor com o Pai. Assim, diariamente, rezamos: "Deus nosso Pai, pela intercessão de Nossa Senhora, pedimos que apresseis o dia em que a Igreja há de proclamar a santidade de sua vida, para que todos encontrem a alegria de seguir o vosso Filho, cada um segundo a sua vocação". (Trecho da oração pela beatificação do Pe. Caffarel, aprovada pelo Arcebispo de Paris em 05 de janeiro de 2006) O apelo recebido em Lourdes CM 419
A eficácia da oração de intercessão não depende da razão humana ou da eloqüência das palavras,
mas da fé e da esperança que depositamos na misericórdia do Senhor. pede-nos também que, nessa oração diária, invoquemos o Padre Caffarel para o atendimento de uma graça, pois a Igreja, para levar a bom termo um processo dessa natureza, necessita do reconhecimento de um milagre obtido pela intercessão do servidor de Deus. Essa abertura ao amor oferece-nos a oportunidade de revigorarmos o valor da oração de intercessão, fazendo-nos ver que a sua eficácia independe da razão humana ou da eloqüência das palavras, mas da fé e da esperança que depositamos na misericórdia do Senhor e no amor que temos pelo próximo. 3
O chamado à oração coloca-nos diante de Jesus como o centurião: Senhor, meu criado está deitado em casa paralítico, sofrendo dores atrozes (Mt 8,6-8), ou como Maria, na breve e humilde intervenção nas Bodas de Caná: Eles não têm mais vinho. Ou como a perseverante e insistente mãe cananéia: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim; a minha filha está horrivelmente endemoninhada ... Senhor, socorre-me! (Mt 15,22.25). O terceiro aspecto do apelo é um convite para nos tornarmos, pela doação, membros da Associação dos Amigos do Padre Caffarel, instituição autora da causa de beatificação (ver critérios de inscrição na pág. 47), que disporá e administrará os meios para subvencioná-la ao longo de todo o processo. A causa da beatificação do Padre Caffarel diz respeito a cada equipista. Afinal, o Encontro Nacional de Brasília foi decisivo para que Mons. Fleischmann, na época SCE da ERI, se manifestasse favoravelmente à sua abertura. Mesmo assim, apesar de possuirmos o maior número de equipistas no mundo, a nossa adesão à Associação não ultrapassa 120 inscrições (cerca de 0,7% dos membros). Surpreende-nos essa apatia! A causa estaria na forma da divulgação? Estaria no valor da contribuição anual? Ou seria incompreensão dos efeitos benéficos dessa beatificação para a Igreja e para as ENS? A presença do Padre Caffarel entre nós é uma manifestação de Deus em nossas vidas. Afirma o Padre 4
Grendene que a beatificação do Padre Caffarel é um dom e o reconhecimento de um dom de Deus à sua Igreja. Mais do que isso, é um dom especial de Deus para todos os casais cristãos e, em particular, para as ENS. Ao aprová-la, a Igreja colocará um "selo de qualidade" sobre a orientação proposta para a santidade conjugal, particularmente para o Movimento das ENS. (Cf. Carta Mensal n° 415, fev-mar 2007, p. 41-42) Importa que não fiquemos indiferentes diante do dom de Deus, nem sejamos incrédulos nas atitudes de solidariedade e ajuda ao próximo. Só acreditando no amor poderemos amar. É preciso confiar, aderir, entregar-se. Crer é dar-se sem medidas. É assim que Jesus nos ama e amar como Ele nos ama é o caminho para compreendê-lo.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos! (Jo 15,13). Já não vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor fa z; mas vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer (Jo 15, 15). Na esperança de que aproveitemos essa oportunidade de aprofundarmos a nossa amizade com Jesus, desejamos que o testemunho de Maria, mãe dos intercessores, ajudenos a ampliar a nossa comunhão de vida com os irmãos, a compartilhar o ideal do seu Reino e colaborar na missão de implantá-lo.
Graça e Roberto - CRSR CM 419
Pa1avra do Provincia1
A ESPlRlTUAll_DADE CONJUGAL E A REUNlAO DE EQUlPE A Reunião Mensal de Equipe é o evento básico, mais tradicional e mais importante do Movimento. Todos nós equipistas, mesmo aqueles com um mínimo de experiência, consideramo-nos bons conhecedores do que é uma Reunião Mensal e, por isso, negligenciemos, talvez, em nos aprofundarmos em seus conceitos, em realmente nos prepararmos para sua realização todos os meses e em vivermos intensamente cada momento de seu roteiro. A Reunião certamente já foi e pode continuar a ser analisada e refletida sob vários pontos de vista: • um evento mensal que marca a existência de uma pequena comunidade; uma gostosa ocasião de convívio e testemunho entre casais, viúvos e conselheiros amigos; • um encontro com Cristo, através dos e juntamente com os colegas de equipe. • uma celebração de ação de graças, de aceitação e de envio para a missão que nos é confiada por Deus, em virtude de nosso carisma comum. O nosso carisma é a vivência e a promoção da espiritualidade conjugal, que exercitaremos em nossa casa, nos ambientes sociais e comuCM 419
nidades cristãs que freqüentamos. Padre Caffarel, logo após sua visita ao Brasil em 1972, decidiu retirar-se dos quadros do Movimento e, em abril de 1973, escreveu seu penúltimo editorial na Carta Mensal, que serviu de instrumento de despedida. Naquele momento histórico, ele focalizou a Reunião de Equipe, sinalizando quão essencial ela era, é, e sempre será em nosso caminhar. Nós, Josefina e Roque, somos um casal equipista que gosta muito do Movimento e respeita profundamente o Pe. Caffarel. Nele nos apoiamos, quando, já deixando o serviço como Casal Responsável pela Província Leste, somos convidados a tecer considerações sobre a Reunião de Equipe. Padre Caffarel, em seu editorial de despedida, compara-a à visita de Cristo Ressuscitado aos Apóstolos, na qual Ele lhes deseja Sua paz e sopra sobre eles o Espírito Santo, transformando-os de pessoas cheias 5
de fraquezas em discípulos corajo os, em missionários convictos. Durante a oração na Reunião de Equipe, fechando um pouco os olhos para orar e sonhar, nós quase vemos esta mesma cena acontecendo, seja na sala, nacozinha, na garagem, na varanda, onde quer que nossa equipe de base realize sua celebração. Ali somos casais discípulos, os dois juntos recebemos esse sopro do Espírito Santo e a nós dois juntos cabe a missão, dentro e fora desta equipe, dentro e fora do Movimento, na Igreja e no Mundo. A Reunião Mensal deve ser um ponto alto de nossa vida conjugal. Não somos somente pessoas batizadas que vamos a um encontro de Cristo e de outras pessoas batizadas: somos casais unidos pelo Sacramento do Matrimónio, todos e cada um representando o amor entre Cristo e sua Igreja, cada um com seu estilo, seu jeito próprio, e levamos tudo isto para a Reunião com outros casais. O Cristo, e só Ele, é capaz de acompanhar cada casal em seu dia a dia, de chegar com cada um ao local do encontro e ali acompanhar e abençoar a todos, unindo-os por seu abraço de Irmão e Mestre, o nosso Redentor e Salvador. Todos os momentos da Reunião Mensal devem ter sabor de casal: precisamos aprender a manter esta conjugalidade, esta atenção ao nosso cônjuge, ou à memória dele, para que cada palavra, cada manifestação nossa, nos cinco momentos da reunião, sejam sempre manifestação do casal e, ao mesmo tempo, estar conscientes do valor de cada casal, viúvo ou con6
selheiro que nos escuta, que nos fala, que confia em nós, que partilha conosco, que ora conosco. Na realidade, teremos poucos momentos em nossa vida tão propícios para avançarmos na caminhada de casal rumo à santidade. Temos o exemplo e incentivo de outros casais, os conselhos do SCE e a alegria do convívio e da amizade profunda de uma pequena Igreja. Se nossa Reunião de Equipe for assim, certamente nossa vida de equipe entre reuniões também será mais santa, mais rica e não vamos querer guardar tanta riqueza só para nossa equipe: vamos querer conhecer outros equipistas, ajudá-los a também crescerem de acordo com o carisma e a mística do Movimento. E vamos querer servir outros equipistas e outras comunidades, aceitando como casais as diversas tarefas que nosso Movimento e nossa Igreja nos oferecem e solicitam. Alerta-nos Padre Caffarel de que uma reunião de equipe, em que todos os membros não façam um esforço comum para encontrar Jesus Cristo, não é uma reunião das Equipes de Nossa Senhora. Com todas as maravilhas que o Senhor fez em nós casai , ao nos chamar para as Equipes e ao nos ensinar como planejar, realizar e viver a Reunião de Equipe de base, só podemos exultar de alegria em Deus nosso Salvador, porque olhou para nossa humildade, e por isso sempre cantaremos os seus louvores.
Josefina e Roque CR Província Leste CM 419
A CARTA DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA FAZ 6o ANOS Segundo Jean Allemand (em seu livro "Henry Caffarel: Um Homem Arrebatado por Deus), em 1947, alguns problemas levaram o Padre Caffarel e os três casais que coordenavam os grupos a redigir a Carta das Equipes de Nossa Senhora. As razões são o sucesso das equipes na França e no exterior, a preocupação por um certo enfraquecimento do espírito que animava os casais ligados ao Movimento, a realidade de uma sociedade cada vez mais complexa. A Carta, anunciada na Carta Mensal (Lettre Mensuelle) de novembro de 1947 e assinada em 8 de dezembro do mesmo ano, é publicada na Carta Mensal de janeiro de 1948. "Nós vivemos uma época de contrastes. Por um lado, o divórcio, o adultério, a união livre, o neomaltusianismo triunfam. Por outro lado, multiplicam-se os casais que aspiram a uma vida integralmente cristã". Esta é a abertura da Carta! Ela indica a motivação fundante do Movimento: conduzir os casais e a fruru1ia à santidade. Temos a impressão de estar ouvindo palavras atuais. A análise da sociedade francesa da época parece negativa, mas muito lúcida. Lendo a Carta, nos damos conta de que por trás dessa leitura há uma intenção bem precisa: "eles CM 419
(os casais) ambicionam ir até o fim do compromisso do seu batismo". A escola espiritual francesa, que tem raízes muito profundas nos séculos anteriores, conhece bem a grande importância de alicerçar a vida cristã sobre o Batismo. O desejo do Padre Caffarel não era alinhar o movimento nascente em uma frente de combate contra a sociedade, mas sim oferecer um caminho de santificação aos casais. As palavras da Escritura "sede santos", "sede perfeitos como vosso Pai..." não são exortações piedosas, mas indicam objetivos bem precisos. Por outro lado, esses objetivos não podem permanecer na privacidade, devem ser oferecidos à humanidade inteira: "um testemunho aos homens, provando-lhes claramente que Cristo salvou o amor" e, mais adiante, "eles aspiram fazer de todas as suas atividades uma colaboração à obra de Deus e um serviço prestado aos homens". Sessenta anos transcorreram desde a redação da "Carta das Equipes de Nossa Senhora"; cada entidade (Super-Região, região ... cada segmento das ENS) encontrará a maneira de lembrar este aniversário. A Equipe Responsável Internacional deseja aproveitar a ocasião para expressar a profunda gratidão de to7
dos os equipistas a Deus e a todos aqueles que se dedicaram ao longo destes anos à realização deste percurso do Espírito. No encontro que teremos em Paris, em 8 de dezembro próximo, a ERI expressará essa gratidão àqueles que se dedicaram à preciosa obra da "santificação dos casais, através da pedagogia das Equipes de Nossa Senhora" e se colocará à escuta desses irmãos e irmãs para considerar o futuro e para acolher os novos pedidos a serem partilhados com todos os equipistas. Hoje, ainda se apresentam a nós problemáticas semelhantes ou novas a nos interpelar. Certamente não é para elaborar uma nova "Carta das Equipes de Nossa Senhora" que nós somos chamados a trabalhar. É, antes, para recorrer à força e às intuições nela contidas, a fim de que nos guiem a darmos respostas adequadas ao hoje de nossa história. As novas respostas não querem dizer, isto é certo, uma nova "Carta", mas, sobretudo, sua redescoberta por parte de todos os equipistas. A difusão das Equipes em tantos países do mundo deve, contudo, ser confrontada com a construção de um movimento que privilegia a qualidade e o testemunho. Na segunda parte da "Carta" são evidenciados os dois pilares para viver a realidade atual: a ajuda mútua e o testemunho. A ajuda mútua não se mede somente pela solidariedade econômica: ela é antes de tudo uma ajuda no caminho da fé. Ser equipista não é uma casualidade. É crer no compromisso de apoio recí8
proco da fé, através da oração e de um conhecimento cada vez mais enraizado e profundo do mistério de Cristo. É muito mais do que viver numa associação com as hierarquias e as estratégias organizadas. E ser responsável e comprometido com o caminho da fé de outros irmãos e irmãs. Não sozinhos, mas juntos! O testemunho, por sua vez, para o Padre Caffarel, tem como modelo a comunidade dos primeiros apóstolos. É isto o amor fraternal! Os questionamentos e a busca de respostas são dever de todos os equipistas. A escolha dos temas de estudo e a oração são o espelho do caminho de cada equipe. A necessidade de um aprofundamento sério não pode deixar esquecer a preocupação constante pela maturação da fé. A dificuldade de tantas equipes para viver os momentos da reunião não nos deve levar a fazer reduções, mas a procurar os meios e modalidades mais convenientes para sustentar o caminho de santidade de cada casal e da sociedade na qual vivemos. Por obra do Padre Caffarel, o Espírito não nos colocou contra uma sociedade, mas bem dentro da história de nosso mundo, para acreditar no Deus que salva o mundo por amor. Eu penso que testemunhar aos homens "que Cristo salvou o amor" e, ao mesmo tempo, crer em uma obra de "reparação dos pecados contra o matrimônio" é vital para os tempos em que vivemos, em todas as partes do mundo onde o Movimento está se desenvolvendo. Esta obra nos convoca a todos à fidelidade a Deus e à história na qual viveCM 419
mos, mas também à fidelidade ao caminho por nós escolhido. Neste tempo de expansão do Movimento, uma vez mais as respostas às necessidades e às expectativas só poderão vir através de uma atitude de oração e de busca comum. As reações à publicação da "Carta das Equipes de Nossa Senhora" não foram sempre favoráveis. Houve diversas objeções. No final de 1948, Padre Caffarel convidava os equipistas a se interrogarem: "Por que vocês aderiram ao Movimen-
to? ... Nós queremos participar da grande tarefa empreendida pelas Equipes de Nossa Senhora, nós queremos instaurar o reino de Cristo nos lares ... nós queremos fazer que a santidade não seja privilégio dos monges, nós queremos formar bons operários para a Cidade e vigorosos apóstolos de Cristo". (Carta Mensal, dezembro de 1948). Padre Ângelo Epis s.m.m. SCE ERI
................................................... NOlÍClAS DA ZONA EURÁSlA Nestes últimos anos, a consciência da importância da missão em nossa Zona de Ligação cresceu e ampliou-se. As SuperRegiões Transatlântica e Oceania foram muito ativas neste campo e a última a adotar o espírito missionário foi a Índia.
Sentido àa Missão Por 35 anos, as Equipes se circunscreveram, na Índia, ao Estado de Kerala. Todavia, no último ano, essa pequena região assumiu o compromisso de abrir-se para várias grandes cidades naquele país gigantesco. Seu objetivo era introduzir e CM 419
expor a mensagem das Equipes de Nossa Senhora. Fomos assim convidados a acompanhar alguns equipi stas de Kerala numa viagem missionária, de Alleppey a Bangalore, a Bombaim (Mumbai), ao norte de Delhi e finalmente ao Nordeste, na cidade de Ranchi. Na pre9
paração, foi necessário enviar correspondências ao Cardeal, aos Arcebispos e aos Bispos de todas essas cidades, a fim de predispô-los à nossa visita e ao nosso objetivo pastoral. Marcamos encontros com eles e com os padres e leigos envolvidos na pastoral de preparação ao matrimônio e na pastoral familiar das dioceses. Na chegada em cada lugar, fomos acolhidos por voluntários que nos acompanhariam durante a visita. Na maioria das vezes, fomos hospedados em seminários e a hospitalidade que nos reservaram foi mais do que generosa. Nossos encontros haviam sido marcados com antecedência. Essas reuniões nos ofereceram a oportunidade de apresentar o Movimento, seu carisma e sua estrutura e dar nosso próprio testemunho a respeito das graças que podemos receber pelo fato de pertencer a um movimento como este. A recepção das apresentações foi muito positiva e aqueles com quem conversamos compreendiam a necessidade de um apoio e de um desenvolvimento como este para o casamento em nossos dias. As conversas derivaram, então, para definir como as primeiras equipes poderiam ser lançadas nessas dioceses. As portas se abrem Como sempre nessas viagens, experimentamos a força do Espírito Santo a nos abrir as portas, mais ainda nos lugares onde parecia ter havido pouca preparação para os encontros. Gostaríamos de partilhar com vocês duas dessas histórias. 10
Em Nova Delhi, só tínhamos dois contatos: um sacerdote, o Padre Joseph, e George, da fanu1ia de um casal das Equipes de Kerala. Assim que chegamos, convidaram-nos para tomar um café na casa paroquial. Outros padres ali se juntaram a nós e começamos a lhes dar um esboço do Movimento. Enquanto discutíamos, chegou um outro sacerdote, o Padre Joe, que ali vinha acolher alguns estrangeiros. Propusemos, então, que ficasse conosco e continuamos nossa apresentação. Depois de um minuto, Padre Joe nos interrompeu e disse: "Vocês estão falando
das Equipes de Nossa Senhora, não?". Ficamos surpresos, mas ele explicou: "Fui conselheiro espiritual de uma equipe na Inglaterra, quando lá fiquei em 1990 por um ano e foi para mim uma experiência maravilhosa. Realmente, precisamos desse Movimento em Delhi, neste momento. Como podemos lançá-lo? Posso ajudar vocês trazendo casais e padres, mas devemos falar com o bispo". Quando soube que tínhamos uma reunião com o bispo às 18 horas, propôs acompanhar-nos.
Nenhuma coincidência Ele preparou um plano para a introdução das Equipes em Delhi e o apresentou ao bispo. Seu projeto era falar com todos os padres da diocese no dia de seu recolhimento, na quarta-feira de Cinzas e, depois, pedir que cada um convidasse dois casais para uma reunião de informação durante a Quaresma. Ele pensava que isso permitiria lançar CM 419
algumas equipes: Nós não podíamos imaginar uma tal coisa, que este Padre Joe, provavelmente, fosse o único sacerdote na Índia (fora do Kerala), conselheiro espiritual numa equipe. Só estávamos em Delhi para dois dias e tínhamos essa curta reunião na residência dos padres. Ficamos estupefatos de ele passar precisamente naquele momento. Alguns dirão: "Que coincidência !", mas nós diríamos antes que o Espírito Santo sabia que precisávamos de ajuda. Foi o Espírito Santo que levou Padre Joe a chegar justamente naquela hora. Nossa fé firmou-se profundamente, graças a este tipo de acontecimento ao longo de nossas viagens missionárias. Cada vez que nossa fé foi posta à prova pela falta de conta tos para trabalhar numa nova região de missão, oramos e em todas as vezes encontramos portas abertas e grandes oportunidades se nos ofereceram. Ficamos impressionados. A outra história vem de Bombaim. Na reunião com Dom Agnelo Gracias, conversamos sobre a estrutura e o carisma de nosso Movimento. Falamos de Antoinette de Souza -agora viúva- que, com seu marido Cecil, havia introduzido as Equipes de Nossa Senhora no Kerala. O bispo a conhecia bem e achou que ela poderia desempenhar um papel significativo na implantação das Equipes em Bombaim. O filho dela, Padre Gavin de Souza, se tomaria assim o conselheiro espiritual da primeira equipe e coordenador dos conselheiros espirituais das futuras CM 419
equipes. Antoinette nos contou que o Padre Gavin tinha apenas 9 meses quando, em 1970, Ceci! e ela participaram do Encontro Internacional das Equipes em Roma. Ela confirmou que ele havia crescido no seio das Equipes e que conhecia bem o Movimento. Que belo início para a missão em Bombaim!
O Espírito Santo Em função de tudo isso, nossa mensagem consiste em fazer um apelo a todos aqueles que desejam, na fé, expandir o Movimento no exterior. O Espírito Santo estará com vocês e lhes dará assistência quando precisarem de apoio. Desde seu início, o Movimento foi guiado pelo Espírito Santo e continuará a sê-lo enquanto crermos. Oremos por um fortalecimento da fé e por mais coragem, e vamos em direção àqueles que são carentes daquilo que nós recebemos ao nos tomarmos membros das Equipes de Nossa Senhora. As Equipes são tão necessárias para muitos e especialmente para os jovens em nossas comunidades. Ao falar de nosso Movimento em 1965, o Papa Paulo VI o descrevia como "o rosto sorridente da Igreja" e, em 1976, faz um apelo à nossa responsabilidade, quando disse: "Um número imenso de casais será reconhecido pela ajuda que vocês lhes trouxerem; muitos casais, hoje, precisam de ajuda". John e Elaine Cogavin Casal de Ligação para a Zona Eurásia 11
RElANÇAMENTP DAS ESQUlPES SATEllTES Apresentação Nós somos Tó e José Moura Soares. Estamos casados há 44 anos e temos três filhos e três netos. Estamos aposentados e moramos em Carcavelos, uma pequena cidade nos arredores de Lisboa. Nossos filhos habitam todos perto de nossa casa, o que nos proporciona a grande felicidade de poder conviver com eles e de ver crescer nossos netos. Nós dizemos, com freqüência, que continuamos apaixonados um pelo outro e que nós dois somos apaixonados pelo Movimento, ao qual pertencemos há quase 40 anos. É nas Equipes que encontramos o fio condutor de nossa vida e isso nos tem levado a viver, a partir de então, experiências no seio da Igreja e mesmo na sociedade. Nas ENS nós compreendemos muito depressa que estávamos engajados num caminho onde os casais davam muito de si mesmos e muito eram chamados a servir. Nós aceitamos, então, com alegria tudo aquilo que o Senhor nos quis oferecer no Movimento, respondendo ao seu apelo e colocando-nos ao seu serviço, para a realização das missões que nos foram confiadas. O chamado do Senhor é tão forte que é impossível recusar. Uma vez mais o Senhor lem12
bra-se de nós e nos chama para fazer parte da ERI, onde a missão da coordenação das Equipes Satélites nos foi confiada. É com alegria e confiança que nós aceitamos este desafio e nós queremos dizer então a vocês que o Senhor está conosco e que ele guiará nossos passos.
Antece de ntes As Equipes Satélites (ES) nasceram no Colégio de Dickinson (USA), em 2001, como uma necessidade sentida pela ERI de alargar horizontes. Com asES, a ERI passa a ter o apoio de equipes especializadas, composta de casais e de conselheiros espirituais do mundo inteiro, capazes de refletir sobre temas e assuntos importantes para o Movimento. Nessa ocasião, foram constituída cinco ES. Elas realizaram um trabalho importante. Elaboraram diversos documentos, hoje à disCM 419
posição dos equipistas do mundo inteiro. Seu trabalho foi concluído no Colégio de Lourdes, em setembro de 2006.
Novas Equipes Satélite Neste mesmo Colégio de Lourdes, a ERI decidiu prosseguir o trabalho com o lançamento de novas ES. Ela selecionou alguns assuntos e apresentou uma nova organização. Estas equipes, que serão constituídas pela ERI e ligadas diretamente a ela, terão por objetivo aprofundar os temas e questões específicas do Movimento, em vista do aperfeiçoamento espiritual dos casais das ENS. Todo esse trabalho, que deverá ser realizado em colegialidade, atento à internacionalidade das idéias e das culturas, deve levar em conta, ao mesmo tempo, as realidades do mundo atual e as necessidades do Movimento.
Organização Com esse objetivo, decidiu-se implantar uma nova organização nas ES, em dois modos distintos um do outro: de um lado as equipes de Serviço Permanente (ESP) e de outro as equipes de Serviço Temporário (EST). As ES de Serviço Permanente (ESP) durarão até 2012, data do próximo encontro internacional. Serão duas: uma equipe de Pedagogia e uma equipe de Formação. Estas equipes serão constituídas por quatro casais pertencentes a três Super-Regiões diferentes, a fim de reforçar a internacionaliCM 419
dade das idéias. Os temas escolhidos serão temas essenciais para as equipes . A Equipe de Pedagogia, centrada nos métodos do Movimento, aprofundará o carisma fundador, atualizando-o, levando em conta as realidades atu ais. A Equipe de Formação preparará os
É muito importante que esse trabalho seja realizado integrando "internacionalidade" e "colegialidade". É necessário que sejam bem identificadas e levadas em conta as diferentes culturas existentes. É nestas diferentes culturas que os casais refletem sobre o sentido de sua vida, com vista a serem protagonistas da transformação do mundo.
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casais para o serviço do Movimento, a fim de que eles possam realizar sua missão. As ES de Serviço Temporário (EST) têm uma duração limitada ao tempo necessário para realizar a tarefa proposta. Estes grupos de trabalho são constituídos por dois ou três casais, de preferência da mesma Zona ou de países vizinhos. Eles devem possuir um bom conhecimento dos temas a desenvolver. Os temas que estas equipes deverão trabalhar, escolhidos no Colégio de Lourdes e aprovados pela ERI, são os seguintes: - Temas de reflexão para as Equipes Antigas - Temas de Reflexão para os Casais Jovens - Extratos de obras de Pe. Caffarel As ES são constituídas e coordenadas por um casal da ERI (nós mesmos) e por um conselheiro espiritual, o Padre Ricardo Londofío, da Colômbia.
Método de trabalho Cada Equipe Satélite é coordenada por um casal, que faz a ligação entre sua equipe e o casal da ERI responsável pelas ES, através de contatos regulares e freqüentes, de preferência por e-mail. Estas equipes serão lançadas após o Colégio de Durham, em julho de 2007. O projeto de lançamento das ES será apresentado a todos os responsáveis pelas SuperRegiões e pelas Regiões diretamente ligadas à ERI. Será realizado, em razão disto, um encontro entre o 14
casal responsável e o conselheiro espiritual das ES, de um lado, e, de outro, os casais coordenadores das diferentes equipes, a fim de definir as orientações gerais e específicas de cada ES e estabelecer as ações a desenvolver. Após formadas, cada ES organizará seu próprio trabalho, segundo as orientações recebidas da ERI (objetivos, prioridades e prazos, tarefas etc.), utilizando, de preferência, as comunicações entre os seus membros por e-mail.
Abertura às diferentes culturas As reflexões e os documentos produzidos serão o resultado de uma síntese das idéias recolhidas por essas ES. Essas idéias constituem uma enorme riqueza para o Movimento e é muito importante que esse trabalho seja realizado integrando "internacionalidade" e "colegialidade". É necessário que sejam bem identificadas e levadas em conta as diferentes culturas existentes. Com efeito, é nestas diferentes culturas que os casais refletem sobre o sentido de sua vida, com vista a serem protagonistas da transformação do mundo. Nós rogamos ao Senhor que o caminho que as Equipes Satélites irão percorrer sejam não somente um caminho de consolidação, mas também um caminho pleno de audácia missionária, na fidelidade à mística das ENS.
Tó e José Moura Soares Casal Membro da ERI CM 419
RESPOSTA AO TEMA A nossa reflexão sobre o tema de estudo foi feita num Dever de Sentarse, a partir da verdade: "onde está o amor, Deus aí está". Nossas conclusões são, basicamente, resposta a duas perguntas do texto lido e refletido. A primeira diz respeito à constatação da presença de Deus em nossa experiência de intimidade no amor. Nossa vida de casal é marcada pela presença muito clara e intensa de Deus, desde o início da vida conjugal, sem termos tido, então, muita consciência disso, nem mesmo da força sacramental do Matrimônio, até porque nos conhecíamos muito pouco quando casamos. Não encontramos explicação para 47 anos de união, senão na presença de Deus em toda a nossa longa e acidentada história de amor. O aprendizado de nos conhecermos melhor depois de casados, de nos aceitarmos e de enfrentarmos juntos dificuldades de todo tipo, leva-nos a conhecer e cultivar, já na maturidade, aqueles valores que estamos hoje desenvolvendo, capazes de garantir a continuidade e a integridade de nossa vida a dois. E aí está a resposta à segunda indagação do texto. Um primeiro valor é a
aceitação incondicional do outro. O de que mais o outro precisa para mudar é sentir-se amado como é. Outro valor, derivado deste, é a superação da dificuldade de entendimento entre duas pessoas tão diferentes, como é o nosso caso. Homem e mulher aprendem a se comunicar e a se entender como casal quando descobrem as suas semelhanças para além das suas diferenças. Aliás, é bom lembrar que o milagre de Pentecostes consistiu em todos se entenderem, apesar de serem diferentes. Sem dúvida, pode haver dificuldade de entendimento, mesmo nos lares mais unidos, porque marido e mulher expressam de maneira diferente seu amor. Por isso mesmo o Espírito Santo comparece ao dia a dia de nossa aventura conjugal, não para despersonalizar-nos, mas para respeitar e abençoar as respectivas diferenças e originalidades e para que, a partir delas, falemos a linguagem do verdadeiro amor, e este tenda indefmidamente à perfeição, através dos obstáculos, superando-os.
Bernadete e José Ramos Eq. 14 A- Brasília/DF
Troca de idéias sobre o tema: As conversas que não se realizam na presença de Deus arriscam-se a cair no diletantismo. O intelecto brinca com as idéias, o coração recusa atenção às verdades que exigem transformação. Nas Equipes é preciso esforçarse para que haja absoluta lealdade, toda verdade conhecida deve inserir-se na vida. (Carta fundacional das ENS) CM 419
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DEMONSTRAÇÕES ANANCElRAS 2006 Equipes de Nossa Senhora Estimados irmãos: Com a graça de Deus, aqui estamos para prestar contas de nosso trabalho no ano que passou, trazendo à apreciação de vocês, casais e conselheiros espirituais, o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado. Foi um ano de muitas bênçãos, particularmente pelo Encontro Internacional de Lourdes, que veio fortalecer toda a vida do Movimento. Para compreensão da situação patrimonial e do resultado, seguem as Notas Explicativas. Eunice e Milton, Casal Secretário-Tesoureiro BALANÇO PATRIMONIAL (em R$) 31.12.06
31.12.0S
31.12.04 260 .993
ATIVO 779.328
1.133 .972
Permanente
19.453
18.432
20 .058
Total Ativo
798.781
1.1S2.404
281.0S1
Circulante
PASSIVO Circulante
19.792
5.409
2.533
Provisões
3.800
4.537
3.451
Outras Obrig .- Lourdes 2006
268.456
831 .560
Patrimõnio Líquido
506.733
310.898
275.067
Total Passivo
798.781
1.1S2.404
281.0S1
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em R$) RECEITAS Contribu ições
1.356 .959
81,2%
1.243.531
79,6%
1.117.187
84,2%
Receitas Diversas
161.481
9,7%
203.172
13,0%
174.197
13,1%
Receitas Financeiras
153.476
9,2%
115.229
7.4%
34.678
2,6%
1.671.917
100,0%
460.362
31,2%
492.514
32,3%
511.600
14.717
1,0%
9.632
0,6%
4.096
0,2 %
378 .584
21,2% 17, 1%
Total das Receitas
1.S61.931 100,0% 1.326.062 100,0%
DESPESAS Despesas com Encontros Desp.Enc.Lourdes-2006 Desp.c/Enc.Nac.Brasília
28.7%
Desp.c/Adm .Equipes
417.907
28,3%
412 .774
27,0%
305 .661
Despesas com Pessoal
129.028
8,7%
127.131
8,3%
109.893
6,2%
Despesas Gerais
4 54.067
30,8%
484.049
31 ,7%
472.515
26,5%
1.476.081
100,0%
Total das Despesas
1.S26.100 100,0% 1.782.349 100,0%
RESULTADO Resultado do Exercício
195.836
35 .831
Fundo Patrimon ial
310 .898
275 .067
731 .353
RESULTADO ACUMULADO
S06.733
310.898
27S.067
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(456.286)
CM 419
Notas explicativas - Exercício Ati vo 1. No Ati vo Circulante estão incluídos R$ 426.747,62 referentes ao saldo de aplicações de valores recebidos para inscrições ao Encontro Internacional de Lourdes-2006 cujas devoluções foram efetuadas após 31112/2006. Receitas 2. Contribuições- as contribuições espontâneas do ano de 2006, R$ 1.356.959,40, tiveram um aumento de 9,1% em relação a 2005. Obs.: As contribuições de 2005 em relação a 2004 aumentaram em 11,3%. 3. Receitas Diversas- R$ 161.481,46 referem-se a: Ressarcimento de livros e documentos do Movimento- R$146.197,53 - Reembolsos diversos e outras receitas - R$ 15.283,93. 4. Receitas Financeiras R$153.475,69 (incluído R$121.340,30, rendimentos de aplicações financeiras de valores recebidos antecipadamente para inscrições ao Encontro Internacional Lourdes-2006). Despesas 5. Despesas com Encontros R$460.362,00, estão contemplados os seguintes eventos: as Reuniões da Super-Região- R$ 55.885,00; o Encontro do Colegiado Nacional - R$ 81.014,00; as Sessões de Formação - R$ 67.578,00; os Encontros Provinciais e dos Colegiados Provinciais - R$255.885,00. 6. Despesas com o Encontro Internacional de Lourdes-2006, R$14.716,98. CM 419
2006
7. Despesas com Administração das Equipes- R$ 417.907,35, incluem: As edições da Carta Mensal, sem despesas de postagem- R$303.238,35; Confecção de Livros e impressos doutrinários - R$114.669,00. 8. Despesa com Pessoal R$129.028,05, inclui: - os salários e ordenados, férias, 13° salário e benefícios dos três funcionários do Secretariado Nacional, no valor de R$ 81.379,80; Serviços de Terceiros no valor de R$ 25.271,19; - Encargos Sociais- INSS, SAT, PIS e FGTS em R$ 22.377,06. 9. Despesas Gerais, abrange os gastos gerais administrativos, dentre os quais destacamos: - Despesas de Correio da Carta Mensal e outros R$116.901,48; Contribuições ao Projeto Vocacional e a outras entidades R$ 81.781,12; - Despesas Bancárias, financeiras e tributárias R$101.171,14, (incluídos R$44.240,23 relativos a Lourdes/2006); - Aluguéis, água, luz, telefone e despesas patrimoniais R$ 75.651,27; Impressos e materiais de escritório - R$ 14.195,42; - Xérox, material exped. e outras despesas do Secretariado R$ 13.367,77; outras despesas gerais R$50.998,37. Resultado 10. No Resultado do Exercício R$195.835,60- estão incluídas as receitas e despesas relativas ao Encontro Internacional de Lourdes/2006. Excluindo esses valores, o Resultado da SuperRegião Brasil de 2006 corresponde a um superávit de R$133.452,51. 17
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ENCONTRO 1NTERNAC10NAL DE LOURDES 2oo6 Demonstrações Financeiras Apresentamos o demonstrativo da atividade financeira desenvolvida pela Super-Região Brasil para receber, administrar e efetuar as inscrições dos equipistas (casais, individuais e conselheiros espirituais) para o X Encontro Internacional de Lourdes/2006. Abrange o período do início do recebimento das parcelas Uaneiro de 2005) até a liquidação do processo e conseqüente devolução dos saldos existentes de cada participante do Encontro. Demonstração Financeira (valores em R$) Movimentação
Entradas
Recebimento parcelado para inscrisões
2.942.042
Saídas
Devolução por desistência (cancelamento de inscrições)
703.894 1.624.996
Remessa à Organização do Encontro - inscrições Rendimento líquido de Aplicações Financeiras
164.929
Despesas bancárias, administrativas e de manutenção
137.401 149.705 490 .975
Gastos com o Programa de Solidariedade Devolução do saldo remanescente aos inscritos
Totais
3.106.971
3.106.971
Estamos à disposição para eventuais esclarecimentos. Eunice e Milton, Casal Secretário- Tesoureiro
Os casais, nós já vimos, vêm procurar auxílio nas Equipes. Não são, por outro lado, dispensados de esforços. É para orientálos e ajudá-los nos seus esforços que as Equipes lhes pedem: a) b) d) e) g) h)
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Fazerem eles mesmos uma regra de vida ... Rezar juntos e com os filhos, uma vez por dia .. . Praticar mensalmente o "dever de sentar-se" .. . Estudar, conjuntamente, marido e mulher, o tema de estudo ... Fazer cada ano um retiro fechado ... Dar a cada ano, a título de contribuição, o produto de um dia de trabalho para assegurar a vida material e a expansão do Movimento ao qual devem, de certo modo, o próprio enriquecimento espiritual. ( ... ) (Carta fundacional das ENS- sessenta anos: 194712007)
CM 419
I
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CASAL llGAÇAO: UM CHAMADO DO AMOR! Quando fomos convidados para ser casal ligação, nós não entendíamos bem como era a dinâmica dos Setores das Equipes de Nossa Senhora, mas aceitamos de pronto, estávamos muito entusiasmados com o Movimento e queríamos ajudar... Na primeira reunião com oCasal Responsável de Setor, todos os casais foram colocando as suas preocupações em relação a responsabilidades de ser Casal Ligação; muitos disseram que o colegiado anterior tinha sido muito eficiente e que estavam receosos de não alcançarem o mesmo sucesso, enfim, todos temerosos com a responsabilidade. Quando chegou a nossa vez de falar, observamos que aquele colegiado seria tão bom quanto o outro e que, certamente, teríamos outras formas de tomar decisões e que tudo daria certo. E graças a Deus está dando! Designados para falar no PréEACRE sobre Casal Responsável de Equipe, dizíamos para os casais recém-eleitos que Jesus Cristo os estava chamando para a doce, mas difícil tarefa de amar mais. Lembramos as perguntas de Jesus dirigidas a Simão Pedro, por três vezes, se o amava, quando, diante das respostas afirmativas, Jesus acrescentava: Apascenta minhas ovelhas! Dizíamos para os casais: Hoje Jesus pergunta a cada casal: Vocês me amam? E a resposta de vocês é CM 419
sim! E Jesus, então, lhes confia as ovelhas de sua equipe, para que vocês tomem conta: as amem, as acolham, as consolem, as protejam e as animem. É um enorme chamado de amor! Pensando na tarefa dos casais ligação, na sua preocupação com as equipes que ligam, com cada casal, no ardente desejo de que eles cresçam na equipe, com a equipe, na fé e como casal; na forma como se dedicam a cada evento, dando o melhor de si para que os objetivos sejam atingidos, chegamos à conclusão de que este também é um chamado de amor. Um chamado de amor tão intenso quanto o de ser responsável de equipe; um chamado a amar, além da nossa equipe de base, a mais duas ou três equipes. E, voltando ao início, mesmo sem ter a exata noção de que também nós, como casais ligação, atendíamos a um chamado de Cristo para amar mais. E nossa alegria é maior a cada dia, porque sentimos que o Senhor não alivia a nossa carga e sim nos dá braços mais fortes para realizar a tarefa à qual Ele nos chamou. E é muito bom acompanhar o crescimento de cada equipe que ligamos, é um sentimento semelhante ao que temos quando vemos os progressos de nossos filhos, um amor generoso que quer mais para o outro do que para si mesmo. Uma 19
inigualável satisfação de trabalhar na messe do Senhor. Nós podemos testemunhar : quanto mais amamos, mais somos amados; quanto mais nos doamos, mais recebemos; quanto mais liga-
mos as equipes, mais nos sentimos ligados a Deus. Onorina e Adriano Eq. N. S. das Graças Maracaju/MS
ENS BRASIL: 57 ANOS No encontro com os jovens em São Paulo, Bento XVI disse-lhes: "O matrimônio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo à dignidade de sacramento; é um grande dom que Deus deu à humanidade, respeitai-o, venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus vos chama a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados, é somente fonte de felicidade e paz na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte das vossas esperanças futuras··. Estas palavras de Sua Santidade ecoaram no coração dos casais das Equipes de Nossa Senhora, que buscam a santidade no e através do sacramento do Matrimônio, e foram um dos temas da homilia do Padre Tadeu Rocha Moraes, na Eucaristia ceiebrada em Sorocaba, pelo 57° aniversário do Movimento no Brasil, no dia 13 de maio.
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Além do Pe. Tadeu, que a presidiu, a celebração contou com mais três presbíteros e um diácono, todos conselheiros de equipes. Estavam presentes os equipistas, com seus familiares, dos setores de Sorocaba, que inclui equipes de Votorantim. Porto Feliz e Araçoiaba da Serra. Os CR dos Setores A e B fizeram a acolhida solene dos participantes. Imagens de Nossa Senhora, nas invocações das respectivas equipes, foram introduzidas pelos CRE na procissão de entrada. No ofertório, foram apresentados também livros e documentos do Movimento. Ao final, Silvia e Chico, equipistas com base em Sorocaba, membros da ERI, onde são Casal Ligação da Zona América, fizeram uma oração de louvor por mais um aniversário das ENS. Seguiu-se bela confraternização. Claudete e Vanderlei CRS-B Sorocaba/SP
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SESSOES DE FORMAÇAO 1.
Nívell
Abordagem geral de temas catequéticos e missionários da vocação cristã: o ser cristão. Fé e vida cristã - A fé é uma graça sempre presente no coração de cada batizado. Basta abrir-se à ação do Espírito Santo, para que ela cresça e se fortaleça. Nosso coração é tocado, constantemente, para uma sincera conversão a Deus e para viver essa fé no dia a dia. Para participar da Sessão de Formação, 23 casais da Região Santa Catarina I estiveram reunidos em Florianópolis, nos dias 27 a 29 de abril. Foram momentos fortes de crescimento na vida espiritual e de fortalecimento na fé. Padre Valdir, SCER, foi o motivador da maioria das palestras. O evento permitiu, entre outras coisas, um maior conhecimento da Igreja e da Religião. Clemene e Afonso Buss Casal Formação - Setor B Florianóplois/SC
••• Quantas surpresas estavam reservadas para nós! A acolhida, o reencontro com casais de outros Setores, a oportunidade de conhecer novos casais e a felicidade de vivenciarmos que o Movimento realmente encontra-se em movimento ... Entretanto a maior e melhor surpresa nos foi reservada pelo queriCM 419
do Padre Alex. A forma como conduziu o evento transportou-nos para uma inesquecível viagem pelo tempo bíblico. Sentimo-nos todos numa imensa barca e que maravilha a segurança com que o leme era sabiamente manejado! Refletíamos como somos privilegiados por participar desses momentos. Eva e Anivaldo Eq. N. S. de Fátima Setor ABC I Região São Paulo Sul I
••• Não hesitamos em aceitar o convite para participarmos da Sessão de Formação Nível I, realizada em Santos, reunindo equipistas de Santos, Setores ABC I, II e III e Arujá. Tudo é providência de Deus e de sua Mãe Maria. Fizemos dessa formação uma grande reflexão. Saímos renovados, emocional e espiritualmente, com muitas informações que nos ajudarão na caminhada. "Procurem ser vibrantes, entusiasmados, alegres e vivam isso na equipe, na Igreja, em tudo ... " disse Pe. Alex. Foi um momento de Deus para nós. É Deus quem prepara, nos convida e espera para nos dizer: "Meus filhos eu vos amo". Josélia e Toninha Eq. N. S. do Bom Parto Setor Grande ABC III Região São Paulo Sul I
•••••• 21
2.
Nfve111
Estudo dos principais e mais atuais documentos do Magistério da Igreja. Em Recife, 42 casais das Regiões Pernambuco I e II estiveram reunidos nos dias 14 e 15 de abril, para uma Sessão de Formação Nível II. Partindo do apelo de Jesus Ide também vós para a minha vinha (Mt 20,4), Frei Walden de Oliveira, SCE da Região Pernambuco I, desenvolveu aspectos que fundamentam este chamamento de Jesus. Afirmou serem três os pontos fundamentais que definem o leigo na Igreja: a) os leigos são Igreja; b) os leigos são responsáveis pela missão da Igreja e participam, a seu modo, da função sacerdotal, profética e real de Jesus Cristo; c) aos leigos pertence, como missão própria e peculiar, animar de espírito evangélico todas as realidades temporais. A Sessão de Formação trouxe novos conhecimentos para uns e despertou a participação e o engajamento em outros. No Envio, o CR da Região PE I exortou: "Nós que fazemos parte da Igreja de Cristo somos pedras vivas que se destinam à construção do Reino de Deus. Somos enviados para anunciar a Boa Nova, testemunhar o Cristo vivo e estar a serviço dos irmãos". Glória e Bartolomeu Eq. - N. S. de Guadalupe, Setor A Jaboatão dos Guararapes Região PE I
... 22
Na Região Paraná Sul, nos dias 21 e 22/04/07, foi realizada a Sessão de Formação Nível II. Na abertura, o Pe. Celso A. Marchiori citou Oséias 4,6: Meu povo se perde por falta de conhecimento; porque rejeitaste a instrução, ressaltando a importância da formação para o fortalecimento da nossa fé. Destacou que a nossa fé deve ser sustentada e norteada por duas fontes importantes: de um lado a Sagrada Escritura e do outro a Tradição da Igreja, através de sua história e seus documentos. Observou que o Concilio Vaticano II esclareceu a missão do leigo, tornando-a ampla e mais valorizada na Igreja, daí o dever de todos nós termos um maior conhecimento sobre esses documentos. Sermos verdadeiros evangelizadores é um desafio a todos nós casais equipistas. Mas é no coração de cada um que as transformações deverão ocorrer. Por isso, é preciso buscar incessantemente o fortalecimento de nossa fé, estarmos abertos às graças do amor de Jesus e nos formarmos constantemente. Dirlene e Henrique Musiat Eq. N.S. de Nazaré - Setor A Curitiba/PR
•••••• 3· Nfve1111 Aprofunda o conhecimento das ENS, formando casais para a missão tanto no Movimento quanto no mundo: é o ser Movimento missionário.
Na Província Leste, nos dias 26 CM 419
e 27 de maio, 50 casais, participaram da Sessão de Formação ill. Foi conduzida pelo Casal Provincial, Josefina e Roque, com o apoio dos cinco CRR Rio e a presença, com suas intervenções valiosas, do Padre Tarcisio, SCE da Província. Cabe a cada participante o dever de passar o resultado desta Formação Permanente Geral para seus irmãos de equipe e de Setor. Dentre os assuntos tratados no evento, destacam-se "Os Pontos de Unidade". Esse tema é de grande valia, pois são as regras do Movimento, que todos os equipistas devem saber e seguir. O desvio desses pontos causará a descaracterização dos Estatutos das ENS. Todos os verdadeiros membros, principalmente os que estão com alguma responsabilidade no Movimento, devem preservar esses pontos e serem os guardiões da sua perfeita aplicação. Stella e Paul CRS Niterói C- Rio IV
...... 4· Sessão de Formação deCRS No dia 19 de maio último, realizamos a primeira Sessão de Formação de CRS na Região Centro-Oeste II. Contamos com a participação de 57 casais, estando representados todos os Setores da nossa Região. Todas as palestras foram boas, destacando-se a do Pe. Pedro Bassini, SCE-RCOII, que abordou com muita propriedade as "Atitudes Evangélicas e Humanas do CRS". Destaque também para a presença do Casal Provincial, Nilza e Nivaldo. Os participantes sairam mais fortalecidos para assumir responsabilidades nos seus respectivos setores, pelo que louvamos e agradecemos a Deus. Hildinha e Aírton CR do Setor E Região Centro Oeste II
Não há vida cristã sem fé viva. Não há fé viva e progressiva sem reflexão. De fato, a maior parte dos cristãos casados renuncia a todo esforço de estudo e meditação (... ) Por isso sua fé conserva-se medíocre e frágil. O conhecimento do pensamento divino e do ensinamento da Igreja é sumário e fragmentário. Conhecem mal os caminhos da união com Deus. Só têm uma idéia superficial das realidades familiares: casamento, amor, paternidade, educação etc. Os casais das Equipes querem reag ir. Assim sendo, esforçam-se em aprofundar os próprios conhecimentos religiosos e em avaliar as exigências de Cristo, a fim de conformarem toda a sua vida com essas exigências. É em comum que realizam este esforço. (Carta das ENS) CM 41 9
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ASSUNÇAO DA BEM-AVENTURADA VlRGEM MARIA Queridos irmãos e irmãs: A tradição cristã colocou no meio do verão (Europa) uma das festas marianas mais antigas e sugestivas, a solenidade da Assunção da BemAventurada Virgem Maria. Assim como Jesus ressuscitou dos mortos e subiu à direita do Pai, também Maria, depois de concluir o percurso da sua existência na terra, foi levada ao céu. A liturgia de hoje recorda-nos esta consoladora verdade de fé, enquanto canta os louvores daquela que foi coroada de glória incomparável. Lemos no trecho do Apocalipse, hoje proposto à nossa meditação "Apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça" (12,1). Nesta mulher resplandecente de luz os Padres da Igreja reconheceram Maria. No seu triunfo, o povo cristão peregrino na história entrevê o cumprimento das próprias expectativas e o sinal seguro da sua esperança. Maria é exemplo e sustento para todos os crentes: encoraja-nos a não desanimar diante das dificuldades e dos problemas inevitáveis de todos os dias. Garante-nos a sua ajuda e recorda-nos que o essencial consiste em buscar e aspirar às coisas do alto, não às coisas da terra (cf. Cl 3,2). Com efeito, arrebatados pelas preocupações diárias, corremos o risco de considerar que se encontra aqui, neste mundo onde só estamos de passagem, a derradeira finalida24
de da existência humana. Ao contrário, o Paraíso é a verdadeira meta da nossa peregrinação terrena. Como seriam diferentes os nossos dias, se fossem animados por esta perspectiva! Assim foi para os santos. As suas existências testemunham que, quando se vive com o coração constantemente orientado para o céu, as realidades terrenas são vividas no seu justo valor, porque são iluminadas pela verdade eterna do amor divino. À Rainha da paz, que contemplamos na glória celeste, gostaria de confiar uma vez mais os anseios da humanidade por todos os lugares do mundo, dilacerados pela violência. ( ... )Maria obtenha para todos, sentimentos de compreensão, vontade de entendimento e desejo de concórdia! Papa Bento XVI Angelus - 15108/2006 CM 419
SER PADRE: UMA VOCAÇÃO E UMA GRAÇA. SER CONSELHEIRO ESPlRlTUAL: UMA BÊNÇÃO O conselheiro espiritual é para uma equipe testemunho de uma vida consagrada. A sua presença lembra aos equipistas a presença de Cristo ressuscitado, bem como a sua pertença à Igreja. Ele acompanha a equipe no seu caminho espiritual. Ele leva a equipe a abordar os assuntos numa perspectiva mais teológica. O conselheiro espiritual ajuda cada equipista a aprofundar a sua fé e o seu conhecimento de Deus. O conselheiro espiritual transmite às equipes a graça insubstituível do seu sacerdócio; a sua responsabilidade não é de gerir, mas de orientar. Nesta caminhada de um ano e dois meses junto às Equipes de Nossa Senhora, como conselheiro e pregador de retiro, tenho procurado ser para os casais equipistas esta presença de Cristo. Sempre me preocupo em ajudar os casais a aprofundar a sua fé e a fazerem como casal uma verdadeira experiência de Deus. As Equipes de Nossa Senhora são comunidades vivas de casais, refletindo o amor de Cristo, e convidados a assumirem plena e conscientemente suas responsabilidades eclesial e missionária no mundo de hoje. Devem tornar-se, cada vez mais, testemunhas do Cristo ressuscitado, deixando transparecer, por sua vida de casal, a graça por eles CM 419
recebida no sacramento de Matrimônio, de serem sinais do amor de Cristo pela Igreja. Possam eles, assim, contribuir para que se conheça melhor, na sociedade de hoje, a verdade da mensagem cristã sobre a farru1ia, que é um convite para se descobrir, de forma cada vez mais plena, a dignidade da pessoa humana criada à imagem de Deus, vivenciando a alegria de relações verdadeiramente humanas por serem fundadas sobre o amor mútuo, à imagem do amor divino! Os casais que vivem a espiritualidade conjugal devem sentir-se convidados a se aproximar das pessoas que passam por dificuldades na sua vida conjugal e, por vezes, enfrentam aparente fracasso, para auxiliá-los a retomar forças, graças a uma caminhada de ajuda mútua fraterna e a redescobrir a esperança que não engana (cf. Rm 5,5). Tenho encontrado nas Equipes de Nossa Senhora este esforço de serem sinais da graça de Deus na vida de outros casais e mais: tenho encontrado amizade, respeito, carinho, preocupação com o outro, amor e muita acolhida ao conselheiro espiritual e, por fim, um grande amor à Igreja e ao Movimento. Sou agradecido a Deus por fazer parte deste Movimento e por estar perto destes casais, pessoas que tam25
bém nos ajudam muito em nosso crescimento espiritual e, de certa forma, são a nossa segunda família. Reconheço que ser padre é sem dúvida uma graça de Deus na minha vida, mas tenho que aceitar que ser conselheiro tem sido para mim uma bênção. Deus abençoe a todos os equipistas do Movimento, a fim de que coo-
tinuem firmes e fiéis nesta caminhada, pautada pelo amor que Cristo veio nos trazer. Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e ao próximo como a ti mesmo (Me 12,30-31).
Pe. Omar Aparecido de Siqueira SCE Setor Santa Rita do Sapucaí/MG
................................................... UMA CAMINHADA PARA DEUS A Igreja vai lembrar, neste mês, uma verdade importante que toca a cada um de nós: todos somos chamados! Nos planos de Deus todos somos chamados e amados como filhos queridos, e todos temos uma missão a desempenhar neste mundo. Se não respondermos ao chamado e deixarmos de fazer a nossa parte, ninguém responderá por nós e ninguém fará por nós aquilo que deixarmos de fazer. Assim, podemos afirmar que nossa vida é um dom e uma responsabilidade. Por ser um presente de Deus, a vida deve tornar-se um constante hino de louvor ao Criador e por ser uma responsabilidade devemos nos esforçar por fazer tudo o que pudermos para participar na transformação deste mundo. Na verdade, se temos uma vida para viver, é porque temos um mun26
do a construir. Deus confia em nós. Ele não olha se temos muito dinheiro, muito estudo ou grandes títulos. Deus olha o coração de cada pessoa e espera que cada um colabore na medida de suas possibilidades, para mudar e transformar o mundo, a sociedade e a farru1ia em que vive. Para os filhos de Deus não deve existir aposentadoria. Não se pode jogar fora o chamado da vida, é preciso respondê-lo sempre e em todo lugar. Cada um realiza a sua vocação fundamental, seguindo os passos de Jesus em qualquer ambiente em que se encontre e em qualquer estado de vida. Vamos parar um momento e ver como estamos respondendo ao chamado do amor de Deus.
Pe. Mauro Ziatti Pereira SCE Setor José Bonifácio/SP CM 419
VÓS SOlS SAl DA TERRA E lUZ DO MUNDO Não são apenas os socialmente excluídos, vítimas da desintegração da família produzida pela extrema pobreza, que entram pelos caminhos do crime e se tornam vítimas de organizações criminosas. Os filhos, gerados pela concupiscência carnal, em clima de pura paixão, sem amor verdadeiro, abandonados em apartamentos luxuosos, vítimas de separações para eles incompreensíveis, vivem o horror de uma solidão sem remédio, que, depois haverá de explodir em crises de ódio. A cultura consumista, alma de uma globalização balizada por critérios puramente econômicos, vive da voracidade que medra no imenso vácuo do amor ausente. O mercado necessita de consumidores sempre mais famintos e em número crescente. O sentido da vida está em consumir. É-se feliz na medida em que se tem acesso a um número sempre maior de bens. Amar não é mais doar-se, mas ainda consumir, possuir. Se o outro não responde mais ao meu desejo, descarto-o. Parto para uma nova experiência. Casamento não é mais uma instituição a serviço da espécie, mas apenas uma união onde o outro deve me fazer feliz. Ser feliz é experiência de momentos, não a conseqüência da fidelidade a um projeto comum a serviço da comunidade humana. Se minha solidão afetiva- meu vazio-, só encontra resposta no outro do mesmo sexo, que a sociedade transforCM 419
me, pela força da lei, essa união em casamento e me dê o direito de adotar filhos. Estes também me são necessários para que eu seja feliz. O mundo deve girar em torno do próprio umbigo. Quando a cultura se deixa invadir pelas exigências do egoísmo não só ela não pune suas conseqüências, como ainda estimula e aprova suas manifestações. Não veicula os valores da virtude, mas apóia o desenvolvimento dos vícios. Sexo, bebida, conforto a qualquer custo, prestígio, poder e fama passam a ocupar o espaço dos valores que deveriam vertebrar as personalidades e tecer as relações sociais. Eis a terra fértil onde medram os crimes, alguns defendidos como direito da pessoa, como é, na cabeça de muitos , o caso do aborto. As leis codificam para a sociedade os valores que garantem sua saúde e sua continuidade. Jamais deveriam legitimar o mal ou propor como possibilidade de conduta o que leva à desagregação da farm1ia e da sociedade. Se não educarmos as novas gerações para a virtude, se tudo é válido e moralmente possível, se não há limites para o desejo do indivíduo, se não existe nada que possa exigir da pessoa doação e desprendimento, como poderemos esperar que o mundo seja melhor e que a justiça se estabeleça nas estruturas e na vida da sociedade. Em documento publicado pela CNBB 27
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Há mais trigo do que joio no campo da história. O joio aparece mais. O bem sofre, mas vence, porque, mesmo crucificado, ele sobrevive.
em 2005 - "Evangelização e Missão Profética da Igreja", doe. 80 os bispos do Brasil, dentre outros aspectos da cultura atual, salientavam: "O individualismo moderno, alimentado pela sedução do novo, e a propaganda da mídia promoveram um comportamento consumista, centrado na busca do prazer. A afirmação de um estilo de vida independente, autônomo, caracterizado por escolhas livres, deu origem a um indivíduo instável, de convicções voláteis e compromissos fluidos. Por isso, o indivíduo pós-moderno não quer conviver com disciplinas e enquadramentos, com a obediência a prescrições antigas. Os sistemas ideológicos muito estruturados não cessam de perder autoridade, configurando-se uma desafeição pelos sistemas de entido. Não somente os valores das tradições religiosas foram perdendo terreno, mas qualquer sistema de sig28
nificado que exigisse disciplina, rigor, sacrifício, fidelidade aos compromissos assumidos começou a ser posto de lado". E ainda: "A perda progressiva do senso ético e o individualismo, presente em todas as dimensões da existência pessoal e social, estão na raiz das injustiças que continuam a produzir sofrimento para os mais fracos e indefesos. A sociedade está profundamente enferma: o vírus do egoísmo a corrói por dentro". Eclaro que nosso mundo não é só miséria e egoísmo. Se assim fosse ele já teria se destruído. Há mais trigo que joio no campo da história. O joio aparece mais. O bem sofre, mas vence, porque, mesmo crucificado, ele sobrevive; morre aqui e ressuscita ali. O amor é mais forte que a morte. De qualquer modo é preciso estar alerta para perceber o que é joio e o que é trigo no coração da história para que possamos nos inserir no cultivo dos valores que de fato ajudam a construir o mundo segundo o desígnio amoroso de Deus. Com certeza é necessário combater com vigor as manifestações mais agressivas do mal na vida da sociedade, mas é sobretudo necessário que todos façamos da busca do bem comum a razão maior do próprio viver. O que só é possível se houver desprendimento, dedicação e solidariedade. Para seus discípulos Jesus deixou esse ensinamento: "Vós sois o sal da terra e a luz do mundo". Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues Arcebispo de Sorocaba/SP CM 419
A EMOÇÃO DE SER PAl Ser pai é receber com alegria incontida a notícia de que aquela que amamos espera um filho nosso. Após a ultra-sonografia que vem confirmar a gravidez, o pai já imagina o rostinho do bebê que vai nascer. Fica tentando adivinhar a cor do cabelo, dos olhos, as manias e virtudes que terá aquele novo ser. Ser pai é esperar, pacientemente, os nove meses para conhecê-lo. A partir da confirmação da gravidez, passamos a sentir um amor tão grande como se os dois fossem amigos de muitos anos. Ser pai é acompanhar, durante os nove meses, o estado de graça da mulher. Ser pai é partilhar as idas ao médico e estar presente no momento do parto. É a emoção feita de preocupações e alegrias. Ninguém melhor do que um pai para traduzir a felicidade de ser pai. Quantas noites em claro ou alternando sono e vigília junto ao berço, enquanto o bebê insiste em chorar... Sem falar na inexperiência que faz correr ao médico por qualquer tosse ou febre. Ser pai é transmitir ao filho segurança nos primeiros passos. É ver brotar-lhe o sorriso, balbuciar as primeiras palavras, estar presente no seu primeiro aniversário, na primeira aula, levá-lo ao ortopedista quando fratura um braço ... Momentos como esses propiciam forte ligação · entre pai e filho. Ser pai: impos-sível descrever com palavras ou frases feitas. CM 419
Ser pai é saber respeitar e ensinar a ser respeitado. Ser pai é ser presença para o filho, mesmo quando ausente fisicamente. Ser pai é ensinar limites ao filho, transmitir-lhe valores perenes de vida. Os filhos terão adolescência mais equilibrada e alcançarão maturidade se o pai partilhar com eles a vida, transmitindo-lhes orientações seguras. A omissão paterna é, sem dúvida, uma das portas para filhos desajustados. Nós pais devemos levantar os braços para os céus e agradecer a Deus o dom de ser pai. Jesus usava odiálogo, alternando perguntas e respostas. Entre pais e filhos, sejam eles pequenos ou grandes, o diálogo nunca deve se esgotar. Deve ser sempre sincero, sereno, aberto, construtivo.
Léo da Aninha Eq. 3 - Setor C- Região RN 29
JUBILEUS Dia 1Ode Março de 2007, comemoramos com grande alegria e júbilo os 25 anos de fundação de nossa Equipe Nossa Senhora do Carmo. A alegria foi ainda maior porque estiveram conosco neste dia, para uma Celebração Eucarística, os Sacerdotes Conselheiros Espirituais que caminharam conosco: Pe. Ornello Tonini, Pe. Alberto Bresciani e Pe. José Raimundo, atual SCE. Agradecemos as graças concedidas a todos os casais que pertencem ou pertenceram à Equipe. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós! Maria José e Nonato Eq.15 N. S. do Carmo- Manaus/AM
••• Padre Penido, no dia 20 de julho de 2007, completou 60 anos de sacerdócio. Sua ordenação aconteceu em Belo Horizonte, no ano de 1947, na festa do Santíssimo Redentor. Sacerdote exemplar, teólogo e pastor, tornou-se Conselheiro Espiritual da Equipe de Nossa Senhora das Graças, no 11 - B, Região Rio I. Abraçou com amor o Movimento, encantado com a união dos sacramentos da Ordem e do Matrimônio. O seu convívio conosco é tal que se irradia para casais de outras equipes. Nas reuniões, revela-se grande conhecedor das Escrituras e, acima 30
de tudo, um bom pastor, atento à missão de aconselhar os casais e preocupado com cada equipista, pronto a atender a todos, a qualquer hora, nos momentos de dificuldades. Na comunidade redentorista, várias vezes pároco da Igreja Santo Afonso, é admirado e querido. Apegado ao seu torrão natal, a pequenina Belo Vale/MG, ousamos dizer, é venerado pelos seus conterrâneos, pela vivência de seu sacerdócio. O espaço é pouco para falardesta figura humana, iluminada, o bom Padre Penido. Valeu, e muito, amigo Penido, o nosso encontro, há 28 anos, que é permanente e nos faz olhar o mundo como um "belo vale"! Equipe 11- B, de N.S. das Graças Região Rio I
••• Padre Manuel Fernández Herce comemorou jubileu de ouro de ordenação presbiteral, . -.. ...:.:-.. no dia 24 de março de 2007. Nascido em Pefiarroya-Pueblonuevo, cidade da Província de Córdoba/Espanha, aos 13 de maio de 1924. Padre jesuíta, foi ordenado no J apão junto com o seu irmão, José Luis Fernández Herce. Ambos são sacerdotes conselheiros espirituais: Padre Manuel é SCE das Equipes Nossa Senhora da Paz e Nossa Senhora de CM 419
Guadalupe, em São Paulo. Por duas vezes foi SCE de Setor. Seu irmão é SCE de equipes na Espanha. Padre Manuel foi ordenado para ser missionário e servir aos japoneses, que ele tanto ama. Depois de ter ficado dez anos no Japão, foi enviado a Santa Cruz de la Sierra, na selva da Bolívia, para cuidar de três colónias de imigrantes, 3000 japoneses, num local que só havia mata, terra vermelha e sol. Desenvolveu intenso e penoso trabalho, com especial atenção às crianças. Após seis anos, adoeceu e veio para São Paulo, onde, além da Capital, trabalhou nas cidades de Tupã, Montes Claros, Basto , Jequitaí, Sertãozinho, Guatapará. Atualmente é Capelão no Hospital Santa Marcelina, em Itaquera. Padre Manuel é uma pessoa tocada pela mão de Deus. Ana Lúcia do Gilmar Eq. N. S. do Caminho do Divino Amor - Setor B - S. Paulo Cap. I
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Frei Valdemiro José de Lima, no dia 1o de maio de 2007, comemorou 25 anos de ordenação presbiteral. O Setor B de Recife/Região Pernambuco I e a Equipe de Nossa Senhora da Consolação sentem-se felizes em ter participado da celebração do seu jubileu de prata. Frei Miro é da Ordem dos Carmelitas. Fez sua profissão solene no dia 26 de janeiro de 1980, por ocaCM 419
sião da celebração dos 400 anos da chegada dos primeiros carmelitas ao Brasil. No dia 1o de maio de 1982, em Camocim de São Felix/PE, foi-lhe conferido o sacramento da Ordem no grau do Presbiterato, por Dom José Cardoso Sobrinho, Bispo de Paracatu/MG. Frei Miro, por sua simplicidade e sua espontaneidade cati vante, merece todo nosso carinho e admiração. Parabéns, Frei Miro! Rogamos a Deus para que continue a derramar suas bênçãos sobre sua pessoa e que Nossa Senhora do Carmo ilumine sempre seu ministério. Glasfira e Resende CRS/B - Recife/PE
••• Irmã Maria Galindo Conselheira Espiritual da Equipe Nossa Senhora dos Anjos do Setor A de Recife, comemorou jubileu de ouro de vida consagrada, no dia 04 de fevereiro de 2007. Ela faz parte das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Todos os membros da Equipe participaram da celebração e também dos momentos felizes de confraternização. Agradecemos a Irmã Maria pela sua dedicação e carinho. Que Cristo continue abençoando o seu trabalho de doação no serviço dos Pobres e Maria seja-lhe sempre mão segura no seu caminho. Cleide e Edílson Eq. N. S. dos Anjos - Setor A Recife/PE 31
BODAS DE OURO Açueli e Olídio Pescador comemoraram seus 50 anos de vida conjugal, no dia 04 de maio, na Igreja São Cristóvão. Reuniram-se para celebrar a farru1ia, amigos, parentes e a Equipe N. S. Aparecida, da qual fazem parte há 32 anos. Sempre disponíveis, Açueli e Olídio, já prestaram vários serviços ao Movimento, inclusive foram CRS. "Como é bonito um amor que nunca envelhece", como é belo aos olhos de Deus e aos olhos do mundo, um casal que se ama, que se quer bem, o casal que se ajuda. A farru1ia equipista de Criciúma tem grande carinho e admiração por este querido casal. Que Nossa Senhora os cubra sempre com seu manto de proteção. Goretti e Moacir, CRS-A-Criciúma
••• Cleci e Nonato celebraram bodas de ouro, juntamente com as bodas de prata da filha e genro , Sônia e Adalberto, também equipistas, no dia 13 de dezembro de 2006. A celebração Eucarística aconteceu na Igreja de Santo Afonso, em Fortaleza. Os celebrantes foram os padres Edcarlos e Marcelo, redentoristas, e o Cônego Valderi Rocha, SCE de quatro equipes, inclusive da Equipe N. S. do Perpétuo Socorro, à qual pertencem Cleci e Nonato. Equipistas há 24 anos, são responsáveis pela criação 32
de dez equipes em Morrinhas, sua terra natal, e cinco em Cruz. Participaram da celebração, além dos familiares, grande número de equipistas dos oito setores de Fortaleza/CE.
••• Mariazinha e -~..._ Miguel, no dia 25 de maio de 2007, completaram 50 anos de rnatrimônio. Pertencem há trinta e três .........-............. anos à Equipe 1 -Nossa Senhora de Nazaré, Setor A de Belém do Pará. Sempre souberam testemunhar, com a graça e a misericórdia de Deus, a força de sua união. Casal admirável que sabe viver com amor e dedicação a pertença ao Movimento e à Igreja. Fátima e Canêjo, CRR-Norte II
••• Penha e Vniato, membros da Equipe N. S. da Penha, do Setor NRio III, no dia 6 de abril de 2007, cercados de seus filhos, netos, irmãos e de sua equipe de base, tiveram a graça de participar de urna missa de Ação de Graças, pelo transcurso de seus 50 anos de casamento, na Basílica do Imaculado Coração de Maria- Meier IRJ, paróquia onde atuam. Maria Emília e Luiz Antonio CRR Rio III CM 419
ORDENAÇOES Dom João Bosco Barbosa de Souza, O.F.M. foi ordenado bispo no dia 25 de março de 2007. Nascido em Guaratinguetá, na festa da Imaculadaem 1952,éoterceiro dos quatro filhos de Cristiano e Ondina Barbosa de Souza. Aos 19 anos, fez sua primeira profissão religiosa na Ordem Franciscana. Iniciou, então, os cursos de Filosofia e Teologia em Petrópolis/ RJ. A profissão solene ocorreu no dia 4 de outubro de 1975. A ordenação presbiteral aconteceu em Guaratinguetá, pelas mãos de Dom Cláudio Rumes, então bispo diocesano de Santo Anfdré/SP. Exerceu seu ministério em várias paróquias. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Em 1986, graduou-se em Jornalismo, pela PUCSP. No Rio de Janeiro, de 1987 a 1994, foi produtor de audiovisuais catequéticos e didáticos. Em Pato Branco/PR, foi presidente da Fundação Cultural Celinauta, dirigindo as três emissoras, duas rádios e uma TV de propriedade dos Franciscanos. Voltou para um terceiro período na Vila Clementino, em São Paulo, onde estava quando foi nomeado Bispo de União da Vitória/PR. Dom Frei João Bosco, foi conselheiro da equipe 40, do Setor D, Região Rio V. Ilma e José Carlos CR do Setor D - Rio V
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Pe. Paulo Roberto de Oliveira, no dia 29 de junho de 2007, recebeu o Sacramento da Ordem no grau de Presbítero. A Equipe de Nossa dos Navegantes, do Setor B de Campo Grande/MS, ficou muito feliz em participar da cerimônia de ordenação do seu Conselheiro Espiritual. É uma grande alegria para nós. O seu sim ao serviço do povo de Deus para a glória da Trindade nos enche de júbilo. Parabéns Pe. Paulo! Márcia e Gilmar Equipe N. S. dos Navegantes
••• Padre Renato Criste Covre foi ordenado presbítero no dia 28 de abril de 2007, pela imposição das mãos de Dom Luiz Mancilha Vilela, Arcebispo de Vitória/ES. Seu lema: "Minhas ovelhas ouvem a minha voz. Eu as conheço e elas me seguem" (Jo 10,27). Ele já era conselheiro espiritual da Equipe Nossa Senhora Rainha da Paz. Com grande alegria, o Pré-Setor Serra/Cariacica o acolhe. Para felicidade das Equipes, ele aceitou ser SCE também do Pré-Setor. Com amor e carinho, desejamos-lhe todas as bênçãos de Deus e que Nossa Senhora guie sua caminhada. Dorinha e Dé CR Pré-Setor Serra/Cariacica/ES 33
EQUJPJSTA NO TST
I
Maria de Assis Calsing - a Mariola do Elizeu - no dia 16 de maio de 2007, foi nomeada Ministra do Tribunal Superior do Trabalho, com posse festiva no dia 14 de junho de 2007. Mariola e Elizeu Calsing são membros da Equipe 6-E, de Brasília. No seio das Equipes têm assumido e bem cumprido responsabilidades as mais diversas, tendo sido, inclusive, membros da antiga ECIR, ajudando na vida da Igreja e na expansão de nosso Movimento.
EQUIPES NOVAS • • •
Equipe Nossa Senhora do Sagrado Coração- Alfenas/MG Equipe Sagrado Coração de Maria - Alfenas/MG Equipe Nossa Senhora dos Humildes - Fama/MG
PARTIRAM PARA A CASA DO PAJ
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Alberto Ferrucci, da Lucy, no dia 12 de abril de 2007. Integrava a Equipe N. Sra. do Silêncio, de Jaú/SP. José Feliciano Ferreira da Rosa Aquino, viúvo de Maria de Lourdes, no dia 2 de maio de 2007. Pertencia à Equipe N. Sra. de Lourdes- S.Paulo Capital I. Antonio Milton dos Anjos Calil, da Conceição, no dia 10 de maio de 2007. Integrava a Equipe N. Sra. do Sagrado Coração, do Setor F-Rio de Janeiro/RI. JoséCarlosdeCarvalho,daFernanda,nodia 15/05/2007. Pertencia à Equipe N. Sra. do Sim, Guará I/DF- Região CO ll. Maria de Lourdes Lorenzatto, do Cândido, no dia 30 de maio de 2007. Integrava a Equipe N. Sra. da Medalha Milagrosa, Setor A, PortoAlegre/RS. Antonio José Cunha, da Neide, no dia 30 de maio de 2007. Era membro da Equipe I, do Setor A de Taubaté/SP. Francisco Gazaneo, da Maria Suely, em 12 de agosto de 2006. Pertencia à Equipe N. Sra. Mãe dos Homens, do Setor A- Petrópolis/RJ. Urany Marques de Souza, da Lazinha, no dia 15 de março de 2007. Pertencia à Equipe N. Sra. do Lar, Setor B de Catanduva/SP. 34
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A ESPlRlTUAl lDADE CONJUGAl E OS PCE O estudo do tema deste ano é especialmente importante para os casais equipistas: a Espiritualidade Conjugal e os compromissos nas ENS. A compreensão do que seja espiritualidade conjugal perpassa pelo entendimento da identidade do Movimento. Um estudo bem feito do tema certamente aumentará em nós o sentido de pertença ao Movimento. Acima de tudo, um estudo na busca de viver plenamente a espiritualidade conjugal, que se refletirá em graças para o nosso matrimônio e a nossa faiTI11ia. Três pontos concretos de esforço estão sendo priorizados em 2007: a Oração Conjugal, o Dever de Sentar-se e a Regra de Vida. Não há como conceber a busca por uma espiritualidade conjugal sem o esforço diário para o encontro com o cônjuge e com Deus, em oração. O crescimento mútuo na fé, na superação das dificuldades, na capacidade de doar-se pelo bem do outro poderão ser vivenciados pelos casais nestes momentos de oração. Muito importante é também o diálogo entre marido e esposa, bus-
cando o mútuo conhecimento, sob as luzes do Espírito Santo. É pelo Dever de Sentar-se que os casais têm oportunidade de avaliar e repensar a sua caminhada a dois, conhecerse melhor um ao outro, compreendendo as próprias limitações, os próprios anseios e as individualidades de cada um. Ressaltamos a Regra de Vida, que se traduz num esforço individual ou conjugal de superação daquilo que atrapalha a união entre marido e esposa ou diminui a felicidade da faiTI11ia. É vencer um a um os defeitos, é buscar uma a uma as virtudes, perseverantemente. "As Equipes de Nossa Senhora, movimento de espiritualidade conjugal, são consideradas um dom de Deus a todos os casais que dela fazem parte" (Guia ENS IV,b ). E dom tem que ser colocado a serviço do outro. É pela vivência dos pontos concretos de esforço que assumimos estes dons e progredimos em nossa união matrimonial. Extraído de Vida & Aliança Boletim da Região MS
Não se trata, apenas, de conhecer a Deus e a seus ensinamentos, mas sim encontrá-Lo: ao estudo é necessário juntar a oração. Nas Equipes de Nossa Senhora, como os casais auxiliam-se mutuamente no estudo, assim também o fazem na oração . Rezam uns com os outros. Rezam uns pelos outros. (Carta das ENS)
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UMA EXPERIÊNCIA DE AMOR! Como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência (CI 3:12). Refletindo sobre os textos da PaAs palavras de São Paulo na Carta aos Colossenses oferecem um lavra de Deus escolhidos para a meverdadeiro programa de amor e de ditação, percebemos a necessidade busca da santidade almejada pelos de assumir compromissos de buscar que partilham dos ideais cristãos. A as coisas do alto (cf. Cl3,1), ter vida leitura do capítulo 3 de Colossenses simples, assumir na humildade nosfoi o início da nossa reflexão no re- sas responsabilidades. Temos que tiro, realizado no mês de maio, pelo trabalhar nossa paciência e nosso · acolhimento. Intensificar o encontro setor A de Recife. A partir das orientações de Pe. com os que mais precisam, sejam os Eliseu, mergulhamos na mensagem necessitados de bens materiais ou esdo Pai. Em seguida, sob a luz de sua pirituais. Precisamos enxergar os explanação e dos textos bíblicos que nossos irmãos sofridos como Cristo serviram como guias para as nossas na cruz! Desta forma, estaremos a reflexões, tivemos verdadeiros mo- serviço uns dos outros, vivendo o mentos de meditação individual e de amor (cf. Gl5,14). O sacramento da Eucaristia é esencontro com o cônjuge, quando refletimos sobre a nossa caminhada a sencial para nos tomarmos mais sentrês. Como não modificar o nosso síveis aos sinais de Deus e viver o comportamento diante de tantos si- espírito de compromisso e obediênnais? Como podemos, após ouvir as cia da fé, pois, se alguém está uniprofundidades do amor, não querer do a Cristo é nova criatura, acalevar para os outros o que sentimos bou o que é velho (2Cor 5,17). A vida cristã passa pelo exercício do nesses dias? Logo no início, o pregador enfa- amor. Precisamos levar Cristo a sétizou que iríamos fazer uma viagem, rio e nutrir a própria fé com a Eucaonde o motorista seria o Espírito ristia. Unidos a Cristo, seremos noSanto, e nos alertou do compromis- vos sacrários para O levarmos em so de renovar a face da terra. En- nossa caminhada. Enquanto casal, devemos consofatizou que Deus tem um projeto para nós e espera que cada um cum- lidar a nossa espiritualidade conjupra o que estiver a seu alcance, por- gal, pois experimentamos vários que Deus só faz o que é impossí- apelos, no dia-a-dia, para fugir dos vel. Para o possível Ele espera que verdadeiros valores. O sacramento o homem assuma e cumpra o papel do Matrimônio não modifica a nossa natureza humana, com os nossos que lhe cabe. 36
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defeitos. Precisamos, então, buscar um aperfeiçoamento crescente, que é o espelho da vida cristã, pautado em um esforço contínuo. Os Pontos Concretos de Esforço são instrumentos que nos possibilitam vivenciar essa espiritualidade conjugal. A espiritualidade conjugal é integradora, não significa apagar a individualidade dos cônjuges, mas sim deixar nascer o novo! É preciso criar uma nova perspectiva, diante da vida do casal, onde cada um sai da sua posição, para construir "o terceiro vértice do triângulo", a partir da vivência do amor conjugal, em comunhão com o amor de Deus. Se o grão de trigo não cai na terra e não morre, não produzirá frutos (Jo 12,24). Precisamos tirar de nós o que nos prejudica, o que nos bloqueia, o que nos afasta do outro. Como deixar diminuir o eu para crescer o nós? O Movimento nos ajuda e nos oferece excelentes orientações para a caminhada enquanto casal cristão, porém a vida é a grande oportunidade que Deus nos oferece para nossa conversão. A vontade de Deus deve ser percebida no dia a dia. Viver segundo o desejo de Deus a própria história nos leva à santificação. Maria retrata para nós este modelo de fidelidade e serviço ao projeto do Pai. Ela aponta o caminho de Cristo, para Deus e para a vida. Em Maria somos chamados a gerar o homem novo! Geramos o Cristo à medida que deixamos Ele viver em nós. Através de nossas palavras e de nossos atos, o Espírito de Deus pode ser revelado para os CM 419
A espiritualidade conjugal é integradora, não signi-fica apagar a individualidade dos cônjuges, mas sim deixar crescer o novo! É preciso criar uma nova perspectiva ... a partir da vivência do amor conjugal, em comunhão com o amor de Deus. homens. Até que possamos dizer já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim (Gl 2,20). E desta forma fica a grande mensagem do retiro: deixemos o Espírito soprar em nossas vidas e que, com o exemplo de Maria, possamos abraçar o projeto de amor nã·o só para nós casais, mas para toda a criatura de Deus. Para isto, devemos ir ao encontro do outro, despojados de qualquer vaidade, receio ou comodismo, buscando ser instrumentos do Pai, para que a nossa renovação e a do nosso meio seja possível!
Ana Cláudia e Augusto Eq. N. S. dos Impossíveis Setor A- Recife/PE 37
O EXEMPLO ARRASTA ... O exemplo pode vir do dia a dia de uma farru1ia comum com atitudes diferentes, como o caso real dos meus pais. Minha casa, quando eu era criança, foi tomada pelas diferenças cultural e social entre meus pais, diferenças que causavam muitos ciúmes, em razão da insegurança de um casal que tinha o amor, mas não tinha intimidade com Deus. Mas para glória e louvor de Deus, Ele deu o primeiro passo para essa intimidade acontecer. Tudo começou quando uma "senhorinha", aparentemente frágil, veio até nossa casa fazer um convite para que meus pais participassem de um encontro de casais. Deus se apresentava para meus pais. Mas naquele primeiro momento, somente minha mãe foi conquistada, foi ela que foi tocada por Deus naquela hora, e sentiu que Ele poderia entrar na sua vida e na sua família, caso aquele convite fosse aceito. No entanto, Deus demorou a tocar o coração do meu pai, aquele pai que chegava até a porta da igreja, mas quase nunca entrava, ficava no jardim em frente à igreja, brincando comigo e minha irmãzinha, esperando minha mãe participar da santa missa aos domingos. Várias foram as tentativas daquela senhorinha, até que um dia, vencido pela insistência, meu pai resolveu aceitar o convite dos céus. Convite que nunca mais deixou de ser aceito. Meus pais passaram a ser católicos muito ati vos e fervorosos, ajudando 38
no que estava ao seu alcance, sempre disponiveis à Igreja. Depois, aconteceu um tempo muito difícil: meu pai ficou doente, precisava fazer uma cirurgia, com risco de vida. Para nós, porém, algo emocionante aconteceu quando meu pai "escutou" a Palavra de Deus em Isaías 38,1-8: ... Põe em ordem tua casa que vais morrer e não viverás. Com Ezequias, meu pai orou: ... lembra-te que caminhei diante de Ti com fidelidade e com coração sincero e íntegro. E emprestou para si a mensagem de Deus que Isaías levou a Ezequias: Eu ouvi tua oração, vi as tuas lágrimas. Eis que vou acrescentar quinze anos à tua vida ... Após a tempestade, meu pai ficou mais animado ao sentir que Deus estava do lado dele e percebeu que tinha muito a fazer ainda junto a sua esposa, junto a suas filhas, junto a outros casais e junto a toda comunidade. Vieram muitas outras tempestades, mas meus pais tinham agora Deus no coração, chegaram quase a desistir diante das dificuldades, mas a Equipe Nossa Senhora da Paz, da qual meus pais participam, estão sempre ali do lado deles, orando sempre por eles ... Essa foi a recompensa de Deus aos meus pais por terem dado o testemunho da presença de Deus nas suas vidas, dado o testemunho de que todas as vezes que precisaram Deus estava ali do lado deles, pela fé que sempre tiveram, pelo seu amor a CM 419
Deus, pelo exemplo de pais, de homem e de mulher caridosos e fraternos, de esposo e esposa e de casal equipista. Posso testemunhar que este casal equipista é um exemplo não só para mim, mas para a nossa farm1ia e para os casais: Eles transpuseram as dificuldades e nunca desistiram da busca do verdadeiro amor matrimonial em Deus. Talvez eles não tenham percebido, mas eu, como filha, vi a mudança em nosso lar, aquele casal transformado pelo poder do Espírito Santo, hoje exemplo para todos nós. Quero um dia poder encontrar esse amor verdadeiro e construir uma família, quero muito um dia estar ativa e trabalhando assim como eles fazem, desejo enfrentar cada dia
com resolução e determinação como eles, quero usar todos os momentos da minha vida para dar incentivo, para ajudar aqueles cujos fardos são pesados, para ajudar na fé as pessoas como eles sempre fizeram, quero um dia poder representar um pouquinho do que eles representam para mim. Eles agem de forma a transmitir os valores que eles vivem a mim e à nossa farm1ia. Nada é mais forte do que o exemplo dos pais como casal. Agradeço a eles o seu amor, o seu exemplo de fé, fé que hoje respiro na farm1ia logo pela manhã, quando ouço os dois rezando ... Débora, filha de Idalina e Benedito Eq. Nossa Senhora da Paz Votuporanga/SP
................................................... O CHAMADO Sempre tivemos vontade de participar das ENS, gostávamos de ver a união dos casais participantes, sempre buscando a espiritualidade conjugal. Morávamos juntos há nove anos e tínhamos uma filha de oito. Éramos muito unidos como casal, compartilhando tanto as alegrias como as dificuldades. Mas pensávamos: por que não nos unirmos pelo sacramento do Matrimônio? Nessa ocasião recebemos convite para participar de uma experiência comunitária em Santa Luzia. Foi através desta, um chamado de Deus, CM 419
que decidimos celebrar o sacramento do Matrimônio em nossas vidas e afizemos. Terminada a experiência comunitária com quatro casais, ingressamos na Equipe Nossa Senhora da Chama do Amor, a qual ficara com apenas três casais. Estamos sendo pilotados e iniciando a vivência dos PCE, percebendo a sua importância para o crescimento do casal no amor e na espiritualidade conjugal. Robertha e Marcondes Eq. N S. da Chama do Amor; Setor B Santa Luzia/PB 39
A V CONFERÊNClA DO CElAM EM APAREClDA A Quinta Conferência do Conselho Episcopal Latino-americano (Consejo Episcopal Latinoamericano - CELAM) aconteceu em Aparecida, São Paulo, de 13 a 31 de maio de 2007. O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, serviu de lugar para que os 265 delegados pudessem refletir e debater a realidade da evangelização da América Latina e do Caribe. Sob o manto protetor da Aparecida, a mãe de Deus, de acordo com o desejo do Papa Bento XVI, ao decidir o lugar onde a conferência aconteceria, os trabalhos se desenvolveram com o intuito de fazer daquele encontro uma ocasião em que a Igreja do continente pudesse ter um novo impulso missionário. O tema da Conferência foi: Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos nele tenham vida. Eu sou o caminho, a verdade e a vida (lo 14,6). O tema, portanto, tem um acento profundamente cristológico: a vida de Jesus Cristo. Ele aponta para a sua missão salvífica, que, através de sua morte e ressurreição, resgatou a humanidade do pecado e trouxe uma nova vida para todas as pessoas, a de filhos de Deus, salvos pelo seu sangue redentor. E é esta vida, entendida de forma integral, que a Igreja da América Latina e do Caribe quer impulsionar e defender. O documento final está dividido em três partes, seguindo o método 40
ver, julgar e agir. Neste sentido, ele está em continuidade com as Conferências anteriores, não apenas pela retomada do método, mas também pelo impulso pastoral que deseja dar. É o mesmo espírito eclesial que vem guiando a Igreja da América Latina e do Caribe desde a primeira Conferência, no Rio de Janeiro, em 1955 . Uma idéia força perpassa todo o documento: a vida. Esta interpretada não só do ponto de vista biológico, mas como um dom de Deus a ser preservado e defendido. A frase bíblica deJo 10,10 (Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância) serviu de inspiração para as três partes em que foi dividido o documento final. Há duas palavras chaves no documento: discípulos e missionários. Não basta ser discípulo de Jesus Cristo nesta hora do continente, mas é necessário ser missionário. A Igreja da América Latina e do Caribe necessita de seguidores de Jesus Cristo que sejam verdadeiros missionários, pois a realidade eclesial aponta para a necessidade de evangelizadores, a fim de que a fé, trazida pelos primeiros missionários, não desapareça, mas tenha um novo impulso. Neste sentido, tem grande importância a Missão Continental, a ser lançada no próximo ano, no Equador. A missão não terá apenas a finalidade de atingir aqueles que ainda não conhecem a Jesus Cristo e a Igreja Católica, mas também inCM 419
tenta evangelizar os já batizados, a fim de que estes possam viver a sua fé na Igreja. Por isso, a missão deverá ser permanente. O capítulo nono está todo dedicado à farru1ia, às pessoas e à vida. Durante todos os trabalhos da ya Conferência, a farru1ia foi uma presença constante, porque é "um dos tesouros mais importantes dos povos latino-americanos e é patrimônio da humanidade inteira". Por isso, é
preciso defendê-la das ameaças que ela enfrenta, fruto das situações difíceis hoje existentes. Ainda há uma palavra para as crianças, para os jovens, para a mulher e para os pais de farru1ia, concluindo com a cultura da vida e a sua defesa.
Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann Perito da va Conferência (SCE Eq. Carta Mensal)
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PERSEVERANÇA Quinta-feira, 17 de maio de 2007, 2lh16min. Eu estou lendo o artigo da Niedja e o Junio (Carta Mensal 417 p. 45) ou melhor, estou tentando ler, pois as lágrimas persistem em ofuscar a minha visão ... Essa leitura foi recomendada por um casal da nossa equipe, porque passamos pela mesma situação. Estamos na equipe há três anos, isso porque a equipe já tinha sido recomposta. Mas no ano passado dois casais muito queridos saíram da equipe, e também o nosso SCE foi transferido para a Amazônia. Imaginem a nossa equipe, sem padre, sem dois casais, e eu e a Silvia como novos coordenadores da equipe. No começo deste ano, fomos ao EACRE. O nome da nossa equipe de trabalho em grupo nos animou:Perseverança! CM 419
Perseverando, continuamos a caminhada. A graça de Deus e a intercessão de Nossa Senhora Madre de Deus nos presentearam com mais dois casais, neste ano, e também nos deram um novo Sacerdote Conselheiro Espiritual, ordenado há apenas 6 meses. Agora vamos caminhar juntos, com muita garra e perseverança, nos esforçando para, a cada dia, viver melhor a nossa espiritualidade conjugal, em busca da santidade. Ao final destas palavras, o choro deu lugar à alegria de ser membro das ENS, a alegria de ser cristão. E como cristãos devemos perseverar sempre.
Donizeti, da Silvia Eq. N. S. Madre de Deus Mogi das Cruzes/SP 41
ElA PARTIU HÁ UM ANO Já é passado um ano do falecimento de nossa querida Nancy Moncau. Algumas pessoas voltam ao Pai, chegando aos 97 anos de idade, sem envelhecer. Vitalidade sustentada e nutrida na densidade de urna vida espiritual. Que belo exemplo a todos nós ... Há poucos anos, por solicitação, tivemos a graça de hospedá-la em nossa casa por alguns dias. Daquele convívio, entre outras atitudes virtuosas, testemunhamos dela o tempo que dedicava à oração: Havia sido convidada a participar de um programa de rádio numa emissora local, às 9 horas da manhã. Naquele dia, a vimos em oração às 5 horas, preparando-se para a entrevista. Como se toda uma vida dedicada à Igreja, a serviço da santidade dos casais, não fosse o suficiente para assumir tal compromisso. Para nós, essa é uma atitude própria dos santos. Esse tempo que o Senhor nos concedeu junto a Dona Nancy foram dias plenos de alegria, amizade e encantamento por sua pessoa e, principalmente, pela obra que ela e o Dr. Pedro Moncau, por inspiração do Espírito Santo, fizeram chegar até nós. Para trazer outros aspectos da vida de Dona Nancy, solicitamos à equipe de trabalho do Secretariado Nacional, Thereza, Nilza e Yuri, com quem ela estava freqüentemente, que fizessem algumas observações desse convívio: • Sentíamos que ela gostava de estar conosco. Dizia que no Secretariado estava a "fonte" (doeu42
mentos) de toda a História do Movimento. Tudo o que folheava, fazia-o com tanto carinho, delicadeza e respeito, como se fossem jóias a serem manipuladas, sempre muito atenta e preocupada com a memória do Dr. Pedro Moncau, com as datas marcantes de sua vida e com as marcas festivas do Movimento. • Carismática, celebrava a vida pela alimentação partilhada conosco. Aproveitava para saborear tutu de feijão, feijoada etc. Não dispensava o suco de laranja para manter controlada a taxa de glicose. • Quando trazia os textos, à mão, aguardava a digitação, fazia as correções e esperava as alterações, pedia uma cópia e assim encerrava todo o processo com um sorriso nos lábios, dizendo: missão cumprida. Este zelo que poderia parecer, a quem não a conhecia muito, uma exigência, nada mais era do que carinho e comprometimento com quem iria ler os seus textos. • Apesar da idade avançada, sempre tinha um projeto de vida para o amanhã. Aqueles dias nos deram a oportunidade de sentir e conhecer um pouco mais alguém que encontrou o sentido da sua vida no amor a Deus, aos irmãos, em resposta a uma vocação.
Eunice e Milton Casal Secretárioíresoureiro SR CM 419
TERÇO COM O PAPA A recitação do terço junto com o Papa Bento XVI foi um encontro com Deus, que fez com que renovássemos a nossa fé, não só enquanto farru1ia, mas também em cada um de nós. Estarmos a poucos metros do Papa, representando todos os equipistas e as fann1ias de todo o Brasil, proporcionou grande emoção e imensa alegria em nossos corações. Alguns posicionamentos do Papa durante seu pronunciamento, logo após o terço, são bastante significativos e merecem a nossa mais profunda reflexão: "Maria orienta nossa meditação e como abrir nossas mentes e nossos corações ao Espírito Santo e transmiti-lo ao mundo inteiro". "Permanecei na escola de Maria e nos seus ensinamentos". Gostaríamos de dizer que todos os equipistas estiveram presentes de uma maneira muito especial em nosCM 419
sas intenções durante a recitação do terço com sua Santidade.
Sonia e Antonio Carlos CRS Guaratinguetá/SP
••• Nós recebemos com alegria o convite para participar do "Terço pelas Vocações" com o Papa Bento XVI, no Santuário Nacional de Aparecida. Estaríamos representando as Famílias. Aconteceram vários ensaios, pois tudo deveria estar perfeito para a recitação do terço. A cada ensaio um momento forte de oração! Pedíamos pelas nossas famílias, pela realização do V CELAM e também para que tudo corresse bem com o Papa. Tudo era visto e revisto, cada movimento, cada palavra, cada gesto, cada leitura, cada mistério, cada detalhe ... 43
Tudo foi abençoado! Foram chamados 5 casais (todos acompanhados de um filho), 2 casais das ENS, 2 casais da Pastoral Familiar e 1 casal do ECC, que coincidentemente era também equipista. Coube para nós, farru1ias, a recitação do quarto mistério; qual não foi nossa surpresa, quando o padre Rodrigo, um dos coordenadores, pediu para que eu (Luzia) lesse o texto bíblico, referente ao quarto mistério. No dia 12 de maio, acompanhados de nossa filha Priscila, por volta das 14h30min, lá estávamos dentro do Santuário. As orações vinham fortes nos nossos pensamentos e desciam aos nossos corações, trazendo calma e certeza de que tudo ia sair melhor que o esperado. Essa certeza vinha da Mãe Aparecida, pequenina, que do seu nicho nos olhava e abençoava!
Às 18 horas, o Papa Bento XVI adentrava a Basílica e, após a saudação de Dom Damasceno, Arcebispo de Aparecida, foi iniciado o terço. Depois tivemos a fala de sua Santidade, várias vezes interrompida pelos aplausos do povo. O Papa nos inspirava segurança e alegria ... tinha um sorriso franco. Sua fala forte e segura exigia maior comprometimento da sociedade, principalmente dos católicos. Depois disso, foi se dirigindo para a saída ... Ficamos marcados com a certeza de que a nossa responsabilidade agora é muito maior, como católicos, filhos de Deus, no cumprimento de nossas missões e em não permanecer à margem da história!
Luzia e Paulo CR Região São Paulo-Leste II
UM SERVlÇO PARA O PAPA Foi graça para nós do Setor de Aparecida ficarmos responsáveis pelas compras para a visita do Papa e para a realização do V Celam em Aparecida. O convite foi escolha de Dom Damasceno e do Padre Gilson, este responsável pela organização administrativa do V Celam e da visita de Bento XVI. (O Padre Gilson é brasileiro, mas mora em Bogotá, onde é Conselheiro de duas Equipes). Nós, Cidinha e Marco, como Casal Responsável do Setor, ficamos 44
encarregados de saudar o Papa, no momento em que ele subisse para a zona pontifícia. Fomos orientados a dizer: Seja bem vindo, sua Santidade, as farru1ias do Brasil e as Equipes de Nossa Senhora o acolhem. Ele nos estendeu a mão e falou: Muito bom, muito bom. Nunca desanimem! E nos deu a bênção. Não foi possível conter as lágrimas ao sentir suas mãos em nossas mãos.
Cidinha e Marco CR Setor de Aparecida/SP CM 419
)ÓlAS DEVOLVlDAS Narra uma antiga lenda árabe que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família: esposa admirável e dois filhos queridos. Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem, ausentando-se do lar por vários dias. No período em que estava ausente, um grande acidente provocou a morte dos dois filhos amados. A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura. Todavia uma preocupação vinha-lhe à mente: como dar ao esposo a triste notícia? Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção. Lembrouse de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão. Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar. Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos ... Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e depois lhe falaria dos moços. Alguns minutos após estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem e ele perguntou novamente pelos filhos. A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: - Deixe os filhos. Primeiro CM 419
quero que me ajude a resolver um problema que considero grave. O marido, já um pouco preocupado, perguntou: -Que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus. - Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz? -Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!. .. Por que isso agora? É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas! - Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá de devolvê-las. -Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las! E o Rabi respondeu com firmeza: -Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo. - Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso até já foi feito. As jóias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram. 45
O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram muitas lágrimas.
Autor desconhecido Colaboração de Auxiliadora e José Eq. N S. de Fátima, Forquilha/CE
................................................... FAZEl TUDO O QUE ElE VOS DlSSER ()o 2,4)
Estas são as palavras de Maria, Mãe de Jesus, aos serventes nas Bodas de Caná. Ninguém melhor que Maria para conhecer o seu Filho. Conhecendo-O e Nele acreditando, ela ordena aos serventes que obedeçam as suas palavras. Ela bem sabe que para Deus nada é impossível, já que experimentara na sua própria vida tal realidade. Estas palavras continuam aressoar nos ouvidos de toda Igreja ainda hoje. Experimentadas e exclamadas por Aquela que é Modelo de Igreja, sem nada diminuir em seu filho , Maria nos convoca para continuarmos nossa história presente, a escutarmos e realizarmos aquilo que Jesus Cristo nos revelou. É justamente nisto que consiste o discipulado, isto é, na escuta da Palavra de Deus, na sua acolhida e realização concreta. Ninguém pode tornar-se discípulo de Jesus, se com Ele não fizer uma experiência profunda. É nesta experiência que devemos descobrir, antes de tudo, que somos amados por Ele. Somente assim sentiremos um desejo insaciável de amar o próxi46
mo e dar nossa vida por ele. As Equipes de Nossa Senhora são um tesouro que pertence à Igreja. São frutos da Graça de Deus que nos foram dadas pela ação do seu Espírito, que age como quer e onde quer. Logo, ser equipista é graça e compromisso. No interior de cada Equipe devemos ouvir a voz Daquela que continua a nos dizer: Fazei tudo o que Ele vos disser (Jo 2,5). É graça porque a experiência feita é única. É compromisso, pois da experiência feita nasce no coração de cada casal o sentimento de imitar o discipulado de Maria. E este sentimento não nos deixa em paz até que realizado plenamente. Assim compreendemos que todo nosso empenho não pode ser vivido como peso, mas como dádiva. Enfim, que todos nós nos sintamos atraídos pelo exemplo Daquela que experimentou que para Deus nada é impossível. Sejamos fiéis ao seu ensinamento. Contemos com a Graça de Deus e façamos tudo o que Ele nos disser. Pe. Cláudio Antonio Delfina SCE - Eq. 28 B- Região CO II CM 419
Meditando em Equipe Diante do grave problema do atentado à vida que existe hoje, podemos aproveitar o mês dedicado às vocações, agosto, para refletir sobre a vocação à vida. Deus nos deu a vida como um dom precioso, a ser preservado e cultivado. Ela inicia desde a sua concepção e só termina de forma natural. A vida humana é reflexo da vida de Deus, que insuflou o seu "hálito vital" e, a partir de então, a pessoa se tornou um "ser vivente", à sua imagem e semelhança. Como cristãos, somos chamados a nos engajar nos projetos de defesa da vida humana.
Escuta da Palavra em Gênesis 1,26-31 Sugestões para a meditação: 1. Qual é a origem da dignidade da vida humana? 2. A mulher é dona da vida do filho gerado em seu seio? 3. Como o casal pode preservar a vida humana? Pe. Geraldo
................................................... Oração Litúrgica (Salmo 127) Se Javé não constrói a casa, em vão labutam os seus construtores; se Javé não guarda a cidade, em vão vigiam os guardas.
É inútil que madrugueis, e que atraseis o vosso deitar para comer o pão com duros trabalhos: ao seu amado ele o dá enquanto dorme! Sim, os filhos são a herança de Javé, é um salário o fruto do ventre! Como flechas na mão de um guerreiro são os filhos da juventude. Feliz o homem que encheu sua aljava com elas: não ficará envergonhado frente às portas, ao litigar com seus inimigos.
Bento XVl nos visitou e rezou conosco.
Equipe$ de Nossa Senhora
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