Equipes de Nossa Senhora
EDITORIAL Da Carta Mensal ...... ....... .... ... ........ O1 SUPER-REGIÃO Eucaristia ....... .... ... ..... ......... .... .... ... 02 Construtores ou inquilinos .......... .. 03 A imprescindível missão do Casal Ligação .... ... ... .... . 04 VIDA NO MOVIMENTO Equipistas de reuniões? ...... .. ..... ... 06 FLORIANÓPOLIS 2009
PARTI LHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Dever de sentar-se no dia dos namorados .... ....... ... .... ..... . 26 Aprendamos a dialogar com o Senhor após meditar Sua palavra .. ............ ... .... . 28 Levai os fardos uns dos outros .... . 29 O amor de Deus manifestado na caridade ........ ........................ .... 31 (o-participação - prática da caridade evangélica ... ... ..... .. .. .... .... 32
O 11 Encontro Nacional .... ....... ....... 07 FORMAÇÃO O coração faz a diferença ..... ..... ... 08 O Casal Responsável de Equipe ... . 1 O Quero um casamento feliz ... ......... 11 A importância da contribuição ... .. 12 Minhas testemunhas ... ....... .......... . 14 TEMPO DA IGREJA Junho e os santos populares ........ . 1 5 DIA DOS NAMORADOS O dever de namorar ........... ..... ...... 18 Casamento é união .... .. .. ... ......... .. .. 19 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . .... 21 MARIA Devoção mariana e culto das imagens ... ....... ....... ..... .. . 24
Registro "Lei de Imprensa" n• 219.336 livro B de 09.1 0.2002 Equipe da Carta Mensal Graciete e Gambim (responsáveis) Avani
e Carlos
Clélia e Domingos Luciane e Marce lo Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz B. Hackmann
TESTEMUNHOS Um grande Conselheiro ................ 34 A presença da equipe .. ..... ....... ..... . 35 Dever de sentar-se, uma graça de Deus ...... ... ... ..... .. .... . 36 Por onde andarão nossas Cartas Mensais? .......... ... ... . 37 Sobre o Tema de Estudo ................ 3 8 Testemunhar sem cessar .... .. ..... .... 39 ATUALI DADE Discurso do papa Bento XVI .... ..... 40 CNBB: nota em defesa da vida humana .... ............. ........ ... ..... . 43 REFLEXÃO A menina que trouxe esperança ... 46 Cinco minutos por dia ... ..... ..... ... ... 47 A aranha .... ........ ... ............ ........... .. 48 Cartas, colaborações, notí· Nova Bandeira Prod . Ed . R. Turiassu, 390 • 11 ° andar, cj. 115 · Perdizes • São Paulo Fone: (Oxx11) 3473.1282
Catherine E. Nadas (mtb 19835)
Roberta S. Gambim
Alessandra Carignani
20.200 exemplares
Cly
cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:
R. Lui s Coelho, 308 5° andar • conj. 53 01309·902 • São Paulo • SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 Fax: (Oxx11) 3257.3599 cartamensal@ens.org .br
Queridos irmãos e irmãs: Temos a alegria de apresentarlhes a Carta Mensal de junho/julho. Junho do folclore que enriquece a cultura brasileira e julho, que em algumas agendas consta 'férias'. Sempre, porém, é tempo de viver o Evangelho e de evangelizar pessoas e culturas. Frei Avelino nos anima a crer profundamente na Eucaristia, na presença real daquele que garantiu estar conosco até o fim dos tempos. Ele é o centro de toda celebração e da nossa vida na fé. "Se conhecêssemos o dom da Eucaristia!" , exclama, parafraseando aresposta de Jesus Cristo à Samaritana que o questionava. Graça e Roberto, refletindo sobre nosso engajamento na orientação do Movimento para este ano de 2008 - Testemunhas a serviço dos casais - lembram a todos nós que uma das razões de ser das ENS, conforme desejavam os primeiros casais equipistas, é a missão. Há um compromisso do casal de, a partir da pequena comunidade equipe, irradiar o amor conjugal, principalmente para os casais jovens, através do testemunho e da palavra. Eunice e Milton, em Palavra do Provincial, versam sobre o serviço específico e imprescindível que o Ligação exerce junto às equipes ligadas, em especial nos contatos pessoais com os Casais Responsáveis de Equipe, refletindo com esCM 427
tes o espírito contido nas orientações e solicitações do Movimento. Os Casais Ligação alimentam-se da Eucaristia e da oração, pois precisam estar disponíveis ao Espírito Santo, que age através deles. As páginas desta edição também nos animam a assumir nossa vida equipista, casais que na vida de equipe buscam forças e formação para seu engajamento missionário. A pedagogia das Equipes é meio para nos ajudar a ser verdadeiros discípulos de Jesus Cristo. E, se discípulos, missionários, especialmente apóstolos do sacramento do Matrimônio, pois ao casal humano, coroamento de toda a criação, foi dada a missão de organizar este mundo (cf. Gn 1,26-30). Estaremos contribuindo para reorganizar o mundo, se dermos a conhecer aos casais a beleza do amor humano, sinal do amor divino. A partir do amor entre os esposos poderá acontecer no mundo o mandamento novo do "amai-vos como eu vos amei". Os esposos, se amando, amarão seus filhos , que no testemunho dos pais viverão o amor e florescerá no mundo a "civilização do amor" . No corre-corre da vida, lembremos: namorar faz parte do amor dos esposos. Aos "eternos namorados", parabéns!• Graciete e Avelino Gambim CR Carta Mensal
EUCARISTIA Caríssimos casais e conselheiros: Jesus Cristo, Pão vivo, o mesmo, ontem hoje e sempre, o único Salvador, encontra-se no meio de nós. Fezse carne no seio puríssimo da Virgem Maria, fez-se Eucaristia, para ser servido como alimento e para ser a Água viva. Em tudo isto nós cremos. Jesus apareceu milagrosamente aos Apóstolos após a ressurreição e eles acreditaram. Apareceu a Paulo na voz misteriosa: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9,4). Aos cristãos, Jesus se mostra no mistério da Eucaristia. Na Igreja, a Eucaristia é o mais sublime sinal da presença do Senhor. O mesmo Jesus garante: "O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo" (Jo 6,51) . Quem precisou fazer maior ato de fé para reconhecer a presença de Jesus Cristo vivo no meio de nós? Os apóstolos, Paulo ou os cristãos? Contemplando as maravilhas que encontramos em cada momento, o homem é sempre o mais exaltado, e esquecemos Aquele que é Pai e Criador de tudo! A celebração eucarística tem uma finalidade querida concretamente pelo mesmo Senhor Jesus ao instituir a Eucaristia: Chegar à contemplação de Jesus Cristo e do seu mistério de amor. Jesus, entregando com as próprias mãos o pão que ele consagrou naquela santa ceia, disse aos apóstolos: "Fazei isto em memória de mim" (!Cor 11,24) . Com esta recomendação, Jesus Cristo se coloca co-
(j)
mo único centro de toda celebração e ao mesmo tempo pede seja ela celebrada até o fim dos tempos. Este sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo foinos dado para que pudéssemos penetrar sempre mais na compreensão do mistério do Filho de Deus que se fez dom para cada um de nós. Se a celebração eucarística tem como foco principal os problemas sociais, ainda que verdadeiros, é uma missa alienada, porque se estaria desrespeitando sua índole mais profunda e verdadeira (cf. Cardeal Giacomo Biffi). Durante a celebração eucarística, o centro de convergência de todos os sentidos é a pessoa de Jesus Cristo. Na Eucaristia, a pessoa, em tudo o que é, com todas as formas de sentir, deve experimentar a presença de Cristo, como Deus e como Homem. É na Eucaristia que se cumpre a sua última promessa: "Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28,20). Descobrir esta presença é o começo de uma nova primavera na vida espiritual. Se conhecêssemos o dom da Eucaristia! Por que queremos ver, se Ele garantiu que neste pão Ele está vivo? Se não cremos escutando sua palavra, será que acreditaríamos vendo? Senhor, aumentai a fé em todos os equipistas do mundo! • Pe. Frei Avelino Pertile - SCE!SR CM 427
CONSTRUTORES OU INQUILINOS Amados irmãos: O tema Testemunhas a serviço dos casais continua repercutindo positivamente. Alinhamos entre os motivos a sua sintonia com o atual momento da Igreja latino-americana. A Conferência de Aparecida manifestou a necessidade e o desejo da Igreja em renovar-se , revitalizando a novidade do Evangelho, tão intimamente ligado à nossa história. Para tal, todos os batizados são conclamados a serem discípulos missionários de Jesus Cristo, construtores do Seu Reino. Em reforço à importância da missão para nós equipistas, lembramos um trecho do artigo Construtores ou inquilinos do Padre Caffarel. O inquilino de um imóvel, diz ele, pode sentir-se em paz e usufruir tranqüilamente a comodidade que este lhe oferece, pelo simples fato de pagar o aluguel que lhe corresponde. Mas, a um membro de um movimento de espiritualidade jamais será permitido que ele permaneça simplesmente instalado. Em outro momento, o Padre Caffarel é ainda mais incisivo: "Um Movimento se dirige para a morte quando seus membros deixam a mentalidade de construtores por uma mentalidade de inquilinos." As Equipes nasceram do anseio por uma vida cristã plena. Seus Estatutos , lançados em 1947, anunciavam em suas Razões de Ser que os casais equipistas queriam ser missionários de CM 427
Cristo por toda a parte. Desde lá, o espírito que orienta o método do Movimento exige dos quadros um esforço permanente para mantê-lo ao serviço da santidade dos casais e , por conseqüência, da sua irradiação apostólica. No cerne dessa busca está a consciência da missão da Igreja e a necessidade de revigorar a vivência da espiritualidade conjugal que desabrocha no compromisso missionário do amor conjugal. O tema de 2008 retoma esses anseios. Quer desinstalar-nos. Renova o desejo do Padre Caffarel de que "cada equipe deveria ser um viveiro de apóstolos" , para que o Movimento se transforme em fermento de renovação espiritual da Igreja (cf. Mt 13,33). Sem isso, ele será substituído por um outro que atenda esse desafio. O tema ainda nos impele a um apostolado mais intenso e audacioso. Quer que sejamos protagonistas da esperança para jovens casais. Quer que os ajudemos a viver o amor conjugal alicerçado numa espiritualidade que os leve a viver a graça de serem filhos de Deus. Diante disso, parafraseamos o nosso fundador, perguntando: "E vós , sois construtores ou inquilinos?" Que a nossa resposta seja como a de Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra (Lc 1,38) .• Graça e Roberto, CRSR 3
PALAVRA DO PROVINCIAL
A IMPRESCINDÍVEL MISSÃO DO CASAL LIGAÇÃO ':4 Ligação não é somente uma experiência de comunicação, mas um verdadeiro anúncio de Boa Nova : ela tem a dimensão evangelizadora". (Manual do CL)
Ligar é transmitir vida. Mas vida numa dimensão evangelizadora, anunciando a Boa Nova, que é Cristo Jesus. Com essa importante missão, o Casal Ligação sente a necessidade de profunda comunhão com o Senhor, pela oração e pelos Sacramentos. "Só há apóstolos na medida em que há almas de oração, de estudo, de meditação." (Pe .Caffarel) E, é na vivência do sacramento do Matrimônio que o CL vai aurir graças para ser testemunho do Amor para tantos outros casais. A sua Vida de Equipe, fundamentada no carisma, na mística e na pedagogia do Movimento, será fonte de abastecimento para a missão. Encarregado de assegurar a ligação das equipes ao Setor e a ligação das equipes entre si, é um dos mais importantes elos de comunhão no Movimento. Irradia nas equipes ligadas o sentido de unidade que deve estar presente em todas as equipes. A partir da observação e acompanhamento das equipes que liga, pode auxiliá-las, partilhando riquezas e descobertas vividas por uma e outra equipe , fazendo acontecer o auxílio mútuo. O Casal Ligação, com caridade fraterna, incentiva a caminhada da equipe e , quando é necessário, 4
aconselha. Tem presente em seu coração que essa pequena comunidade conta com o seu empenho e suas orações para vir a ser "uma comunidade viva de casais, reflexos do amor de Cristo". O Casal Ligação "não é, portanto, um mero repassador de relatórios, que envia cartinhas às equipes que liga. " (Manual do CL) Para animar, transmitir vida, é necessário estar disposto a investir tempo em encontros pessoais e a construir laços de fraternidade. O contato pode concretizarse através de uma breve visita ao Casal Responsável da Equipe ou buscando oportunidades em pequenos encontros que o amor e a criatividade lhe indicarão como fazêCM 427
lo. Nesses encontros, o Casal Ligação não apenas passa orientações e solicitações do Movimento ao Casal Responsável de Equipe, mas esmera-se em passar também o "espírito" que anima essas orientações e solicitações. Através do diálogo, inteira-se das necessidades dos casais e, iluminado pelo Espírito Santo, torna-se um forte auxi1io para a equipe, para o Casal Responsável de Setor, enfim, para o Movimento. Para servir melhor aos irmãos, necessita buscar formação. O Movimento dispõe de diversos documentos, entre eles recomenda-se a leitura atenta do Guia das ENS, Estatutos das Equipes de Nossa Senhora, Manual do Casal Ligação, Manual da Formação, A Responsabilidade nas ENS e outros documentos à disposição no Secretariado. Evidentemente, espera-se que nunca dispense a leitura da Carta
Mensal, instrumento de contato estreito com todo o Movimento. Tanto quanto possível, far-se-á presente no Pré-EACRE, EACRE e nos Encontros de Formação promovidos pelos Setores e Região. Sobretudo, o Casal Ligação é um casal de oração. Para que seja melhor instrumento de Deus na missão, assume o compromisso de participar de uma celebração eucarística a mais por semana, na intenção das equipes que liga. Teríamos vários outros aspectos a enfocar sobre o Casal Ligação, mas cada CL, por muitos meios, poderá ampliar a reflexão sobre a extensão da sua importante missão. Que Nossa Senhora interceda por todas as Equipes e seus Casais Ligação. Fraternalmente, • Eunice e Milton Casal Secretário/Tesoureiro
A equipe não é um fim em si mesma. A equipe que se fecha em si mesma não oferece nenhum testemunho, senão o de egoísmo grupal. Compreende-se que, num primeiro momento, a equipe reforce os laços ent re seus membros. Mas passado o primeiro momento, ela começa a se justificar na exata medida em que se abre para as outras equipes e se integra na dinâmica do Movimento. O movimento das Equipes, por sua vez, faz parte de um círculo mais amplo : o círculo eclesial. As equipes são uma comunidade cristã de casais, desde que seus membros se sintam integrados na paróquia, na diocese e mesmo na Igreja universal. É neste âmbito amplo que o testemunho do amor se faz necessário. (.. .) Neste context o, é preciso procurar descobrir se esse nosso compromisso, individual, do casal e da equipe, está enraizado no amor de Cristo e recorrer a essa fonte para fortalecer-nos no testemunho cristão do nosso amor. Reunidos em nome de Cristo, caderno 13, p. 2 CM 427
EQUI PISTAS DE REUNIÕES? Estamos chegando aos vinte anos como equipistas e podemos avaliar as maravilhas que nos são oferecidas através do movimento das ENS: O crescimento individual e do casal advindos da vivência de cada PCE, de cada momento de vida em equipe e da profundidade dos encontros anuais, dos retiros e outros tantos eventos ... Recebemos graças em cima de graças. Mas entristece-nos perceber que alguns casais ainda pensam que basta ser equipista de reunião, não se engajam em atividades que levem a espiritualidade conjugal a novos casais, não buscam trabalhar para a comunidade paroquial, não colaboram no apoio assistencial a quem precisa. Pensam que basta rezar e dar alguns conselhos ou, porque fizeram alguma coisa no passado, que já trabalharam para o reino de Deus o suficiente. O cristão, porém, não pára. O Movimento pede que sejamos evangelizadores e que contribuamos com atas para auxiliar no desenvolvimento espiritual de novos casais. Este grito, para alguns, ainda ecoa como num deserto. Há pessoas que julgam ser bastante cumprir com as "obrigações" internas do Movimento e não se preocupam em dar algo do seu esforço para o bem daqueles que nos cercam. 6
Precisamos acordar para o serviço à comunidade, para o serviço ao semelhante. A equipe de base não é um lugar de comodidade, mas base onde nos fortalecemos para viver a espiritualidade conjugal e também para servir os irmãos e testemunhar o sacramento do Matrimónio. Que possamos ser exemplos de obras e de ajuda ao semelhante, colocando-nos à disposição da paróquia e também do Movimento. Que possamos fazer produzir frutos as tantas lições que recebemos das ENS. Com certeza, a oração é a base de todo trabalho apostólico. Mas a oração também nos deve fortalecer para a ação. E há tantas pastorais gritando por nossa ajuda, em particular serviços em favor da santificação dos casais e da preparação de jovens ao sacramento do Matrimónio. Nosso trabalho, com a graça de Deus, fará a grande diferença para muitos. • Wanderlen da Méri Eq. N. S . Aparecida Tramandai/RS CM 427
11 ENCONTR NACIONAL Estivemos em Rorianópolls/SC e com alegria pudemos testemunhar o contagiante entusiasmo que anima a equipe coordenada pelo casal Silvia e Glauco, que recebeu a incumbência de fazer acontecer o 2° Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora em Rorianópolis, de 16 a 19 de julho de 2009. Encarregados da liturgia, do transporte, alimentação, hospedagem, instalações no local do evento e de outros serviços já formam suas equipes e trabalham incansavelmente. São tarefas gigantescas, assumidas com total disponibilidade e a convicção de uma missão que será cumprida com a graça de Deus. Sem dúvida, esta é uma amostragem do espírito dominante no universo dos equipistas catarinenses, que de braços abertos, nos acolherão a todos, com as bênçãos do Arcebispo, Dom Murilo Krieger. Quanto às inscrições, podemos informar que 2700 pessoas já se inscreveram. Isto significa dizer que, faltando mais de um ano para o evento, atinge-se a 50% da previsão inicial de participantes. São casais e conselheiros espirituais com predominância dos locais mais distantes, como das ProCM 427
víncias Nordeste, Norte e Leste. Esperamos que todos os inscritos já tenham recebido o seu carnê de pagamento das parcelas. Ele é remetido pelo Banco do Brasil, via Correios, e a forma correta de liquidação é feita através do carnê. Aos que não receberam o carnê de pagamento solicitamos entrar em contato com o Casal Coordenador das Inscrições em sua Província. Neste caso, pedimos não efetuar depósito em conta das ENS, pois dificultará a identificação da procedência e finalidade do pagamento. Nos próximos dias estará disponível no site das ENS o sistema no qual, utilizando o "usuário" e a senha informada no carnê, cada inscrito poderá acompanhar os pagamentos das parcelas. Não esqueçamos de preparar o nosso Encontro pela oração. Dirijamos ao Senhor e à sua e nossa Mãe uma prece diária nessa intenção, para que do encontro todos passam voltar animados a servir, com sua casa, o Senhor. Com fraterno abraço! • Eunice e Milton Casal Secretário/Tesoureiro 7
O CORAÇÃO FAZ A DIFERENÇA É possível que já tenhamos escutado alguma coisa semelhante ao seguinte comentário: "Acho um absurdo que, depois de um dia de trabalho, eu me reúna com o grupo de amigos das ENS e até nessa hora tenha de seguir regras. São regras no trabalho, na família, em todo lugar. Chega de regras! Cadê a flexibilidade? A reunião tem que ser prazerosa, senão não dá". É comum ao ser humano abominar regras, por sentir-se tolhido nos seus direitos. Também é comum ao ser humano a dificuldade em reconhecer os direitos alheios como tão legítimos e prioritários como os seus. A função das regras é tentar "pôr ordem na casa". No entanto, se analisarmos detidamente a situação, talvez não sejam exatamente as regras que incomodem, mas sim o nosso olhar funcional e imediatista moderno que exige ganhar algo com esse esforço ou sacrifício. As regras normalmente deixam de incomodar quando nelas colocamos um objetivo. Entrar para uma equipe de basquete , por exemplo, dá sentido às regras, porque se almejam vitórias, _títulos,..._ medalhas, o reconhecimento do Brasil e, quem sabe, do mundo. 8
Continuam sendo regras, mas deixaram de ser adversárias, viraram aliadas para obter o prêmio mais adiante. O jovem que escolhe integrar-se numa equipe de basquete precisa tomar duas atitudes: oferecer sua total disponibilidade e abandonar as resistências. Não só o jovem atleta, mas todos nós precisamos oferecer nossa disponibilidade e abandonar nossas resistências. As ENS também têm regras. Só que elas atuam de dentro para fora , longe dos holofotes, dos aplausos e reconhecimentos. (...) Cada pessoa, cada casal que entrou nas ENS atendeu a um chamado. É diferente de quem aceitou um convite para ocupar um cargo ou função importante numa empresa. Nesta, todos sabem, todos comentam, alguns até invejam e a conta no banco engorda no final do mês. Do comz.ite para ingresCM 427
sar nas ENS não há divulgação e muitos duvidam do sentido de escolher seguir esse caminho. E se de um lado tem um técnico ou presidente de empresa para cobrar resultados ou levar a pessoa a se comprometer diariamente com eles, nas Equipes é respeitado o direito de aceitar ou não o convite. Jesus, porém, permanece na porta, pacientemente, esperando o nosso sim ao seu chamado. O Casal Responsável de Equipe nem de longe se assemelha a um técnico ou a um presidente de empresa. Não tem autoridade para cobrar resultados, porque se reconhece instrumento de Deus. Se houver vitória, não cobrará reconhecimento, porque toda obra que avança é por graça do Pai. Quando houver falhas, saberá acolhê-las, pois também ele é aprendiz na caminhada. As dificuldades alheias espelham as do CRE, se não agora, mais adiante . A diferença do CRE para os outros casais da equipe é que naquele ano é ele quem deve amar mais, com maior oportunidade de conhecer mais o trabalho do Movimento. É grande graça para o CRE servir com o coração. "Onde está teu tesouro estará também teu coração" (Mt 6 ,21) . Esta a diferença. Ao colocarmos o coração naquilo que fazemos , falamos, sentimos, colocamo-nos na presença de Deus. E por que não colocar o coração em tudo, se sabemos que a resposta para todos os problemas é o amor? A nossa maior dificuldade, com certeza, é o orgulho. Somos CM 427
resistentes no quesito submeter-se. Quanta confusão criamos por causa disso! Basta ver como nos digladiamos para vencer uma discussão. Provar que o outro está errado e nós certíssimos toma proporções, no mínimo, desastrosas. Tendemos à arrogância de confirmar constantemente que somos os detentores da verdade absoluta e inquestionável. Deus deve rir muito das nossas infantilidades .. . O fato é que ninguém foi obrigado a entrar nas ENS, como não é obrigado a permanecer nela. No entanto, às vezes, alegamos que a nossa vida é corrida, falta tempo para realizar os PCE, ou parte deles. Arrumamos desculpas, como crianças que alegam não terem estudado para uma prova por falta de tempo, contudo ficaram horas navegando na Internet. Nós também navegamos distraidamente por aqui e ali, elegendo outras prioridades. Só que nós não permitiremos que nossos filhos abandonem a escola, os estudos, a despeito de suas dificuldades. O mesmo talvez não façamos por nós mesmos. Podemos desistir da equipe a qualquer instante, como também minar nosso sim , aquele sim dado no início, constantemente. Onde está o nosso coração? Se as ENS forem nosso tesouro, o coração acabará com as resistências. Deus faz o convite e em resposta oferecemos de boa vontade o nosso coração. É onde ele trabalha. Transforma. O problema está mesmo nas regras? O sentido de 9
estarmos e continuarmos na equipe nunca virá de fora para dentro. O sentido do esforço para viver a espiritualidade conjugal, em busca da santificação, vem da fonte: das
conversas íntimas com Deus. • Débora e Fajardo Eq. 12- Setor Niterói A Extraído do boletim Enfoques Região Rio IV
O CASAL RESPONSÁVEL DE EQUIPE O Casal Responsável de Equipe é um animador criativo. Nas reuniões mensais , busca tornar dinâmicos esses encontros, de maneira que todos os membros participem com interesse , com consciência de pertencer a um Movimento que busca ajudar os casais a serem santos. O Casal Responsável de Equipe sabe que o Senhor o escolheu para esta responsabilidade, a qual é uma oportunidade de conversão do casal. O Casal Responsável de Equipe deve ser fiel à vontade de Deus e confiante na graça divina. (Aquele que vos deu a dignidade vos dará a força , diz S. Leão Magno). Para bem cumprir a missão, o Casal Responsável de Equipe busca ser coerente, vivendo o que crê , e assim será testemunho para os casais e deles terá a confiança . Ele é um animador, um motivador, atento às necessidades dos casais da sua equipe, de modo especial às espirituais. Intensificará suas orações, em especial para o crescimento da equipe . Tem consciência de não ser dono da responsabilidade, um serviço temporário que lhe foi confiado. lmbuir-se-á de entusiasmo, coragem e atitude profética. Ao terminar o seu tem10
po, seu coração estará agradecido ao Senhor pelas graças recebidas durante a responsabilidade exercida sob a proteção da Virgem Maria e a generosa ajuda do amigo Sacerdote Conselheiro Espiritual. Na Reunião Preparatória, cuidará para que seja analisada e avaliada a reunião mensal anterior, destacando os pontos fortes e fracos da caminhada da equipe, em especial a vivência dos Pontos Concretos de Esforço de cada um dos integrantes, para então montar a reunião seguinte , cujo roteiro deverá chegar aos membros da equipe com a devida antecedência, a fim de que todos possam se preparar condignamente. É sua missão, ainda, manter a equipe em sintonia com o Movimento, pelo seguimento das suas orientações gerais e anuais, mantendo-se em contato com o Casal Ligação e animando a equipe a participar de eventos do setor, região etc. Também estará disponível a assumir outras responsabilidades se solicitado. É convidado a participar de uma missa a mais semanalmente , em intenção do Movimento. • Erenita e Attanazio CR do Setor B - São Carlos!SP CM 427
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QUERO UM CASAMENTO FELIZ No relacionamento conjugal será necessário romper com o individualismo. É estranho perceber que muitos casais, mesmo quando já têm anos de convivência, vivem como se não houvesse um compromisso comum entre eles. Sabemos que deixamos marcas sensíveis daquilo que somos e , em muitos outros casos, absorvemos os modos daquele com quem convivemos. A partir dessas experiências, ficamos mais comprometidos com aqueles que estão ao nosso lado, por meio da cumplicidade comum que rege nossos relacionamentos. Para os recém-casados, temos a impressão de que todo o tempo do mundo seria pouco para viverem a realização dos projetas idealizados a dois. Com o passar do tempo, alguns casais deixam de lado o zelo, o cuidado pelo outro, e o projeto de "viver felizes para sempre" parece ser ofuscado em função das dificuldades pertinentes ao convívio ou talvez pela grande importância dada a fatores de menor relevância. Se para se estabelecer fortes laços de amizade precisamos "quebrar o gelo", da mesma forma , dentro de um relacionamento conjugal será necessário rasgar a película do individualismo, dos melindres e rancores, entre outros problemas que poderão surgir com as tribulações no comum do dia-a-dia. Com isso, nos deixamos ser influenciados pelas experiências, conceitos, entenCM 427
dimentos e razões do outro. Muito mais que apenas dividir as obrigações e responsabilidades comuns da vida conjugal, deve-se cultivar o desejo de compor uma nova história de vida,com a participação especial daquele a quem amamos. Observando os casais transeuntes em ambientes públicos, facilmente diferenciaremos os namorados dos casais que já vivem, há algum tempo, o matrimónio. Até podemos ficar escandalizados com os namorados mais apaixonados, que trocam carícias de maneira desenfreada, esquecendo-se de que estão em ambiente publico. Em outras ocasiões, poderemos ser surpreendidos com gestos de carinho de outros casais que aparentam ter anos de convivência. Com poucos cabelos e esbranquiçados pelo tempo, ainda cultivam a alegria de propiciar ao outro o hálito do amor partilhado na simplicidade de um beijo. Alguns casais ainda sabem proporcionar um ao outro a segurança por meio das mãos entrelaçadas, mesmo que já não detenham a mesma vitalidade das forças de antes. Para eles, se fossem interpelados com a sentença do cônjuge "o que sou para você?", certamente a resposta seria alguma coisa parecida com "Você é o melhor pedaço de mim". Talvez alguns casais não tenham uma resposta para a simples pergunta do cônjuge: o que sou para você? Mesmo que quem lhe esteja perguntando isso não seja um es11
tranho, mas alguém a quem se conhece muito bem, e está ao seu lado por muito tempo. Pois, mesmo convivendo sob o mesmo teto, dividindo a mesma cama, muitos não participam da vida um do outro, não se esforçam para serem um . Talvez, os bilhetinhos apaixonados em um pedaço de guardanapo, ou o beijo de bom dia, somado com o desejo de se comprometer com o cônjuge naquilo que contribui para a sua felicidade , possa ser
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o começo para fazer com que o outro se apaixone novamente . A cada manhã será necessário reviver as atitudes que um dia conquistaram a atenção e o amor do outro. Dificuldades todos os casais também viveram e souberam superar quando somaram aos seus esforços a confiança depositada n'Aquele que os uniu .• José Eduardo de Moura Extraído do boletim "Mensageira" Setor José Bonifácio!SP
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A IMPORTÂNCIA DA CONTRIBUIÇÃO As Equipes de Nossa Senhora são um movimento de espiritualidade, "forma na Igreja uma comunidade espiritual de caráter universal" (Estatutos Canônicos, art. 1° ). No entanto, não constituem um movimento de anjos, e sim de casais humanos, um Movimento que tem necessidades materiais, porque a espiritualidade é vivida neste mundo. Somos "uma associação internacional católica privada, dirigida e administrada pelos fiéis" (E. Canônicos, art. 1°), que é mantida por seus membros. As nossas contribuições destinam-se ao suporte material para a administração e animação do Movimento: a sustentação das várias atividades exercidas pelo Movimento em seus diversos níveis de responsabilidade, a edição e distribuição da Carta Mensal (atualmente 20200 exemplares por edição x 9 12
edições/ano) , serviços de secretaria e tesouraria, manutenção do seu Projeto Vocacional (contribuição das ENS para os seminários) , contribuição para o CNLB e outras. Não podemos deixar de lembrar que a contribuição está entre os 10 Pontos de Unidade do Movimento apontados no manual "Carisma, Mística e Espiritualidade". Desde as origens, as Equipes, que não dispõem de outra fonte de subsistência, pediram a seus membros uma participação financeira e optaram por uma fórmula original: As Equipes pedem a cada casal que contribua, anualmente, com o equivalente ao valor de um dia de trabalho do casal (contribuição que no Brasil, hoje, está dividida em dez parcelas) . Ainda sobre a contribuição, o Guia das ENS , pág. 33 , diz que "uma Equipe de Nossa Senhora não pode viver isolada". Elas consCM 427
tituem um Movimento que tem uma organização destinada a coordenar, animar, ligar, apoiar, servir as equipes e manter a unidade . Uma equipe de base funciona , em primeiro lugar, graças ao engajamento de seus membros e , depois, porque ela é ajudada e nutrida pelo Movimento, com o qual vive em comunhão. A unidade é formada e mantida pelo desejo de progredir juntos, na fidelidade ao espírito e métodos das ENS. A pertença dos membros não somente à equipe, mas também ao Movimento, que é internacional, expressa-se e concretiza-se, como todos sabemos , pela oração do Magnificat todos os dias, pela leitura da Carta Mensal; pela participação nas manifestações e celebrações organizadas pelo Movimento, em seus diferentes níveis; pela hospitalidade e acolhimento aos outros membros das Equipes, quando houver oportunidade; pela aceitação de uma responsabilidade ou participação na organização e na animação do Movimento; e pela contribuição financeira para a sustentação da vida material do Movimento. Há ainda outras considerações sobre a contribuição: embora ela não seja propriamente um serviço, tem um sentido missionário no Movimento, conforme consta no documento O que é uma Equipe de Nossa Senhora, lançado pela ERI em 1976, no qual está expresso que "os equipistas aceitam participar na vida do Movimento e na sua missão apostólica, pela entrega de uma contribuição anual equivalente a um dia de trabalho do casal". CM 427
Ressaltem-se três aspectos da contribuição: 1. A contribuição é uma forma de devolver um pouco do muito que recebemos do Movimento. Para animar a vida das equipes em fidelidade ao Espírito Santo que inspirou o carisma da espiritualidade conjugal e manter a unidade na diversidade regional e internacional em torno deste carisma, o Movimento promove encontros e reuniões da Equipe da Super-Região, do Colegiada Nacional e dos colegiados provinciais, com o objetivo de apoiar a caminhada equipista nos setores e, através destes, nas equipes. Tudo isso tem custos pagos pelo Movimento. 2. É importante estarmos conscientes de que a contribuição representa o esforço do nosso trabalho, dom de nossas vidas , parte daquilo que gratuitamente recebemos de Deus e que repartimos com os irmãos. E exercício da mística da ajuda mútua. 3. O casal consciente e comprometido, sabendo-se membro dessa associação que são as Equipes de Nossa Senhora, oferta ao Movimento o mínimo solicitado que, com a providência de Deus, será suficiente para assegurar a vida material, a animação e a expansão do Movimento. Ninguém, porém, deixe de participar do Movimento por não ter condições de dar sua contribuição monetária. • Extraído do Boletim Eventos (Rio lll. de março de 2008) 13
MINHAS TESTEMUNHAS Padre Caffarel desejava que os casais entrassem numa equipe para aprender a se doar a todos e não para se isolar (cf. CM 1948). Portanto, os casais equipistas são convocados e enviados por Jesus a serem suas testemunhas. Assim, nos falam os Atos dos Apóstolos (4,20): "Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar o que .
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VImOS e OUVImOS .
Desta forma é preciso fazer a experiência do amor, um encontro pessoal com o Senhor, vivenciar o dom da graça da vida plena recebido no batismo. O amor a Deus não se ensina. Ninguém nos ensinou a amar os que nos puseram no mundo ou nos educaram. Não é o ensinamento exterior que nos ensina a amar a Deus. Na própria natureza do ser humano é colocada uma espécie de germe que contém em si o princípio dessa aptidão de amar. É à Escola da Palavra de Deus que compete recolher esse germe, cultivá-lo diligentemente com zelo e dilatá-lo mediante a graça divina. É na Reunião de Equipe que os casais equipistas cultivam o germe que contém o princípio do Amor. "Pois aquele que ama, diz o Senhor, cumpre os meus mandamentos" (Jo 14,23) . "Nutridos com o Pão da Vida e chamados a ser luz para aqueles que buscam a verdade" (LG 35), os casais possuem a missão de testemunhar para os seus filhos no seio da família, para os jovens na sociedade e na Igreja. O Papa João Paulo II, na alocução aos Casais Responsáveis Regionais 14
das ENS, em Roma, no mês de janeiro 2003, exorta os membros das equipes a participar cada vez mais ativamente da vida eclesial, em particular junto aos jovens que aguardam a mensagem cristã do amor humano. Somos co-responsáveis na edificação do Reino. Como Jesus enviou os seus discípulos e não os abandonou, assim também nos envia como testemunhas do ideal cristão na vida conjugal e não nos abandona na luta de conservar o valor do sacramento do Matrimônio acima dos tumultos do nosso tempo. "Estou convosco até o fim". "Enviar-vos-ei o Espírito Santd'. No ministério das pessoas casadas, deve-se também permanecer totalmente seres de compaixão para aqueles que fracassaram. O Cardeal Daneels, primaz da Bélgica, nos fala do ministério das pessoas casadas e dos casais: "Vocês são, de certa forma, as mãos e os pés, a língua e a boca da Igreja num campo especial, o da vida familiar e dos casais. E talvez esteja aí o maior motivo de credibilidade para a Igreja em nosso tempd'. Casais equipistas, vocês podem e devem participar da construção do Reino, dando testemunho do amor doação na vida conjugal e sendo presença junto aos casais e às famílias. Que as famílias encontrem ao longo do seu caminho testemunhas da ternura e da misericórdia de Deus.• Pe. Valdir Bernardo Prím SeE da Região se I - Extraído do boletim Magnificai, da Região Se I CM 427
JUNHO E OS SANTOS POPULARES O mês de junho é lembrado por suas "festas juninas", em que se misturam lendas, folclore e as festas religiosas de grandes santos, como Santo Antônio de Pádua I de Lisboa (dia 13) , São João Batista (dia 24) e os Santos Pedro e Paulo (dia 29). O fato de estes santos protagonizarem festas populares talvez nos seja um convite a reavivar em nós o significado que estas pessoas, que nos antecederam na vida e na fé , têm hoje para a nossa caminhada em busca da santificação. A santidade é vocação de toda pessoa humana, pois o gênero humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. O pecado é uma ação que coloca a pessoa humana em oposição à sua vocação original de ser santo. Quando Deus propõe a Abraão a sua aliança com a humanidade , Ele deseja dar ao homem condições para viver a sua vocação. Por isso Deus diz a Israel: "Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Ex 19,6) e insiste: "Sede santos, porque eu, Iahweh vosso Deus, sou santo". E Jesus Cristo conclama: "Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,49) . Nas comunidades da Igreja primitiva, antes de serem chamados de cristãos, estes se referiam uns aos outros como "santos", o que podemos conferir em várias passagens do Novo Testamento. Entendiam assim , porque Deus lhes comuniCM 427
cou a sua santidade (cf. Hb 12,10) e porque formavam a "família de Deus" (cf. Ef2, 19-22). Por isso São Paulo adverte-nos a vivermos "como convém a santos" (Ef 5,3). Na Igreja, o estado normal do cristão é a santidade, como lembrou o Concílio Vaticano II na Constituição Dogmática Lumen Gentium .
Os santos canonizados , em contraposição aos heróis cantados nos livros de história, são heróis da vivência do Evangelho, pessoas que buscaram pautar suas vidas por uma total participação na caridade de Cristo. A Igreja os coloca à nossa veneração, para que, mirando os seus exemplos de vida, tenhamos mais entusiasmo no seguimen-
Santo Antônio de Pádua
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to de Jesus Cristo, o único Santo. Santo é aquele que completa em si "o que falta à paixão de Cristo" (C! 1,24) . Com os santos, nós formamos o Corpo Místico de Cristo. E todo culto de veneração aos santos recebe sentido pela sua inserção no mistério da Encarnação, Paixão, Morte de Ressurreição de Jesus Cristo, no qual é prestada a verdadeira adoração a Deus.
ma que "entre os nascidos de mulher não surgiu nenhum maior do que ele" (cf. Mt 11,7ss). Grande penitente e o maior dos profetas, preparou o povo para receber Jesus Cristo, de quem não se julga digno nem de desatar-lhe as correias das sandálias. João não tem medo de
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA Era de família de guerreiros . Mas ele resolveu tornar-se religioso. Com o desejo de ser mártir, fezse franciscano e se dirigiu para Marrocos, onde pretendia pregar entre os mouros. Mas uma doença o fez retornar a Portugal. Depois foi para a Itália, onde foi ordenado presbítero, vindo a tornar-se grande pregador e professor de teologia. Faleceu aos 13 de junho de 1231 , em Pádua. Dele podemos aprender a fidelidade às Sagradas Escrituras (no viver, no ensinar e no pregar), a docilidade ao Espírito Santo, o diálogo com os que erram e a dedicação e trabalho junto aos pobres (daí a tradição do pão de Santo Antônio) .
lhes que sigam Jesus, o "Cordeiro de Deus que tira o pecadodomundo", e atesta diante dos faSão João Batista riseus que Jesus é o Rlho de Deus (d. Jo 1,19ss). João nos dá exemplo de humildade, penitência, coragem, fidelidade à verdade e à missão recebida de Deus, integridade na fé e não tolerância diante do permissivismo moral.
SÃO JOÃO BATISTA No dia 24 de junho, a liturgia celebra o nascimento de João Batista (seu martírio é comemorado a 29 de agosto) . Dele conhecemos o pouco que a ele é referido nos Evangelhos, mas o bastante para sabermos que ele não era "um caniço agitado pelo vento". Jesus afir-
SÃO PEDRO E SÃO PAULO Apóstolos O papa João Paulo II, no Angelus de 29 de junho de 2004, assim se refere aos dois Apóstolos: "Pedro e Paulo: o pescador da Galiléia, o primeiro que professou a fé em Cristo; o mestre e doutor que anunciou a salvação às nações. Por vontade da
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divina Providência, os dois chegaram a Roma, onde sofreram o martírio no espaço de poucos anos. Desde então a cidade, que era a capital de um grande império, foi chamada a outra glória: hospedar a Sede Apostólica, que preside à missão universal da Igreja de difundir no mundo o Evangelho de Cristo, Redentor do homem e da história". No Angelus da mesma festa , no ano 2000, o mesmo papa refletia: "Pedro e Paulo são considerados as colunas da Igreja universal. Pedro, a 'rocha' sobre a qual Cristo fundou a sua Igreja; Paulo, o 'instrumento de eleição' para levar o Evangelho às nações. O pescador da Galiléia que, superada a prova dos dias sombrios da paixão do seu Senhor, deverá confirmar na fé os irmãos e apascentar o rebanho de Cristo; o fariseu zeloso que, conver-
tido na via de Damasco, se tornará arauto da salvação que vem da fé. " Ambos selaram "com o sangue o seu testemunho: Pedro, crucificado; Paulo, decapitado. Um, sepultado aos pés da colina do Vaticano; o outro, ao longo da Via Ostiense". De Pedro aprendemos a fé , a disponibilidade ao serviço de Jesus Cristo, a persistência na busca da unidade em torno da Verdade, Jesus Cristo. Pedro representa a unidade da Igreja. Paulo nos deixa a lição do evangelizador apaixonado pela pessoa de Jesus Cristo e pela sua ação redentora. Se Jesus Cristo morreu por todos, todos precisam saber dessa verdade e ele sai a pregar, sem medo, sempre em fidelidade à palavra de Jesus que o chamou à missão. •
São Pedro
São Paulo
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Equipe da Carta Mensal
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O DEVER DE NAMORAR (.. .) Como é bom namorar! Namorar pressupõe uma conquista. E uma conquista implica em pôr em ação as nossas capacidades, nossa inteligência, nossa sensibilidade, o melhor de nós. Então, voltamos um olhar para a nossa juventude, quando os nossos corações palpitavam ao se esboçar uma possível chance de conquistarmos a/o garota/o que nos completaria e, assim, quantos sonhos se diluíram até encontrarmos nossa/o "eterna/o namorada/o". No casamento, é sumamente importante que, sendo duas pessoas , sintamonos formando uma unidade como casal, embora mantendo a nossa personalidade individual. Quando jovens, namoramos, noivamos e, nesse embalar de sonhos, as partes se esforçam para levar a bom termo sua conquista! Depois de algum tempo, chegamos ao casamento. Vamos construir uma célula social, a família, o menor grupo social e, certamente, o mais importante. Tem o casal a graça do sacramento do Matrimônio para que possa enfrentar as dificuldades com ânimo forte , e, como fi18
lhos amados de Deus , atingir a santificação. Na realidade, porém, as coisas não são tão simples! Parece que, depois daquela bela cerimônia, com tantos padrinhos, com tantas assinaturas e uma assistência emocionada, tudo estaria resolvido. É só sermos felizes! Muitas vezes, entretanto, o cônjuge trata o outro como troféu que foi conquistado numa grande competição entre seus pares e que começa, logo nos primeiros anos, a empoeirar-se. Mas ... e o namoro? Onde ficou? Onde andam os nossos sorrisos, nossos bilhetinhos de amor? Nossos elogios sinceros? Nosso olhar de aprovação? Nosso beliscão carinhoso? Nosso afago compreensivo e amigo, mesmo nas horas mais difíceis? O amor, a despeito de todas as dificuldades, de qualquer ordem, tem que continuar. Precisamos conquistar o nosso cônjuge a cada dia que passa. Cadê o nosso charme? Cadê os buquês de flores ou mesmo uma só florzinha, para selar nosso gesto, dizendo: eu te amo e continuarei te amando para todo sempre? O nosso namoro já atingiu a CM 427
maioridade (quase 50 anos) e continuamos com aquele "ciuminho" gostoso, pegar na mão e curtir a presença do outro intensamente. Gostamos realmente de estar juntos . Desde os primeiros dias do nosso casamento quisemos construir uma família bem constituída. É preciso que os cônjuges queiram construir o seu mundo comum, um mundo de amor, compreensão e fé , pois, se temos Deus ao nosso lado, o que deveremos temer? Fomos criados para a felicidade, e esse objetivo precisamos perseguir, não importa quão difícil seja a estrada que trilhamos. Sempre haverá, no meio das pedras e dos espinhos, algumas flores , indican-
do a presença de Deus com sua mão estendida a nos dizer: Bendito és tu que respeitas teu cônjuge, teu filho, teu irmão! Certamente construirás o teu reino na felicidade do teu lar e herdarás o meu reino, porque são teu amor e tua fé que movem o teu agir! Pedimos a Maria que, em sua bondade, abençoe nossas famílias , para que possamos, como equipistas, ser luz, ainda que fraca , a indicar o caminho do amor, da fé e da felicidade. • lo/anda e Teixeira Eq. N. S. Aparecida - Setor E Porto Alegre!RS Extraído da Carta Mensal junlju/1996
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CASAMENTO É UNIÃO Qualquer que seja o tempo do nosso casamento, nós não estamos e nunca estaremos completamente casados. É preciso que nos casemos novamente todos os dias. Quando nosso carro está rodando na estrada, nós abandonamos a direção e os pedais sob o pretexto de que ele está correndo bem? Casar-se é aceitar-se um ao outro e unir-se um ao outro nos três níveis do ser: o físico, o sensível (psíquico) e o espiritual. Não brincamos de anjo nem de animal. Somos humanos. O amor deixado às suas próprias forças não pode ser espontaneamente dom ao outro, porque o CM 427
corpo, se não for penetrado pelo espírito, só pode procurar-se a si mesmo. Se nós quisermos amar, é preciso que nosso corpo seja animado por nosso espírito e que nosso espírito esteja habitado pela graça de Deus. Mas, nesta vida, jamais acabaremos de nos conquistar inteiramente e, portanto, de nos dar e amar totalmente um ao outro. Nós nunca acabaremos de realizar o nosso casamento. Não é fácil não guardarmos nada para nós mesmos, nem o corpo, nem o coração, nem o espírito; não é fácil amarmos autenticamente, mas nós temos toda a vida pela frente, 19
para ajudarmo -nos um ao outro a amar. Ferida pelo pecado, nossa natureza ávida, egoísta, impele-nos a nos apropriarmos das coisas e das pessoas. Ela nos desvia do dom. Na encruzilhada do nosso amor, erguer-seá sempre uma cruz. Mas, do alto da cruz, Cristo eternamente nos convida à união. Na morte a nós próprios, unamo-nos à sua morte e ele nos unirá à sua ressurreição. Em nosso caminho encontramos muitos casais caminhando de mãos dadas: é fácil unir os corpos ... Encontramos muito menos casais caminhando com os corações entrelaçados: é mais d ifícil unirem-se com ternura. Encontramos muito poucos unindo estreitamente aquilo que há neles de mais profundo: muito poucos desposaram a alma do outro. Desposar a alma é pôr em comum, por meio da confidência, todas as idéias, reações, impressões, hesitações, amarguras, projetas, sonhos, alegrias, desânimos, todo o nosso mundo interior e sua evolução. Desposar a alma é, pelo diálogo, criar nos dois a mesma vontade de acolher e amar os outros, de encontrar Deus e unir-se a Ele . Nós conversamos para resolver a compra de um imóvel, para planejar as férias , para observar o rendimento dos estudos dos nossos filhos. Mas, será que examinamos 20
regularmente a profundidade do nosso casamento? Somos hoje , mais "um" do que ontem, e amanhã se-lo-emos mais ainda? Se quisermos amar, é preciso que nos deixemos transformar, pois, pelo amor nós nos abrimos mutuamente um ao outro a uma nova maneira de ver, de sentir, de agir, de compreender, de rezar; uma nova maneira complementar que enriquece a ambos. Pelo dom quotidiano do amor nós nos "fecundamos" mutuamente, em todos os planos. Aceitamos nascer de novo e seremos, por assim dizer, "recriados" lentamente. É por isso que o amor autêntico é forçosamente indissolúvel. Se vivermos o sacramento do Matrimónio, ter-nos-emos tornado um para o outro infinitamente preciosos e inesgotáveis, porque nos teremos dado um ao outro o Deus Amor.• H. Aparecida e José Osório Eq. 6 - Itu-SP Extraído da CM n.264, maio/1990 CM 427
40ANOS DA REGIÃO PARANÁ NORTE Em 1968 Pe . Clemente, sacerdote recémordenado que viera de Curitiba, convidou-nos para integrarmos uma equipe de casais. No dia 29 de Junho, com a presença do casal piloto Dalva e Wandique, de Curitiba, tendo como SCE o Pe. Clemente, aconteceu a primeira reunião com 7 casais. Nascia a primeira Equipe de Casais do Movimento Equipes de Nossa Senhora em Londrina. O início do Movimento na cidade não foi fácil. Com muita perseverança e com o testemunho e a dedicação do casal piloto, que não media esforços para se fazer presente mensalmente, durante um ano, para a pilotagem da nossa Equipe, vencemos os desafios dos primeiros anos com a assistência espiritual do Pe. Clemente. Com as orientações recebidas do Movimento, sentíamos aumentar as nossas responsabilidades . Acreditando realmente que Jesus nos chamara pelo nome : "Vem e segue-me", na missão que Ele nos dera: "Ide e evangelizai", e na sua paternal promessa: "Eu estarei convosco", ao nosso sim outros sim foram acrescidos, de outros casais , com a assistência espiritual de tantos sacerdotes que nos acompanharam . Hoje, prestes a comemorarmos CM 427
no dia 29 de Junho de 2008, os 40 anos de nossa Equipe e do início do movimento das ENS em Londrina, louvamos a agradecemos a Deus por tudo o que recebemos nesta caminhada, tanto na nossa vida conjugal, familiar e comunitária, como no crescimento e expansão das ENS. O movimento das ENS na Região Paraná Norte, com a expansão havida, está assim distribuído: Londrina, com 3 setores, perfazendo 26 equipes; Setor Astorga, com 8 equipes em Astorga, 2 em Munhoz de Mello e 3 em Pitangueira, num total de 13 equipes; Setor Toledo, com 8 equipes em Toledo, 4 em Ouro Verde D'Oeste e 2 em Grandes Rios, totalizando 14 equipes; Setor Bandeirantes, com 8 equipes, e o Setor Cascavel com 7 equipes. O Senhor fez por nós maravilhas.• Doroty e Wanderley Eq. lC - N. S . Rainha dos Apóstolos Londrina/PR 21
JUBILEU DE DIAMANTE Fráter Nicácio Huiscamp comemorou 60 anos de vida consagrada no dia 19 de março de 2008. Nascido em 'SHertogenbosch (Holanda) , no dia 12 de abril de 1931 , ingressou como religioso na Congregação dos Fráteres de Nossa Senhora Mãe de Misericórdia aos 19 de março de 1948. A sua congregação se dedica principalmente à formação e ao ensino da juventude. Ele está no Brasil desde 1963, sempre trabalhando em formação, seja na congregação seja no Colégio Padre Eustáquio, em Belo Horizonte/MG . Acompanha a Equipe Nossa Senhora da Luz desde 1999. É constantemente requisitado para pregações de retiros e para palestras em sessões de formação das ENS . No dia 16 de março último, durante um Sessão de Formação Nível II, os membros da Equipe, junto com seus filhos, participaram de uma celebração eucarística, em ação de graças pelo jubileu de diamante de vida religiosa do Frater Nicácio. Um ato marcante e que a todos emocionou. Parabéns, Fr. Nicácio!
HJUIP[<; NOVAS • Equipe Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Setor CascaveVPR - Região Paraná Norte. • Equipe Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Ribeirão Pires/SP - Setor ABC III - Região São Paulo Sul I.
ORDENAÇÃO DIACONAL Frei Marcelo Araújo foi ordenado Diácono, no dia 31 de março de 2008, pela imposição das mãos do Bispo Diocesano de Afogados da lngazeira/PE, Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu , OFMCap , em cerimônia realizada na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Maceió/AL. Frei Marcelo acompanha a Equipe Nossa Senhora de Cáritas, Setor C de Recife/PE. Os casais do Setor C se alegram muito com a ordenação de nosso irmão Marcelo, que segue sua missão a serviço do Evangelho de Jesus Cristo.
Graça e Klecius Eq. 5 - N. S. da Luz do Setor C Belo Hozonte!MG
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ORDENAÇÃO PRESBITERAL Pe. André Mariano Flávio, no dia 26 de janeiro de 2008, foi ordenado presbítero na Paróquia São João Batista de Jundiaí/SP. Presidiu a ordenação D. Paulo Mascarenhas Rocha, bispo Emérito de Mogi das Cruzes. Pe. André pertence à Congregação dos Oblatas de Maria Virgem. É SCE da Equipe Nossa Senhora da Luz do Setor de Vinhedo/SP. Cídínha e Gat1 Eq. l\1 S. da Luz - Vinhedo; SP
PARTIRAM PARAACASA DO PAI • Terezinha Correia Lima de Matos, do Francisco Conceição, no dia 3 de abril de 2008. Membro da Equipe Nossa Senhora da Conceição, do Setor C de Manaus/AM. • Maria Alaíde Machado de Paula, no dia 13 de abril de 2008. Integrava a Equipe Nossa Senhora das Graças - Assis/SP. • Marcelo Antônio Ferreira da Silva, da Maria José Mendes Silva (Zizi) , no dia 20 de março de 2008. Integrava a Equipe Nossa Senhora do Sagrado Coração, do Setor C de Recife/PE. • Mariano Domingues da Silva, de Sidinha Gomes Domingues da Silva, no dia 11 de março de 2008. Integrava a equipe Nossa Senhora da Boa Vontade, do Setor C de Recife/PE. • Darcy Nunes Gusso, no dia 20 de abril de 2008. Integrava a Equipe 2 do Setor A da Região São Paulo Capital I. • Pedro Armando Téo, da Cecilia, no dia 20 de abril de 2004. Pertencia à Equipe Nossa Senhora Santíssima VIrgem, do Setor B de Rio Claro/SP. • Luiz de Oliveira Moi, da da Laura, no dia 8 de abril de 2008. Era membro da Equipe Nossa Senhora Mãe Rainha - Setor D de Belo Horizonte/MG . • Maria Aparecida Nunes Panisio, do Pedro Panisio, no dia 29 de dezembro de 2007. Integrava a Equipe Imaculada Conceição Aparecida, do Setor A de Piracicaba/SP. • Padre Luiz de Almeida Castro, no dia 30 de março de 2008. Sacerdote da Ordem Premonstratense, foi ordenado presbítero no dia 30 de novembro de 1953. Foi Sacerdote Conselheiro Espiritual de equipes em Piracicaba/SP. • Elmano, da Dayse Barbosa, no dia 23 de agosto de 2007. Equipista há 37 anos, integrava a Equipe 28 do Setor B-Rio de Janeiro/RJ. CM 427
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DEVOÇÃO MARIANA E CULTO DAS IMAGENS 1. Depois de ter justificado doutrinariamente o culto da Bem-aventurada Virgem, o Concílio Vaticano II exorta todos os fieis a se tornarem os seus promotores: "Muito de caso pensado ensina o sagrado Concílio esta doutrina católica, e ao mesmo tempo recomenda a todos os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem , sobretudo o culto litúrgico, que tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovado no decorrer dos séculos pelo Magistério" (LG 67). Com esta última afirmação os padres conciliares, sem chegar a determinações particulares, queriam reafirmar a validade de algumas orações como o Rosário e o Angelus, caras à tradição do povo cristão e freqüentemente encorajadas pelos Sumos Pontífices, como meios eficazes para alimentar a vida de fé e a devoção à Virgem. 2. O texto conciliar prossegue pedindo aos crentes que "mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das imagens de Cristo, da Virgem e dos santos" (LG 67) . Repropõe assim as decisões do II Concílio de Nicéia, que se realizou no ano de 787 e confirmou a legitimidade do culto das imagens sagradas contra quantos queriam destruílas, considerando-as inadequadas para representar a divindade . 24
(... )A Lumen Gentium quis reafirmar a legitimidade e a validade das imagens sagradas em relação a algumas tendências que têm em vista eliminá-las das igrejas e dos santuários, a fim de concentrar toda a atenção em Cristo. 3. O II Concílio de Nicéia não se limita a afirmar a legitimidade das imagens, mas procura ilustrar a sua utilidade para a piedade cristã: "Com efeito, quanto mais freqüentemente estas imagens forem contempladas, tanto mais os que as virem serão levados à recordação e ao desejo dos modelos originários e a tributar-lhes, beijando-as, respeito e veneração" (DS 601) . Trata-se de indicações que valem de modo particular para o culto da Virgem. As imagens, os ícones e as estátuas de Nossa Senhora, presentes nas casas, nos lugares públicos e em inúmeras igrejas e capelas, ajudam os fiéis a invocar a sua presença constante e o seu misericordioso patrocínio nas diferentes circunstâncias da vida. Ao tornarem concreta e quase visível a ternura materna da Virgem, elas convidam a dirigir-se a Ela, a suplicar-lhe com confiança e a imitála, acolhendo com generosidade a vontade divina. Nenhuma das imagens conhecidas reproduz o rosto autêntico de Maria, como já reconhecia Santo Agostinho (De Trinitate 8,7) ; contudo, ajudam-nos a estabelecer reCM 427
lações mais vivas com Ela. Deve ser encorajado, portanto o uso de expor as imagens de Maria nos lugares de culto e noutros edifícios, para sentir a sua ajuda nas dificuldades e o apelo a uma vida cada vez mais santa e fiel a Deus. 4. Para promover o correto uso das sagradas efígies , o Concílio de Nicéia recorda que "a honra tributada à imagem, na realidade, pertence àquele que nela é representado; e quem venera a imagem, venera a realidade daquele que nela é reproduzido" (OS 601) .
Assim , adorando a imagem de Cristo, a pessoa do Verbo Encarnado, os fiéis realizam um genuíno ato de culto, que nada tem em comum com a idolatria. De maneira análoga, ao venerar as representações de Maria, o crente realiza um ato destinado em definitivo a honrar a pessoa da Mãe de Jesus. A autêntica doutrina mariana é assegurada pela fidelidade à Escritura e à Tradição, assim como aos textos litúrgicos e ao Magistério. A sua característica imprescindível é a referência a Cristo: tudo, de fato, em Maria deriva de Cristo e para Ele está orientado. 5. O Vaticano II exorta, porém, os teólogos e os pregadores a evitaCM 427
rem tanto exageros como atitudes de demasiada estreiteza na consideração da dignidade da Mãe de Deus. E acrescenta: "Estudando, sob a orientação do Magistério, a Sagrada Escritura, os Santos Padres e Doutores e as Liturgias da Igreja, expliquem como convém as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, todos os quais dizem respeito a Cristo, origem de toda verdade, santidade e piedade" (LG 67) . 6. O Concílio oferece, por fim , aos crentes alguns critérios para viverem de maneira autêntica a sua relação filial com Maria: "E os fiéis lembrem-se de que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé , que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes" (LG67) . Com estas palavras os Padres conciliares advertem contra a "vã credulidade" e o predomínio do sentimento. Eles têm em vista , sobretudo, reafirmar que a devoção mariana autêntica , proce dendo da fé e do amoroso reconhecimento da dignidade de Maria, impele ao afeto filial para com ela e suscita o firme propósito de imitar as suas virtudes. • João Paulo II
A Virgem Maria, p . 163-165 25
DEVER DE SENTAR-SE NO DIA DOS NAMORADOS O Dever de Sentar-se é um PCE para cuja prática os casais continuam encontrando maiores dificuldades. Daí porque partilhamos um pouco da nossa vivência: Para um Dever de Sentar-se inesquecível, observamos alguns detalhes importantes: • Marcamos um dia e uma hora para isto, como por exemplo, o Dia dos Namorados, um final de semana especial ou o dia de aniversário de casamento ... • Consideramos este agendamento como o encontro entre duas pessoas que se amam, com a expectativa e o ardor da época de namoro. Portanto, a este encontro não faltamos sob pretexto algum. • Agendamos um tempo longo, para que não sejamos traídos pela pressa . • Desligamos o telefone, deixamos os filhos nos tios, avós ou esperamos que durmam. • Escolhemos uma música que nos traga lembranças especiais do namoro ou casamento. • Para este mês dos namorados, pensamos em algo original: fazer o Dever de Sentar-se em algum parque ou um lugar diferente. Costumamos fazer uma pequena meditação sobre o texto maravilhoso de São Paulo, conhecido como Hino à Caridade. Às vezes, substituímos a palavra "caridade", que consta na maioria das tradu26
ções, pela palavra "amor", entendendo que se trata do amor ágape, o mais profundo nível de sentimento e entrega que se pode ter em relação a outra pessoa. Então, relembramos e refletimos um pouco sobre os primeiros momentos em que nos conhecemos, tentando lembrar dos detalhes mais importantes , mais interessantes , mais engraçados, enfim, aquilo que constituiu a "pedra fundamental" da construção do amor entre nós dois. Ajuda-nos muito nesse momento rever fotografias do tempo de namoro, noivado e casamento. Para conduzir esse momento de reflexão e diálogo, costumamos fazer-nos perguntas como: No primeiro momento nosso, o que me atraiu a você? Um gesto, uma imagem, uma coincidência, ou um(a) amigo(a) deu um "empurrãozinho" ... ? Foi fácil manter o primeiro diá-
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logo? Qual de nós tomou a iniciativa? Houve reciprocidade no primeiro instante? Houve dificuldades na "paquera"? - No tempo de namoro, já pensávamos em Deus como agente do nosso encontro? Já entendíamos que Ele nos havia colocado no caminho um do outro? Depois de tantos anos, como vemos o amadurecimento de nosso amor? Estamos evoluindo? Sabemos aceitar melhor as limitações do nosso cônjuge? Não esquecemos de continuar conquistando um ao outro a cada dia? O que podemos fazer para melhorar? Conseguimos perceber uma presença mais marcante de Deus em nossas vidas? E os filhos , são eles a expressão do amor que nos une? Sabemos dividir o tempo de modo a dar a atenção necessária a eles, sem deixar de reservar alguns momentos para nós? O que podemos melhorar nesse aspecto? - Aqueles para quem ainda não
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vieram os filhos poderiam se perguntar se estão planejando a chegada deles com amor, de modo que venham a tornar sua família ainda mais feliz. - Com o passar do tempo, nosso Matrimônio nos está conduzindo para mais perto de Deus? Acrescentamos ainda outras perguntas que nos possam ajudar a desenvolver o diálogo, com sinceridade. Ao final , fazemos uma oração, agradecendo a Deus por todos os momentos felizes que tivemos até hoje, e também pelas dificuldades pelas quais passamos, pelo fortalecimento que nos veio através delas ... Agradecemos por todas as qualidades do cônjuge e pedimos a Deus que nos oriente a aceitar as atitudes do cônjuge que não nos agradem e nos dê forças para melhorar naquilo que depende de um esforço um pouco maior, seja individual, seja em casal. • Rozeli e Marina Equipe 1 - Campo Largo/PR
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APRENDAMOS A DIALOGAR COM O SENHOR APÓS MEDITAR SUA PALAVRA A palavra meditar, que parece estar na "onda", mas com significados bem diferentes dos que a tradição católica lhe deu ao longo dos séculos, quer dizer: acolher a Palavra, confrontar-se com a Palavra. É um encontro sereno e tranqüilo com o Deus da vida, que entra e começa a fazer parte da nossa história. Como digo sempre, "não podemos ser só ouvintes da Palavra, mas praticantes". Só ao praticar o que cremos é que mostramos a nossa fé e autenticidade e nos tornamos testemunhas qualificadas diante de Deus. Hoje em dia, fala-se muito da /ectio divina , que não é outra coisa senão a escuta da Palavra, que deve ser meditada, rezada, contemplada e vivida. São cinco palavras-chave que não podemos esquecer: • Ler a Palavra; • Meditar a Palavra; • Rezar a Palavra; • Contemplar a Palavra; • Viver a Palavra. Sem interiorização da Palavra de Deus, não há vida espiritual. Nada há de melhor depois de termos lido, meditado a Palavra do Senhor, do que dialogar com Ele, abrindo nosso coração para lhe di28
zer tudo o que se passa em nós. É no diálogo amoroso, onde amamos e nos sentimos amados, que todos os traumas são superados e vencidos para sempre. Deus, na verdade, é o melhor psicólogo, aquele que nos cura em profundidade. Ele nos conhece e sabe de que e como somos feitos. A leitura ou a escuta da Palavra de Deus nos provoca e nos leva necessariamente a falar com Deus, ou melhor, a abrir-lhe o nosso coração com toda simplicidade. Estamos "de coração nas mãos" , como diz o povo, e colocamos no coração de Deus tudo o que se passa dentro de nós. Toda cura e toda terapia se realizam pelo diálogo, por meio do qual assumimos a nossa realidade de pecadores. Todo trauma colocado diante de Deus - com confiança - se torna "mosquito", perturba , mas não atrapalha, porque o amor de Deus é maior do que nós. Ele vai queimando tudo no fogo de seu amor CM 427
e nos libertando para que possamos viver na dignidade de filhos , e filhos muito amados. Mas tudo começa pelo diálogo. Sem este seremos incompletos, fugitivos e a nossa vida não terá sentido. É o amor que flui em nós e canta como água cristalina que
borbulha na sua nascente. Não tenhamos medo de Deus, Ele nos ama e o seu amor nos "restaura"!• Frei Patrício Sciadini (Artigo extraído do livro "Como rezar") Colaboração de Donizeti da Silvia Eq. Madre de Deus, Setor B Mogí das Cruzes!SP
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LEVAI OS FARDOS UNS DOS OUTROS Estamos nas Equipes para nos ajudarmos uns aos outros a caminhar para o Senhor. Ora, há um meio que é proposto para esse fim , que é a partilha na reunião de equipe: "Depois da oração, lê-se na Carta, consagrase um momento à partilha sobre as "obrigações". Praticar essa partilha sobre os PCE e apelar com toda a simplicidade para a cooperação fraterna, surge na linha da verdadeira caridade evangélica. A partilha versa sobre os Pontos Concretos de Esforço. Mas estes não são meios simplesmente justapostos. Inscrevem-se nas linhas de força da nossa vida cristã: O aprofundamento da nossa fé , a nossa relação pessoal com Deus, a relação do nosso casal com o Senhor, as relações de caridade no interior da nossa família, preparando a sua abertura aos outros, no acolhimento e no apostolado. Alem disso, estas "obrigações" (meios de aperfeiçoamento) têm por fim educar pacientemente o nosso cresciCM 427
menta em Cristo: nos enganaríamos, portanto, se nos contentássemos em praticar os PCE de um modo formalista, sem nos preocuparmos em integrar na nossa vida as exigências evangélicas a que eles chamam a atenção. Esta justa noção dos Pontos Concretos de Esforço como meios de aperfeiçoamento esclarece o sentido da nossa partilha em equipe. E, antes de mais, o que ela não é . Como o simples cumprimento material das obrigações não basta, não se pode reduzir a Partilha a uma pura contabilidade, em que a única preocupação do responsável da equipe seja apontar e somar. Uma vez que os PCE têm por fim estimular a nossa marcha para o Senhor, também a Partilha não se deve transformar em cumplicidade, em que cada qual desculpa as deficiências dos outros para melhor se fazer perdoar as suas: seria associarmo-nos na mediocridade. O que é então a partilha? A Carta nos fala do apelo à co29
operação fraterna , na linha da verdadeira caridade evangélica. Trata-se, antes de mais, de uma cooperação espiritual, tal como a que São Paulo recomenda aos Gálatas (6,1): "Levai os fardos uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo". Nós caminhamos por uma estrada onde encontramos dificuldades, uma estrada longa onde o cansaço nos espreita. Temos necessidade dos outros para ver claro e agir com perseverança. Eis-nos no âmago da partilha: uma busca comum dos caminhos do Senhor relativamente a cada um dos nossos casais e um estimulante para estes avançarem por eles. De modo que, através dos Pontos Concretos de Esforço, fazemo-nos juntos esta pergunta: Que resposta dá ao Senhor a nossa família , o nosso casal, cada um de nós? A Partilha toma outra dimensão: Trata-se, por exemplo, da oração? Não diremos apenas: "Temos feito (ou não) regularmente a oração", nem mesmo: ''Aqui está o meio que nós achamos para interessar nela aquele nosso filho ... ", mas, sobretudo: "Eis o que a oração nos fez descobrir, pensar, realizar... Procuramos a forma de viver em família a Semana Santa ... " Cada qual manifestará, assim, como tenta intensificar as suas relações com Deus na sua vida e na vida do seu lar. Vejamos o caso do tema de estudo: Por-se-á primeiro, na equipe, a questão de saber se foi estudado ou não. Há o risco de a rotina instalar-se bem depressa. Então, perguntamos mais especificamente: O tema 30
foi estudado em separado? Em casal? Foi recordado várias vezes durante o mês? Veremos, em seguida, se ele nos conduziu à finalidade pretendida: a descoberta da nossa fé e da sua inserção na vida; e, se conveniente , completá-lo por outros meios: leituras, conferências etc. Nesta busca, a ajuda dos outros parece indispensável para que haja descoberta sincera e não procura de facilidade. A questão não é, pois, unicamente saber se mantemos um compromisso, mas realizar, com o apoio da equipe, uma progressão humilde e difícil na direção escolhida. A Partilha aparece, então, como uma interrogação sobre a nossa vocação e sobre os meios a que recorremos para realizá-la. Através das nossas tentativas, dos nossos êxitos, dos nossos fracassos , tais como os expomos aos nossos companheiros de equipe, estes podem, muitas vezes melhor do que nós, apreciar o sentido da nossa resposta. Colocamo-nos, assim, para lá, tanto da boa consciência do que cumpre pontualmente os PCE , como da má consciência do que não o consegue, mas que, apesar disso, avança conforme as suas forças e a fidelidade à graça atual que Deus lhe concede. Não sejamos, todavia, irrealistas. Uma partilha desta qualidade não se obtém de repente. Atinge-se progressivamente, por uma autêntica vida de equipe. Mas deve-se saber que é possível, que existe, e desejála e trabalhar para realizá-la. • Reunidos em Nome de Cristo, Caderno 9, p. 22-24 CM 427
O AMOR DE DEUS MANIFESTADO NA CARl DADE A busca incessante da santificação do casal leva-nos a estar sempre mais próximos de Deus, pois somente nesta proximidade se aprende a amar e a conhecer o amor. O amor que Deus quer é a plenitude humana: afeto, inteligência, sentimento e corporeidade. Dentro deste pensamento estamos aprendendo a sair de nós para amar o outro, como outro. Amá-lo por si mesmo, como Deus ama cada pessoa humana, é cultivar a liberdade e a alteridade, é promover a diferença. E o nosso equilíbrio pessoal e conjugal é fruto da nossa constante e amorosa escuta da Palavra de Deus que nos permite viver a vocação conjugal e aos poucos ir desvelando o amor plenitude. Com a graça divina vamos descobrindo que a caridade é a alma da santidade. Ao exercer a caridade não procuramos os nossos próprios interesses. O menor de nossos atas praticado na caridade irradia benefícios a todos, ao casal, à família e à equipe. Testemunhamos Cristo na sociedade à medida que praticamos a caridade. O mundo carece de nosso testemunho, quer pela nossa forma de viver o sacramento do Matrimônio, quer pela palavra de aconselhamento, orientação, consolo e animação. A caridade é misericordiosa e a atitude mais significativa de um coração misericordioso é pedir e CM 427
conceder perdão. Mas a caridade não descuida de suprir os necessitados de bens corporais, como o alimento, a moradia, a saúde ... A oração conjugal realizada diariamente nos faz discernir a vontade do Senhor, que espera que sejamos entusiastas e realistas, casais que experimentam o amor e a felicidade e, assim, pela vivência da caridade em nossas vidas, testemunhemos a caridade dos projetas de Deus. A caridade nos impele a assumir a conjugalidade, com domínio de si mesmo e espírito de doação ao outro. Impulsiona-nos a viver o nosso "dois numa só carne" como testemunhas da fidelidade e da ternura de Deus num mundo marcado pela competição, injustiças, violência e desamor. A nossa verdadeira missão é viver o amor, empenhando-nos para que a justiça e a fraternidade residam no mundo, construindo no mundo a civilização do amor, para que aconteça já aqui o Reino de Deus. Jesus Cristo, pela sua vida, paixão e morte, demonstrou que é possível viver até às últimas conseqüências o amor a Deus e ao próximo. Nele temos, por meio da fé na sua ressurreição, a esperança de também nós participarmos da vida eterna, na plenitude do Reino de Deus. • Vera e Messias Eq. N. S . do Amor, Setor A Vargínha/MG 31
CO-PARTICIPAÇÃO- PRÁTICA DA CARl DADE EVANGÉLICA A Co-participão é um momento privilegiado na Reunião Mensal de uma equipe de Nossa Senhora . É esperada com ansiedade pelo equipista para, entre irmãos nos quais confia e acredita, revelar o que de especial aconteceu no decorrer do mês antecedente à reunião. Alegrias e .dores, sucessos e insucessos, vitórias e pequenas derrotas que o afligem. É na humildade e na simplicidade da escuta de outros irmãos que encontramos o alívio, a esperança e, por que não, até a luz no fim do túnel. É neste momento que uma verdadeira equipe se revela, na medida em que um se apóia no outro para pedir conselho, ajuda, ou ao menos, uma palavra de conforto, cada vez que sente necessidade . Pe. José Otácio, acompanhando uma equipe em pilotagem, enfático, repetia para os casais: "este é o momento de rasgar o coração". Num mundo onde muitos se sentem solitários, poucos conseguem esta oportunidade de abertura em ambiente de confiança que o movimento das ENS proporciona . Quantos equipistas evitaram prolongar infortúnios e dissabores, após rasgarem seus corações na reunião de equipe? Quantos medos foram deixados para trás, quantas angústias dissolvidas e quantos caminhos novos se abriram! É claro que não temos, humanamente, o poder de resolver to32
das as dores e problemas dos irmãos. Mas, para descobrir e corresponder à preocupação de Deus para conosco, é preciso que nos ajudemos mutuamente ante a presença viva e atuante do Pai. Ele nos ouve , orienta e nos acompanha: "Que todos sejam um, assim como Tu, Pai, estás em mim e eu em Ti" (Jo 17,21) . Ao abrir o coração, no momento da Co-participação, alguns princípios devem ser seguidos e obedecidos, para seu bom andamento e para a colheita de bons frutos. São eles: 1. Distinguir entre Co-participação e Partilha. Como dizia Padre Olivier, "Há muita confusão, mesmo em equipes mais experientes (... ) No fundo, é uma questão de convenção, é um vocábulo convencional, bastante arbitrário. Mas é preciso distinguir as realidades". 2. O tempo previsto para a Coparticipação é limitado. Cada casal deve preparar antecipadamente o que colocará aos seus irmãos. No entanto, se houver um casal que esteja enfrentando problema específico em sua vida, sugere-se que ele entre em cantata com o Casal Responsável da Equipe, para que lhe seja concedido todo o tempo da Coparticipação, a fim de expor e solicitar ajuda para a sua dificuldade. Qualquer que seja a CM 427
fórmula adotada, é preciso agir com grande flexibilidade . Em particular, o programa previsto deve ser modificado toda vez que um dos membros da equipe enfrentar algum problema importante, sobre o qual ele espera ajuda dos seus irmãos de equipe na reunião. Contudo, reine o bom senso. Um casal não pode achar que só ele tem problemas, para pretender, em todas as reuniões, monopolizar sobre si o tempo da Co-participação. É importante lembrar sempre de que se trata de um espírito a ser vivido, e não de uma regra a ser cumprida. 3. Muitas equipes vêm encontrando caminhos de amenizar suas preocupações, realizando reuniões informais, que, além de contribuir para o espírito de união e ajuda mútua entre os seus membros, permite também, de forma natural e, por que não, num clima de descontração e alegria, expor aquilo que mais causa aflição, até a realização da próxima Reunião Mensal. 4. Antes de ser palavras e depois
gestos, a Co-participação é uma atitude de alma, uma vontade de pôr em comum, um desejo de não guardar para si o que se tem , uma humildade que faz desejar receber dos outros o que não se tem. E o mais gratificante é a certeza da discrição absoluta, do sigilo dentro da própria equipe, de forma que os casais sintam total confiança em se abrir na sua pequena comunidade, na certeza de que o que ali for falado ninguém comentará fora da reunião. "Nós vos exortamos, irmãos: admoestai os indisciplinados ; reconfortai os pusilânimes; suportai os fracos; sede pacientes para com todos. Vede que ninguém retribua o mal com o mal; procurai sempre o bem uns dos outros e de todos" (1Ts 5,14-15). Que a Co-participação seja um exercício freqüente de amor a Deus e de amizade fraterna e cristã ao próximo! • Ednéia e Cícero Extraído do boletim Enfoques Região Rio IV
Cada casal é chamado a testemunhar seu amor, amando verdadeiramente seus irmãos de equipe. Isto nem sempre é fácil (. ..) o amor pregado por Cristo pressupõe que saibamos ver as qualidades no meio dos defeitos dos que integram a equipe. Pressupõe o perdão ... Amar seus irmãos de equipe é acolhê-/os nos momentos de alegria e de tristeza, alegrando-se com os que estão felizes e compartilhando as dificuldades dos que vivem momentos menos felizes. Reunidos em Nome de Cristo, caderno 13, p. 1
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UM GRANDE CONSELHEIRO Pe. Luís de A. Castro, SCE de Piracicaba, entregou sua alma a Deus, no dia 30 de março de 2008. Tivemos o privilégio de conhecer Pe. Luís, mais de perto, quando servimos como Casal Ligação da Equipe Nossa Senhora de Lo urdes- Setor A, durante três anos. Dava-nos a impressão de que, diante da equipe de que era Conselheiro, seu lema era sempre o mesmo: "É dever do sacerdote promover a vocação dos esposos na sua vida conjugal e familiar pelos vários meios pastorais, pela pregação da Palavra de Deus, pelo culto litúrgico e por outros recursos espirituais, bem como, humana e pacientemente, fortificá-los nas suas dificuldades e confortá-los com caridade, para que se formem famílias que sejam verdadeiros focos de luz". Enquanto sua saúde permitiu , colocou-se ao lado da equipe para uma caminhada de crescimento que ela esperava empreender, vivendo o ministério correspondente à sua vocação, formando "uma pequena Igreja", levando aqueles casais, unidos a Cristo, a se tornarem testemunhas vivas do matrimônio, de Igreja e de nosso Movimento. Sua presença era força viva para o crescimento da equipe naqueles anos, sempre à disposição para iluminar, orientar e aprofundar as atitudes dos casais à luz do Evangelho, auxiliando-os, animando-os e 34
fortificando-os em seus progressos. Tudo isto fermenta-se de importância diante da figura singela de Pe. Luís. Pequeno em estatura , grande nos propósitos. Manso nas atitudes, audaz nos ensinamentos. Humilde de coração, grandioso na força de vontade. Confiante na caminhada de "portador da Palavra de Deus ", sem jamais dispensar a vivência e força da oração continuada. Perplexo, às vezes, diante do mundo em que vivia, sem desistir diante dos desafios que a vida lhe impunha. Sorriso tímido que contagiava e acolhia sempre. Voz suave e até acanhada, que conduzia pelos ensinamentos que pronunciava. Como SCE, pode-se dizer que ele dedicou-se a realizar tudo o que os casais de sua equipe esperavam dele. Zelava pela fidelidade aos objetivos do Movimento, ajudando os casais a não se esquecerem deles e a vivenciá-los. Presença constante nas atividades do Movimento e , principalmente, na vida dos casais de sua equipe querida. Que bonito era sentir o seu prazer em acompanhar os casais não apenas nas reuniões e atividades do movimento, mas nas festas , passeios, viagens para as quais sempre era convidado e dificilmente deixava de estar presente . Ele mostrava ter a convicção de que "valia a pena dedicar-se a uma equipe e ao Movimento". CM 427
Certamente ele era recompensado pelo carinho e respeito dos casais da Equipe N. S. de Lourdes, pelos filhos desses casais, que desde pequenos acompanhavam a equipe, pela participação ativa da equipe no Movimento, vivenciando o sacramento do Matrimônio como um lugar de santificação, testemunhando a espiritualidade conjugal, transbordando a graça de Deus e, principalmente, comprometendo-se com a Igreja e Jesus Cristo. Assim, Equipe e SCE, Matrimônio e Ordem, realizavam uma comunhão perfeita, tornavam-se uma só força, numa densidade fundamental para a missão à qual foram convocados . Como um "bom pastor", aconselhou com muito carinho sua
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equipe, que se deixou por ele orientar durante quase dezesseis anos. Quando fomos nos despedir dele, estava tranqüilo e sereno, até parecia rejuvenescido, estava revestido de Deus. Diante dele não pudemos pensar pequeno sobre seu papel, seu testemunho de grande conselheiro para as Equipes de Nossa Senhora. Sentimos que a pequena chama do Pe. Luís foi grande e propagou bênçãos, porque sua resposta como SCE não foi mesquinha, foi completa. Que seu exemplo seja um estímulo a todos que tiveram a alegria de conhecê-lo. • Sonia e Zequinha Eq. N. S. do Rosário - Setor A Piracicaba/SP
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A PRESENÇA DA EQUIPE Deus nos envia as pessoas certas, no momento certo. Em 2002, eu e meu esposo entramos no Movimento das ENS , maravilhados com o testemunho de um casal equipista. A vida transcorria bem, até que num dos exames rotineiros de saúde, minha médica sugeriu que eu procurasse um mastologista. Ao fazêlo, recebemos a notícia de que eu teria de fazer uma punção ou biópsia. Começou o nosso "calvário'': era câncer de mama muito grave. A cirurgia foi marcada. Toda a equipe estava sempre ao meu lado. Esperaram-me às 6 horas da manhã, na porta do hospital e nos dirigimos CM 427
todos à capela para rezar o terço e pedir a proteção da Mãe Santíssima. Na véspera, nosso SCE ministrou-me o sacramento da Unção dos Enfermos. Fiquei emocionada e eternamente grata. O fragmento que fora para a biópsia apresentava um resultado desesperador: era de um tipo invasivo, infiltrante, com margens comprometidas. O oncologista sugeriu a retirada não só da mama esquerda , onde estava o tumor, mas, por prevenção, a retirada também da outra, a que estava sã. Foi marcada e realizada nova cirurgia, que durou dez horas. E a Equipe lá, firme , orando, apoian35
do os familiares. Recebi novamente a Unção dos Enfermos. O apoio do nosso SCE jamais será esquecido por nós. Em casa, a recuperação foi demorada e sofrida. A minha Equipe, porém, sempre esteve presente, alguns até me lavando sopa, outros me visitando, telefonando, cuidando da minha recuperação! A oração unia a todos. Os meus parentes de
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sangue estão longe, mas os irmãos de fé estão aqui e continuam presentes em minha caminhada. Atenta ao que Jesus disse, posso dizer: entreguei a Ele o meu fardo e, por meio de minha Equipe, Deus o tornou leve! • Wania e Fernando Equipe 3 E- Região Centro-Oeste I Extraído do Informativo da Região Centro-Oeste I
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DEVER DE SENTAR-SE, UMA GRAÇA DE DEUS Estamos nas Equipes de Nossa Senhora há 10 anos, após participarmos de uma Experiência Comunitária. Tivemos também a bênção de sermos pilotados por um casal que testemunhava a espiritualidade conjugal e tinha um carinho todo especial pelo Movimento. Grande influência esse casal teve sobre o nosso crescimento espiritual , na equipe e no Movimento. Nunca vamos esquecer o seu empenho em mostrar, explicar e testemunhar os princípios do Movimento, o seu carisma e sua mística e o porquê de vivenciar os PCE. Viver em equipe é cada dia aprender a fazer a vontade de Deus, aprender a escutá-lo, ir ao encontro do irmão necessitado e crescer espiritualmente. A vivência dos PCE é uma bênção, uma dádiva de Deus aos casais que querem chegar à santidade no e através do sacramento do Matrimônio. No iní36
cio, não foi tão fácil viver essa experiência em casal. Houve vezes em que nos sentamos para prestar contas, cobrar, nos acusar. Hoje, graças a Deus, temos consciência de que o Dever de Sentarse acontece na presença de Deus, e esta é a razão para que tudo termine bem. O bem estar e a leveza que sentimos quando realizamos nosso Dever de Sentar-se traduz-se num olhar, num aperto de mão, num forte abraço em silêncio, que mostram e nos fazem sentir a real presença de Deus em nossas vidas. O Dever de Sentar-se nos pode trazer crescimento espiritual e conjugal: maior capacidade de compreensão, ouvir melhor o cônjuge, capacidade de ajudar o cônjuge a caminhar junto, silenciar quando necessário em favor do cônjuge ... O Dever de Sentar-se para o casal é luz, graça, força e bênção de Deus e isso nos ajuda a viver CM 427
cada vez melhor nossa missão de casados. Sabemos que nossa missão não é fácil , porém os PCE nos ajudam muito na caminhada. Hoje, louvamos e agradecemos a Deus por nos ter escolhido para participar do Movimento e, assim, poder
viver a maravilha do sacramento do Matrimônio e testemunhá-lo a outros casais, como missão própria a nós delegada por Jesus Cristo. • Célia e David Eq. N. S. do Rosário- Setor A Região Norte I
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POR ONDE ANDARÃO NOSSAS CARTAS MENSAIS? No início do ano, uma pergunta nos inquietou: O que fazer com tantas Cartas Mensais? O espaço para guardá-las estava cada vez mais escasso, pela quantidade de documentos guardados nestes 23 anos de pertença ao movimento das Equipes de Nossa Senhora, sem nunca termos deixado de receber a Carta Mensal. Resolvemos tirar um dia para conferi-las, uma a uma. O primeiro exemplar que manuseamos foi o Caderno n° 1 de Reunidos em Nome de Cristo, 23 páginas de conteúdo excelente. (Durante a pilotagem, os casais recebiam a coleção Reunidos em Nome de Cristo - Equipes Novas- com 16 cadernos, para estudo e conhecimento do Movimento) . Examinando cuidadosamente cada exemplar, um sentimento de culpa começou a brotar em nós, por termos pensado, mesmo por um momento, em nos desfazer deste tesouro, que somente nós das ENS possuímos. São artigos, testemunhos, informações ... que fazem parte de nossa história conjugal e familiar e, quer queiramos ou não, têm-nos trazido incentivos imporCM 427
tantíssimos em nossa caminhada. Por nos tocar mais de perto, começamos a catalogar todos os artigos encaminhados por equipistas da nossa região como, por exemplo, "Adquirindo novos hábitos" (abril de 1986), ''Atitudes de vida e coerência interior" (dezembro de 1991) e tantos outros. Nossa intenção é selecioná-los em apostilas e guardálos como se guarda um tesouro, a fim de poder manuseá-los sempre. Certamente todos devem estar curiosos para saber o destino que demos a tantas edições da Carta Mensal, verdadeiros documentos. Pois bem, reservamos-lhes um lugar especial e de fácil acesso, a fim de que, sempre que precisarmos de um incentivo na caminhada, possamos contar com palavras amigas, orientações importantes, artigos e testemunhos que irão ajudar sobremaneira a fortalecer nossa fé e, com certeza, a vencer tantos obstáculos, como acontece até hoje, cada vez que recebemos e manuseamos a Carta Mensal.• Dirce e Mourão Eq. N. S . da Glória- Setor A Belém!PA 37
SOBRE O TEMA DE ESTUDO Em 2008, com o tema Testemunhas a serviço dos casais, o Movimento nos faz novo desafio: o de sermos presença de Cristo na Igreja e no mundo como testemunhas do casamento cristão. O tema é palpitante e nos está ajudando a discernir, de maneira objetiva, o fato de sermos membros de uma comunidade cristã de casais, reflexos do amor de Cristo e, portanto, destinadas a viver a plenitude do mandamento do amor. Sabemos que não existe amor a Jesus, nem vida sob a sua influência, onde esta não desemboca no compromisso com os outros. "Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros" (Jo 13,34b). O amor é o fundamento de toda a vida cristã. O amor aos outros é a prova do amor de Deus no homem e ele haverá de ser visível nas comunidades cristãs. As características das relações interpessoais no mundo atual são muito influenciadas por uma série de circunstâncias que, por vezes, ajudam a fortalecê-las e consolidálas, mas, em outros casos, as tornam superficiais. É a cultura que condiciona a forma com que se relacionam as pessoas: princípios, valores, significados, usos, costumes etc. A reflexão sobre estes elementos que regem as nossas relações no mundo de hoje, servirão para fixarmos uma posição crítica diante deles. Ao analisá-los e avaliá-los, veremos como estão nossas relações com nossos filhos , parentes, amigos, co38
legas de trabalho e outros. Os meios de comunicação (rádio, televisão, jornais etc.) manipulam as informações que nos chegam, tornando-as úteis ou inúteis, verdadeiras ou falsas , interessantes ou supérfluas. As tragédias, corrupções, delitos são tão difundidas nos horários nobres que nós, como meio de defesa, aos poucos nos vamos tornando insensíveis a elas. Na televisão e no cinema os temas mais explorados sobre casais são aqueles que apresentam infidelidade e pornografia. É claro que ainda são apresentadas informações construtivas, que nos podem levar a um crescimento espiritual. Entretanto, diante desse quadro, se as pessoas que vivem nas cidades, cercadas por muita gente, não tiverem uma família bem estruturada, elas sentir-se-ão cada vez mais solitárias e muitas procurarão consolo na bebida, nas desordens sexuais e até no suicídio. Hoje temos facilidades para comprar mais, temos casas maiores, mas não temos tempo para utilizar estes bens. Vivemos mais tempo, mas não sabemos viver com alegria. Geralmente, o homem e a mulher trabalham, são dois salários, mas o casal quase não se encontra, não há diálogo, o tempo passa, a rotina se instala, favorecendo o surgimento de divórcios. Os valores hoje são descartáveis, pois criou-se a cultura da tolerância: situações com as quais CM 427
não concordamos , mas com as quais convivemos e até as aceitamos, "desde que não me afete". Aprendemos que a vida é uma permanente competição e com isso nós nos esquecemos da necessidade de partilhar as coisas materiais, o nosso tempo, o nosso carinho, os nossos conhecimentos... Como os valores são relativos, muitos dos que têm oportunidade de tirar proveito de um cargo público, de um negócio escuso, o fazem. Por isso assisti-
mos a tantas notícias de corrupção, de subornos, de peculatos ... Como cristãos católicos e equipistas aprendemos que vale a pena lutar e divulgar os verdadeiros valores, o acolhimento e o bom relacionamento entre todos. Cabe a nós testemunhar que os valores de Jesus Cristo são o único meio de devolver ao mundo a justiça, a paz e o amor.• Ísis e Ronaldo Eq.N. S. Aparecida - Setor A Três eorações!MG
TESTEMUNHAR SEM CESSAR Em sua última Carta Encíclica, Spe Salvi, o Papa BentoXVI nos conclama a sermos perseverantes na oração, lembrando que, quando já ninguém nos escuta, Deus ainda nos ouve. Que, quando já não podemos falar com ninguém, nem invocar mais ninguém, a Deus sempre podemos falar, pois Ele pode nos ajudar. O Papa deixa claro a importância da oração como Escola da Esperança Cristã. Nosso movimento em 2008 nos conclama a sermos testemunhas. E para de fato testemunharmos nosso matrimônio e o amor que nos une, necessitamos orar sem cessar, ter convicção de nossa missão e ter sempre esperança em nossa caminhada. Se Deus nos chama a esta missão é porque nos ama! É hora de vivenciarmos esse Deus da verdade, do amor e do bem. É momento oportuno de como operários de Deus (cf. 1Cor 3,9) colaborarmos para a salvação do mundo. A vida humana é um caminho. Jesus é nossa luz, "um sol erguido sobre as trevas". Como chegar até lá? Como ser também luz? Buscando forças em Maria, que o Santo Padre chama de Estrela da Esperança. É a Mãe de Deus que nos ensina a crer, esperar e amar. É ela que nos indica o caminho para o Reino do Pai. Que possamos sempre dar testemunho, sem cessar e de maneira explícita, da grandeza e beleza do amor humano, do matrimônio e da família . Que sejamos verdadeiramente um casal apóstolo do sacramento do Matrimônio.• Sarita e Mário, eRR se I Extraído do boletim Magnificat. da Região se I
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DISCURSO DO PAPA BENTO XVI Aos participantes do Congresso promovido pelo Pontifício Conselho para os Leigos por ocasião do 20° aniversário da publicação da Carta Apostólica "Mu/ieris Dignitatem".
Sábado, 9 de fevereiro de 2008 Caros irmãos e irmãs
É com verdadeiro prazer que recebo e saúdo a todos vós que participais do Congresso Internacional sobre o tema: "Mulher e homem, o humanum na sua integridade" , organizado por ocasião do XX aniversário da publicação da Carta Apostólica Mulieris dignitatem. (... ) O tema sobre o qual estais a refletir é de grande atualidade: da segunda metade do século XX até hoje, o movimento de valorização da mulher nos vários setores da vida social suscitou inúmeras reflexões e debates, tendo visto a multiplicação de muitas iniciativas que a Igreja Católica seguiu e muitas vezes acompanhou com interesse atento. A relação homem-mulher, na respectiva especificidade, reciprocidade e complementaridade, constitui, sem dúvida, um ponto central da "questão antropológica", tão decisiva na cultura contemporânea. São numerosas as intervenções e os documentos pontifícios que tocaram a realidade emergente da questão feminina. Limito-me a recordar os pronunciamentos do meu amado predecessor João Paulo II que, em Junho de 1995, desejou escrever uma Carta às Mulheres, e até ao dia 15 de agosto de 1988, exatamente há vinte anos, 40
publicou a Carta Apostólica Mu/ieris dignitatem . Este texto a respeito da vocação e da dignidade da mulher, de grande riqueza teológica, espiritual e cultural, inspirou, por sua vez, a Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo, da Congregação para a Doutrina da Fé.
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Na Mu/ieris dignitatem , João Paulo II quis aprofundar as verdades antropológicas fundamentais do homem e da mulher, a igualdade em dignidade e a unidade dos dois, a radicada e profunda diversidade entre o homem e a mulher e a sua vocação à reciprocidade e à complementaridade, à colaboração e à comunhão (cf. n. 6). Esta unidade dupla do homem e da mulher baseia-se no fundamento da dignidade de cada pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, que "os criou homem e mulher" (Gn 1,27) ,
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evitando tanto uma uniformidade indistinta e uma igualdade nivelada e depauperada, como uma diferença abismal e conflitual (cf. João Paulo II, Carta às Mulheres, 8). Esta unidade dual traz consigo, inscrita nos corpos e nas almas, a relação com o outro, o amor pelo outro, a comunhão interpessoal, indicando "que na criação do homem foi inscrita também uma certa semelhança da comunhão divina" (n. 7) . Portanto, quando o homem e a mulher pretendem ser autónomos e totalmente auto-suficientes, correm o risco de permanecer fechados numa auto-realização que considera como conquista de liberdade a superação de cada vínculo natural, social ou religioso, mas que de fato os reduz a uma solidão opressora. Em vista de favorecer e sustentar a promoção real da mulher e do homem, não se pode deixar de ter em conta esta realidade. Sem dúvida, é necessária uma renovada investigação antropológica que, com base na grande tradição cristã, incorpore os novos progressos da ciência e o dado das hodiernas sensibilidades culturais, contribuindo deste modo para aprofundar não somente a identidade feminina, mas inclusivamente a masculina, também esta não raramente objeto de reflexões parciais e ideológicas. Diante de correntes culturais e políticas, que procuram eliminar ou pelo menos ofuscar e confundir as diferenças sexuais inscritas na natureza humana, considerando-as uma construção cultural, é necessário evocar o desígnio 41
de Deus que criou o ser humano homem e mulher como uma unidade e ao mesmo tempo uma diferença originária e complementar. A natureza humana e a dimensão cultural integram-se uma à outra num processo amplo e complexo, que constitui a formação da própria identidade, onde ambas as dimensões, a feminina e a masculina, se correspondem e se completam. Inaugurando os trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em maio do ano passado no Brasil, tive a oportunidade de recordar como ainda persiste uma mentalidade machista que ignora a novidade do cristianismo, o qual reconhece e proclama a igual dignidade e responsabilidade da mulher em relação ao homem . Existem lugares e culturas em que a mulher é discriminada ou subestimada unicamente pelo fato de ser mulher, onde se faz recurso até a argumentos religiosos e a pressões familiares, sociais e culturais para sustentar a desigualdade dos sexos, onde se perpetram atos de violência contra a mulher, tornando-a objeto de sevícias e de exploração na publicidade e na indústria do consumo e da diversão. Diante de fenômenos tão graves e persistentes, parece ainda mais urgente o compromisso dos cristãos para que se tornem em toda a parte promotores de uma cultura que reconheça à mulher, no direito e na realidade dos acontecimentos, a dignidade que lhe compete. 42
Deus confia à mulher e ao homem , segundo as suas próprias peculiaridades, uma vocação e missão específicas na Igreja e no mundo. Penso aqui na família, comunidade de amor aberto à vida, célula fundamental da sociedade. Nela a mulher e o homem, graças ao dom da maternidade e da paternidade, desempenham em conjunto um papel insubstituível em relação à vida. Desde a sua concepção, os filhos têm o direito de poder contar com o pai e com a mãe, para que cuidem deles e os acompanhem no seu crescimento. O Estado, por sua vez, deve apoiar com políticas sociais adequadas tudo aquilo que promove a estabilidade e a unidade do matrimônio, a dignidade e a responsabilidade dos cônjuges, o seu direito e a sua tarefa insubstituíveis de educadores dos filhos . Além disso, é necessário que inclusivamente para a mulher se torne possível colaborar para a construção da sociedade , valorizando o seu típico "gênio feminind'. Queridos irmãos e irmãs, agradeço-vos mais uma vez esta vossa visita e, enquanto formulo votos de pleno bom êxito dos trabalhos do Congresso, asseguro-vos uma lembrança na oração, invocando a intercessão materna de Maria, para que ajude as mulheres do nosso tempo a realizar a sua vocação e a sua missão na comunidade eclesial e civil. Com estes bons votos, concedo-vos a vós aqui presentes e às pessoas que vos são queridas, uma especial Bênção Apostólica. • (Libreria Editrice Vaticano) CM 427
CNBB: NOTA EM DEFESA DA VI DA HUMANA Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 463 Assembléia Geral, fiéis à nossa missão evangelizadora e aos compromissos assumidos na Campanha da Fraternidade de 2008, com o tema "Fraternidade e Defesa da Vida" e o lema "Escolhe, pois, a Vida" (Dt 30,19), reafirmamos nosso empenho pela valorização, defesa e promoção da vida humana. A vida humana é sagrada. O direito à vida fundamenta quaisquer outros direitos. Desde a fecundação até seu declínio natural, a vida é fruto da a ção criadora de Deus, "Senhor e Amigo da Vida" (Sb 11 ,26) , e permanece sempre em relação com Ele, seu único fim . Cabe ao ser humano a responsabi-
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!idade de acolher e fazer frutificar este inestimável dom divino. O Magistério da Igreja defende o direito à vida, bem primário fundamental em qualquer fase de desenvolvimento ou condição em que se encontra. A vida humana não pode ser instrumentalizada, violada ou destruída, devendo, pois, ser defendida sempre que ameaçada ou fragilizada. Convidamos todos a se unirem a nós na defesa da vida, repudiando as tentativas de legalização do aborto em nosso País. Tal ato é moralmente inadmissível, pois faz muitas vítimas: a criança suprimida, a mãe isolada nos seus sentimentos de culpa e psicologicamen-
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te enferma, o pai que aprovou ou não se opôs e demais familiares . As mães que não consentem na prática do aborto, lutam e sofrem para gerar seus filhos , merecem nosso apoio e valorização. As mães que passaram pela triste experiência do aborto consentido, uma vez arrependidas, contem com a misericórdia divina que supera toda fraqueza humana (cf. Documento de Aparecida, 469g). A ciência e a técnica têm contribuído para o desenvolvimento no âmbito da saúde e para o prolongamento da vida humana. Porém, "aquilo que é tecnicamente possível não é necessariamente, por esta mera razão, admissível do ponto de vista moral" (Donum vitae , Introdução, 4) . A busca de qualidade de vida através das pesquisas científicas deve ser coerente com os princípios da inviolabilidade da vida humana, da lei natural e do mandamento "não matarás" (Ex20,13), que devem ser respeitados sempre. Reconhecemos, com gratidão, as pesquisas feitas em favor da vida, de modo particular, no que diz respeito às células-tronco adultas em vista à sua aplicação terapêutica. Lembramos que os princípios éticos devem sempre orientar os estudiosos e os cientistas para que a vida humana seja respeitada na sua integridade , desde a sua concepção até seu declínio natural. Na célula inicial há tudo o que a natureza predispõe para o desenvolvimento da nova vida. O embrião humano deve ser respeitado e tratado como um ser humano 44
desde a sua fecundação e, por isso, desde esse mesmo momento, develhe ser reconhecido o direto inviolável de cada ser humano à vida (cf. João Paulo II , Evangelium Vitae , 60). Essa afirmação encontra apoio e plena correspondência .nos direitos essenciais dos próprios indivíduos, reconhecidos e tutelados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem que, em seu artigo 3°, reconhece que "todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal" . O uso de embriões humanos e a sua destruição para a pesquisa científica, bem como a sua crioconservação, violam o mais fundamental de todos os direitos, o direito à vida e a indissociável dignidade da pessoa humana, expressos nos artigos 1°, III e 5°, caput, da Constituição Federal. O artigo 4° do Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos) , ratificado pelo Brasil em 25 .09.1992, também estabelece que "toda pessoa tem o direito a que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente". Aguardamos o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal que votará a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), de número 3.510. Esperamos que a vida humana seja defendida incondicionalmente . Agradecemos o trabalho de muitos cientistas e pesquisadores da área biomédica e de juristas que CM 427
defendem a vida a partir de princípios éticos. Agradecemos também a dedicação de agentes da saúde, de parteiras, de socorristas, das Frentes Parlamentares em favor da vida, das associações Pró-Vida, das pastorais e movimentos, de catequisias e lideranças da Igreja e de todas as pessoas de boa vontade que defendem a vida com o testemunho de fé e cidadania. Conclamamos todos, especialmente os fiéis de nossas Dioceses e Paróquias, à realização de gestos concretos em favor da vida, tais como: centros de acolhida da mãe gestante , a prática da adoção, a doação de sangue e de órgãos para transplantes, a difusão dos "10 Mandamentos do Motorista", a constituição de Comissões Dia-
cesanas de Bioética, a Semana Nacional da Vida e a celebração anual do Dia do Nascituro, em 8 de outubro. Jesus Cristo, fonte da Vida, pela intercessão de sua Mãe, venerada com o título de Nossa Senhora Aparecida , Padroeira do Brasil, abençoe o povo brasileiro e proteja a todos no compromisso pela promoção e defesa da vida. • Itaici, lndaiatuba/SP, 10 de abril de 2008 Dom Geraldo Lyrio Rocha - Arcebispo de Mariana, Presidente da CNBB Dom Luiz Soares Vieira - Arcebispo de Manaus, Vice-Presidente da CNBB Dom Dimas Lara Barbosa Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Secretário-Geral da CNBB
DEFENDERA VIDA HUMANA SEMPRE Assistimos hoje a novos desafios, que nos pedem ser voz dos que não têm voz. A criança que está crescendo no seio materno e as pessoas que estão no ocaso de suas vidas são exigência de vida digna que grita ao céu e que não pode deixar de nos estremecer. A liberalização e banalização das práticas abortivas são crimes abomináveis, como também a eutanásia, a manipulação genética e embrionária, ensaios médicos contrários à ética, pena de morte e tantas outras maneiras de atentar contra a dignidade e a vida do ser humano. Se quisermos sustentar um fundamento sólido e inviolável para os direitos humanos, é indispensável reconhecer que a vida humana deve ser defendida sempre, desde o momento da fecundação. De outra maneira, as circunstâncias e conveniências dos poderosos sempre encontrarão desculpas para maltratar as pessoas. Documento de Aparecida, 467. CM 427
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AMENINA QUE TROUXE ESPERANÇA Há muito tempo, em um planeta distante, existia um lugar em que todas as pessoas tinham pressa. Algumas corriam para ganhar dinheiro, outras para nunca perderem o horário, outras para limpar a casa ... Ninguém se preocupava em saber por que corria. Ninguém sabia quando esse corre-corre tinha começado. E, como todos estavam apressados, ninguém podia parar e descobrir para quê correr tanto. Até que um dia chegou àquele lugar um casal de recém-casados. Ambos haviam sobrevivido a um triste terremoto que destruíra seu lugar de origem. Compraram um pequeno terreno, e o jovem marido construiu três pequenos cômodos e se instalou com a esposa. Como ninguém parava, os moradores do lugar nem se deram conta de que estava sendo construída ali uma casa. Só repararam que, numa manhã de sol, a pequenina casa apareceu erguida. O homem começou a cultivar o pequeno terreno. Acordava com o sol e se recolhia com ele. Com paciência e cuidado, a sua esposa cuidava das flores e de uma horta. Um dia , um homem muito apressado tropeçou numa pedra perto da casa do casal e caiu. Ajovem esposa foi lá acudi-lo: -Não precisa parar o seu serviço por minha causa, disse o homem se levantando. - Faço questão de que o senhor entre e tome um copo de água, enquanto limpo a sua camisa. 46
Fazia tempo que aquele homem não recebia atenção. Ficou sem jeito, mas acabou entrando. Espantou-se com a beleza daquela casa simples. Chegando do cultivo da terra, o marido beijou a esposa e cumprimentou o convidado que, sentado, esperava a tapioca que no tacho ardia. - Vocês não se apressam para nada? perguntou o convidado. - E vocês não esperam por nada? contrapôs o jovem, sorrindo. Os dois riram. Só aí o tal homem reparou que a bonita jovem estava esperando um bebê. Há muito tempo não se via uma mulher grávida ali. Crianças, nem pensar! Cadê o tempo para cuidar delas? -Vocês vão ter um filho? Perguntou, incrédulo. - Estamos esperando uma menina que se chamará Clara. -E por que Clara? -Porque ela é a primeira semente que nascerá após a destruição do lugar de onde viemos. Significa a que reluz, a menina brilhante. - E quanto tempo ainda falta para ela nascer? Mostrou-se interessado. - Faltam três meses, respondeu a mulher, servindo um café quente ao homem que acolhera. -Tudo isso? Ah, é muito tempo! - Para ver nascer a esperança? De jeito nenhum! Enquanto esperamos, preparamo-nos para recebêla com muito amor e atenção. Naquele momento, o homem entendeu que a pressa nos impede CM 427
de ouvir, de enxergar as pessoas, cuidar delas ... A pressa nos impede de amar. Ele agradeceu o lanche e foi para
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a sua casa. Só então percebeu como aquele dia estava bonito! • Colaboração de Auxiliadora e José Fq N S . de Fátima -Forqui/ha!CE
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CINCO MINUTOS POR DIA Conheci uma moça que gostava de ler e meditava todos os dias. Depois de casada, vinha ainda confessar-se, mas tinha abandonado toda a leitura espiritual e toda a meditação. Eu insistia com ela regularmente, mostrando-lhe que sua vida cristã se enfraquecia desde que ela já não a alimentava. Mas ela sempre me dizia: "Ah, bem se vê que V. R. não é mãe de famuia. Mamadeira, mingau, berço, coqueluche ... evidentemente, tudo isso não lhe diz nada!" Certo dia, em lugar de sua resposta habitual: "Pois bem, seja, disse-me ela; que quer que eu faça?" - Ao sair da igreja, vá a uma papelaria, respondi-lhe, e compre um lápis vermelho. - ?! - Chegando à sua casa, escolha um lugar onde tenha sempre à mão o lápis vermelho e os Evangelhos. Leia então cada dia o Evangelho: cinco minutos, nem um mais, nem um menos. Para essa leitura, tome um fio condutor, seja a caridade fraterna, a penitência, as relações de Cristo com o seu Pai ou qualquer outro assunto, e sublinhe de vermelho todos os textos que se refiram ao tema escolhido. Persuadida de que uma mãe de família pode encontrar nos atas e nas palavras de Cristo um guia para CM 427
o educador, ela empreendeu uma busca de todos os textos que dissessem respeito à educação. Passavam-se os meses. Conscienciosamente, com o lápis na mão, ela lia o Evangelho, cinco minutos por dia. Por vezes, confessava-me ter ultrapassado os cinco minutos regulamentares: "Não faça isso ... mamadeira, mingau, coqueluche , isso não lhe diz nada?! " Terminada a leitura, copiou em fichas as passagens sublinhadas, sempre à razão de cinco minutos por dia. Depois classificou suas fichas, e, triunfante, trouxe-me o seu pequeno tratado de educação segundo o Evangelho. Esse trabalho a tinha apaixonado de tal forma , que conseguiu comunicar sua paixão ao filho mais velho (8 anos) , que se tornou em breve perito nas ciências evangélicas! Tive disso uma interessante experiência. Um dia, durante uma refeição em casa deles, o menino me interroga: -Senhor Padre, posso pedir-lhe uma informação sobre o Evangelho? Não sem algum contentamento, preparo-me para comunicar-lhe minha ciência ... - Senhor Padre, quantas espécies de animais há no Evangelho? - Hum ... mais ou menos uma dúzia, meu pequeno Guy! 47
-Uma dúzia? Há trinta! E Guy começou a fazer desfilar em boa ordem a caravana dos animais evangélicos: o camelo, o porco, o jumento, o mosquito ... A mãe saboreava uma deliciosa desforra ... E eu ... uma amarga confusão. Eu gostaria que cada um de vós consagrasse ao menos cinco minutos por dia à leitura do Evangelho.
Francamente, mesmo numa vida sobrecarregada, credes que isso seja impossível? Eu não. Quanto ao resultado, posso garantir-vos: o Evangelho tornar-se-á o vosso grande amigo. • Extraído do Livro O Amor e a Graça, do Padre Henri Caffarel Colaboração de Luciano e Te/les Equipe N. S . Desatadora dos Nós Setor C - Niterói/RJ
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A ARANHA Uma vez um homem estava sendo perseguido por vários malfeitores que queriam matá-lo. O homem, correndo, virou em um atalho que saía da estrada e entrava pelo meio do mato e, no desespero, elevou uma oração a Deus da seguinte maneira: - Deus Todo Poderoso, fazei com que anjos venham do céu e tapem a entrada da trilha para que os bandidos não me matem! Nesse momento escutou que os homens se aproximavam da trilha onde ele se escondia e viu que na entrada da trilha apareceu uma minúscula aranha. A aranha começou a tecer uma teia na entrada da trilha. O homem se pôs a fazer outra oração, cada vez mais angustiado: - Senhor, eu vos pedi anjos, não uma aranha. Senhor, por favor, com tua mão poderosa coloca um muro forte na entrada da trilha, para que os homens não possam entrar e me matar... Então ele abriu os olhos, esperando ver um muro tapando a en48
trada e viu apenas a aranha tecendo a teia. Os malfeitores se aproximavam da trilha na qual ele se encontrava, e ele já esperando apenas a morte. Quando passaram em frente da trilha, o homem escutou: - Vamos entrar por esta trilha. - Não! Não está vendo que tem até teia de aranha? Nada entrou por aqui. Continuemos procurando nas próximas trilhas. Fé é crer no que não se vê , é perseverar diante do impossível. Às vezes pedimos muros para estarmos seguros, mas Deus pede que tenhamos confiança nele para deixar que sua Glória se manifeste , mesmo que seja por uma teia de aranha, que nos dá a mesma proteção de uma muralha. Nunca desanime em meio às lutas, siga em frente . É nos momentos mais difíceis que encontramos em Deus a nossa força .• Denise e Wellington Eq. N. S . da Assunção Pindamonhangaba/SP CM 427
MEDITANDO EM EQUIPE Entre os santos celebrados ao longo do mês de junho, encontra-se a figura de São Paulo. Ele foi ardoroso seguidor de Jesus Cristo, após seu encontro com Ele às portas de Damasco. Grande apóstolo, dedicado e altruísta, Paulo é exemplo de conversão pessoal. Cabe lembrar que o Papa Bento XVI convocou a Igreja para celebrar um Ano Paulino, ou seja, um Ano Jubilar dedicado ao apóstolo Paulo, de 28 de junho de 2008 até 29 de junho de 2009, para celebrar o bimilenário de seu nascimento.
ESClJ A DA PALAVRA F.M ATOS 9,1-19 Sugestões para a meditação: 1. Que sugere a vocação de Paulo para cada um de nós, como cristãos? 2. Qua is foram as mudanças operadas na vida de Paulo após o seu encontro com Jesus Cristo? 3. Que pistas a vida de Paulo traz para o casal e para a família? Pe. Geraldo
(Is 52, 7-1O)
Como são belos, sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz, do que proclama boas novas e anuncia a salvação, do que diz a Sião: "O teu Deus reina". Eis a voz das tuas sentinelas; ei-las que levantam a voz, juntas lançam gritos de alegria, porque com os seus próprios olhos vêem a Javé que volta a Sião . • Regozijai-vos, juntas lançai gritos de alegria, ó ruínas de Jerusalém! r Porque Javé consolou o seu povo, ele redimiu Jerusalém. ' Javé descobriu o seu braço santo aos olhos de todas as nações, e todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus. P
MAGNIFICAT O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! A minh'alma engrandece o Senhor exulta meu espírito em Deus, meu Salvador; Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! Seu amor para sempre se estende, sobre aqueles que o temem; Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos; Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; Sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada. Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor; Como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém
O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome!
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