Eq u ip es d e No ssa Se nhora
EDITOR IA L Da Carta Mensal ...... ........ ..... .. ....... O1
SUPER-R EG IÃO A fertilidade da quaresma .... ...... .. 02 Oração conjugal e a união de almas .......... ...... ..... ...... 03 Henri Caffarel 1903 - 1996 Textos escolhidos .... .. ............. .. ... ... 04
V I DA NO MOVIMENTO Encont ros Provinciais de 2008 ..... . 13 O papel do CRE ...... ........... ... ...... .... 15 FL ORIANÓPOLI S 2009 Encont ro Nacional 2009 ....... ... ... .. . 18 Logomarca do 2° Encontro Nacional ENS Bra sil .. ...... .. .... .. .. ..... 19 O Hino do Encontro ... ...... .. ......... ... 20 NOTÍC IA S E I NFORMAÇÕES . ... . 21
CORREIO DA ERI O sentido do servir o espírito de serviço .... .... .............. 06 As equipes satélites ...... ... ... .. ... ... ... 11
AMIGOS DO PADRE CA FFARE L Novo Proced im ent o de Adesão e Renovaçã o .... ..... ..... .. 24
ENCARTES DESTA EDIÇÃ O
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VOLTAR ÀS FONTES Pe. Avelino Pertile OCD Encontro do Colegiada Nacional de 2008
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ÍNDICE GERAL DAS PUBLICAÇÕES DA CARTA MENSAL EM 2008
Registro "Lei de Imprensa" n• 219.336 livro B de 09.10.2002
Equipe da Carta Mensa l Graciete e Gambim (responsáveis)
Avani e Carlos
Cartas, colaborações, notí-
Clélia e Domingos Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz B. Hackmann
cias, testemunhos e imagens Nova Bandeira Prod. Ed.
devem ser enviadas para:
R. Turiassu, 390 - 11° andar,
cj. 115 - Perdizes- São Paulo Fone: (Oxx11) 3473 .1282
Catherine E. Nadas (mtb 19835)
Roberta S. Gambim
Alessandra Carignani
21.300 exemplares
Prol
R. Luis Coelho, 308 5° andar • conj. 53 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 Fax: (Oxx11 ) 3257.3599
cartamensal@ens.org.br
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Queridos irmãos e irmãs:/ Estamos escrevendo a apresentação desta edição 433 da Carta Mensal, no dia 24 de dezembro de 2008. O Evangelho da liturgia deste dia traz o canto de Zacarias, bendizendo e exaltando a Deus que, com "coração misericordioso", vem "conceder que, sem temor, ... O sirvamos com santidade e justiça" ... (cf. Lc 1,67-79) . A alegria de Zacarias nos remeteu à insistência que o Movimento sempre faz sobre o objetivo das ENS, que é ajudar os casais a serem santos. Entretanto, muitas vezes, temos a impressão de que não olhamos com alegria para a santidade. Parece que não lembramos de louvar e agradecer a Deus pela salvação e até consideramos o bem a fazer como um peso a carregar. Refletimos, então, que precisamos libertar-nos da ideia de um Deus "cobrador", que talvez a tenhamos recebido no berço, e , como Zacarias, sentir Deus como o Ubertador, o Salvador, Aquele que nos quer fazer participantes da sua infinita alegria. Assim, pensamos que esta Carta Mensal poderá ser lida na perspectiva de que tudo o que fizermos seja um louvar e bendizer a Deus que nos salva. O período quaresmal, nos anima Frei Avelino, então, será um tempo fecundo para renovarmos o amor conjugal, e a Oração Conjugal, ênfase para 2009 , da qual nos falam Graça e Roberto, será um bendizer na alegria o Deus
que vem fortalecer a nossa união, fazendo Ele próprio uma aliança de amor conosco. Fazer da vida cristã um ato de louvor a Deus, muito mais do que uma moral a cumprir, levar-nos-á a rever com alegria a inspiração fundadora das Equipes, estudando a obra de Pe. Caffarel. Voltaremos às fontes, para encontrar a única fonte da água que jorra para a vida eterna, a qual somente Jesus Cristo nos dá, como medita Frei Avelino, na palestra encartada nesta edição. Voltaremos às fontes como quem procura um tesouro. Iremos à Fonte, para encontrar o Amigo, com quem temos muito que conversar, confidenciar... O Senhor também chama para o seu serviço. Ele chama os amigos! Nossa resposta, então, será de gratidão pela confiança em nos fazer seus servidores. Tomados de entusiasmo criativo, buscaremos para Ele novos amigos. Obs .: 1. Além do encarte da palestra de Pe. Frei Avelino, esta edição traz destacável o Índice Geral das Cartas Mensais de 2008. Obs. 2 : Em janeiro de 2009, entraram em vigor novas regras ortográficas da Língua Portuguesa. Perdoem-nos os irmãos se alguma norma não foi seguida, porque nem tudo já está assimilado para as devidas correções. :>1"01
Avelino Gambim CR Carta Mensal
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A FERTILIDADE DA QUARESMA Caríssimos, que 2009 seja um ano de colheitas abundantes! O verbo plantar conjuga-se simultaneamente com o verbo colher. Que Deus nos mostre o caminho que leva ao vale onde corre a água pura da fertilidade , Jesus Cristo. A semente precisa de água para germinar e a planta, para crescer. A força da fertilidade está aprisionada no coração da semente, mas esta força precisa da provocação da água para explodir e mostrar o que contém. Colher abundantes frutos é a aspiração de quem planta, acreditando na generosidade da semente, no esforço, técnica e experiência. Detenhamo-nos nestas palavras: plantar, esforço, técnica, experiência. Esperamos que 2009 seja marcado por colheitas abundantes. O que desejamos colher no campo da vida matrimonial, familiar e da equipe, senão uma abundante colheita de amor, o verdadeiro constitutivo do matrimônio, da família e a da equipe? Esperamos que o manto do amor cubra de beleza o vale e a planície da vida matrimonial e familiar, da vida da equipe e da Igreja. Esta é a esperança que os casais das ENS devem alimentar no ano do II Encontro Nacional. A colheita será abundante se acolhermos o convite a voltar às fontes puras das origens das ENS. É o amor que faz sentir o gozo de sermos filhos da Igreja e das ENS. É o amor que faz sentir aos cônjuges
que cada um é "um com o outrd' . Querer uma abundante colheita de amor é o mais legítimo desejo de quem quer viver em plenitude a própria vocação. Mas, para colher precisa "plantar, com esforço perseverante, e colocar tudo o que a técnica e a experiência ensinam". "Plante amor e colherás amor" (S. João da Cruz). Plantar, com confiança e perseverança, para que o amor ao cônjuge, à família, à equipe nasça e cresça. Cada momento é uma oportunidade para espalhar a semente do amor "derramado abundantemente em nosso coração". Não semeamos com abundância e com perseverança sem a coragem de arrancar o que enfraquece e mata o amor, o que dificulta seu nascer e seu crescer. O esforço não está no plantar, mas no arrancar o que não pode conviver com o amor. Os momentos mais belos da vida não rendem amor sem que o terreno seja preparado. Jesus Cristo é a fonte da água pura que fecunda o coração e dá coragem para arrancar o que não pode ter boa convivência com o amor. Acredite na técnica dos PCE e na experiência de quem os ensinou. A Quaresma nos ajude a descobrir seu valor e nos anime a fazer esta experiência. A boa colheita tem relação direta com esta prática. Pe. Frei Avelino Pertile - SCE!SR
ORAÇÃO CONJUGAL E A UNIÃO DE ALMAS Amados irmãos: Quando entramos no Movimento, comentava-se muito o resultado de uma pesquisa realizada nas ENS, apontando dois PCE como os mais difíceis de serem realizados. Um deles era a Oração Conjugal. Nunca nos aprofundamos nas motivações que levaram à pesquisa, mas o seu resultado sempre inquietou-nos. Como, num movimento de espiritualidade conjugal, o PCE que é justamente um momento privilegiado de abertura do casal, da família, do lar à ação do Espírito Santo esteja entre os que apresentam a maior dificuldade de realização? A ênfase a ser dada à oração conjugal a partir do tema "Textos escolhidos do Padre Caffarel" irá proporcionar-nos um fecundo retorno às fontes e irá ajudar-nos a romper um ciclo que confunde dificuldade em viver um PCE com a sua não realização. Mesmo que indesejada, a dificuldade na oração conjugal pode permitir-nos algum benefício. Precisamos aprender a esperar que o Senhor nos conceda a graça da oração e nos torne capazes de expor a nossa pobreza ao Seu olhar, como faz o publicano em sua oração cotidiana: "Meu Deus, tem piedade de mim, pecador! " (Lc 18,13) Todos desejamos viver o matrimónio como um lugar de amor, um projeto de felicidade e um caminho para a santidade, mas ele só será caminho para Deus se recorrermos
continuamente às energias espirituais que ele contém. (Orar 15 dias com o Pe . Caffarel) A oração conjugal é um dos meios para tal. Por isso, lembramos aqui o testemunho de Da Nancy Moncau sobre o assunto. Para ela, oração conjugal e qualidade da união dos cônjuges caminham juntas. Recordanos que o Pe. Caffarel falava de três dimensões da união dos casais cristãos: união de corpos, união de corações e união de almas. União de almas significa ambos os cônjuges pensarem da mesma maneira, os dois buscarem as mesmas metas, os dois caminharem na mesma direção e se colocarem na posição de filhos que conversam com o seu Pai. .. . Talvez a nossa dificuldade seja uma união de almas um pouco fraquinha. A nossa expectativa, quanto à ênfase que daremos à oração conjugal, é que ela nos ajude a perceber o nosso cônjuge como o dom mais precioso que Deus nos confiou e que a redescoberta da essência deste PCE torne-o efetivamente para todos nós um tempo forte do culto a Deus. É isso que expressa o nosso lema de 2009: "Casal, procura Cristo e viverás". Que o ânimo que brota da fidelidade de Maria e José fortaleça a nossa união de almas e mantenha os nossos lares abertos à ação do Espírito. Graça e Roberto, CRSR
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HENRI CAFFAREL 1903-1996
TEXTOS ESCOL H IDOS CAPÍTULO 1- DESEJAR
Olá, irmãos queridos! A paz de Cristo esteja com vocês! Que bela oportunidade o Movimento nos concede ao propor, como tema de estudos para este ano, alguns textos do nosso amado fundador, Pe. Caffarel! Nada melhor do que irmos diretamente à fonte , aos escritos originais que orientaram os primeiros casais das Equipes de Nossa Senhora a descobrir as riquezas do sacramento do Matrimónio. O que aqueles casais desejavam? Do que eles sentiam necessidade? Para que, exatamente, eles foram pedir ajuda ao Pe. Caffarel? Onde eles queriam chegar? - "Esse amor humano, que é a nossa riqueza e a nossa alegria, é impossível que não seja algo de belo e de grande no pensamento de Deus; queremos conhecer este pensamento, queremos que o S~ nhor no-lo revele". (A missão do casal cristão, p . 48) Aos poucos, juntos, iluminados pela fé e apoiados nos conhecimentos, nas orações e no entusiasmo do seu conselheiro espiritual, eles foram encontrando respostas às suas indagações sobre o casamento cristão. E nessa busca comum, Deus foi se revelando de diversas maneiras; os casais vão percebendo que o Senhor os chama para aproximarem-se mais dEle, que o
Senhor os ama incondicionalmente, que o Senhor deseja que eles se amem como Ele os ama, e que o seu amor conjugal pode e deve ser testemunho do seu amor pela humanidade. Em seus escritos, Pe. Caffarel deixa muito claro que vários são os motivos que podem levar um casal a fazer parte de uma Equipe de Nossa Senhora: a necessidade de pertencer a um grupo onde se sinta acolhido, a procura de laços de amizade que favoreçam a confiança e o auxílio mútuo, o desejo de progredir espiritualmente etc. Tudo isso é muito bom e saudável. Mas esses motivos não são a verdadeira razão de ser das ENS. O casal é convidado por Deus para entrar numa equipe de Nossa Senhora para santificar-se! Para esfor-
çar-se em viver segundo o Espírito de Jesus Cristo! Para buscar identificação com Ele! Para configurarse a Ele! Parece uma proposta exigente demais para nós, pobres pecadores? Seria por isso que muitos de nós desanimamos, nos acomodamos, nos contentamos com pequenos progressos e paramos de nos esforçar, considerando que já fizemos o suficiente? Não! O caminho para a santidade só termina quando o Pai nos chamar para a sua casa! A estrada é longa, sinuosa, difícil e desafiadora! O que torna a viagem prazerosa e iluminada é a companhia de Jesus! Ele assegura que estará sempre conosco, que não nos abandonará: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles" (Mt 18,20) . O que nós, casais do século XXI, desejamos? Do que sentimos necessidade? Para que estamos nas ENS? Onde queremos chegar? Pe. Caffarel, por diversas vezes, reafirmou claramente que o único e principal motivo para um casal fazer parte de uma equipe é o desejo de se unir a Cristo, sem condições! Querer viver no estado matrimonial todas as exigências da vida cristã! Ele era franco e direto: "Quem não caminha para frente, caminha para trás!" "Nosso mundo tem uma necessidade imperiosa de leigos santos; homens e mulheres totalmente entregues a Cristo, habitados por sua caridade, movidos por seu Espírito". "O declínio de uma vida de equipe re-
side por vezes noutra razão: estamos de acordo com o fim em vista, mas não queremos admitir as exigências do amor recíproco". "A grande tarefa para os esposos cristãos é, primeiramente, tomar consciência de que o 'mandamento novo' lhes diz respeito e, depois, trabalhar para converter o seu amor conjugal em caridade conjugal". "A caridade conjugal, por ser de origem divina, pode conhecer aprofundamentos sempre novos se não trapacearmos com suas exigências". "É do vosso amor conjugal, é do vosso lar que o mundo ateu, sem o suspeitar, espera um testemunho essencial". "Sentimonos bem no Movimento? - que não é uma creche para adultos!" Em uma de suas cartas dirigidas ao casal Moncau, Pe. Caffarel dizia: "Permita-me que o aconselhe a não iniciar uma equipe senão com casais muito desejosos de compreender as exigências de sua fé e de vivê-las melhor. Vale mais ter menos equipes em uma região, mas que elas sejam portadoras de uma imagem muito pura". Acreditamos ser muito salutar ter em mãos, de vez em quando, os Estatutos do Movimento, e trazer presente sua razão de ser, seus objetivos e os meios propostos para nos ajudar a viver a Espiritualidade Conjugal, no seio de uma comunidade eclesial ... Que a Mãe Santíssima nos proteja, ilumine e guie nos caminhos do Filho Amado! Ange/a e Luiz CR Província Sul lll
O SENTI DO DO SERVI RO ESPÍRITO DE SERVIÇO Nós todos somos chamados a servir, nas Equipes, na família; em qualquer lugar. E bom , então, recordarmos o que é "espírito de serviço"! 1) Todo o serviço é um dom recebido e uma resposta a um chamado: Todo o serviço é conseqüência de um "sim", é o resultado de nossa resposta a um chamado. É o Senhor mesmo quem chama! Não se assume um serviço. Antes, recebe-se um serviço. Não somos donos desse serviço. Ele nos foi confiado. Nunca podemos dizer: "Quando assumi a responsabilidade do Setor, da Região ... " Jesus disse a Pilatos: "Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fosse dado" (Jo 19,11). "Se alguém assume um serviço, que seja como um mandato recebido de Deus" (1Pd 4,11). Conscientes de nossa pequenez, de nossa incapacidade , dizemos "sim" a este chamado, porque sabemos que não estaremos sós . Quando aceitamos um serviço; nós o recebemos como um dom. E um presente que o Senhor nos dá (por que, então, recusá-lo?) . Agradecemos por este dom e pedimos ao Senhor que faça de nós seus humildes servidores. 6
2) Um apelo a abandonar-se e a doar-se a si mesmo, um apelo a converter-se: Quando aceitamos um serviço, aceitamos tornar-nos um instrumento do Senhor: "Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim", diz São Paulo (Gl 2 ,20) . Nunca estamos realmente preparados para uma responsabilidade , nem para o serviço que dela decorre. Ninguém é digno da responsabilidade recebida. Como Maria, abandonamo-nos à vontade do Senhor. (0 Responsável de Setor) Servir é doar-se a si mesmo. É um ato de abandono nas mãos de um Outro: "Vai, vende tudo o que tens ... , depois vem e segue-me" (Me 10,20). Estar a serviço é aceitar tornar-se instrumento do Senhor. Colocar-se a serviço é permitir a Outro agir através de nós! O serviço é um apelo à nossa conversão. Devemos mudar de CM 433
rota ... Adiamos outros projetas. Revisamos nossa maneira de viver. Abandonamos uma parte de nós mesmos. A porta da conversão é Jesus. Pôr-se a servir é adotar uma atitude de humildade. Todo o serviço é uma escola de humildade. São Paulo definia-se a si mesmo como o "Aborto de Deus". Aceitar um serviço é aceitar morrer um pouco pelos outros. É aceitar doar-lhes parte de nossa vida, de nosso trabalho, de nossos talentos, de nosso tempo e, acima de tudo, doar-nos a nós mesmos, livremente, na alegria duma partilha sem reservas. (0 Responsável de Setor) 3) O primeiro a ser servido é o Senhor: "Guia-me, Senhor, sobre o caminho de tua vontade". "Não se concebe uma responsabilidade espiritual, senão recebida do Senhor. Ela não pode ser usurpada, o que significa que é necessário manterse em união com Aquele que no-la confiou". (Pe. Tandonnet) "E o Rei lhes responderá: Em verdade eu vos digo: Todas as vezes que fizestes isto a um destes pequenos que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes" (Mt 25,40) . 4) Todo o serviço se alimenta da oração: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga! " (Mt 16,24) . "A ação e a oração se fundem na mesma corrente cuja fonte é Cristo, que nos leva para o céu, a nós e a quem encontramos. A
contemplação não paralisa a ação. Ela a anima e ilumina. A ação não distrai a contemplação, provoca-a. Toda essa vida luminosa e ardente revela-nos, melhor que qualquer outro discurso, o Mestre que é a fonte ... O apóstolo começa a sentir em si um zelo que nada pode desencorajar, uma simpatia que não permite nenhuma frieza, um amor fervente que nenhuma inconsistência pode esfriar. Em uma única vida unemse as perspectivas de contemplação mística e de conquista missionária". (Jules Lebreton, S.J .) 5) Sem apoiar-se no Espírito Santo, não há serviço: Pode-se dizer como Jesus : "Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro ... " (Lc 14,28) . "Trata-se de saber quem nos conduz. Se não é o Espírito Santo, por mais que fizermos, não há nada de substância, nem de sabor, em tudo o que fazemos. Se é o Espírito Santo, há uma doçura suave que leva a morrer de prazer. Os que se deixam conduzir pelo Espírito Santo experimentam uma alegria especial. Uma alma que tem o Espírito Santo não se cansa jamais da presença de Deus. Sai de seu coração uma transpiração de amor. Sem o Espírito Santo, somos como uma pedra da estrada. Experimentem pegar em uma mão uma esponja embebida em água, e na outra uma pequena pedra. Apertem-nas da mesma maneira. Não sairá nada da pedra, mas da esponja vocês tirarão água em abundân-
cia. A esponja é como a alma repleta do Espírito Santo e a pedra é o coração frio e duro onde o Espírito Santo não habita. O Espírito Santo quer levar-nos ao céu: só temos que dizer sim e nos deixar conduzir. Vejam uma espingarda: mesmo que esteja carregada, é necessário que alguém ·lhe meta fogo para que possa disparar. Do mesmo modo, há em nós condições de fazer o bem, mas é o Espírito Santo quem põe o fogo e, assim, as boas obras disparam". (São João Maria Vianney} 6) Não há serviço sem discernimento, sem escuta: O serviço se enraíza, portanto, na escuta e, para começar, na oração. É o Espírito Santo quem nos ajuda a discernir. O discernimento começa pela escuta, a escuta dos outros, a escuta do Senhor. É um grande risco partir com todo o ardor, convencidos de estarmos no caminho certo. Mas o que importa é que estejamos nos caminhos do Senhor e não nos nossos. O que importa não é agir "por" Deus, mas agir de acordo com Ele, segundo seus desígnios, em suas obras. Para vivermos um serviço em colegialidade, nós o enriquecemos com as ideias dos outros, com sua criatividade. Pôr-se a serviço é tomar decisões também em colegialidade e com discernimento. O Senhor fala, o Espírito sopra, mas na "brisa leve", o que supõe necessidade de parar, de dedicar regularmente tempo para a oração e a escuta. Nas Equipes, o serviço se 8
vive a dois, com a ajuda da Oração Conjugal, da Escuta da Palavra e do Dever de Sentar-se. Estar a serviço é , ao mesmo tempo, manter os olhos abertos e manter os olhos fechados. 7) Não tenham medo! Deus dá em abundância: O Senhor não se contenta em nos chamar, mas nos dá também os meios. "Sim, meu jugo é fácil de levar e meu fardo é leve" (Mt 11,30) . Estar a serviço é ocasião de fazer frutificar os talentos que o Senhor nos confiou. Para isso, Deus nos dá todos os meios necessários. O serviço nos faz crescer. Quando se dá tudo, recebe-se tudo do Senhor. Não se preocupem com o que será feito do amanhã. O Senhor proverá. Quantos exemplos e testemunhos já recebemos.. . Pensemos no testemunho de Madre Teresa : "Quem guarda o que possui se empobrece. Quem doa se enriquece. Vocês se enriquecem do que doam." "Nada de falsa piedade , de cantilenas de preces vazias, de um Deus inacessível! Nós encontramos a religião de Jesus. É Deus que age. Se o seguirmos, pelo pouco que lhe damos, Ele nos cumula de seus dons. Quem se sentia só vê-se cercado por cem mães, cem pais, mil irmãos e irmãs, por todos os bens de Deus, que ele distribui, então, aos que nada têm" . (Chiara Lubich) "Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará também as obras que faço. E fará ainda maiores, pois que vou para o Pai. Tudo o que pedirdes em meu CM 4B
nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes qualquer coisa em meu nome, vo-la farei" (Jo 14,12-14).
8) Sejamos "servos inúteis": "Eu penso que, se Deus encontrar uma pessoa ainda mais inútil do que eu, fará através dela coisas ainda maiores, porque essa obra é Dele". (Madre Teresa) No serviço, nós somos os servos: revolvemos a terra e semeamos, mas os que fazem germinar o grão são a água e os raios de sol. "Em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, ficará só; mas se morrer, dará muito fruto" (Jo 12,24) . Somos, é certo, responsáveis, mas, acima de tudo, somos servidores, a exemplo de Jesus. O Papa não declarou, depois de muitos séculos, ser o "servo dos servos de Deus"? Fazer frutificar os próprios talentos: "Cada um possui dons particulares, conhecidos ou não, reconhecidos ou não. Basta deixar-se guiar e dizer sim. Este sim não o dizemos somente na primeira vez, mas em todas as vezes que oramos ao Senhor, em todas as vezes que nos deixamos guiar por Ele, em todas as vezes que agimos de acordo com seu Espírito. Que significa 'dizer sim'? Significa: Tudo doar para aceitar ser nada. Desfazer um a um os caminhos da vaidade. Aceitar, finalmente , a própria finitude. Despojando-se, aceitar receber e deixar-se guiar pela vontade de Deus. Você daria tudo?
O que importa é que
estejamos nos caminhos do Senhor e não nos nossos. O que importa não é agir "por" Deus, mas agir de acordo com Ele. A riqueza me cegou. Eu confiava muito em mim mesmo. Quando encontrei o Mestre, não sabia que ele era Deus. Demorei séculos para compreendê-lo. Não se trata de despojar-se pelo prazer de ser mendigo. Não se trata de desprezar os dons do céu, mas de libertar-se da influência das coisas para discernir mais rapidamente o essencial! " (F.X. de Villemagne) "Cada um de nós não passa de um modesto instrumento. A gente pode se esgotar com o trabalho, até matar-se por isso. Se não estiver motivado pelo amor, tudo será inútil. Trabalhar sem amor é escravidão. Não devemos temer o amor de Cristo, nem de amar como Ele amou. Façamos de nosso trabalho, mesmo modesto ou humilde, amor de Cristo em ação..." (Madre Teresa) "Por mais belo que possa ser seu trabalho, não se apegue a ele, esteja sempre pronto a renunciar a ele. O que você faz não é seu. Os talentos que Deus lhe deu não são seus. Foram-lhe confiados a fim de que você se sirva deles para a glória de Deus". (Madre Teresa)
"O servidor não deve arrogar-se os direitos do Senhor. Concedeu Ele a você alguma grande dignidade? Recebeu você um poder eclesiástico? Não se orgulhe disso. Não foi você que conquistou essa glória, mas foi Deus que revestiu você com ela. Considere-a como de um outro, usea sem abusar dela e sem desviá-la do bem. Não se glorie, nem se aproprie dela, mas considere-se pobre e sem glória ... " (São João Crisóstomo) Para encerrar este parágrafo, retomemos as palavras de João Batista: "Importa que Ele cresça e eu diminua" (Jo 3,30) . 9) Pelo serviço, tornamo-nos teste-
munhaS da obra e do amor de Deus: Através do serviço, tornamo-nos testemunhas do amor e da ação de Deus. Para quem segue Jesus, há graças em abundância. Deus tem necessidade das pessoas humanas e nós temos necessidade de Deus. Não é este o Amor de Deus? Deus nos ama a tal ponto que se abandona totalmente à nossa ação! Temos a graça de nos tornarmos testemunhas das obras do Senhor. Serviço: não sou eu que o faço, é Ele. Suas obras são incomensuráveis. Seus atos multiplicam-se ao infinito. 10) Um apelo ao amor: Saibamos render graças por esta responsabilidade recebida. Através do serviço, Deus nos dá a possibilidade de amar. Nem só a possibilidade, mas o dever de amar. "Se me falta o amor, sou como bronze que soa, ou como o címbalo que retine" (1Cor 13,1).
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Através do chamado ao serviço, recebemos um apelo a amar mais. Amar mais o Senhor. Amar mais os irmãos : "Pedro, tu me amas?" Então, "apascenta os meus cordeiros", diz o Senhor a Pedro. (O Responsável de Setor) "Que temos que aprender? Temos que aprender a sermos doces e humildes e, se assim nos tornarmos, aprenderemos a orar e, então, pertenceremos a Jesus. Pertencendo a Ele, aprenderemos a crer. Crendo, aprenderemos a amar. Amando, aprenderemos a servir". (Madre Teresa) "Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, prepara-te para sofrer a provação, humilha teu coração, espera com paciência, não te perturbes no tempo da adversidade. Entrega-te ao Senhor, não o abandones, a fim de seres enriquecido em teus últimos dias. Aceita todas as adversidades. Nos reveses de tua vida pobre sê paciente, pois o ouro é provado pelo fogo e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da pobreza. Põe tua confiança em Deus e ele virá em teu auxílio. Segue um caminho reto e põe nEle tua esperança. Vós que temeis o Senhor, confiai em sua misericórdia. Não vos afasteis do caminho, para que não caiais. Vós que temeis o Senhor, tende confiança nEle e vossa recompensa não vos faltará. Vós que temeis o Senhor esperai a felicidade, a alegria eterna e a misericórdia." (Eclo 2,1-9). Hervé e Geneviéve de Com Casal Membro da ERI
AS EQUIPES SATÉLITES Eis-nos novamente a lhes falar das Equipes Satélites. Como responsáveis e chamados ao serviço de coordenação das Equipes Satélites, gostaríamos de lhes dizer que sua caminhada, neste ano paulino, tem sido muito interessante. Temos encontrado coragem para este nosso serviço, meditando e seguindo o caminho deste grande apóstolo. Conforta-nos saber que sua vida não é uma lenda, mas é historicamente provada. Suas sucessivas viagens e suas cartas, com finalidade de formação e encorajamento, são o suporte que não nos permite desencorajar-nos. Hoje, como ontem, é necessário manter fidelidade ao Espírito e à nossa vocação. Podemos dizer que é Ele o suporte sobre o qual se baseia o serviço nas Equipes Satélites, mas também seu o grande desafio. Como vocês sabem, trata-se de equipes compostas de diversos casais do mundo inteiro, que trabalham e prestam serviço com total gratuidade e amor, sempre fiéis ao espírito das ENS. Assim como Paulo faz um grande apelo à fidelidade em muitas de suas cartas, notadamente na segunda a Timóteo, hoje somos também constantemente confrontados com a necessidade de fidelidade ao carisma das ENS, nesses dias inquietantes e em constante mudança, neste mundo em que vivemos. Em seu trabalho, porém, as Equipes Satélites esforçam-se por manter a fidelidade à doutrina, ao espírito e ao serviço:
Rdelidade à doutrina, nestes tempos de turbulência; Fidelidade ao Espírito, quando parecem triunfar outros valores propostos pela sociedade consumista em que vivemos; Fidelidade ao serviço, em uma época em que o engajamento tem pouco sentido e em que tudo é fácil e relativo. Manter essa fidelidade ao Espírito é uma tarefa difícil, mas atraente, pela profecia que ela comporta. Servir é dar alma e é isso que fazem esses casais que constituem as Equipes Satélites. Aceitando esta responsabilidade, esses casais estão abertos aos outros e vão ao seu encontro. Como sabem, estas equipes trabalham sobre temas pedidos pelas Super-Regiões, se bem que sejam equipes diretamente ligadas à ERI, que as coordena através de nós. Passamos um ano percorrendo, em grupo, um longo caminho, num caminhar lento. Hoje, podemos dizer que seus trabalhos se desenvolvem em um bom ritmo, guiados pelo Espírito, sempre em atitude de escuta, de descoberta, de gratuidade, de modo
que possam ajudar no discernimento comunitário. A ES Pedagogia , ajudando a compreender e a aprofundar o método das ENS, leva-nos a abrirmonos à relação pessoal e a partilhar com outros casais o modo de seguir a Cristo. A ES Formação , após ter concluído o primeiro documento solicitado pelas Super-Regiões, continua sua caminhada, discernindo e propondo modalidades úteis, para que a formação se desenvolva em uma dinâmica de fé , de esperança e de caridade. A ES Pe. Caffarel, com um dinamismo cheio de amor, prepara um livreto com os principais pensamentos do fundador de nosso movimento. Nosso movimento não impõe aos casais uma determinada espiritualidade. Ele quer apenas ajudar-nos a percorrer um caminho que· cada um deve fazer, propondo orientações de vida para que cresçamos no amor de Deus e, assim, caminhemos para Ele. A ES Equipes Antigas discer-
niu e trabalhou para nos oferecer pistas de reflexão, de modo que seja mais fácil viver na doce intimidade do Senhor, numa fase da vida em que tudo pode ficar mais difícil. Mas, já que o futuro pertence aos casais jovens, queremos também que conheçam o entusiasmo da ES Cas ais jovens , sempre com muito amor e rapidez, próprios de sua idade. O resultado dos questionários enviados a todas as Super-Regiões foi o ponto de partida para a elaboração de um documento, no qual, com toda a fidelidade ao Movimento, nos será oferecido um itinerário lógico, adaptado aos tempos em que estes casais jovens vivem hoje. Estes, portanto, são os caminhos que as Equipes Satélites têm seguido. Como nós, eles são casais de caminhantes peregrinos que, na internacionalidade deste caminhar, querem viver a forte experiência de comunidade. Tó e Zé Moura Soares Casal Membro da ERI Responsável pelas Equipes Satélites
O JOGO DA EQU I PE Jogam vocês, francamente, o jogo da equipe ? Há sempre uma tentação de trapacear, pois a regra do jogo contraria muitas das nossas inclinações naturais. (. ..) É precisamente fazer o jogo de equipe, de equipe cristã, que é o essencial, porque é isto que luta contra o nosso velho individualismo e, pouco a pouco, o elimina, porque é isto que nos faz chegar a um maior amor fraterno, a um auxílio espiritual mais perfeito, porque é isto que realiza a ecclesia, a assembléia de Deus à qual Cristo prometeu sua presença : Quando dois ou três se reunirem em meu nome, eu estarei no meio deles". Eu penso, pois, que, de todas as obrigações dos Estatutos, a mais essencial é a de constituir a equipe e de fazer o seu jogo francamente. Pe. H. Caffarel, Ed itoria l Carta Mensal, junho/1957 . 12
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VOLTAR ÀS FONTES Pe. Avelino Pertile OCD Encontro do Coleg10do Nadonal de 2008 "Irmãos, cuidai cada vez mais de confirmar a vossa vocação e eleição. Procedendo assim, jamais tropeçareis. Desta maneira vos será largamente proporcionado o acesso ao Reino eterno de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo"(2Pd 1,10-11). "Parai um pouco na estrada para observar, e perguntai sobre os antigos caminhos, e qual será o melhor, para seguirdes por ele; assim ficareis mais tranquilos em vossos corações" (Jr 6, 16).
Foi celebrado, num passado próximo, o centenário do nascimento do Pe. Caffarel (30 de julho de 2003). Em 18 de setembro de 2006, lembrando o décimo ano de seu falecimento, durante a celebração do X Encontro Internacional das ENS, em Lourdes, foi solenemente lançado o processo da sua canonização. A Igreja estará fazendo um discernimento sobre a vida deste servo de Deus. Todos esperam que o processo culmine com o reconhecimento de uma vida coroada com aquilo que ele tanto queria para todos os casais das Equipes: a santidade. Ato tão significativo não poderia ter acontecido em momento mais solene, o X Encontro Internacional das ENS, e nem em lugar mais sagrado e mais mariano, Lourdes. Os casais das ENS do mundo inteiro, com fé e confiança, estão pedindo que a Igreja reconheça publicamente a santidade desse "homem arrebatado por Deus." Os casais das Equipes de Nossa Senhora estão pedindo que a Igreja coloque diante do mundo a santidade desse homem, que fez de sua vida um serviço a Deus e à Igreja, que colocou a vocação matrimonial em seu justo lugar na vida da Igreja, que declarou o Matrimônio, como verdadeiro "lugar de amor, projeto de felicidade e caminho de santidade". O movimento das ENS está pedindo à Igreja esse reconhecimento para que os casais unidos pelo sacramento do Matrimônio do mundo todo possam sentir a alegria nascida da certeza de que a vocação matrimonial, exaltada pelo Pe. Caffarel, é um chamado a viver em plenitude a vida cristã. Que as ENS do Brasil não se desviem do caminho e nem percam de vista a meta revelada pelo Espírito Santo, através da figura profética do Pe. Caffarel.
HORA DE PENSAR SOBRE AS ORIGENS Neste momento histórico e solene da vida do Movimento, quando celebramos os 59 anos da existência das ENS no Brasil e, faz pouco, os 60 anos da Carta (entre nós, Estatutos) elaborada pelo mesmo Pe. Caffarel, reconhecida oficialmente pela santa Igreja, e os "30 anos de Cartas aos Intercessores", não poderíamos ter outro gesto de gratidão mais nobre do que voltar-nos para ele, voltar-nos às suas palavras, voltar-nos às suas mais santas intenções, para compreender mais profundamente o ideal do casal cris-
tão, buscado por ele e pelos casais das primeiras equipes, "célulasmães" da grande família das ENS. Especialmente, voltar a ler com o coração a sua vida. Não poderíamos voltar às suas ideias sem olhar para a vida deste homem-profeta, segundo a voz, profética também, do Cardeal Jean Marie Lustiger, em sua homilia, na Missa em sufrágio do Pe. Caffarel, 9 dias após seu falecimento, 27/09/96. Queremos voltar a ler com a luz de Deus as situações existenciais concretas em que nos toca viver, neste momento da história, para entender o que Deus está pedindo hoje à família das ENS.
VOLTAR AO PE. CAFFAREL PARA VIVER O ESSENCIAL Se o Pe. Caffarel morrer em nosso coração, se sua memória se apagar de nossa mente, se os horizontes contemplados e admirados por ele se esconderem de nossos olhos, não morrerão apenas os sonhos que ele tão ardentemente gerou e alimentou, mas morrerá também a esperança que ele reavivou no coração da Igreja: A esperança de ver renascido e reabilitado o eterno sonho de Deus com respeito ao casal: Ver buscando a santidade, de mãos dadas, o homem e a mulher unidos e consagrados pelo sacramento do Matrimônio. O casal é um novo ser em busca de uma realização plena, "numa só carne". Este ideal sonhado por Deus desde a eternidade parece reavivar-se na mente do Pe. Caffarel quando de suas visitas ao Brasil em 1957, 1962 e 1972. Foi também o I Encontro Nacional das ENS no Brasil, em 2003, o encorajamento final para a decisão de lançar o processo de canonização do Pe. Caffarel. Somos, portanto, os principais responsáveis pelo andamento e sucesso deste processo. (Eu fiz um corajoso e atrevido pedido nas duas missas que presidi no Colegiada da ERI, em Lourdes, setembro de 2006: Que o carisma das ENS seja encarnado em todas as equipes brasileiras, tal como foi concebido pelo Pe. Caffarel) . Que todos sejam santos é da vontade de Deus. Buscar a vontade de Deus é a primeira das três atitudes e o primeiro fruto da prática dos PCE. Buscar a santidade como casal é projeto concebido e orientado pelo Pe Caffarel. Maridos e esposas não são menos privilegiados e nem menos agraciados que o Papa, bispos, padres e religiosos. Neles também deve resplandecer a face de Cristo, o homem perfeito. A imagem de Deus em cada um foi querida pela Santíssima Trindade, desde o momento da criação. "Façamos o homem à nossa imagem" (Gn 1,26), e foi recriada por Jesus Cristo com uma façanha de elevado custo (d 1 Cor 6,20), porque valia a pena.
O PE. CAFFAREL DESPERTANDO AS ESPERANÇAS É para esta verdade que o Pe. Caffarel veio despertar. Por isso, queremos voltar a nos encontrar com ele e com a sua mensagem. Queremos nos encontrar com ele, e dele receber ânimo e encorajamento para buscar com mais ardor a verdade sobre a vocação matrimonial. Queremos voltar a ele para escutar da sua boca as luminosas e encorajadoras palavras que mostram o caminho da santidade, para receber os instrumentos e métodos que brotaram do seu coração, iluminado pelo Senhor das luzes. "Eu sou a luz do mundd' (Jo 8,12). Queremos nos encontrar com ele para poder acreditar mais na eficácia da pedagogia por ele intuída e aprovada por tantos testemunhos dos que seguiram com fidelidade seus ensinam~ntos . Com ele poderemos descobrir a felicidade experimentada pelos que caminharam com coragem e confiança por este caminho, que não foi inventado, mas descoberto por ele e pelos que a ele recorreram, buscando um auxílio para viver santamente a vida matrimonial. Ninguém busca em vão quando movido por santos desejos!
PARA QUEM APONTA O PE CAFFAREL? Queremos voltar para este "homem arrebatado por Deus", iluminado pela luz divina, a única que ele buscava para mostrar o caminho que leva à santidade. Queremos nos encontrar com este homem marcado por uma experiência singular: "Aos vinte anos, Jesus Cristo, em um instante, tornou-se Alguém para mim!", testemunha ele. O Alguém que transforma a vida é só Jesus Cristo! Enquanto não acontecer o encontro com Jesus Cristo, a vida tem um sentido muito pobre. Mas basta se encontrar com Ele para que a vida mude, como que do avesso para o direito. Esta era a única preocupação do Pe. Caffarel: Fazer com que cada um descobrisse que somente Deus é a razão do viver e que o Evangelho é a fonte para conhecer Deus. A partir do encontro com Jesus, dois grandes amores, os mesmos de Jesus, passaram a ser seu alimento.
OS DOIS GRANDES AMORES QUE CONSUMIRAM A VI DA DO PE. CAFFAREL • Apaixonado por Deus, por Jesus Cristo e pela Igreja; • Apaixonado pelos vocacionados ao matrimônio. Por esta dupla paixão consumiu sua vida. O amor a Deus e o amor aos homens, que para ele significou concretamente, amor aos casais. Um amor aos casais que traduzia o que sentia por Deus. O incentivo pela busca da santidade do casal revelava o amor que sentia por Deus e pelo matrimônio. Os casais passaram a ser a pupila dos seus olhos. A fé em seus ensinamentos fundamenta-se no grande objetivo visado por ele. Praticamente, todos os anos de sua vida ativa, como sacerdote, ele os viveu em função das Equipes. Um sacerdote que levantou a bandeira da vocação matrimonial, colocando o matrimônio católico em lugar de muita honra e distinção entre as grandes vocações no seio da Igreja. O matrimônio, o grande sacramento, na expressão de São Paulo, é colocado pelo mesmo Jesus como sinal do amor de Deus para com a humanidade e de Jesus Cristo para com sua Igreja. Esta é a recomendação que São Paulo dá aos esposos: "E vós, maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela" (Ef 5,25). Voltar ao Pe. Caffarel é, pois, colocar Deus na vida do casal e colocar o amor conjugal nos mesmos moldes do amor de Jesus Cristo para com a sua Igreja.
O GRANDE CAMINHO Queremos fazer do ano do II Encontro Nacional das ENS o grande caminho: voltar às profundezas das intuições do Pe. Caffarel, com a sede de quem vai à fonte após uma longa e fatigosa caminhada; com a saudade de quem fez uma longa viagem longe da pessoa amada; com a nostalgia de quem volta à pátria para reviver as emoções que marcaram a vida junto às pessoas queridas, com a alegre esperança de descobrir, com ele, a verdade evangélica sobre o matrimônio cristão. Queremos o ano de 2009 marcado pela escuta amorosa do Pe. Caffarel, um reencontro filial com o pai do Movimento, um reencontro com as coisas mais puras que nos foram ensinadas, e que constituem a seiva vital das ENS, a verdadeira razão de ser do Movimento e a verdadeira razão de estarmos nesta embarcação a caminho da santidade conjugal.
VOLTAR À FONTE NÃO É VOLTAR ATRÁS Em Chantilly (2-5-1987), Pe. Caffarel conta uma experiência. Dizia que, estando ele em Roma no ano de 1967, logo após o Concílio Vaticano II, fazendo parte da Comissão dos Religiosos (organismo que orienta, supervisiona as congregações e ordens religiosas de toda a Igreja), escutou de um cardeal o comentário de que todos os anos chegam muitos pedidos à Comissão para fundar congregações religiosas (perto de mil por ano). Alguns pedidos são bem fundados, com ideias e ideais plausíveis, em que se pode perceber a existência de um carisma fundador; outros pedidos (muitos) são menos fundados. Contudo, quem confirma se há ou não um carisma fundador é o grande argumento chamado "tempo" (cf. At 5,34-40; 22,3). Carisma fundador não é apenas uma bela ideia, um despertador de curiosidade e de entusiasmo. "Carisma fundador é uma inspiração do Espírito Santo, que será como um dinamismo a conduzir a instituição durante todo o seu desenvolvimento e lhe permitirá cumprir sua missão" (Discurso de Chantilly, 3-5-87). Dizia Pe. Caffarel que o tempo encarregar-se-ia de confirmar se houve ou não um carisma fundador. Nesse discurso diante dos CRR da Europa fez esta confissão: "Hoje, 40 anos depois, atrevo-me a dizer que houve um carisma fundador naquele 25 de fevereiro de 1939" , início das ENS. "Agora dou graças ao Senhor, mas ao mesmo tempo faço-me uma pergunta ... " Para quem caminha rumo a uma meta sublime, os questionamentos estão sempre fervilhando no coração. Poderíamos duvidar da seriedade das convicções e das decisões se caminhássemos tranquilos sem nos questionar.
O CAMINHANTE ESTÁ SEMPRE APREENSIVO Há perguntas à espera de respostas em cada momento: 1. Para onde estamos indo? Por que estamos nas ENS? 2. Estaremos no caminho certo? Acredito no caminho traçado pelas ENS? 3. Será este o rumo? Percebo que a metodologia me leva ao crescimento? A estrada pela qual caminham as ENS tem um começo, um ponto de partida, mas o ponto de chegada é marcado por cada um. Disse o Pe. Caffarel que seria o Espírito Santo quem conduziria o Movimento, nascido Dele e por inspiração Dele. Se o Movimento é conduzido, significa que há um caminho a percorrer e que terá um condutor. Caminhamos com a história, continuamente desafiados por ela.
O CRESCIMENTO É UM PONTO DE IN7ERROGAÇÃO O crescimento é um sinal positivo, sinal de que está caminhando, mas o mesmo crescimento pode esconder uma ameaça. O mesmo Pe. Caffarel, referindo-se a instituições religiosas, disse que há grupos que no início tem um carisma fundador legítimo, urna verdadeira inspiração do Espírito Santo, portanto, carisma autêntico, mas entraram em decadência com o passar do tempo. A história da Igreja mostra este fenômeno de decadência.
NADA SE. SA'VA SE.M UMA tXIGEN TE:. VIGilÂNCIA Se o carisma era autêntico, a decadência só tem urna explicação: a infidelidade gerada pela falta de reflexão e de oração. Daí a exortação à vigilância, não só nos momentos decisivos, mas ao longo de todo o caminho. Esta exortação é dirigida especialmente aos responsáveis. É um pedido do Pe. Caffarel: Os responsáveis estejam permanentemente em contato com a base! Classifica como coisa muito grave o estar distante. Uma embarcação deste porte (SR/Brasil) não se dirige por controle remoto. A cabeça não pode ficar separada dos membros, ignorando suas necessidades e dificuldades. O crescimento torna difícil este contato direto, diz o Pe. Caffarel, mas é preciso buscá-lo custe o que custar ~f. Chantilly). Geralmente, quando escutamos a palavra carisma, espontaneamente recordamos a parábola dos talentos (Mt 25,14-30), e dali partimos para a doutrina do Apóstolo sobre os carismas: Dons do Espírito Santo que poderão ser úteis para quem os recebe e deverão ser colocados a serviço de todos. Ao longo da história, Deus sempre despertou pessoas visivelmente dotadas de marcantes qualidades que as capacitam para exercer urna forte e decisiva influência. Quando falamos do carisma de urna instituição, sempre está envolvida urna pessoa (fundador ou fundadora) que soube imprimir características próprias, um verdadeiro estilo de vida, que nada mais é do que urna maneira própria de viver o Evangelho. Assim, o carisma das ENS é urna forma própria de viver o Evangelho no estado matrimonial. Esta forma própria dá origem a urna espiritualidade espeáfica (espiritualidade conjugal).
A PROFUNDA VIVENCIA DO CARISMA GERA EXPECTATIVAS Hoje, temos (ou deveríamos ter) um conhecimento do carisma das ENS como nunca se teve. Hoje, a espiritualidade das ENS é buscada por muitos e admirada por todos. A Igreja está reclamando dos casais
das ENS que vivam a espiritualidade específica, para oferecê-la aos que ainda buscam o casamento religioso. A espiritualidade conjugal é um alimento raro, escasso e difícil de encontrar. A pobreza de espiritualidade é maior e mais dolorosa do que a pobreza material. É de espiritualidade conjugal que a Igreja está carente. A Igreja espera que as ENS venham minimizar esta pobreza e suprir esta carência. A Igreja está consciente e reconhece que temos um rico patrimônio de espiritualidade (Paulo VI - 5 de maio de 1970). A Igreja sabe que este é um dom de Deus e como tal não é para ser guardado para si. Não é uma esmola que a Igreja está pedindo às ENS e nem é uma esmola que as ENS oferecem ao mundo do matrimônio, faminto de espiritualidade conjugal, mas uma dívida que a Igreja está cobrando das ENS, e, sendo dívida, não se discute, ou se paga ou se fica na inadimplência.
UM RETORNO QUE COMPROMETE Um dinamismo novo deverá nascer para que a crise da vida conjugal, nascida da fome de espiritualidade, seja superada. A fome não é doença, é carência. Só o alimento pode curar. Não há um retorno à fonte sem um olhar de otimismo e de esperança para a espiritualidade conjugal. Se não acreditarmos na espiritualidade conjugal como uma necessidade absoluta, não voltaremos à fonte pura. Faremos, no máximo, um passeio de passa-tempo na leitura de coisas escritas e admiradas. Nesta espiritualidade está a identidade do Movimento, a qual precisamos redescobrir. O verdadeiro rosto das ENS é uma vida com sabor de Evangelho. A vida do casal deve ser o Evangelho em flor. A espiritualidade conjugal, o Evangelho vivido pelo casal, não é um acréscimo trazido pelo Movimento, mas o acréscimo está em mostrar aos casais que o Evangelho pode ser vivido no matrimônio.
UM TESOURO EM VASOS DE BARRO O carisma das ENS, dom de Deus, está em vasos de barro, frágeis como tudo o que é de barro. O homem tem origem do barro, mas nele está o tesouro, a imagem de Deus. Deus escondeu sua divindade na humanidade do homem de barro, o Verbo de Deus feito homem, Jesus Cristo. Há muitos carismas, muitos dons do Espírito Santo, que foram derramados e se perderam por não encontrarem onde sobreviver, por não encontrarem um clima favorável. Outros foram esbanjados, (o jovem da parábola do Filho Pródigo) . Outros não foram cuidados e nutridos, (as virgens imprudentes que não levaram óleo para suas lâmpadas). E
muitos não foram trabalhados com o esmero que mereciam, porque não se buscou quem mostrasse o seu verdadeiro valor. Vale para nós pensar sobre o encontro com o Senhor daquele que só recebeu um talento: A sentença de condenação saiu da sua própria boca. Também sabemos da sorte das cinco virgens imprudentes e despreocupadas com as reservas de azeite para as suas lâmpadas.
A RE.SPONSABl LI DADf DE. CADA UM DE NOS O movimento das ENS é detentor de um grande tesouro. É difícil prever o futuro das ENS, certamente. Deveremos, contudo, tentar discernir e analisar "os sinais dos tempos e dos lugares" e, assim, sinalizar o que poderá acontecer. A partir desta perspectiva, qual é a situação do Movimento nos setores e equipes das regiões confiadas a cada casal regional? Há uma previsão de um futuro de esplendor ou de um futuro preocupante? Pequenos desvios podem ocorrer tão facilmente diante de um Brasil tão grande e com tantas culturas e tradições! Com o passar do tempo, os pequenos desvios levam a rumos nunca desejados por nós e menos ainda pelo inspirador das ENS. Nem podemos estranhar que isso possa. acontecer! Por isso, mais do que nunca, é necessário enxergar a vida das ENS com o olhar profético do Pe. Caffarel.
A RESPONSABILIDADE NOS FAZ OLHAR PARA JESUS CRISTO No Concílio Vaticano II, quando se começou a pensar em renovar a Igreja, o Papa Paulo VI, com muita convicção, asseverou que era necessário voltar à pessoa e à mensagem de Jesus Cristo, voltar à Palavra de Deus, às Escrituras. O papa não queria outra luz para o Concílio senão aquela que vem de Jesus Cristo. Assim também o Movimento: só se satisfaz, só precisa e só quer Jesus Cristo, a única luz que não se apaga. Nós queremos voltar ao Pe. Caffarel para escutá-lo novamente. O tempo, imperceptivelmente, leva a ver este homem como alguém distante, e a distância não permite distinguir nitidamente o timbre de sua voz. Sem distinguir, facilmente confundimos suas palavras com outras palavras, que até podem ser as nossas opiniões. O sentido de suas palavras talvez tenha sofrido interpretações distorcidas, ainda que inadvertidamente. Queremos voltar a ele, não para parar nele, mas para chegar Àquele para quem ele aponta. O olhar do Pe. Caffarel está voltado para Jesus Cristo. Com o Pe. Caffarel queremos voltar para Jesus Cristo.
Valem para nós, que nos queremos renovar, voltando às fontes, as palavras de Paulo: Eis, portanto o que vos digo e a advertência que vos faço no Senhor: Não vivam como os pagãos, na fragilidade de seu discernimento, pois eles têm o entendimento obscurecido por andarem alheios à vida de Deus. Vós, porém, não aprendestes assim de Cristo /. ../ fostes instruídos, consoante a verdade que existe em Cristo, a despojarvos do homem velho no que diz respeito ao passado, do homem cor-
rompido pelas paixões enganadoras. Renovai espiritualmente a vossa inteligência e revesti-vos do homem novo, criado em conformidade com Deus na justiça e na santidade ( cf. Ef 4,17-24) . A primeira "receita", o primeiro passo para uma autêntica renovação é criar uma mentalidade cristã autêntica. O nome "cristão" vem de Cristo. Ser cristão é ter a mentalidade de Cristo. Os passos para criar esta mentalidade são muito pessoais, difíceis, mas decisivos (cf. Paulo VI, 8/1/75) . Nós queremos que as ENS sejam um movimento vivo no seio da Igreja, que o nome cristão possa ser escrito com letra maiúscula na fronte de cada equipista. A volta à fonte , ao essencial na vida das ENS, só tem um caminho: O Evangelho, o retrato falado de Jesus Cristo. Voltar ao essencial é voltar. ao Evangelho, para ouvir o grito de Jesus chamando à conversão. Voltar significa colocar em relevo os valores essenciais do carisma, no aqui e agora, acolhê-los com aquele ardor dos começos, de quando a equipe era tudo em nossa vida, a prioridade número um. Voltar é orientar-se ao ideal traçado por Jesus e caminhar sem parar, iluminados pelo Espírito de Jesus. O mundo, a Igreja e as ENS são guiadas por Ele. Voltar é colocar em prática o que dizia Teresa de Ávila às suas monjas: "Temos que começar cada dia!" "Nós somos os alicerces dos que virão depois de nós". (Fundações 4,6) Caminhar com destino certo é olhar sempre para frente: mede somente o que falta, sem se preocupar com o já foi feito (cf.Lc 9,62) . Por Cristo, enquanto não damos o sangue, não damos tudo. Só depois de estar pronto para o martírio o Apóstolo disse: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé" (2Tm 4,7) . É preciso ter presente a verdade comprovada: "Somos herdeiros de um passado, responsáveis de um presente e construtores de um futuro, apesar das nossas limitações e das nossas fraquezas".
RESPONSÁVEIS POR UMA HERANÇA RICA A herança que recebemos das ENS é grande. À grandeza da herança corresponde uma responsabilidade proporcional, não apenas para uma simples conservação no presente, mas como construtores do ama-
Equipes de Nossa Senhora
ÍNDICE GERAL DAS PUBLICAÇÕES DACARTAMENSAL EM2008 Este índice compreende as edições de números 424 a 432
A defesa da vida acima de tudo ..... 426-46 As EJNS ......................................... 430-41 A verdade vos libertará ................... 431-46 CNBB: nota em defesa da vida humana .................................. 427-43 Comunidades Nossa Senhora da Esperança ................................. 429-43 Declaração de Aparecida em defesa da vida ................................ 425-38 Discurso do Papa Bento XVI (por ocasião do 20° aniv. da CA Mulieris Dignitatem) ........... 427-40 Discurso do Papa Bento XVI (Encontro Internacional Movimento Retrouvaille) ................. 432-44 Dois Movimentos que se abraçam .... 426-45 Encontro Nacional das Equipes de Jovens de Nossa Senhora .......... 430-40 Mais um casal beatificado .............. 432-40 Pastoral familiar ............................. 431-45 Resgatar a dignidade inter-relacionai .............................. 432-42 Responder à vontade e ao amor de Deus ......................... 429-42 Somos todos evangelizadores ......... 424-44
A Associação dos "Amigos do Pe. Caffarel" .............................. As equipes a serviço de seus irmãos ... A Síria, país de ecumenismo .......... Em Córdoba- Argentina ............... Equipe, comunidade de Igreja, aberta ao mundo ........................... Equipes satélites dão a partida .......
424-12 426-06 428-12 432-13 428-09 425-08
Equipistas a serviço dos irmãos na Igreja de hoje ............................ Equipistas: homens e mulheres fiéis a um carisma .......................... Frutos do espírito para as equipes .... O Líbano, país-mensagem .............. O matrimónio e a santidade ........... 60 anos da carta - um encontro para fazer memória ....................... Um novo Casal Responsável da Zona Eurásia ............................ Viver as ENS como um "serviço dos casais aos casais" .......
432-08 424-07 426-09 426-12 432-10 425-06 424-10 428-06
Ser mãe hoje: desafios, alegrias e esperança ....................... 426-30 Sempre mãe ................................... 426-31
Casamento é união ........................ 427-19 O dever de namorar ....................... 427-18
Os Estatutos e a Unidade do Movimento ....................... 424 Índice das edições 415 a 423 .............. 424 II Encontro NacionaiRorianópolis 2009 Instruções para inscrições .................... 425
Abnegação no matrimónio ............. Palavras que transforma ................. Superação pela fé .......................... Uma escola de amor ......................
429-13 429-11 429-12 429-15
Família- santuário da vida ........... 431-30
A grande assembléia ...................... Concurso da logomarca do 2°. Encontro Nacional .............. Concurso da letra do hino do 2°. Encontro Nacional .............. Dias de bênçãos ............................. Encontro Nacional2009 ................ Florianópolis 2009 instruções para inscrições ............... Florianópolis nos espera ................. Já estou inscrito ............................. O li Encontro Nacional .................. O Senhor nos espera em Florianópolis! ............ .... ................. 2° Encontro Nacional .................... 2° Encontro NacionalO povo de Deus reunido ................. Vamos a Florianópolis! ................ ...
432-21 424-23 424-25 432-22 430-11
424-30 425-22 426-32 427-21 428-26 429-24 430-26 431-34 432-27
425-21 428-19 426-25 427-07
Por que uma beatificação? ............. 425-32 Dentro do esquema? ...................... 426-42
431-26 426-23
A ascese ......................................... 430-33 A fotografia e os PCE ......... ...... ..... 425-24 A salvação comum ................ ......... 425-30 Ano novo, vida nova ...................... 425-27 Aprendamos a dialogar com o Senhor após meditar Sua palavra ... 427-28 Coerência entre fé e vida ................ 432-36 Conseqüências da reunião de balanço! ....................... 425-26 Conversar sob o olhar do Senhor ... 426-36 Co-participação - prática da caridade evangélica ...... ............. 427-32 Correção fraterna ............. .... ...... .. . 428-34 Correção fraterna .......................... 429-33 Dever de Sentar-se no dia dos namorados ........................ 427-26 Há muitas maneiras de rezar ...... ... 432-33 Levai os fardos uns dos outros ....... 427-29 Momento de Conversão ................. 426-40 Momento da Partilha ................ ..... 424-37 Nossa missão ...................... ...... ..... 425-29 O amor de Deus manifesta do na caridade .. ... ....... .. ........ .... ..... 427-31 O Dever de Sentar-se ........ ............ . 425-28 O diálogo no Dever de Sentar-se .... 426-41 Oração conjugal: um privilégio ...... 429-30 Reflexão sobre os PCE ........ ........... 432-34 Regra de Vida ..................... .......... . 430-33 Retiro anual ......... .................. .. ...... 424-36 Retiros ............................... ............ 428-37
429-1 O 424-22
A importância da contribuição ...... 427-12 Minhas testemunhas ...... .... .... ....... .. 427-14 O Casal Responsável de Equipe ..... 427-10 O coração faz a diferença .............. 427-08 O dia do Senhor ....... ...................... 430-12 Quero um casamento feliz ... .. ...... ... 427-11 Se teu irmão chegar a pecar ........ .. 431-27
Devoção mariana e culto das imagens ........ ................... 427-24 Maria: testemunho a serviço .......... 428-33 Natureza do culto mariano .. ........... 426-35 O poderoso Deus de Maria ...... ....... 429-28 O segredo de Maria ... ........ ..... ..... ... 430-32 Padroeira do Brasil ......... ............... 430-30
Mobilização bíblica, nosso futuro ... Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja .... .......... ... .... Palavra do Se nhor! ............ ...... ...... A tv e a bíblia ................ .................
Notícias e informações ................... Notícias e informações ................... Notícias e informações ................... Notícias e informações ................... Notícias e informações ................... Notícias e informações ................... Notícias e informações ............... .... Notícias e informações ................... Notícias e informações ...................
429-18 429-17 429-21 429-23
I
[I(El,
A'
Retiros .................................. ......... Retiros ........................................... Sobre o ouvir ................................. Um dever completo ........... .. ...........
429-34 431-37 428-35 426-39
A aranha ....................................... 427-48 A menina que trouxe esperança ..... 427-46 Ágape ............................................ . 428-44 Carroça vazia ......................... .. ..... 432-48 Cinco minutos por dia .................. . 427-47 Crer e acreditar .............................. 424-48 Deixe a raiva secar ........................ 429-46 Em defesa da vida ......................... 428-45 Experimente voar ........................... 432-47 Fardos inúteis ................................ . 426-48 Fazei também a eles ....................... 425-43 Felizes os que sabem perder ............ 430-42 !pê amarelo .................................... 429-45 O amor mensagem de Deus .. .......... 425-44 O cristão pipoca ............................. 425-42 O serviço no movimento ................. 424-46 O verdadeiro abraço ...................... 426-24 Pensamento positivo ...................... 429-48 Ressentimento ................................ 430-43 Ser equipista, ser testemunha ......... 424-4 7 Saber perdoar ................................ 429-4 7 Silêncio de Cristo ........................... 428-4 7 Sobre o amor ................................. 426-47 Vendo a multidão .................... ....... 431-48
A construção do reino de amor ...... A imprescindível missão do Casal Ligação ........................... A ligação na estrutura do movimento ................................ A partilha dos Pontos Concretos de Esforço e as três atitudes de conversão .................................. A primavera matrimonial ............... A ressurreição é vida nova ............. 58 anos das ENS no Brasil ............. Casais equipistas missionários do sacramento do matrimónio ....... Colégio Internacional de Fátima .... Compartilhar a vida ......................
424-04 427-04 425-04
429-05 429-02 425-02 426-03 430-04 429-03 428-03
Conserve a coragem do primeiro dia! ............................ 424-02 Construtores ou inquilinos .............. 427-03 Cristianizar o Natal ........................ 432-02 É feliz quem tem esperança! ........... 431-02 E vós também dareis testemunho ... 424-03 Encontro do Colegiada Nacional de 2008 ........................... 431-03 Escutei uma voz! ........ .................... 428-02 Eucaristia ............................ .......... 427-02 Fala, Senhor! .................................. 430-02 Rorianópolis 2009 ............ ............. 430-03 Mensagem de Natal ........... ............. 432-05 Mulher perfeita ............................... 426-02 Nossas relações interpessoais a exemplo de Cristo ....................... 426-04 O casal ligação ............................... 425-03 O Natal de Jesus Cristo e o casal missionário ...................... 432-06 Partilha, ajuda mútua, vida de equipe ................................ 431-1 O Preparação dos casais ao casamento cristão ..................... 428-04 Uma carta do Vaticano .................. 424-06 Visita pastoral à Província Centro-Oeste .................. 432-03
A busca da santidade ..................... A exemplo de Cristo ....................... Fraqueza da preparação dos casais para o casamento ......... Fraqueza da preparação dos casais para o casamento ......... Prontos para a missão ................... Realidade cultural do mundo ......... Realidade cultural hoje ................... Testemunhas a serviço dos casais .... Testemunhas a serviços dos casais ....
432-23 428-21
432-24 432-25 428-20 426-27 426-26 430-14
Ação de graças ............................... Celebrando a Páscoa do Senhor .... Corpus Christi ................................ Junho e os santos populares ........... O sentido da vida ........................... Pentecostes .....................................
431-33 424-27 426-28 427-15 431-31 426-28
430-15
Quaresma, uma atitude de vida ..... 424-29 Quaresma, tempo de conversão ... .. 424-28
Amor conjugal .................... ............ 425-37 A presença da equipe ....... ....... .... .. . 427-35 As sandálias do pescador ............... 428-38 Características das relações entre cônjuges ................................ 431-44 Caroneira ..... ................................. 431-40 Check-list para viagem ................... 428-42 De dor e de amor .. .. ... ...... ....... .. ..... 432-38 Deus centro de nossas vidas ......... .. 425-35 Deus, onde estás? ........................... 429-40 Dever de sentar-se, uma graça de Deus ........................ 427-36 Diálogo, semente de amor! ............. 426-43 Dúvida, fé e perseverança ........... ... 431-39 É bom testemunhar o Senhor ...... ... 431-38 Em busca da santidade .... ... ........... 431-43 Era uma vez ........ ........... .... ....... ..... 429-36 FamOia semente do amor de Deus .. 430-35 Frutos do espírito .......................... . 428-40 Gesto concreto .. ........................ ..... 429-41 Missão no Morro Alto ......... ............ 426-42 Mística em ações ........ ...... .............. 428-41 Motivo de alegria, momento de fraternidade .......... ..... 424-41 Nunca falávamos em Deus ..... ..... ... 429-36 O amor nos une ............................. 431-42 O cêntuplo ..................................... 429-37 O retiro no Sumaré ............. ... ..... ... 424-42 Para servir melhor ....................... ... 425-36 Por onde andarão nossas Cartas Mensais? ............................. 427-37 Saber ajudar, saber pedir ....... ........ 424-40 Saber envelhecer ........................ .... 426-44 Satisfação de participar das E.NS ... 431-41 Seremos sempre peregrinos ............ 430-37 Serviço que faz crescer .... .......... ..... 424-38 Sobre o Tema de Estudo ................ 427-38 Somos equipistas .... ........................ 432-38 Testemunhar sem cessar ... ... .. ..... .... 427-39 Um ano especial ...... ........... ...... ...... 424-43 Um convite muito especial ........ ... ... 425-35 Um grande Conselheiro ... .............. . 427-34 Um sim conjugal .. ............. ... ... ....... 429-39 D
Uma equipe chamada: Amigos do pe. Caffarel .... ............... 430-38 Uma multidão de santos .......... .... ... 428-39 Vida de equipe ................. ....... .... .. . 432-39 Visita oportuna ...................... ..... ... 425-34
A responsabilidade que nos espera ... 424-21 A responsabilidade e a colegialidade nas ENS ...... .. ......... 430-06 A reunião de balanço ... ............... ... 430-07 Abertos ao chamado .. .. .. ...... .......... 429-07 Celebrando os estatutos .. ..... ..... ...... 425-11 Comemorações e reflexões ............. 430-10 Demonstrações financeiras 2007 .... 428-17 Eacre 2008 .................................... 426-15 Encontro das famílias com o papa ... . 428-14 Encontro de comunicação ............. 430-08 Encontro provincial norte ............... 425-20 Encontros provinciais .. .... .. ... ......... 424-17 Equipe da Super-Região m;1 Província Centro-Oeste ........ ... .. 432-16 Equipe satélite de pedagogia .......... 424-15 Equipistas de reuniões? .................. 427-06 Fé e vida ........................................ 429-09 Paulo e a ligação ... ..... .. ........... ....... 431-25 Resenha do Encontro do Colegiada Nacional ................ ... 431-12 Sessão de formação equipes novas ... ....... ................ .... ... 424-16 Sessões de formação ........ ............ .. 428-15 Testemunhos vivos a serviço dos casais ......................... .. 432-20 Vida de equipe ..... .... .............. ...... .. 429-08
A missão continental ............. ... ... ... 430-16 Chegou o grande dia! ........... .. ....... 430-25 Missão: amar e servir ............... .. .... 430-18 Os ~ossos jovens ......... .. .............. .... 430-22 Um casal nos altares ..... ..... ........... . 430-24
Família- Igreja doméstica .......... .... Meu velho pai ........ ............. ............ Ser Jesus na vida dos casais ........... Uma experiência que enriquece .. ...
428-22 428-23 428-24 428-25
Í:'-JDICE GE:\AL 2008
nhã. O fundamento do amanhã somos nós. A responsabilidade e garantia do futuro das ENS repousa sobre nós. Do fundamento desta construção seremos ou a areia ou a rocha (d. Mt 7, 24-27). Se formos areia, a construção do amanhã está comprometida. A construção comprometida fica embargada, não pode continuar, mais ainda, fica-lhe interditado o acesso! Aqui bem poderíamos lembrar palavras de Jesus, como estas, repetidas tantas vezes no Evangelho: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!" (Mt 13,9).
OS DOCUMENTOS DO MOVIMENTO SÃO AS FONTES Não voltaremos à fonte, ao essencial, se não voltarmos aos nossos Estatutos, que para nós são de inspiração divina, pois receberam a aprovação solene do Magistério da Igreja. O movimento das Equipes de Nossa Senhora é da Igreja e para a Igreja. É chamado a mostrar sua vitalidade e a servi-la, sobretudo através do testemunho. Sua fonte inspiradora é, como para todo estilo de vida cristã, o Evangelho de Jesus. Os Estatutos têm suas raízes no Evangelho, nasceram do Evangelho, foram elaborados por quem vivia do Evangelho e para o Evangelho. A Carta (Estatutos de 8-12-1947) brotou do coração de quem fez do Evangelho sua única fonte e único alimento. O crescimento contínuo daquela massa de casais, fermentada pelo testemunho dos casais das primeiras equipes, que buscavam a santidade no matrimônio, fez pensar na necessidade de uma linha orientadora. Quem busca a perfeição precisa de certeza e firmeza em todos os seus passos, precisa de princípios e regras. Desconfiemos de quem diz buscar a perfeição fundamentado nos próprios critérios, sem princípios básicos e fundamentais aprovados pela autoridade competente e comprovados pela experiência! Não estaríamos voltando ao Pe. Caffarel se não acolhêssemos esta Carta, que, com certeza, passou por uma longa gestação espiritual, tanto pelo Pe. Caffarel como pelos casais das primeiras equipes e foi acompanhada de perto pelo Magistério da Igreja. Na apresentação da Carta, o Pe. Caffarel e a sua Equipe afirmaram: "Essa Carta não é perfeita, mas corresponde ao desejo de inúmeros grupos". Como anotou Dona Nancy, no livro Equipes de Nossa Senhora, Ensaio sobre seu histórico, a Carta fundacional aponta uma direção firme, uma orientação precisa e um sólido enquadramento. Este documento foi atualizado, simplificado e completado por outros dois documentos: "O que é uma Equipe de Nossa Senhora" (1976) e "Segunda Inspiraçãd' (1988).
São três documentos que se foram complementando. Neles o carisma do Movimento foi sendo explicitado. O tempo e as exigências da história encarregar-se-ão de aclará-lo ainda melhor. A intuição do Pe. Caffarel não nos entregou um carisma fechado, para s~r guardado (d EPIS Pe. Angelo, Lettera end, 148). "Procuremos juntos" a vontade de Deus, em cada momento. A vida humana evolui e o crescimento exige novas vestimentas. As mudanças geram necessidades novas. A desafios novos, respostas renovadas. O carisma está sujeito ao desgaste da história. Começamos sempre com uma visão clara do que queremos e buscamos esta meta com fidelidade, mas as novas necessidades e situações, às vezes, solicitam novas respostas. Enfrentar a vida com suas sempre novas exigências, sem perder a identidade, é uma missão nada fácil. Nasce então a necessidade de recriar o carisma com fidelidade. As necessidades do tempo nos estão exigindo soluções e o medo nos pode levar a cair na tentação de voltar para trás, ao fechamento. Mas as palavras do Evangelho nos interpelam: "Pois aquele que quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la" (Mt 16,25) . O carisma é intocável, mas as formas de vivê-lo são mutáveis. Para dar respostas às necessidades de hoje, é preciso considerar os seguintes pontos: • Clareza e convicção da própria identidade (carisma) . • Não perder de vista a meta (santidade do casal). • Caminhar com reta intenção pelos caminhos por onde Deus nos chama. • Criatividade e habilidade no uso dos meios (PCE) oferecidos.
AO ENCONTRO DE DUAS EQUIPES Voltar à fonte é, também, voltar às primeiras equipes acompanhadas de perto pelo Pe. Caffarel, cujos casais conservaram vivo o ideal pelo qual decidiram unir-se em pequenas comunidades e, juntos, buscar o ideal evangélico, a santidade conjugal. Hoje, aqueles casais que alimentavam um ardente desejo de santidade conjugal são para nós mestres e referência. Mas duas equipes são para nós fontes especiais: • A primeira, aquela que foi em busca de um sacerdote com uma intenção clara e uma "determinada determinação" (como diria S. Teresa) . Queremos viver no Matrimónio uma vida autenticamente cristã, e para isso viemos pedir sua ajuda. Foram estas as palavras do primeiro casal, ao qual se agregaram outros três, e juntos, casais
e sacerdote, queriam encontrar e percorrer o caminho de uma vida cristã plena. Uma equipe de Nossa Senhora existe para que os casais se auxiliem mutuamente na busca da santidade, confiantes nos recursos que brotam do sacramento e nos meios e metodologia propostos pelo Movimento. Neste caminho foram descobrindo que o sacramento do Matrimônio é fonte de graças especiais, especificamente concedidas para que o casal possa viver a plenitude da vida cristã. Isoladamente, ninguém avança muito, e caminhar sozinhos é uma grande tentação e um grande perigo. Esta equipe, sem que isto fosse por eles imaginado, constitui-se em comunidade modelo, fonte de inspiração para todas as equipes que haveriam e haverão de surgir. Não é assim na Igreja? As novas comunidades buscam inspiração nas primitivas comunidades de Jerusalém. • A segunda, nós a encontramos mais perto: a primeira equipe do Brasil, de Nancy e Pedro Moncau. Um casal portador de boa formação cristã. Ambos, individualmente, eram autênticos cristãos, mas sentiam que, como casados, esperava-os outra forma, outro caminho de espiritualidade. Contam eles que ao descobrirem as ENS tiveram a sensação experimentada por um navegante perdido no meio do mar que, de repente, vê no horizonte um navio passando. Ao ver este navio, as esperanças de encontrar o caminho nasceram (Ensaios, pág. 23). Nas ENS descobriram a riqueza que estava com eles, e eles não sabiam: No matrimônio, Cristo toma o nosso pobre amor humano e o consagra a Deus pelo sacramento. Descobriram que não é só pelo Batismo que nos consagramos a Deus, mas também pelo Matrimônio. O casal também é consagrado ao Senhor. Nancy e Pedro, um casal que buscava como viver santamente a vida matrimonial, não esperou receber tudo gratuitamente, mas foi em busca, procurou. De fato, só quem deseja sinceramente busca ardorosamente. O empenho da busca nasce do ardor do desejo. A busca tem a força do desejo. "Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo aquele que pede, recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá" (Mt 7,7-8). Deus se deixa encontrar por quem o procura. No comportamento deste casal, encontramos o ponto de partida, o segredo do êxito: Querer de verdade. O casal Moncau foi à fonte, foi diretamente ao Pe. Caffarel, de quem apenas ouvira falar. Dirigiu-se a ele apenas porque sabia dos seus intentos, do seu ideal. No que foi animado
pelo Pe. Caffarel a unirem esforços na busca desse ideal. O casal Moncau foi a Caffarel com um único interesse: Aprender o caminho da santidade conjugal, ouvir seus conselhos e acolher seus ensinamentos, para crescer espiritualmente na vida conjugal. E recebeu muito mais do que procurava. O que se busca com ardente desejo, recebe-se, surpreendentemente em largas medidas. O casal Moncau poderia cantar com o salmista: "Os que semeiam com lágrimas ceifarão com alegria. Quando se vai, vai-se chorando, ao voltar, volta-se cantando, trazendo os feixes" (Sl126,5-6) . Nenhum dos membros da primeira equipe sabia o que era uma equipe de Nossa Senhora, mas todos sabiam o que queriam: Viver uma espiritualidade conjugal sincera e profunda. Ninguém se torna cristão de verdade sem voltar-se às primeiras comunidades cristãs, aquelas que fizeram as primeiras experiências do Cristianismo. Ninguém se torna filho das ENS sem olhar amorosamente para trás, com desejo de encontrar o "DNA'', os verdadeiros pais, as origens e a fonte pura das Equipes de Nossa Senhora. Da raiz nasce o tronco, do tronco, os ramos, e dos ramos nascem os frutos . Ramos desligados do tronco e tronco desligado da raiz secam e morrem. Para voltar ao servo de Deus, Pe. Caffarel, ainda nos resta fazer um longo caminho, do qual apenas apontaremos algumas setas. O caminho se faz caminhando, porque ninguém caminha pelo outro.
JESUS CRISTO Um breve exame de consciência, como pessoa, como casal e como equipe: Que lugar ocupa Jesus Cristo na nossa vida, como indivíduo, como casal? Na nossa familia e na nossa equipe ...? Onde está Jesus Cristo nos diferentes momentos da vida conjugal, na nossa reunião de equipe, sabendo que nos reunimos em seu nome? A minha mentalidade é confrontada com a Dele? Os nossos princípios têm suas raízes no Evangelho de Jesus Cristo? ''Ah, se conhecêssemos o mistério do Evangelho! " (Pe. Caffarel) . Queremos voltar à fonte para nos renovar. Precisamos nos tornar "vinho novo"! Jesus nos diz que vinho novo exige odres novos (cf. Mt 9,17) . Queremos um ano de renovação em 2009! Queremos renovar a vida cristã, a nossa fé , a nossa equipe, os nossos costumes ... o mundo, a Igreja. A nossa espiritualidade é inquietadora e nos quer arrancar da acomodação, de um cristianismo de nome e de um certo "equipismd' . Uma autêntica vida cristã exige um importante compromisso: precisamos um encontro com Jesus Cristo.
Ter coragem de confrontar-se, colocar-se diante daquele que disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). Só Ele é o Mestre (cf. Mt 23,8.10) . "Este é o meu Filho muito amado, no qual coloquei toda a minha complacência: Escutai-O" (Mt 3,17). Seremos nós, realmente, discípulos deste Mestre? Temos consciência do peso dos seus ensinamentos? (cf Mt 13,13-17). Escutai-O, é a ordem do Pai. A renovação acontece quando e se O escutamos. O encontro com Cristo acontece quando escuto como discípulo e como filho. O homem não se basta a si mesmo, tem necessidade de um mestre, que, se não for Jesus Cristo, será qualquer outro ou qualquer outra coisa. Só Jesus Cristo pode dizer: "Quem me segue não anda nas trevas" (Jo 8,12). Ser discípulos do Pe. Caffarel equivale a dizer discípulos de Jesus Cristo! O pensamento do Pe. Caffarel girava ao redor da pessoa de Jesus Cristo, e se outros personagens o atraiam é porque padeciam da mesma paixão por Cristo (como São Paulo) . Nas ENS o essencial, o centro é ocupado por Jesus Cristo. Paulo sentia-se fortemente atraído por Jesus Cristo, mas o amor a Jesus Cristo exigia o amor aos homens. Por isso ficava como que pressionado entre os dois. Partir seria melhor, mas o amor aos irmãos exigia sua presença (cf. A 1,23-24) . Neste sentido, Pe. Caffarel pergunta: O que buscamos nas ENS? É Cristo ou é outra coisa? É Ele a razão fundamental ou há outras finalidades? (CM de novembro de 1948). O tema do ano 2009 nos obriga a fazer uma reflexão radical sobre a nossa fé em Jesus Cristo. Um ano em que precisamos redefinir mais profundamente quem é Ele. A vida cristã e a razão de estar nas ENS dependem diretamente da resposta a este questionamento. A minha equipe será o que para ela é Jesus Cristo! Quantos cruzaram com a pessoa de Jesus durante a sua vida terrena? Mas quantos se tornaram seus discípulos? Paulo apaixonou-se por Ele quando começou a refletir sobre o que fez este Homem Jesus por ele. Por isso interessava-lhe unicamente o Cristo, Cristo crucificado. Pedro não encontrava palavras que merecessem crédito senão as de Jesus Cristo: "A quem iremos, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna!" (Jo 6,68) . Quem, além Dele, algum dia se atreveu a se definir como "o Caminho, a Verdade e a Vida"? (cf. Jo 14,6) Sem Jesus Cristo, estamos perdidos, sem saber o caminho e sem saber para onde ir. Sem Jesus Cristo, a razão, característica essencial do homem, não seria necessária, pois a razão vai em busca da Verdade.
Sem Jesus Cristo, permaneceríamos na sombra da morte, porque só Ele é Vida. Aproximar-se de Jesus Cristo é condição para entrar no pensamento e na vida do Pe. Caffarel. ''Aquele que em algum momento se encontrou com Cristo, que O conhece em profundidade, ao menos um pouquinho, aquele que escutou o seu chamado, cativante e encantador ao mesmo tempo, não poderá deixar de segui-lo; e segui-lo-á com espírito de confiança e de aventura, tornar-se-á herói e apóstolo" (Paulo VI. Homilia da festa da Epifania). São para os que se encontram com Jesus Cristo as palavras de Paulo: "Estes nossos irmãos são os enviados da Igreja, a glória de Cristo!" (2Cor 8,23) . Por que nós queremos encontrar-nos com Jesus Cristo? O mundo precisa passar por uma transformação. Esta acontece com a minha transformação. Deus quer esta transformação e ela começou a acontecer através da humanidade de Jesus. Deus é quem transforma, mas precisa de carne humana. Que homens e que mulheres são necessários? Homens e mulheres cheios de boa vontade ou de homens e mulheres transformados? Quem eram os Apóstolos escolhidos por Jesus para transformar o mundo? Se alguém tivesse preenchido uma ficha de apresentação de cada um deles, como candidatos para transformar o mundo, será que escolheríamos algum dentre eles? Mas Jesus apostou neles chamando-os para conviver com Ele. Chamou-os para serem discípulos seus. Os que nós rejeitaríamos, Jesus escolheu, mas primeiro os chamou para junto de si e os transformou. É deste Jesus, capaz de transformar, que o Pe. Caffarel nos fala. Foi com este Jesus que ele se encontrou e desde aquele momento sua vida encontrou o rumo do destino traçado pelo Senhor da vida. Desde que Jesus se tornou Alguém para ele, sua vida começou a ter outro sentido. Sua vida tem um antes e um depois do encontro, como a nossa terá um antes e um depois. Sem este encontro, a vida será morna. "Porque não és nem frio e nem quente, vomitar-te-ei da minha boca" (cf. Ap 3,16). Sem este encontro, a vida se toma sem graça e, quando fica sem graça, cansa. É como comida sem sal: come-se por necessidade, como remédio, mas sem prazer.
A ORAÇÃO NAS ENS Voltar à fonte é voltar ao ponto mais forte da vida e da ação do Pe. Caffarel. Entrar neste tema é entrar no mar mais navegado e mais conhecido pelo Pe. Caffarel. Neste mar ele navega com a segurança de quem tem muita experiência. A oração é o seu chão preferido e dela fala com a autoridade que lhe vem da vida.
Ele fo i um homem de oração, um orante . Criou a Escola de Oração e tornouse mestre desde o começo de sua vida sacerdotal e , desta atividade, só a morte o afastou. Um homem dedicado ao cultivo da vida espiritual, para si e para os casais das ENS. Preocupou-se em criar bases sólidas, estruturadas sobre fundamentos que considerava absolutamente indispensáveis para a vida cristã. A estrutura das ENS está fortemente alicerçada sobre a oração. Não existe equipe de Nossa Senhora forte sem a marca da oração fortemente impressa na vida dos casais. O rosto da verdadeira equipe de Nossa Senhora torna-se conhecido nos casais de oração. O nosso olhar para o passado, para as origens, tem uma finalidade que ultrapassa o puro conhecimento histórico. Não queremos olhar para trás apenas para conhecer a nossa história. Queremos olhar para as origens, porque precisamos e porque queremos uma renovação profunda. Recordar é uma forma de reviver o Movimento com o ardor dos primeiros dias. O recordar rejuvenesce as esperanças e multiplica as forças . O Jesus do Evangelho se impõe tempo de solidão e de oração prolongada. Impõe-se tempo para estar com Aquele que Ele mais ama, para estar a sós com Ele. O Ftlho veio ao mundo para cumprir o projeto do Pai. Não se cumprem projetas sem assumi-los. A realização do projeto exige partilhar o processo da realização. Jesus Cristo se coloca junto ao Pai para escutar e para partilhar. Nisto consiste a oração.
O PROJETO DE DEUS E A META DAS ENS O grande projeto de Deus sobre cada um de nós foi assumido como meta pelo Movimento. Em resposta à primeira carta dirigida a ele pelo casal Moncau, Pe. Caffarel, além de expressar a sua alegria em conhecer o ideal procurado por este casal, lembrava-lhes que a finalidade do Movimento é "ajudar os casais a tender à santidade, nem mais nem menos". Pedro Moncau desabafava, com um ar de tristeza, na carta enviada
ao Pe. Caffarel, em 1960: "Têm-se a nítida impressão de que inúmeros leigos e sacerdotes ainda não estão convencidos de que o casamento possa ser um caminho de perfeição. Até hoje não ouvimos falar uma só vez, seja nas conferências, seja nas homilias, nas práticas de retiros ou recolhimentos, de perfeição no estado matrimonial, com o aUXt1io do sacramento" (Ensaios, pág. 28). João Paulo II reforça assim: "Para essa pedagogia da santidade, há a necessidade de um cristianismo que se destaque principalmente pela arte da oraçãd' (NMl, 32). Rezar é uma arte que se aprende. "Senhor, ensina-nos a rezar" (Lc 11,1) disseram os discípulos a Jesus. O valor do tema de 2009 é indiscutível e sua importância é questão de vida. A oração é vital para a sobrevivência do cristianismo, do matrimônio, do sacerdócio e da vida religiosa. A oração é a coluna central que sustenta qualquer vocação. Nenhuma outra coluna suporta uma vocação sem a da oração. Ela é a pedra angular. A importância dada a este tema tem sua explicação. Todos os demais alimentos e elementos de sustento da vida cristã para casais e para sacerdotes, sem oração, nem são preocupação, nem fazem parte dos interesses imediatos da vida. O que faz sentir a necessidade de outros sustentos é o aprofundamento na vida de oração. Qualquer vocação, sem a coluna da oração fortemente estruturada, está com os dias contados.
APRENDERA REZAR Importa, sobretudo, mais que fazer orações, aprender a rezar de verdade. Se não se reza ou se reza pouco, talvez seja mais por não saber o que é oração e por não saber rezar do que por qualquer outro motivo. Nem tudo, ou nem sempre, o que tem aparência de oração é de fato verdadeira oração (cf. Lc 18,9ss) . A oração é uma arte (Paulo VI) que não se aprende lendo ou escutando palestras. É uma arte que se aprende com muito exercício. A oração é a arte de estar com Deus como se está com um amigo. Os amigos não nascem por geração espontânea. As amizades são criadas e fortalecidas através de muitos encontros, onde ambas as partes criam uma mútua confiança, que permita a total abertura dos corações. Esta abertura do coração marca o estágio da amizade, da oração. A doutrina de Teresa de Ávila sobre a oração está toda ela enraizada no conceito "amizade". Oração, para ela, é um trato de amizade com quem nos ama (Vida, 8). A oração é uma conversa entre amigos. Aqui quem define a qualidade da oração é a profundidade do amor, da amizade. Orar é falar com Deus como se fala com uma pessoa amiga.
A profundidade da amizade determina o tempo e o número de encontros. Encontros rápidos são como "visita de médico". A profundidade da amizade se mede pelo tempo que os amigos disponibilizam para estarem juntos e pela procura de oportunidades para se encontrarem. O tempo dispensado para a oração é um termômetro infalível da qualidade e profundidade do amor para com Deus e também do amor para com as pessoas. Quantas indagações poderiam ser feitas aqui! Oração é trato de amizade, relacionamento de amigos que querem estar muitas vezes e por muito tempo juntos e a sós! Cada um de nós procurará acompanhar essa procissão de pensamentos que percorre a nossa mente nas largas avenidas da nossa vida cotidiana. Que lugar ocupa este '~igo" em nossa vida? Se falta oração e rezamos pouco, o mais grave não é "o pouco". A gravidade tem raízes mais profundas, para onde pouco olhamos. Vejamos como estão os Pontos Concretos de Esforço, que giram ao redor da palavra oração. Quem sabe não haja tanta culpa! Talvez falte um conhecimento mais profundo sobre a oração, falta formação. Na oração acontece o diálogo com Jesus Cristo. O diálogo torna íntimos os amigos: "Permanecei em mim e eu permanecerei em vós!" (Jo 15,4). É pela oração que abrimos os olhos do coração para contemplar a face do Pai. Por ela abre-se um diálogo com as Três Pessoas da Santíssima Trindade. A falta desta fonte de vida espiritual é a causa de tantos desabamentos, talvez de todos. Poderão pensar: não será mais importante a Eucaristia do que a oração? Invertendo a pergunta, diria, parafraseando o Pe. Caffarel, haverá Eucaristia frutuosa sem oração? Sem oração, a Eucaristia é como um gole de água gelada quando o calor e a sede são grandes. Refresca a garganta e deixa um brevíssimo instante de satisfação, mas a sede continua. As ENS são chamadas a ser escolas de espiritualidade conjugal e de apóstolos do matrimônio. Uma escola de espiritualidade geradora de apóstolos não poderia chamar-se com outro nome senão "escola de oração". O Mestre Divino formando mestres, apóstolos. Estes são formados somente aos pés do Mestre. Orar é isto: Estar aos pés do Mestre. Meus caríssimos casais, uma breve visão, um breve retorno à fonte, à história e à vida do Movimento será um excelente meio para que cada equipe de Nossa Senhora renasça com novo vigor. As fontes do Movimento ainda estão vivas e originais. Ainda está bem viva na memória a lembrança dos que partiram deixando saudades. Ainda estão vivas muitas testemunhas oculares que viveram ao lado dos primeiros casais das ENS, bebendo diretamente
da fonte, escutando e vendo, ao vivo, com os próprios ouvidos e com os próprios olhos. Esta corrente vital não pode ser cortada. A vida se transmite por palavras, mas estas recebem a vida do testemunho, da tradição. Queremos continuar a corrente viva, para que a tradição seja uma lição permanente na vida. Não interessa se está escrito ou não, mas como foi vivido, interessa o testemunho dos casais que assim viveram e se santificaram. Se há um tema que foi paixão na vida do Pe. Caffarel este é a oração, desde os cadernos de formação para a oração até as inúmeras cartas e artigos girando ao redor deste tema. Navegar pelo majestoso rio da oração na barca do Pe. Caffarel será um belíssimo passeio promovido pelo Movimento para o ano 2009, que há de encher os olhos do coração daqueles que amam as ENS.
CONCLUSÃO Quero terminar com palavras tiradas do manual de oração e guia no caminho da santidade, o Evangelho. O Evangelho é um manual e um guia que nunca terá necessidade de reformulação: Um homem plantou uma vinha, cercou-a, abriu um lagar, construiu uma torre ... Depois arrendou esta vinha e partiu para uma viagem. No tempo oportuno, enviou um servo para receber os frutos, mas os vinhateiros espancaram o servo e o mandaram de volta sem nada. Enviou de novo outro servo, mais um e mais um. Enviou muitos servos para buscar os frutos. Todos tiveram um dramático fim. Agora só lhe restava enviar o Filho Amado, cuja sorte não foi diferente (cf. Me 12,1-12). Deus plantou a vinha das ENS. Fez tudo como fez o senhor da vinha de que nos fala o evangelista Marcos: Plantou a melhor semente, cercou-a com os meios de perfeição. Abriu um lagar, criando as equipes para os casais se auxiliarem mutuamente na busca da santidade. Foi construída uma torre de proteção, a estrutura do Movimento, as orientações de vida, e pôs tudo sob a vigilância da Igreja. Colocou vigias, escolhidos por Ele mesmo (casais responsáveis em todos os níveis). Recebemos das mãos de Deus estas vinhas: Sete Províncias, 46 Regiões, mais de 300 setores, quase três mil equipes. "Vinhas" que nos foram confiadas, "arrendadas". Agora Deus espera frutos, pois elas têm tudo para produzir excelentes frutos de santidade conjugal. Que o Senhor possa dizer a cada casal: "Muito bem, servo bom e fiel! / .. ./ Vem alegrar-te com o teu Senhor" (Mt 25, 21). •
ENCONTROS PROVINCIAIS DE 2008 PROVÍNCIA NORTE Nosso encontro provincial aconteceu nos dias 7, 8 e 9-11-2008, na Casa Laura Vicufia, em Manaus. Destacamos a presença de Dom Luis Soares Vieira, Arcebispo de Manaus, que fez questão de ressaltar o valor das Equipes no aperfeiçoamento dos casais, tanto na vida conjugal quanto na formação das suas famílias . As orientações e os pontos de unidade para 2009 foram situados dentro da proposta da ERI, a partir do Encontro de Lourdes em 2006: Equipes de Nossa Senhora, comunidades vivas de casais, reflexos do amor de Cristo. Chamou a atenção de todos um questionamento provocado pelo Casal Provincial , repetindo uma indagação do Padre Caffarel, cada vez mais atual: O que vocês vêm fazer nas Equipes? O próprio Padre Caffarel nos dá a resposta, clara e incisiva: O essencial é buscar Cristo! Também foi ressaltado um dos mais significativos valores do equipista: o desejo de servir! Durante os dias do encontro, refletimos, partilhamos, rezamos iluminados pelo Evangelho e celebramos a Eucaristia. Também houve intensa troca de experiências entre os
casais responsáveis de Setor. Na alegria do encontro, fomos re-encorajados a ajudar os casais a redescobrir e a viver a sua vocação de fiéis leigos casados. Jurando e Sidney CR Setor B - Manaus!AM
...
PROVÍNCIA NORDESTE Mais um encontro: alegria, transitoriedade, formação, celebrações. O Encontro Provincial foi realizado em São José de Mipibu/RN, de 17 a 19-10-08, sob a orientação do CRP, Eneida e Álvaro, que partilhou o trabalho com os casais regionais. O Encontro foi , antes de tudo, presença e graça de Deus atuando profundamente na vida dos casais equipistas que têm a missão de animar a caminhada do Movimento nos respectivos setores. Foi um tempo ímpar de evangelização e formação. Momento, também, de
visualização da pertença ao Movimento e da sua unidade . A partir das informações repassadas e recebidas sobre os pontos de unidade para 2009, em especial das sábias orientações do SCE, Pe. Pedro, aconteceu proveitosa troca de experiências e reflexões. Não poderíamos deixar de mencionar a riqueza de gestos e a profundidade espiritual vivenciadas nas liturgias, participadas com fervor e desejo profundo de estar sempre em sintonia com Deus. Nossos corações foram despertados para a certeza da existência de um chamado a evangelizar, que se fecunda pelo ardente desejo de viver como instrumentos de Deus , a serviço da santidade matrimonial daqueles que lutam para superar os obstáculos do mundo moderno. t:dí eusa e Espedrto CR Região Alagoas Ir. Olga - Eq.Dístantes, Tapera!Al
••• Ir CIAS-..J I Nos dias 7, 8 e 9-11-2008, no Centro de Pastoral Santa Fé - Perus/ SP, realizou-se o Encontro da Provín-
cia Sul I, visando repassar aos responsáveis de setor o ardor espiritual recebido do Colegiada Nacional , para que o amor a Jesus, manifestado através do nosso sim ao Movimento, chegue às nossas equipes de base e, na busca da santificação, todos possamos ser luz do mundo. O canto "deixa a luz do céu entrar" e a entronização do Círio Pascal, no qual eram acesas as velas de todos os participantes, nos animavam ao compromisso de, iluminados pela Luz de Cristo, sermos também luz para todos os casais. O clarão produzido pelas velas acesas foi como pré-visualizar a beleza do que é ser luz e ser inundado pela força do Espírito Santo. Não é necessário dizer que as palestras, enfatizando os pontos de unidade para 2009, foram ótimas. Ressalte-se a observação de que para o exercício da responsabilidade é necessário o casal: Identificar-se com o plano de Deus; Colocar-se ao serviço do Amor. Com a Cerimônia do Envio, todos sentiram-se enviados a ser luz no meio do mundo. ..Jria d1 José Renato CR Região Sao Paulo Capital II (
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PROVÍNCIA SUL III Nos dias 7 e 8 de novembro, em São Leopoldo/RS, realizou-se o Encontro da Província Sul III de 2008. Na união de esforços de todo o Colegiada Provincial, com a inspiração do Espírito Santo, tudo aconteceu segundo a vontade do Pai. Era a família das Equipes de Nossa Senhora reunida com o propósito de celebrar a vida, fortalecer a fé, aprofundar conhecimentos, testemunhar e trocar experiências. Vivenciamos palestras sobre os pontos de unidade para 2009, gru-
pos de reflexão, belíssimas celebrações. Tivemos as presenças dos bispos D. Dadeus Grings, D. Albano Cavalin e D. Lúcio Baumgaertner, e a visita de Graça e Roberto. E, desde o envio, começamos a preparar o nosso próximo EACRE/ 2009, quando serão repassados aos casais responsáveis de equipe as orientações para o ano de 2009, além de muita alegria e entusiasmo para o exercício da responsabilidade que lhes foi confiada. Mara e Joao CRR Santa Catarina II
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O PAPEL DO CRE Dias destes, fui chamado ao telefone por uma equipista amiga, eleita com seu marido para ser, pela primeira vez, Casal Responsável da sua equipe, a qual acaba de sair da pilotagem. Estava um tanto quanto amedrontada. Como sabia que eu e minha mulher somos velhos no Movimento, pediu que explicássemos qual o papel que o CR deve desempenhar.
Fui logo alertando que, pelo telefone, não seria possível. Ponderei, ainda, que uma simples explicação, apressada e superficial, não atenderia ao que, no fundo, ela desejava e o assunto exigia. Prometi-lhe, em conseqüência, colocar algumas ideias poresoito do muito que aprendemos ao longo de tantos anos e com tanta gente boa. Inclusive com o próprio Pe.Caffarel,
nas 5 sessões de formação de que tivemos a graça de participar. Como o que escrevemos, talvez, possa interessar a outros casais, aconselharam-me que publicasse a carta. É o que faço a seguir, omitindo, é claro, não só o nome da destinatária original, como alguns trechos para que o texto ficasse com a forma de um artigo. Não é preciso dizer que o ·CR não é um burocrata encarregado de marcar reuniões, cobrar a contribuição ou fazer o relatório. É muito mais do que isso. É uma missão, antes de mais nada, eclesial: estar a serviço da "pequena ecclesia", como gostava de lembrar o nosso Pe. Caffarel. Significa dizer que o responsável deve ter a preocupação primordial de fazer com que a reunião da equipe não seja uma reunião meramente social, onde se dão boas risadas, conversa-se bastante, fala-se de mil coisas, come-se bem e , até, reza-se, ao final da qual, porém, todos saem como entraram. A reunião da equipe deve ser colocada em um outro patamar, aquele em que, como dizia Santo Agostinho, através das coisas visíveis é-se levado a enxergar as coisas invisíveis, tal como ocorre com os sacramentos. A água, o pão, o vinho são realidades visíveis, mas, pela visão de fé, a água · do batismo faz-me enxergar no batizado um novo filho de Deus, alguém que passa a viver da vida do próprio Deus. O pão e o vinho apresentados ao povo, após a consagração, permitem que se saiba que ali, na realidade visível, está a realidade invisível e admirável do corpo e sangue de nos-
so irmão Jesus, aquele que nasceu das entranhas de Maria e deu a vida por nós para nos garantir um futuro imensamente glorioso. Assim também na reunião de equipe: sem a visão de fé , ela não passa de uma reunião meramente social (às vezes até pouco agradável) , mas se olharmos o encontro mensal com o olhar ditado pelo dom da fé , ali veremos o Cristo presente, como Ele mesmo prometeu: "quando dois ou três se reunirem em meu nome, Eu estarei no meio deles". Aí, então, estará formada a "pequena ecc/esia". O papel do CR é, pois, antes de mais nada, encarar a reunião sob este prisma de fé e procurar fazer com que os membros da equipe também olhem o encontro com o olhar de fé. Uma missão fundamental decorrente da própria ideia de Ecc/esia é que, como dizia e repetia sempre o Pe.Caffarel, o CR "é o responsável pela circulação do amor fraterno". E isso é absolutamente fundamental. Para exemplificar, recordo o que se passou em uma reunião a que tivemos, semanas atrás, a ventura de assistir. O que nos encantou e nos encheu de alegria foi ver com que interesse cada um dos membros da equipe preocupava-se com o grave problema de um deles. Uma preocupação sincera, real, vinda do fundo do coração. Preocupação que era o alicerce do forte desejo de ajudar o casal da melhor maneira ao alcance de cada um deles. Mas isso fizeram com verdadeira abertura de coração, expondo sem subterfúgios o que pensavam, ao ponto de um deles recriminar o outro por não ter
exposto o problema em sua inteireza desde que ocorreu, sem envolvê-lo em desculpas e rodeios. Em suma, confesso que pude ver e constatar "como eles se amam", sem pieguices ou sentimentalismos. Recordei, outro dia, algo de extraordinário, profundamente impactante, que a história registra: o gigantesco Império Romano, talvez o maior e mais bem organizado que já existiu, ao ponto de nós, cá neste Brasil, distante séculos da Roma imperial, não deixamos de ser herdeiros dela, tanto que falamos uma língua que não passa de um latim estropiado. E o que fez o grande império ruir por terra? Sair de um elaborado paganismo, repleto de deuses, para uma religião que daria origem a um novo modo de viver, o Cristianismo? O que fez a religião perseguida pelos césares vencer todos os obstáculos? - A constatação, pelos pagãos, do que se passava com os abomináveis cristãos: "vejam como eles se amam"! O CRE tem como missão precípua fazer com que os membros da equipe também, acima de tudo, possam dizer "vejam como nos amamos"! Importante, assim, nessa perspectiva, é o momento da coparticipação, momento por excelência da presença do amor fraterno. Isso exige, porém, abertura de coração, de pôr em comum as preocupações, problemas e alegrias que residem além das meras aparências, que estão no âmago do coração, aquelas que não somos capazes de contar para qualquer amigo. Só assim, co-
nhecendo o que se passa no íntimo do casal e de cada um, será possível ajudar o companheiro, amá-lo de verdade e não apenas com palavras bonitas ou simpáticas. Aliás, o profeta Isaias lembra, bem à maneira realista de quem cuida das ovelhas, qual o papel do CRE: Como o pastor cuida de seu rebanho, juntando os carneirinhos e os carregando ao colo para leválos às ovelhas que os estão amamentando (Is 40,11). O problema é: Como desempenhar tão nobre missão? A nossa experiência, vivida ao longo de 56 anos, com toda a sorte de responsabilidades no Movimento, é uma só: é preciso rezar! E rezar muito, a fim de discernir o que o Pai quer que a gente faça em favor dos irmãos. Sobretudo para ajudar os que necessitam beber o leite da sabedoria para sair de situações intrincadas, que precisam ser animados quando o peso dos problemas os acabrunham, que buscam a alegria do casal e dos filhos quando os acontecimentos parecem conspirar contra. Não é fácil. Mas estejam, casais responsáveis de equipe, absolutamente certos de que vale a pena. Quem mais sai ganhando, no final das contas, é a gente mesmo: a felicidade vale qualquer preço porque não tem preço. E fiquem certos de que nunca estarão ao desamparo: o Senhor estará sempre do lado dos novos responsáveis. Luiz Marcel/o da Esther Equipe 1 - Setor A São Paulo Capital I
ENCONTRO NACIONAL 2009 Queridos irmãos equipistas: Faltam só seis meses para o 2° Encontro Nacional das ENS , a Grande Assembléia do nosso Movimento a se realizar em Florianópolis/SC. E este pode ser um longo tempo para casais e SCE que vivem a alegre expectativa do encontro, mas pouco tempo para todos aqueles que estão diretamente envolvidos com a sua realização. Será um momento importantíssimo para a vida do Movimento, em particular para nós, casais e conselheiros espirituais, pois estaremos em comunhão de fé , inspirados pela beleza natural da Ilha que está em plenas condições de acolher mais de cinco mil equipistas. Será, também, a oportunidade para abraçarmos nossos irmãos catarinenses que, no final de 2008, sofreram com as enchentes que se abateram sobre algumas cidades da região do vale do ltajaí, como Blumenau, Gaspar, Ilhota e Itajaí. Nossa solidariedade deve ir além da contribuição material. Nosso abraço fraterno poderá significar: "irmãos, nós estamos com vocês!" É animador saber da mobilização de equipes, setores e de regiões, no sentido de participarem deste evento. Há exemplos de esforço criativo de setores se organizando para a viagem a Florianópolis, até para custear o transporte em ônibus fretado. O artigo "Dias de Bênçãos", de Onorina e Adriano (CM dezembro/2008) diz bem da 18
importância do encontro, no verdadeiro sentido de pertença ao Movimento. O 1° Encontro Nacional de Brasília deixou em nós alegrias que o tempo se encarregou de repetir em nossas vidas . Recentemente, em Campo Grande-MS , ficamos felizes ao reencontrar Vânia e José Roberto, integrantes da equipe que formamos naquele Encontro. E quantos, em Florianópolis, terão a bela oportunidade de rever ou conhecer aquele irmão ou irmã de quem receberam um "Bilhete para um Anjo da Guarda", ao final do Encontro de Brasília? Hoje, a Eunice telefonou para a Ana Maria, de Americana/SP, por quem ficou encarregada de rezar e, marcaram um encontro em Florianópolis. Outra notícia é que todos os Casais Responsáveis Regionais estão em condições de acessar as listagens de inscritos em suas Regiões. Os já inscritos preparem-se para esse encontro que marcará a vida das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Os que ainda não se inscreveram procurem o Casal Responsável pelas Inscrições na sua Província, pois, vai valer a pena. E todos os equipistas, inscritos ou não, na oração diária do Magnificat, com Maria, rezem pelo nosso Encontro. Até Florianópolis! Um fraterno abraço, Eunice e Milton Casal Secretário-Tesoureiro/SR C.M 433
LOGOMARCA DO 2° ENCONTRO NACIONAL ENS BRAS I L
ENS BRASIL- 2° ENCONTRO NACIONAL Florianópolis - 16 a 19 de julho de 2009
NOTAS SOBRE A LOGOMARCA: A ponte é símbolo (sinal) da cidade que acolhe o 2° Encontro Nacional. O casal cristão equipista é sacramento (sinal) do amor de Cristo. As torres da ponte se elevam para o céu, onde devem estar os corações dos cônjuges. Os pés da torre (do casal) não se apóiam nas águas, Ínas nas profundezas, onde encontram a rocha. O casal está de pé, sinal de prontidão. De mãos dadas, fazem segura toda a construção. Se fraquejarem na busca da santidade, se as mãos se soltarem, toda a obra ruirá. Os braços não apenas unem o casal, mas se estendem para acolher aos que vêm à sua procura. A ponte é passagem para a outra margem. O casal também sai de uma
margem, no início da vida matrimonial, e com o "barco" (esquif- a equipe) avança para águas mais profundas, a fim de, na outra margem, encontrar o Senhor, que o espera. Olham um para o outro e veem o próprio Deus que os habita (porque são seu reflexo) . Não temem os ventos fortes , nem as tempestades da vida, porque fazem de sua vida uma viagem com o Senhor e para o Senhor, que desde toda a eternidade os escolheu para viverem no amor e com o Amor. A ponte é pênsil, balança, mas mantém-se firme , porque ancorada na rocha. Autores da proposta escolhida: Casal Zenilda e Marco Túlio, Equipe Nossa Senhora da Conceição - Setor D João Pessoa/PB
O HINO DO ENCONTRO Hino do Il 0 Encontro Nacional
Leua: Pc. Valdir Staebelin•
das Equipes d e Nossa Senhora F loriaoópolis, 16 a 19.07.2009 E
Música: Pc. Ncy Brasil
E
A
1. As E - qui - pes de Nos - sa Se - nho - ra 2. Nos-sa_es - cu - ta di - á - ria da Bí - blia 3. Tes - te - mu - nho de fe - cun - di - da - de
4. San - ti
- da - de_em ca - sal
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1. si!, de 2. en - ta_e 3. sais que_i 4. pon - tos
dlm 1. mo 2. la 3. ma4. de -
lon- gín - quos rin trans- for - ma_oca - rra - di - am o_A con - cre - tos de_a -
c#m!B sa, vra, dos, ce
cões, sal: mor. mar.
a - fer - VO que_i - lu - mi vo - ca - ção Se - nhor o
e mi-nha
re - u - ni - das na em nós fa - ça - se_a é_a mis- são à qual com Ma - ri - a nos -
rim
I - lha for Tu - a Pa so - mos cha 'al-maen-gran-
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nós bus - ca - mos, E
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que nos dá que cons - trói
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co - ra v a do o Se nos - so G#m
- ções! mal! nhorl lar!
c#'9
ca-sa ser -vi-re- mos ao Se-nhor! Nós, nos- -r.as faEAEJ1m EB
mi-lias, to-dos
nós, ser-vi-re- mos ao Se - nhor!(cfJe 24,15) Florianópolis, 12 de outubro de 2008
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BODAS DE OURO Deuzinha e Simões celebraram Bodas de Ouro, no dia 19 de julho de 2008, no mesmo templo onde, há 50 anos, se uniram em aliança perpétua, a Igreja N. Senhora dos Remédios (Fortaleza/CE) , para júbilo e gratidão de seus 6 filhos , 2 genros, 1 nora, 8 netos e uma multidão de amigos e de irmãos do Setor G, especialmente da sua Equipe Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Setor G - Fortaleza/CE) . A Eucaristia foi presidida pelo SCE Pe . João Jorge. Que belo exemplo de amor de Deuzinha e Simões, testemunhas verdadeiras a serviço dos casais. Áurea e Ênio, no dia 6 de dezembro de 2008, celebraram Bodas de Ouro. A Eucaristia foi belamente preparada e conduzida pelas filhas, filho, netas e netos e foi presidida pelo Pe. Chico, SCE da Equipe integrada pelo casal, Nossa Senhora de Guadalupe (Setor D - Porto Alegre/RS) . Estando presentes muitos amigos, na homilia, Pe . Chico passou a palavra ao casal, que pronunciou belo testemunho de como o amor transforma alegrias e sucessos, dores e tristezas em felicidade duradoura. Neli e Doralino Cristofari (1), e Maria Lourdes e Honório Pillan (2) reuniram seus filhos , noras, genros, netos e bisnetos, parentes, amigos e irmãos das suas Equipes, para com eles elevar a Deus ações de graças pelas suas Bodas de Ouro. São casais equipistas há mais de 30 anos, no Setor C de Porto Alegre/RS. Ao final da celebração eucarística foi cantado o Magnificat. Aos dois casais os votos de que seus matrimónios continuem testemunhando o amor.
ORDENAÇÕES PRESBITERAIS
5 novos sacerdotes No dia 22 de Novembro de 2008, na Igreja São João Batista, em Rudge Ramos, São Bernardo do Campo/ SP, pelas imposição das mãos e oração consacratória de Dom Nelson Westrupp, SCJ, cinco jovens receberam o sacramento da Ordem no grau do presbiterato. Dois são SCE no Setor ABC III: Pe. Tiago, na Equipe N. Senhora da Conceição Aparecida, e Pe. Gonise, na Eq. N. Senhora da Imaculada Conceição; Dois são SCE no Setor ABC 1: Pe. Sidcley, da Equipe N. Senhora da Assunção, e Pe. Francisco, da Eq. N. Senhora do Caravaggio. E Pe. Flávio , ainda sem equipe. Parabéns! A sua ordenação nos traz alegria. Que Deus abençoe sempre a caminhada de todos Benita e Ruy, S etor ABC lli - Região S. Paulo Sul I
Pe. Marcelo Cezarino, no dia 7 de outubro de 2008, para honra e glória do Senhor e alegria de todos, foi ordenado presbítero pela imposição das mãos e oração consacratória de Dom Matias, Bispo da Diocese de NataVRN. Pe. Cezarino é SCE da Equipe N. Senhora Rainha da Paz, do Setor D de Natal. Que as bênçãos de Deus e a proteção de Maria sempre estejam sobre Pe. Marcelo. Anivâina e Heronildes, Eq. N. S. Rainha da Paz Setor D - Natai/RN
FALECIMENTOS
Leonidas Ramos {Dinha), da Zilda, no dia 12 de julho de 2008. Integrava a Equipe Nossa Senhora do Amor, do Setor B de Lages/SC. Armando Geraldo, da Lea, no dia 23 de agosto de 2008. Integrava a Equipe N. Senhora Auxiliadora de Valinhos/SP Alzira Moreira de Souza, do Adeydes, no dia 10 de outubro de 2008. Integrava a Equipe N. Senhora das Graças do Setor Piabetá/RJ. João Domingos Lilli, da Anésia, no dia 2 de novembro 2008. Era membro da Equipe Nossa Senhora de Lourdes do Setor A de Catanduva/SP Júlio Vono Neto, da Maria lzabel, no dia 17 de novembro de 2008. Era membro da Equipe N. Senhora da Saúde do Setor A de Jaú/SP 22
CM 433
NOVOS DIÁCONOS Florentino Antônio dos Santos Junior foi ordenado diácono no dia 21 de dezembro de 2008, pela imposição das mãos e oração consacratória de D. Bruno Gamberini. "Posso afirmar, diz o diácono, que a minha vocação está bastante alicerçada e fortalecida pela participação como Acompanhante Espiritual da Equipe 6, do Setor de Indaiatuba/SP". Alex Sandro , Acompanhante Espiritual da Equipe N. Senhora da Rosa Mística, do Setor C de Maceió/AL , foi ordenado diácono em agosto de 2008.
Alexander Marques da Silva, Edson Felipe M. Gonzalez e Lucas Alves da Silva, pela imposição das mãos e oração consacratória de Dom Jacyr Francisco Braido, Bispo de Santos/SP, foram ordenados diáconos no dia 13 de dezembro de 2008, na Catedral de Santos. O Diácono Lucas acompanha a Equipe N. Senhora do Carmo do Setor A de Santos/SP. Neli e João CR do Setor A - Santos!SP
TITULO ECLESIÁSTICO Monsenhor João Gilberto de Moura, SCE da Equipe N. Senhora da Rosa Mística, do Setor de Ituiutaba/MG , recebeu a indicação do Papa Bento XVI para receber o título de Prelado de Honra. Adriano e Mareio, Eq. N. S . da Rosa Mística Setor ltuiutaba.'MG
CORREÇÕES 1. Na Carta Mensal431, pág. 23. fotos: Os nomes do CR da Região Espírito Santo são Célia e Anselmo, e do CR Região Ceará são Delanie e Augusto. 2. Na Carta Mensal 432, pág. 28, em Equipistas engajados, leia-se: ...na Paróquia N. S. da Conceição de Itabaiana/PB.
NOVO PROCEDIMENTO DE ADESÃO E RENOVAÇÃO Associação dos Amigos do Padre Caffarel Causa de Beatificação do Servo de Deus
A fim de facilitar, resumimos que a alteração concentra-se na supressão da ficha de inscrição, a qual fica substituída pela colocação do nome completo do membro associado (quando casal: os nomes de ambos) no verso do depósito que deve ser enviado ao Secretariado Nacional das ENS.
PROCEDIMENTO DE INSCRIÇÃO 1° Depositar na conta do Banco do Brasil S/A - 001 Agência: 2375-2 - conta corrente: 11.946-6- Equipes de Nossa Senhora; 2° Escrever, em letra de forma , no verso do recibo de depósito o nome completo de cada um dos cônjuges (no caso de casal) ou da pessoa associada; 3° Enviar o comprovante do depósito para o Secretariado Nacional: (Rua Luís Coelho, 308, 5° andar, cj 53 - São Paulo/SP- CEP 01309-902); a) Manter atualizado cadastro no Secretariado Nacional (inclusive e-mail); b) Convém guardar consigo cópia do depósito. 24
PROCEDIMENTO DE RENOVAÇÃO (a cada 12 meses) Seguir os mesmos passos acima, acrescentando ao passo n° 2 a palavra RENOVAÇÃO, depois de es.crever os nomes. VALOR DA CONTRIBUIÇÃO ANUAL • Membro associado- R$ 33,00. • Casal associado- R$ 50,00. • Membro benfeitor- R$ 83 ,00 (ou mais). PE. CAFFAREL AINDA NOS ENSINA "Quais dias futuros não se poderiam esperar para a Igreja, se a luminosa mensagem do Cristo sobre o matrimónio alcançasse os quatros cantos do mundo! " Roma, maio de 1959. "Falar de Deus é fácil. É preciso fazer mais. É preciso fazer melhor. Convidar as pessoas a fazerem a experiência de Deus." K~rty e Alexandre Casal Coordenador para a SR Brasil da Associação Amigos do Padre Caffarel
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MEDITANDO EM EQUIPE Como estamos iniciando um novo ano, é interessante situarmo-nos diante do que é mais importante: o seguimento de Jesus Cristo, o Salvador. Quantas vezes, ao longo do ano, os afazeres cotidianos podem exigir tanto esforço e concentração que são capazes de nos afastar do que é essencial e provocar uma troca de sentido de vida . Por essa razão, convém retornar ao que preenche a vida de sentido e ao que nos leva a encontrar a Cristo em meio às vicissitudes da vida .
ESCUTA DA PALAVRA EM MATEUS 16,24-28 Sugestões para a meditação: 1. Quais são as preocupações da vida que nos podem afastar de Deus? 2. Quais são as renúncias que se impõem a quem quiser seguir a Cristo? 3. O que ensina o presente texto para o casal e a vida familiar? Pe. Geraldo
ORAÇÃO LITÚRGICA (Salmo 128) Feliz aquele que teme o Senhor e anda em seus caminhos : Comerás do fruto de tuas mãos, serás feliz e prosperarás. Tua esposa será videira fecunda no interior de tua casa; teus filhos, rebentos de oliveira ao redor de tua mesa . Eis como é abençoado o homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém, todos os dias de tua vida , e vejas os filhos de teus filhos! Paz a Israel!
HINO DO 1° ENCONTRO NACIONAL 1. As Equipes de Nossa Senhora no Brasi l, de longínquos rincões, reunidas na Ilha formosa , afervoram os seus corações! 2. Nossa escuta diária da Bíblia orienta e transforma o casal : em nós faça-se a Tua Pa lavra, que ilumina e preserva do mal! 3. Testemunho de fecundidade de casais que irrad iam o Amor: é a missão à qual somos chamados, vocação que nos dá o Senhor ! 4. Santidade em casal nós buscamos, fiéis aos pontos concretos de amar: com Maria nossa alma engrandece o Senhor que constrói nosso lar!
Refrão: Eu e minha casa serviremos ao Senhor! Nós, nossas famílias, todos nós, serviremos ao Senhor! Letra : Pe. Valdir Staehelin Eq. N. S. do Carmo - Set or B, Florianópo/is/SC (participação de Pe. Ney Brasil)
Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar. cj 53 • 01309-902 • São P.aulo - SP Fone: (Oxx11 ) 3256 .1212 • Fax: (Oxx11) 3257 .3599 secretariado@ens .org .br • cartamensal@ens .org .br • www.ens .org .br
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