ENS - Carta Mensal 445 - Junho e Julho/2010

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Equipes de Nossa Senhora


Equipes de Nossa Senhora

EDITORIAL Da Carta Mensal. .. ........... ........ ........ ....... 01

EJNS- EQUIPES JOVENS DE NOSSA SENHORA Ensinar aprendendo ...... ..... .. ......... ... .. .... 27

SUPER-REGIÃO Sagrado Coração de Jesus ............ ........ .. 02 Visita Pastoral : vivendo a unidade .......... 03 Paternidade e maternidade .... ..... ........... OS

60 ANOS DAS ENS NO BRASIL "É preciso que cada equipe seja um viveiro de apóstolos" .. ... ................... 07 " Eis o que há tanto tempo eu procurava " .......... .. .. .. .. ...... ..... 09 Peregrinação Nacional em Aparecida .. .. 13

VIDA NO MOVIMENTO Sessão de Formação Nível I ........... ......... 15 Formação e confraternização dos SCEs ....... 1 5 Encontro festivo da experiência comunitária ...... .... .. ................. ........ ....... 16

NOTICIAS .. ........... ........ ............ .. .. .. ..... 17 Demonstrações Financeiras 2009 .... ... .... 20

TEMA DE ESTUDOS Reflexão a partir do estudo do tema " descoberta de um amor novo" .... .. .. ..... 28

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Retiro anual. ........ ... .. ........ ...... ............ .... 29 O Dever de Sentar-se .... ... ..... ... ............. .. 30

REFLEXÃO O bem mais precioso .. ....... .. ...... ............. 31 Amor conjugal ..... ... .. ...... ... ..... ....... .... .... 32

MARIA Eis porque nossas equipes são as " Equipes de Nossa Senhora" ...... ....... ... .. 33

RAÍZES DO MOVIMENTO "Javé se inclina ... " .. ........ ... ........... .. ......... 34

TESTEMUNHO É tempo de mudar o

ANO SACERDOTAL

rumo de nossa história .. ........... .. .. .... .... .. 22 "Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho" ........ ....... ... ......... 23 Ajuda mútua sem fronteiras! ... ... ..... ...... 24

ATUALIDADE

O testemunho suscita vocações .. ...... ..... 36

O pesar, o perdão e a generosidade .. ... .. 37 Confiança em Deus ... .. ........... .... ... ... ...... 38

FORMAÇÃO

ENCARTE Visita Pastoral

A arte do diálogo .. .......... ....... .... ....... ... .. 25 Pedagogia das ENS: como aproveitá-la melhor .... ..... ...... ...... 26

Carta Mensal é uma public:açâo mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "lei de Imprensa" n• 219.336 livro B de 09.10.2002 Edição: Equipe da Carta Mensal Zezinha e Jailson (responsáveis) Fátima eJoel

Glasfira e Resende Paula e Genildo Zélia e Justino Frei Geraldo de Araujo Lima -O. Carm.

Edição e Produção: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiaçu, 390 11° andar, cj. 115 • Perdizes São Paulo Fone: (11) 3473.1282

Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)

Imagem de Capa: cidades da Província Leste

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

Tiragem desta edição: 21 .000 exemplares

Impressão: Prol

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para: Carta Mensal R. Lui s Coelho, 308 s• andar • conj . 53 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx 11) 3256.1212 Fax: (Oxx11 ) 3257.3599 cartamensal@ens. org.br A/C Zezinha e Jailson


Com esta citação bíblica apresentamos a Carta Mensal Junho/Julho, pois ela traduz o que vivemos quando da Visita Pastoral nas Minas Gerais. Como é bom estar entre irmãos, ser acolhido com tanto carinho e, pensando em dar um pouco de nós, recebermos tanto! Foram momentos marcantes de orações, testemunhos, convivência e fraternidade. Em seu artigo Pe. Miguel nos convida a aprender na Escola do Amor, da Palavra, da Revelação de Deus Pai, lembrando que Jesus disse: "aprendei de Mim! " (MT.11 ,29) e que: O Sagrado Coração de Jesus (que comemoramos neste mês de junho) é a manifestação concreta do amor misericordioso de Deus encarnado. Cida e Raimundo se reportam à ação missionária do Apóstolo Paulo, contando-nos como foi Viver a Unidade no seio das Equipes de Nossa Senhora em terras mineiras ... Os irmãos Fátima e Canêjo nos levam a refletir sobre as honras e deveres da paternidade e maternidade responsáveis, na missão de educar os filhos para viverem o plano de felicidade de Deus-Pai. Ainda comemorando os 60 anos das ENS no Brasil, Mariola e Eliseu, Bega e Rubinho, Leda e Marcos nos brindam com mais histórias sobre a vida do Movimento. Encerrando a comemoração do Ano Sacerdotal, Pe. José Albuquerque nos fala da importância do testemunho para suscitar vocações, referindo que a fecundidade da proposta vocacional depende, em primeiro lugar, da ação gratuita de Deus, mas é favorecida também pela qualidade e riqueza do testemunho pessoal e comunitário de todos aqueles que já responderam ao chamado do Senhor. Nesta edição estamos com um novo Encarte, desta vez dedicado à Visita Pastoral, realizada nas Minas Gerais. Também será publicada a Demonstração Financeira do ano 2010 e mais: notícias de eventos, testemunhos, reflexões (de modo especial, as bandeiras, Tema de Estudos e Partilha e PCEs) de irmãos e conselheiros dos mais diferentes recantos deste nosso Brasil, terra fértil para a sementinha das ENS, lançada há seis décadas ... No Meditando em Equipe, Frei Geraldo homenageia São João e São Pedro, cujas comemorações, desejamos a todos, sejam com: bandeirinhas coloridas, forró , comidas típicas, fogueiras, quadrilhas e muita alegria para todos! Fiquem com Deus!• Zezinha e Jarl~on CR Equipe da Carta Mf nsa/ Tema: t~-vto, ~-.::to

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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração" (Mt 11 ,29)

Neste mês de junho, comemoramos a festa do Sagrado Coração de Jesus. Queridos equipistas, há uma escola permanente para a qual somos convidados e que nos apoia todos os dias no nosso "ofício de casais". É a escola do Amor, da Palavra, da revelação de Deus. Jesus nos diz "aprendei de Mim"! Vamos, pois, à Escola por excelência. Aprendamos e ensinemos aos nossos filhos que, onde e quando há amor, há unidade; onde e quando falta amor, temos divisões, falta perdão, falta paz. Num mundo dilacerado por discórdias, busquemos no Coração de Jesus a inspiração para tornarmos o nosso lar cada dia mais fecundo e mais santo. O Coração de Jesus é a manifestação concreta do amor misericordioso de Deus encarnado. O Papa João Paulo II escreveu, num artigo intitulado Do Coração aberto de Cristo provém o amor necessário às famílias , o seguinte: "Sim, graças ao sacramento do matrimónio, na Aliança com a Sabedoria divina, na Aliança com o amor infinito do Coração de Cristo, vós famílias, tendes o dever de desenvolver em cada um dos vossos membros a riqueza do ser humano, a sua vocação ao amor de Deus e dos homens. Sabei acolher a presença do Coração de Cristo confiando-Lhe o vosso lar. Que Ele inspire a vossa generosidade, a vossa fidelidade ao sacramento no qual a vossa aliança foi selada diante de Deus. E que a caridade de Cristo vos ajude a acolher e a auxiliar os vossos irmãos e irmãs feridos pelas rupturas, deixados sós; o vosso testemunho fraterno far-lhes-á descobrir melhor que o Senhor não deixa nunca de amar aqueles que sofrem. Diante do Coração aberto de Cristo, procuramos depositar Nele o amor verdadeiro de que necessitam as nossas famílias. A célula familiar é fundamental para edificar a civilização do amor." (L ' Osservarote Romano, 12/10/86) . Pelo caráter de entrega incondicional e desinteressada que os cônjuges assumem na vida por meio do Sacramento do Matrimónio, são chamados a ser especialistas do amor. Testemunhemos, pois, esse amor e mostremos ao mundo como é o amor do Coração de Deus e sejamos "reflexos do amor de Cristo". Um carinhoso abraço. No Coração de Jesus,• Pe. Miguel Batista, SCJ SCE Super-Região Brasil 2

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VISITA PASTORAL: VIVENDO A UNIDADE ':4 multtdao dos fiets era um só coração e uma so alma"(At 4,32J

Amados casais e conselheiros espirituais: A Equipe da Super-Região Brasil está em Minas Gerais, Província Leste, em Visita Pastoral. Toda a equipe se sente abraçada pelos equipistas mineiros e por Deus, o qual, cuidadosamente, tudo providenciou para que aqui viéssemos víssemos e vivéssemos o milagre do acolhimento e da partilha generosa de tantos casais. As Visitas Pastorais com sua metodologia nos fazem lembrar São Paulo - o apóstolo do "Caminho" - o apóstolo intrépido que colocou acima de qualquer coisa sua missão: anunciar (difundir) , de forma apaixonada, o Cristo Ressuscitado. Uma missão que o fez desinstalarse, juntamente com outros discípulos, para terras estrangeiras, terras pagãs, enfim, por toda a Ásia. Por CM 445

onde passavam, enterravam uma sementinha, uma futura comunidade. E o Cristianismo se alastrava (expandia) lentamente , mas com vigor e entusiasmo. As comunidades , no entanto, não ficavam à deriva. O zeloso missionário acompanhava com cuidado maternal cada comunidade, mesmo a distância. Quem não conhece as famosas "Cartas" de Paulo aos coríntios, aos filipenses, aos gálatas, aos efésios... quando não podia fazer-se presente em visita pastoral (expansão sustentada)? Foi graças à metodologia usada pelo apóstolo dos gentios (evangelização) que o Cristianismo saiu de Jerusalém. E o Cristo Ressuscitado se tornou presença no meio de dois ou mais que se reúnem em seu nome (cf. : Mt 18,20). Assim também são as Equipes 3


de Nossa Senhora : difundem , expandem, cuidam de forma sustentada e se reúnem em nome de Cristo. Elas são um caminho para Jesus Cristo. Por que nos reportamos à ação missionária de Paulo? Para compreendermos o sentido espiritual que está por trás de uma Visita Pastoral nas Equipes de Nossa Senhora , seja em qualquer segmento: Setor, Região, Província, Super-Região e Equipe Responsável Internacional (ERI) . A Visita Pastoral, além de celebrar a unidade das equipes , animar seus membros e levá-los ao entendimento de se pertencer a um Movimento Internacional, traz em seu bojo os seguintes elementos: o cuidado, a responsabilidade , o respeito e o conhecimento. Não estamos sozinhos ou isolados numa equipe, num Setor, numa Região e assim sucessivamente. SOMOS UMA EQUIPE DE EQUIPES. Isso nos torna irmãos em Cristo e uma comunidade de iguais, dirigindo o olhar para o mesmo ponto: Jesus Cristo. Por tudo isso é indispensável conhecer e dar-nos a conhecer uns aos outros, para mais amar e se comprometer com as exigências cristãs e, dentre essas, com o Sacramento do Matrimônio, para que nenhum se perca (cf. Jo 6,39) . São Paulo agiu com amor genuíno e apaixonado, daí o respeito, a responsabilidade e o cuidado com

aqueles por quem se deixou cativar. Assim também agem todos aqueles que têm uma missão nas Equipes de Nossa Senhora. A especialidade missionária dos casais do nosso Movimento torna-o vivo e atual: "ele está em construção a cada dia, graças à ação de cada um de seus membros. Cada um , na obra, assume uma responsabilidade que lhe é própria, segundo suas atitudes particulares, seus recursos, seu tempo, sua generosidade" 1 . E essa construção, esse desenvolvimento das equipes no Brasil, fermento escondido na massa, pode significar uma contribuição muito valiosa no seio da Igreja Católica. O fato de estarmos sendo acolhidos tão carinhosamente por casais que nunca tínhamos visto antes confirma serem as ENS um Movimento querido por Deus, um Movimento que, há 60 anos, na pessoa do casal Nancy e Pedro Moncau, recebeu o sopro do Espírito Santo. É mediante essa "unção" que as Equipes de Nossa Senhora "vêm instaurando o reino de Cristo nos lares e conseguindo que a santidade crie raízes em pleno mundo moderno"2 . Por isso, queridos irmãos, batamos palmas para quem completa 60 anos de vida sob o olhar e a proteção da Mãe Santíssima! DEUS ABENÇOE TODOS OS SEUS FILHOS!! • Gda Rar undo CR uper- R o B as I

1. Pe. Caffarel, Centelhas de sua mensagem p. 75 2. Pe. Caffarel, Centelhas de sua mensage m p. 124

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Casal Provme~al

PATERNIDAD E MATER Ser pai e ser mãe nos tempos de hoje é diferente do que nos demonstra o Livro Sagrado quando encontramos o mandado de Deus , criador do homem e da mulher. Nos documentos Humanae Vitae e a Familiaris Consortio, encontramos a ordem de ser casal e colaboradores de Deus no dom da vida, gerando filhos , educando-os para viverem o plano de felicidade de Deus-Pai. A educação dos filhos passa por incutir, na mente deles, o amor de Deus, e essa educação não perpassa somente pela responsabilidade do pai. A mãe exerce um papel preponderante ao lado do pai na educação dos filhos. Ambos abraçados no amor, a exemplo de Cristo, colocam-se "a serviço da paternidade e maternidade divinas na alma de seus filhos." (Pe . Caffarel) Ser pai e mãe não é dar os seus sobrenomes ao filho, mas assumi-lo afetivamente e com responsabilidade perante Deus, a humanidade e ele mesmo. O exercício da paternidade e da maternidade deve ser um ato de desejo espontâneo, e não fruto de um destino ou de uma falha cometida pela mulher contra o homem ou vice-versa . Deve ser um direito e não uma imposição. É um dos acontecimentos CM 445

DADE

mais importantes na vida de um homem e de uma mulher, do qual nascerá um relacionamento afetivo que jamais será interrompido, pois para um desenvolvimento psicologicamente sadio é indispensável a relação entre pais e filhos . A paternidade e a maternidade nascem dos esposos que possuem o instinto de pai e mãe e que desejam constituir uma família. Do instinto natural humano vem o desejo de ter filhos e criá-los com amor e no amor. Os pais encontram nos Evangelhos os valores cristãos para que exerçam seus papéis e transmitam aos seus filhos um tipo de vida no qual esperam que eles sejam realizados e felizes . O testemunho dos pais é o que movimenta os filhos a valorizarem a vida a dois, no amor mútuo e, em especial, no Sacramento do Matrimônio. Falar do bem que um casal encontra ao 5


procriar com amor, sacramentado pelas bênçãos de Deus por meio do matrimônio, evita que as crianças e jovens banalizem o amor e se voltem para o erotismo e para o casamento como uma experiência impregnada pela mídia.

O exercício da paternidade e da maternidade amadurece o homem e a mulher levando-os a treinarem virtudes, como a paciência e a tolerância. Por intermédio dos pais, as crianças aprendem a desenvolver a autoconfiança, a autoestima e um caráter digno e maduro emocionalmente. O papel do pai em colocar a disciplina e a obediência é essencial 6

para que a violência não tenha vez na sociedade. O papel da mãe é o de reforçar as ordens do pai; ela não poderá competir ou ser antagonista do pai. As normas que devem ser seguidas em casa irão se solidificar quando os filhos perceberem que os pais estão unidos para educá-los. Somos um casal que já completou 40 anos de casados e, em 31/05/2010, completamos 14 anos de caminhada nas Equipes. Na medida em que avançamos na formação propiciada pelas ENS em função do carisma "Espiritualidade Conjugal", sentimo-nos agradecidos a Deus pelo matrimônio que vivenciamos por quatro décadas. Como foram abençoadas a paternidade e a maternidade com que Deus iluminou nossas vidas, assim como a de nossa filha e nosso filho, que são casados há 20 e 16 anos , respectivamente. Por tudo isso, temos em nossa mente e coração o sentimento de profunda alegria quando vemos casais jovens entrando nas ENS e temos também a convicção de que eles construirão uma paternidade e uma maternidade muito mais felizes e mais santas que a nossa experiência, pois para eles o chamado foi mais cedo que o nosso. Felizes são os filhos cujos pais os amam cristãmente e que possam em suas orações dizer: "Ó Pai, que meus pais adoram! ... ; felizes os pais cujas riquezas de coração iniciam os filhos nas perfeições divinas". (0 Amor e a Graça - Pe. Caffarel) • F1t w Can :) CP Província Norte CM 445


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"E PRECISO QUE CADA EQUIPE SEJA UM VIVEIR D APÓSTOLO " Estamos comemorando os 60 anos de vida do nosso Movimento no Brasil, com o início da primeira equipe brasileira em São Paulo nos idos de 13 de maio de 1950, formada por casais que estavam em busca de um ideal cristão para seu Matrimônio. Desses 60 anos, nós (Mariola e Elizeu), como casal, participamos e vivencíamos 30 anos. Praticamente toda nossa vida de casados deu-se dentro do Movimento das ENS, o que representa uma grande graça e bênção de Deus para nós e nossa família. Qualquer que seja o tempo de nossa pertença às ENS, é bom olhar para as origens de nosso Movimento, seja na França ou no Brasil, "a fim de meditar sobre as lições que encerram e novamente partir com passo decidido para a missão que aí está à nossa frente" (frase de Pedro Moncau lembrada por D. Nancy em seu livro sobre as ENS no Brasil) . E completava sua reflexão: "O passado prepara o futuro". Quando olhamos para as primeiras correspondências trocadas pelo casal Moncau com o Pe. Caffarel, observamos sua preocupação em criar no Brasil uma associação que pudesse contribuir para o fortale cimento do casal e o reerguimento da família , a partir de claras orientações cristãs. É emocionante ler a primeira carta que Pe . Caffarel escreveu como resposta: fala de sua alegria e emoção pela carta recebida e fica CM445

impressionado que a informação sobre a associação que havia fundado na França tivesse atravessado oceanos! Trata-se de uma carta de muita singeleza e de acolhimento do desejo de fundar o Movimento no Brasil. Anexo, Pe. Caffarel envia um texto que fala da espiritualidade conjugal como um sinal "do nosso tempd'. Quem já teve a oportunidade de ler o histórico das ENS no Brasil, notou que a segunda equipe foi lançada somente depois de dois anos, porque havia a preocupação dos primeiros casais em conhecer profundamente a proposta, a pedagogia e a metodologia do Movimento, conforme idealizado pelos fundadores. Na comemoração desses 60 anos , também gostaríamos de recordar algumas palavras do Sacerdote Conselheiro Espiritual do primeiro Setor do Brasil - Pe . Lionel Corbeil - depois de ouvir Pe . Caffarel em julho de 1957. Em síntese, escrevia ele: • Como faz bem reconhecer a verdadeira doutrina de Cristo, sem alterações e com as suas exigências; • É necessária uma boa vontade de se aperfeiçoar; • É necessário um máximo de exigência e um máximo de intensidade espiritual para poder prestar um bom serviço à Igreja; • Se um casal não toma suas responsabilidades, paralisa a marcha do movimento. Tudo 7


isso exige tempo e não pressa; • Meus queridos casais: tenham orgulho do seu Movimento! Após essa primeira visita de Pe. Caffarel ao Brasil, Pedro Moncau também fez algumas anotações importantes. Eis algumas de suas anotações: • Compreendemos agora toda a dimensão do Movimento, todas as exigências de sua espiritualidade; • O cristão equipista é um ser que deve sempre estar em marcha. No dia que "se instalar", adorará ídolos; • É fundamental formar comunidades vivas e atuantes; • Devemos salvaguardar a pureza e a importância da reunião de equipe; • Devemos defender as equipes, pois são escolas de santidade; • A semente leva tempo para tornar-se uma árvore frondosa; • É preciso que cada Equipe seja um viveiro de apóstolos; • Só há apóstolos na medida em que há almas de oração, de estudo e meditação; • Nunca deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa formação, a ação vos perderá; • O Brasil precisa de santos. É preciso que cada um de vocês, a cada dia, procure a perfeição cristã, para a qual Cristo nos convidou. O Movimento precisa ser fiel à sua vocação na Igreja; • Conselho final : máximo de mística e o máximo de disciplina. 8

Caros amigos e irmãos equipistas de hoje: como faz bem recordar o que nos dizem tais documentos! É como se estivéssemos revendo nossos próprios passos como casal em nossa inserção no Movimento! Quando participamos de algum evento de nosso Movimento e alguém nos fala dessas coisas, vejam que não está falando por si, como que pretendendo fazer uma interpretação do que pensa ou acha das ENS. Está ancorado em orientações, ainda atuais, mesmo que estejam completando várias décadas, o que torna o Movimento e seus casais instrumentos de evangelização do casamento e da família. Aos 60 anos, nosso Movimento evoluiu, amadureceu, cresceu e se multiplicou; adaptou-se e acompanhou a dinâmica da vida familiar, conjugal e da Igreja; e está aí, dando-nos suporte e nos estimulando a um aprofundamento sempre maior na espiritualidade conjugal. Participemos, pois, intensamente, das comemorações que estão programadas nas diversas províncias e regiões, como peregrinações, celebrações litúrgicas e vivência do tema de estudo (preparado por casais brasileiros) , para que possamos testemunhar, nos diversos meios que frequentamos, que o nosso casamento é vivido com muito amor e felicidade , e que nos santifica pela vivência do dia a dia. Para que as ENS possam crescer e se multiplicar, atingindo outros casais, é fundamental nossa disponibilidade em assumir responsabilidades no Movimento e na Igreja, CM 445


para que assim cada equipe seja um viveiro de discípulos-missionários na vinha do Senhor. Lembrem sempre do que dizia Pe. Corbeil: "Se um casal não toma suas responsabilidades, paralisa a

marcha do movimento." E ainda: "Meus queridos casais: tenham orgulho do seu Movimento! " • 1

o.

alsm I Eq. 19 Setor f Região Centro Oestt I

"EIS O QUE HÁ TANTO TEMPO EU PROCURAVA'' Esta história é baseada em dois livros de D. Nancy Moncau: O Sentido de Uma Vida e ENS - Ensaio sobre seu histórico. Tudo começou em 1931, quando a Congregação Mariana a que Pedro Moncau Jr. pertencia fez uma visita à sua congênere de Araraquara à qual pertencia Nancy Cajado. Iniciou-se então um noivado que durou cinco anos, com muita correspondência e poucas visitas. Casaram-se em 27 de junho de 1936, dois anos após Pedro se formar médico. O casal Nancy e Pedro Moncau, profundamente cristão, participava com outros casais do Centro D. Gastão, organizado pelo departamento de casados da Congregação Mariana em São Paulo. Frequentavam as reuniões, mas sentiam falta de algo mais para casais. Escreve D. Nancy: "as reuniões embora sérias e profundas, não forneciam o alimento espiritual necessário para a vida conjugal". Em novembro de 1949, um Pe . canadense, vindo da Europa, veio falar sobre o amor cristão e CM 445

família. Ao final da palestra, falou sobre os grupos de casais do Pe . Caffarel, que existiam na França. Pedro Moncau, que dominava bem o francês , pois sua mãe era francesa, escreveu ao Pe. Caffarel, pedindo que enviasse, com detalhes, informações sobre os grupos de casais que ele dirigia. Pode-se imaginar a surpresa do Pe. Caffarel recebendo uma carta inesperada, de um país muito pouco conhecido. Pe. Caffarel, então, responde a Pedro: "Foi com alegria e emoção que li sua carta. Não esclareço nesta carta o que fazem nossos Grupos de Casais, porque recomendo ao nosso Secretário Geral que lhe faça a remessa de toda documentação". E continua (percebam a humildade do Pe. Caffarel): "Não hesite em escrever-me e colocar-me a par de seu modo de pensar. Não receio contradições e desejo receber sugestões úteis". D. Nancy conta que se lembra do dia em que Pedro aproximou-se com um maço de papéis na mão. Era a primeira documentação das 9


equipes que chegara. Ele estava eufórico e disse: "Eis o que eu há tanto tempo procurava". Dr. Pedro esperou impacientemente a primeira reunião do Centro O. Gastão, estava ansioso por saber qual seria o acolhimento à ideia do lançamento das ENS no Brasil. Temia que seu programa fosse considerado elevado demais, mas, graças a Deus, foi acolhido com entusiasmo, até o Padre Diretor aprovou. Pedro, então, começou a traduzir os documentos. Assim, em São Paulo, no dia 13 de maio de 1950, foi formada a primeira equipe brasileira; estava fundado o Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Escreve O. Nancy: "Iniciada a caminhada, nenhum de seus componentes conhecia o caminho pelo qual seguíamos desejosos de viver uma espiritualidade conjugal sincera e profunda. Éramos monitorados a distância pelo Pe. Caffarel e pelo primeiro Casal Ligação". Comentando a primeira reunião, Pedro afirma: "Essa primeira reunião autoriza-me a ser otimista. Esperamos que, nas reuniões seguintes, o ideal e a mística das equipes sejam compreendidos e assimilados , e que possamos, um dia, constituir uma verdadeira Equipe de Nossa Senhora". Em outra carta, escreve ao Pe. Caffarel: "Os cinco casais que compõem atualmente nossa equipe parecem-me seriamente engajados. Procuro fazê-los compreender que o essencial não é só constituído pela reunião mensal, mas também pelo 10

esforço em viver durante o mês o ideal proposto". Nas primeiras reuniões , era estudado o Estatuto das equipes, explicado ponto a ponto. Após três ou quatro reuniões, os casais eram convidados a solicitar sua filiação ao Movimento, o que era feito em uma carta, assinada por todos e dirigida à Equipe Dirigente Internacional, na qual os casais afirmavam ter tomado conhecimento do Estatuto e desejar fazer experiência das equipes. O. Nancy conta que, nas primeiras reuniões, foram eleitos Casal Responsável e, comunicando o fato ao Pe. Caffarel, ele os surpreendeu escrevendo: "Eu lhes prometo rezar para que o Senhor os ajude na sua tarefa de responsáveis. Ela é importante e não é só de uma equipe que se tornaram responsável, mas do desenvolvimento em seu país da fórmula das Equipes de Nossa Senhora". O primeiro Casal Ligação escreve: "A equipe é feita para dar apoio a cada um, na sua marcha para Deus. O estudo do tema não deve ser simplesmente uma troca de ideias, mas deve levar cada um a transformar sua vida. Nossas equipes não teriam utilidade alguma se fossem apenas círculos de estudo ou de troca de ideias". O início não foi fácil , pois surgiram algumas dificuldades. Sobre uma delas, Dr. Pedro escreve ao Pe. Caffarel: "Têm-se a nítida impressão que inúmeros leigos e sacerdotes ainda não estão convencidos de que o casamento possa ser um caminho de perfeição". CM 445


Felizmente, alguns sacerdotes, principalmente os mais jovens, colaboraram porque viam nas Equipes um caminho de renovação cristã. Um deles foi o Pe. Oscar Melanson, que foi o primeiro SCE da primeira Equipe. Ele acreditava no Movimento. Dizia ele: "Vale a pena o esforço que o Movimento solicita, o ideal é elevado". Também houve a colaboração do Pe. Lionel Corbeil, que foi o primeiro SCE do primeiro Setor. Foi ele quem abriu as portas do Colégio Santa Cruz, onde foram realizados vários eventos. Em novembro de 1950, Nancy e Pedro, acompanhados de alguns membros da equipe, foram conversar com o Arcebispo, que os escutou com interesse e atenção, dando sua permissão e sua bênção para continuarem o trabalho começado. Conta O. Nancy que as dificuldades os estimulavam, e eles as enfrentavam , um encorajando o outro a prosseguir, tentando colocar em prática as normas do Movimento. Escreve O. Nancy: "Em 1954 fizemos duas reuniões conjuntas dos casais responsáveis das quatro equipes existentes na época. Pedro explicou a necessidade das reuniões para coordenação dos trabalhos de todas as equipes, para exame comum dos problemas, dificuldades e descobertas de cada equipe (aqui vemos o cuidado para com a unidade) . Em uma dessas reuniões, foi sugerido e aceito por todos, de que cada equipe fosse designada por uma invocação de Nossa Senhora". Em 2 1 de abril de 1955, fo i CM 445

realizado o primeiro EACRE em São Paul o . Em outubro desse mesmo ano, para alegria de todos nós, jauenses, iniciou-se o Movimento das ENS em Jaú, tendo como grande incentivador Cônego Pedro R Branco. Pelos registras, Jaú foi a primeira cidade do interior do estado a conhecer o Movimento. Em julho de 1957 , aconteceu a primeira vis ita do Pe. Caffarel ao Brasil (1 3 equipes). Conta O. Nancy: "Só nessa ocasião é que fomos conhecer pessoalmente aquele que, havia sete anos, estava sempre presente em nosso espírito e em nossas atividades. Foi um pentecostes, dizia Pedro, pois só então compreendemos realmente toda dimensão do Movimento. No colégio Santa Cruz, reuniram-se alguns casais das dez equipes de São Paulo e das três existentes fora da capital. Eram reuniões completamente informais, cabíamos em uma sala de aula". Em 1959, ocorreu a primeira Peregrinação Internacional das ENS a Roma. Pela primeira vez, os equipistas brasileiros participaram de um grande evento internacional. O Brasil foi representado por três casais. O que ocorreu com os preparativos foi muito significativo, pois, como conta O. Nancy, a participação do casal Moncau foi uma vitória do auxílio mútuo, essa maravilhosa invenção cristã que as equipes tanto procuram valorizar. Vale destacar também nessa peregrinação a audiência com o Papa João XXIII, quando o Pe. Caffarel apresentou O. Nancy e Dr. Pedro, que receberam a bênção papal, 11


como representantes do Brasil. As equipes no Brasil multiplicavam-se, os setores A e B de São Paulo, capital, foram instalados. Em 1960 o Brasil passou a ser uma Região. Em 1962 tivemos a segunda visita do Pe. Caffarel ao Brasil (167 equipes). Nessa ocasião foi instalado o Setor de Campinas, com a realização de uma visita ao Setor de Jaú, encontros em São Paulo e em Valinhos. Também nessa visita ficou acertado que as equipes do Brasil iriam agrupar-se em três Regiões: São Paulo, capital; Interior do Estado e Outros Estados. Foi criada a ECIR - Equipe de Coordenação Inter-regional, que se reuniu pela primeira vez em 31 de janeiro de 1963, tendo como Casal Responsável Nancy e Pedro Moncau. Ela existiu até novembro de 1999, quando fo i extinta e criada a Equipe de SuperRegião do Brasil. Resolveu-se, então, agrupar as 35 Regiões existentes em sete Províncias. A terceira e última visita do Pe. Caffarel ao Brasil aconteceu em 1972 (350 equipes) : conta D. Nancy: "Sua presença entre nós determinou como que uma redescoberta do Movimento em maior profundidade . A expansão realizara-se um pouco desordenadamente e o Pe . Caffarel não hesitou em alertar-nos sobre o perigo que as equipes poderiam correr se atentássemos mais para a sua quantidade do que para sua qualidade". Em uma ocasião Pe. Caffarel disse: "Mais valem 500 equipes bem formadas do que 5 .000 equipes medíocres". Continua D.Nancy: "A 12

densidade da mensagem que ele nos trouxe pode ser avaliada pelo sentimento deixado em todos que o ouviam. Saíam conscientes de que acabavam de ouvir as palavras de um homem inspirado por Deus. É que o Pe. Caffarel não falava só com palavras, falava com o coração". Em 1972 fundam -se as equipes de Manaus e Brasília, começa a expansão para o Norte e Centro-Oeste. Em 1980 é fundada a primeira equipe em Recife e Fortaleza, começa a expansão para o Nordeste. Em 1982 , faleceu Dr. Pedro Moncau. Em 2006, faleceu D . Nancy. Em 1987, o Movimento das ENS foi declarado de Utilidade Pública. O primeiro Encontro Nacional de SCE de Setor e Região aconteceu em ltaici, em fevereiro de 1998, com a presença de 94 SCE e do Pe. Sarrias, SCE da ERI - Equipe Responsável Internacional< vindo especialmente da Espanha. A tarde, o Cônego Pedro R. Branco, SCE da primeira equipe fundada fora da capital de São Paulo, em Jaú, deu o seu testemunho. Sendo grande incentivador do Movimento, ele contribuiu para a difusão das ENS em várias cidades próximas. Um dado interessante : constatou-se que no ano de 1998 o número de casais equipistas no Brasil era superior ao existente na Franç a , passando o Brasil a ser o país com maior número de equipistas no mundo. Hoje, somos 38.579 equipistas e contando com a ajuda preciosa de 1.981 Conselheiros Espirituais. CM 445


Para finalizar, queremos registrar que, para nós, que participamos das ENS por, exatamente, a metade de sua existência no Brasil, foi muito gratificante o convite para falarmos sobre os 60 anos das ENS no Brasil no EACRE de nossa Região, pois pudemos conhecer mais profundamente um pouco dessa apaixonante história e , em especial, a perseverança e a dedicação de D. Nancy, Dr. Pedro Moncau e dos primeiros equipistas, que não mediram esforços para que o Movimento das ENS se desenvolvesse em nosso país. Encerrando, destacamos duas

frases de dois importantes SCE, que já retornaram ao Pai:

"Toda a História humana, aos olhos da fé, é uma história sagrada onde aparece o Dedo de Deus". Pe. Oscar Melanson (maio de 1980). "Obrigado, Senhor, por ter suscitado em sua Igreja o Pe. Caffarel e, em nossa pátria, o casal Dr. Pedro Moncau e D. Nancy, que iniciaram as ENS no Brasil". Cônego Pedro R. Branco. • "eg -( )lnho Eq. 3 A N. S. da Saude JauSP

PEREGRINAÇÃO NACIONAL EM APARECIDA Peregrinação - ato de peregrinar, viagens a lugares santos ou de devoção. Peregrinar - Viajar ou andar por terras distantes, correr por diferentes partes. Ir em romaria por lugares santos ou de devoção. Romaria - peregrinação a algum local religioso. Reunião de devotos que partidpam de uma festa religiosa Aglomeração de pessoos em jornada A Peregrinação é a caminhada da pessoa que tem fé , que acredita e se desloca a um lugar consagrado pela manifestação divina, para louvar e pedir graças. Não é fazer turismo. Não é só visitar e retirar-se. É muito mais! Peregrinar é: parar, rezar, contemplar, CM 445

mudar de vida, melhorar no caminho de vida cristã. Essa caminhada, por gerar desconforto, de certa forma, se torna um ritual de purificação, fazendo com que essa ascese e esse esforço nos deixem em melhores condições para elevar o nome de Deus e pedir uma graça. O próprio Jesus fez várias peregrinações a Jerusalém e essa tradição, que remonta aos tempos bíblicos, chegou até os nossos dias através de várias gerações. Deus veio a nós em Jesus, por meio de Maria. Por isso vamos procurá-lo, em Peregrinação até a casa de sua Mãe. Sabemos que Ela recebeu, aos pés da cruz, a missão de ser também a nossa Mãe, Mãe da Igreja. 13


Façamos, pois, essa caminhada à "nossa Jerusalém", que é Aparecida, local consagrado a Nossa Senhora, mãe nossa e medianeira das equipes. Ela nos acolherá de braços abertos e nos levará pela mão. Quando vamos à peregrinação em Aparecida, vamos todos em romaria. É um evento muito importante para nós católicos e equipistas, porque vamos visitar e , em oração, agradecer e pedir a bênção a nossa Mãe, padroeira e intercessora do nosso Movimento. Entregar nosso coração à Mãe de Deus é o caminho que desperta e ajuda a amadurecer nosso amor a Deus e aos homens, porque Maria soube amar e conhece o caminho que devemos seguir para que nossa vida seja um reflexo de sua vida para que nos tornemos semelhantes a ela, grandes no amor. Além de ser um dia de momentos lindos e emocionantes, ainda há o encontro com os equipistas de outras cidades e de muitos equipistas conhecidos. A peregrinação começou com a equipe de Taubaté à qual se juntou São José dos Campos nos idos de 85/86. Em 2(X)() houve um encontro com toda a Super-Região em nível de Encontro Nacional, quando comemoramos os 50 anos do Movimento no Brasil. Nesse encontro, D. Nancy lançou seu primeiro livro, "EQUIPES DE NOSSA SENHORA NO BRASIL - Ensaio sobre seu histórico". Desde então, a Província Sul I, a nossa Província, aderiu também à peregrinação, que tomou uma proporção maior, sendo 14

hoje, um evento Provincial. Altimira e Paulo, nosso primeiro Casal Provincial, começou sua missão naquele ano de 2000 e fizeram questão de terminá-la com a peregrinação, assim como Sheila e Francisco que terminaram o mandato em agosto de 2009. Considerando que recebemos inúmeras graças, temos certeza de que fomos agraciados lá na Basílica, na Peregrinação de 2005, com a cura de um câncer de mama logo após a cirurgia da Lêda, que carregou a imagem de Nossa Senhora até ao altar; não era nossa função, mas Ela quis que assim acontecesse como um sinal dessa cura. Creiam vocês que nunca mais perdemos uma Peregrinação como forma de agradecimento, louvor e devoção. Vale lembrá-los também que a equipe encarregada de preparar esse encontro na casa da Mãe o faz com muito carinho e seria muita falta de consideração se não acolhêssemos o seu convite. Neste ano de 2010, estamos comemorando os 60 anos do Movimento no Brasil, e a Província Sul I, mais uma vez, organizou uma peregrinação à Aparecida no dia 22 de Maio para comemorar tão significativo evento. Todos nós, equipistas do Brasil, devemos, juntos, agradecer e louvar a Deus e nossa Mãe pelo privilégio de participarmos desse Movimento que nos ajuda a crescer na Espiritualidade Conjugal e nos leva ao caminho da santidade.• Leda e Marcos Eq. N. S. de Fátima Setor D • Regiao SP Lest I São Jo é do Campos P CM 445


SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL I A Região São Paulo Leste I, com o apoio da Super-Região realizou nos dias 09 e 10 de abril de 2010 a Sessão de Formação Nível I - Fé e Vida Cristã, para casais dos Setores de Caçapava, Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos A, B, C e D. A formação constou de temas catequéticos e missionários de vocação cristã, por meio de uma evangelização básica teológica , conduzida com muita propriedade, sabedoria e didática, pelo Pe. Paulo Renato, SCE da Região. Participaram mais de 40 casais convidados pelos CRS, aqueles que não possuíam a referida formação ou com pouco tempo de Movimento. A Formação constou de quatro colocações, iniciando com a Criação em Gênesis, passando pela História da Salvação, a vida de

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No dia 12 de abril de 2010 , segunda-feira, das 08h00 às 13h00, no ClV (Centro de Transformação e Vivências) , Casa de Encontros e Retiros dos Irmãos do Sagrado Coração de Jesus, 12 conselheiros espirituais, sacerdotes diocesanos e religiosos, seguindo programação da carta-convite enviada pelo bispo diocesano, dom Frei Caetano Ferrari, OFM, realizaram um válido encontro de formação e confraternização. CM445

Jesus, o nascimento da Igreja, os Sacramentos e chegando ao Juízo final do Apocalipse. Como fonte de consulta, foi utilizado o Catecismo da Igreja Católica. Esses assuntos foram discutidos nos grupos e, posteriormente, consolidados, com a retirada de dúvidas no plenário, pelo Pe. Paulo Renato. Houve excelente participação e interesse de todos os casais participantes, tornando a formação proveitosa e agradável. • ita e Celso CRS Caçapt.••a f

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JERNIZACAO DOS SCES Organizado pelos casais responsáveis dos setores A e B, o evento contou com a assessoria do SCE de três equipes de Bauru, Pe. João Inácio Rodrigues, rogacionista da Casa do Garoto, Bauru-SP, do Casal Regional, de Assis-SP, do Casal Responsável do Setor A , e do Casal Responsável do Setor B, de Bauru-SP O Pe. João Inácio, em sua explanação, enfocou o tema "Funções e Atribuições do SCE", conforme documentos do Movimento. Depois, 15


houve participação dos presentes, com interessante intercâmbio de ideias e experiências, acerca da matéria. Depois de breve intervalo, o CRR explanou com propriedade sobre: "Vida do Movimento das ENS", explicitando sua história e vida, a partir da vida e obra de Pe. Henri Caffarel, fundador das ENS. Ato contínuo foi a apresentação do CRS -A, expondo sobre: "Vida do Movimento ENS, no Brasil" e falando muito bem dos 60 anos de Brasil. A seguir, o CRS - B expôs sobre: "Vida do Movimento ENS em Bauru", despertando nos participantes, interesse e muitas curiosidades. Ao fazer a avaliação do evento, sugestões foram anotadas para que tal encontro aconteça, pelo menos,

semestralmente, aprofundando temas importantes para que o grupo conheça melhor nossa rica literatura e história. Fomos unânimes em reconhecer a importância das ENS na vida da Igreja como Eclesíola, isto é, pequena comunidade, que vive e testemunha para toda comunidade a espiritualidade conjugal. Encerramos o evento rezando Magnificat e com as bênçãos de Deus Pai, Jesus Cristo Ressuscitado e do Divino Espírito Santo, nosso padroeiro diocesano, sob a intercessão de Maria. Fomos para o refeitório da casa, concluindo assim nosso encontro, com delicioso almoço de confraternização. • o Rodrigues, rcj SCE Eqs 2, 9 (' 26 de Bauru SP

ENCONTRO FESTIVO DA EXP Rt"NCIA COMUNITÁRIA Foi no domingo precedente à Páscoa que os casais da Equipe de Experiência Comunitária do Setor A- Alfenas encontraram-se para uma reunião informal no sítio de um dos integrantes do grupo para celebrar o bom convívio e a amizade entre eles. Com a presença do CRS, Ziza e J.Carlos, e o Casal Coordenador Nilza e Amauri, os casais agradeceram a Deus por fazerem parte de um Movimento que prioriza a espiritualidade conjugal, a vivência do amor e a unidade entre os membros da família. O CRS falou da importância de se comemorar a vitória de Cristo sobre a morte, salientando que o 16

sofrimento de Jesus para expiação de nossos pecados não foi em vão, porque nos presenteou com a maior herança, sua Ressurreição. Páscoa é isso: momento de alegria, felicidade , passagem das trevas para a luz. Inundados por esse sentimento de alegria, os casais se confraternizaram na certeza de que Jesus vive e reina para sempre em seus corações, conduzindo seu lar em busca da santidade, sob a proteção constante de Nossa Senhora. • lu ri

Casal Coordenador da f.xp. Cor>: ..1mta ·a Setor A A/Jenw CM 445


SACRAMENTO DA ORDEM NO GRAU DF DIACONATO JOÃO JEFFERSON CHAGAS recebeu o Sacramento da Ordem no Grau de Diaconato, em 1 O de abril de 2010, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, das mãos de Dom Orani João Tempesta. O Diácono João Jefferson foi Acompanhante Espiritual da Equipe Nossa Senhora da Penha - Setor E - Região Rio V por quatro anos. Prestou inúmeros serviços ao Movimento e ao Setor E. Levou, inclusive, a equipe para Rádio Catedral para uma entrevista ao vivo com a participação de equipistas de várias localidades. Deixa a equipe, pois ficará a serviço do Bispo, mas já indicou um seminarista para acompanhar os casais. onio CRS F Regrao Rro V Rro de Janeiro

••• QUARENTA ANOS DE EQUIPE Há 40 anos, mais precisamente em 28 de junho de 1970, com o surgimento da Equipe Nossa Senhora Rainha da Paz, o Movimento das ENS dava seus primeiros passos em Blumenau. Era o embrião daquilo que, muitos anos após, viria a constituir os Setores A e B de Blumenau. Daqueles casais pioneiros, continuam apenas dois . Na nossa história, muitos casais entraram e saíram nesses 40 anos. Dentre os que passaram por nossa equipe, CM445

lembramos um que, por fixar residência em Florianópolis, após 17 anos de convivência, deixou nossa equipe, mas não o Movimento, pois logo se engajou em nova equipe e hoje é Casal Responsável de um dos setores da capital. Tivemos dois Conselheiros Espirituais: Frei Pascoal Fusinato que, com sabedoria, nos orientou por cerca de 25 anos, mas afastou-se em virtude das funções das quais a Província Franciscana o incumbiu. Após um lapso de tempo sem efetiva presença de um CE, fomos abençoados com a chegada de Padre Mário Agostín Pedrozo, que conosco ficou por quase seis anos, deixando nosso convívio em dezembro de 2009, em obediência ao pedido de Dom José Negri , que o incumbiu de novas funções no Seminário Diocesano, em Florianópolis. A história de nossa equipe confunde-se com um trabalho que julgamos ser o preferencial das ENS: a Pastoral Familiar. Mais especificamente, nossa equipe, desde o início, envolveu-se com essa Pastoral e está, até hoje, desenvolvendo os Encontros de Noivos da Paróquia Catedral São Paulo Apóstolo de Blumenau e, por iniciativa individual de alguns de seus membros, também os Encontros de Preparação de Pais


e Padrinhos para o Batismo e Encontros de Casais em Segunda União. Neste momento, queremos dar graças a Deus e à sua santa Mãe Maria pelas graças colhidas no decorrer desses 40 anos de caminhada e pedir as suas bênçãos para que possamos continuar sempre unidos, estando à disposição de todos que de nós precisarem. Marina Júlia e Mansueto Eq. N. S. Rainha da Paz Setor A - Blumenau SC

••• JUBILEU DE OURO Pe. Hugo Eduardo Furtado, sj ., nasceu em Baturité - CE, em 23 de maio de 1930. Em 1 de fevereiro de 1947, entrou no Noviciado da Companhia de Jesus. Cursou Filosofia no Colégio Cristo Rei, em São Leopoldo - RS, nos anos de 1954-1956. Fez o Magistério na Escola Apostólica de Baturité e o curso teológico de 1957-1960, em São Leopoldo- RS. Recebeu o presbiterato em 22 de junho de 1960. Além dos trabalhos manuais nas Paróquias, ressalta o Ministério da Reconciliação, de Orientação Espiritual, de Missões populares e Orientação de exercícios espirituais de Santo Inácio. Seu pensamento pessoal: "Todas as coisas concorrem para o 18

bem daqueles que amam a Deus" ( Rm 8,28 ). O Pe . Furtado ingressou nas ENS no ano de 1984 como SCE da equipe 04/A- Fortaleza-CE e segue a máxima de Pe. Caffarel de amar com exigência e ser exigente com amor. Foi SCE em ManausAM, Natal-RN, Russas e Baturité, no Ceará. Em Fortaleza, foi SCE das equipes 36/A, do Setor A e da Região Ceará. Atualmente, é SCE da equipe 18/A. Ele transferido para Iconha-ES, em meados de 2009, onde pretende continuar nas ENS. Seu amor e empolgação em ajudar os casais no seguimento de Cristo, tomou-o um expert em espiritualidade conjugal a ponto de todos o chamarem carinhosamente de "Padre Caffarel do Ceará". Nossa homenagem jubilosa pela passagem de suas Bodas de Ouro sacerdotal ! Nossa eterna gratidão a Deus por sua vida e seu testemunho. Eq. Setor B - Regiao Minas N VarginhaMG

••• BODAS DE OURO No dia 27de fevereiro de 2010, às 19 horas , na Capela de São José , do Hotel Fazenda Florença - Conservatória, distrito de Valença, Estado do Rio de Janeiro, realizou-se a Celebração das Bodas de Ouro


do casal Maria José e Floriano, da Equipe 290603 - Nossa Senhora Imaculada Conceição. Estiveram presentes seus dois ftlhos, noras, neto e netas. A Celebração foi presidida pelo Ministro da Palavra, Sr. Alex. Na Entrada da Celebração, o casal Maria José e Roriano ostentavam a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que recordava a Igreja (que tem esse nome) onde ambos se casaram, em Manaus - AM, sob o canto da Ave Maria, de Schubert. Após a homilia, o Ministro da Palavra pediu ao casal que fizesse um resumo de como tudo começou, desde o primeiro dia de seu namoro, para dar conhecimento à sua famllia, parentes e amigos. A seguir, o casal acrescentou que algumas pessoas lhes tinham perguntado: "Qual é a fórmula para que duas pessoas, totalmente opostas, um homem e uma mulher, vindos de famílias com usos e costumes diferentes, consigam viver juntos, por longos 50 anos?". "Primeiramente, ter Deus como pedra angular em nossa união; sequencialmente, nomeamos três sentidos: o Amor, o Respeito e a Compreensão: compreender e respeitar a diferença do outro e, amá-lo, acima de tudo. Pois, o amor verdadeiro faz a diferença nos momentos mais difíceis e necessários às nossas vidas, para conciliar uma situação adversa." Simultaneamente, seguir os conselhos de Deus: "Plantar as nossas sementes em terras férteis, para que brotem raízes fortes e sadias

e deem bons frutos . Edificar o nosso lar, em terreno sólido, para que as intempéries constantes da vida, não o venham derrubar." uSe e Flonar>o Eq. N. S. lmacl.llada Co c , ao

• "Um casamento se faz em 50 minutos, mas são necessários 50 anos para se ter um casamento de ourd'. No dia 8 de dezembro de 2009, Maiza e Hugo Swerts comemoraram 50 anos de vida conjugal e 40 anos participando do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. A festividade foi iniciada com a SANTA MISSA, celebrada por padre Felipe, com a presença de familiares e amigos. As Graças de Deus foram abundantes: 04 filhos e 10 netos.

os Fbuos - Setor B, Sao Fbulo Cap ta/1

Edite e Gregório em 17de janeiro de 2010- Equipe 01- N. S. das Vitórias Setor A- Parelhas, RN. VOLTA AO PAI Décio (da Miriam) em 29de setembro de 2009- Era da Equipe N° 01 - N. S. Aparecida do Setor B, Campo Grande - MS

ERRATA No Editorial da CM MA/012010, COLUNA 02, PARÁGRAFO 01, LINHA 02: ONDE SE LÊ Assunção do Senhor, leia-se Ascenção do Senhor CM445

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• • • VISITA PAS fORAl PROVINCIA LESTE • • • Visita Pastoral à Região Minas 11

BELO HORIZONTE Bem a propósito, há uma pergunta e uma resposta que, sobrepondo-se ao tempo , perenes que são, continuam ressoando nos ouvidos dos fiéis atentos, pel a simplicidade, objetividade, sabedoria e repercussão da resposta . Um discípulo, que poderia ser qualquer um de nós, indaga ao Mestre "onde moras? " Ao gesto usual de fornecer o endereço, o Rabi prefere fazer um convite, chamamento: "vinde e vede" (Jo 1,39). O endereço pode ser esquecido e, mesmo que anotado, visando ao envio de uma correspondência, talvez se perca pela fugacidade do interesse despertado por impressões momentâneas de um encontro fortuito, ocasional. Diversamente, no "vinde e vede" da resposta, além do inequívoco e contundente propósito de conhecimento, partilha e comunhão da parte do Mestre, há um desafio sobre o que efetivamente deseja o discípulo. Nada é mais revelador que o convívio com o irmão em seu habitat, em seu ambiente, em sua morada. Até uma pequena interjeição, como a nossa "uai! " , é diferente quando pronunciada em nosso ambiente e em meio às nossas circunstâncias de lugar, costumes, hábitos e modos. Abrindo parêntesis, à guisa de esclarecimento, dizem que a origem da interjeição "uai! " está num código adotado pelos inconfidentes para acesso aos seus esconderijos, no auge da perseguição movida pela Coroa portuguesa. Voltando ao assunto, visita r é preciso. A obstinada busca do casal Moncau, penhor indefectível da fidelidade ao que buscava e que, com ímpar entusiasmo, encontrou, ao contrário de dispensar, estimulou o Pe. Caffarel a nos visitar e ele o fez por três vezes. É claro que o objetivo maior da visita é a partilha, é o partilhar o ser equipista . Visita Pastoral é expressão terna e carinhosa de zelo, de amor pelos irmãos visitados. Nós, equipistas da Minas 11, a exemplo, com certeza, de todas as outras equipes, estávamos ansiosos por conhecer pessoalmente, ouvir, tocar, sentir cada integrante da Equipe da Super-Região, cuidadores das equipes brasileiras. Parece que a unção para um serviço de tal natureza dota os eleitos de simpatia, espontaneidade, generosidade, compreensão e carinho especiais. Com esses ingredientes reunidos, os diligentes propósitos de doação e de acolhida de todos propiciaram uma empatia enorme, reveladora do jeito de ser e de agir equipista, sonhado pelo Pe. Caffarel. Foi nesse clima que se deu o grande encontro, momento maior da


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visita, dia 1O de abril, com a Celebração Eucarística, a apresentação dos integrantes da Equipe Responsável da Super-Região, a exibição de DVD sobre a presença equipista nas sete Províncias, apresentando geografia, belezas naturais, manifestações culturais etc. e, em seguida, a alegre e sonora confraternização. O amplo auditório do Centro Pastoral da Paróquia de Santo Antônio da Pampulha e o salão de festas quase não comportaram os equipistas, familiares e conselheiros de Belo Horizonte, Contagem e Lagoa Santa. A missa foi concelebrada pelo Pe. Miguel Batista, SCE da Super-Região e celebrada pelo Pe. Mundinho, SCE da Província Leste, que fez uma bonita homilia, na qual enfatizou o significado e a importância da visita, além de advertir sobre a fidelidade ao compromisso equipista e a imperiosa necessidade de atenção aos sinais do tempo. Tivemos informações de que o período de recolhimento na Casa de Retiros Cenáculo, para estudos, planejamento, informação e formação foi muito profícuo. Os que tiveram o privilégio de hospedar, ainda que por poucas horas (um pernoite apenas), manifestaram aquele contentamento que o acolhimento de amigos íntimos e de longa data propicia. Soubemos que a mesma alegria, entusiasmo e participação se repetiram nas outras cidades visitadas. A visita se deu nos dias de 9 a 14 de abril. Em agradecimento e homenagem aos nossos queridos visitantes, meditando sobre a beleza da sua missão, com muito carinho, transcrevemos o poema: "Economia", de Giuseppe Ghiaroni: "Dá de ti . Dá de ti quanto puderes: o talento, a energia, o coração. Dá de ti para os homens e as mulheres como as árvores dão e as fontes dão. Não somente os sapatos que não queres e a capa que não usas no verão. Darás tudo o que fores e tiveres o talento, a energia, o coração. Darás sem refletir, sem ser notado, de modo que ninguém diga obrigado nem te deva dinheiro ou gratidão. E com que espanto notarás, um dia, que viveste fazendo economia de talento, energia e coração! • Terezinha e Mota Eq. 1C de Belo Horizonte


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ITAÚNA "Buscai as Coisas do Alto"

No dia 12 de abril, fomos agraciados com a visita dos casais da Super-Região Brasil. Essa visita foi para nós, que fazemos parte do Setor caçula da Região Minas 11, "Setor Paraúna", uma oportunidade de conhecermos e nos confraternizarmos com casais de lugares tão distantes, que até então só conhecíamos pela Carta Mensal. Se hoje somos equipistas, devemos agradecer à coragem e disponibilidade do nosso querido Pe. Edilson, que, na condição de pároco da Paróquia de Sant'Ana, apoiou totalmente a chegada do Movimento das Equipes de Nossa Senhora . Em agradecimento a esse momento, nós, casais, nos unimos em oração, recitando o terço dirigido por integrantes do Terço dos Homens, que nos emocionou imensamente. Como é bom saber que, por este nosso Brasil afora, estamos unidos por meio de um mesmo ideal, que falamos a mesma linguagem quando se trata em cumprir os Pontos Concretos de Esforço . E, ao estarmos juntos aos pés de nossa Mãe do Céu, "Nossa Senhora de ltaúna", nos sentimos muito queridos, amados e eleitos de Deus, e privilegiados em pertencer ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que nos chama a viver a santidade em casal, num mundo materialista e conturbado . É maravilhoso testemunhar que nem tudo está perdido, ao ver casais, SCE, em plena tarde de uma segunda-feira, deixarem suas atividades, para se unirem em oração. Para nós, que fazemos parte do " Setor Paraúna", foi um privilégio recebermos os casais da Super- Região Brasil, pois queremos ser como fermento na massa e levar a todos o nosso testemunho de que é possível viver a santidade em casal , no dia a dia, na sacralidade do nosso matrimônio. • Rosângela do Paulo Eq. N. S. das Graças, Setor Paraúna ltaúna -MG

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DIVINÓPOLIS Queridos equ ipistas, Há alguns meses, desde quando recebemos a notícia da visita da Super-Região em nossa cidade, aguardávamos com grande expectativa a chegada desse momento . Tomou conta de todos nós uma alegria imensa e, ao mesmo tempo, certa preocupação. Como receber aqueles irmãos que servem ao nosso Movimento de Norte a Sul do País? Então, em nossas orações, começamos pedir as luzes do Espírito Santo e que Maria nos orientasse a ser acolhedores como ela. A resposta veio rapidamente, o importante era abrirmos nossos corações e sensibilizar e envolver todas as nossas equipes. Sugestões do que fazer, como fazer e quais os equipistas disponíveis para nos ajudar foram aparecendo espontaneamente. Aos poucos, todos foram contagiados por essa gostosa movimentação. Cada um, na sua medida, foi colocando seus dons à disposição do Movimento. Vivemos momentos de verdadeira ajuda mútua. Chegou o grande dia! Nós, CRS, seguimos para o trevo de entrada da cidade e lá ficamos esperando a chegada do ônibus da Super-Região . Pegamos carona com eles e seguimos juntos até onde outros equipistas aguardavam nos carros com pisca alerta e faróis piscando, balões, faixas de boas vindas e fogos, tudo no mesmo ritmo de nossos corações. De lá, seguimos em carreata, em direção ao Santuário do Senhor Bom Jesus, onde foram recebidos ao som do coral que entre outras, saudou-os com a música "Amigos para sempre" . A Celebração Eucarística foi presidida por Dom Tarcísio e concelebrada por alguns de nossos conselheiros. Seguimos então para o jantar de confraternização, no qual recebemos um presente especial. A Super-Região subiu ao palco e brindou-nos com um show a parte! Eles cantaram e nos encantaram ! Da Visita Pastoral, ficará para cada um de nós, a lembrança do entusiasmo em seus olhares, a fraternidade transmitida nos abraços, a alegria nos sorrisos sinceros e, principalmente, a unidade nos corações, transmitida pelos membros da Super-Região. Eles foram testemunhas do desejo de Jesus para cada um de nós: "Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade, e para que o mundo reconheça que tu me enviaste e que os amastes, como amastes a mim" (Jo 17 ,23).


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• • • VISITA PASTORAL PROVINCIA LESTE • • • Agradecemos a todos os membros da Super-Região por essa visita, especialmente pela oportunidade que nos deram de vivenciarmos o espírito equipista de acolhimento e hospitalidade e pelo Movimento gostoso que ela gerou em nossas equipes . E, em resposta à unidade que vocês aqui demonstraram, queremos reforçar o nosso compromisso de caminhar juntos com vocês e com todo o Movimento no caminho de busca da santidade por meio da espiritua lidade conjugal. Que Deus os abençoe sempre! • Carla e Hernane CR setor 8 - Divinópo/is

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VARGINHA A visita da Super-Região Brasil

Em julho de 2009 fomos informados de que a Equipe da SuperRegião Brasil havia escolhido a Província Leste e, em especial Minas Gerais, para a sua Visita Pastoral em 201 O. Essa notícia aconteceu no momento em que nós nos preparávamos para assumir a Região Minas IV, que seria em agosto de 2009 e caberia a nós a preparação, recepção e acolhimento aos integrantes da Super-Região Brasil, em nossa região, nos dias 13 e 14 de abril de 201 O, na cidade de Varginha-MG. A alegria foi grande, mas ainda assim não tínhamos atinado para a grandiosidade da missão que nos aguardava . Assumimos como CRR da Região Minas IV e começamos a prestar os nossos serviços, apoiados por um colegiado regional atuante e disposto a fazer valer o seu "Sim" ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora . O tempo passou e a preocupação aumentava, à medida que a data se aproximava . A mola propulsora que nos motivava era saber poder contar com a proteção de nossa grande Mãe Santíssima e a felicidade que os nossos equipistas teriam em conhecer pessoalmente os casais que compõem a Equipe da Super-Região Brasil, Pe. Miguel (SCESR), os Casais Apoio e o CRS - Espírito Santo-ES, Célia e Ancelmo que acompanhavam a comitiva . Fizemos as nossas reuniões para preparar a liturgia, a


espera do ônibus em um ponto estratégico, a recepção pelos casais acolhedores, os mimos, o local da confraternização, enfim, tudo o que nos parecia necessário para o bom êxito de acolhimento aos visitantes. Éverdade que seria apenas uma tarde e uma noite, mas tudo precisava ser tratado com muito amor e carinho . E o dia 13 de abril chegou e com ele a comitiva da Super-Região Brasil. Após uma recepção calorosa, os casais foram levados para as casas dos casais hospedeiros, sendo que Pe. Miguel ficou alojado na casa do Pe. Jean. O ponto alto da visita foi a Celebração Eucarística, às 20h00 na Matriz do Divino Espírito Santo em Varginha-MG. Essa celebração foi presidida pelo Bispo da nossa Diocese, Dom Frei Diamantino, e concelebrada por Dom Ricardo Pedro, Arcebispo da Diocese de Pouso Alegre-MG, Pe. Miguel e mais 11 Sacerdotes Conselheiros Espirituais. Dom Diamantino ressaltou em sua homilia a importância do Movimento das Equipes de Nossa Senhora não só para as famílias, como também para a Igreja. Esse momento de louvor e de gratidão a Deus contou com a presença maciça dos equipistas das Regiões Minas III (Pouso Alegre-MG) e da Região Minas IV. Fomos agraciados na primeira leitura dos A tos dos Apóstolos com a seguinte mensagem: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma", que ilustrou muito bem a alegria estampada no rosto de cada participante, não só em poder conhecer outros casais equipistas, mas por ter o privilégio de pertencer ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Após a Santa Missa, aconteceu a apresentação do Casal Responsável pela Super-Região Brasil, Cida e Raimundo que, ato contínuo, apresentou os membros da SRB- Super-Região Brasil. iniciando pelo SCESR, Pe. Miguel Batista, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região. Um momento de grande alegria e emoção foi quando o casal Glacy e Silvino, da Província Sul 11, relatou sua alegria em encontrar o primeiro SCE de sua equipe de base, o atual Arcebispo de Pouso Alegre, Dom Ricardo Pedro. Em seguida, aconteceu a confraternização no Clube Varginha, onde a alegria reinou desde a entrada do clube, e, no seu interior, por uma família equipista, foi apresentada muita música, regada a caldo de feijão, abóbora, mandioca, canjiquinha e doces típicos da região. É de se ressaltar também que os integrantes da Super-Região Brasil deram um show, interpretando músicas regionais de seus estados de origem, homenageando, assim, nossas regiões. Na manhã do dia 14 aconteceu a partida do ônibus que conduzia a Equipe da SuperRegião, deixando em nós um misto de alegria que nos contagiou e de tristeza pela partida. Deus seja louvado! • lsis e Ronaldo CRR Região Minas IV

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• • • VISITA PASTORAL PROVINCIA LESTE • • •

VISITA PASTORAL, EDIFICADOS PELO ACOLHIMENTO Todos os anos, a Equipe da Super-Região realiza, em uma Província, o que chamamos de Visita Pastoral. Este ano, a Visita Pastoral se realizou no mês de abril, na Província Leste, em Minas Gerais, junto a equipistas pertencentes às Regiões Minas 11, Minas III e Minas IV. Antes da visita, tivemos a reunião da Equipe Super-Região na Casa de Retiro Nossa Senhora do Cenáculo, em Belo Horizonte, local de abundante paz, dos dias 9 a 11 de abril (sexta a domingo) . Subimos ao monte da experiência com Deus em nossa reunião e descemos para cumprir a missão de pastorear as ovelhas que o Senhor nos confiou. Com essa visita a Equipe da Super-Região se dá a conhecer pessoalmente aos equipistas, procurando sentir de perto seus anseios, e, ao mesmo tempo, levando-lhe uma mensagem de incentivo a perseverarem no carisma e na mística das Equipes de Nossa Senhora . É uma maneira de presenciar a vivência dos casais e, ao mesmo tempo o pulsar do Movimento nos diversos rincões deste imenso Brasil, mostrando que a unidade e a animação devem sempre estar presentes em nossa vida de equipistas. Acolhida, convivência, simpatia, caridade e beleza permearam os dias da visita, nos quais podemos conhecer a realidade das equipes locais. Ficamos hospedados nas casas dos equipistas, o que nos permitiu experimentar da essência do amor cristão, aquilo que São Paulo muito bem viveu nas primeiras comunidades cristãs. Uma concelebração Eucarística iniciou a visita na noite de sábado. Pe. Mundinho SCE, da Província Leste, ressaltou a grande importância da Visita Pastoral para a Província . Tivemos a oportunidade de conhecer os trabalhos dos Equipistas de Belo Horizonte, Lagoa Santa e Contagem por meio do bem organizado evento que aconteceu no Centro Pastoral Santo Antonio da Pampulha, onde nos foi apresentado um "filme" mostrando a "estrutura" da Província Leste, com imagens das cidades onde o Movimento está presente. Os intensos momentos de fraternidade fortaleceram nossos laços e, mesmo percebendo que som os tão diferentes culturalmente, existe algo muito maior que nos une e nos faz uma família: O amor de Cristo por cada um de nós. Na visita a ltaúna, cidade pequena, mas de grande simbolismo, rezamos o terço juntamente com os Equipistas locais na Gruta de

IX


••• Nossa Senhora de ltaúna. Foi um momento emocionante, conforme testemunharam alguns membros da comitiva. Depois de ltaúna, a próxima parada foi Divinópolis. A recepção foi apoteótica. Perto da cidade, os equipistas estavam a nos esperar com fogos de artifício e um " buzinaço" emocionante. Depois, seguimos em carreata com dois "batedores" à frente, direto para o Santuário do Senhor Bom Jesus para Celebração Eucarística presidida por Dom Tarcísio, bispo da Diocese de Divinópolis. Em seguida à missa, participamos de um animado e festivo jantar de confraternização. No roteiro da visita, Varginha foi a próxima cidade. Na Igreja matriz do Espírito Santo, mais um momento rico de espiritualidade: a Celebração Eucarística, presidida por Dom Diamantino, bispo da Diocese de Campanha (da qual Varginha faz parte), acompanhado de Dom Ricardo, Arcebispo de Pouso Alegre, (SCE das ENS), de Pe. Miguel (SCE da Super-Região) e concelebrada por mais 11 sacerdotes. Na missa, estavam presentes casais de Varginha, Três Corações, Alfenas, Paraguaçu, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí e Borda da Mata. Após a missa, todos se dirigiram para um momento de convivência, durante o qual pudemos experimentar a culinária local ao som de um conJunto musical, formado por um casal equipista e filhos, que nos deliciavam com músicas dos mais variados ritmos. Em todas as ocasiões de encontro com os equipistas, tivemos a palavra do nosso querido CRSR - Cida e Raimundo, bem como do nosso estimado SCE da SR-Pe. Miguel (que concelebrou todas as missas), que motivou os casais a prosseguirem na procura do caminho da santidade, utilizando os meios que o Movimento nos oferece. A cada evento, a Equipe da Super-Região agradecia a presença de todos, entoando cânticos característicos de cada Província . Um capítulo específico que se refere a uma particularidade do nosso Movimento é o do acolhimento. Não é fácil descrever a satisfação e a alegria estampada no rosto de cada equipista durante toda a Visita Pastoral. Podemos dizer que o cantata com todos foi de grande aprendizagem, e nos fortaleceu em nossa caminhada . Deixamos um agradecimento especial a todos os casais hospedeiros da Equipe da Super-Região, que nos acolheram com tanto amor que parecíamos membros de suas famílias. Deuss~alouvado! • Equipe da SRB Eneida e Álvaro, CRP NE

X


DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2009 Equipes de Nossa Senhora Estimados irmãos Com a graça de Deus, apresentamos, para conhecimento e apreciação dos equipistas, a Demonstração Financeira do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, integrada pelo Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado e as Notas Explicativas. Eumce e Milton Com fraterno abraço,

31 .12.09

31.12.08

31 .12.07

ATIVO Ci rculante

882 .298

555 .387

559.182

Circulante- 2° Enc. Naciona l

295.913

1.1 91 .406

76.827

32 .457

33.403

29.939

1.210 .668

1.780.195

665.948

97

4.962

Permanente Total Ativo PASSIVO Circulante

35.604

Provi sões Outras Obrigações - Encontros

Patrimô nio Líq uid o Total Passivo

295 .913

13.939

7. 259

1.191.406

76.450

879.151

574. 753

577. 276

1.210.668

1.780.195

665.948 R$)

DOR RECEITAS Contribuições

1.861 .942

79,2%

2° En contro Naci onal Encontro de Roma-2009 Receitas Diversas Receit as Financeiras

76,3%

230 .600

10,3%

1.503.046

83,9%

4.250

0,2%

440.443

18,7%

242 .752

10,8%

25 0.507

14, 0%

49.943

2,1 %

12.758

0,6%

38.591

2,2%

43 .3 19

1, 9%

Rec. Financ.-2° Enc. Nac. Total das Receitas

1.713.587

2.352.328

100,0%

2.247.267

100,0%

1.792.145

100,0%

Despesas com Encontros

557 .204

27 ,1%

526.108

23,4%

489.862

30,2 %

2° En co ntro Nacional

230 .813

10,3%

Encontro de Roma-2009

139.288

6,2%

Desp.c/Adm .Equipes

612 .612

29,8%

551.887

24,5%

478.359

29,5%

Despesas co m Pessoal

187 .135

9,1%

22 1.987

9,9%

186 .85 5

11 ,5%

Despesas Gerais

696.912

33,9%

542 .294

24,1%

466.419

28,8%

37.414

1,7%

2.053.862

100,0%

2.249.790

100,0%

1.621 .495

100,0%

DESPESAS

Desp .Enc.lntern.Lourdes 2006

Desp.Banc.e Financ.-2° Enc.Nac.

Total das Despesas

20

CM 445

.....


I~

31 .12.09

31.12.08

31 .12.07

298.466 574.753 5.933 879.151

(2.524) 577 .276

170.650 406.626 (100.107) 577.276

RESULTADO Resultado do Exercício Fundo Patrimonial Ajuste do Exercício Anterior RESULTADO ACUMULADO

574.753

NOTAS EXPLICATIVAS

Exercício 2009 nll

1 .1 . No Ativo Circulante estão incluídos em aplicações financeiras R$295.912,93 correspondentes ao saldo dos recebimentos de parcelas das inscrições para o 2° Encontro Nacional2009 em Florianópolis. ? ss.v 2 .1. Está registrado no Passivo Circulante o saldo em 31/12/2009, do valor recebido para as inscrições ao 2° Encontro Nacional-2009 em Florianópolis no valor de R$295 .912,93, devolvido aos inscritos em 2010.

Ke··e1

3.1. Contribuições - as contribuições espontâneas no ano de 2009, somam R$1.861.941 ,69, significando um aumento de 8,7% em relação a 2008. 3.2. Na rubrica Receitas Diversas estão registrados R$361.620 ,65 correspondentes a ressarcimento de livros e documentos do Movimento. 3.3. Na rubrica Receitas Financeiras está registrado o valor bruto auferido com aplicações financeiras , sem a dedução do IR.

[ •P• 4.1. Na rubrica Despesas com CM445

Encontros estão registradas as despesas com o Encontro do Colegiada Nacional (no mês de agosto) , os Encontros Provinciais e Colegiados Provinciais, todas as Sessões de Formação e as Reuniões da Super-Região. 4 .2 . Na rubrica Despesas com Administração das Equipes estão registradas as despesas com a emissão e a pastagem das edições da Carta Mensal em 2009 no valor total de R$583 .512,50. 4.3. Em Despesa com Pessoal estão incluídos os gastos com os funcionários do Secretariado, salários, encargos e benefícios, todos os serviços de terceiros com os respectivos encargos. 4.4. Despesas Gerais, abrange os gastos gerais como a emissão de livros, impressos e documentos do Movimento, despesas postais, bancárias e financeiras, o Projeto Vocacional e outros gastos administrativos.

5 Resu/ ado do Exerc 1 5 .1. No Resultado do Exercício, R$298.465 ,52 , deve ser considerado que R$139 .288,46 corresponde a despesas com passagens para o Encontro de Roma-2009 , pagas e contabilizadas em 2008, quando na realidade este evento pertence ao exercício de 2009. • 21


É TEMPO DE MUDAR O RUMO DE NOSSA HISTÓRIA Sabemos que a utilização de um sobrenome é coisa recente. Até a idade média, as pessoas eram chamadas pelo seu único nome, acrescido, se necessário, de alguma identificação do lugar de origem (Maria de Magdala, Saulo de Tarso) , ou da atividade principal (José Ferreira) , ou qualquer outra que definisse sua aptidão e missão (João Crisóstomo) . Até Deus se fez conhecido como o "Deus de Abraão'', pela magnífica aliança que firmou com o patriarca nômade que acreditou na promessa divina. E por força dessa aliança, quando Abrão se comprometeu a mudar seu rumo e direcionar sua existência conforme a vontade do Senhor, com toda a determinação de sua vontade, chegou a receber um nome novo, Abraão, pois atenderia a um chamado novo, uma vocação especial, que o levaria a ser o pai de um povo numeroso de grandes nações. Uma missão relevante. Esses pactos firmados entre Deus e o homem (Gn 17,3-6) e entre Deus e o casal (Gn 1,28 e 2 ,24) são encontros fecundos entre a Palavra de Deus e a fé das pessoas, marcos poderosos que se renovam em todos os tempos e que fazem a história da salvação. Daí a importância vital, para quem tem fé , de fazer a escuta assídua da Palavra de Deus. Nós, casais, temos um chamado novo, para marcar a vocação matrimonial, que nos leva a cumprirmos nossa 22

missão a dois. Até um nome novo e bonito nós adquirimos. Assim, passamos a ser o Eduardo da Graça, a Leani do Ney, o João da Cristina, a Helena do Tomaz, o Beto da Elizete, e assim por diante. Esse chamado novo se originou de um amor novo, que alçou nosso coração quando fizemos aliança com nosso cônjuge e com Deus. Para que essa aliança nos leve a uma missão tão fecunda quanto a que aconteceu com Abraão, e se tome um marco forte de nossa história pessoal e conjugal de salvação, é indispensável que produza em nós mudanças verdadeiras e profundas, que realmente nos definam como a Graça do Eduardo e o Eduardo da Graça. O encontro da Palavra de Deus deve acontecer com a fé que norteia a vida não apenas do Eduardo ou da Graça , enquanto indivíduos , mas do casal, porque o Senhor tem para esse homem e essa mulher um chamado novo, quer firmar com os DOIS um pacto perene e fecundo, para toda a vida, para que o casal seja um sinal poderoso de Sua presença e ação no mundo, como farol sinalizador, focando a história da salvação. Dessa forma, toda vez que se renova o encontro da Palavra de Deus com a fé do casal - como acontece na Oração Conjugal e no Dever de Sentar-se - este par de fiéis amantes está sendo sacramento eficaz, instrumento poderoso de evangelização, ajudando na salvação de outras pessoas, de outros casais. CM 445


É muito triste ouvirmos, em uma partilha, que os irmãos de equipe parecem acomodados e conformados com a situação de não conseguirem fazer a Oração Conjugal assídua e o Dever de Sentar-se regularmente. Desanima-nos a todos. Entretanto, como é animador constatarmos o esforço sincero de nossos companheiros de equipe que lutam por mudanças, porque querem ser, de

verdade, marcos vigorosos na história da salvação, sua e dos outros, que se atualiza em cada lar, em cada equipe, em toda a Igreja. Aproveitemos este ano jubilar das ENS no Brasil , como uma ocasião especial, para mudarmos a nossa história. Ainda é tempo! • f"q N S dú Bum Cn Setor B Reawo

no '~

-

"AI DE MIM, SE EU NAO ANUNCIAR O EVANGELHO" (ltor 9, 6 Esta frase de São Paulo nos acompanha desde muito cedo, ainda quando participávamos dos Grupos de Jovens de nossa paróquia, Piraju - SP, e a cada dia parece que essa necessidade imposta pelo Espírito Santo nos inflama mais e mais o coração. Conhecemos as ENS em Curitiba , no ano de 2000 , quando doávamos um período da nossa vida de casados à missão aos mais empobrecidos. Fomos apresentados às ENS por um sacerdote, Pe . Giovanni Murazzo, que, apesar de nosso engajamento e participação direta no serviço à Igreja , nos questionava quanto à caminhada de formação conjugal. Dizia ele: "Vocês agora são casados e têm de aprender a rezar e se doar nessa especial condição". Ficávamos nos perguntando o que aquelas palavras CM445

significavam para a nossa formação. Logo, ele nos encaminhou a uma equipe em Pilotagem. No início tudo era muito confuso, temíamos nos acomodar naquelas reuniões agradáveis e amistosas e nos fechar aos grandes apelos da missão, mas, a cada reunião, percebíamos nitidamente o chamado de Deus ao nosso crescimento e amadurecimento conjugal. Ficamos em Curitiba por seis anos, e um dos maiores sacrifícios que tivemos ao voltar da missão, foi sair da nossa Equipe Nossa Senhora de Guadalupe e voltar aos nossos familiares, na cidade natal, sem nenhuma equipe para nos engajarmos, até porque na diocese ninguém nunca havia falado das Equipes de Nossa Senhora. Perguntávamo-nos o que o Senhor queria de nós, depois de 23


tamanha riqueza que recebemos . Será que tudo ia acabar em nada? Conversávamos em nossos "Deveres de Sentar-se" se não seria vontade do Senhor trazermos as ENS para Piraju, mas continuávamos a esperar um sinal de Deus. Mas Deus, que nos colocava o desejo no coração, já estava trabalhando os corações de outros casais amigos sem que soubéssemos. Numa tarde de domingo, pessoas chegaram em casa para um café e nos pediram ajuda para fazer um "grupo de casais" que pudessem aprofundar mais as coisas características da vocação e viver com maior radicalidade a vontade de Deus em suas famílias . Ficamos extremamente felizes e nosso coração queimava de alegria de ver Deus providenciando sua vontade no coração de outros casais.

Hoje depois de três anos de caminhada, estamos com três equipes formadas, e sempre chegam casais querendo experimentar essa maneira diferente de sermos casal. Nossa Diocese se abriu ao Movimento e, em outras cidades, também novas equipes começam a se formar. As ENS em Piraju desenvolvem o acompanhamento dos noivos que estão se preparando ao casamento; temos o Movimento de Intercessores das Equipes que são nossa força na oração, e começamos este ano o Programa de rádio das Equipes de Nossa Senhora, que abrange quase toda Diocese. Louvado seja Deus por nos inflamar o coração como São Paulo já dizia: ''Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! " • Vwian e Angelo Eq. lA N S. das Graças, Setor Ba:...~rn A Piraju SP

AJUDA MÚTUA SEM FRONTEIRAS! Nossa filha Giovana, com apenas 15 anos, está cursando um semestre na França, na cidade de "Chalons en Champagne", onde foi recepcionada pelo casal equipista Juliette e Vincent (foto). A família tem três filhas , Louise, Adele e Pauline e a Giovana (foto) integra o grupo, participando ativamente das atividades do lar. Somos eternamente gratos , e oramos por eles diariamente, em agradecimento pela acolhida e , sobretudo, por considerarem nossa filha como membro da 24

família , o que muito nos honra. Que Jesus abençoe e fortaleça, a cada dia, essa família tão generosa e amiga! • Maria Helena e José Afonso Eq. N.S. da Eucaristia Setor B - Região Minas IV VarginhaMG CM 445


Na Bíblia, encontramos muitas formas de diálogo entre Deus e sua mais perfeita criação, o homem. Por meio desses diálogos os caminhos se tornaram mais fáceis e as dificuldades menores. Observamos que os evangelhos nos narram que Jesus usava a melhor forma de diálogo, que é a oração, e passava noites inteiras dialogando com o Criador, tomando decisões para que tudo o que fizesse fosse uma perfeição. No segundo capítulo do tema de estudo deste ano de 2010, aprendemos que casar é conviver, e tantas vezes observamos que o casamento não anda bem, porque a falta do diálogo foi visível, e bem sabemos que o diálogo é uma meta prioritária na relação humana, para que haja harmonia. No início da relação afetiva, no namoro, existe um diálogo festivo, onde tudo é maravilhoso: os encontros, os longos beijos e abraços. E assim o diálogo sobre o futuro dessa relação é adiado para um período posterior. Ao chegar ao noivado, a paixão fala mais alto, o diálogo chega ao nível de como projetar um futuro financeiro, esquecendo-se o diálogo sobre a relação harmoniosa e afetiva do casal, deixando que ela seja resolvida no longo prazo, pois o próximo passo será o de assumir o sacramento do matrimónio, CM445

e que se diga: É PARA SEMPRE. Após o casamento, unem-se duas realidades diferentes, tornando-se uma, isto é, deixa-se pai e mãe e torna-se uma só carne; para isso, o diálogo é essencial, pois as arestas precisam ser aparadas, os trabalhos divididos, assim como tudo que é bom ou não tão bom para o casal, deve ser partilhado, e é por meio do diálogo que se encontram soluções para que tudo possa ser resolvido na mais perfeita harmonia. Nós que somos equipistas, temos no diálogo uma fórmula de fazer com que o nosso matrimónio possa, nos dias de hoje, ter longos dias e durar até que a morte nos separe . Assim , seremos exemplos para todos os que nos observam , de tal forma que possam dizer: Vejam como eles se amam. Por isso, casais equipistas, usem sempre o diálogo antes de tomarem qualquer decisão, façam a experiência de dialogar também com Deus e peçam para que o sacramento do matrimónio seja de suma importância na vida de todo aquele que queira assumir verdadeiramente o casamento como um diálogo do dia a dia. • D nilza e Jos t nd f.q. 03 N. S de Lourdes t rA lt ba ar f B 25


PEDAGOGIA DAS ENS: COMO APROVEITÁ-LA MELHOR Para estimular o desenvolvimento da espiritualidade do casal Quando alguns casais e o Pe. Caffarel começaram a se reunir, sua intenção era procurar discernir a vontade de Deus sobre o estado de casados. Seus encontros e inspirações levaram-nos a aprofundar o tema e ampliá-lo na direção do Sacramento do Matrimónio e dali para a extrema riqueza da vida conjugal e comunitária. Fundadas as ENS, tornadas um conjunto sólido, estabeleceram-se regras que se tornaram os Estatutos. Logo, discerniram-se os meios pelos quais as ENS deviam se propagar. Nasceu assim o que se convencionou chamar de Pedagogia do Movimento. Entendendo-se pedagogia como o conjunto de princípios e métodos de educação e instrução que tendem a um objetivo prático, temos aí delineado o escopo das Equipes de Nossa Senhora. Os meios dos quais se servem as equipes para propor aos casais uma vivência adequada do Sacramento do Matrimónio estão alicerçadas no seguinte: Orientações de Vida, Ajuda Mútua para progredir no amor de Deus e no amor do próximo; Pontos Concretos de Esforço; Vida de Equipe, com a reunião de equipe e a Vida de Equipe fora da reunião mensal. E para que se recordou tal coisa? Para que, tendo pontos de comparação, pudéssemos tirar o melhor aproveitamento no sentido 26

de estimular o desenvolvimento do carisma das ENS. Para desenvolver o carisma (espiritualidade conjugal) , não basta saber de cor e salteado essas opções acima colocadas. Faz-se mister que as ponhamos em prática. Como? No esforço de cada dia, vigiando, orando, perdoando, praticando a renúncia, o sacrifício, na ascese, na oferta e no AMOR. Sim! Que seja maiúsculo na intensidade, na devoção, na expressão, na gentileza, na delicadeza, na humildade, enfim, no todo, integral e sem reservas! Como seríamos mais atentos à espiritualidade se nos conscientizássemos do compromisso e da lealdade para conosco mesmos, para com o cônjuge e para com os irmãos de equipe e , muito mais , com o Movimento que nos acolheu! A prática sem esmorecimento desses meios que o Movimento põe a nossa disposição, na gratuidade e no serviço, vai nos levar, apesar de nossas infidelidades ao supremo objetivo do encontro Face-a-Face ! Se, porventura, ao final do ano, nada tivermos desenvolvido em nossa espiritualidade conjugal, será melhor "rasgar nossas vestes" e "cobrir-nos de cinzas" ... • Maria Julieta t Jo e Carlos CRSetor Regiao Mrnas I CM445


Ao respondermos a pergunta do Tema de Estudo: "Que fazemos de concreto como casal para testemunhar os valores cristãos do casamento cristão? Onde?" (Cap. 2) , lembramos que ingressamos nas Equipes de Jovens de Nossa Senhora como Casal Acompanhador, para testemunharmos o valor do sacramento do Matrimônio e também ajudar os jovens a colocarem em prática os ensinamentos de Jesus Cristo. Atuamos nas EJNS de Recife por um período de, aproximadamente, 14 anos, e vimos quão é importante ensinar aprendendo. Refletindo sobre toda a nossa caminhada com os jovens da Equipe 2 -Nossa Senhora Aparecida, e também com os jovens do Setor Recife, percebemos o quanto aprendemos com eles, e como foi proveitosa essa troca de testemunhos e pontos de vista sobre vocação, religião, trabalho, integridade, respeito e, acima de tudo, Deus em nossas vidas! Para nós, foi muito gratificante esse período nas EJNS, pois pudemos melhorar bastante o relacionamento com nossos filhos (dois rapazes); os problemas que surgiam tornavam-se mais fáceis de CM445

serem contornados ou solucionados, pois muitos deles já conhecíamos das confidências trocadas com os jovens. Quantas confidências! "O Senhor FAZ em nós maravilhas e Santo é o seu nome!" Hoje, grande parte da equipe está casada e um dos jovens se prepara para receber a ordenação diaconal. Nossos filhos fazem parte das ENS e, aos poucos, estão experimentando a graça de serem verdadeiros equipistas. Para aumentar ainda mais a nossa alegria do dever cumprido, nossos afilhados de casamento, ex-EJNS, também entraram nas ENS para aprimorar o sacramento do dia a dia. Nosso tempo sempre foi fracionado para oferecermos parte dele aos irmãos e a Deus. A graça da multiplicação faz com que esse tempo sempre sobre, pois é dado de coração, e não cansamos de repetir as palavras de São Paulo aos ftlipenses: "Tudo posso Naquele que me fortalece"(Hl4,13) Avante EJNS! Muitos de vocês, futuramente, serão formadores nas Equipes de Nossa Senhora. • '

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REFLEXÃO A PARTIR DO ESTUDO DO TEMA "DESCOBERTA DE UM AMOR NOVO" Não se vive do passado; vive-se com o passado. Por isso, é sempre bom relembrar, ainda que resumidamente, a época em que nasceu o namoro do casal e seu desenvolvimento através dos tempos. Minha esposa e eu, sempre que possível, dedicamos momentos de nossa vida ao passado, com pensamentos voltados para o início de nosso namoro. Transportamo-nos, assim, para um passado distante, em que nos deparamos com um jovem de 16 anos e uma donzela de 13, um ao lado do outro, passeando em volta de uma fogueira monumental e respeitável pelo tamanho e perfeição. Com timidez, nossos olhares se cruzavam e a emoção, nunca sentida antes, deixava-nos eufóricos. Nascia ali, o namoro. E o namoro se desenvolveu de forma progressiva e acentuada, sempre enriquecido pelas orações, nunca esquecidas, dos jovens namorados. Não havia dúvida: Deus estava presente naquela união tão forte . Veio o noivado, com a presença de um sacerdote amigo, que abençoou os noivos, discorreu sobre a religiosidade de ambos e sobre a certeza de que aquele futuro casamento seria um passo totalmente acertado, porque Deus estaria presente nele. E tudo aconteceu conforme desejado: a alegria do casamento cristão. O casal, apegado sempre a Cristo, 28

buscando a santidade conjugal sob a intercessão de Maria, ingressou na Equipe Nossa Senhora do Amor. Essa dádiva do Bom Pai aconteceu há mais de 30 anos, mudando radicalmente a nossa vida para melhor. Caminhando sob as orientações do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, hoje temos a convicção de estarmos nos esforçando sempre mais para cumprir a missão de casal cristão, sendo testemunhas no nosso matrimónio, na Igreja, na família e na sociedade. Cheios de gratidão, temos pleno reconhecimento de que as graças recebidas de Deus e de Maria Santíssima têm sido a razão de ser do êxito de nossa vida, em todos os sentidos. • e Mario

Eq. N. S. do Amor Setor A Vargmha MG CM 445


RETIRO ANUAL O mistério da vida, morte e c

O Retiro Inaciano, Exercícios Espirituais ou Retiro Cristológico, como denominou o pregador do Primeiro Retiro Anual de 2010, Pe. Anchieta, pertence à Ordem dos Jesuítas, fundada por Santo Inácio de Loiola. A finalidade primordial desse Retiro foi ajustar obstáculos e fazer a vontade de Deus com as seguintes condições: desejo, liberdade, conquista e silêncio. E como é importante o silêncio durante a realização de um Retiro! Como poderemos ouvir a voz do Senhor se não nos calarmos? E o local? Vocês não têm ideia da beleza do local! Sentimos a presença de Deus em tudo. No momento da Oração Pessoal, que precedeu o Dever de Sentarse, Deus estava presente na beleza das flores , no canto dos pássaros, no irmão, nos raios de sol e na natureza. O pregador nos apresentou os passos fundamentais para a realização da oração: a escolha do local, o acolhimento como dádiva de Deus, a tomada de consciência da presença de Deus, a leitura do texto, e a adoção do compromisso que brota da oração. Como Primeira Meditação, tivemos "A vida de Jesus: nascimento e vida cotidiana" .. Iniciando com o conhecimento de Deus no Antigo Testamento - Livro do Êxodo Imagem do Deus Verdadeiro, chegamos ao conhecimento de Jesus no Novo Testamento - Evangelho de Lucas - Vida de Jesus na sua CM445

origem , o nascimento de Jesus. Como Segunda Meditação: "A vida de Jesus e seus relacionamentos", foram mostrados os paradigmas de pessoas que tiveram o encontro com Jesus: o encontro com Nicodemos e com a mulher samaritana. E como Terceira Meditação: ''A morte de Jesus" que, para nós, deve ser provocadora e significar perdão, justiça e ressarcimento. Ainda sob forte emoção e acreditando ser um prolongamento do Retiro, chega a Semana Santa e, sedentos de Deus, vivenciamos de forma única esse período tão significativo para nós cristãos: Missa do Crisma, Sermão das Sete Palavras na Capela do Colégio Santo Antônio, realizada há 131 anos em Belém, pioneira na realização desse evento, cuja ideia deve-se a D. Macedo Costa, que a realizou, com intenção de preencher, de forma significativa, as três horas vividas por Jesus no Calvário. O pregador foi o nosso Arcebispo recém-empossado, D. Alberto Taveira Correa, que, brilhante em suas colocações referentes às Palavras proferidas por Jesus, lembrou a figura forte de Maria e as palavras da Mãe de Jesus citadas no Evangelho. A cada palavra que se sucedia, o Coral Santa Cecília, da Arquidiocese de Belém, nos presenteava com cantos tirados do Oratório Musical- Cenários do Calvário, trazidos para Belém pelo italiano Joseph Mercadanti. Dando prosseguimento, veio a vigília da Páscoa, celebrada 29


na Paróquia de Santa Terezinha, de forma contagiante pelo Pároco, Monsenhor Marcelino Ferreira , Vigário Geral da Arquidiocese e Conselheiro Espiritual da Equipe 15. Realmente, todos aqueles que

como nós tiveram a oportunidade de vivenciar esses dois eventos, devem estar em estado de graça. • t.

O DEV R DE S Já pararam para pensar como a vida é corrida e o mundo barulhento? Ruído em casa, no trânsito, no trabalho, no mercado etc. No fim do dia, exaustos, ficamos alienados em frente à televisão. Aposto que gostaríamos de dizer alguma coisa ao nosso par, fazer reclamações ou elogios. Mas, deixamos para depois.. . Quando percebemos, há uma montanha de problemas, surgem crises e infelicidade. Sem tempo para solução, muitos preferem "eliminar" o casamento. Põem a culpa um no outro vão às academias, às com_pras, fazem regime, pintam o cabelo. E fácil perceber que a falta de tempo conduz à infelicidade. A correria nos deixa cegos para a vida, e o ruído nos deixa surdos para o outro e para Deus. É preciso dar tempo ao tempo, desacelerar, parar um pouco e sentar-se para prestar atenção na vida e ouvir o outro. O "Dever de Sentar-se" é um ponto concreto de esforço das Equipes de Nossa Senhora. Para ele devemos entrar despidos de uniforme, arma, cargo ou poder e revestidos de sinceridade, ponderação, aceitação e dispostos a escutar quem mais precisa falar. Um lugar santo para um encontro; não para uma batalha. O esforço é o de escutar o outro, entender como ele nos vê. Antes de 30

Mo·Jrao

Eq N. S da G 16rra Setor A Belém PA

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justificativas é preciso refletir: "Em que eu colaborei para que o outro criasse uma imagem tão imperfeita sobre mim? Por que ele/ela me vê assim? Como posso auxiliá-lo(a) a corrigir essa imagem deformada?". É preciso amor para reconhecer que demos motivos. Nossa imagem se deforma quando somos ríspidos, autoritários, egoístas ou intolerantes. Deveríamos ser imagem e semelhança de Deus, mas nossos atos imperfeitos deformam essa imagem. É preciso amor para reconhecer que o defeito não está no outro, mas em nossos olhos, que enxergam mal. Somos cegos quando viramos as costas para o outro, quando não reconhecemos seu esforço, quando somos hostis, quando não reconhecemos sua fragilidade ou pensamos na própria satisfação, sem dar conta que ele está insatisfeito. Naquele local especialmente escolhido, percebemos a presença de Deus. Ao nos retirarmos um anjo dirá: "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte , nem pranto, nem clamor, nem dor; porque as primeiras coisas já são passadas" (AP 21:4) . • ~1 n c I ?eg.na t:.q. N. S. da Esperança, Setor B Campo Grande MS

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O BEM MAIS PRECIOSO Conta o folclore europeu que, há muitos anos, um rapaz e uma moça apaixonados resolveram se casar. Dinheiro eles quase não tinham, mas nenhum deles ligava para isso. A confiança mútua era a esperança de um belo futuro, desde que tivessem um ao outro. Assim, marcaram a data para se unir, em corpo e alma. Antes do casamento, porém, a moça fez um pedido ao noivo: - Não posso nem imaginar que um dia possamos nos separar. Mas pode ser que com o tempo um se canse do outro, ou que você se aborreça e me mande de volta para meus pais. - Quero que você me prometa que, se algum dia isso acontecer, me deixará levar comigo o bem mais precioso que eu tiver então. O noivo riu , achando bobagem o que ela dizia, mas a moça não ficou satisfeita enquanto ele não fez a promessa por escrito e assinou. Casaram-se. Decididos a melhorar de vida ambos, trabalharam muito e foram recompensados. Cada novo sucesso os fazia mais determinados a sair da pobreza, e trabalhavam ainda mais. O tempo passou e o casal prosperou. Conquistaram uma situação estável e cada vez mais confortável, e finalmente ficaram ricos. Mudaram-se para uma ampla casa, fizeram novos amigos e cercaram-se dos prazeres da riqueza. Mas , dedicados em tempo CM 445

integral aos negócios e aos compromissos sociais, pensavam mais nas coisas do que um no outro. Discutiam sobre o que comprar, quanto gastar, como aumentar o património, mas estavam cada vez mais distanciados entre si. Certo dia, enquanto preparavam uma festa para amigos importantes, discutiram sobre uma bobagem qualquer e começaram a levantar a voz, a gritar, e chegaram às inevitáveis acusações. -Você não liga para mim! gritou o marido - só pensa em você, em roupas e joias. - Pegue o que achar mais precioso, como prometi , e volte para a casa dos seus pais. Não há motivo para continuarmos juntos. A mulher empalideceu e encarou-o com um olhar magoado, como se acabasse de descobrir uma coisa nunca suspeitada. - Muito bem, disse ela baixinho. Quero mesmo ir embora. Mas vamos ficar juntos esta noite para receber os amigos que já foram convidados. Ele concordou. A noite chegou. Começou a festa, com todo o luxo e a fartura que a riqueza permitia. Alta madrugada o marido adormeceu, exausto. Ela então fez com que o levassem com cuidado para a casa dos pais dela e o pusessem na cama. Quando ele acordou, na manhã seguinte, não entendeu o que tinha acontecido. Não sabia onde estava e, quando se sentou na cama para olhar 31


em volta, a mulher aproximou-se e disse-lhe com carinho: -Querido marido, você prometeu que, se algum dia me mandasse embora, eu poderia levar comigo o bem mais precioso que tivesse no momento. Pois bem, você é e sempre será o meu bem mais precioso. Quero você mais que tudo na vida, e nem a morte poderá nos separar. Envolveram-se num abraço de ternura e voltaram para casa mais apaixonados do que nunca.

O egoísmo, muitas vezes, nos turva a visão e nos faz ver as coisas de forma distorcida. Faz-nos esquecer os verdadeiros valores da vida e buscar coisas que têm valor relativo e passageiro. Importante que, no dia a dia, façamos uma análise e coloquemos na balança os nossos bens mais preciosos e passemos a dar-lhes o devido valor. • Colaboracão de Nelson (da Tere) Eq. 4 N S. da Esperança Região São Paulo

AMOR CONJUGAL Nossos caminhos são agora um só caminho, nossas almas uma só alma. Cantarão para nós os mesmos pássaros, e os mesmos anjos desdobrarão sobre nós as invisíveis asas. Temos agora por espelho os nossos olhos. O teu riso dirá a minha alegria, e o teu pranto a minha tristeza. Se eu fechar os olhos, tu estarás presente. Se eu adormecer, serás meu sonho. E serás, ao despertar, o sol que desponta. Nossos mapas serão iguais, e traçaremos juntos os mesmos roteiros que conduzem às fontes escondidas, aos tesouros escondidos. Na mesma página do Evangelho encontraremos o Cristo; partiremos na Ceia o mesmo Pão. Meus amigos serão os teus amigos. E perdoaremos com iguais palavras aqueles que nos invejam. E nem o mundo, nem a guerra, 32

nem a morte , nada mais poderá separar-nos, pois seremos mais que nunca, em cada filho, uma só carne e um só coração. Que o homem não separe o que Deus uniu. Que o tempo não destrua a aliança que nos prende, nem os amores o Amor. Que eu não tenha outro repouso que o teu peito, outro amparo que a tua mão, outro alimento que o teu sorriso. E quando eu fechar os olhos para a grande noite, Sejam tuas mãos que hão de fechá-los. E quando os abrir para a visão de Deus, possa contemplar-te como o caminho que me levou, dia após dia, à Fonte de todo Amor. Nossos caminhos são agora um só caminho. Nossas almas uma só alma. Já não preciso estender a mão para alcançar-te. Já não precisas falar para que eu te escute ...• Dom Marcos Barbosa CM445


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EIS POR QUE NOSSAS EQUIPES SAO AS IIEQUIPES DE NOSSA SENHORA'' Vocês formam grupos para procurar Cristo, imitá-lo, servi-Lo. Vocês não conseguirão sem um guia. E não há melhor guia do que a Virgem . Eu gostaria que, em nossas equipes, se exercesse a fé na ternura todo-poderosa da Virgem; que cada casal sentisse aquela confiança e aquela segurança que habita o coração dos filhotes quando sua mãe está presente. Eu gostaria que essa fosse uma das nossas marcas características. Então eu teria uma grande confiança no futuro. "E ela os assumiu sob sua tutela, e em seu encargo para a eternidade" (Péguy). As equipes serão protegidas contra o intelectualismo e o espírito de crítica - este é o primeiro benefício da intimidade do cristão com a Virgem. Os corações serão guardados na humildade, quem poderá bancar o esperto junto a Nossa Senhora? O amor fraterno reinará: é sempre assim quando a mãe está com os filhos. .. Então a fonte de alegria nunca secará, porque a "Causa de nossa alegria" estará conosco! Creio que há alguns entre vocês que sentem um incômodo para me acompanhar, têm dificuldade em compreender o lugar tão excepcional dado à Virgem no catolicismo (não se reza ao Pai todo-poderoso recitando um Pai nosso, sem imediatamente dirigir um Ave Maria a essa sua filhinha maravilhosa). Essa devoção não corre o risco de CM 445

ser um sentimentalismo, mais do que razão? Eu não tenho a pretensão de convencê-los nesta curta mensagem. Mas permitam-me transmitir-lhes o melhor sermão sobre a Virgem que jamais ouvi. Conheci um empresário que fazia prospecção de petróleo no Marrocos, na Arábia etc. . .. Profundamente cristão, ele acabava de me contar o lugar importante que a Virgem ocupava em sua vida. Eu quis compreender o porquê disso e perguntei: "Mas, afinal, quem é a Virgem para o senhor?" Grande foi a minha surpresa - e o meu constrangimento - ao ver esse homem tão forte emocionarse , seus olhos encheram-se de lágrimas , enquanto deixava escapar: "Minha Mãe! " (o grifo é nosso). Imediatamente , mudei o rumo da conversa, envergonhado como alguém que , sem querer, surpreendeu um segredo de amor e feliz como alguém que descobriu por que nossos robustos ancestrais da Idade Média tinham uma tal veneração por Maria. Seja o conjunto de nossas equipes uma catedral para a glória de Nossa Senhora! E que possamos todos trabalhar nela com o vigoroso entusiasmo dos construtores da Idade Média! •

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"JAVÉ SE INCLINA ... " Há mais de 30 anos que prego retiros para casais . E, todas as vezes, vejo homens e mulheres, quase todos anêmicos ao ingressarem nessas "clínicas" que são as casas de retiro, apresentarem, ao sair, uma nova vitalidade espiritual, adquirida após a "cura de alma" a que se entregaram. Será preciso, é certo, fazer novo retiro no ano seguinte. É que são muitos os que deixam que a anemia novamente os atinja. E, uma vez mais, irão fazer a experiência da extraordinária eficácia de alguns dias passados com Deus. Qual seria o segredo dessa eficácia? Silêncio, missa diária, oração ... outras tantas razões, sem dúvida. Mas a razão primeira, a mais decisiva, é outra. Nesses homens e mulheres a fé achava-se enfraquecida, doente, sonolenta, esgotada, moribunda; eis que, ao sopro da Palavra de Deus , ela desperta, firma-se, readquire vitalidade. Porquanto há uma relação muito estreita entre a fé e a Palavra do Senhor; somente a Palavra de Deus tem o poder de despertar e alimentar a fé , esta fé que é conhecimento de Deus, de sua vida íntima e de seu domínio sobre o universo. A fé enfraquece, definha, naquele que não se abre à Palavra de Deus e não a guarda. Entendo por Palavra de Deus os Livros inspirados e toda palavra ou escrito que apresenta a Revelação que esses livros contêm. 34

Se há tantos cristãos raquíticos, é que são bem poucos aqueles que procuram a Deus: '~avé, do alto dos céus, se inclina sobre os filhos dos homens para ver se há um sensato, um que procure a Deus. " (Salmo 14, 2). Pelo contrário, estará protegido da anemia espiritual aquele que alimenta a sua fé , que procura o conhecimento de Deus, isto é, o conhecimento de Jesus Cristo por quem e em quem o Pai tudo nos deu, tudo disse, tudo revelou, tudo manifestou. E, como a sua fé é alimentada, cresce o seu amor de Deus, aumenta a sua generosidade ao serviço de Deus. Nele há vida. "A vida eterna é que eles te conheçam, a ti, único Deus verdadeiro, e teu enviado, Jesus Cristo." (Jo 17, 3) . Eis por que, nas Equipes de Nossa Senhora, dá-se tanta importância à troca de ideias , este momento que , no decorrer das reuniões, é consagrado à procura do conhecimento de Deus, de seu pensamento e de sua vontade. Eis por que se pede a cada casal que se aplique seriamente no estudo do tema, marido e mulher juntos. Eis por que considero um mau sintoma ouvir tal membro de uma antiga equipe dizer-me: "poderíamos renunciar ao tema e dedicar maior tempo à oração e à coparticipação". Eis por que, recentemente, foi pedido a todos os membros das Equipes de Nossa Senhora que dediquem diariamente CM 445


pelo menos dez minutos de seu tempo à leitura pausada e refletida das Sagradas Escrituras. "Dobro os meus joelhos na presença do Pai. .. digne-se Ele , segundo a riqueza de Sua glória, armar-vos de poder por seu Espírito, para que se fortaleça em vós o homem interior; que o Cristo habite em vossos corações pela fé , e que estejais enraizados, fundados no

amor. Recebereis assim a força de compreender, com todos os santos, qual é a Largura, o Comprimento, a Altura e a Profundidade, conhecereis o amor de Cristo, que excede todo conhecimento, e sereis repletos de toda a plenitude de Deus." (Ef 3, 14-19). • H nri Cafa rei Editorial da Carta Men ai maio de 19/2

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O TESTEMUNHO SUSCITA VOCAÇÕES Por ocasião do 4 7° Dia Mundial de oração pelas vocações, celebrado no IV Domingo da Páscoa, o Papa Bento XVI exortou os cristãos do mundo inteiro a se comprometerem com um mais intenso e incisivo testemunho evangélico no mundo de hoje. O tema que nos foi oferecido está em profunda sintonia com a celebração do Ano Sacerdotal: O Testemunho suscita Vocações. De fato, a fecundidade da proposta vocacional depende, em primeiro lugar, da ação gratuita de Deus, mas é favorecida também pela qualidade e riqueza do testemunho pessoal e comunitário de todos aqueles que já responderam ao chamado do Senhor no ministério sacerdotal e na vida consagrada , pois o seu testemunho pode suscitar noutras pessoas o desejo de, por sua vez, corresponder com generosidade ao apelo de Cristo. A primeira forma de testemunho que suscita vocações é a Oração, como nos mostra o exemplo de Santa Mônica, que, suplicando a Deus com humildade e insistência, obtém a graça de ver seu filho, Agostinho, tornar-se cristão. Portanto, é tarefa intransferível dos pais rezarem, para que o coração dos seus filhos se abra à escuta do Bom Pastor e até o mais pequenino gérmen de vocação faça com que se torne uma árvore frondosa, carregada de frutos para o bem da Igreja e de toda a humanidade. Como podemos escutar a voz do Senhor e reconhecê-lo? Na pregação dos Apóstolos e dos seus sucessores: nela ressoa a voz de Cristo, que convida 36

à comunhão com Deus e à plenitude de vida, como lemos no Evangelho de São João: "As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém irá arrancá-las de minha mãd' (Jo 10, 27-28). Somente o Bom Pastor protege com imensa ternura seu rebanho e o defende do mal, e só n'Ele os fiéis podem depositar absoluta confiança. Na carta que escreve por esta ocasião, dirigindo-se aos sacerdotes, Bento XVI afirma que a missão do ministro ordenado é imitar Cristo casto, pobre e obediente e identificarse com Ele. Fiel à sua vocação, cada sacerdote transmite a alegria de servir a Cristo, e convida todos os cristãos a responderem à vocação universal da Santidade. Creio que este mesmo tema deve ser refletido por todos os casais cristãos, pois a realização do Projeto de Deus sobre a Família só se realizará, se os casais cristãos de hoje forem Testemunhas para os casais cristãos de amanhã, para os que são vocacionados à vida matrimonial, especialmente para as crianças , adolescentes e jovens. Assim, como o testemunho de sacerdotes fiéis , felizes e realizados , os casais que vivenciam a consagração do amor conjugal por meio do Sacramento do Matrimônio se tornam exemplo e incentivo para os jovens que buscam discernir e realizar a vontade de Deus para suas vidas. • Pe J J , rbL ::JUE. I' SCE Regiao Norte I Manaus AM CM445


O PESAR, O PERDAO E A GENEROSIDADE Henri J. M. Nouwem, em seu livro "A volta do filho pródigo", disserta sobre as características dos envolvidos nessa parábola, ou seja, o filho pródigo, o filho mais velho, e o pai. Ao final , ele concluiu que conseguiremos o caminho para a santidade mediante o pesar, o perdão e a generosidade em nosso coração, em nossas atitudes. O PESAR requer que os pecados do mundo, inclusive os meus , firam o meu coração e me façam derramar lágrimas , muitas lágrimas por eles. Não há compaixão sem lágrimas. Se não podem ser lágrimas dos meus olhos que brotem do meu coração. O PESAR é tão profundo, não somente porque o pecado humano é tão grande, mas também, e mais ainda, porque o amor de DEUS é tão ilimitado. O PERDÃO, o segundo caminho para a santidade. Perdoar de coração é muito, muito difícil. É quase impossível. Jesus disse aos seus discípulos: "Quando o teu irmão pecar contra ti sete vezes por dia e sete vezes retornar, dizendo estou arrependido, deveis perdoar". CM 445

Muitas vezes eu disse: "Eu o perdoo", mas mesmo quando dizia essas palavras, meu coração permanecia zangado ou ressentido. Ainda queria ouvir que eu, afinal de contas, estava certo; queria ouvir justificativas e desculpas. Mas o perdão de DEUS é incondicional; vem de um coração que não pede nada para ele mesmo; um coração totalmente vazio de pretensões próprias. É esse perdão divino que devo praticar na minha vida diária. A GENEROSIDADE é da própria essência do ser humano. Generosidade vem de gênero, gênero humano. Nós somos a imagem e semelhança de DEUS , portanto, somos generosos. Generosidade é dar, amar e viver. A Generosidade cristã é doação, doar-se como Jesus fez na cruz. Amar ao próximo, como a si mesmo. E viver como Jesus nos ensinou. Portanto, meus amigos equipistas, pratiquemos a terapia PPG (Pesar, Perdão, Generosidade). • D ,,, ia Eq 9 N. S. Madre de Deus Setor B - Regwo Sul 1 Mogi das CrtJzes SP

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,CONFIANÇA EM DEUS E do alto que vem o poder do cristão. O profeta Isaías, ao se referir à grandeza de Deus e à confiança que n'Eie deve ter o casal, diz: "Os que esperam no Senhor, adquirirão sempre novas forças , tomarão asas como de águia, correrão e não fatigarão, andarão e não desfalecerão." (Is 40,31) . Você pode ver pombos, andorinhas e outras aves voando em bandos; águias, não. Elas ficam lá do alto, olhando o azul infinito. É que elas têm uma forma toda especial de enfrentar as tempestades e não têm medo. Quando se aproxima uma tempestade as águias abrem suas asas, capazes de voar a uma velocidade de até 90 quilômetros por hora, e enfrentam a tormenta. Elas sabem que acima das nuvens escuras e das descargas elétricas, brilha o sol. Nessa luta terrível elas podem perder penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente . Depois, enquanto todo mundo ficà às escuras embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima. Confiança que traduz certeza é o seu lema. Para além da tormenta, brilha o sol. Na morte, as águias também dão excelente lição de confiança. Mas, com certeza você nunca encontrou um cadáver de uma águia. Como todos os seres vivos, elas também morrem um dia. Alguma vez você já se deparou com o cadáver de uma águia? É possível que já tenha visto 38

o de uma galinha, de um cachorro, de um pombo. Mas, com certeza, cadáver de uma águia, nunca . Sabe por quê? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Localizam o pico de uma montanha inatingível, usam as últimas forças de seu corpo cansado e voam naquela direção. E lá esperam, resignadamente, o momento final. Até para morrer, as águias são extraordinárias. Quando, porventura, você se deparar com um momento difícil, cheio de desafios que possam parecer impossíveis de ser vencidos, em que as crises aparecem gerando outras crises, não admita que o desânimo se aposse das suas energias, lembre-se: eleve-se acima da tempestade, por meio da realizaç ão dos Pontos Conc retos de Esforç o : da Escuta da Palavra, da Meditação, da Oração Conjugal, do Dever de Sentar-se, da Regra de Vida e do Retiro Anual. Casais, descansem no Senhor, para que possam estar um tempo com Ele e depois partam para a missão, sabendo que, além da tormenta, verão juntos o brilho do Sol. Pensem, sempre que Deus é o autor e o sustentador de todo o bem e de toda a sua vida conjugal. • l ·~on Eq 09 N S da Assunção Pindamonhangaba SP CM445


MEDITANDO EM EQUIPE Quem dá o tom para o festivo mês de j unho, sobretudo no Nordeste brasileiro, é São João Batista, cujo nascimento celebramos no dia 24 - o coração das festas juninas . A propósito, cabem aqui duas perguntas: 1. Por que festa de nascimento, quando a nossa Igreja só costuma celebrar a data da morte dos seus santos? E com toda a razão, pois não nascemos santos, visto que já fomos concebidos com a mácula do pecado original. Exceção óbvia para Jesus e a Imaculada Conceição . Resposta : é crença da Igreja que João, embora concebido em pecado, nasceu sem pecado, pois "ficou repleto do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe" (Lc 1, 15). 2. E por que 24 de junho? Pura questão de lógica : uma vez que fora adotado o 25 de dezembro para o nascimento de Jesus, sobrou junho para João, que era mais velho apenas seis meses (cf. Lc 1,26).

Escuta da palavra em Lc 1,57-80 Sugestões para a meditação: Por que o nome do menino devia ser necessariamente João? Por que Zacarias havia ficado mudo? Podemos dizer que João era realmente um profeta nos moldes bíblicos? O que sabemos de concreto sobre a vida e a atuação de João Batista? Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm

Oração Litúrgica (da Liturgia das horas, festa do nascimento de São João Batista)

Ó Deus, que chamastes João Batista desde o ventre materno para preparar os caminhos de Vosso Filho, chamai-nos para seguir o Senhor com a mesma fidelidade com que João O precedeu . Assim como destes a João Batista a graça de reconhecer o Cordeiro de Deus, fazei que a Vossa Igreja também O anuncie, e que os homens e as mulheres do nosso tempo O reconheçam. Vós que inspirastes ao Vosso profeta ser necessário ele diminuir para que Cristo crescesse (cf. Jo 3,22-30), ensinai-nos a ceder lugar aos outros, para que Vossa presença se manifeste em cada um de nós. Vós, que quisestes proclamar a justiça mediante o martírio de João, tornainos testemunhas incansáveis da Vossa verdade.


Equipe• de No 55 a Senhora

Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar, cj 53 • 01309-902 • 5.\o Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599

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