EDITORIAL Da Carta Mensal. ...... ..... ........ .. ..... .... .. 01 SUPER-REGIÃO O centro é Cristo ........... .............. ....... 02 Qual será a resposta? ........ .. ..... .. ........ 03 Aventura familiar ....... .... .............. .. .. .. 04 60 ANOS DAS ENS NO BRASIL Celebração dos 60 Anos do Movimento • 22 de Maio ........ ...... 06 NOTÍCIAS ...... ..... .............. .... ...... .. ..... ...... 09 TESTEMUNHO Ajuda Mútua - A mudança ................. 13 As ENS e o Auxílio Mútuo entre Casais ...... .. ... ...... .. .. .......... ....... 14 Os caminhos de Deus na fecundidade do nosso casamento ...... 15 EJNS - EQUIPES JOVENS DE NOSSA SENHORA Reunião da Equipe de Animação Internacional .. ........ ........ .. . 16 EJNS- "Alegria de ter Filho Equipista" .... . 17 TEMA DE ESTUDOS Casamento, Sacramento do dia a dia ... 18 nossa aventura familiar ............ ...... .... 19 FORMAÇÃO Que tipo de Igreja somos? ........ .... ..... 20
IGREJA CATÓLICA Família : celeiro de Vocação e Missão .. .. 21 Família e Sociedade .... ................... .... . 22 MARIA Solenidade da Assunção de Nossa Senhora .................. .. .. .... ..... 23 DIA DOS PAIS Pai, reflexo do PAI. .... ........ .. ................ 25
RAIZES DO MOVIMENTO A Esperança que vem de Deus ........... 26 FORMAÇÃO A Linguagem de Deus ................ ...... .. 27 Escolhendo a melhor parte .... ... ...... .. .. 28 HOMENAGEM AO PADRE Vocação : Sacerdote .. .......... ................ 30 VOCAÇÕES Agosto, mês vocacional. ........ .... .. .... .. . 33 Uma irmã na nossa caminhada .......... 34 REFLEXÃO O Evangelho e as Equipes de Nossa Senhora ............. 36 Lenda dos índios Cherokees ........ .. ..... 40
ENCARTE Índice Geral das Publicações da Carta Mensal em 2009
Carta Mensal é urna publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa" n• 219.336 livro B de 09.10.2002
Glasfira e Resende Paula e Genildo Zélia e Justino Frei Geraldo de Araujo Lima - O. Carm.
Edição e Produção: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiaçu, 390 11 • andar, cj. 115 • Perdizes São Paulo Fone: (11) 3473.1282
Edição: Equipe da Carta Mensal Zezinha e Jailson (responsáveis) Fátima e Joel
Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)
Imagem de Capa: Fotosearch
Projeto Gráfico: Alessandra Carignani
Tiragem desta edição: 21 .000 exemplares
Impressão: Prol
Cartas, colaborações, notl· cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:
Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 s• andar • conj. 53 01309-902 • São Paulo· SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 Fax: (Oxx11) 3257.3599 cartamensal@ens.org.br A/C Zezinha e Jailson
Para a Igreja, no Brasil, o mês de agosto é o "mês das vocações". Seguindo essa orientação, vem sendo dada uma grande ênfase à Semana da Família que inicia com a Homenagem ao Padre culminando com a comemoração do Dia dos Pais. Em sintonia com a Igreja, nossa Carta Mensal inicia com o questionamento do CRSR-Cida e Raimundo: "Qual será a resposta?", nos levando a refletir sobre como estamos respondendo ao chamado de Deus para a nossa vida, a nossa vocação. No artigo Aventura Familiar, os irmãos Nilza e Nivaldo nos alertam e encorajam para a responsabilidade de nos espelharmos na Família de Nazaré, para bem cumprirmos a nossa missão de família cristã. Somente a família que coloca Deus como seu fundamento, poderá sobreviver nas tempestades do mundo atual. As Províncias Sul I, Leste e Centro-Oeste nos dão uma mostra (nosso espaço na CM é pequeno para mais) da beleza que foram as comemorações dos "60 Anos das ENS no Brasil" pelo que damos graças e louvores ao bom Deus! Na Bandeira Homenagem aos Padres, um presente: fotos nos revelam a simplicidade, na vida e na morte, do fundador do nosso Movimento: Pe . Henri Caffarel. Também , com fotos dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais da Super-Região, Carta Mensal e das Províncias, parabenizamos todos
os Conselheiros Espirituais das l; Equipes do Brasil. ~t! ~ Num sistema de partida dobra- !5 da, à medida que recebem, dão, (!! nossos SCEs nos brindam com artigos maravilhosos: "Solenidade da Assunção de Nossa Senhora" (Pe. Osmar Bezutt) ; "Casamento, Sacramen to do dia a dia" (Dom Vitória Pavanello) ; "A Esperança vem de Deus"; (Pe. Afonso Schmitt) . No Encarte, um pouco fora do tempo habitual, em função dos anteriores terem sido dedicados às comemorações dos 60 Anos das ENS no Brasil, publicamos o índice geral dos artigos das CM do ano de 2009. Mil razões para agradecer a Deus, encontramos na Bandeira Notícias: são Bodas e Jubileus de ouro e prata dos Sacerdotes, dos Casais, das ~ Equipes e também Ordenações de Conselheiros Espirituais. Encontrarão, também, nas outras Bandeiras, um bom material para nossa formação e fortalecimento da nossa fé , graças à generosidade de inúmeros casais que se esforçam para manter vivo este nosso veículo de in(formação). Nossos parabéns aos Sacerdotes e Conselheiros Espirituais e aos Pais; que Nosso Pai do Céu os fortaleça para que possam perseverar na Fé, Esperança e Caridade. Uma boa e proveitosa leitura!
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Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal
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O CENTRO É CRISTO ':4 liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força . Pois os trabalhos apostólicos se ordenam a isso: que todos, feitos pela fé e pelo Batismo, filhos de Deus, juntos se reúnam, louvem a Deus no meio da Igreja, participem do sacrifício e comam a ceia do Senhor" (SC 10).
Procurando ser verdadeiras comunidades vivas de casais, tornando a vida matrimonial uma celebração permanente, nós equipistas buscamos pela liturgia uma união mais íntima com o Senhor para darmos testemunho e sermos verdadeiros reflexos do seu amor no mundo. De fato, por onde passamos, nos vários Setores, Regiões e Províncias da nossa Super-Região vivenciamos intensas e bonitas celebrações litúrgicas, de modo especial a liturgia Eucarística, que é o ápice da nossa expressão de fé. Nesse sentido, cabe a nós darmos uma atenção especial à preparação das nossas celebrações litúrgicas. A Igreja testemunha a sua fidelidade a Cristo através da unidade dos fiéis. Esta UNIDADE é um aspecto bem presente na vida das equipes; procuremos evidenciá-lo cada vez mais no modo de viver o nosso carisma, nas nossas liturgias. Essa reflexão nos chega agora partindo de várias interrogações que nos foram feitas, dentre elas: "Qual a orientação litúrgica do Movimento?"; "Existe um manual de liturgia oficial do Movimento?". Não basta uma celebração ser bonita e animada; ela precisa evidenciar sempre o centro, que é o Cristo que sofreu, morreu e ressuscitou por nós, expressão 2
máxima do amor de Deus. Infelizmente encontramos alguns abusos litúrgicos, mais ou menos graves, mesmo que inconscientes. Para evitarmos tais abusos, recorramos às Normas Litúrgicas da Igreja em sinal de unidade. Na sua Encíclica "Ecclesia de Eucharistia", o Papa João Paulo 11 lançou um "veemente apelo para que as normas litúrgicas sejam observadas com grande fidelidade na celebração eucarística"(n. 52). As normas eucarísticas "constituem uma expressão concreta da eclesialidade autêntica da Eucaristia; tal é o seu sentido mais profundo. A liturgia nunca é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade, onde são celebrados os santos mistérios" (Ibidem) , e segue: "o sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo o seu amor à Igreja" (Ibidem) . Portanto, fica mais do que claro que, em nome da unidade, as ENS não têm liturgia própria. A LITURGIA DO MOVIMENTO É A LITURGIA DA IGREJA. Um carinhoso abraço. No coração de Jesus, Pe. Miguel Batista, SCJ SCE Super-Região Brasil CM446
QUAL SERÁ A RESPOSTA? "Quanto mais a árvore atingir as alturas, mais profundas devem ser suas raízes" (Pe. Caffarel).
Amados irmãos: Quando falamos em vocação, vem-nos à mente uma música do Pe. Zezinho, a qual se intitula "Vocação". Há um verso em especial que nos faz refletir sobre a nossa disposição e disponibilidade: "Se ouvires a voz de Deus chamando sem cessar I Se ouvires a voz do mundo, querendo te enganar. I A decisão é tua". Há, nesta letra, pelo menos três aspectos que estão presentes no cotidiano do ser humano: o chamado, a escuta, a resposta. Para entendermos bem o que significa "vocação", do ponto de vista teológico, vale a pena lembrar que a palavra se origina do verbo latino vocare, ou seja, "chamar" (chamado, apelo, convite) . Deus chama, porque sabe que podemos ser resposta generosa ao seu apelo divino. A decisão é minha, é sua ... Antes, porém, de decidir, importa saber que "a vocação é o gesto de amor mais "escandaloso" de Deus para com o homem, é o Senhor chamando-o para fazer parte de seu discipulado de amor". Cientes disto, qual será nossa resposta? Segundo o Pe . Caffarel, "todo cristão deveria periodicamente interrogar-se sobre a maneira como responder ao chamado de Deus, CM446
à sua vocação". Faz-se necessário verificar o que deve ser corrigido ou renovado. Ainda em celebração aos 60 anos das Equipes no Brasil, acreditamos ser pertinente e relevante reafirmar a "vocação" das ENS , para se tomar consciência de que elas foram chamadas por Deus para um serviço de Igreja. O que Deus espera delas? Essa pergunta se fazia seu fundador. A vocação do Movimento está alicerçada na lei do Mandamento Novo (cf.Jo 13, 34). As palavras do Pe. Caffarel dirigidas aos casais o confirmam (Missão do casal cristão): • "O nosso Mundo tem, terrivelmente, necessidade deste espetáculo de cristãos que se amem entre si" (p. 83). • " .. .estais particularmente aptos para o cumprimento desta missão, precisamente porque sois casais. Tendes um carisma 3
próprio" (p. 113). • "... é do vosso amor conjugal, é do vosso lar que o mundo ateu, sem o suspeitar, espera um testemunho essencial" (p. 113) . Nós somos e formamos as Equipes de Nossa Senhora. Por isso, para responder simultaneamente à nossa vocação de casais equipistas e ao que o mundo atual espera, é
preciso que pratiquemos e proclamemos três verdades: O casamento está ao serviço do Amor, da Felicidade e da Santidade . Este último é "a vocação mais especifica das Equipes de Nossa Senhora ". Escutemos este chamado! Com carinho e sempre unidos em oração, • Cida e Raimundo CR Super-Região Brasil
Casal Provincial
AVENTURA FAMILIAR A cultura consumista atual está reduzindo as aspirações das pessoas à fruição do que é prazeroso, fácil , cômodo, imediato. Esta mesma cultura está degenerando a vida conjugal e a família . Há uma espécie de supermercado de relações prazerosas (sensuais, sexuais, sentimentais, emotivas ... ) com prazo de validade cada vez menor. Contemporaneamente desvaloriza as fontes do compromisso familiar (importância dos filhos , convivência, partilha, solidariedade, crescimento familiar, fidelidade, renúncia). Uma parte minoritária da sociedade está reagindo, empolgando-se com desafios e aventuras , descobrindo a alegria de viver. Mas o que é uma aventura? É uma atividade 4
empolgante , desafiadora para os que desejam confrontar-se com as próprias capacidades, vivê-las intensamente , superando limites, ampliando horizontes. É um caminho que se toma, sabendo aonde se quer ir, mas não se podendo prever o que vai acontecer na caminhada. A aventura proporciona a sensação agradável da novidade da descoberta do imprevisto, obrigando a desenvolver criatividade ,
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capacidade de adaptação. O casamento e a vida familiar têm tudo para ser uma bela aventura, pois, mesmo tendo noções claras de aonde queremos chegar, surgem ao longo do caminho muitos imprevistos. Por vezes são obras dos homens, outras vezes, são atos de Deus. O desafio consiste justamente em superar esses obstáculos para chegar ao objetivo que se busca. A vida familiar é um grande estímulo para descobrir e desenvolver capacidades desconhecidas a fim de poder responder a exigências novas do casal e dos filhos. Adaptar-se às mudanças pessoais, familiares e sociais. O casal e depois os filhos irão receber o impacto de todas essas diferenças e, processando-as com a vivência de seu próprio tempo, criar o seu ambiente único e original. Cada família cria seu espírito, seu estilo de vida: A maneira como comunicamos, como celebramos os momentos importantes, as decisões, como nos perdoamos mutuamente, como deixamos Deus agir em nós. Vejamos o exemplo da Família de Nazaré , que teve uma vida cheia de aventuras desafiadoras (nascimento na gruta, exílio no Egito, perda do filho em Jerusalém) , mas todas garantidas pela própria preparação e contínua capacitação de fé na existência divina. Neste mundo em que vive mos, somos a semente desta nova geração. Como Noé , que "encontrou graça diante do Senhor! " (Gn 6,8) , Deus quer salvar-nos e toda <.M 446
nossa família. Ele ordenou a Noé que fizesse uma arca. Ele mandou que nós também construíssemos uma arca: esta arca é o nosso lar. E nós acrescentamos: é a igreja doméstica . "Seja o Noé da sua família, construa a minha arca, e entre nela com toda a sua família." Para que a salvação chegue até nossas famílias, é preciso que sejamos como Noé, justos, no meio desta humanidade corrompida. Ele deseja nos salvar, mas para isso é preciso que ouçamos a sua voz e que venhamos a obedecerlhe. "Noé fez tudo como o Senhor havia mandado." (Gn 7,5) Como vimos, nossa aventura de pais é desafiadora. Não existe problema sem solução e Ele nos quer dar a solução. A solução não é assumir partindo para o desregramento, mas é resolver. É decisão, é luta, é garra, é oração. "Tudo o que pedirdes na oração, crede que recebestes e vos será concedido" (Me 11 ,24). Deus confia em nós. Busquemos a santidade. Conduzamos nossos filhos e toda nossa família para Deus. Essa é nossa missão. Façamos nossa parte para a salvação do lar. Não esmoreçamos!!! Não voltemos atrás!!! Sejamos firmes!!! Introduzamos em nossa casa a palavra de Deus, a oração em comum, a partilha, o Santíssimo Sacramento, a sã doutrina, a luz de Deus. Ele mesmo se encarregará de salvar um por um dos membros de nossa família! Nilza e Nivaldo CR Província Centro-Oeste
NOVO PENTECOSTES EM APARECIDA Dia maravilhoso, com a participação de cerca de 4.000 equipistas e 20 Conselheiros Espirituais , e muita ação do Espírito Santo! Os Equipistas foram chegando devagarzinho, alguns vinham de longe, desde as primeiras horas da manhã. Estavam presentes casais de Recife (PE) , Salvador (BA) , da Província LESTE, da Província SUL 11, da Província SUL III, e principalmente, muitos participantes da Província SUL I, a anfitriã da Peregrinação. Foram muitos abraços, beijos, apertos de mão saudosos, alegres e emocionados entre tantas pessoas queridas, que não se viam há muito tempo, e que se reencontraram naquele dia tão especial... Ao entrarmos na Basílica, outra alegre surpresa. Fomos recepcionados por uma orquestra e um coral, formados por jovens carentes da região, dirigidos por um padre da Basílica. Ouvir aqueles jovens tocarem e cantarem, durante a Celebração, foi outra bênção de DEUS. 6
Uma maravilha! Foi emocionante ver a Basílica lotada de Equipistas, usando as camisetas nas cores de suas Províncias ou a alusiva ao aniversário dos 60 anos da presença das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Quando o comentarista da Celebração mencionou a presença das ENS, outra grande emoção tomou conta de todos, ao ver milhares de bandeirinhas azuis, confeccionadas pela Província SUL I e distribuídas a cada Equipista presente, tremulando na mão das pessoas. O Arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno, ele mesmo
um SCE de Brasília-DF, fez uma linda saudação e uma homilia especial a todos do nosso Movimento. Após a Celebração Eucarística, todos se reuniram no subsolo da Basílica onde se localiza o refeitório dos romeiros, e partilharam um lanche comunitário. Foram momentos únicos, em que a nossa unidade na fé nos levou a celebrar os 60 anos desse maravilhoso Movimento das ENS no Brasil. E momentos que se tornaram inesquecíveis para nós! Hermelínda e Arturo CR Província SUL I
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60 ANOS DAS ENS NO BRASIL
O Setor Araçatuba, pertencente à Região São Paulo Oeste 11 , comemorou os 60 anos das ENS no Brasil, com uma missa, no dia 13 de maio, na Paróquia do Divino Espírito Santo, do Conselheiro Espiritual do Setor, Padre Edson Barbosa. A missa foi concelebrada pelo Conselheiro Espiritual Regional, Padre José Carlos Guabiraba de Oliveira. Comemoramos também, neste dia, o aniversário natalício doPe. Edson. As imagens das equipes formaram uma procissão, logo no início da CM 446
missa. Após a missa foi efetuada uma confraternização entre os paroquianos e equipistas, com direito a bolo e parabéns aos aniversariantes. (ENS e Padre Edson). Completando a comemoração, alguns equipistas do setor participaram da celebração em Aparecida, no dia 22 de maio. Eliana e Graciani CRS Araçatuba
••• COMEMORAÇÃO DOS 60 ANOS
No Setor A, de Alfenas, a comemoração dos 60 anos de existência das equipes, no Brasil, foi realizada num clima de fé e muita alegria, em agradecimento a Deus por este Movimento que tantos benefícios tem trazido aos casais do mundo inteiro. A procissão luminosa teve a participação dos casais; os CRE levaram as imagens das Invocações de suas equipes até a Capela da Mãe Rainha, onde a missa foi concelebrada pelos Pe . Guaraciba (Alfenas) , Pe. Walter (Varginha) e Pe . Pedro (Paraguaçu) . Na confraternização, lembramos fatos marcantes do Movimento e
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salientamos as figuras de Pe.Caffarel e do casal Nancy e Pedro Moncau. Falamos, também, da importância da fidelidade aos princípios que norteiam o Movimento e o Carisma Fundador, que são responsáveis por sua unidade. Finalizando, todos cantaram o tradicional Parabéns a Você. Ziza e José Carlos CRS Alfenas-MG
••• A 13 DE MAIO, EM BELÉM DO PARÁ Recebendo há 37 anos os benefícios da presença das Equipes de Nossa Senhora, Belém do Pará festejou e agradeceu a Deus e a Nossa Senhora os 60 anos da chegada das ENS no Brasil, com Missa Solene na belíssima Basilica-Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. A mesma que abriga a imagem original da padroeira dos paraenses e motivadora do Círio de Nazaré todo segundo domingo de outubro, considerada a maior
manifestação mariana do mundo. Perante um grande número de equipistas desta e de outras cidades que formam a Região Norte 11, paroquianos e muitos católicos que sempre acorrem ao templo, os Padres Lucivaldo Corrêa da Silva, SCE da Região e Giovanni Incampo, primeiro SCE de Belém, celebraram a Santa Eucaristia em um abençoado e chuvoso 13 de maio de 2010. As ENS foram introduzidas na cidade pelo casal catarinense Mônica e Plínio, tendo sido a Equipe 01 , N. S. de Nazaré, lançada em 17/11/1973; seu SCE, o Pe. Giovanni, que era o vigário de Nazaré. Este padre continua ativo no Movimento; atualmente é SCE do Setor A e da Equipe 23-A, N. S. Rainha da Paz. Um banner com foto do Pe . Henri Caffarel ficou em exposição na frente do ambão. A logomarca dos 60 anos das Equipes e uma faixa em saudação aos SCE, pelo Ano Sacerdotal, foram apresentadas na Procissão de Entrada. Ao longo da celebração solene - enriquecida pelo Coral das ENS de Belém - o Movimento foi sendo apresentado, especialmente na homilia, quando os celebrantes destacavam a importância das ideias que nos foram legadas pelo Pe. Caffarel, para o fortalecimento das familias e valorização do Matrimônio, tornando os equipistas testemunhas do casamento cristão para a sociedade. • Rita e Fernando Eq. 13B - N. S. de Guadalupe Belém-PA
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PE. JOSÉ RADICI 60 anos de vida dedicada ao Senhor Ainda estamos em festa , no dia 25/06/2010 comemoramos os 60 anos de Sacerdócio e no dia 04/10/2010, os 60 anos de Brasil do nosso querido Pe. José Radici. Nascido em Grumello del Monte, norte da Itália, este Missionário da Consolata foi designado, desde sua ordenação, a servir o povo brasileiro. Conselheiro Espiritual das Equipes de Nossa Senhora há mais de 17 anos, atualmente acompanha as Equipes 4- N. S. da Consolata e 9 - N. S. Auxiliadora, ambas do Setor B - São Paulo Capital 11. Assumiu, também, por três anos o serviço de Conselheiro Espiritual deste Setor. Padre José é um defensor fervoroso das ENS e um dos maiores incentivadores para a criação de novas equipes; já são 7 as equipes em que figuram casais de sua Paróquia. Mandou confeccionar uma faixa com os dizeres '~qui tem Equipes de Nossa Senhora" e afixou na fachada do Centro de Convivência da paróquia. Em sua caminhada, aqui no Brasil, passou pelas seguintes localidades: cidade de Rio do Oeste-Santa Catarina, de 1950 a 1956, Três de MaioRio Grande do Sul, de 1956 a 1963, São Manoel-São Paulo, de 1963 a 1975. Exerceu o cargo de Ecônomo Provincial dos Missionários da Consolata, de 1975 a 1977. Retornou a Três de Maio, ficando de 1977
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a 1979; em seguida à Rio do Oeste onde permaneceu de 1979 a 1989. Voltou a São Paulo em 1989 e permanece até hoje como Pároco da Igreja São Marcos. Ele é para todos um exemplo de dedicação e entusiasmo estando sempre a serviço de seus paroquianos. Por onde passou, Pe. José deixou um legado maravilhoso, priorizando os mais carentes, construindo Creches, Escolas, Consultórios Médicos e Dentários, Centros de Forma<;ão Profissional, Centro Pastoral. E o responsável pela aquisição e construção do atual Centro Missionário José Alamano, local muito utilizado para a realização de Retiros do nosso Movimento. Damos Graças ao nosso Deus pela presença de Padre José em nosso meio e pedimos a N. S. da Consolata e N. S. Auxiliadora que derramem sobre este seu Filho muitas bênçãos. Parabéns, Pe José! Desejamos, do fundo de nossos corações, muita Paz, Saúde e muito Amor. Seus Filhos das Equipes N. S. da Consolata e N. S. Auxiliadora. Christina e Toninha São Paulo - Capital II
••• BODAS DE OURO
Olga e Antônio da Equipe 06-N. S. do Caminho da Esperança - Setor Araçatuba - SP
completaram 50 anos de casados, no dia 31 de dezembro de 2009. Com a participação de filhos, netos, noras, genros, equipistas e demais familiares e amigos, foi celebrada a Santa Missa presidida pelo Pe. Charles- SCE da Equipe do Casal. Olga e Antonio são equipistas há mais de 30 anos, sendo exemplo de vida e espiritualidade para todos os que desfrutam do privilégio de sua amizade.
Mariê e Mauro - Eq.05 - N. S. do Rosário de Fátima. No dia 06/02/2010, o casal comemorou as suas Bodas de Ouro. O Pe. Sineval Plácido da Silva (SCE) , pároco do Santuário São João Batista e São Judas Tadeu, após a missa, abençoou os 50 anos de vida matrimonial do casal. Os filhos, genros e noras, felizes, receberam carinhosamente familiares, parentes, casais equipistas e amigos que vieram de diversas localidades para prestigiar o casal em tão abençoado e feliz acontecimento. Demos graças pelos 50 anos do amor de Deus derramado sobre as vidas de Mariê e Mauro. (Andréa e Cássio, CRR São Paulo Oeste li) Maria José e Haroldo- Completaram 50 anos de Matrimônio no dia 11/06/2010 pela graça de Deus. Parabéns ao querido casal que pertence a Eq.62- N. S. das FamíliasSetor C- Rio III - Rio de Janeiro/RJ (Emília e Luiz, Eq.62C- N. S. das Famílias, Rio de Janeiro -RJ) 10
Jubileu de Ouro de Ordenação Sacerdotal Com a graça de Deus, comemorou, em 08/05/2010, o Jubileu de Ouro de ordenação sacerdotal, o Pe. Giovanni Battista Cerutti - o Padre João, Conselheiro Espiritual da Equipe 04-B de Londrina/PR. Padre João está fazendo uma peregrinação a todos os lugares onde pregou sua fé e seu amor a Deus, nosso Pai. A ele nosso agradecimento por sua dedicação à nossa equipe. (M. Socorro e Edvanil, Eq.04 N. S . das Graças, Londrina-PR)
• •• ORDENAÇÃO SACERDOTAL Com imensa alegria noticiamos a ordenação sacerdotal do SCE da Eq. 11- N. S. da Conceição Setor C - João Pessoa/PB, Frei José Aureliano de Morais Filho no dia 21 de abril de 2010. (Salete e Orlando, CRS C - João Pessoa-PB) Padre Fábio Ferreira Silva, no dia 25 de abril na Paróquia S . João Batista em Votorantin , recebeu o Sacramento da Ordem no grau de Presbítero pela oração da Igreja e imposição das mãos de Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Sorocaba SP. Pe Fábio é SCE da Eq.18B N. S. das Dores, Araçoiaba da Serra Setor B de Sorocaba. Estaremos sempre em oração por este jovem que iluminado pelo ESPIRITO SANTO e protegido por MARIA, possa realizar ótimo pastoreio junto aos rebanhos CM446
que lhe forem confiados. (Eq .OBBN. S . de Fátima, Sorocaba-SP) A Eq.ll-B- N. S. Mãe da Divina Misericórdia, juntamente com a comunidade diocesana de Taubaté/SP, celebrou em 9 de abril a ordenação sacerdotal de seu SCE Roger Matheus dos Santos, na Catedral de São Francisco das Chagas. O jantar de confraternização contou com a organização acolhedora das Equipes de Nossa Senhora - Setor B. (Eq. 11B- N. S . Mãe da Divina
Misericórdia, Taubaté-SP)
••• Jubileu de Prata
Fq 08 B RCO !I - Brasília É com imensa alegria que partilhamos a graça que tivemos de comemorar o jubileu de prata da nossa equipe, neste mês de maio de 2010. No dia 11 realizamos, na Paróquia São Paulo Apóstolo - Guará I, uma solene Celebração Eucarística em Ação de Graças, presidida pelo SCEIFundador, Pe. José Perona. No
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dia 15 nos confraternizamos em um belíssimo baile no Clube ASCADE. Nos dois eventos contamos com a presença marcante de familiares e amigos, a grande maioria equipistas. A alegria de todos era contagiante. Fundada em 1 7 de maio de 1985, a Equipe 08 teve início com oito casais e um SCE, Pe. José Perana, que a acompanha até hoje, com muito zelo e dedicação. Dos oito casais fundadores, quatro permanecem. Alguns casais passaram pela equipe, mas, por motivos diversos, não continuaram , dando lugar a outros. O último casal a chegar está conosco há 17 anos. Hoje, oito casais compõem a nossa Equipe. Sempre que chamados , não hesitamos em contribuir com o Movimento; seja como CP, CL, Casal Coordenador de Experiência Comunitária, Casal Responsável de Setor. Temos também várias atividades paroquiais e comunitárias, dentre as quais destacamos a fundação do Centro Social FORMAR, que acolhe 120 crianças carentes, cuja assistência é extensiva às suas famílias . Por meio da vivência dos Pontos
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Concretos de Esforço, temos procurado dar resposta a esse chamado com a nossa própria vida, na família, na comunidade e na sociedade. Agradecemos a Deus por esse momento tão especial em nossas vidas e rogamos a Ele que continue
nos abençoando, para que possamos ser, neste mundo, Comunidade Viva de casais reflexos do amor de Cristo e, dessa forma, contribuir para a edificação do Reino de Deus na terra.
(Antonieta e Françoá, Eq. 8-B, RCO II- Brasília)
VOLTA AO PAI • Silmara Moriya (do Gildemberg), no dia 13/ 02/2010. Pertencia à Eq. N. S. das Graças, do Setor B de Piracicaba/SP.
• Pedro Chaves Firmo (da Cléo), no dia 27/02/2010. Ele integrava a Eq. 05 N. S. da Penha, do Setor C de João Pessoa.
• João Carlos Flores de Melo (da Marise), no dia 16 de março de 2010. Nascido em Passo Fundo-RS, em 17 de agosto de 1932, residia em Porto Alegre e integrava a Eq. N. S. Aparecida, Setor C- RSl.
• Leandro Batista Neto (da Maria da Paz) , no dia 20 de março de 2010, partiu para a casa do Pai o nosso irmão equipista. Equipes Distantes N. S. das Graças- Jucurutu/ Rio Grande do Norte. • Padre Edson Assunção, em 03/05/2010, partiu para a casa do Pai. Foi SCE da Eq.06A- N. S. das Neves. • João Alencar Machado (da Bernadete) ocorrido dia 17102/10. Integrava a Eq. 03 N. S . do Carmo, do Setor B de
Florianópolis. • Ênio Orphelino de Souza (da Áurea), no dia 11 de maio de 2010. Integrava a Eq. N. S. de Guadalupe, do Setor D, Porto Alegre/RS.
• José Maria de Albuquerque - Deus chamou para si aos 85 anos, um homem que Ele havia emprestado à Igreja de Belém, inclusive às ENS, durante muitos anos. Chamou-o em data mais que apropriada, o Domingo da Ressurreição (04/04)! O Arcebispo Emérito de Belém, D. Vicente Zico, na Santa Missa de corpo presente, presidida pelo Arcebispo, D. Alberto Correa, usou a recomendação do apóstolo Paulo a Timóteo (1Tm 6,11), para definir como "homem de Deus" o padre Zé Maria - como o chamavam os muitos que o amavam. Homem de Deus e homem de ciência: professor, doutor em biologia vegetal, pesquisador, autor de livros referenciais sobre plantas medicinais da Amazônia. "Este homem de Deus nos encantava com sua formação intelectual esmerada, com a leitura constante, o estudo sérid' , disse D. Zico. Há muitos anos ligado às ENS, foi SCE da Eq. 7 N. S. de Fátima; apoiou a primeira Equipe Jovem da cidade; e, desde 1993, foi SCE da Eq. 13 N. S. de Guadalupe. 12
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AJUDA MÚTUA- A MUDANÇA A Equipe de Nossa Senhora está sempre agindo na vida dos casais. Gostaria de testemunhar para todos os equipistas a força desse Movimento e quão grande é a força da oração. Afinal, dar testemunho de Deus é a nossa missão. Estamos casados há 21 anos e, nos últimos anos, planejamos a construção de uma nova casa, mais ampla, para dar mais conforto a nossa família, principalmente às nossas crianças: Danilo e Eduardo. Mas, para realizar este sonho, tivemos que vender a casa que tínhamos e fomos morar com minha sogra. Iniciamos a construção. Como nossas condições financeiras se esgotaram, nós mesmos assumimos a pintura e as instalações elétricas, já que essa é uma das profissões do meu marido. Tínhamos planejado mudar no início de abril, porém, no dia 23/03/2009, meu esposo Luiz Antonio, num acidente de trabalho, sofreu um derrame articular no joelho, tendo que ser imobilizado por algum tempo. Com isso, a conclusão da casa teve que ser adiada, mas o que nos preocupava mesmo eram os nossos PCEs e nossa individualidade, que já estavam sendo sacrificados. Com dificuldades conseguimos concluir a parte interna da casa para, enfim, mudarmos. A nossa equipe, diante do problema de saúde do meu marido e sabendo da importância do nosso retorno à nova morada, fez, em segredo, um movimento de CM 446
ajuda mútua. E, no dia da mudança (01/05/09), tivemos uma bela surpresa: todos da nossa equipe lá estavam prontos para nos ajudar. Quando o caminhão da mudança chegou e parou na frente da casa da minha sogra para carregar, só se viam os carros dos casais da nossa equipe chegando junto e já se organizando para trabalhar na mudança. Foi um belo e maravilhoso mutirão; todos muito alegres e felizes como Maria no dia em que chegou à casa da sua prima Isabel. Meu marido, que ainda estava imobilizado e não podia fazer nada, além de segurar as muletas, ficou surpreso com tanto carinho dos nossos amigos; nossos afilhados de equipe, Camila e Luís, também foram e não tiveram nenhum problema em levar suas crianças Lucas (6) e Pedro (2) os quais, também a exemplo de seus pais, fizeram pequenos "gestos concretos" carregando algumas caixas leves. Quando o caminhão saiu, ficamos eu e meu marido para carregar mais algumas pequenas coisas. Ao entrarmos na nossa casa nova, nos deparamos com toda nossa equipe: uns no quarto montando cama e colocando as coisas no guarda-roupa; outros, na cozinha colocando os armários e arrumando o fogão; outros, na sala arrumando os sofás; outros, terminado a instalação elétrica dos chuveiros; outros, no quarto das crianças. Todos em ritmo de alegria e união. Naquele momento sentimos a presença de 13
Deus e Maria em nosso novo lar. E para completar nossa alegria, no final da tarde, o nosso conselheiro Pe. Ricardo Carlos nos abençoou com sua presença trazendo mais alegria e união em nossa equipe. Depois, nós dois juntos, comentávamos sobre o que seria da gente sem as equipes; e lembramos que titubeamos em aceitar o convite para entrar
nas ENS; tivemos dúvidas, sim. Não sabíamos a força desse Movimento. Mas o Senhor fez em nós maravilhas, e em nossas vidas Santo é o seu nome. Glória a Deus por estarmos nas equipes desde 28/11/1999 e pela perseverança. • Mari/ete do Luiz Antonio ENS do Carmo S etor A Campo Grande-MS
AS ENS E O AUXILIO MÚTUO ENTRE CASAIS Descobrir a presença do Senhor no seio do casal unido pelo matrimônio e a caridade fraterna com outros casais: eis a proposta das ENS, eis como elas querem render graças a Deus e dar testemunho no mundo. Esta nova maneira de viver em casal não é necessariamente muito diferente do que era antes, mas é uma vida que se realiza com mais força , com mais luz, com mais esperança. Os casais, conscientes de sua própria fraqueza e das dificuldades que encontram, decidem formar equipe e constituir uma comunidade de fé , para percorrerem juntos um caminho de conversão, apoiando-se uns nos outros. O auxilio mútuo se vive numa crescente amizade, numa profunda coparticipação da própria vida, na partilha dos pontos concretos de esforço, com a finalidade de procurar a vontade de Deus, de descobrir a nossa verdade, numa vivência de encontro e de comunhão. A própria palavra comunhão já indica que não se trata de atingir um 14
determinado nível de perfeição, mas que cada casal, em união com os demais, se integra num processo vivo e dinâmico, visando reconciliar o que está dividido, aproximar o que está afastado, fortalecer o que está inacabado, realizar uma tarefa comum no contexto do amor fraterno que nos une a Cristo. A espiritualidade conjugal tem seu centro no casal, mas não deixa de lado a dimensão familiar. Os filhos foram chamados a uma comunhão de vida pelo amor de seus pais, e é nesta perspectiva de comunidade e participação que se concebe a família. A pedagogia que os casais buscam assimilar na sua vida de equipe, ou seja, a aprendizagem do diálogo, o respeito pelo outro e a coparticipação, levam ao esforço de se adotar um estilo particular de educação que procura "deixar ser" ' cada filho, ajuda-o a alcançar sua plena maturidade, realiza com ele a experiência de uma fé de encontro pessoal com Cristo. Trecho extraído do documento "Experiência Comunitária"
pgs.lll /112 CM 446
OS CAMINHOS DE DEUS NA FECUNDIDADE DO NOSSO CASAMENTO Quando fizemos dois anos de casados, despertou em nós a vontade de sermos pais. Descobrimos que problemas físicos estavam dificultando a gravidez. Passei pelo tratamento da endometriose fazendo duas cirurgias; a segunda, mais invasiva com remoção de parte da bexiga e do intestino. Durante sete meses fiz um tratamento hormonal; os efeitos colaterais foram vários. Quando já estava tudo bem, sofri um acidente de trabalho, furando-me com uma agulha contaminada pelo vírus do HN, que nos impediu de engravidar por mais 6 meses. O Robert, com o diagnóstico devaricocele, tomou uma série de remédios e, sem demonstrar melhora, também teve que se submeter a uma cirurgia. Em cada provação sentimos o amor de Deus nos consolando e animando. O nosso amor de marido e mulher também crescia e amadurecia a cada sofrimento. Uma grande cura que tivemos foi o entendimento de que um filho não é um direito e, sim, um dom , um presente que é confiado ao casal por Deus, quando e como Ele quiser. A nossa vontade de exercer a paternidade e a maternidade está cada vez maior. Entretanto, Deus tem nos acalmado através de pessoas que coloca em nosso caminho. Recentemente fomos a Fortaleza participar de um retiro das ENS a convite do nosso Conselheiro Espiritual Carlos Martendal, pregador do mesmo. Lá CM 446
tivemos a oportunidade de dar esse testemunho a 40 casais. Em contrapartida, recebemos depoimentos de casais que compartilharam conosco suas angústias e vitórias sobre o dom de ter filhos. Destacamos o depoimento do Nilson (da Sheila) . Ele nos disse: "Para ser pai e mãe basta vocês darem o seu sim. E isso vocês já fizeram. Portanto, vocês já são pai e mãe. Não importa como esse filho virá, ele já está nos planos de Deus". Ficamos emocionados com o depoimento desse casal que, após 14 anos tentando engravidar, vieram exercer o dom da paternidade e maternidade com um filho adotivo, o Pedro, que é a cara do Nilson. Outra providência de Deus foi termos conhecido o casal Elen e Francisco Colares que escreveram o Capítulo "Paternidade e Maternidade" do livro-tema deste ano. O estudo desse capítulo nos fortaleceu e nos proporcionou um maduro Dever de Sentar-se. Antes do Nilson e da Sheila, da Elen e do Colares sequer pensávamos em adoção. Hoje, conseguimos aceitar com muito amor um filho adotivo, se for da vontade de Deus. Com esse amadurecimento e os sinais visíveis da mão de Deus nos guiando nessa busca, conseguimos enxergar que "nenhum casal pode ser estéril", pois os frutos da nossa vida matrimonial só dependem de nós. • Ana Paula do Robert Eq. N. S. Mãe de Deus F/orianópolis!SC 15
Equipe de Animação Internacional (Responsáveis Nacionais e Secretariado Internacional)
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REUNIAO DA EQUIPE DE ANIMAÇAO INTERNACIONAL Olá, Casais das ENS! Neste mês quero partilhar algumas reflexões que tive durante minha participação em uma importante atividade internacional das EJNS. Eu estive representando os jovens do Brasil em uma reunião de Responsáveis Nacionais dos países onde existe nosso Movimento, como EUA, Canadá, França, Portugal, Itália, Angola e Líbano, juntamente com o Secretariado Internacional, em Sevilha (Espanha). Lá, trocamos experiências e tomamos decisões conjuntas para o Movimento com o propósito principal de manter a Unidade do Movimento. Guardarei para sempre este acontecimento único, vivido como pessoa, cristão e equipista. 16
Em alguns momentos, enquanto tentava me situar entre as pessoas, línguas e culturas, me peguei pensando em minha equipe de base e no meu caminho para chegar até ali. Perguntei-me como poderia ser possível alguém tão comum, sem nada de especial como eu, ser abençoado a ponto de viver um momento tão fascinante. Veio-me à mente a história das EJNS na minha vida e acreditem, vocês, casais, são parte fundamental dela. Foram as ENS que, mesmo enfrentando muitas dificuldades , trouxeram o Movimento até mim , transformando minha vida! A persistência dos casais do Setor Vinhedo, juntamente com o "empurrãozinho" dos meus pais CM 446
(também equipistas) , foram fatores essenciais na preparação de uma terra fértil, que me levaram a ser verdadeiramente um Jovem de Nossa Senhora. Voltando ao Brasil... Alguns de vocês já devem saber que estamos preparando nosso Encontro Nacional, que acontecerá em Mariápolis (Vargem Grande-SP) , de 22 a 25 de Julho de 2010 , onde haverá também uma grande festa em comemoração aos 20 anos do nosso Movimento no Brasil. Alguns dias atrás , observando os jovens de Vinhedo que estão organizando o Encontro, percebi em seus corações
que as EJNS mudaram suas vidas também. Junto deles, duas pessoas dando apoio, força, conselhos, orientações e acima de tudo inspiração: nosso Casal Acompanhador Nacional, que ali representam tudo o que as ENS são para as EJNS. Hoje, quero deixá-los cientes de que a cada dia, vocês fazem com que mais jovens tenham suas vidas transformadas pelo exemplo de Maria. Através de vocês, o Poderoso faz maravilhas em mim, em seus filhos e em muitos outros jovens. Renato Rocha Responsável Nacional EJNS Brasil
ALEGRIA DE TER FILHO EQUIPISTA No dia 21.03.2010 (domingo) , recebemos em nossa casa pela primeira vez a Equipe Jovem de Nossa Senhora (EJNS) , que tem por denominação Nossa Senhora das Graças, da qual minha filha Emanuelle (17 anos) faz parte. Eles estão sendo pilotados por uma jovem chamada Lea que já tem sete anos de caminhada no Movimento. Estão na sétima reunião de pilotagem. Temos a testemunhar a alegria desse momento; a emoção foi muito grande ao receber aqueles jovens numa manhã de domingo ensolarada, todos comprometidos e responsáveis. Não participamos da reunião, mas sentimos nos bastidores a alegria transbordar nos corações CM44ó
daqueles jovens sedentos de amor. Foi para nós uma experiência única e que Nossa Senhora das Graças os ilumine e os cubra com seu manto sagrado para que eles se fortaleçam cada vez mais nessa caminhada, rumo à santidade . No final da reunião conversamos com eles, e percebemos que, pelo menos nessa equipe (composta de 12 jovens) e entre os jovens presentes que eram 09 (nove), apenas quatro eram filhos de equipistas ou tinham vínculo com casais equipistas. Deus os abençoe! "O Poderoso fez em mim maravilhas e santo é o seu nome" Binha e Cosme Equipe N. S. da Guia Jaboatão dos Guararapes - PE 1I
CASAMENTO, SACRAMENTO DO DIA A DIA
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Queridos irmãos, queridas irmãs, vocês estão aqui reunidos para refletir sobre a grandeza do Sacramento do Matrimônio, que não se realiza num ato litúrgico no início da sua vida conjugal, mas que deve ser continuado no dia a dia, numa manifestação de amor que deve refletir o amor de Cristo para com sua Igreja e a Igreja para com Ele. Então, este lema bonito que vocês escolheram "Casamento, sacramento do dia a dia ", sacramento que vocês já sabem muito bem que é todo sinal sensível que expressa uma realidade diferente, mas muito oportuna. O sacramento do matrimônio é o sinal visível do amor de Deus, e indica essa caminhada de quem deve viver esse amor aqui na terra ". (Palavras proferidas por D. Vitória, Eacre 2010) Dom Vitória falou que, assim como a sua ordenação episcopal, presbiteral ou diaconal não se transformou num momento, mas, é resultado de uma sequência vivida, não se limitando só aos atos litúrgicos, nós também devemos celebrar na realização. Mesmo na nossa natureza, no nosso modo de agir, devemos carregar uma mudança de ser, de ser humano, que agora fica pertencendo ao sagrado, total e exclusivo para Deus. Assim também o matrimônio é um sacramento, uma consagração que se torna , pelo gesto do rito matrimonial, uma pertença exclusiva a Deus de um 18
determinado filho. Lembrou que, quando ainda era padre jovem, um casal pediu a celebração das bodas de ouro e dizia: "Padre, após 50 anos, ainda vivemos o primeiro amor do primeiro dia do casamento; nós nos amamos da mesma forma e expressamos isso como dois namorados". Eis aí o que é ser um sacramento, o sinal sensível que revela o amor de Deus na vida de um casal. Agora vocês formam a igreja doméstica, a pequena igreja do lar, a igreja orante, a igreja litúrgica e a igreja missionária. Nós não podemos esquecer nada disso. Às vezes, na preocupação de vivenciar o matrimônio, o casal se fecha dentro de si e pouco se lembra dos que estão compartilhando da mesma mística e carisma. Nós esquecemos que outras pessoas precisam nos ver como modelo de amor, para que eles também encontrem o estímulo e a força de constituírem a alegria, no mundo, na sociedade e na Igreja. Nós temos que ser para eles essa força estimulante de um amor que Deus entregou a nós, não para simplesmente nos enriquecer, mas para administrá-lo e levar para fora a experiência de Deus vivida por nós. A santidade, é isso que todos os casais devem procurar no dia a dia, celebrando sua vida matrimonial. Eis aí a meta de todos nós. Falou-nos também sobre a dificuldade de se implantar a Pastoral CM446
da Sobriedade cujo objetivo é trabalhar no sentido da conscientização de que o alcoolismo é responsável por 60% dos problemas e divórcio nas famílias de hoje. O bispo finalizou invocando a proteção de Nossa Senhora em
todos momentos da nossa vida, para a maior glória de seu Filho, a santidade da Igreja e para nossa santificação. • Maria Sirley e Juvenil Eq. N. S . do Perpétuo Socorro Campo Grande/MS
NOSSA AVENTURA FAMILIAR Quais são os obstáculos que já tivemos de enfrentar? Como os superamos? Refletindo sobre a nossa aventura comprometendo com o seguimento familiar ao longo desses 41 anos de do exemplo de Jesus, Maria e José. convivência, tivemos de superar, em Achávamos, então, que nada podiferentes épocas e por diversas cir- deria opor-se ao nosso crescimento cunstâncias, obstáculos de natureza cada vez maior, como casal, dentro ímpar. Os principais, dentro de nós das ENS. Mas a vida nos mostrou mesmos, como julgamentos defor- o contrário. Aos impedimentos mados de nossas capacidades, alter- que surgiam, encontrávamos nos nados ou aliados com o egoísmo e irmãos e no Senhor, agora sabíaindividualismos nos venciam, talvez mos, sempre presente no meio de pelas diferenças vividas na história nós, auxílio para irmos em frente. de cada um. Neste processo, cada Nesses momentos, não discernindo família cria seu espírito, seu estilo de os recados de Deus, afastamo-nos vida, somando suas diferenças, per- de muitos eventos e atividades do doando-se mutuamente e deixando Movimento, até que percebemos e Deus agir (sendo tudo em todos, fomos chamados novamente à linha para formar uma nova história). A de frente. Os obstáculos interiores e nossa história (aventura familiar) for- exteriores estavam, pouco a poujou nosso ambiente único e original. co, sendo removidos. Parece que Isto ocorreu até os 8 ou 10 anos de tínhamos esquecido da máxima: casados. Veio então o convite para "O homem põe, Deus dispõe!" . aderirmos às Equipes de Nossa Se- No passado mais recente, com vários nhora. Em princípio, um pouco de percalços de enfermidades, conserelutância, mas, a partir do momento guimos entender, estarmos passando em que conhecemos e aprofunda- por uma PURIFICAÇÃO permitida mos na essência do Movimento, pelo Senhor e por isso mesmo temos fomos, pouco a pouco, assumindo nos esforçado para uma real entrega crescentes responsabilidades e vimos pessoal e familiar! • que não podíamos caminhar soMaria Julieta e José Carlos mente com nossas forças, senão nos CRS - Região Minas I CM446
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QUE TIPO DE IGREJA SOMOS? O que Deus quer de nós? Do que adianta abastecermo-nos e não transbordarmos? Durante uma das palestras realizadas na Sessão de Formação Nível I- Fé e Vida Cristã, ouvimos sobre o ser Igreja. Foi, então, que Pe. Valdir apresentou uma analogia muito interessante falando-nos sobre ser Igreja Caju, Igreja Abacate e Igreja Laranja. Em síntese, a Igreja Caju é aquela em que a semente não se mistura com o resto da fruta. Está ali pendurada, está junto, mas não se envolve e, muitas vezes, nem sabe o que está acontecendo. A Igreja Abacate é aquela que a semente está por dentro, mas não se mistura com a massa da fruta. Está no processo, tem conhecimento, formação, mas não quer comprometer-se com nada. Já na Igreja Laranja, sementes e gomos estão misturados. A missão é alimentada no contato com Deus e na convivência com as pessoas. Sendo assim, que tipo de Igreja somos dentro das Equipes de 20
Nossa Senhora? Pensando e ouvindo sobre isto, respondemos, conscientemente, a um chamado dentro do Movimento. Precisamos sair do nosso casulo e começarmos a transbordar. Devemos, SIM, ser mais laranja. E devemos olhar com bons olhos a laranja, que no entendimento comum é visto como algo ruim . Deus é tão bom que inspira pessoas a fazerem estas analogias e perceberem as belezas das coisas. Nosso testemunho no mundo é fundamental. O maior sim da Igreja foi dado por Maria. Ela, mesmo diante das perseguições da época, disse sim. Então, quem somos nós para dizermos não se sabemos que Deus é tão poderoso e capacita os escolhidos? Como foi dito durante a Formação: "Servir não é privilégio, é gratuidade de prestar serviço pela gratuidade de ajudar alguém". • Tathiane e Kleber Eq. 09E N. S. Mãe da Divina Graça Florianópo/is-SC CM 446
Equipes de Nossa Senhora
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INDICE GERAL DAS PUBLICAÇOES DA CARTA MENSAL EM 2009 Este índ ice compreende as edições de número 433 a 441
N° da Edição
N° da pág .
AMIGOS DO PADRE CAFFAREL
Novo procedimento de adesão e renovação
433
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30
VI Encontro Mundial da Família México/2009
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33
Uma família, uma multidão de irmãos
434
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Equipes Jovens de Nossa Senhora
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Comportamento frente à bioética
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29
Considerações sobre o ano paulino
436
30
Resiliência e oração
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28
Educação religiosa dos filhos
437
30
Compromisso político e fé
437
31
Grupos humanos e fraternidade
439
46
Seguir Jesus, hoje e sempre
439
47
ANO SACERDOTAL
Alegria de ser SCE
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TÍTULO DO ARTIGO
:
ATUALIDADE
ND da Edição
TÍTULO DO ARTIGO
N° da pág .
Aos equipistas das Equipes de Nossa Senhora
439
48
Ética na comunicação
440
28
Uma historinha para refletir: em obras
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32
Dia mundial da alimentação
441
34
Nos dias de Natal!
441
36
Reunião anual de balanço: tempo de perdão
440
30
Balanço anual
440
31
Que bom seria .. .Que bom será ...
440
32
O sentido do servir o espírito de serviço
433
06
As equipes satélites
433
11
Ano novo: um novo apelo à conversão
434
07
O poder da hospitalidade
434
09
Testemunhas, em nosso tempo, de uma felicidade baseada no Evangelho
435
06
A missão
435
09
"Eu estou no meio de vós como quem serve"
435
11
Sim! Ao serviço do amor
439
06
Anúncio
439
09
Equipes de Trinidad : comemoração de 25 anos
439
12
Encontro Internacional
441
06
Notícias Internacionais da Zona Euráfrica
441
08
BALANÇO
CORREIO DA ERI
11
TÍTULO DO ARTIGO
N° da Ed1ção
N° da pág.
DIA DAS MÃES Mãe
435
24
ENCARTES Voltar às Fontes, Pe. Avelino Pertile OCO Encontro do Colegiado Nacional 2008 433 Índice Geral das Publicações da Carta Mensal em 2008
433
Instruções para inscrição ao 2° Encontro Nacional das ENS
434
História e orientações do Movimento nos últimos anos
435
Chamados a construir a "civilização do amor"
436
Cuidarei para sempre de ti
437
EJNS Despedidas e chegadas
441
15
Retiro das EJNS
441
16
Encontro Nacional 2009
433
18
Logomarca do 2° Encontro Nacional ENS Brasil
433
19
O Hino do Encontro
433
20
2° Encontro Nacional
435
23
2° Encontro Nacional das ENS
436
06
436
07
FLORIANÓPOLIS 2009
FORMAÇÃO A liturgia e os Pontos Concretos de Esforço como lugares de encontro 111
TÍTULO DO ARTIGO
N° da Edição
Matrimônio e santidade
N° da pág .
436
09
A oração à Maria
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17
O rosário da Virgem Maria
439
39
Maria, mãe peregrina
440
40
Ave, Maria, medianeira!
441
20
MARIA
PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO
Subir à montanha para transfigurar-se 434
31
A arte do diálogo
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31
A Meditação da palavra como fonte transformadora de vida
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27
Um PCE mal conhecido
436
19
Dois buscadores de Deus
436
21
Nossa oração conjugal
436
24
Meditação: alimentar-se da palavra
437
23
Meditação
437
24
Demorar-se diante do mistério
439
41
Escola de compaixão
439
43
O Dever de Sentar-se e os discípulos de Emaús
440
25
O Dever de Sentar-se
440
26
Retiro - silenciar-se para ouvir
441
12
Momentos de encontro com Deus
441
14
436
13
PRÓPRIO DO TEMPO
Namorar é bom demais .. . IV
N° da Edição
TÍTULO DO ARTIGO
N° da pág.
REFLEXÃO
É por ela que sei que ainda estou vivo Jogue fora suas batatas Gotas de óleo Por que amar as ENS? Aprenda a olhar Como é o nosso natal? Atitude no lar Saber ouvir Jogar a rede do outro lado
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44 44 32 42 47 37 38 40 41
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433 434 434 434 435 435 435 436 436 436 437 437 437 437
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SUPER-REGIÃO A fertilidade da quaresma Oração conjugal e a união de almas Henri Caffarel 1903 - 1996 Textos escolhidos Fé é experiência! Colégio Internacional de Roma Alimentar-se Um mês com a mãe de Deus
59 anos das ENS no Brasil Orar Ide e vede! Eu e minha casa serviremos ao Senhor O amor vence o egoísmo A minha vocação é Jesus Cristo O desafio do amor Construir o casal Bento XVI inaugura Ano Sacerdotal
v
TÍTULO DO ARTIGO
N° da Edição
438 Serviço, tempo de crescimento no amor 438
A Palavra de Deus nas ENS
Reunião de equ ipe, local de encontro com o Ressuscitado Novo SCE-SR Que queres que eu faça, Senhor? Viver o quotidiano Casais, mostrem ao mundo o amor de Deus "Mas fui Eu que escolhi vocês" Um chamado do Senhor Preocupar-se com os outros Eu anuncio para vocês ... Sejam alegres na esperança O Natal de Jesus
N° da pág.
02 03
438 439 439 439
04 02 03 04
440 440 440 440 441 441 441
02 03 04 05 02 03 04
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22 10 12 09 10 11 26 28 43
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TEMA DE ESTUDO Por que ser equipista? Voltar às fontes Orar Construir o casal Família Resposta ao tema Aliança conjugal Construindo o casal Reconstruir o casal Alimentar-se
27
TEMPO DA IGREJA Fraternidade e segurança pública VI
N° da Edição
TÍTULO DO ARTIGO
N° da pág.
Podemos ser missionários
439
29
Dia da criança
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Revivendo saudades e graças
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Recapitulando o nosso "sim" para ser equipista
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Ser um pouco de santo
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Ponha a boca no mundo
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O amor não é cacto
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Os PCEs em nossas vidas
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Sou Sacerdote Conselheiro de uma Equipe de Nossa Senhora
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Oração conjugal
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Retiro
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Eram trevas e se fez luz
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Basta-te a minha graça
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Felizes e acolhidos
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Participando à distância
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Colaborar com a obra de Deus
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Quando eu quero falar com Deus
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43
Vocação : um chamado para a vida
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Nosso coração está preparado para receber Jesus Cristo?
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Testemunho do serviço de responsabilidade
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46
Deus escreve por linhas retas
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Alegria do serviço
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24
É tempo de agradecer
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25
O amor não tem limites
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TESTEMUNHO
VIl
TÍTULO DO ARTIGO
N° da Edição
N° da pág .
441 441
28 29
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O papel do CRE
433 433
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Ação de graças pelos 70 anos da 1a reunião das ENS
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434 434 434 435 437 438 438 440 440 441 441
12 25 25 15 06 06 07 07 21 10 11
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Viver o cotidiano Preocupar-se com os outros
VIDA NO MOVIMENTO Encontros Provinciais de 2008
11 Encontro Internacional de CRRRoma, 24 a 29-01-2009 Encontro da Província Leste Sessão de Formação Nível 111 EACRE- 2009 Demonstrações Financeiras 2008 Mensagem do Papa Bento XVI Segundo Encontro Nacional das ENS Colegiado Nacional 2009 Envio Hora do balanço Alerta
VOCAÇÕES A vocação da família Dia dos pa is Sacerdote para sempre
2° ENCONTRO NACIONAL DAS ENS Devoluções VIII
FAMÍLIA: CELEIRO DE VOCAÇÃO E MISSÃO No mês em que se comemora a Semana Nacional da Família, urge refletir sobre a necessidade de cuidar da "família". O texto abaixo não só explicita a missão das Equipes de Nossa Senhora no seio das famílias e na Igreja, mas também aponta caminhos de como, apesar de não serem as Equipes um Movimer·lto de ação, poderão se inserir nesse campo, como apóstolos abertos às realidades do mundo. O apelo é do próprio Pe. Caffarel: " ... arregacem as mangas, e juntem-se a todos aqueles que procuram construir um mundo novo onde a nova geração poderá respirar, viver, sem se deixar dominar pelos fantásticos problemas que os progressos vertiginosos da ciência e da tecnologia colocarão para o homem " (Profeta do Matrimônio, 59) .
"É frequente dizer que as Equipes de Nossa Senhora são um Movimento de gente ativa e não de ação, no sentido de que cabe a cada casal, contando com o benefício de amplas possibilidades para a renovação de sua vitalidade espiritual, determinar o que o Senhor espera dele. Assim, cada um exercerá sua missão no lugar onde se encontra, conforme escolha pessoal. Vale dizer que o Movimento, como tal, não se engaja numa ação de conjunto determinada, pois cada casal deve descobrir o chamado ao qual o Senhor deseja que ele responda. Mas esta liberdade , fecunda de CM446
engajamentos, não deve nos deixar esquecer que as Equipes têm um carisma que lhes é próprio, e que elas não podem descuidar-se de seus semelhantes e devem estar atentas às necessidades dos bispos, mais especificamente no campo da Pastoral Familiar. É importante também que as Equipes se abram a outros meios sociais e que se preocupem com as necessidades de seu país, preferencialmente as que forem indicadas pela Igreja local. Citamos alguns dos campos de ação da Pastoral Familiar onde a urgência é mais sentida:
• acompanhar as equipes de '-jovens; • preparar os noivos ao matrimônio cristão; • caminhar com recém-casados; • ajudar casais em dificuldades e divorciados que se casaram novamente; • preocupar-se com jovens que coabitam. Não podemos, sob pena de grave confusão, integrar estes últimos nas ENS , mas podemos pensar em estruturas paralelas ao serviço das quais estariam os casais das Equipes" (Guia das ENS- Ed.
2010,93) . Colaboração da Equipe da CM 21
FAMÍLIA E SOCIEDADE O Livro do Gênesis 2, 24, diz; "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une a sua mulher, tomando-se os dois uma só came". Antes, no capítulo 1, versículo 28, proclama o seguinte: "Frutificai, e multiplicai-vos, enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo anima/ que se move sobre a terra ". Nos dois versículos, podemos dizer que está a instituição do matrimônio e da família, instrumentos criados por Deus e entregues ao homem para que ele pudesse a contento, exercer o mandato recebido na criação do mundo. Desde então, a família e o casamento têm sido fundamentais para o desenvolvimento das relações humanas. Como então poderá o homem cumprir o mandamento de Deus de multiplicar-se, encher a terra e sujeitá-la? O Papa João Paulo II, no documento intitulado "Familiaris Consortio" (Matrimônio e Famíla) , publicado em 22 de novembro de 1981, diz o seguinte: "A família, nos tempos de hoje, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade aqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar. Outras, tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar." Percebe-se a CM 446
atualidade do texto de quase trinta anos, uma vez que as condições sociais nele descritas continuam a existir e algumas delas, infelizmente, até acentuaram-se. Em outro documento, a Declaração "Gravissimum Educationis" (Importância Capital da Educação) , lemos o seguinte: "Porque deram vida a seus filhos , contraem os pais o dever gravíssimo de educar a prole. É dever dos pais criar um ambiente de família animado pelo amor, pela dedicação a Deus e aos homens, que favoreça a completa educação pessoal e social dos filhos. A família é, pois, a primeira escola de virtudes sociais de que precisam todas as sociedades. " A realidade é que existem hoje muitos pais incapazes gerando filhos desorientados e sem objetivo de vida, constituindo famílias desagregadas que contribuem para aumentar as estatísticas dos problemas sociais. Famílias assim padecem por terem sido formadas sem base alguma, ignorando o plano de Deus para elas, que contemplam valores como a transmissão da vida e a unidade indissolúvel da comunhão conjugal. Que neste mês da família, sejam todos os pais inspirados a empenharem-se na defesa e promoção dos seus princípios e exigências, compreendendo a importância que têm na formação de uma sociedade sadia. • Guia e Jair Eq. 1-C - N. S . do Perpétuo Socorro João Pessoa-PB 22
SOLENIDADE DA ASSUNÇAO DE NOSSA SENHORA Para tema tão profundo, nada melhor do que trazer alguns trechos da Constituição Apostólica de Pio XII, Munificentissimus Deus (1950), que definiu o dogma da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma ao céu. Ei-los: "Deus, que desde toda a eternidade olhou para a virgem Maria com particular e pleníssima complacência, quando chegou a plenitude dos tempos (Gl 4,4) atuou o plano da sua providência de forma que refulgissem com perfeitíssima harmonia os privilégios e prerrogativas que lhe concedera com sua liberalidade. A Igreja sempre reconheceu esta grande liberalidade ... e durante o decurso dos séculos sempre procurou estudála melhor. Nestes nossos tempos refulgiu com luz mais clara o privilégio da assunção corpórea da Mãe de Deus" (3) . "Esse privilégio brilhou com novo fulgor quando o nosso predecessor... Pio IX, definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição. De fato esses dois dogmas estão estreitamente conexos entre si. Cristo com a própria morte venceu a morte e o pecado, e todo aquele C\11 44ú
que pelo batismo de novo é gerado, sobrenaturalmente, pela graça, vence também o pecado e a morte. Porém Deus, por lei ordinária, só concederá aos justos o pleno efeito desta vitória sobre a morte, quando chegar o fim dos tempos" (4). "Mas Deus quis excetuar dessa lei geral a bem-aventurada virgem Maria. Por um privilégio inteiramente singular ela venceu o pecado com a sua concepção imaculada; e por esse
motivo não foi sujeita à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo até ao fim dos tempos "(5) . Após o dogma da Imaculada Conceição, "os corações dos fiéis conceberam uma mais viva esperança de que em breve o supremo magistério da Igreja definiria também o dogma da assunção corpórea da virgem Maria ao céu" (6) . "Desde tempos remotíssimos, pelo decurso dos séculos, aparecemnos testemunhos, indícios e vestígios desta fé comum da Igreja ... Os fiéis , guiados e instruídos pelos pastores ... não tiveram dificuldade em admitir que, à semelhança do seu unigênito Filho, também a excelsa Mãe de Deus morreu. Mas essa persuasão não os impediu de crer expressa e firmemente que não ... foi reduzido à podridão e cinzas aquele tabernáculo do Verbo divino. Pelo contrário, os fiéis .. . compreenderam cada vez com maior clareza a maravilhosa harmonia existente entre os privilégios concedidos por Deus àquela que o mesmo Deus quis associar ao nosso Redentor. Esses privilégios elevaram-na a uma altura tão grande, que não foi atingida por nenhum ser criado, excetuada somente a natureza humana de Cristo" (14) . "Deste modo, a augustíssima Mãe de Deus, associada a Jesus Cristo... , imaculada na sua concepção, sempre virgem, na sua maternidade divina, generosa companheira do divino Redentor que obteve triunfo completo sobre o pecado e suas consequências, alcançou por fim , como suprema coroa dos seus privilégios, 24
que fosse preservada da corrupção do sepulcro, e que, à semelhança do seu divino Filho, vencida a morte, fosse levada em corpo e alma ao céu, onde refulge como Rainha à direita do seu Filho, Rei imortal dos séculos (cf. 1Tm 1,17)" [40] . "Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial" (44) . Até aqui , Pio XII . Termino com a citação da Lumen Gentium: "Assim como no céu, onde já está glorificada em corpo e alma, a Mãe de Deus representa e inaugura a Igreja em sua consumação no século futuro, da mesma forma nesta terra, enquanto aguardamos a vinda do Dia do Senhor, ela brilha como sinal da esperança segura e consolação para o Povo de Deus em peregrinaçãd' (68) . Que assim seja! Pe. Osmar Augusto Bezutte Conselheiro da Eq. N. S . Mãe da Igreja Campo Grande-MS CM446
Pai, REFLEXO DO PAI É sempre comum em nosso meio ouvirmos falar que Deus é Pai. Em Gênese 1, 27, quando se fala criação do mundo e de tudo que nele existe, disse o Criador: "Frutificai, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.". Pela vontade divina, o homem recebeu, aqui nesse mundo, a condição de ser pai. A palavra pai significa genitor - aquele que gera - mas, na sua versão mais completa e fiel , pai é também e acima de tudo aquele que ama e por meio desse amor educa, cuida, compreende , caminha junto de seu filho, sendo para ele companheiro nos momentos de alegria, tristeza, nas dificuldades e na esperança. Ser pai é ser espelho que reflete para seu filho - através de suas ações - a imagem de Deus vivo, forte , exigente e vencedor. Você, pai, que de modo especial faz parte das Equipes de Nossa Senhora, tem a graça de poder tomar para si, para guiar os vossos passos , os ensinamentos de um "profeta" que disse: "O teu Amor sem exigência me diminui a tua exigência sem amor me revolta; o teu amor exigente me engrandece." (Pe. Henri Caffarel) . Quis o Senhor mandar para o homem uma auxiliar que lhe fosse adequada. Então Ele criou a mulher. E o homem disse :"Eis agora aqui, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem ." (Gn. 2,23) . CM 446
• Queridos pais, pelo mais puro sentimento de gratidão a Deus e reconhecimento da importância da mulher em sua vida, é sua "missãd' amar incondicionalmente e em suas mais diversas esferas essa graça divina que é sua esposa e companheira em todos os momentos ... a mãe de seus filhos. Contudo, é de fundamental importância tomar consciência de que hoje vocês têm uma aliança com o Pai no e pelo Sacramento do matrimônio, através de suas ações diárias na construção de uma famllia verdadeiramente cristã. Juntos, pai e mãe, um dia, prestarão conta ao verdadeiro Pai, da missão que por Ele lhes foi confiada. Pois, na sua mais pura essência, ....__ aqueles a quem chamamos de filhos, na verdade, são filhos de Deus, que estão sob os nossos cuidados. Assumamos de uma vez por todas a missão de ser pai do mais valioso e brilhante tesouro de Deus: os seus filhos. Temos que, incansavelmente, apesar de todos os obstáculos que nos impõe o dia a dia, manter sempre polidas e radiantes essas pérolas divinas. Pela intercessão de São José , casticismo e amoroso esposo de Maria, e pai amoroso e adotivo de Jesus, nosso irmão, desça sob cada um de nós, pais do mundo inteiro, a bênção e a proteção do nosso Criador. Amém!!! • Adriano da Vanusa Eq. 01 A N. S. Auxi/iadora Santa Luzia- PB
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A ESPERANÇA QUE VEM DE DEUS
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Ela é diferente: vem carregada de fé , carregada de amor. É invencível. ABSOLUTAMENTE CONFIANTE. Nasce da certeza de que Deus não falha . Pode tardar, sim. Mas não falha . É fiel no seu amor, apesar de todas as nossas infidelidades. Ela vem de Deus, quando é capaz de fazer-nos ESPERAR CONTRA TODA ESPERANÇA, a despeito de todas as perspectivas humanas. Quando não há soluções previstas. Quando todas as tentativas fracassam . Quando morrem, humanamente, as últimas possibilidades. Quando tudo parece impossível, é então que desponta , prodigiosa, a mão de Deus, realizando as maravilhas que a mão do homem não pode realizar. Eis porque uma esperança assim é profundamente teologal: SUA RAIZ ESTA EM DEUS. É na oração, humilde e perseverante, que ela se alimenta, cresce e se fortifica . Voltada para Deus, não decepciona jamais. Centrada em Jesus Cristo, em seu poder maravilhoso, concretiza os sonhos mais ousados. Porque não desanima; porque, mesmo no deserto, persiste; porque, nas piores noites, não vacila: tudo ela alcança (cf. Rm . 5, 5) . PACIENTE nas adversidades e tribulações. CONSTANTE em aguardar o que deseja. HUMILDE em reconhecer sua total pobreza, sua absoluta dependência de Deus, ela nos mantém de fronte erguida quando tudo nos arrasta ao derrotismo e ao desânimo. ESTA É A ESPERANÇA-QUE-VEM-DE-DEUS. Quando todos soubermos buscá-Ia; quando todos a amarmos, alimentando-a em nossos corações, pelo amor e pela fé , nossas famílias se transformarão. E as VOCAÇÕES que não surgiam, surgirão. E os SACERDOTES que faltavam , não mais faltarão. "Na oração constante e universal, particularmente centrada na Eucaristia, fonte do sacerdócio ministerial e de todas as vocações, estão colocadas as esperanças da Igreja e da humanidade. Cristo empenhou a sua palavra e não nos negará o que ele mesmo nos mandou pedi". João Paulo li • Pe. Cartas Afonso Schmitt (Carta Mensal n° 2- abril de 1985) Colaboração de M. Regina e Carlos Eduardo Eq. 05 - N. S. do Rosário Piracicaba-SP
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A LINGUAGEM DE DEUS À medida que a humanidade vai adquirindo maior conhecimento, mais as pessoas passam a questionar os ensinamentos religiosos. Muitos, dos meios intelectualizados, deixam-se influenciar pelo conhecimento científico e pelos apelos do mundo, tornando-se agnósticos e até mesmo ateus. Sempre houve racionalistas, como Freud, Niestzche, Karl Marx e outros, que consideram as religiões produto da imaginação e da fragilidade emocional do homem. Para os que pensam assim, um dia a humanidade passará a acreditar apenas nas verdades comprovadas pelas ciências. Esse modo de pensar tem influenciado - através da mídia - a mentalidade de muita gente, sobretudo os mais jovens, que, atraídos pelo materialismo da sociedade de consumo de hoje, prefere viver livremente, sem compromissos morais que impeçam ou dificultem o atendimento de seus anseios egoísticos. Felizmente, o número de cientistas importantes que creem em Deus e em Cristo cresce cada vez mais . Somente os que não têm humildade para entender que o ser humano é - mesmo quando não reconhece isto - ligado a Deus, é que não conseguem encontrar na própria ciência os argumentos que fortaleçam a própria fé. Quem estuda, por exemplo, a obra de Carl Gustav JUNG - que, embora durante certo tempo tenha sido discípulo de Freud, mostrouCM 446
se profundamente espiritualista - adquire evidências da existência do nosso espírito imortal. A obra da doutora Renate Jost de Morais (dentre as quais se destaca o "Inconsciente sem Fronteiras"), também demonstra que a psicologia profunda constata mais e mais evidências de que existe uma dimensão transcendental no homem. Há não muito tempo foi lançado, pela editora Gente, o livro ''A Unguagem de Deus" , cujo autor é nada menos do que o famoso e respeitado cientista norte-americano, diretor do Projeto Genoma, FRANCIS S. COUJNS, no qual ele esclarece como deixou de ser ateu e passou a ser cristão, à medida que foi se aprofundando no estudos da genética humana. Nesse livro ele dá um "banho" de informações científicas e filosóficas , que nos fortalece a crença em Deus. Demonstra de modo claro a compatibilidade que há entre as teorias do evolucionismo e as verdades da Bíblia. Na página 236, ele adverte: "É hora de pedir uma trégua na guerra cada vez mais acirrada entre a ciência e o espírito. Essa guerra nunca foi de fato necessária. Como em tantas contendas mundanas, foi iniciada e intensificada por extremistas de ambos os lados, soando alertas que previam ruínas próximas, a menos que o outro lado fosse eliminado. A ciência não é ameaçada por Deus; ela é aprimorada. Deus não é ameaçado pela ciência. Ele a possibilitou por completo, por isso busquemos juntos 27
recuperar os fundamentos sólidos de uma síntese satisfatória entre intelectualidade e espiritualidade de todas as grandes verdades." Diz, ainda, o autor: "A vida é curta. O índice de mortalidade será diferente para cada pessoa num futuro previsível. Abrir-se para a vida do espírito pode ser uma experiência enriquecedora. Não fique protelando a reflexão sobre essas questões de significado eterno até
que uma crise pessoal ou a idade
avançada o obrigue a reconhecer seu empobrecimento espiritual." Portanto, não tenhamos medo de nos aprofundar no conhecimento de nós mesmos e de nossa própria espiritualidade. Os tempos de hoje são outros. A nossa fé pode crescer em harmonia com a razão. • João Carduci da Áurea Lúcia, CRE Eq. 03H - N. S . das Graças Região Ceará
ESCOLHENDO A MELHOR PARTE Nós equipistas, pais cristãos, catequistas, coordenadores de pastorais e sacerdotes somos verdadeiros missionários. Isto é algo importantíssimo! É Graça de Deus, não tenho dúvida. Contudo, para quem é o melhor fruto? Esta sim, é uma pergunta difícil. Para Deus, é claro que não é! Certamente Deus não depende de nossas ações para melhorar a si mesmo. Não é raro nós, achando-nos muito atarefados, colocarmos restrições e dificuldades ao autêntico chamado de Deus à missão. Pior ainda, muitas vezes achamos que estamos fazendo muito em cumprir esta ou aquela missão e cobramos o reconhecimento daqueles a quem servimos ou dos que nos comunicaram a missão. Imagine o pai ou a mãe que diz que lavará as mãos em relação à educação do filho "difícil!". Bem, para quem não tem fé, isto tudo é muito coerente. Por outro lado, para quem é cristão e considera que
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está a realizar uma missão, isto tudo é uma bela asneira. Contudo, jogue a primeira pedra quem nunca passou muitas vezes por estas insanidades?! Não fiquem assustados com estas frivolidades de homens comuns, pois também São Pedro, que esteve tão perto de Jesus, interpelou o Senhor com toda firmeza sobre o que ganharia em realizar a missão. Estes questionamentos fazem parte do próprio processo de decisão coerente de se colocar em missão. É tanto assim que Jesus fez questão de responder: "Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no futuro a vida eterna". (Me 10,
29-30). Temos que ter clareza da essência CM 446
do serviço e a quem estamos servindo. A missão está dentro de um projeto de Amor que Deus tem para nós, seja no processo de se colocar em missão, indiferentemente do resultado alcançado, seja na melhoria que ela possa propiciar em sua comunidade: Igreja, família, sociedade etc. A missão deve ser assumida como ato de fé e amor ao evangelho. Isto não é tão fácil , mesmo para quem conhece Jesus. Veja que uma mulher de fé como Marta, irmã de Maria e de Lázaro, aquele que Jesus ressuscitou, se achando a verdadeira servidora foi reclamar de Jesus porque só ela estava a servi-lO. Na realidade, ela estava mesmo era a serviço dos seus próprios caprichos e foi exortada por Jesus: "Marta, Marta, estás ansiosa e afadigado com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada." (Lc
10, 41-42). Para desenvolvermos uma missão frutuosa, daquelas que de saída estaremos lucrando o cêntuplo, precisamos exercitar três atitudes tão bem conhecidas pelos equipistas de Nossa Senhora: cultivar a assiduidade em se abrir à vontade de Deus, desenvolver a aptidão para a verdade sobre nós mesmos e aumentar a capacidade
Acesse nosso site, conheça, veja como está rico em informações e dinâmico!
www.ens.org.br CI'J 446
para o encontro e comunhão. Parece-me muito claro que a Missão é para quem quer participar desta família tão maravilhosa que tem um Pai que é só Amor. A missão é para a comunidade, mas nós, enquanto missionários e membros da comunidade, muitas vezes, somos os mais beneficiados, pois já garantimos a "boa parte". E o que fazer quando agimos como Marta? Pedir perdão pelas nossas fraquezas! É apenas isto! Como fez o filho pródigo: voltou humildemente para pedir perdão ao Pai. Certamente Ele, ao ver-nos assim atrapalhados, se moverá de compaixão e não tardará em nos abraçar e cobrir de beijos, dizendo: "... este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado... E começaram a alegrarse." (Lc 15, 20). Sempre há tempo de escolher a melhor parte, veja o exemplo do bom ladrão que, no último momento, escolheu estar ao lado de Jesus e garantiu seu lugar no paraíso. Seja você também um dos que "escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada"! • José Roberto da Emília Eq. 31 Setor B
Região Ceará
Numa feliz coincidência, na última reunião da Equipe da SuperRegião Brasil, os irmãos Hermelinda e Arturo nos brindaram com a apresentação de fotos feitas pelo Padre Paulo Renato, SCE da Província SUL I, por ocasião de uma visita a Troussures na França, onde viveu e morreu o Pe . Caffarel. A SIMPLICIDADE DO PE. CAFFAREL motivou-nos a publicá-las com a dupla intenção: possibilitar, através
das fotos, um conhecimento maior do fundador do nosso Movimento e também agradecer e louvar a Deus pela existência das Equipes de Nossa Senhora.
1. Caminho que se chega a casa .
2. Casa onde viveu até os últimos dias de vida . 3. Mesa de Trabalho
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4. Sala de Atendimento S. Missa celebrada na sepultura 6. Entrada do CemitĂŠrio
Placa do Escritório de Pe.Caffarel.
Com as fotos dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais da SR Brasil, da Carta Mensal e das Províncias, queremos parabenizar todos os Conselheiros Espirituais das Equipes do Brasil, ao tempo em que rogamos a Deus que os faça perseverantes e fiéis à vocação que abraçaram para honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo! Equipe da SRB.
SACERDOTES CONSELHEIROS ESPIRITUAIS DA SUPER-REGIÃO BRASIL Pe. Miguel Batista, SCE SR Brasil
Fr. Geraldo A. Lima- SCE Carta Mensal
Pe.Valdir Prim SCE Província Sullll
Pe. Pedro Vicente SCE Prov.Nordeste
Pe. Paulo Renato SCE Prov. Sul I
Pe. Geraldo Grendene - SCE Prov. C.Oeste
Fr. Ernane Marinho SCE Prov. Sul li
Mons. Marcelino Ferreira SCE Pro v. Norte
Padre Mundinho SCE Pro v. Leste
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" VOCACIONAL AGOSTO, MES Mês de agosto é o mês em que se dá um destaque especial aos nossos queridos e amados Conselheiros Espirituais, que muito têm colaborado diretamente para o crescimento das Equipes de Nossa Senhora. Homens comprometidos com a Igreja, com o povo de Deus, que dedicam a suas vidas exclusivamente ao serviço dos irmãos, e que têm como missão primordial, pregar o Evangelho e anunciar Jesus, como nosso Salvador. Nas cidades do interior, como a nossa, percebemos nitidamente a entrega generosa desses pastores de um amor gratuito, uma entrega total ao serviço de seu rebanho. Um padre é formado pela Igreja para levar o homem até Deus. Um bom pastor é um tesouro que a comunidade possui. Eles
realmente dão a vida pelas suas ovelhas, eles continuam a obra de Deus, nos educam e nos dão exemplo de vida e de fé profunda pelo seu testemunho, sua vida de renúncias de orações e de fé. O padre desperta em nós cristãos a mais profunda riqueza do ser humano, o maior patrimônio, que é a fé, e nos leva à maturidade plena, além de ser um grande amigo e conselheiro. Nas Equipes de Nossa Senhora a presença do Conselheiro é sempre muito importante. Ele procura nos conscientizar de que a pertença do Movimento é centralizada em Jesus Cristo, e nos incentiva a sermos discípulos de Jesus comprometidos com a comunidade paroquial. Temos a missão de rezar por eles, em nossas orações diárias, para que continuem firmes na sua vocação sacerdotal, e pedir ao Bom Deus que mande mais pastores para a messe. Agradecemos ao nosso SCE Pe.Waldery da Rocha tudo que ele tem feito e continua fazendo pelo nosso Movimento e que continue a pastorear o seu rebanho. Parabéns a todos os padres; que Jesus derrame uma chuva de bênçãos sobre cada um deles. Felizes os vocacionados do reino. Meiry e Raimundinho Eq. N. S. das Graças
CRUZ- CE CM446
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UMA IRMÃ NA NOSSA CAMINHADA No início do ano de 2007, o nosso Conselheiro Espiritual, Pe. Francisco Gabriel, precisou se afastar da nossa equipe, devido aos inúmeros compromissos que estava assumindo junto à ordem redentorista. Passamos então todo o ano sem um conselheiro espiritual. Mesmo assim , a equipe tentou caminhar como era possível. Nesse mesmo ano, Priscila, filha de Celuca (Célia) e Falcão, nosso Casal Responsável na época, estava se preparando, no Colégio Damas daqui de Recife, para receber o sacramento da Crisma. Sua catequista e coordenadora da pastoral do colégio era Ir. Flávia Matias de Queiroz. Priscila, em vários momentos, falava da sua admiração pela irmã, pela sua dedicação com os jovens e de sua profunda espiritualidade. Muitas vezes ela comentava com seus pais e com alguns membros da equipe o quanto seria bom para nós termos essa irmã nos acompanhando. Com o mesmo intuito, ela falava para Ir. Flávia sobre a nossa equipe e do seu desejo de que a religiosa pudesse ser Acompanhante Espiritual Temporária (AET) . Não sabemos se pela insistência de Priscila ou pela sua disposição em sempre dizer SIM, Ir. Flávia aceitou conhecer a equipe, apesar de todas as responsabilidades com a sua comunidade. Até então, Ir. Flávia não conhecia as Equipes de Nossa Senhora. Procurou informações sobre o 34
Movimento e sobre nossa equipe, através de Pe. Francisco, que ela já conhecia, e de Frei Evilásio, seu amigo, e SCE há muito tempo. Os dois incentivaram-na a aceitar o convite. Foi então, na nossa celebração de Natal daquele ano, que ela foi apresentada à equipe . Na ocasião, ela falou dos seus receios, devido a sua falta de tempo e por ainda não ter trabalhado com casais, só com jovens. Hoje, vemos que nossa AET teve uma caminhada semelhante a do nosso querido Pe. Caffarel, que começou a sua vida sacerdotal na evangelização dos jovens. Ao iniciarmos o ano de 2008 com a nossa AET, confirmamos tudo o que já esperávamos da sua participação. Sabíamos que o crescimento seria maravilhoso para todos nós. Suas reflexões, a forma doce de se expressar e sua espiritualidade, baseada nos princípios Inacianos, permitiram à nossa equipe aprofundar cada tema e sentir, ainda mais, a presença do Pai na nossa caminhada. Em dezembro último, no dia 12, foi celebrado o jubileu de Prata de nossa querida irmã. Uma festa linda com depoimentos emocionados. Ao final , Ir. Flávia nos coroou com uma carta de agradecimento ao Pai e de confirmação de sua adesão ao seu Plano. Na carta estava o texto retirado do livro dos Cânticos que também fez parte do convite "Meu Amado é meu e eu sou Dele" (Ct 2 ,6) . Para nós , foi maravilhoso CM 446
poder partilhar este momento tão importante de sua vida junto com toda comunidade Damas e todos os jovens e casais que lá estavam. É bom saber que hoje somos mais uma família que está em seu coração e sob os seus cuidados. Hoje estamos no terceiro ano junto com Ir. Flávia. Quantas sementes já começam a florescer! Essa conquista nós devemos à participação de nossos filhos na nossa caminhada de Equipe e , principalmente, da insistência de Priscila que, naquele ano de 2007,
sempre que podia dizia: "Irmã, a senhora precisa conhecer a equipe da minha mãe! " Agradecemos ao Pai por toda graça que alcançamos nesses dez anos de equipe e de podermos ter sido acompanhados por pessoas iluminadas. Hoje, Deus também nos fala através de uma mulher jovem, ativa, dócil, um verdadeiro anjo d ' Ele que nos ajuda a buscar o caminho para a santidade. Ana Cláudia e Augusto Eq. 20A N. S. dos Impossíveis Recife-PE
Trecho extraído da Carta Mensal de agosto/ 1998, escrito pelo Pe. Mário José Filho então Conselheiro Espiritual da EC/R, sobre o Mês Vocacional: "Ser padre é um dom de Deus e, como todo dom, é colocar-se a serviço do próximo. Quero também dizer a você, casal, que procure no dia 04 de agosto cumprimentar o Conselheiro Espiritual de sua Equipe/ Setor/ Região e rezar por eles. Que tal a Oração Conjugal ser na intenção de seu Conselheiro? Que tal a Regra de Vida ser na perspectiva de dar mais atenção aos seminaristas de sua cidade? Éuma opção fundacional do Movimento das Equipes de Nossa Senhora que os sacramentos da Ordem e do Matrimônio estejam unidos. O próprio Catecismo da Igreja Católica no n° 1534 nos diz: "Dois outros sacramentos, a Ordem e o Matrimônio, estão ordenados à salvação de outrem. Se contribuem também para a salvação pessoal, é através do serviço aos outros. Conferem uma missão particular na Igreja e servem para a edificação do Povo de Deus" . Cada vez mais torna-se necessário que todos nós busquemos a comunhão da Igreja, não nos fechando em nós mesmos, mas mantendo-nos abertos às necessidades e ao dinamismo da Igreja, aberta à graça e à força do Cristo . Vocês, casais, nos ajudam, pelo seu realismo, abertura e disponibilidade ao Espírito, a sempre nos questionar e nos dão a possibilidade de exercer nossa M issão. Que possamos sempre estar unidos pelos vínculos da Fé e juntos edi ficar o Reino de Deus".
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O EVANGELHO E AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA Para começo de conversa ...
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Quando falo do Evangelho me refiro ao próprio Cristo. A palavra Evangelho, que vem do grego euangélion, significa boa nova ou boa notícia. No uso cristão, indica a pregação a respeito de Jesus ou o gênero literário que transmite a mensagem de Jesus em forma de relato de sua vida. 1 Em suma, Jesus Cristo, a sua pessoa, suas palavras e suas ações significavam a boa notícia da parte de Deus para o povo de seu tempo e também para nós, hoje, pois a salvação por ele oferecida não está limitada a um tempo e espaço determinados; pelo contrário, é universal, atinge todos os homens e mulheres, de todos os tempos e lugares. Jesus nos revela o Pai e também nos revela a nós mesmos, a nossa vocação mais íntima, de sermos filhos de Deus e seus seguidores. Jesus Cristo e as ENS ... Embora a nomenclatura de nosso Movimento seja Equipes de Nossa Senhora, sabemos que ele é, por essência, cristocêntrico, isto é, tem Jesus Cristo por centro. É como o terço: rezamos as Ave-Marias, mas contemplamos os mistérios da vida de Jesus Cristo. É também como a singela oração do Ângelus, com a qual saudamos Maria, professando a verdade fundamental de nossa fé: a encarnação de Jesus Cristo. É assim! Através de Nossa Senhora chegamos ao coração de 36
Jesus Cristo. Maria é o caminho mais seguro para se chegar a Jesus Cristo. No admirável plano de Deus, Maria desempenhou um papel único. Foi a primeira criatura a ser beneficiada com o dom do amor trazido por Jesus, tornando-se disponível para acolher no seu seio o Filho de Deus. O Vaticano 11 nos ensina que "Maria consagrou totalmente a si mesma como serva do Senhor à pessoa e à obra do seu Filho, servindo ao mistério da redenção em dependência dele e com ele e com a graça do Deus onipotente" .2 Por esta colaboração e por este serviço à humanidade , a Igreja reconhece em Maria como a "medianeira" para ajudar todo cristão a aproximar-se do Filho de Deus. É uma missão que lhe foi dada por Deus como dom, que lhe provém em visto dos méritos de Jesus , seu Filho, e que ela, como mãe, recebeu para ajudar todo cristão a aproximar-se de Cristo. Assim como na festa das bodas em Caná da Galileia, Maria, através de nossa pertença ao Movimento das ENS, nos diz constantemente: "fazei tudo que Ele vos disser". (cf. Jo 2, 5) , Ad Iesum per Mariam (a Jesus por Maria) , já ensinava São Luís Orione.3 Dom Orione foi um grande devoto de Nossa Senhora e por ela nutria um amor sem medidas. CM 446
Ensinava aos seus filhos espirituais: ''A devoção a Maria não é simplesmente um ornamento da nossa santa religião, nem uma flor qualquer; ou um recurso como tantos outros de que podemos nos servir a bel prazer: mas é uma parte integrante. Deus não quis viver entre nós a não ser por meio de Maria. E nós não podemos chegar até Deus senão por meio de Maria. "4 O Evangelho do 12° domingo do Tempo Comum e as ENS ... Jesus estava a rezar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou? Responderamlhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas. Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus. Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém . Ele acrescentou : É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia. Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvála-á (Lc 9,18-24) . O Evangelho proposto para este domingo compõe-se de três partes intimamente ligadas e bastante significativas para a nossa reflexão, vamos a elas: CM446
1. A confissão de fé de Pedro de que Jesus era o Messias Jesus pergunta aos seus discípulos mais próximos o que o povo pensava sobre ele. Esta é , obviamente, uma pergunta muito íntima , que só pode ser feita a quem é amigo. Logo, supõe uma relação de conhecimento mútuo e certa liberdade entre Jesus e seus discípulos. As múltiplas respostas revelam ainda uma confusão de ideias acerca de Jesus. Porém, na boca de Pedro está a resposta de que Jesus era o Messias, o Ungido, o Deus conosco, o Emanuel. Esta é a resposta da Igreja, esta é a nossa resposta. No entanto é preciso aprofundar o significado desta resposta e ver as implicações dela para a nossa fé. Jesus é o Messias, mas como será o seu messianismo? Como será a sua missão? O que isso tem a ver conosco? 2. O primeiro anúncio da paixão Após exortar os discípulos para não dizerem a ninguém que ele era o Messias, Jesus faz o primeiro anúncio de sua paixão. Este anúncio sinaliza para a tipologia correta do messianismo de Jesus e nos convida a aprofundar a dimensão mais exata de sua pessoa: Ele é o Filho de Deus, mas que vive no meio da gente, numa atitude serviçal: tudo o que Jesus fez foi motivado pela doação de sua vida e o serviço maior foi a sua morte na cruz. No entanto não foram o sofrimento e a cruz as últimas palavras :31
a vida de Jesus, mas a ressurreição. A ressurreição é o sinal positivo de Deus de que a vida de Jesus foi dotada de tamanha qualidade e se tornara modelo para todo discipulado cristão. A vida só encontra sentido quando ela é vivida em prol de um projeto de amor, de doação e de serviço, como o fez Jesus Cristo (cf. Me 10, 45) . É como a vela que se gasta toda para iluminar o ambiente escuro. Assim, "quem não vive para servir, não serve para viver".
3. As condições para o seguimento Por fim, após esses esclarecimentos, Jesus lança o desafio do seu seguimento: "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me." Não basta uma elaboração teórica da verdade da fé (Tu és o Cristo de Deus); é preciso traduzir na prática da vida aquilo em que se crê; isso é discipulado. Portanto, assumir a cruz significa assumir as consequências da própria vocação, significa assumir as consequências das próprias escolhas . Em nossa vida, somos levados a fazer escolhas e, portanto, devemos assumir as responsabilidades delas advindas. Chegamos, pois, ao ponto que gostaria de frisar com maior propriedade, no tocante ao seguimento Cristo sendo membro de uma ENS. Sabemos que "As Equipes de Nossa Senhora constituem um Movimento de espiritualidade conjugal nascido para responder às exigências dos casais cristãos desejosos de viver 38
plenamente a sua vida matrimonial a partir do sacramento do matrimônio. De acordo com os Estatutos, como "movimento de formação e de reabastecimento espiritual, as Equipes de Nossa Senhora ajudam os seus membros a progredir no amor de Deus e no amor ao próximo; elas lançam mão do auxílio
Assumir como obrigação não significa ser obrigado. " Ser obrigado a fazer algo é submeter-se a uma norma externa, imposta por alguma autoridade a quem se deve obediência. Se "sufocar" a pessoa é tirania. Assumir como obrigação, ao contrário, supõe uma norma interna, como expressão da plena liberdade e da consciência, que, por sua vez, implica responsabilidade pessoal para com o que é assumido. CM 446
fraterno para que os seus membros possam assumir, pessoalmente e em casal, as condições concretas de sua vida conjugal, familiar, profissional e social conforme a vontade de Deus; ela os incita a tomar consciência de sua missão evangelizadora na Igreja e no mundo pelo testemunho de seu amor conjugal e pelas outras formas de ação que escolheram" (Estatutos, art. 3°). 5 Objetivando atingir este fim, o Movimento coloca à disposição de seus membros uma série de instrumentos para ajudar cada casal a viver a santidade matrimonial, dentre os quais se destacam os PCEs. Quando algum casal se dispõe a fazer parte de uma ENS, certamente assume os compromissos propostos pelas ENS e os assume com liberdade e consciência. É comum ouvir algum equipista dizer que o Movimento tem regras demais para obedecer. Sente-se obrigado. Mas será que o fundamento das ENS é obrigar alguém a fazer alguma coisa? Conversando com um equipista sobre este assunto, ele me disse uma frase que me levou a pensar e que justamente me motivou a escrever este texto. A frase é: ''Assumir como obrigação não significa ser obrigado. " Ser obrigado a fazer algo é submeter-se a uma norma externa,
imposta por alguma autoridade a quem se deve obediência. Se "sufocar" a pessoa é tirania. Assumir como obrigação, ao contrário, supõe uma norma interna, como expressão da plena liberdade e da consciência, que, por sua vez, implica responsabilidade pessoal para com o que é assumido. Portanto, ao assumir como obrigação, por mais paradoxal que seja, a única norma é o livre arbítrio. Em outras palavras, é assumir as responsabilidades das próprias escolhas. Portanto, como acredito que nenhum casal esteja nas ENS por obrigação, da mesma forma , acredito que o cumprimento dos PCEs não poderá ser visto como mera obrigação, como um fardo a carregar. A título de conclusão, Paulo, ao escrever à comunidade de Corinto sobre as exigências da participação no corpo e sangue do Senhor, exortava: "Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice." (lCor. 11 ,28) . Parafraseando o Apóstolo dos gentios digo: cada um se examine sobre a sua participação no Movimento das ENS e sobre as suas responsabilidades. Pe. Erli Lopes Cardoso, PODP SCE das Equipes 36 A - II e 70 B -I Brasília - DF
1. Cf. Konings, Johan. A B íblia nas suas origens e hoje. p. 127. 2. Vaticano li. LG , 56. 3. São Luís Orione fundador da Pequena Obra da Divina Providência, mais conhecida como Congregação de Dom Orione . 4. Nos Passos de Dom Orione, p. 73 . 5. Decreto de reconhecimento das ENS, 2002, In: www.ens. org.br
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LENDA DOS ÍNDIOS CHEROKEE
Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees? O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde , vendalhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem vir picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede . O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a 40
venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo de ele se tornar um homem. Finalmente ... Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo. Nós também nunca estamos sozinhos! Mesmo quando não percebemos, Deus está olhando para nós, 'sentado ao nosso lado' . Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo. Evite tirar a sua venda antes do amanhecer... Apenas porque não vemos Deus, não significa que Ele não esteja conosco. Nós precisamos caminhar pela nossa fé , não com a nossa visão material. Oremos para que o Senhor nos dê Seus Olhos e Seu Coração para que esses momentos não nos passem despercebidos. Colaboração da Equipe da Carta Mensal CM 446
MEDITANDO EM EQUIPE À semelhança de julho, o mês de agosto tambem tem seu centro ocupado por uma Festa mariana: a assunção (dia 15). No dia 1° de novembro de 1950, o Papa Pio XII anunciava aos quatro cantos do mundo: "Para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo, e com a Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial". Catorze anos depois, o Concílio Vaticano 11 acrescentava : "A Mãe de Jesus, já glorificada em corpo e alma, brilha aqui na terra como sinal de esperança e de conforto para o povo de Deus em peregrinação, até que chegue o dia do Senhor!"
Escuta da Palavra em Ap 12,1 -1O Sugestões para a meditação: Quem é essa Mulher de quem fala o Apocalipse? Quem é o filho dela? Quem é esse Dragão? Haveria algum nexo entre a "Mulher" de AP 1,1 e a "Mulher" de Gn 3, 15; Jo 2,4 e Jo 19,26? Frei Geraldo de Araújo Lima, O.Carm.
()r r ao L1 L rg a (da Liturgia das Horas, festa da Assunção de Nossa Senhora)
De sol, ó Virgem, vestida, De branca lua calçada; De doze estrelas-coroas Coroada. A terra toda te canta, Da morte dominadora. No céu a ti temos, todos, Protetora. Fiel, conserva os fiéis, Procura a ovelha perdida.
Brilha na treva da morte, Luz e vida. Ao pecador auxilia, Ao triste, ao fraco e ao pobre. Com o teu manto materno Todos cobre! Louvor à excelsa Trindade. Que dê a coroa a quem Ele fez Mãe e Rainha Nossa. Amém
(in) Formação
ATITUDES DE VIDA Fonte: Vem e Segue-me- Unidade VI Os Pontos Concretos de Esforço não são obrigações inventadas arbitrariamente e que se acrescentam às muitas outras que a vida nos impõe. São, ao contrário, um profundo caminho de conversão cristã que passa por atitudes de assiduidade, de interiorização, de realismo e de comunhão. Essas atitudes que as Equipes pretendem despertar em nós, são essencialmente três: Cultivar a assiduidade em nos abrirmos à vontade e ao amor de Deus; Desenvolver a capacidade para a verdade; Aumentar a capacidade de encontro e comunhão. Cultivar a assiduidade em nos abrirmos à vontade e ao amor de Deus Saber escutar- aquele que escuta está vazio de si mesmo porque, do contrário, não poderia escutar (Escuta da Palavra). Reservar com assiduidade um momento para conhecer a vontade de Deusum apelo a gratuidade de nosso tempo, para que, aquele que tem prioridade em nossa vida, ocupe o seu lugar todos os dias (Meditação). Desenvolver a capacidade para a verdade Este é o sentido da Regra de Vida que devemos fixar, ou adotar ou revisar. Para viver na verdade a equipe nos pede que nossa oração seja um verdadeiro encontro. Que a Oração Conjugal seja um encontro entre marido e mulher, cada um na sua verdade. Aumentar a capacidade de encontro e comunhão Viver o encontro e a comunhão exige todo um aprendizado para modificar a maneira de viver. Os PCEs tendem para esse encontro. Encontro com o Senhor na Oração (Retiro), na Escuta de sua Palavra, no outro (Dever de Sentar-se), nos acontecimentos da vida; porque, quando deixamos que Deus aja em nós, deixamos que ele nos fale, nos ame, nos transforme.
Equipes de Nossa Senhora
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