EDITORIAL Da Carta Mensal .... .. ........................... O1 SUPER-REGIÃO No coração de Jesus ...... ...... ... .... .. .. .... 02 Sendo comunidades vivas ...... .. ...... .. .. 03 Formação é verdadeiro encontro com o Senhor ...... .. .... ........ .. 04 CORREIO DA ERI Proclamar Cristo na Ásia de hoje .......... .................. ...... . 06 A loucura do Paris-Longpont.. ............ 07 XI ENCONTRO INTERNACIONAL Brasília - Santuário de vida e amor .... 09 VIDA NO MOVIMENTO Eacre 2011 ...... ........ .. ............... .. ...... .. Relatório é coisa séria ........ ................. Uma ideia a ser seguida ...... ... ........ .. .. Confraternização de Conselheiros Espirituais ......................
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TESTEMUNHO A equipe em nossas vidas ............ .. .... 22 A graça de completar uma equipe .. ... 23 Equipes, essência do amor fraterno e comprom isso cristão ....... .. . 24 TEMA DE ESTUDOS Cristãos católicos apostól icos romanos equ ipistas .... ........ .......... .. .. .. 25
Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa" n' 21 9.3361ivro B de 09.10.2002 Edição : Equipe da Carta Mensal
Zezinha e Jailson (responsáveis) Fát ima e Joel
Glasfira e Resende Paula e Genildo Zélia e Ju stino Frei Geraldo de Araújo Lima - O. Carm .
PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Retiro .... ..... ... ....... .. ...... .... ...... ... ....... .. 26 IGREJA CATÓLICA O discípulo de Cristo e a preservação do planeta .................. . 27 Lava-pés e o sacramento do matrimônio ............ .. .. .. ................. 28 Espiritualidade da Semana Santa ....... 30 A criação geme em do res de parto .............. .. .. ... ......... 31 EJNS Encont ro Nacional de Movimentos Juvenis .. .... .. .. ................. 32 RAÍZES DO MOVIMENTO Equipe, pequena " ecclesia " ........ ........ 34 FORMAÇÃO Missão da Ig reja: missão de Jesus .. .. .. 37 O porque da Formação ...................... 39 Mergu lho em águas profundas .... .... .. 4 0 NOTÍCIAS ............ ................. ... ........ .... 41 REFLEXÃO Eu carreguei Deus ............ ...... ........ .... 45 Persevera nça ................ .. ..... ........ ....... 46 ATUALIDADE A autori dade das palavras ..... .. ......... .. 48
Edição e Produção : Nova Bandeira Prod. Ed . R. Tu riaçu, 390 11° andar, cj. 115 • Perdizes São Paulo Fone: (11 ) 347 3.1282
Jornalist a Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)
Imagem Capa: ist ockphot o
Projeto Gráf ico: Alessandra Carig nani
Tirage m : 21 .000 exemplares
Impressão: Prol
Cartas, colaborações, notí-
cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para: Carta Mensal R. Lu is Coel ho, 308 5° andar • co nj . 53 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx1 1) 3256. 1212 Fax: (Oxx11) 3257 .3 599 cartamensal@ens.org .br A/C Zez inha e Jailson
Queridos irmãos: Nossa carta chega aos nossos lares, quando ainda estamos vivendo o tempo da Quaresma, tempo de escuta da Palavra, de oração, de jejum e da prática da caridade como instrumentos de conversão que nos levem à celebração do Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em seu artigo, Pe. Miguel nos anima a aproveitarmos o tema do ano: "Formação, para amar e servir como Jesus" e assim refletirmos o amor de Cristo no mundo! Nessa ótica, ele evoca as palavras do Pe. Caffarel: "nunca deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa formação, a ação vos perderá. A Igreja do Brasil precisa formar os homens do futuro. Eles serão formados pela oração e pelo estudo ". Cida e Raimundo nos propõem sermos "comunidades vivas", comprometidos com a missão salvadora de Jesus, vivendo o mandamento do amor que nos leva a viver fraternalmente e atentos aos mais necessitados, apesar das nossas fraquezas. No esteio do tema de estudo para este ano, o casal Hermelinda e Arturo - CR da Província Sul I, nos fala do sentido do porquê da formação, como um verdadeiro encontro com o Senhor. Do Correio da ERI nos chegam notícias do I o Congresso dos Leigos Católicos da Ásia, em Seul, na Coreia do Sul. Segundo Jane Peter Ralton "o Congresso teve um programa muito ambicioso. Foi muito bem organizado
e o desenvolvimento foi previsto para dar aos participantes uma vasta compreensão da Igreja na As ia e como ela funciona." E o nosso XI Encontro Internacional? Já fizeram suas inscrições? Os irmãos Mariola e Elizeu nos convidam a fazer de Brasília um majestoso santuário, lembrando-nos que é "Jesus o Templo, o Santuário vivo, que está em todo lugar. .. ". Façamos então deste convite um compromisso, lembrando a promessa do próprio Jesus; ''pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles." (Mt. 18,20) A bandeira Vida no Movimento está rica de testemunhos sobre os EACREs 2011. Vale constatar que, em que pesem as nossas diferenças regionais, todos tiveram, em comum, o cuidado na preservação da unidade do Movimento. O que poderia ser uma "Babel", pela nossa diversidade, resultou num "Pentescostes" pela nossa unidade! Não deixem de ler... Muito mais vocês encontrarão nas outras bandeiras ... No rodapé da página publicaremos durante todo o ano o tema e o lema que nortearão nossas reflexões em 20 II. Que o Senhor nos ajude a fazê-las, saindo da esfera da pura informação, entrando na esfera da sabedoria. Na alegria do cristão, desejamos a todos uma Feliz Páscoa! a t Jaifson
CR Equipe da Carta M~ r sal
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NO CORAÇÃO DE JESUS "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados" (Ef 5, 1)
Concluídos os nossos EACREs, estamos reabastecidos por tão grandes graças vivenciadas nos últimos três meses nas nossas Regiões e que se multiplicarão no decorrer do ano. Quantas maravilhas nos fez o Senhor! Recebemos as orientações, reavivamos a unidade. Continuemos a missão de sermos reflexos do amor de Cristo! Deus nos dá a chave: A FORMAÇÃO. Evidentemente que o Tema de Estudo não pode ser o nosso único meio de buscarmos aprimorar a nossa formação e assim amarmos e servirmos como Jesus. A "Segunda Inspiração" diz: "As ENS são uma escola de formação para os casais". Essa formação "se alimenta de várias fontes: o estudo do ' tema ' em casal e em equipe, a leitura dos documentos do Movimento, as sessões de formação, os retiros, o aprofundamento das orientações periodicamente propostas pelo Movimento. Essa formação é uma busca pessoal, conjugal e comunitária, vivenciada na frequência aos sacramentos e mais especialmente à Eucaristia , numa progressiva abertura à oração, na escuta da palavra de Deus e na atenta leitura dos sinais dos tempos. Essa formação que nos interpela, nos ajuda a interpretar o desígnio de Deus sobre o nosso casal e nos convida a ajustar nossa vida conjugal, familiar e profissional aos valores do Evangelho" . (3 .1) Duas "pérolas" nos servem também de suporte nesse ano 2
equipista para formarmos em nós uma verdadeira identidade cristã, uma verdadeira identidade equipista. São dois textos de conferências que o Pe. Caffarel proferiu aqui no Brasil: A "Ecclesia" e o "Testamento Espiritual". É indispensável que mantenhamos a unidade e a fidelidade ao carisma do nosso Movimento. No livro de D. Nancy, Equipes de Nossa Senhora no Brasil - Ensaio sobre seu histórico, Maria Regina e Carlos Eduardo registram o que disse o Pe. Caffarel, quando veio ao Brasil pela primeira vez: "Sois generosos, sois devotados. E, por isso mesmo, sois solicitados pela ação. Mas eu vos suplico: nunca deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa formação, a ação vos perderá. A Igreja do Brasil precisa formar os homens do futuro. Eles serão formados pela oração e pelo estudo" (p. 181). A formação é, pois, a chave da disponibilidade e do compromisso. Concluiremos esse mês com a festa da Ressurreição. A Páscoa do Senhor, a nossa páscoa! Somos convidados a viver permanentemente esse mistério pascal, procurando as coisas do alto onde Cristo está assentado à direita de Deus. Um abraço com carinho. No Coração de Jesus,• ~- Miguel Batista, SCJ SCE Super-Região Brasil CM452
SENDO COMUNIDADES VIVAS Queridos irmãos equipistas: Em 2006, voltamos do X Encontro Internacional das ENS, em Lourdes - França, para nossas equipes de base, tendo marcada no coração e na mente a seguinte orientação de vida: "Equipes de Nossa Senhora, comunidades vivas de casais, reflexo do amor de Cristo". A partir desta reflexão, somos desafiados a , em 2011 , sermos um Movimento de "comunidades vivas". Diz o Documento de Aparecida (161) que "a grande novidade que a Igreja anuncia ao mundo é que Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, a Palavra e a Vida, veio ao mundo para nos fazer 'participantes da natureza divina ' (2Pd 1,4), para que participemos de sua própria vida." No desejo de elevar o homem à condição divina, Jesus expõe sua missão entre os homens: "Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância" (Jo 10,10). Para o homem bíblico, viver é muito mais do que existir. É viver bem, em felicidade . Ser "comunidade viva" é ser comprometido com o projeto salvífico de Deus e da missão salvadora de Jesus. Essa relação de compromisso se dá mediante a fé , condição fundamental para a vida eterna. Por conseguinte, empenhar-se por uma vida material justa e fraterna, com disciplina ética e discernimento cuidadoso, em fidelidade a Jesus e à sua Palavra, significa realizar desde já uma "vida" nova. CM 452
Como cristãos, recebemos a vida nova em Cristo, a qual nos "incorpora à comunidade dos discípulos e missionários de Cristo, à Igreja" (Aparecida,162) , levando-nos a viver fraternalmente e sempre atentos às necessidades dos mais fracos. Diante das adversidades que se nos apresentam, sentimo-nos, por vezes, fragilizados e perdemos o entusiasmo; dispensamos Deus do nosso íntimo, do nosso ser. Isso ocorre quando nos isolamos em nosso mundo egoísta , nos separamos da videira verdadeira, nos afastamos dos cuidados e zelo do Bom Pastor, que só tem um objetivo: comunicar-nos sua vida, colocando-se a serviço da vida. É dessa vida nova de que todos nós precisamos: uma vida "viva", que "atinja o ser humano por inteiro, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural". Uma vida que enfatiza a alegria de estar junto com os irmãos, de comer juntos, de trabalhar com amor, de poder servir com alegria, tendo em vista o crescimento espiritual. 3
Ousemos, pois , adotar esse projeto de vida, e correremos o risco de nos tornarmos verdadeiras "comunidades vivas" , apontando para a vida que está em Jesus, e
vivendo profundamente mediante o mandamento do amor. Com carinho e unidos em oração.• Cida e Raimundo CR Super-Região
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FORMAÇÃO É VERDADEIRO ENCONTRO COM O SENHOR Só no encontro verdadeiro com DEUS podemos saber quem somos ... Para Ele somos únicos, temos uma identidade irrepetível, um nome próprio que nos livra do anonimato e nos dá uma identificação com os outros, o que pressupõe uma capacidade de descobrirmos uma Missão nesta vida. Esta Missão é o conteúdo da nossa própria existência. Por isso a vocação não é algo que se cola à pessoa, mas que faz parte integrante da sua identidade. Para chegar à descoberta da vocação, faz-se necessário, "voltar à fonte", ou seja, desenvolver um diálogo entre quem chama e quem escuta no mais íntimo do coração de cada um. Este diálogo com o Espírito ilumina, sacia e retempera as forças, quando provamos do 4
eterno frescor dessa água, a "água da sabedoria" . Deixemos então que DEUS nos fale demoradamente ... E descobriremos que a vocação, comum a todos os homens e mulheres, é, pois, o Amor, que se manifesta quando vamos ao encontro uns dos outros, e é quando encontramos então o Outro, o próprio Jesus. Passamos nossa vida tentando descobrir por quem e por que fomos chamados, e isto implica uma
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atitude de busca contínua de aprofundamento e de coerência entre fé e vida, que é quando então, desenvolvemos atitudes que nos levam à necessidade de formação. Há momentos que falar de formação talvez nos assuste ou nos incomode. Mas aceitemos que nossa vida está em processo contínuo de formação pessoal, em casal e espiritual, onde o Espírito Santo nos ilumina e sustenta. A formação é como a caridade, não tem limites e é sempre guiada pelo Espírito Santo. Padre Caffarel nos fala : "Ser competente é viver a caridade no próprio estado de vida. E precisamente esta caridade impõe um dever de se consagrar às suas tarefas com uma competência sempre maior. Ser competente é amar os irmãos e ainda amar a DEUS, quando se colabora com Sua obra. Só há apóstolos na medida em que há almas de oração, de estudo, de meditação. Só assim , estareis em condições de assumir amanhã as responsabilidades que vos forem confiadas" As Equipes de Nossa Senhora nos disponibilizam o dinamismo da formação em três seguimentos:
• 1°. Para aprofundar a Fé - que nos ajuda a progredir, individualmente e em casal. É o Espírito que nos fala, e desta proximidade nascerá o discernimento para tomar opções e a nossa capacidade de resposta a cada apelo. "Quem cruza o seu CM 452
olhar com o do Senhor, jamais poderá esquecer."
• 2°. Para aprofundar e conhecer o Método - recordemos o início, quando aprendemos a abrir nossa relação pessoal e partilhar com outros casais a forma de seguir Cristo, oferecendo e aceitando ajuda com humildade.
• 3°. Para o Serviço -embora a vida nas Equipes seja formadora, por si mesma, devemos nos esforçar para adquirir uma formação que vá alem da própria Equipe, e nos prepararmos para servir o Movimento, a Igreja e ao mundo em geral. Esta formação nos ajuda a aceitar uma responsabilidade. Caminhar por caminhar não é caminho. Santo Agostinho nos diz: "Não vale a existência pelo simples viver. Vale a vida pelo aperfeiçoamento, pela amplitude pela ascensão." A Formação é um processo dinâmico e contínuo. Não impõe, sugere; não força, atrai; não decide, propõe. Por isso nos sentimos livres, e quanto mais livres mais seduzidos. E quanto mais seduzidos , mais testemunhas e profetas do mundo haveremos de ser. • Hermelinda e Arturo CR Província SUL I 5
PROCLAMAR CRISTO NA ÁSIA DE HOJE Correio da ERI, janeiro 2011
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No início de setembro de 2010, o Pontifício Conselho para os Leigos, juntamente com os bispos católicos da Ásia, celebrou o primeiro Congresso dos Leigos Católicos da Ásia, em Seul, na Coreia do Sul. Seu lema era "Nós proclamamos Cristo na Ásia de hoje." Esperamos que você tenha muitas conferências similares no futuro. Como Casal Ligação Eurásia, fomos convidados a participar e representar o Movimento Internacional. Esta foi ao mesmo tempo para nós uma grande oportunidade de visitar as três equipes coreanas. Depois de ter cantata com os membros da equipe de Seul, também vivemos uma agenda muito apertada nos primeiros quatro dias, assistir à missa na paróquia local, conhecer a equipe de Seul durante uma refeição e conhecer outros membros das equipes em Suwon onde a informação foi conduzida pelo Padre Sean, o seu Conselheiro Espiritual da ordem Colombiana. Esta foi também uma oportunidade para conhecer as novas equipes. Participamos também fazendo parte de uma aula de inglês na paróquia local, onde um equipista usa as escrituras para ajudar com o conhecimento da língua. Os participantes, todos adultos, tiveram a oportunidade de conhecer a razão da nossa viagem para a Coreia e entender um pouco 6
o objetivo do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Tentando entender o sotaque "australiano", em inglês, também foi para eles uma experiência nova. Na nossa qualidade de Casal Ligação foi muito útil para nós passarmos algum tempo com os membros das equipes e entender um pouco melhor como as Equipes de Nossa Senhora funcionam na Coreia e os problemas que elas devem enfrentar. Como acontece a cada primeira vez, o Congresso teve um programa muito ambicioso. Foi muito bem organizado e o desenvolvimento foi previsto para dar aos participantes uma vasta compreensão da Igreja na Ásia e como ela funciona. Enfatizamos sobre a importância de compreender os critérios pluriculturais necessários a qualquer estrangeiro que pretenda introduzir o Evangelho na Ásia. Eles contam sobre a verdade combinada com o amor, sabedoria contextuai, a beleza contextuai e da capacidade de "inspirar" o Evangelho no coração da Asia. Os 400 participantes incluíam 03 Cardeais, 15 Arcebispos e Bispos, muitos sacerdotes e representantes religiosos de 18 países, do Turquemenistão a Indonésia, e também 36 movimentos leigos que têm membros na Ásia. Foi muito agradável CM 450
para nós encontrarmos vários participantes cujos pais são membros das Equipes de Nossa Senhora. Gostaríamos de compartilhar alguns aspectos de nosso aprendizado: A Ásia é uma região missionária, onde sofrer ou até mesmo morrer por causa da fé não é raro. Não é possível praticar a religião abertamente em alguns países e por esta razão alguns países não poderiam ser representados. Uma "força anti-cristã" não é simplesmente "uma força política à qual se pode opor, mas sim uma força cultural ", que deve ser tratado com cuidado. A integração é fundamental para entrar em contato com as pessoas; isso afeta as belas artes, música, simbologia e ideologia. ''Aqueles que conseguem a integração são os mesmos que estimulam a comunidade do inconsciente coletivo." Uma declaração de um proeminente membro do clero da Asia nos
deixou chocados. Ele assinala que a Igreja deve usar a experiência de membros leigos para fazer progredir suas comunidades cristãs. Ele chamou a atenção para o fato de que o clero tem uma proteção, mas são os leigos que entendem as limitações reais de católicos da Ásia. A criação e crescimento são testes contínuos de todos os movimentos laicos em países asiáticos. Existe uma grande necessidade de evangelização na região asiática, com sua população de 4 bilhões e apenas 120 milhões de católicos. Desejamos que este congresso tenha demonstrado que muitos países e movimentos leigos estão prontos para trabalhar juntos para o crescimento da Igreja nessa vasta região. Para aqueles que desejam ler um pouco mais sobre o Congresso, o si te é: www.laity. kr. O si te está em inglês, língua oficial do Congresso. Jan Peter Ra ton Casai Lígaçao da Zona Eur~ !l ERI
A LOUCURA DO PAR S-LO GPONT Foi na nossa segunda reunião de pilotagem que tomamos conhecimento da Peregrinação ParisLongpont e da sua origem, alguns dias antes de ela acontecer. Sem muito hesitar decidimos participar. Para muitos, uma verdadeira loucura caminhar tanto assim no frio, CM450
a noite inteira. Um pensamento nos fez lembrar as palavras de São Paulo na sua primeira carta aos coríntios (1,18): " a mensagem da cruz é uma loucura para aqueles que se perdem, mas para nós que somos salvos é um poder de Deus." Assim, 150 "loucos" 7
partiram em caminhada, tendo o Padre Fréderic Gatineau como conselheiro. A cada parada, uma bela reflexão, seguindo um roteiro carinhosamente elaborado. Ficamos surpresos de ver pessoas de todas as idades, sobretudo os de bem mais idade, cuja presença nos estimulou a vencer o cansaço. O ano sacerdotal nos fez caminhar em intenção principalmente de todos os padres de nossa Igreja. Nesta verdadeira "oração do corpo", uma bela lua cheia nos proporcionou uma iluminada noite de caminhada. E nosso conselheiro aproveitou para meditar sobre Maria, nossa Mãe que, como a lua, nos ilumina e mostra o caminho, refletindo a luz de Deus, nosso Sol. E na homilia da missa de chegada nos fez refletir que cada etapa dessa caminhada corresponde a momentos de nossa espiritualidade e de nossa fé . Partindo do centro de Paris com sua agitação de um sábado à noite podemos pensar na perseverança da fé diante das coisas efêmeras e os chamados do mundo que nos fazem desviar do verdadeiro caminho. Passando pelas belas e agradáveis paisagens dos grandes parques, pensamos nos momentos de alegria, quando é fácil sentir a presença de Deus em nossas vidas . Ao contrário, caminhando pelas estradas escuras com seus sombrios galpões industriais, pensamos nos momentos difíceis pelos quais passamos, onde é difícil conservar a fé , a confiança em Deus, 8
sentir Sua presença e não desistir, sentando-se à beira do caminho. Felizmente, nesse momento difícil sentimos a importância de não caminhar sozinho: é a força de Deus que chega a nós através das pessoas que caminham conosco. Coparticipando essa maravilhosa experiência na nossa reunião de equipe seguinte , tivemos a felicidade de saber que nossos irmãos de equipe estiveram conosco em pensamento e oração! Nós também, percorremos o caminho rezando igualmente por eles. E um outro apoio veio de longe para os peregrinos. Eles não sabiam, mas orações vieram do outro lado do Atlântico. Meus pais equipistas no Brasil e sua equipe, bons conhecedores da vida do Padre Caffarel, não conheciam esta tradicional peregrinação e logo se alegraram em descobrir mais uma iniciativa iluminada do nosso fundador. Apesar da diferença de fuso horário, eles caminharam conosco em espírito desde nossa partida de Paris e rezaram por todos nós, peregrinos . Foi em todas essas pessoas, do Brasil e da França, que nós pensamos e rezamos , principalmente nos momentos de cansaço quando as pernas suplicavam clemência. É esta comunhão em espírito que nos fortalece e nos empurra a caminhar rumo a Longpont e rumo à vontade de Deus. Enfim , estamos prontos a cometer outras loucuras desse tipo! • Silvana e Guilherme Eq.l 07- Setor B Versalhes-França CM 452
BRASÍLIASANTUÁRIO DE VIDA E AMOR É sempre importante enfatizar que o XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, a ser realizado em Brasília (DF) , em julho de 2012, será o primeiro Encontro fora da Europa e fora de um ambiente de santuário mundialmente conhecido. Participar de um encontro em um destes santuários cria em muitas pessoas uma motivação toda especial, pois esperam poder falar com Deus de um modo mais próximo, por meio dos fenômenos que caracterizam aquele lugar. Muitos vão esperando poder contemplar o "sobrenatural" a partir daquele santuário. Mas, e Brasília? Que manifestações poderão ser encontradas para sentir a presença de Deus, para crer que Ele está neste lugar? CM 452
Semanalmente, milhares de pessoas vêm a Brasília, seja por motivos políticos, econômicos, diplomáticos, culturais, profissionais, ou, simplesmente, por turismo. Mas, há pessoas que vêm por motivos religiosos! Brasília, como a capital do Brasil, também é uma cidade conhecida mundialmente e representa um patrimônio histórico da humanidade, em função de seus projetas arquitetônicos e urbanísticos. A Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição Aparecida é um destes espaços públicos que compõe esse arranjo urbanístico harmônico da Esplanada dos Ministérios, e que termina com a Praça dos Três Poderes e suas respectivas sedes. Tudo isto nos põe diante de Deus e nos comunica sua presença, 9
principalmente quando as pessoas se reúnem em seu nome e contemplam sua criação. Existe alguma razão especial para que o Brasil, e mais especificamente Brasília, fosse escolhido como a sede do XI Encontro Internacional? Não se trata de uma região de risco para a realização de um encontro desta natureza, por não ser uma cidade-santuário? Dois aspectos podem ser lembrados para justificar a escolha do Brasil e de Brasília. Brasília pode ser equiparada e vista como um santuário para os brasileiros, como fora Jerusalém para os judeus. E, certamente, Jesus há de dizer que Ele é o Templo, o Santuário vivo, que está em todo lugar, de modo especial no meio de Seu povo que se submete à sua vontade. Jesus, numa certa madrugada, depois de um dia inteiro de curas, levantou-se e foi rezar num lugar deserto. Os discípulos foram à procura de Jesus, pois mais pessoas queriam ser curadas por Ele. Mas, Jesus disse: Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim. (Me 1, 29-39) Brasília, como a sede do XI En-
contra Internacional das ENS, deve ser preparada por todos nós como um majestoso santuário, que estará convidando todos os equipistas a se tornarem discípulos missionários do Evangelho e a levarem essa Boa Nova para todos os lugares deste nosso mundo cada vez mais globalizado. Nossos olhares- e dos equipistas de todo mundo -deverão convergir para Brasília. Que Nossa Senhora Aparecida, padroeira de Brasília e do Brasil, nos mostre o modo de abrir nossas mentes e corações ao poder do Espírito de Deus e nos ajude, pela nossa participação no Encontro e em alguma equipe de serviço, a demonstrar que estamos contribuindo efetivamente para a construção do Reino de Deus. Sejamos, cada um de nós, um "tijolo" deste santuário que é Brasília. Vamos nos preparar para exercer a acolhida e a hospitalidade, tão características do povo brasileiro, pois as esperanças do mundo equipista e cristão estarão convergindo para Brasília em julho de 2012 . • Mariola e Elizeu Eq.03 - N. S . das Famílias Casa/ Adjunto do Responsável pela Comissão Julgadora Brasília-DF
Acesse o site oficial do XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora:
www.brasilia2012.com.br
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EACRE 2011
PROVÍNCIA LESTE nP.gíC!o Rio I Participamos do EACRE da Região Rio I. Nesses quase 20 anos de equipistas já participamos de mais de 15 EACREs. Achávamos que estávamos indo para mais um fim de semana tipicamente carioca com os termômetros perto de 40°C. Fomos surpreendidos por algo diferente. Já na acolhida o calor superou a dos termômetros. O EACRE foi desenvolvido em um clima de aprofundamento do tema "Formação, para amar e servir como Jesus", do lema "Sede, pois, imitadores de Deus como filhos amados" e da "Revitalização da Reunião de Equipe". A presença do casal da SuperRegião Brasil, Cida e Raimundo, foi um presente que recebemos . Participaram com simplicidade, mas CM 452
sempre com profundidade e conteúdo. Suas apresentações, colocações e sugestões enriqueceram a todos. Fica claro que, pertencendo às ENS, o tempo para o conhecimento mútuo é secundário. A fraternidade aflora assim que começamos a trabalhar juntos e passamos a ser irmãos de muito tempo de convívio. Momentos de muita emoção com a despedida do CRR da Rio 1: Foi apresentado um flash com todos os eventos durante os últimos 3 anos e meio que, além de sensibilizar a todos, mostrou o quanto foi feito. O transcurso de todo EACRE: palestras, reuniões de grupo, café e celebrações foram em clima de muita alegria e partilha. Em todos os momentos pudemos sentir o amor e dedicação dos casais ao Movimento, sendo manifestado no que
chamaremos de "fogo interior". Com a paixão do serviço é, sim, possível sermos imitadores de Deus. "Sejam santos, porque eu, Javé, o Deus de vocês, sou santd' (Lev 19,1) . Como Casal Responsável, sou inquilino do Movimento ou construtor? Excelente pergunta para fazermos em nossas equipes de base. Qual a nossa missão? O estudo do livro "Reunião de Equípe" permitirá que, durante o ano, façamos uma revisão e o aperfeiçoamento de nossas reuniões. Impressionou-nos positivamente o número de novos casais jovens participando, confirmando um processo de renovação que garante a continuidade do Movimento. Finalizando, não participamos de mais um fim de semana em nossa caminhada com irmãos , mas, sim, de um EACRE - ENCONTRO ANUAL DE CASAIS RESPONSÁVEIS DE EQUIPE, com formação, informação e repasse das orientações que irão nos ajudar na caminhada para nossa santificação, durante 2011. Eliana e Tadeu Eq 12- N S. da Conceição Rio de Janeiro-RJ
••• Região Rio IV "Quando dois ou mais estiverem reunidos em Meu nome, E:. es a ·ei no meio aeles. E Cristo estava presente nos dias 12 e 13 de Fevereiro no auditório lotado do Colégio Salesianos em 12
Niterói. Com as presenças dos Casais Responsáveis de 2011 , Casais Ligação, SCEs e AET, Casais de Setore do Casal Regional, realizou- se o EACRE da Região Rio IV A Celebração de abertura foi presidida pelo Padre Rogério, SCER, e fomos agraciados com a inspirada presença do Pe. Miguel Batista, SCE da Super-Região Brasil, que presidiu a Celebração de Domingo, Orações da Tarde e Envio, além de proferir uma palestra especial sobre a participação dos SCEs e AETs em nosso Movimento, realçando a complementaridade dos sacramentos da Ordem e do Matrimónio que as ENS proporcionam. Padre Miguel foi um capítulo à parte em nosso EACRE. Seu bom humor contagiante, e sua paixão explícita pelas ENS, entusiasmaram a todos os presentes. Foram passadas as orientações do Movimento para o ano de 2011 , dando sequência ao círculo de reflexão iniciado em Lourdes em 2006, "Equipes de Nossa Senhora, comunidades vivas de casais, reflexo do amor de Cristo" . Fechando com o Tema: "Formação, para amar e servir como Jesus" , e com o Lema: "Sede imitadores de Deus, como filhos amados" . Nesse ano daremos ênfase à FORMAÇÃO dos equipistas, assunto abordado pelo Pe. Rogério, SCE da Região. Decidiu-se por não destacar a vivência de nenhum PCE especificamente, como nos anos anteriores, para que todos devam ser vividos de forma plena. Foram abordados ainda os CM 452
temas: "Testemunho - Disponibilidade ao Serviço", "XI E! de Brasília", "Enfoques e Carta Mensal", "Contribuição" e "Campanha da Fraternidade", além do testemunho e apresentação dos Movimentos das CNSE e das EJNS. Nosso Encontro aconteceu em um clima leve e descontraído, as mensagens foram passadas com clareza e eficiência. Tivemos momentos especiais de animação, confraternização, e reuniões de grupo, onde todos puderam sentir a unidade do Movimento em sua pluralidade , Setores diferentes , cidades e hábitos diferentes, mas no fundo a percepção de que somos todos casais buscando a santidade. Com uma Celebração de Envio profunda em sua simplicidade , fomos todos para nossos lares, famílias e Equipes com a música CM450
ainda entoando em nossas cabeças "O mar é Deus e o barco sou eu" .. . Somos esses barcos após o EACRE, com lemes e velas firmes , prontos para conduzir nosso Movimento por mais esse ano que se inicia. Maurzcra e Gustav > EQ. 05 N S. de(, JJdai JP NrtPr ,; lU
••• PROVINCIA NORDE=STE
Os EACREs da Província Nordeste foram iniciados pela Região Sergipe num clima de muita expectativa, pois a grande maioria dos CRE exerciam a missão pela primeira vez. O EACRE da nossa Região aconteceu nos dias 15 e 16 de janeiro, em Aracaju, com a participação dos Setores Nossa Senhora 13
Aparecida, Itabaiana, Aracaju "PI' e "B", e das Equipes Distantes de Carira, com a presença de 67 casais e 5 SCE)Acompanhantes Espirituais. A abertura e apresentação dos Objetivos do EACRE, feitas pelo Casal Responsável pela Região, Dilma e Paixão, convidaram os equipistas a abrirem o coração e a mente para acolher os ensinamentos ali repassados. O Casal Responsável da Província Nordeste, Eneida e Álvaro, abrilhantou com sua presença o nosso Evento, repassando as Orientações para 2011 , quando enfatizou a necessidade de formação nos Setores e na própria equipe de base, como um meio de crescimento do casal, e de uma Formação Integral, uma vez que não vivemos duas vidas paralelas, uma espiritual e outra "secular", como bem salienta a Encíclica Christifideles Laici (59) . Proferiu , também , uma palestra sobre "O Sentido de Pertença , Unidade e Responsabilidade nas ENS" que, com certeza, nos conscientizou, ainda mais, do que é "ser equipista". 14
OSCE Pe . Flávio Negromonte apresentou o Tema de Estudo para 2011 , "Formação, para Amar e Servir como Jesus", fazendo um resumo de cada capítulo, despertandonos para o maravilhoso conteúdo do texto base deste ano que se apresenta como uma chamada para o crescimento do casal equipista em todos os sentidos. No flash sobre a Campanha da Fraternidade, o SCE Pe. Anderlan falou sobre a sua origem e sua relação com o período quaresmal alargando nossos conhecimentos sobre o assunto assim como nos motivou para vivermos a proposta para 2011 : Tema "Fraternidade e a vida no planeta" e Lema "A criação geme em dores de parto". Foram apresentados flashs sobre o XI Encontro Internacional, no Brasil, com a divulgação da "Campanha Empresários Equipistas", motivando a todos equipistas para a participação nesse evento, que será realizado, pela primeira vez, fora da Europa; a Contribuição nas ENS, enfocando o método de cálculo e o seu destino; o Processo da Causa CM 452
da Beatificação do Pe. Caffarel; ENS/ SCE - Testemunho apresentado pelo Pe. Juarez, que falou da alegria de participar da grande família das ENS e testemunhou que a vida de equipista o levou a vivenciar, também, os PCEs e a partilhar essa vivência dentro da Reunião Mensal como forma de Ajuda Mútua, o que tem contribuído para o seu Ministério; o Testemunho Disponibilidade ao Serviço; além da apresentação do Vídeo com o testemunho de D. Nancy. A participação de Sacerdotes e Acompanhantes Espirituais nas Celebrações Eucarísticas e nos Flashs apresentados fez com que sentíssemos mais a complementaridade que existe entre esses dois Sacramentos: a Ordem e o Matrimónio. Os momentos de reflexão em grupos foram de grande contribuição pela troca de experiência e pela vivência da comunhão entre os equipistas.
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Durante esse final de semana celebramos a Unidade do Movimento, ouvimos palestras, refletimos sobre nossa caminhada preparando, assim, os CRE para animar a sua equipe de base e com ela viver, no corrente ano, as orientações e ações a realizar. Ao final, fomos enviados para, através do caminho que é Jesus, seguirmos cumprindo, cada vez mais, a nossa missão de casais comprometidos com a maturidade espiritual e a dar o testemunho do Sacramento do Matrimónio. IXQO
CR Regtao Sergtpe
••• PROVÍNCIA NORTE
C?es No dia 12/02 , bem cedinho, os novos CRE eleitos, dirigiramse ao Cenóbio da Transfiguração, no Município de Castanhal, onde
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se realizou o EACRE. Ouvíamos muitos comentários sobre a beleza do lugar, mas sinceramente, superou nossas expectativas. Lá, estávamos em paz com a natureza e com o Criador (cf. João Paulo II) , convivendo de forma harmoniosa, testemunhamos que é possível preservar a natureza, onde o céu e a terra se entrelaçam através da Eucaristia (cf. Bento XVI) . E foi nesse lugar belíssimo que participamos do EACRE. Muitos irmãos, sacerdotes e leigos estiveram participando, e com muita sabedoria procuraram repassar tudo o que precisávamos ouvir e assimilar para a missão de Casal Responsável de Equipe durante o ano em curso: Tema de Estudo, Orientações para 2011 , Campanha da Fraternidade, Celebrações, XI Encontro Internacional, apresentação do vídeo de D. Nancy Moncau, momentos culturais com belas e criativas animações, e tantos outros momentos, vivenciados de forma intensa pelos participantes. Somente a bondade de Deus
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poderia proporcionar momentos tão importantes para a vida do casal e de forma especial para o casal em missão. Temos certeza de que, iluminados pela luz de Cristo, através dos irmãos, assumiremos a missão com fé e alegria, ajudando-nos mutuamente para crescermos na fé em direção ao Reino definitivo. Dirce e Mourão CR Eq.l5- N. S. da Gloria Belém-PA
••• PROVÍNCIA SUL 11 Região Centro III
Nos dias 5 e 6 de fevereiro, foi realizado na cidade de Brotas, o EACRE da Região Centro III, Província Sul II com os setores: Brotas!forrinha, Dois Córregos e Jaú A e B. Mais uma vez, fomos privilegiados por participarmos de ri quíssimos momentos de formação. Nosso EACRE foi sem sombra de dúvidas emocionante para a vida do equipista. Poucos são os
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acontecimentos com tanta carga de espiritualidade, amor fraterno e animação. No convívio das dezenas de casais sente-se nitidamente a força do Espírito Santo. O céu azul e o clima excelente, não só no ambiente externo, mas também no interno, um espaço aconchegante preparado com muito carinho para receber os equipistas. Iniciamos com a celebração Eucarística, cujo ponto forte foi o fato de cada casal usar um avental, onde se encontrava escrita a palavra "servir", num ato de serviço ao outro. Muito nos enriqueceram as palestras do Pe . Celso (Jaú) , que falou do livro Tema que iremos estudar este ano; o Pe. Edson (Dois Córregos) , sobre a Campanha da Fraternidade e o testemunho do nosso SCE, Pe . Sandra (Brotas) , sobre a importância de ser Sacerdote Conselheiro Espiritual. As colocações foram muito ricas e nos grupos as trocas de experiências, onde pudemos pôr em comum as reflexões e de como vivenciamos os Pontos Concretos de Esforço. As palestras atingiram integralmente seus objetivos como as liturgias e Celebrações Eucarísticas. Para nossa alegria, no encerramento do EACRE, nosso Bispo D. Paulo Sérgio, da Diocese de São Carlos, esteve presente e realizou a celebração conosco; em breves palavras manifestou sua simpatia pelo nosso Movimento e parabenizou nosso SCE e pároco Pe. Sandra, e nossa comunidade pelo belíssimo trabalho na construção do Recanto Paroquial "Nossa Senhora das CM 4!>0
Brotas", um local privilegiado para retiros e encontros. Diante de tudo podemos afirmar: "O Senhor fez em nós maravilhas". a CR Eq. N S. de Guadalupe
Brotas-SP
••• PROVÍNCIA SUL III Regra
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St.
Nós estamos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora há quatro anos. Iniciamos na Experiência Comunitária, depois fizemos a pilotagem e atualmente estamos no segundo ano como Equipe 23, Setor B, que nos propôs um desafio: responder ao convite de Deus e ser o Casal Responsável em 2011 . No início, ficamos um pouco receosos para saber se estávamos preparados para sermos um casal exemplo, assim como ficamos ansiosos em buscar uma forma para promover o crescimento da equipe e não decepcioná-los. No entanto, com a participação no EACRE, percebemos a verdadeira dimensão do Movimento. Foi possível analisar os objetivos com maior profundidade, assim como as exigências e esforços requeridos. Em contrapartida, foi muito bom presenciar como todo este empenho vale à pena, pois os casais do colegiado refletem alegria, amor, cumplicidade, união e uma ligação muito forte com Deus, reflexo de uma longa caminhada no Movimento, caminhada que promoveu este crescimento espiritual. 17
Os nossos receios foram diminuindo a cada palestra, a cada testemunho e momentos de oração vivenciados no EACRE. Para nós , a participação no EACRE foi um verdadeiro presente da Providência Divina, porque
nos permitiu perceber como é importante investir para se tornar um exemplo vivo de um casal das Equipes de Nossa Senhora. Cristiane € C'Janquini CR Eq. N. S. do Perpétuo Socorro Curitiba-PR
2011 TEMA:
Formação, para amar e servir como Jesus LEMA:
Sendo, pois, Imitadores de Deus, como filhos amados
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RELATÓRIO É COISA SÉRIA A cada ano, casais de todas as equipes do Movimento vi venciam a experiência de ser Casal Responsável de Equipe (CRE) ; muitos deles, pela primeira vez . No exercício desse serviço, tanto os "calouros", como os que já o vivenciaram, têm a oportunidade de participar mais ativamente da vida do seu Setor. As responsabilidades próprias do serviço, a convivência com outros CRE e Casais Ligação (CL) , a participação no Pré-EACRE, nos Colegiados do Setor e no Encontro Anual de Casais Responsáveis de Equipe (EACRE) , entre outros, dar-lhes-ão uma visão mais ampla do Movimento. Será uma oportunidade de demonstrar mais amor por sua equipe e pelo Movimento. O relatório mensal é uma das atribuições do Casal Responsável de Equipe. Sobre ele, faremos esta pequena abordagem. O Estatuto das ENS, ao tratar das Estruturas das Equipes e do CRE, assim inicia sua referência ao relatório: "Cada mês envia ao seu 'Casal de Ligação' o relatório das atividades de sua Equipe". O manual do Casal Responsável de Equipe, no capítulo terceiro, também trata do assunto: "A primeira providência do CRE, logo após a reunião, será elaborar um Relatório, simples, objetivo e esclarecedor com relação ao desenvolvimento da reunião". Ele é; pois, objeto de grande importância. E coisa séria. No relatório, serão salientadas as cinco partes principais da reunião CM450
(oração, partilha dos PCEs, coparticipação, tema de estudo e refeição). Abordará também, outros pontos e as atividades desenvolvidas pela equipe, no período entre uma reunião e outra, como: reunião preparatória, leitura da Carta Mensal, oração pelo Movimento, contribuição, participação nos eventos, noite de oração, atuação do conselheiro e os que se fizerem necessários. O relatório é escrito, e não identificará confidências, caso se refira a alguma. O relatório não é uma fiscalização. É uma constatação. Ele é importante na vida do Movimento. É através dele que os casais Ligação e Responsável do Setor acompanham o crescimento das equipes e sentem as suas necessidades, podendo, assim, desenvolver ações de incentivo ou de correção de rumos. É com base nos relatórios dos Casais Responsáveis de Equipe, que o Casal Responsável do Setor prepara o seu, que, por sua vez, será entregue ao Casal Responsável da Região. Independente do estágio de desenvolvimento das comunicações, é importante que o relatório seja entregue, pessoalmente, pelo CRE ao CL, dentro do prazo estabelecido pelo Setor. O ato da entrega é uma oportunidade a mais que ambos terão para trocar ideias, prestar esclarecimentos e melhorar o relacionamento pessoal. r ~ Bartolomeu Eq.B - S. Desatadora dos Nos Jaboatao PE
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UMA IDEIA A SER SEGUIDA Maravilhoso! Esta é a palavra certa para o PRIMEIRO ENCONTRO DE EX-CASAIS RESPONSÁVEIS DE SETOR E REGIÃO - RS II, que aconteceu em Santo Antônio da Patrulha, no dia 21 de novembro de 2010. Neste Encontro vivemos e experimentamos a alegria, a emoção, o abraço saudoso e caloroso daqueles que um dia dividiram conosco a responsabilidade frente ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Revivemos nossa caminhada, partilhando com os presentes as alegrias e dificuldades de um tempo que jamais será esquecido. Um tempo de servir, um tempo em que
aprendemos através do Movimento a amar e acolher profundamente a presença de Cristo em nossas vidas. A qualidade da riqueza dos testemunhos dos casais que já responderam ao chamado do Senhor enriqueceu e animou a todos que ali estavam dispostos a dividir e acolher o outro. Cheios de gratidão, temos plena certeza de que as graças recebidas de Deus e de Maria Santíssima se fazem presença em nossas vidas. "O Senhor faz em nós maravilhas e Santo é o seu nome". • lviaria nes (do Vitor) Eq.02- N.S. da Gloria Osório-RS
UMA RESPOSTA "E para agir em fidelidade à vontade de Deus, precisamos ser capazes e tornarmo-nos cada vez mais capazes . Sem dúvida, com a graça do Senhor que nunca falta, como diz São Leão Magno: "Aqueles que vos deu a dignidade vos dará a força!"; mas também com a colaboração livre e responsável de cada um de nós" . (Christifideles Laici, 58)
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CONFRATERNIZAÇAO DE CONSELHEIROS ESPIRITUAIS Entre os muitos trabalhos pastorais que o Senhor Deus colocou na vida dos Sacerdotes, está o de ser Conselheiro Espiritual das Equipes de Nossa Senhora. A presença do Sacerdote Conselheiro Espiritual tem um valor teológico fundamental junto às Equipes: a união do Sacramento do Matrimónio, que dá a vida natural, e o da Ordem, que é a presença santificadora de Jesus para a comunicação da vida espiritual. Há muito tempo as Equipes de Nossa Senhora vêm espalhando esperança neste mundo que pouco nos permite sonhar, mas, segundo D. Hélder Câmara, "bem-aventurados os que sonham , porque levam esperança a muitos corações e correm o doce risco de ver o seu sonho realizado". Nas Equipes de Nossa Senhora, o Sacerdote Conselheiro Espiritual "torna presente o Cristo, cabeça do corpo" (Sínodo dos Bispos, 1971), exercendo funções importantes e sagradas, como ensinar, santificar, aconselhar; promovendo pelo seu testemunho a pregação da Palavra de Deus e sabedoria, uma
experiência espiritual à Equipe , ajudando seus casais a serem verdadeiros focos de luz. É por este e muitos outros motivos que casais da Região Goiás-Sul se reuniram com vários dos seus Conselheiros e Acompanhantes Espirituais no dia 09/10/2010, para confraternizar com alegria esta relação sagrada, que completa e transforma nosso Movimento num meio de santificação dos casais que buscam a cada dia atender o plano de Deus. Somos agradecidos a Deus por fazer parte deste Movimento e por termos ao nosso lado Conselheiros e Acompanhantes Espirituais que, com seu amor, dedicação, carinho e preocupação nos acompanham nesta caminhada rumo à santidade. Pedimos a Cristo que ilumine e abençoe cada um dos nossos Conselheiros e Acompanhantes Espirituais e que Nossa Senhora esteja presente em todos os momentos das suas vidas, animando-os mais ainda na fé e perseverança em Deus. lá•
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A EQUIPE EM NOSSAS VIDAS Há uma década fomos convidados a participar das Equipes de Nossa Senhora. Éramos casados há 05 anos, não tínhamos filhos, mas tínhamos a certeza de que queríamos construir nossa família sobre a "rocha". Assim, aceitamos o convite, mesmo sem saber, ao certo, como era o Movimento. A partir do "sim" tivemos agradáveis surpresas. Iniciaram-se as reuniões mensais, as quais sempre foram um valioso alimento. Passamos a melhor conhecer a Deus. Nosso Conselheiro Espiritual sempre demonstrou verdadeiro amor cristão por nós. Além de nos ensinar conhecimentos teológicos e filosóficos , ensinou-nos a paciência, a caridade e o amor. O mesmo ocorreu com os demais casais. Alguns ficaram pelo caminho; outros se juntaram quando já caminhávamos. Hoje, todos querem prosseguir, mesmo diante das dificuldades. Num mundo de relativismos, onde cada um quer ter "sua verdade", somos companheiros numa incessante busca de melhor conhecer a Deus, melhor servi-lo e melhor amá-lo. Muitas foram as situações de ajudas mútuas e de gestos concretos. Todas, só foram possíveis porque estávamos reunidos "em nome" de Deus. Recebemos muito das Equipes de Nossa Senhora. Nela nasceram nossos filhos. Voltaram para o Pai muitas pessoas queridas em nossas vidas. Perdas e ganhos sempre partilhados. Dividimos tristezas e multiplicamos alegrias. Momentos inesquecíveis 22
foram vivenciados: Retiros que nos modificaram para sempre; Partilhas que jamais serão esquecidas. Como é bom podermos contar com os companheiros Equipistas! Como é bom dizer "sim" aos convites de Deus! Para nós, é um privilégio estarmos de quando em quando, a convite do Pai, reunidos pela força do Espírito Santo. Dentro da Equipe, pudemos crescer muito como ser humano, talvez, porque não dizer (sem nenhuma pretensão e certos de que toda inspiração vem do Espírito Santo) que, por vezes, nos sentimos um pouco mais Santos!? Isso ocorre em pequenas atitudes enquanto casal e enquanto pessoa (indivíduo). A partir do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, pudemos entender que o sofrimento experimentado por cada um de nós em dimensões diferentes, nos traz oportunidades de crescimento e que se aceitarmos com amor por intermédio da Graça de Deus, conseguiremos provar a inesgotável fonte de Amor Verdadeiro. Pela caminhada dentro do Movimento, pudemos entender que, se não fiZermos o bem para o qual fomos criados, nos frustraremos. Podemos, hoje, entender que só temos uma opção: Amar ou Amar. Assim, nos é prometido na 1a Carta de São João: "E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele" (I Jo, 4 ,16). CM 452
Um novo convite se coloca. Em 2012 teremos o XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora em Brasília, capital deste gigante e belo Brasil, outrora chamado Terra de Santa Cruz. Certamente, aos que lá forem , não voltarão iguais. A presença de Cristo, aos que se reúnem em seu nome, permite que passemos a enxergar com os olhos do coração e, então,
vermos um mundo diferente, entendendo melhor nossos desafios e assumindo com vigor nossa missão evangelizadora. Vinde e Vede! (Jo 1, 39). Que essas amorosas palavras vos encontrem na verdadeira paz de Cristo Jesus! • Adriano e S 'rgio Eq. N. S. Rarnha da Paz Assis-SP
A GRAÇA DE COMPLETAR UMA EQUIPE Entramos nas Equipes por Deus e ficaremos nela, por Deus! Se depois de algum tempo percebemos que entrar nas Equipes é um chamado de Deus, não é assim no início. Até descobrir que é a Graça agindo, fomos frequentando a pilotagem, conhecendo os casais maravilhosos da Expansão e do Setor. Pouco a pouco nos apresentaram as Orientações de Vida, os PCEs, a Mística e a história. Começamos a entender, então, que estávamos diante de uma obra grandiosa e a pensar se daríamos conta. Fomos apresentados aos irmãos da equipe 92 , a qual completamos. Muitas vezes nos questionamos se estávamos à altura deles, já com 11 anos de caminhada; se seríamos aceitos; se aprovariam nossa companhia. Assim, em meios às várias dúvidas, fomos nos achegando: "qual a diferença entre partilhar e coparticipar? Os PCEs são um exercício que se pode optar por fazer ou não fazer? Uma Equipe que exercita a ajuda CM 452
mútua demonstra concretamente que o amor fraterno tem uma excepcional fecundidade em sua volta, que o mal toma um caminho para longe e o deserto passa a florescer?" É esse o estado dos que acabam de chegar: com medos , dúvidas e aflições, mas com muito mais vontade de pertencer. Conhecendo melhor os que já estavam na equipe há 11 anos, tivemos a constatação de que não sabiam o que era ser casal sem as Equipes de Nossa Senhora e , principalmente, sem a presença de Deus em suas vidas conjugais. A busca pela santidade através do outro se fez presente desde o "Sim" dado diante do altar e às Equipes. Segundo relatos, muitos foram os desafios ao longo da caminhada destes casais; na maioria das vezes, o "Dever de Sentar-se" os ajudaram a superá-los e, melhor, dividiram as experiências com a equipe, mesmo tendo casais novos presentes. Finalmente nos descobrimos 23
importantes, porque a chegada de um novo casal foi fundamental para "oxigenar" e renovar a Equipe, a relação dos mais experientes com a dos novatos foi fator de crescimento na vivência da responsabilidade e na ajuda mútua. Só temos a agradecer a oportu-
nidade de fazer parte das Equipes de Nossa Senhora e por pertencer à equipe 92, fonte de conhecimento em Deus, amizade, fé e ao serviço dos valores da família. • Mari/da e João Eq. 92- N.S. Schoenstatt Rio de Janeíro-RJ
EQUIPES, ESSÊNCIA DO AMOR FRATERNO E COMPROMISSO CRISTÃO Irmãos equipistas, nunca deixem morrer a essência que move e reina na sua equipe de base , a interpessoalidade, a confidencialidade da partilha e coparticipação. Nunca deixe esfriar o calor das reuniões, a vontade de se reunir, de viver os momentos bons de louvor a Jesus, a reflexão da vida em casal sempre voltado para a família. Nunca deixe de ir às reuniões de equipe, pelo cansaço, desânimo, preguiça, pelos filhos pequenos. Infelizmente , sempre a reunião mensal é o único compromisso que pode se alterar na agenda, não se alterando, contudo, o dia do jogo do time favorito, finais de novelas, filme inédito, churrasco com os amigos etc., etc ... Lembre-se de que fomos nós mesmos que aceitamos a proposta das Equipes de Nossa Senhora. Volte ao passado: o primeiro encontro, o convite, a aceitação, a preparação, os novos amigos, a experiência, a pilotagem, a apresentação das demais equipes, a primeira reunião da equipe já formada , a 24
primeira missa mensal, o primeiro encontro de nossos filhos, a disponibilidade do Conselheiro Espiritual, os momentos não bons superados pela coparticipação. Lembra-se? Reflita no seu coração o tempo bom que foi poder se reunir com pessoas, que trilham para o longo caminho da santidade e plenitude divina. Reflitamos o quanto cresceu nossas vidas em casal e em família a partir do ingresso no Movimento. Se acharmos que não houve crescimento algum, talvez isso aconteça, não culpemos o Movimento, culpemos o nosso comodismo e nossa falta de compromisso. Não nos esqueçamos dos PCEs, fruto e criação do iluminado Padre Caffarel , os quais nos oferecem a oportunidade de rever e refletir nossa caminhada pessoal, casal , familiar e espiritual e que no seu aprofundamento nos eleva à espiritualidade conjugal. • Margarete e Rubínho Eq. 31 - N. S. Mãe do Carmo São José do Rio Preto -SP CM 452
CRISTÃOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS EQUIPISTAS Título bem pomposo, mas muito bom para pensarmos e descobrirmos o que cada palavra significa e o que representa para nós. Somos equipistas, mas, antes de sermos membros das ENS, somos cristãos católicos apostólicos romanos. Somos cristãos, porque fomos batizados um dia, quando criança ou já adulto. Recebemos a filiação divina e nos tornamos membros de uma comunidade cristã católica, para participar dela, não somente se fazendo presente nas missas dominicais, mas, sobretudo, atuando nas pastorais e obras assistenciais. Como batizados, recebemos a missão de anunciar o amor e a vontade de Deus, com as nossas atitudes e comportamentos; denunciar a injustiça, vivendo a verdade; e celebrar um novo modo de entender Deus e o irmão, indo ao encontro deles e fazendo comunhão com ambos. Ficamos muito contentes com as orientações da atual Equipe da Super-Região Brasil para 2011 , descritas na carta mensal de novembro. A orientação que mais nos chamou atenção foi o pedido e o incentivo desta Equipe a nos formarmos na doutrina cristã católica. Quando assumimos a função de CRS em junho de 2006, elaboramos o nosso plano de metas e enfatizamos a necessidade de todos os membros das equipes conhecerem, estudarem e aplicarem na vida diária a doutrina cristã católica, cujo CIVI 452
conteúdo está principalmente no Catecismo da Igreja Católica e nos documentos da Igreja. Nós, equipistas, sendo pessoas que conhecem e aplicam uma pedagogia coerente voltada para o casal cristão católico, devemos conhecer muito bem a doutrina católica. Não convém sermos "analfabetos" neste assunto. Por isso, é urgente a necessidade da formação constante nesta doutrina tão bela, que nos fortalecerá como equipistas e cristãos. As Equipes de Nossa Senhora têm em seu bojo seis prioridades, e uma delas é "Presença no Mundd'. .::~.
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ça cristã no mundo, é preciso nos comportarmos e agirmos como Jesus. Para isso temos que conhecer, entender, aplicar e testemunhar a doutrina cristã católica verdadeira. Quanta riqueza existe nesses documentos! O Movimento tem nos oferecido um pouco desse conhecimento nas Sessões de Formação II. Contudo. elas não abrangem I
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Em vista disso, conclamamos todos os membros das Equipes a mergulhar com entusiasmo no estudo do Tema deste ano. ·lia c Pauto Eq. 02C N. S Apar< cid'l
N!tero1-RJ 25
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RETIRO Frequentemente, esse meio de ·aperfeiçoamento é-nos colocado como um dever. Por isso, ficamos perguntando: Para encontrar Cristo é preciso ir a um retiro? Não é na nossa vida cotidiana que Cristo nos fala, que nos interpela? Não é na oração ou na prece espontânea em que Ele se manifesta? Ele não está presente no nosso dia a dia, em todos aqueles que encontramos diariamente: o nosso cônjuge, os nossos filhos, aquele colega de serviço que nos enerva, aquele vizinho em dificuldade? Por que, então, devo ir ao retiro? Pensando um pouco, podemos afirmar que o retiro é uma parada para repousarmos junto de Cristo. É um tempo de férias com ele, para respirar fundo, refazer as nossas forças e voltar depois sempre com ele, para a missão que ele nos confiou, entre os homens, nossos irmãos. É o próprio Cristo que nos convida a participar deste retiro, pois, está escrito no evangelho: "Os apóstolos se reuniram com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Havia aí tanta gente que chegava e saía, ª-tal ponto que Jesus e os discípulos não tinham tempo nem para comer. Então Jesus disse para eles: 'Vamos sozinhos para algum lugar deserto, para que vocês descansem um pouco ' . Então foram sozinhos de barca, para um lugar deserto e afastado" (Me. 6 ,30-32). Sabemos que, às vezes, no nosso dia a dia, não temos tempo nem para comer. Vivemos atarefados, 26
correndo e sempre cansados. Assim, quando surge a oportunidade de participarmos do retiro, esquecemos o convite de Cristo e começamos a apresentar justificativas para não fazê-lo: pregador chato, o silêncio, as más acomodações, o cansaço etc .. Não deixemos que a tentação de não participar do retiro acabe prevalecendo. Talvez seja esta a última oportunidade de nos colocarmos à escuta do Senhor. Quem sabe? Por isso, já que somos privilegiados, vamos nos esforçar para que todos façam o retiro. Para que ninguém perca a oportunidade de, interrompendo a atividade diária, ir repousar alguns dias em companhia de Jesus e Maria. O Espírito sopra onde quer, desde que estejamos disponíveis e prontos a acolhê-lo. Não vamos deixar que Cristo nos repreenda como repreendeu os apóstolos no Getsêmani (Mateus, 26, 40) : "Voltando para junto dos discípulos, Jesus encontrou-os dormindo. Disse a Pedro: ' Como assim? Vocês não puderam vigiar nem sequer uma hora comigo? '" Não vamos, portanto, deixar que ele nos fale: Como assim? Durante todo este ano (365 dias - 8 . 760 Horas) você não pôde passar dois dias (48 horas) comigo? Que nenhum de nós deixe de fazer o retiro este ano. Afinal, é Cristo quem nos convida a estar com ele. • Dóris e Adalberto Eq. lA - N.S. de Fátima Jaú-SP CM 452
O DISCÍPULO DE CRISTO E A PRESERVAÇAO DO PLANETA Este ano, a CNBB propõe como tema de reflexão para o tempo quaresmal o fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas: "Fraternidade e a vida no planeta". É um assunto que se encaixa muito bem com o nosso tema de estudo: "Formação, para amar e servir como Jesus". Nossa vida cristã é um processo contínuo de conversão, de luta cotidiana contra o pecado. Infelizmente, conhecemos, e bem, o poder destruidor do pecado; e como ele está destruindo nosso planeta, degradando os bens da natureza. Por isso, "a criação geme como em dores de parto" (Rm 8, 22) , clamando por cuidados com seus distúrbios climáticos. É, portanto, parte integrante do discipulado cristão um relacionamento equilibrado com o meio ambiente . Aliás, é uma dimensão da ascese cristã. O uso das realidades criadas para o nosso sustento e sobrevivência é imprescindível. Porém, é necessário resgatar a sobriedade no consumo dos bens necessários à vida e evitar os desperdícios e degradações do ecossistema. Nossa sociedade contemporânea, em função de um desmedido consumismo, perdeu a sabedoria da vida simples. O "homo sapiens" tomou-se "homo consumens". Desde muito cedo, as pessoas são orientadas a se tornarem grandes consumidoras, muitas vezes perdendo a capacidade de discernir entre o necessário e o supérfluo. Uma vez formado esse CM 452
"homo consumens", suas necessidades se tornam cada vez maiores. Para ele, o supérfluo torna-se conveniente, e o conveniente, necessário. Portanto, ao "homo consumens", egocêntrico e compulsivo pelo 'ter' mais do que pelo 'ser', escravo das necessidades, se faz necessário, através de uma sadia ascese, contrapor o "homo serviens", isto é, o homem disposto a fazer de sua existência um serviço de amor ao próximo e à natureza, capaz de cultivar com alegria um estilo de vida simples, solidário e comprometido com a vida no planeta. O manual da CF 2011 apresenta algumas atitudes simples que servem de referência para o processo ascético de transformação do "homo consumens" em "homo serviens". Essas atitudes são denominadas de os "dez mandamentos do amigo do planeta". São eles: só jogue lixo no lugar certo; poupe água e energia; não desperdice; proteja os animais e as plantas; proteja as árvores; evite poluir seu meio ambiente; faça coleta seletiva do lixo; só use produtos biodegradáveis; conheça mais a natureza; enfim , participe ativamente do esforço pela preservação de nosso planeta (cf. Manual da CF 2011 , pp. 207-212) . Que a CF 2011 seja mais um estímulo em nosso processo de santificação. Um abraço a todos! Pr J Rou ._,r /au SCr Pror.,mcia Su/1 27
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LAVA-PÉS E O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO Culturalmente, o coração é a nossa central de geração, propulsão e difusão do nosso amor. À época de Cristo, os pés eram considerados como serviçais do corpo, portanto, sua importância era igual à de um escravo. E o que o "Lava-Pés", nessa passagem bíblica, tem a ver com o nosso Casamento, ou seja, com o nosso "Sacramento do Matrimônio?" Fazendo um paralelo, vamos observar que tem e, em muito, a ver. Pois, Jesus Cristo, ao lavar os pés de seus discípulos, deu como exemplo a mais profunda humildade . Em vez de servir a um "senhor", o que dava "status" e era também uma honra para o escravo, foi servir a um escravo do corpo, ou seja, lavar
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os pés de seus discípulos para nos conscientizar da importância do serviço. Isto posto, podemos nos questionar antes de passarmos para o nosso dia seguinte: para isso, como Cristo, "vamos nos levantar de nossa mesa, depor as nossas vestes, e pegar uma toalha e cingir-se com ela. Em seguida, deitar água (amor) em uma bacia (coração) e lavar os pés de nosso cônjuge e enxugá-los" (Jo 13, 4-5) . Somente na prática desse gesto é que podemos tomar parte e interagirmos na vida um do outro. Do contrário, como disse Jesus a Pedro: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo" (Jo 13, 8). E, ainda, disse Jesus: "Se eu, vosso
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Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros" - cônjuges (Jo 13, 14). "Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós" -com o vosso cônjuge (Jo 13, 15). Como está o nosso "LavaPés" como vivência no nosso Sacramento do Matrimónio? Estamos servindo ou estamos sendo servidos? Humildemente, já nos curvamos diante de nosso cônjuge para lavar os seus pés através do nosso sim diário, da nossa disponibilidade, da nossa abnegação, do nosso gesto de carinho e de fraternidade que tem a doçura de um lava-pés, em Cristo? O nosso diálogo é carinhoso ou nos limitamos somente a ouvir e não o escutar, pois, não podemos ignorar que aquele que somente ouve faz com que a palavra entre por um ouvido e saia pelo outro enquanto que, naquele que escuta, a palavra entra pelos ouvidos e desce para o coração. Afinal, estamos ouvindo ou escutando nosso cônjuge, aquele que escolhemos para todos os dias de nossas vidas? Quando e de que forma lavamos os pés um do outro? Fazemo-lo como Cristo fez, exercendo e aprofundando a convivência com amor, ternura e carinho ou somente, mais uma vez, cumprimos o contrato, a tabela? Para acontecer o nosso "LavaPés", precisamos confiar em nós mesmos e no nosso cônjuge. Assim, ao falarmos de atitudes das quais não gostamos ou com que não concordamos, evitaremos que o clima reinante em nosso dia a dia manifeste falta de amor ou desarmonia CM450
no matrimónio. Em suma, fazer um "Lava-Pés" respeitando o modo de pensar do outro através de um diálogo franco, constante e aberto respeitando nossas limitações e nossas mudanças, sejam elas espirituais, físicas ou psicológicas, por certo, nos ajudará a viver eternamente apaixonados. Para alcançarmos os nossos objetivos, sem dúvida, precisamos aprender a lidar e a dialogar muito, face essas mudanças. Para alcançar nossos objetivos, precisamos aceitar a nós mesmos, enxergar nossas limitações, procurar melhorar a cada dia. Além disso, precisamos aceitar também o nosso cônjuge e o que não podemos mudar. De posse dessa consciência, devemos nos questionar sempre diante dos PCEs, sobre nossas atitudes e ações de como estamos nos comportando com o nosso "LavaPés" diante do outro, se buscando sempre que ele se sinta valorizado, pertencido e amado, de tal forma, que o façamos acreditar verdadeiramente no seu cônjuge e que sinta confiança absoluta, fazendo-o sentir-se respeitado nos seus valores e suas convicções. Enfim, para crescermos ... , pensemos: até onde estou sendo digno do meu cônjuge, figura e expressão máxima da imagem de Cristo? A nossa vida conjugal tem transmitido valores, ou a futilidade e o vazio têm sido mais fortes ou mais importantes no nosso "Lava-Pés"? wn: ::~r Eq 02 B N. S das Vrtoruh Bra ./la DF29
ESPIRITUALIDADE DA SEMANA SANTA A liturgia da Semana Santa ajuda-nos a permitir que Jesus entre em nossas vidas. Ele mesmo diz: "Estou à porta e bato. Se alguém me abrir a porta, entrarei e permanecerei com ele e cearemos juntos" (Ap 3 ,20). Ao abrir os braços na Cruz, o Irmão Primogênito se fez Mestre do amor, como ele mesmo dissera, pouco antes, aos discípulos: "Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos" (Jo 15,13). Na Semana Santa, acompanhamos o Mestre no amor-sofrimento e aprendemos dele a confiar em Deus, que transforma a morte em ressurreição. A Semana Santa não é considerada pela liturgia como dias de luto e de pranto, mas dia de amorosa contemplação do sacrifício de Jesus, fonte de nossa salvação. A Igreja não faz funeral , mas celebra a morte vitoriosa do Senhor. É a vitória sobre a violência, sobre a maldade humana, sobre o egoísmo e sobre tudo o que impede o ser humano de aceitar livremente o amor de Deus e sua vontade. Por isso, fala de "bem-aventurada" e "gloriosa" paixão. Esta liturgia concorre para adentrarmos na história de abandono do Filho de Deus, que por sua obediência e fidelidade nos releva o amor: aquele amor que tem origem entre o Pai e o Filho e sua realização histórico-eclesial na unidade dos fiéis. A morte de Jesus é a compaixão amorosa de Deus por nós e sua decisão de levantar-nos da miséria 30
e da escravidão do pecado. É a perfeita misericórdia de Deus pelo ser humano. Ele morreu no abandono, no desprezo e na dor mais terrível, para que jamais ninguém se sinta abandonado por Deus, nem na vida e nem na morte. Mediante qualquer sofrimento que possamos apresentar, sempre ouviremos sua resposta: "Estou com você. Sei o que você está sentindo, porque experimentei até o fundo a dor e a morte". A Igreja, em sua pedagogia evangelizadora, nos encaminha para a cruz de Cristo, onde encontramos as cruzes de nossos irmãos. Não devemos cultivar a tristeza como se fosse uma virtude dos heróis, mas precisamos reconhecer o sofrimento dos irmãos para descobrir a necessidade de nossa solidariedade. Devemos ir até as bases de nossas dores, para destruir suas raízes mais profundas. Se não tocarmos as razões secretas das maldades, não conquistamos a vitória da bondade. A espiritualidade da Semana Santa nos leva às trevas das dores, pedagogicamente, para conquistarmos a grandeza da alegria pascal. Esta semana abre-nos o caminho do discipulado. A pedra é retirada, somos libertos do túmulo do pecado e entramos com Cristo na liberdade da ressurreição. O próprio Cristo leva-nos a ouvir sua voz que ressoa nos Evangelhos, dirigida a seus discípulos e discípulas de todos os tempos: "Chamo-vos amigos porque vos comuniquei tudo o que recebi CM 452
Pe· G.lmar Antonro Fernandes Margotto SCE Sao Pau lu Norte 1 Prot moa
do Pai" (Jo 15,15). Hoje, o Senhor conta com nosso corpo, com nossa vida, com nossa voz, com nosso amor e com nossa compaixão, para continuar comunicando o Evangelho a toda a criatura.
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Deus nosso Pai, quando criou o mundo, imaginou um "lugar perfeito", e quando criou o Homem e a Mulher, imaginou "a criatura certa", para cuidar desde mundo, principalmente pelo fato de o homem ser o único ser vivo dotado de inteligência. Porém o homem foi evoluindo, e a mãe terra foi absorvendo todas estas evoluções , e com elas as mudanças. Agora, depois de muito tempo, estamos vivendo em meio a esta situação toda, em que o homem é o único responsável. Junto com a evolução, veio a exploração em demasia dos recursos naturais , renováveis e não renováveis, a destruição da natureza em nome do crescimento e da modernidade, e a criação agora geme as fortes dores do parto, e o ciclo se completa, e o homem sofre por causa da exploração que o próprio homem causou. Diante disto, cabe nos perguntarmos: O que é que eu tenho a ver com isto? A resposta é: TUDO. Em nossa pequenez, não podemos resolver todos os problemas ambientais do planeta, mas ficar de braços cruzados, também não. CM 450
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Despertar a consciência ecológica, tomando atitudes simples, realizadas em nosso dia a dia, faz toda a diferença se somadas às demais, como por exemplo: separar o lixo reciclável do orgânico, acender a luz somente quanto necessário, controlar o consumo da água em nossa casa, saber utilizar a água para as higienizações da casa e do corpo, não jogar lixo na rua, comprar materiais de madeiras de áreas reflorestadas, imprimir somente os papéis necessários, deixar o carro na garagem, quando possível, não jogar o óleo de cozinha, pilhas e baterias usadas utilizadas no meio ambiente, levando-o aos postos de recolhimento, entre tantas outras coisas. Estes pequenos exemplos acima, se adotados como regra de vida, serão uma pequena gota d'água no oceano, mas, se não fizermos, ninguém o fará por nós. "Toma homem como testemunhas contra vós, o céu e a terra: eu vos proponho a vida e a morte, a bênção e a maldição. Mas escolhes a vida para que vivas" (Dt 30,19). J
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ENCONTRO NACIONAL DE MOVIMENTOS JUVENIS "Jovens discípulos, vidas unidas em missão"
De 3 a 5/12/10 tivemos a graça de participar do 1° Encontro de Movimentos Juvenis promovido pela CNBB em Mariápolis (Vargem Grande-SP) , que contou com quase 300 jovens de todo o Brasil. O evento começou com uma procissão desfilando as flâmulas dos diversos Movimentos até a Igreja, onde o Cardeal D. O dilo Pedro Scherer (São Paulo) celebrou uma belíssima Missa, juntamente com diversos bispos, padres e diáconos. Logo após, aconteceu o lançamento do site do Setor Juventude - SJ - da CNBB (www.jovensconectados.org.br) , que foi resultado de extensa pesquisa entre os jovens e com o slogan "Venha, Veja e Anuncie!", e servirá como um 32
canal para a divulgação de toda a ação evangelizadora da juventude brasileira. No sábado, após a Missa presidida pelo Bispo D. Antonio Carlos Altieri (Caraguatatuba- SP) , o Bispo D. Eduardo Pinheiro (Campo Grande-MS) apresentou o objetivo do encontro: "discipulado e unidade". Em seguida, tivemos dois importantes momentos de formação. No primeiro, D. Altieri explanou sobre o Documento 87 da CNBB- Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil - que apresenta a importância de contemplar o cotidiano do povo brasileiro, o voltar às fontes da fé e indicar os caminhos a serem trilhados. CM 452
Posteriormente, D. Eduardo apresentou o Documento 85 "Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais" - que mostra a grande relevância que a Igreja dá para essa causa e a proposta de unidade dos diversos movimentos juvenis, representada pelo SJ, destacando cinco pontos: missão da Igreja - a evangelização; desafios - o jovem e seu comportamento; a firmeza nas convicções; a clareza de metas e as opções pedagógicas - pontos para nova evangelização. Esses dois momentos serviram de base para o ponto alto do encontro, quando grupos formados por jovens das diversas representações partilharam e debateram a importância do Documento 85 e sua inserção em cada movimento, buscando a unidade, mas sempre preservando seus carismas e objetivos específicos. À noite, voltamos à Igreja para Adoração ao Santíssimo Sacramento presidida pelo Bispo D. Bernardino Marchió (Caruaru-PE) . Foi um momento de agradecimento, união e pedidos para a juventude brasileira, além de os padres presentes atenderem confissões. Depois tivemos o tão esperado show da Banda Rosa de Saron quando, em formato acústico, os músicos contaram sua história e deram depoimentos, respondendo às diversas perguntas da plateia. No domingo, tivemos uma vídeoconferência com duas jovens da Espanha, sobre a Jornada Mundial da Juventude de Agosto/11 em Madri, destacando as expectativas CM 452
e questionamentos e de como os espanhóis estão se preparando para receber os jovens do mundo inteiro. Em seguida, D. Eduardo e Padre Sávio (Assessor Nacional do SJ) fizeram as considerações finais do encontro, reforçando o lema ·~ovens discípulos, vidas unidas em missãd'. "Participar deste encontro foi perceber o quanto Deus nos sonda. As missas, a adoração, a troca de experiências serviram como um grande alimento em meu coração. Sem dúvida, saí do encontro ainda mais fortalecido e perseverante no amor de Deus. Neste mesmo sentimento, diariamente, a Igreja convida cada jovem a renovar o seu "sim" . Não nos preocupemos com nada, mas estejamos confiantes e com o coração aberto para nos apaixonarmos por Jesus Cristo; depositemos Nele toda a nossa esperança" ( Júnior Responsável do Setor RJ). Os equipistas EJNS que estiveram presentes (cerca de 20) ficaram motivados a colocar em prática as ações do Documento 85 que ainda não estejam contempladas em nossos estatutos, bem como a vontade de, mais do que nunca, nos envolver com o SJ das nossas Dioceses. Em alguns setores isso já é realidade, mas precisamos desse envolvimento em nível nacional para cada vez mais sermos reconhecidos pela CNBB. Esse foi o primeiro importante passo, graças ao Padre Sávio, que é Conselheiro de nossa equipe. • Líuia Tamiris EJNS - N. S. da Guia Brasílía-DF 33
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"ECCLESIA'' -Não quer o Sr. vir falar a todas as nossas equipes reunidas? -Sobre que assunto? Meu interlocutor reflete um instante, olha-me com um sorriso um tanto malicioso e responde : "Suponhamos, Padre , que o Sr. viesse a morrer no dia seguinte ao de nosso Encontro; que assunto gostaria de ter abordado uma última vez, antes de deixar os casais de suas equipes"? Fico agradecido a este equipista por uma tal resposta. Ela me obrigou, não somente a meditar sobre a morte, mas também a fazer desfilar na minha mente os assuntos que considero os mais importantes para serem abordados ante um auditório de equipistas: • a espiritualidade conjugal: caminho para Deus, próprio dos cristãos casados; • os Estatutos: o documento que dava ao Movimento, há já 25 anos, a sua orientação espiritual, a sua estrutura, os seus métodos; • a equipe , vitória da caridade: objetivo de tantas equipes; • a psicologia dos pequenos grupos: quais as condições para que um grupo efetue a sua coesão e mantenha o seu impulso para o objetivo visado; • o aprofundamento da fé: nestes tempos em que se acha tão ameaçada; • a missão das Equipes de Nossa Senhora na Igreja de hoje. 34
Cada um destes assuntos, um após outro, pareceu-me impor-se como essencial. Finalmente optei por outro. Na véspera da morte, dispondo de pouco tempo, não podendo tudo dizer, é preciso deixar um testamento espiritual, considerações que abordem o essencial. E decidi falar no significado cristão de uma reunião de equipe. Explico-me. A reunião de uma equipe não deve ser definida apenas pela sua estrutura, seu espírito, a amizade de seus membros, o desejo de fazer dela uma etapa na procura de Deus. É preciso reconhecer antes de tudo a sua substância sobrenatural e o seu mistério. Com efeito é, ou deveria ser, uma realidade toda diferente de uma reunião simplesmente humana. Podemos compreendê-la a partir dos versículos de São Mateus: "Se dois ou três, com efeito, se reunirem em meu Nome, eu estou no meio deles" (Mt. 18,20). "Assim, digo-vos, em verdade, se dois dentre vós, na terra, unirem as suas vozes para pedir o que quer que seja, isto lhes será concedido por meu Pai que está nos céus" (Mt. 18, 19). Há aí, em meio a esses casais reunidos numa sala, a intensa presença do Ressuscitado, vivo, atento a todos, amando cada um tal como é, com seu mal e o seu bem, ansioso por ajudá-lo a ser tal como Ele o quer. Ele está ali, como na noite da Páscoa, no cenáculo de Jerusalém, quando apareceu de repente aos CM 450
olhos destes outros equipistas: os apóstolos. Soprou sobre eles, dizendo: "Recebei o Espírito Santo". E tornaram-se homens novos. Jesus Cristo, em meio aos casais, não deixa de insuflar o seu Espírito. E aqueles que se abrem a este Sopro - é pouco a pouco que aprendemos a fazê-lo - tornam-se os homens deste Espírito. E a reunião se desenrola, animada pelo Espírito. A estes homens e a estas mulheres que , no final de uma penosa jornada, chegam às vezes esgotados, angustiados pelas suas preocupações, o Espírito comunica a dupla paixão de Cristo: sua impaciência pela glória do Pai, sua ardente e doce piedade por essas multidões "que são como ovelhas sem pastor". Acabo de mencionar, não aquilo que sempre acontece, mas sim o que deveria ser. Porquanto uma reunião de equipe que não é, antes de tudo, esforço em comum para encontrar Jesus Cristo, é outra coisa muito diversa de uma reunião de equipe de Nossa Senhora. Encontrar Jesus Cristo, isto quer dizer, antes de tudo, estar à escuta daquele que sabemos estar ali presente. Ora Ele nos fala através das Escrituras - por isso amamos a Palavra de Deus. Ele nos fala pelos ensinamentos que a Igreja pouco a pouco elaborou, na sua meditação da Bíblia. Ele fala do fundo do coração deste irmão ou desta irmã, mas é preciso muitas vezes compreender além das palavras. Ele fala de diferentes maneiras através da reunião, mas é preciso ainda ter um "coração (1\11450
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q,ue escute", segundo a expressão da Bíblia. Ele fala para transmitir a cada um as suas confidências, para revelar o seu Pai e o grande desígnio de seu Pai, para convidar à conversão Uamais acabamos de nos converter) , Ele fala para nos lançar em socorro dos outros ... Ele fala, e tem-se a impressão de que é bem difícil pôr tudo isto em prática. No entanto, Ele não se contenta em falar; transforma aqueles que confessam a sua fraqueza, dandolhes o mesmo Espírito de Força que fez de pequenos camponeses da Galileia infatigáveis testemunhas do Salvador. Mas toda a questão está aí: ides considerar tudo o que acabo de dizer como elevações piedosas e edificantes, ou como Realidade da reunião de equipe? "Será feito na medida de vossa fé": o que dizia ao povo da Palestina, o Cristo vo-lo repete no início de cada reunião. Tempo houve, nas Equipes de Nossa Senhora, e foi um tempo de grande vitalidade para o Movimento, em que se falou muito do que se chamava "a pequena ecclesia". Esta palavra, ecc/esia, era muito apreciada porque tinha o mérito de bem assinalar o caráter original de uma reunião de cristãos, em nome do Cristo Jesus. Não falava São Paulo da ecdesia que se reunia em casa de Áquila e Priscila, casal ao qual estava ligado por afeto profundo? E se me perguntassem o que me autoriza a designar com o mesmo termo - ecclesia -seja a grande Igreja de Jesus Cristo, seja uma pequena reunião de fiéis, responderia, se 35
impossibilitado de desenvolver mais longamente o meu pensamento: o pequeno grupo cristão é verdadeiramente uma célula da Igreja. Ora, a célula vive da vida do corpo: em cada célula de meu corpo, minha alma está toda ela presente e viva. Da mesma forma, em cada célula da Igreja, em cada ecc/esia, a alma da grande Igreja está presente, viva,
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impaciente por dispensar e desdobrar todas as suas virtualidades de santificação. Que salto para a frente dariam nossas equipes, se todas assimilassem plenamente estes aspectos sobre a reunião! E se os vivessem! • f'h;n 1j I Editorial da Carta Mensal no 4 Junho de 1973
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Durante a nossa peregrinação a Lourdes, eu palestrava com um peregrino enquanto me dirigia para a gruta. Meu interlocutor exprimia-me sua admiração pelas excelentes qualidades das relações que se tinham estabelecido no trem .. . Estava admirado, mas sem compreender o porquê do fenômeno . A explicação que lhe dei, vou repeti-la aqui: .. . Homens que amam a Cristo, possuídos de uma prodigiosa confiança mútua, revelam uns aos outros a vida deste amor que vive neles - as alegrias, as penas e as aspirações que ele gera ... Há mais. Realiza-se a promessa de Cristo : "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome estarei eu no meio deles" . Mas às vezes acontece que a misteriosa Presença se tra i: a paz, a alegria, a luz das relações não podem ter outra explicação. Não é semelhante qualidade de amor que explica a sedução exercida pelas primeiras comunidades cristãs em torno delas? " Vêde como se amam! " , admiravam-se os pagãos. Ainda hoje, depois de vinte séculos, sua influência nos atinge. A ambição de nosso Movimento é instaurar no seio de cada equipe e em cada lar essa qualidade de relações humanas. Oração em comum, auxílio mútuo, espírito comunitário, troca de opiniões: outros tantos meios postos à vossa disposição para vos permitir um encontro, uma união no nível espiritual "em nome de Cristo", "em Cristo" . A tentação será muitas vezes de se manter unicamente no plano da amizade humana; é preciso reagir incessantemente: a amizade cristã é conquista difícil. O "dever de sentar-se", a preparação do tema de estudo, são outros meios, desta vez oferecidos aos esposos, para que também eles possam encontrar-se nesse plano espiritual, em Cristo. É inegável a utilidade desses socorros. Texto extraído do Livro : O Amor e A Graça, Pág. 239 Pe. Henri Caffarel
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Quando lemos o Evangelho segundo João, no início, já constatamos que Jesus, o Verbo, antes de sua encarnação, estava junto de Deus ; era Deus (cf. Jo 1,1) . Sua vinda não era dada ao acaso. Tinha uma missão: fazer a vontade daquele que o enviou. Eis que vim para fazer a tua vontade (Hb 10,9). E a vontade daquele que o enviou era que nenhum que o visse se perdesse e acreditando nele teria a vida eterna (cf. Jo 6,39-40). O desejo de Deus em Jesus Cristo era aproximar de nós na medida em que nos aproximássemos de Jesus. Aquele que me vê, vê Aquele que me enviou (Jo 12,45) ; Eu e o Pai somos um (Jo 10,30). Jesus é o Verbo que, com sua encarnação, nos traz Deus e nos leva a Ele. Analogicarnente, podemos dizer que Jesus é a ponte que nos une a Deus e vice-versa. Não que Deus estivesse afastado de nós, mas, o Povo de Deus, devido aos seus erros, ao não cumprimento das alianças, foi se afastando dele, até que, com a nova e eterna aliança: entrega amorosa de Jesus, na CM 452
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obediência ao Pai, nos resgatasse definitivamente para Ele . Jesus recupera em nós aquilo que tínhamos perdido, o desejo das coisas de Deus. Ele veio a este mundo como luz, para que todos aqueles que nele creem, não fiquem nas trevas (Jo 12,46) , mas tenham a vida eterna, e sendo Ele luz de Deus nos incentivou a sermos luzes também, pois como tal, modificaria toda realidade de trevas (cf. Mt 5,14-16). E ainda. Sendo Ele o Verbo encarnado nos convida a acolher suas palavras que não são suas, pois não fala por si mesmo, mas são palavras daquele que o enviou. O que fala é mando de Deus (cf. Jo 12,48-49) . Jesus tem fala de formas variadas: nos fala através de seu modo de viver simples , ensinamentos de vida, cuidado com os pobres, amor incondicional na entrega absoluta, confiança no Pai.. . nos fala no cuidado com o homem todo e todo homem. Vós me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Se, pois, eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis, 37
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também vós, lavar-vos os pés uns aos outros; pois é um exemplo que vos dei: o que eu fiz por vós, fazei-o vós também (Jo 13,13-15). Jesus deixa claro o que devemos fazer, e, se praticarmos, seremos felizes (cf. Jo 13,17). Ele vai para céu. Voltando para o Pai, a missão fica conosco, Igreja de Deus. Somos enviados por Ele como o pai o enviou (cf. Jo 20,21). Mas não estamos sós, eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos tempos (Mt 28,20) e nos envia o Paráclito de junto do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai (cf. Jo15,26) . Quando vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá à verdade plena, pois ele não fala de si mesmo, mas dirá o que ouvir e vos comunicará tudo o que está por vir (Jo 16,13) , portando o Espírito dá testemunho de Cristo aos discípulos, e por eles ao mundo (cf. Jo 16,5-15). Os atos dos apóstolos nos apresentam isso. Até podemos dizer que os seus atos são os atos do Espírito. É a Igreja agindo sob a direção do Espírito de Deus. Na Igreja da Antioquia , por exemplo, certo dia, celebrando a liturgia em honra do Senhor, o Espírito Santo age. Paulo e Barnabé 38
são enviados para uma nova missão para anunciar a Palavra de Deus (cf. At 12,24-13 ,5a) . A ida deles não é uma iniciativa isolada, mas de uma comunidade que , obediente à inspiração do Espírito, se organiza e toma a iniciativa de uma evangelização sistemática ao mundo pagão. A missão dos dois "enviados especiais" é sinal, por um lado, da extraordinária vitalidade religiosa da comunidade e, por outro lado, da exata tomada de consciência da destinação universal do evangelho, que o cristianismo primitivo sente como tarefa sua (Missal Cotidiano) . Hoje, a difusão da Boa Nova de Cristo, que é de Deus, conta com todos aqueles(as) que se põem a serviço da Palavra onde quer que estejam. Como Igreja, devemos estar abertos à ação do Espírito de Jesus que nos comunica a vontade do Pai, que é sua vontade, e que a mesma seja conhecida e vivida nas famílias, escolas, meio jovem,.. . na sociedade toda. Assim, estaremos cumprindo nossa missão: tornar conhecido Jesus que nos revela Deus. • Pe. Luiz Paulo Fagundes, SDN SCR Setor A - Manaus SCR das Equipes 25 e 43 Manaus-AM CM 452
O PORQUÊ DA FORMAÇÃO Irmãos, a formação cristã leva o católico a conhecer a mensagem de Jesus. Ele comunica a revelação do Pai de maneira total, clara e definitiva. Formar-se na fé é conhecer a mensagem de Cristo. A Igreja tem nos transmitido a revelação cristã, manifestada em Cristo. Procura nos ensinar, ao longo dos séculos, a mensagem de Jesus , conforme Ele mesmo solicitou: "Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Esp írito Santo, e ensinando-os a observar tudo que ordenei a vocês. Eis que eu estou com vocês todos os dias, até o fim do mundo"(Mt.28,15). O conhecimento das verdades fundamentais de nossa fé oferece base para um compromisso cristão convicto e perene. Sustenta e alimenta a identidade, a espiritualidade e a missão dos cristãos no mundo de hoje.
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www.ens.org.br CM452
Por isso a formação deve ser um elemento integrante de nossa vida cristã. Deve ser permanente e dinâmica, de acordo com o nosso desenvolvimento pessoal, intelectual, espiritual e apostólico. Ela auxilia e fortalece nossa fé . Ajuda-nos em nosso encontro com Jesus. Favorece reconhecer, acolher, interiorizar e desenvolver as práticas e os valores que constituem a própria identidade e missão dos discípulos na Igreja e no Mundo. Auxilia-nos em nossa vida de comunhão. Torna nossa participação nas Equipes de Nossa Senhora mais consciente e ativa. E nos leva a colaborar com os nossos irmãos através dos nossos conhecimentos religiosos. Razão pela qual devemos valorizá-la, aproveitando os estudos sérios e atuais da fé , para poder continuarmos firmes em nossa caminhada humana e cristã na cultura contemporânea. O segredo da felicidade é conhecer e ir ao encontro de Jesus. • Gifv, na e Marcos Eq.Ol-N.S. das Graças Luziânia-DF
MERGULHO EM ÁGUAS PROFUNDAS "Quanto tempo levaremos para perceber e para viver em profundidade e com consciência, o carisma das ENS?" Buscar a santidade do casal antes era um assunto nem mesmo citado em nossas conversas de casal. Com a entrada no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, pudemos compreender que nosso casamento é composto não mais por dois. Somos nós e Cristo, com muita fé . Já é um grande passo de consciência e luz para seguirmos em frente . Mas aí queremos mais e nos perguntamos: em qual profundidade podemos chegar? Podemos, então, nos comparar a um mergulhador iniciante que não começa mergulhando em águas profundas. Há um aprendizado anterior. É feito com moderação, mas muito cuidado, amor e atenção (leitura da Palavra). Começa-se a mergulhar até dez metros de profundidade, sentindo o novo ambiente, respeitando o que foi aprendido, mas desejando ir além (Meditação) . Quando se volta à superfície, pondera-se, pergunta-se, adquirem-se novos conhecimentos, observa-se e assimila o bom exemplo de quem já é mais experiente. Confia na sua própria capacidade de mergulhar em águas mais profundas e pede-se a proteção do Pai (Oração Conjugal) para que nada lhe aconteça de mal. Novo mergulho e desta vez mais profundo. Novas experiências e descobertas que só a fé e a vontade de mudança podem 40
permitir (Regra de Vida) . Já de volta à superfície, avaliamos o mergulho, se cometemos erros, o que fizemos de ótimo e assim fortalecemos os conhecimentos para seguirmos na estrada do Bem (Dever de Sentarse). Depois de muitos mergulhos é hora de descansar o corpo e colocar fogo na alma para imaginar novos desafios, talvez em outros mares (Retiro) . Para nós, assim é quando vemos a placa indicando "santidade do casal", que o carisma da ENS nos mostra. Fazemos as práticas de um bom mergulhador novato. Sempre dispostos a aprender mais com os exemplos de Cristo, colocando estes exemplos em prática com a ajuda dos PCEs, absorvendo e transformando todo o amor que pudermos encontrar, em fonte de vida, como faz o mergulhador ao estocar ar no seu tanque para mergulhos mais profundos. O amor é o nosso ar e o coração de cada cônjuge é o tanque de oxigênio um para o outro, sempre perto e pronto para bombear o ar. Mas o melhor de tudo é que um mergulhador nunca pode descer em águas profundas sozinho. Tem que ter sempre um companheiro de viagem, um anjo que Deus escolhe para cada dupla e que antes de descer para águas mais profundas faz uma promessa que salva: "Cuidarei para sempre de ti". • Teima e Maurício Eq.Ol - N. S. da Divina Providência Goiânía-GO CM452
BODAS DE OURO Verônica e Ari
Com uma missa em ação de graças, no dia 03/09/2010, foi comemorado as Bodas de Ouro do casal na Igreja Nossa Senhora da Candelária, concelebrada pelos ex-SCE, Pe. Calíope , e o atual SCE da Equipe o Pe . Cidinei em Natai/RN .
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JuBILEU DE PRATA Às 20 horas do dia 30 de novembro de 1985, o Casal Piloto - Iracema e Ildeu - deu início à primeira reunião da recém-formada Equipe Nossa Senhora de Fátima, número 4 da Coordenação de Pouso Alegre/MG, ligada, então, ao Setor São José dos Campos. OSCE era o Padre José Dimas de Lima, que estava completando naqueles dias 4 anos de sacerdócio. Começávamos uma longa caminhada, cheia de alegrias e sofrimentos , ganhos e perdas. Às 20 horas de 30 de novembro de 2010, o SCE Dom Bento de Lira Albertin, OSB, iniciava a celebração C\1452
da Missa comemorativa do Jubileu de Prata da Eq.OlB- Nossa Senhora de Fátima, da Região Minas III, de Pouso Alegre. Concelebrando, estava o Mons . José Dimas de Lima. E, como era a Missa Mensal dos 3 Setores de Pouso Alegre, contou com a participação de vários casais equipistas. A chuva que caia lá fora indicava a fertilidade desses 25 anos. Vários casais passaram pela Equipe . Também vários Sacerdotes Conselheiros Espirituais deram suporte à Equipe nessa caminhada. Muitos filhos nasceram e cresceram durante esse tempo - muitos já se casaram e têm filhos e alguns também pertencem ao Movimento. Todos foram lembrados durante a celebração da Missa. O canto de entrada da Missa foi o Hino do Jubileu da Equipe, composto por Dom Bento e cantado por todos os casais da Equipe, cujo refrão é: "Vinte e cinco anos de graça e louvor I Vividos em equipe de fé e amor". Na Homilia, Dom Bento lembrou as primeiras palavras escritas no convite-roteiro da Primeira Reunião formal: "Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi para irdes e produzirdes fruto " (Jo 15,16). Ao final da Missa, uma grande surpresa: Dom Bento·leu para todos os presentes a Bênção Apostólica de Sua Santidade o Papa Bento XVI para a Equipe jubilar, conseguida por ele alguns dias antes. Nela o Santo Padre enaltece o papel do Movimento das Equipes de Nossa 41
Senhora no ressurgimento dos valores da família e do lar cristão e pede que o Espírito Santo faça das Equipes brasileiras fermento do Sacramento do Matrimônio na sociedade. Em seguida, todos assistiram nos telões da matriz a um pequeno filme contando a história da Equipe, com fotos dos casais que passaram pela equipe e de todos os que foram próximos da equipe e que já não se encontram mais conosco, um momento de muita emoção e saudade. Terminamos com todos os presentes rezando o Magnificai. ( Vera e Luciano, Eq . N. S. de Fátima, Pouso A/egre-MG)
•• • JUBILEU DE OURO S '~-C:::RDOTAL Festejamos com muita alegria, no dia 3 de dezembro, os 50 anos de vida sacerdotal do Padre Walter Brito Pinto. Filho de José Gomes Pinto e Mariana Brito Pinto, décimo filho (14 irmãos) , nasceu na cidade de Cruzeiro (São Paulo). Sua Ordenação foi dia 03/12/1960, tendo como lema de seu sacerdócio: "Coração de Maria esperança do meu sacerdócio" . Foi professor do Colégio São Luiz - SP e primeiro Pároco da Paróquia de São Luiz (SP). Trabalhou em Nova Friburgo- RJ. Em 1972, já em Belo Horizonte, foi Pároco na Paróquia Santo Inácio de Loyola. Em 1980 foi responsável pela Paróquia da cidade de Campo 42
do Meio; e , em 1983, esteve em Virgínia. No ano de 1986, foi para Roma trabalhar na Rádio Vaticano. Quando retornou ao Brasil esteve na cidade de Itamonte (MG) por 10 meses quando, a convite do Bispo Dom Roque , veio para Varginha trabalhar na comunidade de Sant' Ana, elevando-a, mais tarde (1991) , a Paróquia. Convocado a ser sacerdote de Cristo, homem humilde e de uma fé inabalável, tem caminhado lado a lado com o povo de Deus como um verdadeiro Pastor conduzindo suas ovelhas. Somos testemunhas vivas de sua dedicação e compromisso com as Equipes de Nossa Senhora. Sua presença nas Equipes é um estímulo para o nosso crescimento como casal e como Equipe . Como Conselheiro Espiritual tem nos orientado, à luz do Evangelho, animando-nos e fortificando-nos com seu profundo conhecimento cristão. Presença forte em todos os Encontros do Movimento; este é o"nosso" Conselheiro Espiritual: fonte de água pura, fonte de conhecimento, fonte de amor. Agradecemos a Deus por tê-lo colocado no nosso caminho. Deus o abençoe Padre Walter! Que o seu lema de Ordenação: "Coração de Maria esperança do meu sacerdócio" continue fortalecendo a sua vocação, iluminando o seu caminho de santidade e de esperança em Cristo, nosso primeiro sacerdote. (Dora e Domingos, Eq . Nossa Senhora do Rosário, Varginha-MG) CM 452
JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL ''Faça-se em mim segundo a tua Palavra" (Lc 1. 38). Missionário Sacramentino de Nossa Senhora, Padre Mundinho (foro abaixo) é Sacerdote Conselheiro Espiritual da Província Leste e das equipes Nossa Senhora de Guadalupe e Nossa Senhora da Eucaristia do Setor D em Belo Horizonte/MG . Nascido em 14 de maio de 1958 em Serranos, Minas Gerais, foi coroinha (Acólito) de
1966 a 1968 e recebeu a 1a Eucaristia em 06 de setembro de 1968 em Serranos. Recebeu o Diaconato em 06 de julho de 1985 na cidade Espera Feliz, o Presbiterato, em Andrelândia no dia 21 de dezembro de 1985, e celebrou a primeira Missa em sua terra natal, Serranos, em 22 de dezembro de 1985. "Pela graça de Deus, sou o que sou" (1Cor 15, 10). As comemorações do seu jubileu de prata começaram no domingo, dia 12 de dezembro de CM4::>0
2010, durante a Celebração Eucarística, na reunião do Colegiada da Província Leste. Foi feita uma homenagem emocionante ao final da celebração. Todos os equipistas subiram ao altar cantando e abençoando Padre Mundinho, que narrou toda a sua trajetória como sacerdote. No sábado dia 18/12, paroquianos, alguns equipistas e amigos celebraram na Igreja Matriz de Bom Despacho onde é o pároco. No dia 19/12 celebrou em Andrelândia e no dia 20 em Serranos, sua terra natal onde celebrou pela primeira vez. No dia 21/12, as comemorações foram em Belo Horizonte, na Paróquia do São Bernardo, onde foi pároco há mais de 1 O anos. Estavam presentes familiares , amigos , as Equipes Nossa Senhora de Guadalupe e Nossa Senhora da Eucaristia, casais do ECC, jovens e paroquianos de várias outras pastorais criadas por ele. (Vânia e Marco Aurélio, Equipe 04 D - N. S . da Eucaristia, Belo Horizonte-MG)
••• ORDENAÇÃO DIACO AI No dia 06 de janeiro de 2011, na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Campina Grande - PB, aconteceu a Ordenação Diaconal dos Seminaristas e Acompanhantes Espirituais das 43
ENS: Antoniel Batista - Eq . N.S. Rainha dos Apóstolos , José Aldevan Guedes Eq. N. S. do Rosário e Bruno Costa - Eq . N. S. das Dores (na foto, da esquerda para direita). Esta solene e festiva celebração alegrou a todos que compõem o Setor Campina Grande/Pocinhas - PB e , em especial, aos casais integrantes de suas equipes de base. Louvado seja Deus que não cessa de realizar maravilhas na vida
desses nossos irmãos e amigos! (Neide e Beta, Eq. 09- Rainha dos Apóstolos, Campina Grande-PB)
VOLTA AO PAI Adilson (da Toninha) -No dia 20.04.2010. Integrava a Eq.03 -N. S. do Rosário - Limeira/SP Le onardo (da Nazaré)- No dia 02/11/2010. Integrava a Eq.18- N. S. de Nazaré- Manaus/AM Maximino (da Cida)- No dia 12/ 12/2010. Integrava a Eq.02- N. S. do Rosário - Louveira/SP
José Rafael (da Ma Lúcia) -No dia 04/01/2011 . IntegravaaEq.01A - N. S. Auxiliadora- Pouso Alegre/MG Natal (da Sinízia)- No dia 14/01/2011. Integrava a Eq.04B- Nossa Senhora da Paz - Divinópolis/MG Regina Maria (do Plínio) -No dia 22/01/2011 . Integrava a Eq.07A - N. S. do Rosário- Taubaté/SP Benedita (do Antonio)- No dia 30/01/2011 . Integrava a Eq.01- N. S. das Famílias- S.J . dos Campos/SP Ma Falcão (do Wilson)- No dia 09/02/2011. Integrava a Eq .18- N. S. Rainha dos Apóstolos- Manaus/AM Cláudia (do Ednaldo) - No dia 20/02/2011 . Integrava a Eq. 038 - N. S. do Perpétuo Socorro -Aracaju/SE Josean (da Gilvania)- No dia 23/02/2011. Integrava a Eq. 04- N. S. da Vitória - Feira de Santana/BA
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EU CARREGUEI DEUS Que aventura para mim! Eu carreguei Deus. Ouvi de longe: "O Senhor precisa dele". De repente, todos se agitaram. As pessoas começaram a cantar: "Hosana! Hosana!" E eu carreguei Deus. É verdade que eu tinha ouvido dizer que Deus precisa dos homens, mas será que ele realmente precisava de um burro? No entanto, eu ouvi bem: "O Senhor precisa dele". E toda sorte de pensamento surgiu na minha cabeça, os mesmos pensamentos que ocorrem aos homens quando sentem sobre eles o olhar do Senhor. Eu pensava: não deve ser comigo. Há muitos burros por aí, maiores, mais fortes. Há também cavalos: seria bem mais adequados para carregar Deus. Eu me dizia: Ele vai ficar pesado, muito pesado este Deus, para o burrinho. Eu já tenho mais do que minha parte de fardos cotidianos. Por que não me deixa em paz? Eu me revoltava: É verdade que eu estou amarrado! Mas pelo menos, fico na sombra, protegido dos golpes CM 452
e das caçoadas. Eu não pedi nada. Quem é, afinal, esse Senhor, que importuna os que procuram viver escondidos? Mas eu tinha ouvido "O Senhor precisa dele" e entendi. "Preciso de você". Fazer o quê? Dizer o quê? Deixei que me desamarrassem, que me levassem. E ele, o Senhor dos Senhores, fez-se leve, manso, carinhoso, até que num certo momento cheguei a crer que não era mais eu que carregava Deus mas ele que me carregava. • CM Abril 1993
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PERSEVERANÇA Onde está aquele fervor do início? Como é bom encontrar pessoas entusiasmadas porque tiveram uma "trombada" com Jesus. Mal comparando, é como o encontro com aquela pessoa que você ama, aquela paquera, o início do namoro, aquele primeiro beijo. Você acorda pensando na pessoa, dorme pensando nela, não pode perder a oportunidade de encontrá-la novamente. O coração vai da barriga à garganta, bate forte. O encontro com Jesus é assim, um impacto em nossa vida. Não vemos a hora de encontrá-Lo na Eucaristia, de ir ao grupo de oração ou de jovens. Passamos horas lendo a Bíblia e em adoração, queremos que todas as pessoas que conhecemos experimentem o mesmo. Deus está tão próximo de nós que a sensação é de que estamos experimentando o céu, andando nas nuvens. É a manifestação do amor de Deus em nós, a maravilhosa ação do Espírito Santo, a qual não conseguimos explicar em palavras, como diz São Paulo "gemidos inefáveis (inexplicáveis)" (cf. Rom 8, 28) . Tudo isso é necessário para uma relação de amor e de entrega a Deus, no entanto, todo relacionamento amadurece e passa pela prova do tempo. Um namoro e também um casamento (aliança) são feitos de presença e ausência, de consolações e desertos. Digo isso porque não poucas pessoas que começaram na fé comigo, 46
hoje viraram as costas para Deus. E me pergunto: Por onde andam? Onde está aquele fervor do início? O que fizeram com as juras de amor a Jesus quando viveram aquela forte experiência com Ele? Aprendi que o segredo de uma caminhada em Deus está em uma palavra que faz toda a diferença: Perseverança. Este "apaixonamento" por Jesus vai amadurecer, as provas virão, o deserto vai acontecer. Os arrepios e as sensações do início desaparecerão e, entrar em oração com Deus será uma batalha interior. Pessimismo? Não, realidade. Porque fé não é feita de sensações, mas sim, de convicção. Deus não irá "blindá-lo" das tentações e das quedas na sua caminhada. Mas Ele não está interessado em sua queda, e sim em sua capacidade de se levantar, não importa quantas vezes isso ocorra. Perseverança significa "não importa o que acontecer, eu não vou desistir de Deus", tendo a consciência de que Ele jamais desistirá de mim. Se você se encontrou com Jesus agora, saboreie mesmo este tempo, deixe-O transformar a cada dia sua vida. Sinta o amor de Deus por você, deixe que o "homem velhd' e as coisas antigas morram, mas lembre que você está entrando numa guerra. Pode ser que, nesta sua nova caminhada, você perca algumas batalhas, mas não é o fim. Levante-se, confesse sua queda, entre mais uma CM 452
vez na batalha e a vitória se dará pela sua perseverança. Jesus disse que a palavra que cai na terra boa "são os que ouvem a Palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela
perseverança" (Lucas 8,15). E aí? Vai perseverar? • Texto de Daniel Machado Colaboração de Donízetí da Silvia Eq.09B - N. S. Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP I\
"A missão do casal cristão", que nos fala da esperança, parece boa ideia para um começo de ano. As palavras esperar e esperança podem ter sentido muito fraco de desejo, anseio. Mas podem também ter o sentido cristão forte: olhar para o futuro que importa, com tranquila certeza . Essa é uma atitude possível só para quem sabe que, enquanto depender da bondade e da promessa divina, encontrará a felicidade, o bem que deseja, mas ainda não tem. Essa força (nome mais claro para o que chamamos de virtude) da esperança vem de Deus, da vida nova que ele nos dá, e pela qual participamos de sua própria vida. Não vem de nós, de nossas forças ou esforços. Unidos a Cristo, vivemos uma vida nova, mas que é ainda apenas uma vida em semente, que só na vida eterna florescerá plenamente. Temos certeza que Cristo venceu o mundo, ainda que isso nem sempre apareça muito claro. Com paciência aguardamos o futuro que Deus nos reserva, confiados, sem pressa nem angústia, mas também sem a ilusão que as coisas se ajeitem por si mesmas. A esperança leva-nos à ação, para que vá acontecendo a salvação, a felicidade, agora de maneira parcial e depois de forma definitiva. CM 452
n/1.
De maneira absoluta, esperamos os bens divinos; e, de forma relativa, esperamos os bens terrestres; certos que Deus fará tudo reverter para nosso bem, mesmo o que chamamos de males. Essa esperança cristã pode também ser olhada como otimismo, bom humor, ímpeto, coragem, iniciativa, perseverança. A esperança é indispensável para o casal. Só uma esperança muito forte pode levar homem e mulher a assumir plenamente o casamento, a cultivá-lo, a assumir a fecundidade. A esperança é necessária para dar sentido à paternidade e à maternidade, para viver plenamente as etapas da sexualidade, para atravessar as estações da vida de casal e filhos, para curtir os netos, para viver a idade, para dar sentido à procura dos bens, para o trabalho, o progresso, a aposentadoria, para aceitar a viuvez e a morte, para esperar a plena realização do amor na eternidade. Afinal, na esperança é que o casal pode ser sinal de salvação e assumir sua missão na Igreja e no Mundo. Que os casais, como a família de Noé deixando a arca, desçam para semear alegres no mundo a esperança, um nome cristão para a vida. (texto extraído do livro "Casamento Resposta de Deus"- Pe. Flávio Cava/ca pp 2251226)
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A AUTORIDADE DAS PALAVRAS "A comunicação humana é uma das maravilhas que se perde tantas vezes na rotina da vida."
As palavras são códigos feitos de sons, de gestos ou grafias que representam algo mais íntimo dentro do ser humano. Por isso, o termo palavra nasce do conceito parábola, que é uma experiência de vida lançada aos outros para ser interpretada. Elas têm uma força que depende de quem fala e de quem a recebe e interpreta. A maravilha é que assim interagimos, trocamos experiências, nos construímos ou nos agredimos. Sabemos que as palavras ou gestos têm diferentes pesos. Existe muito papo furado que é benéfico para a descontração de nossa vida. Mas há também palavras que são vazias, porque as pessoas são vazias. O vazio das palavras se descobre na medida em que a gente percebe o vazio das pessoas. E, ao contrário, a autenticidade das pessoas confere um grande vigor às suas palavras e gestos. O Evangelho diz que Jesus ensinava com autoridade, pois ele fazia o que pregava. De fato, a força da palavra não está na sua forma externa, mas na experiência de vida que ela expressa. Por isso se diz que a palavra move, mas o exemplo arrasta. As palavras e gestos têm um poder mais construtivo e atuante na medida em que forem carregadas de amor e de bem querer por quem as pronuncia. Por isso a criança que nem sabe ainda falar, já identifica 48
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os gestos e palavras da mãe . E do outro lado também, aquilo que nos machuca por dentro é mais difícil de esquecer. A eficiência das palavras e gestos em última análise consiste em comunicação de vida. Assim, comunicar-se é um dom divino para os humanos, pois foi pela Palavra de Deus que tudo se fez. Em nossos gestos e palavras temos chance de comunicar vida. E haverá mais autoridade nesta comunicação se as palavras forem acompanhadas por nosso próprio esforço na busca do bem de todos. • (Texto do Pe. Márc1o Fabri - extraído da Revista Santuário de Aparecida) Colaboração do Diácono João Batista da Costa Eq. 09 N. S Auxiliadora Pindamonhangaba-SP CM 450
MEDITANDO EM EQUIPE A Paixão de Cristo foi um dos temas que mais marcaram a vida de São Paulo. Porém, ele não a encarava como um mero acontecimento histórico, que nada teria a ver com a sua vida pessoal. Bem ao contrário, a Paixão de Jesus mexeu e remexeu profundamente seu "ser inteiro: espírito, a alma e o corpo" (1 Ts 5,23). Emocionado, Paulo exclama : "Ele me amou e Se entregou a Si mesmo por mim" (GI 2,20). " Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (GI 6, 14). Geralmente, quando falamos em paixão de Cristo, só pensamos em sofrimento, flagelação e morte; Paulo, ao invés, quando fala, pensa em paixão mesmo, ou seja, no amor levado até as últimas consequências .
Escuta da Palavra em 1Jo 4, 7-21 Sugestões para a med itação: 1. Comente esta f rase : " Todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus" 2. De acordo com o texto, como se manifesta o amor de Deus por nós? 3. Como você entende esta afirmação : " Onde há amor não existe medo" 4. Que relação há entre amar a Deus e amar o próximo? Frei Geraldo de Araújo Lima, O.Carm .
Oração Litúrgica "Depois disto, que nos resta dizer? Se Deus está conosco, quem estará contra nós? Quem não poupou o Seu próprio Filho e O entregou por todos nós, como não nos haverá de agraciar em tudo junto com Ele? ... Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? ... Estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8, 31-39) .
ORIENTAÇÕES PARA 2011 (Carta Mensal n° 449 - Novembro 201 O- Pg. 23) ORIENTAÇÕES E AÇÕES 2. A Revitalização da Reunião de Equipe "Será que nossa Equipe de Nossa Senhora é uma "ecclesia", unida em torno de Cristo, que chama, que ensina, que forma e que sopra seu espírito sobre cada um dos membros da equipe, ou é um mero círculo de estudos ou uma reunião de amigos?" (Pe. Henri Caffarel) Ações a realizar Estudar o conteúdo do livro "Reunião de Equipe" Este documento vem atender a um anseio da ESR: Sendo "a Reunião de Equipe o ponto alto da vida de uma equipe e um meio poderoso para que cada um aprofunde a sua vida cristã"(RE), é inadiável e indispensável a sua revitalização através da revalorização de cada uma de suas partes. Aprofundar o conteúdo dos textos "Ecclesia" e "Testamento Espiritual" A (re)leitura destes textos, certamente, vai abrir o coração de muitos equipistas no sentido de reconhecer a substância sobrenatural e o mistério da Reunião de Equipe e encará-la como um espaço de formação, capaz de "desenvolver a capacidade de olhar para as pessoas e para o mundo com os olhos de Deus, a fim de se transformarem numa verdadeira comunidade de fé, uma pequena Ecclesia"(RE), assim como fez Jesus com os doze primeiros apóstolos, levando-os a abrir seu coração à compreensão da Boa Nova.
Equipes de Nossa Senhora
Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar, q 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br