.... ... ... .............. .. 01
VIDA NO MOVIMENTO Encontros de SCEs e Acompanhantes Espirituais .... ........ .... ......... ............... .. ... ..... ...... 20
SUPER-REGIÃO Palavra do SCE ... .. .. ... ................ ... ... ...... .. 02 "Vinde e Vede!" .. .. ..... ... .. . .... ................ ...... 03 Espírito Santo Templo do Amor Supremo ....... 05
DIA DOS PAIS Ser Pai Abraçados pela Luz de Deus! ......... 21
EDITORIAL Da Carta Mensal ....... .
CORREIO DA ERI Juntos Rumo a Brasília ... ..... ..... ... .......... ......... 07
HOMENAGEM AO PADRE Casais Cristãos no Dia a Dia ..... ........ ...... .. 23 Encontro dos Conselheiros Espirituais da Região São Paulo Capital 11 .... .............. 24 40 Anos de Sacerdócio dos Gêmeos .. ....... 25
XI ENCONTRO INTERNACIONAL A Comunicação no Encontro Internacional .... 11
TEMA DE ESTUDO Imitadores de Deus ... .. ... ................. .. .. ....... 26
IGREJA CATÓLICA Agosto: Tempo de Pensar e Repensar a Vida Vocacional ................ ......... .. .. ............... 13 A Serviço do Amor .......... .. .................... ......... 15
TESTEMUNHO O Milagre da Vida .... .. ............ .. .. .. ...... .. .. ..... 28 Pedido ao Espírito Santo ....... ... ............... . 29
MARIA Assunção de Nossa Senhora .......................... 16 RAÍZES DO MOVIMENTO "Sempre na Brecha" ........................................ 18
PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Abençoado Retiro! ................................... .. 31 Retiro Tempo de Graça .. ...... .. .. .... .... .......... 32 NOTÍCIAS ...... ..... .. .. .. ................ .. ............. .... 33
ENCARTE VISITA PASTORAL
Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa" n' 219.336 livro 8 de
09.10.2002 Edição : Equipe d a Carta Mensal
Zezinha e Jailson (responsáveis) Fátima e Joel
Glasfira e Resend e Paula e Genildo Zélia e Justino Frei Geraldo de Araújo Lima - O. Carm. Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835) Diagram ação :
Samuel Lincon Silvério
REFLEXÃO A Fogueira e o Riacho ... .......... .. ......... .... 36 Creio, mas não Pratico ........... ... ............ 37
Edição e Prod ução: Nova Bandeira Prod. Editoriais R. Turiaçu, 390 - cj. 115 São Paulo I SP Fone: (11) 3473 .1282 novabandei ra@novaba ndeira .com
Impressão: Prol
Tiragem: 22 .000 exemplares
Cartas. colaborações, noticias. testemunhos e imagens
devem ser enviadas para:
Carta Mensal R. luis Coelho, 308 s• andar • conj. 53 01309-902 • sao Paulo - SP Fone: (0xx11) 3256.1212 Fax: (Oxx11) 3257.3599 cartamensal@ens.org.br AIC Zezinha e Jailson
Queridos irmãos: "Eu tenho tanto prá lhes falar, mas com palavras não sei dizer. .. " Esta frase , de uma canção dos tempos da Jovem Guarda, (os mais novos devem tê-la ouvido através de seus pais ... ) realmente expressa o que a Equipe da Carta Mensal sente ao apresentar-lhes esta edição. Pela capa, já poderão entender porque lhes falamos isso. A Visita Pastoral é sem sombra de dúvidas um verdadeiro Pentecostes vivido por quem dela tem a graça de participar. Como não queremos deixar ninguém fora deste evento maravilhoso, e, como dissemos lá em cima "com palavras não sei dizer... ", tanto as fotos como os artigos dos queridos irmãos que nos receberam, dirão para vocês. Por isso, as capas 1 e 4 e o Encarte são todos dedicados à Visita Pastoral, para que todos possam saborear um pouco do que foi este encontro de irmãos. Mas nossa carta tem muito mais. Pe. Miguel atualiza-nos em relação às novas "Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (20112015)". De forma clara e bastante didática resume cada capítulo dizendo-nos da importância dessas Diretrizes e que as mesmas "nos ajudarão a nos comprometermos mais autenticamente nas nossas comunidades paroquiais como verdadeiros discípulos missionários." Ainda sobre a Visita Pastoral, Cida e Raimundo nos convidam a VIR E VER. Nesse convite, nos falam o que é, para quê e o porquê de uma Visita Pastoral em toda sua dimensão apostólica, e Tema: ?"cn~~to:~~oiCII, ft4!r4
encerram com o pedido: esforçarmonos para que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora continue fiel às suas origens e que trabalhemos "para construir "a" Catedral, e não colocar apenas pedra sobre pedra." Fátima e Canejo nos falam sobre a ação do Espírito Santo na nossa formação e sugerem deixarmo-nos guiar por sua ação, pois só animados por Ele podemos ser "comunidades vivas", compostas de "discípulos e missionários", sinais de Deus para o mundo. 'duntos rumo a Brasília", com este título a ERI - Equipe Responsável Internadonal, que, no artigo anterior nos falou do significado profundo das peregrinações e o sentido dos nossos encontros internacionais, nos fala com ênfase dos três primeiros encontros: Lourdes 1954, Roma 1959 e Lourdes 1965. O Pe. Luiz Paulo nos fala das comemorações do mês de agosto, mês das vocações e nos lembra que na segunda semana festejamos a vocação paternal, pois no segundo domingo é dia dos pais e abertura da Semana Nacional da Família, que, neste ano, tem como tema: Família, Pessoa e Sociedade. Não deixem de ler também as outras bandeiras com testemunhos, notícias, formação, reflexão e a Homenagem ao Padre, esta última em sua quase totalidade composta por artigos dos nossos queridos Conselheiros Espirituais. Uma boa leitura! Z ,;. 'Jailson CR Equipe da Carta Mensal <UHaJr.
Lema: Se-4. f14i4-· t~~tt'ttlú'rU eú Ve«4.
CM 455
e
4eiWilt- etUN6
etUN6
{kua
~ o:~~~to:~ú<~
(Ej.S. 1)
Tomando-se discípulos e missionários de Jesus No mês de maio próximo passado, a CNBB, reunida em sua 49a Assembleia, aprovou as novas "Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015)". "Diretrizes são rumos que indicam o caminho a seguir, abordando aspectos prioritários da ação evangelizadora, princípios norteadores e urgências irrenunciáveis (DGAE, 2) . As novas diretrizes nascem iluminadas pela Conferência de Aparecida e pela celebração do cinquentenário do Concilio Vaticano II. Como nós equipistas estamos trabalhando, nesse ano, a formação, para amar e servir como Jesus, as DGAE nos ajudarão a nos comprometermos mais autenticamente nas nossas comunidades paroquiais como verdadeiros discípulos missionários. O primeiro capítulo traz como proposta o partir de Jesus cristo: "Toda ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai. Jesus Cristo é nossa razão de ser, origem de nosso agir, motivo de nosso pensar e sentir. Nele, com Ele e a partir d ' Ele mergulhamos no mistério trinitário, construindo nossa vida pessoal e comunitária" (4) . O segundo capítulo reflete sobre as marcas de nosso tempo: "O discípulo missionário observa, com preocupação, o surgimento de certas práticas e vivências religiosas, predominantemente ligadas ao emocionalismo e ao sentimentalismo. " (22) "Como não reagir diante da manipulação de embriões, homicídios, prática do aborto provocado, ausência de condições mínimas para uma vida digna com educação, saúde, trabalho, moradia, enfim, da ausência de efetiva proteção à vida e à familia , às crianças e idosos, com jovens despreparados sem oportunidade para ocupação profissional?" (21). O terceiro capítulo propõe uma 2
reflexão sobre as urgências na ação evangelizadora: "O nome de Jesus Cristo é utilizado para expressar atitudes até mesmo opostas ao Reino de Deus, deixando confusos os que querem efetivamente viver o discipulado missionárid'. (25) "A Igreja do Brasil se empenhará em ser uma Igreja em estado permanente de missão, casa de iniciação à vida cristã, fonte da animação bíblica de toda a vida, comunidade de comunidades, a serviço da vida em todas as suas instâncias".(29) . O quarto capítulo indica perspectivas de a ção: "Urge aos pastores abrir espaços de participação aos leigos e a confiar-lhes ministérios e responsabilidades, para que todos na Igreja vivam de maneira responsável seu compromisso cristão. Entre as vocações laicais, é preciso valorizar especialmente as que brotam do matrimónio, como a de ser esposo e esposa, mãe, pai, filho e irmão." (104a) . "Um olhar especial merece a familia, património da humanidade, lugar e escola de comunhão, primeiro local para a iniciação à vida cristã das crianças, no seio da qual, os pais são os primeiros catequistas. Tamanha é sua importância que precisa ser considerada ' um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora' e, portanto, respaldada por uma pastoral familiar intensa, vigorosa e frutuosa" (108). No capítulo quinto estão as indicações de operacionalização. O DGAE conclui chamando o povo de Deus ao compromisso de unidade na missão. Um abraço com carinho. No Coração de Jesus, • Pe. Miguel Batrsta, ::;CJ.
SCE da Super' Regrao Brasr/
CM 455
"VINDE E VEDE!" oo 1,39) Queridos equipistas: Queremos partilhar com vocês, amigos e irmãos de todo o Brasil, nossos sentimentos em relação à Visita Pastoral da ESR às Regiões São Paulo Sul II, Centro II e Centro I - Província Sul I. "Quantas demonstrações de carinho recebemos dos casais da Província Sul I desde que lá chegamos! É imensa a delicadeza de Deus para conosco! Dizer obrigado é muito pouco diante de tamanho amor, de um duplo amor: o de Deus e o de todos os membros reunidos e unidos pela mesma fé . Do nosso coração brota uma "invejável" felicidade evangélica por estarmos juntos celebrando em um Encontro de Irmãos. E, por isso, somos imensamente gratos a cada um que preparou este momento tão singular; a cada um que lá estava para abraçar e se deixar abraçar. Para nós da ESR é uma grande alegria realizar, todos os anos, uma visita às províncias da SuperRegião Brasil. Este é um encontro esperado com muita expectativa e preparado com entusiasmo por toda a Equipe da SR, e, principalmente , pelo CR da Província que nos acolhe , juntamente com sua equipe de apoio e os casais das Regiões envolvidas. Este é um encontro singular para as ENS, dada a sua dimensão pastoral: • implica dois movimentos CM 455
simultâneos: de um lado, o desinstalar-se; de outro, o abrirse, ao acolhimento e à doação. De acordo com essa dinâmica, o ser humano "cresce a partir do receber e oferecer dádivas"; • constitui-se em verdadeira celebração terna e fraterna, na alegria de encontros e reencontros. Afinal, "nada substitui o contato pessoal"; • tem como meta seguir as pegadas que Cristo, o bom Pastor, deixou como herança. A vida de fé não permite estagnação; • sinaliza para um tempo de reflexão, tempo de aprofundamento, tempo de ação. A julgar, além disso, os aspectos pedagógico e missionário, as Visitas Pastorais querem ser: • um lugar de encontro com Jesus Cristo, porque acreditamos que 3
Ele está presente em meio a uma comunidade viva na fé e no amor fraterno, em cumprimento a sua promessa de que onde dois ou três se reúnem em seu nome Ele lá está entre eles (Mt 18,20) . Isto é, um lugar onde as pessoas possam fazer suas a existência de Jesus e onde experimentem a força da sua ressurreição; • um lugar de testemunhos da vocação cristã, ou seja, o amor, no estado de casados ou no de ordenados. Destacamos o amor conjugal, vivido na pessoa de cada casal equipista, como reflexo do amor de Deus. O amor humano que o Criador quer tornar divino; • um lugar de celebração da Unidade do Movimento, cuja pureza depende de nosso zelo. Zelo, que se constitui em desafio para todos nós, a considerar a extensão de nosso país e a expansão do Movimento que vem acontecendo, fruto da fé dos Casais, dos Conselheiros Espirituais e de um aceno do Pe. Caffarel, que assim se expressou em relação à missão das Equipes, quando veio ao Brasil pela primeira vez, em 195 7: "Eu vos conclamo a empreender em todos os pontos principais do Brasil, lançar sobre vossa Pátria uma imensa rede de que as equipes sejam os nós" (in. ENS, ensaio...,57). O espírito, portanto, que impulsiona a ESR rumo à Visita Pastoral é o mesmo dos trabalhadores fiéis 4
do Senhor, que partem para a vinha com a única intenção de amar e servir com alegria e humildade. "Servir" é a palavra-chave do projeto de Jesus, o Servo de Deus. A propósito, assim disse o Papa Bento XI, dirigindo-se ao clero de Roma, sobre o serviço em 19/3/11: • "servir significa não fazer o que me proponho, o que seria para mim mais agradável; • servir significa deixar-me impor o peso do Senhor, o jugo do Senhor; • servir significa não me comportar segundo as minhas preferências, as minhas prioridades, mas deixar-me realmente assumir ao serviço pelo outro" .
Sendo assim, queridos irmãos e irmãs, é missão desta ESR e de todos os membros das Equipes de Nossa Senhora esforçarmo-nos para que nosso Movimento continue fiel às suas origens, "desenvolvendo nos casais uma espiritualidade conjugal e uma consciência cada vez maior do seu papel de cristãos casados na Igreja e no mundo" (ENS, ensaios,86) . Que o nosso serviço seja imbuído do espírito de quem trabalha para construir "a" Catedral, e não de quem se limita a colocar pedra sobre pedra. Deus nos dê a fé , a esperança e a coragem ardorosa de Maria! " Com carinho e sempre unidos em oração! • CrJa e Ra.mundo CR Super Região CM 455
ESPÍRITO SANTO, TEMPLO DO AMOR SUPREMO As Equipes de Nossa Senhora são "comunidades vivas" porque animadas pelo Espírito Santo, e animadas pelo Espírito Santo tornam seus membros discípulos e missionários de Jesus Cristo, aptos a anunciar a Boa Nova do Matrimônio cristão. Destacamos aqui duas palavras: discípulos e missionários. Discípulo é aquele que se forma pela escuta da palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. O discípulo formado na fidelidade ao Espírito Santo pela escuta fiel da palavra de Deus tornase missionário, como Jesus, que sempre estava à escuta do Pai e se deixava guiar pelo Espírito. Não podemos compreender os métodos e a pedagogia das Equipes de Nossa Senhora sem acolher a ação do Espírito de Deus que se fez presente e ativo desde os primeiros momentos da vida das nossas equipes. As Equipes de Nossa Senhora foram criadas por inspiração divina, portanto, são fruto do Espírito Santo. Sempre que estamos reunidos como equipe sua presença é indiscutível. Estamos reunidos em nome dele, daquele que foi gerado por obra do Espírito Santo. Jesus está presente em meio a essa comunidade viva na fé e no amor fraterno (Doe. Aparecida, n° 256). As Equipes de Nossa Senhora, um grande dom do Espírito Santo para a Igreja, nos fornecem os meios CM 455
para que possamos nos formar, crescer e nos comprometer com a missão da Igreja, ajudando os casais do mundo inteiro a descobrir a grandeza e a beleza do sacramento do Matrimônio. É o Espírito Santo que nos conduz no caminho da formação. É Ele o formador de corações. A formação integral e permanente do casal equipista, deverá ser sempre uma prioridade para que haja um contínuo crescimento espiritual. A docilidade ao Espírito Santo é o caminho da formação. No caminho da santificação se progride pela docilidade a Ele. Por isso, as equipes deixar-se-ão modelar, conduzir e animar pelo Espírito Santo, "Espírito de unidade e de plenitude de vida" (Christifideles Laici, n° 60). Nós, agraciados por este tesouro,
5
chamados a pertencer às Equipes de Nossa Senhora, devemos empreender todo esforço para não desperdiçar a oportunidade de participar das Formações que o Movimento oferece. As Formações enriquecem nosso espírito e embalam nossa alma, em direção à construção do Reino de Deus. Convidados a participar de uma Formação proporcionada pelo Movimento, deixemos nossos corações abertos à ação do Espírito de Deus e corramos ao seu encontro, pois se assim agirmos seremos sinal de Deus para o mundo. Precisamos nos despojar do cansaço, da mesmice, do desânimo e agir como verdadeiros equipistas na ternura do Espírito Santo. Precisamos amar o Movimento, "como Cristo amou " . Só quem ama o Movimento é capaz de acolher as orientações de vida que as ENS oferecem. É o Espírito de Deus que acende as luzes para ver toda verdade e para vivermos com fidelidade a pedagogia e a mística das Equipes de Nossa Senhora. Pe . Caffarel ensina que "o Espírito, que é dinamismo, não fica inativo no coração daquele onde faz sua morada: mas, como a alma anima o corpo e o torna capaz de agir, assim o Espírito Santo anima o cristão e o torna capaz de agir sobrenaturalmente". O mundo de hoje, tão conturbado, cheio de tribulação, ansiedade, rebeldia, fatos que muitas vezes concorrem para enfraquecer nosso entusiasmo, está pedindo um esforço 6
e uma abertura para confiar na luz e na força do Espírito Santo, para que, guiados por Ele, a vontade do Pai se cumpra em cada um de nós. Com razão, Pe. Caffarel disse: "como seriam fortes, santificantes e irradiantes as nossas equipes se todos os seus membros não entrassem para elas, nem aí permanecessem, senão por Deus". Concluindo, convidamos todos neste momento de leitura, rezar a seguinte Oração ao Espírito Santo:
"Ó Espírito Santo, alma de minha alma, eu Te adoro. Ilumina-me, guiame, fortalece-me, consolame. Dize-me o que devo
fazer, dá-me Tuas ordens. Prometo submeter-me a tudo o que de mim desejas, e aceitar tudo o que permitires que me aconteça. Faze-me somente conhecer Tua vontade" (Cardeal Mercier) . • Fát1ma e Canê;o CR Província Norte CM 455
Depois de termos introduzido, no artigo anterior (CM ed.453) , o significado profundo das peregrinações e o sentido dos nossos encontros internacionais, vamos hoje deter-nos nos três primeiros encontros: Lourdes 1954, Roma 1959 e Lourdes 1965. Gostaríamos de recordá-los juntos, porque nos parece que eles fazem parte de uma primeira fase da história do nosso Movimento, que poderíamos definir como a fase da intuição. De entre todas as qualidades do Pe. Caffarel, podemos caracterizálo como um homem de intuição, resultado de uma profunda vida de oração e, consequentemente, de uma grande intimidade com Deus. Era um homem de grande visão, capaz de captar os sinais do tempo. Quando o Movimento iniciou a sua expansão para outros países europeus e , mais ainda, quando transpôs o Oceano e foi instalar-se no Brasil e pouco depois na Colômbia, no Canadá, nos Estados Unidos, etc., o Pe. Caffarel teve a intuição de que era preciso fazer alguma coisa para cultivar esse Movimento nascente de internacionalidade, sem, no entanto, se perder a unidade do Movimento. CM 455
Dizia ele: «Ü encontro deve ter o sentido da mais perfeita unidade, pois no plano da espiritualidade não existem fronteiras». . . Falando com os equipistas por ocasião da peregrinação em curso, dizia: «Ftzestes a experiência da procura da unidade durante estes dias que passastes juntos em Roma. Foi em nome dessa fraternidade dos casais que aproveitamos a ocasião para misturar as nacionalidades nas vossas equipes mistas». Para a unidade do Movimento, impunha-se, pois, que a equipe dirigente devesse ser constituída por um padre e casais de países diferentes e que encontros internacionais permitissem a partilha das experiências e das procuras. A partir desta intuição fundamental, vão nascer os grandes Encontros Internacionais, que ritmarão a vida do Movimento. A pequena semente inicial está agora em posição de se abrir com todo o seu potencial. Mas havia algo mais na intuição do Pe. Caffarel. Ele insistia: «Um encontro é sempre ocasião para um tempo de paragem. Um tempo de paragem para pensar, para refletir, para discernir». 7
Ora, é de uma importância capital, tanto para os movimentos como para as pessoas, que se privilegie em certos momentos uma reflexão sobre a sua vocação. Para as ENS, esses momentos privilegiados são as nossas grandes reuniões internacionais. Em cada um desses encontros esforçamo-nos por tomar mais consciência da vocação do nosso Movimento e da sua missão na Igreja. Os Encontros Internacionais foram, portanto, pensados como um tempo de "consciencializaçãd'. Não se procurava propor alguma novidade ao Movimento, mas antes aprofundar o que tínhamos descoberto durante os anos que antecediam os encontros. Partindo desta intuição, ou seja, da percepção do que deveria ser um encontro internacional, do que deveria ser o seu espírito e os seus objetivos, podemos agora aprofundar alguns aspectos mais particulares de cada um desses três primeiros encontros, aspectos que nos ajudam a perceber a mão de Deus que tece os destinos do nosso Movimento.
1° Encontro Internacional Lourdes
de 5 a 7 de Junho de 1954 com a participação
de 850 membros Este encontro foi proposto fundamentalmente como um instrumento para garantir a unidade do Movimento, que, na altura, já apresentava os primeiros laivos da sua internacionalidade. Notem as «Coincidências ditadas pelo Espírito Santo»... 8
O encontro tinha sido previsto para 1953, mas, por causa das eleições em França, foi preciso adiá-lo para o ano seguinte. Feliz coincidência, pois o Papa declarou 1954 ano Mariano, celebrando o centenário do dogma da Imaculada Conceição. O Pe. Caffarel, que, na Carta da 1947, já tinha colocado o Movimento sob a proteção de Maria (daí o nome Equipes de Nossa Senhora) , achou que não se podia louvar Maria sem primeiro a conhecer mais profundamente. Propôs, então, a todas as equipes um estudo sobre Nossa Senhora, e assim, nesse ano, todas as equipes foram orientadas para um tema de estudo sobre Maria. O Pe. Caffarel refere que o ponto mais forte foi a consagração do Movimento a Nossa Senhora. Daqui pode concluir-se que não é por acaso que o nosso Movimento tem o nome de Nossa Senhora, mas que fomos levados diretamente aos braços maternais de Maria, e que é por isso que podemos contar sempre com a sua intercessão. Não havia equipistas brasileiros presentes, mas na mesma altura organizou-se uma peregrinação ao santuário de Aparecida (no Brasil) como uma forma de participarem em espírito neste primeiro encontro internacional.
2° Encontro Internacional Roma de 1 a 8 de Maio de 1959 com a presença de 1000 casais Por que Roma? Porque é o CM 455
centro da Igreja. De fato, foi para descobrirem uma Igreja mal conhecida, desconhecida mesmo, que os equipistas foram convidados. E mesmo hoje podemos dizer que talvez ainda conheçamos pouco a nossa Igreja. O Pe . Caffarel conta-nos um episódio da sua juventude. Ainda estudante, participou com os seus companheiros numa escalada nos Pirineus. Chegados ao cimo, leram uma passagem do Evangelho e puseram-se a refletir sobre o amor a Cristo. O capelão escutava-os e parecia não estar de acordo com eles. Pediram-lhe, então, a sua opinião, e ele respondeu: «Se quiserdes conhecer a solidez da vossa vida interior, interrogai-vos sobre a profundidade do vosso amor à Igreja! Pode amar-se Cristo- acrescentou- por razões puramente humanas, visto tratar-se de um homem atraente . Com a Igreja é diferente. O amor à Igreja é o sinal irrefutável da graça numa alma, mas provavelmente não podereis compreender isto agora, talvez mais tarde». A percepção de que o Movimento não resistiria se não pretendesse caminhar em paralelo com a Igreja, foi outra intuição fundamental. A reflexão proposta era muito séria, e incisivas as recomendações do Pe Caffarel aos peregrinos: «Nada de máquinas fotográficas, de dinheiro nas algibeiras, de compra de recordações. E silêncio nos automóveis na ida e no regresso dos encontros nas basílicas ou no Coliseu». E foi obedecido, para grande surpresa dos condutores italianos. CM 455
Neste encontro, o Pe. Caffarel fez uma conferência que consideramos extraordinária pela sua clarividência: «Vocação e itinerário das ENS». É uma das peças mais importantes para se conhecerem os fundamentos do nosso Movimento. Além de uma retrospectiva e uma análise da situação da época, o Pe. Caffarellança as perspectivas do Movimento para os anos seguintes. Neste encontro, faz surgir a reflexão sobre o nosso Movimento: é um movimento de iniciação cristã no matrimônio ou um movimento de aperfeiçoamento cristão? A sua conclusão: «As equipes devem ser ao mesmo tempo de iniciação e um movimento que tem por objetivo procurar a perfeição. É essencial que os casais, após os estágio de iniciação, se voltem deliberadamente para a perfeição evangélica, tomem a sua cruz, se abandonem às exigências do amor, progridam no sentido do dom total». Foi neste encontro que teve lugar uma audiência privada com o Papa João XXIII, cuja alocução foi considerada como o reconhecimento do direito de cidadania para o nosso Movimento. Foi também a primeira vez que um pontífice reconheceu um movimento de espiritualidade conjugal cuja célula é um pequeno grupo de casais. Estava presente um pequeno grupo de casais brasileiros, e o casal Nancy e Pedro Moncau foram incumbidos de entregar um presente ao Papa: dois álbuns e uma arquinha . Os álbuns continham fotografias de filhos de equipistas 9
para mostrar ao Santo Padre o significado da família para o Movimento; a arquinha indicava o valor da solidariedade recíproca e da entreajuda fraterna.
3° Encontro Internacional Lo urdes
de 5 a 7 de Junho de 1965, com 7000 equipistas Este encontro tinha sido pensado com o objetivo de permitir nas equipes mais progresso, mais coesão, uma vida mais intensa e uma caridade mais ativa. O objetivo preciso fixado foi «fazer com que o Movimento e cada um dos seus casais vivam uma vida mais evangélica e que a frase da Carta "fazer do Evangelho a Carta da sua família" seja efetivamente vivida». O Pe. Caffarel dizia: «Nestes dias que ireis passar em Lourdes, não podeis fazer melhor do que vos amardes uns aos outros. Isso basta». Mas acrescentava: «porém, desde que seja como Cristo vos ama». A grande preocupação do Pe . Caffarel é conduzir os casais ao verdadeiro amor cristão, isto é , inteiramente imbuído de caridade. A intuição segundo a qual a vocação das ENS é estabelecer a caridade fraterna entre os esposos, entre pais e filhos , entre casais e com todos os cristãos confirmava-se com evidência. Há que repetir aos casais que não há salvação para o amor, para a célula familiar, fora da caridade de Cristo. E que receberão em abundância essa caridade, que 10
tem a sua origem no coração de Deus, através do seu sacramento, se a desejarem e a pedirem com uma fé perseverante. Esta peregrinação acontece com os primeiros efeitos do Concílio Vaticano II, concílio em que o Pe. Caffarel tinha colaborado de forma eficaz. Foi a primeira vez que num grande encontro das ENS houve uma missa concelebrada por todos os Conselheiros Espirituais. Para terminar esta fase , a que chamamos fase da intuição, podemos referir ainda que a ideia de introduzir os grandes encontros deu resultados positivos, e foi nessa época que os encontros tomaram forma e se determinaram os seus objetivos; desde então podemos encontrar as mesmas características, que são as seguintes: Um tema de estudo destinado a todo o Movimento, estudado no ano anterior ao encontro, para o preparar. Oportunidade para recordar a vida do Movimento, através de orações e de celebrações litúrgicas. A formação permanente dos equipistas, através de conferências, debates, etc .... Um momento para viver juntos fraternalmente e para um troca de experiências que sela a unidade. O aprofundamento do espírito da peregrinação: casais à procura de Deus. E se, ainda hoje, nos sentimos casais à procura de Deus, então Brasília espera-nos! • ERJ CM 455
)<
X I Encontro Internacional
Equipes de Nossa Senhora
A COMUNICAÇAO NO ENCONTRO INTERNACIONAL Humanamente falando, nossos dons pessoais são colocados na missão confiada à Equipe de Comunicação do XI Encontro Internacional das ENS. Itens como: sinalização do evento, identidade visual, site, logo do encontro e outras incumbências fazem parte das atividades da equipe de comunicação. No entanto, queremos destacar que a nossa principal comunicação para a graça de Deus acontecer é a Comunicação do nosso amor aos irmãos que estarão reunidos em Brasília. Essa Comunicação é resultante da oração de cada equipista no caminho a ser percorrido para o encontro com os casais do mundo CM 455
inteiro. Existem 5 mil e 500 inscritos no Brasil e outras centenas em fase de inscrição no exterior. Esse número não é um preenchimento de vagas. É sim, um chamado de Deus, aos milhares de casais equipistas, sacerdotes conselheiros espirituais, viúvos e viúvas. A Comunicação do Senhor chegou a todos os países e a resposta foi como o Sim de Maria: "Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38) .
Unidos aos irmãos que estarão presentes vindos de outros continentes formaremos em Brasília um "Santuário Conjugal". Ousar o Evangelho é comunicar e levar a Palavra de Deus através da nossa 11
acolhida aos que estiverem conosco em Brasília. Precisamos dar testemunho de casal cristão: nas ruas, hotéis e locais públicos. A essa Comunicação, através dos sinais do amor de Deus é que precisamos estar atentos e levar como boa nova aos casais que buscam o sacramento do Matrimônio no mundo inteiro. Estaremos em missão de serviço como Maria esteve na casa de sua prima Isabel (Lc 1,39-45). Precisamos, desde agora, ter um tempo aos pés do Mestre para ouvir o que Ele deseja comunicar-nos neste primeiro Encontro a ser realizado no Brasil. Não foi por acaso que nosso país foi o escolhido pelo Espírito Santo. Lembremo-nos de que Ele tem planos audaciosos para o Movimento
das ENS no Brasil desde quando inspirou em 1950, o casal Nancy e Pedro Moncau, a formar a primeira equipe de Nossa Senhora no Brasil. Orem, intercedam e alegrem-se por estarem vivendo a espera do XI Encontro Internacional das ENS. Assim, veremos em 2012, na entrada do Ginásio Nilson Nelson a faixa de "Bem-Vindos" não como uma lona impressa, mas a própria Comunicação da voz de Deus falando a cada um de nós: "Bem-Vindos, meus filhos amados ao XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora". • Claudete e Vanderler Casal Comunicação XI Encontro lntemaciona/ Sorocaba-SP
O site do XI Encontro Internacional tem informações importantes para orientar os equipistas em todo o mundo. O site foi elaborado em 5 idiomas. Acesse todos os Links e conheça, por exemplo, como estão as inscrições atualizadas no exterior, na barra Inscrições- Mapa das inscrições.
www.brasilia2012.com.br 12
CM 455
AGOSTO: TEMPO DE PENSAR E REPENSAR A VIDA VOCACIONALMENTE Há sempre motivos em nossa vida para pensar e repensar certas dimensões da vida, que são essenciais para estarmos bem conosco mesmo e com as demais pessoas. De fato, há um tempo para tudo (cf. Ecl 3,17ss); e o mês de agosto nos oportuniza uma reflexão bem salutar. É mês temático que coloca em voga o Chamado. É conhecido como mês Vocacional. Assim, vamos, no decorrer de seus dias, aprofundando nossa vocação e, ao fazer isso, somos instigados a dar respostas certas aos vários chamados que Deus nos faz no decorrer de nossa vida. Portanto, vocação é o chamado-convite de Deus a nós que respondemos ora positiva ora negativamente. O primeiro chamado-convite que Deus nos faz é a vida. Soprou-lhe nas narinas o sopro da vida, e o homem tornou-se um ser vivente (cf. Gn 2,7) . Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância (cf. Jo 10,10). A nossa resposta a esse convite é viver conforme o agrado de Deus que não contraria a nossa felicidade , e é a partir desse chamado que percebemos e descobrimos outros chamados-convites da parte de Deus e respondemos como padres, religiosos(as) , pais, catequistas, leigos(as) , etc. O sacerdotes-padres-párocos e celebrar o seu dia, pois o primeiro domingo é dia do pároco que tem CM455
como padroeiro São João Maria Vianey, cuja comemoração é 4 de agosto. Ser padre-pároco é responder dedicadamente, todos os dias, o chamado-missão cuidando dos fiéis como bom pastor que dá a vida pelo rebanho (cf. Jo 10,11) . A segunda semana nos remete à vocação paternal, pois o segundo domingo é dia dos pais e abertura da Semana Nacional da Família, que, neste ano, tem como tema: Família, Pessoa e Sociedade. Muito refletimos, rezamos, pedimos, louvamos e agradecemos a Deus pelos nossos pais e família que temos. Ser pai é cuidar da família como Deus cuida do seu povo; como a galinha cuida dos seus pintinhos (cf. Mt 23,37) , com carinho, amor e afeto. O pai nos dá a certeza da existência de Deus quando responde com eficácia a sua vocação. Torna-se orgulho dos ftlhos. Na terceira semana, dá-se destaque à vida consagrada. O terceiro domingo é dia dos( as) religiosos(as) . São tantos(as) os(as) que deixaram familiares, amigos, lugares, pararesponder de uma forma radical o chamado-convite de Deus numa família religiosa; sendo missionários(as) evangelizadores em terras longínquas e próximas. Foram porque se sentiram enviados( as) e capazes para tal missão. Nem por isso são melhores ou piores. Somente, atentos à vocação, vivem desse modo. Ser 13
religioso(a) é ser fonte de inspiração para que se entenda a radicalidade de Jesus pelos mais necessitados, na simplicidade de um jeito de se viver. A última semana de agosto nos coloca diante de uma sublime vocação: a do( a) catequista. O quarto domingo é seu dia! Quantos de nós desempenhamos esse papel? Catequistas são todos(as) aqueles(as) q ue fazem ecoar a Palavra de Deus. Os(as) bem-aventurados(as) que acreditaram sem terem visto o Senhor, foi graças aos catequistas , graças a sua resposta . Ser catequista é ter a capacidade de ouvir e entender a Palavra de Deus e não guardá-la para si. É ser bom semeador (cf. Mt 13,1-9) sem jamais perder a esperança em
colher frutos nos diversos terrenos da existência . Além do mais, o mês de agosto nos presenteia celebrando dias de vários santos( as) que nos encantam pela vida vocacional que tiveram. Que tal conhecermos um pouco a vida desses santos(as)? Suas vidas nos ajudarão a responder o Chamado-convite que nos é feito por Deus vivendo a vida vocacionalmente , pois "vocação acertada futuro feliz"! E quem não o quer? Que sejamos portadores( as) das bênçãos de Deus com a nossa vocação! • Pe L 11z Pau o Fagundes. SDN SCE Setor A. SCE das Eq. 25 - N. S. da Luz e Eq. 43 - N. S . do Sagrado Coração Mana us-AM
ORAÇÃO PELA FAMÍLIA ó Deus,
de quem procede toda a paternidade no céu e na terra.
Pai, que és amor e vida, faze que cada família humana sobre a terra se converta, por meio de Teu Filho, Jesus Cristo, nascido de mulher e mediante o Espíri to Santo, fonte de caridade divina, em verdadeiro santuário da vida e do amor para as gerações que sempre se renova. Faze que toda graça guie os pensamentos e as obras dos esposos para o bem e suas famílias e de todas as famílias do mundo. Faze que as jovens gerações encontrem na família apoio para sua humanidade e para seu crescimento na verdade e no amor. Faze que o amor, reafirmado pela graça do sacramento do matrimônio, se revele mais forte que qualquer debilidade a qualquer crise , pelas quais às vezes passam nossas famílias . Faze, finalmente, Te pedimos por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, que a Igreja, em todas as nações da Terra, possa cumprir frutiferamente sua missão na família e por meio da família. Tu, que és a vida, a verdade e o amor, na unidade do Filho e do Espírito Santo. Amém .
Papa João Paulo II
14
CM 455
A SERVIÇO DO AMOR Para partilhar o "pão nosso" de cada dia, as famílias se reúnem em torno da mesa a fim de celebrar a vida cotidiana em Jesus. Jesus é pão; Ele se dá gratuita e amorosamente em alimento. Alimento que sacia a fome de fraternidade , harmonia, diálogo aberto e sincero dos membros de uma família . Na mesa , altar da vida , dá-se , igualmente , a partilha de outros pães: preocupações e fracassos , mas também , alegrias, sucessos e amor. A comunidade-família nasce , quando partimos o pão entre nós e o distribuímos. Cristo, optando por viver entre nós, no seio de uma família, eleva-a à dignidade de "Ig!eja Doméstica"(Aparecida, 65) . E lá, entre as paredes de uma casa e no convívio com os diversos amores (de mãe, pai, filhos , irmãos) que a vida humana nasce e se acolhe generosamente , tornando a família lugar "insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação de seus filhos " (ld ., 65) . Por isso o Papa João XXIII dizia que esta parte da Igreja é o "caldo de cultura em que a fé dos filhos cresce e se desenvolve". Em uma belíssima reflexão sobre a fam ília , Padre Caffarel diz que ela não é vocacionada à vida de clausura, mas secular, pois vive no mundo e para o mundo. Este é um dos aspectos que define sua vocação sacerdotal: "'proclamar' , CM 455
anunciando as maravilhas do Senhor àqueles que estão longe d ' Ele a fim de os ganhar para Deus" (EC, 11 0). Cumprindo o seu papel de verdadeira célula da Igreja, constituída no mundo, a família cristã - o lar cristão - é partícipe da caminhada dessa mesma Igreja no que se refere à função "real ", a família é uma pequena parte do Reino de Deus; "sacerdotal", é lugar de "celebração do culto que precede, prepara e prolonga o culto eucarístico" (Missão, 162); "profética ", os pais anunciam não só aos filhos , mas a todos os que vivem à sua volta; e "apostólica", a família auxilia os trabalhos pastorais na Igreja , ao mesmo tempo em que abre suas portas para acolher os necessitados, no exercício de seu papel maternal. Para os casais das Equipes de Nossa Senhora, nosso fundador dá um recado: "é do vosso amor conjugal , é do vosso lar que o mundo ateu , sem o suspeitar, espera um testemunho essencial" (Id., 113) . Então, queridos amigos, guiados pela Virgem Maria e cheios do Espírito Santo, sigamos com entusiasmo nossa vocação, a serviço do amor! Sempre unidos em oração! • Cida e Ha•mundo Eq. N. S. Perpétuo So orro Joao Pessoa PR 15
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA A festa da Assunção de Nossa Senhora é uma das mais antigas da Igreja. No ano 600 já a Igreja Católica festejava este dia de glória de Maria Santíssima. A festividade de hoje lembra como a Mãe de Jesus Cristo recebeu a recompensa de suas obras, dos seus sofrimentos, penitências e virtudes. Não só a alma, também o corpo da Virgem Santíssima fez entrada solene no Céu. Ela, que durante a vida terrestre desempenhou um papel todo singular, entre as criaturas humanas, com o dia da gloriosa Assunção começou a ocupar um lugar no Céu que a distingue de todos os habitantes da celeste Sião. Só Deus pode dar uma recompensa justa; só Ele pode remunerar com glória eterna serviços prestados aqui na terra; só Ele pode tirar toda a dor, enxugar todas as lágrimas e encher nossa alma de alegria indizível e dar-nos uma felicidade completa. Que recompensa o Pai Eterno não teria dado àquela que por ele mesmo tinha sido eleita, para ser a Mãe do Senhor humanado? Se é impossível descrever as magnificências do Céu, impossível é fazermos ideia adequada da glória que Maria Santíssima possui, desde o dia da Assunção. Se dos bem-aventurados do céu o último goza de uma felicidade infinitamente maior que a do homem mais feliz no mundo, quanta não deve ser a ventura daquela que, entre todos os eleitos, ocupa o primeiro lugar; aquela que pela Igreja Católica é saudada: Rainha 16
dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, Rainha dos Profetas, Rainha dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, Rainha de todos os Santos! Que honra, que distinção, que glória não recebeu Maria Santíssima pela sua gloriosa Assunção! Esta distinção honra também a nós e é o motivo de nos alegrarmos. Maria, que agora é Rainha do Céu, foi o que nós somos, uma criatura humana e como tal, nasceu e morreu como nós nascemos e devemos CM 455
morrer; mais que qualquer outra, foi provada pelo sofrimento, pela dor. Pela glória com que Deus a distinguiu, é honrado o gênero humano inteiro e por isso a elevação de Maria à maior das dignidades no Céu é o motivo para nos regozijarmos. Outro motivo ainda de alegria temos no fato de Maria Santíssima ser a Medianeira junto ao trono divino. A Doutrina da Igreja Católica é que os Santos podem interceder por nós, e que suas orações têm grande valor aos olhos de Deus; por isso, devemos invocá-los e pedir-lhes a intercessão. Entre todos os habitantes da Jerusalém, a mais santa, a mais próxima de Deus é Maria Santíssima. A intercessão de Maria deve, portanto, ser mais agradável a Deus e mais valiosa para nós. São Bernardino de Siena chama Maria Santíssima de "tesoureira da graça divina"; Santo Afonso vê em Maria o "refúgio e a esperança dos pecadores", e a Igreja Católica invoca-a sob os títulos de " Mãe da divina graça", "Porta do céu". ''Advogada nossa". Maria Santíssima é a nossa Mãe, nossa grande medianeira, pelo fato de ser a Mãe de Jesus Cristo, nosso grande mediador. Levantemos os nossos corações ao céu, onde está nossa Mãe. Invoquemo-la em nossas necessidades, imitemo-la nas virtudes. Desta sorte, tornando-nos cada vez mais semelhantes ao seu grande modelo, mais dignos seremos da sua intercessão. A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade, que foi acreditada desde os primeiros anos do cristianismo, e declarada Dogma em 1950 pelo Papa Pio XII. CM 455
Eis um trecho de um sermão de São João Damasceno, sobre o mistério da Assunção de Nossa Senhora: "Quando a alma da Santíssima Virgem se lhe separou do puríssimo corpo, os Apóstolos presentes em Jerusalém, deram-lhe sepultura em uma gruta do Getsêmaní. Tradição antiquíssima conta que, durante três dias, se ouviu doce cantar dos Anjos. Passados três dias, não mais se ouviu o canto. Tendo, entretanto, chegado também Tomé e dese jando ver e venerar o corpo que tinha concebido o Filho de Deus, os Apóstolos abriram o túmulo, mas não acharam mais vestígio do corpo imaculado de Maria Nossa Senhora. Encontraram apenas as mortalhas que tinham envolvido o santo corpo, e perfumes deliciosos enchiam o ambiente. Admirados de tão grande milagre, tornaram a fechar o sepulcro, convencidos de que Aquele que quisera encarnar-se no seio puríssimo da Santíssima Virgem, preservara também da corrupção este corpo virginal e o honrara pela gloriosa assunção ao céu, antes da ressurreição geral" Ó minha Senhora e também minha mãe, eu me ofereço, inteiramente todo a vós. E em prova de minha devoção, eu hoje vos dou meu coração. Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca. Tudo o que sou, desejo que a vós pertença. Incomparável mãe, guardai-me e defendei-me, como coisa e propriedade vossa. Amém. •
aas (,,
c;
Riberrao f ret
D
Eq 6B- N.S
17
"SEMPRE NA BRECHA'' 1 "Interceder realmente é uma das grandes palavras do vocabulário da oração. É verdadeiramente uma alta função: ela dá ao mesmo tempo testemunho de um grande amor de Deus e de um grande amor dos homens" (HC) . Em Maio de 1959, Pe. Caffarel apresentava às Equipes de Nossa Senhora uma proposta, para a qual ele contava com uma boa acolhida entre seus membros. Tratava-se da constituição dos "intercessores", tendo em vista sua preocupação a respeito das dificuldades enfrentadas no casamento cristão. Esta função, se bem que criada há mais de cinquenta anos, continua dando seus frutos entre nós. Aqueles que quiserem participar desta belíssima função, sugerimos que entrem em contato com o Secretariado das Equipes de Nossa Senhora, para obtenção de maiores informações. E esperamos que a leitura do Editorial abaixo, escrito pelo Padre Caffarel, possa motivar a adesão de muito mais participantes. Maria Regina e Carlos Eduardo
Eq N.S. do Rosario Piracicaba - SP Sentado à entrada de sua tenda, na hora mais quente do dia, o patriarca ergue os olhos e divisa Javé que passa, acompanhado de dois anjos. Levanta-se, prosterna-se, oferece a hospitalidade ao misterioso caminhante. Este renova-lhe a promessa de uma numerosa descendência e confidencialmente lhe revela que se dirige para Sodoma e Gomorra, para julgá-las. Abraão constitui-se então, perante Deus, o advogado das cidades criminosas e sua oração, a primeira que lemos na Bíblia (Gn.18) , é uma intercessão em favor dos culpados; intercessão confiante, hábil, audaciosa, patética. Abraão inaugura assim a longa linhagem dos intercessores que, através dos tempos, irão se suceder em Israel. 1
Seis séculos mais tarde, será a vez de Moisés, o intercessor-tipo, poder-seia dizer. Quando, enfarado com a incredulidade de seu povo, Javé lhe declara: "Agora, deixa-me, minha cólera vai se inflamar contra ele e eu o exterminarei! Mas de ti eu farei uma grande naçãd' (Ex. 32,9), compreendemos, logo às primeiras palavras, que Moisés é aquele que não deixa Deus agir à sua vontade. Recusa-se também a abandonar seu povo, mesmo para receber uma missão mais gloriosa. Deste povo, ele é o chefe por delegação do Senhor, será, pois o seu defensor e intercessor junto do próprio Deus. Juízes, reis, profetas, nas pegadas de Abraão e de Moisés, advogarão por sua vez a causa desse povo "de dura cerviz" e muitas vezes obterão
Editorial do Padre Henri Caffarel na Carta Mensal no 8 de Novembro de 1973
18
CM 455
misericórdia para ele. Mas, ai dos séculos em que Deus não encontrar intercessores! "Procurei entre eles um homem que se interpusesse como um muro e que se mantivesse perante mim, de pé na brecha, em defesa do país, a impedir-me que o destruísse, e não encontrei ninguém" (Ez. 22,30) . Admiremos esta definição, ou melhor, este retrato do intercessor: é o homem que constrói um baluarte para proteger os seus irmãos e fica de vigia, sempre na brecha por onde o castigo poderá vir. Na verdade , todos esses intercessores de nossa Bíblia, são apenas figuras, esboços do grande, do único intercessor: Jesus Cristo. É ele o homem que Deus procura: de pé ante a brecha, braços estendidos, ele se interpõe. Com maior eficiência que Abraão, intercede pelo mundo pecador, E porque se solidariza com a natureza humana, a ponto de a ela se ligar indissoluvelmente na Encarnação, - e o Verbo se fez carne - doravante a natureza humana achase reconciliada com o Pai. Uma vez por todas Jesus Cristo se oferece, uma vez por todas restabelece a ponte entre a humanidade e a divindade. Em certo sentido, a sua missão de intercessor se acha cumprida. Mas é também verdade que quer tornar-se presente a toda fração do tempo e do espaço, a fim de continuar na terra, até a consumação dos séculos, a sua função de intercessor. E para que isto se realize, conta conosco, seus discípulos. Cabe a nós a vez de ficar na brecha, cabe a nós a função de vigias. Cabe a nós, sem dúvida, advogar a causa da imensa multidão dos homens, mas CM455
em primeiro lugar e muito particularmente a causa da porção de terra, de tempo, de humanidade onde justamente cabe a nós encarnar o Cristo e continuar a sua intercessão. Vezes muitas, na minha vida sacerdotal, pareceu-me surpreender a estratégia do Senhor: para obrigar-se a não se afastar de tal família culpada, de tal aldeia descristianizada, suscita em seu seio uma alma de oração. E Ele abençoa este lugar, este grupo humano onde possui um filho querido: seja um jovem enfermo, uma humilde camponesa, um pobre padre do sertão, fervoroso na oração ... A oração desses intercessores nada mais é do que a oração do próprio Cristo, sem a qual nada seria, sem a qual não seria. Oração do Cristo, suscitada neles pelo Espírito de Cristo, Espírito este que, dentre os seus nomes próprios, possui o de Paráclito: advogado, defensor, intercessor. Sem dúvida, o Espírito Santo advoga a causa daqueles em quem habita, mas, ao mesmo tempo, neles e por eles, intercede pela humanidade. O Cristo glorioso está à direita do Pai, para traduzir no céu tudo o que os intercessores, sob o impulso do Espírito, pedem através de sua pobre linguagem de homens, porquanto Ele está vivo, o Senhor ressuscitado, e "não cessa de interceder por nós", como afirmam São João e São Paulo (1 Jo. 2,1; Hebr. 7,25) . Interceder realmente é uma das grandes palavras do vocabulário da oração. E verdadeiramente uma alta função: ela dá ao mesmo tempo testemunho de um grande amor de Deus e de um grande amor dos homens. • nenn
aTi 19
• • • VISITA PASTORAl PROVÍNCIA SUl I • • •
Regiões São Paulo Sul 11, São Paulo Centro I e São Paulo Centro 11 Como costuma acontecer todos os anos, a Equipe da Super-Região Brasil visita uma Província, cuja visita recebe o nome de "VISITA PASTORAl". No mês de junho desse ano, a referida visita foi realizada na Província Sul I, representadas pelas Regiões São Paulo Sul 11; São Paulo Centro I e São Paulo Centro 11. O objetivo dessa visita, é levar, buscar e trazer as realidades do nosso Movimento para todos os rincões do Brasil, pela representatividade dos casais que compõem a Super- Região Brasil. Através desse encontro pudemos sentir o "olho no olho" dos Equipistas; dar-se a conhecer, o conhecer, aprender e saborear juntos a seiva do nosso Movimento no lugar mais importante que é na base das Equipes. E como aprendemos! Quantos ensinamentos! Quantos gestos partilhados de calor humano que derretiam nossos corações de alegria de sermos amados e podermos amar! Pudemos sentir na carne a essência da Palavra: "Acolham-se uns aos outros, como Cristo acolheu vocês, para glória de Deus" (Rm 15,7). Visitamos louveira, Jundiaí, Salto, ltu, Sorocaba, Piracicaba, Rio Claro, limeira, Vinhedo, Valinhos e Campinas, locais estes que sediaram Casais Equipistas de todas as demais cidades que compõem as respectivas Regiões. Descrever com pormenores as riquezas de todo acontecido, o espaço seria exíguo e, por isso narramos alguns: Tivemos belas e profundas Celebrações Eucarísticas e de Acolhida, presididas ou concelebradas pelo nosso Padre Miguel, Sacerdote Conselheiro Espiritual da SuperRegião Brasil, que pelas suas eloquentes homilias entusiasmou e cativou a todos. O recíproco calor amoroso que recebíamos e dávamos quando éramos apresentados às comunidades de Equipistas, pelo Casal Cida e Raimundo Responsável da Super-Região Brasil.
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • • Destacamos o esforço dos Equipistas que nos recepcionavam e que tornaram-se verdadeiros historiadores, ao apresentar um panorama pormenorizado das características de suas cidades e até de seus dialetos próprios, e principalmente da história do nosso Movimento e sua representatividade junto à Igreja local. Gesto marcante pelo acolhimento em audiência do Revmo. Bispo da Diocese de Piracicaba Dom Fernando Mason, manifestando desse modo seu grande apreço pelo nosso Movimento. O simbolismo (onde tudo começou) da terra onde Padre Caffarel pisou, a antiga Fazenda Jurema em Valinhos. Rever os irmãos amigos que sempre estiveram empunhando a Bandeira das ENS como, lgar, Vilma e Orlando, Maria Regina e Carlos Eduardo, Olguinha e Toninho, Vera e José Renato, Cecília e José Carlos, e os sempre presentes e atuantes Sílvia e Chico. A alegria e a dedicação em nos apresentar culinárias características do local e todas muito saborosíssimas e com o destaque mais importante: elaboradas pelos Casais Equipistas. Quantos mimos! Se para nós que estávamos em missão a serviço na Super-Região Brasil a visita acrescentou muito em nossas vidas, temos a certeza de para os Casais da Província Sul I também, pois estiveram há meses se dedicando na preparação deste evento e isto solidificou a vivência da Partilha e da Mística das ENS. Nossa eterna gratidão a todos estes casais representados pelo Casal Provincial, Hermelinda e Arturo, a quem só podemos dizer: Deus lhes pague! Pudemos sentir que uma nova inspiração, um novo fogo abrasou nosso coração, assim como dos Casais Equipistas da Província Sul I, pois não foi uma simples visita, mas uma presença viva do Deus amor, e de nossa Mãe Maria. A acolhida e a hospitalidade que tivemos foram gestos de muito amor, com delicadeza, cordialidade, atenção e carinho. O olhar, o aperto de mão, o abraço e o beijo respeitoso perfizeram o clima amoroso que penetrou em nossas vidas. Deus seja louvado por tantas graças derramadas!
Glacy e Silvino CR Provincia Sul//
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
REGIAO SP SUL 11 "Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho .. . " (Lucas 24,32) Há alguns meses, recebemos uma notícia que encheu nosso coração de alegria. Nossa Região estaria recebendo a Visita da Super-Região Brasil. Passamos então a aguardar com muita expectativa a chegada deste grande dia. Tomou conta do coração de todos os CRS um desejo de acolher com muito amor e alegria nossos queridos irmãos equipistas, representantes das ENS de cada parte de nosso país. Nosso coração, assim como aconteceu com os discípulos de Emaús, começou a arder, mas nem desconfiávamos que este ardor era pela presença de Cristo que nos acompanhava pelo caminho na preparação deste tão grande momento. Ele esteve em nosso meio nos ensinando através desta Visita Pastoral, um dos seus maiores mandamentos: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei." Então todos nós começamos a nos preparar para esta visita, como se prepara para receber um amigo muito querido. E o grande dia chegou! Dia 03 de Junho de 2011, data que jamais esqueceremos. Vivemos dias de muita emoção, aprendizado e amizade. Mas um sentimento maior prevaleceu: A UNIDADE, sem a qual é impossível viver este amor. Nós do Setor de Louveira ficamos responsáveis pela recepção deste primeiro dia, acolhendo os casais já no aeroporto. Quanta alegria! Equipista se reconhece e parece que se ama no primeiro olhar. No local reservado para o almoço, quanta emoção; reunimos casais que iniciaram o Movimento das ENS nas cidades de Louveira, Jundiaí e ltu e contamos com a presença de casais que foram responsáveis pelo Movimento no tempo da ECIR e também tivemos o privilégio da presença de lgar (da Cidinha), que já foram responsáveis pela ERI - Equipe Responsável Internacional. Estávamos em festa pelos 45 anos das ENS em Louveira, pela presença de tantos irmãos que se dedicaram ao Movimento e, principalmente, pela visita desses nossos queridos casais da Super-Região Brasil e do seu Sacerdote Conselheiro Espiritual, que se dedicam ao Movimento colocando-se a caminho, ensinando, testemunhando o amor de Cristo e zelando por todos os equipistas do Brasil inteiro. Para isso, a Equipe da Super-Região permaneceu todo o final de semana em reunião na Casa de Retiro Mãe do Bom Conselho na cidade de Jundiaí, onde foram acolhidos, já na sexta-feira, pelos equipistas dessa cidade. No sábado, um dos momentos mais especiais: a Celebração Eucarística, presidida por Pe. Miguel. Celebração esta, que reuniu equipistas dos Setores de Louveira, Jundiaí, ltu e também de várias Regiões de nossa Província. Este momento podemos expressar numa única palavra: devoção. Com o andor de Nossa Senhora das Graças, adentraram pela Igreja
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
Ci da e Raimundo , Hermeli nda e Arturo (CRP) , Cristina e Luciano (CRR). Como não se emocionar... Emoção, sentimos, também , na confraternização logo após a missa com a apresentação do coral das crianças assistidas pela PAIM (Pastoral de Integração do Menor) que tem como direção casais equipistas. Alguns detalhes ficarão para sempre em nossas lembranças: o olhar e o sorriso de satisfação do casal Vilma e Orlando, a presença de lgar, a homilia do Pe. Miguel, a alegria e a mensagem de cada casal da Super-Região Brasil dirigida a todos os equipistas ali presentes . Muita riqueza da história viva do Movimento. No domingo, formando uma grande família , partimos para Sorocaba, passando pela cidade de Salto e ltu , onde fomos todos acolhidos com muito carinho pelos equipistas desse Setor. Os casais da SRB puderam conhecer pontos turísticos e históricos dessas cidades . Em Sorocaba fomos recebidos pelos casais equipistas dos Setores de Sorocaba, Porto Feliz e Votorantim que lotaram o CAP - Centro Diocesano Pastoral, para a Celebração Eucarística de encerramento da Visita Pastoral em nossa Região . Novamente vivemos uma grande festa de encontro e comunhão. Como é bom estar entre amigos. Todos os momentos vividos nos três dias da Visita Pastoral jamais serão esquecidos. Agradecemos a Deus pela oportunidade de viver estes dias junto à Equipe da Super-Região, de ouvir as palavras de Pe. Miguel, se deliciar com a sabedoria e orientações deCida e Raimundo, nos contagiar com a alegria destes casais que, incansavelmente, partilharam conosco o amor ao Movimento com a certeza da promessa de Cristo na palavra meditada no domingo: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20). Que Deus abençoe a todos! Sejam sempre bem-vindos à Região SP Sul li. Luciane e Beto CR Setor de Louveira Louveira-SP
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
REGIÃO SUL- SP CENTRO I SETORES AMERICANA E LIMEIRA Enfim , chegou o momento tão esperado com expectativa e ansiedade pelos casais equipistas de Americana e limeira. De Rio Claro chegaram os casais peregrinos, às 9h30m na Paróquia de São Sebastião em limeira para a "Visita Pastoral" e foram recebidos com fogos e bandeiras para a Celebração de Acolhida. Sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, padroeira da Região SP Centro I, de Nossa Senhora da Glória, padroeira do Setor de limeira e de Nossa Senhora das Graças, padroeira do Setor de Americana e ao som de músicas animadas, bem como do texto litúrgico focado na Missão do casal na equipe, na Igreja e no mundo, os casais equipistas de Americana e limeira entraram na Igreja vestindo camisetas azuis com a logomarca do Movimento, para participarem da Celebração de Acolhida. Maria Lúcia e Reinaldo, Casal Responsável do Setor limeira, deu as boas vindas e fez a acolhida baseada em lc. 4,43: "É necessário que Eu anuncie a boa nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é a minha missão". Foi com esse espírito que os queridos casais saíram de suas cidades e vieram presentear-nos com sua presença carinhosa de pertença ao Movimento, aprofundando os laços fraternos e encurtando as distâncias tão longas deste país gigantesco. Pe. Rossini , pároco da Igreja onde foi realizado o encontro, fez a homilia dizendo que 2011 já foi pela metade e a marcha do tempo nos atesta que estamos a caminho. E qual o caminho? Os peregrinos estão também a caminho. A palavra de Jesus se dirige aos discípulos preparando-os para a missão futura: O caminho para o Pai. lembrou a todos a importância do carisma do Movimento das Equipes de Nossa Senhora e a necessidade da prática dos PCEs para o aperfeiçoamento espiritual dos casais, salientou a reflexão sobre o Cristo - Caminho, Verdade e Vida através das escrituras,
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
da pedagogia das ENS, das Cartas Mensais, transformando-nos através das leituras em atos de amor a Deus e aos irmãos. Preces dos equipistas proferidas pelo casal de Americana foram rezadas. Também os visitantes tiveram um momento de preces preparado carinhosamente por nós. Antes da bênção final foi lido "Certezas", texto adaptado de Mário Quintana "Quero sempre poder ter um sorriso estampado e que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor" e em seguida o Magnificat cantado em 2 coros . OSCE Pe. Miguel Batista, da Super-Região Brasil, ressaltou a profundidade da reflexão apresentada nas preces dos equipistas que estavam no roteiro e nós ficamos felizes com a observação e tomamos a liberdade de transcrevê-las a fim de que todos os equipistas as tenham em mãos quando das reflexões sobre os PCEs e possam fazer a oração com os corações, conforme nos ensinou Pe. Cafarrel: "C- Escutar tua Palavra cotidianamente, ensinando e fortificando nossa fé, nos transforma em casais e cristãos cada vez mais santos e mais próximos de Ti, ó Pai. Todos- Pedimos perdão pelas vezes que consideramos a Escuta da Palavra apenas um esforço pedido, esquecendo-nos da graça que ela nos traz a cada dia; por isso, piedade por desperdiçarmos a oportunidade de caminhar para Ti, Pai querido. C- Dedicar pelo menos um quarto de hora para falar Contigo, intimamente Te ouvindo, Te louvando, Te amando, com a mente e o coração, apenas em Ti, é o que nos ensinou o fundador, naquilo que chamamos Oração Interior. T- Perdão, quando buscamos a Ti somente em literatura e em outras fontes, chamando tal esforço de Meditação, quando tudo aquilo que desejas só Tu podes graciosamente nos falar com Teu imenso coração de Pai. C - O momento em que nós, casais, rezamos um pelo outro, onde o dia se sublima no nosso amor doação, onde cabem as alegrias das conquistas a dois e onde o reconhecimento de algum tropeço é acolhido na mão estendida, sem que ninguém saia diminuído, é quando tudo se eleva em nossa Oração Conjugal. T - Tem piedade de nós pelas oportunidades passadas em branco pelas vezes em que deixamos de juntos orar a Ti, Senhor, sem contribuirmos para a santidade matrimonial. C - O Dever de Sentar-se na Tua presença, revisando nossa caminhada com Tua luz e graça, esperado em longos 30 dias, avaliando nossa caminhada rumo à santidade, poderia ser mais frequente, pela grandeza destes momentos. T - É deixando para depois, passando aquele mês sem que os frutos sejam colhidos, perdidos no chão dos atropelos da vida, que Te pedimos: perdoa-nos, Senhor, por deixarmos fora teus dons. C - Nossas vidas disciplinando na conversão das nossas imperfeições, nas Regras de Vida a que nos atribuímos, reparando assim nossos defeitos, permite irmos, individualmente, nos corrigindo para que a vida a dois cresça na santidade.
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
T - Esquecidos lá no fundo de nossas mentes empoeiradas pelo desuso, muitas vezes não passam de intenções momentâneas as regras que fazemos; não cobradas pela nossa consciência e pela atenção que exigem, depois de um tempo não saíram do lugar e permanecemos os mesmos. Que Teu amor misericordioso nos traga a graça das mudanças tão necessárias. C - Neste ano, Senhor, mais uma vez nos afastaremos da nossa roda viva por algum tempo em Retiro. Vamos nos encontrar Contigo e, nesta parada, rezar nossa vida de casal, as tantas coisas vividas juntos e sentindo Tua graça irrigando nosso crescimento. T- Se alguma vez não pudermos ir ou se formos com o coração fora , preso ao materialismo das coisas e das pessoas, até das queridas, mas que nos roubam de Ti, certamente permaneceremos com a taça vazia sem teu vinho nobre, sempre servido ao final das bodas. Pai amado, Te pedimos mais que perdão, reconhecendo-nos tão ignorantes de Tua sabedoria, contida em todos os meios de aperfeiçoamento que o Movimento nos proporciona. Amém". Os casais foram recepcionados para o café da manhã nas dependências da Igreja. Os equipistas de Americana e Limeira que tiveram a graça de dispor de tempo para estarem em sintonia com os casais peregrinos representaram todos os outros que não puderam estar presentes, por motivo de trabalho, mas estavam presentes na mente e oraram conosco. Despedimo-nos dos casais com afeto e agradecidos por importante presença. Acreditem, vocês vieram como enviados de Cristo para continuar e completar Sua obra, no entanto, Ele mesmo já tinha afirmado: "Sem mim, nada podeis fazer". Contudo este trabalho não depende apenas de nossas forças, tem o respaldo de Maria que está sempre velando para que tenham coragem e desprendimento os quais demonstraram em sua caminhada na visita pastoral.
Ana Carolina e Mauro Eq.05- N. S. Aparecida Limeira-SP
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
• • • VISITA PASTORAL PROVÍNCIA SUL I • • •
PISAMOS O MESMO CHÃO ... Alegria, simplicidade e muita espiritualidade ... Foi neste clima que os Setores de Limeira e Amercana acolheram e recepcionaram os casais da Super-Região Brasil. A Celebração da Acolhida favoreceu momentos fortes de interiorização, oração e emoção. Aprofundando os laços fraternos e ao mesmo tempo reconhecendo a grandiosidade da entrega revestida de disponibilidade da ESRB para esta Visita Pastoral. A Oração dos Visitantes foi um renovar do corpo e do espírito de todos ali presentes. Como um marco da Visita Pastoral, no qual todos os Equipistas de base, sentiram-se valorizados edificados, não apenas por animá-los mas, sobretudo, para mostrar o zelo e a responsabilidade de que os dirigentes do Movimento das Equipes de Nossa Senhora são portadores, foram lidos alguns versos adaptados do poema Certezas de Mario Quintana. Em Vinhedo, após carinhosa e alegre acolhida pelos Equipistas locais, foi proporcionado a todos um momento de serenidade e oração no aconchegante Mosteiro de São Bento. Ainda em Vinhedo seguimos para a Casa de Retiros Siloé, onde tivemos contato com a Biblioteca da Dona Nancy, um acervo conservado com muito zelo. Foi apresentada a história e expansão das EJNS pelo jovem Coordenador Nacional e da CNSE pelo Casal Responsável Regional O Setor de Valinhos, reunido no Pátio da Casa das Irmãs (Lar São Joaquim), ao som de músicas alusivas a Nossa Senhora saudou a Super-Região Brasil. Com o slogan "Onde tudo começou ... " , foi apresentado um breve relato do início e caminhada do Movimento em Valinhos incluindo fatos ocorridos na criação da primeira equipe na cidade. A visita do Pe. Caffarel em Valinhos em 1962 (sua segunda visita ao Brasil), na Casa das Irmãs, instituiu junto aos casais a implantação do Setor de Campinas. Foi reproduzido um banner da foto de 1962 e repetiu-se uma nova foto no mesmo local nas escadarias do Convento com a ESRB atual. Mais um momento forte e de muita emoção foi a simbologia da entrega da terra aos casais da SRB, terra esta colhida no chão do Convento onde pisou Pe. Caffarel. Os potes, entregues aos casais da Província Norte e Província Sul III, que deverão espalhá-las simbolizando a união dos equipistas nos extremos do país consolidando os laços fraternos do Movimento no Brasil e o empenho de todos para a beatificação do Pe. Caffarel. Seguindo para Campinas, a ESRB foi carinhosamente acolhida pelos casais dos Setores de Bragança/Morungaba, Campinas A e B e de lndaiatuba na encantadora Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora anexa ao tradicional Liceu. Numa Celebração Eucarística solene, presidida pelo Pe. Miguel com a presença de vários sacerdotes, o Espírito Santo agiu. A espiritualidade e a alegria reinaram, encerrando assim esta Visita Pastoral, que sem dúvidas veio confirmar que não estamos sozinhos ou isolados numa Equipe, num Setor, numa Região, numa Super-Região e assim sucessivamente. "Somos uma equipe de Equipes!" Cidinha e Vail CR Região São Paulo Centro I Umeira-SP
ENCONTRO DE SCEs e ACOMPANHANTES ESPIRITUAIS
O dia 20 de Maio será marcado pela presença de 22 padres e seminaristas neste momento importante de nossa região. Todos foram acolhidos pelo colegiado regional: • Benita e Ruy - CRR, • Padre José Ailton - SCER, • Maria José e Adelino - CRS ABC III,
• Luiza e Sandro - CRS ABC II • Rosinha e Humberto CRS ABC I.
Com a presença de Dom Nelson Westrupp, SCJ, Bispo da Diocese de Santo André, que nos falou sobre seu testemunho como SCE em Santa Catarina, e que conheceu pessoalmente 20
Padre Caffarel, em sua visita ao Brasil, quando esteve em Aorianópolis. Tivemos também a presença de Dom João Evangelista, OSB, da SCE da Região Capital II, que falou sobre a função do SCE nas Equipes de Nossa Senhora. A partir do qual, se formaram grupos para discussão. Queremos agradecer a todos que contribuíram para o sucesso deste evento, de uma forma mais direta, e também a todos que oraram para que se fizesse a vontade do Pai. • Bemta eRuy CRR São Paulo Sul CM 455
SER PAI p Ouvi um amigo falando sobre uma pesquisa que viu na T\1. Ela procurava captar as opiniões sobre a pessoa do "pai", entre adolescentes e jovens. O que impressionou foi que as respostas mostraram que o nervosismo parece ser "um gene" dos pais. Quando chegam em casa, começam a implicar e distribuir aos filhos nervosismo e comentários negativos sobre o quarto desarrumado, o tênis fora do lugar, a ociosidade que contrasta com a sua aplicação em angariar subsídios financeiros para que o lAR continue funcionando! Parece ser verdade , olhando para minha própria vida familiar! Tenho que ser honesto e confessar
isso! A segunda pergunta da pesquisa tentava destacar as qualidades do pai. Respostas como "Muito responsável", "Honesto" , "Sério", "Supridor eficaz das nossas necessidades", apareceram na maioria das participações. Somente uma pessoa declarou que a maior qualidade do . meu amigo . " ... pai. era " ser amigo, Nossa tendência natural é querer suprir e suprir necessidades materiais, enquanto nosso maior tesouro vai se esvaindo com a passagem dos anos: nossa vida, a maior influência que um pai pode ter em seus filhos! A sociedade tem seu 'jogo de sedução' bem definido e flerta descaradamente com cada pai, tentandoo para que busque a aprovação de
Falta-lhes a figura do pai que orienta, que compartilha vida; enquanto opta por menos horas no trabalho, se mostra humano para com seus filhos, acessível, ensina como tratar as dificuldades na prática, tem tempo para afagar osseusqueridosabrindo um dos lugares mais cobiçados por adolescentes e jovens do Brasil e do mundo: o colo. CM 455
21
outros, a admiração de outros, que mostre a todos o quanto foi capaz de conseguir, de possuir, as paredes repletas de diplomas, aval de sua distinção em meio a milhares de pais menos afortunados, as roupas de seus filhos , a quantidade de televisores em sua casa, os celulares, os carros novos, o colégio pago, os presentes caros que outros não podem ofertar aos seus. Porém essa postura o privará de compartilhar a riqueza que não pode ser aferida, o tesouro que se perpetuará por gerações, o legado que nunca deixará o lugar onde as coisas não podem fazer diferença: o coração dos filhos . Podemos ver nisso uma justificativa plausível para a imaturidade de nossos adolescentes e jovens no que se refere a relacionamentos e valores perenes de vida. Falta-lhes a figura do pai que orienta, que compartilha vida; enquanto opta por menos horas no trabalho, se mostra humano para com seus filhos , acessível , ensina como tratar as dificuldades na prática, tem tempo para afagar os seus queridos abrindo um dos lugares mais cobiçados
Em 09/junho/2011, há menos de um ano do início deste contador de acessos, que foi colocado em 17/julho/2010, ultrapassamos os 100 MIL ACESSOS no site ENS. Continuemos visitando
(www.ens.org.br), ele é um elo de informação e formação entre nós equipistas.
por adolescentes e jovens do Brasil e do mundo: o colo. Sem dúvida , esses pais que hoje optaram por um estilo de vida mais simples: afugentar o 'canto de sereia' da sociedade de consumo, viver a vida ao lado dos seus filhos irão colher resultados maravilhosos e eternos onde uma imensa multidão de bem sucedidos seres sociais têm fracassado: em sua família. Pense nas palavras de Jesus no livro de Lucas, capítulo 12, verso 15. " ... porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui". - Amigo de paternidade, em que está consistindo sua vida? - Ninguém despreza o valor do dinheiro e a importância dos bens, mas para onde essa corrida frenética atrás do vil metal tem levado você em termos de família? -Seus filhos vão lembrar-se de você pelo quê? - Qual tem sido o legado emocional e espiritual que você tem construído para seus filhos? • '1 ônis Souza Pir.to Eq.07 - N. S. da Rosa Mística Caçapava-SP.
-
CASAIS CRISTAOS NO DIA A DIA Como fruto da observação no contato com casais e famílias durante 40 anos, apresento, a seguir, algumas dicas úteis para os casais equipistas: -Ampliar o que une, diminuir o que diferencia; -Aceitar as diferenças, para se amarem e se complementarem; - Aprender a arte do diálogo transparente - cada um dizendo o que pensa e o que sente- pois alimenta a confiança mútua e favorece o perdão - pilares da vida a dois; - Renovar o SIM inicial a cada dia e continuar namorando, mediante delicadezas, gestos de carinho etc. ; - Pensar bem do(a) parceiro (a) , querer bem, falar bem, fazer bem; - Fazer as pazes antes de dormir, quando surgir algum atrito; - Orar juntos, ler e partilhar a leitura da Palavra de Deus, inclusive com os filhos; - Sair, mensalmente, um meio dia para realizar uma revisão da vida, um balanço sobre os vários relacionamentos do casal - familiares, colegas de trabalho, vizinhos , membros da Igreja ... ; - Praticar a tolerância pelas limitações e defeitos do cônjuge; - Ceder em alguma coisa para conservar a harmonia, a paz; - Ocupar o seu lugar de casal cristão na Igreja, participando de algum setor da pastoral familiar, condição para amadurecer na sua vocação a um amor mais profundo e maior; CM 455
-Alimentar-se na vida sacramental; - Sair juntos em família, com alguma família amiga, às vezes; - Almoçar juntos pelo menos no domingo, quando não é possível durante a semana (em função do horário de trabalho, escola etc.) ; -Cuidar com a onda do "cada um para si"; o individualismo mata o convívio amoroso; - Valorizar as qualidades um do outro; - Considerar o ponto de vista da esposa, do esposo quando divergem de opinião; - Aguardar o momento oportuno para falar, quando se está com sentimentos negativos, raiva, por exemplo. A língua serve para bendizer e maldizer; - Evitar deixar-se levar pelo ciúme doença para o casamento; - Não hesitar em demonstrar e dizer a sua satisfação de conviver com a outra pessoa; -Nunca se deixar levar na conversa de terceiros a respeito do seu marido, de sua esposa; Cuidar de alguém é mais do que interessar-se por ela; é envolver-se, preocupar-se com o seu bem-estar, sentir-se corresponsável pelo seu destino, sua realização. Quem ama cuida e quem cuida ama. Obs: Vocês podem completar a lista. •
23
ENCONTRO DOS CONSELHEIROS ESPIRITUAIS DA REGIÃO SAO PAULO CAPITAL 11
-
Com muita alegria, no dia seis de junho deste ano, houve um Encontro de Sacerdotes Conselheiros Espirituais organizado pelo Casal Regional São Paulo Capital II, Maria do Carmo e José Renato e o Colegiada Regional. Foi um momento de fraterna alegria, de oração e de experiência no Senhor pela intercessão da Virgem Maria, nossa Mãe e Mãe de Jesus Cristo. Estiveram presentes: Dom João Evangelista, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Região São Paulo Capital II, Frei Almy, Pe . Claudionor, Pe. Fabrício, Pe . Julián, SCES-C, Pe . Sextilio, SCES-A, Pe. Paulinho, Pe. Toninha e como convidados Pe. João Carlos e Pe. Helvécio que em breve assumirão a missão de Conselheiros de uma Equipe de Nossa Senhora. Vivemos um momento fraterno entre todos os presentes. Dom João Evangelista trouxe para nós uma reflexão sobre o zelo e cuidado em colaborarmos com os casais das Equipes de Nossa Senhora. Temos 24
como Conselheiros a missão de, com carinho, colaborar no discernimento do caminho percorrido pelos casais e a ajudar a serem eles, os casais, os grandes protagonistas da experiência matrimonial em Deus, com Deus e para Deus em um exercício de caridade, de entrega e comunhão e a serem um diferencial para o mundo, reconhecidos como cristãos, membros das Equipes de Nossa Senhora, isto é, valorizarmos a presença divina em nossas vidas e de nossas famílias atraindo novos irmãos para este mesmo caminho. Os conselheiros apresentaram com muita liberdade suas alegrias e dúvidas sobre a função de conselheiro e para surpresa de todos os conselheiros e do colegiado a maneira de pensar dos conselheiros foi idêntica: e o grande desejo é que as equipes cresçam na espiritualidade própria do Movimento. Essa unidade dos sacerdotes permitiu o crescimento e amadurecimento pessoal e também comunitário, pois o sentimento de pertença e familiaridade toma o ser do sacerdote unindo-o a Cristo, à Virgem Maria e aos casais das equipes. • Pe Francisco G. Veloso Jr. SCE do Setor B São Paulo-SP CM 455
40 ANOS DE SACERDÓCIO DOS GÊMEOS Pe. Remi e Pe. Romeo Maldaner, filhos de família numerosa, nasceram em Nova Petrópolis/RS, na comunidade dedicada ao Imaculado Coração de Maria. Foi nesta comunidade que os gêmeos receberam os Sacramentos do Batismo, Crisma, Penitência, Eucaristia e o Sacerdócio. Rodeados pelos familiares, parentes e amigos receberam o sacerdócio no dia 16 de janeiro de 1971. Estão incardinados na Arquidiocese de Porto Alegre/RS. No dia 27 de fevereiro de 2011, na terra natal, reuniram-se com os familiares e amigos para celebrar e confraternizar os 40 anos de sacerdócio vividos com intensidade. Deus tem sua maneira própria e sempre original de chamar. Ambos tinham uma grande admiração pelas virtudes e o sacerdócio do pároco do qual eram ajudantes de missa, em sua terra natal. Um dia um disse ao outro: "Eu vou para o Seminário", ao que o outro respondeu: "Eu vou contigd'. Com o apoio da família e o entusiasmo do pároco seguiram pelos Seminários Menor e Maior até alcançarem o Sacerdócio. O Sacerdócio é uma disponibilidade total a serviço da Igreja participando da agenda pastoral local. Na atividade pastoral o sacerdote imprime o rosto de Cristo pelo seu zelo pastoral. Os padres gêmeos nunca trabalharam juntos na mesma comunidade. As alegrias e as surpresas do Sacerdócio são por conta do Senhor. CM 455
A agenda e o programa pastoral vão despertando e capacitando para atividades específicas. Assim os padres gêmeos, além das paróquias, têm o encargo de acompanhar e orientar o trabalho pastoral dos casais em 2a União Bom Pastor. É uma dinâmica e uma graça participar das atividades paroquiais. Ambos já foram SCE dasENS. O Pe. Romeo é Assistente Eclesiástico do Secretariado da Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre e o Pe. Remi, diretor espiritual da Comunidade Terapêutica Marta e Maria que trata e recupera moças dependentes químicas e álcool. É também SCE da ENS dos Anjos do Setor A, Região Rio Grande do Sul I, Porto Alegre. Assim já trabalharam em diversas comunidades nestes 40 anos de sacerdócio. Livres para servir e sempre prontos para novos desafios. A isto não há escolha de lugar, tempo ou atividade. Tudo é para o Senhor... •
25
IMITADORES DE DEUS HENRI BERGSON desen-
volveu uma das características do gênero humano, a que deu o nome de "culto do herói". É a tendência que temos de admirar certas pessoas que nos impressionam por seus atos e atitudes de vida, seguidas, quase sempre , pela imitação desses "heróis ". Isso fundamenta as campanhas publicitárias que mostram pessoas admiradas dizendo ao público, "façam como eu, usem o sabonete tal, comprem o carro qual, etc .. ." Quando vamos a um jogo de futebol com a camisa numerada do atleta de nosso clube de preferência, estamos imitando nosso ídolo esportivo. A imitação é parcial, é lógico, porque não temos habilidade para imitá-lo praticando o esporte . Pois somos chamados aqui a "Imitação de Deus". Isso é possível ? Por incrível que pareça, sim. Deus é absoluto, completo, sem carências. Nós, seres relativos , incompletos e cheios de carência não podemos imitar Deus , naquelas características , como, por exemplo, nos típicos atos de poder. O Todo-Poderoso poderia aparecer na televisão e dizer: "Façam como Eu, criem o Universo, transformem água em vinho etc ... ". Sua recomendação publicitária cairia no vazio, não teria um só retorno. Mesmo assim, com limitações, é lógico, podemos imitar Deus. 26
O chamado à imitação de Deus é antigo. Consta ele do Levítico (19:1) , na seguinte passagem: 'davé falou a Moisés: Diga a toda a comunidade dos filhos de Israel: Sejam santos porque eu, Javé, o Deus de vocês, sou santo." O tom da fala de Javé é imperativo: trata-se de uma ordem que o povo deve obedecer, sem debates ou questionamentos . A única forma possível de obediência será "a imitação de Deus, na sua Santidade". Bem ou mal era preciso saber como ou de que maneira cumprir este sagrado mandamento e os primitivos hebreus complementaram a ordem divina com outra regra descrita no Deuteronômio ( 28:9 ): "O Senhor te constituirá em povo sagrado para ele, como te jurou, porque terás guardado os mandamentos do Senhor teu Deus e terás andado nos seus caminhos". Trilhar os caminhos de Deus era a pista para a imitação. A mesma recomendação dos antigos hebreus foi trazida para o Evangelho de Cristo, tal como relatado por Mateus ( 5:48 ): "Vós, pois, sede perfeitos como é perfeito vosso Pai celeste". Ainda uma vez , repete-se o imperativo: a ordem de Deus , ratificada por JESUS , é clara , não dando ao homem a opção da desobedi ência. A "imitação de Deus " continua sendo CM455
mandatária . Precisamos, ainda, de saber qual a maneira de ser santo ou perfeito como é o Pai celeste. A solução nos é dada no versículo precedente (MATEUS 5:44): "Amai os vossos inimigos , rezai por vossos perseguidores". AMOR - eis a fórmula precisa
para a imitação de Deus. Amor integral, por mim , por meus irmãos e, até mesmo, por nossos inimigos. Esta espécie de amor- o ágape -se expressa, em seu maior grau, em atos concretos de misericórdia. LUCAS , depois de repetir a ordem "amai vossos inimigos" (6:35) , remata {6:36): Sede, pois, misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso".
Eis aí a grande síntese da única e possível imitação de Deus: "a prática do amor e do perdão". Essa síntese já havia sido descoberta há muito. O respeitado rabino AKIVA BEN YOUSSEF , quase contemporâneo de JESUS, baseado no vetusto princípio da Torá "amarás a teu próximo como a ti mesmo", dizia que qualquer ofensa a um ser humano equivalia à negação do próprio Deus, equiparada a um autêntico ateísmo. E completava: "Servir a outro ser humano é um ato de imitatio dei, porque reproduz a benevolência e a misericórdia de Deus". Vê-se aí que , à benevolência e à misericórdia, AKIVA acrescentou CM 455
outra importantíssima expressão do amor: o SERVIÇO ao outro. O maior imitador de Deus desnecessário dizer seu nome - não por palavras mas com a prática de sua vida, nos deu sua grande recomendação: "Eu vos amei e dei minha vida por vós, inclusive por meus inimigos, aos quais perdoei porque eles não sabiam o que estavam fazendo ". JESUS nos exortou: "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei". E, ao nos ensinar a rezar, explicou: "Perdoai-nos, Pai, as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido" . Não há, aí, meias medidas. O perdão que pedimos ao Pai há de ser o mesmo com que perdoamos. Perdão incondicional, dado 70 x 7 vezes.
A imitação de Deus é, portanto, imitar JESUS CRISTO, na pessoa de quem vemos o Pai. Se a palavra "imitação" não nos agrada, usemos o termo "seguimento" de JESUS CRISTO" e o resultado será o mesmo. Foi Ele, JESUS , que nos ensinou o CAMINHO para encontrar a VERDADE e a VIDA que o Pai nos ofereceu e prometeu nos dar. Seguindo-o, na maneira devida e correta, praticando o AMOR , o PERDÃO e o SERVIÇO, poderemos ser verdadeiros IMITADORES DE DEUS . •
Junra t. fi. Lq. 28 B - N. S. do Bom C r: Riod Jane1 27
O MILAGRE DA VIDA Somos casados há quase 10 anos e desde a época do namoro já sonhávamos em ter nossa casa, nossos filhos , nossa família. Como nem tudo na vida se dá da maneira que planejamos , nos surpreendemos com a dificuldade para engravidar. Ano após ano, assistimos ao casamento de parentes e amigos e ao nascimento dos filhos deles, sem que pudéssemos ter o nosso. Devemos confessar que não foi nada fácil e acreditamos que somente outro casal, vivendo a mesma situação, seja capaz de compreender realmente como nos sentimos. Após cinco anos de casamento, decidimos procurar ajuda especializada, embora em nossos corações não aceitássemos bem essa limitação, essa imposição da vida: a necessidade de tratamento médico incomodava. Eu , Márcia , queria ser igual às outras mulheres que se casavam e eram logo agraciadas com filhos , mas minha realidade era diferente e eu relutei muito em aceitá-la. Os primeiros tratamentos foram mais simples, com remédios, vitaminas e depois injeções para indução de ovulação; fizemos algumas tentativas nesse sentido, mas foram infrutíferas; tivemos que partir para a inseminação artificial , não era nosso desejo, pois tínhamos receio da gravidez múltipla; mesmo assim fizemos o procedimento e mais uma vez o insucesso. Mudamos de médico e fomos orientados a fazer 28
outro procedimento, a fertilização "in vitro" (bebê de proveta) , pois não teríamos filhos de forma natural. Foi como ouvir uma sentença. Vimos nosso sonho de engravidar de forma natural se desfazer em mil pedaços. Nessa época já fazíamos parte da Equipe 15 - N. S . da Rosa Mística, e dividimos com nossos irmãos equipistas o nosso problema. Fizemos a primeira fertilização em setembro de 2010 , o resultado foi negativo, tentamos novamente em dezembro e mais uma vez o resultado foi negativo. É difícil encontrar palavras para expressar nossa dor. Mas, como Deus é maior que tudo e para ele nada é impossível , quando nos preparávamos para fazer a terceira e última tentativa, pois já estávamos pedindo a Deus que tirasse esse desejo dos nossos corações, descobrimos uma gravidez natural , e , pasmem, já no terceiro mês de gestação, afinal de contas não tínhamos expectativa de uma gravidez natural. Hoje estamos felizes , aguardando com muito amor a chegada da nossa filha querida . Temos certeza: Deus fez um milagre em nossas vidas e a nossa equipe tem grande responsabilidade sobre isso, pois foi nas equipes que encontramos força para buscar nosso sonho. As reuniões e os PCEs nos deram segurança, esperança, a certeza de não estarmos sozinhos, a certeza de que Deus CM 455
estava o tempo todo conosco e que mandaria nosso filho na hora certa, a hora de Deus. Podemos dizer com segurança: o Poderoso fez em nós maravilhas e santo é o seu nome .
Queremos , com esse breve relato, encorajar casais que talvez
vivam o mesmo problema. Tenham fé , não desistam dos seus sonhos e , principalmente, coloquem sua confiança em Deus, Ele certamente honrará a sua fé . • (R,
Eq.l5B - N. S. Rosa Mrstrca Goranra GO
PEDIDO AO ESPÍRITO SANTO
Senhor derramai sobre nós vosso Espírito Santo, para nos assistir neste momento em que , animados pelo nosso casal Responsável de Equipe 2011 , que nos apresentou um banquinho muito parecido com os encontrados nas praças à época de nosso namoro, onde vivemos nossos momentos de romantismo, de descobertas , onde aprendemos a nos conhecer a ponto de querermos casar e traçar planos para o nosso futuro, sonhamos como seriam nossas vidas sob o mesmo CM 455
teto e idealizamos este teto, a cor das paredes, o jardim, o quarto de nosso primeiro filho, as dificuldades a enfrentar, a compra dos móveis, se o nosso salário dava para comprar, o tempo necessário para nos prepararmos para o grande dia do casamento. Hoje somos animados a nos sentarmos neste banco para um dever de sentar-se, queremos e pedimos que vosso espírito nos guie e nos dê sabedoria para a escuta de tua palavra e que após a meditação possamos sentir teus dons: 29
o dom do Amor nos fez entender o quanto necessitamos um do outro, que um sem o outro não funciona; o dom da Fortaleza não nos deixou desistir de nossos ideais, de nossos sonhos , de deixar o dever de sentar-se para outro dia (amanhã talvez); o dom da Sabedoria nos fez descobrir o quanto é necessário um dever de sentar-se, escutar o outro a nos falar de seus anseios, desejos, alegrias, conquistas, tristezas, e pedido de compreensão; e que possamos com o dom do Entendimento sentir, conhecer os sentimentos atitudes do coração de nossa amada; o dom da Fortaleza para que tenhamos força para viver as decisões tomadas para nosso crescimento espiritual e conjugal , que não nos afastemos de nossos propósitos de caminhar para a santidade conjugal; o dom do Conselho para que nossas decisões sejam boas e retas; 30
o dom da Ciência para aprendermos a conviver com as diferenças que se completam; o dom da Piedade para que , com alegria possamos assumir nossas responsabilidades de esposo e esposa; o dom do Temor de Deus para que com respeito e amor e na presença de Deus possamos reconhecer o perigo do erro e do pecado. Assim foi nosso dever de sentar-se, cheios de Fé, Esperança e Caridade. Pedimos para sermos assistidos pelo Espírito Santo e podermos sentir o poder de seus Dons , a nos dar força , discernimento entre o certo e errado como também fez com os Apóstolos "Agora eu lhes enviarei aquele que meu Pai prometeu. Por isso, fiquem esperando na cidade , até que vocês sejam revestidos da força do alto. " (Lc. 24,49) Encantados por descobrir que uma conversa na presença de Cristo é bem diferente de um diálogo a dois; conversar na presença de Cristo provoca entendimento, uma satisfação, ficamos felizes e nada ficou pendente; enquanto um diálogo a dois como fazíamos provocava apenas aceitação de um ponto de vista do outro. • M id1 E. ' fc ' to Eq. 75H - N S. da Confiança Fortaleza-CE CM 455
ABENÇOADO RETIRO! "Vinde à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco" (Me 6, 31)
Inspirados no tema "Formação, para amar e servir como Jesus", as Equipes de Nossa Senhora de Caicó cruzaram a fronteira do Rio Grande do Norte, nos dias 04 e 05 de junho, em busca de um verdadeiro paraíso na Terra: O Convento lpuarana, localizado em Lagoa Seca na Paraíba. Em momentos de inigualável riqueza, graças e bênçãos foram abundantemente derramadas sobre cada casal, que teve o privilégio de vivenciar o Retiro Anual num clima de silêncio, tranquilidade e paz. CM 455
O querido Pe. Neto muito nos ensinou, com suas preciosas "besteirinhas" e, através das palestras, desertos e escutas, sentimo-nos reabastecidos para a nossa principal missão: Sermos comunidades vivas a serviço do Pai. No silêncio, pudemos sentir que "O Poderoso fez em nós maravilhas". •
r nstine e Mar< EqOl
N S Ap,., Ca c 31
RETIRO, TEMPO DE GRAÇA. "Vamos sozinhos para algum lugar deserto, para que vocês descansem um pouco" (Me 6, 31).
O Movimento propõe a seus membros meios que lhes permitem progredir no amor conjugal e no caminho da santidade . Apresenta-nos seis Pontos Concretos de Esforço, dentre eles o Retiro Espiritual , realizado uma vez por ano com duração de pelo menos 48 horas . Cada Retiro torna-se único, fazendo com que cada experiência ali vivida não se repita . Em cada um deles , a presença de Jesus , representado pelo Sacerdote pregador, a quem cumpre dirigir-nos a palavra, as reflexões, as orações, celebrando conosco e nos orientando sobre o caminho a seguir. O pregador do nosso Retiro, este ano, foi o Pe. Flávio Cavalca, com quem aprendemos tanto! Com sua sabedoria e sua experiência pudemos viver momentos de grande crescimento para nossa espiritualidade conjugal e nossa formação de casais cristãos e equipistas. Com certeza, continuaremos aprendendo e crescendo com suas reflexões . Realizamos nosso retiro de 08 a 10/04/2011, durante o tempo quaresmal, tempo forte de oração e ainda mais propício a este encontro com Jesus . Foi um tempo 32
favorável para avaliar a nossa caminhada de cristãos, fazer uma revisão da nossa vida , recompor caminhos, despertar para a necessidade de crescimento no processo de amadurecimento na fé e na graça do Senhor. Com a participação de mais de 130 casais da Região GoiásSul , em especial da cidade de ltumbiara, o Retiro de 2011 foi recheado de momentos fortes de oração e reflexão, que com certeza ajudaram a nos tornar mais conscientes da nossa identidade cristã e assim atender ao projeto "Formação, para amar e servir como Jesus" . Esse Retiro abençoado nos proporcionou uma vivência diferente e um crescimento em nossa vida espiritual , pessoal e em casal. Voltamos às nossas casas renovados e conscientes de que a formação cristã é um projeto que não tem limite de tempo; é de longo prazo, mas que , a cada ano, como no Retiro, queremos assumi-lo com mais coragem e dedicação. "Tender à santidade, nem mais nem menos", como nos dizia Pe . Caffarel. • ime1re c Gilson
CR SetorB Itumbrnm
no
CM 455
BODAS DE OURO Rosa e Rubens " Estamos aqui reunidos em gratidão a Deus pelo casamento de Rosa e Rubens. Como agradecer a Deus, em 5 minutos, pelas bênçãos recebidas em 50 anos? Como descrever em 5 minutos uma história de 50 anos? Seriam suficientes 50 palavras? Palavras como amizade, amor, aliança; alegria, sacrifício, dignidade, honra, paciência, persistência, tolerância, perseverança, exemplo, proteção, carinho, cuidado, confiança, sabedoria, intimidade. No fundo do coração sabemos que não são apenas palavras, são valores eternos gravados no íntimo do nosso ser por Deus. Aqueles que decidem viver estes valores pela fé têm o tempo como testemunho. Para Rosa e Rubens um testemunho de 50 anos". Com estas palavras, Rogério, filho mais novo do casal Rosa e Rubens, iniciou a leitura do texto preparado por ele e seus irmãos Ricardo e Rosane, em homenagem a seus pais, pelos 50 anos de vida matrimonial. A festividade , ocorrida em 04/09/2010, iniciou com uma celebração presidida por Frei Almir Guimarães, SCE por muitos anos da Eq.08- N. S. da Paz- que, apesar de sua transferência para a cidade de CM 455
São Paulo, veio especialmente para o acontecimento. Os ftlhos, genro, noras e netos dividiram a alegria deste momento com familiares, amigos e irmãos de equipe do casal, na casa de festas Solar Portugal, situada no bairro do Quitandinha, na cidade de Petrópolis-RJ. Há 40 anos pertencendo às ENS, o casal já assumiu vários serviços de responsabilidade no Movimento e hoje estão como Casal Coordenador da Comunidade N. S. da Esperança em nossa cidade, ajudando na expansão deste grande trabalho iniciado por Dona Nancy. (Marisa
e Casimiro - Eq.lO-N. S. dos Anjos - Petrópo/is-RJ.) lraídes e João Geraldo No dia 08/04/2011 , celebraram 50 anos de Matrimônio, dos quais 30 anos como casal equipista . A Santa Missa, em ação de graças, foi realizada na Paróquia Santo Antonio de Pádua, celebrada pelo SCE Pe. Charles Borg e contou com a presença de familiares, amigos e irmãos equipistas. Ao longo desses anos de vida em comum, o casal vem dando testemunho de alegria de perseverança no amor conjugal, vivendo sob as bênçãos de Deus e a proteção de Maria Santíssima. (Maria Eunice e Tércio- Eq.06- N. S. Caminho da
Esperança- Araçatuba/SP) 33
Edy e René
* ** JUBILEU DE PRATA DE EQUIPE
O casal da Equipe 3, do Setor Niterói C, Região Rio IV, comemorou em família, no dia 29 de abril, suas Bodas de Ouro. 50 anos de plena felicidade sob as bênçãos de Deus. As equipes do Setor parabenizam o casal e agradecem pelo belo exemplo de vida conjugal e de casal equipista.
lêda e George
No dia 13/05/2011 , a Eq.03C-N. S . de Fátima em Niterói, Região Rio IV, viveu um momento muito especial: a comemoração das Bodas de Ouro do querido casal. Juntamente com a Missa em Ação de Graças pelos 61 anos do Movimento no Brasil, este casal que foi o 1° CRR Rio IV, recebeu os cumprimentos de todos os equipistas que participaram desta Celebração. 34
Eq.91B - N. S. do Loreto - Quando, há 25 anos, nos convidaram para entrar no Movimento das Equipes de Nossa Senhora não imaginávamos que estávamos nos inserindo num movimento cuidadoso, forte, que ama seus componentes como Jesus amava os seus discípulos. Um lugar que cuida da gente. Hoje, 25 anos depois (26.06.2011) sentimos como as ENS foram importantes em nossa vida. A Eq.91 - N. S. do Loreto é uma "terra fértil" que produz bons frutos, dela já saíram três Casais Responsáveis de Setor e o atual Casal Responsável da Região Rio V Que Maria, nossa mãe nos proteja em nossa caminhada e que Deus ilumine todos nós pela intercessão do Padre Caffarel! (Mariza
e Jorge -Eq. 91B-N. S. do Loreto-Rio de Janeiro-RJ)
*** CM 455
60 ANOS DE CASADOS Célia e Wilson Completaram seus 60 anos de feliz união no dia 07!1 0 / 2011. No dia 9 do mesmo mês , foi celebrada a comemoração com uma Santa Missa em sua residência, pelo SCE Pe. Emanuel da equipe a que pertencem. Estavam
presentes seus filhos , genros, nora, netos, bisnetos, familiares, amigos e a Eq .01C - N. S. Rainha dos Apóstolos, a primeira equipe de Londrina que foi fundada em 1968. O casal quando veio para Londrina procedente de Marília, já pertencia ao Movimento das ENS daquela cidade há muitos anos. Sempre nos deram exemplo de autêntico casal cristão, testemunho vivo de amor conjugal sendo o baluarte de nossa equipe. (Eq.01C - N. S . Rainha dos Apóstolos).
VOLTA AO PAI Alberto (da Elena) No dia 12/05/11 . Integrava a Eq.06 - N. S. de Todos os Dias - São Paulo/SP Berenice (do Nelson) No dia 18/06/2010. Integrava a Eq.01B- N. S. de Lourdes - Sorocaba/SP Eloy (da Adelaide) No dia 08/06/2011. Integrava a Eq.02- N. S. Aparecida - Rio Negro/PR Hugo (da Mayza) No dia 08/06/2011. Integrava a equipe 02- N. S. de Todos os Povos - São Paulo/SP João (da Tieta) No dia 10/06/2011. Integrava a Eq. N. S. Aparecida- Catende/PE. João Paiva (da Zaira) No dia 25/04/2011. Integrava a Eq.03- N. S. de Nazaré - Paraguaçu/SP José (da Dulce) . No dia 06/11/2010. Integrava a Eq.01 N. S. das Graças - Vinhedo/SP
Julio Cesar (da Nazareth) No dia 28/09/2010. Integrava a Eq.82D- N. S. de Fátima - Rio de Janeiro/RJ Marcos (da Maria José) No dia 11/05/2011. Integrava a Eq.01B - N. S. de Lourdes - Sorocaba SP Marli (do Celso) No dia 16/05/2011 . Integrava a Eq.07- N.S. de Lourdes - Valinhos/SP Nube (do Agnaldo) No dia 10/06/2011. Integrava a Eq.01- N. S. Aparecida Edéia/GO Pe. Teta No dia 01/06/2011 . Era SCE das Equipes e 01 , 03 e 04 - Luziânia/GO Raimundo (da Ana) No dia 26/02/2011 . Integrava a Eq. N. S. Saúde- Salvador/BH Tininho (da Débora) No dia 22/05/2011. Integrava a Eq. N. S. de Guadalupe -Pouso Alegre/MG
A FOGUEIRA E O RIACHO Existiu em épocas passadas , um sábio muito famoso . Certo dia , um de seus filhos disse que já era tempo de sair de casa e procurar viver sozinho sua vida , através de seu próprio esforço e conhecimento. O sábio, ouvindo o pedido de seu filho, disse que iria refletir e depois lhe daria a resposta. Algum tempo depois, chamou o rapaz e disse que , naquela noite , iriam para um campo não muito distante do local onde moravam e onde existia um pequeno riacho. O filho concordou com o pai e foi separar alguns pertences para aquela noite fora de casa. Separou os alimentos, água e abrigo para o frio da noite. No final da tarde, partiram para a aventura. No local escolhido pelo pai , resolveram , então, instalar-se e , imediatamente , o filho pôs-se a fazer uma fogueira onde seria feito o jantar e também serviria de abrigo e luz. Quando as chamas já estavam altas, o sábio disse ao filho que observasse bem aquele fogo e que no dia seguinte iriam conversar. O rapaz, sem entender muito o que o pai queria dizer, ficou a observar 36
o fogo atentamente e a pensar naquilo que ouviu. Com o passar das horas e com a chegada do cansaço, sem chegar a uma conclusão, ele adormeceu . Já de manhã, o sábio questionou o filho sobre o que conversaram na noite anterior e , sem obter resposta disse: - Filho, observe aquela fogueira que fizemos e este pequeno riacho. Ainda ontem , a fogueira estava forte , protegeunos do frio e deu-nos luz com suas chamas que tudo consomem. Com o passar do tempo, seu fogo foi ficando fraco e agora só restam cinzas que de nada servem . Já o riacho segue seu caminho tranquilo, servindo de moradia para animais aquáticos, sendo útil para as plantações nos locais onde passa e fornecendo ·água, que é fonte de vida . Certamente , filho , este riacho teve sua nascente em alguma montanha próxima daqui e irá juntar-se a outros riachos, também pequeno e tranquilo e a tantos outros rios e , assim , caminharão juntos até seu objetivo final que é o oceano. O rapaz ouviu as explicações de seu sábio pai, e compreendeu que às vezes , ser grande e forte como o fogo , que tudo consome , de nada adianta se estiver sozinho. O fogo se apaga com o tempo. Mas se for pequeno e tranquilo como o riacho, caminhando e se unindo aos outros , mesmo que tímido, mas estando e agindo CM 455
em comunidade , seu esforço será menor e conseguirá maiores conhecimentos para atingir seus objetivos. É assim que acontece conosco em nossa vida de equipe. Às vezes somos fogo, outra, riacho em nossas equipes de base. Se não alimentarmos nossa vida espiritual através da vivência dos PCEs para mantermos acesa a chama da nossa fogueira , nos tornamos fracos e desanimados ao longo da caminhada, restando-nos apenas
o desalento. Mas se bebermos da fonte da Água viva que é JESUS , testemunhando aos nossos irmãos vida, motivação e somando forças , seremos como o riacho que no seu percurso une-se aos demais para atingir o objetivo final : "Ser oceano". "E nós, se assim procedermos, seremos uma verdadeira comunidade de fé-" Ecclesia". •
···································································································································································
CREIO, MAS NÃO PRATICO Quando , num encontro de amigos , a conversa gira em torno de assuntos religiosos , é comum alguém declarar, com naturalidade e segurança: "Creio, mas não pratico! " Trata-se de uma afirmação que parece ser tão bem formulada , tão lógica , que , normalmente , ninguém a contesta. Assim, dias depois, em outro grupo, se a discussão for também sobre questões religiosas, CM 455
é possível que alguém volte a fazer a mesma afirmação. Mais do que uma afirmação isolada , essa ideia de que se pode acreditar sem colocar em prática aquilo em que se acredita é tão comum que já se tornou uma mentalidade em muitos ambientes. A justificativa desse comportamento varia de pessoa para pessoa. Há aquela que deixou de lado 37
a prática religiosa pela decepção com um líder da comunidade ; outra, sem perceber, abandonou , pouco a pouco, sua vida de fé : passou tanto tempo sem ler a Palavra de Deus , sem re zar e sem assistir à missa dominical que , quando notou , já havia organizado sua vida de tal maneira que não havia mais espaço para expressões religiosas; outras pessoas tinham um conhecimento tão superficial de sua religião que , sem grandes questionamentos , a abandonaram .Há , também , as que procuram o batismo dos filhos , a missa de formatura ou de sétimo dia , tão somente como atas sociais. Afinal, é possível crer sem praticar? Algumas pessoas deixam a prática religiosa com o argumento de que buscam uma maior autenticidade . Dizem não gostar de normas e ritos : preferem uma religião "mais espiritual", sem estruturas . Esquecem-se de que somos se-res humanos , não anjos. Os anjos não precisam de sinais, gestos e palavras para se relacionarem . Nós , ao contrário , usamos até nosso corpo como meio de comunicação. Traduzimos nossos sentimentos com um sorriso ou um aperto de mão, uma palavra ou um tapinha nas costas ; fazemos questão de nos reunir com a família nos dias de festa e telefonamos para o amigo , cumprimentando-o no dia de seu aniversário; damos uma rosa para nossa mãe e nos encantamos com o gesto da 38
criança que abre seus braços para acolher o pai que chega . Como , pois , relacionar-nos com Deus tão somente com a linguagem dos anjos , que nem conhecemos? A fé nos introduz na família dos filhos e filhas de Deus ; nela , é essencial a prática do amor a Deus e ao próximo. Nossa família cristã tem uma história , uma rica tradição e belíssimas celebrações. Pode ser que alguém não as entenda . Mas , antes de simplesmente ignorá-las ou, pior, de desprezá-las, não seria mais prudente procurar conhecêlas , penetrar em seu significado e descobrir seus valores? O essencial , já escreveu alguém , é invisíve l aos nossos olhos . Não se pode querer uma fé sem gestos, com a desculpa da busca de maior autenticidade . O Pai eterno , quando nos quis demonstrar seu amor, levou em conta nosso jeito de ser, de pensar e agir. Mais do que expressar "espiritualmente" seu amor, concretizou-o: enviou-nos seu Filho, que habitou entre nós . "Creio, mas não pratico" . A fé ("creid' ) e avida ("nãopratico") não podem estar assim separadas. Por sua própria natureza, devem estar unidas . Por Dom Murilo S. R. Krieger, scj (Arcebispo de São Salvador I Bahia) • Flavia e Luis Alberto Eq.ll - N. S. do Perpétuo Socorro Píndamonhangaba SP CM 455
MEDITANDO EM EQUIPE Lucas nos apresenta a Transfiguração de Jesus com alguns toques bem pessoais, omitidos por Mateus e Marcos. Aliás, a ênfase cristológica que Ele dá a este episódio faz do mesmo uma das páginas mais importantes de toda a obra lucana: Evangelho e Atos dos Apóstolos. Para alguns comentaristas, Lucas assenta o seu Evangelho sobre três grandes pilastras, que são respectivamente três epifanias, ou melhor, três cristofanias : o Batismo de Jesus ("Tu és o meu Filho, eu, hoje, te gerei"); a Transfiguração (" Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o!"); e a Ressurreição ("Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho?").
Escuta da Palavra em At 1,1-14 Sugestões para a meditação: Por que Jesus só levou consigo para o monte Pedro, Tiago e João? Por qual motivo Ele subiu o monte Tabor? Que significado tem a presença de Moisés e Elias no Tabor? Por que os t rês discípulos não contaram o fato aos outros? Frei Geraldo de Araújo Lima, O.Carm .
Oração
litúrqir~
"Senhor Jesus Cristo, que, antes de sofrer a paixão, revelastes aos discípulos, em Vosso corpo transfigurado, a glória da ressurrei ção, nós Vos pedimos pela Santa Igreja que caminha nas estradas deste mundo, para que, mesmo no sofrimento, ela sempre se t ransfigure pela alegria da Vossa vitória. Senhor Jesus Cristo, que tomastes convosco Pedro, Tiago e João, e os levastes até o alto do monte, nós Vos pedimos pelo nosso Papa e por todos os bispos, para que sirvam ao Vosso povo na esperança da ressurreição. Senhor Jesus Cristo, que haveis de transfigurar os nossos corpos mortais, tornando-os semelhantes ao Vosso corpo glorioso, nós Vos pedimos pelos nossos irmãos e irmãs falecidos, para que entrem na glória do Vosso reino " . (da Liturgia das Horas, festa da Transf iguração do Senho r)