ENS - Carta Mensal 504 - Dezembro 2016

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Ano LVI • dezembro • 2016 • nº 504

“Onde há misericórdia existe o mistério do Natal”

Equipe Super-Região em Aparecida

XII - Encontro Internacional Fátima 2018 Informações gerais


Í

N

D

I

26 super-região Pedagogia do Natal Casa do Natal A videira Descansando numa manjedoura XII - Encontro Internacional Fátima 2018

igreja católica 10 11

A Imaculada Conceição Amoris Laetitia Capítulo II

13 14 20 22 23

Equipe Super-Região Brasil em Aparecida Província Leste Província Sul I Província Sul II Província Sul III

vida no movimento

raízes do movimento 24

Seriedade

E

acervo literário do Padre Caffarel

01 editorial

02 03 04 06 08

C

A oração, encontro com Cristo

testemunho 28 30 32

Viver a Missão com Alegria: Ele é tudo para nós Saboreando o Natal em família A Alegria da Missão

33 34 35 36 39 40

Equipes de Nossa Senhora: caminho de santidade Comunicação “Nasceu rodeado de carinho” Sobre os felizes Travessia para Genesaré Casa de Maria - A alegria de servir

41 42

Sempre Construindo Correção fraterna

reflexão

formação

43 notícias 48 dicas de leitura

Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora

no 504 • dezembro • 2016

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, cj. 115, Perdizes - 05005000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Ilustração de capa e pp. 5,6,7,10,30,36,37,41e 42 Can Stock Photo Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 26.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o andar, cj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


editorial Queridos irmãos equipistas No início deste ano fomos convidados a viver nossa missão de casais cristãos com alegria. Diante de uma realidade muito triste, em que a incredulidade ao matrimônio está presente, fomos desafiados a dar testemunho da felicidade de viver felizes o matrimônio. Reuniões, encontros, formações, retiros. Enfim, um ano maravilhoso. Estamos nos preparando para a noite Santa, mas já vislumbrando 2017. Equipista é assim. Sempre em movimento. Felizes pela certeza de que viver por Deus, em Deus e com Deus é o caminho. Nesta Carta, contamos como foi o encontro da Super–Região Brasil que aconteceu em Aparecida. Mais um final de semana de muito trabalho que, como não poderia ser diferente, foi um encontro especial sob a proteção da nossa querida Mãezinha.

desses nossos irmãos equipistas. Obrigado, Maria Regina e Carlos Eduardo, Hélène e Peter, Monique e Gérard e Cidinha e Igar. Antes de partirmos para as considerações gerais, uma informação importante! Dia 10 deste mês começam as inscrições para o Encontro Internacional de Fátima 2018. Mais informações na página 8. Enfim, agradecemos a todos que nos enviaram artigos para que nosso trabalho fosse possível. Contamos com vocês nessa caminhada. Nós da equipe Carta Mensal desejamos que este Natal seja sinônimo de encantamento no olhar, plenitude no amor e que carregue em seu coração paz e a certeza de que Deus caminhará ao seu lado todos os dias deste ano que está por vir.

Feliz Natal e Próspero Ano-Novo

Esta edição conta também com dois artigos excelentes nas bandeiras Raízes do Movimento e Acervo Literário do Pe. Caffarel, ambos temas que enriquecem nossa Carta todos os meses. Isso só é possível graças a incansável colaboração Equipe Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA” CM 504

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super-região

PEDAGOGIA DO NATAL O Papa Francisco, na missa da vigília do nascimento do menino Jesus, Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, proferiu palavras belíssimas dentre as quais gostaria de dedicar essas linhas: “Não há lugar para a dúvida; deixemo-la aos céticos, que, por interrogarem apenas a razão, nunca encontram a verdade. Não há espaço para a indiferença, que domina no coração de quem é incapaz de amar, porque tem medo de perder alguma coisa. Fica afugentada toda a tristeza, porque o menino Jesus é o verdadeiro consolador do coração”. Dúvida, indiferença, tristeza... o papa nos recorda que, não só nesta noite, mas por causa dela, em todos os dias e noites de nossas vidas de cristãos esses debilitantes sentimentos da natureza humana não podem encontrar mais espaço. É uma verdade de Fé, “resplandece ‘uma grande luz’ (Is 9, 1); sobre todos nós, brilha a luz do nascimento de Jesus”. Mas por que então a humanidade continua reproduzindo esses sentimentos? Por que um país católico como o Brasil continua sendo protagonista de escândalos éticos e morais que envolvem diversas instituições? Ouso dar uma resposta, porque vivemos numa sociedade formatada por princípios cristãos que poucas vezes incidem eficazmente no dia a dia de nossas vidas. Traduzindo: a fé não repercute na vida! 2

Ficar emocionado diante da cena do presépio e ao mesmo tempo defender o aborto de crianças vítimas de síndrome congênita, como no caso das mães com o zika vírus, é contraditório. Dar um presente de Natal a alguma criança carente e defender a redução da maioridade penal, para que essas mesmas crianças sejam jogadas em celas com adultos sem a oportunidade de medidas socioeducativas, é um contrassenso. Nossas emotivas “experiências natalinas” são válidas, mas devem ser pedagógicas. Elas devem nos ensinar que a Fé no menino Jesus é a mesma Fé que torna possível, através do testemunho cristão, que a “dúvida, indiferença e tristeza” sejam substituídas por certeza, compromisso e alegria, sobretudo com relação aos mais pobres e necessitados. A Pedagogia do Natal é essa: celebrar na noite Santa a certeza da grande Luz que é Jesus, o Cristo, e agir durante todos os dias e noites do ano com o comprometimento que deriva dessa celebração. Feliz Natal, para que o mundo seja também mais verdadeiro, comprometido e feliz!!! Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 504


Época de Natal; são tantos preparativos, que começaram já há algum tempo... Quando entramos na sala, num canto nos deparamos com um “presépio” que foi montado e chama atenção de todos, principalmente das crianças. O menino Jesus está deitado sobre um punhado de palha. Todos olham e se comovem... Há velas espalhadas, de todos os tamanhos e cores, e quando são acesas o ambiente fica aconchegante e cheio de ternura. Em outro canto vemos a “árvore de Natal”, com suas bolas coloridas, enfeites e luzes a brilhar e alegrar o local. Embaixo dela vemos alguns pacotes lindamente embrulhados: são os presentes. Quanta expectativa esta noite nos traz... Os sentimentos são tantos que precisamos de todos estes símbolos para nos expressar, e mesmo assim o nosso coração continua repleto de alegria, ternura e amor. Chegamos à cozinha que está bem agitada, com muitos aromas, sabores, o barulho alegre de panelas e pratos, as conversas ao pé do fogão, e a finalização da ceia desta noite. A mesa está posta, só aguardando a hora em que todos se reunirão em torno dela. Como é bom estarmos juntos... É hora da oração, e não há dificuldade para reunir as crianças nesta noite. Já nada mais existe além CM 504

A CASA DO NATAL

deste pequeno universo, criado neste momento. O quadro é belo, não há dúvida. Mas atenção! Que esta noite tão especial não esteja em contradição com o mistério que queremos celebrar. O Filho de Deus vivia no Amor, na Glória e na Alegria infinita da família divina; mas não pôde resistir ao apelo da miséria humana e se fez homem, companheiro de miséria de todos os homens. Devemos nos reunir alegremente sim, principalmente nesta noite em festa, em torno do presépio, em torno da mesa. Mas não deixemos que nossa alegria amorteça o grito de miséria que pode estar tanto dentro de nós quanto lá fora. Não deixemos que a doce e quente intimidade do lar nos faça esquecer a noite fria, as casas úmidas, as crianças abandonadas e a grande onda gemente dos sofrimentos dos homens. Ah, tudo bem, estes pensamentos são por demais tristes, ainda mais quanto menos pudermos fazer por isto. Mas será mesmo que não podemos fazer nada? Será que não conseguimos ver a miséria próxima, e tampouco


descobrir o nosso próprio supérfluo? Se cada um de nós aprendesse a descobrir ao menos os sofrimentos que nos cercam, e socorresse segundo as possibilidades, bem depressa a miséria diminuiria de amplitude. Não seria justamente esta noite especial, o Natal, a ocasião mais indicada para convidar todos, a pensar nas crianças pobres, e nos mais necessitados de nossa sociedade? Deixemos que nosso coração nos guie para o que pudermos fazer, desde uma oração a um gesto concreto de solidariedade, de misericórdia e amor. Papa Francisco quando nos fala da pedagogia da misericórdia diz: “O movimento que vai do olhar da alma até as mãos, o movimento de quem não tem medo de se aproximar, de tocar, de acariciar, e tudo isto sem

condenar, nem excluir ninguém”. Tornemo-nos semelhantes às crianças, que com sua inocência e pureza d’alma enxergam aquilo que muitas vezes perdemos com o tempo, com as angústias e com os sofrimentos. Que a casa do Natal esteja com as portas abertas, ou seja, com o coração aberto para ouvir os apelos e sentimentos dos corações que querem ser amados para poder amar... Então, sim, a casa do Natal será especial! Bom Natal a todos! Hermelinda e Arturo CR Super-Região

A VIDEIRA

O tronco e os ramos, Ser cristão é ser discípulo e missionário. E tal condição, tanto mais for vivida em proximidade, tanto pelo conhecimento como pela experiência de fé, em relação ao seu mestre, mais o nosso testemunho será autêntico naquilo a que nos propomos. É fundamental que todos nós batizados, em constante retorno à vida de Jesus, procuremos aí a nossa escola de vida, onde, vendo o exemplo do Mestre, possamos a cada dia nortear o nosso testemunho tão necessário nos dias e na realidade em que vivemos. O que mais nos chamou atenção na reflexão desta passagem são as aulas originais do Deus-conosco, 4

Jo 15, 1-8

Jesus, falando a nossa linguagem para nos fazer entender na vertical e na horizontal o que é a Graça, a vida nova que veio nos trazer: Vida de comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ele se compara ao tronco da videira; e nós aos ramos. A mesma seiva que vem da raiz, passa para o tronco e vai para os ramos. A seiva é a vida: a vida divina do tronco é a mesma vida que alimenta os ramos para darem flores e frutos. Ficando unidos ao tronco, os ramos –­ a árvore toda – terão Vida, produzirão frutos da Vida... E o vinhateiro, o Pai, poda os ramos para que produzam mais frutos ainda: CM 504


Em seu discurso, Jesus usa a comp a r a ç ã o da videira, a planta que dá uva. Para um ramo ou um galho poder dar fruto é necessário que ele fique unido ao tronco e que, de vez em quando, passe por uma boa poda. A comunidade é como uma videira. Por vezes, ela passa por momentos difíceis. É o momento da poda, necessário para que ela produza mais frutos. Para entender bem todo o alcance desta parábola, é importante estudar bem as palavras que Jesus usou. Igualmente importante é observarmos de perto uma videira ou uma planta qualquer para ver como ela cresce e como acontece a ligação entre o tronco e os ramos, e como o fruto nasce do tronco e dos ramos. Ao final desta reflexão, voltada para a dimensão da vida de Jesus na condição de Mestre, entre outras coisas, constatamos que o caminho continua. O seguimento dá-nos acesso a Ele, mas não o esgota porque sua construção e descoberta contínuas acontecem na firmeza de cada passo. Fica então o convite a nós todos para ir e ver a novidade desta vida, a profundidade de suas palavras e o que é próprio do Mestre Jesus e, finalmente, permanecer no caminho descobrindo pelo próprio seguimento o que é específico de cada experiência. Por isso, não é sem sentido que os Pontos Concretos de Esforço e CM 504

a Partilha são postos em prática por meio de duas dinâmicas fundamentais do nosso Movimento: a dinâmica da oração e a dinâmica da comunhão. Ajudados pela dinâmica da oração, à dinâmica da comunhão presente na vivência dos Pontos Concretos de Esforço, na vida de equipe, nas atitudes de vida conseguiremos converter-nos num testemunho de comunhão uns para com os outros, quer na equipe, quer no mundo em que vivemos. A alegria do vinhateiro é a videira forte e viva. O fim da videira são os frutos. Assim também somos nós cristãos das ENS, glorificamos a Deus quando produzimos vida e alegramos o coração de Cristo e da humanidade com os bons frutos de nossas ações. A conclusão da lição botânico-teológica de Jesus é clara: ramo separado do tronco seca e não produz fruto; “esse ramo só servirá para ser queimado”. Mas a conclusão que interessa a Ele é: “Quem permanecer em mim, e eu nele, esse dará muito fruto... Permanecei no meu Amor”. (Jo 15, 8). Bete e Carlos Alberto CR Província Leste 5


Descansando numa manjedoura

Uma vez mais voltamos o nosso olhar ao mistério da Encarnação do Verbo divino que se faz humano para salvar o gênero humano. O menino Deus se deita numa humilde manjedoura na periferia do Antigo Império Romano. “Desperta humanidade! Por sua causa Deus tornou-se homem! Desperte, você que dorme, renasça e Cristo o iluminará.” (Sermão 185,1 de Santo Agostinho). Os sentimentos de gratidão permeiam as nossas relações e tudo o que fazemos no final de mais este ano. Todos nos sentimos mais abertos a boas ações. Por isso, é fácil perceber manifestações de solidariedade para com os demais através de gestos comunitários ou individuais de ajuda aos mais necessitados. Mas será que este sentimento de amor universal só tem sentido nesta época do ano? Será que temos que esperar todo um ano para perceber as necessidades dos nossos irmãos e assim nos solidarizarmos com eles? Santo Agostinho de Hipona não entendia o mistério da encarnação de Cristo desta forma. Nela, ele vislumbrava a oportunidade de se encontrar com Cristo através dos seus irmãos todos os dias da sua vida. “Deus tornou-se homem para que, enquanto homem, você possa alcançá-lo, o que, de início, era-lhe impossível. ” (Comentário ao Salmo 134,5). A solidariedade com o gênero humano é na verdade a possibilidade sublime de encontro com o próprio Deus. É a experiência da humildade que leva ao encontro com o divino. Através desta humildade, vivida por Ele ao se fazer como a sua própria criatura, foi estendida a salvação a toda humanidade. “Certamente o nascimento humano de Cristo foi humilde e extraordinário. Por que humilde? Porque, como homem, Ele nasceu de uma criatura humana. Por que extraordinário? Porque nasceu 6

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de uma virgem.” (Santo Agostinho sobre o Credo 3, 6). Neste ato de humildade realizado por Deus temos o exemplo de como viver com a nossa fé. Servir a Deus através dos irmãos e de suas necessidades é a nossa missão. Missão esta que não pode se resumir a uma época específica do ano como o Natal ou Ano Novo. Ela deve ser uma ação contínua, pois é através dela que damos testemunho da nossa fé em Cristo. É através da solidariedade com os mais necessitados que professamos o nosso amor a Deus e mostramos a nossa gratidão pela encarnação, que, trouxe para nós a salvação e a realização do gênero humano como filhos do humilde Deus Altíssimo. “Vós o Cristo viestes em aparência humilde. Por isso vossos seguidores rezam e veneram tal humildade, em todas as nações do mundo.” (Comentário do Salmo 53,4). Uma vez mais colocaremos o menino Jesus deitado numa manjedoura. Ele descansa porque durante um ano inteiro ele esteve no meio de nós, se solidarizando com os mais necessitados e clamando pela boca dos profetas do nosso tempo por mais justiça, para que os homens fossem mais humildes, e reconhecendo seus erros, encontrassem em Deus o caminho da fraternidade. Ele merece descansar... E você? O que fez este ano para merecer o mesmo? Que no próximo ano tenhamos a força necessária para viver com mais humildade, solidariedade e força para lutarmos por um mundo melhor. Talvez assim possamos garantir um lugar na manjedoura junto ao menino Deus. Quer lugar melhor para passar o Natal? Frei Arthur Vianna Ferreira, OSA SCE Província Leste CM 504

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XII - ENCONTRO INTERNACIONAL FÁTIMA 2018 - 16 a 21 de julho de 2018 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS INSCRIÇÕES 1. - Quem pode se inscrever? Todo equipista que conste do cadastro nacional das Equipes de Nossa Senhora. 2.- Período das inscrições? As inscrições estarão abertas em dois períodos distintos: 2.1 - De 10/12/2016 até 31/1/2017vinculadas ao número de vagas estabelecido por PROVÍNCIA. 2.2-De 1/2/2017até 30/11/2017- não vinculadas à PROVINCIA, atendendo primeiro a lista de espera e, em seguida, as novas inscrições. 3.- Taxa de administração Será cobrada uma Taxa de Administração no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) por pessoa, juntamente com o pagamento da primeira parcela. 4.- Valor da inscrição O valor da inscrição é de 500 euros por pessoa. Tomou-se por parâmetro o valor de R$ 3,852 por euro, sendo assim o valor em reais é de R$ 1.926,00 (hum mil novecentos e vinte e seis reais) por pessoa. 4.1 - A inscrição contempla: a) Transporte: do aeroporto de Lisboa até Fátima (chegada) e de Fátima até o aeroporto de Lisboa (partida); b) Hospedagem e alimentação em hotel durante a realização do Encontro; c) Material do Encontro. 4.2 -Real em relação ao euro - Em maio/2018 a Super-Região Brasil estará concluindo o pagamento de todas as inscrições junto à Associação “Fátima em 2018”, administradora do Encontro, sendo assim fica estabelecido: a) Se em 31/5/2018 a cotação do Euro em relação ao real estiver acima de R$ 3,852, a diferença será paga pelo 8

equipista participante através de boleto que será disponibilizado no sistema Magnificat para sua impressão. b) Se em 31/5/2018 a cotação do euro em relação ao real estiver abaixo de R$ 3,852 a diferença será reembolsada ao equipista participante após o encerramento e fechamento das contas do Encontro. 5.- Solidariedade É uma oportunidade para a prática da Ajuda Mútua com irmãos equipistas brasileiros e tem por objetivo: a) viabilizar a participação de casais e sacerdotes conselheiros espirituais visando formação de futuros quadros; b) viabilizar, dentro do possível, a participação de casais e sacerdotes conselheiros espirituais que não tenham condições de arcar com essas despesas. 5.1 - A solidariedade é OPCIONAL. 5.2 - A título de solidariedade propomos a escolha de um dos valores abaixo. 0,00

60,00 120,00 180,00 240,00 300,00 360,00

O valor escolhido será parcelado de acordo com o plano de pagamento da inscrição e incluído mensalmente na sua parcela. 5.3-A Super Região Brasil é responsável pela administração e distribuição dos valores arrecadados a título de Solidariedade. 6.- Composição do valor de uma Inscrição Valor da Inscrição + Taxa de Administração + Solidariedade 7.- Parcelamento

7.1-Os inscritos poderão optar por parcelar o valor da inscrição em até 12 (doze) parcelas mensais. O vencimento CM 504


da primeira ocorrerá em janeiro e a última em dezembro de 2017; 7.2- O número de parcelas está limitado pelo mês em que se realiza a inscrição, de modo que o último vencimento NÃO ocorra após dezembro de 2017. 8.- Forma de pagamento Ao concluir a inscrição, o sistema está preparado para emitir os boletos referentes às parcelas mensais escolhidas pelo inscrito. O valor correspondente à Taxa de Administração (R$ 50,00) será incluído no vencimento da primeira parcela, seja qual for o plano escolhido. Atenção: a responsabilidade pela emissão dos boletos é dos inscritos. Havendo dificuldade com a emissão ou perda de boletos, poderá ser emitida 2ª via ou solicitar ao Casal Responsável Regional ou Casal Responsável do Setor ou Casal Coordenador Nacional das Inscrições ou ainda o Secretariado das ENS. 9. - Desistências 9.1- As desistências deverão ser formalizadas por escrito (carta ou e-mail) ao Casal Coordenador Nacional das Inscrições; 9.2 - Aos inscritos que comunicarem sua desistência até 30 de novembro de 2017 será devolvidos integralmente o valor das parcelas pagas no mês subsequente ao da comunicação; 9.3 - Aos inscritos que comunicarem sua desistência entre 1/12/2017 até 15/3/2018 serão devolvidos 50% do valor das parcelas pagas no mês subsequente ao da comunicação; 9.4 - A partir de 16/3/2018, em virtude da Super-Região Brasil ter concluído o pagamento de todas as inscrições para a Associação “Fátima em 2018”, administradora do Encontro, a devolução ficará na dependência do reembolso por essa Associação, caso haja sobra de caixa; CM 504

9.5-O valor da Taxa de Administração NÃO será devolvido, independentemente da data de desistência; 9.6 - O valor da Solidariedade NÃO será devolvido, independentemente da data de desistência. 10.- Cancelamentos Inscrições com parcelas vencidas há mais de 60 (sessenta) dias serão automaticamente canceladas. Serão reembolsadas conforme item 9 acima. 11.- Outras instruções 11.1-As inscrições são intransferíveis; 11.2 -Será mantida a inscrição e garantida a participação no Encontro aos inscritos que mantiverem seus pagamentos em dia. É importante guardar todos os comprovantes de pagamento. 11.3-As eventuais sobras de recursos serão devolvidas após o encerramento do Balanço Financeiro do Encontro. 12. - Planos de pagamento para uma pessoa.

PLANO

PARCELAS

P1

1

VALOR 1.926,00

P2

2

963,00

P3

3

642,00

P4

4

481,50

P5

5

385,20

P6

6

321,00

P7

7

275,14

P8

8

240,75

P9

9

214,00

P10

10

192,60

P11

11

175,09

P12

12

160,50

Coordenador Nacional das Inscrições: Vera e José Renato Luciani Rua Belém, 401 – Bairro Brasil 13301-453, Itu-SP Fone: (11) 4022-2212 fatima2018@ens.org.br 9


Igreja Católica

A Imaculada Conceição A Festa da Imaculada Conceição, em 08 de dezembro, é uma das quatro Festas de Devoção (Memórias) à Nossa Senhora que a Igreja celebra em seu calendário litúrgico. Desde o início do cristianismo a Imaculada Conceição era defendida por religiosos e teólogos; no século VIII já se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria, mas só em 8 de dezembro de 1476 o papa Sisto IV a instituiu como Festa Universal da Igreja. Na Itália, no século XV, em 1678, o franciscano Bernardino de Bustis, escrevia o “Ofício da Imaculada Conceição”, aprovado pelo Papa Inocêncio XI e, mais tarde, enriquecido pelo Papa Pio IX logo após a definição do Dogma da Imaculada Conceição, instituído por ele solenemente, em sua Bula “INEFFABILIS DEUS” em 8 de dezembro de 1854. O Dogma significa uma verdade de fé, revelada por Deus através de Sua Palavra, na Bíblia. No caso da Imaculada Conceição, dentre outras, na saudação do Anjo Gabriel a Maria: “Ave cheia de graça, o Senhor é contigo.” (Lc 1,28). Em outra, Deus diz: “Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a dela.” (Gn 3,14). Segundo esta profecia, a mãe do Filho de Deus deveria ser livre do pecado e seria a reconciliação do homem – a humanidade – com Deus. O Dogma afirma que desde a concepção da Virgem Maria no ventre de sua mãe Santa Ana se deu sem mancha (mácula, em latim) perfeita, e geraria o Filho de Deus. “Pode o puro vir de um ser impuro?” (Jó 14,4). A graça de Deus a fez pura para gerar o puro, livrando-a de qualquer pecado, incluindo o de origem, aquele que todos nascemos com ele, por herança do pecado de Adão e Eva e por isso chamado de pecado original. Neste ponto, muitas pessoas, incluindo católicos, acreditam que a Imaculada Conceição, 10

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se dê pelo fato de Maria gerar Jesus, ou seja: a concepção de Jesus no seio da Virgem Maria. Verdade maior ainda, de que esta concepção foi Imaculada, devido à ação direta de Deus. Respondeulhe o Anjo Gabriel: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra. Por isso, o ente santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus.” (Lc 1,35). No entanto, o Dogma da Imaculada Conceição, celebrada em 8 de dezembro, é relativo à concepção de Maria, cujo nascimento comemoramos exatos nove meses depois, em 8 de setembro, como Natividade de Nossa Senhora. Existem inúmeras igrejas dedicadas à Imaculada Conceição, sob essa denominação ou simplesmente, Nossa Senhora da Conceição, no Brasil e no mundo. Em Portugal, Vila Viçosa, está um importante Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Também proclamada Rainha e Padroeira de Portugal e de todos povos de língua portuguesa. Imaculada Conceição, rogai por nós! Célia e Ancelmo Eq.01– N. S. das Graças Região Espírito Santo

Amoris Laetitia Capítulo II O segundo capítulo da Exortação Apostólica Pós-sinodal, intitulado “A realidade e os desafios das famílias”, dedica-se à análise da realidade das famílias nos dias de hoje. Após uma introdução, no qual o Papa Francisco afirma que “o bem da família é decisivo para o futuro do mundo” (n. 31), o capítulo divide-se em duas partes: a situação atual da família (n. 32-49) e a alguns desafios (n. 50-57). A situação atual da família é descrita da seguinte forma: • Há uma mudança antropológico-cultural em marcha que “influencia todos os aspectos da CM 504

vida e requer uma abordagem analítica e diversificada”. • Hoje, ao lado de uma valorização maior da comunicação pessoal entre os esposos, há um individualismo exagerado, que “desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada componente da família como uma ilha” (n. 33). • Ainda dificulta a vida da família o ritmo da vida atual, o estresse, a organização social e laboral, que colocam em risco as opções permanentes. • Os problemas internos das famílias, como tornar o lar um lugar 11


de passagem; a confusão da liberdade genuína com a ideia de que cada um julga como lhe parece; o medo da solidão e de “ficar encurralado em uma relação que possa adiar a satisfação das aspirações pessoais” (n. 34). • Muitas vezes se apresentou de forma parcial o fim unitivo do matrimônio quase só centrado no dever procriativo ou até o “ideal teológico do matrimônio demasiado abstrato” (n. 36). • A decadência cultural que não promove o amor e a doação, instalando a “cultura do provisório”, onde tudo é descartável, e que impele os jovens a não formarem uma família e a impor uma “afetividade sem qualquer limitação”, conduzindo ao narcisismo, que incapacita as pessoas a olharem para além de si mesmas. • A queda demográfica, “causada por uma mentalidade antinatalista e promovida por políticas mundiais de saúde reprodutiva” (n. 42). • Problemas derivados da industrialização, da revolução sexual, do receio da superpopulação e da sociedade de consumo. • Há os problemas advindos das situações sociais e econômicas adversas, como a falta de habitação digna, a falta de trabalho e a miséria. • Há filhos nascidos fora do matrimônio, além da exploração sexual da infância e das migrações. • O problema dos idosos, embo12

ra muitos cercados de carinho, e das famílias das pessoas com deficiência. Os desafios são variados e provêm: • Da dificuldade da família exercer a sua função educativa. • Toxidependência, que é um dos “flagelos do nosso tempo” (n. 51). • A violência familiar. • As uniões de fato e as uniões entre as pessoas do mesmo sexo, que “não podem ser simplesmente equiparadas ao matrimônio” (n. 52), assim como a ideologia de gênero, que esvazia “a base antropológica da família” (n. 56). Diante disto, os trabalhos sinodais não descreveram uma família ideal, mas “um interpelante mosaico formado por muitas realidades diferentes, cheias de alegrias, dramas e sonhos” (n. 57). Todavia, não é possível “renunciar a propor o matrimônio, para não contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de inferioridade face ao descalabro moral e humano” (n. 35). E, “por isso, aprecia-se que a Igreja ofereça espaço de apoio e de aconselhamento sobre questões relacionadas com o crescimento do amor, a superação dos conflitos e a educação dos filhos” (n. 38). Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann Setor E, Porto Alegre-RS CM 504


vida no movimento

Equipe Super-Região Brasil em Aparecida um momento forte de espiritualidade

Aos poucos, os Casais Provinciais, os de Apoio e também o Sacerdote Conselheiro Espiritual foram chegando em Aparecida. Alguns vinham de muito longe, tinham deixado suas casas há mais de 20 horas. A alegria do reencontro era visível, se manifestava nos abraços, nos sorrisos, na acolhida. Estávamos reunidos em Aparecida para mais uma reunião da Equipe da Super-Região Brasil. Sempre começamos os trabalhos, nos três dias, com a celebração da Santa Missa. Em Aparecida uma delas é sempre no Santuário Nacional, e desta vez lá participaríamos da Missa na sexta-feira. Mas estávamos no final de semana que antecede a festa da nossa Padroeira, e no horário da Missa seria rezada a Novena de Nossa Senhora. Para a equipe seria impossível participar desse momento, pois havia toda uma programação de trabaCM 504

lho ainda a cumprir naquela noite. Mesmo assim mantivemos a ida ao Santuário. Ficou combinado que faríamos um tempo de adoração na Capela do Santíssimo e depois passaríamos aos pés da imagem de Nossa Senhora Aparecida. O que não sabíamos é que Ela, no seu grande amor de Mãe, nos preparava grandes surpresas para aquele final de tarde. De início, quando chegamos ao Santuário no seu entorno reinava um silêncio e uma tranquilidade inabituais, bem diferente do burburinho que em geral ali encontramos nos finais de semana. Ainda do lado de fora, o Pe. Paulo Renato fez uma breve preparação, rezamos e em espírito de oração, como peregrinos, fomos em direção à Porta Santa. Diante dela mais uma vez o padre tomou a palavra e nos instruiu fazendo uma verdadeira catequese sobre a passagem por essa 13


Porta especial do Ano Santo da Misericórdia. Assim que acabamos de passar por ela os sinos começaram a tocar, eram exatamente 18 horas e o padre no altar principal convocou todos que ali estavam para a oração do Ângelus. Junto com a comunidade, e com toda a Igreja, participamos desse momento que em Aparecida é muito solene. Em seguida nos dirigimos à Capela do Santíssimo que estava totalmente vazia, o que raramente acontece no Santuário. No mais absoluto silêncio nos prostramos diante de Jesus Sacramentado. Fizemos nossa adoração e colocamos em Suas mãos todos os trabalhos dessa Reunião da Equipe da SR, bem como nossas limitações, agradecimentos e preocupações. Chegou então o momento de irmos nos colocar aos pés da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

E aí mais uma surpresa. Exatamente quando todos se colocaram diante da querida imagem, uma orquestra começou a tocar, e mais, um coral de crianças começou a cantar. Foi emocionante! Já do lado de fora, em círculo, de mãos dadas, encerramos esse momento de espiritualidade rezando e recebendo a bênção do Pe. Paulo Renato. Todos nós estávamos muito tocados. Tínhamos certeza de que não estávamos sozinhos, que seria sob a proteção de nossa Mãe e Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, que realizaríamos os trabalhos que tínhamos diante de nós. Estávamos ali para fazermos a vontade do Pai, tendo Jesus ao nosso lado e iluminados pelo Espírito Santo. Vicélia e Magalhães CR Associação dos Amigos do Pe. Caffarel

São Paulo-SP

ENCONTRO DE CONSELHEIROS ESPIRITUAIS E ACOMPANHANTES Nos dias 12 a 15 de setembro participei do Encontro para Conselheiros Espirituais e Acompanhantes Espirituais da Província Leste, um momento de profunda escuta, partilha, convivência, alegria e esperança. O encontro me trouxe a luz que as ENS são de Deus, geradas nas entranhas do Espírito Santo e re14

cebidas pelo Pe. Henri Caffarel e os primeiros casais como um dom para Igreja, que entenderam o carisma, e que foi propagado sem perder até hoje a sua essência na espiritualidade que identificamos na sua mística de santificar os casais, onde são beneficiadas a Família e a Igreja. O Encontro me provou que não temos respostas para muitas quesCM 504


tões desafiantes hoje, como as preocupações do casal no mundo moderno e suas influências ideológicas na sua vocação; a falta de sacerdotes conselheiros espirituais que são supridos pelos acompanhantes espirituais; dificuldade de acolhimento do Movimento por sacerdotes que não entendem a sua força e dinamismo próprios, a falta de vocações sacerdotais dentro e fora das ENS; e a missão dos conselheiros espirituais nas equipes. A resposta que nos foi dada é que devemos encontrar as respostas juntos, sob a luz do Espírito Santo que nos conduzirá, sendo necessárias muita humildade e abnegação para ser dócil ao Espírito de Deus na leitura do tempo e acontecimentos. Saio deste encontro mais motivado

e renovado para contribuir na santificação dos casais e na confirmação da minha vocação presbiteral, tendo como fundamento o serviço e sua fidelidade nos sacramentos da ordem e do matrimônio que nascem de Jesus que nos toca na humanidade, e assim ajudar no crescimento e amadurecimento da fé. Entendi que as ENS têm uma herança inestimável, é um Movimento de casal e para casal, de gente ativa e não de ação, autônoma e não paroquial, empenhado a ajudar os casais a serem verdadeiros cristãos nas suas diversas instâncias no mundo. Pe. Alexandre Duarte de Araújo SCE Setor D Região Minas II

AGRADECIMENTO COM POESIA Escrevo-lhes para mais uma vez registrar os meus agradecimentos pelo precioso Encontro de Conselheiros Espirituais e Acompanhantes Espirituais. Vi como positiva a ideia de oportunizar encontros para os conselheiros. São momentos ricos de troca de experiências e confirmação do serviço ao próprio Movimento. Além disso, vi como muito bons: a estrutura do encontro, o local bastante agradável, as palestras e os testemunhos. Notamos que, de fato, há consistência e mística nas Equipes de Nossa Senhora. Isto me fez lembrar de que, no ano passado, caminhando com a Equipe Nossa Senhora de Guadalupe, no Rio de Janeiro, eu ia notando a solidez teológica do material das reuniões. Julgo como importante pisar em terra firme! Segue uma das poesias que escrevi durante o encontro (dia de Nossa Senhora das Dores): CM 504

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Não trago nada nas mãos Diferente de gratidão Trago flores nascidas no jardim da sinceridade e da tua presença sentida já na tenra idade

MÃE DAS DORES Nasceste para nós Quando o Sol Nascente veio nos visitar Nasceste para a Igreja Quando a dor era a tua companheira na cruz Geraram filhos para Deus as tuas dores As tuas lágrimas batizaram os filhos de Eva Caíste em nossa graça Quando a graça a consagrou para a posteridade Oh Bendita do Senhor Oh Virgem Ornada do Amor

Oh Senhora da Estrada Oh Doce Mãezinha Nasceste para mim Quando de uma mãe nasci Ela me fala de Ti Oh Senhora dos Divinos Mistérios Oh Mulher da Esperança Nasceste no tempo Porque foste eleita na eternidade Oh Aurora da Ressurreição Oh Senhora do meu Coração

Pe. Julio Santa Bárbara

MUTIRÃO 2016 SETOR ITAIPAVA – REGIÃO RIO II A formação dos equipistas é uma das atividades formais do Movimento, sendo o Mutirão uma dessas oportunidades. É um espaço privilegiado para desenvolvermos o conhecimento mais profundo e sistematizado das ENS, sua origem, seu carisma, sua pedagogia. O Setor Itaipava da Região Rio II aproveita, então, essa oportunidade para, além de estreitar os laços de amizade dos equipistas que compõem as equipes, permitir aos mesmos um mergulho agradável nas riquezas e alegrias da vida de equipe. Necessário é sermos dóceis à proposta de formação permanente para crescermos na fé. O Movimento nos convida a esse passo. O 16

nosso Mutirão ocorreu no domingo do dia 18 de setembro de 2016, na Paróquia de São José de Itaipava. A reunião se deu exatamente como nos pede o Movimento, ou seja, num clima de festa, alegria e muita descontração entre os quase trinta casais equipistas presentes. Esse momento rico de formação foi, também, marcante, porque ocorreu na mesma data em que o Movimento das ENS definiu como o Dia de Oração pela Canonização do Padre Caffarel, o que nos permitiu iniciarmos o Mutirão logo nas primeiras horas da manhã com uma bela Santa Missa celebrada pelo Pe. Mário José Coutinho. O Mutirão abordou temas ligados à importância da formação CM 504


para a unidade do Movimento. O novo CRS abordou a questão das novas etapas da Formação Permanente do Movimento, promovendo uma dinâmica com a divisão dos casais presentes em três grupos onde houve a possibilidade de partilha efetiva e troca de experiências. Nosso Mutirão contou também com a presença de um casal do Setor Piabetá, que trouxe-nos o tema “sexualidade”. Por fim, outro casal falou-nos sobre o tema “Contribuição mensal”, trazendo

luz de forma sincera e responsável ao tema. Contamos, ainda, com a presença dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais, Padre Alexandre Brandão e Padre Mário José Coutinho, além do SCE da Região Rio II, Monsenhor José Maria Pereira. “O poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o seu nome.” Roseli e Aguinaldo Eq.02 - N. S. do Amor Divino. Região Rio II

RETIRO 2016

“Conta tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti.” (Mc 5,19) Retirar-se uma vez por ano, não para cumprirmos apenas um PCE, mas para termos a oportunidade de nos esvaziarmos de nossas preocupações diárias, para refletirmos nossa vida, nossa caminhada, principalmente em relação ao campo espiritual, nossa relação com Deus através de nossa missão. Foi o que fizemos no fim de semana de 19 a 21/08/2016 sob a direção CM 504

de Pe. Carlos Henrique, Dom Moacir Arantes e o testemunho do casal Marília e Adriano. Vivenciamos momentos ímpares de escuta e entrega à vontade de Deus para nossas vidas. Quantas graças, quanta oportunidade de nos perdoarmos e perdoar nosso cônjuge por tê-lo (a) magoado em algum momento de nosso relacionamento! 17


Os momentos de reflexão pessoal e em casal na presença de Deus nos impulsionaram a pequenos gestos de conversão que nos levarão a sermos melhores esposos, pais, equipistas e membros da comunidade cristã. Destacamos questões que nos desafiaram a refletir e que devem ser de forma contínua reflexões diárias, tais como: Como está o meu olhar para meu cônjuge? Eu me sinto vocacionado como esposo/esposa para a Santidade? Quais os motivos que me conduziram ao matrimônio? Mudou alguma coisa de lá para cá? O

que eu posso oferecer a Deus neste momento da minha vida? Questões que se respondidas positivamente, certamente nos darão a certeza de que estamos caminhando na direção certa em busca de nosso maior objetivo: a Santidade. Que Deus nos fortaleça e nos ampare a cada dia para que os frutos colhidos no Retiro nos façam ter a certeza de sermos dignos da presença de Deus entre nós. Cristina e Antonio Carlos Eq.01C - N. S. de Fátima Região Minas V Divinópolis-MG

A PRECIOSA BUSCA:

ENCONTRO PROVINCIAL LESTE 2016

“É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.” (Sl. 23) Os eleitos da Senhora da Assunção, em atitude de encontro e comunhão, reuniram-se no Encontro Provincial em Belo Hori18

zonte, sob as fortes chuvas de novembro, em busca da salvação prometida aos filhos sedentos da Misericórdia. Em um clima de doação sacraCM 504


mental, matrimônio e sacerdócio, conforme a profecia de Pe. Caffarel, em oração e formação, demoliram os muros do medo, insegurança e egocentrismo com a força da partilha; e, despertos, projetaram pontes de fidelidade:“ É preciso planejar a vida de modo que Deus faça parte dela! “(Frei Arthur). E unidos à Virgem, luz que encaminha para a Luz, os desafios pastorais da família na contemporaneidade ficaram, visivelmente menores, diante daqueles vividos nos tempos idos de 1938. Naquela ocasião de guerra, os casais da Primeira Hora, mesmo desafiados, foram perseverantes na valentia dos valores evangélicos, deixaram pegadas de testemunho no acompanhamento conjugal e familiar, na arte da convivência, escuta do outro, fé criativa, compromisso comunitário e exercício de abnegação. “Isto não é meu, nem seu, para que seja nosso!”(Sto. Agostinho). Somente revestidos pela graça da oração colhem-se os frutos dos PCEs e passa-se de complicadores a facilitadores, pois o amor sacramental produz algo diferente no mundo da família, com a ternura do diálogo e o tempo gasto com o sofrimento do outro. “Temos que virar evangelho vivo, neste mundo que desafia nossa fé, ética e esperança; e fazer a santidade criar raízes em pleno mundo moderno” (Hermelinda e Arturo, CSRB). Bem assim, sem preguiça e acomodação ou desespero e ansiedade, é possível por pura graça divina viver um ministério que salva a CM 504

muitos, na alegria do Senhor. Esta é a ponte para a santidade: o amor é o meio para se tornar evangelho vivo. Isto requer sempre avanços e não retrocessos, na busca constante, fiel e persistente de se configurar à vontade de Deus. Sustentados pela graça dos sacramentos que casam a alma humana com Deus, progressivamente, num matrimônio espiritual capaz de fazer com que a vida seja uma constante oração, ressaltamse, neste ponto, a preciosidade e a força, sobretudo da confissão, como sacramento de adiantamento na vida espiritual das ENS. E com ajuda dos SCEs os casais podem e devem viver a feliz experiência de rasgar o coração para Deus, mantendo aceso o amor à Igreja, como Maria. E “Devoção é imitação! Não é para admirar, é para imitar.” (Pe. Fabio, SCE ES). Imbuídos da motivação necessária para se debruçar na Amoris Laetitia do Papa Francisco e propagá-la com fé e esperança renovada às famílias, cada casal presente, saciado pela salvação que vem do Alto, como terra sedenta que acolheu a chuva, pode retornar à sua comunidade cristã, convicto de que será preciso ser ponte para vencer obstáculos, em nome de Jesus! Seja 2017, repleto de bem -aventuranças, nas ENS. Felizes os puros no coração porque verão a Deus (Mt 5,8) Bete e Guinho CRR - Minas II 19


REPENTE PARA O PADRE CAFFAREL Nos dias 16 a 18 de setembro, aconteceu o Retiro anual do Setor Vinhedo na Casa Siloé, que pertence ao Mosteiro de São Bento da cidade. O pregador foi o simpático Padre Alfiero Ceresoli, dos missionários Xaverianos, e teve a participação de quase 100% dos casais. O tema foi “Dançando a três”, que enfatizou a presença necessária de Jesus Cristo no matrimônio. Os momentos de destaque do Retiro foram o Terço e a Missa de Envio do Domingo, ambos em intenção da canonização do nosso querido Padre Caffarel. No encerramento, foi lido um singelo “Repente”, aquela forma de linguagem que o nordestino muito usa para se expressar, falando de amor, da dor, de quem foi e de quem virá: “Para homenagear este homem tão ilustre, uma pequena 20

história vamos contar; Em julho de 1903, na França, uma estrela no céu iria brilhar; Nascia um filho notável, Padre Caffarel, de quem a cidade de Lyon sempre se orgulhará; Aos vinte anos um encontro com Deus nosso Senhor, sua vida transformou; Descobriu sua vocação e em 1930 se ordenou; Em um momento de guerra e tristeza ele conseguiu ver beleza; Com a partilha do alimento e da oração ajudava os casais no fortalecimento de sua união; E assim nasciam as ENS por sua Divina inspiração; Por três vezes no Brasil com sua presença e identidade; Sempre disse que o mais importante nas ENS é o caminho para santidade; O sertanejo planta a semente CM 504


num caminho seco e com sol a arder; Mas tem fé e esperança que um dia há de colher; O Padre Caffarel jogou sua semente em caminhos variados; Disse que teria dia que estaríamos cansados, desanimados; Por isto nos orientou a sermos criativos e renovar; Valha-me Deus, Nossa Senhora, em nossa equipe o nosso caminho iluminar; Nos faça ser humildes, nos faça pedir perdão, nos dê força e acalme nosso coração; Aos 70 anos Padre Caffarel assegurou sua sucessão nas ENS e partiria para outra missão: iniciar cristãos à oração; Em 18 de setembro de 1996

foi ao Pai se juntar. Profeta do nosso tempo em cada palavra nos deixou um ensinamento; E quando bate as seis horas o sertanejo dobra os joelhos e faz sua oração, pedindo a Nossa Senhora sua intercessão; Afinal, amigos, com tantos nomes, mas sendo uma só, todos hão de concordar: a Mãe é o melhor caminho para ao Filho chegar; Pedindo a todos neste momento para nossa homenagem prestar; Salve Padre Caffarel, a quem deixamos nosso agradecimento diante deste altar; E se for da vontade de Deus um dia santo será!” Penha e Waldemar Eq.09 - N. Sra da Penha Vinhedo-SP

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EQUIPISTAS DA PRIMEIRA HORA

Edi e Puppi

O Movimento das ENS tornou-se conhecido em nossa cidade quando o casal Edi e Puppi mudou para Marília e comentou sobre o Movimento do qual participavam em Curitiba, o que despertou o interesse em alguns casais. Assim, em 1960, nasceu a CM 504

Marilene e Silvio

primeira equipe de Marília denominada N. S. Aparecida. Quando se formaram cinco equipes, Marília teve sua 1a Coordenação, tendo como Casal Responsável Marilene e Silvio, que levaram o Movimento a outras cidades da região. 21


Em 22/05/1966 nossa cidade se tornou Setor com missa festiva e a presença do casal Nancy e Pedro Moncau. O 1o CRS escolhido foi Marilene e Silvio, que até hoje são participantes ativos na Equipe 02B. Atividades desenvolvidas de 1966/68: Missa Mensal e Biblioteca das Equipes, Curso de Formação Cristã, Temas de Estudo (elaborados pelo Pe. Alberto Boissinot, 1o SCE RS) e formação de Equipes Novas. Em 1968 realizaram-se a escolha do 2º CRS – Diva e Venício e também o 1º Encontro Regional do Interior de SP. Em 1970 Diva e Venício tomaram posse como 1º CRR e participaram em outubro de 1971 do 1º Curso de Formação de CRR em Marília e até hoje são participantes ativos na Equipe 02B. As atividades citadas tiveram continuidade e outras foram realizadas, tais como:

Encontro de Reflexão, Reuniões Interequipes, Sessão de Formação, Missa Festiva do 25º Aniversário da Implantação das ENS no Brasil com a Renovação do Compromisso das ENS de Marília, atualização dos métodos de formação para novas equipes, anos de aprofundamento em que o casal Marilene e Silvio foi escolhido como Responsável pela Coordenação na Região com abordagem de temas novos destinados às equipes mais maduras. Em 1980 realizou-se o 1o EACRE descentralizado de SP. Em 2001 houve a criação de dois setores. Pela ação do Espírito Santo fomos escolhidos como CRR para o período de 2016 a 2020. É um sinal da intercessão de Nossa Senhora incentivando nossos casais para que continuem a participar do privilégio da pertença ao Movimento. Elda e Josué CRR - SP Oeste I

FORMAÇÃO NÍVEL III REGIÃO SP - NORTE I

“Ide pelo mundo e anunciai o Evangelho...” estas foram as palavras de Jesus, no livro de Mateus 28 e as mesmas que intitulavam a pasta da Formação Nível III que aconteceu em Votuporanga, para os setores A 22

e B nos dia 3 e 4 /9/2016. O dia começou frio e chuvoso, porém a alegria dos casais era tão contagiante que não sentimos essa alteração climática, estávamos rodeados em um ambiente com CM 504


clima quente e aconchegante. Tínhamos todo o colegiado presente – o Casal da Super-Região Brasil Hermelinda e Arturo, o CR-Província Sul II Lenice e José Carlos, que conduziram a formação, apresentando os ricos conteúdos de maneira simples, direta e profunda. Estavam também o CRR Wanda e David e os Responsáveis dos Setores A e B. Eis que muitos foram chamados, mas poucos escutaram! Foram 29 casais que receberam a graça de quem soube ouvir, graça de quem soube prestar atenção, graça de quem conseguiu sair do “seu quadrado”, para se juntar ao Movimento das ENS, nesta Formação, cuja proposta era a de crescimento espiritual e enriquecimento de nossa fé. Nessa reunião formativa tratouse da visão histórica do Movimento, de carisma, mística e espiritualidade, abordou o Plano de Deus e as exigên-

cias da fé cristã. Os presentes puderam aprofundar o conhecimento das ENS, cujo conteúdo incentiva a formação de casais para a missão tanto no Movimento quanto no mundo. Foram momentos de concentração e descontração altamente instrutivos e formativos, uma vez que os assuntos foram tratados com lucidez, clareza e profundidade por todos os que usaram a palavra. Terminamos com a celebração da Santa Missa, e por meio desta louvamos e agradecemos a Deus por nos ter enviado seus representantes com as orientações e ajuda necessárias para que também possamos seguir com a missão de servir aos irmãos em sua caminhada como casais em busca de suas santificações. Tânia e Duran Eq.11A - N. S. da Natividade Votuporanga-SP

ENCONTRO COLÉGIO PROVINCIAL Momentos fortes de Celebração, Orientação, Formação e Partilha! Tivemos a presença de 44 casais e 16 sacerdotes e na missa de sábado pela manhã a presença CM 504

de nosso Bispo Dom Jacinto. Ocorrido em, outubro de 2016. Adriana e Hudson - CRP Sul III Pe. Antônio Júnior - SCEP Sul III 23


raízes do movimento

Seriedade1

Um casal se encaminha para a reunião da equipe, na residência dos X. Ele para ela. “Os X. não nos disseram, na última reunião, que o filho mais velho tinha sido internado num sanatório?” Ela - “É verdade! Você fez bem em me lembrar...” Chegam eles em casa dos X. Ela, dirigindo-se para os X.: “Como é que estão passando? E seu filho? Pensamos muito em vocês e partilhamos realmente de todas as suas preocupações...” Numa rua vizinha, os Y. caminham apressados. Ela: ”Você deu pelo menos uma vista de olhos no tema de estudos?” Ele (advogado): “Não. Mas você sabe muito bem que me é suficiente ter no bolso um questionário para ser eloquente. Aguardando o elevador que leva ao apartamento dos X., o casal Z. lembra-se de repente que é costume, na reunião do grupo, pôr em comum as intenções. Um rápido relancear de olhos: Já encontrei: a coqueluche do Paulo... ---Tudo isto não é sério. Tantas pessoas bem formadas levam tantas coisas levianamente... É cansativo levar as coisas a sério. Perturba o sossego. Já se tem 1. 2.

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muitas preocupações sem isto. Não seria mais possível viver se levássemos tudo a sério. Além do mais, não sabemos bem até onde isto nos poderia levar. Aliás, que significa exatamente: levar as coisas a sério? Não quero responder por meio de considerações, mas por fatos de que fui testemunha ou confidente. ---O Natal está próximo... Em casa dos A., os pais aguardam a festa com impaciência não menor que as crianças. Há tanto tempo que eles sonham com uma televisão. Dentro de alguns dias, o sonho será realidade.

Um telefonema: Os B., transtornados, anunciam que o filhinho está com paralisia infantil. Na oração da noite, a Sra. A. diz timidamente a seu marido: ”Precisamos fazer alguma coisa por eles... É preciso juntar algum sacrifício à nossa oração”. De comum acordo, renunciam ao objeto de seus desejos: a quantia que economizaram pouco a pouco será levada àquela família realmente necessitada... Quando se encontrarem com os B., eles poderão realmente dizer: “Nós nos associamos sinceramente às suas preocupações”. Será verdade, será sério.

Editorial Pe. Henri Caffarel, Carta Mensal de dezembro de 1956. Estatuto das Equipes de Nossa Senhora, Mística das Equipes, Auxílio Mútuo, 1º parágrafo.

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Eu tinha jantado em casa dos C. Noite ao mesmo tempo grave e cheia de paz. Falou-se longamente de Domingos, que Deus acabava de chamar a si. Mostraram-me fotografias da criança, rosto resplandecente de vida ainda há poucas semanas. “Padre, todas as noites, na oração dirigimo-nos ao nosso Domingos. Mas não tivemos a simplicidade – ou a coragem – de fazê-lo igualmente, na oração da nossa equipe. No entanto, nós gostamos muito de todos estes casais; todos eles foram notáveis conosco, nas horas difíceis por que passamos. Precisamos tomar hoje na sua presença, o compromisso de mostrarlhes, na próxima reunião, nossas almas que sofrem e que oferecem”. Eis aí pessoas sérias. Quando se é capaz disto, a amizade é séria. ---“Não há vida cristã, sem fé viva. Não há fé viva e em progres-

so continuado, sem reflexão. De fato, o maior número dos cristãos casados renuncia a todo esforço de estudo e meditação, por não conhecer a importância destes atos, por falta de tempo também, de orientação, de treino. Por isso a fé que os anima torna-se medíocre e frágil, o conhecimento que têm do pensamento divino e do ensinamento da Igreja, sumário e fragmentário. Conhecem mal os caminhos da união com Deus. Só têm uma ideia superficial das realidades relativas à família, ao casamento, ao amor, à paternidade, à educação, etc... Consequência: pouca vitalidade religiosa, irradiação muito limitada.”2

Henri Caffarel Colaboração M. Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

• Sempre que possível dê um sorriso a um estranho na rua. Pode ser o único gesto de amor que ele verá no dia, Papa Francisco A verdadeira oração faz-nos sair de nós mesmos abrindonos às necessidades dos outros, Papa Francisco • O primeiro a pedir desculpas é o mais corajoso. O primeiro a perdoar é o mais forte. E o primeiro a esquecer é o mais feliz, Papa Francisco • Não é evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor, Papa Bento XVI • A vocação do cristão é a santidade, em todos os momentos da vida. Na primavera da juventude, na plenitude do verão da idade madura, e depois também no outono e no inverno da velhice, e por último na hora da morte, Papa João Paulo II • Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão, não há perdão sem amor, Papa João Paulo II

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acervo literário do Pe. Caffarel

A oração, encontro com Cristo As Equipes de Nossa Senhora acabam de publicar uma nova edição do livro “5 Encontros sobre a Oração Interior”1. Trata-se de uma obra do Pe. Caffarel, através da qual ele quis dar uma divulgação maior às palestras por ele proferidas em cinco grandes encontros sobre o tema realizados em Paris em 1979. Na primeira palestra do primeiro encontro, ele fala da oração como encontro, uma relação pessoal com Cristo. E começa por mostrar que, para ter essa relação, é preciso conhecer Cristo, saber quem Ele é: “Trinta e cinco anos de ministério junto aos casais me ensinaram que o amor declina quando o conhecimento declina, que o amor permanece vivo quando o conhecimento permanece atual. O mesmo se dá com nossas relações com Cristo”. Esse conhecimento, devemos procurá-lo no Evangelho. Mas não se deve procurar como se procura entender um tratado de matemática, quando não se pergunta o estado de alma do autor. “A jovem, pelo contrário, procura avidamente na carta de seu noivo, mais além do que está expresso às claras, as vibrações e riquezas de um coração, as entoações de uma alma. É como convém ler o Evangelho.” É essencial, diz Caffarel, procurar no Evangelho as palavras e os gestos de Jesus. Mas é preciso ir além, des-

cobrir seu rosto interior, “alcançar o núcleo secreto de sua personalidade, o centro vivo de onde emanam feitos, gestos e palavras”, o coração profundo de Cristo. E cita algumas cenas do Evangelho que podemos ver com esse olhar: a acolhida e o abraço que Cristo dá às crianças que vêm a seu encontro, a compaixão que sente pela viúva de Naïm, as palavras que dirige à Samaritana. Também revelam seu amor as lágrimas que verte pela morte de Lázaro e tantos outros momentos relatados pelos evangelistas. “O amor divino, traduzido pelo coração humano de Cristo, manifesta-se cordial, caloroso, humilde, solícito, compassivo...”. Quando Cristo diz à Samaritana: “Se conhecesses o dom de Deus!”, é a este amor que se refere. “O rei, quando ama uma pastora, faz da pastora uma rainha. Quando o Filho de Deus ama um homem, faz de um filho de homem um filho de Deus. Numerosas são as palavras de Cristo a respeito desse dom da vida divina: ‘Eu vim para que tenham a vida, e a tenham em abundância’, ‘Eu sou a Vida’. A amizade de Cristo, a ‘vida de Cristo’, eis as duas componentes do ‘dom de Deus’ aos homens”. Assim, Pe. Caffarel coloca como primeiro ponto essencial para a oração interior a permanente busca

1. A expressão “oração interior” merece um esclarecimento. A palavra francesa oraison não se pode traduzir por oração, pois em francês, para isso, existe a palavra prière. Não se traduz tampouco por meditação, pois há em francês a palavra méditation. Surgiu assim a expressão “oração interior”, para traduzir oraison, que designa uma relação, um contato íntimo com Deus, nascido do mais profundo da alma e é sobre isso que Pe. Caffarel falou nas palestras que deram origem a este livro.

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Maison de la Mutualité, Paris: Local onde o Pe. Caffarel conduziu os 5 Encontros sobre a Oração Interior - em novembro e dezembro de 1979

do conhecimento de Cristo através do Evangelho. Mas “não basta procurar uma resposta à pergunta ‘Quem é Cristo?’, é ainda preciso perguntar ‘Quem é Ele para mim?’. Durante a oração interior, esforçarme-ei por descobrir o seu amor para comigo”. Caffarel sugere refletirmos sobre quatro aspectos desse amor: • Ele me ama desde todo o sempre. • Ele me ama pessoalmente. • Ele me ama como eu sou. • Ele me olha com amor. À medida que vou conhecendo Cristo, vou reagindo a Ele. “Primeiro, abro-me ao Seu amor.” Este é um aspecto essencial da fé. “Segunda reação: eu me ofereço a Cristo como eu sou, uma vez que é assim que Ele me ama”. Terceira reação, como São Paulo no caminho de Damasco (“Senhor, que queres que eu faça?”): colocar-se à disposição de Deus. “No decurso da oração, pouco a pouco, vou entrevendo CM 504

o que seu amor espera de mim”. Por fim, a reação da esperança. Espera-se, deseja-se a comunhão de amor com Cristo. Diz o salmista: “Meu coração tem sede do Deus vivo; quando o verei face a face?” Na oração interior, “o desejo, a esperança não param de crescer”. Nos momentos em que procuramos praticar a oração interior, podemos nos interrogar sobre estas sugestões de Pe. Caffarel: quais são os sinais dos quatro aspectos do amor de Cristo manifestos em minha vida? Como tenho reagido a esses sinais? Hélène e Peter Eq.05A - N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Monique e Gérard Eq.01A - N. S. do Sim São Paulo-SP M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP Cidinha e Igar Eq.01B - N. S. Aparecida Jundiaí-SP 27


testemunho

Viver a Missão com alegria: Ele é tudo para nós   Ao longo do ano que termina, as reflexões feitas no Movimento giraram em torno do tema de estudo “Viver a Missão com Alegria”. Apresentamos breve reflexão sobre o mesmo, a fim de que guardemos em nossos corações a sua riqueza e prossigamos no constante processo de ousar o Evangelho. VIVER. Como são amplos os significados dessa palavra! O que é viver? Inúmeras são as respostas possíveis, mas há uma constante: viver é assumir algo radicalmente (por exemplo, viver um amor, uma ideologia, uma causa, uma paixão). É assumir intensamente algo que nos importa muito, que tem um valor indiscutível e inegociável para nós. A MISSÃO. Qual é a nossa missão? Nas empresas, encontramos placas nas paredes com um texto contendo a missão daquela organização. Está clara para nós qual é a nossa missão? O que devemos anunciar? Ou melhor, a quem devemos anunciar? Não se trata de uma propaganda, de um mecanismo de convencimento de pessoas para que adquiram um produto. Assim funciona a lógica do consumo, por meio do marketing. No caso da missão que somos chamados a viver – e com alegria – não se trata, absolutamente, de fazer uma propaganda como se vendêssemos um produto. Assim procedem os vendedores da fé, que não têm nenhuma preocupação missionária, mas sim de su28

cesso mundano. Nossa missão é anunciar alguém e esse alguém é o próprio Deus! Antes de anunciá-lo, porém, é preciso “possuí-lo”. Eis o discipulado: Jesus é tudo para nós e, por isso, nós devemos viver Jesus. Nossa comunhão com Ele realizase nisso: em viver sua vida, seu projeto, seu sonho, seu ser. Comunhão (communio, com-múnus) significa carregar juntos o fardo: aquilo que é dele é também meu, aquilo que é meu, é também dele. Permanecer n’Ele e Ele permanecer em nós: isso é a comunhão. Carregamos juntos o múnus, o serviço, o peso, o fardo e a realidade torna-se a mesma para ambas as partes (veja o exemplo da comunhão matrimonial). Viver a Missão é viver a comunhão radical e intensa. Tal intimidade com Jesus é o melhor marketing missionário. Somente um cristão apaixonado por Jesus é capaz de anunciá-lo com um entusiasmo tal a ponto de convencer, pela sua vida – e não por suas palavras! – o ouvinte. Igualmente, somente um casal apaixonado pela busca de Deus poderá desempenhar a missão de ser um sinal do amor divino no mundo. Onde se encontra um casal cristão católico e equipista verdadeiramente CM 504


apaixonado por Jesus, aí se encontra um sermão vivo, uma catequese ambulante, existencial e profunda. Então, ser missionário é irradiar, no mundo, onde Deus nos plantar, aquilo que já é uma realidade interna: sem Deus, não sabemos viver, não vale a pena. Totalmente inebriados em Deus, nossa vida deve manifestar, por si mesma, a quem quer que cruze nosso caminho, que Deus é tudo para nós, que somente com Ele tudo vale a pena, tem sentido, compensa ser vivido. COM ALEGRIA. O Papa Francisco sublinha a alegria como uma característica indispensável e inseparável do ser discípulo de Jesus. Logicamente, não é a alegria fútil dos sorrisos passageiros e, disfarçadamente, forçados, nas milhares de poses que fazemos para tirar as milhares de fotos que postamos milhares de vezes nas redes sociais e que almejamos do fundo do nosso coração sejam vistas, curtidas e compartilhadas por milhares de pessoas. Também não é a alegria da embriaguez, da droga ou de qualquer outro vício que, escravizando o coração do ser humano, faz com que haja a pior de todas as opressões: a dependência. Não é a alegria desse mundo de sorrisos falsos (porque sem fundamentos) onde parecer ou estar triste é politicamente incorreto e nem a alegria vivida bestialmente pelo ser humano na busca do prazer fácil e a qualquer custo, fazendo do outro um objeto, uma coisa. CM 504

O papa aponta a verdadeira alegria, aquela que brota do simples fato de termos conhecido Jesus. É a alegria de Pedro e dos demais apóstolos que, um dia, se viram sem chão diante de uma proposta aparentemente absurda feita por um jovem de trinta anos: Venham comigo e vocês serão pescadores de gente! Seria mais um aventureiro tentando recrutar seguidores? Não! Aquelas palavras tinham algo de misterioso que encantava o coração de um modo totalmente novo: elas tinham vida própria! A nossa alegria é a alegria de Jesus! Viver a Missão com alegria significa participar dessa grande realidade que muda a nossa vida. Bento XVI dizia que nós nos tornamos cristãos quando nos encontramos com Ele, porque esse é um encontro que muda as nossas vidas. Numa palavra, implica estar tão “em Jesus” que, não vendo outra alternativa de vida que valha a pena, isso transborda pela nossa vida e se derrama sobre quem está perto de nós. Este é o inevitável resultado e a única consequência possível de tal encontro: ninguém que se encontre com Jesus fica do mesmo jeito que antes. Só podemos ser, finalmente, alegres.

Pe. Celso Luiz Longo SCE Eq.12B - N. S. d’Ajuda Taubaté-SP 29


Saboreando o Natal em família Participávamos de nosso Retiro anual com o Pe. Geraldo Alves Silva (Pe. Geraldinho) de São José dos Campos e nos deparamos com uma maravilhosa sensação de acharmos o fio da meada para esta mensagem de Natal. Uma de suas reflexões sobre os sentidos, o paladar – em buscar o infinito sabor, foi uma linda exposição baseada no livro de José Tolentino Mendonça – “A mística do instante e textos do Pe. Adroaldo Palaoro”. Duas colocações nos remeteram ao tema Natal: primeiro – “Uma das últimas palavras de Jesus foi: “desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco” (Lc 22,15). Aqui Jesus liga comer ao desejar...”; segundo – “A mesa, lugar por excelência de saborear: os Evangelistas gostam de apresentar Jesus comendo à mesa. Come e bebe com os amigos: pecadores e publicanos, na casa de Mateus comem com seus discípulos...”. Pensamos na relação do nosso desejo e expectativa e a ceia de Natal com o paladar. O que esperamos encontrar no Natal – o que queremos saborear a mesa da ceia de Natal? Na mesa acontecem todos os sentidos ao mesmo tempo. Foi à mesa que Jesus instituiu a Eucaristia, foi à mesa que os discípulos de Emaús reconheceram Jesus, foi à mesa que muitas vezes Jesus revelou a nossa salvação. Mas será que na ceia de Natal estamos saboreando a Deus como deveríamos? Estamos à mesa somente para consumir a refeição ou consumar nosso desejo do encontro com o Menino Jesus?

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A mesa é um sinal de comunhão, construtora de novas possibilidades de vida, do renascer a cada dia. A ceia de Natal do menino Jesus em torno da mesa é um ato comunitário reforçando nos participantes os laços de humanidade, família, compaixão, mútua confiança, comunhão, perdão, acolhida, partilha. É consumação da encarnação de Deus menino em nosso meio, aquele que vem nos salvar e nos santificar junto a Deus Pai, em que o Espírito Santo sopra a vida sobre toda a terra. Esse Espírito Santo que no Natal modifica nossas percepções, o ar natalício, a forma de olhar o mundo e as pessoas, esse saborear e querer experimentar o que é divino no ser humano que Jesus nos trouxe na sua encarnação, é quem nos faz buscar a paz na família, a reconciliação com o próximo e com Deus, de participar da novena de Natal e da Eucaristia com o fervor no coração dos discípulos de Emaús. A mesa também é a oportunidade de cativar o coração daqueles que distante de Deus possam também saboreá-Lo. Que tal ao invés de um “jantar à americana”, onde cada um pega seu prato e vai a um canto da sala para comer, proporcionar uma forma em que a mesa acolha a todos ou se torne o centro com o menino Jesus. A oração especial ao redor da mesa como um momento de reflexão e entronização do significado do Natal pode ser uma ideia para começar a saborear seu verdadeiro sentido. Sim, somente saboreando o Natal, degustando-o em cada gesto, cada olhar, cada palavra, cada perfume, cada abraço, cada oração, teremos a certeza de que nossa ceia em família é um encontro com o menino Jesus. Um feliz e Santo Natal!

Ana Lúcia e Dirceu Ferreira Eq. N. S. do Rosário CRS B - São José dos Campos-SP

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A Alegria da Missão Fomos convidados para fazer parte das Equipes de Nossa Senhora em 1989. Participamos da primeira reunião de equipe no dia 10 de junho do mesmo ano, portanto temos 27 anos de Movimento. A caminhada nas ENS nos trouxe muitas alegrias, ensinamentos e emoções. A vida de um modo geral muitas vezes nos faz tropeçar. Mas é com fé, esperança e muita oração que vamos adiante. A caminhada de todo casal, de toda família tem suas dificuldades e em nosso caso não é diferente. Muitas vezes, brincando, dizemos que o casal que nos convidou para fazer parte das ENS “nos enganou”. Este casal nos disse que participar das Equipes de Nossa Senhora era só uma reunião por mês. Maravilhoso engano. Quando iniciamos no Movimento, nossos filhos eram pequenos, nossa filha mais nova tinha pouco mais de três anos. E muitos dos nossos irmãos de equipe também com filhos pequenos. Hoje são todos crescidos e muitos dos nossos irmãos de equipe já têm netos. Ser equipistas para nós é algo que nos maravilha a cada dia. É igual ao vinho: quanto mais velho, melhor. Cada dia temos mais motivos para amar mais este Movimento e os nossos irmãos equipistas. Hoje estamos na missão de CR da Região PE I, missão que muito nos encoraja na caminhada, missão que dá coragem para enfrentar e superar os obstáculos que surgem em nossas vidas. A cada evento que participamos damos graças a Deus por mais uma missão cumprida. O nosso coração se alegra também por cada irmão que encontramos, por cada casal que inicia a caminhada nas Equipes de Nossa Senhora. Agradecemos a Deus e a nossa Mãe Santíssima por haver nos confiado esta Missão. Maria e Amâncio CRR Pernambuco I

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reflexão

Equipes de Nossa Senhora: caminho de santidade

As Equipes de Nossa Senhora são um instrumento grandioso para os casais e as famílias. Com sua pedagogia, nos ajuda a caminhar para a santidade. O Papa Francisco nos lembra que “ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem por suas próprias forças” (EG 113). Então, ao recebermos o Sacramento do Matrimônio já formamos uma pequena comunidade que nos ajudará a trilhar esse caminho. Somos canal da graça de Deus um para o outro! Recordemos algumas reflexões do Pe. Caffarel proferidas na conferência realizada em Chantilly, em 1987: O casamento é a obra-prima de Deus, e tem uma alma, que é o amor. Esquecê-lo é condenar o matrimônio. Mas Cristo oferece dois meios aos que querem tender para a perfeição: o amor e a abnegação. Não há amor sem abnegação, e uma abnegação que não seja uma abnegação de amor é uma abnegação impossível de se praticar. Por sua reflexão, compreendeu o nosso fundador, que o Senhor inventou o matrimônio como grande meio de desenvolver o amor, e como grande meio de favorecer a abnegação. Assim como o Senhor deu-nos duas pernas para caminharmos sobre a terra, deu-nos dois meios para caminharmos nas estradas da santidade. A verdadeira abnegação é precisamente impor-nos o compromisso de nunca deixar de amar, de viver sempre na atitude do “para ti” e nunca na atitude do “para mim”. CM 504

Então, vemos como uma grande contribuição das ENS à Igreja trabalhar para a salvação do matrimônio e da família. O SCE do nosso setor, nos fala que ama as ENS justamente porque trabalha o casal e o ajuda a cuidar das famílias; então, fortalecidos, vão ao encontro do outro. Se já é uma riqueza buscar a santidade em casal, imagine vários casais reunidos em uma equipe. Uma comunidade que trilha esse caminho, através da ajuda mútua, da correção fraterna, e todos os outros instrumentos que vivenciamos e utilizamos na nossa caminhada. Mas para experimentarmos essas maravilhas, para buscarmos juntos o amor de Deus para cada um de nós, é necessário que abramos os nossos corações, na nossa Reunião de Equipe, para que o Senhor nos fale através dos nossos irmãos. Fecharnos aos irmãos é fechar-nos à ação de Deus em nossas vidas. Não temos dificuldades em nos abrir com nossa equipe, nem vemos motivos para isso, pois prezamos por uma grande atitude, o sigilo, que nos dá a certeza e a confiança de que nossa partilha não sairá da nossa reunião. Partilhamos tudo que nos acontece na nossa vida quotidiana durante o mês. E, se alguns irmãos não o fazem, deveriam repensar sua atitude. A comunidade-equipe é um grande auxílio para trilharmos o caminho da salvação. Afinal “ninguém se salva sozinho”! Robertha e Marcondes CRS B, Santa Luzia-PB 33


COMUNICAÇÃO Uma boa comunicação entre os cônjuges os levará a se aproximarem mais de Deus e a viverem mais o amor. As ENS recorrem aos seus documentos e aos da Igreja para servirem de apoio às nossas reuniões e demais eventos do Movimento para crescermos em espiritualidade conjugal. Propomos a todos refletirem sobre o assunto comunicação que poderá nos auxiliar no Dever de Sentar-se, prover mudanças de comportamento, eliminar certos vícios através da Regra de Vida e melhorar o nosso diálogo conjugal. Para termos um bom e duradouro casamento é preciso nunca interromper a comunicação, porque sem ela o nosso matrimônio agoniza e a intimidade do casal não se solidifica. Os dois precisam saber quais são seus sentimentos, pensamentos e planos para caminharem juntos rumo à santidade, um apoiando o outro, expressando seus medos e preocupações, buscando no outro os incentivos de que necessitam. Os cônjuges devem promover mudanças para que seu casamento não caia na rotina. Deus quer que mudemos para melhor para sermos cada vez mais semelhantes a Ele. Qualquer pessoa pode aprender a se comunicar, se estiver disposta a fazer esse esforço. 34

A gentileza entre os cônjuges faz parte dos bons costumes. O amor constrói e fortalece. O amor não diz palavras humilhantes ou demolidoras. O amor verdadeiro não maltrata, não é interesseiro, não se ira facilmente e não guarda rancor. As palavras do homem têm poder para destruir ou construir, então escolha as palavras para serem ditas com cuidado, especialmente se for entre vocês. Peçam a Deus que os ajudem a dirigir palavras gentis, carinhosas, positivas, boas, enaltecedoras que incentivem e estimulem. Peçam a Deus o que é necessário para promover as mudanças que necessitam, mesmo que, para isso vocês precisem ser gentis, quando não quiser. Que o Senhor possa fazer de vocês pessoas decididas pela santidade, pela verdade e pelo que é certo e que assim uma verdadeira comunicação entre os cônjuges seja estabelecida.

Nice e Nelson Eq.01 - N. S. de Fátima Astorga-PR CM 504


“Nasceu rodeado de carinho” Chegamos novamente ao tempo do Advento! Tempo em que a Liturgia nos permite relembrar as vozes dos Profetas que anunciaram a vinda do Redentor. Podemos então reviver, com alegria, a expectativa, a esperança e a fé dos que assistiram mais de perto ao grande acontecimento: O nascimento do nosso Salvador. Vamos ao encontro de Jesus! Olhando para Nossa Senhora, vamos nos preparar para o nascimento de Cristo em nossos corações. Como Maria, louvemos e nos alegremos em Deus. Não esqueçamos de São José, este homem justo em quem Deus se apoiou para realizar o seu desígnio redentor, e nos ensina a aproximarmo-nos com maior intimidade da Virgem Santíssima. Lembremos também que uma das caraterísticas do tempo litúrgico do Advento é o convite para conversão, para a reconciliação (confissão sacramental), e assim prepararmos uma morada digna para Jesus em nossos corações: um presépio para o nosso Deus, preparado com carinho, o melhor que pudermos. O mesmo carinho de Maria e de José, quando arrumaram aquele estábulo para receber o menino Deus. E que diremos a Jesus, quando o virmos deitado na manjedoura? Cada um poderá falar do seu modo, com as palavras que saíam do seu coração. No Natal, nos coloquemos diante do presépio como mais um personagem. Quem sabe um pastorzinho que se aproxima confiante de Jesus, oferecendo-lhe um pequeno presente; ou outro, que diante do menino Deus só sabe adorar; quem sabe no lugar da mula e do boi, que com o seu bafo contribuem para dar calor ao Recém-nascido, ou no de um cachorrinho fiel que está de guarda junto ao presépio... Com carinho preparemos um lugar especial em nossos corações para Cristo que vem ao nosso encontro! Regina do Sergio Eq.06B - N. S. Anunciação São José dos Campos-SP CM 504

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SOBRE OS FELIZES Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles. De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseca. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar. Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes. O primeiro hábito que eles têm em comum é a generosidade. Mais que isso: eles têm prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca. Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida, às vezes dividem o que têm, mesmo quando é muito pouco. 36

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Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais. O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes. O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar. Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: amo você e todas as suas pequenas loucuras. Escrevo essa crônica, grata e emocionada, relembrando o rosto dos homens e mulheres sublimes que passaram e que estão na minha vida, entoando seus nomes com a devoção de quem reza. Ainda não sou um dos felizes, mas sigo tentando. Sigo buscando aprender com eles a acender a luz genuína e perene de alegria na alma. Sigamos os felizes, pois eles sabem o caminho. Socorro Acioli

Colaboração Renato (da Elza) Botaro Eq.06 - N. S. da Imaculada Conceição Brasília-DF CM 504

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Travessia para Genesaré O Evangelho de Mateus 14, 22-36 levou-me a uma meditação sobre nossa caminhada de equipistas nas águas do mundo. Assim como os discípulos foram enviados por Jesus, para que fossem adiante dele para o outro lado do mar, nós também seguimos rumo à Genesaré (Mt 14, 34). Enquanto Jesus se encontra a sós na montanha para orar (Mt 14, 23), adentramos no barco equipista, para a atravessarmos o mar do mundo. Não estamos sozinhos, pois juntos levamos as orientações do Senhor e o auxílio mútuo de nossos irmãos. Porém, à medida que a embarcação se distancia de Jesus, que ficou em terra, somos atormentados pelas ondas da vida (Mt 14, 24). Nas últimas horas de nossas noites, o Senhor vem se juntar a nós (Mt.14,25), passando por cima dos problemas que nos atormentam, mas o pavor cega nossos olhos e não reconhecemos o Senhor, que vem em nosso auxílio (Mt 24, 26). Na vida, Jesus nos pede: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”, mas o mundo nos faz incrédulos e muitas vezes exigimos sinais de sua presença: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água” (Mt 14, 28). “Vem!”, diz o Senhor! (Mt 14, 29). Assim, a fé nos sustenta, eleva-nos sobre as águas que atormentam e nos permite ir até Jesus (Mt 14, 29). O percurso parece curto, mas se torna longo à medida que nossas atenções se voltam para o que está ao redor. Então, sentindo o vento do mundo, as chamas da fé recebem os respingos de nossos medos e, uma vez abalados, descrentes, começamos a afundar (Mt 14, 30). “Senhor, salva-me!” eis a nossa súplica (Mt14,30), que é capaz de nos elevar novamente, pois é o pedido confiante na ação do Senhor, que logo estende a mão e nos interpela a não duvidar, mas crer! (Mt 14, 31). Por fim, aportamos em Genesaré (Mt 14, 34), exaustos da travessia e dos temores causados pelas ondas, porém restaurados, intactos pela presença do Senhor e prontos para a evangelização, assim como fizeram os habitantes daquele lugar, que ao reconhecer Jesus logo espalharam a notícia por toda a região (Mt 14, 35). Paz e Bem! Márcia e Rogério Eq.10 - N .S. da Esperança Florianópolis/SC CM 504

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Casa de Maria - A alegria de servir Casa de Maria é para nós um sonho que nos possibilitou concretizar um desejo antigo de servir Jesus nas pessoas necessitadas. Sentimos grande alegria em nosso coração quando Regina e Artur (ENS - Eq.17) foram a nossa casa participar a decisão de fundar uma Casa que atenderia os dependentes químicos. Nunca fomos ligados às necessidades dos dependentes químicos, mas nos colocamos à disposição para servi-los. Passamos à conhecê -los melhor e vê-los com mais amor, como filhos de Deus. Tudo isso começou a tomar corpo no dia 15/8/1990. Nesse dia foi rezada a primeira missa pedindo ajuda a nossa querida Mãe, colocando em suas mãos o caminho que seria percorrido pelos fundadores e voluntários da Casa de Maria. Logo nos posicionamos, ficando responsáveis pelas atividades econômicas e pelas orações, pedindo sempre à Mãe que mostrasse o caminho do atendimento aos dependentes de álcool e drogas. Com a direção de Regina e Artur e o atendimento espiritual pelo Pe. Antônio Lobo – de uma maneira incansável – e com a ajuda de muitos voluntários o atendimento foi se tornando conhecido das paróquias e das famílias. O tratamento completo era internação por 9 meses, quando recebiam ajuda psicológica, médica e espiritual como suporte para ajudá -los a não recair no vício. 40

Grandes vitórias cantamos, muitos vieram a reestruturar suas famílias melhorando também a vida profissional. Depois de alguns anos Regina sentiu necessidade de acolher os portadores do vírus HIV. Foi uma batalha. Compramos um local para acolhê-los. Enfim, um seminário desativado em Jaguapitã foi negociado com a diocese e após muitas dificuldades o seminário foi vendido para a Casa de Maria e os nossos doentes foram para lá e estão até hoje recebendo ajuda física e espiritual. Muitos voltaram para a Casa do Pai. Tiveram uma morte digna. Quantos conviveram anos conosco, e aprendemos a amar. Passados alguns anos surgiu também a necessidade de acolher crianças que são sujeitas a maus-tratos. Hoje duas Casas abrigam crianças recém-nascidas que têm ficado até 18 anos, quando são encaminhadas para um serviço e colocadas em casa de famílias ou pensionatos para que possam levar uma vida independente. Outras crianças são colocadas para adoção. Hoje já não somos mais os mesmos. Depois de 26 anos de atendimento nossa ajuda é bem pequena, oferecendo nossas orações por todas as necessidades que surgem. Ser voluntário é viver com o objetivo de seguir Jesus nos marginalizados e sofredores. Maria Cecília e Gaspar Eq.01B - Londrina Paraná-Norte CM 504


formação

SEMPRE RECONSTRUINDO Como nos diz o Manual de Formação, em sua página 9: “Na caminhada de fé, e para auxiliar a nossa formação cristã, o Movimento oferece aos equipistas diversos instrumentos, entre os quais se acha o ‘Mutirão’, isto é, a atividade que objetiva, especificamente, desenvolver o conhecimento mais profundo e sistematizado das Equipes de Nossa Senhora, de suas origens, de seu carisma e de sua pedagogia”. Qualquer profissional que busque sair da mediocridade e rotina procura aprofundar seus conhecimentos, aprofundar suas técnicas, atualizar-se. Entre nós, casais equipistas, não deve ser diferente! Quantos não são os assuntos que poderemos aprofundar em um Mutirão; assuntos estes que, na nossa vivência de equipe, ficam de lado e nos levam ao desânimo. MUTIRÃO: Auxílio gratuito que prestam uns aos outros os membros de uma determinada comunidade, reunindo-se todos em proveito ou de um de seus membros, ou de todos. Com base na afirmação acima, precisamos agir com gratuidade, principalmente quando exercemos funções dentro do Movimento, e como

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dizia Dona Nancy Moncau: “Somos convidados a amar mais”. Portanto, o Mutirão precisa ser entendido como uma formação supernecessária e urgente, pois não somos equipistas prontos mas em constante caminhada. Casais equipistas, não percam o entusiasmo nem esmoreça a alegria do coração. A vida sempre triunfa porque Deus é vivo e nos enviou Jesus que disse ter vindo para trazer vida e vida em abundância. Aproveitemos todas as oportunidades que nosso Movimento oferece e possamos um dia viver a afirmação de nosso fundador, Padre Henri Caffarel, que dizia: “Se as Equipes de Nossa Senhora não forem um viveiro de homens e de mulheres prontos a assumir corajosamente todas as suas responsabilidades na Igreja e no mundo, perdem a sua razão de ser”. É importante saber que vivemos e construímos algo juntos, e que a presença de cada um é fundamental para mantermos essa vida no nosso Setor e no nosso Movimento. Tudo é feito na intenção de que todos se beneficiassem com a convivência, a ajuda mútua, a amizade, o estudo e, principalmente, a certeza da presença de Cristo entre nós. Se ao menos um minutinho nossos queridos casais viverem realmente o Mutirão, fará grande diferença em suas vidas, e então vai valer a participação. Emília e Luiz Eq.03 - N. S. da Alegria Setor C-Rio III 41


CORREÇÃO FRATERNA (vida de carrapicho )

Me pego a refletir o quanto nos assemelhamos às várias espécies de carrapichos. Como é ruim quando estamos em um campo, chácara, sítio ou fazenda ou até mesmo em um terreno baldio impregnado dessa praga, no qual precisamos adentrar ou caminhar por entre eles, seja a lazer ou a trabalho. Inevitavelmente ficamos todos infestados nas barras das calças, nas meias, nos calçados e em nossas blusas ou camisas e, consequentemente, precisamos nos livrar desses carrapichos que, ao tomarem conta de nós tomam conta também de nosso humor por incomodarem demais. Muitas vezes deixamos o local impregnados e nos dirigimos a um lugar, quase sempre limpo, onde possamos nos livrar deles. Os carrapichos espetam, grudam, perfuram e chegam até a sangrar nossa pele. Como consequência ficamos furiosos e repudiamos estas sementes ruins que tanto nos incomodam, nos limpando com algum objeto ou com nossas próprias mãos, sem nos darmos conta de que estamos semeando este mal em um terreno ou local que se encontrava limpo, livre desses intrusos indesejáveis. Somos nós mesmos, seres humanos pensantes e inteligentes, que proliferamos esse mal feio e rústico, que não tem aroma nem beleza, pois nem flores são! Pode-se então comparar a disseminação dessa 42

praga com a disseminação de fofocas e críticas. Como verdadeiros cristãos que somos, não devemos levar adiante o que ouvimos, vemos ou presenciamos sobre fatos ou acontecimentos da vida alheia. Tratando-se de conhecidos ou não, o falso testemunho é destrutivo, condenatório, promove discórdia e desentendimento, além de ser imperdoável e crucificador. Devemos encarar o sigilo e a paz entre todos como Regra de Vida, fundamental para o nosso fortalecimento espiritual. Arrancando o mal pela raiz, retirando os espinhos e carrapichos de nossas vestes e corpo, e queimando-os para que morram, anulamos as chances de serem semeados. Sendo assim, não devemos levar as más notícias que ouvimos adiante. Pelo contrário, devemos esquecê -las, retirá-las e apagá-las de nossa mente, de acordo com o dito popular: “Entrar por um ouvido e sair pelo outro”. Como cristãos dedicados e praticantes da Escuta da Palavra, não podemos admitir que sejamos instrumentos de maledicência, pois desejamos ter uma vida santa e, como Correção Fraterna, levar a boa nova da Palavra de Deus ao nosso próximo com Amor Verdadeiro, através de atos e atitudes de bem. Amém! Maristela e Sérgio Eq. 29 - N. S. Mãe do Sorriso São José do Rio Preto-SP CM 504


notícias Demonstrativo Financeiro – Exercício 2015 Correção Por uma falha gráfica existente no quadro geral relativo ao demonstrativo financeiro – exercício 2015, publicado na página 28 da Edição 501 da Carta Mensal, solicitamos o obséquio de efetuarem correção conforme segue: Na coluna 31/12/2013, no item Ativo Circulante, o valor correto é R$ 3.345.654,02. Na coluna 31/12/2014, no item Ativo Circulante – XI Encontro Internacional, deslocar o valor para a coluna 31/12/2013.

Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios. Romanos 12,10 ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

35 anos Eq. N. S. da Amizade do Santíssimo Sacramento Rio de Janeiro-RJ

15 anos Eq. N. S. das Graças Alfenas-MG CM 504

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“E esta é a minha oração: que o vosso amor aumente

mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção.” Filipenses 1,9 BODAS DE PRATA

Andréa e Luís 07/12/2016 Eq. N. S. de Guadalupe Sorocaba-SP

Simone e Júlio 06/09/2016 Eq. N. S. do Perpétuo Socorro Casa Branca-SP

Adriana e Jader 21/12/2016 Eq. N. S. do Rosário Gioânia-GO

Maria Aparecida e Alderino 23/11/2016 Eq. N. S. Aparecida Edéia-GO

Rosângela E Valdimar 14/12/2016 Eq. N. S. do Rosário Goiânia-GO 44

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BODAS DE RUBI Mercedes e Albino 31/07/2016 Eq. N. S. do Rosário Casa Branca-SP

BODAS DE OURO

Carmen e Laércio 29/05/2016 Eq. N. S. de Fátima Rio de Janeiro-RJ

Lenita e Elmo 17/09/2016 Eq. N. S. da Conceição Niterói-RJ

Rita e Valdecir 21/05/2016 Eq. N. S. do Caravaggio Carlos Barbosa-RS

Marly e Julito 16/07/2016 Eq. N. S. da Santíssima Trindade Belo Horizonte-MG

Isis e Ronaldo 21/05/2016 Eq. N. S. Aparecida Três Corações-MG

Terezinha e Joaquim 01/09/2016 Eq. N. S. da Glória Rio de Janeiro-RJ

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Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós?” E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me!” Isaías 6,8 JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL Pe. José Valentim de Carvalho 26/10/2016 SCE Eq. N. S. Aparecida e Eq. N. S. Medianeira de Todas as Graças Batatais-SP

Pe. José Grzywacz 21/07/2016 SCE Eq. N. S. das Graças Salvador-BA

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

Pe. Sebastião Jorge Correa 31/07/2016 SCE Eq. N. S. da Boa Viagem e SCE Setor E Juiz de Fora-MG

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VOLTA AO PAI

Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte. Isaías 57,2 Fátima (do Cícero) 06/08/2016 Integrava a Eq. N. S. das Graças Maceió-AL

Rafael Santucci (da Maria Inês) 19/09/2016 Integrava a Eq. N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP

Luiz Afrânio (Tico) (da Elza) 29/08/2016 Integrava a Eq. N. S. do Bom Conselho Rio Claro-SP

Frei Wilson Steiner 16/08/2016 SCE Eq. N. S. das Famílias Guaratinguetá-SP

Edson Donda (da Aparecida) 11/09/2016 Integrava a Eq. N. S. da Penha Rio de Janeiro-RJ

Maria Helena Moreira 20/09/2016 Integrava a Eq. N. S. Aparecida Itaúna-MG

Ivan Bustamante (da Maria Célia) 21/02/2016 e Maria Célia (do Ivan) 08/05/2016 Integravam a Eq. N. S. das Graças Rio de Janeiro-RJ

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dicas de leitura LANÇAMENTO dezembro 2016

ESPIRITUALIDADE CONJUGAL 248 páginas - Pe. Henri Caffarel

O Padre Caffarel editou na França, entre 1945 e 1967, uma revista notável sobre espiritualidade conjugal: l’ Anneau d’ Or. Os textos incluídos neste livro correspondem às matérias publicadas nesta revista e representam a essência do seu pensamento sobre o tema, oferecendo uma perspectiva ampliada e constituindo uma excelente base de partida para uma vida espiritual nova e reforçada. “A espiritualidade é a ciência que trata da vida cristã e das vias que levam ao seu pleno desenvolvimento. Ora, a vida cristã integral não é somente adoração, louvor, ascese, esforço de vida interior. Também é serviço de Deus, no lugar designado por Ele: família, profissão, cidade… Do mesmo modo, os lares que se agrupam para iniciar na espiritualidade, em vez de procurarem os meios de se evadir do mundo, esforçam-se por aprender como, a exemplo de Jesus, podem servir a Deus, em toda a sua vida bem no meio do mundo.” Pe. Caffarel (Este livro pode ser adquirido no Secretariado Nacional - www.ens.org.br)

FAMÍLIA O NOSSO GRANDE TESOURO Roteiros para oração, reflexão e ação 48 páginas - Cristovam Lubel

As famílias permanecem no coração da missão de evangelização da Igreja, porque é no lar que nossa vida de fé é expressa e se nutre primeiramente. Pais, vocês são as primeiras testemunhas para seus filhos das verdades e valores de nossa fé: rezem com e pelos seus filhos, ensinem-os pelo seu exemplo de fidelidade e alegria. De fato, todo discípulo, estimulado pela Palavra e fortalecido pelos sacramentos, é chamado à missão. É um dever que ninguém fique retraído, porque nada é mais bonito do que conhecer Cristo e torná-lo conhecido. (À venda no site da Paulus Editora: www.paulus.com.br)

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MEDITANDO EM EQUIPE

A paz que esperávamos O profeta Isaías (cap. 9,1) diz que os hebreus e toda a humanidade “habitavam no país da sombra da morte”. Essa é também nossa situação, sem a paz que o Filho de Deus nos traz. Nunca será demais voltar a contemplar o que Lucas anuncia (2,7-14).

Escutando a Palavra “Maria deu à luz seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e deitou-o num presépio, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia na mesma região pastores que estavam nos campos e guardavam seu rebanho no decorrer da noite. Apresentou-se junto deles um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os envolveu de luz; ficaram com muito medo, mas o anjo disse: Não tenhais medo, pois vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em faixas e deitado num presépio. No mesmo instante, juntou-se ao anjo grande multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados.”

Refletindo – Tenho consciência de qual seria minha realidade sem a encarnação do Filho de Deus?

Oração espontânea – Agradeça a Deus que, sem nenhum merecimento nosso, nos oferece salvação. – Adore o Filho de Deus que se faz humano para nos fazer divinos. – Peça ajuda para corresponder a essa grande misericórdia.

Oração litúrgica Ó Redentor do mundo, do Eterno Pai gerado, já antes do universo, qual Filho bem-amado.

Saúdam vossa vinda o céu, a terra, o mar, e todo ser que vive entoa o seu cantar.

Do Pai luz e esplendor, nossa esperança eterna, ouvi dos vossos servos, a prece humilde e terna.

E nós, por vosso sangue, remidos como povo, vos celebramos hoje, cantando um canto novo.

Lembrai, autor da vida, nascido de Maria, que nossa forma humana tomastes neste dia.

A glória a vós, Jesus, nascido de Maria, com vosso Pai e o Espírito, louvores cada dia. (Hino das Vésperas de Natal)

A glória deste dia, atesta um fato novo, que vós do Pai descendo, salvastes vosso povo.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal


O ROSTO DA MISERICÓRDIA

Neste Ano Especial da Misericórdia deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca se cansa de escancarar a porta de seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida. Que a Igreja se faça eco da Palavra de Deus que ressoa forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor. Que se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: “Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre” (Salmo 24(25), 6).

Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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