Ano LVII • outubro • 2017 • no 511
Salve Mãe Aparecida, Rainha do Brasil
FÁTIMA 2018 Confirmação das inscrições
Interceder é semear meditação dos Mistérios Gloriosos
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Super-Região Nossa Senhora Aparecida: devoção e compromisso cristão Maria na lama O valor social do casamento e da família Ela minha Mãe! Interceder é semear Meditação dos Mistérios Gloriosos XII Encontro Internacional das ENS Fátima 2018
Igreja Católica Amoris Laetitia - capítulo IX Palavra do Papa Matrimônio e Ordem - Chamados para o Amor
Vida no Movimento
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Província Norte Província Nordeste I Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I Província Sul II Província Sul III
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Que vêm vocês fazer nas equipes?
Raízes do Movimento
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O próximo Sacramento do Cristo
Testemunho Foram as Equipes de Nossa Senhora que me levaram a ele! O Dom de educar os filhos para o mundo
Reflexão Eleição do CRE Respostas ao Tema de Estudo Fraqueza ou Vontade: no caminho para ascese O Papa e as crianças Ama seu padre? Nós te encontramos no silêncio
Partilha e PCE Harmonia sexual no casamento O Retiro Espiritual Retiro, um encontro marcado com Deus “Viver uma experiência mais próxima de Deus”
Serviços nas ENS
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CRP - Casal Responsável de Província A missão do Casal Responsável de Província
45 Notícias
Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora
no 511 • outubro • 2017
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Foto de capa: Museu de Cêra Nossa Senhora Aparecida-SP - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 27.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
editorial Queridos irmãos equipistas, Já são trezentos anos de bênçãos de Nossa Senhora Aparecida. A comemoração, que teve início no dia 12 de outubro de 2016, deixou-nos a certeza de que o Ano Mariano fez crescer ainda mais o fervor da devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5). Em homenagem a esta data especial, a Carta deste mês vem com alguns artigos sobre Nossa Senhora da Conceição Aparecida, além da sugestão do terço meditado, mistérios gloriosos, presente do Casal Responsável pela intercessão no Brasil, Goretti e Moacir. Aos equipistas inscritos no XII Encontro Internacional das ENS em 2018, na cidade de Fátima, temos o passo a passo da confirmação das inscrições. O prazo termina em 15 de novembro. Nosso agradecimento ao Padre Geraldo Hackmann, que nos auxiliou durante as nove últimas edições da Carta com reflexões enriquecedoras sobre cada capítulo do Amoris Laetitia e se encerra com o nono capítulo, intitulado “Espiritualidade conjugal e familiar”. A bandeira Igreja desta edição conta com duas matérias imperdíveis: “Como anda o terreno do nosso coração?”, adaptação da palavra do Papa, e “Matrimônio e Ordem – Chamados para o Amor”. Por fim, outubro também é mês de discernimento do novo Casal Responsável de Equipe. Deixamos nosso abraço àqueles que são chamados a viver e servir mais intensamente sua equipe, uma ocasião de graça. Peçamos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a “mãe amável, a mãe querida” do nosso Brasil, que interceda por cada um de nós e pelo nosso povo para que, seguindo os seus passos, possamos ir ao encontro daquele que nos espera de braços abertos, o Cristo Redentor, o Filho de Maria. Ótima leitura. Fernanda e Martini CR Carta Mensal
Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO” CM 511
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super-região
Nossa Senhora Aparecida:
devoção e compromisso cristão
O dia 12 de outubro é um dia muito especial para os brasileiros. Em diversas capelas, matrizes e catedrais se celebra com muita reverência a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. É fervorosa a devoção que o povo brasileiro nutre por Nossa Senhora, através da imagem de barro escurecida pelo fundo do rio Paraíba do Sul, onde foi encontrada por três pescadores em 1717. É verdadeira que esta festa se espalha por todo o Brasil, mas no Santuário Nacional, “casa da Mãe”, a experiência mística dos que recorrem a sua intercessão é claramente perceptível. Neste ano essa experiência será enriquecida pela celebração dos 300 anos do encontro da imagem. Quero aproveitar essa oportunidade para deixar, através do gesto de uma ilustre devota, um conselho: devoção a Maria nos conduz ao compromisso cristão. Reconhecendo a dignidade de Rainha em Nossa Senhora, a imagem recebeu, em Aparecida, uma coroa especial. Ela veio das mãos da Princesa Isabel, filha do Imperador Dom Pedro II, do qual era também sucessora. A princesa e o marido, o Conde D’Eu, estiveram em Aparecida no dia em que na época se comemorava a festa, 8 de dezembro do ano de 1868. Foi nessa data que doaram para 2
Nossa Senhora a coroa de 24 quilates, com 300 gramas de ouro e 40 diamantes. Um bonito gesto de devoção. A devoção e o presente vieram acompanhados da grande coroa que a princesa deu a Nossa Senhora, a libertação dos escravos. Foi ela quem assinou a abolição da escravatura no Brasil em 13 de maio de 1888, quase 20 anos depois de ter dado o presente que a imagem histórica de Aparecida passará a usar de modo constante. Até hoje é essa coroa da imagem de Aparecida. Um gesto de devoção acompanhado do compromisso cristão. A Santíssima Virgem “é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. Com efeito, desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venerada sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades” (Lumen Gentium, 66). É legitimo e louCM 511
vável prestar culto a Maria. Contudo, esse culto é eficaz quando nos converte ao seu Filho e nos faz cristãos cada vez mais comprometidos. Que o exemplo da Princesa Isabel, um dentre muitos, possa nos ajudar a melhor celebrar a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Que alcancemos de seu Filho Jesus Cristo a graça de correspondermos com fidelidade aos apelos de Deus em nossa vida.
Honrá-la como rainha e celebrar 12 de outubro de 2017, os 300 anos do encontro da imagem, devem ser ocasiões de devoção, mas também de nos comprometermos com um país justo e fraterno. Nossa Senhora Aparecida interceda pelo nosso Brasil. Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região
MARIA NA LAMA Há trezentos anos um grupo de pescadores saiu como de costume para trabalhar e lançar as redes... Foram surpreendidos por um achado que mudou os seus passos: no seu dia a dia foram encontrados por uma pequena imagem coberta de lama. Era Nossa Senhora da Conceição, que durante quinze anos permaneceu na casa de um deles, e os pescadores iam lá rezar, e Ela ajudava-os a crescer na fé. Ainda hoje, Aparecida é uma
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verdadeira escola de discípulos, sob três aspectos: - O primeiro são os pescadores: um pequeno grupo de homens que todos os dias saía para trabalhar e desafiar a insegurança de nunca saber qual seria o “lucro” do dia. Quantas pessoas fazem o mesmo hoje: saem cedo para ganhar a vida, também com a insegurança de não saber qual será o resultado. E – quase sempre – enfrentam o flagelo do nosso país: a corrupção, que arruína vidas,
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arremessando-as na pobreza, e corrói o dia a dia de todos. Determinada e santa “obstinação” de quem todos os dias não deixa de lançar as redes! - O segundo aspecto é a mãe: uma mãe atenta que conhece e acompanha a vida dos seus filhos, aparece quando ninguém a espera, não tem medo de se imergir com eles nas dificuldades, de se sujar para renovar-lhes a esperança. - O terceiro aspecto é o encontro: as redes não se enchem de peixes, mas de uma presença que lhes deu a certeza de que não estavam sozinhos. E aquela presença tornou-se comunidade, Igreja. Vamos como filhos aprender o que, depois de 300 anos, aquele evento continua a dizer-nos: Em Aparecida encontramos um povo que se confessa pecador, um povo forte e obstinado, ciente que sua vida está cheia de uma presença que se esconde no seu dia a dia, e os encoraja e ampara. Aparecida não traz receitas, mas nos despe das vestes inúteis e faz-nos voltar às raízes, ao essencial, à fé. Aparecida só quer renová-la no meio de tantas “inclemências”, e tornar o Evangelho vivo. E quanta fé deste povo! Num mundo infestado de injustiças, uma sociedade fragmentada, na qual a impunidade da corrupção continua a fazer vítimas, dão-nos o exemplo: não sentir medo da lama da história contanto que renovemos a esperança. Só pesca aquele que não tem 4
medo de arriscar e de se comprometer pelos seus, porque só deixando as seguranças a Igreja se centra Naquele que é fonte de Vida. Não podemos negar a realidade cada vez mais complexa e desconcertante, mas devemos viver sem permitir que nos vejam como ascéticos e neutros, mas homens e mulheres apaixonados pelo Reino, desejosos de impregnar as estruturas da sociedade com Vida e Amor, partilhando o bom odor de Cristo, que continua a nos transformar. “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro” (Evangelii Gaudium, 49 Papa Francisco). Porque lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6,37). Com Aparecida, teremos coragem para anunciar o Evangelho e força para enfrentar as dificuldades, para que n’Ele tenhamos Vida... e em abundância.
Hermelinda e Arturo CR Super-Região CM 511
O valor social do
casamento e da família “E ASSIM A LUZ SE FEZ..” “A família fundada no casamento é uma sábia instituição do Criador, para realizar na humanidade seu desígnio de amor.“ É assim que cada casal começa, com essa herança, com esse tesouro, fundar famílias que sejam desígnios do amor de Deus, isso é confiança, é missão, é cumplicidade, pois o Casal humano é a imagem do amor de Deus. Somos repletos de amor humano e amor de Deus, por isso nossa responsabilidade tem que ser uma resposta de amor e comunhão. O casamento que nos uniu tem que ser transformado no dia a dia no sacramento de vida, de fecundidade, de misericórdia e perdão. Foi nos dado como herança um sonho de Deus: A FAMÍLIA, e isso faz do casal o guardião desse tesouro, e o futuro da humanidade vem sendo preservado de geração em geração por casais que decidiram assumir essa missão: SER LUZ NO MUNDO. De um gesto concreto de duas pessoas que por amor decidem assumir um compromisso de vida nasce a missão do casal, que com seu amor irá construir um mundo melhor, um santuário de vida, de comunhão, de fraternidade. “A família cristã é chamada a tomar parte viva e responsável na CM 511
missão da Igreja de modo próprio e original, colocando-se a serviço da igreja e da sociedade no seu ser e agir, enquanto comunidade íntima de vida e amor” (FC 50). É na família que o casal, pelo seu casamento, se torna corresponsável pela humanidade, pois o fruto desse amor irá germinar e transformar o mundo, expressando o amor de Deus. Cada casal é parte de uma história, de um amor maior, que no seu cotidiano vai transformando a vida de muitas pessoas, que aprendem a viver juntas, a se respeitar, e com isso vão adquirindo valores que são agentes transformadores. É na família que se aprende a dialogar, a perdoar, a conviver com as diferenças, com o respeito pelo outro, são valores que nascem do amor num exercício diário, é na família que se aprende a amar.
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No mundo de hoje, em que o casamento e a família são alvos de toda espécie de futilidades, o casal precisa se apoiar no amor maior, educar seus filhos na fé cristã, viver seu casamento como sacramento do dia a dia, se fortalecer na Palavra de Deus, buscar sempre viver a verdade e a misericórdia com sua família, para que sua missão de ser luz no mundo possa brilhar, resplandecer. É necessário que a família seja o primeiro lugar a ser cuidado, ser cultivado, ser transformado num santuário de vida plena. Sabemos que hoje, com tantas tecnologias, tantas invenções que distraem os jovens, que nos afastam uns dos outros, é necessário redobrar a atenção e buscar sempre na oração, força para conduzir nossas famílias para que sejamos sempre a Luz que vai fazer brilhar o amor de Deus para a humanidade. O casal cristão recebe a luz de Je-
sus Cristo, tem que protegê-la, testemunhá-la, cuidar para que nunca se apague, eis sua missão. E para realizar essa missão social, devemos ir para o mundo, e simplesmente viver, simplesmente nos amar, mas com tanta força e transparência que as pessoas ao redor sejam inconscientemente tocadas, a ponto de dizer: “mas olhem, como se amam!”. Em nosso mundo onde, mesmo entre os jovens, se perde a fé no amor, esse testemunho dado ao amor conjugal por casais cristãos é de grande valor”. (H. Caffarel)
Marilena e Jesus CRP Norte
Ouvindo a Carta Mensal: A partir da edição nº 500 da Carta Mensal é possível ouvir na íntegra todas as matérias publicadas em nossa revista. Um recurso muito útil, principalmente em função da vida corrida que atualmente temos, onde dedicar um tempo para a leitura é cada vez mais difícil. O áudio gravado de cada matéria da revista é produzido através de voz digital, fato este que pode conter algumas pequenas distorções na sua estrutura auditiva, não comprometendo porém o seu entendimento.
Faça a experiência e partilhe conosco suas críticas e sugestões 6
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Ela é minha
A primeira relação que devemos criar com Maria é a maternal. Antes da devoção vem o amor de mãe para com seus filhos e o amor destes para com sua Mãe. Aqueles pescadores no rio Paraíba do Sul não encontraram naquela noite de pesca infecunda somente uma imagem, quebrada, da Virgem Maria. Eles apanharam do rio um fio de esperança, reencontraramse, naquele momento, com a fé que até então estava desfalecida. Apareceu nas águas aquela que jamais se afastou de seus filhos, que esteve sempre perto, estava junto: na angústia, no sofrimento, na falta de alimento, na abundância do abandono e maus-tratos. Apareceu na imagem da Imaculada Conceição, aquela que nos foi dada no alto da cruz pelo Filho de Deus. Manifestou-se a “Consoladora dos Aflitos”?, “Auxiliadora dos Cristãos”?, aquela que é “Bondosa e Bela”?, a “Advogada, Intercessora”?, a “Rainha dos Céus”? Não. Pois o povo era explorado e passava fome, era escravizado e humilhado de todas as formas. E quando nos encontramos num momento de profundo abandoCM 511
Mãe!
no, quando nos vemos sem saída, desolados e angustiados, só queremos uma pessoa ao nosso lado, só gritamos por uma pessoa, a nossa Mãe. O povo encontrou uma luz, um alento, uma saída, um refúgio. Encontrou naquela pequenina imagem um colo de mãe. Quem encontrou ou encontra em Maria Santíssima o colo da Mãe vai tê-la sempre como Intercessora, Advogada, Consoladora, Auxiliadora, Rainha, Bondosa e Bela, Mãe das Graças, Desatadora de Nós, Perpétuo Socorro. Pois a nossa Mãe é para nós tudo isso e mais um pouco. Voltemos ao calvário: Jesus na cruz, Maria aos pés da cruz com o discípulo que Jesus amava e recebamos juntos esta doação: “Eis aí a tua mãe!” (Jo 19,27). Para fortalecimento do nosso amor e devoção digamos quando pensarmos em Maria: “Ela é minha Mãe!” Pe. Paulo Cesar da Silva Eq.10A - Região Norte I 7
Interceder é semear!
Enquanto no mundo cresce a sede pelo poder, em todos os âmbitos – o poder de governar, o poder de possuir bens, de ser importante, de se destacar até mesmo no meio pastoral, como os mais sábios e mais santos –, Jesus nos lança outra proposta: rezar silenciosamente, como a semente lançada no campo, que germina enquanto o homem dorme, sem se preocupar por estar oculta. Simplesmente deixa que se cumpra em sua vida a missão que Deus lhe confiou: florescer. Que possamos fazer o oferecimento de nossa vida assim, com humildade de coração. Lembremos que quando Jesus veio ao mundo, os grandes viajavam em belos animais, potentes cavalos, mas a viagem da família de Nazaré para Belém foi montada em um jumentinho. Também quando fugiram para o Egito se serviram de um jumento e na entrada gloriosa para Jerusalém Jesus se serviu de um pequeno animal: um jumento. Ou seja, apresentou-se com humildade, com mansidão de coração. Portanto não se preocupe com a “grandeza” da sua oração, preocupe-se em servir com “amor”. Deixemos que Deus se sirva da nossa pequenez, da nossa fragilidade. E com alegria vamos oferecer nossa oração pelos irmãos, pedindo a Jesus 8
que nos ajude a ter um coração semelhante ao seu: manso e humilde. E estejamos certos de que todo ato de amor, por mais pequenino e invisível que seja para o mundo, é assistido por Deus. Que neste mês de outubro, mês missionário, possamos fazer da oração nossa missão, pois todos devemos ser missionários, em terras distantes ou em nosso lar. E unidos a Mãe Aparecida, roguemos a Deus por cada um de nossos irmãos, cada um de nós, de nossos lares e de nossas equipes. Sua oração é preciosa, Deus conta com ela, os irmãos também. Rezar é semear. Mas a messe é grande e os operários são poucos... Venha unir-se a nós, seja também um intercessor! Acesse o site: ens.org.br ou entre em contato conosco através do email: intercessao@ens.org.br
Goretti e Moacir Casal Intercessor Nacional CM 511
MEDITAÇÃO DOS MISTÉRIOS GLORIOSOS O anjo disse às mulheres: Não tenham medo!Sei que buscais a Jesus que foi crucificado. Ele não está aqui, ressuscitou, como havia dito. Venham ver o lugar onde Ele jazia. (Mt 28, 5-6) É preciso ultrapassar a cruz, a noite escura da dor, para com Cristo vivermos a glória da ressurreição. Quanta dor se infunde em nossa alma, quando estamos a rezar por alguém, de todo o coração, com toda a nossa fé e ainda assim vimos partir... Jesus ilumina nossa dor com sua luz e nos diz: Não temas, Eu venci a morte. A fé na ressurreição traz alegria e paz a nossa vida. Hoje vimos de forma imperfeita, como se houvesse uma névoa diante de nossos olhos, mas um dia veremos a vida como ela é de verdade e então exclamaremos: “Era isto Senhor que nos aguardava!”. Levanta teus olhos, acalma tua alma, alegrate e prossegue tua oração confiante. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... 2o MISTÉRIO: A ascensão de Jesus ao céu Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus (Mc 16,19) Jesus disse aos discípulos que deveriam ir para a Galiléia, lá esperaria por eles. E eles viram o Senhor ser elevado ao céu. Queridos irmãos(ãs), onde é a Galiléia de hoje, quem espera por ti? A tantos irmãos aflitos perdidos no caminho, estão sem forças porque perderam o emprego, muitos perderam casa... outros tantos perderam a Pátria... Jesus conta contigo para ajudar-lhe a encontrar o caminho, tua oração tem poder de reconstruir o mundo, de reconstruir corações, de iluminar o caminho, porque à direita do Pai está Jesus e Ele reza em teu coração. Creia, caminhe e reze... Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... CM 511
A ascensão - Benjamin West
Jesus aparece a Maria Madalena Alexander A. Ivanov
1o MISTÉRIO: A ressurreição de Jesus
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3o MISTÉRIO: A vinda do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos Basilica de Santa Maria della Salute - Tiziano Vecello
E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo... (Atos 2,1-4) Neste mistério meditamos o rosto da Igreja, casa de irmãos. Assim como em nossas famílias temos uma mãe, a família Igreja tem uma mãe que é Maria. Aquela que nos precede na ordem da graça, porque sempre soube ser dócil a ação do Espírito Santo. Peçamos à Virgem Maria, mãe da igreja e nossa mãe, por todos os lares, que pais, mães e filhos saibam ser dóceis à ação do Espírito Santo, vivendo em harmonia sua missão de cada dia. Que o amor colocado em cada prece, em cada atitude, em cada sorriso, transforme nossos lares em um novo pentecostes, repleto de graças e de bênçãos. Um lugar onde é bom estar. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...
Porque olhou para a humildade de sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o poderoso fez grandes coisas em meu favor, santo é o seu nome. (Lc 1, 48-49) Querido irmão(ã), intercessor(a), que seja a Virgem Maria o nosso modelo, se olharmos para ela, não erraremos o caminho, e que alegria será se conseguirmos ajudar tantos outros a caminhar para Jesus. Como dizem os santos, desde que o mundo é mundo, nunca se ouviu dizer que alguém que tenha recorrido à Santíssima Virgem, com confiança e perseverança, tenha sido por Ela desamparado. Todos lhe procuram santos e pecadores. Então mãezinha muito amada, lembra-te de todos aqueles que se confiam às nossas orações, apresenta a Deus a nossa humilde oferenda ornada com tua graça e a profundidade da tua fé, oh, doce intercessora... Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... 10
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A assunção da Virgem - Peter Paul Rubens
4o MISTÉRIO: A assunção de Nossa Senhora ao céu
Coroação da Virgem - Peter Paul Rubens
5o MISTÉRIO: A coroação de Nossa Senhora, como rainha do céu e da terra Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. (AP 12.1) Desde o momento em que foi escolhida e aceitou ser a mãe de Jesus, Deus a elevou Rainha do céu, Senhora do mundo. O sol, a lua, as estrelas, toda a criação glorifica sua rainha. Na ladainha rezamos: Rainha dos anjos, rainha dos apóstolos, rainha dos mártires, rainha da paz. Nós te rogamos, rainha dos mártires, por todos os mártires deste tempo, cujas vidas são ceifadas, por serem cristãos, por amor a Jesus. Defendei-nos e amparai-nos. Mostra ao mundo o caminho da paz. Valei-nos Santa Virgem Maria, mãe da divina graça, mãe do salvador, virgem poderosa, sede da sabedoria, fonte da nossa alegria, auxílio dos cristãos, rainha de todos os santos, rainha da paz. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... Reza-se o Agradecimento; Salve Rainha. Sinal da Cruz.
XII ENCONTRO INTERNACIONAL DAS ENS FÁTIMA 2018 Vamos todos à Fátima!! Porque somos seus filhos, e Ela é uma mãe atenciosa e bondosa, Ela é sempre a primeira que percebe as necessidades de seus filhos, e intercede junto à Cristo, pelos que ainda peregrinam entre os perigos e dificuldades aqui na terra. Então, convidamos todos a participar desta santa peregrinação à Fátima, seja físicamente ou espiritualmente, para juntos intercedermos à Deus, através de Sua doce Mãe.
CONFIRMAÇÃO DAS INSCRIÇÕES - PASSO A PASSO 1. Acessar o site www.ens.org.br e anotar seu Código de Identificação (amarelo), conforme exemplo na página seguinte 2. Acessar o site www.endfatima2018.pt ou link no site ENS página principal: acesse o link para confirmação da inscrição. CM 511
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Código Identificação
Inscrição
Casal/SCE
Ela - Nome Completo
Ele - Nome Completo
0615020963327008160
008160
Casal
PATRICIA CARLA LE SUEUR ROSA
LUCIANO PEREIRA ROSA
0340051129807008161
008161
Casal
ANA FLÁVIA DA SILVA BORGES LAGARES
ROBSON DE OLIVEIRA LAGARES
0743061054457008162
08162
Casal
MARLEI VHAVES DE CAMPOS LAZARETTI
EDEMAR LAZARETTI
05080602255008393
008393
Casal
LILIANA RODRIGUES TAKAHASHI
ROGÉRIO TAKAHASHI DE ARAUJO
051203054157011928
011928
SCE
x-x-x-x
FLAVIO CAVALCA DE CASTRO
3. Login – registrar seu email 4. Receber, no email cadastrado, link para acessar a inscrição
ATENÇÃO: a) não recebendo o email da organização, verificar sua quarentena b) o email cadastrado será o único meio de comunicação com a Organização do Encontro 5. Registrar senha de 8 dígitos 6. Preencher dados através dos filtros (país, tipo de inscrição, no de participantes...) 7. Preencher Código de Identificação da Inscrição no Brasil (item 1 na página anterior) 8. Preencher dados da mulher e do homem 9. Confirmar
Macro Calendário de Inscrições Início da confirmação da inscrição on-line Fim da confirmação da inscrição on-line Pagamento pela SR de 50% da inscrição Pagamento do restante valor para 100% da inscrição Fim do prazo para indicar necessidades de transporte Envio de vouchers
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set
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jan
31 15
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E repetimos: Vamos todos à Fátima!! Vera e José Renato Luciani Casal Coordenador Nacional Rua Belém, 401- Bairro Brasil 13301-453 - Itu-SP Fone: (11) 40222212 fatima2018@ens.org.br 12
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igreja católica
Amoris Laetitia Capítulo IX O capítulo nono e último da Amoris Laetitia intitula-se “Espiritualidade conjugal e familiar”. Apesar de ser o capítulo mais breve – do número 313 ao 324 –, encerra com chave de ouro a Exortação. Neste capítulo, o Papa Francisco intenta descrever algumas características fundamentais da espiritualidade específica própria das relações conjugais e familiares, citando quatro. A primeira característica específica é a de ser uma espiritualidade de comunhão sobrenatural, pois a Trindade está presente no “templo da comunhão matrimonial” e assim dá glória a Deus (n. 314), em uma “família real e concreta, com todos os seus sofrimentos, lutas, alegrias e propósitos diários”, tornando-se uma espiritualidade do vínculo habitado pelo amor divino (n. 315), que torna a comunhão familiar “verdadeiro caminho de santificação na vida ordinária e de crescimento místico, um meio para a união íntima com Deus”, caminho que o Senhor se serve para levar os casais e as famílias às alturas da união mística” (n. 316). A segunda característica específica é a união em torno de Jesus Cristo, centro que “unifica e ilumina toda a vida familiar”, tornando as horas amargas uma união CM 511
com Jesus abandonado (n. 317). A oração em família, mesmo com palavras simples, é “um meio privilegiado para exprimir e reforçar a fé pascal”, sendo necessários apenas alguns minutos cada dia para estar unidos na presença do Senhor vivo e dizer-lhe aquilo que preocupa, e apresentar as necessidades familiares, realizando seu ponto culminante na participação de toda a família na Eucaristia, sobretudo no contexto do descanso dominical (n. 318). A terceira característica específica é o sentido exclusivo e libertador da espiritualidade do amor, que brota da pertença exclusiva a uma única pessoa: “os esposos assumem o desafio e o anseio de envelhecer e gastar-se juntos, e assim refletem a fidelidade de Deus”, como “pertença de coração, lá onde só Deus vê”, e, assim, cada cônjuge é um para o outro sinal e instrumento da proximidade do Senhor, que não os deixa sozinhos” (n. 319), embora com a consciência de que o outro pertence a Deus e não a si próprio e que só Deus pode ocupar o centro da vida de cada cônjuge (n. 320). A quarta característica específica é uma espiritualidade de solicitude, da consolação e do estímulo. Três atitudes que tornam a família o “hospital mais próximo” 13
(n. 321), pois toda a “vida da família é um pastoreio misericordioso” (n. 322), onde cada membro da família contempla “cada ente querido com os olhos de Deus” e reconhece “Cristo nele”, com uma disponibilidade gratuita, que permite “apreciar a sua dignidade” (n. 323). Sob o impulso do Espírito, o núcleo familiar gera a vida em seu seio e se abre “para
derramar o seu bem nos outros, para cuidar deles e procurar a sua felicidade”, tornando-se, assim, “uma igreja doméstica e uma célula vida para transformar o mundo” (n. 324). Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann Setor E, Porto Alegre-RS
Palavra do Papa Como anda o terreno do nosso coração?
Na oração do Ângelus na Praça São Pedro do dia 16 de julho de 2017 Papa Francisco fez uma reflexão sobre o Evangelho de Mt 13, 1-23, a parábola do semeador. Papa Francisco nos lembrou que Jesus, quando falava, usava uma linguagem simples e serviase também de imagens, que eram exemplos tirados da vida diária, a fim de poder ser compreendido facilmente por todos. Por isso todos gostavam de ouvir e apreciavam a sua mensagem que ia diretamente ao coração; e não era aquela linguagem difícil de compreender, como a dos doutores da lei da época. Explicou o Papa: O semeador é Jesus. Observemos que, com esta imagem, ele se apresenta como alguém que não se impõe, mas se propõe; não nos atrai conquistando-nos, mas doando-se: lança a semente. Ele espalha com paciência e genero14
sidade a sua palavra, que não é uma gaiola nem uma armadilha, mas uma semente que pode dar fruto. Por isso, a parábola diz respeito sobretudo a nós: ela fala mais do terreno que do semeador. Jesus faz uma “radiografia espiritual” do nosso coração, que é o terreno sobre o qual a semente da palavra cai. O nosso coração é como um terreno, pode ser bom e então a Palavra dá fruto. Contudo há outros dois terrenos intermediários que, de maneiras diversas, podemos ter em nós. O primeiro, diz Jesus, é o pedregoso. Tentemos imaginar: um terreno pedregoso é um terreno “onde não há muita terra” (cf. v. 5) e, portanto, a semente germina, mas não consegue ganhar raízes profundas. É assim o coração superficial, que acolhe o Senhor, quer rezar, amar e testemunhar, mas não persevera, cansa-se e não cresce. É um coCM 511
ração sem consistência, no qual as pedrinhas da preguiça prevalecem sobre a terra boa, onde o amor é inconstante e passageiro. Mas quem acolhe o Senhor só quando lhe apetece não dá fruto. Depois, há o último terreno, aquele espinhoso, cheio de sarças que sufocam as plantas boas. As sarças são “a preocupação do mundo e a sedução da riqueza” (v. 22). As sarças são os vícios que estão em contraste com Deus, que sufocam a sua presença: antes de tudo os ídolos da riqueza mundana, viver avidamente, para si mesmo, pelo ter e pelo poder. Se cultivarmos estas sarças, sufocamos o crescimento de Deus em nós. É necessário arrancá-las, senão a Palavra não dará fruto, a semente não crescerá. Papa Francisco contínua sua fala quase que explicitamente nos convidando a viver os Pontos Concretos de Esforço. Queridos irmãos e irmãs, Jesus convida-nos a olhar para dentro de nós: a agradecer pelo nosso terreno bom (Oração Pessoal e Conjugal) e a trabalhar nos terrenos que ainda
não o são (Regra de Vida). Perguntemo-nos se o nosso coração está aberto para acolher com fé a semente da Palavra de Deus. Questionemo-nos se os nossos pedregulhos da preguiça ainda são muitos e grandes; encontremos e chamemos pelo nome as sarças dos vícios (Meditação e Dever de Sentar-se). Encontremos a coragem para limpar o terreno (Escuta da Palavra e Retiro). Por fim, Papa Francisco nos lembra da importância do sacramento da Reconciliação: ...uma boa limpeza do nosso coração, levando para o Senhor na Confissão e na oração, as nossas pedrinhas e as nossas sarças. Fazendo assim, Jesus, o bom samaritano, será feliz de realizar mais um trabalho: purificar o nosso coração, tirando as pedras e os espinhos que sufocam Sua Palavra. Adaptado do Ângelus da Praça São Pedro do dia 16 de julho de 2017 por
Cristiane e Brito CR Comunicação Super-Região
Matrimônio e Ordem Chamados para o Amor
Os sacramentos nos manifestam um Deus que, por meio de sinais sensíveis, entra em nossas vidas para nos santificar e salvar. A santificação e salvação acontecem na vivência do amor de Deus, experimentado e expressado no amor ao próximo. Um amor que se revela no servir pelo cuidado com o outro. CM 511
Sacramentos de serviço amoroso e de cuidado são justamente o Matrimônio e a Ordem. Neles, a pessoa é chamada (vocacionada) a ser e estar para os outros. É chamada a partilhar a existência dos outros como alguém que serve, com amor e no amor. Nessas vocações – matrimonial e sacerdotal –, a pessoa ama e 15
é amada, constrói relações que santificam e que salvam. Podemos dizer que os dois sacramentos, juntos, podem melhorar e manifestar a imagem do amor com o qual Deus ama a humanidade. Deus ama a humanidade e é exemplo para um casal que se ama e ama sua família! Deus ama a humanidade e é exemplo para um sacerdote que se consagra a Ele para amá-lo e a sua Igreja (povo de Deus, família das famílias)! Nesses dois sacramentos, existem, cada um a seu modo, as mesmas exigências do amor: fidelidade, indissolubilidade e fecundidade. O casal e o sacerdote são chamados a nutrir sua capacidade de amar e servir a Deus e ao próximo, por meio destes três dons: fidelidade ao compromisso, permanência no compromisso e amor fecundo pelo compromisso (gerando vida nas diversas dimensões). Compromisso, sim, pois quem ama se compromete e compromete toda sua existência! Nessa perspectiva, podemos entender a intuição que tiveram aqueles casais que procuraram o Padre Caffarel, como auxílio para descobrir o caminho da santidade matrimonial, bem como a intuição desse sacerdote ao propor aos casais um caminhar junto em busca dessa descoberta. Sacerdote e casais podem empreender juntos tal busca, pois a santidade é o caminho de todos os que se sentem vocacionados a conhecer, amar e servir a Deus, tanto no matrimônio como no sacerdócio. Precisamos, sacerdotes e casais, valorizar esse vínculo que as ENS propõem entre o matrimônio e a ordem. Tal valor se estabelecerá quando os sacerdotes se entenderem não como alguém que apenas orienta, acon16
selha e acompanha os casais numa equipe, mas como um membro efetivo que também recebe, por meio dela, crescimento e amadurecimento sacerdotal. E também quando os casais compreenderem o sacerdote não como um prestador de serviço religioso que os auxilia, mas como um membro da equipe que a completa com o dom de seu sacerdócio ministerial. Essas duas vocações, nas ENS, são duas formas de amar a Deus e ao próximo, que se encontram, se entrelaçam e produzem um precioso testemunho para um mundo tão sedento de bons exemplos e de esperança. Como os dois discípulos de Emaús tiveram sua caminhada enriquecida pela presença de um terceiro peregrino –. Jesus, assim também o casal deve acolher o sacerdote, apresentando-se para caminharem juntos, partilhando e ajudando-o a vencer as dificuldades. Ao mesmo tempo, nesse acolhimento, pode-se cumprir a missão de discípulo-missionário a serviço do Reino. Agradeço ao Bom Deus por estes 18 anos de sacerdócio e de Conselheiro de ENS. Cresci e amadureci em minha vida sacerdotal e na compreensão do Evangelho da família e do matrimônio, nas partilhas e coparticipações belas e verdadeiras de meus casais, companheiros de equipe, que buscavam e buscam com sinceridade os caminhos do Senhor. Eles, em sua busca sincera, tornaram-se também sinais para a minha procura em crescer no conhecimento, no amor e no serviço a Deus.
Dom Moacir Silva Arantes Bpo. Aux. da Arquidiocese de Goiânia SCE das EQ.08B - N. S. da Esperança Divinópolis-MG e 8A - N. S. Mãe de Deus Goiânia-GO
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vida no movimento Província
NORTE
MUTIRÃO FESTA DA ALEGRIA
Foi realizado no dia 6 de agosto de 2017 o mutirão do setor castanhal, região Norte II. Estiveram presentes 68 casais, e os temas foram apresentados com muita criatividade e animação. Todos os temas tiveram como base teórica os documentos das ens, foi um momento de formação, e troca de experiência e partilha, fortalecendo a ca-
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minhada das equipes que estiveram presentes. Esse ano o setor escolheu o pce Retiro como tema principal, com a palestra feita pelo Padre Pedro Bodei. E assim o mutirão foi a festa da alegria. Magnificat!
Marilena e Jesus CRP Norte
NORDESTE I
ENCONTRO DAS EQUIPES EM MOVIMENTO As Equipes de Nossa Senhora da Província Nordeste região RN II, realizaram nos dias 17 e 18 de junho de 2017, em Caicó-RN, com a presença de 28 casais, o Encontro das Equipes em Movimento. Foi um momento de grande renovação na caminhada equipista dos casais participantes. Os temas abordados no evento despertaram os casais para desempenharem com maior afinco sua missão no Movimento, na CM 511
Igreja e no mundo. A chama da espiritualidade que com o decorrer do tempo parece querer apagar-se foi reacendida em cada casal, pois as experiências e os ensinamentos partilhados redirecionaram o caminhar equipista que talvez já tendesse a perder o rumo. Também os testemunhos dados e a comunhão com outros casais reavivaram nossas esperanças e nos motivaram a continuar firmes na busca 17
por nossa santidade conjugal. Saímos do encontro muito mais esclarecidos quanto à missão do casal equipista, como também mais qualificados para exercê-la. Como nos diz o próprio Jesus em seu evangelho: “Não se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe para todos” (Mt 5, 15), assim também não podemos guardar conosco todos esses ensinamentos, mas devemos levá-los aos demais casais de nossa convivência.
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Agradecemos a Deus e a Nossa Senhora que por meio deste Movimento nos proporcionam momentos como este que só engrandecem a espiritualidade conjugal e solidificam o sacramento do Matrimônio nos tornando capazes de dar nosso testemunho de casais cristãos na comunidade. Terminamos todos convictos de que fomos chamados por Deus, e nós o seguimos.
Gecilma e Batista CRE - Eq. N. S. da Conceição Caicó-RN
CENTRO-OESTE
ENCONTRO DE EQUIPES NOVO FÔLEGO Com inscrição inicial de 77 casais e participação de 73, realizouse nos dias 5 e 6 de agosto o Encontro de Equipes Novo Fôlego, na cidade de Maracaju-MS. Com felicidade sentimos que Deus fez-se presente onde todos 18
partilhamos nossas histórias e experiências e experimentamos da seiva do Movimento, da renovação, pela observação dos erros e acertos e da necessidade de avaliação, mudança e redescoberta que devem partir de nós mesmos. CM 511
Como só chega em alto-mar quem tem coragem de transpor as ondas, todos os participantes se dispuseram a atender o chamado de Cristo e subir na barca para avançar às águas mais profundas. E, o que é mais importante, puderam tomar essa consciência e decisão em equipe. A Equipe Formadora nos trouxe uma nova semente, que será regada com muito carinho e multi-
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plicar-se-á em frutos, pois estamos renovados, reabastecidos, voltamos às origens e fomos chamados a ser ousados e fazer com que as equipes se fortaleçam e cresçam, difundindo as maravilhas da vida cristã e da espiritualidade conjugal. O Espírito Santo soprou em todos nós um Novo Fôlego.
Eliani e Zelonir CRS Setor Maracaju - Região Mato Grosso do Sul
LESTE
PEREGRINAÇÃO: SENTIDO DE MISSÃO No dia 2 de julho, motivada pelo ano Mariano, a região Minas V foi em peregrinação ao Santuário NOSSA SENHORA DA PIEDADE, em Caeté-MG. Saímos pela manhã, cerca de 100 casais, e teríamos, segundo nossas previsões, de 2,5 a 3 horas de ônibus até o Santuário. Muito motivados e com muita alegria, sabendo que uma peregriCM 511
nação é um momento privilegiado de experiência com Jesus, de discernimento, de purificação, sob o aval da fé e da certeza da bondade de Deus. No meio do caminho soubemos de um acidente na estrada impossibilitando a passagem dos ônibus. A opção seria voltar e tentar outro caminho, sem a certeza 19
de que nossos ônibus passariam. Resolvemos arriscar. Trânsito lento, muita expectativa e apreensão, mas finalmente chegamos. Infelizmente perdemos a missa especialmente marcada para nós. Após o almoço fomos então conhecer as instalações do santuário. Um lugar muito aconchegante, com altitude de 1.746 metros e 360 graus de vista panorâmica das montanhas de Minas. Linda obra da criação divina. Conhecemos o Caminho das Dores de Maria e logo depois nos deparamos com a Cripta São José. E quem estava lá: o Santíssimo Sacramento exposto para nossa adoração. Havíamos subido a montanha para orar e estávamos diante do Santíssimo. Que momento sublime! Depois conhecemos as esculturas do Calvário que ficam defronte à Ermida da Padroeira, uma pequena igreja erguida em 1767 (o Santuário completou em julho 250 anos). Era domingo, dia do Senhor, e gostaríamos muito de participar da 20
celebração eucarística. E eis que chega a boa notícia: decidiu-se, por nossa causa, que haveria missa na Igreja Nova das Romarias, edificada em 1974, num estilo moderno de concreto aparente. Lindíssima igreja! Fomos recebidos de forma acolhedora pelo presidente da celebração, que após calorosa saudação iniciou a santa missa. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! Por providência, a liturgia do dia celebrava o dia de São Pedro e São Paulo, pilares da nossa Igreja Católica. Na homilia, o celebrante lembrou um aspecto importante na vida desses dois mártires católicos: a perseverança. Cada um, a seu modo, foi convertido, e, entre momentos de fraqueza e perseguição, soube viver a fé, e acima de tudo, ambos foram missionários incansáveis de Jesus e fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro. Após a missa ainda nos convidou para levarmos, em procissão, a Cruz de Cristo e a imagem de Nossa Senhora da Piedade até a Ermida. Podemos fazer uma analogia CM 511
dessa peregrinação com a nossa vida de cristãos e de equipistas. As dificuldades surgiram, mas peregrinamos e louvamos a Deus por tudo que vivemos: adoramos o Santíssimo, rezamos na montanha, ouvimos a Palavra de Deus e recebemos a Eucaristia. Assim também, no Movimento, mesmo diante de nossos tropeços na vivência do amor, na vivência dos Pontos Concretos de Esforço, devemos perseverar, sabendo que
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nos reunimos em nome de Cristo, com sentido na ajuda mútua e sabedores de que devemos testemunhar a alegria da espiritualidade conjugal, sendo missionários no nosso dia a dia. Que Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, nos ajude e interceda por nós.
Marluce e Olber Eq. N. S. Aparecida Região Minas V - Setor Itaúna
SUL I
HAJA FÔLEGO. UM NOVO FÔLEGO Queridos irmãos equipistas, partilhamos o que foi para nós o Encontro de Formação Novo Fôlego (ENF), com o qual ficamos literalmente impressionados”. Quantas surpresas nos aguardavam! Como Deus é perfeito em tudo o que faz! Para começar, a organização do evento nos deixou encantados! A equipe de trabalho parecia uma orquestra em sintonia! Nenhum detalhe passou despercebido. A cada palestra e testemunho íamos sendo envolvidos por eles, de tal modo que íamos amando cada vez mais o Movimento e abraçando cada vez mais a nossa equipe. O testemunho que nos transmitiram é que tudo precisa ser feito com muito amor, entrega, acolhida e oração. Rimos, choramos, cantamos e dançamos. Alguém comentou: “Nunca mais vou me esquecer deste encontro”. Sem nenhuma dúvida, nossa equipe saiu deste encontro mais fortalecida, unida e com novos projetos, e esse era o mesmo testemunho e sentimento de todos os casais participantes.
Cacilda e Júlio CRE - Setor S. Bernardo e Diadema São Paulo Sul I
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PROVÍNCIA
SUL II
FORMAÇÃO PERMANENTE:
ENCONTRO DE EQUIPES A CAMINHO - EEC
Nos dias 29 e 30 de julho de 2017, a Região SP Norte II, cidade de São José do Rio Preto, reuniu-se para a Formação Permanente, Encontro das Equipes em Caminho, com o Tema: CRISTO, PEREGRINO E COMPANHEIRO DE CAMINHO. Durante esses dois dias conseguiram, com a espiritualidade de verdadeiros casais equipistas, abastecer e transmitir a 30 casais que lá tiveram momentos importantes de sabedoria como também testemunhos ricos de evangelização. Desde o primeiro dia dessa formação já havíamos percebido que algo novo iria acontecer em nossas vidas, pois o entusiasmo era visível em todos que lá participavam. Eram evidentes a confiança e o diálogo entre os casais, não uma regra, mas sim um espírito transformador que deva permanecer e ser renovado a cada dia, ultrapassando os obstáculos para juntos crescermos. “Digamos-lhes: Quando eu adormecer, acorda-me! Quando eu estiver cansado, sustenta-me! Quan22
do eu cair, levanta-me!” (Padre Henri Caffarel, A primeira visita ao Brasil in ENS - Ensaio sobre seu histórico - p.56. Palavra de Deus, Eucaristia e Oração, dão a nós, cada vez mais, um sentido renovador para aproximarmo-nos de Deus. Este é o caminho seguro para a santidade e que estejamos convencidos na certeza que somos aguardados pelo Pai Celeste. Somos agradecidos ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora por proporcionar formações que nos enriquece. “Fica conosco, já é tarde e declina o dia...” “Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios, e vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele que o criou, até atingir o perfeito.” (Cl 3, 9-10). Que as equipes se entusiasmem a participar das Formações Permanentes! Construindo Pontes!
Delma e Ubaldo CRS “B”- Região SP Norte II São José do Rio Preto-SP
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Província
SUL iii
Primeira ENS em Camaquã-RS
“Se vocês captarem o espírito das equipes, não lhes será difícil aceitar a sua disciplina. Sua reação não será: tal regra nos incomoda, e por isso nos rebelamos. Mas sim: esta obrigação é útil para uma boa marcha do Movimento. Por isso vamos cumpri-la da melhor maneira possível.”
(Pe. Henri Caffarel Centelhas de sua Mensagem, p.124)
A fundação de uma nova equipe é sinal da vida circulando e sendo partilhada no Movimento, na Igreja, no mundo. Quando vivenciamos a pertença às ENS, não nos conformamos em beber desta água sozinhos; temos o ardente desejo de que outros casais, outras famílias bebam da mesma água. Este sentimento nos abre o coração e nos coloca a serviço para através da Experiência Comunitária e posteriormente da Pilotagem levar este tesouro a outros lares. A ALEGRIA é ainda maior quando avançando para águas mais profundas chegamos a outras cidades como tanto queria nosso querido Pe. Caffarel. Por isso, com esta mesma ALEGRIA anunciamos a chegada das Equipes de Nossa Senhora em Camaquã, sul do Rio Grande do Sul, a 130 km de Porto Alegre. Nesta cidade temos então a primeira equipe, Nossa Senhora Mãe de Deus! Que Deus abençoe todos os envolvidos na Experiência Comunitária e agora na Pilotagem desta nova equipe da Região RS I. Sejam BEM-VINDAS!!! Nossa Senhora Mãe de Deus, rogai por nós!
Adriana e Hudson Pe. Antônio Júnior CRP e SCEP Sul III
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raízes do movimento
Que vêm vocês fazer nas equipes?1 Durante as últimas férias, fiz numerosos e longos passeios na floresta. Levava comigo as Epístolas de São Paulo. Mais uma vez fiquei impressionado pela indefectível dedicação do Apóstolo por Cristo. Durante essas leituras, vocês estavam, caros amigos, muito presentes em minha meditação e o assunto da próxima carta a lhes dirigir se me impunha: é preciso, nas Equipes de Nossa Senhora, visar o essencial. As trocas de pontos de vista, as amizades sólidas, o auxílio mútuo material e moral, tudo isto não é o fim primordial. O ESSENCIAL É A PROCURA DE CRISTO. Infelizmente as palavras estão gastas; receio que a expressão “procura de Cristo” não desperte em vocês senão um eco muito enfraquecido. Mas eis aqui alguns textos – que digo – alguns gritos de São Paulo que vão lhes mostrar o que é procurar Cristo e, tendo-O achado, pertencer-Lhe. São Paulo é habitado pela Caridade: “O amor de Cristo me persegue”. “Quem nos arrebatará ao amor de Cristo? A atribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?... mas em tudo isso somos mais do que vencedores” (Rm 8, 35 e 37). Acontece-lhe, como a todos nós, encontrar-se diante da alternativa: agradar aos homens ou agradar a Deus. Sua decisão está tomada: “Se ainda tentasse agradar aos homens, eu não seria servidor de Cristo”. Cristo é o polo de sua vida. Mas ele não hesita em sacrificar as doçuras de sua intimidade para ir ao encontro de seus irmãos, a fim de que, por sua vez, pertençam a seu Senhor: “Sinto-me arrastado dos dois lados – quereria morrer para estar com Cristo e isto seria o melhor; mas por vossa causa é preferível permanecer cá em baixo” (Fl 1, 23). Não lhe são poupados sofrimentos variados, e sem dúvida ele conhece horas de angústia. Reage: “Sei em quem confiei” (2 Tm 1, 12). Percebem vocês tudo o que há, nestas palavras, de coragem heroica e de ternura de coração? Sua vida não tem senão uma razão de ser. Será fiel até o martírio: “É preciso que Ele reine” (1 Cor 15, 25). Sem dúvida estamos bem longe de tal santidade. Mas a questão é saber se, sim ou não, queremos ser possuídos pela mesma paixão devoradora. E para voltar às equipes, se é isto que vocês vêm procurar nelas em primeiro lugar, se este desejo domina suas trocas de ideias, suas orações, se é realmente a razão de ser de sua amizade e auxílio mútuo. 1 Henri Caffarel. Editorial Carta Mensal no 5, setembro de 1959, ano VII.
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O Próximo Sacramento do Cristo1 Neste ano, como em todos os anos, ao fim do primeiro dia de nosso Encontro dos Casais Responsáveis, aqueles que participaram da reunião (mais de 2.000) reuniram-se à noite em pequenos grupos nos lares dos casais parisienses que os receberam para jantar, rezar, conversar fraternalmente. E este ano, como em todos os anos, durante o segundo dia do encontro, uma porção de casais entusiasmados veio me falar da sua noitada da véspera. Um deles me dizia: “Quando chegamos, éramos todos estranhos; quando nos despedimos, nos sentíamos como se fossemos parentes”. Como explicar essa extraordinária “qualidade” das reuniões entre membros das equipes? Pedirei a São Paulo que responda. E atenção! Quero que meditem sobre os textos destas epístolas que escolhi para vocês: eles nos fazem compreender que o Cristo se dá a nós não apenas de cima para baixo, isto é, através dos sacramentos, da hierarquia, dos padres, mas também horizontalmente por intermédio de nossos irmãos. Por meio de irmãos que rezam com tão grande simplicidade, por aquilo que nos deixam perceber de seu desejo de perfeição e também de suas dificuldades, pelas alegrias e dissabores que nos confiam, dá-se a nós o Cristo que neles habita. Acontece que dentro do grande Corpo Místico não somos apenas membros do Cristo, mas “membros uns dos outros” (Ef 4, 25). E temos necessidade do próximo, pois cada um de nós é para os outros o portador de uma graça que lhe é particular. “O olho não pode dizer à mão: eu não preciso de você. Nem pode a cabeça por sua vez dizer aos pés: eu não preciso de você. Que todos os membros demonstrem entre si uma grande solicitude” (1Cor 12, 21, 25).
1 Editorial da Carta Mensal no IX - 2 de Junho de 1961.
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Alguém me dizia um dia destes: “Para receber, procuro o Cristo, para dar me dirijo ao meu próximo”. Esta pessoa não compreendia que é por intermédio do próximo que Cristo quer se dar a nós, que nosso próximo é um sacramento de Cristo para nós. Mais acertado estava o capelão de um acampamento de estudantes que me dizia: “De manhã eles vêm aqui para que eu lhes dê o Cristo; durante o dia, sou eu que os procuro e então eles me retribuem, dando-me o Cristo por sua alegria, seu amor fraterno, suas reflexões durante a troca de ideias. O Cristo que eu lhes dei de manhã volta a mim, por intermédio deles, de mil maneiras diferentes durante o dia todo”. Eis aqui, pois, alguns textos de S. Paulo que nos explicam as grandes leis da vida em equipe. Aqui encontramos ótimos conselhos não só para as reuniões mensais como para nossa vida de família: A palavra de Cristo habita em vós abundantemente em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros... (Cl 3, 16). Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdias, e de Deus de toda a consolação, o qual nos consola em toda a tribulação, para que também nós possamos consolar os que estão em qualquer angústia, pelo conforto, com que também nós somos confortados por Deus (2Cor 1, 4). Sejamos solícitos uns para com os outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras; não abandonando a nossa assembleia, como é costume de alguns, mas animando-nos... (Hb 10, 24-25). Irmãos, se algum homem cair por surpresa em algum delito, vós, que sois espirituais, admoestai-o com espírito de mansidão, refletindo cada um sobre si mesmo, não caia também em tentação. Levai os fardos uns dos outros, e desta maneira cumprireis a lei de Cristo (Gl 6, 1-2). Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; convém somente que não façais desta liberdade um pretexto para viver segundo a carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade do Espírito (Gl 5, 13). E. finalmente, deixemos a conclusão para S. Pedro: Cada um, segundo o dom que recebeu, comunique-o aos outros, como bons dispensadores da multiforme graça de Deus (1Pd 4, 10). Henri Caffarel Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP 26
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testemunho
Foram as Equipes de Nossa Senhora que me levaram até eles! “Lançar as redes em águas mais profundas...” Como assim? Não é um movimento de ação, mas é composto de pessoas ativas. Como assim?
Temos 24 anos de Movimento. Aos poucos fomos entrando nesse mar que é Deus, sendo o nosso barco as ENS. Muitas ondas fortes e tempestades atravessamos pelo caminho, mas estamos aqui. Servimos as ENS, como Casal Responsável de Equipe, Casal Ligação, Casal Piloto, Coordenador de. Experiência Comunitária, Casal Responsável de Setor e por último Casal Responsável de Região. E sempre ouvindo: “Lançai as redes em águas mais profundas”. Confessamos que isso ressoava em nossos ouvidos CM 511
durante as formações, celebrações... enfim, em todos momentos que a presença de Cristo era mais evidente, onde a intimidade com Ele era maior. Ele, Jesus, o centro das atenções dos equipistas. Foram as Equipes de Nossa Senhora que nos levaram até eles! Eles quem??? Tudo começou assim: numa reunião da pastoral da saúde, fiquei sabendo que o Abrigo Nossas Vidas em Suas Mãos estava passando por grandes necessidades, com risco de fechamento. Surgiu a ideia de convidar os componentes 27
da minha equipe de base para fazermos uma visita e sentir de perto a realidade. Alguns não puderam ir, então fomos eu, Zé Carlos (meu esposo), Daniel Peixoto e Jovanete. Nos apresentamos ao porteiro, o qual nos reconheceu e nos deixou entrar. Ao ver a realidade fomos tomados de três sentimentos: angústia, agradecimento e misericórdia. Angústia por ver tantos irmãos naquela situação e ainda não tínhamos despertado em socorrê-los. Agradecimento, esse sentimento também passou pelo nosso coração, pois vimos ali o próprio Cristo na face de tantas pessoas. E o sentimento de misericórdia? Esse é o principal, após esse, nasce a caridade, pois a fé sem obras é morta. Oitenta pessoas alimentandose precariamente, sem acesso à saúde, todos com escabiose, alguns dormiam no chão, banho dia sim, dia não, roupas amontoadas pelo chão, as mulheres cheias de piolho. Fezes em volta do pátio. Na maioria doentes mentais, vindos de vários estados do nosso país, o que mais me chocou foi ver um deles mergulhar a mão em um balde que armazenava restos de comida (lavagem) e colocar na boca. Pessoas amontoadas vivendo sem voz, nem vez, muitos não sabem nem mesmo quem é a família, sem documento, abandonados à própria sorte. Nessa visita não deixamos nossos olhares se encontrarem, tínhamos certeza de que se isso acon28
tecesse, íamos nos desmanchar, ali mesmo, em lágrimas, quase não falávamos, os nossos corações doíam, víamos tanta dor, um grito mudo de pedido de socorro ecoava em nossos ouvidos. Os pequeninos que Jesus fala no evangelho estavam sendo depositados ali, como se fossem qualquer coisa. Depósito de pessoas humanas, essa é a palavra. Logo após essa visita, passei na residência de Gileide e Marcos, também equipistas, os quais uniram-se à causa, não sendo muito difícil formar um grupo para pensarmos juntos. As Equipes de Nossa Senhora nos LEVARAM ATÉ ELES!!! Há sete meses, deixei minha empresa aos cuidados dos filhos e juntamente com outros voluntários estou à frente desse abrigo. Com a graça de Deus e solidariedade de alguns amigos, muito já fizemos, mas o caminho é longo. A nossa segurança está em Deus é Dele o projeto: lançar redes em águas mais profundas! Sonhar para essas pessoas uma vida melhor, uma estrutura que os acolha com mais dignidade, o pão na mesa, uma dor consolada. A vocês que esta carta alcançou, pedimos orações, para seguirmos em frente, com essa missão. NOSSA SENHORA DAS EQUIPES, ROGAI POR NÓS! Isabel e Zé Carlos Eq.02 - N. S. Aparecida Itabaiana-SE CM 511
O dom de educar os filhos para o mundo Como a neurociência pode nos ajudar A experiência da paternidade e da maternidade nos traz um grande desafio nos dias de hoje. Deus nos dá a graça de gerar filhos nesse mundo e nos dá a tarefa de educá-los na plenitude do seu Amor. Mas será que estamos conscientes do nosso papel de pais e educadores? No Evangelho de Mateus (11, 27), Jesus nos revela o exemplo perfeito da relação entre o Pai e o Filho: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai. E ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Deus Pai nos foi revelado pelo exemplo de humildade, amor, caridade e compaixão de seu Filho Jesus. Apenas quando permitimos que esse exemplo de perfeito amor penetre os nossos corações nos tornamos conscientes da nossa missão verdadeira como pais. Os nossos filhos são instrumentos que Deus nos dá para cultivar o Amor mais puro e incondicional. Ao educá-los temos a oportunidade de nos transformar por esse Amor. É uma mudança que nos permite renunciar ao nosso próprio ego e aos nossos mais íntimos desejos, para nos doarmos ao outro de forma plena. É uma forma de aprender a amar verdadeiramente. E como podemos usar o modelo de Cristo para educar os nossos filhos? Após o nascimento, o nosso cérebro está em pleno desenvolCM 511
vimento e se alimenta das experiências de vida e dos estímulos do ambiente para o seu aperfeiçoamento. O amadurecimento do cérebro só se completa por volta dos 22 anos de idade. Nesse período, grande parte do nosso aprendizado se dá pela imitação dos atos e ações vivenciadas na figura dos outros. Espelhamos nos outros para aprender. As crianças inseridas em um ambiente de paz e de amor absorverão esses valores como modelo, da mesma forma que as crianças que vivenciam o egoísmo, o ódio e a discórdia no seu ambiente familiar terão esses modelos como referência. Ensinamos melhor os nossos filhos pelas nossas atitudes e comportamentos do que com discursos e palavras. Se o que falamos não condiz com as nossas atitudes, são as nossas ações que ficarão registradas como referência para eles. Não são só os nossos traços hereditários que os nossos filhos carregam, mas a marca de nossos exemplos que eles vivenciam. Quando nos comportamos como verdadeiros cristãos no nosso dia a dia, estamos ensinando naturalmente a melhor forma de agir para eles. Sejamos vigilantes nessa tarefa, e não deixemos que o mundo se torne a referência de aprendizado para eles.
Suyanne e Rodrigo Eq.15D - N. S. do Bom Parto São Paulo-SP 29
reflexão
Eleição do CRE
Este mês de outubro é importante para a vida do Movimento, pois acontecerá a eleição de um novo CRE. Muitos de nós equipistas já não nos damos conta da importância desse ato. Principalmente os mais antigos. Já participaram de inúmeras eleições que parece, muitas vezes, um simples ato de ROTINA. Ledo engano. Será que o tempo de caminhada foi capaz de “embotar” a memória desses irmãos a ponto de esquecer alguns princípios norteadores? Que a eleição não é um simples detalhe? Que não é um sorteio, nem a rotatividade anual automática dos casais das equipes? Os equipistas devem considerar que, na hora de se fazer essa escolha, o façam com seriedade e 30
responsabilidade, além de se prepararem espiritualmente, através das orações e que, na hora de votar, recorram ao Espírito Santo, para que suas decisões sejam sábias. Que leve em consideração o casal que tenha um bom nível de espiritualidade e de humildade. Que não esteja em crise conjugal ou emocional. Que tenha disponibilidade e, acima de tudo, conheça o Movimento e seja coerente entre a sua Fé e o seu modo de vida. É preciso também que o casal escolhido seja alegre e entusiasta para poder animar os demais. Um casal desanimado não tem condições de animar os demais. É preciso que estimule a “entreajuda”. É comum aqui e acolá ouvirmos a pergunta: – é possível um CRE ser reeleito? Sim, é possível. Se isso ocorrer, entretanto, essa eleição terá que ser submetida à aprovação da Equipe Responsável (Setor), que tem o direito de veto sobre esta designação (documentos básicos). Não é sensato, entretanto, que isso ocorra, só em casos excepcionais, porque os membros da equipe têm obrigação de caminharem juntos. Cada um tem sua interidade, mas todos têm que estar aptos a assumir responsabilidades no Movimento. Ser CRE é prestar um serviço de amor maior à equipe e ao Movimento. E todo serviço é uma responsabilidade que enriquece o casal que exerce essa função. CM 511
O voto é individual. Os cônjuges devem fazer suas escolhas de acordo com as suas consciências. A apuração é feita pelo SCE que não revela o número de votos que o eleito obteve. Em caso de empate é ele quem decide, sem dar a conhecer esse fato. A eleição do CRE, de preferência, deve ser realizada durante uma celebração. Quando isso ocorre, certamente dá um sentido mais profundo e solene ao ato. Aproveitamos para dar um testemunho: O nosso SCE, Pe. Vanthuy, vem realizando as eleições ao longo dos anos durante uma Santa Missa. Por ocasião do
Ofertório fazemos a votação. Após o resultado ele anuncia o nome do casal escolhido e o abençoa. Ao final comemoramos e nos confraternizamos com o casal eleito. Tenhamos, pois, consciência da importância da eleição do CRE. Que nossa Mãe Maria interceda por nós junto a Jesus, para que Deus envie o Espírito Santo para nos iluminar com os seus Dons, para que possamos fazer uma escolha consciente. Ilka e Mario Eq.07C - N. S. D’Assunção Manaus-AM
RESPOSTAS AO TEMA DE ESTUDO Situação de Vida: Textos e Questões para Reflexão
Educar é um processo doloroso, embora fascinante. Transmitir conhecimentos é esvaziar-se de paradigmas e encher-se da novidade do outro, que nos ensina aprendendo. Alinhar educação e fé é ainda mais desafiador, já que, como diz o nosso texto, são opostos de movimento e estabilidade. Sempre procuramos educar nossos filhos de forma a desenvolver sua capacidade de entender o mundo, de captar as coisas que considerávamos importantes para o seu crescimento como pessoas, como cidadãos, como cristãos... Deram bons frutos: são jovens inteligentes, conscientes, de boa índole, mas com a rebeldia próCM 511
pria da juventude, a necessidade de questionar a todo instante, a insatisfação com nossas respostas prontas, a busca por algo que realmente faça sentido em suas vidas, ainda que seja totalmente contrário à nossa maneira de pensar. Mas acreditamos que eles se tornaram essas pessoas pela confiança que tinham em nós, seus pais, porque percebiam que o mundo era aquilo que nós apresentávamos para eles e que dependiam de nós para entender e enfrentar a realidade que os esperava dali a alguns anos. Sabiam, de alguma maneira, que não seria possível crescer e compreender o mundo sem confiar em alguém, e 31
seria melhor começar acreditando em quem fazia parte do mundo deles, que éramos nós. E nada disso seria possível também se nós mesmos, como casal, como pais, não acreditássemos um no outro, se não alinhássemos nossos projetos individuais ao projeto comum de família que estávamos iniciando; não seria possível começar nossa história de amor e cumplicidade se não depositássemos em nós toda a confiança necessária para que os planos dessem certo. Não podemos crescer e começar uma história de amor e amizade sem ter confiança em alguém, sem ter fé no outro. A fé é dom de Deus, e por isso devemos partilhar esse dom e nos educarmos e educar nossos filhos para a fé, ainda que depois eles trilhem caminhos diferentes, influenciados por suas próprias decisões ou pelo modelo que o mundo lhes propôs: eles ainda têm fé, só não entendem, só não vivenciam, só não partilham, porque ainda estão encantados
com as maravilhas do mundo. E o fundamento para transmitir a fé não é outro senão o amor incondicional que devemos ter por eles, que devemos cultivar por nossos irmãos, que devemos oferecer um ao outro e que precisamos refletir aos nossos filhos, para que eles entendam o “desígnio divino revelado na história”.
Águeda e Ricardo Eq. N. S. Aparecida São Paulo - Capital II
Fraqueza ou Vontade: no caminho para ascese
É muito difícil, para quem está em missão no Movimento (CRE, Casal Ligação, Casal Setor) motivar os casais para que progridam na espiritualidade proposta pelo Movimento, que participem dos eventos, principalmente dos eventos de formação. Às vezes ficamos com receio de estar ferindo a autonomia deles. 32
Trabalhando com jovens, percebemos que eles têm uma grande dificuldade: diferenciar entre fraqueza (sensação, prazer) e vontade. Querem ser bons esportistas, querem até ganhar competições, mas na hora de cumprir o treino, por qualquer seriado na televisão ou chamada do facebook, deixam o exercício programado para outra hora. E depois se CM 511
arrependem por ter faltado ao treino e não ter realizado aquilo que queriam de verdade (vontade). No Estatuto das ENS está escrito que o casal busca uma equipe exatamente porque conhece e reconhece a sua “própria fraqueza” e a “insuficiência de seus esforços isolados” para viver com constância o cristianismo num mundo pagão (Guia das ENS, p. 12; p. 50). É assim que, com a vontade de progredir e crescer na espiritualidade cristã, muitos casais buscam um movimento que tem como mística “ajudar os casais a caminhar para a santidade. Nem mais, nem menos” (Guia das ENS, p. 13; p. 51). As equipes são como uma escola de esportistas, que preparam um time. Entramos porque queremos praticar e progredir naquilo que gostamos: espiritualidade conjugal cristã. Contudo, muitas vezes nos vemos fazendo algo semelhante aos jovens; não nos aplicamos nessa caminhada de ascese. E o que é a ascese? A ascese é o nosso exercício “na vida cristã, conjugal e familiar”; “exercitar-se para amar sem egoísmo” (Guia das ENS, p. 22). De forma resumida, podemos dizer que nas CM 511
ENS o exercício da ascese tem três pilares: as orientações de vida, os PCE e a vida de equipe (Guia das ENS, p. 21). Nesses momentos de desânimo, o que mais nos falta é o entusiasmo em cumprir “as orientações de vida”. Falta disposição em “progredir no amor de Deus”, interesse em buscar “aprofundar constantemente os seus conhecimentos da fé” e esforço pra “avançar no conhecimento e na prática da ascese cristã”. Nesse instante muitos CRE ou Casais Ligação (que estão mais próximos dos casais) podem ficar a se perguntar: E se não soubermos se essa atitude negligente é uma expressão de fraqueza? E se for uma manifestação da falta de pertença ao Movimento? Quem disse que o treinador sabe quem será um bom goleador apenas pela falta de empenho ou por suas reclamações nos treinos?! Na dúvida só nos resta, como todo bom treinador, ANIMAR! Fazer correção fraterna! Sermos ponte!! Emília e José Roberto CR pelo Setor B Região Ceará I 33
L’ OSSERVATORE ROMANO
O Papa e as crianças Audiência geral com o Papa Francisco que desta vez foi dedicada às crianças. (quarta-feira,18 de março de 2015, 8h26) “As crianças são em si mesmas uma riqueza para a humanidade e também para a Igreja, porque nos chamam de volta constantemente à condição necessária para entrar no Reino de Deus: aquela de não nos considerarmos auto-suficientes, mas necessitados de ajuda, de amor, de perdão. E todos precisamos de ajuda, de amor e de perdão!” “As crianças nos recordam uma outra coisa bela; recordamnos que somos sempre filhos: mesmo se a pessoa se torna adulta, ou idosa, mesmo se se torna pai, se ocupa um lugar de responsabilidade, abaixo de tudo isso permanece a identidade de filho. Todos somos filhos. E isso nos reporta sempre ao fato de que a vida não fomos nós que a demos, mas a recebemos. O grande dom da vida é o primeiro presente que recebemos. Às vezes arriscamos viver esquecendo-nos disso, como se fôssemos nós os patrões da nossa existência, e em vez disso somos radicalmente dependentes. Na realidade, é motivo de grande alegria sentir que em cada idade da vida, em cada situação, em cada condição social, somos e permanecemos filhos. Esta é a principal mensagem que as crianças nos dão, com sua própria presença: somente com a presença nos recordam que todos nós e cada um de nós somos filhos”. 34
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Livro - Papa Francisco às Famílias (Choros ou gritos das crianças podem atrapalhar, mas a comunidade deve incentivar a participação de toda família) “O choro da criança é a voz de Deus, é a melhor oração”, afirma o Papa Francisco. Disse que, quando alguém fica incomodado ao ver uma criança chorando na igreja e pede para retirá-la, está apagando a voz de Deus. “As crianças choram, fazem barulho em todos os lugares. Mas nunca podemos expulsar as crianças que choram na igreja”, completa. Afinal, o pedido de Jesus é claro: “Deixem as crianças virem a mim”.
Missa celebrada pelo Papa Francisco na Casa Santa Marta (sexta-feira, 14 de novembro de 2014, 9h04) Na homilia, o Santo Padre se concentrou na transmissão da fé para esses jovens, processo em que os adultos devem oferecer mais exemplos do que palavras. “Todos nós temos uma responsabilidade de dar o melhor que temos e o melhor que temos é a fé: dá-la a eles, mas dá-la com o exemplo! Com as palavras não serve. Hoje, as palavras não servem! Neste mundo da imagem, todos estes têm telefone e as palavras não servem… Exemplo! Exemplo!”. Os cinco conselhos do Papa Francisco às crianças (Vaticano - quinta-feira, 19 de dezembro 2014, 13h06) O Papa Francisco teve um encontro com as crianças da Ação Católica Italiana e convidou-as a seguirem cinco conselhos para “caminhar bem na associação, na família e na comunidade”. 1. “Não se rendam nunca, porque o que Jesus quer das crianças está para ser construído juntos: com os pais, irmãos, amigos e companheiros de escola, de catecismo, de oratório e da Ação Católica”. 2. “Interessem-se pelas necessidades dos mais pobres, dos que mais sofrem e estão mais sozinhos, porque, quem gosta de Jesus, deve amar o próximo. Assim, tudo se torna amor”. CM 511
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3. “Amem a Igreja, amem os seus sacerdotes, coloquem-se a serviço da comunidade, porque a Igreja não é somente os sacerdotes, os bispos… mas é toda a comunidade, coloquemse a serviço da comunidade. Doem tempo, energia, qualidade e capacidade pessoais para as suas paróquias dando assim testemunho da própria riqueza que é um dom de Deus para compartilhar. É importante! Aquele “tudo”: Tudo por descobrir, tudo para compartilhar, tudo para construir juntos, todo amor…”. 4. “Sejam apóstolos da paz e da serenidade, a partir das próprias famílias, recordem a seus pais, a seus irmãos e contemporâneos que é bonito amar-se e que as incompreensões podem ser superadas, porque estando unidos a Jesus tudo é possível. Isso é importante: Tudo é possível. Mas esta palavra não é uma invenção nova: Esta palavra foi dita por Jesus, quando descia do monte da Transfiguração. Para aquele pai que pediu a cura de seu filho, o que lhe disse Jesus? “Tudo é possível para aqueles que têm fé”. Com a fé em Jesus se pode tudo, tudo é possível”. 5. “Falem com Jesus. A oração: Falem com Jesus, o maior amigo que nunca os abandona, confiem a Ele as suas alegrias e tristezas. Corram a Ele cada vez que errem ou façam alguma coisa ruim, com a certeza de que Ele os perdoa. E falem com todos de Jesus, de seu amor, de sua misericórdia, de sua ternura, porque a amizade com Jesus, que deu a própria vida por nós, é um fato para contar a todos. Todos estes ‘tudo’ são importantes”. “O que dizem? Atrevem-se a colocar em prática esta proposta com o ‘tudo’?”, perguntou o Papa. “Penso que já vivem uma grande quantidade destas coisas. Agora, com a graça do seu Natal, Jesus quer ajudar vocês a dar um passo bem mais decidido, mais firme e mais alegre para ser seus discípulos”. É suficiente dizer uma palavrinha: “Eis-me aqui”, como nos ensina Nossa Senhora, que, assim, respondeu ao chamado do Senhor”, afirmou o Santo Padre, que convidou as crianças a rezarem juntos uma Ave Maria”. “Recordem-no bem: Tudo por descobrir, tudo para construir juntos, todo amor, tudo para compartilhar, tudo é possível, e a fé é um evento todo para contá-lo”. Equipe Carta Mensal 36
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Ama seu padre? Tenho especial carinho por todos os padres, pois trabalho há 10 anos no Propedêutico, recebendo, com colegas, a cada ano, uma turma nova. Nas horas que lá passava, tentava apoiá-los, dar carinho, suprir a falta da casa e do afeto familiar, e o principal: a dúvida sobre o discernimento da vocação! Na qualidade de diretora pedagógica e professora, “endurecia com amor”. E sofria mais que eles com a minha exigência. O padre é um ser humano amado por Deus. Sua missão é ser sal e luz para conduzir o seu povo, amando-o e protegendo-o. O cardeal Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, afirmou que a Igreja caminha com os pés dos padres. Mas eles não são super-homens. O sacerdote é tão frágil quanto qualquer outra pessoa; mesmo imbuído de uma fé sólida, continua sendo um ser humano com todas as suas fragilidades. Como é difícil superar tantos desafios enfrentados diariamente no seu ministério! E não são poucos: cobranças, frustrações, expectativas de si próprio e o estafante excesso de trabalho que, muitas vezes, afasta-o até da vida de oração, a qual deveria ser sua prioridade. E quantos padres ganham como resultado a depressão, difícil de ser tratada porque está também associada às causas naturais do próprio organismo Em uma pesquisa realizada pela ISMA Brasil constatou-se que a vida sacerdotal é uma das profissões mais estressantes porque nela os padres declararam que se sentem emocionalmente exaustos. Padre Luiz MeCM 511
nezes, da Fazenda Esperança, centro de reabilitação de dependentes químicos, diz que, atualmente, a maioria dos casos de sacerdotes atendidos ali está relacionada ao alcoolismo, em consequência da cobrança e da vida solitária que levam, pois não têm oportunidade de compartilhar seus sentimentos. Ao receber uma paróquia, o padre, muitas vezes jovem, torna-se responsável por uma comunidade paroquial exigente e repleta de expectativas acerca do “novo padre”. Acresçam-se a isso os vários encargos pastorais que o bispo lhe confia. Precisa de um esforço redobrado para vencer os desafios sociais; os desafios eclesiais; o pluralismo religioso no mundo atual; e os desafios pessoais, como a organização da própria vida, o cuidado com a saúde e o enfrentamento dos cansaços. Nós, portanto, temos de ser acolhedores e cheios de respeito com nosso conselheiro, amá-lo concretamente: convidar para os eventos familiares (mesmo que ele quase nunca possa ir), presenteá-lo com pequenos mimos... O silêncio durante todo o mês, a indiferença e o convívio somente na reunião formal são sinais de desamor. Cuidem de seu padre conselheiro e de seu pároco! E jamais alimentem uma fofoca. Vocês falam mal de seu filho para os outros ou o preservam? Façamos o mesmo com nossos padres. Quem ama cuida. Amar alguém é não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. É a experiência do respeito!
Maria Inês Eq.04 - N. S. e CNSE Limeira-SP
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Nós te encontramos no silêncio
O silêncio é tambem uma grande revelação. Se ficamos em silêncio, se fazemos durar esse silêncio, percebemos que é uma experiência à qual não estamos habituados. Muitos pensam que é uma perda de tempo, que é preciso sempre pensar em alguma coisa para rezar, que é preciso preencher o vazio com palavras; outros não conseguem fazer parar a dispersão constante de seu pensamento, se não tiverem, logo, um tema; outros ainda, têm medo do silêncio prolongado que os coloca diante do mistério que eles são, no mais profundo deles mesmos. O que nos traz o silêncio Em primeiro lugar, ele nos dá a possibilidade de descobrirmos que rezamos com todo o nosso ser: corpo e espírito que são uma coisa só na oração. O silêncio nos torna conscientes de nosso corpo, das pequenas sensações físicas, da respiração, das distrações e 38
dos pensamentos que emergem na nossa consciência. Sem luta, sem rejeição. Uma primeira etapa de tomada de consciência, na serenidade e na objetividade. Assumimos nosso eu diante de Deus, tais como somos, no momento de oração. Pouco a pouco, a qualidade se faz mais profunda. Esse silêncio que nos envolve também nos abre. No silêncio nos é mais fácil acolher, e a Palavra de Deus ressoa com mais força. “Aquele que tem sua morada no mais profundo de nosso coração” encontra a possibilidade de nos falar mais intimamente. Enfim, a Palavra que é acolhida no mais íntimo do nosso ser, permanece no silêncio. Ela é guardada no nosso coração e lá faz um trabalho para nos transformar, numa confiança cheia de alegria. Extraido de - Doze esquemas de oração em família - 1993 Mercedes e Álvaro Gomez-Ferrer CM 511
partilha e PCE Harmonia sexual no casamento
Em nosso Retiro anual, motivados pelas sábias palavras do Pe. Adriano Stevaneli, percebemos a dificuldade que alguns casais ainda encontram quando o tema é sexualidade. O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia. O Catecismo da Igreja Católica diz que é o “ato próprio dos casais”, uma forma de “imitar, na carne, a generosidade e a fecundidade do criador” (CIC 2335). A vida sexual é legítima e adequada aos esposos: “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (CIC 2362). A vida sexual é algo sublime no plano de Deus e Ele se faz presente no momento de união mais íntima do casal; pois este ato é santo e santificador no casamento e querido por Deus. Por isso, o casal precisa dialogar sobre isso com naturalidade e buscar o seu ajustamento sexual, o qual nem sempre é fácil. Um bom Dever de Sentar-se não deve jamais deixar esse assunto de fora. O casal precisa se preparar para a vida sexual, conhecer a sua beleza, sua dignidade, suas dificuldades, as diferenças do homem e da mulher. Ele se prepara com mais CM 511
facilidade para o ato conjugal; ela precisa de mais estímulos. Para o homem o ato sexual começa na cama; para ela, no café da manhã, na palavra carinhosa, no elogio sincero, na ligação do esposo no meio do dia. Antes de tudo, o casal precisa entender que o sexo é “um ato de amor”, de expressão do amor. Então, se não existe amor, o ato sexual pode ser difícil e até vazio. Não é possível viver bem à noite, se se vive brigando e se ofendendo durante o dia. Em um discurso proferido no dia 29 de outubro de 1951, Papa Pio XII disse que “o próprio Criador […] estabeleceu que, nesta função, os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa” (CIC 2362). Uma das coisas mais belas e santas que Deus colocou na vida humana foi o sexo. É a forma de renovar a consagração matrimonial do casal a Deus, fortalecendo também a união do marido e da esposa com Ele. O prazer sexual é um dom de Deus. Enfim, o ato conjugal é expressão de amor mútuo entre o casal, é linguagem expressiva de amor. O jeito de o casal se relacionar ou se transforma em fonte de união 39
ou em causa de separação. O ato conjugal nunca é neutro: aproxima ou separa. Na vida conjugal, tudo é importante, cada detalhe é imensamente grande e determinante. Aliás, os detalhes são a rea-
lidade mais importante. Ninguém tropeça em uma montanha. Deus abençoe! Paula e Tiago Equipe Nossa Senhora da Luz Setor Maracaju-MS
O RETIRO ESPIRITUAL O “retiro”, ou seja, o fato de isolar-se para sair de si e ir ao encontro com o Absoluto, era uma atividade constante do programa de vida de grandes santos: São João da Cruz, São Francisco de Assis, Santa Teresinha, Santo Inácio de Loyola, os padres do deserto... E o que dizer do jovem de Nazaré? Em sua caminhada, não poucas vezes, se afastava das multidões que o seguiam e retirava-se para um lugar ermo onde pudesse entregar-se à contemplação. Lembramos o seu recolhimento no deserto por quarenta dias e quarenta noites, e foi tentado pelo demônio. Quando precisava conversar com seus discípulos ao voltarem da missão, igualmente, retirava-se com eles para que pudessem na solidão estar a sós com Deus e orar ao Pai. Vivemos hoje num mundo de muitas solicitações. Não temos tempo para nada, tal o volume e velocidade de informações. Somos desviados pelas imagens e cultura para as concupiscências alheias ao espírito. Então o retiro, o recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças negativas e nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus. O necessário para que o retiro seja eficaz a) A força criadora do Espírito de DEUS, que não falha. Antes de tudo o retiro quer colocar a pessoa em sintonia com o Espírito de DEUS. b) A boa disposição do retirante. Sua liberdade interior, sua docilidade generosa para abrir-se às inspirações de DEUS, aceitar e agradecer livremente sua graça. c) A ação discreta e humilde de um orientador espiritual, preparado e competente. d) A colaboração de todos, para estar com Deus. Colaborar com o meu silêncio também é ajuda mútua, também é caridade. (Documentos ENS - O Retiro nas ENS, p. 7, 8 e 15) 40
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RETIRO,
UM ENCONTRO MARCADO COM DEUS A experiência que nos marco u d o P C E RETIRO mostra que Deus participa da vida prática dos seus. Sempre criávamos embaraços humanos para não participar do Retiro. Era o início de nossa caminhada nas Equipes de Nossa Senhora. A vida de comerciante impedia-nos de cumprí-lo. Numa Interequipe, alguém nos aconselhou a fazer uma experiência franca com Deus. Aceitamos! O desafio foi deixarmos nossa loja nas mãos de um filho adolescente. O resultado foi surpreendente. Naquela manhã de sábado, as vendas duplicaram, diferentemente das outras anteriores. Compreen-
demos que o que Deus quer é que confiemos Nele, o resto vem por acréscimo. Desde então, participamos e vivenciamos esse PCE com muito ardor, a ponto de chegarmos a participar de dois retiros no mesmo ano, para levar casais idosos de nossa equipe de base, impossibilitados de dirigir seus carros. Façam do RETIRO um Encontro Marcado. Se agendem, programem-se, experimentem deste renovar, deste vigor espiritual do casal. Para quem ainda não fez essa experiência, aconselhamos: façamno! Aceitem o desafio, pois Deus está no controle Dalva e Manoel CRS-B - Eq.04B - N. S de Fátima Belém-PA
“VIVER UMA EXPERIÊNCIA MAIS PRÓXIMA DE DEUS” “A nós descei Divina luz A nós descei Divina luz Em nossas almas acendei O amor, o amor de Jesus!” Assim Padre Paulo Renato abriu nosso Retiro 2017, nos dias 4, 5 e 6 de agosto. Uma parada para o amor! Celebrar o amor! Retiro... Retirar-se para orar, escutar Deus e a nós mesmos por meio do silêncio! Para escutar a voz de Deus, precisamos do silêncio. Não há outra forma! CM 511
O nosso Deus é um Deus de “amor”, sempre presente na nossa história. Assim sendo, a nossa atitude deve ser de reconhecer a presença de Deus na nossa vida. Mesmo nas situações difíceis, Deus coloca um propósito em nossa vida. Ele escreve na nossa história, “Ele é amor”. Na prática, qual é o lugar que Deus ocupa na minha vida? Há muitas coisas importantes na vida de cada um: família, saúde, casamento, filhos, trabalho... Mas 41
para cada indivíduo, a ordem de importância varia. Entretanto, só DEUS pode estar no centro da nossa vida. Deus é amor! “A nós descei Divina luz A nós descei Divina luz Em nossas almas acendei O amor, o amor de Jesus!” Precisamos entender o que significa “amor” para nós. Sob a luz da Sagrada Escritura, São João nos diz que “Deus é amor”. Que amor é esse? O amor de Deus por nós é tão grande que ele mandou seu filho, Jesus de Nazaré, para nos salvar. Jesus nos acompanha e não podemos nos separar Dele para sermos salvos. Então, qual a qualidade do nosso amor para com Jesus? Nós encontramos uma forma de viver esse amor: o matrimônio. Optamos por viver em casal esse amor. “A nós descei Divina luz A nós descei Divina luz Em nossas almas acendei O amor, o amor de Jesus!” O amor encontra obstáculos, exige “abnegação”, diz Pe. Caffarel no documento de Chantilly. Precisamos superá-los! Assim 42
como Pedro negou Jesus e seguiu adiante, nós também precisamos seguir adiante e superar nossas dificuldades. Precisamos perceber quais as atitudes que temos no cotidiano, só assim poderemos avançar em águas mais profundas, seguindo nosso caminho de santificação. Estamos numa caminhada espiritual e o alimento espiritual, a Eucaristia, é essencial nesta caminhada. Também contamos sempre com Maria como nossa intercessora. Assim, ao longo destes dias, pudemos vivenciar todos os pontos concretos. Uma experiência ímpar! Certamente o sentimento que temos é de gratidão a Deus, a Nossa Senhora e a todos que puderam nos proporcionar momentos tão intensos, de grande reflexão, durante nosso Retiro. Especialmente ao nosso pregador, Pe. Paulo Renato que, de uma maneira muito especial e carinhosa, levou-nos a escutar Deus nestes dias, através do silêncio. Eliete e Gilmar Eq.02A - N.S. das Famílias Rio Claro-SP CM 511
serviços nas ENS
Casal Responsável de Província - CRP C a d a P ro víncia conta com um Casal Responsável de Prov í n c i a , que é parte integrante e necessária da Super-Região, com uma visão bem clara das necessidades do conjunto, sem reinvindicações exclusivas para sua Província. Exerce uma função de ligação, seja em nível horizontal (das várias Regiões da sua Província entre si) e no sentido vertical entre as diversas Províncias com a Super-Região. O Casal Responsável de Província é indicado através de lista tríplice, elaborada pelo CRP que será substituído, após discernimento em colegiado no âmbito da Equipe da Província e apresentada em ordem de indicação à Equipe da Super-Região para efetivação da escolha e convite pelo Casal Responsável da Super-Região. Será de 5 anos o tempo de serviço do CRP. Cada CRP deverá contar com uma Equipe composta pelos Casais
Responsáveis de Regiões e um Sacerdote Conselheiro Espiritual, podendo ser agregados outros casais para outras funções, a critério do CRP. Para exercer a missão o CRP deve ter as seguintes atitudes: • Abrir-se à Colegialidade • Viver a Colegialidade • Trabalhar em Colegialidade Dentre suas funções, são de responsabilidade do CRP: a formação de novos responsáveis de regiões e setores através da formação de quadros, a formação das Equipes de Formadores das Formações Permanentes e Encontros de Equipes Novas, organizar a cada ano o Encontro do Colégio Provincial, organizar as reuniões do Colegiado Provincial ao longo do ano, elaborar todo ano a previsão orçamentária da Província, atender as orientações da Carta Mensal, zelar para que as orientações do Manual de Identidade Visual da SR, e também das diretrizes e normas para publicações, sejam observadas em toda a Província e outras.
A missão do Casal Responsável de Província EIS-ME AQUI, ENVIA-ME (IS 6,8) A nós casais batizados cristãos equipistas é confiada uma missão em vários graus e de várias formas. CM 511
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No Movimento das Equipes de Nossas Senhora temos várias missões a ser confiadas para àqueles que o Espírito de Deus escolher desde Casal Responsável de Equipe até a Missão de Casal Responsável pela Equipe Internacional. Quando somos chamados a uma responsabilidade para servir os nosso irmãos em uma Missão nas Equipes de Nossa Senhora logo dizemos: “Não estamos preparados para essa missão”, “logo nós...” então qual seria o tempo bom? Nunca devemos esquecer de uma coisa: o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é uma escola de formação cristã permanente. Se você for escolhido para uma missão dentro das equipes, olhe esse chamado com muito amor, pois você irá partilhar o seu espírito missionário de casal cristão equipista aos demais irmãos. Ao longo da caminhada da missão de Casal Responsável de Província, tivemos dificuldades, mas também muitas alegrias: de servir os irmãos através do nosso testemunho, do nosso amor conjugal com um amor cheio de alegria de uma fonte de água viva, partilhando as nossas experiências positivas e também as negativas. O Casal Responsável de Província é um missionário e deve ser prudente como as serpentes e simples como as pombas (Mt10,16). Á ele foi reservado ser o representante da Super-Região Brasil na sua Província, que 44
é composta por algumas ou várias Regiões. No nosso país as Regiões foram agregadas em oito Províncias, a nossa é a Província Norte, a qual servimos por cinco anos na missão de novembro de 1999 à agosto 2004. O Casal Responsável de Província é um animador da Província através de suas palavras, ações, atos, responsabilidade, amor, fidelidade, pois é um enviado e escolhido por Deus, e deverá estar unido a Cristo nas orações, que é indispensável para a Missão, que o fará conduzir com muita sabedoria, diálogo e prudência, os desafios que possam surgir. Na Província Norte, particularmente, os deslocamentos são geralmente feitos por meio de transportes aquáticos os chamados “recreios”, ou aéreos, mas é preciso evangelizar, estar presente onde houver casais, não devemos ter medo dos deslocamentos, porque onde formos, DEUS estará na frente acalmando as tempestades desses nossos rios Amazonas, Tapajós, Acre. Para mantermos nossos irmãos evangelizados através das Formações, e com isso manter viva a UNIDADE do nosso Movimento. Essa é a MISSÃO de um Casal Responsável de Província. Viva Nossa Senhora da Conceição, Viva Nossa Senhora de Nazaré, Padroeiras das Regiões Norte I, II e III Graça e Encarnação Eq.02D - N. S. de Fátima Manaus-AM CM 511
notícias ANIVERSÁRIO de EQUIPE
25 anos Eq. N. S. de Guadalupe São Paulo-SP
25 anos Eq. N. S. Medianeira de Todas as Graças Batatais-SP
30 anos Eq. N. S. Aparecida Campo Grande-MS CM 511
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50 anos Eq. N. S. do Rocio Florianรณpolis-SC
BODAS DE PRATA
Claudia E Valdir 05/09/2017 Eq. N. S. Aparecida Boituva-SP
Neiva e Luiz Carlos 12/09/2017 Eq. N. S. da Glรณria Manaus-AM
BODAS DE RUBI
Wanda E Rubens 07/08/2017 Eq. N. S. das Graรงas Natal-RN 46
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BODAS DE OURO
Neide e Eldes José 08/07/1967 Eq. N. S. da Alegria Araçatuba-SP
Elvira e Wilson 15/07/2017 Eq. N. S. da Glória Bauru-SP
Erci e Dimilson 16/07/2017 Eq. N. S. das Graças Caçapava-SP
Valmira e Geraldo 22/07/2017 Eq. N. S. Rainha da Paz Belo Horizonte-MG
Benedicta e Hélio 23/07/2017 Eq. N. S. das Flores José Bonifácio-SP CM 511
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BODAS DE DIAMANTE
Maria de Lourdes e Eitel 16/07/2017 Eq. N. S. Mãe dos Homens Rio de Janeiro-RJ
JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL
Pe. Fernando Villaseñor 17/09/2017 Eq. N. S. Mãe Rainha Curitiba-PR
VOLTA AO PAI Neilton (da Coleta) Em 02/07/2017 Integrava a Eq. N. S. Mãe do Carmo São José do Rio Preto-SP
Mons. Luiz Cechinato Em 03/04/2017 SCE integrava Eq. N. S. Mãe de Deus São Carlos-SP
Cléo (do Oswaldo) Em 03/07/2017 Integrava a Eq. N. S. da Alegria Sorocaba-SP
Nina (do Giuseppe) Em 20/06/2017 Integrava a Eq. N. S. das Graças Vinhedo-SP
Isa Meire (do Marcos) Em 24/06/2017 Integrava a Eq. N. S. Aparecida Goiatuba-GO
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CM 511
MEDITANDO EM EQUIPE
Novos em Tempos Novos
A palavra de Deus (Lc 12,54-57)
Dizia também às multidões: “Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, dizeis logo: “Vem lá a chuva” e assim sucede. E quando sopra o vento sul, dizeis: “Vai haver calor” e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu, como é que não sabeis interpretar o tempo presente?”
Reflexão
– Jesus convidava a ver como ele, suas palavras e obras mostravam a oportunidade de salvação. A nós ele convida a ver o momento atual, com seus sinais de salvação e de perdição. – Papa Francisco disse: “Os tempos mudam e nós cristãos devemos adaptar-nos continuamente. Devemos mudar firmes na fé em Jesus Cristo, firmes na verdade do Evangelho; porém nossa atitude deve mudar continuamente de acordo com os sinais dos tempos. Somos livres. Somos livres pelo dom da liberdade dada por Jesus Cristo”. (23/10/2015) • Que ideias atuais da Igreja sobre o casamento e a família devemos aproveitar? • Que atuais do mundo sobre o casamento e a família podemos aproveitar e quais devemos rejeitar?
Oração espontânea – Diga para Deus o que você vê de melhor em nosso tempo, e agradeça. – Diga-lhe o que, diante disso, você pode fazer e vai fazer. – Peça ajuda para o fazer.
Oração Litúrgica (Prece ao Espírito Santo do Irmão Pierre-Yves de Taizé) Espírito que flutuais sobre as águas, acalmai dentro de nós as dissonâncias, as ondas inquietas, o murmúrio das palavras, os turbilhões de vaidade, fazei levantar no silêncio a palavra que nos recria. Espírito que num suspiro murmurais ao nosso espírito o Nome do Pai, vinde colher todos os nossos desejos, fazei-os crescer em um feixe de luz, que seja uma resposta a vossa luz, A Palavra do novo dia. Espírito de Deus, seiva do amor da árvore imensa sobre na qual vós nos enxertais, que vejamos todos os nossos irmãos como um dom para nós no grande Corpo no qual amadurece a Palavra de comunhão.
Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal
ORAÇÃO
A NOSSA SENHORA APARECIDA enhora Aparecida, um filho vosso que vos pertence sem reserva - totus tuus! chamado por misterioso Desígnio da Providência ser Vigário de Vosso Filho na terra, quer dirigir-se a Vós, neste momento. Ele lembra com emoção, pela cor morena desta Vossa imagem, uma outra representação Vossa, a Virgem Negra de Jasna Gora! Mãe de Deus e nossa, protegei a Igreja, o Papa, os Bispos, os Sacerdotes e todo o Povo fiel ; acolhei sob o vosso manto protetor os religiosos, religiosas, as famílias, as crianças, os jovens e seus educadores! Saúde dos Enfermos e Consoladora dos Aflitos, sede conforto dos que sofrem no corpo ou na alma; sede luz dos que procuram Cristo, Redentor do Homem; a todos os homens mostrai que sois a Mãe de nossa confiança. Rainha da Paz e Espelho da Justiça, alcançai para o mundo a paz, fazei que o Brasil tenha paz duradoura, que os homens convivam sempre como irmãos, como filhos de Deus! Nossa Senhora Aparecida,
abençoai este vosso Santuário e os que nele trabalham, abençoai este povo que aqui ora e canta, abençoai todos os vossos filhos, abençoai o Brasil . Amém. São João Paulo II
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