ENS - Carta Mensal 512 - Novembro 2017

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Ano LVII • novemnbro • 2017 • no 512

Todos os Santos e Finados

É tempo de balanço...


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01 Editorial 02 03 05 06 08 09 11 13 14 15 18 21 23 24 25 26 27 28 29 30

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Super-Região Todos os Santos e Finados Reavivar a brasa Como não sabeis interpretar o tempo presente? O amor é mais forte do que a morte

Correio da ERI Avançar e responder aos desafios Vida eterna

Igreja Católica Palavra do Papa

Vida no Movimento Encontro do Colegiado Nacional A alegria do encontro Casais que tomaram posse - 2018 A orquestra da unidade Casais e sacerdotes comprometidos... Província Norte Província Nordeste I Província Nordeste II Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I Província Sul II Província Sul III

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Raízes do Movimento A serviço dos homens

Testemunho 33 Um Novo Fôlego 34 Até quando Deus quiser... 35 A celebração da vida e do amor 36 O despertar para o serviço 37 Plano de Deus 38 39

Reflexão Oração missionária Semear, colher e saborear os frutos das ENS

Balanço 40 Fim do ano é tempo de balanço 41 Tempo de repensar a vida e a equipe 43 44

Partilha e PCE Regra de Vida Um dever desconhecido

Serviços nas ENS 45 Casal Responsável por Super-Região - CRSR 46 Chamaste-me? 45 Notícias

Carta Mensal

no 512 • novembro • 2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira. com - Responsável: Ivahy Barcellos - Foto 4a capa, p. 37: cans stock photo- Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 27.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


editorial A Paz e Alegria de Cristo. Novembro inicia-se com duas importantes celebrações: a Solenidade de Todos os Santos, no primeiro dia do mês, e Finados, no dia dois. A vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. A Carta traz artigos que proporcionam a oportunidade para refletirmos sobre estes temas em nossas vidas, que não são tiradas, e sim transformadas. Também nesta edição, o Correio da ERI publica uma mensagem do seu casal responsável, Tó e Zé, que nos chama a participar do Encontro Internacional de Fátima 2018, que será um intenso momento não só na vida do casal como na do Movimento. Padre Jacinto, SCE da ERI, aconselha, como preparação espiritual em casal para Fátima, que rezemos o Rosário em nossa Oração Conjugal. Ainda nesta Carta, falamos sobre o Colegiado Nacional que aconteceu no mês de agosto, em Itaici-SP, e teve a participação de todas as oito Províncias. Ocasião em que foram apresentadas as orientações para 2018 e na qual foram empossados os novos casais e sacerdotes conselheiros espirituais responsáveis pelas Regiões e Províncias. Bom, meus irmãos, a última reunião do ano equipista é a de balanço. Oportunidade para refletir sobre a caminhada da equipe e nos prepararmos para o próximo ano. Esta edição traz artigos para ajudar nesta etapa. Desejamos a todas as equipes um ótimo momento de revisão, priorizando a vontade de Deus para que possamos continuar crescendo na santificação do casal. Abraços fraternos

Fernanda e Martini CR Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO” CM 512

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super-região

Todos os Santos e Finados:

Festa e Reflexão

Novembro é o mês no qual celebramos a realidade transcendental de nossa existência humana. Isso acontece com as liturgias de “Todos os Santos” e “Finados”. Significa que nesse mês somos convidados pela Igreja a um olhar sobre a nossa finitude, que se torna relativa através da dimensão da Fé. “Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma: e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos no céu uma habitação eterna” (Prefácio dos Defuntos I). Contudo, mesmo exercitando nossa dimensão de Fé, nenhum de nós pode ignorar o fato de que a morte é uma ruptura. Aparentemente um “ponto final” surge de maneira inevitável. A dimensão da Fé nos convida a transcendermos esse “ponto final”, olharmos com sensatez para além da realidade visível. Os falecidos “aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, e sua partida do meio de nós, uma destruição” (Sb 2

3,2-3). Somos convidados pela Fé e pela sensatez a um olhar diferente. Nossa resposta teológica, resumidamente, passa por três alternativas e todas elas numa perspectiva de continuidade na descontinuidade. Ou seja, existe um rompimento com relação à realidade visível, deixamos essa existência terrena, mas essa descontinuidade está em continuidade com nossa realidade terrena, pois a forma como lidamos com o Senhor na história determinará como vivenciaremos nossa continuidade eterna. Sendo assim, uma vida terrena completamente identificada com Deus gera naturalmente uma identificação plena com Ele na eternidade. “Esta vida perfeita com a Santíssima Trindade, esta comunhão de vida e de amor com Ela, com a Virgem Maria, com os anjos e todos os bem-aventurados, chama-se ‘céu’. O céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva” (CIC 1024). Contudo, nem sempre conseCM 512


guimos responder como gostaríamos aos apelos de Deus para estarmos unidos a Ele nesse mundo. Por isso “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu” (CIC 1030). Essa realidade chamamos de purgatório. Porém, Deus nos deu liberdade para escolhermos nossos caminhos e como Deus, por essência, não pode ser incoerente, Ele respeita essa liberdade. “Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo... Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d’Ele, se descurarmos as necessidades graves

dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus significa permanecer separado d’Ele para sempre, por nossa própria livre escolha. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra ‘Inferno’” (CIC 1033). Celebremos, pois, nesse mês os nossos falecidos queridos, mas ao mesmo tempo aproveitemos a ocasião para refletir sobre nossa c o n d i ç ã o diante dessa realidade. Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região

“REAVIVAR A BRASA” Os jovens têm uma inquietude sadia, querem saber a respeito do sentido da vida... eis a pergunta que faz emergir o desejo de vida e de felicidade que cada um de nós tem dentro de si: “O que busco, o que procuro, no fundo do meu coração?” Como se descobre a própria vocação neste mundo? Ela pode ser descoberta de muitos modos, mas a mais contundente é quando o primeiro indicador é a alegria do encontro com Jesus. Matrimônio, vida consagrada, sacerdócio: cada vocação verdadeira tem início através de um encontro com Jesus que nos oferece uma esperança nova; e nos conduz, inclusive através de provações e dificuldades, a um encontro cada CM 512

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vez mais pleno, que cresce, torna-se maior, até a plenitude de alegria, a verdadeira felicidade. Mas, atenção, Jesus não quer que caminhemos atrás d’Ele de má vontade, sem ter no coração o vento e o frescor da alegria. Jesus quer pessoas que sentiram que o fato de estar com Ele provoca uma felicidade imensa, e que pode ser renovada todos os dias da vida. Um discípulo do Reino de Deus que não é alegre não evangeliza este mundo, é alguém triste. Não nos tornamos pregadores de Jesus afinando as armas da retórica: podemos falar, falar, falar, mas se não temos nos olhos o brilho da felicidade verdadeira, transmitindo a alegria da fé com os olhos... de nada adianta, pois só anunciamos o que vivenciamos. Certamente, há provações na vida, momentos em que é preciso ir em frente, não obstante as amarguras, os sofrimentos, ou angústias, contudo conhecemos a estrada que conduz àquele fogo sagrado que nos acendeu de uma vez pra sempre, quando O encontramos. Portanto, não nos deixemos levar por pessoas desiludidas e infelizes; não escutemos quem aconselha cinicamente não cultivar esperanças na vida; não confiemos em quem abafa o surgimento de qualquer entusiasmo, não escutemos os “velhos” de coração que sufocam a euforia juvenil, os “jovens aposentados”, mas sim, vamos ter com os que têm os olhos brilhantes de esperança! Vamos cultivar utopias sadias: Deus quer que sejamos capazes de sonhar como Ele e com Ele, enquanto caminhamos muito atentos à realidade. Sonhar um mundo diferente. E se um sonho se apaga, voltar a sonhá-lo de novo, sorvendo com esperança da memória das origens, aquelas brasas, que talvez depois de uma vida não tão boa, se esconderam sob as cinzas do primeiro encontro com Jesus, e com esta chama, verdadeira incendiária de corações, “reavivar a brasa” da nossa fé e da nossa esperança! Vamos, como Jesus, “incendiar os corações”!

Hermelinda e Arturo CR Super-Região 4

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“Como não sabeis interpretar o tempo presente?”

DINÂMICAS CULTURAIS “Sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu, como é que não sabeis interpretar o tempo presente?“ (Lc 12,57). Chegamos ao último capítulo do nosso tema de estudo, “Pontes sim, muros não”. Procuramos juntos, durante todo esse ano equipista, conhecer a vontade de Deus sobre os desafios pastorais da família na nova Evangelização. É fato que o mundo vive uma profunda crise humanitária, por diversas situações; pobreza elevada, guerras insanas em diversas partes do mundo, perseguições religiosas, entre tantos outros motivos degradantes à condição humana. Porém reflitamos; em qual parte da história humana tais fatos não se sucederam, com maior ou menor intensidade? Qual a tônica das suas respostas diante das inúmeras reflexões propostas pelo tema? Ficaram apenas no campo das lamentações, do pessimismo, das frases feitas: não tem mais jeito, o casamento está fadado à ruína completa, o mundo está perdido, etc.? Caminhar para águas mais profundas implica enfrentar os desafios que surgem, a realidade está aí e não cabe a nós conscientemente nos acomodarmos. CM 512

“Os tempos fazem o que devem: mudam. Os cristãos devem fazer o que Cristo quer: avaliar os tempos e mudar com eles, permanecendo firmes na verdade do Evangelho” (Papa Francisco, homilia 23/10/2015 em Santa Marta). Estamos vivendo a era das maiores transformações que a humanidade já presenciou, não somente no que se refere aos avanços tecnológicos e científicos, mas principalmente as que dizem respeito às relações humanas. Os valores estão sendo modificados e denegridos em sua raiz, a primazia do “eu” em detrimento do “nós”, as verdades se transformam em mentiras, a ética virou oferta de prateleira, quando convém, Deus sim, Igreja não. E uma das maiores crises pela qual estamos passando é da transmissão da fé. Com a degradação das instâncias de transmissão dessa fé, como a família, o Estado, a educação escolar e a própria Igreja, buscam se apoiar em crenças, porém sem pertença. Contudo, queridos amigos, o otimismo e a esperança devem 5


ser a nossa marca registrada, como equipistas não estamos em um beco sem saída, como muitos afirmam, muito pelo contrário, temos através dessas adversidades uma grande oportunidade de transformação. E a resposta para tudo isso é a ressignificação do AMOR, ou seja, um amor vivido como compromisso e não somente no campo da emoção, um amor que gera vínculo, doação, fazer sem esperar, que seja verdadeiro na diversidade. O nosso testemunho de casal feliz, que busca a santidade através da abnegação de um pelo outro, é a melhor maneira de demonstrar ao mundo que há esperanças sim para este cenário degradante que se apresenta.

Deus não nos abandonará jamais, Ele vive em cada coração que tem até mesmo um mínimo de fé. Não nos deixemos ser seduzidos ou até mesmo abduzidos pelas forças negativas que insistem em nos dizer que tudo é assim mesmo e que não vale o esforço para mudarmos. Se Deus é por nós quem será contra nós?

Sandra e Valdir CRP Sul I

O amor é mais forte do que a morte “Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si, é sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti!” (Ana Vilela) Mais um feriado que passou num final de ano carregado de atividades e as preocupações de como “gastar esse tempo”. Na verdade, no mundo corriqueiro uma pausa sempre é bem-vinda, sobretudo quando é final de ano, final de semana... Finados, segundo o calendário civil, Solenidade dos Fiéis Defuntos, segundo a nossa fé. 6

Assim, como bem expressa nosso linguajar, finados é uma questão de fé, por isso comemoramos os “fiéis defuntos” e não aqueles que findam no sono da morte. Fé que nos leva a acreditar que o “amor é mais forte do que a morte” e, a exemplo de nosso Fundador, a vivermos na dimensão da Esperança ancorada na prática da vivência conjugal das virtudes evangélicas. CM 512


Virtudes que nos levam a assumir corajosamente, pelo batismo, o chamado que Deus nos fez. Deus nos chamou a viver num movimento conjugal que tem como finalidade a Santidade: ser santos para nós não é um propósito a ser alcançado ou um objetivo de vida: é a resposta de nossa vocação. Não é casualidade que estas celebrações caminhem juntas: Todos os Santos e Fiéis Defuntos. Por ser a Santidade nossa vocação ao amor, entendemos que este amor não pode terminar pelos acontecimentos da vida nem muito menos pela morte e sua cultura já enraizada em nosso meio nas mais sutis formas de “ignorar uma pessoa ou situação”, no preconceito camuflado em “ironias ou piadas”, no faz de conta, já que “todo mundo faz”, em deixar acontecer já que é “normal nos dias de hoje”, em silenciar imparcialmente, diante das situações que só favorecem alguns poucos, enquanto sabemos que os direitos são para todos!

A data que celebramos não pode ser para os equipistas mais um feriado a ser preenchido pelos Pontos Concretos de Esforço que já não acham datas para acontecer, e sim pela capacidade humana de “fazer memória” do que fomos, somos e seremos com a capacidade de sermos, gratos valorizando o que temos e alegrando-nos por aqueles que tivemos e temos dentro de nossos corações.

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A palavra de Deus que ilumina estas festas: “Todos os santos e os fiéis defuntos” aclamam pela vida vivida e doada a exemplo de Cristo Jesus que nos dá um novo itinerário de santidade para ser percorrido na via das bem-aventuranças. Um caminho a dois que propõe: a felicidade diante do conflito (perseguição) e a plenitude do verbo “conjugar” através das obras de caridade e de misericórdia para que o amor seja perfeito, assim como nosso Pai celeste é Santo e Perfeito. Um amor amadurecido na escola da Amoris Leatitia que nos encoraja a transformar a cultura da morte em escolhas saudáveis de vida. Um amor que vence a morte, mesmo quando “já se passaram quatro dias” (Jo 11, 39), e nos garante a vitória da vida e do amor sobre a incredulidade dos que pensam que não existe fidelidade no matrimônio ou para que as “coisas funcionem” devemos “deixar como está”. Caríssimos irmãos: viver o amor é viver a santidade, é viver a plenitude da fé com os pés bem firmes na esperança que nasce da “alegria do evangelho” que nos dá a certeza que para aqueles que cremos e amamos “a vida não é tirada, mas transformada”. Pe. Octavio del Luján Moscoso, fdcc Sacerdote Conselheiro Espiritual Província Sul I 7


correio da ERI

Avançar e responder aos desafios

Todos sabemos que, na dinâmica do amor, quando vivemos uma emoção forte, ela transmite-nos força e somos levados a aceitar sem reticências fazer uma caminhada corajosa. O Encontro Internacional Fátima 2018 deve ser para todos os equipistas do mundo um tempo forte de renovação e de entusiasmo, não só na vida de cada casal, mas também da do Movimento. Não podemos desperdiçar a oportunidade para avançar e responder aos desafios que o mundo nos lança e às orientações que o Santo Padre nos propôs quando nos recebeu em setembro de 2015. O ritmo de vida que temos por vezes faz-nos atrasar a nossa caminhada. Não é fácil avançar sem um amor maduro que nos leve a uma aventura arriscada, porém aqueles que amam são capazes de tudo, ultrapassando o simples entusiasmo inicial ao aceitar as prováveis 8

dificuldades, que podem ser reais e compreensíveis. Conscientes dos obstáculos que podem aparecer na nossa caminhada, continua a ser preciso pensar com o entusiasmo inicial para experimentar a conversão que nos torna mais próximos de Jesus. Jesus, quando chama pela primeira vez os doze discípulos para os enviar dois a dois, dálhes poder para resistir ao mal e aconselha-os a nada levar para o caminho, ”calcem apenas sandálias… e nem sequer levem duas túnicas…” (Mc 6; 9). Somos chamados dois a dois por Jesus, deixando-nos levar pela confiança e pelo olhar que Ele nos lança de longe, seduzindo-nos para nos deixarmos prender à Ele. O nosso Caminho até Fátima, que vai ser o final de uma longa viagem, vai decerto proporcionar a renunciarmos a tudo que nos estorva para que seja uma oportunidade de transformarmos os nossos CM 512


corações de pedra em corações de carne e estarmos aptos a receber a misericórdia do Senhor. Na nossa vida de casal e de família sabemos bem como é importante a confiança no olhar que o outro nos lança. Seremos nós capazes de propor a nós mesmos esta regra para ser vivida no dia a dia, feita de ternura, firmeza e de generosidade, para aquele que desejaria estar presente mas que a sua condição econômica social ou espiritual não lhe permite? Nós que podemos chegar a Fátima utilizando os meios de transporte modernos, aproveitemos este caminho com um sentido profundo de conversão. Desejamos que esta etapa do caminho seja feita em união a Maria, Ela que está em sua casa nos dá a mão e ajuda-nos a entrar no Santuário. ”Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha“ (Lc I 39). Que possamos, à Sua imagem, descobrir uma forma

nova de viver com ternura e afeto para realizar a nossa vocação e missão, feitas de prontidão e alegria, capaz de reconhecer Jesus no mundo e na nossa história diária. Que Ela abra os nossos corações e os torne atentos às necessidades do nosso casal e de todos os que sofrem, ”saindo em direção aos outros para chegar às periferias , sobretudo aos que se sentem fatigados e famintos de amor” (EG 5.288). Em Fátima com Maria, pois Ela nos confia à Jesus, poderemos festejar e exultar de alegria porque “manifesta o poder do Seu braço” e realiza maravilhas.

Tó & Zé Moura Soares Equipe Responsável Internacional

VIDA ETERNA Caros casais No Colégio Internacional de Florianópolis em julho passado o tema geral era o versículo do Evangelho de S. João que diz: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Esta afirmação de Jesus significa para nós que, para alcançarmos a Vida Eterna, temos necessidade absoluta de estarmos unidos a Ele, porque Ele mesmo é a vida. Quando falamos em vida eterna CM 512

muitos de nós meneiam a cabeça com um certo ar de ceticismo, porque o que nos interessa aqui e agora não é a vida eterna, mas esta vida real que estamos vivendo. Para a vida eterna teremos muito tempo, toda a eternidade mesmo. De fato, muitas vezes pensamos que a vida eterna – aquela vida que não termina – é uma realidade da ordem escatológica. Por isso, quando falamos na vida eterna imaginamos a vida depois da 9


morte. Mas como não temos pressa para morrer, adiamos sempre para mais tarde o pensamento sobre a vida eterna! No entanto, as coisas não são bem assim. Quando Jesus nos diz “sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5), Ele está chamando a nossa atenção para esta hora concreta em que vivemos e que nos acompanha no movimento constante do tempo que vivemos e percorremos. É aqui e agora que Ele quer oferecer-nos a vida em plenitude, para termos a força, a serenidade e a paz durante toda a nossa viagem, que é a nossa vida, semelhante à viagem dos apóstolos, quando, de noite, atravessavam o mar da Galileia e foram surpreendidos por uma grande tempestade. Também hoje estamos atravessando o mar da vida no meio de uma enorme tempestade, que põe em perigo a família, a Igreja e toda a humanidade. Talvez nunca na história da humanidade se viveu no meio de uma tal tempestade, de um furacão como este que ameaça a Igreja, a família, os casais. Como havemos de sobreviver no meio de semelhante tempestade tropical? Como é que, como S. Pedro, poderemos caminhar sobre as ondas do mar sem nos afundarmos, a não ser que Jesus nos dê a sua mão? Foi para isso que o Senhor fundou a Igreja; prometeu a São Pedro que as portas do inferno não teriam poder sobre ela; que nos deixou os sacramentos que nos curam –

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o sacerdócio, a penitência (sacramento do perdão e da paz) e a unção dos doentes –­ , que suscitou na Igreja o nosso Movimento, com os Pontos Concretos de Esforço que nos ajudam a todos – casais e conselheiros espirituais – a viver a santidade dos nossos dois sacramentos; que nos deixou a Sua Mãe, nossa Senhora, como nossa Mãe, que em Fátima, há cem anos, disse aos Pastorinhos (e a nós hoje): “Tereis muito que sofrer, mas não tenhais medo: Eu serei o vosso conforto e o caminho que vos há de conduzir a Deus”. Um dos Pontos Concretos de Esforço, no qual, como sabeis, tenho sempre insistido, é a Oração Conjugal. Neste ano, e como preparação espiritual em casal para o grande Encontro em Fátima, convido-vos a fazer da recitação do rosário a vossa oração conjugal. Nossa Senhora prometeu que da oração do rosário todos os dias estavam dependentes a paz, a paz no mundo, a paz nas famílias, a paz nos casais e a conversão dos pobres pecadores. Portanto, também para nós a oração do rosário será o meio pelo qual poderemos, segundo a promessa de Nossa Senhora, atravessar em segurança a grande tempestade tropical que ameaça o mundo e que afeta também a Igreja. Pe. José Jacinto F. de Farias, scj Conselheiro Espiritual da ERI

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igreja católica

Palavra do Papa A importância da fé

Na oração do Angelus, no mês de agosto, o Papa Francisco refletiu o Evangelho de Mt 14, 22-33 que descreve o episódio de Jesus que, depois de ter rezado a noite inteira à margem do lago da Galileia, se dirige à barca dos seus discípulos, caminhando sobre as águas. A barca encontra-se no meio do lago, bloqueada por um forte vento contrário. Quando veem Jesus andando sobre as águas, os discípulos confundem-no com um fantasma e sentem medo. Mas ele tranquiliza-os: Tranquilizai-vos, sou eu; não temais! (v. 27). Pedro, com o seu ímpeto característico, diz-lhe: Se és tu, Senhor, mandame ir ter contigo sobre as águas; e Jesus chama-o Vem (vv. 28-29). Descendo da barca Pedro caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus; mas sentindo a violência do vento teve medo, começou a afundar e gritou: Salva-me, Senhor! Jesus estendeu-lhe a mão e segurou-o (vv. 30-31). Segundo Papa Francisco esta narração do Evangelho contém um simbolismo rico e faz-nos refletir sobre a nossa fé, quer como indivíduos quer como comunidade eclesial, também a fé de todos nós que estamos aqui hoje na praça. A comunidade, esta comuniCM 512

dade eclesial, tem fé? Como é a fé em cada um de nós e a fé da nossa comunidade? A barca é a vida de cada um de nós, mas é também a vida da Igreja; o vento contrário representa as dificuldades e as provações. A invocação de Pedro: “Senhor, manda-me ir ter contigo!” e o seu grito: “salva-me, Senhor!” assemelham-se ao nosso desejo de sentir a proximidade do Senhor, mas também o medo e a angústia que acompanham os momentos mais difíceis da nossa vida e das nossas comunidades, marcadas por fragilidades internas e dificuldades externas. Naquele momento a Pedro não foi suficiente a palavra segura de Jesus, que era como uma corda estendida na qual segurar-se para enfrentar as águas hostis e turbulentas. Isto pode acontecer também a nós. Quando não nos agarramos à Palavra do Senhor, para ter mais segurança consultamos horóscopos e cartomantes, começamos a afundar. Significa que a fé não é tão firme. Esta passagem do Evangelho recorda-nos que a fé no Senhor e na sua Palavra não nos abre um caminho onde tudo é fácil e tranquilo; não nos livra das tempestades da vida. A fé oferece-nos a segurança de uma Presença, a 11


p re s e n ça d e Jesus, que nos impele a superar os temporais existenciais, a certeza de uma mão que nos segura a fim de nos ajudar a enfrentar as dificuldades, indicando-nos a estrada inclusive quando está escuro. A fé não é um subterfúgio para os problemas da vida, mas apoia no caminho, dando-lhe sentido. Papa Francisco nos recorda nessa reflexão a importância da fé em nossa vida pessoal e eclesial. Este episódio é uma imagem maravilhosa da realidade da Igreja de todos os tempos: uma barca que, ao longo da travessia, deve enfrentar até ventos contrários e tempestades, que ameaçam virá-la. O que a salva não é a coragem nem as qualidades dos seus homens: a garantia contra o naufrágio é a fé em Cristo e na sua Palavra. Padre Henri Caffarel, em sua primeira visita ao Brasil em julho de 1957, no ainda nascente Movimento em nosso país, com apenas 13 equipes (Nancy Moncau, Equipes de Nossa Senhora no Brasil, Ensaio sobre seu Histórico, p. 54), já exaltava a fé como primeiro ingrediente para que uma Reunião de Equipe se tornasse realmente uma Ecclesia: Primeira condição para que a reunião seja uma Ecclesia: a fé. Cristo, muitas vezes, pelas estradas que percorria, disse ao doente, ao pecador que lhe pediam socorro: “Crês? Se crês, ser-te-á feito na medida de tua fé”. Quando vocês estão reunidos, 12

à noite, em casa de um equipista para a reunião mensal, escutem Cristo perguntar a todos: “Credes? Será feito na medida de vossa fé”. Depende de sua fé que a reunião seja uma Ecclesia. Daí a necessidade muito importante de fazer adquirir pelos membros de sua equipe esta visão de fé. Que não olhem a sua reunião como um encontro qualquer, mas que pouco a pouco tenham acesso a esta visão de fé de que falamos, que tomem consciência desta misteriosa presença do Cristo entre eles (Henri Caffarel, Palestras e Conferências do Pe. Henri Caffarel, pp. 22 e 23). O fato de Pe. Caffarel colocar a importância da fé aos poucos casais ali presentes, cabiam todos em uma sala de aula (Nancy Moncau, idem, p. 54), nos dá a dimensão do seu significado para a vida do Movimento e dessa forma nos deixa os Pontos Concretos de Esforço como ferramenta para reforçá-la. Papa Francisco finaliza pedindo que a Virgem Maria nos ajude a permanecer firmes na fé para resistir às tempestades da vida, a persistir na barca da Igreja. Adaptado do Angelus da Praça São Pedro do dia 13 de agosto de 2017 por

Cristiane e Brito CR Comunicação Super-Região CM 512


vida no movimento

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A ALEGRIA DO ENCONTRO

Aconteceu nos dias 25 a 27 de agosto de 2017, em Itaici-SP, o Encontro do Colégio Nacional. Foi um momento de encontro e reencontro, de alegria e de unidade, desde a chegada nos aeroportos, assim como durante todo o evento. Esse Colégio é o momento em que todos os CRR e seus Conselheiros Espirituais Regionais do Brasil se encontram com a Equipe da Super -Região Brasil para receberem as orientações para o ano de 2018. É sempre uma ocasião muito especial na qual tomam posse os novos Casais Responsáveis de Província, os Responsáveis de Região e seus respectivos Sacerdotes Conselheiros Espirituais. Este ano foi ainda mais especial, pois com a multiplicação da Província Nordeste, tomaram posse os dois novos Casais Responsáveis das Províncias Nordeste, que agora são Nordeste I e Nordeste II. A alegria estava presente nos 14

rostos dos casais e dos sacerdotes, que vieram prontos para receber as novas orientações, um ano que vai ser marcado pela realização do Encontro Internacional de Fátima em Portugal. As orientações passadas, os grupos de reflexões vivenciados, os momentos de convivência fraterna, as diversidades desse nosso imenso Brasil, refletem a grandeza do nosso Movimento, pois é na diversidade que nossa unidade se fortalece. Em todos os momentos que foram se sucedendo, nos sentíamos mais fortalecidos e felizes por viver a missão, e com o nosso Sim contribuir para o crescimento das Equipes de Nossa Senhora, pois este Colégio promove o encontro, o espírito de pertença dos casais e sacerdotes que terão a missão de nas suas Províncias realizar, fazer acontecer todas as ações que estão planejadas para o ano de 2018. CM 512


Todos voltaram para suas Províncias e Regiões, muito motivados e conscientes de que devemos construir pontes sim com muito amor, pois é esse amor que é o centro de nossa vida, de nosso Movimento, de nossa missão. Todas as nossas ações devem ser sempre para o bem de nossos irmãos, sempre fazendo refletir nossa responsabilidade, nosso zelo e nosso amor por Jesus Cristo. “Cristo dirige esse apelo a cada batizado, convidando-o a se abrir sempre mais ao seu amor e a ser testemunha. Esse apelo Cristo dirige também ao casal cristão. Os cônjuges são chamados a encontrar Deus no coração de seu amor conjugal. Assim, o amor humano se torna uma imagem do AMOR DIVINO”

(Guia das ENS / Cap IV. O Espirito das Equipes de Nossa Senhora, ”Vem e Segue-me”, p.14). Que os frutos desse Colégio Nacional se espalhem por todos os lugares dessa nossa grandiosa Super-Região Brasil, e por isso podemos dizer: “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor” (Sl 39, 8).

Marilena e Jesus CRP Norte

Casais que tomaram posse - 2018

CRP - Nordeste I

Vanessa e Romulo, Pe. Fabio Costa

CRP - Nordeste II -

Maria e Amancio, Frei Paulo Sérgio

CRP - Leste

Leila e Fernando, Pe. Rogério CM 512

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CRR - Norte - Norte II Edilene e Edson, Pe. Idamor Mota

CRR - Nordeste II - SE Noélia e Francisco, Pe. Hernani Romero

CRR - Nordeste I - PB Araceli e Bruno, Pe. Antoniel Batista

CRR - Nordeste II - Alagoas Giovânia e Jarison, Pe. Márcio

CRR - Nordeste II - PE I Cristina e Renato, Pe. Jerônimo

CRR - Centro-Oeste BSB IV Simone e Carlucio, Pe. Carlos Toseli

CRR - Nordeste II - PE II Do Carmo e Paulo, Pe. Emerson Mozart

CRR - Centro-Oeste - Goiás Centro Eliane e Wilson, Frei Vilmar Rodrigues

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CRR - Leste - Minas III Luciane e Marcelo, Pe. Alexandre

CRR - Sul I - SP Leste I Lucia e Farat, Pe. Alessandro

CRR - Leste - Minas IV Luciene e Vitor, Pe. Francisco

CRR - Sul II - Oeste II Adriana e Eduardo, Pe. Onivaldo

CRR - Sul I - SP Sul I Glรกucia e Marcelo, Pe. Jailson

CRR - Sul II - Norte I Neusa e Nei, Pe. Joaquim

CRR -Sul I - SP Leste III Helena e Ciro, Pe. Joรฃo Batista

CRR Sul II - Oeste III Ana Maria e Riberto, Pe. Luis Antonio

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A ORQUESTRA DA UNIDADE TESTEMUNHO

Revivemos no Encontro do Colegiado Nacional, nos dias 25, 26 e 27 de agosto de 2017, que a necessidade do encontro e da comunhão vem com a missão. Nos corredores da Vila Kostka em Itaici-SP, as cores que se misturavam representando as diversas Províncias da SRB foram as mesmas que coloriram e encheram de alegria os nossos olhos nortistas quando lá estivemos pela primeira vez. E lá estávamos, felizes novamente. No primeiro dia, a expectativa do novo se misturou com a sintonia do abraço em cada encontro fraternal. Encontramos casais do ano anterior e os novos casais que transfiguravam em seu sorriso o vislumbrar do majestoso lugar que nos acolhia: seria mais um encontro com o Senhor através da responsabilidade nas ENS. Tivemos a certeza de que sentiríamos mais uma vez o coração bater forte diante de cada testemunho e experiência vividos; o conhecimento se expandiria na velocidade da apresentação do tema e das orientações do ano; e às vezes nos diminuiríamos diante de tanta responsabilidade, mas as Celebrações Eucarísticas nos recuperariam o ardor da oração na missão com a proteção de Nossa Mãe Aparecida. Neste ano fomos a primeira Província a chegar. E ao passarmos na primeira capelinha das muitas que a casa jesuíta tem, o silêncio do lugar nos convidou a rezar por 18

todas as Equipes e Setores para os quais estávamos em missão. Depois, o Encontro se desenvolveu como numa orquestra bem afinada. Os nossos ouvidos e nossa alma se envolviam com todas as informações necessárias e possíveis, pois o momento era para isso. E na noite do segundo dia, vimos a diversidade do Brasil contada nas iguarias e danças típicas durante a convivência daquela grande orquestra de casais e sacerdotes. Ao término do Encontro, nossos olhares nos deram a certeza de que a unidade do Movimento foi mais uma vez fortalecida. Estávamos felizes e repletos de muito amor para mais uma etapa em nossa Região verde, sedenta de espiritualidade conjugal. E, caminhando para a entrega das chaves, víamos os artistas daquela orquestra circulando em nosso meio. Eles estavam cansados, porém muito felizes, também. E, mais uma vez, o nosso coração se uniu às milhares de vozes no mundo inteiro, dizendo: Magnificat!

Márcia e Juarez CRR Norte I Manaus-AM CM 512


Colegiado Nacional - Província Norte

Colegiado Nacional - Província Nordeste I

Colegiado Nacional - Província Nordeste II CM 512

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Colegiado Nacional - Província Centro-Oeste

Colegiado Nacional - Província Leste

Colegiado Nacional - Província Sul I 20

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Colegiado Nacional - Província Sul II

Colegiado Nacional - Província Sul III

CASAIS E SACERDOTES

Comprometidos com o Movimento O Colegiado Nacional – 2017 foi um tempo de extraordinária partilha de experiências entre casais e sacerdotes comprometidos com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Foi um tempo de revigoramento espiritual na celebração da eucaristia, nas orações, na Palavra de Deus, no confronto com os desafios CM 512

vivenciados pelos casais e famílias de um modo geral e sobremaneira no espiríto fraterno e acolhedor tão característico de nosso Movimento. Trouxemos em nossas reflexões as inquietaçoes que se esclareceram nas orientações do Movimento, nos ensinamentos de nossa Igreja. Considerando que muitas dessas 21


inquietações ficam guardadas no coração, na certeza que Deus responde a tudo e a todos no seu tempo e na sua providência. Neste país de dimensões continentais, é privilégio se reabastecer a partir de tantas e complexas realidades, apresentadas através das Regiões, crendo que o Espiríto Santo conduz nossa Igreja e o Movimento das Equipes de Nossa Senhora na unidade e na sua bela diversidade. O Movimento profeticamente em nome de Jesus Cristo-Mestre se posiciona em tempos de crises na compreensão da missão do amor e

na família, para proclamar que a família é projeto divino e o amor conjugal é a forma mais plena aqui na terra para preparar a pessoa humana para os desafios da vida. Que o manto de Maria-Mãe esteja sobre todas as famílias, confiemos na sua poderosa intercessão e sigamos em frente. Um abraço carinhoso a todos. Pe. José Oslei SCE Região Goiás-Sul

Colegiado Nacional - Província Nordeste I

Colegiado Nacional - Província Nordeste II 22

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Colegiado Nacional - Província Sul III

PROVÍNCIA

NORTE

RETIRO ESPIRITUAL

ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS Aconteceu nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2017 o Retiro Espiritual do Setor Juruti, Região Norte III, Província Norte. E foi num clima de silêncio, de oração e ajuda mútua que os casais vivenciaram esse momento de encontro com Deus. Com muita dedicação, esforço, pois são muitas as dificuldades, mas nenhuma foi maior que o desejo dos casais de vivenciarem esse PCE com muito amor. E como verdadeiros construtores de pontes, os casais e o pregador Padre Edeilson se deixaram conduzir para esse maravilhoso encontro com o amor de Deus. Marilena e Jesus CRP Norte CM 512

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PROVÍNCIA

NORDESTE I

EEN REGIÃO CEARÁ I

Tivemos a oportunidade de participar do Encontro de Equipes Novas (EEN) nos dias 19 e 20 de agosto de 2017, na cidade de Sobral-CE. Foram dois dias muito abençoados, onde pudemos relembrar o conteúdo da Pilotagem. Vivemos um momento de reafirmação, incentivo, entusiasmo e espiritualidade conjugal. Tivemos a certeza de que estamos dando mais um passo no caminho em busca da Santidade. Floresceu em nós o desejo de crescer dentro do Movimento, deixar a margem e adentrar em águas mais profundas, sermos Igreja em ação. Além de tudo isso, ampliamos nossos laços de amizades, acolhendo casais de outras cidades. Nosso muito obrigado a toda a Equipe de Formação e de Organização. Nosso desejo é que todos os casais das Equipes de Nossa Senhora sejam abençoados e que persistam na fé, na certeza de que Cristo é o nosso guia. Alana e Márcio Eq.05 - N. S. de Fátima Região Ceará I Sobral-CE 24

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PROVÍNCIA

NORDESTE II

A UNIDADE NOS FAZ EQUIPES DE NOSSA SENHORA Tudo parte deste princípio “amaivos uns aos outros” (Jo 13, 34). Diz o Senhor “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2,18), Deus instituiu neste momento o poder da união à luz do Espírito Santo, ou seja, a UNIDADE estabelece para nós o que devemos preconizar enquanto cristãos, favorecendo aos nossos irmãos a nossa disponibilidade de ajudá-los, pois é na doação ao próximo que estamos sendo úteis a Cristo. Assim, somos nós que contamos com a ajuda de todos no caminhar da missão como um bom pastor que conduz seu rebanho na unidade, cada casal equipista deve ser o incentivador, pois temos esta corresponsabilidade perante as Equipes de Nossa Senhora, porque Jesus e Maria Santíssima esperam que participemos ativamente no fazer, no animar, no dialogar para anunciar a Boa Nova de Jesus. Devemos ter a plena convicção deste compromisso como equipista em promover o que Deus nos pede, e o Amor é incondicional para que a unidade aconteça. Permitamos sair de nós mesmos em benefício de todos nossos irmãos. Os discípulos de Emaús andavam sós, quando Jesus se fez presente no meio deles, e se faz presente em nossos dias, pois as equipes não caminham sós, Cristo é o centro, ou seja, sem Jesus a UNIDADE estaria em risco. Por isso, Ele disse: “Eu sou a videira e vós, os ramos”, e acrescenta para nós “sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15, CM 512

1-8). Precisamos estar sempre interligados, sendo testemunho para as famílias e o mundo globalizado; a internet e outros meios digitais diminuem a distância da comunicação, é verdade, mas fiquemos atentos para que vínculos de unidade não se percam neste mundo cibernético, pois a unidade é estarmos juntos fisicamente e não nos ciberespaços. Fiquemos atentos para a existência desse espaço virtual que inconscientemente construímos. Peçamos ao Divino Espírito Santo o dom da unidade, quando acolhemos os mais novos irmãos equipistas, e muito mais quando as equipes se dispõem a realizar as pilotagens paralelas, as formações, as missas, num esforço para estarem sempre juntas em espírito de comunhão e de unidade, tornando-nos partícipes no fazer e para conhecer a realidade que estamos inseridos. O Padre Caffarel relata para nós o objetivo primeiro, “É A UNIÃO COM CRISTO” (Textos Escolhidos de Padre Caffarel, Tema de Estudo 2009), que norteia para nós uma união como irmãos, nos mostra o que é realmente indispensável para estarmos juntos, é o que nos identifica como irmãos presentes nas Equipes de Nossa Senhora, a qual Deus nos presenteou. CRISTO é a motivação que temos para que as reuniões aconteçam. Abraços fraternos. Jarison e Giovânia CRR Alagoas 25


PROVÍNCIA

CENTRO-OESTE

NOVO FÔLEGO

A Província Centro-Oeste juntamente com a Região Goiás Sul e os Setores A e B de Ituiutaba promoveram o primeiro Encontro Novo Fôlego na Região. Com a participação de casais de 10 equipes, o encontro trouxe aos 45 casais participantes um novo impulso para a caminhada equipista. A equipe formadora movida pelo Espírito Santo fez com que todos realmente pudessem sair do encontro com a certeza de que a Formação é necessária e providente. Ficamos muito felizes em acolher a todos para mais um evento de Formação oferecido pelo nosso Movimento. Estiveram presentes o nosso Casal Provincial, o Casal Regional e o nosso Bispo Dom Irineu, que fez questão de dizer a todos o quanto essa oportunidade é importante para fortalecer a caminhada conjugal e familiar. Realmente o nosso Movimento faz maravilhas na vida de todos os casais que se abrem às propostas de Formação. Magaly e Raul CRS A de Ituiutaba-MG Região Goiás Sul 26

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PROVÍNCIA

LESTE

ENCONTRO DAS EQUIPES EM CAMINHO AGOSTO 2017 - REGIÃO RIO I

Nos dias 19 e 20 de agosto fomos abençoados ao aceitarmos participar da Formação Continuada das Equipes de Nossa Senhora, através de nossa participação no EEC -(Encontro de Equipes Em Caminho). É sempre um presente estarmos na companhia de casais testemunhas e exemplos da busca pela santidade conjugal. Foi linda a doação dos Casais Formadores, do Casal Regional e do Casal Provincial para que o evento fosse um sucesso. Participamos de diversas palestras, colocando sempre um dos PCE em destaque, com dicas, vivência e leitura de textos litúrgicos CM 512

que nos fizeram refletir sobre a importância da Oração Conjugal, Dever de Sentar-se e Meditação em nossa rotina diária. Precisamos perseverar, pois é uma realização espiritual quando deixamos nos tocar pela missão e lição que nos deixou Padre Caffarel. E como seus textos, reflexões e conselhos ainda permanecem tão atuais quanto aos desafios da família de hoje! O que mais nos tocou foi a troca com os casais das diversas Equipes, de diferentes Setores, idades e condições, mas que possuem em comum as fragilidades naturais de qualquer casal. Partilhamos experiências tão 27


pessoais e genuínas, uma troca madura e verdadeira. Nos sentimos acolhidos e apoiados. E também acolhemos e apoiamos. Recebemos a energia, a iluminação dos casais, que pareciam incansáveis. Apesar das adversidades sabemos amar o próximo, aprendemos diariamente meios de praticar a misericórdia, a caridade, em casal e na sociedade. Praticar o amor,

PROVÍNCIA

amar o próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas, e, como Maria, aceitar e agradecer a missão que nos é dada para viver a espiritualidade em casal e em família; é a senha para operarmos milagres dentro e fora do Movimento. Obrigada! Renata e Marco Eq.01A - Região Rio I Rio de Janeiro-RJ

SUL I

OS NOSSOS ANJOS: EQUIPES DE FORMAÇÃO É preciso confiar sempre na ação do Espírito Santo em nossas vidas, pois Ele nunca nos faltará. Na Província Sul I, temos duas Equipes de Formação, uma para o EEN - Encontro de Equipes Novas e outra para os ENF - Encontro Novo Fôlego, EEM - Encontro de Equipes em Movimento e EEC - Encontro de Equipes em Caminho. Ambas equipes formadas por casais e sacerdotes maravilhosos, pinçados de Regiões diferentes, que mal se conheciam e que ao se juntarem para essa missão, com um “sim” dado prontamente, formaram uma nova família, extremamente unida, é como se conhecessem um ao outro há muito tempo. A alegria e o entusiasmo com que coordenam e aplicam essas formações saltam aos olhos dos participantes, conseguem através do sorriso sincero contagiar a todos. A “química” que os liga não poderia ser outra coisa senão o Espírito Santo agindo no coração de cada um destes casais e sacerdotes formadores, uma ação que transformou a vida deles e também transforma a vida daqueles que deles se aproximam. Deus seja louvado sempre!

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Sandra e Valdir CRP Sul I CM 512


PROVÍNCIA

SUL II

MUTIRÃO 2017

SETOR ARAÇATUBA

Num clima de muita alegria, descontração e confraternização, aconteceu dia 17 de setembro o nosso Mutirão, com a participação das equipes de Araçatuba, Penápolis e Birigui, dando um ar alegre e festivo ao Anfiteatro do Colégio Nossa Senhora Aparecida, tão gentilmente cedido pelas Irmãs do Sagrado Coração de Jesus. Tivemos como objetivo central rever pontos fundamentais e essenciais do nosso Movimento, tais como PCE, Partes da Reunião de Equipe, Ajuda Mútua e Gesto Concreto... As equipes prepararam os temas previamente designados, com humor, alegria, mas também com muita seriedade, alternando momentos de muita risada com momentos de emoção e lágrimas... Nós, CRS e toda equipe de Eventos, nos sentimos realizados e feCM 512

lizes, pois há um certo tempo não acontecia o Mutirão em nosso Setor, e muitos equipistas ainda não tinham vivenciado um evento tal como este, em que se destacou a Formação de maneira lúdica e contagiante. Ressaltamos que nossa Equipe de Animação fez um trabalho magnífico, com coreografias e músicas, as quais fizeram com que todos se sentissem contagiados a dançar, louvar e cantar nos intervalos das apresentações. Estamos cientes de que os objetivos do Mutirão foram alcançados e que, a partir de agora, esse eventoserá uma constância em nosso calendário anual. Edelweiss e José Pelho CRS Província Sul II Região São Paulo Oeste II Araçatuba-SP 29


PROV ÍNCIA

SUL III

FORMAÇÃO PERMANENTE:

Encontro das Equipes em Caminho (EEC)

Proporcionando mais um importante momento de Formação no Movimento, nos dias 16 e 17 de setembro a Província Sul III realizou na Região SC I em Florianópolis-SC o Encontro das Equipes em Caminho (EEC), indo ao encontro das orientações SRB-ERI. Nesta Formação os casais retomaram o estudo e aprofundamento do Carisma, Mística e Pedagogia das Equipes de Nossa Senhora, incentivando-os a refletir sobre suas atitudes de fé e vida na família, no Movimento e na Igreja. O encontro teve como tema central: Cristo, Peregrino e Companheiro de Caminho – “...o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles...” (Lc 24, 13-32), no qual os casais meditaram a caminhada dos “discípulos de Emaús”, através da Escuta da Palavra e da Oração; a caminhada em casal como forma de superar obstáculos, pela vivência do Dever de 30

Sentar-se e a Regra de Vida. O percurso em Equipe, com alguém ao nosso lado, conhecendo a importância da Reunião de Equipe e a Ligação ao Movimento e, enfim, na apresentação do Matrimônio como Sacramento pela presença de Deus no caminho, a busca da vivência do Carisma das ENS, a Espiritualidade Conjugal. Para completar estes temas, as reuniões em Equipes mistas proporcionaram a troca de experiências e ricos testemunhos da vivência dos PCE. Aos casais participantes ficou a certeza de que assim como ocorrera com os Discípulos de Emaús (Lucas 24,3132), tiveram seus olhos abertos e os corações inflamados pela experiência vivida para que continuem buscando aprofundar a espiritualidade conjugal pela descoberta do pensamento do Padre Caffarel.

Edilene e Zezinho CRR SC I - Província Sul III

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raízes do movimento

A serviço dos homens1 Vossa ausência de inquietude me inquieta. VEJO-VOS TÃO TRANQUILOS em vossa posse da verdade, tão confortavelmente estabelecidos no patamar da vida virtuosa... “Mas, direis, por que haveríamos de estar inquietos? Se não somos perfeitos, ao menos nos esforçamos por estar em dia com a moral e por fazer o bem em torno de nós”. Falsa segurança! Não, não estais em dia com a moral, jamais se está em dia com ela... Porque a moral não é somente evitar o mal, fazer esta ou aquela coisa, mas fazer o bem, todo o bem. E enquanto houver uma desordem no mundo – porque é pelo mundo que cada homem é responsável – enquanto houver um homem que sofre, enquanto houver algo de melhor a fazer, não se está em regra com a moral. Basta ler o Evangelho, esse inquietante livro, para se convencer disso. Toda a lei moral de Cristo não se resume nestas duas palavras: Tu amarás? Ora, o amor não tem limites. Ninguém pode gloriar-se de estar em regra com Ele. “A medida do amor é amar sem medida”. O amor é vida e – dizem-nos os biologistas – a vida é tensão, movimento; engenhosidade, tenacidade, impulso incoercível. Isso é inteiramente o contrário da quietude. Já não há repouso para aquele que ama: por isso há tantos que procuram fugir do amor, que têm medo dele e preferem ainda submeter-se a um código. Mas é preciso entender-se bem sobre o que se chama amor. Amar é querer o desenvolvimento de um ser, é trabalhar nisso com afinco. É dar-lhe tudo o que se tem e tudo o que se é. É sentir de não ter todas as riquezas para o cumular sem medida. É sentir de não ser onipotente para trabalhar em sua felicidade. Compreendeis por que a quietude me parece pobreza de amor? E a inquietude sinal de amor? Há uma má inquietude, verme roedor dos corações mesquinhos, feita de medo de perder, de temor de não ter bastante, de um despeito crônico. Ela é morosa, ciumenta, nervosa. Não é ela certamente que defendo, mas a inquietude humilde, paciente, otimista, que é inquietude de amor, vós a possuís?... ou antes: ela vos possui? 1 Henri Caffarel. O Amor e a Graça, pp. 189 e 190. Editora Flamboyant, 1962.

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Amais o vosso cônjuge com um amor “inquieto”? Há talvez em seu coração decepções secretas, feridas a curar, aspirações mal formuladas: procurais adivinhá-las? Fazeis frutificar os seus talentos, como se diz do bom servo no Evangelho? Trabalhais incansavelmente por vos tornardes sempre mais agradável e mais útil a ele? O amor que não progride recua. Sois inquietos por vossos filhos? Não vos pergunto se estais descontentes com eles, mas convosco. Ante vossos fracassos em matéria de educação, qual é o vosso primeiro movimento? Lançar a responsabilidade sobre eles ou vos acusardes culpados? Não estimais com demasiada facilidade que fizestes tudo? Enquanto não tiverdes orado – com a veemência de um coração que nada desanima –, enquanto não tiverdes feito penitência, não podeis dizer que fizestes tudo: não fizestes grande coisa. Estais seguros de amar verdadeiramente o vosso próximo, o próximo imediato: vizinho de parede-meia, locatários, habitantes do quarteirão, operários da fábrica? Cristo vos dirá um dia: ‘’Estava enfermo, prisioneiro, faminto, vieste em meu socorro?” Há milhões de crianças na Índia que morrem por falta de cuidados e de pão. Pensais nisto quando vos inclinais à noite sobre os vossos filhos pacificamente adormecidos? E Deus, vós 0 amais verdadeiramente? A blasfêmia que ouvis na rua, o insulto mais grave ainda de vossa pátria que já não quer reconhecer sua soberania, essas centenas de milhões de homens que ignoram sua paternidade, em que medida tudo isto vos é intolerável ao coração? Sois em vosso ambiente um servo apaixonado de sua glória? Deixo-vos esse punhado de perguntas. Possam elas inquietarvos, se não o sois bastante ainda. Mas se tendes em vós essa viva inquietude do amor, ide a Deus com confiança; e que essa confiança seja inalterável, mesmo nas horas em que fazeis a cruel experiência de vossa fraqueza e vos condenais, porque “Deus é maior que o vosso coração”. Henri Caffarel

Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP 32

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testemunho

Um Novo Fôlego O Encontro de Equipes Novo Fôlego (EENF) é dirigido a todas as equipes com mais de 10 anos de caminhada que sentem a necessidade de um novo impulso... E assim veio o chamado, mais uma vez fomos convidados a participar de mais uma Formação do nosso Movimento. A princípio tínhamos vários e vários motivos para não participarmos, inclusive problemas de saúde em família, mas num clima de oração e pertença dissemos mais uma vez o nosso “Sim” e entregamos nas mãos de Nossa Senhora tudo aquilo que poderia atrapalhar aquela participação. Estamos convictos de que foram horas de muitas e muitas bênçãos... a cada reflexão sentíamos o sopro do Espírito Santo, era um NOVO FÔLEGO. Pois, mesmo que desde o princípio da nossa entrada no Movimento havíamos nos doados de corpo e alma, principalmente por acreditar na preciosidade daquela oportunidade, precisávamos mais uma vez sentir o primeiro amor com aquele mesmo fervor do primeiro encontro. Houve sim momentos de desafios, missões e até decepções, mas nada abalou a convicção que tínhamos da grandeza divina desta dádiva.

Sendo assim é preciso urgentemente ter um “novo fôlego” e testemunhar ao mundo tão carente de valores a riqueza que é a busca da vivência da espiritualidade conjugal.

Esse final de semana apenas serviu para enxergamos com outros olhos o Evangelho de São Marcos 2:11 – “Eu te ordeno:

Mônica e Joviamar Eq. N. S. Rosa Mística Setor A - Região Goiás Sul Itumbiara-GO

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Levanta-te, toma tua maca e vai para tua casa” e, assim, entendemos que apesar de todas as dificuldades e contratempos precisamos sim “levantar e nos doar mais”, afinal muitos esperam de nós... precisam desta água que muitas vezes deixamos transbordar dos nossos copos abastecidos nas reuniões, missas, vigílias e eventos promovidos pelo Movimento. Que possamos ousar, como diz a música: Simplesmente amar É o que importa para quem quiser servir Simplesmente amar É a condição maior suprema do servir Eis a verdadeira vocação Simplesmente amar Como dizer “Senhor, te amo” sem mesmo vê-lo E ser incapaz de amar o outro que está ao lado e se pode ver? O que não ama não conhece a Deus Porque Deus é amor!

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Até quando Deus quiser... Essa foi a frase dita no SIM quando convidamos o nosso SCER, Pe. José Lino Reinaldo Oliveira (SAC), para vivenciar conosco a missão de animar a Região Paraná Norte. Hoje, passado um ano dessa resposta, começamos a entender o seu sentido. Primeiramente, nunca imaginamos que fosse tão rápido o nosso convívio, pois não considerávamos a possibilidade dele ser eleito Reitor da Província São Paulo Apóstolo. Por outro lado, se por qualquer razão a nossa missão de construirmos pontes juntos tivesse de ser interrompida, achávamos que essa frase teria um sentido triste, um sentimento de perda. Hoje, no entanto, enxergamos por um outro ângulo, ou seja, Deus faz novas todas as coisas, inclusive os nossos entendimentos. Olhando para trás e vendo tudo o quanto vivemos juntos, estamos imensamente felizes e damos Graças ao Nosso Deus por nos ter proporcionado momentos tão especiais. Ao lado desse abençoado SCE aprendemos a ver as flores que brotam entre as pedras e espinhos que estão ao longo do caminho e que se alguns desvios acontecem na rota são para aprendermos a

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contemplar as belezas que estão em caminhos nunca antes percorridos. Também nos ensinou a esperar em Deus, cuidou de nós nas Eucaristias das quais sempre participávamos antes das nossas reuniões de trabalho, em nossos momentos de refeição que juntos partilhamos, nas mensagens virtuais diárias, em nossas viagens a serviço da Região. Enfim, foi o “pai” que só “padre” pode ser. Padre Lino, foi Deus quem te escolheu para ser nosso amigo de caminhada. Por isso, queremos que se lembre de nós ao ouvir a estrofe dessa música Amigos pela Fé. “Amigos, para sempre

Bons amigos que nasceram pela fé Amigos, para sempre Para sempre amigos sim, se Deus quiser...” “Até quando Deus quiser” é o plano de vida que Ele tem para cada um de nós. Para 2018, Ele te chamou a evangelizar em outros lugares, a outras pessoas, de outras formas. Que Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos sempre te acompanhe. Edna e Gilberto Jachstet CRR Paraná-Norte

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A celebração da vida e do amor E assim passaram-se 25 anos! Nem parece que chegamos nessa data! Foi muito rápido, como tudo na vida... Passa depressa, que muitas vezes nem percebemos, principalmente quando estamos bem, vivendo momentos de muitas alegrias e de muito amor. Os momentos difíceis existiram e cumpriram seu papel de criar cicatrizes de aprendizado e nos mostrar, agora muito mais fortes, a presença do Pai nas nossas vidas. Nossos filhos cresceram e, ao longo da história de cada um, celebramos suas conquistas, a descoberta do amor de Cristo, a busca pelo crescimento espiritual e o convívio com a mesma comunidade que nos ajudou na caminhada da fé. Nem imaginávamos que teríamos a comemoração de nossas bodas! Tempos difíceis de crise fizeram com que recuássemos do desejo de celebrar com os que amamos. Nosso querido vigário, Pe. Edwaldo, que nos acompanhou no namoro e ao longo desses 25 anos, não abriu mão e marcou ele mesmo na Igreja a nossa celebração. Fomos pegos de surpresa e meio sem saber o que fazer; unidos aos nossos irmãos de fé e nossa família, organizamos em três dias uma celebração maravilhosa. Tudo muito simples, mas com o carinho e a atenção de todos da nossa paróquia que conviveram conosco nesses anos. Na homília, Pe. Edwaldo nos emocionou com suas palavras de pastor. Recordou detalhes da celebração do nosso casamento: a Palavra de Deus que foi a mesma deste dia, a admiração por Cléa, mãe de Augusto, CM 512

a felicidade estampada em nossos rostos ainda jovens, desejosos de construir uma família na fé e a foto que ele tirou conosco, que mostrava a nossa relação com ele como um pai que nos acompanhou durante todo o namoro. Por fim, ainda nos questionou: “Vocês entenderam agora por que eu quis celebrar essas bodas? Essa comunidade, principalmente os jovens, precisa ter testemunhos de casais que buscam viver no amor”. Como fomos abençoados! Tivemos nossas famílias de origem que cultivaram o amor do Pai em nossas vidas. A dedicação e o amor incondicional de Cléa, que ficou viúva quando Augusto ainda ia fazer três anos. A presença das Equipes de Nossa Senhora desde cedo em nossa caminhada pela participação de Nelly e Levaldo (pais de Ana), equipistas há 37 anos. Tivemos também a graça de conviver com muitos irmãos equipistas, que ao longo dos nossos 16 anos de Movimento foram chegando e fazendo parte das nossas vidas. Eles nos ajudaram a viver cada momento com muito apoio e abnegação. Finalmente, contamos com um vigário que viveu em todo o seu sacerdócio o que Cristo lhe ensinou: “Eu sou o bom pastor. Conheço minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,14). Ao nosso querido pastor e à nossa comunidade de fé nossa eterna gratidão! Ana Cláudia e Augusto Eq.20 - N. S. do Perpétuo Socorro Recife-PE 35


O despertar para o serviço Conversando com o Junior após este abençoado Encontro de Equipes Novas, percebemos que se este encontro tivesse acontecido antes do preenchimento da ficha sobre qual função poderíamos exercer nas Equipes de Nossa Senhora, muitas respostas teriam sido diferentes. No encontro tivemos a oportunidade de “parar”, refletir e entender nosso real papel no Movimento, resgatamos algo que estava adormecido em nossos corações, ou seja, resgatamos a vontade de ASSUMIR e SERVIR a Deus. Em pouco tempo de caminhada já tivemos muitas bênçãos, nosso casamento se fortalece a cada dia, principalmente depois que casamos na Igreja, pois moramos juntos 5 anos antes de casar na Igreja e entramos nas Equipes de Nossa Senhora no mesmo ano que recebemos o Sacramento do Matrimônio. Ouvíamos sempre nosso querido CRS de Pindamonhangaba falar do SIM que devemos dar quando somos chamados, porém este SIM faz mais sentido agora, com o Encontro de Equipes Novas. Entendemos que precisamos deixar de ser espectadores e não podemos esconder nossos dons, mesmo que ainda não saibamos definir quais 36

sejam. Na verdade, temos uma certeza, a certeza de que nossos corações se abriram definitivamente, e, quando isso acontece, enxergamos tudo de outro modo, encontramos horários que antes achávamos que não tínhamos, afinal com o pouco tempo de caminhada já aprendemos muito bem que, quando o trabalho é servir a Deus, até nosso cansaço “desaparece”. Em uma das passagens da Bíblia que vimos durante o encontro, sobre “SER SAL”, nos indagávamos se realmente queremos ser o sal para outros casais, através do nosso trabalho. O Movimento é “SAL” em nossas vidas e através dele pudemos melhorar como pessoas, como casal, como família, e tem sido tão extraordinário fazer parte deste Movimento que não podemos e não temos o direito de guardar tudo isso só para nós, temos que multiplicar para outros casais essa maravilha, e dar a eles a oportunidade de “experimentarem” tal bênção em suas vidas. Por isso nos colocamos à disposição, estamos e estaremos de coração aberto para os chamados do Movimento. Abraços fraternos Kellen e Junior N. S. do SS. Sacramento Pindamonhangaba-SP CM 512


PLANO DE DEUS Neste ano, nossa Equipe a primeira de Blumenau, completou 47 anos de existência. Por obra e graça de N. S. Rainha da Paz, nossa Intercessora, iniciamos neste mês de junho a Repilotagem de nossa Equipe. Não por coincidência, nossa equipe foi fundada no longínquo junho de 1970! Ao ficarmos somente com quatro casais, todos fiéis ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, e especificamente à Equipe 1A, recorremos ao Casal Responsável do Setor A de Blumenau, o qual pertencemos, o qual sugeriu a entrada de mais casais; não só sugeriu, mas se empenhou na busca desses casais, sob a luz do Espírito Santo e com a intercessão poderosa de N. S. Rainha da Paz. Assim, dois novos casais demonstraram a vontade de caminhar conosco. E, fato digno de registro e júbilo: um dos casais, casado na Igreja Luterana há 39 anos, se dispôs a casar na Igreja Católica, para assim fazer parte de nossa equipe! E assim o fez, no dia 14 de maio passado, na Igreja Santo Antônio, em cerimônia conduzida pelo Pe. José Carlos, Conselheiro do Setor. Consideramos de fundamental relevância esse acontecimento que muito nos honra e engrandece como equipistas, pois as palavras de Jesus, repetidas pelo Pe. Caffarel, “vede como eles se amam”, se tornaram realidade. Decidimos, então, voltar às origens e, com humildade e espírito de entreajuda, reiniciarmos a caminhada com a Repilotagem de toda a Equipe, pelo Casal Piloto, que prontamente aceitou essa incumbência. Estamos empolgados com esse recomeço, agora que estamos entrando no outono de nossas vidas e de nossa Equipe. Mais uma vez se confirma em nossas vidas a ação do Espírito Santo: quando pensávamos estar finalizando nossa caminhada como equipistas, eis que Ele nos coloca no ponto inicial. O plano de Deus a nosso respeito sempre nos surpreende e nos enche de maravilhas! Estela e Laerte Eq.01A - N. S. Rainha da Paz Blumenau-SC

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reflexão

ORAÇÃO MISSIONÁRIA “Ó Deus de suprema bondade e infinita sabedoria, que num sopro Divino criou o mundo e permitiu que a sua evolução se desse através de pontes materiais, espirituais e virtuais espalhadas pela terra, unindo as comunidades, regiões e países, nós vos pedimos que nos façais construtores e atravessadores de pontes a levar a Vossa Palavra e compartilhar a misericórdia, o perdão e a amizade entre nossos irmãos. Pontes que conduzam à vida, e não muros, que aviltam, segregam, tolhem a liberdade. Que sirvam para fortalecer e ligar as Equipes de Nossa Senhora, feitas da mais pura argamassa que existe – o Amor, e da maior força transformadora – a Fé. Sabemos que o Senhor acredita em nós e, por isso, nos confiou essa missão evangelizadora. Temos consciência de que não há presente maior do que ser lembrado por Vós, Pai Eterno, e, mais ainda, de ser merecedor de Vossa Divina atenção. Coloque em nós o ardor missionário e a certeza de que estaremos unidos na construção de pontes de Amor e Fé. Sob o olhar piedoso e carinhoso da Vírgem Santíssima, abençoa-nos para sempre. Amém! Marques e Fatima Eq.03 - N. S. Auxiliadora Setor C - Fortaleza-CE 38

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Semear, colher e saborear os frutos das ENS Como equipistas, somos convidados a semear na vinha do Senhor, onde também colheremos, como trabalhadores do Senhor (Mt 9, 38), os frutos que produzimos (Mt 21, 43). Deste fruto também somos alimentados, através da degustação da Palavra, que é saboreada pela prática da vontade de Deus, seja no lar, no trabalho ou na reunião de equipe. Dessa forma, duas atitudes nos são exigidas nesta tarefa de trabalhadores da vinha: a de ser terra boa (Mt 13, 30), para sabermos ouvir a Palavra, recebê-la em nossos corações, e a de ser semente boa (Mt 13, 38), para que possamos falar do amor a Deus e ao próximo, que são coisas que nosso coração deve estar cheio (Mt 12, 34). Assim, tanto saber ouvir e se calar para o outro, quanto saber falar enquanto o outro nos ouve, são as atitudes que o bom lavrador da Palavra deve cultivar. Os trabalhadores das Equipes de Nossa Senhora, portanto, devem estar atentos para serem bons ouvintes e distribuidores da Palavra, pois o resultado final de nossa colheita, fruto do nosso trabalho, dará testemunho daquilo que somos, pois é “pelo CM 512

fruto que se conhece a árvore” (Mt 12, 33). Para colhermos em abundância os frutos das Equipes de Nossa Senhora, devemos permanecer ligados a Jesus, como os ramos da videira, pois “Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5). O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “O fruto indicado nesta Palavra é a santidade de uma vida fecundada pela u n i ã o a Cr i s to” ( C IC 2. 074) . Portanto, devemos estar vigilantes para adubar com fé a videira a qual nossos ramos estão ligados, pois é pela fé que permanecemos unidos ao Senhor e Salvador Jesus Cristo. Dessa forma, unidos a Cristo, semeamos, colhemos e saboreamos os frutos das Equipes de Nossa Senhora, auxiliados pela graça especial que nos é concedida pela vivência do carisma fundador: a Espiritualidade Conjugal. Paz e Bem! Márcia e Rogério Eq.10 - N. S. da Esperança Florianópolis-SC 39


balanço

FIM DO ANO É TEMPO DE BALANÇO deira celebração? (seriedade nos cinco pontos exigidos pelo Movimento: oração, refeição, partilha, coparticipação e resposta do tema) Pensando nisso, como está sua Equipe quanto a:

Momento de parar para refletir sobre a nossa caminhada equipista. Nesta hora muitas perguntas nos desviam do mais importante, que são os pontos fundamentais para o nosso crescimento como casal. Comecemos refletindo sobre a preparação: 1. Como é feita a Reunião Preparatória? 2. Como foi a sua atuação como Casal Animador este ano? E em relação ao SCE da sua Equipe: 3. Como tem sido a participação do SCE na sua Equipe? 4. Como você percebe que o SCE da sua Equipe o(a) ajuda a crescer na espiritualidade? Agora pensando na reunião propriamente dita: 5. Na sua equipe se vive a Reunião Mensal como uma verda40

- Mística – Como é vivido o auxílio mútuo? Como é percebido o testemunho? Reunimo-nos em nome de Cristo? - Carisma – “A espiritualidade conjugal a serviço da felicidade e da santidade do casal”. São percebidos o esforço e o compromisso do casal para alcançar a espiritualidade conjugal? Como? - PCE – A busca, o esforço, a seriedade de cada um e do casal com os PCE. O que vocês podem dizer sobre isto? Na Partilha se percebe a vivência dos PCE? Que atitudes para a minha vida eles têm despertado? - Estudo do Tema Há empenho em estudar o tema em casal? Como é a vivência deste tema? - Reunião de Equipe Há preparação para a reunião CM 512


pelo casal? Qual o comprometimento e a participação do casal nos vários momentos da reunião? - Correção Fraterna Você se acha capaz de fazer ou de receber? O que pode ser melhorado? - Oração A oração tem favorecido a reunião tornar-se uma verdadeira celebração eucarística? 6. A Coparticipação tem sido um momento de abertura e de ajuda mútua? 7. Que importância tem sido dada à Carta Mensal como um dos pontos de unidade do Movimento? Vamos refletir também sobre nossa vida de equipe: 8. Nós somos úteis e ajudamos a Equipe e o Movimento nessa caminhada de espiritualidade e vida comunitária ou apenas

nos servimos da nossa equipe? 9. A sua participação na vida de sua equipe o(a) motiva a participar também da vida do Movimento? Conforme o planejamento do Setor vocês casais participaram dos eventos promovidos (missa mensal, noite de aprofundamento, noite de oração, equipe mista, formações, peregrinação)? Qual destes eventos mais contribuiu para o crescimento de sua vida espiritual, conjugal e de equipe? Comente. Aproveitemos este momento para fazer uma reflexão sincera que nos permita enxergar nossos erros e acertos para que possamos continuar entusiasmados e crescendo na espiritualidade conjugal. Regina e Sergio Eq.06B - N. S. Anunciação Setor B - São José dos Campos-SP (Adaptado dos documentos do Movimento)

Tempo de repensar a vida e a equipe Estamos em novembro. Para nós equipistas é tempo de rever, de olhar para o que passou e pensar no que virá. Precisamos revisitar nossa realidade e, mais do que admitir, compreender nossas fragilidades, como pessoa, casal, família... como equipe! Precisamos perdoar-nos, perdoar os outros, buscar em Cristo a força e o exemplo necessários para caminhar. Este ano, o tema de estudo escolhido pelo Movimento permitiu-nos conhecer a realidade das famílias, entender suas CM 512

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dificuldades, desafios e fragilidades diante de uma sociedade que prega o individualismo e consumismo. Ao mesmo tempo, fomos conhecendo a força de nossas famílias, sua capacidade de amar e ensinar o amor, de aglutinar, de ser ponte entre o individual e o coletivo, entre a Igreja e o mundo. Nos diversos capítulos estudados, nas reflexões feitas, ficou claro, que temos uma missão, que somos naturalmente vocacionadas a ela e devemos, pelo testemunho do nosso amor conjugal, ser o sal da terra e a luz do mundo. Nosso amor tem este poder, ser como o sal e a luz, dar sabor, proteger e indicar o caminho. Neste ano a misericórdia também foi fortemente enfatizada. Pois diante das fragilidades ela é como óleo na ferida. Refletimos que a misericórdia cristã torna-nos companheiros, aprendemos a importância do acompanhamento que leva ao crescimento mútuo. No penúltimo capítulo, vimos que o Cristo é ao mesmo tempo a lâmpada do farol e a luz do archote que indicam o rumo e ao mesmo tempo vão iluminando cada pequeno passo. Pois bem, se o Movimento possibilitou-nos tudo isso é hora de perguntarmos: O que entrou no coração? O que ficou apenas no estudo racional? Soubemos aproveitar esses momentos? Eles nos ajudaram a compreender a vontade de Deus? A entender, perdoar e mudar (se necessário) a nossa verdade? Tornamo-nos mais comunitários? As respostas a estas perguntas precisam ser sinceras e o desejo de mudança mais ainda. Em seu diálogo com Cristo no poço, a samaritana mostrou-nos o quanto a verdade é reveladora e transformadora. Estamos em novembro, é hora de nosso encontro com Cristo no poço de Jacó. Que possamos aproveitar bem este momento. Amém. Erica e Marco Antonio Pedronetti Eq.13B - N. S. Desatadora dos Nós Piracicaba-SP

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partilha e PCE

REGRA DE VIDA Somos equipistas há 23 anos, pertencemos à Equipe Nossa Senhora de Lourdes. Em 8/6/1994 tivemos a nossa primeira reunião, a qual foi em nossa residência, nos sentimos imensamente gratos por fazer parte do Movimento, e queremos testemunhar hoje a nossa dificuldade em realizar a Regra de Vida, em casal e em equipe. Sempre iniciávamos a Regra de Vida, mas tínhamos dificuldade em fazer acontecer, até que nosso SCE Padre Vilmo propôs uma Regra de Vida em equipe, para que juntos fizéssemos algo. Iniciamos rezando os salmos 1, depois 2, e assim sucessivamente, todos os dias tínhamos que partilhar na equipe via celular (WhatsApp) algo do salmo lido e como isso estava influenciando no nosso dia. Caso algum casal não fizesse, não podíamos dar sequência aos salmos, somente quando todos lessem o salmo do dia podíamos seguir em frente, e assim, dia após dia, fizemos o salmo até chegar no salmo 150. Foi uma experiência maravi-

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lhosa e gratificante, porque após o Salmo, fazíamos a nossa oração conjugal e a meditação, o que nos fez sentir a diferença na nossa vida como casal, e como ser solidário e humano; Hoje nosso dia só começa após a leitura da Palavra e Meditação. Isso nos fortalece, nos ajuda a enfrentar as dificuldades, superar nossos medos e anseios, além de ajudar muito no diálogo a dois. Sentimos a presença viva de Deus em nosso meio, e se algum casal está com dificuldades, como irmãos, nos reunimos e ajudamos. A Regra de Vida tornou-se para nós algo vivo, que fez com que através dela pudéssemos fazer os PCE não como uma obrigação, mas sim como uma necessidade. Somos gratos ao Movimento, à caminhada, aos casais que conosco partilham todos os dias o alimento do Cristo vivo “a Palavra de Deus”. Ousemos dizer: Senhor, eis-me aqui, faça a sua vontade! Sirlei e Luiz Carlos Eq. N. S. Lourdes Maracaju-MS

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UM DEVER DESCONHECIDO No Evangelho de São Lucas, 14,28, Cristo convida seus ouvintes à prática do Dever de Sentar-se, com a parábola sobre a construção de uma torre. Ele diz: “De fato, se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?” No L’Anneau d’Or, em novembro de 1945, com o editorial “Um dever desconhecido”, Padre Caffarel, a partir deste texto de São Lucas, intui o Dever de Sentar-se, que se converterá em um dos Pontos Concretos de Esforço fundamentais para casais do Movimento. Colocarem-se juntos, marido e mulher, sob o olhar do Senhor, para perguntarem-se, à luz do Espírito: o que fazer para progredirmos em nosso amor? (Centelhas de sua Mensagem, Pe. Caffarel, pp.16/17) Nas oportunidades que temos, divulgamos esse “Dever Desconhecido” também fora do Movimento, pois o nosso testemunho é que ele mudou a nossa vida conjugal, temos um antes e um depois de conhecermos este Ponto Concreto. Definir as prioridades entre a vida familiar e a profissional foi o grande desafio dos primeiros anos de casados, as atividades paroquiais eram intensas, e convidados para ingressarmos no Movimento ficamos apreensivos, o primeiro pensamento foi: não teríamos tempo. Entretanto aqueles casais que nos convidaram tinham tempo, apesar 44

de terem mais compromissos que nós, como conseguiam? O Ponto Concreto Dever de Sentar-se era o diferencial em suas vidas, pois através dele conseguiam planejar a vida familiar e profissional. Logo também adotamos este Ponto Concreto, em casal e em família, e foram tomadas abençoadas decisões em Dever de Sentarse Familiar. Chamados à responsabilidade, primeiro como Casal Ligação e em seguida para a de Casal Responsável de Setor, decidimos em Dever de Sentar-se que deveríamos reduzir nossas atividades na comunidade para maior dedicação ao Movimento. O resultado ideal do Dever de Sentar-se é a Regra de Vida, e para nós tem produzido ótimos resultados em nossa vida conjugal. O diálogo sobre o nosso dia e a revisão do dia anterior, onde algum aspecto que por ventura não tenha agradado o outro, nos levam a propor a uma Regra de Vida diária, para estarmos sempre atentos ao nosso relacionamento, e assim há mais paz, entendimento e amor. Somos muito gratos ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que nos fez conhecer e vivenciar este caminho de oração. Pedimos a Deus pela intercessão de Maria, que nos ajude a multiplicar essas riquezas que recebemos, e que nos fazem tanto bem, para outros casais. Fraternalmente! Tide e Raul CRS Itu-SP CM 512


serviços nas ENS

CASAL RESPONSÁVEL POR SUPER-REGIÃO - CRSR A responsabilidade de uma Super-Região é confiada pelo Movimento a um casal que é chamado “Casal Responsável pela Super-Região”. Seu mandato dura 5 anos. Sua nomeação é feita pela ERI. Ele convida outros casais (Casais de Apoio) e um Sacerdote Conselheiro Espiritual para acompanhá-lo na sua reflexão, no seu discernimento e animação. Sempre fiel ao carisma fundador, à vocação e à missão do Movimento, o Casal Super-Região tem a responsabilidade de transmitir às equipes as grandes orientações do Movimento, sua pedagogia e seus métodos; e na sua aplicação ele deve adaptá-los às situações particulares de sua Super-Região. O CRSR é responsável pela escolha e pela substituição dos Casais Responsáveis de Região. Ele gere as finanças da Super-Região. É também responsável pela edição final da Carta Mensal. Deve estar sempre preocupado com a unidade do Movimento e com a comunhão entre a Super-Região e o conjunto do Movimento. Faz chegar à ERI o programa anual da Super-Região, datas, encontros, etc.

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CHAMASTE-ME?

Assim entendemos e vivemos o serviço Engana-se quem pensa que os “chamados” a se sucederem em nossa vida são iniciativas das pessoas. Deus, “Senhor dos exércitos”, conta com muitos “anjos”, também na terra, para levar “sua convocação”: “Quando tu chamas alguém pra levar teu recado...”1. Deus precisa do homem! Senão... “como poderão invocar Aquele no qual não acreditam? Como poderão acreditar, se não ouvem falar Dele? E como poderão ouvir, se não há quem O anuncie? Como poderão anunciar se ninguém for enviado?” (Rm 10,14-15). O Pai pousa o olhar sobre quem escolhe. É olhar de quem interpela: “Ide vós também para a minha vinha” (Mt 20,3-4), a fim de crescer, amadurecer e produzir fruto. Por isso, “Se alguém aceita um serviço, que veja nisso um apelo de Deus” (1Pd 4,11). Sendo uma missão espiritual, Deus põe em nós os meios e os dons necessários para realizar o serviço. Importa saber que “Deus pede mais a quem deu mais. Quem recebe mais recebe para os outros. Não é nem maior nem melhor; é mais responsável. Deve servir mais. Viver para servir.” E... com alegria! Resta-nos deixar nossas redes e segui-Lo, não nos preocupando com o que vamos dizer ou fazer. O Espírito falará por nós! Toda responsabilidade nas Equipes de Nossa Sehora é um serviço alicerçado na oração, eucaristia e estudo: pilares que sustentam a missão. Nosso sim nos levará a mergulhar em águas profundas, tornando fecundo esse tempo de anúncio. Então, com fé e alegria digamos: “...Hoje é a nós que tu nos chamas. (...) Chamas porque Tu nos amas... Por isso eu digo que sim. Sim, eu irei, eu irei...”2. Cida e Raimundo Eq. N. S. Perpétuo Socorro Setor A - João Pessoa-PB ex-CR Super-Região Brasil 1 e 2 Pe. Zezinho.

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notícias BODAS DE PRATA

Rita e Sergio 12/09/2017 Eq. N. S. Aparecida Goiatuba-GO

Fabiane e Volnei 30/05/2017 Eq. N. S. do Trabalho Manaus-AM

Fátima e Francisco 30/08/2017 Eq. N. S. Fátima Russas-CE

Lene e Cícero 07/11/2017 Eq. N. S. de Lourdes Capitão Poço-PR

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BODAS DE PÉROLA

BODAS DE ESMERALDA

Maria e Jaches 10/10/2017 Eq. N. S. de Fátima Salto-SP

Tide e Raul 16/07/2017 Eq. N. S. da Vitória Indaiatuba-SP

BODAS DE OURO

Marlene e Vicente 17/09/2017 EQ. N. S. dos Navegantes Campo Grande-MS

Benvinda e Hélio 10/09/2017 Eq. N. S. de Guadalupe Sorocaba-SP

VOLTA AO PAI Pe. Pedro Meloni Em 26/08/2017 Era SCE da Eq. N. S. do Carmo Paraguaçu-MG

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Elza (do Ludovic) (última remanescente da primeira equipe do RJ) Em 25/08/2017 Integrava a Eq. N. S. das Vitórias Rio de Janeiro-RJ

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MEDITANDO EM EQUIPE

Nossa vida, nossa oferta Paulo apresenta-nos um programa de vida: viver nosso sacerdócio, louvando o Senhor com a oferta sacrificial de nossa vida.

A Palavra de Deus (Rm 12,1-2)

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus que ofereçais os vossos corpos como hóstia vida, santa e agradável a Deus; este é o culto racional que Lhe deveis prestar. Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, a fim de conhecerdes a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável e o que é perfeito”.

Reflexão

– Pelo batismo estamos vitalmente unidos a Jesus, participamos de seu sacerdócio. Toda nossa vida é sagrada. – Essa vida, unida à de Cristo, é a hóstia que oferecemos no altar de Deus, altar que está em toda parte: em casa, na rua, e até na igreja. – Nessa hóstia está toda a nossa realidade humana regatada por Cristo, que não podemos permitir seja novamente escravizada pelo mal.

Oração espontânea

– Diga para Deus tudo quanto você lhe está ofertando. – Faça dessa oferta um ato de adoração, de louvor e de agradecimento.

Oração Litúrgica (Salmo 65) Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória de seu nome; dai-lhe glorioso louvor.

Dizei a Deus: “Como são estupendas vossas obras! Pela grandeza de vossa força diante de vós se curvam vossos inimigos. À vossa frente toda a terra se prostra e canta para vós, canta para vosso nome”. Vinde ver as obras de Deus, as maravilhas que fez pelos filhos dos homens. ...Com seu poder ele domina para sempre, seus olhos observam as nações, para que não se levantem os rebeldes. Povos, bendizei nosso Deus e proclamai a plena voz seu louvor. Amém. Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal

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FINADOS

Oração para os que já estão junto ao Pai Muitas pessoas pensam que o Dia de Finados é um dia triste, mas o real significado desse dia é prestar homenagem àquelas pessoas queridas que já encontraram a vida eterna, é demonstrar a elas que o amor que sentimos jamais morrerá e recordar a sua memória com alegria. Quem crê em Deus precisa lembrar que a vida não termina nunca, quem falece vai viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. Abaixo oração para lembrar, homenagear e declarar sua saudade àqueles que já faleceram. “Ó Deus, que pela morte e Ressurreição de vosso Filho Jesus Cristo nos revelastes o enigma da morte, acalmastes nossas angústias e fizestes florescer a semente da eternidade que vós mesmo plantastes em nós. Concedei aos vossos filhos e filhas já falecidos a paz definitiva da vossa presença. Enxugai as lágrimas dos nossos olhos e dai-nos a todos a alegria da esperança na Ressurreição prometida. Isto vos pedimos, por Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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