ENS - Carta Mensal 521 - Novembro 2018

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MÊS DE BALANÇO “A última reunião do ano é a reunião de balanço. Ela proporciona a todos os membros da equipe a oportunidade de refletir e trazer a vida da Equipe abertamente e com espírito cristão, sobre o seu itinerário, os seus progressos ao longo do ano que termina e também o de preparar o ano seguinte”. (Guia das ENS) O objetivo principal desta reunião é o de realizar na equipe uma séria e tranquila revisão do ano que termina, a partir das propostas concretas que o Movimento oferece e recomenda a seus membros. Como o nome já revela, é uma reunião de avaliação e projeção sobre aspectos da vida de cada casal e, especialmente, da vida de equipe que precisam ser fortalecidos, preservados ou, caso necessário, corrigidos. Maiores informações e orientações, consultar o livro Reunião de Equipe (Tema de Estudo, pp. 67 a 74). Disponível para compra no site ENS.

Ano LVIII • novembro • 2018 • no 521

Novembr

CARTA Quem partiu vive em nosso coração, pois nem a morte é mais forte que o amor...

Finados:

Tristeza e ESPERANÇA

Colegiado Nacional

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br

POSSE DOS NOVOS CASAIS RESPONSÁVEIS E SCE


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01 Editorial Super-Região 02 Finados: tristeza e esperança 03 Chamados à Santidade, nem mais nem menos 04 Apresentação do SCE da Carta Mensal 05 Sendo Fiéis 06 Comemoração de todos os fiéis defuntos 08 A causa de canonização do Pe. Caffarel 10 A Eclesiologia do Pe. Caffarel 13 16

em relação ao Matrimônio Henri Caffarel, o homem e sua missão O Rosário

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Província Sul II Província Sul III

Raízes do Movimento

A Palavra de Deus

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Permanentes na Oração

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Transitoriedade nas ENS Não há Maria sem Jesus nem cristão sem cruz Um convite, quase uma ordem... Um chamado a servir dentro e fora do Movimento

“Quem é fiel nas coisas mínimas, é fiel também no muito, e quem é iníquo no mínimo, é iníquo também no muito. Portanto, se não fostes fiéis quanto ao dinheiro iníquo, quem vos confiará o verdadeiro bem? Se não fostes fiéis em relação ao bem alheio, quem vos dará o vosso?” (Lc 16, 10-12)

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Testemunho

“Chegando aquele que recebera cinco talentos, entregou-lhes outros cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me confiaste cinco talentos. Aqui estão outros cinco que ganhei’. Disse-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu senhor!’” (Mt 25, 20-21) “‘Muito bem, servo bom’, disse ele, ‘uma vez que te mostraste fiel no pouco, recebe autoridade sobre dez cidades’.” (Lc 19, 17)

Reflexão

Ano do Laicato Palavra do Papa Ser sal e luz é o testemunho diário do cristão

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Obrigado, com licença e desculpa Reunidos em nome de Cristo

Vida no Movimento

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Mutirão Reunião de Balanço e Pré-EACRE O final de ano, equipista!

Colegiado Nacional 2018 Província Nordeste I Província Nordeste II Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I

MEDITANDO EM EQUIPE

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Que a vida de Jesus inspire nossa fidelidade cristã

Igreja Católica 18 20

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Reflexão - O nosso modelo de fidelidade a Deus, ao Seu projeto de Amor, é a Pessoa de Jesus Cristo; a Ele se predica a qualidade de Servo Bom e Fiel. Ele foi fiel aos desígnios do Pai, desde a Encarnação até a sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Formação

- Olhando para Jesus, perguntemo-nos: como tenho vivido o chamado à fidelidade cristã assumindo uma vida semelhante à Dele? Tenho me preocupado em ser fiel à pequenas coisas ou apenas às grandes? Quando a cruz se torna pesada em meu matrimônio tenho sido fiel, na certeza de que Cristo me ajuda a vencer os calvários?

45 Notícias

- Na vivência da espiritualidade conjugal, o que ainda posso fazer como ponto concreto de esforço para um dia ser recebido no céu como “servo bom e fiel”?

48 Dicas de Leitura

Oração espontânea - Realize um louvor, em casal, agradecendo a Jesus pela Sua fidelidade ao Pai, por ter nos amado até o fim. - Peça ao Senhor o dom da fidelidade ao seu batismo e à vida matrimonial, ainda que para isso tenha que passar por provações.

Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora

- Eleja um ato concreto para esse mês que o ajudará a viver a fidelidade ao carisma das ENS. - Por fim, faça um exame de consciência tomando consciência do que lhe afasta da fidelidade a Cristo e à Igreja.

no 521 • novembro • 2018

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lú e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 - Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Nádia Tabuchi - Fotos: Pixabay - pp. 2, 3, 4, 5, 34, 35, 36, 37 e 44 - Tiragem desta edição: 28.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Oração litúrgica (Olhando para a Cruz de Jesus peçamos o dom de Sermos Fiéis) Ó boa Cruz, que do Corpo de Jesus recebeste a formosura, tanto tempo desejada, tão ardentemente amada, sem descanso procurada! Para a minha alma ansiosa estás por fim preparada! Retira-me dentre os homens e devolve minha vida ao Mestre de quem sou! Por ti me receba Aquele que por ti me resgatou. Amém. Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal


editorial Queridos equipistas! Com grande alegria apresentamos a vocês a nova equipe da Carta Mensal, que além de nós conta com o casal Lázara e Edison, da equipe 2 A de Goiânia, e Pe. Franciel, que atualmente reside em Brasília. Agradecemos muito a Deus pelo SIM deles! O mês de novembro nos proporciona reflexões importantes, primeiro relativo à nossa trajetória existencial, nos permitindo pensar sobre o sentido duplo do Finados, como nos fala Pe. Paulo em seu artigo! No cemitério vivemos a tristeza pelas vidas que se foram e, de outro lado, as flores que sinalizam a esperança, sendo assim, “a tristeza amalgama-se com a esperança”. Belíssima comparação! O último capítulo do tema de estudo SENDO FIÉIS na visão de Lenice e José Carlos, Casal Responsável pela Província Sul II, nos recorda que nunca devemos nos desviar do chamado, mas deveremos ser sempre fiéis à vocação recebida, disponibilizando-nos e colocando-nos em marcha, como protagonistas e não como mornos espectadores! Sobre o Encontro Mundial das Famílias o Santo Padre diz que a vocação ao amor e à santidade não é algo reservado para poucos privilegiados, ao contrário, o Chamado é para todos! Ainda nesta linha de raciocínio, vale a pena ler sobre a cultura do descartável que transforma pessoas em vítimas começando com a família. Adiante, nos lembra que as pessoas são criaturas de Deus! Trouxemos também uma panorâmica sobre o Colegiado Nacional, conforme Michele e Willian, CRR Minas V, bem como as fotos dos casais que foram empossados e os respectivos SCE. Importante ler e fazer uma reflexão sobre a transitoriedade das missões nas ENS, em todas as instâncias, oportunizando assim que cada vez mais equipistas possam ser formados. Nosso Movimento é vivo e muito dinâmico! Confiram os eventos das Províncias e a grande participação equipista. Na bandeira Formação, teremos oportunidade de melhor entender o Mutirão, através do conceito e um testemunho vivencial. Finalizando, na bandeira Meditando em Equipe a proposta e o modelo de fidelidade a ser seguido, é o próprio Jesus Cristo! Que o Senhor conduza nossa leitura!

Tema 2018: “A MISSÃO DO AMOR” CM 521

Equipe da Carta Mensal da esquerda para a direita: Débora e Marquinho, Pe. Franciel, Lázara e Edison 1


super-região

Finados:

tristeza e esperança Neste mês de novembro, ano após ano, celebramos a liturgia da comemoração de todos os fiéis defuntos. Aproveito esta Carta Mensal para fazer eco de uma preciosidade. São as palavras do Santo Padre na homilia por ocasião de Finados de 2016. O Papa Francisco nos recordou o essencial ao afirmar que celebrar Finados tem “significado duplo. Um sentido de tristeza: o cemitério é triste, pois recorda-nos os nossos entes queridos que já partiram; mas lembra-nos também o futuro, a morte; no entanto, com esta tristeza nós trazemos flores, como sinal de esperança e inclusive, posso dizer, de festa, mas depois, não agora. E a tristeza amalgama-se com a esperança. E é isto que todos nós sentimos hoje, nesta celebração: a memória dos nossos entes queridos, diante dos seus despojos, e a esperança”. O impacto desse ensinamento é existencialmente prático. Esta “esperança nos ajuda, porque nós devemos percorrer este caminho. Todos nós trilharemos esta vereda. Mais cedo ou mais tarde, mas todos! Com dor, mais ou menos dor, mas todos! No entanto, com a flor da esperança, com aquele fio forte que está ancorado no 2

além. Eis a âncora que não desengana: a esperança da ressurreição”. Com a palavra ressureição o Santo Padre deposita em Jesus, numa Fé cristológica, toda nossa esperança. Foi Ele quem percorreu primeiro este caminho. “Nós trilhamos a vereda que Ele já percorreu. E quem nos abriu a porta foi Ele mesmo, Jesus: com a sua Cruz abriu-nos a porta da esperança, descerrou-nos a porta para entrar no lugar onde contemplaremos Deus”. Caros casais equipistas, conscientes de que essa vida findará, celebremos Finados com esta dúplice memória: a memória do passado, dos nossos entes queridos que já se foram; e a memória do porvir, do caminho que nós havemos de percorrer. Com a certeza, a segurança; aquela certeza que saiu dos lábios de Jesus: “Eu ressuscitá-lo-ei no último dia” (Jo 6, 40). Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 521


“Chamados à Santidade, nem mais nem menos” Estimados amigos, “ALEGRAI-VOS E EXULTAI” (Mt 5, 12), diz Jesus a quantos são perseguidos ou humilhados por causa d’Ele. O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa. Com efeito, a chamada à santidade está patente, de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor propôs nestes termos: “anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17, 1). Gaudete Et Exsultate No Movimento das ENS também somos chamados à santidade, temos um ideal de perfeição. O Padre Caffarel não hesitou em dizê-lo, já na primeira carta a nós escrita, em resposta à indagação que lhe era feita sobre o que eram as Equipes de Nossa Senhora. Sintetizou numa pequena frase o ideal que vislumbrava: “As Equipes de Nossa Senhora têm por objetivo essencial ajudar os casais a tender para a santidade. Nem mais, nem menos. E o Papa Francisco vem reafirmar que isso é possível e é para todos em sua exortação Gaudete Et Exsultate. Pois bem, queridos amigos equipistas, essas palavras do Padre Caffarel devem soar constantemente em nossos ouvidos. Devemos ter sempre em nossas mentes que se o nosso Movimento tem um ideal de perfeição, isso quer dizer que não podemos ficar acomodados, temos que partir de forma decidida e confiante, sem nos enfraquecermos diante das sombras que constantemente costumam pairar sobre nossas cabeças. Lembrar que existem sombras, mas também existem muitas luzes a iluminar nosso caminho. No mês de novembro o Movimento nos propõe o tradicional balanço anual. Queridos, a avaliação faz parte do nosso processo de conversão e evangelização, com ela temos a oportunidade de rever nossos progressos e nossos fracassos, CM 521

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nossos acertos e nossos erros. E com isso renovar a esperança e seguir em frente. De forma humilde, reconhecendo nossas fraquezas, lembrando sempre do que é essencial para nós, a busca da perfeição. E fazendo uma reflexão sobre os meios que estamos usando para alcançá-la. O Movimento nos dá muitas ferramentas eficazes, basta sabermos reconhecer a sua importância e sua necessidade em nossas vidas e que sem elas dificilmente conseguiremos alcançar nosso objetivo. Que Deus ilumine a todos e tenhamos um fecundo balanço. Abraço fraterno a todos.

Lú e Nelson CR Super-Região Brasil

Apresentação do

SCE da Carta Mensal

Sou Pe. Franciel Lopes da Silva, pertenço à Diocese de Uruaçu-GO e atualmente desenvolvo a missão de Formador no Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima – Brasília-DF. Comecei a acompanhar as ENS como SCE no ano de 2010. Desde então, acompanhei três equipes e fui Conselheiro Espiritual do Setor Uruaçu-Go. A partir de janeiro do ano passado assumi como SCE a Equipe 86 – Bom Conselho na Região Brasília IV. A convite do casal Débora e Marquinho, a partir de agora servirei ao Movimento como SCE da Carta Mensal. Compreendo essa missão como um chamado de Deus, Ele que sempre nos pede um serviço generoso e alegre vivenciando nossa vida como uma “missão de amor”. Deus sempre nos chama para os diversos serviços no Movimento das ENS, que estejamos atentos e disponíveis para Lhe responder com amor e confiança, certos de que Ele sempre nos acompanha. Pe. Franciel Lopes da Silva SCE - Carta Mensal 4

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Sendo Fiéis Quando nos dispusemos a participar do Movimento das ENS, aceitamos o Chamado para, em casal e na família, vivenciar nosso testemunho de fé, vida e verdade, através dos dons recebidos de Deus. Dons estes que não podem ser manipulados e sim, como missão a nós confiados, ser compartilhado na família e na sociedade, principais lugares em que convivemos. Este é o carisma que recebemos do Espírito Santo, para anunciar que o amor conjugal nos leva, em casal, até Deus, e o Movimento nos prepara para aprofundar essa compreensão, vivê-la e propô-la ao mundo. Essa verdade só será possível se, fiéis ao carisma de origem, buscarmos sempre o crescimento, mergulhando de corpo e alma nessa fonte de águas abundantes do Movimento, sempre nos lembrando de que nossa adesão nos convida a viver a lei do casal cristão, que é a caridade. Deus nos escolheu para que produzamos frutos em abundância e que eles permaneçam, especialmente no mundo em que vivemos hoje, um ambiente de falsos e inversos valores, contrariando sobremaneira tudo o que nos ensina o Mestre Jesus. Nessa caminhada, se às vezes nos sentirmos cansados, desanimados, imersos na rotina, lembremos sempre o que nos diz a Palavra de Deus: “Vocês que temem ao Senhor, confiem na misericórdia dele, e não se desviem para não caírem” (Eclo 2,7). Ou ainda: ”Ai de vocês que perderam a paciência! O que farão vocês quando o Senhor lhes pedir contas?” (Eclo 2,14). Não devemos nunca desviar do chamado, mas buscando ser sempre fiéis à vocação recebida, disponibilizando-nos, colocando-nos em marcha, como protagonistas e não como mornos espectadores! Padre Caffarel em um dos seus textos nos convida a adotar o “Vem e Segue-me” de Cristo, saindo de nós mesmos, em busca de um bem maior, com autêntica disponibilidade e não como portador de um entusiasmo passageiro. Através da oração humilde e sincera, a força do Espírito Santo com CM 521

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certeza fará com que saiamos da inércia, da mediocridade, do comodismo, impulsionando-nos amar mais, a doar-se, a promover aqueles que se encontram necessitados à beira do caminho! Que através do exercício e da vivência do PCE “Regra de Vida” possamos, apesar de nossas limitações e dificuldades, nos conscientizar da necessidade de continuarmos progredindo. Com certeza, as linhas de ação e reflexão da Carta do Encontro de Fátima 2018 nos fortalecerão e continuarão a nos orientar em nossa caminhada de sermos sempre fiéis a Jesus Cristo e ao Movimento, na missão de sal da terra e luz do mundo! Lenice e José Carlos CRP Sul II

Comemoração de todos os fiéis defuntos A comemoração dos fiéis falecidos, a 2 de novembro, teve origem no mosteiro beneditino de Cluny, através do abade Santo Odilon em 998. Em toda parte, já se celebrava a festa de todos os santos e o dia seguinte era dedicado à memória dos fiéis falecidos. Mas o fato de que milhares de mosteiros beneditinos dependessem de Cluny favoreceu a ampla difusão da comemoração em muitas partes da Europa setentrional. Depois também em Roma, em 1211, foi sancionada oficialmente a memória dos falecidos. O Papa Bento XV, no tempo da Primeira Guerra Mundial, concedeu a todos os sacerdotes a fa6

culdade de celebrar “três missas” neste dia. Nos ritos fúnebres para seus filhos, celebra a Igreja com fé o Mistério pascal, na firme esperança de que os que se tornaram, pelo batismo, membros de Cristo morto e ressuscitado, passem com ele através da morte à vida. Em nossa vida nunca temos o suficiente; vivemos voltados para um contínuo “amanhã”, do qual esperamos sempre “mais”: mais amor, mais felicidade, mais bem-estar. Vivemos impelidos pela esperança. Mas no fundo dessa nossa dinâmica de vida e esperança se oculta, sempre à espreita, o pensamento da morte; um pensamento ao qual não nos habituamos e que CM 521


queremos expulsar. No entanto, a morte é a companheira de toda nossa existência. Despedidas e doenças, dores e desilusões são dela sinais a nos advertir. A morte permanece para o homem um mistério profundo. Mas, para o cristão, a morte não é o resultado de uma luta trágica que se deva afrontar com frieza e cinismo. Não é um momento no fim do seu caminho terreno, um ponto isolado do resto da vida. A vida terrena é preparação para a do céu, nela estamos como criancinhas no seio materno: nossa vida na terra é um período de formação, de luta, de primeiras opções. Ao morrer, o homem se encontrará diante de tudo o que constitui o objeto das suas aspirações mais profundas: encontrar-se diante de Cristo e será a opção definitiva, construída por todas as opções parciais desta terra. Cristo espera eternaCM 521

mente com os braços abertos todos os homens. A oração pelos mortos é uma tradição da Igreja. De fato, subsiste no homem, também quando morre em estado de graça, muita imperfeição, muita coisa a ser mudada, purificada do antigo egoísmo. Tudo isso acontece na morte. Morrer significa morrer também ao mal. É o batismo de morte com Cristo, no qual encontra acabamento o batismo de água. Esta oração constitui, também, manifestação fraterna da nossa solicitude cristã pelos que morreram, e do nosso reconhecimento. O sacrifício de Cristo, que obtém a salvação, abre a eles e a nós a vida eterna. Pe. Gilmar Antônio Fernandes Margotto SCE Província Sul II 7


A CAUSA DE CANONIZAÇÃO DO

PADRE CAFFAREL A questão da canonização

te, sobre o culto antigo de um servo de Deus, para o qual se pede a canonização”.

Muitas vezes é colocada a questão da correta denominação da causa para a declaração da santidade da vida do Padre Caffarel. A título de informação e com o intuito de se uniformizar o seu uso, há de se observar o seguinte.

Por vezes, as causas dos santos são designadas por “causa de canonização” ou por “causa de beatificação e canonização”, sabendo que a primeira manifesta o pedido final que se faz (a declaração de santidade da vida de um servo de Deus), e sendo a beatificação apenas uma etapa do processo a qual, uma vez superada, ficará no passado do processo, a causa continuando com a perseguição da canonização. Porém, parece mais simples e didático usar apenas a denominação de “causa de canonização” e referir-se à beatificação, enquanto necessário na fase processual, como uma fase da causa de canonização, como de fato é.

O Código Canônico de 1983 definiu que as causas dos santos seriam regidas por lei específica, dando a estas causas a denominação de “causas de canonização”. Além disto, no primeiro parágrafo da Constituição Apostólica Divinus Perfectionis Magister, igualmente de 1983, estabelece-se: “Aos Bispos diocesanos ou às autoridades eclesiásticas que a eles são equiparadas pelo Direito, compete o direito de investigar sobre a vida, as virtudes, o martírio e a fama de santidade ou de martírio, sobre os possíveis milagres e, eventualmen8

Além disto, os Estatutos da Associação dos Amigos do Padre Caffarel CM 521


definem no Artigo 2 claramente como objeto da associação: “Esta associação tem por objeto implementar e facilitar, por todos os meios adequados, a promoção da causa de canonização do Padre Henri Caffarel e ser o autor do processo iniciado para esta finalidade até o fim desse processo”.

- As Equipes de Nossa Senhora, nascidas em 1939, atualmente com aproximadamente 150.000 membros, distribuídos por 92 países;

Por que pedir a canonização do Padre Caffarel?

- Os intercessores, pessoas que rezam, jejuam e oferecem a sua vida quotidiana;

Convém lembrar que o pedido de canonização do Padre Caffarel se deu no Brasil a partir de uma solicitação de vários equipistas. Para a materialização deste desejo, foi constituída, em 2005, a Associação “Les Amis du Père Caffarel” com a finalidade de levar adiante o seu processo. Algumas das razões: - Ele é um profeta do seu tempo, tendo mostrado a dignidade e beleza da vocação de cada um e o chamado universal para a busca da santidade;

- A Fraternidade Nossa Senhora da Ressurreição, nascida em 1943; - Esperança e Vida: movimento espiritual de viúvas;

- Centros de Preparação para o Matrimônio, surgidos após grande incentivo do Padre Caffarel; - Casa de Oração de Troussures, local onde dedicou seus últimos anos de vida; - Vários escritos (livros e revistas), alguns dos quais foram subsídios relevantes para as discussões e formulação de documentos no período do Concílio Vaticano II e depois.

- Ele tornou os esposos entusiastas da grandeza do Sacramento do Matrimônio; - Ele mostrou que sacerdotes e casais são chamados, lado a lado, a viver a vocação para o amor; - Ele conduziu muitos fiéis pelo caminho da oração.

A ele podem ser atribuídas várias obras cheias de vida, como: CM 521

Afra e Beto CR Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil 9


A Eclesiologia do PADRE Caffarel em relação ao Matrimônio “O matrimônio é um caminho de santidade” Todos nós, equipistas, precisamos reler periodicamente – e com grande atenção – os escritos do Pe. Caffarel, seja pela atualidade de sua mensagem, seja pela clareza de suas reflexões, notadamente sobre a sacramentalidade do matrimônio. Talvez poucos saibam, ou se recordam, mas o Pe. Caffarel participou ativamente do Concílio Ecumênico Vaticano II. Em 1959/60, é nomeado pelo papa João XXIII consultor da Comissão Pontifícia para o Apostolado dos Leigos, preparatória para o Concílio, e apresenta um relatório pré-conciliar denominado “O casamento cristão na Igreja do século XX”. Em 1961, escreve um novo relatório para o Concílio, sob o título “A missão apostólica do casal e da família”. As reflexões e a experiência de trabalho pastoral com casais e famílias, especialmente nas ENS, levadas pelo Pe. Caffarel ao Concílio, foram muito importantes – e mesmo decisivas – para o desenvolvimento da doutrina sobre a dignidade do matrimônio e da família, aprofundando sua compreensão cristã e humana, como podemos ver na Constituição Pastoral Gaudium et Spes (nº 47-52). Pe. Caffarel chama a atenção, em seus escritos anteriores ao Concílio, para uma maior solicitude da Igreja para com o matrimônio e a família, e para a necessidade de resguardar o casal cristão em face dos tantos problemas e deformações que estavam ocorrendo na época. Assinala ainda a necessidade de um maior esforço pastoral da Igreja (pedia uma pastoral renovada do matrimônio e da família) e de um aprofundamento sobre o matrimônio e a família, como também chama a atenção para a necessidade da Igreja ser educadora espiritual dos casais católicos. Não cabe, na limitada extensão deste texto, um aprofundamento sobre a eclesiologia do Pe. Caffarel em relação ao matrimônio. Mas deve-se registrar duas grandes contribuições do Pe. Caffarel 10

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incorporadas em documentos conciliares: a santidade do matrimônio e da família, e a sacramentalidade do matrimônio. Por eclesiologia entende-se a forma teológica de compreensão da vida da Igreja, à luz da fé, buscando realizar sua própria vocação e missão. Neste contexto, o Pe. Caffarel afirma que o Movimento das ENS deseja ser um serviço para a santidade do matrimônio e uma reparação dos pecados que se cometem contra ele. Assim, as reflexões – de antes e de depois do Concílio Vaticano II – do Pe. Caffarel sobre a sacramentalidade do matrimônio colocam-se no contexto da mudança eclesiológica dos sacramentos da Igreja, incorporada em grandes constituições conciliares. Lendo ou estudando tais documentos, ou apenas o que foi escrito por Pe. Caffarel, verificamos que o Concílio reformulou a doutrina do matrimônio e da família em perspectiva cristológica, dando assim à família um status propriamente eclesial (de Igreja doméstica). Depois do Concílio, a sacramentalidade do matrimônio passa a se fundamentar na sacramentalidade da Igreja, baseada na relação esponsal entre Cristo e a Igreja, da qual fala São Paulo na Epístola aos Efésios, para respaldar o valor sacramental do amor conjugal entre um homem e uma mulher. Em síntese, o matrimônio cristão representa uma autêntica participação dos cônjuges no próprio amor de Cristo pela Igreja, como demonstra a seguinte passagem da Gaudium et Spes: “O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino, e é guiado e enriquecido pelo poder redentor de Cristo e pela ação salvífica da Igreja”. Por isso, como afirma a Lumen Gentium, outro documento conciliar, “os cônjuges cristãos, pela virtude do matrimônio, pelo qual significam e participam do mistério de unidade e fecundo CM 521

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amor entre Cristo e a Igreja, ajudam-se a santificar-se um ao outro na vida conjugal”. Todas estas são reflexões aprofundadas pelo Pe. Caffarel, e que mostram a coerência com a nova e atualizada doutrina conciliar sobre o matrimônio. Diz Pe. Caffarel: “Os dois em um, que são o homem e a mulher casados, evocam também os dois em um único Corpo Místico, que são o Cristo e a Igreja. A aliança do homem e da mulher é, ou deveria ser, a imagem, a ‘epifania’ da união de Cristo e da Igreja”. Uma citação importante: “A união homem-mulher é ligada organicamente à união Cristo-Igreja: ela participa de sua natureza, de sua vida, de seu caráter de mistério. Ela é levada, impregnada, irrigada, transfigurada por esta união grandiosa de Cristo e da Igreja”. Por isso, na oração pela beatificação do servo de Deus Henri Caffarel, rezamos: “Ele tornou os esposos entusiastas da grandeza do sacramento do Matrimônio, que significa o mistério de unidade e de amor fecundo entre Cristo e a Igreja”. Esta eclesiologia do Pe. Caffarel em relação à sacramentalidade do Matrimônio podemos ver claramente na Exortação Apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco, quando afirma que “o matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós” e que Deus faz dos dois esposos uma só existência, a exemplo da Santíssima Trindade (nº 121). Por isso, o casal vive uma espiritualidade própria, pois é uma espiritualidade do vínculo habitado pelo amor divino (nº 315). Pe. Caffarel sempre insiste, em seus escritos, dizendo que os casais santos são sinais de vitalidade e de santidade da família e da Igreja. Por isso, anunciar o Evangelho do Casamento e da Família é a missão das ENS, pois elas nasceram para evangelizar os casais diante de seus sucessos e fragilidades. Sua missão é estimular o amor entre Cristo e a Igreja, na entrega total de sua vida, procurando transformá-la em caminho de plenitude à luz do Evangelho. Mariola e Elizeu Equipe 19 C Brasília I 12

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Henri Caffarel, o homem e sua missão 8. Henri Caffarel, Sacerdote. “Vem e segue-Me.”

Em 25 de janeiro de 1959 o Papa João XXIII convoca o Concílio Ecumênico Vaticano II e Padre Henri Caffarel não fica indiferente, envolve-se na preparação, sendo nomeado consultor da “Comissão Pontifícia para o Apostolado dos Leigos”. Irá dedicarse não só dentro desta comissão como junto aos bispos e ao povo cristão, apoiando-se nas Equipes de Nossa Senhora e em L‘Anneau d’Or. Mas, não só de grandes momentos Caffarel ocupa-se; também nos Recolhimentos insiste na perfeição do casal e na prática da Oração interior, foco de cuidados e editoriais. Fala das necessidades vitais para o organismo espiritual enumerando a Eucaristia, a Palavra de Deus e a Oração interior, que “salva da asfixia a nossa alma”. Pede aos responsáveis que dediquem pelo menos dez minutos diários à Oração interior. Além de pedir para orarem, quer iniciar os casais na Oração interior; detalha esta prática em revistas e editoriais. Lança a revista Cahiers sur l’Oraison, que além de orientações sobre Oração e comentários, questiona os assinantes para que não sejam passivos; periodicamente estes assinantes reúnem-se e esta linha de inspiração terá vida longa. Diante de graves situações Pe. Caffarel institui uma hora de oração interior noturna, uma vez por mês: um instinto espiritual como uma reação primeira para horas de dúvidas, para que se cumpra a vontade do Senhor. Esta oração que já fora instituída para os assinantes dos Cahiers sur l’Oraison é agora estendida a todos os movimentos que Caffarel organiza. Voluntários apresentamCM 521

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se no mundo todo e formam-se as “equipes noturnas” de oração, que irão se tornar os Vigilantes ou Intercessores, presentes em rede pelo mundo. As iniciativas de Pe. Caffarel circulam de um organismo fundado por ele para outro. Todos estes empreendimentos visam atenuar a crise do mundo moderno e remediá-la ao colocar Cristo no centro da vida cristã tanto dos indivíduos como dos casais e suscitar autênticos “buscadores de Deus”. Há ainda um ministério que Pe. Caffarel nunca deixou de exercer: o acompanhamento espiritual. Muitas foram as pessoas que recebia para guiá-las no caminho de Deus. Tinha grande respeito pela forma com que o Senhor conduz as almas e tinha extremo cuidado em não interferir na ação do Mestre interior, com apelo à fé, à responsabilidade e exigências e apontar a ternura de Deus nesta sua paternidade espiritual. Em 1966 Pe. Caffarel pergunta o que poderia ainda fazer para que a Oração interior, esta necessidade interior, fosse levada mais a sério pelos cristãos. Ele já a introduzira como “obrigação” para os responsáveis das equipes; publicou um número especial de L’Anneau d’Or, lançou os Cahiers sur l’Oraison, sonha porém com um ensinamento direto e vivo. E um presente de Deus chega com o apelo: a casa de Troussures fica sem seu diretor espiritual, que por décadas apresentara-se como um lugar especial de espiritualidade. Caffarel hesitou muito para aceitar este convite, refletiu sobre a grande responsabilidade desta herança espiritual. Finalmente aceitou para ali fazer uma “Casa de Oração”; não uma casa de retiro ou de repouso, mas uma ilha de silêncio, a 75 km de Paris, como uma moradia para aqueles que Deus chama a encontrá-lo na solidão durante alguns dias. Este novo empreendimento terá até o fim de sua vida um grande sucesso e deslocará progressivamente o foco de seu interesse. Foi no início desta atividade, em 1967, que L’Anneau d’Or deixou de circular. Com os tempos mudando, a revolução sexual, a publicação da encíclica Humanae Vitae, em 1968, antigos colaboradores adoecendo ou morrendo, Pe. Caffarel apressa-se em preparar sua saída das Equipes de Nossa Senhora. Acompanha a Peregrinação do Grupo de Viúvas a Lourdes, em 1967, a Peregrinação das Equipes de Nossa Senhora a Roma e Assis, em maio de 1970, e entusiasmase com o discurso de Paulo VI às ENS, que apressa-se em divulgar; vem ao Brasil em setembro de 1972, e deixa o Movimento das Equipes de Nossa Senhora em 1973, com um discurso que parece um “testamento”, ainda entusiasmado pelas ENS estarem na “linha 14

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de frente” para difundirem a “Boa Nova sobre o amor humano”, proclamada por Paulo VI. Em Troussures, Pe. Caffarel não se cansa de conduzir os cristãos para a oração silenciosa; mantem as Semanas de Oração, os Cahiers sur l’Oraison, que param de circular, e em 1989 cria uma “escola de oração” em Paris e o Curso de Oração por correspondência. A “Família dos Vigilantes” não se dissolve e seus membros permanecem mais unidos ainda. Troussures é sua casa e tornase o que Caffarel sonhou: um Centro Internacional de Oração, um centro de pesquisa e escola de oração. Ainda ativo, escreve livros, um após o anterior terminar; faz revisão do inquérito sobre sexualidade que propusera às ENS em 1970. Pe. Caffarel sempre expressou sua sede do Deus vivo e era obsessivo em transmití-la. Sua preocupação permanente foi ajudar as pessoas a realizar este “encontro” que ele tinha feito e que transformara sua vida e fez isso com paixão e criatividade incansáveis. Morreu em 1996, com simplicidade, em oração, com fiéis amigos gratos por sua força interior e Na lápide de seu túmulo, visão profética iluminada três datas: seu batismo, sua ordenação, por seu amor a Cristo. sua morte.

Em seu túmulo, no pequeno cemitério de Troussures, datas marcam com austeridade os momentos marcantes de sua vida: Henri Caffarel, Sacerdote. “Vem e segue-me”. 2.VIII.1903 / 19.IV.1930 / 18.XI.1996. As datas de seu batismo, ordenação e morte. Fonte: “Henri Caffarel. Um homem arrebatado por Deus”, Jean Allemand. Tradução de Gerard F. Duchêne e Monique Duchêne – ENS 1997.

Paulo José (da Yara) / Salma e Paulo Eq. 01B - N. S. da Esperança São José dos Campos-SP CM 521

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O ROSÁRIO

Mistério de Cristo, “Mistério” do homem

MISTÉRIOS LUMINOSOS 1º MISTÉRIO LUMINOSO – O Batismo de Jesus no rio Jordão Pelo batismo nos tornamos irmãos de Jesus, portanto pertencente à família de Jesus. Antes de sair em missão Jesus foi batizado por João Batista. O batismo nos envia em missão. Acreditamos que rezar é uma missão muito importante, portanto neste mês de novembro vamos rezar por todos os nossos irmãos que já foram ao encontro de Jesus e também a todos os fiéis defuntos. A Igreja Católica nos ensina que, aos mortos que devem ser purificados, muito ajudam os sufrágios, preces e sacrifícios dos irmãos vivos, visto o imenso tesouro da chamada “comunhão dos santos” (Antônio Afonso de Miranda, sdn. Bispo Emérito de Taubaté-SP). Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... 2º MISTÉRIO LUMINOSO – Autorrevelação de Jesus nas Bodas de Caná Jesus transforma água em vinho. O vinho trouxe a alegria da família que estava preocupada. Atualmente temos grande preocupação com o nosso Brasil. Neste mês, vamos rezar por nossos governantes. Que a paz reine no coração sofrido do nosso povo e seus direitos por uma vida digna sejam respeitados. Jesus tem a capacidade de transformar o mundo. Rezemos pelo Brasil. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... 3º MISTÉRIO LUMINOSO – Jesus anuncia o Reino de Deus e o convite à conversão Jesus na sua vida pública anuncia o Reino de Deus a todos os povos e os convida à conversão. A fé em Jesus nos convoca à missão de anunciar a “Boa Nova” da esperança e da alegria. Jesus enviou os apóstolos dois a dois para anunciar o Reino de Deus e levar a paz. “A paz esteja 16

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nesta casa” (Lc10,5). Neste mistério vamos pedir pela paz no Brasil para que nos livre da violência e possa trazer maior segurança a todos. Vamos pedir pela paz no mundo. Nossa Senhora de Fátima pede a todos que rezem o terço diariamente, pela conversão dos pecadores e pela Paz. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... 4º MISTÉRIO LUMINOSO – Transfiguração de Jesus A montanha é o local preferido de Jesus para orar no silêncio de sua alma. Acompanhado de Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte Tabor, onde ocorreu a transfiguração. Apareceram Elias e Moisés e conversaram com Jesus (Mt 17,1-8, Mc 9,2-8 e Lc 9,28-36). Elias representa os Profetas e Moisés a Lei que são a base da doutrina. Jesus emitiu uma luz tão forte que os apóstolos ficaram ofuscados com a sensação de bem-estar. Com a força do Espírito Santo vamos pedir que Jesus possa nos ajudar a ser pessoas que transmitam a alegria, o amor e a paz. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... 5º MISTÉRIO LUMINOSO – A instituição da Eucaristia A Eucaristia é o centro da vida da Igreja. Jesus se dá como alimento para nos fortalecer espiritualmente. Jesus em sua misericórdia entra em comunhão conosco e o nosso coração se torna sacrário vivo. A comunhão nos aproxima de Jesus e fortalece a nossa fé. Como disse o Papa Francisco em uma de suas audiências, “a vida cristã deve ser uma vida que deve florescer nas obras de caridade, no fazer o bem”, e que se não temos raízes, “não poderemos florescer”, e Jesus é a raiz. “Se não tens Jesus na raiz, ali, não florescerás. Se tu não regas a tua vida com a oração e os sacramentos, haverá flores cristãs?” Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... Reza-se o Agradecimento; Salve Rainha. Sinal da Cruz. Sônia e Eiyti Casal Intercessor Nacional Super-Região Brasil CM 521

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igreja católica

Ano do Laicato

A missão dos fiéis leigos II Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (Medellín, 1968)

Caríssimos equipistas, por meio deste artigo, vamos continuar o nosso estudo sobre a importância da missão laical na Igreja e no mundo A II Conferência de Medellín foi convocada pelo Papa Paulo VI, para aplicar os ensinamentos do Concílio Vaticano II às necessidades da Igreja presente na América Latina. Medellín apresentou-se como uma recepção do Concílio Vaticano II, na América Latina. O tema da IIª Conferência foi: A Igreja na presente transformação da América Latina, à luz do Concílio Vaticano II. A Conferência de Medellín proporcionou, pela primeira vez, a visita do Papa na América Latina, pois a abertura da Conferência foi feita por ele mesmo. A temática acerca dos fiéis leigos abordada na II Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, ocupa uma das partes integrantes dos seus três principais temas, intitulados: Movimentos laicais, subdivididos em três pontos: 1) Constatações; 2) Critérios teológico-pastorais; 3) Recomendações pastorais. “Não é possível desconhecer os valiosos serviços que prestaram e 18

continuam prestando, com renovado vigor, os movimentos leigos à promoção cristã do homem latino-americano. Sua presença em muitos ambientes, apesar dos obstáculos e das dolorosas crises de crescimento, é cada vez mais efetiva e notória. Por outro lado, na elaboração de muitas renovações acolhidas e confirmadas pelo Vaticano II, não se pode deixar de ver o trabalho e a reflexão de muitas gerações de militantes cristãos”. (Documentos do CELAM), Conclusões das Conferências do Rio de Janeiro, Medellín, Puebla e Santo Domingo, n. 10). Em se tratando do segundo ponto sobre os Critérios teológico-pastorais, a II Conferência de Medellín retoma as definições conciliares sobre os fiéis leigos, de particular modo (LG 31-33 e GS 21.39.43), reafirmando que “o que tipifica o papel do leigo é seu compromisso com o mundo, entendido como quadro de solidariedade humana, como trama dos acontecimentos e fatos significativos, em uma palavra, como história”. O Documento CM 521


Conclusivo de Medellín, retomando a Carta Encíclica Populorum Progressio do Papa Paulo VI, reafirma o valor especial da missão laical nos países em processo de desenvolvimento, atribuindo aos leigos aquilo que lhes é próprio, isto é, a renovação da ordem temporal. Dado que à hierarquia cabe ensinar e interpretar, de modo autêntico, os princípios magisteriais, compete aos leigos imbuir de espírito cristão a mentalidade e os costumes, as leis e as estruturas da sua comunidade onde vivem, pois, para que haja mudanças intensas na realidade social, são necessários empenhos e grandes esforços a fim que se estabeleçam a justiça e o bem comum. O Documento da II Conferência, ainda sobre o tema Critérios teológicos-pastorais, deixa claro que a motivação iluminadora da ação temporal dos leigos encontra-se fundamentada na consciência da fé, que age pela caridade, que dá sentido incondicional aos valores, que se baseiam na dignidade humana e na comunhão fraterna. Quanto ao terceiro ponto Recomendações pastorais, a Conferência de Medellín apresenta seis diretrizes práticas a serem aplicadas na Igreja da América Latina: 1. A urgência, em se criar movimentos leigos nas estruturas funcionais, principalmente nos lugares onde se organiza e se delibera o processo de libertação e humanização da sociedade a que pertencem, capacitando-os por meio de uma sólida formação escriturística e magisterial, com uma estrutura apropriada e uma pedagogia CM 521

baseada no discernimento dos sinais dos tempos, no núcleo dos fatos; 2. Os fiéis leigos devem se comprometer a nível cristão nos movimentos e organismos internacionais com a finalidade de promover de um lado o progresso dos países pobres e suscitar a justiça social entre as nações subdesenvolvidas distinguindo a crescente interdependência entre as nações e o peso das estruturas internacionais de dominação, que impedem o progresso e o desenvolvimento dos países pobres; 3. Preservar os movimentos dos fiéis leigos já existentes; 4. A estreita colaboração entre os fiéis e a hierarquia; 5. Deve se incentivar a espiritualidade própria dos leigos, sob a ótica do compromisso com o mundo, proporcionando-lhes a busca de Deus e o serviço aos irmãos; 6. Apoiar e estimular os movimentos internacionais de apostolado laical, para que favoreçam e edifiquem o apostolado latino-americano, sobre o aspecto específico da problemática social.

Prof. Dr. Pe. Orivaldo Pereira Filho SCER Região SP Oeste II Província Sul II Oriper@yahoo.com.br 19


Palavra do Papa Entre os dias 21 e 26 de agosto aconteceu o

IX Encontro Mundial das Famílias em Dublin, capital da Irlanda Na noite de 25 de agosto houve o encontro do Papa com 80 mil pessoas no Croke Park Stadium. O Santo Padre iniciou sua fala dando boas-vindas aos participantes depois de desfilar por todo o estádio: Obrigado pelas vossas calorosas boas-vindas. É bom estar aqui! É bom celebrar, porque nos torna mais humanos e mais cristãos. Também nos ajuda a partilhar a alegria de saber que Jesus nos ama, acompanha no percurso da vida e, cada dia, nos atrai para mais perto de Si. Já no início conclamou as famílias a batizarem seus filhos A Igreja é a família dos filhos de Deus; uma família, onde se regozija com

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aqueles que estão na alegria e se chora com aqueles que estão na tribulação ou se sentem desanimados com a vida. Uma família onde se cuida de cada um, porque Deus nosso Pai nos fez, a todos, seus filhos no Batismo. Por isso mesmo, continuo a encorajar os pais a levar ao Batismo os filhos logo que possível, para que se tornem parte da grande família de Deus. É preciso convidar cada um para a festa! E continuou falando sobre a importância e a vocação da família no projeto de Deus, vós, queridas famílias, sois a grande maioria do povo de Deus. Que fisionomia teria a Igreja sem vós? Foi para nos ajudar a reconhecer a

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beleza e a importância da família, com as suas luzes e sombras, que escrevi a Exortação Amoris Laetitia sobre a alegria do amor, e quis que o tema deste Encontro Mundial das Famílias fosse O Evangelho da família, alegria para o mundo. Deus quer que cada família seja um farol que irradia a alegria do seu amor pelo mundo. Que significa isto? Significa que nós, depois de ter encontrado o amor de Deus que salva, procuramos, com palavras ou sem elas, manifestá-lo através de pequenos gestos de bondade na vida rotineira de cada dia e nos momentos mais simples da jornada. Isto quer dizer santidade. Gosto de falar dos

santos ao pé da porta, de todas aquelas pessoas comuns que refletem a presença de Deus na vida e na história do mundo. A vocação ao amor e à santidade não é algo reservado para poucos privilegiados. O chamado do Papa as famílias à santidade nos ligam novamente ao Pe. Caffarel quando ele nos diz que os cristãos casados, da mesma forma que os monges, são chamados à santidade... pois que é possível santificar-se no estado do matrimônio e pelo estado do matrimônio e ainda nos mostrou o caminho, nas rotas da santidade, o Senhor nos deu dois meios: o amor e a abnegação.

Cultura do Descartável Escolha de vida: Papa Francisco através da cultura do descartável, Cardeal Luis Antônio Tagle, Arcebispo de Manila no Encontro Mundial das Famílias O Cardeal Tagle abordou a cultura do descartável do ponto de vista do Papa Francisco. Segundo o Cardeal os planos obsoletos existem quando saem de moda, quando os novos são introduzidos. Quando os novos são vendidos não somente por ser novo mas por ser uma inovação que fará as pessoas se sentirem satisfeitas com o novo, mesmo se o que possuem atualmente ainda funciona e os satisfaz. Quando isso acontece o produto penetra na cultura. Muitos pensam que tudo que existe é obsoleto para incentivar o consumo,

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aumentando a quantidade de lixo e coisas descartáveis. Isso é a cultura do descartável. Pertencemos ao grupo das pessoas que pensam que o descartável é importante para a nossa vida? Agora entendemos que o Papa pensa, se há algo descartável é essa cultura. As pessoas vêm o efeito disso na deterioração de nossa casa comum, na linda criação do Pai. Papa Francisco na Laudato Sy, insiste na ecologia integrada misturada com a ecologia ambiental com a ecologia humana. A cultura do descartável acaba sendo também adotada no relacionamento entre as pessoas, pessoas com data de validade que podem ser descartadas. A cultura do descartável transforma as pessoas em vítimas começando com a família. Com a Laudato Sy e Amoris Laetitia, temos que redescobrir a importância da pessoa, essa é uma contribuição do cristianismo. Vocês são pais, pois possuem uma relação com os filhos, assim como os maridos possuem relações com as esposas. Estamos conectados um ao outro, o individualismo nos afasta das conexões. A cultura do descartável impacta na vida familiar quando olhamos o outro como um objeto que tem um valor para mim e não com humanidade. Se nada me tem valor não me serve, é descartável. Se vejo alguém mais proveitoso ou com mais vantagens de que o antigo e torço pelo novo, damos um valor de mercado para as pessoas. Os órfãos, criminosos, traficados, os que cometeram erros nos negócios, refugiados, discriminados, são descartados somente porque não são úteis. Papa Francisco nos convida para uma conversão pessoal de coração, em direção a Jesus Cristo e o melhor local para isso é a família, globalizar os pequenos passos, o senso de contribuição e gratidão. As pessoas não são descartáveis, são criação de Deus. Nós somos a família de Cristo a supostamente acolhedores com as pessoas para que não se tornem descartáveis, para que acreditem que pertencem a nós. Cristiane e Brito Eq. N. S. Auxiliadora São José dos Campos-SP

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vida no movimento COLEGIADO NACIONAL 2018 31 de agosto, 1 e 2 de setembro Itaici-SP Nos dias 31 de agosto, 1 e 2 de setembro, em Itaici/SP, realizou-se o Encontro do Colégio Nacional das Equipes de Nossa Senhora, que reúne a Super Região-Brasil, Casais Responsáveis Regionais de todo o país e seus respectivos Conselheiros Espirituais para apresentar as diretrizes e orientações do Movimento para o ano de 2019.

O ENCONTRO Na sexta-feira, após a acolhida fraterna dos participantes, o primeiro momento em comum foi a refeição, tomada com alegria e simplicidade de coração. Durante a Celebração Eucarística, aconteceu a cerimônia de posse do novo Casal Responsável pela SRB, CRP, CRR e casais de apoio. Ao final, Hermelinda e Arturo e os demais casais que compunham a SRB receberam todo o carinho, gratidão e reconhecimento pela dedicação e amor com que serviram o Movimento. Por sua vez, os empossados receberam apoio e incentivo pelo acolhimento da missão. No sábado, como a oração é um elemento essencial da vida das equipes, foi com a Santa Missa que iniciamos o dia. Em seguida, desfrutamos do café da manhã e, logo após, seguiu-se a programação intensa, mas muito rica, onde efetivamente fomos animados para o exercício da responsabilidade. A apresentação da equipe da SRB foi precedida de uma encenação alusiva CM 521

ao “Milagre do Sol”, ocorrido em 13 de outubro de 2017, na cova da Iria. Os casais entraram em procissão, ao som de uma música suave, portando guarda-chuvas e velas. Ao centro, surgiu a imagem de Nossa Senhora de Fátima, iluminando, “dando cor” e esperança aos corações. E eis que o sol “dançou no céu para que todos acreditassem”. A representação desse episódio nos possibilitou reviver as emoções e sentimentos emanados do XII Encontro Internacional. Dando sequência à programação, seguiram-se apresentações sobre o Tema de Estudo, as Orientações para 2019, a Carta de Fátima e um flash sobre o Encontro das Famílias 2018. Após a pausa para o almoço tivemos a primeira reunião de grupo, um “plenário”, onde pudemos sanar algumas dúvidas, uma apresentação sobre o Sínodo da Amazônia, um momento de oração, a Reunião por Província e uma agradável “convivência”, para finalizar os trabalhos do dia. O domingo também foi aberto com a Celebração Eucarística. Retornamos ao auditório após o café, onde tivemos uma palestra e um belíssimo testemunho sobre a Regra de Vida. Em seguida, seguimos para a segunda reunião de grupo e, posteriormente, novo plenário. Em todas as atividades do Encontro do Colégio Nacional, vivenciamos fortemente a mística do nosso Movimento: reunidos em nome de Cristo, ajuda mútua e testemunho. Então, fortalecidos 23


pela experiência vivida nestes dias, fomos enviados ao mundo, com a missão de transmitir o Amor a todos aqueles que encontrarmos pelo caminho. Que o Se-

nhor nos ajude a cumprir com fidelidade e alegria esse preceito! CRR Michelle e Willian Província Leste - Região Minas V

Posse do novo Casal Provincial, Casais Regionais e SCE

CRP - CENTRO-OESTE Pe. José Oslei - Meire e Gilson

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CRR - NORDESTE I - Ceará II Pe. Anderson - Paola e Gustavo

CRR - NORDESTE II - Bahia Frei Mário - Deniz e Jorge

CRR - LESTE - Rio III Pe. Adriano - Luzia e Berg

CRR - LESTE - Rio IV Pe. Ricardo - Maria Clara e Garuba CM 521


CRR - LESTE - Rio V Pe. Renato - Tania e Jorge

CRR - CENTRO-OESTE - Goiás Sul Pe. Edson - Ana Paula e Cláudio

CRR - CENTRO-OESTE - Goiás Sudoeste Pe. Jaumo - Lena e Alex

CRR - SUL I - Capital III Pe. Odacir - Christina e Toninho

CRR - SUL I - Rio Claro Pe. Maurício - Paula e Luiz Fernando

CRR - SUL I - Jundiaí Pe. Julio - Erica e Wilson

CRR - SUL II - SP-Leste Pe. Sérgio - Cecília e Emílio

CRR - SUL III - Santa Catarina I Pe. José Aires - Adriana e Giovanni

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PROVÍN CI A

NO RDE S TE I

EEM

Uma grata surpresa! Assim definimos nosso Encontro de Equipes em Movimento que aconteceu em Fortaleza, dias 15 e 16 de setembro! Após 10 anos de equipe não esperávamos que algo novo surgisse e nos edificasse de forma tão consistente. Diríamos que fizemos uma interequipe, mutirão e balanço, tudo ao mesmo tempo, e ainda assim parecia algo novo. O grande diferencial foi o momento de reflexão que a equipe viveu nos grupos de equipe de base e também de equipes mistas, pois sendo um encontro para equipes com uma caminhada mais madura, as questões foram próprias da etapa de vida da equipe, e isso favoreceu sobremaneira o aprendizado. As discussões foram mais profundas, as partilhas enriquecedoras, os casais já mais experientes no serviço, as relações matrimoniais mais consistentes, sentimo-nos no mesmo barco, no mesmo momento de vida e isso muito nos engrandeceu. Apesar de nossos 26 anos de casamento, fomos enriquecidos com o testemunho dos outros e saímos confiantes que estamos trilhando nosso caminho na direção certa. Vimo-nos abraçados pela equipe organizadora, sentimos a presença de Deus em todo o encontro e não foram poucos os testemunhos de chegarmos exaustos a “mais um compromisso” e saímos renovados, restaurados pelas mãos do Senhor. Ousaríamos dizer que foi um dos melhores encontros que já fizemos, sem dúvida pela sinergia que havia entre os casais, na caminhada, na partilha das experiências comuns, própria dos anos de caminhada em equipe. Aline e Emanuel Eq. 10 - Setor E Região CE II 26

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PROVÍN CIA

NOR DES TE I I

Projeto Crescer no Amor Região Alagoas

Vimos com bastante alegria o desenvolvimento do Projeto Crescer no Amor em nossa Região Alagoas, fruto da união dos Setores A e B de Arapiraca e Setor Tapera, que com a luz do Espírito Santo abraçaram esta causa. Como resultado deste esforço, em pouco mais de um ano, testemunhamos nascer a união de 81 novos sacramentos matrimoniais, pois como é dever, “(...) as Equipes de Nossa Senhora se lançam no campo específico de sua vocação: ajudar os casais a caminhar para a santidade (...)”. (Projeto Crescer no Amor, Super-Região Brasil, p. 4, 2017). Deste modo os SCE, Casais Setores e coordenadores do Setor A - Arapiraca continuam a desenvolver este projeto no Povoado Canaã, na Paróquia Santo Antônio de Pádua, sob coordenação do SCE do Setor Pe. Alexandre, tendo sido realizado no dia 21/8/2018 o primeiro encontro para informar a respeito do Projeto. Deste convite foram formados 3 grupos sendo composto cada um com 7, 8 e 9 casais, totalizando 24 casais. No dia 27/8/2018 ocorreram duas reuniões com todos os presentes. “Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento” (Lucas 20,34). É nesta consonância entre as ENS e a Igreja que a Região Alagoas continua a se desenvolver seguindo os objetivos gerais e específicos deste projeto. Louvamos e agradecemos a Deus. Giovânia e Jarison CR Região Alagoas CM 521

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PROVÍN CIA

CENTR O-OES TE

Encontro Novo Fôlego - Setor Edéia - Região Goiás Sul

Em 18 e 19 de agosto de 2018 aconteceu no Setor Edéia, Região Goiás Sul da Província Centro-Oeste, o Encontro Novo Fôlego, que teve a participação de 32 casais, das cidades de Edéia e Vicentinópolis-GO, além do CRR Goiás Sul e CRP. Quantas bênçãos e quanta alegria ao vermos todos estes casais, com longa história no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, revendo e avaliando sua caminhada, tomando novo fôlego para avançar rumo à santidade conjugal, ajudados pela Equipe Formadora que com muito carinho e amor se dedica a esta nobre missão. Agradecemos a Deus por essa oportunidade de estarmos juntos nesta caminhada. Que Nossa Senhora de todas as equipes nos abençoe. Leandra e Rogério CR Setor Edéia Vicentinópolis-GO 28

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PROVÍ NCI A

L ESTE

EEM

Encontro de Equipes em Movimento, Província Leste, Região Rio I, realizado nos dias 18 e 19 de agosto de 2018, na casa de Retiro Padre Anchieta – São Conrado – Rio de Janeiro, com a participação de 22 casais, Padre Geraldo, Padre Flávio Rocha SCER e Padre Ariovan. Testemunho de participação: “À medida que as palestras e as Equipes Mistas foram acontecendo, nos sentíamos cada mais vez envolvidos! Logo no primeiro grupo de Equipes Mistas, nos identificamos com os testemunhos dos demais casais. Parecia que já nos conhecíamos há longo tempo, pois comungávamos dos mesmos ideais de vocação matrimonial e familiar propostos pelas ENS. Ao longo do dia, os depoimentos de casais de outras equipes, bem como as excelentes palestras, foram muito enriquecedores, nos mostrando a importância da nossa decisão de termos permanecido no Movimento das ENS. O nosso testemunho é o de que a participação neste Encontro foi extremamente positiva, não apenas para aumentar a nossa espiritualidade CM 521

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conjugal, mas, ainda, contribuiu para reacender e renovar o fôlego do nosso espírito “equipista”. Este Encontro também nos trouxe outra agradável surpresa: fui reconhecido por um filho da minha prima, também equipista, que não víamos há mais de 30 anos, em razão de termos vivido em cidades diferentes. Serviu para retomarmos o contato perdido. Muito bom! Por tudo isso, nosso obrigado a todos que, com seu trabalho, com seus testemunhos e em especial com sua Fé, colaboraram para a realização deste evento. Agradecemos a Deus, em especial, por ter nos dado esta bênção em aceitar o convite, pois saímos desse Encontro cheio de graças e iluminados pelo Espírito Santo. Liamara e Ayres Eq. 26 – Setor A

PROV Í NCI A

SUL I

Encontro de Equipes Novas

Nos dias 15 e 16 de setembro de 2018, na cidade de Rio Claro-SP, tivemos a oportunidade de participar do Encontro de Equipes Novas (EEN). Foi um final de semana de grande expectativa e aprendizado. 30

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Pudemos sentir a essência e o carisma desse Movimento, tudo foi organizado com muito amor e dedicação pela Equipe Formadora. Houve diversas palestras que nos proporcionaram a oportunidade de recapitular todo conhecimento adquirido ao longo da Pilotagem, fortalecendo assim o nosso compromisso como equipistas. Depois de cada palestra nos reuníamos em grupo, ocorrendo uma troca enriquecedora de experiências vividas pelos casais. Também assistimos um documentário, o qual relatou toda a história do Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil e no mundo, momento no qual sentimos a grandiosidade desse Movimento. Fomos agraciados nos dois dias do encontro pela presença do Sacerdote Conselheiro Espiritual Padre Flávio Cavalca de Castro, que com suas sábias palavras falou sobre o Carisma e a Mística do Movimento enfatizando a união do casal em amor a Cristo com a luz do Espírito Santo. Refletimos e vivenciamos os Pontos Concretos de Esforço, os quais tanto nos ajudam no fortalecimento dos laços conjugais e familiares, como também a progredirmos espiritualmente. A Celebração Eucarística foi um dos momentos marcantes para nós, com grande emoção firmamos o nosso Sim ao Movimento. Queríamos, primeiramente, agradecer a Deus pelo chamado para participar do Movimento, e a nossos amigos equipistas que com muito carinho têm nos ajudado em toda caminhada a cumprir com a nossa missão. Ana Paula e Silvio Ep. 05 - N. S. Aparecida Rio Claro-SP

PROVÍNCIA

SUL I I

FORMAÇÃO NÍVEL III No começo do ano ficamos sabendo que teríamos a Formação Nível III em nossa cidade. Aguardamos ansiosos pela confirmação da data. Aconteceu nos dias 2 e 3/6, no Colégio Marista, em Ribeirão Preto. Tivemos a graça de termos como formadores os casais CRSRB e o CP Sul II CM 521

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que nos transmitiram, com sabedoria e propriedade, os ensinamentos do nosso Movimento. Após tantos anos de caminhada vemos que ainda temos muito a aprender e a inserir em nossa vida. Contamos com a presença de 60 casais equipistas de nossa Região Nordeste/SP, que, nos momentos de reflexão, assimilávamos o que havia sido transmitido e trocávamos experiências. Todos saímos felizes e com a certeza de que sempre temos que estudar os documentos do nosso Movimento e ficarmos atentos para não estagnarmos. Os temas propostos na Formação foram muito bem apresentados, desde a história do Movimento, seu carisma, mística e espiritualidade, a ecclesia, até o espírito da responsabilidade no Movimento. Todos temos responsabilidades em nosso Movimento, devendo nos formar para melhor informar e principalmente para melhor vivermos como bons equipistas, buscando a santidade, encorajando outros casais nesta caminhada. Deus abençoe os casais equipista e suas famílias e Maria nos ensine a dizer sempre “SIM” a Deus. Célia e Lucas CR Setor - Ribeirão Preto C

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PROVÍ NCI A

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FORMAÇÃO SER MOVIMENTO

No final de semana de 15 a 16 de setembro tivemos a grata alegria de participar da Sessão de Formação “SER MOVIMENTO” (antiga SF III) no Setor de Bandeirantes na Região PR Norte realizada no Santuário São Miguel Arcanjo. Para nossa felicidade foi a primeira Formação que lá foi realizada. Registramos o carinho da acolhida, a dedicação e o zelo na preparação de cada detalhe para que a Formação acontecesse. Percebemos na face de cada participante a alegria e a vontade de ali estarem e melhor conhecerem o Movimento. Louvamos a Deus por mais este belo momento de encontro e formação em nossa Província. Obrigado aos irmãos que de corações generosos e sedentos em servir a Deus bem prepararam e bem participaram desta Formação e pelo que fazem a Santa Igreja nas Equipes de Nossa Senhora. São Miguel Arcanjo, rogai por nós! Com carinho,

Adriana e Hudson CRP Sul III Pe. Antônio Júnior SCEP Sul III

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raízes do movimento

Permanentes da Oração1 Pe. Caffarel Um vilarejo como tantos outros. Uma rua qualquer, uma casa pobre como tantas outras. Lá dentro alguém trabalha serrando madeira – da rua ouve-se o barulho familiar da serra. Um operário, como tantos outros... Como tantos outros... é o que eles pensam, os habitantes do lugar: os moços e os velhos, a vizinha que tira leite da cabra, o paralítico que se esquenta ao sol, o escriba da sinagoga que conhece bem o seu povo. Eles não veem, eles não podem ver a chama ardente que brilha no coração deste marceneiro de vinte anos, forte e musculoso, que trabalha cantando. Esta chama é a oração, pura, perfeita, divina; ela é ao mesmo tempo adoração, louvor, ascendente, intercessão veemente. A mulher da cabra, o velho paralítico, o escriba, todo o pequeno mundo de Nazaré, de nada desconfia. Isto, porém, não impede, que há vinte anos seus trabalhos e seus divertimentos, seus amores e seus sofrimentos, alguém os tome e os apresente a Deus. De região em região, de Nazaré à Palestina, da Palestina aos confins da terra, Ele se apossa da vida de todos os homens para alimentar a sua oração. O Verbo se fez carne, a palavra de Deus se implantou numa natureza de homem, para se tornar a palavra do homem de Deus, Oração dos Homens. 1 Editorial da Carta Mensal n° 5 de agosto de 1957.

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Logo no princípio do ano, Cristo vos disse: “Meu filho, emprestame teu coração” (Prov. 23,26). Sua oração Ele quer continuá-la em vós e por vós no decurso dos meses que se hão de seguir. Assim como o Pai o enviou entre os homens, para arraigar no meio deles a oração, assim Ele nos envia a nós, seus discípulos, no meio da massa humana, para aí viver a sua oração. Toda essa gente que vos rodeia, aqueles que moram em cima como aqueles que moram embaixo, os companheiros de trabalho, os comerciantes do bairro, os vossos superiores e os vossos subalternos, a multidão que vos aperta de todos os lados no ônibus, esta gente também de nada desconfia. E no entanto tem para eles uma importância imensa que vós estejais no meio deles como portadores da oração atuante do Cristo. Isto não exige que vós faleis a Deus da manhã à noite, vós não o podereis fazer. Mas isto exige que vós saibais, que vós desejeis ardentemente, tenazmente, ser os enviados de Cristo junto aos vossos irmãos e os representantes de vossos irmãos junto de Deus: OS PERMANENTES DA ORAÇÃO. Permanentes da Oração é a ordem que o Padre Voillaume lança aos Irmãozinhos do Padre de Foucauld, neste livro maravilhoso, que eu vos recomendo e insisto para que o leiais “Au coeur des Masses”. 2 Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP 2 Em português, Fermento na Massa, Pe. René Voillaume, Livraria Agir. Encontrável em diversos sebos.

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testemunho

Transitoriedade nas ENS A paz de Cristo esteja com todos, começamos a nossa fala com esta passagem “combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé” (2Timóteo 4,7), assim se resume a missão confiada por Cristo a todos, pois tivemos a oportunidade de sermos testemunhas da transitoriedade das ENS. No primeiro momento, no Encontro Internacional em Fátima - 2018 presenciamos a mudança da ERI e no segundo momento no Colégio Nacional em Itaici/SP-2018 no que se refere à SRB, momentos em que os casais deixaram e assumiram as suas missões em situações distintas, que com amor e caridade as desempenharam e que outros a desempenharão. A pedagogia das ENS é realmente e sem dúvida inspirada pelo Espírito Santo através de Pe. Caffarel, tudo passa, pois se trata de uma experiência vivida pelo casal, na missão, de um processo de evolução espiritual e de desenvolvimento individual, sem supervalorizar a posse, já que ela não existe, de nada e de ninguém, somos agraciados por Deus por oportunidade de aprendizado e ela, quando bem vivida, deixará de ser necessária, e assim

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entenderemos, com benevolência e ternura, muito o que Cristo nos confiou. “Em 1973, quando confiou a outras mãos a animação das Equipes de Nossa Senhora, se consagrou, inteiramente, com a pena e a palavra (...)” (Padre Caffarel, Centelhas de sua Mensagem, Super-Região Brasil, p. 135, 2009). Trouxe nesta inspiração e neste momento a transitoriedade nas ENS, definindo assim que as missões têm tempo predefinido. Em algumas missões a nós confiadas, poderemos até retornar, outras NÃO, é neste NÃO RETORNAR que o Espírito Santo ”tocou” forte e fundo no coração de Pe. Caffarel, pois devemos perceber que nosso “RETORNAR” é para aquele “SIM” de equipista que proclamamos no início de nossa jornada, sendo para nós o compromisso fiel de servir as ENS, a Igreja e ao próximo. Não se pode relacionar apenas com o tempo cronológico, pois se refere a um tempo de reflexão e de atitude do casal neste transcorrer, que é SERVIR. Giovânia e Jarison CRR Alagoas

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Não há Maria sem Jesus nem cristão sem cruz Participar do Encontro de Equipes Novas foi algo revelador, pois já estamos no Movimento há mais de um ano e ainda tínhamos muitas dúvidas que foram esclarecidas no encontro. Neste, ficamos cientes da importância do compromisso autêntico que assumimos com a Equipe de Nossa Senhora participando das reuniões mensais e cumprindo verdadeiramente os PCEs. Sabemos que não estamos no Movimento por obrigação e sim porque com ele nos tornamos um casal cristão cada vez mais conhecedor da palavra de Deus. O Movimento das ENS nos ensina que ser cristão é: estar junto, olhar para o próximo, ter empatia, participar ativamente da igreja, rezar em casal, estar em comunhão pedindo sempre a intercessão de Maria, que é nosso modelo, para que jamais nos desampare. Entendemos que o sacramento do matrimônio é a expressão da força da aliança de Jesus com a Igreja e que a conjugalidade supõe liberdade, fidelidade, fecundidade, aliança e bênção. Ser equipista não é fácil, seguir o Movimento de forma verdadeira e autêntica é difícil. Como não há Maria sem Jesus não há Cristão sem Cruz, mas sabemos que sendo equipistas construímos uma fé forte capaz de superar as tribulações, todas as dificuldades que existem pela graça de Deus. Deixo aqui nosso testemunho de que com as equipes de Nossa Senhora nos aproximamos ainda mais de Cristo. Assim como Maria, as ENS nos mostram Jesus. Vamos juntos, equipistas do mundo inteiro, seguir conscientes e firmes na nossa fé, pois temos que mostrar ao mundo o nosso testemunho de casal cristão católico. Devemos transparecer a alegria de ser equipista, como disse Padre Henri Caffarel: “Não se entra numa equipe para isolar-se com alguns eleitos, mas para aprender a doar-se a todos”. Nossa Senhora Desatadora dos Nós, rogai por nós! Mercia e Ronaldo Eq. 11 - N. S. Desatadora dos Nós Rio III - Setor E CM 521

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Um convite, quase uma ordem... Um chamado a servir dentro e fora do Movimento Estivemos reunidos em Itaici, no Encontro do Colégio Nacional nos dias 31 de agosto, 1 e 2 de setembro. Casais Responsáveis Regionais, Casais Responsáveis Provinciais, Casais Responsáveis da Super-Região Brasil, juntos para um grande encontro de animação. Juntos também para agradecer a Hermelinda e Arturo por tanto carinho e acolher Lu e Nelson para a nova caminhada. Em uma das homilias durante o encontro foi feita uma reflexão a partir do Evangelho de Mateus, com a parábola dos talentos (Mt 25, 14-30), onde fomos questionados a meditar a respeito dos desafios de nossa vida. O desafio do matrimônio, o desafio da paternidade e maternidade, o desafio de ser equipista. E para estes desafios todos, Deus nos dotou de talentos que são colocados à prova a todo momento. Estes talentos são nossas ferramentas para que a aventura equipista aconteça. Nesta aventura, muitas vezes achamos que nossos talentos não são suficientes, que não conseguiremos ir adiante. Mas, com a graça de Deus, em casal, vamos em frente. Embalados pelo encontro de Fátima fomos chamados a servir mais, a colocar nossos talentos a serviço do matrimônio e do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. A parábola do “Pai 38

Amoroso” nos levará a trilhar o caminho da reconciliação, do perdão, do amor. Em Itaici fomos levados a nos colocarmos em saída, como nos pede o Papa Francisco. Foram momentos de animação, renovação do nosso caminho no serviço, momentos de evangelização e, também, momento de celebrar: o encontro, a unidade, a amizade. À medida que vamos participando dos momentos de formação e oração promovidos pelo Movimento fica cada vez mais claro que “depende de cada um cumprir seu serviço e seu objetivo”. Em Brasília, no Encontro Internacional, fomos chamados a Ousar o Evangelho, a ter um coração pleno do amor de Cristo, acolher o próximo. No Encontro de Fátima, fomos chamados a mudar a perspectiva de observação, chamados a ver o pecador com os olhos misericordiosos do Pai cuidadoso, reconciliador e acolhedor. Somos chamados a viver a reconciliação como sinal de amor. Saímos deste encontro com o convite provocador: “Não tenham medo! Saiamos!” É um convite, quase uma ordem para que possamos atender ao chamado e possamos servir dentro e fora do Movimento. Luciene e Vitor CR Região − Minas IV CM 521


reflexão

Obrigado

com a ç licen

Desde o início, o carisma do Movimento das Equipes de Nossa Senhora sempre foi a busca pela santificação do casal, através da espiritualidade conjugal. Nessa missão o testemunho sempre foi o impulso preponderante. “E esta Boa Nova há de ser proclamada, antes de tudo, pelo testemunho. Suponhamos um cristão ou punhado de cristãos que, no seio da comunidade humana em que vivem, manifestam a sua capacidade de compreensão e de acolhimento, a sua comunhão de vida e de destino com os demais, a sua solidariedade nos esforços de todos para tudo aquilo que é nobre e bom. Assim, eles irradiam, de um modo absolutamente simples e espontâneo, a sua fé em valores que estão para além dos valores correntes, e a sua esperança em qualquer coisa que se não vê e que não seria capaz sequer de imaginar. Por força deste testemunho sem palavras, estes cristãos fazem aflorar, no coração daqueles que os veem viver, perguntas indeclináveis: Por que é que eles são assim? Por que é que eles vivem daquela maneira? O que é, ou quem é, que os inspira? Por que é que eles estão conosco? Pois bem: um semelhante testemunho constitui já proclamação silenciosa, mas muito valiosa e eficaz da Boa Nova. Nisso há já um gesto inicial de evangelização”. (EM 21) Assim o Papa Paulo VI, de forma inspirada, resume a importância do testemunho para a evangelização. É necessário apenas procurarmos ser fiéis ao carisCM 521

desculpa!

ma do nosso Movimento, seguirmos as suas práticas, estudarmos a nossa rica documentação, o Evangelho, os ensinamentos do Padre Caffarel, a doutrina da Igreja e, sobretudo, cuidarmos de transformar tudo isso em ação. Apenas precisamos ser fiéis. E prossegue: “Entretanto isto permanecerá sempre insuficiente, pois ainda o mais belo testemunho virá a demonstrar-se impotente com o andar do tempo, se ele não vier a ser esclarecido, justificado, aquilo que São Pedro chamava dar ‘a razão da própria esperança’, explicitado por um anúncio claro e inelutável do Senhor Jesus”. (EM 22) A Igreja ao confiar aos noivos serem os celebrantes do matrimônio, reveste-os de caráter sacerdotal que foi confiado por Jesus aos apóstolos, uma honra grandiosa para exercer, “no poder do Espírito”, a união para toda a vida. Certamente surgirão muitas dificuldades, mas aí entra o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, com as ferramentas importante de ajuda que são o Pontos Concretos de Esforço. E o Papa Francisco nos dá dois importantes conselhos: “Não deixeis que termine o dia sem fazer as pazes” e “é necessário pronunciar sempre três palavras que devem existir sempre em casa: obrigado, com licença e desculpa”. Maria Augusta e Freitas Eq. 3A – Rio IV Niterói-RJ 39


REUNIDOS EM NOME DE CRISTO Gérard e Madeleine. Esse poderia ser apenas mais um casal dentre os milhões que o mundo já viu. Só que não! Eles ouviram, na França em 1939, do Pe. Cafarrel, a seguinte proposta: “Procuremos JUNTOS”, e daí por diante nasciam as Equipes de Nossa Senhora. E essa inspiração do Espírito Santo mudaria as nossas vidas! É, mudou a minha vida, a da minha esposa, a sua que está lendo esse texto e demais tantos outros que participam do Movimento das Equipes de Nossa Senhora espalhadas pelo mundo todo. Nesse momento, quero chamar a atenção da palavra JUNTOS. Deixei ela maior de propósito. Voltando ao querido casal francês aí de cima, Gérard e Madeleine, esses que, recebendo do Pe. Caffarrel o chamado de conhecer mais e mais do Sacramento do Matrimônio, não ousaram guardar só para si o que Deus havia de lhes revelar e em 25 de fevereiro de 1939 estavam REUNIDOS na casa de um deles, o Padre e quatro casais. Algo lhe soa familiar? Reunião, Padre, casais...? (tudo bem, com certeza serviram uma refeição, café e pão de queijo, ah, não, eles eram franceses, cancela o pão de queijo). É isso mesmo que está pensando!!! REUNIÃO DE EQUIPE. Essa foi a primeira reunião de equipe!!! 40

Analisemos os seguintes versículos que a Palavra de Deus nos revela:

“Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos” Lc 22, 14.

“Os apóstolos se reuniram junto de Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado” Mc 6, 30.

“Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar” At 2, 1.

“Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum” At 2, 44. “Perseverantes e bem unidos, frequentavam diariamente o templo, partiram o pão pelas casas e tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração” At 2, 46. Pois é. Vemos que os apóstolos de Jesus estavam sempre reunidos com Ele e mesmo após a sua morte e ressureiCM 521


ção, com o auxílio do Paráclito, não deixaram de se reunir e isso dava-lhes força para continuar a missão a eles confiada, os encorajava a viver e a anunciar o que Cristo lhes ensinou. Nós participamos de um Movimento muito dinâmico, em que procuramos espelhar na nossa equipe o que os primeiros cristãos eram. Uma comunidade de muito amor fraterno. Para que isso aconteça, nos são propostos vários itinerários. Contido nesse itinerário está toda a vida da nossa equipe. Os terços (reuniões de Pilotagem), missas em que participamos juntos, reuniões sociais, mutirões, etc. Porém, há algo que é o centro da vida de equipe. É certamente a cereja do bolo. Nossas ações são e devem ser voltadas para o núcleo dessa vivência que é a Reunião de Equipe. Mensalmente nos preparamos, estudamos o tema, nos esforçamos em buscar a santidade e também levamos nossas dificuldades e por vezes apenas esperamos a reunião para ser um bálsamo para acalentar as aflições pelas quais todos nós passamos. O Guia das Equipes de Nossa Senhora nos diz que a reunião é o ponto mais alto da vida dessa pequena comunidade. E é mesmo. Oramos, refletimos sobre o tema de estudo, tomamos a refeição em conjunto (como Jesus gostava de fazer), coparticipamos e partilhamos. Já deu para entender a importância da reunião para alimentar em nós o espírito de comunhão das equipes, né?! Por isso, querido irmão, querida irmã, é tão importante estarmos juntos na reunião de equipe. Ela nos fortalece para continuarmos a crescer no sentido de CM 521

comunidade. Devemos ter em mente que a nossa vivência naquele mês como equipista deve ser feita com o intuito de aguardar com ansiedade a hora da reunião. Uma vez por mês, duas horas. É hora de pôr em comum, como os apóstolos faziam. Eles contavam com a Graça de Deus. Nós também. Devemos nos programar e preparar para a reunião de equipe com o carinho que ela merece. Porque ao nos preparar para a reunião estamos, na verdade, demonstrando o carinho que temos com o irmão que ali está, partilhando uma vitória pessoal e espiritual ou mesmo buscando o auxílio mútuo para superar uma dificuldade. Por isso é tão importante a sua presença. Estamos reunidos em nome de Cristo, por Cristo e com Cristo. Viver a vida de equipe sem a reunião mensal perde sentido, assim como uma semana sem a missa dominical. Através dos ensinamentos do Pe. Caffarel, católicos do mundo inteiro, há mais de 70 anos, assim buscam a santidade, experimentam as delícias de viver em uma pequena comunidade e desenvolvem sua espiritualidade conjugal. Tempos difíceis já foram transpostos pelas equipes. A 2ª Guerra Mundial, as dificuldades de comunicação que existiam naquela época, mas nada tirou os destemidos casais e o movimento do caminho que Deus planejou. Hoje temos também tempos difíceis, mas REUNIDOS, como os apóstolos, e JUNTOS como propôs o Pe. Caffarel também nós procuraremos caminhar para o céu. Amanda e André Eq. N. S. Aparecida Setor B - Minas IV Três Corações-MG 41


formação

Mutirão “Na caminhada da fé, para auxiliar a nossa formação cristã, o Movimento oferece aos equipistas diversos instrumentos, entre os quais se acha o Mutirão, isto é, a atividade que objetiva, especificamente, desenvolver o conhecimento mais profundo e sistematizado das ENS, de suas origens, de seu carisma e de sua pedagogia. Nas ENS, o Mutirão se realiza em clima de festa, com alegria e descontração, sem prejuízo da eficiência do trabalho comum e comunitário que ali se faz, em proveito, não de um só, mas de cada um dos equipistas que dele participa” (CM abril/93, 25). O Mutirão é uma reflexão mais ampla sobre a vida de equipe, aprofundando os seguintes assuntos: 1. vida de equipe; 2. pontos concretos de esforço; 3. as três atitudes; 4. partilha; 5. coparticipação; 6. auxílio mútuo; 7. correção fraterna; 8. função do casal animador; 9. função do casal responsável de equipe; 10. função do conselheiro espiritual; 11. função do casal ligação; 12. função do casal piloto.

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Poderão ser apresentados outros assuntos de interesse do Movimento que o Casal Responsável de Setor entenda como necessário naquele momento. Os mutirões devem ser realizados periodicamente pelos Setores, como forma de atualizar e aprimorar a formação dos casais equipistas.

No dia 16 de setembro de 2018, nós equipistas do Setor de Valparaíso-SP nos reunimos para realizar o tão esperado Mutirão. Foi em clima de muita alegria e entusiasmo que todos foram acolhidos como membros de uma grande família, a família ENS. Após o café da manhã, seguimos para o local das apresentações, com muito entusiasmo e alegria! Os temas foram diversificados: PCEs, Espírito de pertença, Reunião de equipe, Pe. Caffarel e sobre o Terço... Todos os assuntos foram desenvolvidos com muito dinamismo, criatividade e interação, de maneira muito prazerosa! As apresentações, sem exceção, foram surpreendentes. Pedimos em oração a luz do Espírito Santo e a intercessão de Nossa Senhora pelo êxito do Mutirão e podemos dizer que fomos atendidos. Nós, enquanto CRS, ficamos maravilhados e muito gratos com a participação e o empenho dos equipistas. No mundo que vivemos hoje, graças a este Movimento e muito graças a Deus, conseguimos reunir casais dispostos a “descobrir a grandeza do Sacramento do Matrimônio através da busca do crescimento da espiritualidade conjugal”. Amém!!!

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Elena e Rubens CR Setor – Valparaíso-SP

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Reunião de Balanço e Pré-EACRE

O final de ano, equipista! Mais um final de ano chegando e nós equipistas precisamos parar para realizar duas atividades de grande importância para o Movimento: o Balanço e o Pré-EACRE que possuem características singulares. Sabemos da riqueza das ENS em relação às formações e a literatura e por isso deveremos nos programar para participar. O balanço é um momento ímpar para analisar a caminhada equipista, e o que necessitamos melhorar para sermos dignos de fazer parte desse Movimento. Diante disso, é necessário sermos sinceros e autênticos. Essa atitude nos torna antes de tudo, mais cristãos conscientes e consequentemente nos leva a ter uma responsabilidade maior conosco e com nossos irmãos de equipe. O ideal é que cada equipista reflita, analise e mensure sua caminhada antes de ir para a reunião de balanço. Uma vez lá, precisa ter a humildade de aceitar suas limitações e dificuldades, enfrentadas durante o ano em curso. E só após analisar esses pontos teremos condições de avaliar e pensar em mudanças importantes e significativas dentro do contexto equipista. Aproveitamos também para falar da importância de participar do PréEACRE, seja indo como CRE pela primeira vez ou indo por diversas vezes. O evento é preparado pelo Setor e tem como objetivo sanar as dúvidas em relação à missão, e também levar nossa valiosa contribuição para os demais equipistas. Este momento é rico em informações, troca de conhecimentos e de socialização com os demais participantes. Os assuntos abordados são: pontos de unidades do Movimento, contribuição, relatório, reunião formal, reunião preparatória, história e estrutura das ENS, calendário das atividades e os vários serviços. Que todos nós possamos participar desses dois momentos formativos com muito entusiasmo, alegria e amor, que são características de cada equipista. Joaninha e Chicão Eq. 26 D – Brasília III 44

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notícias BODAS DE PRATA 19

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set 2018

set 2018

Mariza e Airton N. S. da Glória Rio Negro - Mafra

Grace Ane e Sudário Júnior N. S. de Fátima Edéia - GO

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nov 2018

jul 2018

Gilcéia e Maurílio N. S. de Aparecida Rio de Janeiro - RJ

Edivânia e Airton N. S. Desatadora dos Nós Catende - PE

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jul 2018

jul 2018

Margarete e Sílvio N. S. da Assunção Belém - PA

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02

jul 2018

set 2018

Sandra e Zeca N. S. das Graças Capitão Poço - PA CM 521

Rosi e Everaldo N. S. do Sim Belém - PA

Ana e Roger N. S. da Vitória Belém - PA 45


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set 2018

set 2018

Edna e Sebastião N. S. de Guadalupe Castanhal - PA

Nazaré e Marcos N. S. de Nazaré Castanhal - PA

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jul 2018

Daniela e Jorge N. S. da Piedade Sorocaba - SP

BODAS DE OURO 13

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jul 2018

jul 2018

Ângela e Amauri N. S. do Calvário Brasília - DF

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out 2018

set 2018

Neise e clóvis N. S. Mãe da Igreja Sorocaba - SP 46

Maria Emília e Gennaro N. S. Mãe da Igreja Sorocaba - SP

Valdineia e Ary N. S. Aparecida Nova Friburgo - RJ CM 521


19

jul 2018

Deusinha e Simões N. S. do Perpétuo Socorro Fortaleza - CE

JUBILEU DE OURO 23

out 2018

Pe. Charles Borq N. S. Rainha da Paz Araçatuba - SP

VOLTA AO PAI Irleine do Joel 26/08/2018 Eq. 09B – N. S. das Graças Belém - PA

Sergio da Nice 01/02/2018 Eq. N. S. do Perpétuo Socorro Jundiaí - SP

Paulo Roberto da Clarice 28/07/2018 Eq. 45 - N. S. Desatadora dos Nós Juiz de Fora - MG

Wilma do Orlando Mendes 16/08/2018 Eq. N. S. do Rosário

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(foram membros da CM de 1997 a 2004)

Jundiaí - SP

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dicas de leitura Espiritualidade Conjugal

Casais participantes: Anna Paula e Peter Joseph M. Puyneers Esther e Luiz Marcello M. de Azevedo Ilka e Geraldo Travassos Rocha Maria Amélia e Paulo Nelson do Rego Maria Cristina e Luiz Eduardo Oliveira Maria do Carmo e José Maria Whitaker Neto Teresa e José Mario Bellesso Conselheiro Espiritual: Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr Alguns casais que integram o Movimento das Equipes de Nossa Senhora sentiram o chamado de Deus para viver sua vocação de amor. Desejando estudar com mais profundidade e descobrir as riquezas da espiritualidade conjugal, passaram a se reunir periodicamente para rezar, estudar e praticar com mais determinação a vivência dessa espiritualidade, que é o principal carisma do Movimento a qual pertencem. Esse grupo, além dos sete casais que o compõem, pode contar também com a presença do já conhecido de muitos equipistas o padre Flávio Cavalca de Castro, redentorista e autor de vários livros nessa mesma linha. O desejo de partilhar com outros casais seus estudos e descobertas fez com que o grupo através do casal Maria do Carmo e José Maria Whitaker Neto elaborasse a compilação dos estudos e que, traduzidos nesta edição, agora são oferecidos a todos os que possam se interessar pelo tema. O que significa ser santo? Em que medida o Sacramento do Matrimônio ajuda o casal a ter consciência de sua condição de filhos de Deus? Que sinais da graça são conferidos pelos sacramentos? Estas e outras questões são abordadas com intensidade nesta edição. Este livro pode ser adquirido no site das Edições Loyola (www.loyola.com.br) *GEsEC - Grupo de Estudo sobre a Espiritualidade Conjugal. 48

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01 Editorial Super-Região 02 Finados: tristeza e esperança 03 Chamados à Santidade, nem mais nem menos 04 Apresentação do SCE da Carta Mensal 05 Sendo Fiéis 06 Comemoração de todos os fiéis defuntos 08 A causa de canonização do Pe. Caffarel 10 A Eclesiologia do Pe. Caffarel 13 16

em relação ao Matrimônio Henri Caffarel, o homem e sua missão O Rosário

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Província Sul II Província Sul III

Raízes do Movimento

A Palavra de Deus

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Permanentes na Oração

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Transitoriedade nas ENS Não há Maria sem Jesus nem cristão sem cruz Um convite, quase uma ordem... Um chamado a servir dentro e fora do Movimento

“Quem é fiel nas coisas mínimas, é fiel também no muito, e quem é iníquo no mínimo, é iníquo também no muito. Portanto, se não fostes fiéis quanto ao dinheiro iníquo, quem vos confiará o verdadeiro bem? Se não fostes fiéis em relação ao bem alheio, quem vos dará o vosso?” (Lc 16, 10-12)

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Testemunho

“Chegando aquele que recebera cinco talentos, entregou-lhes outros cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me confiaste cinco talentos. Aqui estão outros cinco que ganhei’. Disse-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu senhor!’” (Mt 25, 20-21) “‘Muito bem, servo bom’, disse ele, ‘uma vez que te mostraste fiel no pouco, recebe autoridade sobre dez cidades’.” (Lc 19, 17)

Reflexão

Ano do Laicato Palavra do Papa Ser sal e luz é o testemunho diário do cristão

39 40

Obrigado, com licença e desculpa Reunidos em nome de Cristo

Vida no Movimento

42 44

Mutirão Reunião de Balanço e Pré-EACRE O final de ano, equipista!

Colegiado Nacional 2018 Província Nordeste I Província Nordeste II Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I

MEDITANDO EM EQUIPE

E

Que a vida de Jesus inspire nossa fidelidade cristã

Igreja Católica 18 20

C

Reflexão - O nosso modelo de fidelidade a Deus, ao Seu projeto de Amor, é a Pessoa de Jesus Cristo; a Ele se predica a qualidade de Servo Bom e Fiel. Ele foi fiel aos desígnios do Pai, desde a Encarnação até a sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Formação

- Olhando para Jesus, perguntemo-nos: como tenho vivido o chamado à fidelidade cristã assumindo uma vida semelhante à Dele? Tenho me preocupado em ser fiel à pequenas coisas ou apenas às grandes? Quando a cruz se torna pesada em meu matrimônio tenho sido fiel, na certeza de que Cristo me ajuda a vencer os calvários?

45 Notícias

- Na vivência da espiritualidade conjugal, o que ainda posso fazer como ponto concreto de esforço para um dia ser recebido no céu como “servo bom e fiel”?

48 Dicas de Leitura

Oração espontânea - Realize um louvor, em casal, agradecendo a Jesus pela Sua fidelidade ao Pai, por ter nos amado até o fim. - Peça ao Senhor o dom da fidelidade ao seu batismo e à vida matrimonial, ainda que para isso tenha que passar por provações.

Carta Mensal

- Eleja um ato concreto para esse mês que o ajudará a viver a fidelidade ao carisma das ENS. - Por fim, faça um exame de consciência tomando consciência do que lhe afasta da fidelidade a Cristo e à Igreja.

n 521 • novembro • 2018 o

Equipes de Nossa Senhora

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Oração litúrgica Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lú e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 - Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Nádia Tabuchi - Fotos: Pixabay - pp. 2, 3, 4, 5, 34, 35, 36, 37 e 44 - Tiragem desta edição: 28.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

(Olhando para a Cruz de Jesus peçamos o dom de Sermos Fiéis) Ó boa Cruz, que do Corpo de Jesus recebeste a formosura, tanto tempo desejada, tão ardentemente amada, sem descanso procurada! Para a minha alma ansiosa estás por fim preparada!

Retira-me dentre os homens e devolve minha vida ao Mestre de quem sou! Por ti me receba Aquele que por ti me resgatou. Amém. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal


o é

MÊS DE BALANÇO “A última reunião do ano é a reunião de balanço. Ela proporciona a todos os membros da equipe a oportunidade de refletir e trazer a vida da Equipe abertamente e com espírito cristão, sobre o seu itinerário, os seus progressos ao longo do ano que termina e também o de preparar o ano seguinte”. (Guia das ENS) O objetivo principal desta reunião é o de realizar na equipe uma séria e tranquila revisão do ano que termina, a partir das propostas concretas que o Movimento oferece e recomenda a seus membros. Como o nome já revela, é uma reunião de avaliação e projeção sobre aspectos da vida de cada casal e, especialmente, da vida de equipe que precisam ser fortalecidos, preservados ou, caso necessário, corrigidos. Maiores informações e orientações, consultar o livro Reunião de Equipe (Tema de Estudo, pp. 67 a 74). Disponível para compra no site ENS.

Ano LVII • novembro • 2018 • no 521

Novembr

CARTA Quem partiu vive em nosso coração, pois nem a morte é mais forte que o amor...

Finados:

Tristeza e ESPERANÇA

Colegiado Nacional

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br

POSSE DOS NOVOS CASAIS RESPONSÁVEIS E SCE


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