Prelúdio da entrega total de Jesus Celebrado um domingo antes da Páscoa, o Domingo de Ramos é, para nós, um sinal visível da entrega total e decisiva de Jesus Cristo ao projeto salvífico do Pai. A celebração de Ramos, fundamentada biblicamente nos evangelhos: Mt 21,1-10; Mc 11,1-11; Lc 19,28-38 e Jo 12,12-16, narra a entrada messiânica e triunfal de Jesus em Jerusalém. Cada evangelista ao narrar este episódio, procura descrever com riqueza de detalhes como foi a acolhida de Jesus em Jerusalém. Muitos detalhes nos chamam à atenção; mas, um destes, é comum a todas as narrativas: “Jesus entra montado num jumentinho”. Que sinal viria ser esta atitude de Jesus? Sinal de radicalidade, desprendimento, kénosis; pois Jesus rompe com as estruturas obsoletas que dominavam e massacravam em nome do ter e do poder, e apresenta-se como servo humilde e fiel.
Ano LIX • abril • 2019 • no 524
Domingo de Ramos:
CARTA
Enquanto os reis entravam na cidade com seus cavalos, após as batalhas Jesus entra num jumentinho, sinal de humildade e de paz. Segundo a tradição, um rei chegava num cavalo quando queria guerra e num jumento quando queria paz. Seguindo esta premissa, podemos afirmar que a entrada de Jesus em Jerusalém num jumentinho simboliza sua entrada como “príncipe da paz”. Celebrar, portanto, o Domingo de Ramos, é recordar a partir dos textos bíblicos o prelúdio das dores, humilhações, paixão, morte e glorificação (Bendito o que vem em nome do Senhor) de Jesus, como príncipe da paz, em expiação dos nossos pecados. Pe. Agnaldo SCE Região MA/PI
Páscoa Av. Paulista, 352 • 3 andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • (11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br o
Amor que liberta e gera vida nova
EACRE 2019
MEDITANDO EM EQUIPE
ÍNDICE Editorial........................................................... 01 Super-Região Renovação sacerdotal em todos os sentidos..... 02 Amor verdadeiro e transformador................. 04 A finalidade dos dons.................................... 05 Páscoa, o amor que liberta e gera vida nova...... 06 A ordenação do Padre Caffarel...................... 08 Jornada Mundial das Famílias A dignidade e a beleza da sexualidade: Procurando uma nova linguagem.................... 09 Ecos de Fátima Pai, dá-me a minha parte da herança!.......... 11 Igreja Católica
EACRE - Província Nordeste I....................... 20 EACRE - Província Nordeste II...................... 22 EACRE - Província Centro-Oeste.................. 24 EACRE - Província Leste............................... 26 EACRE - Província Sul I................................ 30 EACRE - Província Sul II............................... 32 EACRE - Província Sul III.............................. 34 Raízes do Movimento A Reconciliação Conjugal........................... 36 Testemunho Ajudando casais a Crescer no Amor................ 37 Reflexão Mensageiro, o outro nome do equipista...... 38
Palavra do Papa Buscadores de Deus..................................... 13
Partilha e PCE A Regra de Vida I......................................... 39
Um Sínodo especial..................................... 14
Formação A Oração Litúrgica....................................... 42
Vida no Movimento Orientações para 2019.........................................17 EACRE - Província Norte.............................. 18
Carta Mensal
n o 524 • abril • 2019
Serviços nas ENS Pilotagem.................................................... 44 Notícias............................................................ 46
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A Palavra de Deus - “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. Mas é o único e mesmo Espírito que isso tudo realiza, distribuindo a cada um os seus dons, conforme lhe apraz.” (1 Cor 12, 4-7.11) - “Todos vós, conforme o dom que cada um recebeu, consagrai-vos ao serviço uns dos outros, como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus.” 1 Pd 4, 10 - “Por este motivo, exorto-te a reavivar o dom espiritual que Deus depositou em ti pela imposição de minhas mãos.” 1 Tm 1, 6
Reflexão -- Em nossa caminhada cristã, na alegria de termos conhecido a Deus, somos agraciados por Ele com inúmeros dons. Jesus Cristo é por excelência o Dom do Pai oferecido à humanidade. Ele se fez Dom para nos ensinar que apenas no oferecimento de nós mesmos como dom se dá a maturidade de nosso ser cristão. Não se é cristão sem se fazer dom. -- Ao olharmos para a figura do filho pródigo, tema este rezado e refletido no corrente ano, notamos que ele se escravizou quando pretendia usar de forma libertina seus dons – deu finalidade espúria aos dons recebidos. Quando não se tem consciência da nobreza do dom se abre mão do mesmo por nada. Tenho desenvolvido uma consciência madura a respeito dos dons que Deus me deu? Consigo enumerar quais são eles? Com que clareza percebo os meus dons como frutos da ação do Pai das Misericórdias? -- Os dons são distribuídos livremente por Deus; de Suas mãos Santas saem os mais belos dons. São dons distribuídos diretamente a nós. Assim, sou capacitado para ser dom, dom do Dom maior que é Cristo. Fazendo um exame de consciência, temos sido dom para outro? Tenho gastado meus dons/talentos para servir ao movimento e à Igreja? Onde tenho aplicado e multiplicado meus dons? O dom de si mesmo é a oferta mais cara e agradável a Deus... sou que tipo de dom e para quem?
Oração espontânea
Acesse Carta Mensal Sonora! ENS_CM_524_miolo-capa_NB_Arag
A Semana Santa e a Paixão de Cristo.......... 15
Acolher o Dom do Pai (Jesus Cristo) para aprender a ser dom para o outro. Se aprende a ser dom quando se compreende como dom!
-- Diante dos dons recebidos, brota em nossa alma um canto de agradecimento a Deus, assim como Nossa Senhora no Magnificat... aproveite para dar graças a Deus por tudo o que é dom em sua vida familiar. -- Cada casal, levando em conta o momento em que vive, precisa de dons especiais para chegar à santidade matrimonial. Faça uma súplica ardente ao Espírito Santo pedindo esses dons por você, pelo seu cônjuge e por sua equipe.
Oração litúrgica Oração do dia – Solenidade de Pentecostes: Deus do universo, que no mistério do Pentecostes santificais a Igreja dispersa entre todos os povos e nações, derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo, de modo que também hoje se renovem nos corações dos fiéis os prodígios realizados nos primórdios da pregação do Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal
editorial Caros Equipistas! A cada ano temos oportunidade de rever nossas vidas e ressignificá-la a partir das propostas do Evangelho. Que a Páscoa seja para nós a certeza do amor de Deus, pois “estávamos perdidos, e fomos encontrados. Estávamos mortos e voltamos à vida” , assim nos fala em seu artigo Pe. Fábio José, SCE da Província Nordeste I. O clima é de festa! Portanto, apreciem a beleza dos EACRE que mostram o vigor do nosso Movimento e o empenho de tantos casais para bem realizá-lo. Parabéns a todos! Como cristãos devemos estar atentos às orientações e ritos da nossa igreja, assim Pe. Paulo nos ajuda a compreender um pouco mais a Santa Missa Crismal, momento ímpar na vida dos presbíteros, que naquele momento, renovam as promessas de ordenação e também nos faz entender e refletir sobre o cansaço dos sacerdotes... Uma orientação importante do Encontro Mundial das Famílias foi sobre a sexualidade, mostrando que sexo e amor separados geram a perda de conexão, resultando na sua própria morte e na bandeira Palavra do Papa, o questionamento é: “Eu consigo maravilhar-me, quando vejo as coisas boas dos outros, e resolver deste modo os problemas familiares?”. Como é bom recordar o encontro de Fátima! O artigo de Graça e Eduardo nos põe a refletir sobre o pedido do filho pródigo, pai dá-me! Estamos preparados para dar-lhes autonomia, quando nos pedem para tomar nas mãos a própria vida? Como dissemos anteriormente, a partir desta edição, passaremos a informar sobre o Sínodo da Amazônia, que tem como objetivo principal identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus. Queremos também recomendar a leitura do artigo “Reconciliação”, pois para que de fato ocorra há necessidade de um para pedir perdão e do outro para consentir no perdão sem reticências. E, por fim, dizer que nós equipistas devemos ser mensageiros e não destinatários da Boa Nova, sendo assim seremos capazes da pesca milagrosa, como outrora os discípulos. Fiquem na paz de Cristo. Abraço, Débora e Marquinho CR Carta Mensal CM 524
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super-região
Renovação sacerdotal em todos os sentidos!
Dentre as grandes liturgias da Igreja durante a Semana Santa uma é muito pouco conhecida pois, em muitas de nossas Igrejas particulares, é celebrada na Catedral num horário não muito propício para a participação dos fiéis: a Santa Missa Crismal. É uma celebração na qual os presbíteros, concelebrando com o bispo, renovam as promessas sacerdotais proferidas no dia da ordenação. É um momento ímpar da graça de Deus! Renovar as promessas sacerdotais significa dizer que estamos felizes com nossa missão, que valeu a pena até aqui, que queremos continuar como ministros consagrados na messe do Senhor. Significa dizer que vale a pena ser padre! Contudo, isso não significa que as dificuldades e exigências da missão sejam pequenas. Muito pelo contrário, é difícil ser 2
padre! A fadiga do dia-a-dia também recai sobre nós. Humanos que somos, nós padres também nos cansamos! É tão real esse cansaço, e ao mesmo tempo tão preocupante, que o Papa Francisco dedica aos sacerdotes, por ocasião da celebração da Santa Missa Crismal de 2015, uma belíssima homilia tratando desse assunto. “O cansaço dos sacerdotes! Sabeis quantas vezes penso nisto, no cansaço de todos vós? Penso muito e rezo com frequência, especialmente quando sou eu que estou cansado. Rezo por vós que trabalhais no meio do povo fiel de Deus, que vos foi confiado; e muitos fazem-no em lugares demasiado isolados e perigosos. E o nosso cansaço, queridos sacerdotes, é como o incenso que sobe silenciosamente ao Céu (cf. Sl 141/140, 2; Ap 8, 3-4). O nosso cansaço CM 524
eleva-se diretamente ao coração do Pai... Tenhamos bem em mente que uma chave da fecundidade sacerdotal reside na forma como repousamos e como sentimos que o Senhor cuida do nosso cansaço. Como é difícil aprender a repousar! Nisto transparece a nossa confiança e a consciência de que também nós somos ovelhas e temos necessidade do pastor que nos ajude.” Casais equipistas, nós, sacerdotes das Equipes de Nossa Senhora, temos o privilégio de conviver muito de perto com vocês. Acabamos nos tornando membros de uma mesma família espiritual. Com essa liberdade faço dois pedidos. O primeiro é que, usando da liberdade que tem conosco, nos alerte quando perceberem que o cansaço em nós se torna visível. Não nos deixe também cair na tentação do ativismo. O CM 524
segundo, não sobrecarregue seu conselheiro quando perceber que a carga será pesada demais. Mesmo dizendo sim para a justa demanda de vocês, faltará energia para alguém em outra ocasião, e o pior, faltará energia para ele mesmo, o que fatalmente comprometerá sua missão. Repousar não é um luxo de padres pouco comprometidos com a missão, é na verdade uma exigência de presbíteros que sabem a importância que têm na vida das pessoas e querem dar a elas o melhor de si. Que nossos momentos juntos sejam verdadeiras ocasiões de renovar nosso vigor apostólico. Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região 3
Amor verdadeiro e transformador Queridos amigos, a paz! No Brasil, foram realizados mais de 60 EACREs e por onde passamos, de Norte a Sul do país, ficamos muito felizes e encorajados em ver e sentir o entusiasmo e a alegria dos nossos irmãos equipistas. Todos desejosos de saber cada vez mais sobre o nosso movimento, desejosos de atender ao chamado de Deus para servir. O Movimento, assim como a Igreja ao longo dos últimos anos, vem nos convocando a “sairmos”. Sairmos da nossa casa, do nosso sofá, mas sobretudo de nós mesmos, desinstalar-nos da nossa inércia diante dos meios eficazes de conversão oferecidos. Neste mês, nos aproximamos da Semana Santa onde faremos memória ao sofrimento e morte de nosso Senhor Jesus Cristo, que deu sua própria vida para salvação do mundo. Para os homens e mulheres que compõem a sociedade, o amor é visto como fonte de um relacionamento afetivo. E, por isso, a tendência será amar a quem nos ama, e odiar a quem nos odeia. Fazer o bem a quem nos faz o bem, e fazer o mal a quem nos faz o mal. Para os cristãos, tudo deverá ser diferente. A Bíblia Sagrada nos mostra com clareza qual a maneira de amar, a quem se deve amar e quanto será preciso amar. E o Mestre dos mestres é quem nos propõe 4
um desafio vital. Um desafio que atinge o íntimo do ser: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem a quem vos odeia, abençoai aos que vos amaldiçoam e orai pelos que vos injuriam” (Lc.6,27). Essa proposta significa um compromisso vital de fazer o mesmo que Ele fez por nós quando no alto da cruz pediu ao Pai que perdoasse aos que o estavam crucificando. Na sua humildade, dizia que aqueles malfeitores não sabiam o que estavam fazendo. Com isso, revelou a generosidade do seu coração. Revelou a misericórdia infinita do Pai. Esse esforço de fazermos o que Ele nos pede requer uma conversão profunda de cada um de nós. É preciso nos livrar das amarras que prendem nossos corações e chegarmos, assim como o Senhor, à ressureição. Nascer para uma vida nova sobretudo onde o amor seja verdadeiro e transformador. Uma feliz Páscoa a todos.
Lu e Nelson CR Super-Região CM 524
A finalidade dos dons Neste ano o Movimento nos presenteou com o livro tema “Reconciliação, Sinal de Amor”. Baseado na parábola do filho pródigo do evangelho de Lucas, foi qualificada como a obra prima de todas as parábolas de Jesus, pois nos leva a refletir sobre realidades vividas por todos nós, como: a liberdade, a responsabilidade, a saudade, o retorno, a alegria, a festa, a reconciliação, a graça etc. No 2º capítulo vivenciamos “A Finalidade dos Dons Recebidos”. O objetivo principal é que reconheçamos que, por graça de Deus, todos recebemos dons, pessoais e conjugais, e consideremos o sentido cristão de seu bom aproveitamento. Podemos escolher vivenciar nossos dons e carismas junto a Deus ou nos afastando Dele, sendo acomodados e tendo a falsa sensação de liberdade pela escolha feita.
Na vida de casal, que seria nosso universo de vivência e testemunho, temos a visão de uma caminhada vazia pela opção egoísta, em que a escolha egocêntrica afasta e vai suprimindo toda consciência de um amor-próprio. Com isso, agigantam-se sentimentos traiçoeiros como ambição, desrespeito e um total desmoronamento no vínculo espiritual. Tornando-se incapaz de notar o estrago, a chaga colocada no coração do cônjuge e filhos. Portanto, o uso da liberdade deve, sim, ser vivenciado como Dom de Deus, distribuição viva para busca da Santidade do cônjuge e consequentemente sua caminhada. A liberdade nos dada por Deus é de um Pai Misericordioso, mas devemos usá-la com o Espírito de crescimento Espiritual/Conjugal, vivendo a Graça da Felicidade em casal, em família e no mundo.
Vivemos dois pontos bem tênues do uso de nossa liberdade em nossas vidas. O afastamento que muitas vezes se torna a pedra de tropeço e fracasso pessoal ou familiar, pois tomadas de decisões requerem também mudanças de atitudes. Jamais o uso de nossa liberdade nos tornará presos em uma pseudoliberdade. CM 524
Vanessa e Rômulo CRP NE I 5
PÁSCOA O Amor que liberta e gera vida nova Quantos sentimentos invadem o nosso ser, ano a ano, ao celebrarmos o Mistério de Amor, que nos liberta e nos gera vida nova: a Páscoa! Expressão de confiança, vitória sobre a morte, amor incondicional... tudo isso nos fala do sentido da Ressurreição, como “novidade de Deus”, que se encarnou, e com o Santo Natal precisou desenvolver-se no tempo como Sabedoria, nos apresentando o Espírito, satisfação de Deus, no batismo, revelando-se “talha” do Vinho Novo, alegria matrimonial nas bodas de Caná, que culminará na Cruz, onde tudo estará consumado como Vitória sobre a Morte! Um caminho de interiorização, exame profundo de consciência, liberdade de si e retorno ao Pai como “Reconciliação” da humanidade ferida ao Deus Gerador de Vida Nova. A Páscoa de Jesus Cristo, a qual todos nós cristãos somos chamados a fazer nossa, é esse itinerário da Vontade de Deus, que se cumpre na pessoa do Filho, para nos fazer compreender o “retorno à casa paterna”, a fim de que sejamos Reconciliação, sinal de amor, proposta do nosso tema de estudo. Jesus renova a mentalidade hodierna, onde a imprecisão da verdadeira adesão a Deus não seja um cumprimento da Lei que mata a intimidade e a liberdade, em acolher a Sua pessoa que “insiste” está no meio do povo, que Ele tanto ama. A imposição arbitrária do “seguimento”, não faz alcançar aqueles que deveriam ser os protagonistas da ressurreição, soldados – doutores – fariseus. Mas concede aos pobres e pecadores declarados e reconciliados a graça do anúncio do sepulcro vazio. Maria Madalena, Pedro e João tornar-se-ão os anunciadores deste Mistério de Amor. São os nossos representantes – já naquela época – 6
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de que o “Templo” se ergueu no terceiro dia; que o “primeiro dia da semana” é o hoje do entendimento de que o Messias nos espera com sede, assim como esperou a samaritana; e, que não nos quer mais como estrangeiros ou idólatras, e sim como povo que vive a indissolubilidade nessa relação intensa de amor, que tem por Altar a Cruz. É diante dele, em pé, com a coragem que teve Madalena, Maria e João, que devemos também nos colocar, contemplando o cumprimento do Amor de Deus: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem”. E assim, ouviremos Jesus dizer por essa morte que nos deu a vida: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”. Caríssimos irmãos Equipistas e Conselheiros(as) Espirituais! Deixemos que o sentido cristão da liberdade nos ajude com muito amor a viver a finalidade dos dons recebidos, em nossas vidas, para aprendermos dia a dia com a crise, oportunidade de conversão, que nos fará com muito esmero reconhecer a nossa fragilidade, meditando com toda resignação a dor das nossas faltas, a fim de recebermos copiosamente a misericórdia e perdão, sinais de amor, que Deus Pai, em seu Filho Jesus, nos apresenta como o sentido da justiça humana perante a justiça divina, para que possamos viver intensamente a alegria do reencontro. Não seja mais uma Páscoa, onde celebraremos apenas com chocolates e os atrativos do comércio, e/ou o gozo de uma viagem ferial, mas seja a Páscoa a certeza do Amor de Deus, que precisou do seu Filho para resgatar a todos nós que “estávamos perdidos, e fomos encontrados. Estávamos mortos e voltamos à vida”. E assim, participarmos da festa, aonde o novilho cevado é o próprio Cristo, que, imolado, se fez alimento da nossa Salvação. Feliz Páscoa! Pe. Fábio José Costa, fsa SCE da Província NE I CM 524
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A ordenação do
Padre Caffarel Henri Caffarel foi ordenado sacerdote em 19 de abril de 1930, 7 anos depois do seu encontro com Cristo do qual tão marcadamente ele nos tem falado. Num belo dia, como ele mesmo relata, ele toma consciência de Cristo, da vida e do amor divino. Embora ele já tivesse indicado na sua juventude a vontade de ser padre, é naquele momento que toma a decisão de responder ao amor que Cristo o propõe, tornando-se sacerdote. Os anos que separam o irradiar de sua vocação e a ordenação propriamente dita tem aspectos peculiares. Primeiramente, ele pensou em ser jesuíta. Mais tarde, ele demonstra uma preferência na busca de uma vida monástica. Indicação para tal foram suas frequentes idas ao Mosteiro da Ordem Cistercience. Mas o seu diretor espiritual protela uma decisão neste sentido e acaba desaconselhando-o. Depois, não há uma entrada dele num seminário regular onde faria todos os estudos de teologia e filosofia. Padre Caffarel, como sabemos, sofre de estafa mental e foi incapaz de enfrentar uma rotina de pesados e seguidos estudos. É no convívio com o Padre Vladmir Ghika, um ortodoxo convertido, que ele aprende e se convence que “o casamento é uma vocação para a santidade, que os casais são, como os demais, chamados e obrigados à perfeição, e que a fonte superabundante de graças para isso é o sacramento do matrimônio” (Jean Allemand em “Henri Caffarel, Um Homem Arrebatado por Deus”, pág. 24). Em 1928, Padre Caffarel vai para o Seminário des Cannes em Paris, sob a direção do Padre Jean Verdier, sulpiciano e futuro cardeal arcebispo de Paris. Os estudos são feitos sempre de forma irregular. E em 1930, terceiro ano de teologia, Verdier o ordena sacerdote para a Diocese de Paris. Dá-se início, então, uma longa e rica caminhada presbiterial. Nela duas grandes convicções vão nortear o seu trabalho: a importância da oração interior e o chamado à santidade.
Afra e Beto CR Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil 8
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jornada mundial das famílias A dignidade e a beleza da sexualidade:
Procurando uma nova linguagem A sexualidade pertence apenas à própria pessoa, cada uma tem seu comportamento, sua linguagem interpessoal que envolve a dignidade humana. A sexualidade nos conecta conosco. A sexualidade não é entretenimento, é comunicação, é comumente reconhecida para o sucesso do casamento, para o amor sexual. Os casais, depois de compartilhar os corpos, compartilham seus desejos e sonhos, e os que têm medo de comunicar seus desejos e sonhos têm dificuldade com a sexualidade. Espontaneidade é o desejo que nos conecta, assim como nos conecta a Deus. Quem vive o amor de Deus no seu dia a dia também vive o amor de Deus na sexualidade. O prazer está ligado ao desejo que deve também ser compartilhado. Precisamos de ligações para estabelecer nossa sexualidade. Expressar nossa sexualidade ajuda a conectar o casal, ajuda a entender melhor o sentimento e o amor da pessoa amada. A pessoa que não expressa sua sexualidade não con-
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segue dar e receber prazer, isso é uma arma mortal para o amor conjugal. O cérebro humano procura o amor para sair do isolamento, o amor que deve ser encontrado em seu cônjuge, o mesmo amor que deve definir uma linguagem e vivência sexual. Qual a definição de amor que move os casamentos? Gentileza, respeito, confiança, diálogo, companheirismo, cumplicidade, a felicidade de simplesmente estar junto, ter os mesmos valores de vida são conexões que levam ao prazer do ato sexual. O ato sexual começa com um bom dia, passa por um eu te amo e no reencontro depois de uma jornada de trabalho por um senti saudades. Essas pequenas palavras geram conexões e desejos. A linguagem da sexualidade alimenta o compromisso no casamento, a realização familiar com os filhos, ajuda a superar os desafios e as noites escuras da vida humana. A linguagem da sexualidade deve ser construída e vivida pelo casal de acordo com a fase de sua vida,
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fase psicológica e física. Jovens casais que não buscam as conexões e o comprometimento, na verdade, não conseguem construir a linguagem da sexualidade, trocam de parceiros constantemente buscando algo pronto, já disponível, como na cultura do descartável. Sexo e amor separados geram a perda de conexão que resulta na sua própria morte, separados se destroem, juntos se fortalecem. Quando não há amor o sexo pode ser utilizado como uma arma para punição na vida conjugal, ao invés de construir, destrói. Aí está uma grande causa, senão a principal, das separações e do divórcio, a falta da linguagem da sexualidade. A Igreja hoje tem dificuldade em atingir essas pessoas, mas os leigos não. Eles estão soltos na sociedade, sempre ao lado de vocês. O casal deve falar da beleza do diálogo sexual entre si para poder ajudar os demais que ainda não conseguiram viver esse presente de Deus para o ser humano. O casal deve falar da beleza do diálogo sexual entre si para poder deixar uma mensagem profunda e sólida na educação sexual dos filhos. A vivência plena da sexualidade na
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vida conjugal aproxima o casal de Deus e para isso uma linguagem própria deve ser construída. Obs.: Amigos equipistas, gostaríamos de aproveitar a oportunidade para recordar toda atenção e cuidado que Padre Caffarel tinha com este tema, “Sexualidade”, e que o Movimento possui material para nos ajudar a ser testemunhas no mundo atual. Adaptado da conferência do Cardeal Blase Cupich, Arcebispo de Chicago no Encontro Mundial das Famílias 2018 por Cristiane e Brito, Equipe Nossa Senhora Auxiliadora, Setor A de São José dos Campos, Região SP Leste I, Província Sul I.
Cristiane e Brito Eq. N.S. Auxiliadora São José dos Campos-SP
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ecos de fátima
“PAI, DÁ-ME A MINHA PARTE DA HERANÇA!” O Encontro Internacional de Fátima 2018 teve um fio condutor espiritual constituído pela parábola do “Filho Pródigo” (Lc 15, 11-32), de modo que, a cada manhã, meditávamos um versículo do texto evangélico, sob a inspiração do qual fluíam as palestras e os testemunhos. Na primeira meditação, Pe. Tolentino Mendonça, que foi nomeado Arcebispo para dirigir a Biblioteca Vaticana, refletiu sobre esta passagem do filho que pede para o pai a sua parte na herança. Trouxe para a realidade da vida familiar a imagem evangélica e, no tecido das relações entre pais e filhos, costuradas pela linha do amor de Deus, enriqueceu o cotidiano doméstico, colorindo-o com as cores da fé e da liberdade, dons que o Senhor concede a nós, para galgarmos a dignidade de filhos Seus. Na história que Jesus conta no Evangelho, deparamo-nos, inicialmente, com uma interpelação simples, “Pai, dá-me”. Pedido corriqueiro, que nós estamos habituados a escutar, com mais variados pleitos. Na lida familiar, estamos acostumados a dar tantas coisas aos nossos filhos, que não é possível contabilizar. Começamos, em colaboração CM 524
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com o Criador, a dar-lhes a vida e, a partir daí, não paramos mais: damos-lhes tempo, amor, presença, atenção, palavras, afagos... Quando pequenos, damos banho, alimento, abrigo. À medida que crescem damos educação, confiança, inspiração, responsabilidade, solidariedade nas lágrimas, humildade nas vitórias, estímulo nas iniciativas. Descobrimos, encantados, que, no exercício contínuo da pedagogia do “dom”, que envolve gozos e dores, alegrias e sofrimentos, nossa vida não diminui, mas ao contrário se alarga e toma rumos de felicidade. Mas chega um dia em que os filhos nos pedem a parte que falta para a sua autonomia. Pedem para tomar nas mãos a própria vida. “Pai, dá-me a minha parte da herança”. A vida aos poucos nos prepara para esse momento, o que não significa que nos seja fácil vê-los pelas costas, afastando-se para um distante e desconhecido horizonte. Estarão preparados? Saberão gerir, sem nossa presença, o que a vida lhes reserva? Serão suficientemente fortes para resistir ao mal e capazes de desenvolver o bem? Por maiores que sejam nossos receios, não podemos cometer o erro de julgar que somos os donos do destino dos filhos. A relação filial implica vertiginosa aventura de liberdade. Amar não é prender, mas dotar de asas aqueles que amamos. É claro que isso exige de nós redobradas orações, para deixarmos que Deus trabalhe nosso interior e nos conceda o dom do desprendimento. Compreendemos bem a grandeza deste momento? E quando entendemos que o pai da parábola representa o próprio Deus? Na parábola, Ele não faz perguntas, não procura negociar condições. Deus dá! Seu amor é incondicional, infinito e gratuito. A fé supõe a aventura e o risco. Como dizia a filósofa Simone Weil: “Ter fé em Deus é antes de tudo compreender e maravilhar-se com a fé que Deus coloca em nós”. Foi assim que, na primeira manhã, refletimos sobre a amplitude e a alegria da liberdade cristã. Que significa para nós o gesto de confiança de Deus? Quando pedimos, Deus dá. Graça e Eduardo Eq. N. S. do Bom Conselho Porto Alegre - RS
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igreja católica
Palavra do Papa Ao celebrar a festa da Sagrada Família, em 30/12/2018, o Papa Francisco, no Ângelus, citando o Evangelho do dia (Lc 2, 41-52), destacou dois aspectos do encontro, por Maria e José, do Filho no templo, conforme o v. 48: admiração – “ficaram admirados” e aflição – “teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”. Essa admiração “é a capacidade de se maravilhar diante da gradual manifestação do Filho de Deus, [...] admirar-se significa abrir-se aos outros, compreender as razões dos outros: esta atitude é importante para curar as relações comprometidas entre as pessoas, e é indispensável também para curar as feridas abertas no âmbito familiar. Quando há problemas no seio das famílias, damos por certo que nós temos razão e fechamos a porta aos outros. Ao contrário, é necessário pensar: ‘Mas que tem de bom esta pessoa?’, e maravilhar-se com este ‘bom’”. O Tema de Estudo de 2017 ofereceu como “pista” ao Dever de Sentar-se, na Reunião 1: “Quando você foi para mim ‘maravilha para meus olhos?’”, o que nos levou a maravilhosas reflexões na realização deste PCE. O Santo Padre colocou uma questão: “Eu consigo maravilhar-me, quando vejo as coisas boas dos outros, e resolver deste modo os problemas familiares?” O Padre Caffarel nos ajuda a responder: “É preciso saber assombrar-se e admirar-se diante das pessoas que amamos. Isto exige um contínuo esforço de busca, uma incansável curiosidade, mas não uma curioCM 524
Buscadores de Deus
sidade indiscreta, que é uma violação da intimidade, uma entrada no segredo do outro, mas sim esta curiosidade de amor.” (Pe. Caffarel, L’Anneau d’Or, 1945, cf. Centelhas de sua Mensagem, pág. 15). O segundo elemento sobre o qual Sua Santidade refletiu foi “a aflição que experimentaram Maria e José quando não conseguiam encontrar Jesus. Esta aflição manifesta a centralidade de Jesus na Sagrada Família.[...] deveria ser também a nossa aflição quando estamos distantes d’Ele, quando estamos distantes de Jesus”. Devemos ser “buscadores de Deus”, já nos conclamava o Padre Caffarel: “buscadores cuja inteligência e coração estão ávidos de conhecer, de encontrar a Deus. Apaixonados por Deus, impacientes de estarmos unidos a Ele, para os quais Deus é a grande realidade, para os quais Deus interessa acima de tudo”. E sua convicção: “um casal de ‘buscadores de Deus’ em nosso mundo, que já não acredita em Deus, que já não acredita no amor, é uma ‘teofania’, uma manifestação de Deus” (Pe. Caffarel, Encontro de Roma, 1970, cf. Centelhas de sua Mensagem, págs. 30 e 32).
Rita e Fernando Eq. N. S. de Guadalupe Belém - PA 13
Um Sínodo especial Em outubro de 2019 será realizado, em Roma, o Sínodo especial para a Amazônia. Convocado pelo Papa Francisco em outubro de 2017, o evento eclesial é uma resposta à realidade sofrida da Amazônia e de seus povos. De acordo com o próprio Francisco, “o objetivo principal desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta”. Mas o que é um Sínodo? De acordo com o dicionário da língua portuguesa, é uma “assembleia periódica de bispos de todo o mundo que, presidida pelo papa, se reúne para tratar de assuntos ou problemas concernentes à Igreja universal”. Sínodo é uma palavra que tem origem no grego e significa “syn”, juntos, e “hodos”, estrada ou caminho. Desta forma, é uma assembleia na qual se buscam caminhos coletivos para se decidir sobre algo específico. Essa modalidade de assembleia foi instituída pelo Papa Paulo VI e foi assumida como uma prática metodológica participativa da Igreja Católica desde setembro de 1965. Para o Papa Paulo VI, o Sínodo representa, na prática, “um estudo comum das condições da Igreja e a solução concorde das questões relativas à 14
sua missão. Não é um Concílio, não é um Parlamento, mas um Sínodo de particular natureza” convocado sempre que houver alguma necessidade específica em determinada realidade e contexto histórico. O Sínodo terá como tema: “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”. Será uma oportunidade para se CONHECER a riqueza do bioma, os saberes e a diversidade dos Povos da Amazônia, especialmente dos povos indígenas, suas lutas por uma ecologia integral, seus sonhos e esperanças; para RECONHECER as lutas e resistências dos Povos da Amazônia que enfrentam mais de 500 anos de colonização e de projetos desenvolvimentistas pautados na exploração desmedida e na destruição da floresta e dos recursos naturais; para CONVIVER com a Amazônia, com o modo de ser de seus povos, com seus recursos de uso coletivo compartilhados num modo de vida não capitalista adotado e assimilado milenarmente; para DEFENDER a Amazônia, seu bioma e seus povos ameaçados em seus territórios, injustiçados, expulsos de suas terras, torturados e assassinados nos conflitos agrários e socioambientais, humilhados pelos poderosos do agronegócio e dos grandes projetos econômicos desenvolvimentistas. Paulo Martins REPAM - Brasil CM 524
A Semana Santa e a Paixão de Cristo Na Quinta-feira Santa pela manhã somos convidados a participar da solene Missa Crismal, o Bispo celebra com o próprio presbitério, e no curso da qual são renovadas as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da Ordenação. Também na Missa Crismal são abençoados os óleos dos enfermos, dos catecúmenos, e o da Crisma. Nesta rica liturgia podemos contemplar a plenitude do Sacerdócio de Cristo e a comunhão eclesial que deve animar o povo cristão, reunido para o sacrifício eucarístico e vivificado na unidade pelo dom do Espírito Santo. Na Missa da tarde, chamada in Coena Domini, iniciamos propriamente o tríduo Pascal, nesta solene liturgia a Igreja celebra a instituição da Eucaristia, o Sacerdócio ministerial e o Mandamento Novo da caridade, deixado por Jesus aos seus discípulos. O texto apresentado nos ajuda a compreender o mistério que celebramos: “Na noite em que seria entregue, tomou o pão e, depois de haver dado graças, o partiu e disse: ‘Isto é o meu corpo, entregue por vós; fazei isto em memória de mim’”. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, toda vez que dele beberdes, em memória de mim’ (1 Cor 11, 23-25). Palavras carregadas de mistério, que manifestam com clareza a vontade de Cristo: sob as espécies do pão e do vinho Ele se torna presente com o seu corpo oferecido e com o seu sangue derramado. Portanto, a Quinta-feira Santa constitui um renovado convite para rendermos graças a Deus pelo dom da Eucaristia como alimento que nos indica um caminho de: oferta, partilha e entrega de nós mesmos cotidianamente. Ao término da celebração a Igreja nos encoraja ao Espírito da Vigilância, essa vigilância na presença do Santíssimo sacramento, tendo a sublime piedade de nos recordar a hora triste que Jesus passou em solidão e oração no Getsêmani. CM 524
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“O Crux, ave, spes unica – Salve, ó cruz, única esperança!” A Sexta-feira Santa, dia da paixão e da crucifixão do Senhor. Todos os anos, somos convidados pela divina liturgia a nos colocarmos em silêncio diante de Jesus pendente no lenho da cruz, percebendo e fazendo uma profunda experiência pessoal de amor por meio das palavras pronunciadas por Ele na véspera, no curso da Última Ceia. “Este é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos” (cf. Mc 14,24). Jesus quis oferecer a sua vida em sacrifício pela remissão dos pecados da humanidade. Como diante da Eucaristia, também diante da paixão e morte de Jesus na Cruz o mistério se torna insondável para a razão. Estamos diante de algo que humanamente poderia parecer absurdo: um Deus que não apenas se faz homem, com todas as necessidades do homem, não apenas sofre para salvar o homem assumindo toda a tragédia da humanidade, mas também morre pelo homem. É diante deste silencioso e eloquente mistério que podemos confrontar nossas dores e cruzes do cotidiano da vida conjugal e aprendermos com resignação a verdadeira escola da doação total. O mistério da cruz configura com as nossas lutas dando-nos a verdadeira sabedoria para fazer das tramas do cotidiano um caminho consistente de fé e de oferta de nós mesmos, que resultará em atitudes maduras e concretas, ricas em testemunho e fecundas em vida nova. Portanto, coragem queridos casais e saibamos fazer das “sextas-feiras do nosso cotidiano” um tempo como nenhum outro, propícias para reavivar a nossa fé, para consolidar a nossa esperança e encorajadoras na arte de carregarmos a nossa cruz com humildade, confiança e abandono em Deus, certos de seu auxílio e da sua vitória. Pe. Anderson Luiz, fsa SCE Região CE II Província NE I 16
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vida no movimento
Reconciliação,
Sinal de Amor Orientações para 2019
‘‘NÃO TENHAM MEDO, SAIAMOS’’
1 Saiamos para servir, discernindo No que podemos ‘‘ser mais’’ dentro e fora do Movimento.
2 Saiamos para servir, a partir da vivência plena dos PCE Estimular a partilha, coração da Reunião de Equipe, dando ênfase na Regra de Vida.
3 Saiamos para servir, conhecendo e divulgando A riqueza dos documentos do nosso Movimento, com ênfase para a Carta de Fátima e o Tema do Ano.
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Província Norte - 7 EACRES 1.351 Casais, 37 Viúvos (as) e 148 SCE/AE distribuídos em 03 Regiões, 18 Setores, 221 Equipes. Atualmente com 18 Experiências Comunitárias. Juruti
Maués
Itacoatiara
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Parintins
Manaus e Boa Vista
Norte III
Norte II
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Província Nordeste I - 8 EACRE 3.653 Casais, 50 Viúvos(as) e 300 SCE/AE distribuídos em 06 Regiões, 44 Setores e 574 Equipes. Atualmente com 45 Experiências Comunitárias. João Pessoa
Fortaleza - CE I
Natal - RN I
Campina Grande 20
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Caicó - RN II
Fortaleza - CE II
São Luís - MA
Tuntum - MA
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Província Nordeste II - 8 EACRE 3158 casais, 29 viúvos (as) e 372 SCE/AE distribuídos em 5 Regiões, 38 Setores, 517 Equipes. Atualmente com 51 Experiências Comunitárias.
NORDESTE I I
Itabuna
Salvador
P R OV Í NC I A
Maceió
Itabaiana
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PE I
Arapiraca
Aracaju
PE II CM 524
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Província Centro Oeste - 8 EACRES 3785 casais, 48 viúvos (as) e 348 SCE/AE distribuídos em 8 Regiões, 49 Setores e 596 Equipes. Atualmente com 30 Experiências Comunitárias.
Brasília II
Brasília I
Brasília III
Brasília IV
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Goiรกs - Centro
Goiรกs - Sudoeste
Goiรกs - Sul II
Mato Gross o
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do Sul
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Província Leste - 11 EACRE 4421 casais, 74 viúvos (as) e 467 SCE/AE distribuídos em 11 Regiões, 64 Setores e 720 Equipes. Atualmente com 42 Experiências Comunitárias.
P RO V Í NC I A
LESTE
Espírito Santo
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I Minas
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Minas II
Minas IV
Minas III
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Minas V
Rio I
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Rio III
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Província Sul I - 9 EACRES 4417 casais, 99 viúvos(as) e 532 SCE/AE distribuídos em 11 Regiões, 61 Setores, 780 Equipes. Atualmente com 73 Experiências Comunitárias
SU L I
SP Capital I
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SP Capital II
SP Capital III
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SP Centro II
SP Centro III
SP Leste I SP Leste II
SP Leste III
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Província Sul II - 7 EACRES 2.965 Casais, 62 Viúvos (as) e 300 SCE/AE distribuídos em 07 Regiões, 41 Setores e 540 Equipes. Atualmente com 43 Experiências Comunitárias.
SP Norte II
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SP Leste
SP Norte I
SP Nordeste
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SP Oeste III
SP Oeste
I
SP Oeste II
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Província Sul III - 7 EACRES 2.131 casais, 47 viúvos (as) e 305 SCE/AE distribuídos em 6 Regiões, 7 Setores e 418 Equipes. Atualmente com 18 Experiências Comunitárias
SC I
P R O V ÍN C I A
SU L I I I
RS II
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SC II
PR Norte - Cascavel
PR Norte - Londrina PR Sul
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raízes do movimento Desde a proclamação do Ano Santo da Redenção [junho de 1983], vinha o Santo Padre insistindo no aspecto da reconciliação, inerente à história da Salvação. Reconciliação do homem com Deus, mas também dos homens entre si. Aqui o Pe. Caffarel nos fala da reconciliação entre marido e mulher.
A RECONCILIAÇÃO CONJUGAL1 E importante considerar como podem os cônjuges, quando o não-amor os separou momentaneamente, voltar a dialogar, reatar a comunhão de amor. Numa palavra, perguntemo-nos em que consiste a reconciliação conjugal, qual é o seu processo. Não se resignar com o mal, com o não-amor, é a disposição de base. Leva a reconhecer a própria falta diante do cônjuge, a julgar-se e a condenar-se. O pedido de perdão é a sequência lógica desse reconhecimento. Que prova de amor neste ato de humildade! É o primeiro elemento desta reparação, deste acréscimo de amor que aspiramos a dar para compensar o déficit de amor de que nos reconhecemos culpados. É preciso, evidentemente, que o ofendido seja acolhedor. Se ele souber perdoar, com esse perdão – o único verdadeiro – que consiste em restituir a sua confiança total, ele fará uma admirável e inesperada experiência. Exatamente a do profeta Oséias, a quem Deus pede que retome a sua mulher infiel: tendo-o feito com um coração sem reticências, bastou-lhe recorrer à sua experiência pessoal no dia em que lhe foi necessário revelar a fidelidade, a ternura, a misericórdia de Javé para com o seu povo adúltero. Se o profeta não tivesse sabido perdoar, não teria podido penetrar nos segredos do coração de Deus e seríamos privados de alguns versículos entre os mais comoventes da Bíblia: “O meu coração se contorce dentro de mim, as minhas entranhas estremecem. Não me abandonarei ao ardor da minha có-
lera... Conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração. E ela voltará a ser como nos dias da sua juventude” (Os. 11, 8c-9; 2, 16-17). Saber perdoar. Ciência tão necessária às pessoas casadas! Bem o tinha compreendido o pai que encerrava seu brinde num jantar de casamento com essas palavras: “Há uma graça que lhes desejo entre todas e que a minha oração solicita a Deus: que, ao longo da sua vida, saibam perdoar-se!” Os solteiros pareceram muito surpreendidos, mas os casais mais velhos muito menos... Alguns jovens casais tomam e conservam ciosamente a resolução de não adormecerem sem se terem reconciliado. Pressentem que o futuro do seu amor disso depende. Penso num deles: uma noite, pela primeira vez depois de três anos de casados, a esposa recusou o beijo da paz... Sem nada dizer, o marido pôs-se de joelhos ao pé da cama e começou a rezar seu terço, convencido de que aquela era uma hora grave. Sabendo que ele era capaz de passar a noite toda em oração, a mulher não o deixou ir além do terceiro mistério! Toda verdadeira reconciliação exige de um e de outro – de um para pedir perdão, do outro para consentir no perdão sem reticências – um acréscimo, uma primavera de amor que levarão a uma nova arrancada do casal em vista de uma comunhão mais perfeita. Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. Mãe de Deus Piracicaba-SP
1 - Editorial do Padre Henri Caffarel na Carta Mensal n° 1, de março de 1984.
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Ajudando casais a
CA
testemunho
rescer no mor
Queridos irmãos equipistas! É com grande alegria no coração que dizemos que não conseguimos mais pensar nossa vida sem as Equipes de Nossa Senhora. Ao longo desses oito anos que fazemos parte do Movimento, o Senhor tem nos presenteado com várias missões. Em 2016, o Espírito Santo nos surpreendeu com mais uma, aquela que seria a mais linda missão: acompanhar um grupo de casais do Projeto “Crescer no Amor”. Um desafio, pois diante de uma sociedade que muitas vezes banaliza o casamento, não seria fácil despertar em casais, alguns desacreditados, o desejo de receber e viver o sacramento do matrimônio. Seria para nós uma graça tão grande quanto para eles, afinal acompanharíamos casais que já tinham uma vida conjugal, alguns há mais tempo do que nós, mas que ainda não tiveram a graça de receber esse sacramento tão lindo, símbolo do amor perfeito entre Cristo e sua Igreja. Foram dez encontros maravilhosos, mostrando que o casamento vale a pena. A cada encontro uma descoberta e o desejo de vê-los dizendo “sim” a Deus, sacramentando o amor que os uniu e que já era tão visível em seus olhares. O amor cresceu e em 28 de maio de 2016 casaram-se. No nosso peito uma enorme emoção em vê-los receber Jesus Cristo, na Eucaristia. Hoje, alguns estão terminando a Pilotagem e o nosso coração transborda de felicidade por Deus nos ter confiado tão bela missão e a cada dia somos convictos de que o Poderoso faz em nós maravilhas e Santo é o seu nome.
Cidinha e Ademir Eq. 06 - N. S. dos Milagres Setor A Santa Luzia - NE I Santa Luzia-PB
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reflexão
Mensageiro, o outro nome do equipista As palavras de Jesus dirigidas a Pedro no mar da Galileia, para que fosse a “águas mais profundas” (Lc 5,4), podem ser entendidas hoje como um convite para que o casal progrida daquilo que faz para aquilo que deve fazer ou, melhor ainda, daquilo que é para aquilo que deve ser: um casal missionário. É o seu despertar para o serviço. Sua “pesca milagrosa” consistirá na animação de outros casais levando a eles a mensagem de que o casamento é um caminho para a santidade. Está no Evangelho: “Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade...” (Lc 5,6). As águas profundas, às vezes, são cheias de ondas agitadas. São as incompreensões, decepções, acusações injustas, etc., mas, estando o casal com Jesus a seu lado, “as tempestades se transformarão em leve brisa” (Sl 107[106],29) e reinará a paz. E, além da “pesca”, o casal passará a ter uma visão menos crítica e mais construtiva, menos cobradora e mais colaboradora, menos egoísta e mais desprendida, e saberá melhor entender o sentido do trabalho que supera desafios, que não se deixa influenciar por interesses menores, que se baseia em decisões valorosas, que ultrapassa as fraquezas individuais e que visa apenas servir por amor ao Movimento. Em 1970, após Paulo VI nomear as ENS para espalhar no mundo a notícia da santidade através do casamento, Pe. Caffarel disse aos equipistas que eles estavam sendo escolhidos para serem os mensageiros e não apenas destinatários de tal notícia. Ora, e como ser mensageiro sem sair da 38
praia, sem levantar a âncora do comodismo e da insensibilidade que mantém o barco no raso? Portanto,“ir a águas mais profundas”, é uma exortação a quem não despertou ainda para este dever. Aliás, se cada um soubesse quantas outras graças são destinadas ao que se torna mensageiro, o convite para zarpar rumo ao mar aberto seria irrecusável. Ser casal equipista e não se tornar mensageiro é se assemelhar ao servo infiel que enterrou os talentos (Mt 25,18). O mais consistente princípio do amor é o serviço e é por fidelidade a este fundamento que o casal tem o dever de ser mensageiro e amar a Deus através do serviço ao próximo, pois todo cristão é chamado a ser missionário. É de Deus a iniciativa do chamado, mas torna-se imprescindível a absoluta e incondicional disponibilidade para atender o convite. Deus não impõe, Deus convida, mas é preciso dizer como Maria: “Eis a serva do Senhor” (Lc 1,38). A partir daí, sem olhar para trás, começar a servir a Deus na pessoa dos irmãos. Realmente, só se chegará a esse amadurecimento da fé cristã quando se amar o irmão de modo completo, pois é nele que Cristo se reflete e é para ele que Cristo espera que seja dirigido o cuidado. E como a ninguém é dado o direito de privatizar os dons, “cada um, conforme o dom que recebeu, consagre-se ao serviço do outro, como bom dispenseiro da multiforme graça de Deus” (I Pd 4, 10). Portanto, “lançar-se em águas mais profundas” para ser mensageiro é um dever de equipista! Elen e Colares Eq. N. S. Estrela do Mar - Setor E Fortaleza - Região Ceará II - NE I CM 524
partilha e PCE
a Regra de Vida I
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As notas abaixo foram tomadas em Paris, por Mme. Poulenc, por ocasião das “Jornadas dos Casais Responsáveis”. São frases anotadas rapidamente no decorrer de uma palestra proferida pelo Pe. Caffarel. Aparentemente sem ligação, contêm quase sempre ideias profundas que se prestam a reflexões úteis e orientam com firmeza para a elaboração de uma Regra de Vida. Finalidade da Regra de Vida: Fazer com que Deus seja soberano na vida dos nossos lares. É isto uma obrigação. Nossa vocação sobrenatural consiste na caridade que nos une a Jesus Cristo e nos conduz até o Pai. Ao pensar na Regra de Vida, considerar: De que nos devemos desembaraçar, para não apagar a vida de Deus em nós? Alimentamos suficientemente esta vida? Alimentar a vida: corpo, inteligência, vontade. Exercitar a vida. Exercitar-se em Amar e Servir a Deus. Nenhum de nós vai se exercitar na prática de todas as virtudes ao mesmo tempo. Cada um de nós tem a sua maneira própria de se exercitar. Cada um de nós deve ter a sua estratégia pessoal que exige a penetração em certos detalhes. Não confundir programa de vida (comunhão, orações, leituras, deveres) com os pontos particulares deste programa, sobre os quais é preciso fazer um esforço especial. Praticar constantemente para não permitir o desequilíbrio na vida. Esforços particulares para adquirir alguma coisa. Esforços bem determinados. Não introduzir qualquer inovação na Regra de Vida, sem ter previamente feito a sua experiência durante algum tempo. 2 - Suplemento da Carta Mensal n° 7, ano II, de agosto de 1954.
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Quando estabelecer a Regra de Vida? Em momentos que tenhamos a possibilidade de rever a nossa vocação cristã (por exemplo, retiros, recolhimentos). Como organizar uma Regra de Vida? Devemos elaborá-la sozinhos? Não. A quem deveremos recorrer? Ao assistente da equipe, que acompanha a nossa vida e conhece as nossas reações humanas. Ao marido. À esposa. Igualmente, “coparticipação”, na equipe. Mas, principalmente, interrogar o Senhor. Qual deve ser o conteúdo de uma Regra de Vida? Pessoal? Comum? Ambas as coisas. Regra de Vida pessoal: Orientação geral: Abandono à Providência. (A palavra sim. Dizer sim a Deus.) A importância de ver no próximo que abordamos um membro de Cristo (ver os operários, os trabalhadores não como braços, mas como homens criados por Cristo). Regra de Vida comum aos dois cônjuges: Orientação geral: Caridade. Fisionomias sorridentes. O sorriso, quaisquer que sejam as circunstâncias, por mais que custe... Regra de Vida no plano religioso: Se a vida espiritual é aborrecida é que a fé é fraca. Incluir a Oração na própria vida (por exemplo, um médico que, entre duas consultas, faz dois minutos de recolhimento: a acolhida aos doentes fica assim beneficiada). Esforços também no plano natural: A graça se apoia sobre a natureza. Se não há natureza, sobre o que se apoiará a graça? “A natureza e a graça são como duas mãos juntas” (Peguy).
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1ª qualidade de uma Regra de Vida: Escrita e curta. Visar o essencial. Regra de vida mínima. Impor-nos um mínimo abaixo do qual nunca deveremos descer. Concretizar. Nada significa dizer apenas “devo ser mais caridoso”. Descer até os detalhes (por exemplo, a falta de pontualidade que leva ao enervamento e, consequentemente, à falta de caridade). Quando pensar na Regra de Vida? Todos os dias, no fim da oração. Outros, depois de cada confissão. Controlar a sua execução. Por exemplo, por ocasião do exame de consciência diária. Observar a Regra de Vida por Amor de Deus. Por que não se auxiliariam, marido e mulher, em praticar a Regra de Vida? (preocupação de prestar apoio). No “dever de sentar-se”: troca de ideias franca sobre a prática da Regra de Vida. (haverá, entretanto, pontos sobre os quais se poderá não falar ao cônjuge). Pode haver troca de ideias sobre a Regra de Vida, na própria equipe. Saber infringir, faltar à Regra de Vida em certas circunstâncias (por exemplo, alguém que bate à porta enquanto fazemos a meditação). A revisão da Regra de Vida: Cuidar da Regra de Vida, como o jardineiro cuida de seu jardim. Saber fazer a sua revisão, quando é pouco precisa, mal adaptada. Saber refundi-la se por acaso for por demais pretensiosa... mudanças de meio... Alterar a Regra de Vida durante as férias. Adaptá-la também ao tempo litúrgico (Quaresma, Advento...) Perigos a evitar: A Regra de Vida não convém da mesma maneira a todos os temperamentos. Cada qual deve escolher uma Regra de Vida “sob medida”. A Regra de Vida deve nos impor um mínimo de exigências. Desconfiar de uma vida feita de regulamentos. Não uma religião de regras, mas sim de caridade. Se quiserdes fazer comparações é com Cristo que devereis vos comparar. Cuidar em que o espírito não seja abafado pela letra. Desconfiar do formalismo. CM 524
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formação
A Oração
Litúrgica
Como sabemos, a Oração Litúrgica tem um papel fundamental e insubstituível na Reunião de Equipe, como colocado pelo Padre Caffarel: “Para que esta oração em comum dilate os corações e os faça pulsar, segundo o ritmo da Igreja, comportará salmos, orações e hinos do breviário e do missal, que serão propostos às Equipes, na Carta Mensal.”1 Mas o essencial é que a oração da nossa pequena “ecclesia” [Equipe] tenha ligação, pela liturgia, com a nossa Igreja mãe, a grande “Ecclesia”. Como mencionava Dr. Pedro Moncau no livro “O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento: “Na reunião, esta união se realiza pela intenção mesmo que nos congrega; pela presença do Conselheiro Espiritual que está junto de nós na qualidade de ministro da Igreja; pela Oração Litúrgica sempre escolhida dentre as riquezas da Igreja.”2 Padre Caffarel, na sua palestra proferida quando de sua primeira visita ao Brasil em 1957, assim se pronunciou em determinado momento: “7ª Condição: união com a Igreja. Evocam-se na oração, para adotá-las, as grandes intenções da grande Igreja. Daí também esta obrigação dos Estatutos, a oração litúrgica obrigatória, porquanto a oração litúrgica é a voz da grande Igreja que ecoa na pequena Ecclesia. Em uma palavra, se a pequena Ecclesia não lançar raízes na Igreja, não passará de uma seita.”3 Podemos assim constatar por que esse momento da reunião da equipe é tão precioso. Vale lembrar, na nossa oração, as intenções pelas quais estaremos rezando nossa Oração Litúrgica. E nós temos aí os insistentes apelos do nosso Papa Francisco, sempre insistindo que rezemos por ele, bem como por diversas outras intenções. 1 - La Charte des Équipes Notre-Dame – 1947. Prière en commun, 4° paragraphe. 2 - O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento, ENS, pág. 15, item 7. 3 - Equipes de Nossa Senhora no Brasil – Ensaio sobre seu histórico, Nancy Cajado Moncau, ENS, pág. 263, 5º parágrafo, 1ª edição.
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E aqui gostaríamos de deixar uma indicação muito a propósito. O Vaticano lançou neste ano um site denominado “Rede Mundial de Oração do Papa”: https://redemundialdeoracaodopapa.pt/rezar-com-o-papa/intencoes/2018/1. A partir daqui, ao se montar o roteiro, já se pode colocar em seguida à menção da Oração Litúrgica, a intenção colocada do Papa para aquele mês da reunião. Temos ali as intenções pedidas para cada mês do ano de 2019. Assim, nada melhor do que rezar nas intenções solicitadas pelo nosso Papa. Mas, atenção: estamos sugerindo que se utilize tão somente a intenção, pois o site apresenta uma série de outros elementos, tais como reflexões, orações, etc. Nossa oração será aquela de costume, normalmente aproveitando a sugestão apresentada na Carta Mensal. Por exemplo, suponhamos que estamos preparando o roteiro para a reunião de maio [2019]. Ficaria assim no mesmo: • Oração Litúrgica: intenção – A missão dos leigos Para que os fiéis leigos realizem a sua missão específica colocando a sua criatividade a serviço dos desafios do mundo atual. Mais uma “dica”. Agora que temos o privilégio de contar com todas as nossas Cartas Mensais digitalizadas no site das ENS, sugerimos a leitura de um artigo de Maria Helena e Nicolau Zarif (aqueles com mais tempo de Movimento saberão com certeza de qual casal estamos mencionando, um dos grandes esteios do nosso Movimento) constante na Carta Mensal n° 3, de maio de 1986, pág. 11, sobre a Oração na reunião de equipe. E na Carta Mensal n° 487 de fevereiro/março de 2015, pág. 34, vocês encontrarão um artigo de nossa autoria tratando especificamente do assunto, isto é, a oração litúrgica na reunião de equipe. Com nosso fraternal abraço, Maria Regina e Carlos Eduardo Heise Eq. N. S. Rosário - Piracicaba-SP CM 524
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serviços nas ENS
Pilotagem Definição A Pilotagem faz parte da Formação Inicial equipista, após terem passado pela Experiência Comunitária, durante a qual se estudam os Estatutos das Equipes de Nossa Senhora, seguindo-se os 10 fascículos denominados “Vem e Segue-me”. “Sendo a Pilotagem, a primeira formação que os casais recebem deve primar pela fidelidade ao carisma fundador das ENS, o qual assegura a Unidade do Movimento, sinal de sua força e atualidade” (Manual de Pilotagem, pág.14). A Pilotagem destina-se: • Aos casais que iniciam uma nova equipe (Pilotagem); • Aos casais que entram em equipes já existentes (Pilotagem Paralela); • Às equipes que necessitam de Repilotagem. Os 10 livros da Pilotagem são chamados de “Vem e Segue-me” e têm como objetivo principal transmitir aos Casais e Conselheiros conhecimentos básicos sobre a proposta de vida das Equipes de Nossa Senhora, seu método e sua história. A Pilotagem é concluída com o Encontro de Equipes Novas (EEN), que tem como objetivo: • Proporcionar o encontro com outras equipes e equipistas; • Rever a metodologia do Movimento; • Celebrar o compromisso; • Festejar o acolhimento das novas equipes; • Fortalecer a unidade do Movimento.
Correção: CM 523, março/19, pág. 41 - “Experiência Comunitária”. na terceira linha do segundo parágrafo: “Os grupos, de no mínimo sete (7) e no máximo dez (10) casais...” O correto, conforme Manual de Orientação Experiência Comunitária (pág. 8): “é recomendável que o número de participantes seja de sete (7) casais”. 44
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Testemunho
Ser Casal Piloto Iniciamos em 2009 a Experiência Comunitária e em 2010 demos o nosso Sim e iniciamos a Pilotagem, período em que aprendemos a pedagogia, o carisma, a mística e os meios da busca da nossa espiritualidade conjugal. Em 2012, fomos escolhidos como CRE. Tudo muito novo para nós, nos lançamos em mais este desafio confiantes em Deus e buscando nos aprofundar através dos documentos e das formações... Em agosto de 2014, fomos convidados para ser Casal Piloto da equipe 14 do Setor D, N. S. Mãe da Graça e da Misericórdia. No primeiro momento ficamos alegres pela confiança depositada e ao mesmo tempo preocupados, pois tínhamos acabado de entregar a missão de CRE pela primeira vez. Colocamo-nos à disposição do Movimento e assumimos nosso compromisso, buscando viver e agir com a verdade, para alcançarmos a espiritualidade que nos comprometemos quando entramos no Movimento. Aproveitamos essa oportunidade para nos aprofundar nos documentos (Manual do Casal Piloto, Guia e Vem e Segue-me), também participamos da formação de Casal Piloto proporcionada pelo Setor, onde pudemos sanar algumas dúvidas. A Pilotagem fez com que aprendêssemos mais sobre o Movimento e respeitássemos os pontos de unidade, fortalecendo mais nosso matrimônio e nossa espiritualidade conjugal. Em 2016, novo desafio, trabalhar em uma Repilotagem. Muitas perguntas nos vinham à cabeça, mas enfim aceitamos. Afinal, o que tínhamos para doar a essa missão era o nosso testemunho. Fomos bem acolhidos pela equipe 10 do Setor D, N. S. do Carmo, que havia recebido três casais. Durante um Mutirão, a equipe deu testemunho da importância de terem feito a Repilotagem. No ano seguinte, como Casal Ligação da Equipe 5 do Setor D, N. S. Desatadora dos Nós, junto com o Casal Responsável de Setor percebemos a necessidade de se inserir novos casais e proporcionar uma Repilotagem. Apresentamos a proposta à equipe, que acolheu com alegria. Em 2018, fomos convidados a coordenar o Encontro de Equipes Novas e mais uma vez, com muita alegria, aceitamos. Nesse período, recebemos mais uma graça com intercessão de N. S. do Carmo, o nosso segundo filho, já desejado há mais de dois anos! Agradecemos a Deus o privilégio de testemunhar que as sementes lançadas germinaram e o Movimento se expandiu. Isso nos enche de gratidão e nos permite afirmar: O Senhor fez em nós maravilhas...
Luciana e Luzifran Eq. 12 Setor D - N. S. de Guadalupe Natal-RN CM 524
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notícias BODAS DE PRATA 11
09
dez 2018
dez 2018
Valéria e Geraldo N. S. Imaculada Conceição Itaúna-MG
14
Luciana e Paulo N. S. da Medalha Milagrosa São José do Rio Preto-SP
22
jan 2019
jan 2019
Magali e Luís Antônio N. S. Mãe de Deus e da Amizade Araçatuba-SP
Adriana e Eduardo N. S. Mãe de Deus e da Amizade Araçatuba-SP
22
22
jan 2019
jan 2019
Celiane e Willian N. S. da Esperança Umuarama-PR
Angelita e Carlos N. S. Imaculada Conceição Itaúna-MG
29
jan 2019
Eliane e Aldo N. S. do Perpétuo Socorro Umuarama-PR 46
CM 524
BODAS DE OURO 28
15
dez 2018
fev 2019
Stella e Alencar N. S. Aparecida Manaus-AM
25
Eunice e Milton N. S. Aparecida Torres-RS
15
jan 2019
fev 2019
Naci e Rubens N. S. de Lourdes Londrina-PR
Zélia e Alexandre N. S. de Caravaggio Criciúma-SC
BODAS DE DIAMANTE 21
jan 2019
CM 524
Anna e Afonso Benites N. S. Mãe Imaculada São José Do Rio Preto-SP
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ANIVERSÁRIO DE EQUIPE 25 ANOS
Eq. 1 - N. S. Consolata 12/10/2018 Votorantim-SP
Eq. 15 F - N. S. Rainha 02/12/2018 Brasília-DF
da
Paz
VOLTA AO PAI José Luiz Ipar da Célia 05/02/2019 Eq. 3 - N. S. de Caravaggio Carlos Barbosa-RS William Ferreira Forni da Ieda Maria 18/02/2019 Eq. 7 - N. S. Aparecida Porto Alegre-RS 48
CM 524
MEDITANDO EM EQUIPE
ÍNDICE Editorial........................................................... 01 Super-Região Renovação sacerdotal em todos os sentidos..... 02 Amor verdadeiro e transformador................. 04 A finalidade dos dons.................................... 05 Páscoa, o amor que liberta e gera vida nova...... 06 A ordenação do Padre Caffarel...................... 08 Jornada Mundial das Famílias A dignidade e a beleza da sexualidade: Procurando uma nova linguagem.................... 09 Ecos de Fátima Pai, dá-me a minha parte da herança!.......... 11 Igreja Católica
EACRE - Província Nordeste I....................... 20 EACRE - Província Nordeste II...................... 22 EACRE - Província Centro-Oeste.................. 24 EACRE - Província Leste............................... 26 EACRE - Província Sul I................................ 30 EACRE - Província Sul II............................... 32 EACRE - Província Sul III.............................. 34 Raízes do Movimento A Reconciliação Conjugal........................... 36 Testemunho Ajudando casais a Crescer no Amor................ 37 Reflexão Mensageiro, o outro nome do equipista...... 38
Palavra do Papa Buscadores de Deus..................................... 13
Partilha e PCE A Regra de Vida I......................................... 39
Um Sínodo especial..................................... 14
Formação A Oração Litúrgica....................................... 42
Vida no Movimento Orientações para 2019.........................................17 EACRE - Província Norte.............................. 18
Carta Mensal
n o 524 • abril • 2019
Serviços nas ENS Pilotagem.................................................... 44 Notícias............................................................ 46
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro na “Lei de Imprensa” nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lú e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 São Paulo-SP - Fone: 11 3473-1282 - 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Nádia Tabuchi - Capa (www. scoopnest.com/es/) - Imagens: Pixabay (pp. 4, 7, 15 e 38); Google (pp. 2, 3, 8, 42 e 43) - Tiragem desta edição: 28.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3° andar, cj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
A Palavra de Deus - “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. Mas é o único e mesmo Espírito que isso tudo realiza, distribuindo a cada um os seus dons, conforme lhe apraz.” (1 Cor 12, 4-7.11) - “Todos vós, conforme o dom que cada um recebeu, consagrai-vos ao serviço uns dos outros, como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus.” 1 Pd 4, 10 - “Por este motivo, exorto-te a reavivar o dom espiritual que Deus depositou em ti pela imposição de minhas mãos.” 1 Tm 1, 6
Reflexão -- Em nossa caminhada cristã, na alegria de termos conhecido a Deus, somos agraciados por Ele com inúmeros dons. Jesus Cristo é por excelência o Dom do Pai oferecido à humanidade. Ele se fez Dom para nos ensinar que apenas no oferecimento de nós mesmos como dom se dá a maturidade de nosso ser cristão. Não se é cristão sem se fazer dom. -- Ao olharmos para a figura do filho pródigo, tema este rezado e refletido no corrente ano, notamos que ele se escravizou quando pretendia usar de forma libertina seus dons – deu finalidade espúria aos dons recebidos. Quando não se tem consciência da nobreza do dom se abre mão do mesmo por nada. Tenho desenvolvido uma consciência madura a respeito dos dons que Deus me deu? Consigo enumerar quais são eles? Com que clareza percebo os meus dons como frutos da ação do Pai das Misericórdias? -- Os dons são distribuídos livremente por Deus; de Suas mãos Santas saem os mais belos dons. São dons distribuídos diretamente a nós. Assim, sou capacitado para ser dom, dom do Dom maior que é Cristo. Fazendo um exame de consciência, temos sido dom para outro? Tenho gastado meus dons/talentos para servir ao movimento e à Igreja? Onde tenho aplicado e multiplicado meus dons? O dom de si mesmo é a oferta mais cara e agradável a Deus... sou que tipo de dom e para quem?
Oração espontânea
Acesse Carta Mensal Sonora! ENS_CM_524_miolo-capa_NB_Arag
A Semana Santa e a Paixão de Cristo.......... 15
Acolher o Dom do Pai (Jesus Cristo) para aprender a ser dom para o outro. Se aprende a ser dom quando se compreende como dom!
-- Diante dos dons recebidos, brota em nossa alma um canto de agradecimento a Deus, assim como Nossa Senhora no Magnificat... aproveite para dar graças a Deus por tudo o que é dom em sua vida familiar. -- Cada casal, levando em conta o momento em que vive, precisa de dons especiais para chegar à santidade matrimonial. Faça uma súplica ardente ao Espírito Santo pedindo esses dons por você, pelo seu cônjuge e por sua equipe.
Oração litúrgica Oração do dia – Solenidade de Pentecostes: Deus do universo, que no mistério do Pentecostes santificais a Igreja dispersa entre todos os povos e nações, derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo, de modo que também hoje se renovem nos corações dos fiéis os prodígios realizados nos primórdios da pregação do Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal
Prelúdio da entrega total de Jesus Celebrado um domingo antes da Páscoa, o Domingo de Ramos é, para nós, um sinal visível da entrega total e decisiva de Jesus Cristo ao projeto salvífico do Pai. A celebração de Ramos, fundamentada biblicamente nos evangelhos: Mt 21,1-10; Mc 11,1-11; Lc 19,28-38 e Jo 12,12-16, narra a entrada messiânica e triunfal de Jesus em Jerusalém. Cada evangelista ao narrar este episódio, procura descrever com riqueza de detalhes como foi a acolhida de Jesus em Jerusalém. Muitos detalhes nos chamam à atenção; mas, um destes, é comum a todas as narrativas: “Jesus entra montado num jumentinho”. Que sinal viria ser esta atitude de Jesus? Sinal de radicalidade, desprendimento, kénosis; pois Jesus rompe com as estruturas obsoletas que dominavam e massacravam em nome do ter e do poder, e apresenta-se como servo humilde e fiel.
Ano LIX • abril • 2019 • no 524
Domingo de Ramos:
CARTA
Enquanto os reis entravam na cidade com seus cavalos, após as batalhas Jesus entra num jumentinho, sinal de humildade e de paz. Segundo a tradição, um rei chegava num cavalo quando queria guerra e num jumento quando queria paz. Seguindo esta premissa, podemos afirmar que a entrada de Jesus em Jerusalém num jumentinho simboliza sua entrada como “príncipe da paz”. Celebrar, portanto, o Domingo de Ramos, é recordar a partir dos textos bíblicos o prelúdio das dores, humilhações, paixão, morte e glorificação (Bendito o que vem em nome do Senhor) de Jesus, como príncipe da paz, em expiação dos nossos pecados. Pe. Agnaldo SCE Região MA/PI
Páscoa Av. Paulista, 352 • 3 andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • (11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br o
Amor que liberta e gera vida nova
EACRE 2019