ENS - Carta Mensal 526 - Junho 2019

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1 - A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração. 2 - Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado. 3 - Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias. 4 - Eu os consolarei em todas as suas aflições. 5 - Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte. 6 - Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos. 7 - Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias. 8 - As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção. 9 - As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição. 10 - Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos. 11 - As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração. 12 - A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Ano LIX • junho e julho • 2019 • no 526

Basílica “Sacre Coeur” (Paris)

As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

CARTA Corpus Christi Louvado seja o Santíssimo Sacramento

Concurso Logomarca IV Encontro Nacional das ENS Fortaleza-CE 2021

Demonstrações Financeiras 2018 Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • (11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


ÍNDICE Província Norte ............................................ 28 Província Nordeste I ..................................... 28 Província Nordeste II .................................... 29 Província Centro-Oeste................................. 29 Província Leste ............................................. 30 Província Sul II.............................................. 31 Província Sul III............................................. 32

Editorial .......................................................... 01 Super-Região Ascensão e Pentecostes: uma explica a outra! .................................... 02 O coração é o melhor símbolo...................... 03 Reconhecendo nossa fragilidade .................. 04 “Comungar Jesus para partilhá-Lo ao mundo” ... 06 Secretaria e Tesouraria Apoiando os casais em missão......................08 Demonstrações Financeiras 2018 ................. 09 Henri Caffarel – Um Profeta do Século XX ... 13 Concurso: Logomarca do IV Encontro Nacional das ENS Fortaleza-CE - 2021 ..........15

Raízes do Movimento Inventar ........................................................ 33 Reflexão Pentecostes .................................................. 34 Testemunho Há 40 anos nas Equipes como Conselheiro Espiritual................................... 36 Ter sido Casal Piloto ..................................... 37

Encontro Mundial das Famílias A Revolução da Ternura do Papa Francisco .... 19

Partilha e PCE Conversão, Coragem e Ter Ajuda .................. 38

Ecos de Fátima Já não sou digno de ser chamado teu filho .... 21

Formação Indulgências: o que são e como recebê-las? ...................... 40

Igreja Católica Palavra do Papa Redes sociais e contato interpessoal .............23 Sínodo da Amazônia Escutas do Sínodo para a Amazônia............. 25 A Igreja celebra a Santidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos ..................26

Serviços nas ENS Fazer correr a seiva do Movimento Casal Ligação ............................................... 43 Informações e instruções Ajustes nas orientações para Publicação de Artigos ........................... 45

1 - A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração. 2 - Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado. 3 - Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias. 4 - Eu os consolarei em todas as suas aflições. 5 - Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte. 6 - Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos. 7 - Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias. 8 - As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção. 9 - As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição. 10 - Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos. 11 - As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração. 12 - A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Carta Mensal

no 526 • junho e julho • 2019 Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • (11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br

Notícias ........................................................... 47

CARTA Louvado seja o Santíssimo Sacramento

Fortaleza-CE 2021

Demonstrações Financeiras 2018

A Palavra de Deus - “Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade. Eu reconheço a minha iniquidade; diante de mim está sempre o meu pecado. Só contra vós pequei: o que é mau fiz diante de vós. Eis que eu nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado. Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.” Sl 50, 3.5-7.11 - “Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço.” Rm 7, 14-15

Reflexão - Na figura do filho que abandonou a casa do Pai, preferindo o pecado a uma vida pautada no amor de família, evidencia-se a fragilidade humana. Depois do pecado original (Gn 3), as inclinações ao pecado e a uma vida longe de Deus marcam a pessoa humana e suas escolhas. Como afirma o salmista, “diante de mim está sempre o meu pecado” (Sl 50). - O filho abandona sua família não porque lhe faltara alguma coisa, pelo contrário, ele tinha Tudo, ele vivia no Amor. Mas a concupiscência - a inclinação para o pecado – o leva ao abandono da vida plena. Nós, como equipistas, já temos consciência das nossas fragilidades? Sou ciente de que se eu não me vigiar também posso “abandonar a casa do Pai” e viver uma vida desregrada? Como o Movimento das ENS pode me ajudar a superar o pecado/fraqueza que está à minha frente? Quais têm sido nossas maiores fragilidades como casal? - São Paulo, mesmo sendo um homem alcançado pela graça de Deus e tendo em Jesus sua maior riqueza, ainda confessava que continuava fazendo o mal que não desejava. Há uma diferença entre querer fazer o bem e fazê-lo de fato. Não podemos ser equipistas só de boas intenções, mas sabendo o que é o mal, devemos evitá-lo e combatê-lo. A vida no Movimento tem lhe proporcionado forças e determinação para saber o que é o bem e praticá-lo? Quais são os males já vencidos e combatidos em sua vida? A consciência da sua fraqueza tem conduzido você à frouxidão em suas atitudes ou à batalha espiritual que leva-o às vitórias diárias?

Oração espontânea

Corpus Christi

Concurso Logomarca IV Encontro Nacional das ENS

- Recomendo a você: reserve um tempo – uma hora pelo menos – ao longo desse mês para fazer um bom exame de consciência, almejando conhecer suas fragilidades e se propondo a vencer os obstáculos que impedem seu crescimento espiritual. - Deixe brotar em seu coração, seria ótimo que fosse perante o Santíssimo Sacramento, uma oração espontânea de reconhecimento de suas fragilidades, de sua pequenez, mas também um pedido a Deus para que Ele venha em seu auxílio, principalmente diante das tentações de abandoná-Lo.

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Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro na “Lei de Imprensa” nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo-SP Fone: 11 3473-1282 - 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Nádia Tabuchi - Imagens: Pixabay (pp. 3, 15, 21, 23, 46); Google (pp. 2, 6, 24, 26, 32, 38, 39, 40, 4a Capa) - Tiragem desta edição: 30.000 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3° andar, cj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Basílica “Sacre Coeur” (Paris)

As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

Ano LIX • junho e julho • 2019 • no 526

Vida no Movimento Encontro Nacional para Novos Responsáveis.....27

Em nossa miséria somos alcançados pela Misericórdia

Oração litúrgica (Tendo em vista a Festa de Corpus Christi, rezemos...) O Verbo é feito Carne no pão verdadeiro, convertido pela Palavra, e o vinho puro se faz Sangue de Cristo. E se falha a razão (para reconhecer este mistério) basta apenas a fé para confirmar (este mistério) num coração sincero. Tão sublime sacramento

Veneramos prostrados: E que a antiga lei ceda lugar ao novo rito: a fé venha suprir a fraqueza dos sentidos. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal


editorial Queridos casais! Chegamos ao meio do ano! Nesta edição, em sintonia com a Igreja, trazemos um pouco da vida dos Santos juninos e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, conforme nos explicam Lu e Nelson. Seguindo ainda com as festividades do mês, Pe. Paulo Renato faz distinção entre duas solenidades importantes, a Ascensão do Senhor e Pentecostes, para que compreendendo possamos bem celebrá-las. E no artigo do Pe. José Oslei encontramos um pouco da história e origem da festa em honra ao Corpo do Senhor (Corpus Christi). Através das reflexões de Meire e Gilson, sobre o tema “Reconhecendo nossa fragilidade”, o primeiro sentimento do filho não foi nada nobre! Entretanto, fundamental para se iniciar o retorno à casa do Pai. Ainda sobre a parábola, os Ecos de Fátima nos lembram que quando a fé e o amor se encontram o milagre da vida acontece, isso porque o filho mais novo confiou na misericórdia do pai. Em meio às preocupações do Santo Padre, temos dois artigos importantes: em um diz que, se você não sente que Deus o ama com ternura, algo lhe falta à compreensão, e o outro nos propõe que abramos caminho ao diálogo e, para isso, as redes sociais podem nos ajudar, mas não devem substituir os contatos interpessoais. Em Vida no Movimento, o destaque é para o Encontro Nacional de Novos Responsáveis, ocorrido em Itaici-SP. Houve momentos fortes de partilha e reflexão sobre a importância da unidade na diversidade. Muita vida também percebemos nos Testemunhos, fruto da experiência pessoal dos nossos irmãos que ousando o Evangelho partilham sua vida conosco! Com alegria, anunciamos o concurso para a Logomarca do IV Encontro Nacional das ENS em Fortaleza-CE. Que o Espírito Santo inspire os equipistas que possuem os dons necessários a esta proposta e que tudo concorra para o bom êxito do Encontro e da evangelização dos casais. Queremos a atenção de vocês quanto às orientações para publicação de artigos, bodas e volta ao Pai na Carta Mensal. Os artigos citados aqui têm por objetivo à leitura, porém muito mais vocês encontrarão nesta edição! Desejamos que a leitura lhes traga muito crescimento. Abraços. Débora e Marquinho CR Carta Mensal CM 526

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super-região

Ascensão e Pentecostes: uma explica a outra!

A Sagrada Liturgia da Igreja nos proporciona no mês de junho celebrar duas solenidades que se não forem conjuntamente compreendidas correm o risco de não serem entendidas e consequentemente serão mal celebradas. São elas: Solenidade da Ascensão do Senhor, o retorno do Filho ao Pai após a ressurreição, e Solenidade de Pentecostes, dom do Espírito Santo concedido a toda a humanidade. Temos que compreendê-las em conjunto, e vamos recorrer às palavras dos Papas para buscar essa compreensão.

O Santo João Paulo II nos ensinou que “a Ascensão é não só a glorificação definitiva e solene de Jesus de Nazaré, mas também o penhor e a garantia da exaltação, da elevação da natureza humana” (João Paulo II, Homilia na Solenidade da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, 12 de maio de 1983). São Leão Magno explica que na Ascensão “nós comemoramos e liturgicamente celebramos o dia em que a humildade da nossa natureza foi elevada em Cristo acima de todas as ordens celestes, acima de todas as hierarquias angélicas, para além da altura das Potestades, até ao trono de Deus Pai” (Sermão LXXIV, 1: PL 54, 597). O Cristo, voltando para o Pai, leva consigo nossa humanidade e a insere no mistério do Amor de Deus. De nossa parte basta nos configurarmos a essa humanidade elevada em Cristo ao Pai para que 2

encontremos nosso “lugar no céu”. Mas como fazer isso se Ele, o nosso Senhor, partiu e nos deixou aqui? Ele, nos deixou, mas não só. É por isso que celebramos Pentecostes no contexto da Ascensão. O Senhor que volta para o Pai carregando consigo nossa humanidade e nos deixa a missão de nos configurarmos a Ele, para que nos reconheçamos e sejamos reconhecidos na humanidade redimida, nos envia o Espírito que nos capacitará a realizar essa missão que recebemos no Batismo: viver “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. É o Papa Francisco quem nos ajuda a entender que “o Espírito é dado pelo Pai e leva-nos ao Pai. Toda a obra da salvação é uma obra de regeneração, na qual a paternidade de Deus, por meio do dom do Filho e do Espírito, nos liberta da orfandade... Do imenso dom de amor que é a morte de Jesus na cruz, brotou para toda a humanidade, como uma cascata enorme de graça, a efusão do Espírito Santo. Quem mergulha com fé neste mistério de regeneração, renasce para a plenitude da vida filial (Francisco, Homilia na Solenidade de Pentecostes, 15 de maio de 2016). Caros equipistas, agradeçamos ao Nosso Senhor Jesus Cristo que nos reconduziu ao Mistério do divino Amor e peçamos ao Espírito Santo que nos oriente na busca diária dessa humanidade redimida no Pai. Amém! Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 526


O coração é o melhor símbolo Olá, queridos irmãos equipistas, No mês de junho comemoramos a Festa do Sagrado Coração de Jesus. O coração é o símbolo que melhor demonstra a união de todos os sentimentos de uma pessoa. É nele que guardamos nossas vontades mais sinceras e é através dele que mostramos nossos sentimentos. O coração é um dos modos para falar do infinito amor de Deus, do amor que chega a seu ponto alto com a vinda de Jesus. Devoção “A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é feita todas as primeiras sextas-feiras de cada mês. Nelas, temos a oportunidade de elevar nossas almas ao Coração de Jesus e pedir para que com sua pureza de sentimentos limpe todos os nossos vícios e pecados e nos dê sabedoria para seguir em frente de acordo com os seus ensinamentos”(Nossa Sagrada Família/ História dos Santos). A sociedade é uma verdadeira selva habitada por seres humanos desconhecidos uns dos outros e ocupados simplesmente em descobrir meios mais cômodos de viver a vida sem depender dos demais. São verdadeiras ilhas isoladas e incomunicáveis, embora profundamente necessitadas de complementação para se sentirem percebidas e respeitadas em seu modo de ser. Surge o desafio da comunicação que leve a um relacionamento solidário e que seja um caminho possível de ser percorrido e partilhado fraternalmente. Para isso surge a necessidade existencial de amar e sentir-se amado. Amar será então dar vida a quem amamos. E mais: amar será dar a vida pessoal a quem necessita de amor. CM 526

Esse amor é o amor que vem de Deus e termina em Deus. É o amor que não se perde. É fácil dizer isso. Mas não será igualmente fácil viver isso. A prática desse amor tem aspectos maravilhosos, alegres, contagiantes e transformadores. Esse amor celebra a partilha de dons, de sentimentos, de emoções e de sonhos. Esse amor leva à comunhão na fé e numa complementação saudável e feliz, em que um se torna esperança para o outro e ambos se tornam plenitude de alegria e de paz. Todos conhecemos o amor. Seja pela sua presença, ou seja pela sua ausência. Todos necessitamos do amor. Seja para quem o cultive e o comungue, ou seja pela dor de sua carência. Não é fácil manter-se numa vivência fiel desse amor. E para aqueles que perderam esse amor e querem resgatá-lo só será possível se tiverem humildade e reconhecerem a sua fragilidade no relacionamento e a limitação no perdão. Será preciso colocar em prática a humildade, a confiança e a fidelidade. Mais que isso, será preciso acolher e praticar aquilo que Jesus nos ensinou e nos ensina: E seu ensinamento é esse: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.

Lu e Nelson CR Super-Região 3


Reconhecendo nossa fragilidade “Caindo em si, refletiu: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome!’.” (LC 15,17) Como nos disse o Papa Francisco em uma de suas homilias: “A liberdade do homem nasce quando permitimos que o verdadeiro Deus seja o único Senhor. Isto nos faz aceitar nossa fragilidade e rechaçar os ídolos do nosso coração”. O filho pródigo almejou viver uma vida que não era sua, fato que o deixou em situação de invejar os empregados de seu pai, que tinham pão com fartura. Com certeza, o filho sentia falta do alimento, e foi este sentimento medíocre que o levou inicialmente a desejar voltar ao pai, mas também sentia falta da dignidade que perdera e da filiação que havia deixado para trás. Muitas vezes é necessário irmos ao “fundo do poço” para valorizar aquilo que tínhamos conquistado, não pelos nossos próprios méritos, mas pela bondade do Pai. Uma revisão de vida quase sempre é imprescindível quando se chega a esta situação, o que nos leva a crer que perdemos nossa filiação com Deus, que não há mais volta ou solução, mas felizmente a grandeza da redenção e filiação divina são muito maiores que nossas conclusões. Ah! como Deus se entristece conosco quando depreciamos o tamanho do seu amor por nós, como nos dizia o Pe. Caffarel: “Ter uma ideia pequena do coração de Deus, eis o que ofende o coração de Deus. Ter uma ideia grande do coração de Deus em todas as circunstâncias de nossa vida, tão medíocres, tão pecadores 4

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que possamos ser, então isto glorifica a Deus. E devemos nos perguntar de vez em quando: tenho uma ideia grande do coração de Deus, de seu amor paternal perante mim?” A história nos tem mostrado ao longo do tempo que a falta de confiança em Deus leva-nos às tentações que conduzem à escravidão do pecado: poder, liberdade, riqueza, etc. Não é ruim reconhecer nossa fragilidade, aliás torna-se condição para abrir-se Àquele que é realmente forte, Jesus Cristo. E é aí que reside nossa liberdade, quando permitimos que o verdadeiro Deus seja o único Senhor em nossas vidas, nos fazendo aceitar nossa fragilidade e rechaçar os ídolos do nosso coração. Reconhecendo nossas fragilidades podemos fazer escolhas conscientes, movidas por parâmetros aceitáveis, sempre se conduzindo por uma lógica simples e que nunca devemos nos esquecer: o caminho que pretendemos tomar, as atitudes que empreendemos nos levam a caminhar em direção a Deus ou a afastar-se Dele? O Catecismo da Igreja Católica, em seu parágrafo 1426, 2ª parte, nos diz: “No entanto, a vida nova recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação para o pecado, a que a tradição chama concupiscência, a qual persiste nos batizados, a fim de que prestem as suas provas no combate da vida cristã, ajudados pela graça de Cristo. Este combate é o da conversão, em vista da santidade e da vida eterna, a que o Senhor não se cansa de nos chamar.” Eis aí então o que o nosso Pai quer nos mostrar, que nossa “liberdade” não está em tornar-nos independentes D’ele, e que o pecado está fadado à miséria, mas que quando a reconhecemos tudo muda, tudo se transforma, fazendo-nos nascer a esperança de sermos acolhidos por um Pai admirável. Portanto devemos reconhecer a nossa fragilidade e buscar sempre a força do Alto, pois conforme nos fala Papa Francisco: “Como nos mostrou Jesus, o Deus verdadeiro é Aquele que se faz pobre para nos tornar participantes da sua riqueza. É um Deus que se mostra fraco, pregado na Cruz, para nos ensinar que devemos reconhecer a nossa fragilidade, pois é ali onde encontramos a força do Alto que nos enche com o seu amor misericordioso”. Meire e Gilson CRP - Centro Oeste CM 526

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“Comungar Jesus para partilhá-Lo ao mundo” Quando falamos da Festa de Corpus Christi, convém, lembrar que toda festa cristã tem uma longa história até ela se fixar no calendário litúrgico de nossa Igreja Católica. Assim sendo, a festa que vamos celebrar na quinta feira seguinte à oitava de Pentecostes, também teve uma longa trajetória até tornar-se uma festa oficial do calendário romano. Embora a Eucaristia tenha passado por muitas remodelações no seu rito e na sua compreensão sacramental, não se conhece um registro histórico que fale de um culto a este sacramento fora do contexto celebrativo da Santa Missa no primeiro milênio da fé cristã. Com a exceção da Eucaristia para os enfermos. Se tem um registro notável nos anos 1124, na Abadia de Cornilon, em Liége na Bélgica, onde o Bispo Albero adota práticas eucarísticas bastantes inovadoras, tais como: exposição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia e bênção do Santíssimo Sacramento e para aumentar a atenção dos fiéis sobre as espécies eucarísticas adota-se o uso de tocar sinos no momento da elevação do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo durante a Missa. Toda essa localidade próxima à Abadia de Cornilion se tornará com o passar do tempo um centro de espiritualidade eucarística.

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Esta solenidade em honra ao Corpo do Senhor, por isso “Corpus Christi”, está na sua origem ligada à uma religiosa: Santa Juliana de Cornilion, que confidenciou às autoridades de sua época (1258) ter recebido uma especial revelação de Jesus Cristo com o claro pedido de que fosse celebrada uma festa para honrar especialmente a Eucaristia. Portanto, essa monja agostiniana vive nesse ambiente e bebe desta fonte espiritual. Na época, Santa Juliana partilhou suas visões a respeito da Festa Eucarística com Dom Roberto de Thorete, então bispo diocesano de Liége. O bispo institui a festa em sua diocese e a partir dele outros bispos fizeram o mesmo em suas dioceses, e assim, se difundia gradativamente a celebração. O bispo Dom Roberto de Thorete foi eleito papa sob o nome de Urbano IV. Assim, no 1264, o Papa Urbana IV oficializa a Solenidade de Corpus Christi. Foram aproximadamente vinte anos de visões até o acontecimento da memorável decisão papal. Uma festa solene, linda e importante, que nasce em um contexto religioso, espritualizante e provindo de experiências de fé de pessoas simples como era a vida de Santa Juliana, que foi canonizada Santa no ano 1599 pelo Papa Clemente VIII. O mundo católico vive da Eucaristia. Celebrar a Missa é para os sacerdotes a ação mais digna que um homem possa experimentar. Participar da Eucaristia é o maior êxtase espiritual que os féis podem vivenciar na sua fé. Os Santos, os Anjos do Céu, a Milícia Celeste, todos se unem aos homens e mulheres aqui na Terra para contemplarem e adorarem todos juntos o Cristo Eucarístico celebrado em nossas igrejas e sobre nossos altares. Cada Celebração Eucarística é uma festa; um encontro com o Cordeiro Imolado. Uma ocasião de escuta da Palavra de Deus e partilha do Mistério de Amor revelado em Jesus Cristo que se dá no pão e no vinho. Que se dá em sua carne e em seu sangue. A Solenidade de Corpus Christi é a Igreja externando em sua fé e comunhão todo o sentido da Eucaristia na vida do cristão, na vida da família e na necessidade de tê-la como sinal de profecia neste mundo que precisa aprender mais sobre a partilha e a comunhão. Pe. José Oslei de Souza SCE da Província Centro-Oeste CM 526

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Secretaria e Tesouraria

Apoiando os casais em missão Já bem próximos de completar o primeiro ano como responsáveis pela Secretaria/Tesouraria da Super-Região Brasil, queremos repartir essa experiência com vocês, queridos irmãos equipistas. Ao longo dos anos que antecederam essa missão, tivemos a oportunidade de servir ao Movimento e à Igreja em diversas missões de serviço, quase sempre em atividades de cunho pastoral. Há cerca de um ano, fomos chamados a apoiar o Movimento colocando a serviço o conhecimento, de gestão e de análise, que fomos acumulando ao longo de nossas carreiras profissionais. Neste momento em que estamos vivendo uma acelerada expansão do Movimento, cabe-nos o desafio de otimizar os processos organizacionais e os sistemas existentes, visando ajustá-los à agilidade dos diversos meios digitais que a sociedade nos coloca à disposição. Nosso olhar, agora, se mantém voltado para acompanhar números, valores, tributos, estoque de documentos, gestão de pessoas, e tudo o mais que preconizado na legislação incida sobre o funcionamento do secretariado. Podemos dizer que a razão de ser de nossa missão é apoiar e facilitar o trabalho daqueles casais que se põem a serviço nos Setores, Regiões, Províncias e, mais amplamente, na Super-Região. É por essa razão que, assim como os casais que nos precederam nessa missão, buscamos equilibrar a relação entre receitas e despesas, de forma que a contribuição, tal qual prevista nos Estatutos das ENS, possa retornar a todos os equipistas, sempre e cada vez mais, em capacitação para as suas respectivas missões, em formação cristã para atuação no mundo e em apoio às vocações sacerdotais. Fraternal abraço. Lourdes e Sobral CR Secretaria e Tesouraria ENS - Super-Região Brasil 8

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2018 Equipes de Nossa Senhora

A Super-Região Brasil apresenta, para conhecimento de todos os equipistas, as Demonstrações Financeiras do exercício de 2018, compostas por Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício e Notas Explicativas. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2018 (em R$) 2018 2017

Ativo Circulante Não Circulante Total do Ativo Passivo Circulante Outras Obrigações Encontro Internacional Patrimônio Líquido Total do Passivo

5.379.728,15 829.700,01 6.209.428,16

8.472.693,20 874.139,50 9.346.832,70

151.877,80

162.855,86

0,00

2.583.734,97

6.057.550,36 6.209.428,16

6.600.241,87 9.346.832,70

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO 2018 (em R$) 2018 2017 Receitas Contribuições 4.824.212,42 4.290.276,45 Receitas Financeiras 280.246,24 498.250,62 Receitas Diversas 0,00 208.689,62 Total das Receitas 5.104.458,66 4.997.216,69 Despesas Despesas com Encontros 2.746.064,86 2.684.544,98 Doação (Contribuições p/ 191.584,00 317.655,27 Canonização e Seminários) Carta Mensal e Desp. Postais 1.293.588,92 1.216.457,75 Impressos Doutrinários 457.347,28 392.723,79 Despesas c/ Adm. de Equipes 602.866,42 476.591,72 Despesas c/ Pessoal 240.847,35 214.881,33 Despesas Gerais 114.851,34 119.209,92 Total das Despesas 5.647.150,17 5.422.064,76 Resultado Resultado do Exercício -542.691,51 -424.848,07 Fundo Patrimonial 6.600.241,87 7.025.089,98 Resultado Acumulado 6.057.550,36 6.600.241,87 CM 526

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Notas Explicativas 2017 1. Ativo 1.1 A redução de R$ 3.137.404,54 no Ativo de 2018 decorre do fim do processo de inscrições para o Encontro Internacional de Fátima (Portugal), cujas parcelas foram pagas pelos equipistas brasileiros durante 2017. 2. Passivo 2.1 A redução de Passivo em 2018 reflete o encerramento das obrigações associadas ao Encontro Internacional de Fátima. 3. Receitas 3.1 Em 2018, as Receitas cresceram 2,2% em relação a 2017. 3.2 As Contribuições do exercício 2018 representaram 94,5% das Receitas do Movimento, congregando Contribuições Fraternas e Doações. 3.3 Sob influência da expansão do Movimento, as Contribuições cresceram 12,4% em relação ao exercício anterior. 3.4 As Receitas Financeiras refletem o valor obtido com aplicações financeiras em 2018, representando 5,5% da composição das receitas. Em 2017, os recursos financeiros para aplicação bancária abrangeram as inscrições para o Encontro Internacional de Fátima e as contribuições regulares do exercício. Em 2018, finalizadas as inscrições, a aplicação bancária se restringiu às contribuições dos equipistas, resultando em redução de 43,8% em relação ao exercício anterior. 3.5 Em 2018, as “Receitas Diversas” que abrangiam o “reembolso de livros e impressos” e o “ressarcimento de despesas” passaram a ser classificados como “Doações”. 4. Despesas 4.1 Em 2018, as despesas apresentaram crescimento de 4,2% em relação a 2017. 4.2 As Despesas com Encontros corresponderam a 48,6% do total das despesas de 2018, abrangendo Encontros Provinciais de Conselheiros Espirituais, Sessões de Formação, Encontros de Equipes Novas (EEN), Encontros Novo Fôlego (ENF), Encontro de Novos Responsáveis (CRR e CRS), além de Colegiado Nacional, Encontros Provinciais, Colegiados Provinciais e Reuniões da Equipe da Super-Região. 10

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4.3 As Doações apresentaram redução, em 2018, refletindo o fluxo de envio de recursos para a causa de canonização de Padre Caffarel, sob influência de variação cambial e dos valores solicitados pela coordenação internacional da causa. Foram mantidas, ao longo do exercício, as doações do Projeto Vocacional para os seminários no Brasil. 4.4 Em 2018, as despesas com Carta Mensal, Impressos e Postagem (correios) corresponderam a 31% do total das despesas do exercício. 4.5 As Despesas com Pessoal representam os gastos com salários, encargos e benefícios dos funcionários do Secretariado. 4.6 As Despesas com Administração de Equipes abrangem os gastos com materiais de escritório e expediente, serviço de terceiros, além de despesas tributárias e financeiras. 4.7 Pelo segundo ano seguido, as despesas superaram as receitas, alcançando 10,6% em 2018, acima da marca de 8,5% registrada em 2017. 4.8 A relação entre despesas e contribuições vem se mantendo acima de 100% desde 2016, tendo registrado queda de 126,4% em 2017 para 117,1% em 2018. CM 526

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Considerações Adicionais No decorrer do exercício de 2018, diversas mudanças nas regras bancárias brasileiras dificultaram o pagamento dos boletos referentes às contribuições das equipes de base, tendo afetado 10,7% dos casos, os quais foram equacionados pela utilização de depósitos na conta do Movimento.

Os déficits (despesa maior que receita) apresentados nos Resultados dos Exercícios 2017 e 2018 resultaram do esforço para expansão do Movimento, aliado à execução de grande número de eventos de formação voltada aos equipistas. Por fim, a Composição das Despesas de 2018 indica que os gastos com pessoal, administração e despesas gerais representaram 17% das despesas de todo o exercício. Constata-se, portanto, que 83% das despesas do Movimento retornaram diretamente para o conjunto de equipistas por meio dos eventos de Formação, da Carta Mensal e de outras publicações, além do retorno indireto que advém do fomento às vocações sacerdotais por meio de contribuições aos seminários de diversas dioceses. 12

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Equipes de Nossa Senhora e seu fundador:

Henri Caffarel –

Um Profeta do Século XX

Sob este título, Altimira de Sampaio Pinto Saraiva (que foi membro da Equipe 03 do Setor B da Região São Paulo Capital) apresentou em 2001 uma dissertação como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre em Teologia Moral da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção em São Paulo. O trabalho, que teve como objetivo focar o pensamento teológico do Padre Henri Caffarel, começou com uma breve análise dos momentos da Igreja desde o papa Leão XIII, quando se verificou uma abertura gradual para os leigos. Esta abertura teve seu reconhecimento mais formal no Concílio Vaticano II. Foi no século XX também que nasceram e se fortaleceram vários Movimentos que tinham os leigos como seus principais agentes. E foi num mundo carente de espiritualidade que nasceu então o Movimento das ENS, fundado pelo Padre Henri Caffarel e mais quatro casais e cuja grande novidade era o reconhecimento da importância de uma espiritualidade conjugal. O Cardeal Lustinger, Arcebispo de Paris, chamou o Padre Caffarel em 1996, na ocasião da missa de sétimo dia, celebrada em intenção dele, de “profeta do século XX”. Usou este título, pois duas preocupações orientaram os trabalhos de Padre Caffarel ao longo de sua vida: a preocupação com a vida do casal, com a vida da família e com o amor humano e a preocupação com o amor de Deus e com a oração. Estas duas preocupações formam uma única intuição que é a busca da Santidade. Tal busca serve tanto para os casais das ENS como para pessoas dedicadas à oração. O primeiro capítulo da dissertação apresenta uma contextualização histórica e biográfica de Henri Caffarel, que viveu toda sua vida no século XX, século marcado por grandes acontecimentos, dos quais participou intensamente, vivendo duas grandes guerras mundiais, participando ativamente do Concílio Vaticano II e sendo ardoroso defensor dos Sacramentos e da Moral Sacramentária. CM 526

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No segundo capítulo, são analisados dez editoriais, dez cartas e seis crônicas. Seu estilo varia segundo a finalidade do texto. Quando escreve um editorial, que tem finalidade catequética e formativa, usa linguagem referencial e é, muitas vezes, severo e exigente. Quando escreve cartas, usa linguagem coloquial, a função emotiva se faz presente e a finalidade é ser um Conselheiro Espiritual muito amigo. Sua capacidade literária de escritor e poeta aflora livremente quando escreve as crônicas e algumas orações. O terceiro capítulo analisa três documentos de fundamental importância para o Movimento das ENS. A Ecclesia, documento cuja palavra chave é seu próprio título e vê a Igreja sob três enfoques (História, Mística e Mistério da Ecclesia). Esse documento é um verdadeiro tratado de Eclesiologia feito para leigos casados. O Discurso de Chantilly, proferido para a preparação dos 40 anos do Movimento, é uma análise da evolução do Movimento ao longo deste tempo, tomando por base o carisma fundador. O Testamento Espiritual é uma conferência que aborda pontos essenciais para a vida das ENS, propondo seis temas que devem ser objeto de reflexão profunda. O quarto capítulo discute o texto “O mais alto serviço” escrito por Padre Caffarel. Esse texto propõe uma maneira de estudar as diferentes etapas da vida de Maria, mostrando que cada uma delas revela uma lei essencial do crescimento espiritual da vida cristã e do Povo de Deus. Nesse capítulo, será corrigida a designação Mariana atribuída ao Movimento das ENS, pois esse na verdade é um Movimento Cristocêntrico colocado sob a proteção de Maria, nossa Mãe e Mestra. O quinto e último capítulo mostra a grande influência do Apóstolo Paulo na vida e na obra do Padre Caffarel. Este capítulo não fazia parte do plano inicial deste trabalho, porém, ao longo dos estudos, a presença da teologia paulina foi se fazendo notar. Seguindo os imperativos Paulinos que tinham função educativa, Padre Caffarel ensinou, educou e formou casais por meio de editoriais e documentos. Em todos os capítulos há o desejo de mostrar que para Padre Caffarel a santificação do casal pelo Sacramento do Matrimônio, sendo o carisma fundador das ENS, é algo possível e vale a pena. Contribuição de Afra e Beto CR Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil 14

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Concurso:

Logomarca do IV Encontro Nacional das ENS

Fortaleza-CE - 2021 Regulamento 1. Introdução A Comissão Organizadora do IV Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, que se realizará em Fortaleza-CE, de 22 a 25 de junho de 2021, apresenta aos CRP o Regulamento do Concurso para a criação da logomarca do Encontro. Este Regulamento deverá ser encaminhado aos equipistas indicados pelas Províncias para participarem do concurso, conforme regras abaixo: 2. Objetivos do Encontro a) Reafirmar a unidade e o sentido de pertença ao Movimento. b) Possibilitar o encontro fraterno e a troca de experiências entre os participantes c) Formação d) Oração e Celebração em comum. e) Testemunho público da vivência do amor e da espiritualidade conjugal. 3. Lema do Encontro “Brilhe vossa luz diante dos homens”. (Mateus 5, 16) 4. Tema do Encontro “Matrimônio Cristão, sendo Sal da Terra e Luz do Mundo”. CM 526

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5. Objetivo do Concurso O concurso visa a criação de uma logomarca a ser estampada nos documentos e publicações do IV Encontro Nacional das ENS e do Movimento. 6. Habilitação O concurso está aberto às indicações de candidatos a serem feitas em cada Província através dos CRP/CRR/CRS, devendo ser até duas indicações por Província. 7. Normas de apresentação das peças gráficas a) As propostas de logomarca deverão retratar o Tema do IV Encontro Nacional, conforme descrito no item 4. As imagens da logomarca devem expressar a espiritualidade do Movimento, o local onde será realizado o evento e o espírito de Peregrinação do Encontro Nacional. b) A logomarca deverá ser apresentada em cores. c) Os equipistas candidatos deverão apresentar uma cópia da arte nas medidas 14 cm x 12 cm, da proposta da logomarca imprimindo em sistema digital em papel branco sulfite ou couchê, tamanho A4 (29,7 cm x 21,0 cm). Será avaliada a arte quanto à viabilidade de sua utilização em tamanhos reduzidos e ampliados sem que perca a originalidade da identidade visual da proposta do autor. c.1) Deverá vir acompanhado da cópia da arte um texto explicativo da ideia apresentada, justificando o significado de cada item da logomarca. d) O candidato deverá enviar para o endereço indicado no item 8 deste Regulamento um envelope grande contendo dois envelopes menores com as seguintes características:

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d.1) Um envelope fechado com a cópia da logomarca, identificado pelo PSEUDÔNIMO do autor. d.2) Um envelope fechado com os seguintes dados: 9 9 9 9 9 9 9 9 9

Nome do casal equipista: Pseudônimo: Nome da Província: Nome da Equipe: Identificação do Setor: Endereço: Cidade: Telefone: e-mail:

8. Prazo das propostas a) As propostas deverão ser encaminhadas para os endereços, eletrônicos (e-mail) e postal, até o dia 10 de agosto de 2019, quando se encerra o prazo de entrega. Valerá para conferência a data da postagem que deverá ser no máximo dia 10 de agosto de 2019. b) Endereço: Logomarca - IV Encontro Nacional das ENS - 2021 A/C:

Rocivania e Júlio Lélis

Aluysio Soriano Aderaldo, 150. Apto 2202 Rua: Bairro: Cocó CEP:

60.192-330. Fortaleza-CE

e-mail: fortaleza2021@ens.org.br 9. Propriedade Todas as logomarcas inscritas passarão a ser propriedade das Equipes de Nossa Senhora - Brasil.

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10. Comissão Julgadora As propostas serão julgadas por uma Comissão a ser indicada pela SR Brasil. A logomarca vencedora deverá ser enviada pelo seu autor, após a comunicação oficial da escolha, em arquivo JPEG ou outro formato a critério da Comissão Organizadora. 11. Premiação O autor da logomarca vencedora receberá um Certificado da Comissão Organizadora do IV Encontro Nacional e uma inscrição (viúva/o; SC; AE) ou duas inscrições (Casal), com hospedagem, para participar do IV Encontro Nacional das ENS. O prêmio não inclui o transporte de ida e volta da cidade de origem do candidato escolhido até a cidade de Fortaleza-CE. A divulgação do resultado da escolha será feita na Carta Mensal de setembro de 2019. 12. Esclarecimentos As dúvidas relativas ao concurso deverão ser formuladas até o dia 30 de julho de 2019 e enviadas via e-mail para o seguinte endereço eletrônico: fortaleza2021@ens.org.br com cópia para: ens.imprensa@gmail.com ou pelo telefone (WhatsApp): 85 999845235 Rocivania e Júlio Província Nordeste - Região Ceará I - Setor F - Eq. 10 CR do Encontro Nacional - ENS/2021

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encontro mundial das famílias

A Revolução da Ternura

do Papa Francisco

Nem todos entendem a ternura de Deus. Deus é pai e mãe. O Papa Francisco sempre diz que a ternura da mãe é revelada na face de Deus, a ternura é uma carícia de Deus. Somos convidados a participar da revolução da ternura nos expressando em nosso dia a dia, acreditando, convidando, encorajando, tentando. Viver na revolução da ternura. Quando vejo os enfermos e idosos me vem uma vontade de carícia impressionante. A misericórdia de Deus e ternura são iguais. A misericórdia e a ternura se parecem, se relacionam com o amor de Deus. Se você não sente que Deus te ama com ternura, algo lhe falta, a compreensão. A misericórdia e a ternura nos são dadas como uma graça e crescem com nosso amor a Deus. O maior consolo do ser humano é a ternura de Deus. Papa João XXIII disse que a Igreja Católica deseja mostrar-se uma mão amorosa, benigna, paciente e cheia de misericórdia. Em Deus caritas est o Papa Bento XVI fala do amor divino para com o ser humano. O Papa Francisco nos chama para a revolução da ternura como uma pastoral de grandes intuições vindas da oração. A revolução da ternura nasce no ano Jubilar da Misericórdia. Devemos escutar os gritos de nossa casa comum com a terra ferida e enferma. A ternura não é debilidade e sim fortaleza, não é renunciar à força da verdade e da justiça. A ternura é para os homens e mulheres mais valentes e fortes. Nosso desafio é fazer essa mensagem chegar no interior das famílias como um caminho de autêntica conversão familiar, chegar na preparação dos noivos, no acompanhar aos recémcasados, nas crises dos casais mais maduros. A ternura também tem que chegar nas pessoas que tem declarada a nulidade do matrimônio, no sofrimento dos filhos dos divórcios. A família é o local onde aprendemos a fazer boas coisas, é o dialeto da família. Jesus, filho de José e Maria, teve a experiência da família. A educação

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cívica é aprendida na família. O Amoris Laetitia é um convite à reflexão, não é doutrinal, é rico em metáforas e nos convida a um novo estilo de vida. Jesus é a fonte da evangelização, não somos cristãos por decisões éticas ou por uma boa ideia, mas por um encontro pessoal com Ele. A Igreja Católica está ligada direto a Deus. A Igreja está preparada para a continuidade da missão de Cristo de salvar e não ser salva, de servir e não ser servida. O medo de cometer erros não pode ser maior que o medo de ficar preso. A reforma das estruturas da Igreja que as necessidades pastorais precisam garante que ela continue missionária, com atitudes de saída. Então, existe uma necessidade de uma conversão pastoral, e a Igreja tem grande parte nessa missão. Isso inclui dizer adeus a cada estrutura eclesial que atrapalhe essa missão. Não ao pessimismo dos profetas da calamidade, não ao medo de erros, não a uma Igreja e sociedade que não prefere os pobres e os excluídos, essa é a tendência natural do cristão. Naturalmente toda revolução tem suas consequências, mesmo as mais pacíficas. A revolução da ternura que o Papa Francisco sonha vai contra a cultura do descartável, é visionária, um grande gesto de pai para nós. A ternura não é uma tendência, mas uma necessidade para se aproximar de Deus. Ternura, proximidade, abraço, não é a rapidez, pois a rapidez é da cultura do descartável. A espiritualidade do descartável e do deus do dinheiro não nos leva a nada. São João Paulo II nos convocou para uma evangelização nova, Papa Francisco nos chama para abrir as portas de nosso coração para ternura.

Adaptado da conferência do Cardeal Óscar Rodrígues Maradiaga, Arcebispo de Tegucigalpa, Honduras, no Encontro Mundial das Famílias 2018 por

Cristiane e Brito Eq. N. S. Auxiliadora São José dos Campos-SP

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ecos de fátima JÁ NÃO SOU DIGNO DE SER CHAMADO TEU FILHO No terceiro dia do encontro, fomos recepcionados por mais um versículo da parábola “Filho Pródigo”, meditado pelo Arcebispo Tolentino Mendonça. Associou o arrependimento do filho mais moço com a mobilidade relacional da família, que comparou com um “grande laboratório de vida e de construção”. A família não é algo estático, porque tem o dinamismo inquieto da experiência. Não fica congelada como uma imagem de fotografia, mas vive e reconfigurase permanentemente. Assim, experimenta diversas fases. Convém recordar quantas diferentes fases já vivemos como família, umas boas, outras difíceis, de entusiasmos e de provações, tempos de nascimentos e de perdas, de “infinitos” promissores ou frágeis, mas todos guardando sua beleza própria. Como insiste o Papa Francisco, não existe a família perfeita, todas possuem suas mazelas. O importante é que isso propicie o exercício do arrependimento e do perdão, da volta e da reconciliação. Esta memória ajuda a lembrar que as crises levam às soluções. Se trazem consigo turbulências, constituem também oportunidades para mergulhar profundamente no curso caudaloso do amor. O importante é não desanimar, não confundir uma etapa com a totalidade do caminho. O filho mais moço confiava na misericórdia do pai, tanto que se atreveu a voltar. E quando a fé e o amor se encontram o milagre da vida acontece. CM 526

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Importa ter presente que, vividas em casal e em família, até as crises podem se tornar experiências de fortalecimento da comunidade, quando encaradas de frente. Pena que por vezes procuramos encobrir a realidade. Como Adão depois do pecado: “Ouvi tua voz no jardim e, com medo, escondi-me, porque estava nu” (Gn 3,10). Escondemos nossa nudez mesmo daqueles que mais nos amam. Fechamo-nos em nossas vulnerabilidades, evitamos o olhar justamente de quem pode untar com amor as nossas feridas. Por outro lado, temos a missão de estar preparados para acolher a pessoa carente, reconhecer que no outro existe alguém sufocado em seus tormentos. Enfim, essa bonita parábola recomenda às famílias que todos precisamos de perdão. E é saudável pedi-lo abertamente, como fez o filho diante do pai. O Papa Francisco destaca três palavras-chave para o trato da família: “com licença”, “obrigado” e “desculpa”. Sobre a última, diz: “quando ela falta, pequenas fendas se alargam – mesmo sem querer – até se tornarem fossos profundos. (...) Reconhecer que erramos e desejar restituir o que tiramos – respeito, sinceridade, amor – tornamo-nos dignos do perdão. É assim que se impede a infecção”. É a importância vital do arrependimento, via expressa para o trânsito do perdão. Nas situações mais extremas, traduzidas na frase “já não sou digno de ser chamado teu filho”, os golpes dificilmente são apagados da memória. Então vem a pergunta: como é possível perdoar se não consigo esquecer? O esquecimento não é condição para o perdão. O perdão é um ato unilateral de amor. Reforça Mons. Tolentino: “Perdão é dar ao outro não o que mereceria pelo que praticou, mas aquilo que está no coração de Deus. E, agindo assim, aos poucos percebemos que já estamos livres, já estamos desprendidos, já não estamos agarrados a um mal que aconteceu”. A vida familiar é bela por ser dinâmica e revitalizada pelo olhar enamorado do Deus Misericórdia. Graça e Eduardo Eq. N. S. do Bom Conselho Porto Alegre-RS 22

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igreja católica

Palavra do Papa

REDES SOCIAIS E CONTATO INTERPESSOAL “Somos membros uns dos outros” (Ef 4,25): das comunidades de redes sociais à comunidade humana” é o título da Mensagem do Santíssimo Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, dia 2 de junho. Um texto que precisa ser lido e analisado por todos os cristãos que vivemos envolvidos pela social web. “Se é verdade que a internet constitui uma possibilidade extraordinária de acesso ao saber, verdade é também que se revelou como um dos locais mais expostos à desinformação e à distorção consciente e pilotada dos fatos e relações interpessoais, a ponto de muitas vezes cair no descrédito. [...] se, por um lado, as redes sociais servem para nos conectarmos melhor, fazendo-nos encontrar e ajudar uns aos outros, por outro, prestam-se também a um uso manipulador dos dados pessoais, visando obter vantagens no plano político ou econômico”, nos diz o Sumo Pontífice. Buscando a imagem evangélica do corpo e dos membros recorda-nos que “o uso da social web é complementar do encontro em carne e osso, vivido através do corpo, do coração, dos olhos, da contemplação, da respiração do ou-

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tro. Se a rede for usada como prolongamento ou expectação de tal encontro, então não se atraiçoa a si mesma e permanece um recurso para a comunhão.” A Mensagem dirige-se especialmente a nós, que somos uma “comunidade cristã de casais”1. Somos uma organização católica que utiliza intensamente a comunicação desde seu começo, com preciosas publicações, como a Carta Mensal. Mas que considera o contato interpessoal fundamental, representado pela existência dos Casais Ligação, desde a Carta de Fundação, de 19472, graças a quem as relações, “em lugar de serem puramente administrativas, têm uma nota de cordialidade fraternal”3. As redes sociais (WhatsApp, Instagram, Facebook, etc.) encaixam-se perfeitamente nesse esforço comunicacional das ENS, mas não podem substituir o contato interpessoal, como já nos orientava o Padre Caffarel. E é o que nos propõe o Papa Francisco: “Abrir o caminho ao diálogo, ao encontro, ao sorriso, ao carinho... Esta é a rede que queremos: uma rede feita, não para capturar, mas para libertar, para preservar uma comunhão de pessoas livres. A própria Igreja é uma rede tecida pela Comunhão Eucarística, onde a união não se baseia nos gostos [like], mas na verdade, no amém com que cada um adere ao Corpo de Cristo, acolhendo os outros”. Rita e Fernando Eq. N. S. de Guadalupe Belém-PA 1 - “O que é uma Equipe de Nossa Senhora” em Guia das ENS, pág. 75. 2 - Cf. “Carta de Fundação”, em A Missão do Casal Cristão, pág. 37. 3 - Idem.

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SÍNODO DA AMAZÔNIA

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Escutas do Sínodo para a Amazônia

ovos caminhos para a evangelização e para uma ecologia integral: este é o chamado que o Sínodo para a Amazônia traz para a reflexão. Programado para outubro desse ano, discussões, desafios, propostas e sonhos vêm sendo tecidos ao longo de todo o processo vivido pela Igreja, em especial a Igreja da Pan-Amazônia. Ao longo de 2018 e início de 2019, a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia/CEA e a Rede Eclesial PanAmazônica/REPAM-Brasil promoveram uma série de atividades em vista da preparação para o Sínodo. A proposta, conforme solicitado pelo Papa Francisco e o Documento Preparatório, foi ouvir todos os povos da Amazônia. Nesse sentido, comunidades eclesiais, povos indígenas, agentes de pastoral, conselhos, congregações religiosas, ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, pescadores e outras comunidades tradicionais foram escutadas nesse percurso nas 6 regionais que compõem a Amazônia brasileira. Rosenilde Gregório, liderança do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu e articuladora da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, participou da primeira atividade de escuta promovida no Brasil. Para ela, a vontade do povo é que a Igreja se volte mais para as pessoas que estão na base, os movimentos sociais, para a luta em vista das questões ambientais. “O sonho que eu tenho para a Igreja da Amazônia é que fosse mais voltada para essa nossa realidade, que se envolvesse mais com o nosso sofrimento. Que por

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Ser Igreja, com a sua força, sabedoria, pudesse realmente abraçar mais a causa dos povos e comunidades tradicionais para que a gente pudesse ter uma vida digna”, contou Rosenilde sobre o seu sonho para a Igreja na Amazônia. “Nós precisamos de mais profetas. Temos muitos riscos, a Amazônia ainda hoje é considerada como colônia. A gente percebe que os projetos grandes que vão para lá, vêm justamente para só tirar. Não é para o povo se desenvolver, é para destruir o que já se tem”, afirmou o jovem Jeferson Souza, coordenador paroquial da Pastoral Social de Abaetetuba-PA, em uma das escutas do Sínodo. Para ele, os jovens precisam de um empoderamento melhor e de uma formação que os possibilite tomar frente em alguns processos. “Nesse Sínodo queremos mostrar para o mundo a nossa resistência. Temos uma história de sermos oprimidos, mas mesmo assim a gente não desiste, temos uma esperança muito grande”, completou Jefferson. Ao todo foram realizadas, no Brasil, 23 assembleias territoriais, que são os encontros de escuta promovidos pela CEA e REPAM-Brasil, em parceria com regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB, dioceses, prelazias ou organismos da Igreja. Outras atividades que fizeram parte deste processo foram as Rodas de Conversas, com 146 encontros realizados, e os Fóruns Temáticos, com 7 atividades. Paulo Martins REPAM-Brasil 25


A Igreja celebra a Santidade de

São Pedro e São Paulo Apóstolos

A vida de Pedro e Paulo é um enorme ensinamento para todos os cristãos. Dois presentes de Deus a serem perseguidos como exemplos. Pedro foi escolhido por Jesus Cristo para exercer uma missão muito especial: GUIAR E SUSTENTAR A PRIMEIRA COMUNIDADE. Jesus disse a Pedro: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; te darei as chaves do reino dos céus; tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 17-19). A Igreja reconhece dois importantes e significativos símbolos de Pedro no Papa: as chaves e o anel do pescador. Pedro é, como os outros apóstolos, desanimado no momento terrível da condenação e agonia de Jesus, chegando ao ponto de negá-Lo. Mas depois de sua conversão total, recebe o abraço da Misericórdia, consagrando toda a sua vida, até o martírio em uma cruz. Foi missionário de Jesus e do seu Evangelho em Jerusalém, Palestina, Antioquia, Corinto e Roma. Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo, recebeu educação esmerada de Gamaliel, um dos grandes mestres da Lei na época. Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o 26

próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo, preparou-se para o ministério, tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu pela fé, foi martirizado e morreu decapitado. Escreveu treze Epístolas, ficou conhecido como o Apóstolo dos gentios. Com Paulo a Igreja se descobre missionária, aberta aos pagãos, a todos os povos, raças e línguas. Paulo, homem convertido, trabalhador corajoso, inteligente, de grande cultura, excelente orador, abandona tudo, títulos, riquezas, posição social e se coloca em missão diuturnamente. É totalmente dedicado à missão evangelizadora. Suas viagens o levaram à Arábia, Grécia, Turquia, Itália. Em Roma, virou prisioneiro por causa da fé, mas continuou a evangelizar, ainda que em meio a muitas dificuldades. Pedro e Paulo são considerados as colunas da Igreja Primitiva por terem sido os principais líderes da Igreja no início da fé cristã, tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, e hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida desses dois apóstolos. Lúcia e João Michalczyk Eq. N. S. de Guadalupe Setor Rio Verde-Goiás CM 526


vida no movimento

É com grande alegria que nos dias 26, 27 e 28 de abril de 2019 em Itaici-SP reuniram-se casais que assumiram a responsabilidade de CRS e CRR em outubro de 2018, para juntos fortalecermos a unidade do Movimento. Para nós foram momentos muito fortes, de oração, alegria, partilha das experiências, conhecimento e aprendizado. Estamos extasiados por tão grande graça em nossa vida equipista, onde pudemos conviver com casais de Norte a Sul do nosso imenso Brasil, o que nos possibilitou conhecer um pouco da realidade vivida de cada um em seu pedaço de chão. A formação para nós equipistas é de suma importância para ampliar nossos horizontes e, também, fortalecer nossa caminhada cristã, nos dando ânimo e reforçando nossa missão de servir uns aos outros Amando Mais. Vivemos intensamente cada momento que nos foi apresentado: celebrações eucarísticas, animação, palestras, oficinas, partilha de grupos, café, almoço, jantar e convivência que nos fez vislumbrar o quanto é belo estar aqui com diferentes culturas, costumes, sotaques, mas que falávamos uma só língua em relação ao viver a vida de Equipe de Nossa Senhora. Com muito amor levaremos na bagagem para nosso Setor muitos depoimentos, experiências e o quanto é importante ter o sentido de pertença ao Movimento. Que possamos viver tudo o que nos foi repassado junto aos casais e sacerdotes do qual somos responsáveis. Finalizamos com a fala do Padre Caffarel e tema do nosso encontro: “Nunca deixeis de vós formar!” Magnificat! Domingas e Pedro Eq. N. S. da Apresentação CRS Abaetetuba/PA Região Norte II CM 526

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PROVÍ NCI A

Nos dias 13 e 14 de abril de 2019 acon aconteceu o EEN em Manaus, Região Norte I. A formação ocorreu num clima de muita alegria e muita expectativa. Todos a postos e felizes em poder viver juntos aos casais que estão entrando no Movimento a confirmação de um amor assumido com as ENS.

PROVÍN CI A

NO RTE

Foi muito gratificante ver tantos casais jovens, no início de seu matrimônio, já participando do Movimento. Que Deus possa abençoar para que sejam perseverantes no compromisso assumido. Magnificat! Marilena e Jesus CRP Norte

NO RDE S TE I

EEN – Região MA/PI “As ENS são uma escola de formação para os casais. Não se trata tão somente de aprofundar o conhecimento da nossa fé, mas de praticar o discernimento humano e cristão, que move tanto a razão quanto o coração, na busca de uma mais estreita coerência entre a fé e a vida”. (Guia das ENS, edição 2018, pág. 78) Com esse propósito e seguindo as orientações do Movimento, foi realizado nos dias 24 e 25 de novembro de 2018, no Setor Presidente Dutra, mais um EEN na Região MA/PI, realizado com a participação de 35 casais, 1 SCE e um AE. 28

Foi um encontro maravilhoso, enfatizamos o trabalho da Equipe Formadora que, de maneira organizada, zelosa e atenciosa com a apresentação e o conteúdo do material, facilitou o entendimento dos participantes. Entendemos que além de ser a conclusão da Pilotagem, o EEN proporciona aos equipistas a alegria de entrarem nas ENS e o desejo de lá permanecerem. Agradecemos a todos do Setor que de forma direta ou indiretamente contribuíram para o bom êxito do nosso encontro. Rizalva e Dídimo CRR Região MA/PI CM 526


PROVÍNCI A

NO RD ES TE I I

EEN nas Regiões Bahia e PE II Nos dias 16 e 17 de março aconteceram dois Encontros de Equipes Novas na Província Nordeste II, Regiões Bahia e PE II. Na Região Bahia – Setor Itabuna, participaram casais de 5 equipes, um Diácono, três SCE e o Bispo local, Dom Carlos Alberto. Este foi o primeiro encontro realizado pela Equipe Formadora desta Região.

PROVÍN CI A

Na Região PE II, o encontro aconteceu na cidade de Cupira, com a participação de 45 casais, sendo também o primeiro da Equipe de Formadores. Agradecemos a Deus pelo carinho, dedicação e disponibilidade de todos os casais. Maria e Amâncio CRP NEII

CENTRO -OES TE

O primeiro Encontro de Equipes Novas em Cuiabá-MT “Não temo, pois, dizer: a razão de ser do Movimento, sua finalidade, é a de conduzir seus membros ao conhecimento da espiritualidade conjugal e a vivê-la.” (Padre Caffarel – Centelhas de sua Mensagem, p. 81) Nos dias 16 e 17 de março aconteceu CM 526

o primeiro Encontro de Equipes Novas em Cuiabá-MT, na Paróquia Nossa Senhora da Guia, com participação de 34 casais. Como nessa localidade temos as 7 Equipes Distantes ligadas diretamente à Região Mato Grosso do Sul e ainda 29


não há um Setor, esse seria um grande desafio para nós como Casal Responsável Regional, pois, além do que já nos cabe numa missão como essa, teríamos que assumir todas as responsabilidades de uma Equipe de Setor na organização prévia e durante o encontro. Porém, como sempre, o Senhor fez maravilhas e os 7 Casais Responsáveis das equipes se empenharam muito, dividiram algumas responsabilidades conosco e foram decisivos para o sucesso desse EEN.

PRO VÍ NCI A

Todos que ali estavam concluíram essa etapa inicial e reafirmaram o seu SIM com grande entusiasmo e alegria. Durante o envio, observamos que nós dois, a Equipe Formadora e os participantes estávamos todos maravilhados com cada momento vivido e, em especial, com os testemunhos e depoimentos que ali ouvimos e muito nos emocionaram. Cristiane e Danilo Freire CRR Mato Grosso do Sul Campo Grande-MS

L ES TE

Encontro de Equipes Novas O que conquistou nosso coração nas Equipes de Nossa Senhora foi a proposta da vivência dos PCEs. Desafio que favorece o desenvolvimento da espiritualidade e intimidade conjugal. Iniciamos vivendo profundamente a Pilotagem, que foi preparada com excelência! A dedicação do Casal Piloto e o apoio do Casal Animador foram marcos deste tempo, vivenciando as partilhas em clima de amizade, carinho e solidariedade que se estendiam e se aprofundavam a 30

cada encontro. Maria sempre presente, nos convidando a seguir seu filho Jesus. Para onde vamos? No Encontro de Equipes Novas, o processo seria concretizado. Alegria e emoção! Quantas lições! Ficamos impressionados por perceber o cuidado com que tudo foi preparado. A equipe organizadora nos acolhia em cada gesto, tudo era impecável. O que levamos conosco? O testemunho de equipe: os formadores permaneceram na sala de palestras o tempo CM 526


todo. “Eram uma só alma, um só coração”. ENS: coesa, unida, inspirada, comprometida com a missão e suporte uns dos outros. A cada palestra uma nova descoberta! Mergulho profundo e surpreendentemente leve. Testemunho palpável: falavam pela experiência. Metodologia deliciosamente pensada: palestra, partilha, plenária. Nosso grupo de partilha foi maravilhoso! Todos com o coração aberto e sincero. Estávamos ali para aprender, para compartilhar nossas alegrias, nossas dúvidas, nossos corações. Fomos comunidade! Vivemos um mer-

PROV ÍNCIA

gulho e aprofundamento ainda maior. Foi maravilhoso! O que vai conosco? GRATIDÃO! E a certeza de que a disciplina proposta pelo Movimento é a base do seu sucesso. A vivência dos PCEs e a participação na VIDA DE EQUIPE sustentam o desenvolvimento da espiritualidade e intimidade do casal. Por fim, decidimos, assumimos e firmamos o compromisso de viver nosso matrimônio como caminho de santidade! Gislany e Marcelo Eq. N. S. das Graças Itaúna-MG

SUL I I

Noites de Formação Todos os meses em Jaú-SP, temos o pripri vilégio de participar de Noites de Formação promovidas pelas equipes dos Setores A e B; são estudados os documentos da Igreja propostos pelos SCES, como por exemplo a Gaudete et Exultate. É muito gratificante contar com número expressivo de casais nestas noites. Paralelamente, ocorrem atividades lúdicas para os filhos dos casais, com temas relacionados ao que foi abordado com os adultos. O processo de preparação CM 526

pelas equipes escaladas é muito rico, proporcionando integração e envolvimento entre equipistas, diáconos e Sacerdotes Conselheiros Espirituais. O momento mais especial é quando adultos e crianças se juntam apresentando as atividades desenvolvidas! No encerramento, todos juntos rezam o Magnificat! Maria Cecilia e Emilio CRR SP-Leste Província Sul II 31


PROVÍNCIA

SUL I I I

Sessão de Formação SER MOVIMENTO Nos dias 16 e 17 de março foi realizado mais um importante momento de formação na Província Sul III; a Sessão de Formação SER MOVIMENTO na Região RS II em Viamão-RS. Esta formação tem o objetivo de formar quadros para os serviços no Movimento. “A vida cristã integral não é somente adoração, louvor, ascese, esforço de vida interior. É também serviço de Deus, no lugar por Ele designado” (Pe. Henri Caffarel, Carta Mensal, junho de 1950. Lá, vinte e dois casais se reuniram para o estudo e aprofundamento da vida das Equipes de Nossa Senhora e de seus documentos, possibilitando a troca de experiências e testemunhos que enriquecem o dia a dia do casal, das equipes, e nos preparam para o exercício da responsabilidade. As reflexões foram voltadas para o Carisma, Mística e Espiritualidade, Ecclesia e o SCE, Colegialidade e Responsabilidades, complementados com o sentido da Ligação no Movimento. Este é um belo momento para nos colocarmos de coração abertos ao chamado de Deus. Perguntou-lhe pela terceira vez: “Simão, filho de João, amas-me?”. Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: “Amas-me?”. E respondeu-lhe: “Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas.” Jo 21,17 Por tudo que lá foi vivido, damos graças a Deus e pedimos a Ele para que, por Sua graça, as sementes lançadas possam frutificar! Adriana e Hudson Pe. Antônio Júnior CRP Sul III SCEP Sul III 32

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raízes do movimento

Inventar 1

No final de um retiro sacerdotal, um dos retirantes dirige-se ao pregador: “O senhor se entreteve com todos nós. Conhece-nos bem agora. Qual é, no seu modo de ver, nosso defeito mais geral e mais grave?”. A resposta foi inesperada: “Falta-lhes o espírito de invenção”. Não vou esperar que façam a mim a mesma pergunta e que lhes dê uma resposta semelhante. Poderão dizer, aliás, que não se trata de um pecado grave e acrescentar que não há nenhum mandamento de Deus que faça da invenção um dever. Engano... Deus manda que amemos. Ora, o amor, todo amor jovem, todo amor vivo é inventivo. Rememorem, apenas, a própria experiência pessoal. (E se o amor de hoje não tem mais esta característica da invenção, não seria porque deixaram que o envelhecimento os envolvesse?) Lembrem-se do tempo de noivado, dos primeiros anos de casamento. Não estava a imaginação em constante estado de alerta e o espírito de invenção sempre à procura daquilo que poderia ser agradável ao outro, multiplicando as ocasiões de encontros? Posso agora abordar o que tenho em mente. Nem sempre os casais parecem preocupados em inventar a vida de equipe. Ouço uma réplica: “De quem a culpa? Deram-nos os Estatutos, que nos puseram a caminho, foram-nos dados temas de estudo e temas de oração... Que mais nos falta inventar?” Uma comparação dará maior precisão ao meu pensamento. Ao contemplar os numerosos templos góticos que se erguem principalmente em terras da Europa, fica-se maravilhado com a variedade e riqueza arquitetônica desses monumentos.

Ora, o estilo gótico tinha os seus cânones. Os arquitetos de nossas grandes catedrais respeitavam-nos. No entanto, cada um deles soube “inventar” uma obra-prima original. Longe de diminuir o seu espírito inventivo e precisamente em razão das limitações que impunham, os cânones foram um estímulo, obrigando os artistas a se superarem, a criarem obras cada vez mais belas. Posteriormente e em oposição àqueles, os arquitetos do século XIX que se submeteram servilmente aos cânones, sem a preocupação de inventar, só produziram um gótico frio, igrejas sem alma. O tema de estudos mensal dirige-se a todos. Por conseguinte, não se dirige a ninguém em particular. Cabe a cada equipe reinventá-lo, repito, reinventá-lo: atualizá-lo de tal sorte que venha a responder às questões e às necessidades dos casais da equipe. O mesmo poder-se-ia dizer dos textos de oração. A amizade, o auxílio mútuo... também aqui cabe um esforço de imaginação para procurar, com não menos fervor que os jovens noivos de quem falei há pouco, o que poderá favorecer uma renovação de intimidade, um progresso na verdadeira caridade fraterna, etc. É toda a vida de equipe que se trata de repensar incessantemente, de reinventar continuamente, se quiserem que a sua equipe seja viva, tenha uma personalidade, seja uma equipe original, se desejarem o seu progresso, do Movimento todo. Henri Caffarel Colaboração

Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário - Piracicaba-SP

1 - Editorial do Pe. Henri Caffarel, Carta Mensal nº 4, junho de 1976.

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reflexão

Pentecostes

Chegou o momento em que os Apóstolos foram batizados no Espírito Santo, conforme Jesus prometera (Lc 24,49). A efusão do Espírito, que tivera lugar na tarde da Ressurreição, repete-se no dia de Pentecostes. O período de cinquenta dias entre a Páscoa e Pentecostes, em que os apóstolos, Maria e outras mulheres permaneciam unidos em oração e estavam em Jerusalém, significa a nova festa da colheita, do dom do Espírito Santo, conforme Jesus prometera e se faz presente, naquela sala, batizando-os com línguas de fogo e um vento impetuoso. Após este batismo, cheios do Espírito Santo saíram a evangelizar nas mais diversas línguas, segundo relato nos Atos dos Apóstolos (At. 2). Naquele momento, a Igreja saía em missão conforme Jesus já havia mandado: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20). A solenidade de Pentecostes celebra a apresentação da Igreja ao mundo, seu nascimento oficial com o batismo no Espírito Santo, fundada sobre Cristo, e se renova misteriosamente, hoje, para nós, como também acontece em todas as celebrações eucarísticas. 34

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A vida do cristão está sob o sinal do Espírito que recebemos no batismo e na crisma, nosso Pentecostes, devendo amadurecer os frutos do Espírito a partir dos dons recebidos. Jesus nos deixa o exemplo de que devemos estar sempre unidos ao Pai pela oração, e assim também fizeram os apóstolos, estavam sempre unidos em oração como no dia de Pentecostes. “O dom do Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada um de nós, para podermos viver com fé genuína e caridade operosa, para podermos espalhar as sementes da reconciliação e da paz” (Homilia do Papa Francisco na Solenidade de Pentecostes, 2015). A nossa oração individual e conjugal deve ser o momento de estar com Deus, nos preparando para continuar com o Espírito Santo. Jesus, o Verbo encarnado, nos deixou sua Palavra. Que, escutando-a e meditando-a, possamos colocá-la em prática na nossa vida cotidiana, pois ela nos dá o caminho a seguir. Jesus se fez pão para que, ao nos alimentar, tenhamos força para sair, levando seu nome, sua palavra, sempre com a proteção do Paráclito. Agradeçamos a Deus por todas as missões recebidas e executadas sob a proteção do Espírito Santo. Deixemo-nos ser revestidos pelo Espírito Santo para continuarmos assumindo as missões a que somos convocados por Jesus. “Juntamente com eles, estava Maria, a Mãe de Jesus, primeira discípula, Mãe da Igreja nascente. Com a sua paz, com o seu sorriso, acompanhava a alegria da jovem Esposa, a Igreja de Jesus” (Ibid). Sejamos como Maria, que deu o SIM incondicional à ação do Espírito Santo, gerando o Filho de Deus, o Verbo encarnado. Sejamos sempre o fruto de Pentecostes na vida da comunidade, onde estivermos inseridos. Leila e Antônio Carlos CRR BSB I Brasília-DF CM 526

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testemunho

Há 40 anos nas Equipes como Conselheiro Espiritual

Acompanho as Equipes de Nossa Senhora, como Conselheiro Espiritual, vai para mais de quarenta anos, sobretudo no tempo em que trabalhei na Universidade São Francisco em Bragança Paulista-SP. Lá acompanhei por muitos anos duas equipes. Agora, em Bauru, sou também o conselheiro do Setor B, uma vez que me tornei bispo emérito da Diocese. Aceitei com muito prazer. Tenho muito boas recordações dos não poucos casais e famílias que conheci durante este tempo. Muitos momentos bons, bonitos e alegres eu vivi. Experimentei muitas emoções.

As dificuldades maiores vieram com as crises que, vez por outra, se abateram na vida de algum casal e família. Houve, por isso mesmo, momentos difíceis. A crise desmanchou a vida de um ou outro casal. Isso foi raro, mas aconteceu. Na maioria dos casos, a ajuda dos outros casais, as orações, o tempo, a paciência, tudo isso foi mais forte e o bem triunfou. Não julgo o valor de qualquer pastoral na Igreja por seu sucesso ou fracasso. O que faz a semente crescer e frutificar é a graça. Não tenho por que não gostar do Movimento fundado pelo Pe. Caffarel. É um dom de Deus dado à Igreja. É um carisma que complementa todo o conjunto que abarca a pastoral da família. A espiritualidade das ENS se funda no Sacramento do Matrimônio. É bem verdade que o vazio da espiritualidade no seio da família começa com o vazio da espiritualidade no coração do casal. Com o casal responsável do Setor B, Márcia e Sérgio, estamos empenhados em manter sempre aceso o fogo do amor de Deus no coração de cada casal, de cada equipe, do Movimento. Além da espiritualidade e da mística, nossas metas são o cultivo da unidade do Movimento, da sua participação nas paróquias e do serviço à evangelização e caridade. O Papa Francisco ficará conhecido na história como o Papa da Misericórdia. Ele nos convida a termos o pensamento sempre voltado para a Mãe da Misericórdia. Inclusive a suplicarmos que a doçura do seu olhar nos siga pela vida afora. As equipes se chamam de Nossa Senhora, não sem razão por escolha do Pe. Caffarel, para que ela as acompanhe, ajudando os casais na sua missão de pais e mães e inspirando-os a cantar como ela cantou, no limiar da casa de Isabel, a misericórdia divina que perdura de geração em geração. Animados pelo Papa nossas equipes rezam também a Salve-Rainha, a oração antiga e sempre nova, pedindo que nunca se canse de volver os seus olhos misericordiosos sobre os seus filhos e os faça dignos de contemplar o rosto misericordioso do seu Filho Jesus. Dom Frei Caetano Ferrari, OFM SCE - Setor Bauru B Região São Paulo Oeste III 36

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Ter sido Casal Piloto Está fazendo 41 anos que fomos convidados a pilotar uma equipe! Entregando nosso serviço ao Senhor, aceitamos o convite. Seria a Equipe 16, Setor de Petrópolis, Nossa Senhora do Amparo, padroeira escolhida na primeira reunião. Passamos a ver cada casal como um irmão ao nosso lado para que essa equipe fosse plena de fraternidade entre seus casais, a tal ponto que os que os vissem do lado de fora pudessem falar: “Vejam como eles se amam”. A simplicidade de acolhida a cada membro, mesmo não se conhecendo, foi marcante. Aceitando a vida comunitária, as fraquezas de cada um passaram a ser aceitas, participando assim do mesmo amor do Pai pelos irmãos. E os anos foram passando... Algumas perdas, casais que saíram, outros aceitos e assim foi o caminhar dessa equipe. Mesmo depois da pilotagem, sempre mantivemos o contato, sendo portanto um valioso presente que devemos agradecer ao Senhor. Aniversários, casamentos dos filhos, nascimento dos netos e Natais... eles não nos esquecem! É emocionante sentir o reconhecimento da nossa passagem pela equipe durante a pilotagem. Desde então, conhecemos e participamos dos momentos informais mais significativos da Equipe 16, certos de que o desempenho da equipe no Movimento está, até hoje, profundamente engajado na caminhada escolhida. Mesmo os casais que fazem parte hoje, e que não foram pilotados por nós, são nossos irmãos fraternos como os que iniciaram o processo. Não encontramos e não sabemos dizer a diferença entre um casal e outro. Nosso objetivo não ficou apenas nas palavras, mas podemos testemunhar o crescimento espiritual, matrimonial e familiar de cada casal caminhando em direção ao Pai. Não podemos deixar de citar aqui Frei Clarencio Neotti OFM, nosso primeiro Conselheiro Espiritual que nos ajudou a plantar as “sementinhas” que já deram muitos frutos: CRS, CP, CL, Casal Responsável pelo Serviço de Obras de Misericórdia e Responsável pelas Equipes de Nossa Senhora da Esperança. Muito carinho temos por todos os casais. Nosso agradecimento, primeiramente a Deus, ao Movimento que nos confiou a missão e a esses nossos irmãos que acolheram e continuam a nos acolher na vida da equipe. Nosso orgulho por todos eles, que, apesar de sermos quase da mesma idade, são considerados nossos filhos muito queridos. Silvia e Ronaldo Eq. 2 - N. S. da Alegria Província Leste - Setor Petrópolis Leste CM 526

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partilha e PCE

Conversão, Coragem e Ter Ajuda Em 2016, estudando o tema “Viver a Missão com Alegria”, nosso SCE nos trouxe à reflexão o papel das mães na família e sociedade, dizendo que havíamos perdido uma grande “psicóloga” Enquanto o padre falava, eu (Ingrhid) ficava muito incomodada com suas palavras, visto que fui criada em um lar onde meus pais eram separados, e vi toda a luta e determinação da minha mãe para formar a mim e aos meus outros três irmãos, tendo que trabalhar, muitas vezes, três expedientes. E por outro lado, em oito anos de casados, eu e Adriano levávamos uma vida de esposos, onde eu era a detentora das “rédeas” na minha família. Muitas vezes Adriano falava que eu era o “arrimo da família”, e isso alimentava o meu ego por saber que “tudo dependia de mim”, inclusive a parte financeira. Nesse ano de 2016, já tínhamos nossos dois filhos, Miguel (4 anos) e Bárbara (2 anos). E caminhávamos como muitos outros casais, na luta diária de conciliar a jornada árdua de trabalho com a formação e educação dos filhos. Mas algo havia mudado. As palavras do nosso conselheiro entraram como flecha em nosso coração, e passamos vários meses “ruminando” sobre a criação dos filhos (sabíamos da dificuldade de deixá-los com babá, em creche, com avó...) e como cada mudança influenciava na formação deles. Em 2017, após um Dever de Sentar-se, escolhemos como Regra de Vida dedicar alguns anos à formação permanente dos nossos filhos, e dessa forma Ingrhid deixaria o seu trabalho para fazer este acompanhamento. Essa regra de vida foi feita em casal, e hoje, perto de completar dois anos de vi-

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vência, tiramos os seguintes aprendizados:

1.

A Regra de vida veio para nós como meio de conversão: Ingrhid deixa o trabalho e após três meses Adriano fica desempregado. Sem muitas opções, nos vemos “nus” diante de Deus, e nos abrimos a viver da Graça. Nos redescobrimos enquanto esposos, tiramos as máscaras, mostramos um ao outro as nossas fragilidades, e na crise vivemos os melhores dias de nossas vidas, quando o pai toma o seu posto como líder de um lar e guia a sua família segundo os desígnios de Deus.

2.

Parar viver este Ponto Concreto de Esforço, precisamos ter a coragem de perseverar.

3.

Abrir-se e pedir ajuda quando estiver com dificuldade de viver a Regra de Vida. Muitas vezes recorremos ao SCE da nossa equipe para nos ajudar a manter firme nosso propósito.

Ingrhid e Adriano Eq. 13 - Setor D - N. S. da Paciência Natal-RN

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formação Indulgências:

o que são e como recebê-las? O que é indulgência? Segundo o Manual de Indulgência, é a remissão total ou parcial da pena temporal devida pelos pecados já perdoados (pelo sacramento da confissão) quanto à culpa que o fiel alcança por meio da Igreja. Para alcançar essa remissão necessita que o fiel desejoso de se purificar das manchas temporais necessita cumprir determinadas condições pedidas pela Santa Igreja. É preciso entender que o fiel que foi perdoado, pelo sacramento da confissão, quanto à culpa não está necessariamente perdoado quanto à pena que o pecado cometido deixou marcado na pessoa que o cometeu. Vamos entender a diferença entre culpa e pena: culpa é o dano causado pelo mal que a pessoa cometeu, prejuízo advindo da transgressão. Pena é a mancha provocada na alma da mesma pessoa, a transgressora de uma ordem divina ou humana. Ao confessar o penitente foi perdoado, mas ficou a mancha na alma, como uma nódoa. A mãe quando lava a roupa do filho que comeu caju, e respingou o caldo na roupa, tira a sujeira, mas permanece a nódoa que necessita de algo mais que água e sabão comum para ser removida. A água e o sabão comum

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são o sacramento da penitência, e o algo mais que a mãe usará para remover a mancha será a Indulgência. Chamamos de pena temporal e que será, então, apagada pela indulgência, concedida especificamente pela Igreja também através da oração ou obras de piedade, penitência ou caridade. Esta pena temporal pode nos ser aplicada tanto na vida como após a morte (no purgatório). Por isso, quando a Igreja concede tempos ou lugares de indulgências, podemos também oferecê-las pelos defuntos, que estão no purgatório ainda cumprindo as penas temporais devidas, ou seja, a consequência dos pecados que cometeu em vida. No purgatório cessou para as almas o tempo das indulgências, e por isso elas agora só podem beneficiar-se se os vivos oferecerem em seu favor as indulgências que a Igreja concede. Nisto se resume a comunhão dos santos. A Indulgência pode ser Plenária e Parcial. A Indulgência Plenária apaga totalmente a pena temporal dos pecados já confessados e por isso a condição é o sacramento da confissão, sem o qual não existe Indulgência. Já a Indulgência Parcial, como o nome diz, nos redime parcialmente dessa pena. A Igreja estabelece a Indulgência Plenária em determinadas datas ou festividades para que os fiéis as recebam mediante as seguintes condições: 1. Confissão sacramental; 2. Comunhão Eucarística; 3. Oração nas intenções do Sumo Pontífice (normalmente o Credo, Pai-Nosso e oração mariana); 4. Cumprir uma obra prescrita pela Igreja (visita a um santuário, gruta, etc...); 5. Requer-se ainda rejeitar todo o apego ao pecado, mesmo venial. O que habilita alguém a beneficiar-se das Indulgências? “Para ser capaz de lucrar Indulgências, é necessário ser batizado, não excomungado, e encontrar-se em estado de graça, pelo menos ao final das obras prescritas”. (Conforme artigo 996 § 1º, Cap. IV - Das Indulgências - do Código de Direito Canônico). “Estado de graça” - É a condição do fiel após a confissão sacramental e sua aversão ao pecado. Lembrando que a Indulgência Plenária só pode ser adquirida uma vez ao dia, enquanto a Indulgência Parcial pode ser adquirida mais de uma vez ao dia, salvo se houver disposição expressa em contrário. CM 526

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“As Indulgências, ou Parciais ou Plenárias, podem sempre aplicar-se aos defuntos por modo de sufrágio”. O Código de Direito Canônico (Cap. IV - § 994) correlata: “Todo fiel pode lucrar para si mesmo ou aplicar pelos defuntos, em forma de sufrágio, as Indulgências tanto Parciais como Plenárias”. É sempre muito útil saber que segundo o Manual de Indulgências, “concede-se Indulgência Parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida, ergue o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo só em pensamento”. Por esta concessão os fiéis, executando o mandato de Cristo: “É preciso orar sempre e não desistir”, conforme pede Cristo em seu Evangelho. Isto para que os fiéis no cumprimento de seus deveres conservem e aumentem sua união com Cristo. Mt 7,78: Pedi e será dado, buscai e achareis, batei e será aberto. Pois todo aquele que pede recebe, quem procura acha, e a quem bate se abre. Mt 26,41: Vigiai e rezai para não cairdes em tentação. Caros irmãos e imãs leitores deste breve resumo, desejo que neste tempo de Natal, propício para lucrar as indulgências, o Menino Deus os visite, com sua mãe concedendo tempo de ricas graças e bênçãos. Aproveito para agradecer o Movimento das Equipes de Nossa Senhora que muito me ensinou ao longo destes anos que caminhamos juntos, a ser melhor Padre e a compreender melhor a vida de casados, de família, sendo família com os casais das equipes que acompanhei com muito gosto e alegria. Peço perdão pelas minhas não poucas e nem pequenas limitações, pela minha falta de sabedoria na orientação e pela negligência, falta de tempo no cuidado com os casais. Principalmente agradeço as equipes de base 1 (Nossa Senhora Aparecida) e 5 (Nossa Senhora de Fátima), bem como o Setor Uruaçu. Conto com as orações para minha nova missão, deixo meu abraço e orações, levando vocês no coração... Deus abençoe e Maria vos acompanhe... Pe. Paulo Batista SCE - Setor Uruaçu Região Goiás Centro 42

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serviços nas ENS

Fazer correr a seiva do Movimento!

Casal Ligação O espírito de pertença ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora está fortemente relacionado à fidelidade, ao serviço, à doação de si aos outros casais e ao Movimento. Compromisso, ação, oração, fidelidade e zelo são características que encontramos no Casal Ligação. Um casal amigo que promove a integração entre as equipes que liga, e entre elas e o Movimento. Acompanha com carinho e dedicação o progresso espiritual de uma equipe e a sua vivência do carisma do Movimento e dos meios que ele oferece para que os seus membros cresçam na sua vida cristã de casal, buscando a santidade conjugal indicada pelo Padre Caffarel. Para isso o Casal Ligação conta com o modelo e inspiração de São Paulo. Ele acompanhava as comunidades cristãs “equipes”, por cuja fidelidade na fé cristã e progresso espiritual zelava continuamente, escrevendo-lhes e visitando-as de vez em quando apesar das dificuldades. Ensina-nos:

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“Prega a palavra, insiste a tempo e contratempo, corrige, adverte, exorta, mas sempre com paciência e sem deixar de instruir.” (2Tim 4,2) O Casal Ligação é fraternal na sua discreta missão e no convívio, priorizando os contatos pessoais. Ele exerce uma experiência de comunicação, mas também uma experiência de evangelização. Faz circular a preciosa seiva do Movimento. É na equipe de base que o Movimento se realiza. É ele, impulsionado pela oração, que faz correr a seiva viva do amor: “É através do Casal Ligação que o Movimento vem a conhecer as equipes, com suas aspirações, seu testemunho, seus anseios, sucessos e fracassos” (Manual do CL, pág. 10). Transmite ao CRE os apelos do Movimento, ajudando a equipe a compreender os métodos e orientações, para melhor vi vivenciá-los. Incentiva os casais a participarem das programações, formações, retiros, missa mensal, adorações etc. para que possam se aprofundar cada vez mais nas ativi atividades oferecidas pelo Movimento. Podemos colocar que neste serviço, nesta missão, o mais importante é a oração, o amor e a confiança que o Casal Ligação transmite às equi equicompromis pes ligadas e o seu compromisso e pertença ao Movimento. Ele marca presença junto às equipes, especialmente através da oração e da missa a mais por semana por suas intenções. O amor dele nesta missão o faz receber mui muito mais do que doa. Apelamos carinhosamente para que todos os membros das equipes pres prestem atenção no Casal Ligação. Procuremos conhecê-lo, ouvi-lo, amá-lo, e rezemos por ele como ele reza por nós. Marlucia e José Eustáquio Eq. 29 B - N. S. do Pilar Região BSB I 44

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informações e instruções

ATENÇÃO!

Ajustes nas orientações para Publicação de Artigos Objetivos • Veículo de Comunicação da Super-Região Brasil • Instrumento de circulação da seiva do Movimento, visando: › Fortalecer a Unidade do Movimento › Apoiar e ser instrumento na Formação das Equipes de Nossa Senhora › Divulgar notícias e matérias em geral ligadas à Vida e à Espiritualidade Conjugal, ao Movimento e à Igreja Católica. Conteúdo • • • •

Estar em sintonia com o Magistério da Igreja. Estar em consonância com as orientações do Movimento. Evitar polêmicos ou desalinhados com o espírito das ENS. Estar em harmonia com o planejamento anual da Super-Região Brasil

Aniversários Serão publicados: • Equipes: 25, 50, 60 anos ou mais. • Início das ENS na cidade: 25, 50, 60 anos ou mais. • Casais: Bodas de 25, 50, 60 anos ou mais. • SCE/CE: Ordenações e Jubileu Sacerdotal de 25, 50, 60 anos ou mais. CM 526

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Volta ao Pai Apenas de equipistas e conselheiros. Informar nome, equipe, setor, região, cônjuge e data do falecimento. Observações Tanto para aniversários quanto para falecimentos: • Homenagens não serão publicadas. • Serão publicados com no máximo 3 meses de defasagem entre a data de envio pelo equipista e a data do aniversário ou falecimento. Envio dos Artigos Todos os artigos, para serem publicados, devem ser enviados ao CRP, que posteriormente encaminhará aos responsáveis pela Carta Mensal. Dados Cadastrais / Problemas de recebimento da Carta Mensal: A Carta Mensal é enviada para os equipistas utilizando os dados cadastrais contidos no sistema Magnificat. A responsabilidade de mantê-lo atualizado é do CRS, portanto, qualquer alteração vocês deverão contatá-lo. OBS.: As informações completas, bem como a forma correta de fazer citações nos textos, encontram-se disponíveis no site ENS.ORG.BR Equipe Carta Mensal 46

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notícias BODAS DE PRATA 18

dez 2018

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abr 2019

11

mai 2019

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mai 2019

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MARLI E HAROLDO N. S. da Conceição Londrina-PR

TEREZINHA E DIONEL N. S. Medianeira de Todas as Graças Biritiba Mirim-SP

EUDINA E NILTON N. S. Imaculada Conceição Gama-DF

NILDOMAR E MEDIOCI N. S. de Fátima Vicentinópolis-GO

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16

jul 2019

23

jul 2019

MEIRY E MARCOS N. S. da Rosa Mística Ituiutaba-MG

MARIA DIVINA E REINALDO N. S. das Graças Vicentinópolis-GO

BODAS DE OURO 28

dez 2019

HELENA E ANTÔNIO N. S. das Graças Belo Jardim-PE

JUBILEU DE PRATA - SCE 9

abr 2019

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PE. NIRCEU KERI Eq. 6 - N. S. Coração de Maria Londrina-PR

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MEDITANDO EM EQUIPE

ÍNDICE Província Norte ............................................ 28 Província Nordeste I ..................................... 28 Província Nordeste II .................................... 29 Província Centro-Oeste................................. 29 Província Leste ............................................. 30 Província Sul II.............................................. 31 Província Sul III............................................. 32

Editorial .......................................................... 01 Super-Região Ascensão e Pentecostes: uma explica a outra! .................................... 02 O coração é o melhor símbolo...................... 03 Reconhecendo nossa fragilidade .................. 04 “Comungar Jesus para partilhá-Lo ao mundo” ... 06 Secretaria e Tesouraria Apoiando os casais em missão......................08 Demonstrações Financeiras 2018 ................. 09 Henri Caffarel – Um Profeta do Século XX ... 13 Concurso: Logomarca do IV Encontro Nacional das ENS Fortaleza-CE - 2021 ..........15

Raízes do Movimento Inventar ........................................................ 33 Reflexão Pentecostes .................................................. 34 Testemunho Há 40 anos nas Equipes como Conselheiro Espiritual................................... 36 Ter sido Casal Piloto ..................................... 37

Encontro Mundial das Famílias A Revolução da Ternura do Papa Francisco .... 19

Partilha e PCE Conversão, Coragem e Ter Ajuda .................. 38

Ecos de Fátima Já não sou digno de ser chamado teu filho .... 21

Formação Indulgências: o que são e como recebê-las? ...................... 40

Igreja Católica Palavra do Papa Redes sociais e contato interpessoal .............23 Sínodo da Amazônia Escutas do Sínodo para a Amazônia............. 25 A Igreja celebra a Santidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos ..................26

Serviços nas ENS Fazer correr a seiva do Movimento Casal Ligação ............................................... 43 Informações e instruções Ajustes nas orientações para Publicação de Artigos ........................... 45

1 - A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração. 2 - Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado. 3 - Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias. 4 - Eu os consolarei em todas as suas aflições. 5 - Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte. 6 - Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos. 7 - Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias. 8 - As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção. 9 - As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição. 10 - Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos. 11 - As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração. 12 - A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Carta Mensal

no 526 • junho e julho • 2019 Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • (11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br

Notícias ........................................................... 47

CARTA Louvado seja o Santíssimo Sacramento

Fortaleza-CE 2021

Demonstrações Financeiras 2018

A Palavra de Deus - “Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade. Eu reconheço a minha iniquidade; diante de mim está sempre o meu pecado. Só contra vós pequei: o que é mau fiz diante de vós. Eis que eu nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado. Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.” Sl 50, 3.5-7.11 - “Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço.” Rm 7, 14-15

Reflexão - Na figura do filho que abandonou a casa do Pai, preferindo o pecado a uma vida pautada no amor de família, evidencia-se a fragilidade humana. Depois do pecado original (Gn 3), as inclinações ao pecado e a uma vida longe de Deus marcam a pessoa humana e suas escolhas. Como afirma o salmista, “diante de mim está sempre o meu pecado” (Sl 50). - O filho abandona sua família não porque lhe faltara alguma coisa, pelo contrário, ele tinha Tudo, ele vivia no Amor. Mas a concupiscência - a inclinação para o pecado – o leva ao abandono da vida plena. Nós, como equipistas, já temos consciência das nossas fragilidades? Sou ciente de que se eu não me vigiar também posso “abandonar a casa do Pai” e viver uma vida desregrada? Como o Movimento das ENS pode me ajudar a superar o pecado/fraqueza que está à minha frente? Quais têm sido nossas maiores fragilidades como casal? - São Paulo, mesmo sendo um homem alcançado pela graça de Deus e tendo em Jesus sua maior riqueza, ainda confessava que continuava fazendo o mal que não desejava. Há uma diferença entre querer fazer o bem e fazê-lo de fato. Não podemos ser equipistas só de boas intenções, mas sabendo o que é o mal, devemos evitá-lo e combatê-lo. A vida no Movimento tem lhe proporcionado forças e determinação para saber o que é o bem e praticá-lo? Quais são os males já vencidos e combatidos em sua vida? A consciência da sua fraqueza tem conduzido você à frouxidão em suas atitudes ou à batalha espiritual que leva-o às vitórias diárias?

Oração espontânea

Corpus Christi

Concurso Logomarca IV Encontro Nacional das ENS

- Recomendo a você: reserve um tempo – uma hora pelo menos – ao longo desse mês para fazer um bom exame de consciência, almejando conhecer suas fragilidades e se propondo a vencer os obstáculos que impedem seu crescimento espiritual. - Deixe brotar em seu coração, seria ótimo que fosse perante o Santíssimo Sacramento, uma oração espontânea de reconhecimento de suas fragilidades, de sua pequenez, mas também um pedido a Deus para que Ele venha em seu auxílio, principalmente diante das tentações de abandoná-Lo.

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Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro na “Lei de Imprensa” nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo-SP Fone: 11 3473-1282 - 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Nádia Tabuchi - Imagens: Pixabay (pp. 3, 15, 21, 23, 46); Google (pp. 2, 6, 24, 26, 32, 38, 39, 40, 4a Capa) - Tiragem desta edição: 30.000 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3° andar, cj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Basílica “Sacre Coeur” (Paris)

As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

Ano LIX • junho e julho • 2019 • no 526

Vida no Movimento Encontro Nacional para Novos Responsáveis.....27

Em nossa miséria somos alcançados pela Misericórdia

Oração litúrgica (Tendo em vista a Festa de Corpus Christi, rezemos...) O Verbo é feito Carne no pão verdadeiro, convertido pela Palavra, e o vinho puro se faz Sangue de Cristo. E se falha a razão (para reconhecer este mistério) basta apenas a fé para confirmar (este mistério) num coração sincero. Tão sublime sacramento

Veneramos prostrados: E que a antiga lei ceda lugar ao novo rito: a fé venha suprir a fraqueza dos sentidos. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal


1 - A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração. 2 - Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado. 3 - Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias. 4 - Eu os consolarei em todas as suas aflições. 5 - Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte. 6 - Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos. 7 - Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias. 8 - As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção. 9 - As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição. 10 - Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos. 11 - As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração. 12 - A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Ano LIX • junho e julho • 2019 • no 526

Basílica “Sacre Coeur” (Paris)

As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

CARTA Corpus Christi Louvado seja o Santíssimo Sacramento

Concurso Logomarca IV Encontro Nacional das ENS Fortaleza-CE 2021

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