Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, refúgio e consolação dos aflitos e atribulados, Virgem Santíssima, cheia de poder e de bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos por vós, em todas as necessidades em que nos acharmos. Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado a vossa singular protecção, fosse por vós abandonado. Animados com esta confiança, a vós recorremos. Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe, nossa protetora, consolação e guia, esperança e luz na hora da morte. Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus. Preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo; dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais. Livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, possamos um dia ver-vos e amar-vos na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Ano LIX • outubro • 2019 • no 529
Oremos a Nossa Senhora Aparecida pedindo graças e proteção
CARTA Requalificar evangelicamente
a Amazônia
Fortaleza - 2021 Escolhida a logomarca e publicado o Regulamento das Inscrições do IV Encontro Nacional das ENS
12 de outubro Av. Paulista, 352 - cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br
Dia da Padroeira do Brasil N. S. da Conceição Aparecida
MEDITANDO EM EQUIPE
ÍNDICE Editorial........................................................... 01 Super-Região Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo ........ 02 Responsabilidade e confiança naquele que nos enviou................................ 04 O Sentido da Justiça Humana Perante a Justiça Divina................................ 06 Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil......................................... 08 O poder da intercessão dos pais....................10 A Espiritualidade Conjugal nas ENS.............. 12 Encontro Nacional 2021 Concurso Logomarca IV Encontro Nacional das ENS - Fortaleza.............. 14 Igreja Católica Ano Missionário Convocação do Papa Francisco..................... 17 Palavra do Papa: Requalificar Evangelicamente a Missão na Amazônia...... 18 Encontro Mundial das Famílias A lógica da complementaridade: Por que mães e pais são importantes...................19 Jornada Mundial da Juventude Quero rever Maria em ti ....................................21 Ecos de Fátima Pai................................................................... 22
Correio da ERI Convocados para a Ligação, Zona América...... 24 Vida no Movimento Província Norte............................................. 25 Província Nordeste I...................................... 25 Província Nordeste II..................................... 26 Província Centro-Oeste................................. 26 Província Leste.............................................. 27 Província Sul I............................................... 28 Província Sul II.............................................. 29 Província Sul III............................................. 30 Raízes do Movimento A Vereda Secreta........................................... 31 Testemunho Uma Experiência Única................................. 33 IX Estação Encontro Internacional de Fátima..... 34 ENS: Linguagem Universal ........................... 36 Teams of Our Lady... com a cara do Brasil........ 38 Reflexão Outubro é mês de se colocar disponível para servir a equipe...................................... 39 Maria Mãe de Deus e Nossa ........................ 41 Partilha e PCE RV, PCE de destaque de 2019, e sua convergência com o tema do ano “Reconciliação, Sinal de Amor”....... 42 IV Encontro Nacional das ENS.......................... 43 Notícias............................................................ 45
A Misericórdia divina ultrapassa os critérios humanos da justiça A Palavra de Deus -- “Não existe um homem tão justo sobre a terra que faça o bem sem jamais pecar.” Ecl 7, 21 -- “Meus filhinhos, isto vos escrevo para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos como advogado, junto do Pai, Jesus Cristo, o Justo.” 1Jo 2,1 -- “Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele Dia.” 2Tm 4,8
Reflexão -- Nós, seres humanos, somos ávidos por justiça, porém muitas vezes compreendida estritamente nos limites da razão humana e do seu espírito egoísta. Encontramos muita dificuldade, à semelhança do irmão mais velho da “Parábola do filho pródigo”, em conciliar justiça e misericórdia. Não há necessidade em escolher uma em detrimento da outra, pois São João Paulo II diz que “a misericórdia é o encontro da justiça divina com o amor: o beijo dado pela misericórdia na justiça” (Dives in misericordia, n. 9). -- Os textos bíblicos acima, entendidos na sua essência, indicam que apenas Jesus é Justo e a causa de nossa justificação. Nenhum ser humano pode se conceber justo fora da Justiça divina, pois todos somos pecadores. O excesso do “clamor por justiça” se avizinha da presunção de se achar melhor/mais justo que os outros e no direito de condenar quem errou. Deus, em seu Infinito amor e justiça, foi quem mais perdoou. Como tenho exercido meus “direitos por justiça” na vida em equipe? Condenando ou perdoando? Fazendo festa por quem voltou ou pensando que ele não merecia o perdão? Confiando na justiça de Deus ou exercendo a justiça com minhas próprias mãos? -- A justiça divina só pode ser meditada e compreendida olhando para o mistério da Cruz do Senhor. Não é justiça de um Deus que nos trata como exigem nossas faltas, graças ao Bom Deus não é assim, mas justiça demonstrada e escancarada no Amor misericordioso de Deus, que nos redime pagando o preço pelas nossas faltas, nos resgatando quando merecíamos ser castigados. Pergunto: esse tem sido também nosso comportamento? Ou seja, mesmo estando em nossos justos direitos, somos capazes de agir com misericórdia para com aqueles que falharam? Qual tem sido nosso critério, justiça ou amor? Não seria possível viver o amor exigente?
Oração espontânea
n o 529 • outubro • 2019
-- Quero convidá-los, neste momento, a elevarmos a Deus uma prece de louvor e de súplica, tendo como motivação o seguinte pensamento do Pe. Caffarel: “O Teu amor sem exigência diminui-me, a Tua exigência sem amor desencoraja-me, o Teu amor exigente engrandece-me”. -- A partir deste texto e do que foi meditado anteriormente, faça um propósito de concretizar em pequenas atitudes o significado do amor exigente em sua vida.
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Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 - Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com Responsável: Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Nádia Tabuchi - Imagens: Pixabay (pp. 11, 12, 13, 22, 23, 34, 35, 36, 38, 39, 40, 42); Google (pp. 1a capa, 2, 4, 9, 17, 21, 31, 33, 34, 35, 36, 41) - Tiragem desta edição: 30.000 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
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Carta Mensal
Oração litúrgica Salmo 10 Eu me abrigo no Senhor. Como podeis dizer-me: “Foge para os montes, passarinho!” Vê os ímpios que retesam o arco, ajustando a flecha na corda, para atirar ocultamente nos corações retos; se os fundamentos estão destruídos, que pode o justo fazer?” Mas o Senhor está no seu templo Sagrado, o Senhor tem o seu trono no céu; seus olhos con-
templam o mundo, suas pupilas examinam os filhos de Adão. O Senhor examina o justo e o ímpio, ele odeia quem ama a violência: fará chover, sobre os ímpios, brasas, fogo e enxofre e vento de tempestade, é a parte que lhes cabe. Sim, o Senhor é justo, ele ama a justiça, e os corações retos contemplarão a sua face. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal
editorial Caros Equipistas irmãos! Começamos nossa saudação fazendo referência ao belíssimo texto da bandeira Ecos de Fátima que diz assim: se Deus é nosso Pai, somos filhos e, portanto, todos irmãos! Como é bom nos dirigirmos a irmãos que sonham, exercitam e tentam realizar os mesmos projetos de vida matrimonial. Com muita alegria, comunicamos e os convidamos a conhecer mais a logomarca do Encontro Nacional de Fortaleza em 2021. Além da beleza gráfica, temos o significado profundo de cada elemento que a compõe. Percebemos nitidamente que onde o Espírito Santo sopra o milagre acontece. Nessa fase da caminhada de 2019, torna-se imprescindível reconhecer que a justiça do Pai, na “Parábola do filho pródigo”, é o amor de misericórdia, de acolhimento e perdão, o único capaz de corrigir e salvar o pecador. A riqueza desse amor pode ser compreendida nas reflexões de Lenice e José Carlos. Em sentido complementar, Sônia e Eyiti nos lembram que nós, pais, somos os primeiros responsáveis e intercessores de nossos filhos. Não podemos deixar de reconhecer a profundidade do painel apresentado pelo Arcebispo Bernard Long, da Diocese Birmingham da Inglaterra, durante o Encontro Mundial das Famílias em 2018, onde ele diz que a vida familiar é uma esfera da graça; é um lugar onde Deus escolheu e continua a escolher para revelar seu amor. Todo casamento é uma espécie de história da salvação, que desde o começo frágil e graças ao dom de Deus é uma resposta criativa e generosa de nossa parte... (AL, 221). Também queremos convidá-los a serem como nossa Mãe Maria, cheios de confiança e desinteressados, não buscando outra coisa senão dar glórias a Deus! O artigo “Quero rever Maria em ti” é a resposta silenciosa à pergunta feita por uma santa dos tempos modernos a Jesus, oportunidade de entender o projeto de Deus para nós. Por isso, em tudo dai graças! Outubro é o mês missionário, mês de Nossa Senhora Aparecida e mês do discernimento para o CRE-2020! Uma riqueza enorme que a Carta Mensal traz sob a forma de lindos e profundos artigos, quem os lê se abastece de graças e conhecimento. Os testemunhos são momentos ímpares nas nossas vidas, portanto, oportunidade de reconhecer o amor de Deus por cada um, que agradecidos decidem partilhar. Nessa edição, um casal viveu a experiência de participar de uma reunião de equipe nos Estados Unidos e outro casal constatou que a linguagem equipista é universal... Diante de tudo que apresentamos, desejamos que a luz do Espírito Santos os guie para extraírem as lições que as vossas vidas necessitam. Com carinho, Débora e Marquinho CR Carta Mensal CM 529
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super-região
Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo
Queridos Casais, Sacerdotes e Acompanhantes Espirituais, “Vós sois a luz do mundo (...) e o sal da terra” (Mt. 5,13-14), diz o Senhor. Nosso mundo precisa desta luz e deste sal. A luz é essencial para o desenvolvimento da vida humana e o sal, já no tempo de Jesus, era considerado fundamental para a sustentação da vida. Assim Jesus pensa a presença de seus discípulos: fundamental para o mundo conhecer e viver a verdadeira vida e ser sustentado em seu desígnio por Deus. Os cristãos são convocados a assumir sua vocação e missão, a partir de seu estado de vida (laicato, matrimônio, ordem, vida consagrada), comunicando a Luz de Cristo e a força do Espírito pela palavra e o testemunho. O mês de outubro deste ano, proclamado pelo Papa Francisco como um Mês Missionário Extraordinário e o lema “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” é um tempo de novamente “pôr a missão de Jesus no coração da Igreja” e despertar a consciência “da missão ad gentes” retomando “com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. 2
CM 529
A Igreja nasceu para a missão de Cristo e para continuar esta missão com mandato legítimo dado pelo Senhor “Ide e fazei discípulos...” (Mt. 28,19)
Este mês é uma oportunidade para as comunidades, grupos pastorais, movimentos, fiéis e pastores aprofundarem a realidade da missão da Igreja e a participação de cada um na mesma. Somos todos chamados, pelo batismo, a ser discípulos-missionários e levar a todos a Boa Nova da Salvação, a proposta de seguimento a Cristo, e Nele a promoção da vida em plenitude para todos os povos. Isto acontecerá no anúncio explícito do Evangelho e na transformação da sociedade pela superação da injustiça, da desigualdade, da pobreza, da riqueza indigna e injusta, e a construção de relações humanas marcadas pela justiça, fraternidade, partilha e solidariedade. A missão “ad gentes” antes entendida apenas como levar a Boa Nova a lugares distantes, hoje também precisa acontecer muito perto de nós, direcionada àqueles que ainda não ouviram falar em Jesus Cristo (ou tem uma informação errônea sobre Cristo, ou não fizeram verdadeira experiência Dele) e, por isso, não tiveram uma verdadeira oportunidade de aderir a Ele pela fé. Cresce o número de pessoas próximas de nós (em nossas ruas, bairros e cidades) que não tiveram ou não receberam nem mesmo o primeiro anúncio – o Querigma. Homens e mulheres nascidos em ambientes marcados por um indiferentismo religioso, um secularismo cruel, um materialismo e consumismo exacerbados crescem à margem do anúncio do Evangelho. Também a estes devemos alcançar, nos pede o Papa Francisco. Façamos memória neste mês de tantos missionários e missionárias (estrangeiros e brasileiros) e neles nos inspiremos. Nosso Movimento deve redescobrir cada dia sua vocação à missão. Sem a missão, estaria ainda hoje restrito a um país e a um povo. Recordemos Padre Caffarell em suas viagens, verdadeiras visitas missionárias; os casais, sacerdotes e acompanhantes espirituais que ao assumir um serviço para além de sua equipe de base, no Movimento ou fora dele, concretizam pelo seu agir a sua vocação missionária recebida desde o batismo. E você e sua equipe podem ser chamados de discípulos-missionários? Eis a questão que nos é posta! Coragem! D. Moacir Arantes SCE Super-Região CM 529
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Responsabilidade e confiança naquele que nos enviou
Olá, queridos amigos, O mês de outubro começa com a comemoração de Santa Terezinha do Menino Jesus, que é reconhecida pela Igreja como a padroeira das Missões.
“Compreendi que meu amor não se devia traduzir somente por palavras”.
(Santa Terezinha do Menino Jesus)
O mês das Missões deve lembrar, a cada um de nós, que é missão de todo batizado ser evangelizador. E justamente neste mês temos o discernimento para a escolha do Casal Responsável de Equipe. Aquele que pela vontade de Deus através dos irmãos de equipe recebe a missão de animar sua equipe no próximo ano.
“Uma responsabilidade espiritual só pode ser recebida do Senhor e ninguém pode se apropriar dela. Isto quer dizer que é preciso manter-se em união com Aquele que nos convocou à responsabilidade”. (Pe. Roger Tandonnet – Guia das Equipes, pág. 92, edição 2018)
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Esse é o espírito da responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora. Muitas vezes, entre os homens, “responsabilidade” é sinônimo de força e de poder. Quando Cristo lavou os pés de seus discípulos, mostrou-nos uma outra maneira de exercer nossa responsabilidade nas Equipes, pondo-nos a serviço de nossos irmãos e irmãs. Nas Equipes, a responsabilidade é um convite a um amor maior, e todas as responsabilidades são apelos ao serviço. (Guia das Equipes, pág. 93, edição 2018) Ser CRE nos parece missão fácil, mas na verdade não é. A equipe de base é a estrutura mais importante do Movimento, é onde tudo o que for preparado e orientado nas instâncias de responsabilidades superiores deve acontecer. É missão do Casal Responsável ajudar os membros de sua equipe a transformar essas orientações em vida, em ações concretas, pois, se não for assim, de nada adianta. O mundo de hoje nos interpela diariamente, o que nos leva a ter uma postura de fermento na massa. É por isso que precisamos discernir continuamente os sinais dos tempos, para descobrir a nova realidade e as necessidades que ela implica para os casais de hoje. Eles devem também buscar fatores de esperança num mundo que parece cada vez mais hostil à fé cristã, e onde os valores fundamentais do casamento e da família estão ameaçados. As Equipes de Nossa Senhora trazem esse sinal de esperança aos casais na Igreja e no mundo. (Guia das Equipes, pág. 21, edição 2018) “A saúde da pessoa e da sociedade, tanto humana como cristã, está estreitamente ligada ao progresso da comunidade conjugal e familiar. Por isso, juntamente com todos aqueles que têm em grande estima essa comunidade, os cristãos se alegram, sinceramente, com os vários meios pelos quais os homens progridem na promoção dessa comunidade de amor.” (Gaudium et Spes – 47) E, por fim, não nos esqueçamos que neste mês também homenageamos nossa querida mãe Nossa Senhora Aparecida, ela que é nosso exemplo de amor e doação. Que ela interceda junto ao Pai por todos que estão em missão no Movimento ou fora dele, para que sejam perseverantes na fé e na caridade. Amém. Lu e Nelson CR Super-Região CM 529
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O Sentido da Justiça Humana Perante a Justiça Divina
Em continuidade às reflexões do tema de estudo, o sétimo encontro baseia-se especificamente em Lc 15, 25-32, na ”Parábola do filho pródigo”. O objetivo é tomar consciência da diferença entre a justiça humana e a divina, sobre as atitudes do filho mais velho e no amor de Deus Pai, amoroso, misericordioso, que ama, perdoa e cheio de compaixão acolhe o pecador. Nada mais oportuno do que buscarmos fazer uma comparação entre a justiça de Deus e a justiça dos homens, num tempo em que as tensões e a agressividade se fazem sentir em todos os níveis da sociedade. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica: 6
“A justiça é virtude moral que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido…” Em termos gerais, justiça é dar a cada um o que lhe é de direito, o que merece. É estar em conformidade com o que é justo. Na parábola podemos observar alguns aspectos: o processo de conversão do filho mais novo vem mostrar que o pecado é fadado à miséria, desligar-se do Senhor é entregar-se à miséria. Ao ser recebido com festa, ele acaba descobrindo quão grande é o amor do pai, quanto ao filho mais velho esperava que seu irmão recebesse uma reprimenda, castigo, e não que se celebrasse a sua volta com festa. O CM 529
amor e a alegria do pai pelo filho que voltou evidenciam ainda mais o rancor, o desprezo e o ciúme do filho mais velho. Na ordem da justiça humana vamos perceber que essa lealdade fria para com o pai é incapaz de aceitar a volta do irmão, demonstra falta de confiança ao amor do pai e recusa-se participar da festa, seu coração fica amargurado, hostil. Quando pensamos em justiça, logo nos vem à mente o merecido castigo e a punição por algo de errado que se fez. A justiça humana é falha, parcial, corrompível e muitas vezes mesquinha. Isto é, segundo a nossa “justiça”, o outro merece sempre ser punido e pagar as consequências dos seus erros. Para nós cristãos a justiça em seu sentido maior tem sua fonte de referência em Jesus que, mesmo sendo injustamente pregado na cruz pelos nossos pecados, pede perdão pelos que o matavam. Jesus Cristo instaurou no mundo o amor a Deus e ao próximo e ensina que a justiça do Pai é o amor de misericórdia, de acolhimento e perdão, pois somente o amor corrige o erro e salva o pecador. Para Jesus toda pessoa é antes de tudo um irmão. Como discipulado de Jesus, somos limitados para entender dentro do contexto sobrenatural da justiça divina, por isso recorremos ao ensino moral da Igreja e nos fortalecemos através da oração e ação do Espírito Santo. Quantas vezes na vida conjugal e familiar deparamos com situações difíceis e delicadas? CM 529
De divergência ou conflitos que julgam injustos? Jesus nos convida a não julgar, mas ter atitude misericordiosa de Deus diante das dificuldades, ter o mesmo amor sem limites que o Pai tem para com qualquer pessoa. Esta parábola é a parábola do perdão. Somos seres que têm dificuldade em perdoar e em pedir perdão, infelizmente vemos isso no relacionamento com as pessoas à nossa volta. O perdão é um ato de fé, de fé em Deus. Não há vida de casal e familiar sem perdão. O perdão é uma exigência do seguimento e do discipulado de Jesus. Pelo sacramento do matrimônio cada um dos cônjuges torna-se responsável pelo outro. A maneira de resolver é buscar ajuda à luz do Evangelho, para que o mesmo Cristo nos fale e nos ajude a ser justos e misericordiosos. Entretanto, este é o único caminho que nos liberta humana e espiritualmente e que nos dá a verdadeira felicidade que todos aspiramos.
“Agora, portanto, permanecem Fé, Esperança e Amor, mas a maior delas, o Amor.” (1 Cor 13,13)
Lenice e José Carlos CR Província Sul II 7
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil Na segunda quinzena de outubro de 1717, passando pela Vila de Guaratinguetá para as Minas Gerais, o governador delas e de São Paulo, o conde Assumar, Dom Pedro de Almeida, foram notificados pela Câmara os pescadores, para apresentarem todo o peixe que pudesse haver para o dito governador. Entre muitos, foram pescar Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, em suas canoas. E principiando a lançar suas redes no porto de José Correa Leite, continuaram até o Porto de Itaguaçu, distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste ponto sua rede de arrasto, João Alves tirou o corpo da imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem cabeça; e lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça da mesma imagem, não sabendo nunca quem ali a lançou. O pescador a guardou em um pano; e dali por diante foi tão copiosa a pescaria em poucos lanços que todos ficaram admirados. Achada pelos pescadores, tornou-se objeto de grande devoção de todo o povo brasileiro. Hoje a festa é nossa, do povo; hoje, por todo o território nacional, gente de todas as etnias que fazem parte desta nação canta com muita devoção: “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Salve a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!“ Pois através da Mãe encontramos com o Filho. Maria é modelo daquela que ouviu a Palavra de Deus como serva obediente e disse “sim” ao convite do Senhor. É aquela que percebe, que conhece os sinais do Filho. Maria é o reflexo humano do coração materno de Deus. É a mulher que ensina a fazer tudo o que o Filho disser. É aquela que cuida para que a água das nossas misérias e das nossas angústias seja transformada em vinho da alegria. 8
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A festa nos recorda a presença constante de Nossa Senhora Aparecida na vida da Igreja e na vida de todo o povo brasileiro. No cuidado e na ternura de Maria, se refletem a bondade e o amor de Deus. Maria foi indispensável para Deus realizar seu plano de salvação em Cristo, continua a sê-lo até que o Reino se estabeleça sobre a terra e chegue o momento glorioso da volta de seu Filho. Por isso veneramos a imagem da Senhora Aparecida para fazer memória de sua constante intercessão, pois um verdadeiro devoto da Virgem Maria nunca perde o rumo de Deus. Recordamos, também, todas as nossas crianças e pedimos que a Mãe Aparecida olhe por elas, que as proteja e as abençoe, e que cresçam em nossas famílias a harmonia e a paz. Que nossas crianças sejam cercadas de uma medida abundante de fé, amor, segurança, liberdade, participação comunitária e conhecimento claro dos valores humanos e cristãos. Pedimos, também: por todos os governantes para que sejam mais justos e retos, que sejam servidores dos mais necessitados; por aqueles que choram porque perderam a fé e a esperança; pelos pobres, doentes, famintos e marginalizados. Mãe Aparecida, vele pelos jovens, pelas famílias e pela paz no mundo. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por todos nós! Padre Gilmar Antônio Fernandes Margotto SCE Província Sul II CM 529
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O PODER DA INTERCESSÃO DOS PAIS “Fiéis leigos são todos os cristãos que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo, feitos participantes do múnus sacerdotal, profético e régia de Cristo, exercem a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no Mundo” (CIC n. 897). Como fiéis leigos não podemos nos furtar da Evangelização dos Filhos. “Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Eles têm o dever de prover, na medida do possível, as necessidades físicas e espirituais de seus filhos” (CIC n. 2252). Uma criança só terá um bom desempenho na catequese se os pais tiverem junto com elas uma vivência religiosa, em casa e na Igreja. Uma criança que vê o pai e a mãe rezarem também vai rezar naturalmente. Uma criança que vai à missa com seus pais aprende suavemente o bom hábito de ir à missa aos domingos e dias santos. É no colo dos pais que a criança deve aprender a conhecer a Deus, aprender a rezar e a dar os primeiros passos na fé. Os pais são educadores naturais, e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. Será difícil levar alguém para Deus se isso não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É com o pai e a mãe que a criança tem que ouvir, em primeiro lugar, o nome de Jesus Cristo, sua vida, seus milagres, seu amor por nós, sua divindade, sua doutrina. Eles são os responsáveis pela catequese para o Batismo, a primeira Eucaristia e a Crisma. Não é fácil essa missão, porém Deus está sempre conosco para nos ajudar nessa responsabilidade, e deixou a oração como obrigação de orar a Ele em favor deles. Não existe fórmula mágica, mas a oração é uma arma poderosa e devemos fazer uso dela sempre. “A oração fervorosa do justo tem grande poder” (Tg 5,16). Os pais que oram por seus filhos edificarão a fé e o caráter na próxima geração. Ela é uma âncora, uma fonte de força e orientação tanto para os pais na direção e orientação dos filhos quanto aos filhos, para aceitar a ajuda dos pais. 10
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“Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5,17). Será que nossos filhos sentem a força das nossas orações ao Pai por suas necessidades e anseios específicos? Se nossos filhos, a quem amamos e servimos, não ouvem ou não sentem a influência santificadora de nossas sinceras orações em favor deles, precisamos mudar. A oração por nossos filhos se torna mais significativa quando expressamos gratidão, temos a real intenção de fazer a vontade de Deus e um coração sincero. Deus ouve e responde a toda oração sincera, a resposta é real, e nossos filhos precisam disso. “Elias, que era um homem semelhante a nós, orou com insistência para que não chovesse, e não houve chuva na terra durante três anos e seis meses. Em seguida tornou a orar, e o céu deu a chuva, e a terra voltou a produzir o seu fruto” (Tg 5,17-18). É dos pais a responsabilidade de ensinar os filhos a orar, a buscar mais orientação para sua vida. Ensinar pelo exemplo através das orações no lar. Sônia e Eiyti CR Intercessores CM 529
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A SPIRITUALIDADE ONJUGAL nas Equipes de Nossa Senhora Sob este título, Avelino Gambim (da Graciete, Eq. 4 N. S. de Guadalupe, RS I) apresentou em março de 2000 a sua monografia de conclusão do curso de Teologia na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Apresentaremos, em seguida, um pequeno resumo deste trabalho. Nos agradecimentos iniciais, o mesmo lembra que foi despertado no seio das Equipes de Nossa Senhora para aprofundar um estudo da espiritualidade conjugal, feito com o intuito de compreender melhor a conjugalidade como sinal construtor da santificação dos casais e da Igreja. O trabalho foca inicialmente a espiritualidade cristã fundamentada na graça Divina, mas também como fruto do esforço pessoal de correspondência de cada um a esta graça, iniciado no batismo e como obra do Espírito Santo, cujos dons devem frutificar no cristão, não importando o seu estado de vida. Abordando a espiritualidade conjugal, o autor lembra que ser imagem de Deus não pertence ao homem nem à mulher, mas ao homem e à mulher juntos. Num mesmo entendimento, ele coloca que o livro de Gênesis na realidade não fala da criação do homem e da mulher, mas sim do matrimônio. Deus cria o ser humano em matrimônio estável e total de dois seres, um homem e uma mulher, chamados Ish e Issha, ambos na mesma dignidade, em união profunda e complementária e em perfeita harmonia. Seriam eles os colaboradores livres e conscientes de Deus no seu projeto de povoar a terra com um povo santo para sua glória. Apesar do pecado, Deus sempre abençoou o casal e o casamento. Vemos isto já nos antigos patriarcas do Antigo Testamento, especialmente a partir da experiência de fé de Abraão. O casamento passa a ser sinônimo de esperança, de felicidade e de bênção de Deus, não só para o casal mas para todo o povo de Israel e nos profetas, sinal de fidelidade de Deus à Aliança. Para Jesus Cristo, o casamento é sinal do Reino dos Céus, onde a festa e a felicidade são permanentes. Jesus sabe muito bem das fraquezas humanas e da moral legalista dos homens acerca do casamento, favorecendo o homem e discriminando a mulher. Por isso, ele fala da necessidade de uma moral conjugal que parta do coração e viva do amor para o qual é necessário o perdão, assim como ele amou e perdoou. 12
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A Igreja, ao longo dos anos, tem trabalhado firmemente na defesa da instituição do casamento, inclusive o tendo definido como sacramento. Porém, por muito tempo ficou mais voltada para os aspectos legais e morais do que para os valores teológico-espirituais da união conjugal, apesar de o Concílio de Trento ter falado da santidade do amor natural do matrimônio. Apenas recentemente a Igreja começou a dar importância maior ao casamento como meio de santificação. Contribuíram para esta nova visão da Igreja os posicionamentos dos movimentos leigos de ação católica do início do século XX e com eles a redescoberta de que a santidade deve ser o objetivo de todo cristão. O reflorescimento de uma espiritualidade leiga levaria em seguida ao despertar de uma espiritualidade de casal e de família. Neste contexto, surge Padre Henri Caffarel e com ele as Equipes de Nossa Senhora. O trabalho fala então de um movimento de casais que se dispõe a vivenciar uma espiritualidade própria, a “Espiritualidade Conjugal”, sendo esta o carisma do Movimento. Fala de sua mística e ascese, expressas nas atitudes de vida, nos pontos concretos de esforço, tanto de ordem pessoal e de casal, e no auxílio mútuo entre os casais que formam uma equipe. O Movimento, que tem Nossa Senhora como modelo e intercessora, não nasceu pronto e passou por vários anos de sedimentação em que foram assimilados os vários elementos de seu carisma, a espiritualidade conjugal, como: - o casamento é obra de Deus, a obra-prima de Deus; - o casamento tem uma alma, que é o amor; - a vida conjugal é rica em valores e exigências; - não há fidelidade sem a presença de Cristo. Pelo que o trabalho demonstrou, o Movimento das Equipes de Nossa Senhora foi aos poucos apontando uma caminhada para a santificação de casais e do matrimônio, algo inovador e bastante válido a ponto de iluminar as mentes do Concílio Vaticano II e os dias de hoje! Afra e Beto CR Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil CM 529
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encontro nacional 2021 Concurso Logomarca IV Encontro Nacional das ENS - Fortaleza Nesta oportunidade, a SRB agradece a todos que participaram do processo de criação da logomarca do encontro. Tivemos 39 inscrições! Uma riqueza de talentos... A escolha foi feita durante o Colégio Nacional, nos dias 30 e 31/8 e 1/9 na Vila Kostka, bairro de Itaici, em Idaiatuba-SP, onde todos os presentes (CRSRB, CRP, CRR, SCE e casais apoio) puderam votar. Escolher apenas uma foi tarefa muito difícil. Diante de cada uma que víamos e líamos os significados, percebíamos o amor envolvido no processo de criação. Verdadeira maravilha poder participar e observar a forma criativa como os autores retrataram o tema do encontro: Matrimônio cristão; sal da terra e luz do mundo. Todos foram muito inspirados e abençoados. Agradecemos pela dedicação e carinho para com nosso Movimento. Os envelopes contendo as logomarcas inscritas foram trazidos de Fortaleza pelo casal coordenador do encontro, Rocivânia e Júlio, que os enumerou e os dispôs em mural no saguão conforme a foto abaixo. Assim, os casais e conselheiros tiveram tempo para avaliá-las e depois depositar seu voto nas urnas. Após encerrado o prazo estipulado, foi procedida a contagem dos votos para cada uma das inscritas.
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Casal vencedor: Ângela Cristina O. Campos Figueiredo e Roberto Campos Figueredo Equipe 6 - Nossa Senhora dos Navegantes Setor D - Província Norte I Manaus-AM
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Céu Azul: Representa o amor sereno de Deus, que nos conforta, na busca constante pela santidade do casal.
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O Sol: Representa a luz do mundo, o próprio Senhor Deus, mistério que nos guia no caminho da vida Cristã, a luz que surge no horizonte e nos conduz no caminho da santidade conjugal.
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A Cruz: Símbolo de sacrifício e santificação do casal, no contexto da experiência mística com o divino. Comunicação entre o céu e a terra.
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A Vela: Que impulsiona a jangada pela força do vento, é realçada no horizonte, com as cores representativas da nacionalidade brasileira, que nos move para a unidade do Movimento ENS Brasil.
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Água do Mar: Elemento natural marcante na cultura de Fortaleza, cuja beleza, transfigura a infinitude divina. Os três tons de azul representam a Santíssima Trindade. Da água do mar, retiramos o sal da terra, que dá sentido ao matrimônio cristão.
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O Casal: Representa o matrimônio cristão, razão pela qual o carisma essencial das ENS existe no mundo, como instrumento da espiritualidade conjugal.
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A Jangada: Transporte tradicional da cultura cearense, representando um instrumento do trabalho e do turismo local, importante meio para navegarmos no caudaloso oceano da vida, em rumo à espiritualidade conjugal.
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A Fonte: O traçado moderno representa a liberdade da criação divina, em comum com a cultura brasileira: diversificada, simples e espontânea.
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igreja católica ANO MISSIONÁRIO
Convocação do Papa Francisco A celebração do centenário da Carta Apostólica Maximum Illud, do Papa Bento XV, deve nos estimular a superar o fechamento eclesial, o pessimismo pastoral e todo tipo de negativismo que dificulta a nossa caminhada como Igreja missionária. Não esqueçamos que a missão enriquece e faz crescer a Igreja. É dando a fé que ela se fortalece, já nos disse São João Paulo II. A abençoada carta do Papa Francisco que despertou o desejo e a necessidade de celebrarmos este Ano Missionário termina com a seguinte convocação: “Com estes sentimentos, acolhendo a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, proclamo outubro de 2019 como Mês Missionário Extraordinário, com o objetivo de despertar em medida maior a consciência da missio ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral... de modo que todos os fiéis tenham verdadeiramente o anúncio do Evangelho e a transformação das suas comunidades em realidades missionárias e evangelizadoras e aumente o amor pela missão, que é uma paixão por Jesus e, simultaneamente, uma paixão pelo seu povo”. Por fim, o Papa Francisco pede o envolvimento das igrejas particulares, dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica, bem como das associações, movimentos, comunidades e outras realidades eclesiais. Ainda recordando a Carta Encíclica Redemptoris Missio do Papa São João Paulo II, lembramos que uma visão de conjunto da humanidade mostra que a missão da Igreja está ainda no começo, e que devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço. Por isso, se faz urgente e necessário um renovado empenho missionário que envolva toda a Igreja, o clero e os fiéis leigos e leigas, casais, crianças, jovens e idosos, todas as ordens religiosas e instituições eclesiais. Pe. Aerton Sales da Cunha SCE Equipe Nossa Senhora de Fátima Setor E - Natal-RN
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Palavra do Papa
Requalificar Evangelicamente a Missão na Amazônia
Os 2.956 membros das Equipes de Nossa Senhora da Amazônia (Província Norte) estão este mês de outubro voltados ao Vaticano, pois lá se realiza o Sínodo dos Bispos para a Amazônia, assim convocado pelo Papa Francisco: “Finalidade principal desta convocação é encontrar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, sobretudo dos indígenas, muitas vezes esquecidos e sem a perspectiva de um futuro sereno, também por causa da crise da floresta Amazônica, pulmão de importância fundamental para o nosso planeta”. Na primeira visita ao Brasil, em 1957, o Pe. Caffarel lançou o desafio: “Eu vos conclamo a empreender, a levar avante, uma ação sistemática, organizada – fundar uma equipe em todos os pontos principais do Brasil, lançar sobre vossa Pátria uma imensa rede de que as equipes sejam os nós”.¹ Quinze anos após, em 1972, as ENS chegaram à Amazônia, começando a tecer no Norte essa “imensa rede”, com o lançamento da primeira equipe em Manaus. No ano seguinte chegou a Belém. Hoje são 225 equipes em três estados. Em 6 de julho último, disse o Papa Francisco ao Foro das Comunidades Laudato Si: “Aquilo que está acontecendo na Amazônia terá repercussões em nível planetário, mas prostrou milhares de homens e mulheres roubados do seu território, que se tornaram estrangeiros na própria terra, depauperados da própria cultura e das próprias tradições [...]. O homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio: o grito dos pobres deve ressoar da sua boca,
como já indicava São Paulo VI, na sua Encíclica Populorum Progressio. Dom José Albuquerque, Bispo Auxiliar de Manaus, SCE da Equipe 08C – N. S. dos Apóstolos (Região Norte I), participa do Sínodo e nos disse que, “refletindo sobre a missão das ENS e reconhecendo a bonita experiência de comunhão e obediência por parte dos casais e SCEs em nossa região amazônica”, percebe diversos pontos em comum com o Instrumentum Laboris do Sínodo, como: A valorização e defesa da vida; O reconhecimento de que é na família que se aprende a viver em harmonia; O protagonismo da vocação e da missão dos leigos; A promoção da dignidade e igualdade da mulher; A promoção dos valores éticos; O incentivo da prática do diálogo conjugal, familiar; Lutar para preservar a beleza da multiculturalidade pan-amazônica, fortalecendo a estrutura comunitária-familiar dos povos; dentre outros. Rezemos com o Santo Padre para que o Sínodo possa “requalificar evangelicamente a missão” na nossa Amazônia.
Rita e Fernando Eq. N. S. de Guadalupe Belém-PA
1. Carta Mensal nº 8/1987 – Novembro, pág. 2.
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encontro mundial das famílias A LÓGICA DA COMPLEMENTARIDADE: POR QUE MÃES E PAIS SÃO IMPORTANTES A lógica da complementaridade não deve ser reduzida a uma discussão acadêmica estreita sobre os papéis de gênero. A palavra “complementaridade” no contexto do casamento e da vida familiar é algumas vezes usada como um rótulo que separa e até distorce o que deveria ser uma relação saudável e equilibrada. O relacionamento conjugal é uma realidade dinâmica e complexa, cheia de possibilidades de usar os dons de cada pessoa para viver juntos o seu projeto de vida. Em Amoris Laetitia, o Santo Padre afirma que, seja homem ou mulher, somos formados não apenas por nossa constituição biológica e genética, mas por nossa história familiar, nossa cultura, educação e experiência. Mas ele diz firmemente que não podemos separar ou ignorar o biológico masculino e feminino da obra de criação de Deus. Isso vem antes de qualquer uma das nossas experiências e decisões como homem e mulher. Nós só temos que olhar ao redor e ver: mães e pais estão exercendo liderança, mostrando ternura? Esposa e marido, mãe e pai são flexíveis e adaptáveis ao compartilhar os papéis e responsabilidades de suas vidas juntos, em casa e no trabalho, na criação de sua família? As crianças precisam ver essa partilha ou complementaridade como normal e saudável e descobrir e apreciar a dignidade de sua mãe e de seu pai, no que o Papa Francisco chama de reciprocidade genuína, que cresce em seu projeto de casamento ao longo da vida pessoal e familiar. Assim, em vez de focar nos papéis de gênero estritamente definidos, o Santo Padre nos convida a focar no crescimento da identidade do casal e da família, a célula básica da sociedade humana, e as qualidades essenciais de ser marido e mulher, mãe e pai em seu projeto particular, em que cada cônjuge é o meio de Deus de ajudar o outro a amadurecer. Podemos dizer que a maior missão de duas pessoas apaixonadas é ajudar-se mutuamente a tornar-se, respectivamente, mais um homem e mais uma mulher? Promover o crescimento significa ajudar uma pessoa a moldar sua própria identidade (AL, 221). A própria natureza de Deus é revelada no relacionamento complementar ao longo da vida, fiel e fecundo de um homem e uma mulher. No plano de Deus, homens e mulheres são chamados a se relacionar para se comunicar pela palavra, olhar e tocar. A comunicação está no cerne de um relacionamento conjugal e, por meio de uma comunicação aberta e vulnerável, o casal define os papéis que deve desempenhar, baseando-se, em parte, na experiência dos papéis desempenhados pelos pais e decidindo o que será mais importante. Depois de uma criança ter nascido ou ser adotada na família, o casal deve decidir por si o que funciona melhor para sua família, a fim de viver a missão dada por Deus. É através desta comunicação,
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deste diálogo e de um compromisso ao longo da vida que o homem e a mulher se tornam uma comunhão de pessoas através das quais a imagem de Deus é vista. A comunicação é uma arte aprendida em momentos de paz para ser praticada em momentos de dificuldade. Os cônjuges precisam de ajuda para descobrir seus pensamentos e sentimentos mais profundos e expressá-los (AL, 234). As crianças precisam saber e experimentar que são amadas incondicionalmente e têm o direito de receber esse amor de uma mãe e de um pai – “ambos são necessários para o desenvolvimento integral e harmonioso de uma criança... e cada um dos cônjuges contribui de maneira distinta para a educação. Respeitar a dignidade de uma criança significa afirmar sua necessidade e direito natural de ter mãe e pai (AL, 172). A segurança e a pertença que vem de ser amado é absolutamente fundamental para capacidade da criança de formar fortes e amorosas relações recíprocas como adultos. Em todo contexto, as diferenças entre a mãe e o pai, suas personalidades, dons e habilidades são importantes e elas decidirão o que funciona melhor na realidade de suas vidas compartilhadas. No entanto, é a fecundidade de sua vida relacional como pais que é de maior importância. A ternura e compaixão que eles experimentam os ajuda a crescer em confiança e autoestima, e vê o mundo como um lugar bom e acolhedor. Pode haver flexibilidade de papéis e responsabilidades dependendo das circunstâncias concretas de cada família em particular, mas a presença clara de ambos, feminino e masculino, cria o ambiente mais adequado para o crescimento da criança (AL, 175). A vida familiar é uma esfera da graça; é um lugar onde Deus escolheu e continua a escolher revelar seu amor. A vida cotidiana de toda família cristã incorpora em si mesma a vida e a adoração da Igreja, dando vida e cuidando da vida. Todas as perguntas sobre casamento, pais e relacionamentos se resumem à questão: Existe amor vivo aqui? Não é o que somos ou quem somos, mas como nos relacionamos uns com os outros que importa. Todo casamento é uma espécie de história da salvação, que desde o começo frágil e, graças ao dom de Deus e uma resposta criativa e generosa de nossa parte, cresce com o tempo em algo precioso e duradouro (AL, 221). Papa Francisco afirma que uma das tarefas mais importantes dos pais é a provisão dessa “educação e esperança”. Adaptado do painel moderado pelo Arcebispo Bernard Long da Diocese Birmingham, Inglaterra, no Encontro Mundial das Famílias 2018 por
Cristiane e Brito Eq. N. S. Auxiliadora São José dos Campos-SP
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jornada mundial da juventude “Quero rever Maria em Ti” Uma santa dos tempos modernos perguntava a Jesus, que se Ele sendo Deus encontrou um modo de permanecer conosco na Eucaristia, por que não fez o mesmo com Maria? No seu silêncio interior ouviu: “Não a deixei convosco, pois quero revê-la em ti”¹. Ao ouvir esse testemunho, é natural se perguntar: não parece pretensioso querer ser “outra Maria”? Ao contrário, essa divina pretensão tem a graça de poder nos levar a saciar a sede de Deus e de Sua Mãe a toda a humanidade. Ainda que sejamos maculados, é o Amor de Deus quem nos purificará. Desse modo, a presença de Maria em nós será como que uma gota de paraíso na humanidade, dilacerada pela dor e pelo pecado. Maria certamente ainda não é amada por muitos, porque nós ainda não somos capazes de oferecer Jesus com nossas vidas, tal como ela mesma o fez. O cristão autêntico oferece Jesus ao mundo e, exatamente por isso, exala o perfume de Maria na humanidade, pois é ela quem dá Jesus a todos os homens. Um belo aspecto da vida de Maria pode nos auxiliar em momentos difíceis: a sua dor diante de seu Filho, que morre pregado na cruz. Nossa Senhora precisava, naquele instante, devolver seu único Filho a Deus, oferecê-lo em sacrifício ao Pai, como que um Abrãao que precisa imolar Isaac (cf. Gn 22, 1-24). Nesse instante, Maria está a “perder” o seu Filho, é uma dor lancinante... Essa oferta de amor sobe aos céus, e como oferta de agradável odor faz com
que Deus ofereça a ela a graça de ser Mãe da humanidade inteira. É na dor do sacrifício do Senhor que Maria se torna a Mãe de todos os homens (cf. Jo 19, 27). Diante do sofrimento, podemos nos conformar a Maria, oferecendo tudo em sacrifício de amor ao Pai, confiando que Ele nos dará muito mais do que necessitamos e pedimos. Nunca nos esqueçamos que foi da dor e da solidão de Jesus crucificado que obtivemos a maior graça que alguém poderia alcançar: a comunhão com Deus. Nesse desejo de ser Maria, podemos, ao mesmo tempo, oferecer mais uma vez o crucificado à humanidade, e com isso, comunicar à salvação. Não esqueçamos que uma verdadeira devoção à Santíssima Virgem é terna porque é cheia de confiança, é santa porque leva a alma a evitar o pecado e a imitar suas santas virtudes, é constante e sobretudo, é desinteressada porque não busca outra coisa a não ser dar glória a Deus². Assim, não há o que temer em amar Maria Santíssima, como se isso pudesse roubar algo devido a Deus; de fato, com esse louvor mariano, nos torna capazes de melhor glorificar a Deus. Que a Virgem das Dores nos ensine o valor do sacrifício, e que como ela acolhamos as graças que Deus tem a nos oferecer por meio dele. Áderson Miranda da Silva Seminarista - Arquidiocese de Brasília
1 - LUBICH, Chiara. Meditação: Porque quero revê-la em ti. Roma: Città Nuova, 1959. 2 - MONTFORT, Luís de. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. 46ª ed. Petrópolis: Vozes, 1961.
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ecos de fátima
U
PAI
m dia, um dos discípulos pediu a Jesus que os ensinasse a rezar... Jesus não lhes passou um amontoado de normas, mas entregou-lhes um modelo. Ofereceu-lhes uma oração contendo a senha de acesso ao coração do Pai. Os judeus não podiam descobrir este código porque evitavam proximidade com o Deus de Abraão, temiam a intimidade com o Senhor dos Exércitos. Foi graças a Jesus que os discípulos aprenderam a palavra-chave: PAI. Se escutamos em profundidade os Evangelhos, percebemos que um dos fatores preponderantes da missão de Jesus foi apresentar o Pai. Colheu todos os ensejos para torná-Lo conhecido e mostrou que, longe de ser um velhinho carrancudo, Deus se derrama em bondade e compaixão, e espera incansável o encontro com cada filho, com festejos de alegria. A “Parábola do filho pródigo”, que balizou o Encontro de Fátima 2018, não é só uma história contada por Jesus, mas, como disse Pe. Tolentino Mendonça, ela é um espelho que Jesus nos oferece, para vermos nele a nossa imagem interior e, acima de tudo, o modo como nos distanciamos e nos abeiramos de Deus, nosso Pai. Assim, a parábola conta nossa vida interior, ajuda-nos a conhecer o modo como transitamos no plano das relações humanas. De fato, a parábola traz a cena de uma família humana, como a nossa, com a problemática relação entre os irmãos, com o delicado trato do vínculo filial, envoltos pelo frágil tecido dos afetos, que tecemos uns com os outros. Nós somos habitados ocasionalmente por ambos os filhos da parábola, ora agindo como aquele que dá as costas para todos e esbanja sua riqueza, até voltar arrependido ao aconchego doméstico; ora nos portando como o outro que, estando com o pai, alimenta expectativas arruinadas, incapaz de entender a lógica da misericórdia. É esta complexa ambivalência humana que a parábola ilumina.
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A virtude de uma boa história é justamente esta: colocar-nos em questão. Isto porque, dentro de nós, não encontramos só coisas boas, belas, resolvidas. Há também feridas, zonas de sofrimento, memórias a serem curadas por Deus, conflitos por reconciliar... Até que ponto nos aproximamos da misericórdia do Pai e nos deixamos curar, no mais profundo de nós? Uma vez que possuímos a chave de acesso ao coração compassivo de Deus, confiada por Jesus, na oração que nos ensinou, descortina-se um tesouro de bênçãos à nossa disposição. Que fazer a partir daí? Em primeiro lugar, dar-nos conta de que, se Deus é nosso Pai, somos filhos e, portanto, todos irmãos. Na condição de filhos, aceitarmos ser amados por Ele como Pai. Naturalmente, louvamos e agradecemos por isso, santificando o seu santo nome. Imediatamente, cresce em nós o interesse por escutá-Lo, para conhecer bem sua vontade e saber cumpri-la. Então, Ele nos deixa à vontade para achegarmos o nosso coração ao d’Ele e apresentar-Lhe nossas mazelas e carências. Pedimos, junto com o pão de cada dia para o alimento do corpo, a reconciliação profunda para as curas do espírito e a força de nos reconciliarmos com os irmãos. De sobra, o Senhor nos livra das tentações e de todos os males, e nos dá o dom do Espírito. Ó, Espírito Santo, nos conceda uma relação sempre mais íntima e profunda com a própria origem do Amor: o Pai!
Graça e Eduardo Eq. N. S. do Bom Conselho - Porto Alegre-RS CM 529
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correio da ERI
Convocados para a Ligação,
Zona América
Queridos irmãos, Com muita alegria nos dirigimos a vocês amigos das ENS. Alguns já conhecidos nossos e outros que esperamos vir a encontrar nessa caminhada que fazemos juntos. Somos Marcia e Paulo da Eq. 20, Setor A da Região Rio I. Estamos casados há 46 anos e temos três filhos muito amados: Guilherme, Gustavo e Marcela. Eles nos deram cinco lindos netinhos: Manuela, Maria Clara, Martim, Marina e Laura, que nos enchem de alegria e orgulho. Nossa família é nossa grande riqueza. Temos a graça de ter uma segunda família, a nossa Equipe 20. Somos mais do que amigos, somos irmãos e adoramos estar juntos. Fazemos parte das ENS há 45 anos, entramos para o Movimento com apenas um ano de casados. Uma felicidade! Nosso casamento e nossa família foram alicerçados no carisma e na mística desse Movimento fruto da inspiração divina do Pe. Caffarel. O convívio com tantos casais e sacerdotes, partilhando suas riquezas e fragilidades, muito nos ensinou na caminhada até aqui. A pedagogia oferecida e o estudo de temas nos levaram a aprofundar nossa Fé nos tornando cristãos mais maduros e conscientes. Nas ENS, aprendemos também a importância da oração e do serviço como expressão concreta do Amor. Vivemos uma trajetória rica através de várias responsabilidades assumidas no serviço ao Movimento e à Igreja. Quando achávamos que nos entregaríamos a dias mais tranquilos, o Senhor lançou seu olhar sobre nós nos chamando para a ERI como Casal Ligação da Zona América. Apesar de surpresos por não sermos nada de especial, demos nosso humilde SIM ao chamado, na confiança que o Espírito Santo nos conduzirá. Acreditamos que estamos sendo chamados, principalmente para amar a todos e zelar por nosso Movimento. Abraçamos a cada um na Paz de Cristo! Márcia e Paulo ERI-CL Zona América 24
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vida no movimento PROV ÍNCIA
NORTE
EEN REGIÃO NORTE II Aconteceu nos dias 18 e 19 de agosto de 2019 em Belém, Região Norte II, o Encontro de Equipes Novas, com a participação de 35 casais dos setores de Belém e Castanhal. Foi um momento de formação e acolhida para esses novos equipistas, que tiveram oportunidade de aprofundar um pouco mais o seu conhecimento
PROVÍNCI A
sobre as Equipes de Nossa Senhora, e com isso assumir seu compromisso com o Movimento e reforçar sua adesão de amor e responsabilidade com a Equipe de base, para juntos construírem o caminho de espiritualidade conjugal. Magnificat. Marilena e Jesus CRP Norte
NO RDE S TE I
ENCONTRO NOVO FÔLEGO “Levanta-te, toma a tua cama e anda”. Com esse chamado, nos dias 13 e 14 de julho de 2019, os quatro Setores de Natal e Equipes Distantes da Região RNI tiveram a oportunidade de receber a segunda Formação Permanente Encontro Novo Fôlego. Desse encontro participaram 10 equipes, totalizando 55 casais, que vivenciaram valiosa troca de experiências em casal e em equipe. CM 529
Às vezes, é necessário voltar às fontes de seu compromisso para renovar as energias dos casais que se encontram desmotivados e acomodados. E refletir sobre o início da caminhada, rever as atitudes e ações na vida da equipe e do Movimento, propor um novo agir em casal e em equipe levaram os casais a saírem agradecidos, sentindo-se renovados e fortalecidos para dar um novo fôlego às suas equipes de base. 25
Diante das alegrias partilhadas nesse encontro, acreditamos que as Equipes de Nossa Senhora, que são uma escola de Formação Permanente, fazem
PROVÍN CI A
maravilhas na vida dos casais que se abrem às suas propostas de formação. Marta e Canindé CRR – RNI
NO RDE S TE I I
FORMAÇÃO “SER MOVIMENTO” Aconteceu a 1ª Formação SER MOVIMENTO na Região PE I, na cidade de Recife, nos dias 15 e 16 de junho, com a participação de 103 casais e 2 sacerdotes. Esta formação foi apresentada pelo CRSRB, Lu e Nelson, e pelo CRP NE II,
PROVÍN CIA
Maria e Amâncio. Agradecemos a Deus a disponibilidade dos casais em participarem das formações realizadas. Que Nossa Senhora abençoe a todos. Maria e Amâncio CRP NE II
CENTR O-OES TE
EEM SETOR CAARAPÓ “O Teu amor sem exigência me diminui, a Tua exigência sem amor me revolta, o Teu amor exigente me engrandece” (Pe. Henry Caffarel). Quando a 26
proposta para a realização de um EEM para as equipes do Setor Caarapó foi sugerida para dias 17 e 18/8/2019, entendemos, sem muitos questionamenCM 529
tos, a necessidade que tínhamos deste momento de formação de aprofundamento dos mistérios que o sacramento do matrimônio nos reserva. Precisávamos, também, encontrar e indicar algumas respostas e dúvidas de casais e equipes, que tinham a respeito do encontro e do interesse em despertar suas atenções para a ternura e o carinho que o MENS tem pelos casais, e acima de tudo entender e deixar-se permear pelo seu carisma. Sabíamos da urgência que casais e equipes tinham em fazer uma escala para reabastecimento, pois a exigên-
PROVÍNCIA
cia solicitada precisa ser proporcional ao amor recebido, e este Encontro de Equipes em Movimento foi o combustível necessário e o fio condutor entre os dons recebidos de Deus. Foram dois dias em que 27 casais de 5 equipes de Caarapó puderam ouvir sobre: o casal cristão; carisma, mística e espiritualidade das ENS e vocação e missão proposta para nós, leigos, dentro do Plano de Deus. Deus seja louvado pelas maravilhas que faz em nós! Cleyde e Aparecido CRS - Setor Caarapó Região Mato Grosso do Sul
LES TE
“PROJETO CRESCER NO AMOR”, Para nós, casal acompanhador, a foto representa um final feliz. Para os recém-casados, um novo começo, o preenchimento de um espaço vazio, algo que faltava, aquilo que vai dar sentido à vida em família, a união do casal com Cristo, através do Sacramento do Matrimônio. Desde 2015, quando foi apresentado o “Projeto Crescer no Amor”, sonhávamos com essa foto. Nela a alegria conjugal visível nos casais transcende os limites da caridade. CM 529
Caridade que durante a caminhada de evangelização sentimos crescer a cada encontro, quando os casais começaram a entender que a vida em casal requer um projeto de vida espiritual. Abraçados pelo Padre Carlos Henrique, pároco do Santuário São Judas Tadeu de Divinópolis-MG, nos sentimos seguros, duplamente amparados e gratificados em poder contribuir com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e com a Igreja de Cristo. 27
A cerimônia do casamento coletivo foi realizada no dia 6 de julho de 2019 e teve a participação decisiva da pastoral familiar da Paróquia Santuário São Judas Tadeu e o apoio das ENS através do Setor A de Divinópolis, que não pouparam esforços no sentido de não onerar os casais, desde as taxas de casamento, vestidos de noiva, ternos dos noivos, salão de beleza, buquê e um lindo bolo de casamento servido com refrigerantes após a cerimônia. Uma bela festa! E o “Projeto Crescer no Amor” vai continuar ainda mais fortalecido, depois do testemunho dos casais na comunidade, que já estão servindo nas pastorais
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e com isso despertou em outros casais, que vivem a mesma situação (dois grupos já formados), o desejo de conhecer os ensinamentos da Igreja em especial o Sacramento do Matrimônio. Quão abençoados somos em poder auxiliar a Igreja, levando essa boa nova das Equipes de Nossa Senhora a tantos casais que procuram pela felicidade na vida a dois. Que o “Projeto Crescer no Amor” se consolide como um autêntico serviço das Equipes de Nossa Senhora à Igreja e à comunidade. Aparecida e Clélio Eq. 2A - N. S. da Guia Divinópolis-MG
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ENS - CONVIVÊNCIA DAS EQUIPES DO SETOR “A” GUARULHOS Um grande momento tivemos no dia 13 de julho deste ano, a convivência das equipes que formam o setor “A” Guarulhos-SP. Muito importante na convivência do casal, fundamental que marido e mulher possam sair da rotina e das coisas do dia a dia para se reencontrar e reencontrar com Deus e com os irmãos e irmãs das ENS. Esse é um momento de recarregar as baterias e de renovar as alegrias do matrimô28
nio, em comunhão com os Conselheiros. Os casais testemunham o valor de momentos como esse para que os laços do sacramento se fortifiquem. Bem compreendida a graça do sacramento do matrimônio como sacramento de serviço. E servindo se vive o amor. O amor é a arte do encontro: o encontro de duas pessoas, o encontro de dois olhares, o encontro de dois corações com Deus, o encontro com a equipe. CM 529
Uma experiência nova para o novo Setor Guarulhos e Deus logo se encarregou de unir e enlaçar nossos corações. Ele é mestre nessa arte. Afinal, Ele é o próprio Amor. Com Suas mãos gentis, segurou nossas mãos e, com o nó do amor verdadeiro, nos enovelou. Sim, essa é a meta do amor esponsal: deixarmos de ser sós, para virarmos nós; novelo de vida nova entrelaçada por Deus! Ele, Deus, é promotor de encontros, encontro de equipes! Os mais atentos certamente perceberam os passos de uma reunião vividos na paz, na descontração e junto aos irmãos.
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Podemos afirmar, vivemos o verdadeiro amor no cuidado ao outro, sorrindo, rezando, comendo. Alinhamos nossos passos e nos percebemos setor, nos percebemos movimento. O amor amadureceu em cada nova estação e os frutos foram chegando em cada colheita. O mais saboroso de todos, óbvio, foi o nosso rebento. Fomos feitos para dar frutos. Só podemos agradecer a Deus através da Virgem Maria. Deus abençoe a todos! Padre Francisco G. Veloso Jr. SCE Eq. 01
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Formação SER MOVIMENTO Nos dias 17 e 18 de agosto aconteceu na cidade de Marília a Formação Ser Movimento, reunindo equipistas de Marília, Assis, Garça e Paraguaçu Paulista. A formação possibilitou aprofundar a vocação do Movimento das ENS (só amamos aquilo que conhecemos). Fomos interpelados a compreender que cada um de nós (casal) é repleto da CM 529
graça de Deus e que o verdadeiro amor é fecundo e que deve naturalmente comunicar-se e difundir-se. Cada casal foi incentivado a refletir sobre sua missão de amor na família, Movimento, Igreja e no mundo. Somos somente consumidores ou continuadores das ENS? A exemplo dos primeiros cristãos, ousamos ser um só coração e uma só alma? 29
Observou-se o cuidado do Movimento com a fidelidade ao carisma sem perder de vista a necessidade de estarmos atentos às questões contemporâneas que estão diretamente ligadas à Igreja, à família e ao casal cristão. Somos guardiões de um tesouro e temos a responsabilidade de construir um legado a ser deixado para as novas gerações. Ser Movimento significa comprometer-se, ousar o Evangelho e doar-se ao serviço, de forma a promover em nós e
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junto aos nossos irmãos a busca pela santidade conjugal. O chamado de Jesus para trabalhar na vinha é impactante e Ele só quer que o sigamos. O seguimento requer esforço, testemunho e ajuda mútua (mística das ENS). Precisamos de uma âncora para não perder o rumo que se encontra na fidelidade às nossas origens e à visão profética do nosso fundador Pe. Henri Caffarel. Maria Lucia e Norberto Equipe 6A - N. S. do Rosário Região SP Oeste I - Marília A
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Formação Permanente Encontro Novo Fôlego Nos dias 20 e 21 de julho em Palhoça-SC, pela graça de Deus, mais uma Formação Permanente foi realizada em nossa Província, o Encontro Novo Fôlego na Região Santa Catarina I. Essa formação trouxe um novo ânimo, uma nova alegria para os equipistas. Com a oportunidade de voltar às origens, refletir sobre sua caminhada e renovar o compromisso de pertença às Equipes de Nossa Senhora, pôde-se perceber nas equipes presentes a vontade de buscar um NOVO FÔLEGO. Com alegria e muito bem conduzidos pela Equipe Formadora, todos foram convidados a uma revisão de vida de 30
equipe, para avivar o entusiasmo e o dinamismo da caminhada; foram convocados a “fazer mais” pelo cônjuge, pelo irmão de equipe, a seguir unidos e atentos ao pedido de Jesus: “Levanta-te, pega tua cama e anda” (Jo 5,8). Agora, depois de mais este importante momento de formação, pedimos a Deus que pela ação do Espírito Santo faça habitar em cada equipe um novo ardor, um novo fôlego que os permita caminhar com ainda mais alegria na vivência do Sacramento do Matrimônio, na família e no amor ao irmão. Adriana e Giovanni CRR SC I - P Sul III CM 529
raízes do movimento
A Vereda Secreta1 “Em verdade vos digo - é Jesus quem fala - se dois dentre vós se unirem sobre a terra para pedir o que quer que seja, meu Pai que está nos céus lhes concederá”. “Porque, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei. Eu presente no meio deles”. Eis por que os cristãos se reúnem para rezar. Mas, no mesmo Evangelho de S. Mateus, encontramos uma palavra de Cristo que parece contradizer a primeira: “Para ti, quando quiseres orar, entra no cômodo mais reservado, fecha a porta a chave e reza a teu Pai que está secretamente presente”. Estes dois versículos não são contraditórios senão na aparência. Na realidade, eles são complementares.
foto de: ColonVist
O culto cristão, é bem verdade, é exterior e coletivo; mas, ao mesmo tempo, ele deve ser interior e pessoal.
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Basílica Nacional de N. S. de Aparecida Década de 1960
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Contentar-se em ficar no meio da multidão que circunda o Cristo sem procurar um contato pessoal com Ele, sem entreter relações pessoais com Ele, isto é provar a maior indiferença, é desconhecer que a religião cristã é um apelo pessoal do Cristo que pede uma resposta também pessoal. Vereis aonde quero chegar. Neste mês de outubro, iremos em romaria a Aparecida. E porque estamos reunidos em Seu nome, o Cristo estará presente entre nós – e mais perto de cada um de nós, de certa maneira. Mas, ninguém o encontrará se a manifestação exterior e coletiva, que é a peregrinação, não provocar uma manifestação interior e pessoal. Não é suficiente tomar a condução que leva a Aparecida. É preciso que cada um de nós tome a sua vereda secreta – a única que permite encontrar pessoalmente o Cristo; a única que nos leva ao Cristo. Ninguém nos poderá indicar esta “nossa” vereda secreta – porque é íntima. Nós – e somente nós – é que deveremos descobri-la. Sejamos, pois, humildes, puros, dóceis; oremos; sejamos perseverantes que a descobriremos. E assim encontraremos o Cristo. E aquilo que acontecer entre nós e o Cristo, neste encontro pessoal, é exatamente isto que importa e é por isso que iremos a Aparecida. Quanto àqueles que não podem ir a Aparecida, que se associem eles, em espírito, aos peregrinos. A presença não é uma questão de corpo, mas de coração. Estamos muito mais presentes onde se ama do que onde se está. Procurai, pois, reservar algum tempo para a meditação e para a oração durante estes próximos dias, a fim de encontrar a “vereda secreta” por onde havereis de seguir. Numerosos irmãos, em Aparecida rezarão para que todos os casais encontrem o Senhor. Estais surpresos de que não vos falei da Virgem? Mas, escrevendo estas linhas, tenho profunda convicção de vos falar em nome dela: toda a sua ambição não foi sempre senão a de nos conduzir a seu Filho? Pe. Henri Caffarel Colaboração
Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. Mãe de Jesus e Nossa - Piracicaba-SP 1 - Carta Mensal nº 9, ano II, outubro de 1954.
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testemunho
Uma Experiência Única Participar do Encontro de Equipes Novas, em Porto Alegre, certamente foi uma experiência singular em todos os sentidos, pois como temos visto e apreendido não é possível banhar-se mais de uma vez nas águas do mesmo rio! É claro que o Bom Deus continuará distribuindo Suas graças todos os dias para todos, mas a graça de vivenciar o Encontro de Equipes Novas da Região RS I, é irrepetível... não volta mais. Ah... se nos fosse dado contemplar nosso próprio futuro e descobrir nele o sentido mais profundo das oportunidades que o Senhor nos oferece no presente, não desperdiçaríamos tão facilmente os tesouros colocados em nossas mãos pelas Mãos da Divina Providência! Haveria muitos aspectos a considerar e valorizar na organização e nas atividades desenvolvidas ao longo de dois dias, na Casa de Retiros Vila Betânia: suas inspiradas pregações e palestras, sua espiritualidade, sua convivência alegre e fraterna, etc., mas a limitação do espaço nos leva a destacar, por seu caráter pedagógico de muito bom alcance, as encenações e dinâmicas de grupo com textos que, caricaturizados por equipes fictícias (ou nem tanto), serviram de contraponto às nossas experiências de equipe e funcionaram como uma espécie de espelho reverso, ajudando-nos a identificar mais nitidamente os problemas das equipes e as nossas próprias dificuldades enquanto equipistas... A experiência destes dois dias de encontro deve, sim, ter feito brotar no coração dos casais que tiveram disponibilidade e a coragem para acolher o convite do céu, uma nova consciência, uma nova postura e uma nova disposição, para abraçarem o Movimento e se deixarem abraçar por ele. Talvez seja interessante encerrar este singelo testemunho de nossa presença no Encontro de Equipes Novas, lembrando a todos os casais que o eixo pedagógico do Movimento rumo à santidade não nos permite ficar na zona de conforto. DEUS NOS SUSTENTE NO CAMINHO! AMÉM. Cléia e Jairo ENS de Caravaggio Eq. Distantes - RS I - P. Sul III
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IX Estação Encontro Internacional de Fátima Nossa peregrinação ao Santuário de Fátima começou no domingo na Santa Missa, na capela de nossa comunidade. Após dois anos de preparação, ansiedade e insegurança, percebi que ainda não tínhamos definido o propósito. Então participei, neste dia, da missa e no local que sentei havia um quadro da Via Sacra onde a imagem de Jesus caído estava diante de mim, era o quadro da IX Estação. Nos meus olhos Ele me disse: “Se você está indo a esse encontro é porque Eu permiti”. Embarcamos no Rio de Janeiro rumo a Roma, nossa primeira escala, com destino a Madri, junto com um casal de nosso Setor, Catarina e Sidney, e um outro casal de outro Setor que conhecíamos de vista, já nos havíamos encontrado nos eventos das ENS, Eliane e Joel, este com 87 anos e um grande vigor pelas ENS, que se tornaram grandes amigos ao longo de nossa jornada. Logo que chegamos a Madri, Catarina teve um problema de saúde e foi parar num hospital local, ficamos em oração e no dia seguinte já estava conosco. Fomos para Barcelona, fizemos uma programação, mas acabamos indo para o lado errado, para nossa sorte. Acabamos parando na Catedral da Sagrada Família. As graças começaram a chegar, assistimos uma missa em latim, ao final, para nossa surpresa, o padre rezou o Magnificat, fomos falar com ele e ele nos disse ser equipista. Dissemos que estávamos indo para o Encontro Internacional em Fátima. Quando saímos da missa, o telefone da Tatiana tocou, era do Brasil e recebemos uma boa notícia que esperáCatedral da Sa grada Família Barcelona vamos há algum tempo.
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Depois de contratempos em nosso voo e ficarmos 12 horas aguardando no aeroporto, chegamos a Fátima. Alojados em Fátima, as graças continuaram, terço e procissão no local das aparições, o grande dever de sentar-se no local das aparições, relatos de Jean Allemand (França) que trabalhou com Padre Caffarel e de Marie d’Amonville (França), que junto com seu marido foram o 1º Casal Responsável das ENS. Em nosso hotel conhecemos casais de Mogi Mirim-SP, que, por coincidência, tiveram como conselheiro o nosso Conselheiro atual Padre Ilário. s Um dos eventos do encontro s Pastorinho Caminho do a - Portugal Fátim s era fazer a peregrinação em ho lin Va Valinhos, caminho onde os pastorinhos passavam para chegar até o local das aparições. Começamos nossa caminhada, quando chegamos na IX Estação, qual a nossa grande surpresa, havia um local especial para oração que o MENS preparou, qual o motivo? Ali foi o local da 4ª aparição. Local onde Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos, pois não podia aparecer no local habitual por causa das autoridades da época. Então comecei a entender o porquê de participar da missa naquele domingo em frente ao quadro da IX Estação. Era o local onde Jesus queria nos ver. Podemos dizer que foi uma experiência única, casais de todos os cantos do mundo mostrando a unidade do nosso querido Movimento.
O Poderoso fez e sempre fará maravilhas. Tatiana e Luiz Eq. 02 - N. S. da Penha - Setor E - Rio V - Província Leste
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Equipes de Nossa Senhora:
Linguagem Universal
As Equipes de Nossa Senhora proporcionam para nós, equipistas, uma linguagem universal. Por quê? Somos equipistas há 16 anos e tivemos a graça de participar de três encontros: dois nacionais e o internacional de Brasília. Agora recentemente tivemos a bênção de poder participar do Encontro de Fátima e é desse que vamos falar. Chegamos ao Aeroporto de Guarulhos com uma grande insegurança, por motivos que parecem banais para a maioria, mas que para nós são relevantes, dentre eles a insegurança de nunca ter voado e muito menos feito uma viagem internacional, lançando-nos em um universo totalmente desconhecido. Para nossa surpresa estávamos lá, ansiosos e por que não dizer temerosos, quando ao nosso lado vimos um casal em que o esposo usava a jaqueta com a logomarca do Movimento. Aproximamos-nos deles e a partir daí, diríamos, eles nos adotaram como seus companheiros de viagem, sendo cautelosos e cuidadosos conosco durante todo o percurso. Desapareceu o medo! E, pasmem, esse casal não nos conhecia e nem nós a eles... Eles são de Vitória-ES (Terezinha e Ademir) e nós de Minas Gerais, mas isso não dificultou em nada, ao contrário facilitou.
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Chegando em Fátima tivemos dias maravilhosos, que com certeza jamais esqueceremos, dias de grande enriquecimento espiritual e aprendizagem. No hotel em que estávamos hospedados, éramos carinhosamente cuidados pelo casal responsável da casa (Alice e Severino, de Montijo - Portugal), que nos tratava como se fôssemos velhos e grandes amigos, e ao final daqueles dias, com certeza nos tornamos! Infelizmente a felicidade pode ser duradoura, mas não é eterna... chegou o dia de voltarmos para casa. Quando compramos as passagens para o encontro tínhamos a opção de voltar na manhã do último dia e, nesse caso, perderíamos o encerramento do encontro, ou sair no dia seguinte, porém para isso deveríamos nos hospedar mais uma noite em Portugal. Assim, optamos por sair no dia seguinte. Logo após o encerramento, viajamos confortavelmente para Lisboa, porém não tínhamos feito reserva de hospedagem para aquela noite. Ao chegar à rodoviária, estávamos consultando sites de hotéis, quando novamente nossos anjos, Alice e Severino, nos perguntam o que estávamos aguardando... ao explicarmos o que era, Alice se afasta um pouco e volta com o celular na mão e diz, para nosso espanto: vocês serão hospedados por um casal da cidade de Montijo, que já está vindo buscá-los! A partir daquele momento fomos acolhidos da melhor forma possível pelo casal Lurdes e Manoel, que literalmente nos tratou como velhos e bons amigos. Então, como não dizer que as ENS possuem uma linguagem universal? A linguagem da ajuda mútua e acolhimento aos irmãos... Maria de Lourdes e Grey Fausio Dâmaso Eq. 01 - N. S. Aparecida Ituiutaba-MG
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Teams of Our Lady... com a cara do Brasil Que maravilha encontrar nos EUA um pedacinho do Brasil! Tudo começou quando resolvemos passar 6 meses visitando nosso filho em New Jersey, onde ele trabalha... Como ficar tanto tempo longe das equipes? A internet nos ajudou e, através de consulta ao site, descobrimos o casal coordenador dos EUA, Jorge e Noelia, para ver se poderíamos participar de alguma reunião de equipe nesse período. Quem nos atendeu foi Jorge, daí arriscamos nosso inglês e, por fim, descobrimos que esse casal, que mora na Califórnia, é de Açores e falava bem a nossa língua. Uma bênção! Nessa conversa nos indicaram o casal Marioli e Nilson, responsável pela Região onde estamos vivendo. Seriam americanos com nomes brasileiros? Telefonamos, e logo veio aquele acolhimento brasileiro! Archelau e Nilson se falaram por uma hora, num interessante bate-papo, com troca de informações. O casal é brasileiro, simpático, de fé e trabalha muito pelo Movimento. Existem 13 equipes de brasileiros imigrantes nas regiões da Pensilvânia, New Jersey, South Carolina e Nova York. Daí fomos convidados a participar de uma missa em português, com a igreja lotada de imigrantes! Nos sentimos no Brasil. Em seguida, fomos convidados para almoçar na casa deles. Após a oração de agradecimento pelo alimento, foram servidos quitutes mineiros abençoados. Equipista tem o jeito diferente e um acolhimento ímpar. E assim, fomos convidados a participar de uma reunião de equipe. Vivenciamos essa experiência com alegria e muita emoção. Uma reunião de equipe nos EUA! Sentimos orgulho de conhecer irmãos que lutam por uma vida melhor, longe de suas famílias e onde a palavra trabalho tem uma conotação forte, porém a fé, a Igreja e o nosso Movimento está superpresente, apoiando e dando força a eles. Saímos felizes e por isso partilhamos essa experiência muito especial. Obrigada, Senhor, por fazermos parte desse Movimento que nos acolhe por 27 anos e nos acompanha, com fé e amor, em novas terras. Silvia e Archelau Eq. 5C - Região São Paulo - Cap. I
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reflexão
OUTUBRO é mês de se colocar disponível para servir a equipe... “Eu pertenço às ENS, delas me nutro, a elas me doo”1 Participar do Movimento das ENS é uma graça para todos nós. Recebemos diariamente diversas ferramentas que nos ajudam no nosso crescimento, como formações, testemunhos, etc., e que são verdadeiros presentes, pois nos auxiliam no caminho rumo ao nosso objetivo que é a espiritualidade conjugal. Porém, é justo que fiquemos com esse presente somente para nós? Ou devemos partilhar todos esses benefícios com os outros? Nosso movimento chama-se “Equipes de Nossa Senhora”, no plural, o que nos remete à ideia de que não participamos de um Movimento de uma única equipe (a de base), e sim de um Movimento com várias equipes, indicando o sentido de coletividade e pluralidade. Logo, podemos concluir que somos, de fato, membros uns dos outros e devemos nos apoiar e sustentar a todos os equipistas, como um Movimento único. 1 - ELEN E COLARES, Carta Mensal, 442 de fevereiro de 2010, “O Sentido de Pertença”
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Servir a Deus gera muitos benefícios, especialmente para nós mesmos. E é esse serviço que tem feito o Movimento ir cada vez mais longe, tanto em quantidade quanto em qualidade. Mas, para isso, é necessário que os casais estejam engajados na missão de contribuir com o Movimento. Não faz sentido que o verdadeiro equipista não se coloque a serviço quando procurado. Ainda não é suficiente aquele equipista que, quando chamado, aceita o serviço queixando-se do trabalho que há de vir. O verdadeiro sentido de pertença é ainda maior que isso. O equipista deve não somente estar disponível, mas também sentir prazer e vontade em servir. Deve ter a iniciativa de buscar onde ele pode ser útil e colaborar naquilo em que o Movimento está precisando. E como fazer isso? O casal pode, por exemplo, colocar-se à disposição para participar de formações de serviço, como Casal Piloto, Casal Ligação, entre outros, e se tornar uma opção quando houver a necessidade. Pode também expor sua disponibilidade em servir. O Movimento sempre precisa de pessoas solícitas e dispostas a contribuir. É preciso estabelecer prioridades nos moldes do que nos disse o Pe. Caffarel: “...se a união com Cristo é para vocês o essencial, e se as Equipes de Nossa Senhora lhes parecem ser o meio providencial para alcançá-lo, então eu lhes digo que as Equipes de Nossa Senhora devem ocupar um lugar essencial nas suas vidas.”2 Carla e Rafael Eq. 59D - N. S. Três Vezes Admirável Brasília-DF 2 - Pe. HENRI CAFFAREL, Carta Mensal Francesa de fevereiro de 1950.
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Maria Mãe de Deus e Nossa
O primeiro Dogma Mariano da igreja foi justamente a promulgação de que Maria é realmente a mãe de Deus e essa verdade nos foi revelada no longínquo concílio de Éfeso (justamente onde ela morou em companhia do apóstolo João), lá pelo século IV, mais precisamente no ano 431. Ratificando que Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, ontem, hoje e sempre... se lembram que João Batista, um ser ainda em formação, pulou de alegria ao sentir sua presença recém-concebida! Mas por que dizemos que ela é nossa mãe? Estamos tão imersos nessa verdade como um peixe no oceano: não percebe a imensidão das águas que o rodeia, pois tão imensa também é a graça de a termos como Mãe que vemos isso com naturalidade; mas qual a razão? Não há “dogmas” que afirmem isso, contudo, lembremo-nos que a Igreja é um Corpo Místico, misterioso, em que Jesus é a cabeça/ou o cabeça e que nós somos os outros membros e, portanto, fazemos parte desse Corpo Místico, tornando-o um só... a Igreja. Ora, se Maria é Mãe da cabeça/ou do cabeça, que é o Cristo, ela também é Mãe dos outros membros que somos nós, e, por extensão, de toda a Igreja... Mãe da Igreja: como somos afortunados! Mas com uma diferença: da cabeça/ou do cabeça, o Cristo, ela é Mãe natural, verdadeira... de nós, é Mãe espiritual, adotiva, que acolhe a todos, e quão imensa é a extensão dessa maternidade espiritual!!! Guardemos isso em nossos corações e sejamos obedientes aos seus apelos e merecedores contumazes dessa dádiva Divina! Otoniel da Suzete Eq. 01 N. S. das Graças Setor Pesqueira - Reg. PE II CM 529
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partilha e PCE Regra de Vida, PCE de destaque de 2019, e sua convergência com o tema do ano “Reconciliação, Sinal de Amor” Desde o EACRE temos sido alertados de que devemos concentrar nossos esforços no Ponto Concreto de Esforço Regra de Vida ao longo de 2019. Na evolução do estudo do tema proposto, “Reconciliação, Sinal de Amor”, temos compreendido a motivação da escolha do PCE de destaque: há um claro liame entre eles!
bom dever de sentar-se) compreender qual o ponto de sua personalidade detém seu progresso na fé. Uma vez identificado seu vício, seu “calcanhar de Aquiles”, resta convertê-lo em regra de vida para moldar nossa fraqueza e fortalecer nosso espírito, rumo à busca pela santidade pessoal e, então, à santidade conjugal.
Preliminarmente, precisamos nos ater ao sentido do PCE Regra de Vida. Dentre os 6 que nos são propostos, este é o mais “aberto”. É o que nos dá espaço para a personalização dos nossos esforços. Seria exaustivo se, além dos 5 já conhecidos PCEs, fossem propostas a todos, indistintamente, orientações amplas e gerais tais como “ser mais generoso”, “buscar participar de outras celebrações eucarísticas ao longo da semana, além daquela preconizada pelo catecismo da Igreja”, “procurar o sacramento da reconciliação tantas vezes quantas sentirmos remorso”, “buscar ser mais paciencioso”, “ser mais tolerante” etc. Exatamente para não sobrecarregar nossa missão de busca pela santidade e, talvez, não nos desestimular nesta árdua missão, o Movimento – de forma extremamente inteligente – delega a cada um de seus membros a incumbência de (após um exame detido de consciência e de um
É necessário observar que a Regra de Vida nos impõe um processo de conversão, tal como o tema deste ano nos faz refletir sobre o processo de reconciliação, seja diretamente com o Pai, seja nas nossas relações familiares e conjugais, como tão bem exposto nos testemunhos que ilustram cada capítulo.
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Destaque-se, contudo, que processo não trata de um ato isolado, mas implica em um encadeamento de ações. Processo de conversão ou de reconciliação exige firmeza de propósitos, exige reflexão antes da ação, exige contenção de nossas reações: e nisso reside nossa mudança de vida. Vivamos este ano um tempo muito rico de convergência de sinais e de propósitos e ainda temos tempo de mergulhar em águas mais profundas. Que Deus nos ajude a não desperdiçar essa oportunidade de conversão, de reconciliação e de crescimento! Taisa e Valdemir de Proença Eq. 07 - N. S. Rainha da Paz Setor Porto Feliz-SP CM 529
IV encontro nacional das ens 4º ENCONTRO NACIONAL DAS ENS DO BRASIL – FORTALEZA 2021 de 22 a 25 de junho de 2021 INFORMAÇÕES (regras) GERAIS SOBRE AS INSCRIÇÕES 1 – Quem pode se inscrever? Todo equipista que conste no cadastro nacional das Equipes de Nossa Senhora do Brasil e que estejam com todos os dados atualizados. 2 – Período das inscrições As inscrições estarão abertas em dois períodos distintos: 2.1 - de 09 de novembro de 2019, a partir das 14h00 (horário de Brasília) até 31 de janeiro de 2020 - vinculadas ao número de vagas estabelecido por PROVÍNCIA e 2.2 – de 01 de fevereiro de 2020 até 28 de fevereiro de 2021 – não vinculadas a PROVÍNCIA, atendendo primeiro a lista de espera pela ordem de entrada e em seguida as novas inscrições. 3 – Taxa de Inscrição Será cobrada uma Taxa de Inscrição no valor de R$ 80,00 (oitenta reais) por pessoa, sendo paga em duas parcelas, juntamente com a primeira e segunda parcela das inscrições: 50% na primeira e 50% na segunda. 4 – Valor da Inscrição 4.1 – O valor da inscrição COM HOSPEDAGEM (por pessoa) será de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais). 4.2 – O valor da inscrição SEM HOSPEDAGEM (por pessoa) será de R$ 500,00 (quinhentos reais). 5 – Parcelamento 5.1 – Os inscritos poderão optar por parcelar o valor da Inscrição em até 15 parcelas mensais. O vencimento da primeira ocorrerá em 31 de janeiro de 2020 e a última em 31 de março de 2021. 5.2 – O número de parcelas está limitado pelo mês em que se realiza a inscrição, de modo que o último pagamento ocorra até 31 de março de 2021. CM 529
6 – Forma de pagamento Ao concluir a inscrição, o sistema está preparado para emitir os boletos referentes às parcelas mensais escolhidas pelo inscrito. O valor correspondente à Taxa de inscrição (R$ 80,00) será incluído no vencimento da primeira parcela (R$ 40,00) e na segunda parcela (R$ 40,00), seja qual for o plano escolhido. Atenção: a responsabilidade pela emissão dos boletos é dos inscritos. Havendo dificuldade com a emissão ou perda de boletos, os inscritos poderão emitir a 2ª via ou solicitar ao Casal Responsável Regional, Casal Responsável do Setor, Casal Coordenador Nacional das Inscrições. 7 – O que está incluído no Valor de uma inscrição 7.1 – Para TODOS os participantes: 7.1.1 – Material do Encontro 7.1.2 – Participação no Encontro 7.1.3 – Lanche: dia 22/06/21 – Abertura do Encontro 7.1.4 – Almoço: dias 23, 24 e 25/06/21 7.1.5 – Lanche: dia 24/06/21 no local do Evento 7.1.6 – Translado no dia 24/06/21 do local do Evento até local do Ato Público 7.1.7 – Jantar: Dia 23/06/21 no local do Evento 7.2 – Para os inscritos COM HOSPEDAGEM: 7.2.1 – Translado interno: aeroporto/rodoviária aos hotéis (chegada), hotéis ao local do Evento, local do Evento aos hotéis e hotéis ao aeroporto/rodoviária (encerramento). 8 – Desistências e Cancelamentos 8.1 – As desistências deverão ser formalizadas por escrito (carta ou e-mail) ao Coordenador Nacional das Inscrições. 43
8.2 – Havendo reembolso, este ocorrerá no mês subsequente ao da comunicação da desistência/cancelamento. 8.3 - O valor da Taxa de Inscrição NÃO será devolvido, independentemente da data de desistência. 8.4 – Aos inscritos que comunicarem sua desistência até 20 de junho de 2020, será devolvido integralmente o valor das parcelas pagas. 8.5 – Aos inscritos que comunicarem sua desistência até 20 de setembro de 2020, será devolvido 70% (setenta por cento) do valor das parcelas pagas. 8.6 – Aos inscritos que comunicarem sua desistência até 20 de dezembro de 2020, será devolvido 50% (cinquenta por cento) do valor das parcelas pagas. 8.7 – A partir de 21 de dezembro de 2020, as devoluções por desistência / cancelamento ficarão na dependência dos contratos assumidos para a realização do evento. Havendo reembolso, este ocorrerá após o 11 – Planos de Pagamento
Parcela Plano Qtde P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15
Vera e José Renato Luciani Rua Belém nº 401 – Bairro Brasil Itu-SP – CEP: 13301-453 Fone: (11) 4022-2212 e (11) 97103-5800 e-mail: fortaleza2021.inscricao@ens.org.br Hospedagem COM
SEM
R$ 500,00 R$ 250,00 R$ 166,67 R$ 125,00 R$ 100,00 R$ 83,34 R$ 71,43 R$ 62,50 R$ 55,56 R$ 50,00 R$ 45,46 R$ 41,68 R$ 38,47 R$ 35,72 R$ 33,34 Rocivania e Julio Coordenação do 4º Encontro Nacional das ENS – Fortaleza 2021 44
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fechamento das contas do Encontro. 9 – Outras Instruções 9.1 – As inscrições são intransferíveis. 9.2 – Será mantida a inscrição e garantida a participação no Encontro aos inscritos que mantiverem seus pagamentos em dia. 9.3 – As eventuais sobras serão devolvidas após o encerramento do Balanço Financeiro do Encontro. Observação: Sugere-se aos inscritos que guardem os comprovantes de todos os pagamentos realizados. 10 – Coordenador Nacional das Inscrições
R$ 1.200,00 R$ 600,00 R$ 400,00 R$ 300,00 R$ 240,00 R$ 200,00 R$ 171,43 R$ 150,00 R$ 133,34 R$ 120,00 R$ 109,10 R$ 100,00 R$ 92,31 R$ 85,72 R$ 80,00
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notícias
BOLETO PE. CAFFAREL Projeto para maior conhecimento e divulgação do nosso Fundador Iniciativa: Super-Região Brasil Lançamento: dezembro
2019
Aguardem mais Informações!
BODAS DE PRATA 15
22
jan 2019
dez 2018
Agma e Gilmar Eq. 23F - N. S. de Fátima Brasília-DF
14
mai 2019
Lucimara e Ricardo Eq. N. S. Aparecida Boituva-SP CM 529
Alessandra e Érico Eq. N. S. de Lourdes Varginha-MG
8
jul 2019
Juliana e Marcelo Eq. 10 - N. S. de Lourdes Aparecida-SP 45
6
22
ago 2019
jul 2019
Neiva e Toni Eq. N. S. de Lourdes Boituva-SP
8
ago 2019
Daniele e César Eq. 15 - N. S. Rainha da Paz Cascavel-PR
28
mai 2019
Sandra e Renderson Eq. N. S. Santíssimo Sacramento Itaúna-MG
23
18
set 2019
Valdirene e Marcelo Eq. N. S. dos Anjos Castanhal-PA
1
out 2019
Tânia e Amaury Eq. N. S. da Assunção de Maria Olinda-PE 46
Lúcia Salete e Éder Eq. N. S. Aparecida Água Boa-MT
jul 2019
Maria Eunice e Flávio Eq. N. S. de Fátima Canápolis-MG
30
set 2019
Adriana e Otelino Eq. N. S. do Sagrado Coração Vila Velha-ES CM 529
BODAS DE OURO 19
jul 2019
Catarina e Milton Eq. N. S. de Fátima Sertãozinho-SP
JUBILEU DE OURO - CE 28
28
abr 2019
abr 2019
Irmã Tereza Stroher Eq. N. S. da Luz e Eq. N. S. Rainha da Paz Osório-RS
Irmã Rejane Carvalho Eq. N. S. da Glória Osório-RS
25
jul 2019
Monsenhor Petrúcio Bezerra Eq. N. S. da Saúde Tapera-AL CM 529
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JUBILEU DE PRATA - SCE 30
Jul 2019
Padre José Antônio Nogueira Eq. N. S. Auxiliadora Varginha-MG
7
out 2019
Dom Hugo Cavalcante Eq. 37 A e Eq. 61B Brasília-DF
VOLTA AO PAI João Roberto Nunez de Terezinha 26/4/2019 Eq. N. S. do Carmo São Paulo-SP
Juscenira Vieira de Elionor 1/6/2019 Eq. 01 - N. S. do Amor Varginha-MG
Carlos Adilson de Amélia 26/6/2019 Eq. N. S. do Perpétuo Socorro Aparecida-SP
Amélia de Carlos Adilson 26/7/2019 Eq. N. S. do Perpétuo Socorro Aparecida-SP
Edilberto Pessa de Odette 20/8/2019 Eq. 13C - N. S. do Belém Ribeirão Preto-SP
Juarez Rocha de Elza 2/6/2019 Eq. N. S. da Guia Monte Alegre-MG
Aluísio Lourencini de Eliane 11/8/2019 Eq. N. S. dos Navegantes Vila Velha-ES
Igar Fehr de Cidinha 17/7/2019 Eq. N. S. Aparecida Jundiaí-SP
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CM 529
MEDITANDO EM EQUIPE
ÍNDICE Editorial........................................................... 01 Super-Região Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo ........ 02 Responsabilidade e confiança naquele que nos enviou................................ 04 O Sentido da Justiça Humana Perante a Justiça Divina................................ 06 Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil......................................... 08 O poder da intercessão dos pais....................10 A Espiritualidade Conjugal nas ENS.............. 12 Encontro Nacional 2021 Concurso Logomarca IV Encontro Nacional das ENS - Fortaleza.............. 14 Igreja Católica Ano Missionário Convocação do Papa Francisco..................... 17 Palavra do Papa: Requalificar Evangelicamente a Missão na Amazônia...... 18 Encontro Mundial das Famílias A lógica da complementaridade: Por que mães e pais são importantes...................19 Jornada Mundial da Juventude Quero rever Maria em ti ....................................21 Ecos de Fátima Pai................................................................... 22
Correio da ERI Convocados para a Ligação, Zona América...... 24 Vida no Movimento Província Norte............................................. 25 Província Nordeste I...................................... 25 Província Nordeste II..................................... 26 Província Centro-Oeste................................. 26 Província Leste.............................................. 27 Província Sul I............................................... 28 Província Sul II.............................................. 29 Província Sul III............................................. 30 Raízes do Movimento A Vereda Secreta........................................... 31 Testemunho Uma Experiência Única................................. 33 IX Estação Encontro Internacional de Fátima..... 34 ENS: Linguagem Universal ........................... 36 Teams of Our Lady... com a cara do Brasil........ 38 Reflexão Outubro é mês de se colocar disponível para servir a equipe...................................... 39 Maria Mãe de Deus e Nossa ........................ 41 Partilha e PCE RV, PCE de destaque de 2019, e sua convergência com o tema do ano “Reconciliação, Sinal de Amor”....... 42 IV Encontro Nacional das ENS.......................... 43 Notícias............................................................ 45
A Misericórdia divina ultrapassa os critérios humanos da justiça A Palavra de Deus -- “Não existe um homem tão justo sobre a terra que faça o bem sem jamais pecar.” Ecl 7, 21 -- “Meus filhinhos, isto vos escrevo para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos como advogado, junto do Pai, Jesus Cristo, o Justo.” 1Jo 2,1 -- “Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele Dia.” 2Tm 4,8
Reflexão -- Nós, seres humanos, somos ávidos por justiça, porém muitas vezes compreendida estritamente nos limites da razão humana e do seu espírito egoísta. Encontramos muita dificuldade, à semelhança do irmão mais velho da “Parábola do filho pródigo”, em conciliar justiça e misericórdia. Não há necessidade em escolher uma em detrimento da outra, pois São João Paulo II diz que “a misericórdia é o encontro da justiça divina com o amor: o beijo dado pela misericórdia na justiça” (Dives in misericordia, n. 9). -- Os textos bíblicos acima, entendidos na sua essência, indicam que apenas Jesus é Justo e a causa de nossa justificação. Nenhum ser humano pode se conceber justo fora da Justiça divina, pois todos somos pecadores. O excesso do “clamor por justiça” se avizinha da presunção de se achar melhor/mais justo que os outros e no direito de condenar quem errou. Deus, em seu Infinito amor e justiça, foi quem mais perdoou. Como tenho exercido meus “direitos por justiça” na vida em equipe? Condenando ou perdoando? Fazendo festa por quem voltou ou pensando que ele não merecia o perdão? Confiando na justiça de Deus ou exercendo a justiça com minhas próprias mãos? -- A justiça divina só pode ser meditada e compreendida olhando para o mistério da Cruz do Senhor. Não é justiça de um Deus que nos trata como exigem nossas faltas, graças ao Bom Deus não é assim, mas justiça demonstrada e escancarada no Amor misericordioso de Deus, que nos redime pagando o preço pelas nossas faltas, nos resgatando quando merecíamos ser castigados. Pergunto: esse tem sido também nosso comportamento? Ou seja, mesmo estando em nossos justos direitos, somos capazes de agir com misericórdia para com aqueles que falharam? Qual tem sido nosso critério, justiça ou amor? Não seria possível viver o amor exigente?
Oração espontânea
n o 529 • outubro • 2019
-- Quero convidá-los, neste momento, a elevarmos a Deus uma prece de louvor e de súplica, tendo como motivação o seguinte pensamento do Pe. Caffarel: “O Teu amor sem exigência diminui-me, a Tua exigência sem amor desencoraja-me, o Teu amor exigente engrandece-me”. -- A partir deste texto e do que foi meditado anteriormente, faça um propósito de concretizar em pequenas atitudes o significado do amor exigente em sua vida.
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Carta Mensal
Oração litúrgica Salmo 10 Eu me abrigo no Senhor. Como podeis dizer-me: “Foge para os montes, passarinho!” Vê os ímpios que retesam o arco, ajustando a flecha na corda, para atirar ocultamente nos corações retos; se os fundamentos estão destruídos, que pode o justo fazer?” Mas o Senhor está no seu templo Sagrado, o Senhor tem o seu trono no céu; seus olhos con-
templam o mundo, suas pupilas examinam os filhos de Adão. O Senhor examina o justo e o ímpio, ele odeia quem ama a violência: fará chover, sobre os ímpios, brasas, fogo e enxofre e vento de tempestade, é a parte que lhes cabe. Sim, o Senhor é justo, ele ama a justiça, e os corações retos contemplarão a sua face. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal
Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, refúgio e consolação dos aflitos e atribulados, Virgem Santíssima, cheia de poder e de bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos por vós, em todas as necessidades em que nos acharmos. Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado a vossa singular protecção, fosse por vós abandonado. Animados com esta confiança, a vós recorremos. Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe, nossa protetora, consolação e guia, esperança e luz na hora da morte. Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus. Preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo; dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais. Livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, possamos um dia ver-vos e amar-vos na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Ano LIX • outubro • 2019 • no 529
Oremos a Nossa Senhora Aparecida pedindo graças e proteção
CARTA Requalificar evangelicamente
a Amazônia
Fortaleza - 2021 Escolhida a logomarca e publicado o Regulamento das Inscrições do IV Encontro Nacional das ENS
12 de outubro Av. Paulista, 352 - cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br
Dia da Padroeira do Brasil N. S. da Conceição Aparecida