DESIGN
REUSE, REWEAR, RELOVE RESALE: o “novo” desafio para o varejo
RODRIGO LEME Arquiteto pós-graduado em Marketing com ênfase em Ciências do Consumo. Atua em modelagem de negócios para indústria e varejo em design de produtos, branding e PDV. Diretor do Grupo Criativo e Partner do Grupo².
“há mais de 10
anos ouvimos falar em experiência e omnichannel, mas quem, no Brasil, sabe o que faz?”
E
m uma viagem, vi, na vitrine de um brechó, a seguinte frase: REUSE, REWEAR, RELOVE − acredito que era em Londres. Achei maravilhosa a última parte −
afinal, é isso mesmo não? Amar as coisas que temos e reiniciar histórias. Muito mais original que cunhar novos termos para coisas antigas. Não sei se é viés da Feira NRF − National Retail Federation, evento que acontece todo ano em Nova York (em 2024, ela ocorreu neste janeiro passado) ou viés de quem organiza o Pós-NRF, evento tradicional de organização de tendências apresentadas, feita por diferentes entidades Brasil afora. A feira é genial; encanta e nos joga para o futuro, mas a turma do pós adora abraçar um novo jargão e lacrar seu nome como gurus do varejo. Alguns até acertam, outros nem sobrevivem para receberem a crítica. A bola da vez é o RESALE, pois nem irei mencionar que ainda se fala em omnichannel − há mais de 10 anos ouvimos falar nisso e em experiência, mas quem, no Brasil, sabe o que faz? Tudo bem, tem que reforçar mesmo, mas vamos ao novo: RESALE. Revenda, em português; prática de comprar produtos de segunda mão ou simplesmente itens usados. Legal demais, mas... conceito antigo. Uma pesquisa do Sebrae menciona
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