O Pátio - Edição 46

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EPM-CELP EM FOCO DIA DE ÁFRICA Decorreram no dia 25 de Maio, durante a manhã, as comemorações do Dia de África levadas a cabo pelo grupo do Pré-Escolar no Parrot nº 1 . Às 10h o espaço estava convenientemente decorado conforme a ocasião o exigia. Queriase mostrar e celebrar África e, para isso, estiveram patentes várias exposições que deram conta de alguns aspectos da cultura africana, nomeadamente do artesanato, da literatura e música tradicionais e da gastronomia. Foi pois possível apreciar: bonecas de pano típicas de Moçambique, cuja confecção foi explicada pelas artesãs presentes; peneiras decoradas pelas crianças; contos, canções, jogos tradicionais, receitas gastronómicas recolhidas e trabalhadas pelos alunos e doçaria moçambicana. Uma hora mais tarde, e já com a presença dos Encarregados de Educação, dos alunos do 1º ano e respectivos professores, procedeuse à dinamização de um conjunto de actividades alusivas preparadas pelos alunos e respectivos Educadores. ERstamos a falar de uma apresentação, por um grupo de crianças, de 3 canções nas línguas locais – Changane e Ronga; a dramatização de um conto Moçambicano: “A Capulana da D. Filomena”; a construção de uma Capulana com “retalhos”, decorados pelas crianças; a apresentação de uma Passagem de Modelos com vestes tipicamente africanas; a apresentação de uma Marrabenta, pelo Grupo de Dança. Sentiu-se África no colorido do cenário, nas vozes, nas vestes, nos movimentos, na expressão plástica dos trabalhos expostos, no cheiro e sabor dos doces e na alegria que brotava dos mais pequenos e a todos contagiava. África estava em todos filhos da terra ou de coração.

O que disseram de nós!... (Transcrição de um Artigo do Jornal Expresso, do dia 26/05/07)

ENCONTROS EM MAPUTO «Lusofonia»: Línguas & Patrimónios» foi o tema do IV Simposium da escola Portuguesa de Moçambique Não sei se por acaso, as minhas viagens a Maputo tiveram sempre como pretexto uma palavra - lusofonia. Na primeira, «Pontes Lusófonas» do Instituto Camões; na segunda, o III Simposium Internacional «Língua Portuguesa - Diálogo entre Culturas», da Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Portuguesa (EPM-CELP); e na terceira, de 7 a 9 deste mês, «Lusofonia: Línguas & Patrimónios». Este foi o IV Simposium da série que desde 2004 aquela escola organiza na bela cidade onde foi fundada em 1999. As actas do III - o tema foi «A Viagem na Literatura» - foram agora publicadas no n° 8-9 da revista da EPM «Apren-der Juntos», que parece um livro. Na nota de apresentação desse número diz-se que os seis anos de «caminhada editorial» (e repare-se que a revista não é a única publicação. da escola) são «testemunho da acção educativa, pedagógica, cultural e cívica do maior projecto da cooperação portuguesa na África Austral». Os dias ali passados em 2006 e 2007 levam-me a concordar com essa afirmação de legítimo orgulho. A EPM parece-me um exemplo a seguir noutros países, incluindo o nosso. Com cerca de 1200 alunos, abrange a educação pré-escolar, os três ciclos do ensino básico e o ensino secundário; as actividades complementares e extracurriculares são muito variadas, incluindo a música; muitos funcionários e estudantes são moçambicanos, e os alunos estrangeiros procedem de mais de vinte países. Dirigida com firmeza e humanidade pelo conselho directivo presidido por Albina Santos Silva, dá apoio a outras instituições (moçambicanas, portuguesas, ONGs, etc.). E põe os visitantes em contacto com experiências diferentes, vividas por outras pessoas e comunidades de Moçambique, como vi em 2006, na visita ao pintor Malangatana, e em 2007, ao visitarmos, a Escola de Mumeno/ Marraquene, gerida pela Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, extraordinário trabalho em meio rural, mostrando o que a sabedoria e o esforço persistente e generoso podem fazer com recursos escassos, nume país pobre. Cidade apenas desde 1887, a região de Maputo (Lourenço Marques até 1976) foi tardiamente ocupada pelos portugueses (o número de Outubro de 1987 do boletim do Arquivo Histórico de Moçambique dá

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