revista ANO XIV | N.º 84 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2014| Continente Preço 2,5 Euros
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anos
ORÇAMENTO DE ESTADO 2015 RODOVIÁRIO COM MAIS IMPOSTOS
NORBERT KISS CAMPEÃO 2014
2000 2014
14.º CONGRESSO DA ANTRAM
VOLVO FH COM EMBRAIAGEM DUPLA
RENAULT TRUCKS REFORÇA FROTAS COM MODELO T
NOTA DE ABERTURA Director Eduardo de Carvalho Chefe de Redacção Ana Paula Oliveira Redacção Ana Filipe Cátia Mogo Carla Laureano Publicidade José Afra Rosa José de Mendonça Luís Trindade Eurotransporte TV Liliana Leite Assinaturas Fernanda Teixeira Colunistas Frederico Gomes João Cerqueira Consultório de Segurança António Macedo (CRM) Fotografia Aurélio Grilo Editora Invesporte, Editora de Publicações Empresa Jornalística nº 223632 registada no Inst. de Comunicação Social Edição, Redacção e Administração Praceta S. Luís, N.º 14 CV/Dta. Laranjeiro - 2810-276 Almada Telefone: 21 259 41 80 Telefax: 21 259 62 68 Email: eurotransporte@netcabo.pt Web: www.revistaeurotransporte.com Propriedade: Eduardo de Carvalho Registo DGCS: N.º 123724 Impressão Manuel Barbosa & Filhos, Lda. Zona Industrial de Salemas FracçãoA2 2670-769 Lousa LRS Distribuição Urbanos Press, S.A Rua 1º de Maio Centro Empresarial da Granja Junqueira; 2625 - 717 Vialonga Tiragem Média: 30.000 Exemplares Depósito Legal: N.º 159585/00
REVISTA EUROTRANSPORTE 14.º ANIVERSÁRIO O tempo passa a correr, é frequente escutarmos esta frase, hoje podemos constatar que de facto é assim. Sem quase nos darmos conta a nossa revista comemora catorze anos de existência. Actualmente, somos um projecto editorial consolidado que começou através da revista Eurotransporte, anos mais tarde passamos a disponibilizar conteúdos informativos através do website Eurotransporte online, e há cerca de um ano decidimos dar mais um passo arrojado, ao criarmos a Eurotransporte TV, o primeiro programa de televisão dedicado ao transporte profissional nas suas diversas vertentes. Este tem sido o nosso trajecto, nunca nos resignamos porque não somos adeptos do conformismo, acompanhamos a evolução natural dos meios de comunicação social e as tendências actuais. Conquistamos o nosso lugar no sector da informação especializada e temos procurado dar o nosso contributo para a dignificação do transporte profissional e alertar para o seu importante papel em termos económicos. Neste momento de celebração não nos esquecemos de agradecer a todos os que nos têm apoiado e acompanhado ao longo dos anos, e também aos nossos leitores para por Ana Paula Oliveira quem continuamos a trabalhar com a mesma Chefe de Redacção dedicação do primeiro dia, para levar até eles a melhor informação.
EDITORIAL
n Pág. 04
n Pág. 30 - 31
NOTÍCIAS BREVES
REPORTAGEM: CONGRESSO APLOG
n Pág. 06 - 07
n Pág. 32 - 34
COMERCIAIS: MERCEDES-BENZ CITAN
LOGÍSTICA: TOYOTA I_SITE
n Pág. 08
n Pág. 36 - 37
COMERCIAIS: PEUGEOT PARTNER
CONSULTÓRIO DE SEGURANÇA
n Pág. 10 - 11
POR ANTÓNIO MACEDO
COMERCIAIS: RENAULT TRAFIC
n Pág. 38 - 40
n Pág. 12
ACTUALIDADE, POR JOÃO CERQUEIRA
NOTÍCIAS BREVES
n Pág. 42 - 43
n Pág. 14 - 16
REPORTAGEM: WCONNECTA
APRESENTAÇÃO: MERCEDES-BENZ VITO
n Pág. 44
n Pág. 18 - 20 REPORTAGEM: CONGRESSO ANTRAM n Pág. 22 - 24 REPORTAGEM: ENTREGAS MODELO T DA RENAULT TRUCKS n Pág. 26 -28 DESTAQUE: VOLVO FH
NOTÍCIAS BREVES n Pág. 46 - 47 LOGÍSTICA: EMPILHADORES LINDE n Pág. 48 - 49 COMPETIÇÃO: EUROPEU CAMIÕES n Pág. 50 EUROTRANSPORTE TV
www.facebook.com/eurotransporteTV 3
BREVES
IVECO ENTREGA DAILY À AUTOTRANSCAIS Decorreu nas instalações da empresa Autotranscais, a cerimónia de entrega oficial do primeiro reboque Iveco, especialmente equipado com o inovador “módulo Genius Truck” de fabrico Italiano. Este foi concebido e patenteado para a execução exclusiva do Serviço Nacional Integrado Pós-Acidente, criado e desenvolvido pela Sicurezza, através da utilização do reboque. Para o sóciogerente da Autotranscais, Frederico Gomes, “a aquisição deste novo veículo Iveco Daily de sete toneladas foi ponderada em três
aspectos fundamentais: o preço em relação à qualidade e capacidade de carga, a aposta sempre constante na renovação da nossa frota e o facto de não podermos deixar de lado a nossa responsabilidade ambientais enquanto empresa de transportes”. O serviço de assistência após venda Iveco foi outro factor preponderante. ”A Iveco tem uma boa rede de concessionários no nosso país. A Auto-Transcais optou por contrato de manutenção que tem condições muito vantajosas para o utilizador”.
TOYOTA RECEBE DISTINÇÃO
ALTRI E LUÍS SIMÕES UTILIZAM GIGALINERS A Altri e a Luís Simões desenvolveram uma parceria inovadora em Portugal que permite criar uma alternativa de transporte mais eficiente e ambientalmente mais sustentável. A solução consiste no desenvolvimento de veículos de transporte de 25,25 metros, designados por Gigaliners, que irão a fazer o transporte de pasta
de papel entre a unidade da Altri na Leirosa (Celbi) e o Porto Marítimo da Figueira da Foz. A Luís Simões colocará ao serviço da Altri oito veículos que reúnem um conjunto de características que faz com que sejam a solução mais eficiente para efectuar esse transporte.
A Toyota Industries Corporation (TICO) foi distinguida com o galardão “2014 Good Design Award” para o Toyota Geneo, o empilhador japonês correspondente ao empilhador europeu Toyota Tonero contrabalançado 3.5 – 8.0 t. Desde 1957, que o galardão “Good Design Award” estabeleceuse como uma referência de qualidade de projecto no Japão. O júri do “Japan Institute of Design Promotion”, (organizadores do programa), atribuiu este prémio ao empilhador Toyota Geneo por ser um veículo moderno e de topo nesta indústria. A Toyota já recebeu mais de 25 prémios de design até agora, 16 dos quais são “Good Design Award”.
LIDL ESCOLHE IVECO STRALIS A GNL A Iveco está a colaborar com a LC3 com vista ao fornecimento, à cadeia multinacional de supermercados Lidl, de uma frota de 15 camiões Iveco Stralis Natural Power equipados com motores a GNL (Gás Natural Liquefeito). A partir de 2015, a Lidl Itália irá passar a operar a maior frota de veículos a gás natural do país através dos 570 pontos de venda que compõem a sua rede na-
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cional. Tal será realizado pela circulação de 15 camiões Iveco Stralis Natural Power GNL (Gás Natural Liquefeito), unidades que estão equipadas com motores Cursor 8 CNG Euro VI, fabricados pela FPT Industrial. Os 15 veículos destinados à Lidl Itália são parte de um lote de meia centena de unidades Stralis GNL que a Iveco está a passar à LC3.
COMERCIAIS
MERCEDES-BENZ CITAN MESTRE DA DISTRIBUIÇÃO Vocacionado para a distribuição urbana revela o dinamismo e a robustez necessárias para o desempenho desta tarefa, devido às dimensões compactas que facilitam a circulação e conferem manobrabilidade para uma condução ágil.
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Mercedes-Benz Citan Combi de cinco lugares, é um veículo concebido para corresponder aos mais diversos desafios que os profissionais da distribuição urbana enfrentam diariamente. O Citan apresenta um habitáculo amplo e dimensões exteriores compactas conferindo-lhe agilidade e mobili-
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dade nos percursos efectuados nas vias urbanas, onde circula com assinalável destreza. O interior do Citan oferece um ambiente a bordo agradável, primando pela funcionalidade e conforto, mas também pela envolvência que proporciona devido ao banco do condutor com ajuste manual e volante regulável
em altura, oferecendo uma condução cómoda. Os principais comandos podem ser alcançados facilmente, podendo ser utilizados de forma intuitiva. A funcionalidade do posto de condução corresponde aos padrões habituais nos veículos Mercedes-Benz. Dispõe de diversos espaços de arrumação sempre ao alcance da mão,
COMERCIAIS safios da distribuição. Revelou capacidade de aceleração sempre que solicitado sem reflexos visíveis em termos de consumo. De salientar a ampla capacidade de transporte, graças à combinação do banco traseiro rebatível. Para facilitar o acesso ao interior são disponibilizadas duas portas de correr, além da porta traseira com um ângulo de abertura de 90º para simplificar as tarefas de carga e descarga. Primazia à segurança A segurança activa assume um papel importante no Citan que se encontra equipado de série com o Programa Electrónico de Estabilidade (ESP) que assiste o condutor e permite melhorar a estabilidade direccional, principalmente em curvas. Conta com o sistema de assistência ao arranque que facilita o arranque em subidas. Após soltar o pedal do travão, a pressão de travagem é mantida por instantes, permitindo deslocar facilmente o pé do pedal do travão para o pedal do acelerador, sem que o veículo descaia. Dispõe ainda de Assistência à Travagem, ABS e sistema
anti-patinagem ASR e sistema de monitorização da pressão dos pneus. Possui airbags para o condutor e acompanhante, de cortina para os ocupantes dianteiros e traseiros, cintos de segurança de três pontos com ajuste em altura, equipados com pré-tensores. Vem equipado de série com luzes diurnas automáticas, retrovisores eléctricos aquecidos, sistema de assistência no arranque e Eco start/stop. Opcionalmente está disponível o sensor de chuva e luminosidade, assim como a ajuda ao estacionamento traseiro. O Citan possui tracção dianteira e apresenta um raio de viragem curto de 11,2 metros que assegura uma circulação tranquila no tráfico citadino. Foi concebido para a distribuição urbana e para proporcionar uma condução agradável, num ambiente de conforto onde sobressai um equipamento de série completo para os mais diversos tipos de utilização. A versão Citan Combi de cinco lugares (90 cv) testada pela Eurotransporte é comercializada por 30.510 Euros.n Ana Paula Oliveira
elevados níveis de insonorização e ar condicionado com regulação manual, disponível opcionalmente, contribuem para um clima aprazível a bordo. O Mercedes-Benz Citan promete consumos reduzidos tanto em circuito urbano como em estrada. A Eurotransporte ficou a conhecer as potencialidades do Citan Combi de cinco lugares 109 CDI, equipado com o motor 1.5 diesel de 90 cv às 4000 rpm, com caixa manual de cinco velocidades e dotado das mais inovadoras tecnologias BlueEfficiency que contribuem para reduzir as emissões de CO2 e o consumo de combustível. Deste modo é possível melhorar a rentabilidade do veículo e diminuir os custos de operação. O desempenho do Citan correspondeu às nossas expectativas, e demonstrou ser capaz de dar resposta aos de-
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COMERCIAIS
PEUGEOT PARTNER ELÉCTRICA RESPEITO PELO AMBIENTE A nova versão 100 por cento eléctrica permite ir mais longe na redução do impacto ambiental, oferecendo em simultâneo, uma solução adaptada a cada tipo de utilização.
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esenvolvido sobre a base da Partner com motor térmico, a versão eléctrica reúne as últimas evoluções tecnológicas neste âmbito, com a vantagem de poder aceder a zonas regulamentadas em matéria de emissões. Adoptando a evolução estética do novo Partner, a versão eléctrica afirma a sua personalidade, devido a uma decoração exterior estilizada, que simboliza a tecnologia eléctrica. A Peugeot adoptou uma política de protecção ambiental e tem vindo a explorar diversas vertentes como o veículo “Full Electric”, a associação do diesel e da electricidade com a tecnologia HYbrid4, a redução do peso dos veículos, a nova geração de motores a gasolina de três cilindros, o Stop&Start de segunda geração e-HDi e, mais recentemente, o sistema BlueHDi. As opções em termos de modulari-
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dade e capacidade de carga disponibilizadas na Partner térmica estão presentes na nova Partner Eléctrica: dois comprimentos: L1 (4,38 metros) e L2 (4,63 metros); dois volumes: L1 (de 3,3 m3 a 3,7 m3) e L2 (3,7 m3 a 4,1 m3); comprimento interior: L1 (de 1,80 m a 3,0 m) e L2 (2,05 m a 3,25 m); largura interior: 1,23 m entre cavas das rodas (com pneu sobressalente este valor é reduzido para 99,6 cm). Para empresas que exercem a sua actividade em meio citadino, com deslocações de curta ou média distância, esta pode ser uma solução, graças a uma autonomia anunciada na ordem dos 170 km Entre as principais inovações da Partner eléctrica destaca-se a Integração de uma cadeia de tracção eléctrica e por uma bateria principal. O motor eléctrico compacto do tipo “síncrono de ímanes permanentes”, de 67 cv (49
kw) e um binário de 200 Nm disponível de forma instantânea, com caixa de velocidades sem embraiagem. Permite dupla recuperação de energia: quando o veículo se encontra em fase de desaceleração e também durante a fase de travagem, onde a energia cinética se converte em energia eléctrica. O carregamento das baterias pode ser realizado em dois modos: carga normal (até 14A) com uma duração de cerca de 8h30 para um carregamento de 100% da bateria, ou uma carga rápida através de um borne de carga específico, que permite o carregamento de 80% de carga da bateria em cerca de 30 minutos. Oferece uma eco-condução inovadora, bem visível através da presença de um indicador de consumo e de regeneração de energia que ajuda o condutor a adoptar um tipo de condução económica n APO
APRESENTAÇÃO
RENAULT TRAFIC APOSTA NA CONTINUIDADE Depois 1,6 milhões de veículos produzidos, e de 34 anos de uma história de sucesso a Renault aposta na terceira geração do Trafic para dar continuidade ao êxito dos modelos precedentes.
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rata-se de um Renault Trafic que apresenta linhas modernas a par de um posto de condução mais cómodo, com um habitáculo que pretende oferecer a funcionalidade de um “escritório móvel” e uma nova gama de motores mais económicos, que promete consumir menos 1 l/100 km em relação às versões anteriores, com desempenhos melhorados. De salientar a estreia do motor 1.6 dCi Twin Turbo que pode debitar 120 ou 140 cavalos de potência. Disponível nas versões Furgão (de 3 e 6 lugares) e Combi (passageiros de 9 lugares). Apresenta um design moderno e a maior inclinação do pára-brisas proporciona melhores índices aerodinâmicos. Possui pára-choques de grandes dimensões e as protecções laterais conferem-lhe robustez e contribuem para a funcionalidade de um veículo destinado a utilização profissional. Outro aspecto a salientar no novo Trafic é o comprimento de carga que pode atingir os 4,15 metros na versão longa L2, enquanto na versão L1 chega aos 3,75 metros. Está disponível com
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duas alturas (H1 e H2), com versões de transporte de mercadorias ou transporte de passageiros, num total de quase 40 versões disponíveis. O volume de carga nas versões de mercadorias vai de 5,2 m3 a 8,6 m3. É mais longo 210 mm que a anterior geração permitindo um ganho em volume útil de 200 litros nas versões H1 e de 300 litros nas versões H2. Nas versões L1 será possível carregar três europaletes. Para optimizar o volume útil, o novo Trafic propõe como opção, apenas no H1, uma galeria interior com uma carga útil de 13 kg. Com um comprimento de 163cm e uma altura de 28cm é fácil de desmontar e transportar e pode ser colocada do lado direito ou esquerdo no espaço de carga. O habitáculo do Renault Trafic destaca-se pelo ambiente confortável que se aproxima do estilo de um monovolume. Oferece um conjunto de soluções para agilizar o trabalho de quem passa horas ao volante, que permitem manter ao alcance do condutor o telefone, o tablet ou o computador portátil. Disponibiliza 14 locais de arrumo perfazendo
cerca de 90 litros de volume útil. Rebatendo as costas do banco central dianteiro e levantando a tampa na parte de trás do banco, existe um espaço para colocar um computador portátil. A versão base inclui um rádio Tuner 1 DIN com telefone mãos-livres Bluetooth, bem como uma entrada USB e uma entrada de cabo. Uma outra porta USB está colocada na proximidade do suporte para telemóveis (opcional). A oferta premium proposta no novo Trafic é constituída pelo sistema multimédia integrado Renault RLink Evolution, e abrange, para além das ligações de base (USB e entrada de cabo), para cartão SD para a gestão da cartografia, ler ficheiros áudio ou ainda visualizar fotografias no ecrã de sete polegadas. PrOva PráTica Em Junho fomos até Copenhaga (Dinamarca) para conhecer o novo Renault Trafic, e foi nas ruas desta cidade que o conduzimos pela primeira vez. Desde logo notamos a versatilidade do novo motor Twin Turbo que disponibiliza um elevado binário, 80% do binário máximo é alcan-
APRESENTAÇÃO
çado a partir das 1.250 rpm, a baixo regime com uma potência assinalável. O segundo contacto ocorreu no nosso país, permitindo conhecer mais detalhadamente as performances do novo Trafic de três lugares L1H1, 1.6 dCi 140 cv, equipado com motor Twin Turbo. Este bloco é composto por dois turbocompressores colocados em série, ou seja, o primeiro turbo de baixa inércia garante um binário importante a baixo regime para uma reactividade nas fases de arranque e nas recuperações. O segundo turbo actua em regimes mais elevados e permite obter uma potência elevada (87,5 cv/ litro de cilindrada) assegurando acelerações constantes e sem quebras. Deste modo é possível obter melhores recuperações
e menores custos de utilização, com a marca a reivindicar um consumo inferior a 6 l / 100 km e as emissões 149 g CO2 / km na configuração L1H1. Encontra-se disponível com motores turbo de geometria variável: dCi 90 (260 Nm) e dCi 115 (300 Nm) que permitem uma economia de combustível comparativamente com a gama de motores da anterior geração. Com tecnologia Twin Turbo (dois turbocompressores) encontram-se os propulsores Energy dCi 120 Twin Turbo, 320 Nm (com Stop & Start) e Energy dCi 140 Twin Turbo, 340 Nm (com ou sem Stop & Start). A versatilidade é outro factor em destaque, permitindo que através da rede de transformadores especializados e
certificados pela Renault é possível adaptar o Trafic às necessidades dos diversos tipos de negócios: isolamento térmico ou frigoríficos, caixas de carga abertas ou fechadas, ambulâncias, transporte de pessoas de mobilidade reduzida, kits técnicos, entre outros. Dispõe ainda de soluções, pré-instaladas em fábrica, que tornam ainda mais simples a execução das adaptações complementares. Com o propósito de reduzir o custo de utilização, os intervalos de manutenção do novo Renault Trafic são de dois anos ou 40 mil km. Beneficia, à semelhança dos restantes modelos da gama Renault, a garantia contratual de cinco anos e está disponível na rede de concessionários Renault.n APO
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BREVES
SOLUÇÕES DE PRODUTOS E SERVIÇOS MAN É o mais recente lançamento da oferta de produtos MAN, onde diversas soluções de negócio são combinadas, para aumentar a eficiência e produtividade das empresas. As MAN Solutions, uma combinação de produtos da MAN Truck & Bus e MAN Financial Services, que resulta numa solução avançada e competitiva de produtos e serviços. Incluem os serviços MAN Support, como o MAN TeleMatics, um serviço de gestão de frotas altamente eficiente, ou a formação para motoristas MAN ProfiDrive, aliados às vantagens do MAN Service e às condições de financiamento oferecidas pela MAN Finance. As vantagens para o cliente passam pelo “one-stop shopping”, com um único contrato para assinar e uma única prestação mensal.
NOVOS POSTOS PRIO EM SETÚBAL A Prio inaugurou seis novos postos de abastecimento na Península de Setúbal. Localizados em Vila Amélia, Montijo, Trafaria, Palmela, Amora e Vila Chã, estes novos postos de abastecimento mantêm como factor diferenciador a oferta “Top Low Cost” da Prio. Nestes postos encontram-se os combustíveis tradicionais - gasóleo e gasolina - e ainda gasóleo e gasolina aditivados Top, com o desconto todos os dias até 10 cêntimos por litro face ao preço de base praticado pelas principais gasolineiras. O horário de funcionamento é das 07h00 às 23h00, sendo possível o abastecimento durante as 24 horas do dia através de um terminal de pagamento automático.
25.ª CONVENÇÃO DA ANECRA Sob o tema “Inovação: A via para o sucesso”, a ANECRA realizou, no Centro de Congressos de Lisboa, a 25.ª Convenção Anual, nos dias 28 e 29 de Novembro, a qual contou com a participação de cerca de 600 pessoas do sector automóvel. O evento contou com a presença do Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Economia e do Senhor Secretário de Estado do Ambiente, de
entidades relacionadas com o sector automóvel, de diversos especialistas nas matérias trazidas a debate e da participação de empresas associadas. A ANECRA apelou à reflexão sobre as dificuldades presentemente sentidas, pelos empresários do sector automóvel e sugeriu a procura de soluções que melhor contribuem para antever o futuro e definir novas estratégias.
PROSEGUR ADQUIRE CEM VEÍCULOS CITROËN A Citroën fechou um contrato com a Prosegur, que reforçou a sua frota automóvel com a aquisição de uma centena de unidades da marca Citroën. Cem unidades Citroën estão a ser distribuídas para as operações da Prosegur. Os modelos profissionais da Citroën representam a maior quotaparte deste negócio, com 90 unidades
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do Citroën Nemo, e oito Citroën Berlingo, Todas estas unidades recorrem a motorizações diesel HDi, que se destinam a operar em meio essencialmente citadino. O acordo com a Prosegur incluiu ainda duas unidades de veículos de passageiros, o Citroën C4 Picasso 1.6 e-HDi 115 Exclusive e o Citroën C4 Cactus 1.6 e-HDi 92 ETG6 Shine.
APRESENTAÇÃO
MERCEDES-BENZ VITO ESTILO EXEMPLAR A versatilidade é um dos pontos fortes do novo Vito que será disponibilizado nas versões Furgão, Seis lugares e Tourer, destaca-se ainda pela economia e pelos inovadores sistemas de assistência à condução.
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apresentação dinâmica do novo Mercedes-Benz Vito decorreu em Vitoria (Espanha), cidade basca, onde se encontra sediada a fábrica onde este modelo é produzido. Mais de 900 mil unidades da anterior geração Vito e Viano foram ali fabricadas desde 2003. O novo Vito destaca-se pela versatilidade, e encontra-se vocacionado para um amplo leque de actividades que vão desde a construção, comércio, industria, empresas de serviços e até para empresas de táxis. O Vito Furgão está disponível com duas distâncias entre eixos (3.200 e 3.430 m) em três compri-
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mentos (4.895 mm, 5.140 mm, 5.370 mm), oferecendo uma carga útil até 1.369 kg, que o torna uma referência no seu segmento. Na versão de seis lugares concilia de forma harmoniosa as vantagens do furgão com as de um veículo para transporte de passageiros. O novo Vito Tourer está inteiramente vocacionado para o transporte de passageiros, com as versões Base, Pro e Select. O design elegante é um dos aspectos mais marcantes do novo Vito, onde sobressam linhas harmoniosas e modernas, perfeitamente conciliadas com a robustez de um veículo comercial. Encontramos um interior confortável e er-
gonómico, com um posto de condução semelhante ao de um veículo de passageiros com materiais de qualidade e numerosos espaços de arrumação. Estamos perante um veículo profissional que pretende alcançar um lugar de relevo no segmento entre as 2,5 t a 3,2 t. Outra inovação consiste na possibilidade de escolher entre três tipos de tracção: traseira, dianteira e integral,
APRESENTAÇÃO
sendo este o primeiro veículo deste segmento a disponibilizar esta possibilidade. A conhecida tracção traseira é particularmente indicada para transporte de cargas com maior peso, enquanto a dianteira apresenta vantagens na aderência do veículo ao piso, vazio ou com pouca carga. A tracção integral é adequada para assegurar as melhores condições de condução em terrenos
difíceis e fora de estrada, sem aumentar a altura do novo Vito. eficiência e POTência O novo Vito estará disponível com duas versões de motores e cinco níveis de potência. O bloco compacto de quatro cilindros e 1.6 l de cilindrada oferece duas versões de potência: Vito 109 CDI com 88 cv e Vito 111 CDI com 114 cv.
Para situações de transporte mais exigente, a solução mais adequada é o motor de quatro cilindros com 2,1 l, nas seguintes versões 114 CDI (136 cv), 116 CDI (163 CV) e 119 BlueTEC (190 cv). De salientar que o Vito 119 BlueTEC, possui o primeiro motor Euro 6 desta categoria. Dispõe de caixa de seis velocidades manual de série, e caixa automática de sete velocidades (7G-Tronic Plus), a título opcional, proposta para o Vito 114 CDI e 116 CDI, integrando o equipamento de série no Vito 119 BlueTEC e Vito 4x4 com tracção integral. Todos os componentes do novo Vito foram optimizados com o intuito de melhorar a eficiência do combustível. De acordo com a marca, estas alterações permitiram uma redução do consumo de até 20 por cento, comparativamente com a geração antecedente. Esta poupança de combustível é particularmente visível com a solução Vito BlueEfficiency, disponível para as versões de tracção traseira e faz parte do equipamento de série das Vito Tourer com mudanças automáticas. O Vito 116 CDI BlueEfficiency apresenta consumos de 5,7l/100 km.
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COMERCIAIS
às necessidades da condução. A capacidade de carga é um dos aspectos mais relevantes para quem adquire um veículo iminentemente destinado ao trabalho, isso foi tido em consideração pela Mercedes-Benz. Em comparação com o modelo precedente, o Vito apresenta mais 140 mm de comprimento. Isto resulta de um prolongamento da parte dianteira, que permite versões com comprimento de 4.895 mm, 5.140 mm e 5.370 mm. A altura máxima atinge os 1.910 mm, e deste modo pode circular nos parques de estacionamento subterrâneos. Esta foi a primeira oportunidade de conduzirmos o novo Vito, para conhecer o comportamento do veículo em diferentes tipos de condução. O desempenho em percurso urbano revelou-se em TOTal segurança A conhecida aposta da marca alemã em termos de segurança, vai traduzir-se num reforço dos atributos do Vito no âmbito da segurança que oferece um vasto equipamento de série, onde se inclui o Adaptive ESP, alerta do cinto de cinto de segurança para condutor e passageiro, alerta de cansaço (Attention Assist), airbags, controlo de pressão dos pneus e assistente de vento lateral. O Vito pode ser equipado, a título opcional, com ajuda activa de estacionamento, sistema de advertência de distância e o alerta de ângulo morto. Importa ainda referir o novo Intelligent Light System (ILS) que adequa a iluminação LED em função da velocidade, os faróis adaptam a distribuição de luz extremamente interessante, onde revelou a agilidade, manobrabilidade e facilidade de condução. Nos percursos de mais exigentes, com algumas subidas em montanha, foi visível a capacidade dos motores em corresponderem sem esforço às solicitações. O conforto a bordo foi outro facto que deixou uma impressão bastante positiva, designadamente, em termos de insonorização.n APO
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REPORTAGEM
14.º CONGRESSO DA ANTRAM A REENGENHARIA DO SECTOR RUMO À EXCELÊNCIA
Reportagem na Eurotransporte TV
eurotransporte.pt - Meo Kanal 383438
O congresso anual da ANTRAM realizou-se a 10 e 11 de Outubro, no Salgados Grande Hotel, em Albufeira.
O
tema escolhido para a mais recente edição do congresso anual da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) foi "A reengenharia do sector rumo à excelência". O 14.º Congresso mostrou-se, mais uma vez, como um espaço onde se pretende debater a realidade do sector, com o objectivo de criar espaços de discussão e partilhas de opinião. Este foi o primeiro congresso organizado pela nova direcção da ANTRAM e, por isso mesmo, foi “um desafio. Mudámos bastante o molde do congresso. Acho que a resposta foi bastante positiva. Acho que a Direcção Nacional [da ANTRAM] assumiu o risco de estar presente, dar a cara e explicar o que andamos a fazer”, afirmou Gustavo Paulo Duarte, Presidente da ANTRAM. O 14.º Congresso da associação con-
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sistiu, tal como nas suas anteriores edições, em vários painéis de discussão, mas este ano houve uma abordagem diferente, tendo como principal objectivo mostrar aos associados que a gestão dos tempos de hoje tem de ser feita de uma forma diferente. Foi nesse sentido que houve uma in-
tervenção especial, feita por Manuel Pelágio, docente no ISCTE. Sob a temática “Espírito de Equipa”, quem esteve presente na sessão de coaching foi convidado a fazer diferentes exercícios que pretendiam estimular a atenção que damos ao que nos rodeia e a conhecer melhor as pessoas com quem
REPORTAGEM tugal, António Morais Sarmento, advogado e político, ou João Carvalho, Presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. Albufeira foi o local escolhido para a congresso deste ano e Carlos Sousa e Silva, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira, considera que "temos hotéis com qualidade excelente e com condições para ter este tipo de eventos. Ficamos muito satisfeitos por grande associações, como é o caso da ANTRAM, escolherem Albufeira para fazer estes eventos."
lidamos no dia-a-dia. “As pessoas devem perceber que, trabalhando juntas, as coisas melhoram. A nossa ideia do coaching motivacional foi exactamente essa: criar aqui alguma dinâmica de grupo, pôr as pessoas a andar de um lado para o outro na sala. Acho que foi interessante," explicou o Presidente da ANTRAM. A direcção da ANTRAM também inovou neste congresso ao convidar o jornalista José Gomes Ferreira para uma intervenção, que tinha como tema “Portugal é viável”. O jornalista explicou que houve dois factores que influenciaram o sector do transporte rodoviário: "uma tem a ver com uma alteração de circunstâncias tecnológicas, tipos de vias de comunicação e tipo de meios de transporte. A outra tem a ver especificamente com o que é o andamento da actividade económica e este sector, em bom português, apanhou especialmente por tabela." Mas o jornalista económico acredita que Portugal tem capacidade para ultrapassar este momento difícil. Mais do que a questão económica, José Gomes Ferreira acredita que a solução passa por alterações ao nível político. "É preciso desbloquear constrangimentos que são de natureza legal, política e até eleitoral. Quanto mais as pessoas estiverem conscientes dos problemas, mais facilmente os identificam e obrigam os políticos a actuar. Ou então actuam as próprias pessoas, associando-se, interligandose e forçando a que haja mudanças", explicou o jornalista. Para além destas intervenções especiais, no 14.º Congresso da ANTRAM decorreram também vários painéis de debate, onde estiveram presentes, por exemplo, António Ramalho, Presidente das Estrada de Por-
marcas DO secTOr PresenTes nO cOngressO O Congresso da ANTRAM é sempre uma oportunidade para as marcas do sector apresentarem os seus mais recentes produtos e para terem um contacto mais próximo
REPORTAGEM com os clientes. Pelo segundo ano consecutivo a Schmitz Cargobull Portugal este presente e com um balanço positivo, uma vez que "temos conseguido abordar alguns dos nossos potenciais clientes com temáticas interessantes, que nos envolvem na área do transporte e da legislação. Com isso conseguimos transmitir aos transportadores algumas das nossas ideias e conceitos", explicou José Botas, Director Geral da Schmitz Cargobull Portugal. Quanto às marcas de veículos pesados, todas marcaram presença no congresso, expondo os seus mais recentes modelos no exterior do hotel. Tal como nos anos anteriores, a Renault Trucks esteve presente, uma vez esta "é uma oportunidade de estarmos, de uma forma concentrada, com os nossos clientes habituais. Portanto a presença nos congressos da ANTRAM é obrigatória", adiantou Miguel Ramalheira, Director Geral Renault Trucks Commercial Portugal. No exterior a Renault Trucks expos o modelo T de 480 cv, que foi recentemente galardoado com o prémio camião do ano, algo muito importante para a marca "porque é um reconhe-
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cimento de um júri internacional da qualidade do produto que foi lançado o ano passado. É uma confirmação do salto de qualidade que a nova gama da Renault Trucks oferece aos seus clientes", explicou Miguel Ramalheira. Também a MAN esteve mais uma vez presente no congresso da ANTRAM, considerando que "este é o evento do ano para as empresas do sector do transporte", como adiantou Richard D. Frenz, Country Manager MAN Truck & Bus Portugal. No exterior do hotel a MAN tinha o modelo TGX Efficient Line de 480 cv. A Volvo também rumou ao sul do país para o congresso, onde expôs dois camiões FH, um de 420 e outro de 500
cv. A presença no congresso é uma forma "de apresentar os nossos produtos, serviços e soluções e estar perto dos nossos clientes, que é algo que AutoSueco tem feito bem ao longo dos últimos 80 anos", referiu Pedro Oliveira, Director Executivo da Auto-Sueco Portugal. No exterior do hotel encontrava-se ainda um Scania série R, V8 de 520 cv, um DAF XF de 460 cv e um MercedesBenz Actros 1845 de 449 cv. Já a Iveco esteve presente com a Daily, recentemente galardoada com o prémio de Van do ano. Encontravam-se ainda dois Stralis, de 330 cv, a gás natural, e um Ecostralis de 460 cv.n Carla Laureano
REPORTAGEM
Reportagem na Eurotransporte TV eurotransporte.pt - Meo Kanal 383438
TRANSPORTADORAS APOSTAM NO MODELO T DA RENAULT TRUCKS O modelo de longa distância do fabricante francês, recentemente eleito Camião Internacional do ano 2015, tem sido a aposta de muitas transportadoras nacionais.
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Renault Trucks aproveitou a transição para os motores Euro 6 para renovar a sua gama de longa distância, que foi apresentada em Junho de 2013. O T caracteriza-se por oferecer um equilíbrio entre economia de combustível e vida a bordo, apresentando-se como uma ferramenta ao serviço do motorista e do transportador. O modelo T apresenta uma cabina modular, inteiramente nova e com desenho aerodinâmico optimizado, deflectores no tejadilho e laterais, extensores de porta e ópticas com deflector integrado. Possui ainda um formato trapezoidal para facilitar os fluxos de ar, contribuindo para uma melhoria de 12% no coeficiente de aerodinâmica. O interior do habitáculo demonstra uma preocupação em proporcionar qualidade de vida a bordo para o motorista, oferecendo funcionalidades para
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aumentar o conforto, nomeadamente através da redução do ruído na cabina até 35%. A cabina conta ainda com uma cama extensível com 800 milímetros de largura. O painel de instrumentos é ergonómico, com um ecrã central de 7 polegadas, sendo possível alterar a localização dos botões no painel de instrumentos. Ao nível da comodidade, o T apresenta ainda um compartimento de arrumação com acesso exterior e interior, de forma a facilitar a carga e descarga de bagagem pesada. A gama T encontra-se equipada com motores Euro 6 DT1 de 11 litros, de 380, 430 e 460 cv, e DTI de 13 litros, de 440, 480 e 520 cv. Os motores estão equipados com filtro de partículas com regeneração automática em estrada e sistema de pós-tratamento das emissões. A segurança é um dos aspectos em destaque no modelo T que possui diversos equipamentos e tecnologias in-
teligentes de assistência à condução. Entre os quais, o prático e funcional travão de parque eléctrico automático na paragem do motor, o sistema de alerta de ultrapassagem de faixa, o regulador de velocidade adaptativo, o sistema anti colisão ou o controlo electrónico da trajectória. As melhorias em termos de aerodinâmicas aliadas às tecnologias Euro 6 permitem uma poupança até 5% em comparação com a geração anterior. Para que se consiga uma maior rentabilidade a Renault Trucks apresenta ainda o Optifuel Programme, uma solução global que permite reduzir os custos de combustível. Englobada nesta solução está o Optifuel Training (módulo de formação sobre condução eficiente e protecção da cadeia cinemática) e o Optifuel Infomax (software de análise das competências de condução e dos níveis de consumo).
REPORTAGEM A Renault Trucks propõe ainda o Optifleet, uma solução de gestão de frotas que permite ao veículo comunicar e trocar dados com a base operacional, em tempo real. Falando do posicionamento da marca no mercado, Miguel Ramalheira, Director Geral da Renault Trucks Commercial Portugal, explica que “neste momento temos a nossa gama completa, sempre com a possibilidade de ser adaptada às necessidades dos mercados e dos clientes. Do ponto de vista comercial, depois de alguma dificuldade inicial no lançamento, relacionada sobretudo com a disponibilidade de produto, começámos no segundo semestre de 2014 a termos uma oferta de produto completa.” mODelO T nas frOTas Das TransPOrTaDOras naciOnais Em Portugal, a primeira transportadora a assinar um contracto com a nova gama T foi a JLS, ao adquirir cinco veículos desta gama, já equipados com os novos motores Euro 6. A relação entre esta transportadora de Viseu e a Renault Trucks é já antiga, uma vez
que, como explica Miguel Ramalheira, “a JLS foi a empresa que comprou, há 22 anos atrás, o primeiro modelo Renault AE e quis ser, também, o primeiro cliente a assinar um contracto com a nova gama T em Portugal.” Para a aquisição destes cinco veículos da gama de longa distância houve vários factores que foram tidos em consideração. “Desde logo nota-se a diferença na cabina e no conforto. Em termos de performance, nota-se uma diferença significativa no consumo. Também há mais alguma inovação porque estes carros vêm com a telemática online. Tudo isto permite tirar uma maior rentabilidade da viatura e do equipamento em si”, explicou Nelson Sousa, Administrador da JLS. Outra empresa que já tem uma longa relação com a Renault Trucks é a Lusopaladar, uma transportadora de Vizela especializada no transporte e comércio alimentar e que opera, principalmente, em França. Com uma frota de mais de 30 veículos, 24 deles são Renault Trucks, e recentemente a Lusopaladar adquiriu 11 camiões da gama de longo curso, com
REPORTAGEM
460 cavalos. A transportadora continua a apostar na Renault Trucks porque “as pessoas que encontrámos [no concessionário] em Vila do Conde apostaram em nós desde o primeiro minuto”, explicou Gaspar Abreu, Administrador da Lusopaladar. “Este ano comprei outras marcas, mas a maior parte será e continuará sempre a ser Renault Trucks”, acrescentou.
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Quanto às novas tecnologias deste modelo e à redução no consumo, o administrador da Lusopaladar explica que “precisamos de mais tempo para chegar a uma conclusão. Como os camiões têm muita tecnologia nova, há motoristas que conseguem compreender mais rapidamente do que outros.” No entanto Gaspar Abreu afirmou que já conseguiu registar médias de consu-
mo mais baixas. Para além da redução do consumo e do maior conforto a bordo, para a Lusopaladar é também importante a assistência que a marca dá no estrangeiro. “A Renault Trucks tem-nos ajudado imenso, tanto ao nível de assistências como de manutenções e alugar carros. Mesmo em França, em caso de avaria ou acidente, mostram-se disponíveis
REPORTAGEM
para termos, em duas ou três horas, um carro à nossa disposição”, afirmou Carlos Santos, Gestor de Frota da Lusopaladar. Também a empresa Transportes Matos & Filhos Lda. já tinha experiência com
veículos Renault Trucks, mas este ano decidiu renovar a frota, adquirindo quatro modelo T, equipados com um motor de 13 litros com 480 cv. A empresa de Póvoa de Varzim, que se dedica ao transporte internacional,
apostou pela primeira vez nos motores Euro 6 e, para esta decisão, Adélio Matos, Administrador da Transportes Matos & Filhos Lda., levou em consideração “a opinião de alguns colegas que já têm camiões Euro 6 e que dizem que o consumo se mantém ou é até menor.” Adélio Matos acrescentou ainda que “o factor do preço foi predominante, mas a proximidade e as pessoas que estão à frente da Renault Trucks também são pontos favoráveis”. n Carla Laureano
DESTAQUE
VOLVO FH COM EMBRAIAGEM DUPLA O sistema Volvo I-Shift Dual Clutch oferece uma performance optimizada, onde as mudanças de velocidade são quase imperceptíveis, e a estabilidade do motor permite uma economia de combustível
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Volvo escolheu a região de Málaga (Espanha) para apresentar a primeira transmissão do mercado de pesados com sistema de embraiagem dupla, a I-Shift Dual Clutch. Ao longo de um percurso de 262 quilómetros, que se caracterizou por um trajecto montanhoso com subidas acentuadas, foi possível testar seis modelos, com cada um a transportar 40 toneladas de carga: FH-460 I-Shift Globetrotter XL, FH-500 I-Shift Dual Clutch Globetrotter XL, FH16-750 I-Shift Globetrotter XL, FH460 I-Shift Globetrotter, FH-540 I-Shift Dual Clutch Globetrotter XL, FH16-750 I-Shift Globetrotter XL. Neste ensaio podemos conhecer o FH-500 e também o FH-540, ambos com I-Shift Dual Clutch de 12 velocidades.
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Estávamos perante um trajecto que exigia recurso constante às mudanças, e a escolha não podia ser mais adequada para colocar à prova esta nova transmissão. Foi visível a capacidade da embraiagem dupla na manutenção de um binário constante sem qualquer interrupção de potência, e consequentemente um maior equilíbrio do motor, aumentando o conforto de condução. A I-Shift Dual Clutch é uma transmissão com dois veios de entrada e embraiagem dupla. Deste modo podem ser seleccionadas duas velocidades em simultâneo. A embraiagem determina qual a velocidade actualmente activa. A I-Shift Dual Clutch baseia-se na I-Shift, mas a metade da frente da caixa de velocidades foi concebida com componentes completamente novos.
A Volvo tem apostado na melhoria contínua dos seus veículos, em 2002 introduziu o sistema I-Shift, criado para operações de distribuição e repleto de funções que permitem poupar combustível. Em 2014 evoluiu para a Dual Clutch que contribui para aumentar a potência, apresentando um pequeno aumento de peso de apenas 101 kg e mais 120 mm. A I-Shift Dual Clutch encontra-se disponível no Volvo FH com motores D13 Euro 6 e com potências de 460, 500 e 540 cv. As transmissões com embraiagem dupla já são utilizadas em diversos veículos, mas a Volvo Trucks é o primeiro construtor a oferecer uma solução semelhante para veículos pesados fabricados em série. A utilização da I-Shift Dual Clutch é
DESTAQUE particularmente indicada para actividades de longo curso que exigem muitas mudanças de velocidade como em inclinações, em estradas sinuosas mas também para condução urbana onde proliferam rotundas e semáforos. Oferece vantagens quando se trata de cargas móveis ou líquidas, como transporte de animais e cisternas, dado que as mudanças de velocidade suaves provocam menos movimentação da carga. Um dos benefícios inerentes à nova transmissão é o facto de contribuir para
aumentar o conforto do motorista, proporcionando uma condução eficiente, com mudanças de velocidade suaves permitem melhorar os índices de insonorização a bordo. vOlvO fH16 PrODuTiviDaDe inequívOca Equipado com uma nova geração de motores de 16 litros, tem conseguido corresponder às elevadas expectativas ao nível do desempenho e da produti-
vidade. Cumpre os requisitos da norma Euro 6 mantendo, simultaneamente, as características de condução, conforto e economia de combustível. O aspecto exterior imponente é reforçado por um design moderno, uma grelha com estilo próprio, detalhes cromados, pintura especial e linhas laterais da cabina. O interior prima pela ergonomia e
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DESTAQUE
conforto, o condutor encontra um posto de condução funcional, muitas das funções no camião podem ser controladas através de botões no volante, nomeadamente o telefone. Os botões no painel de instrumentos foram posicionados para estarem ao alcance do motorista sem que tenha que desviar a atenção da estrada. A nova gama de motores Euro 6 combina a solução SCR (Redução Catalítica Selectiva) com EGR (Recirculação de Gases de Escape) não arrefecido e um filtro de partículas diesel (DPF). São disponibilizados três níveis de
potência: 750 cv (3.550 Nm), 650 cv (3.150 Nm) e 550 cv (2.900 Nm). Os três propulsores encontram-se equipados com a transmissão automática Volvo IShift. A versão com 550 cv também está disponível com uma variante de 2.800 Nm para uma caixa de velocidades manual. As emissões reduzidas são um dos principais benefícios dos novos motores Euro 6, que também se destacam por oferecerem um binário mais elevado a baixas rotações, um travão motor mais potente e menor ruido. De salientar a Direcção Dinâmica
Volvo concebida para reduzir os esforços do motorista quando roda o volante. Combina um motor eléctrico de controlo electrónico na caixa de direcção com a direcção assistida hidráulica. Um dos aspectos diferenciadores da nova série Volvo FH é o facto de os camiões poderem ser equipados com suspensão dianteira independente (IFS), em conjunto com direcção de cremalheira e pinhão. A tecnologia I-See é um complemento da transmissão I-Shift. Foi desenvolvida especialmente para aplicações de longo curso e concebida para ajudar a reduzir o consumo de combustível. A imagem de marca do Volvo FH16 é a potência que esteve em evidência no percurso que efectuamos, onde deixou bem claro que os 750 cv fazem a diferença numa subida acentuada, deixando para trás todos os restantes veículos. Esta faceta torna-o interessante para empresas de transporte com actividades exigentes, sendo especialmente utilizado como tractor de transportes pesados, e em operações de longa distância em que o tempo é determinante, como o transporte de alimentos.n Ana Paula Oliveira
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REPORTAGEM
APLOG REALIZOU CONGRESSO ANUAL
E CONGRESSO EUROPEU DE LOGÍSTICA A 17ª edição do Congresso da APLOG (Associação Portuguesa de Logística), decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, a 29 e 30 de Outubro, em simultâneo com o Congresso Europeu de Logística. ções, entendemos que era altura de trazer colegas de outras associações europeias, para termos um congresso centrado em temas mais europeus e de tendências futuras." Na sessão de abertura do 17.º Congresso da APLOG esteve presente o Secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, que salientou que tem havido um "diálogo permanente com os agentes do sector, nomeadamente com a APLOG, permitindo que os nossos portos se desenvolvam, que se liguem à ferrovia e com estradas de qualidade. É dessa forma que podemos pôr os produtos em Espanha e no resto da Europa de forma mais competitiva, reduzindo o custo de contexto, seja nas portagens, no transporte ferroviário de mercadorias ou nas taxas de utilização dos portos." O 17.º congresso da APLOG, que contou com mais de 40 oradores nacionais e internacionais, registou cerca de 400 participantes.
Reportagem na Eurotransporte TV eurotransporte.pt - Meo Kanal 383438
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om o objectivo de criar um espaço de discussão e reflexão sobre o futuro da logística e das cadeias de abastecimento, a APLOG organizou este congresso sob a temática "Next generation supply chains and logistics: what are the european challenges? Entre os vários temas que foram abordados durante o congresso, destaque para o comércio online, assunto que foi já debatido no congresso do ano passado, mas que está em constante desenvolvimento. Alcibíades Paulo Guedes, Presidente da Direcção da APLOG, explica que "ainda não se encontraram
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soluções suficientemente equilibradas, do ponto de vista dos custos e do serviço, para resolver o problema do ecommerce, uma vez que ele será combinado com o negócio tradicional em loja. Os retalhistas, ao tentarem operar em multi canal, enfrentam um desafio para optimizarem as suas operações logísticas." Quanto à realização em simultâneo com o Congresso Europeu de Logística, o Alcibíades Paulo Guedes explica "que era altura para abrirmos mais a nossa plataforma de relacionamento. Depois de três anos a discutirmos temas da nossa economia e das nossas exporta-
emPresas DO secTOr aPresenTam nOvOs PrODuTOs Tal como nas edições anteriores, o Congresso da APLOG foi palco de apresentações de novos produtos de várias empresas do sector. Uma presença habitual é a da Toyota Caetano Portugal, Divisão Equipamento Industrial, que este ano apresentou o novo porta-paletes BT Levio P e a solução para gestão de frotas Toyota I_Site. "Este ano, mais do que trazer novos equipamentos (e apesar da Toyota ter lançado este ano quatro novos equipamentos) o que vimos comunicar na APLOG é a nossa solução de gestão de frotas. Esta é uma solução que consegue fornecer dados de uma forma automática que, sendo analisados, tem como objectivo final a redução do custo global das operações. Mas também tem mais funcionalidades, desde o controlo de acesso, à gestão de ba-
terias ou gestão do contracto", explicou Ana Paula Soares, Directora de Marketing da Toyota Equipamento Industrial. Já a Generix Group apresentou os óculos interactivos, que guiam em tempo real os operadores de armazém responsáveis pela recolha dos produtos. Com a utilização destes óculos os operadores podem concentrar-se totalmente nas suas funções de recolher o produto certo, no local certo e na quantidade exacta, ao mesmo tempo que lhes confere mais liberdade de movimentos. A Linde, que é outra das presenças habituais no Congresso da APLOG, apresentou o sistema de gestão de frotas Optim@, que, entre outras funcionalidades, permite analisar a utilização do parque de empilhadores, mesmo em termos de fluxo e recolhas, e simultaneamente transmitir ao departamento de Serviço de Assistência da Linde a informação técnica dos equipamentos em tempo real. Com o sistema de gestão de frotas Optim@ torna-se possível detectar qualquer disfunção no comportamento dos veículos e actuar em consonância, antes que se produza uma avaria.n Carla Laureano
LOGÍSTICA
TOYOTA I_SITE MAIS DO QUE GESTÃO DE FROTAS No decorrer de 2014 a Toyota apresentou quatro novos equipamentos, no segmento de empilhadores e de equipamentos para armazém, renovando praticamente toda a gama de movimentação de cargas. Comunicou ainda a sua solução para gestão de frotas – Toyota I_Site.
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Toyota I_Site é uma solução implementada em operações europeias e com diversos casos de sucesso conhecidos. Este ano duas empresas nacionais adoptaram pela primeira vez as funcionalidades do Toyota I_Site – a Centralcer no segmento de empilhadores eléctricos e a JMR no de equipamentos de armazém, com o sistema
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Toyota I_Site, instalado em porta-paletes eléctricos, preparadores de encomenda e empilhadores retrácteis. Para além da tecnologia instalada, o Toyota I_Site associa a filosofia Kaizen, com o intuito de reduzir os custos globais das operações. Consiste na análise e decisão sobre os resultados reais de utilização que são transmitidos automaticamente dos
LOGÍSTICA equipamentos, para um portal web, por GPRS. Esta informação está disponível para consulta imediata através da internet e exportada para análise. Tendo por base estes resultados e os objectivos definidos são acordadas e implementadas acções e a operação é monitorizada. Esta abordagem repete-se continuamente num processo de melhoria contínua de modo a alcançar os resultados pretendidos na redução dos custos operativos, com melhorias nas práticas de trabalho e no cumprimento das normas de segurança e sustentabilidade definidas pela empresa. vanTagens em TODa a linHa Controlar o acesso às máquinas e monitorizar os choques permite reduzir os acidentes e melhorar as condições
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LOGÍSTICA de segurança nos locais de trabalho. Reduz também os custos financeiros, e elimina o custo humano dos acidentes. Também é possível permitir que apenas operadores autorizados possam trabalhar com as máquinas, através de um código PIN ou de “Smart access”. Ligar a máquina só é possível após passar o cartão de colaborador da empresa no leitor de cartões “Smart Access” e o sistema reconhecer que este operador pode trabalhar com este equipamento. Esta gestão de acessos, é feita centralmente e previamente pelo gestor de frotas, caso contrário o equipamento não pode ser ligado. Esta funcionalidade promove maior responsabilização dos operadores e melhores práticas de trabalho. Permite ver “quem, o quê e quando‟ sobre impactos em máquinas e também ajuda a tomar decisões sobre como reduzi-los. E a notificação de choques em tempo real permite reagir rapidamente, minimizando os prejuízos. A produtividade pode ser melhorada, monitorizando a utilização de máquinas e operadores e obtendo uma imagem
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precisa da actividade. É possível Identificar equipamento e operadores subutilizados, assim como estrangulamentos nas operações, servindo para tomar medidas que conduzam a ganhos de produtividade - optimizar a dimensão da frota principal e gerir fases de intensificação da actividade através de aluguer de curto prazo. Outras funcionalidades da solução Toyota I_Site consistem no acompanhamento da utilização do contrato, trocando máquinas entre si para não ultrapassar as horas contratadas, planear a manutenção para evitar paragens e aumentar a disponibilidade. De salientar que a monitorização dos ciclos de carga e a utilização das máquinas contribui para uma maior vida útil quer da máquina quer da bateria. Controlar que a bateria é recarregada quando a carga está no mínimo aumenta a vida da mesma e reduz o impacto ambiental de metais nocivos, tal como chumbo. A utilização de uma máquina por mais tempo também representa menos desperdício, menos custos e maior protecção do ambiente.
gruPO carreras OPTa PelO TOyOTa i_siTe O Grupo Carreras possui instalações logísticas em Espanha e Portugal. Disponibiliza todos os serviços típicos do sector: transportes nacionais e internacionais, transporte multimodal, armazenagem e distribuição, manipulação, reembalagem, entre outros. Em 2009, a Carreras consultou a Toyota com o intuito de reduzir os custos com danos e melhorar as suas operações de movimentação de materiais. Tendo por base os resultados dos primeiros testes com o Toyota I_Site, que decorram durante dois anos, decidiu implementar esta solução na maioria das suas instalações em Espanha e Portugal. Da frota total Carreras de 450 máquinas, 300 passaram a ser geridas através do Toyota I_Site. Segundo Jesus Carreras, Director de Compras no Grupo Espanhol o “Toyota I_Site ajudou-nos a optimizar o tamanho das nossas frotas de equipamentos e, apesar do custo de implementação, as vantagens trazidas pela solução já estão APO a pagar o investimento inicial”.n
CONSULTÓRIO SEGURANÇA
O PARADOXO DA SEGURANÇA INSEGURA Nos últimos anos temos vindo a assistir ao incremento dos sistemas e equipamentos automáticos e autónomos nos veículos ligeiros e pesados.
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uitos destes equipamentos e sistemas são obrigatórios à luz dos standards de qualidade do EuroNCAP e de outras instituições. A ideia de fundo é por um lado retirar da condução o fator erro, as falhas e as omissões dos condutores , sejam elas por distração, por fadiga, por desconhecimento ou seja a componente ˝falha humana˝. Por outro lado pretende-se aumentar a autonomia do veículo em tarefas básicas, táticas ou operacionais, diminuindo a responsabilidade e o envolvimento do condutor nestas tarefas – acelerar, travar, manter a trajetória ou a distância ao veículo da frente, controlar o trânsito e os potenciais obstáculos envolventes, acionar os limpa vidros ou as luzes,,.. Até aqui não existe nenhum problema de segurança, porque os chamados sistemas avançados de apoio a
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António Macedo
condução (ADAS) ou de comunicação embarcados (existentes dentro do veiculo), que comunicam com o condutor, entre veiculos e/ou com a infraestrutura (IVIS), servem para aumentar o controlo da viatura e ampliar o ˝campo de visão do veículo˝, que aliados aos sistemas de segurança ativa atualmente mandatórios, particularmente o ABS (*), o EBA, o ESC, o AEB e o ARP, este exclusivo para pesados, permitem uma intervenção automática e autónoma
em situações críticas. Isto tudo é segurança! Ora a insegurança, o tal paradoxo, resulta de dois fatores que funcionam como efeitos secundários dos sistemas: l Dos automatismos operacionais desenvolvidos nos condutores ao longo dos anos de treino e da experiência adquirida l Da reduçao da ˝carga de trabalho˝mental e física disponíveis e necessárias à condução de um veículo O primeiro fator é fundamentalmente de ordem operacional, porque o condutor durante todo o treino que obteve na escola de condução ao nível do controlo do veiculo e posteriormente com a experiência prática adquirida, desenvolveu automatismos que lhe permitem controlar algumas funções do veículo quase sem pensar. Isso verifica-se quando vamos em ˝piloto automático˝ou a estamos a ˝sonhar acordados˝ enquanto conduzimos:
CONSULTÓRIO SEGURANÇA
usar o pé direito para acelerar usar o pé direito para travar l usar o pé esquerdo para desembraiar antes de engrenar as mudanças l usar a mão direita para engrenar as mudanças l etc., Mas nas viaturas modernas muitas destas funções ou são já automáticas (caixa de velocidades, luzes, limpa vidros, controlo de velocidade de circulação...) ou já têm ajuda de sistemas autonómos do veículo (ajuda ao estacionamento, navegação, leitura de sinais de trânsito, limitações de velocidade...) sendo desta forma retirada ao condutor parte da responsabilidade relativa à execução da tarefa operacional, tática e estratégica. A primeira parte do paradoxo começa aqui. Muitos dos controlos e dos mecanismos e dos sistemas de controlo de muitas funções do veículo são autónomas e automáticas e atuam sem a intervenção do condutor ou apenas com a sua supervisão, mas através de manípulos, manetes, botões, cursores, interruptores ou reguladores, muitos deles situados no volante ou perto dele, ao alcance da ponta dos dedos. Ora os automatismos de reação em situações críticas estão, como atrás referi, nos pés e nos braços, não na ponta dos dedos. Isto levanta mesmo l l
um problema de treino para as escolas de condução no futuro. E o resultado é, tem sido e pode continuar a ser, maior dificuldade na ação, na decisão, no controlo das situações críticas de emergência ou de perigo eminente. A outra face deste paradoxo resulta da cada vez menor intervenção exigida ao condutor para execução de tarefas simples mas que exigem atenção constante, como acelerar, manter a distância, centrar-se na via, selecionar a via e o percurso adequados, etc, etc, ... Desta forma, e pela condição humana do condutor, aborrece-se e cansa-se quando não tem nada para fazer e até adormece quando não recebe estímulação para se manter acordado, pois a automatização dos componentes da condução traduzem-se por uma ausência do controlo efetivo dos acontecimentos e do espaço envolvente. Por outro lado permitem que o condutor dê atenção a outras tarefas como ler, ouvir música, escrever (sms), conversar - tarefas onde o telemóvel tem especial intervenção – mas tambem comer, beber, fumar, assistir a flmes ou simplesmente manter-se ''ausente'' pensando na sua vida, por longas distâncias e longos períodos de inatenção. Ou seja, os tais sistemas e equipamentos que na sua maioria ainda exigem a supervisão do condutor e a sua
intervenção perante situações críticas, amplificam a falta de ''consciência sobre as situações'' e promovem a distração para outras tarefas ou para a inatenção do condutor. Por outro lado esses sistemas, na sua maioria, permitem o seu controlo através dos dedos, no volante ou perto dele, de forma diferente daquela que foi ensinada ao condutor e para o qual ele foi treinado, com os braços e com os pés. Infelizmente este texto não representa apenas uma tese teórica acerca da segurança, mas reflete o cada vez maior número de situações críticas, incidentes e acidentes que vão sendo reportados por cada vez mais condutores e que na sua maioria não chega, ao conhecimento das autoridades, das seguradoras ou mesmo dos construtores. Para estes os acidentes continuam a ser resultado apenas do excesso de velocidade, do não cumprimento das regras, do excesso de álcool e da fadiga. Esperemos que o veículo 100% autónomo chegue depressa e retire ao condutor o ónus da responsabilidade nos acidentes rodoviários e que os resolva de vez.n (*) acrónimos usados: ABS – antilock braking system; EBD – eletronic brake distribution ; ESC – Eletronic stability control ; AEB – autonomous emergency braking ; ARP – anti rollover prevention
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ACTUALIDADE
ORÇAMENTO DE ESTADO 2015
RODOVIÁRIO PENALIZADO COM MAIS IMPOSTOS
No sector dos transportes, o Orçamento de Estado para 2015 é marcado por uma acentuada diminuição na despesa e um aumento muito substantivo nas previsões de receita fiscal do modo rodoviário. Incentivos, só mesmo para veículos ambientalmente “amigáveis”, e o aumento de impostos sobre os combustíveis vem agravar os custos de exploração das empresas de transportes rodoviários.
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om uma dotação orçamental de 874,3 milhões de euros, o desinvestimento progressivo no sector dos transportes tem sido uma marca constante deste governo, em claro contraste com um contínuo agravamento fiscal, cuja incidência se continua a fazer sentir sobretudo no sector rodoviário. Do lado do investimento, encontrase inscrito no OE 2015, no âmbito do Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas (PETI3+), intervenções ao nível da rede rodoviária, nomeadamente a execução da empreitada de construção do Túnel do Marão, cujas obras já arrancaram e terão de estar concluídas até ao final de 2015, com a abertura ao tráfego prevista para o início de 2016, bem como a conclusão
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João Cerqueira
do troço de ligação à fronteira de Vilar Formoso, no âmbito da Rede Transeuropeia de Transportes. Duma forma mais vaga, é referido também no documento, a “requalificação da nossa rede básica de infra-estruturas rodoviárias que ficou desprotegida durante o período de investimentos em infra-estruturas rodoviárias de alto débito,” no entanto, sem que sejam discriminadas as vias a
intervencionar em 2015. Por sua vez, no sector ferroviário, encontram-se inscritas intervenções nas linhas do Norte, Minho, Douro, Oeste, Beira Alta, Beira Baixa e Algarve, e nos corredores Aveiro-Vilar Formoso e SinesCaia, estas duas últimas no âmbito dos compromissos assumidos pelo Estado português em matéria de Redes Transeuropeias de Transportes. No capítulo do investimento em infra-estruturas marítimo-portuárias, assinala-se o desenvolvimento de projectos em curso ou a lançar no próximo ano, dos quais os mais representativos encontram-se nos terminais portuários de Leixões, Sines e Lisboa, e nos terminais de cruzeiros de Leixões e Lisboa. Prevê-se ainda para 2015, a entrada em funções da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e a revisão dos Estatutos do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT). encargOs cOm as PPP agravam-se Para Os 1.298 milHões Não obstante os reiterados anúncios por parte do governo de redução da despesa com as PPP rodoviárias resultantes das renegociações em curso com as concessionárias, regista-se um acréscimo de 31 milhões de euros nos encargos globais com as PPP, passando de 1.267 milhões em 2014, para 1.298 milhões em 2015. Este acréscimo de despesa é compensado pelo previsível aumento da receita, cuja estimativa para 2014 é de 280 milhões de euros, e para 2015 de 374 milhões. É justificado no OE 2015 que se encontra prevista a entrada em vigor de novos contratos de concessão “resultantes dos processos negociais relativos às ex-SCUT e Subconcessões,” com uma redução da despesa na ordem dos 306 milhões de euros “face ao cenário anterior.” inDemnizações cOmPensaTórias recuam Para menOs De meTaDe As indemnizações compensatórias atribuídas às empresas de serviço público de transporte serão reduzidas no
ACTUALIDADE
Sector ferroviário absorve uma boa fatia do investimento
próximo ano em 56,2 milhões de euros, comparativamente com 2014. Na prática, se este ano o governo estima gastar 113 milhões de euros em indemnizações compensatórias no sector dos transportes, em 2015 este valor cai mais de metade, para os 47,9 milhões. Por exemplo, no Metropolitano de Lisboa, a indemnização compensatória é reduzida de 30 milhões de euros, para apenas 2 milhões, nos STCP é reduzida de 12 para 6 milhões de euros, na CP de 22 para 3 milhões de euros, na REFER de 50 para 38 milhões de euros, no Metro do Porto de 11 para 3 milhões, na Carris de 8 para 3 milhões, na Transtejo de 5 para apenas 1 milhão de euros e na Soflusa de 2 para 1 milhão. As compensações indemnizatórias atribuídas à CP, Carris, STCP, Metropolitano de Lisboa, Metro do Porto, Transtejo e Soflusa, incluem verbas relativas aos Passes 4-18, sub23, social+ e Andante. O governo explica que para esta poupança contribuem os processos de atribuição de concessões da sua operação à iniciativa privada em 2015 de algumas destas empresas, nomeadamente os STCP, Metro do Porto, Carris e Metropolitano de Lisboa. Irá também ser relançado o processo de privatização da TAP no sector aéreo, enquanto no ferroviário já foi dado início ao processo de privatização da CP Carga e da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), os quais deverão estar concluídos em 2015. No próximo ano, prevê-se igualmente o início do processo de privatização da Carristur.
POrTugal POrTa-a-POrTa Tem menOs De 30 milHões Ao contrário do que foi anunciado em Junho de 2014, data em que a Secretaria de Estado dos Transportes garantiu que iria investir 50 milhões de euros no “Portugal Porta-a-Porta” e no Passe Social+, encontra-se inscrita no OE 2015, uma verba de investimento de apenas 30 milhões de euros para estes dois programas. O Portugal Porta-a-Porta irá entrar em vigor no próximo ano, encontrando-se inscrito no PETI3+ para o período 2014-2020. Este programa, definido como um serviço público de transportes de passageiros flexível a nível nacional, tem por objectivo assegurar a mobilidade dos cidadãos em zonas rurais onde não existem actualmente redes de transporte regular, visando a criação de serviços de transporte combinado, integrando meios como o autocarro, o táxi e o comboio.
facTura PesaDa na TribuTaçãO DO rODOviáriO Enquanto no capítulo do investimento o Orçamento de Estado do próximo ano é marcado por uma redução em quase todas as frentes do sector dos transportes, já no que toca às receitas fiscais passa-se precisamente o contrário, com o rodoviário a ser mais uma vez fortemente fustigado. Para 2015, o documento prevê um aumento da receita líquida do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) de mais de 200 milhões de euros relativamente à estimativa para este ano, passando de 2.103,5 milhões de euros para 2.310,5 milhões. No que toca ao Imposto sobre Veículos (ISV), o fisco prevê arrecadar 559,5 milhões de euros, apontando a estimativa para 2014 um montante de receita de 463,9 milhões, num ano que, segundo dados oficiais das Autoridade Tributária, a receita líquida em sede deste imposto cresceu 36,6% até Agosto. No que concerne ao Imposto Único de Circulação (IUC), estima-se que esta atinja os 314,8 milhões de euros, contra os 265,4 milhões previstos para o ano em curso. Feitas as contas, segundo as estimativas orçamentais, o Estado irá arrecadar mais 352 milhões de euros, só nestes três impostos rodoviários. cOckTail De imPOsTOs Deverá agravar gasóleO em cerca De 5 cênTimOs Os impostos sobre os combustíveis vão sofrer um efeito perverso, devido ao cruzamento entre medidas previstas orçamento e na “Fiscalidade Verde”. Logo à cabeça, o valor da Contribuição de Serviço Rodoviário sobe de 67 euros por cada mil litros de gasolina para 87 euros, de 91 euros por cada mil litros de gasóleo para 111 euros, e de 103 euros por cada mil quilogramas para 123
Indemnizações compensatórias caem abruptamente
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ACTUALIDADE Passa também a ser permitida a dedução do IVA em viaturas de turismo eléctricas ou hibridas ‘plug-in’, um benefício extensível ao fabrico, importação, locação, utilização, transformação e reparação deste tipo de viaturas. Taxa aDiciOnal nO iuc DOs veículOs a gasóleO veiO Para ficar A taxa adicional introduzida em 2014, vai manter-se em 2015. Este adicional aplica-se sobre o Imposto Único de Circulação (IUC) para os veículos ligeiros de passageiros a gasóleo (categorias A e B), e varia em função da cilindrada e do ano de matrícula. Em 2015 situouse entre os 1,39 euros e os 68,85 euros, mantendo-se estes valores inalterados no OE 2015.
Aumento da carga fiscal nos combustíveis agrava custos de exploração
euros no GPL. Em cada um dos casos, o aumento é de 20 euros. À boca da bomba, o agravamento da Contribuição de Serviço Rodoviário provocará um aumento de cerca de 2 cêntimos por litro, acrescida de IVA (cerca de 0,5 cêntimo). Pelo lado da Fiscalidade Verde é criada uma Taxa de Carbono que corresponde a 1,5 cêntimos a mais por litro de gasóleo e de gasolina. Na adição de álcool na gasolina, acresce uma taxa de 2,5 cêntimos por litro, e o aumento da percentagem de incorporação de biodiesel, implicará o acréscimo de cerca de 1 cêntimo por litro. Tudo somado, irá agravar o preço do gasóleo em cerca de 5 cêntimos e o da gasolina em mais de 6 cêntimos por litro. As associações empresariais do sector dos transportes (ANTRAM, ANTROP, ANTP, ANTRAL e FPT), já se manifestaram publicamente contra este cocktail fiscal sobre os combustíveis e, não obstante, o Orçamento de Estado do próximo ano já ter sido aprovado pela Assembleia da República, ainda têm esperanças de poder minimizar os prejuízos aquando da discussão da Reforma da Fiscalidade Verde. Caso contrário, são unânimes em afirmar que os preços dos serviços de transportes vão mesmo ter de aumentar. incenTivOs aO abaTe só Para ligeirOs “amigOs DO ambienTe” O Governo retoma em 2015 o incentivo fiscal ao abate de veículos ligeiros
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em fim de vida, atribuindo um subsídio na compra de carros novos menos poluentes. Este subsídio pode ser de 4.500 euros na compra de um veículo eléctrico novo, de 3.250 euros na compra de um veículo hibrido ‘plug-in’, e de 2.000 euros num automóvel novo cujo nível de emissão de carbono não ultrapasse os 100 gramas por quilómetro.
Táxis que emiTam mais De 160 g/km De cO2 Deixam De beneficiar De reDuçãO DO isv Na proposta de Orçamento de Estado para 2015, o governo agrava o Imposto Sobre Veículos (ISV) para viaturas táxi, através da revisão do limite máximo de emissões de dióxido de carbono que os táxis podem ter para beneficiar da redução de 70% em sede de ISV. O tecto máximo de emissões de CO2 passa das actuais 175 g/km para apenas 160 g/km, valor a partir do qual os táxis perdem direito a esse benefício. n
Incentivos só para ligeiros com energias alterantivas
REPORTAGEM
WCONNECTA 2014 5.ª EDIÇÃO DO ENCONTRO INTERNACIONAL DOS PROFISSIONAIS DO TRANSPORTE Barcelona (Espanha) foi o local escolhido para mais uma edição do WConnecta, um evento organizado pela Fundação Wtransnet.
O
WConnecta, que vai já na sua 5.ª edição, destaca-se por ser um dos mais importantes encontros internacionais de profissionais de transportes de mercadorias na Europa. Na sua primeira edição contou com cerca de 50 participantes e este ano, como prova da evolução do evento, houve 506 participantes, oriundos de vários países, como Itália, Polónia, Portugal ou Espanha, mas também Brasil. "Mais que um negócio, esta é a filosofia da Wtransnet. Quando criámos a Fundação o objectivo era tentar retribuir aquilo que o sector nos tinha dado. A Wtransnet existe porque as pessoas confiaram em nós. E pensámos no que podíamos fazer para as ajudar", explicou José Maria Sallés, Director Comercial da Wtransnet para a Península Ibérica. "Pensámos, por exemplo, numa empresa portuguesa que actue na Europa e que tem de andar com os camiões carregados. Aqui podem falar com em-
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presas da Alemanha, Áustria ou Itália que têm cargas para mandar para Portugal. Numa manhã vão poder contactar com eles e de certeza que fazem
negócio", acrescentou o Director Comercial. Mas em que consiste o WConnecta? Assente num princípio de colaboração empresarial, o principal pilar deste evento é a Speed Networking Area, onde decorrem três rondas de speed networking, organizadas por especialidades, onde os participantes têm reuniões a cada sete minutos com representantes de outras empresas: de um lado da mesa encontram-se as empresas que fazem o transporte e do outro estão as empresas que disponibilizam cargas. Este é um espaço destinado à troca de cartões, criação de sinergias e onde se criam as bases de futuros acordos. Outra das áreas existente do WConnecta é a Networking Cargo Area, onde 48 empresas de transporte que disponibilizam carga tinham um espaço no qual se podiam encontrar, de forma privada, com empresas que marcaram previamente entrevistas. Nesta edição do WConnecta estiveram representadas 18 empresas portuguesas, entre as quais se encontrava o Grupo TDN, que esteve presente em todas as edições deste evento. Mário Ramos, Director Comercial do Grupo TDN explica o porquê desta presença: "pagamos a operacionais para procu-
REPORTAGEM rarem cargas, através de websites ou de outras bolsas. Aqui conseguimos encontrar facilmente aquilo que procuramos, ou seja, parceiros que eventualmente nos possam satisfazer em termos de cargas nos países em que operamos." Já a empresa Transportes Paulo Duarte (TPD) esteve presente pela primeira vez no WConnecta. "Decidimos vir porque esta é uma experiência que consideramos importante para trocar alguns contactos com outros parceiros", afirmou Amândio Calheiros, Gestor de Frota da TPD. Outro dos aspectos que, para Amândio Calheiros, merece destaque é o contacto visual com os potenciais futuros parceiros: "muitas vezes falamos com pessoas ao telefone durante anos e nunca as chegamos a conhecer. Mas quando as conhecemos pessoalmente os negócios são tratados de forma diferente." A novidade nesta edição do WConnecta foi a realização do After Work da WConnecta. "Assim damos uma oportunidade para as empresas se sentirem à vontade depois de almoço para, de uma forma relaxada, falar com uma empresa com a qual queriam desenvolver um tema. É neste After Work que se fecham negócios, tal como no espaço de Coffee Break, porque são zonas mais relaxadas", afirmou Manuel Fontes, Área Manager de Portugal da Wtransnet. Na 5.ª edição do WConnecta realizaram-se 5.649 entrevistas rápidas e 980 reuniões marcadas com empresas de transporte que disponibilizam cargas.
WTransneT Planeia evenTO Para POrTugal Manuel Fontes adiantou que, no próximo ano, existe a possibilidade de se "criar um evento para empresas ibéricas no sector de transporte, potenciando assim a ideia de que a Wtransnet é uma ferramenta de apoio ao sector do transporte." O Presidente da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), Gustavo Paulo Duarte, esteve presente no WConnecta e, em relação à realização de um evento no nosso país, afirmou que "faz todo o sentido juntarmos em Portugal um evento ibérico, com transportadores e com clientes que oferecem cargas constantemente. Em Portugal há muitos transportadores que vivem do negócio ibérico e nem têm como objectivo saírem da Península Ibérica." Este evento irá decorrer no primeiro trimestre de 2015. n Carla Laureano
Mário Ramos, Director Comercial do Grupo TDN
António Duarte, da Transportes Paulo Duarte
José Maria Sallés, Director Comercial da Wtransnet para a Península Ibérica
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BREVES
RENAULT ESCOLHE PNEUS KMAX E FUELMAX A Renault Trucks é o mais recente fabricante de pesados a escolher os novos pneus Kmax e Fuelmax da Goodyear como equipamento de série para os seus veículos. Os novos pneus estão disponíveis tanto para os modelos de longa distância como os de distribuição da Renault Trucks. Ambas as gamas caracterizam-se pelos motores Euro 6 com baixas emissões. “Estamos muito satisfeitos pela Renault Trucks ter optado
pelos pneus Kmax e Fuelmax como equipamento original para os seus últimos camiões”, comenta Peter Platje, director de vendas de pneus para pesados da Goodyear Dunlop EMEA. “Quando os operadores de frotas encomendam os seus novos veículos à Renault Trucks podem agora escolher entre a gama Kmax focada na quilometragem e a gama Fuelmax focada na eficiência energética”.
UPS ENTREGA DONATIVO A Fundação UPS entregou um donativo de 17 mil euros a uma creche social que recebe crianças de famílias desfavorecidas, a ‘Creche Popular Monte de Caparica’. O donativo é um apoio que vem reforçar o trabalho voluntário que os funcionários da UPS têm dado a esta instituição social nos últimos dois anos Este apoio financeiro da Fundação UPS será usado para construir e mobilar um novo parque infantil, proporcionando às crianças um lugar seguro para brincarem. A entrega simbólica da doação ocorreu em Novembro, na 'Creche Popular Monte da Caparica’, em Almada, numa cerimónia em que as crianças da instituição também participaram.Criada em 1951, a Fundação UPS é responsável por promover o envolvimento comunitário.
CONFRONTO ENTRE O VOLVO FH E UM CARRO DESPORTIVO O Volvo FH de oito toneladas enfrentou um dos carros mais rápidos do mundo – um Koenigsegg One:1. Este é o cenário do novo filme ‘Volvo Trucks vs Koenigsegg’. O objectivo é testar a nova caixa de velocidades I-Shift Dual Clutch, com base numa técnica utili-
zada em carros desportivos que incluem as características de condução que resultam de uma mudança de velocidades sem esforço “A I-Shift Dual Clutch tem uma dupla embraiagem, o que é verdadeiramente único no mercado dos veículos pesados. No entanto, já é utilizada uma tecnologia semelhante em carros desportivos. Assim, este foi um desafio perfeito”, disse Jeff Bird, Director de Testes da Volvo Trucks. As semelhanças entre o camião Volvo FH com I-Shift Dual Clutch e carros desportivos incluem as características de condução que resultam de uma mudança de velocidades sem esforço.
ELISABETE JACINTO PRONTA PARA O AFRICA ECO RACE A equipa OLEOBAN encontra-se na fase final de preparação para mais uma participação no Sonangol Africa Eco Race, a 7.ª edição da maior maratona africana de todo-o-terreno. Pela sexta vez consecutiva, a formação portuguesa composta por Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho, apresenta-se à partida deste rali que este ano, segundo a organização, vai contar com um número recorde de inscritos.
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O director da prova, René Metge, já anunciou as grandes novidades do percurso para 2015, onde a principal inovação será a realização de uma etapa suplementar na Mauritânia que terá um traçado novo, assim como o regresso a Atar e Chinguetti, lugares emblemáticos das grandes maratonas africanas. O Africa Eco Race começa no dia 28 de Dezembro em Saint Cyprien, no sul de França e termina no dia 11 de Janeiro em Dakar.
LOGÍSTICA
LINDE APRESENTA
NOVA GAMA DE TRACTORES No intuito de reforçar a sua presença no mercado, a Linde Material Handling amplia a gama de tractores de arraste e apresenta os novos tractores Linde P60-P80 com uma capacidade de arraste de seis a oito toneladas.
a
presenta também o tractor com plataforma Linde W08, com capacidade de 800Kg e uma potência de arraste de sete toneladas. Desenvolvidos com a mais moderna tecnologia, todos estes veículos dispõem de uma ergonomia semelhante à dos automóveis, três modos de condução distintos, um travão de serviço e estacionamento automáticos, suspensões de rodas independentes e amortecidas e o sistema Linde Curve Assist, troca lateral de bateria e uma ampla gama de opções, dependendo da aplicação em que vão ser utilizados. Os tractores de arraste são usados habitualmente em naves industriais de produção, nas áreas externas das empresas industriais e nos aeroportos. Este tipo de veículos também está a ser utilizado, como rebocadores para comboios de reboques e comboios logísticos. Devido à sua potência de arraste, de seis a oito toneladas, são também
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capazes de arrastar cargas em pendentes ou em rampas de carga e graças ao elevado nível de altura sobre o solo, também podem superar obstáculos como perfis, buracos ou desníveis sem nenhum esforço. A suspensão das três rodas destes
veículos absorve as vibrações causadas pelas irregularidades do terreno, o que garante um trabalho agradável e um uso flexível. As suspensões pneumáticas estão especialmente reforçadas no eixo traseiro dos tractores com plataforma, de acordo com o peso
LOGÍSTICA das cargas que deve transportar. Tanto os tractores de condutor sentado como o tractor de plataforma contam com motores de tracção trifásicos de 4.5W, encapsulados e sem necessidade de manutenção, capazes de proporcionar velocidades de 20km/h. Estes veículos possuem três modos de funcionamento - Rendimento, Eficiência e Economia. funciOnaliDaDe e cOnfOrTO As capacidades da bateria de 240 a 350 Ah adaptam-se às diversas aplicações, o que permite aos utilizadores modificar o rendimento e optimizar os seus custos. Esta nova linha de produtos foi concebida de acordo com os mais recentes desenvolvimentos em termos de ergonomia. O condutor pode aceder comodamente ao seu assento a partir de ambos os lados, graças a uma área de acesso espaçosa e com antiderrapantes de cantos arredondados. O operador dispõe de comandos de controlo intuitivos e distribuídos de forma semelhante a um automóvel, bem como numerosos compartimentos para guardar documentos e objectos pessoais. Na sua versão standard, os tractores ligam-se com chave de contacto, embora também exista a versão com código PIN sem custo adicional. O chassis, que é 150 milímetros maior do que o modelo anterior, mas que mantém o mesmo raio de rotação, aprovado pelos engenheiros da Linde para ampliar o compartimento para os
pés e para oferecer mais espaço às pernas do condutor. O novo ecrã interactivo com dois interfaces de menu diferentes, disponibiliza dados importantes como o estado da bateria, o número de horas de serviço trabalhadas e a velocidade de deslocação. Quatro sistemas de travagem independentes proporcionam ainda mais segurança em todas as situações de condução. Se o condutor levantar o pé do pedal ou mudar de direcção, o tractor pára automaticamente e produz energia regenerativa que reverte para a bateria e aumenta a sua duração. Outra característica de segurança
importante é o travão de estacionamento automático que se activa assim que operador solta os pedais. Isto permite-lhe sair do tractor a qualquer momento, inclusivamente em inclinação, porque o travão de estacionamento não se solta até que volte a ser pressionado o acelerador. O sistema Linde Curve Asssist incluído de série, evita excessos de velocidade nas curvas, contribuindo desta forma para uma condução segura. Um chassis de aço com seis milímetros de espessura, com acesso ao CAN bus permite um diagnóstico rápido de erros e um ajuste de parâmetros do equipamento. Conta ainda com o novo e robusto eixo de tracção, para além de uma tecnologia de controlo de ponta, intervalos de manutenção prolongados ou almofadas permutáveis nos assentos. Outra novidade é a troca lateral de bateria, que permite prescindir dos sistemas auxiliares, como as gruas. A troca é feita de forma rápida por meio de uma porta lateral, com cintas ou um porta paletes manual. Uma vasta gama de equipamentos opcionais permitem personalizar ao máximo estes tractores. Desde diferentes tipos de assentos, engates, botões de marcha lenta para reduzir a velocidade e realizar manobras, até protecções contra o sol, janelas frontais, superiores e traseiras, portas laterais e cabines completas, passando por sistemas de iluminação e várias opções de plataformas.n Ana Paula Oliveira
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COMPETIÇÃO
CAMPEONATO EUROPEU CORRIDAS DE CAMIÕES
NORBERT KISS CONQUISTA O TÍTULO O piloto húngaro Norbert Kiss ao volante de um MAN sagrou-se, pela primeira vez, campeão europeu de corridas de camiões, tendo conquistado ao longo da temporada de 2014, nove pole positions, nove vitórias em provas, subindo 25 vezes ao pódio.
a
presente temporada, constituída por nove jornadas, percorreu os circuitos de Misano (Itália), Navarra (Espanha), Nogaro (França), Red Bull Ring (Áustria), Nurburgring (Alemanha), Most (República Checa), Zolder (Bélgica), Jarama (Espanha) e Le Mans (França). Apesar de assistirmos regularmente a campeonatos bem disputados, a temporada de 2014 excedeu todas as expectativas. O facto dos três pilotos que lideravam a classificação geral chegaram à última jornada separados por diferenças pontuais escassas, foi uma situação inédita e sem precedentes, que deixou em aberto a possibilidade de qualquer deles obter o título. Esta situação contribuiu para manter a disputa ao rubro até à derradeira prova. O piloto espanhol Antonio Albacete, campeão em 2005, 2006 e 2010, surge sempre como um dos principais candidatos à vitória, e na presente temporada
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reiterou este favoritismo ao liderar a classificação durante quatro jornadas. Em Jarama (Espanha) Norbert Kiss ascendeu ao topo da classificação com 348 pontos, Antonio Albacete desceu ao segundo lugar da tabela com 342 pontos, na terceira posição encontra-
va-se o germânico Jochen Hahn, tricampeão europeu (2011, 2012, 2013), com 341 pontos. Perante esta pontuação muito havia para decidir na última jornada que estava agendada para o mítico circuito de Le Mans (França).
COMPETIÇÃO final emPOlganTe A jornada decisiva contou com uma multidão a assistir ao desfecho do campeonato, o Circuito de Le Mans registou uma assistência de 52 mil pessoas. Na pista, o nervosismo era a nota dominante entre os diversos pilotos, tornando-se evidente logo na primeira prova. Norber Kiss encontrava-se na pole position e teve uma boa saída mas rapidamente foi mostrada a bandeira vermelha a alertar para um acidente na primeira chicane que envolveu a piloto Steffi Halm, Antony Janiec e Adam Lacko. Foi necessário uma segunda partida, Norbert Kiss retomou a liderança da prova e terminou com considerável distância do segundo, Jochen Hahn (MAN). Antonio Albacete (MAN) ficou-se pelo terceiro lugar, comprometendo as aspirações ao título. A segunda corrida do dia veio acentuar a liderança de Norbert Kiss, e uma aproximação clara à conquista do campeonato, no entanto, foi Adam Lacko (Freightliner) que chegou ao lugar mais alto do pódio, seguindo-se Markus Bösiger (MAN) e Kiss em terceiro. Jochen Hahn não foi além da quarta posição e Antonio Albacete foi nono. De referir a sétima posição obtida pelo piloto português José Rodrigues (Renault) do team VTR-SM/Europart Racing, do qual também faz parte outro piloto luso, José Teodósio (Renault). As provas de domingo decorreram sob momentos de chuva intensa, obri-
gando a uma condução mais prudente e com riscos calculados. Na primeira corrida a bandeira amarela foi mostrada devido às difíceis condições atmosféricas, levando a um abrandamento da velocidade por parte de todos os participantes. Norbert Kiss necessitava de vencer para assegurar definitivamente a conquista do título de 2014, de modo a poder realizar a última corrida de forma tranquila. E assim acabou por suceder, devido à prudência de Kiss na gestão da velocidade nos períodos de chuva forte, conseguindo mais um triunfo que lhe permitiu festejar, desde logo, a con-
quista do ambicionado campeonato. Antonio Albacete terminou em segundo e perdeu as hipóteses de obter mais um título, Jochen Hahn foi terceiro e deixava para trás a possibilidade de vir a ser tetracampeão. Na última corrida da temporada de 2014, Adam Lacko voltou a ocupar a primeira posição do pódio, seguido por outro camião Freightliner conduzido por David Vrsecky, Jochen Hahn foi novamente terceiro. Norbert Kiss já era campeão europeu de corridas de camiões e optou por fazer uma prova tranquila, terminando na sexta posição. Concluída a temporada de 2014, a classificação geral ficou ordenada da seguinte forma: 1.º Norbert Kiss (MAN) 401 pontos, 2.º Jochen Hahn (MAN) 383 pontos, 3.º Antonio Albacete (MAN) 377. Em relação aos participantes nacionais, José Rodrigues foi 13.º e José Teodósio ficou na posição subsequente. Eduardo Rodrigues (MAN) e José Sousa (Renault) ocuparam o 28.º e 29.º lugar, respectivamente. No campeonato por equipas a vencedora foi a Truck Sport Lutz Bernau (Albacete/Bösiger – MAN), no segundo posto ficou a Buggyra Int Racing System (Vrsecky/Lacko – Freightliner), a terceira posição coube ao Team Reinert Adventure (Hahn /Reinert – MAN). O quarto lugar pertenceu à OXXO Energy Truck Race Team de Norbert Kiss e Benedek Major – MAN. A VTR-SM/Europart Racing dos pilotos José Rodrigues e José Teodósio – Renault, terminou no sétimo lugar. n Ana Paula Oliveira
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EUROTRANSPORTE TV
EUROTRANSPORTE TV MEO KANAL As reportagens da Eurotransporte TV continuam a abordar diversas temáticas do sector do transporte profissional de mercadorias. Entre as mais recentes encontram-se os con-
14º Congresso ANTRAM
gressos da ANTRAM e da APLOG, duas as-
T no modelo JLS aposta ks uc Tr t ul na da Re
sociações que representam o transporte rodoviário de mercadorias e o sector da logística, respectivamente. Acompanhamos diversas entregas dos novos camiões modelo T da Renault Trucks, às empresas JLS, Transportes Matos & filhos e Lusopaladar, demonstrando a versatilidade
Soluções d
ing ento - Rent e financiam
deste camião.
Entrega de veículos Renault à empresa Transportes Matos e Filhos
As Soluções de Financiamento para veículos pesados de mercadorias, foram objecto de uma reportagem, que revela os principais benefícios do sistema de renting e as propostas da Mercedes-Benz, MAN e Scania. Fomos a três empresas de logística conhecer a versatilidade dos equipamentos industriais
Entregas Renault Trucks
da Toyota Material Handling, em condições
esso 17º Congr
APLOG
reais de utilização. Passamos um dia com a empresa de transporte excepcional – LASO, para darmos a conhecer o trabalho de elevada exigência e rigor, desenvolvido com notável profissionalismo. Não perca estas e outras reportagens, acompanhe-nos no site Eurotransporte TV, no Facebook e no Meo Kanal 383438
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Um dia com a transportadora LASO
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